ˆ VOCE TEM
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EXPEDIENTE FLÁVIO HORTA Publisher GABRIELA MANZINI Chefe de Redação BIANCA BORGES Jornalista MARIA CARVALHAL Diretora de Operações do Digitalks ADRIANA NEIVA Head de Relacionamento PAULINHO MOREIRA Projeto Gráfico COLABORADORES Beatriz Mazaro, Billy Garcia, Diogo Lupinari, Fernando Fonseca, Guilherme Carmello, Jairo Bouer, Leandro Vieira, Liliane Rocha, Marco Aurélio Peres, Rafael Kiso, Ramon Oliveira, Ricardo Rodrigues, Thiago Sarraf e Vijay Sundaram. EMPRESAS MANTENEDORAS O projeto é um oferecimento de Anhembi Morumbi, Dinamize, Google, Marketdata, PwC e Reclame AQUI e é mantido pelas empresas AlliN, Apiki, CRP Mango, mLabs, mobLee, NoBeta, Optymiza, Privally, SimpleAds, Vídeo Click, Webeleven, Zenvia e Zoho..
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ESKENAZI INDÚSTRIA GRÁFICA Impressão > 1.000 exemplares
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co ra gem •
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(substantivo feminino)
1 Do latim CORATICUM. Sentimento de segurança para enfrentar situações de dificuldade; atributo de quem tem determinação. 2 Determinação para identificar oportunidades e transformar modelos de negócio dinâmicos que acompanham as necessidades do mercado. Ousadia para desenvolver estratégias inovadoras, cada vez mais digitais e conectadas aos seus clientes, e firmeza para implementá-las alinhando propósito, experiência e tecnologia. Termos relacionados: acelerar a transformação digital, estimular a inovação, proteger ativos de informação, alinhar custos com a estratégia de negócios, criar experiências diferenciadas para os clientes.
O mundo pede novas leituras. www.pwc.com.br/imperativos-negocios
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/e di to ri al
Quando estava montando o mapa de Tendências para 2019, um dos temas que despontou foi a “Cultura Digital First”. O termo ainda não é tão difundido e pode ser apresentado em outras roupagens, mas fiz questão de nomear deste jeito mesmo, pois era a melhor explicação que poderia trazer. Ele me lembrou o conceito Mobile First, que veio como auto explicativo e aparentemente distante, mas que foi compreendido como essencial no mercado de estratégias digitais.
EDITORIAL
Pois creio que com o conceito de Cultura Digital First acontecerá o mesmo. E é relativamente fácil de se explicar o porquê. Venha comigo: você imagina a sua vida hoje sem luz elétrica, fogão a gás ou banho quente? Logicamente, existem exceções dentro das realidades brasileiras, mas esta é uma realidade que leitores Digitalks conhecem e vivem. Assim pensar em um tempo em que isso não era realidade no seu dia a dia na cidade é muito longíquo, não é mesmo? O digital entra hoje dentro dessa vivência, se tornou algo impossível -- ou no mínimo muito difícil -- de se abandonar por completo. Está intrínseco na nossa vida e, muitas vezes, guia nosso modo de pensar, agir e resolver situações diversas. E isso é cada vez mais real quando consideramos as novas gerações que já nasceram no mundo conectado, os nativos digitais. Inclusive, as pessoas querem ocupar um espaço e ter uma identidade própria no ambiente online. E é um pouco sobre essa cultura que entende o digital como primeiro canal de contato e interação entre as pessoas que falamos nessa matéria de capa. Dentre outros conteúdos desta edição, destaco ainda: a coluna “Contém Spoiler! Expo Digitalks”, que traz um pouco da visão de Jairo Bouer sobre o comportamento das novas gerações; o quadro “Especialista Responde”, que nesta edição aborda o universo dos Gerentes de Projetos pelos olhos de Ramon Oliveira, CEO e fundador do projeto Mestre GP; o artigo de Vijai Sundaram, da Zoho Corporation, que fala do nível de maturidade que as empresas latino-americanas se encontram hoje quando falamos de abertura a novas tecnologias; e ainda o artigo que trata de diversidade e inclusão social no mercado de trabalho (outro assunto a ser tratado no Expo Fórum Digitalks em agosto). Além de outros diversos assuntos que falam de mídia, mobile, desenvolvimento, transformação digital e muito mais. Espero que gostem deste volume! Boa leitura a todos!
Gabriela Manzini Head de Conteúdo
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SUMÁRIO
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COMO A CULTURA DIGITAL FIRST ESTÁ INFLUENCIANDO O MARKETING
16 #ESPECIALISTA RESPONDE
Gestão de Projeto: Três perguntas para Ramon Oliveira
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#CONTÉMSPOILER!
#INCLUSÃO
A nova geração digital e os desafios das marcas para lidar com esse público
O valor da diversidade no mercado de trabalho
su má rio 08
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#MERCADO
As empresas latino-americanas estão abertas para novas tecnologias? #ESTRATÉGIA
Da palestra bacana para a vida real
#NEGÓCIOS
A transformação digital de uma empresa passa pela automação de marketing
SUMÁRIO
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#METODOLOGIA
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#DIGI EXPERIÊNCIA
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#SEGURANÇA
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Gerando Blueblocks para atender as leis de privacidade #TENDÊNCIA
Encantado mundo First #DICA
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#COMPORTAMENTO
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GUIA DE EMPRESAS
#MOBILE
Como anda o mercado de vendas mobile?
O que aprendi vivendo duas semanas com 14 empreendedores do mundo todo
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#MARKETING DE RELACIONAMENTO
Programas de Fidelidade ainda funcionam?
Unbound Marketing: integrando Inbound e Outbound Marketing através das redes sociais
3 estratégias que vão impactar o seu negócio ainda em 2019 Transformando consumidores digitais em pessoas
Quer colaborar com o Digitalks? Envie seu material exclusivo por e-mail: redacao@digitalks.com.br 07
MERCADO
Por Vijay Sundaram
AS EMPRESAS LATINO-AMERICANAS ESTÃO ABERTAS PARA NOVAS TECNOLOGIAS? 08
MERCADO
Enquanto em países como a China ou a Índia, o crescimento econômico tem sido alavancado no crescimento populacional, a América Latina, com um crescimento populacional estagnado, está ancorada no aumento da produtividade. É necessário fornecer essa força de trabalho que em outras latitudes está aumentando dia a dia com ferramentas e soluções que dão aos funcionários a capacidade de se concentrar em trabalhos cada vez menos repetitivos e mais na criação de estratégias, inovações e setores criativos. Os setores produtivos mais importantes da América Latina, focados na extração e produção industrial, turismo e trabalho manual, podem ser significativamente melhorados com a inclusão de ferramentas de negócios. No entanto, este último não implica necessariamente a redução ou substituição de mão de obra ou recursos humanos, mas, pelo contrário, esta introdução de tecnologia deve tornar-se um aliado de cada empregado. Os trabalhadores não gostam de executar tarefas repetitivas, as pessoas querem trabalhos interessantes e desafiadores. E é justamente nesse ponto que entra a tecnologia colaborativa. Ela nos ajuda com a automação de processos e resultados, e trabalhamos nas negociações e na atenção exclusiva do cliente. É previsto que o crescimento da América Latina na obtenção de aplicativos de negócios fique entre 30% e 40%, uma porcentagem não tão alta se considerarmos o potencial que eles têm. Como uma região emergente, as empresas acham difícil começar, qualquer que seja o ramo, por isso, é vital tirar proveito de cada um dos recursos que elas possuem. Você precisa economizar e tornar as tarefas mais eficientes, especialmente, em processos nos quais você pode não ser um especialista ou que não façam parte do “núcleo” do negócio. Sem ir mais longe, uma das características mais valorizadas na América Latina é o tra-
balho manual e artesanal. Como um artesão poderia melhorar e sustentar maior crescimento? Por exemplo, através de plataformas de e-commerce fáceis de usar. Sua atividade não mudaria, nem um lugar seria substituído, ao contrário, estaria aprimorando seu trabalho, seus valores, suas tradições, além de promover o crescimento pessoal e industrial. Encontrar a automação que a Inteligência Artificial oferece hoje, pode se tornar um ponto de virada entre um negócio bem-sucedido ou mal-sucedido. O que diversas empresas, assim como a Zoho, estão procurando em particular, é trazer para esse setor soluções simples e acessíveis, que permitam a especialização, e que cada empresa emergente possa projetar em maior escala, consolidar as já criadas e explorar melhores possibilidades para grandes empresas. Por mais heterogênea que seja a região, você deve sempre pensar em soluções que se apliquem a todos os tipos e tamanhos de empresas, permitindo-lhes aproveitar o que é melhor para elas, e fazer uma progressão de adoção e adaptação à tecnologia. Isso dá a oportunidade de levar apenas o que essas organizações precisam e não precisam comprar softwares subutilizados, a América Latina exige que o crescimento dessas implementações acompanhe o crescimento da empresa. Nem mais, nem menos. Quando as empresas de tecnologia conseguem entender o cliente e seus consumidores cada vez mais específicos, veremos tanto no nível micro quanto o macroeconómico um crescimento sustentado. Produtividade e produção são fatores que, independentemente do clima econômico ou da instabilidade que possa ter, procuram qualquer empresa. Fazer mais com menos a cada dia.
Vijay Sundaram
Chefe Global de Estratégia da Zoho Corporation 09
ESTRATÉGIA
Por Billy Garcia
DA PALESTRA BACANA PARA A VIDA REAL
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ESTRATÉGIA
Visito organizações de todos os tipos. Empresas grandes, médias e nanicas. Faculdades e cursos dos segmentos mais variados.
Para atender recorrências ou disponibilizar atendimento em horários alternativos – ou ambas as coisas simultaneamente –, chatbots costumam ser tremendamente eficazes, atendendo em jornadas ininterruptas de 24 horas e sete dias por semana, a custos competitivos inclusive para as pequenas empresas.
Ao final de cada evento, falando sobre tecnologia e comportamento, minha sensação recorrente é que estamos usando tecnologias cada vez mais disruptivas para voltar a fazer marketing como fazíamos antigamente, quando o processo de venda era uma conversa entre marca e consumidor.
Com a abertura da API do WhatsApp, já é possível colocar chatbots de atendimento até mesmo nesta plataforma, de maneira que sua marca possa se relacionar com seus consumidores onde eles já estão presentes, sem a necessidade de instalação de novos apps e com uma taxa de abertura superior a 98%.
Numa época em que a experiência de compra é tão importante quanto o produto em si, o que sua organização pode fazer para – na prática – começar a usar alguns conceitos de serviço orientado ao consumidor e se aproximar mais e melhor dos seus clientes?
Várias marcas e serviços estão explorando no WhatsApp novas formas de atender e entender seus clientes. Pense, por exemplo, na possibilidade de mesclar bases de CRM de e-mails do marketing com números de telefone e histórico de compra do financeiro da sua empresa para aumentar o grau de entendimento de cada um dos seus leads.
Importância da disponibilidade
Informe-se mais sobre chatbots e como eles podem ser aliados importantes na sua estratégia de marketing.
Viajo o Brasil, palestrando e conduzindo workshops sobre marketing, chatbots e inteligência artificial.
Nada mais desejável que estar disponível, quando e onde o seu cliente precisar de ajuda, e, nos dias de hoje, essa situação pode acontecer literalmente a qualquer hora do dia ou noite. Basta pensar no caso de alguém que tenha passado o final de semana buscando informações sobre refrigeradores e, no domingo à noite, ainda tenha alguma dúvida sobre as modalidades de pagamento ou tempo de entrega que determinada empresa oferece. Cenas como esta são cada vez mais comuns e, independente do universo de atuação da sua organização, existirão, provavelmente, clientes buscando contato em horários alternativos, grande parte deles com dúvidas recorrentes.
Acredite, você ainda não conhece seu cliente Quais seriam os benefícios de conhecer 100 vezes melhor os hábitos dos seus clientes? De acordo com uma pesquisa da PWC (Sizing the Prize 2018), 80% dos dados mundiais são/estão inutilizáveis e não podem ser consultados, em grande parte 11
ESTRATÉGIA
por conta de segmentação da informação. Informação segmentada é um problema moderno, mas um hábito antigo na maioria das empresas com quem tenho conversado. Por conta do gerenciamento de setores ser, quase sempre, independente a ponto até de usarem softwares que não se integram, nas empresas brasileiras, as informações disponíveis sobre um mesmo cliente no setor financeiro, marketing ou redes sociais, raramente, se “encontra” e, por consequência disso, diversos insights sobre seus hábitos de consumo deixam de ser percebidos.
• Qual é a persona dos meus clientes? • Predição de CLTV (Customer Lifetime Value) • Identificar quais leads são mais propensos a se tornarem consumidores leai. A lista é infinita e depende da habilidade de perguntar bem, muito mais do que procurar boas respostas.
Existe um motivo para CEOs preferirem acreditar nos setores técnicos e financeiros de uma empresa ao invés do marketing: esses setores são data-driven.
Comece a centralizar dados de maneira que possa tratá-los e compará-los.
É neste contexto que profissionais especializados em marketing e orientados por tecnologia podem fazer a diferença, pois também são orientados a dados, mas possuem habilidades de percepção comportamental dispensável para os setores que consolidam apenas análises quantitativas. E isso faz toda a diferença, pois mesmo com poucos dados, temos condições de entender comportamentos qualitativos como:
Comece agora.
• O quanto as pessoas estão realmente sendo impactadas pelos produtos ou serviços de meu website? • Quanto cada cliente, individualmente, vai gastar com meus produtos ou serviços este ano? • Qual consumidor vai deixar de usar meus produtos ou serviços este ano? 12
• Por quais características eu devo segmentar meus clientes para impactá-los com campanhas de marketing?
Comece com experiências pequenas.
Costumo encerrar as minhas palestras e workshops sempre com uma mesma e necessária provocação: Num cenário em que dados, ferramentas de inteligência artificial e inbound, chatbots e social media são comuns a todas as empresas e grande parte delas de forma gratuita, o que vai diferenciar sua empresa das demais será, inevitavelmente, uma questão de sensibilidade humana no uso dessas tecnologias. Sua organização está preparada para este cenário?
Billy Garcia
Evangelizador de negócios conversacionais da Zenvia
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NEGÓCIOS
Por Diogo Lupinari
A TRANSFORMAÇÃO DIGITAL DE UMA EMPRESA PASSA PELA AUTOMAÇÃO DE MARKETING
Se você ainda não ouviu a expressão “transformação digital”, certamente, vai escutar nos próximos meses. O conceito é uma das principais tendências para empresas de diferentes setores e tamanhos e reforça a necessidade de se apostar em soluções tecnológicas ao mesmo tempo em que atualiza e expande a cultura organizacional para estes novos tempos. Seja de forma planejada ou não, o fato é que se trata de um caminho sem volta para os empreendedores que lidam com o ambiente digital, inclusive, essa mudança já
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está começando a partir da automação de seu departamento de marketing. Praticamente, três quartos das companhias brasileiras (75,3%) já despertaram para a importância que essa digitalização possui em seus negócios e consideram o tema totalmente essencial em suas estratégias, de acordo com dados da consultoria IDC Brasil. Mesmo assim, trata-se de uma tomada de consciência tardia por parte dos empresários nacionais: 42% admitiram que esperam iniciar esse proces-
NEGÓCIOS
so entre 2019 e 2021 e 10% deles não possuem qualquer planejamento de como fazer isso. Considero a transformação digital como uma união de duas ideias principais: adoção de tecnologias e mudanças de mindset e cultura organizacional. Do ponto de vista tecnológico, é essencial apostar em um ecossistema que utilize dezenas de aplicações em várias partes da empresa e que são capazes de resolverem problemas específicos. A adoção desses recursos, contudo, é apenas parte do processo. Essa mudança também é uma consequência para corporações que já pensam suas estratégias de forma digital e possuem estes sistemas funcionando de forma orgânica. Ou seja, com todas as soluções conectadas e conversando entre si, permitindo que os profissionais possam extrair valor dessa junção e o cliente possa melhorar sua experiência. É justamente neste ponto que entra o departamento de marketing. Como qualquer área, também possui suas próprias rotinas e processos e depende de sistemas, aplicações e softwares para gerenciar tudo. Hoje, os profissionais do setor lidam com captação e aquisição de leads, gestão de oportunidades, qualificação dessas informações, comunicação via redes sociais, entre outros. É comum, portanto, utilizar diferentes sistemas para cada um desses serviços. Assim, quanto mais integradas essas soluções estiverem, mais ricas serão essas informações dos clientes da empresa, que conseguirão ter uma visão macro de seu público-alvo, independentemente do canal que ele utilizar no dia a dia. Dessa forma, o obstáculo para as empresas não é mais encontrar informações digitais de seus clientes, mas sim tê-las descentralizadas – e utilizar formas de
juntá-las automaticamente. No caso do marketing, por exemplo, há diferentes dados que estão inseridos em sistemas específicos, como cadastro de pessoas no ERP, pontos de contato no CRM, e por aí vai. De forma manual, o profissional de marketing encontra uma realidade paralela de todos esses clientes, mas totalmente dispersa. É como se estivesse falando com três pessoas diferentes, mas, que no fundo, é o mesmo cliente. Sistemas integrados garantem que a comunicação faça sentido aos consumidores e, principalmente, automatizem processos burocráticos na rotina de trabalho. A transformação digital tornou-se primordial atualmente. Os negócios são digitais, as pessoas consomem quase tudo na Internet e até remodelaram velhos hábitos, como o abandono das ligações pela troca de mensagens por aplicativos. Evidentemente, não se faz isso em uma companhia de uma só vez. É necessário estudar os departamentos e os processos, avaliando o que faz sentido transformar digitalmente naquele momento – ainda que o marketing esteja na vanguarda por pura necessidade de trabalho. Em todo o caso, não há mais espaço para desconhecimento. Tenha certeza que o seu concorrente já está fazendo transformação digital. Se nenhuma empresa de seu segmento estiver trabalhando com isso, há startups em garagens ou salas de aula que estão criando uma nova tecnologia que vai mudar o seu mercado pra valer.
Diogo Lupinari CEO da Wevo
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ESPECIALISTA RESPONDE
GESTÃO DE PROJETO TRÊS PERGUNTAS PARA RAMON OLIVEIRA
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ESPECIALISTA RESPONDE
A Gestão de Projetos é um conceito que tem ganhado cada vez mais destaque no organograma das organizações. Um modelo de gestão bem aplicado traz mais resultados positivos para a empresa, otimizando serviço, tempo e até custos. Para entender um pouco mais sobre essa disciplina, o Digitalks conversou com Ramon Oliveira, CEO e Fundador do Instituto Mestre GP, empresa que dissemina conhecimento e conteúdo sobre a área de Gestão de Projetos para o mercado publicitário.
Projetos trará condições para que as agências e outros atores do mercado publicitário possam trilhar essa jornada de mudança com mais eficiência, porém, é importante ressaltar que a Gestão de Projetos deve ser encarada como um pilar da cultura organizacional e não apenas um “departamento”, ou seja, a Gestão de Projetos precisa ser encarada como disciplina transversal e todos precisam pensar de forma projetizada.
Confira a entrevista completa a seguir:
2 - Nem sempre implantar o mindset da gestão de projetos na empresa é uma tarefa fácil. Que dicas você dá para as organizações e marcas que querem colocar esse processo em prática? Quais os principais desafios que essas empresas podem vir a enfrentar?
1 - Por que ter um profissional focado nessa área é importante para qualquer empresa? Quais são os benefícios que um Gestor de Projetos pode trazer para a organização? Gestão em qualquer organização é essencial, sempre. Hoje, vivemos uma transição profunda nos modelos de negócio, nos modelos de trabalho e, consequentemente, há uma exigência profunda de revisão de processos de Gestão, acredito que isso tenha trazido a disciplina da Gestão de Projetos para o holofote. No mercado publicitário (ambiente que o Instituto Mestre GP é focado) isso é ainda mais relevante, pois, nossa indústria tem sido provocada a mudar, a se reinventar, e, aqui, eu não estou julgando modelos, porém, precisamos também protagonizar e também liderar as mudanças que temos visto no mundo, e isso passa por gestão e muito por uma visão de projetos. Então, acredito que isso tenha evidenciado no mercado publicitário esta disciplina. Nesse contexto, a figura do Gestor de
Trazendo um pouco da resposta anterior, entendo que a Gestão de Projetos precisa ser encarada como um pilar da cultura organizacional, então, de fato, não é uma tarefa simples essa mudança. Mudar cultura é uma tarefa que exige esforço e resiliência, no final, estamos falando de pessoas que operam em um determinado modelo e precisam ressignificar esse modelo para um novo, o que não é uma tarefa fácil. Não estamos aqui falando apenas de mudar um ou mais processos frios ou implementar uma ou mais ferramentas, é uma mudança de comportamento e atitude das pessoas (principalmente), porém, é possível. Existem vários cases onde essa mudança aconteceu e trouxer resultados muito interessantes.
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ESPECIALISTA RESPONDE
No meu trânsito nas empresas do mercado publicitário, principalmente as agências, eu identifiquei algumas questões muito similares em todas elas para a mudança acontecer. Listo abaixo o que eu percebi como os principais desafios que também servem como dicas para você (leitor) mapear em que cenário você está:
>> PATROCÍNIO DO BOARD:
é extremamente importante que o board esteja interessado em uma mudança como essa, ou seja, as lideranças da agência precisam entender e patrocinar as transformações que serão promovidas;
Com certeza, não no futuro, mas sim agora! É uma disciplina essencial para qualquer empresa, e o mercado publicitário precisa se aproximar cada vez mais destes conceitos e aplicar no seu dia a dia. Atualmente, os conceitos e a filosofia Ágil têm provocado uma mudança no mundo corporativo (em todos os segmentos), e a publicidade não é alheia a esta transformação. Eu vejo que o mindset Ágil é um caminho que temos que acompanhar e, por isso, em 2019 o mood do Instituto Mestre GP é o Agile Advertising. O objetivo este ano é: em tudo que fizermos, aproximar os conceitos de agilidade do mercado publicitário.
>> COMPROMETIMENTO DAS PESSOAS: mesmo com o patrocínio do board você ainda pode não ter sucesso em uma mudança (qualquer que seja), isso porque estamos falando de pessoas. É necessário então engajar as pessoas na mudança que será iniciada, nivelar o entendimento dos benefícios e, claro, ter a energia de cada um nessa jornada. As pessoas precisam pertencer ao processo transformação;
>> MOSTRAR RESULTADO: falar em mu-
dança de cultura e principalmente em uma transformação de modelos de Gestão, em quase 100% dos casos, é uma ação que não será percebida da noite para o dia. Os resultados serão percebidos em médio / a longo prazo, então, é preciso entender que algumas situações precisam ser encaradas como aprendizados e não como erros
3 - Você enxerga um futuro promissor para a gestão de projetos no Brasil? Que tipo de evolução podemos esperar para essa área? 18
Ramon Oliveira
Fundador do Instituto Mestre GP
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MARKETING DE RELACIONAMENTO
Por Beatriz Mazaro
Programas de Fidelidade ainda funcionam?
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MARKETING DE RELACIONAMENTO
Diante da profusão de Programas de Fidelidade e da variedade de mecânicas existentes, muitos profissionais de Marketing de Relacionamento se perguntam: programas de fidelidade ainda funcionam? Indicadores da ABEMF - Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Fidelização, mostram que sim: a comparação dos resultados de 2017 vs. 2018 apresenta crescimento de 15,6% na quantidade de cadastros, 16,4% no volume de pontos ou milhas acumulados e 17,9% no resgate de pontos. Como consequência, as empresas participantes da ABEMF tiveram um crescimento de 15,6% no seu faturamento bruto. Mas qual mecânica adotar? Existem diferentes modalidades de Programas de Relacionamento e uma delas pode servir ao seu negócio. Relacionamos as principais:
• Acúmulo de pontos (ou milhas) para resgate de produtos ou serviços Este é o tipo mais tradicional de Programa de Fidelidade, no qual o cliente acumula pontos (ou milhas) à medida em que adquire produtos ou serviços da empresa, podendo trocá-los por produtos da própria empresa ou de parceiras. Inicialmente oferecida pelas companhias aéreas, esta mecânica chegou até as operadoras de telefonia e cartões de crédito. Se, por um lado, esta mecânica estimula o consumo, por outro, acaba “monetizando” o relacionamento do cliente com a mar-
ca. Além disso, é necessária uma correta administração do passivo de pontos, com sofisticada engenharia financeira e um catálogo de prêmios atrativo.
• Acúmulo de pontos para upgrade de categoria Esta é uma modalidade que vem ganhando espaço entre as empresas, pois combina o comportamento transacional (acúmulo de pontos/milhas, por meio de consumo na empresa) com a oferta de benefícios diferenciados, a partir da segmentação de clientes. Assim, à medida em que consomem, os participantes são classificados em segmentos específicos e têm acesso a benefícios exclusivos. A estratégia, neste caso, é deixar clara a diferenciação entre os segmentos, despertando o desejo de upgrade entre os grupos, o que só é possível por meio do aumento nos volumes de gastos ou por pagamento de “mensalidades” – os chamados “clubes”. Algumas 21
MARKETING DE RELACIONAMENTO
redes de hotéis adotaram esta mecânica, mas é possível encontrar também no varejo de moda. Este procedimento diminui a “monetização” do relacionamento cliente-empresa, mas tem o grande desafio de oferecer benefícios REALMENTE atrativos e diferenciados, para estimular a manutenção ou o aumento do consumo.
• Clube de Descontos Diferentemente de ações promocionais específicas, os chamados Clubes de Desconto garantem benefícios permanentes aos participantes: sejam eles produtos de consumo regular ou oportunidades de cross-sell. No Brasil, as grandes redes varejistas e de farmácias adotaram esta mecânica. Esta modalidade permite a participação rápida e imediata do cliente: não é preciso consumo prévio, basta se cadastrar. O principal canal de relacionamento, em geral, é um aplicativo que permite a adesão aos descontos disponíveis e, eventualmente, benefícios exclusivos adquiridos por meio de gamefication. Existem questionamentos se esta modalidade se encaixa nos padrões de “Programas de Fidelidade”, uma vez que estimula a relação puramente comercial do cliente com a marca, tornando-se quase um “leilão” de ofertas e contribuindo pouco com a construção de marca. Por outro lado, é a mecânica mais data-driven existente, pois exige o uso intensivo de inteligência estatística para a seleção de ofertas personalizadas.
A mecânica é semelhante aos “clubes” oferecidos em outras modalidades, com a diferença de que não existe acúmulo de pontos para a troca de produtos. O participante desta mecânica tem benefícios exclusivos como: entregas grátis de compras online, streaming de músicas, livros e até mesmo filmes. Se, por um lado, a cobrança de mensalidade (ou anuidade) diminui os custos operacionais da empresa com o programa, por outro, não garante fidelidade à marca ou aos produtos, pois é passível de cancelamento a qualquer momento. Independentemente da modalidade escolhida, um Programa de Fidelidade só terá sucesso quando oferecer uma verdadeira proposta de valor aos participantes e estabelecer uma comunicação constante, relevante e personalizada com cada um deles. Sem dúvida, é preciso avaliar os impactos financeiros de cada mecânica no negócio, mas acima de tudo, o Programa de Fidelidade precisa estar aderente ao posicionamento da marca, seus valores e missão. Só assim terá o reconhecimento e a valorização de seus participantes.
• Pay-per-use Ainda pouco utilizada no Brasil, esta modalidade oferece a possibilidade de obter benefícios a partir do pagamento de um valor mensal (ou anual). 22
Beatriz Mazaro
Superintendente de Clientes e Planejamento da Marketdata
O P R I N C I PA L E V E N TO D E
N E GÓC I OS D I G I TA I S DO B RAS I L
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MÉDICO
MOBILE
Por Thiago Sarraf
COMO ANDA O MERCADO DE VENDAS MOBILE? Desde que a internet chegou a mais de 50% das casas brasileiras, graças ao acesso mobile, é quase impossível pensar que esse dispositivo que cabe em nossos bolsos não tenha mudado a forma como as pessoas se comunicam, conectam, informam e compram. Tratando-se de um dispositivo relativamente barato e praticamente indispensável para o dia a dia, os celulares já assumem parte do mercado de compras via internet. ● Dados da SPC Brasil de 2018 mostram que 74% dos brasileiros usam o smartphone
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em pelo menos uma das etapas de compra. Porém, apenas 14% deles concluem a compra via celular; ● Segundo senso do Movimento Compre e Confie, de 2017 para 2018, o uso do mobile cresceu 28% para realizar as compras na internet, enquanto o uso do desktop caiu 14%; ● As vendas via dispositivos móveis representaram 42,8% de todos os pedidos do e-commerce brasileiro em janeiro de 2019. Enquanto o e-commerce total cresceu 12%
NEGÓCIOS
em 2018, o m-commerce cresceu 41% no mesmo período, segundo a pesquisa da Webshoppers. Apesar de todo esse crescimento do m-commerce, o ticket médio de compras pelo Desktop ainda se mostra maior do que as compras feitas pelo celular. Mesmo com todos os avanços em relação às compras online, ainda existem os consumidores que têm mais receio da web. Não estamos falando de notícia de outro mundo, quando ouvimos dizer ou temos conhecidos que já caíram em fraudes pela internet. Não é à toa que ficamos com algumas pulgas atrás da orelha quando fazemos compras online. E como a segurança e adaptação ao estilo mobile é um fator mais recente, ainda nos encontramos desbravando certos sites e pensando várias vezes antes de fechar o carrinho. Essa, porém, é uma dúvida que está sendo resolvida pelos selos de segurança dos sites. Por isso, sempre ressalto aos meus clientes que é preciso deixar os selos de segurança à vista para o consumidor. Ele precisa ter essa garantia de que seu cartão não será clonado ou seu pedido chegará mesmo à sua casa. A melhor experiência de compra deve gerar maior crescimento nas compras via mobile. Justamente, pelo consumidor já estar em desconfiado, seu site mobile tem que ser praticamente perfeito para não deixar que o cliente desista e vá embora. Hoje, os sites responsivos são praticamente obrigatórios na hora de montar qualquer tipo de site, não apenas um e-commerce. Um site difícil de visualizar e difícil de navegar desestimula a conclusão da compra. Seu e-commerce tem que estar preparado para se adaptar a qualquer tamanho de tela.
Pense na experiência de compra: às vezes, o menos é mais, e nas vendas mobile o menos pode ser muito mais! Faça testes, observe sites de sucesso e entenda a razão por trás do sucesso. Estamos evoluindo para uma fase em que já não é mais preciso pensar em duas interfaces e o desktop não é mais o principal. Com o crescimento que os dados mobile tem apresentado, os e-commerces passarão a serem projetados para celular e serem adaptados para tela desktop. Ainda de acordo com o senso do Movimento Compre & Confie, o setor de moda foi o que apresentou maior crescimento. E posso confirmar isso com propriedade, pois tenho diversos clientes desse ramo. 70% dos acessos dessas lojas já são via mobile. E metade do faturamento também provém de compras pelo celular. Ou seja, para ramos promissores como esse, o investimento em mobile não pode faltar. Implantando essas mudanças com sucesso, a experiência do usuário melhora, a confiabilidade aumenta e suas vendas também. Assim, você elimina a possibilidade de um carrinho abandonado, ou melhor, esquecido, e consegue concluir a compra na hora. Quantas vezes, seja por distração ou enquanto sentados no transporte público, entramos em sites e acabamos colocando itens no carrinho de compras para depois esquecê-los? Quando não se trata de uma necessidade real, as chances de a compra não ser concluída porque foi deixada para fazer depois, são maiores.
Thiago Sarraf
Consultor e especialista em e-commerce 25
CONTÉM SPOILER! EXPO DIGITALKS
A nova geração digital e os desafios das marcas para lidar com esse público
Essa é a segunda publicação da nossa coluna que contém “bons spoilers” sobre o Expo Digitalks para vocês, nossos queridos leitores. Apenas recapitulando: esse ano, o Digitalks faz 10 anos, e estamos preparando um evento mais que especial, que acontece em agosto, e será repleto de conteúdos relevantes sobre os mercados de Marketing e Digital. Até a data do evento, vamos dar pequenos spoilers de alguns dos temas que serão debatidos e mais aprofundados no evento. Seguindo essa nossa jornada de trazer insights interessantes para vocês antes do Expo Digitalks, desta vez, entrevistamos o Médico e Mestre em Evolução Humana e Comportamento, Dr. Jairo Bouer. 26
Confira agora esse bate-papo:
1 - Quais as principais diferenças entre o comportamento do novo jovem em comparação com as gerações anteriores quando consideramos a forma que eles se relacionam e se comunicam? Creio que a grande diferença é o uso maciço que esses “novos jovens” fazem das tecnologias, notadamente das redes sociais, desde muito cedo. Esse padrão de uso acaba por moldar uma série de comportamentos e emoções. Os especialistas falam de uma geração de jovens que sofre mais (ansiedade, depressão, questões com imagem corporal, etc) e que tem dificuldades de relacionamento em função das mediações digitais. Será esse um jovem com
CONTÉM SPOILER! EXPO DIGITALKS
maior dificuldade de decodificar emoções nos seus pares quando esses estão fora das redes sociais? De qualquer forma, é uma geração que funciona de um modo distinto. São mais rápidos, mais interconectados, com uma atenção que flutua entre múltiplas tarefas e com uma dificuldade maior de focar em um único assunto, tarefa ou tema.
2 - Você acha que isso afeta a forma que as marcas devem se posicionar para conversar com esse público? Qual você considera que é o principal desafios das marcas e empresas para conversar com esse público de uma maneira mais assertiva? Acho que afeta sim! As marcas têm que pensar em um jovem que migrou das mídias tradicionais para as mídias digitais com todos seus códigos particulares de funcionamento. Esse jovem, para complicar mais, não está em uma única plataforma, mas está em várias. E em cada uma delas, ele espera um jeito distinto das marcas e das pessoas se posicionarem. O jovem também tem uma resistência crescente a posturas de comunicação vertical (imposição, autoridade, poder, hierarquia) e uma preferência por uma troca mais horizontal, de outras pessoas ou experiências que falem de uma forma mais próxima a ele. Nesse sentido, as marcas, para comunicar melhor, teriam que captar essas resistências e predisposições.
3 - No EXPO Digitalks (em agosto), vamos falar de forma mais aprofundada sobre o comportamento de consumo ligado à questão da saúde e à conectividade sadia. Por ora, você acredita que as empresas e as marcas poderiam contribuir de alguma forma para orientar essa nova geração a usar o mobile e o digital de forma mais saudável? Pode citar um exemplo? Acho que sim! Está havendo um uso, um pouco de exagero, na forma como eles usam o mobile e o digital (a gente vai estar, na época do Expo Digitalks, com os resultados de uma grande pesquisa sobre o comportamento desse jovem. A pesquisa mapeia, exatamente, os impactos da tecnologia no comportamento, emoções e desempenho escolar dos jovens). Acredito que as marcas têm um papel importante em ajudar esse jovem a enxergar riscos, problemas, exageros e trabalhar uma forma mais saudável de uso das tecnologias. Por exemplo, o uso do mobile que avança noite adentro e atrapalha o sono dos jovens (e por tabela, atenção e foco no dia seguinte). Sem contar questões importantes de saúde como sedentarismo, obesidade, dores e lesões por esforços repetidos, entre outras questões. É exatamente sobre esses impactos todos e as dificuldades que o jovem tem em enxergar esses exageros e suas consequências que a gente vai tratar em nossa fala no Expo Digitalks.
Jairo Bouer
Médico e Mestre em Evolução Humana e Comportamento 27
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Por Rafael Kiso
Unbound Marketing: integrando Inbound e Outbound Marketing atravĂŠs das redes sociais 28
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Quem ouve “Unbound Marketing” pela primeira vez pode pensar “lá vem mais um conceito novo no marketing”. Bom, eu também não gosto disso. Mas, às vezes, algo novo precisa surgir para que possamos romper algumas crenças limitantes. E o marketing está cheio delas. Uma dessas crenças é a de que Inbound Marketing é melhor e mais efetivo que Outbound Marketing. Ou o contrário. Levante a mão quem nunca ouviu que o Outbound morreu? Eu realmente já vi ótimos argumentos para isso. Mas não estou aqui para defender um ou o outro lado. O intuito desse artigo é te mostrar um framework estratégico que extrai o que há de melhor de cada um.
Integrando metodologias, otimizando resultados As redes sociais são verdadeiras protagonistas de tudo o que acontece na internet hoje em dia. O YouTube já se consolidou como a TV dos tempos atuais, e não é nenhum exagero dizer que as redes sociais são mídias de massa com recursos de segmentação avançada. Justamente por isso, grande parte do modelo tático do Unbound Marketing se baseia nas redes sociais e acontece
nesses canais. Diferente do que propõe o Marketing de Atração, utilizar mídia paga nas redes sociais para estimular o contato com o público-alvo pode acelerar o processo de conversão em clientes e ainda fomentar aquisição de promotores da marca. Obviamente, todos os esforços de Inbound Marketing são válidos na fase de descoberta, conversão de leads em clientes e fidelização. Investir em Marketing de Conteúdo, SEO, geração e nutrição de leads e encantamento de clientes, traz resultados muito positivos. Mas eles tendem a ser ainda melhores com ajuda do Outbound Marketing. Ao longo de 18 anos trabalhando com marcas de grandes portes, pude comprovar não só a eficácia disso, mas a importância de utilizar mídia paga de forma estratégica, ao longo da jornada, desde awareness até a geração de promotores da marca. Campanhas que levem conteúdos e benefícios exclusivos para clientes satisfeitos fomentam um comportamento peculiar, que chamo no Unbound de experiência compartilhada.
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Esse compartilhamento em massa – que deve ser estimulado através de campanhas e packs de benefícios - fomenta o UGC (User Generated Content) e, esses conteúdos tornam-se verdadeiros ativos da marca nas redes sociais. Não há dúvida que a melhor maneira de se estabelecer o primeiro contato entre uma pessoa e uma marca é a indicação. Seja ela de produtos, serviços, conteúdos, etc.
Objetivos de mídia Tanto a criação de conteúdos e peças quanto a escolha dos objetivos de mídia nas redes sociais devem ser estratégicos no Unbound. Inicialmente, quando os esforços de marca são apenas entrar no radar do público e gerar Awareness, o objetivo de mídia deve ser o Alcance. Isso porque, antes de tentar engajar o público (e este será o objetivo lá na frente), é preciso ser visto. Escolher o Alcance como objetivo nesta etapa será mais eficiente e te proporcionará um CPM menor quando comparado ao objetivo de Engajamento. A partir do momento em que uma marca busca uma ação específica como uma compra ou um download de um ebook, o objetivo de mídia passa a ser a Conversão. Com isso, a rede social otimizará o anúncio para que ele chegue a pessoas parecidas com as que já converteram. Após a compra, o cliente tem, de fato, sua primeira impressão do produto e da marca. Ele é capaz de analisar de forma 30
mais profunda se toda informação que ele acessou sobre aquilo corresponde, ou não, à realidade. Por estar mais propenso a interagir com a marca e compartilhar suas impressões, o objetivo de mídia deverá ser o Engajamento. O último estágio é onde a marca ganha seu principal ativo: o conteúdo gerado pelo usuário, ou UGC. Ao compartilhar sua experiência nas redes sociais de forma massiva, o cliente produz grande parte do conteúdo necessário para estimular novas pessoas à busca. Campanhas, promoções e concursos são algumas formas de estimular o UGC e o compartilhamento de massa. Lançar mão de recompensas, traçar estratégias de benefícios, premiações e member get member são algumas possibilidades. E como é muito mais fácil interagir com fãs, o objetivo de mídia aqui deve continuar sendo o Engajamento.
Conteúdo Assim como os objetivos de mídia, a criação de conteúdos no Unbound Marketing deve ser estratégica. Isso significa, em primeiro lugar, que 80% de todo conteúdo deve entregar valor para o público e apenas 20% deve ser promocional. Mas, não é só isso. O uso de storytelling nos conteúdos de todas as etapas garante que importantes gatilhos do neuromarketing sejam ativados, entre eles: pertencimento, conexão,
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economia de tempo e capital social. Fazendo um paralelo com a metodologia dos 3 Hs – help, hub e hero – fica mais fácil entender quais tipos de conteúdo criar e para quais canais. A maior parte do conteúdo deve ser do tipo help, ou seja: algo que ajude as pessoas a resolverem seus problemas e, por isso, lhes economiza tempo. Canais como blogs e YouTube são perfeitos para que esse tipo de conteúdo seja encontrado pelas pessoas no momento da busca ativa.
Esse conjunto de esforços que integra táticas de Inbound e Outbound Marketing estrategicamente através das redes sociais compõe o framework do Unbound Marketing.
Saiba mais detalhes e baixe o framework gratuitamente, utilizando este QR Code.
O segundo tipo de conteúdo a ser produzido, em escala menor, é o tipo hub. Ele deve ser entregue tanto para leads qualificados quanto para clientes. Hub não é um tipo de conteúdo feito para ser encontrado organicamente. Ele é entregue através de esforços Outbound e visa aumentar a conexão de um lead com o produto/serviço, ou aprofundar a experiência do cliente. Formas únicas de usar um produto e cases de clientes reais são exemplos de conteúdo hub. Estratégias de remarketing cabem perfeitamente aqui. O terceiro tipo de conteúdo é o mais avassalador de todos e tem alto potencial de viralização: o hero. Com ele, é possível construir ativações de marca para estimular o compartilhamento nas redes sociais. Conteúdos exclusivos, entregues em canais fechados de Facebook e WhatsApp, por exemplo, funcionarão para aumentar o capital social nesta etapa.
Rafael Kiso
Fundadora e CMO da mLabs
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CAPA
Por Bianca Borges
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O digital se tornou algo intrínseco na vida da sociedade atual, principalmente para as novas gerações que já nasceram em um mundo conectado, os chamados nativos digitais. Não é à toa que uma recente pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Opinião e Estatística (IBOPE) constatou que mais da metade da população do Brasil (52%) é incapaz de ficar distante de seus smartphones durante um dia inteiro. As pessoas querem marcar presença e ter uma identidade própria no ambiente online. Além disso, anseiam cada vez mais por experiências únicas. Segundo dados do 13º estudo anual Global Consumer Pulse, da Accenture Strategy, 66% dos consumidores brasileiros estão propensos a realizar compras com empresas que oferecem experiências personalizadas, desde que a confiança do cliente não seja comprometida. Outra pesquisa também desenvolvida pela Accenture, a Technology Vision 2019, classificou o período que estamos vivendo como “a era pós-digital”, na qual a realidade individual de cada ser humano possui extrema relevância. Portanto, o desafio das empresas atualmente é proporcionar experiências únicas a fim de atender as expectativas digitalmente maduras dos seus clientes. Diante desse contexto, surge o conceito da Cultura Digital First, que entende o digital como primeiro passo na interação entre pessoas. Empresas que compreendem o conceito já utilizam o digital como o primeiro canal para desenvolver estratégias de comunicação e marketing, desmembrando as ações da marca para as outros canais posteriormente.
O Digital em primeiro lugar Engana-se quem pensa que esse conceito está relacionado apenas à criação de comunicações mobile first ou ao desenvolvimento de um site responsivo para cada plataforma de mídia digital. Para quem quer se adaptar às exigências da nova economia e inserir em suas rotinas a Cultura Digital First, é importante entender que o digital não é só um canal de comunicação e sim um item que está intrínseco no dia a dia das pessoas. Fazendo uma comparação: imagine se, hoje, você tivesse que abdicar do conforto do seu banho quente ou da facilidade que o fogão elétrico trouxe? Da mesma forma que isso seria impensável para quase toda a população, porque já está introjetado nos hábitos sociais, o digital também se tornou algo impossível de abandonar, visto que está atrelado à nossa realidade de vida. O ambiente online, muitas vezes, guia nosso modo de pensar, agir e até resolver problemas. As marcas precisam observar essa relação dos indivíduos com o digital e com a tecnologia e, tornar esse um dos pontos de partida para melhorar serviços, produtos e até otimizar campanhas. E algumas empresas já começaram a entender esse novo contexto e repensar suas estratégias. O mindset da Cultura Digital First tende a transformar toda a estrutura de uma organização, pois, a empresa que opta por adotar esse conceito, começa a enxergar o digital de uma maneira diferenciada e passa a repensar sua proposta 33
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de valor aos clientes, além de reformular seus processos internos e estratégias de marketing. Está aqui a razão pela qual o processo de ambientação a uma Cultura Digital First está incluída na Transformação Digital dos negócios atuais, que também exige uma intensa mudança nos modelos de pensamento diante de diversas frentes.
Novos canais, comunicação e vendas É fato que as tendências sociais mudam o comportamento das pessoas e, por sua vez, essas transformações também afetam as empresas e a forma como elas precisam lidar com os consumidores. Com a Cultura Digital First surgem possibilidades de novos produtos e serviços que serão pensados a partir desse mindset. Além disso, também é uma tendência o aparecimento de novos canais de mídia como, por exemplo, os aparelhos conectados pela Internet das Coisas (IoT). Segundo uma recente pesquisa realizada pela AdMaster, televisores inteligentes e aparelhos eletrônicos se tornarão alguns dos novos canais de publicidade para impactar clientes. De acordo com a edição de 2019, do Internet of Things Report, produzido pela Business Insider Intelligence, haverá mais de 64 bilhões de dispositivos IoT instalados em todo o mundo até 2026. Além disso, tanto as empresas como os consumidores gastarão cerca de US$ 15 trilhões em dispositivos, soluções e sistemas de suporte da IoT até 2026. A pesquisa também prevê que o investi34
mento anual em Internet das Coisas deverá superar US$ 1 trilhões em 2021. A internet das Coisas também foi uma das tecnologias emergentes apontada pelos principais profissionais de marketing entrevistados no estudo 20/20 Vision: A Marketing Leader’s View of Digital’s Future. Outras tendências mencionadas por esse grupo de profissionais foram: inteligência artificial, tecnologia de aplicativos e social customer service. Entretanto não é só nos produtos que as tecnologias emergentes, acopladas à Cultura Digital First, estão provocando mudanças. A inteligência artificial (AI, na sigla em inglês), por exemplo, está permitindo a otimização de anúncios. Uma pesquisa da LoopMe revelou que 71% dos profissionais de marketing estão investindo em AI para criar e distribuir anúncios personalizados, e 58% deles acredita que um dos maiores benefícios da inteligência artificial para o marketing é exatamente essa questão da personalização. Outro hábito que advém da Cultura Digital First e está se tornando mais comum a cada dia é a busca e até a compra por voz. Segundo a ComScore, até 2020, metade das pesquisas na internet serão feitas através do uso da voz, e o mercado de reconhecimento de voz movimentará cerca de US$ 601 milhões no ano que vem. A busca por voz é um dos recursos no qual as empresas precisam começar a pensar em utilizar para impactar o novo consumidor digital. As organizações po-
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dem preparar seus sites para suportar essa tecnologia, talvez inserir essa facilidade até em seus aplicativos ou mesmo em produtos. Na Cultura Digital First, para conquistar o sucesso, as organizações precisam prestar ainda mais atenção aos hábitos dos seus clientes e isso inclui o relacionamento deles com as tecnologias emergentes. A partir desse contexto, as marcas e empresas precisam recriar e inovar na maneira como divulgam e disponibilizam produtos e serviços. Algumas empresas já nasceram digitais e já compreendem bem o conceito da Cultura Digital First, já outras ainda estão passando por essa adaptação de mentalidade. Para entender quais são os principais desafios em se adaptar de forma prática à Cultura Digital First, o Digitalks conversou com representantes de marcas que já estão atuando nessa frente. Confira a seguir alguns depoimentos e insights de negócios:
Fernando Vilela, Head de Growth e Marketing da Rappi no Brasil “O fascinante de viver nesse modelo [de Cultura Digital First] é a adrenalina de renovar processos constantemente, pivotar ideias que pareciam ser incríveis e fazer, em apenas uma semana, o que muitos lugares fazem em um semestre. Vale ressaltar que para nós é super importante se concentrar no usuário e todas as iniciativas são feitas pensando nele. Para te dar um exemplo claro, temos um botão chamado
“Qualquer Coisa”. Usamos ele como nossos ouvidos e assim conseguimos desenvolver internamente uma gama de novos serviços/verticais, como, por exemplo, Farmácia, Rappi Cash, entre outros. O nosso grande desafio é como manter esse rápido crescimento global de 20% ao mês. [...] Outro grande desafio é controlar e monitorar o que está acontecendo no mundo e nunca perder o timing de algo.”
Julio Duram, Diretor de Produto e Tecnologia do aplicativo Guiabolso “Um pensamento digital não implica necessariamente em revoluções tecnológicas. Tem mais a ver com ser centrado no cliente, pensar, idealizar, testar, medir e redirecionar rapidamente, com custo baixo. Ou seja, pensar como uma startup sempre. [...] Atualmente, o caminho preferido pelos clientes é o smartphone, por estar sempre presente e ser ultra conveniente. É uma opção relativamente nova (aproximadamente 8 anos). Novos serviços baseados em interação por linguagem natural, seja por voz ou teclado, bem como a aplicação cada vez maior de inteligência para, de maneira preditiva, interagir com os clientes e surpreendê-los, demandarão uma revolução na forma como desenhamos e implementamos os produtos digitais. [Por isso], temos uma área de UX (User Experience) sempre conectada com as principais tecnologias que imaginamos para o futuro e planejando testes de conceito. Ao fim do dia, o cliente escolhe como e 35
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por onde quer interagir com nosso produto ou serviço. O segredo é estar sempre ouvindo e entendendo os sinais deixados por nossos usuários.”
Felipe Facchini, Diretor de Vendas da área de Middle Market do PayPal Brasil e México “Para estar sempre na vanguarda em nosso mercado de atuação, mantemos dois laboratórios de inovação, um em San Jose, na Califórnia (onde fica a sede do PayPal), e outro em Nova York. É lá que nossas equipes se antecipam ao futuro dos pagamentos eletrônicos. A missão desses profissionais é fazer o meio digital se tornar orgânico na vida dos nossos clientes, tornando mais fáceis e rápidas certas tarefas do dia a dia, e dando a eles mais tempo para se dedicarem ao que realmente importa, ou seja, viver. [...] [Já] a Internet das Coisas é inescapável, já é uma realidade possível no horizonte. E as empresas terão de lidar com essa mudança em algum momento de suas vidas. Aqui no PayPal trabalhamos com inteligência artificial e machine learning para criar produtos e serviços cada vez mais intuitivos para os nossos clientes. E apostamos em um cenário no qual o virtual e o real estarão tão próximos que, em alguns momentos, será difícil perceber quando um acaba e o outro começa.”
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Reinaldo Nogueira, Professor da Business School São Paulo - BSP “Pessoas, Pessoas, Pessoas. Nunca se falou tanto em transformar pessoas para ter o resultado na ponta do mercado – que é a oferta da empresa. Esta transformação passa pelo entendimento de oportunidades, novos formatos de trabalho, novos formatos de entrega de resultados e uma lista sem fim de novos hábitos que – na sua essência – mostrarão à empresa como ela poderá produzir à altura do que é esperado no formato digital. Não se trata, portanto, de tecnologia aplicada e sim de pessoas aplicadas à tecnologia. [...] O desafio aqui reside em entender que tipo de comportamento poderá ser mapeado para ser atendido da melhor forma através de tecnologia da informação, tecnologia dos devices, entre outros temas. Novamente, a grande questão é a tratativa de iniciativas e atitudes que as empresas podem fomentar entre seus colaboradores para que haja o resultado esperado.”
Thiago Lima, CEO do LinkApi “Seguimos sempre o princípio do digital first que foca em ‘fazer mais com menos’. [...] No LinkApi estamos nos estruturando cada vez mais em relação a processos de coletar dados, automatizar e melhorar a vida dos nossos usuários finais. Essas são as três etapas básicas que seguimos para essa nova economia. Todas as decisões de negócio no LinkApi já partem de dados de comportamento dos nossos usuários e de mercado, e com o passar do tempo, essa inteligência tem ficado cada vez mais eficaz.
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[...] Acreditamos muito no modelo de inovação aberta, no qual, você se posiciona como plataforma e o seu ecossistema te ajuda na construção das inovações e na entrega de valor ao mercado. Por isso, estamos reestruturando nosso modelo de negócios para que ele evolua a partir de ecossistemas e comunidades. [...] Nossos principais canais serão nossos próprios usuários que são fãs da marca e, com isso, se tornam influenciadores através das mídias sociais. Além disso, seguiremos no conceito de uma plataforma que possibilita conexões do novo mundo e do legado, assim conseguiremos aproveitar qualquer nova onda dessa economia, como por exemplo: a de dispositivos IoT.”
André Pontual, CEO e Co Founder da NoBeta “A Cultura Digital First é característica da Geração Pós-Digital, que vivencia o Digital como parte intrínseca da vida, servindo como extensão do próprio corpo. [...] Nesse sentido, a NoBeta passou por um caminho inverso da maioria das empresas, pois nasceu com esse mindset, mas demorou muito para ser compreendida. Hoje, features como segmentação comportamental, alto viewability e preocupação com UX é novidade na maioria das empresas, mas sempre fez parte do core da empresa. [...] Hoje o principal desafio da NoBeta é enfrentar uma cultura pré-estabelecida, baseada na Geração Digital, que não entende que a Geração Pós Digital se difere, e muito, da anterior. Essa nova geração é um tipo de usuário diferente, que entende que o conteúdo de qualidade precisa
de dinheiro para existir e, portanto, não se incomoda com anúncios de publicidade, desde que estes sejam bem pensados e respeitem o consumo de conteúdo. Tanto é que é cada vez mais comum mecânicas de “ patrocínio” seja nos streams do Twitch, Super Chat do Youtube e Patron.”
Eduardo Baer, CEO da DogHero “A DogHero começou como um site, em 2014, mas no início do ano seguinte lançou o seu aplicativo, por entender que poderia oferecer uma experiência mais interessante e completa para os usuários por meio da plataforma. O app DogHero é atualizado semanalmente, sempre com pequenas correções e novas funcionalidades. O Product Manager da empresa conversa diariamente com os anfitriões e aplica testes com outros heavy users para avaliar se as melhorias estão sendo bem recebidas. As mudanças no app são muito pautadas em cima das demandas dos users, que se manifestam por meio de vários canais de comunicação disponibilizados pela DogHero. Além de um grupo de anfitriões e de um time interno de atendimento, a empresa mantém uma equipe de Tecnologia focada em ouvir os feedbacks que chegam pelo canal de suporte e em pensar melhorias e novidades para o aplicativo. O serviço de passeios, por exemplo, lançado em 2018 pela empresa, surgiu desse contato direto e o objetivo é que outros serviços venham à tona da mesma maneira.”
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Leandro Esposito, Gerente Geral do Waze para o Brasil “No Waze, as pessoas se ajudam mutuamente com pequenos atos colaborativos e isso é um exemplo de impacto positivo da economia digital. Nós criamos uma nova oportunidade, dando a possibilidade de um anunciante utilizar o momento da mobilidade para transformar os seus negócios em destinos para os wazers. [...] Para os negócios, o grande desafio é como o Waze entende esse comportamento do motorista no último instante, antes do consumo, e consegue sugerir facilidades e informações voltadas ao mundo comercial, como por exemplo, promoções de produtos de interesse do motorista que estejam próximos ou na rota dele. [...] Para isso, o colocamos sempre em primeiro lugar, ouvindo feedbacks e buscando melhorar, dia após dia, nossos serviços, além de contribuir para a mobilidade urbana e cidades mais inteligentes.”
Eduardo L’Hotellier, CEO do GetNinjas “Um dos principais desafios é justamente promover a migração do mercado de serviços para o online. Isso envolve criar um novo hábito na forma como as pessoas buscam por profissionais para executar serviços. O mesmo movimento já vem ocorrendo no modelo de negócio dos aplicativos de transporte ou da entrega de comida. [...] O nosso produto é por si só um passo à frente da realidade que temos hoje: um mercado de serviços praticamente todo offline. Para acompanhar 38
essa evolução das atividades humanas, por meio do universo digital, é importante estar sempre por dentro do que usuário quer e sente. É por meio desse contato constante com os usuários, que podemos criar soluções cada vez mais inovadoras e úteis para o dia a dia.”
Cassio Bobsin, CEO da Zenvia “Vemos que, na realidade, os processos da maioria das empresas foram pensados em mundo analógico e voltados para a estrutura da organização, e não para o cliente. Os maiores desafios estão na gestão de informações que é descentralizada, a conexão entre as diferentes etapas que é baseada em interações humanizadas e fluxos de aprovação que são hierárquicos. Os desafios, portanto, passam por mudar o mindset e redesenhar os processos para privilegiar o acesso à informação e a tomada de decisão instantânea, focando na jornada e na experiência do consumidor. Vemos que existem muitos desafios para as organizações utilizarem os canais de mídias sociais, de voz e de mensagens. O IoT ainda é algo que não aparece no roadmap de curto e médio prazo das empresas brasileiras. A realidade é que há muito valor a criar com simples automações e integrações para melhorar a experiência do cliente nos canais que ele já utiliza pessoalmente, e ainda têm muito potencial para ser trabalhado pelas empresas.”
Bianca Borges
Jornalista e Analista de Conteúdo do Digitalks
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INCLUSÃO
Por Liliane Rocha
Trabalhar é um direito de todos, mas sem a valorização da diversidade, muitos profissionais continuam fora do mercado de trabalho
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INCLUSÃO
Dia 1 de maio é Dia do Trabalho, e este marco me leva a reflexão sobre uma frase da Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948, que em seu Artigo 23 diz que “todo ser humano tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a condições justas e favoráveis de trabalho e à proteção contra o desemprego. E também que todo ser humano, sem qualquer distinção, tem direito a igual remuneração por igual trabalho”. Mas vejamos, quando olhamos para o cenário empresarial, hoje, em 2019, será que atualmente todos as pessoas têm tido acesso ao trabalho? Todos, sem distinção de qualquer tipo, têm tido direito a igual remuneração? Façamos o recorte do Brasil: somos cerca de 200 milhões de brasileiros, com aproximadamente 52% de mulheres, 54% de negros, 7% de pessoas com deficiência, e gosto de usar a escala Kinsey como balizadora, pois, apesar de a considerar subestimada devido à época em que foi feita, ainda assim nos dá um parâmetro que mostra que cerca de 10% da população é homossexual. Quando você olha para dentro da sua empresa ou das empresas que conhece, no quadro de funcionários em geral percebe que a demografia da sociedade brasileira, somente para falar desse recorte mencionado por mim, está ali representada? E quando olha para a liderança? Vê a representatividade, consegue enxergar a demografia da sociedade brasileira lá? Essa é a minha inquietação, pois a Declaração Universal dos Diretos Humanos foi escrita no contexto do holocausto, quando líderes globais, estarrecidos com o potencial de barbárie da humanidade se reuniram na Cúpula das Nações Unidas para falar sobre direitos básicos de todo ser humano. Também temos especificamente no Brasil a Constituição Cidadã, de 1988, que também nos dá parâmetros e caminhos antidiscrimi-
nação, e em prol da valorização da diversidade. Por que então, ainda assim, uma parcela da população está fora do mercado de trabalho? Por que quando essa parcela acessa o mercado de trabalho, ainda enfrenta a problemática da distinção salarial? Em geral, quando tenho essa conversa nas empresas, e eu mesma lembro de fatores históricos que diferenciaram grupos ao longo da história do Brasil. Isto é legítimo, mas ainda assim quando vejo que segundo o Instituto Ethos, mulheres são 35% do quadro funcional, 13% da liderança, negros 35% do quadro funcional e 4,7% da liderança, e pessoas com deficiência 2,3% do quadro funcional e 0,6% da liderança me pergunto: estamos suficientemente comprometidos com a valorização da diversidade em nossas organizações? Se sim, os passos não simples! A primeira ação que devemos empreender é elaborar uma estratégia que, levando em consideração o segmento da empresa, a quantidade total de funcionários, e quais temáticas de diversidade fazem sentido para o seu contexto, trace metas de curto, médio e longo prazos, que possibilitem medir os avanços. Essa estratégia deverá considerar que parte dos funcionários serão mais inclusivos por convicção e por acreditar que é a coisa certa a ser feita, parte porque considera a diversidade estratégica para os negócios, e parte por saber que este é o novo posicionamento da empresa e que deve ser seguido. As estratégias envolvem captação, retenção, desenvolvimento e cultura organizacional. Vamos começar a atuar hoje para que no próximo 1 de maio realmente possamos celebrar uma sociedade e empresas mais inclusivas para todos?
Liliane Rocha
Fundadora e CEO da Gestão Kairós
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DIGI EXPERIĂŠNCIA
Por Ricardo Rodrigues
O que aprendi vivendo duas semanas com 14 empreendedores do mundo todo 42
DIGI EXPERIÊNCIA
Empreendendo há quase cinco anos na Social Miner, eu precisei me adaptar e mudar rápido para acompanhar o ritmo de crescimento da empresa. Um dos meus principais desafios nos últimos anos foi conseguir delegar responsabilidades para poder focar no futuro. Hoje, não preciso me envolver, taticamente, na operação: somos mais de 60 pessoas e, felizmente, consegui confiar minhas principais atividades a outros integrantes do time.
me prometi que iria deixar as coisas acontecerem naturalmente e que eu aproveitaria esta experiência de forma mais orgânica e sem pressão. Afinal, o foco era eu e não o meu negócio.
Mas quando você delega “tudo” para pessoas incríveis, que fazem seu antigo trabalho melhor que você, qual é o seu papel na organização? Pode parecer simples, mas era mais fácil me sentir útil botando a mão na massa. Só que agora o desafio era outro: ser estratégico. E esse foi meu dilema em 2018, quando fui convidado pelo Google for Startups para me inscrever em um programa chamado Blackbox Connect, com foco no empreendedor. Me inscrevi e passei na primeira etapa de entrevistas do programa por telefone. Percebi que eles estavam muito interessados em saber dos meus desafios e foi ali que eu desabafei: contei sobre minhas dificuldades como líder de uma empresa, crescendo e mudando o tempo todo. Parece que isso ajudou, então passei por uma segunda conversa e, finalmente, fui selecionado, junto com outros 14 empreendedores de todos os continentes do mundo. Quando veio a notícia da aprovação, caiu a ficha de que eu passaria 2 semanas em São Francisco, na Califórnia, dividindo uma casa com outros empreendedores. Normalmente, eu me preocupo muito em ser produtivo e aproveitar ao máximo essas oportunidades. Mas, por dica do meu terapêuta, dessa vez, eu fiz diferente e não me preocupei tanto. Pelo contrário, aliás,
Fotos: casa que hospedou os 15 empreendedores selecionados para o Blackbox Connect
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DIGI EXPERIÊNCIA
A CONEXÃO COM OUTROS EMPREENDEDORES Na manhã do primeiro dia,– havia pessoas de Singapura, China, Austrália, Uganda e outros 7 países –, e a primeira coisa que fizeram foi pedir para cada um contar sua história, SEM citar seus negócios. Ali criamos uma conexão imediata! Não existe quase nada mais interessante para mim do que saber sobre a trajetória e as motivações de outros empreendedores. Depois dessa sessão de relatos incríveis, parecia que nos conhecíamos há muito tempo. Então, com uma dinâmica simples de post-its, nós decidimos juntos quais seriam as premissas de convivência na casa. Isso foi fundamental para criarmos um ambiente em que pudéssemos ser vulneráveis, nos conectar profundamente e sermos inclusivos. Estes foram compromissos que escolhemos e acordamos em seguir durante estas duas semanas, e isso fez toda a diferença.
A ROTINA Nossa rotina começava cedo e terminava no jantar, todos os dias úteis. Era muito intenso. Tivemos acesso e conversas com pessoas muito especiais. Discutimos assuntos como Design Thinking, Liderança e Meditação, além de apresentarmos workshops que nós mesmos fizemos. Mas, sem dúvida, o mais interessante da experiência foram os participantes e suas motivações para empreender. Os negócios eram diversos, como uma garota que cansou de sofrer assédio e criou uma plataforma para ajudar a tornar as cidades mais seguras para mulheres; um empreendedor 44
que criou um modelo de microcréditos na África para quem não tem acesso a um sistema de saúde básico; e uma esportista querendo ajudar outras pessoas a encontrarem oportunidades de trabalho pelo mundo. E se as empresas eram diferentes, os cenários eram mais ainda. Já imaginou, por exemplo, que se você morasse na China, não teria acesso ao Google? No entanto, nossas motivações para empreender eram muito parecidas, e é aqui que estava a grande magia deste programa. No final estávamos todos muito próximos.
TRÊS APRENDIZADOS QUE ESTÃO ME TRANSFORMANDO Duas semanas passaram voando e gostaria de dizer que aprendi algo específico. Mas, na verdade, foram tantos os momentos em que eu me deparei com culturas e pontos de vistas diferentes, que eu devo ter aprendido muito mais do que posso imaginar. Um mês depois eu ainda me pego lembrando de algumas situações e tendo novos insights sobre o que aconteceu por lá. Então vou listar aqui algumas reflexões que tive e ainda estou processando:
1. O medo de parecer um “babaca” Eu tenho muito prazer em ver meus colaboradores se divertindo, viajando, tendo acesso a novas experiências, especialmente, se eu souber que eu estou contribuindo com isso de alguma forma. Mas por que, quando é comigo, a história é diferente? Em uma das atividades do programa um coach famoso do Vale do Silício me ques-
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tionou: “por que você tem dificuldade em mostrar seus privilégios”? Nem eu sabia responder. Então ele pediu para eu perguntar para as pessoas da sala o que elas achavam. Ficou muito claro para mim que a única pessoa se preocupando com isso era eu mesmo. Isso significa que, mesmo que eu esteja sempre pensando nas pessoas, não tenho motivos para me preocupar demais em como elas me veem.
2.
Entender e reconhecer onde sou bom
O QUE VAI SER DIFERENTE Voltei para o Brasil me conhecendo um pouco melhor, cheio de gás e com muita vontade de compartilhar o que vivi (por isso escrevi este artigo). E, para exercitar meu aprendizado sobre verbalizar intenções. Uma das primeiras coisas que fiz quando voltei para a empresa foi compartilhar a experiência com as outras lideranças e com os colaboradores, quando tive a oportunidade.
Eu penso muito sobre o que eu tenho que aprender e fazer melhor. Mas, muitas vezes, eu não reconheço minhas fortalezas e como posso usá-las para potencializar meu trabalho e resultados. Por exemplo: conversando com outros empreendedores durante o programa foi mais fácil perceber quantas coisas já fazemos bem na Social Miner, como o desenvolvimento da nossa cultura, a definição de metas (OKRs) e os processos de onboarding.
3. Verbalizar intenções Conforme eu deleguei minhas tarefas na Social Miner – e foram muitas, desde o financeiro, marketing, vendas, até o produto – fiquei mais ansioso. Isso porque, a partir desse momento, a execução não dependia mais de mim.
Foto: Todos os empreendedores participantes desta edição do Blackbox Connect
Hoje não tenho dúvidas de que me entender melhor vai me ajudar, também, a construir um negócio melhor. Se é empreendedor(a), não esqueça de cuidar de si!
Por isso, falhei em muitos casos em que, tentando ajudar as pessoas com meu conhecimento, na verdade eu estava dando instruções de como eu faria certas coisas. E isso é desmotivante para quem quer se desenvolver e ter mais autonomia. O que posso dizer é que leva um tempo, mas estou aprendendo a verbalizar mais as minhas intenções (onde quero chegar), e não instruções (como quero chegar).
Ricardo Rodrigues
Co-fundador da Social Miner
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SEGURANÇA
Por Fernando Fonseca
GERANDO BLUEBLOCKS PARA ATENDER ÀS LEIS DE PRIVACIDADE
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SEGURANÇA
As leis de proteção à privacidade de dados, como a GDPR da União Europeia e a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) brasileira possuem uma série de exigências. Um dos desafios na busca pela conformidade com as novas Leis é proteger a privacidade em todo o ciclo de vida da informação, desde de sua coleta até a sua eliminação. Neste artigo, discutiremos a criação da informação em nossos sistemas, ou seja, a coleta dos dados do titular. Os canais digitais são grandes coletores de informações pessoais, eles estão na entrada do fluxo de dados dos sistemas e precisam de toda nossa atenção para que possamos atender à orientação de proteger os dados pessoais que estão sendo adquiridos desde o início de seu ciclo de vida em nossas bases de dados. Nós chamamos de Blueblock aquele conjunto de dados sobre um indivíduo que tenha legalidade para seu processamento e que receba controles de segurança apropriados para o nível de sensibilidade dessas informações. Se o processamento for legítimo, mas não tiver a proteção adequada será considerado um PurpleBlock, e caso não tenha legitimidade será considerado um Redblock. O objetivo final é que as empresas possam obter o maior percentual de Blueblocks. A grande questão é entender todos os requisitos para que, ao adquirir um novo lead, não criemos em nosso sistema um Redblock ou um Purpleblock, mas sim um legítimo e belo Blueblock. Para isso, precisamos atender a todos os princí-
pios de legitimidade e segurança, como os citados abaixo:
FINALIDADE Realização do tratamento (coleta no caso) para propósitos legítimos, específicos, explícitos e informados ao titular. Neste caso, informamos na própria página para que estamos coletando aqueles dados e tudo que pretendemos fazer com eles.
NECESSIDADE Contrariando a máxima de coletar todo os dados possíveis para gerar valor no futuro, as leis de privacidade nos exigem que limitemos o tratamento (inclusive a coleta de dados) apenas aos dados necessários para nossas necessidades, ou seja, na maioria dos casos só precisaremos do nome e e-mail para mandar uma campanha de e-mail marketing. Se formos criar campanhas regionalizadas, como empresas que divulgam shows e cursos, podemos coletar também a cidade, mas não precisamos do CEP do titular dos dados.
TRANSPARÊNCIA Garantia, aos titulares, de informações claras, precisas e facilmente acessíveis
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CONTENT MARKETING
sobre a realização do tratamento e os respectivos agentes de tratamento. Para evitar questionamentos sobre a informação, estar ou não “facilmente acessível” usamos um ícone flutuante de privacidade, presente em todas as páginas do site, e que apresenta todas as informações relacionadas à privacidade, desde os cookies do site até o nome e contato do DPO (Encarregado de proteção) da empresa. Uma outra abordagem é colocar no rodapé de todas as páginas.
titular dos dados, com um local onde ele possa marcar que entende porque está fornecendo seus dados. Observados estes princípios, e, eventualmente, outros previstos no artigo 6 a 10 da LGPD, podemos considerar que a informação coletada sobre o indivíduo formou um Blueblock em nosso sistema, ou seja, um conjunto de informações pessoais coletado com legitimidade e segurança, e que não nos trará um passivo jurídico perante a nova lei.
SEGURANÇA Utilização de medidas técnicas e administrativas aptas a proteger os dados pessoais de acessos não autorizados e de situações acidentais ou ilícitas de destruição, perda, alteração, comunicação ou difusão. Neste caso, precisamos proteger os dados desde a coleta (utilizando páginas com certificado digital e HTTPS, por exemplo) até o seu armazenamento, impedindo que sejam extraídos irregularmente com ataques do tipo SQL Injection, por exemplo.
REQUISITOS Uma coleta de dados deve atender a um requisito legal, como por exemplo, uma obrigação contratual (o endereço para entregar um produto), legal (o CPF para emitir uma nota fiscal), tutela da saúde (alguma alergias a medicamento) ou ainda com o consentimento inequívoco do 48
Fernando Fonseca
Chief Visionary Officer da Privally
TENDร NCIA
Por Leandro Vieira
ENCANTADO MUNDO FIRST Mobile First, API First, Digital First. Qual serรก o prรณximo First?
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TENDÊNCIA
A cada época temos algum termo acrescido do termo “First”. A tática visa chamar atenção para o foco em algo. Mas será que esse algo a ser massificado, é o melhor para o seu negócio? Será que o seu timing é agora? Precisamos aproveitar as ondas, mas o senso crítico é necessário para surfarmos a onda perfeita.
Nesse contexto, seria o caso de sermos Desktop First? Não. Há significativos benefícios em considerar o Mobile First em sua estratégia:
1. O Google é Mobile First, e boa parte do tráfego da sua presença online virá dele;
Vamos retomar ao primeiro parágrafo, e discutir sobre essas três ondas: Mobile, API e Digital. Ambos First, é claro.
2. O esforço para promover cada vez o AMP (Accelerated Mobile Pages) é constante;
MOBILE FIRST
3. Seus usuários não largam o celular, é preciso prover uma boa experiência para eles;
Mobile First é um conceito aplicado em projetos web, onde o foco inicial da arquitetura e desenvolvimento é direcionado aos dispositivos móveis. Em negócios focados no segmento B2B, não podemos ignorar o desktop. Uma vez que a maioria das transações acontecem no ambiente corporativo, quando os usuários estão diantes das telas grandes. Para adotar o Mobile First precisamos: ter o mindset necessário e saber lidar com o quarteto: usuário-lugar-dia-horário. O usuário, ponto central das suas estratégias, possui diferentes padrões de comportamento. Esses padrões estão relacionados ao dispositivo em uso, o local, dia e horário. Portanto, é importante, e necessário, ser Mobile First. Mas precisamos considerar as demais variáveis em que o dispositivo não será aquele que fica na palma da mão. Em alguns casos B2B, incluo meu negócio nessa, 80% dos acessos são através de Desktop, acontecem de segunda à sexta entre às 8h e 20h. Após esse horário, e nos finais de semana, é 80% mobile.
4. No Brasil há mais celulares do que habitantes. Mas é preciso ir além, pensar integrado. Nem tudo é Mobile First.
API FIRST O conceito de API First vem crescendo entre as organizações. Sua aplicabilidade permite melhor integração entre departamentos, parceiros e aplicações. Também permite gerar novos negócios e novas receitas antes não imaginadas. Uma estratégia de API First significa que ela será a primeira (e talvez a única), interface da sua aplicação. A forma como seu produto vai expor as funcionalidades e possibilidades será através de requisições aos endpoints do seu serviço de API. É pensar além da interface gráfica e concentrar os esforços iniciais em como o consumo dos dados serão realizados. Mas você tem estrutura de pessoal e conhecimento para embarcar nesse caminho? As possi51
TENDÊNCIA
bilidades são diversas, mas é necessário conhecer os detalhes técnicos. O exemplo mais simples para ilustrar uma estratégia de API First, é pensar no potencial de negócios tendo um CMS como ponto focal.
com a integração de uma estratégia API First. Com a união dos dois conceitos, estaremos presente no cotidiano dos nossos clientes, parceiros e funcionários de forma contínua e consistente.
O CMS é pensado, e estruturado, para cumprir verdadeiramente o seu papel, ou seja, gerir conteúdos. A partir disso, é possível seguir com possibilidades diversas:
Ser Digital First é pensar de forma sistêmica, integrada e orientada para explorar todo o potencial de engajamento e colheita de resultados possíveis.
• Criar site com o conceito Headless para interagir com os usuários;
É mapear com efetividade o padrão de comportamento do usuário, agir e dançar conforme a música. Seja quando ele estiver em pé, sentado ou deitado; seja pela manhã ou quando irá dormir.
• Servir conteúdo para aplicativos móveis, seja iOS, Android ou qualquer outra plataforma; • Entregar conteúdos para sites parceiros;
No mundo real, First é o que devemos considerar: o nosso negócio.
• Alimentar bots com as mais diversas necessidades;
Pensar no que faz sentido para sermos sustentáveis e seguirmos a longa, e dura, jornada da gestão e entrega de resultados.
• A lista continua …
DIGITAL FIRST Há muitos anos sempre fomos offline first. Passamos pela integração dos dois mundos. E agora estamos na área do Digital First. No entanto, e principalmente, nos pequenos negócios o desafio é ainda maior. A transformação digital está em curso, e sem isso não há como ser somente Digital. O mundo “First” será cada vez mais presente em nossas vidas e isso chegará ainda mais rápido nas organizações dos mais variados tipos e tamanhos. Há pouco se falava muito em Mobile First. Hoje, é mais prático e expressivo adotá-lo 52
BUSINESS FIRST
Já que é moda, me permita retomar ao primeiro parágrafo deste artigo e lançar uma: Business First. Pense no seu negócio primeiramente, conheça ele a fundo e adote primeiramente as estratégias que serão mais relevantes para o seu momento e possibilidade de investimento. Os micro-momentos do “eu quero”: saber, ir, fazer e comprar são extremamente importantes para os seus clientes e a interação que eles terão com sua marca. Mas os macro-momentos do “eu preciso”: me virar, fazer acontecer, gerir e entregar resultados precisa ser o First, Second e Third epicentro da sua estratégia digital.
Leandro Vieira
CEO e Fundador da Apiki
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DICA
Por Jonatan de Sousa Rodrigues
3 ESTRATÉGIAS QUE VÃO IMPACTAR O SEU NEGÓCIO AINDA EM 2019 Gerar impacto dentro de um negócio nem sempre é uma tarefa fácil. Vários fatores estão envolvidos, mas é preciso encontrar qual a melhor ação que pode trazer mais clientes e mais receita. Esse é o verdadeiro impacto que você está buscando, não é verdade?
1. SEO
E você quer impactar o seu negócio ainda esse ano? Dá tempo! Mas é preciso investir nas estratégias que vão trazer esse retorno.
Não dá para fugir dessa resposta: hoje em dia o Google e as outras ferramentas de pesquisa na internet são as principais fontes de informação. Por isso, o caminho ideal para que novos clientes possam encontrar sua empresa é investir no SEO e nas ações de marketing digital.
Um grande erro das empresas é fechar os olhos para as rápidas mudanças, que são cada vez mais constantes, na maneira de se relacionar com o público. Acertando ou errando, é importante olhar o todo, o que o mercado está fazendo, para aí sim encontrar o caminho certo. É por isso que trago para você agora uma lista de 3 estratégias que, na prática, trarão um impacto ou retorno muito positivo para o seu negócio. 54
Como seus clientes encontram sua empresa? De que forma você consegue divulgar o que realmente entrega como solução para um problema?
Mas não basta fazer a boa e velha propaganda falando só da sua empresa. É preciso ir muito além, entregando um valor, um benefício claro para todos que encontrarem sua página de informações na internet. Palavra-chave, meta title, meta description, volume de busca, CTR e vários outros ter-
DICA
mos são pontos relacionados ao que uma estratégia de SEO precisa trabalhar para gerar retorno para um negócio.
● Vender seus produtos ou serviços;
Existem várias empresas e profissionais que você precisa conhecer caso queira saber como ter os melhores resultados. Se quiser conhecer mais, não perca mais tempo e pesquise pelas referências na área.
● Gerar conhecimento sobre seu mercado para trabalhar com os leads depois do evento;
2. Realizar seus próprios eventos É claro que o ambiente online é um dos caminhos mais utilizados para alcançar cada vez mais público e espalhar a mensagem sobre o que o seu negócio pode entregar para os possíveis clientes. Mas tem uma coisa que o online ainda não permite: apertar a mão e falar olhando nos olhos de uma pessoa durante um evento. Segundo a última pesquisa realizada pela ABEOC (Associação Brasileira de Empresas e Eventos) em conjunto com o Sebrae, o setor de eventos representa mais de 4,3% do PIB do Brasil, com um crescimento anual que chega a até 14%. Isso só comprova que essa experiência é insubstituível, mesmo em meio a tantas tecnologias. Oferecer isso para o público é a sua chance de mostrar que a empresa está pronta para entregar um produto ou serviço que sua persona precisa. Nos eventos, tem algo mágico que acontece. Você, que está lendo esse artigo, já deve ter percebido que existem eventos que despertam uma vontade quase inexplicável de participar e fazer parte daquele momento. E é baseado nisso que você DEVE usar os eventos como sua principal estratégia para impactar o negócio. Na verdade, você pode usar essa ação para atingir vários objetivos diferentes:
● Lucrar com o evento;
● Estreitar o relacionamento com os clientes.
3. Impactar o cliente Pois é, para conseguir trazer um impacto para o seu negócio, é preciso antes impactar os seus clientes. Mas como fazer isso na prática? A palavra-chave para isso é o encantamento. Atender bem um cliente sempre que ele entra em contato é uma forma de encantá-lo, já que poucas empresas conseguem fazer isso atualmente. Entregar benefícios que vão além do que ele adquiriu no momento da compra também é uma maneira de encantá-lo. Esses diferenciais são importantes para fidelizar esses clientes, que possuem um custo ainda menor do que captar novos. Existem vários caminhos e outras estratégias dentro dessas ações que citei aqui. O importante é que você escolha e comece o quanto antes a implementar. Virar essa chave e entender que impactar mais pessoas é o grande ponto de impulsionamento da sua empresa vai fazer com que você se posicione como referência no mercado!
Jonatan de Sousa Rodrigues Analista de Marketing da mobLee
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COMPORTAMENTO
Por Guilherme Carmello
Transformando consumidores digitais em pessoas
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COMPORTAMENTO
A penetração dos dispositivos móveis na vida das pessoas criou uma nova realidade no universo da comunicação com os consumidores. Hábitos que não existiam e serviços disruptivos viraram do avesso a vida das empresas e das marcas para tentar acompanhar essa rápida mudança no comportamento das pessoas. Pessoas, isso mesmo! E a partir deste ponto do texto passarei a chamar os antigos Consumidores de pessoas, pois é com elas que se deve falar – e não pelo viés daquele que apenas consome um produto. Pessoas são sensíveis, são emotivas, estão evoluindo, adotando novos costumes, criticando antigas posturas e criando uma nova forma de pensar e agir em busca de um Mundo melhor para todos. E essas pessoas agora estão com um smartphone na mão, um dispositivo que assumiu a maior importância dentre todas as ferramentas que os indivíduos possuem para se relacionar com o Mundo, para obter informações, para opinar, comprar, reclamar etc. Então, com o mundo digital assumindo o posto de principal canal de comunicação, suas diferenças do mundo analógico começaram a aparecer e se destacar cada vez mais. Assim, os dados oriundos dessa comunicação bidirecional vêm permitindo uma assertividade cada vez maior e até mais exata, para encontrar as pessoas com quem as marcas desejam falar. A possibilidade de coletar, cruzar, examinar, depurar e utilizar dados e informações, que veio junto com o mundo digital, colocou as pessoas em um papel de
destaque ainda maior. Agora é possível conhecer com quem você está falando ou deseja falar, criar uma comunicação mais direcionada e personalizada, e encontrar quem você deseja no conjunto total de pessoas que estão navegando pelas mais variadas plataformas, sistemas, websites etc. Em alguns casos, essa coleta de dados extrapolou determinados limites da ética e, por conta disso, passará a ser regulada por lei, proporcionando ao usuário o controle sobre suas informações. Acredito que o equilíbrio e o bom senso que esse assunto exige trará benefícios tanto para marcas quanto para as pessoas, mas este é um tema que poderá ser tratado em outra oportunidade. Voltando ao conteúdo original, nessa realidade em que o digital se tornou o principal meio de comunicação, a obtenção e tratamento de dados passou a ser o recurso essencial para definir, encontrar e medir resultados da comunicação. As pessoas, em sua individualidade, personalidade, poder e constância, assumem definitivamente a posição central da mensagem, decidindo como, quando e se querem se engajar com produtos, marcas e ideias, muitas vezes, passando a ser a origem da comunicação e de conteúdos. O “como conseguir resultados” passa a tirar todos os envolvidos (empresas, agências, meios de comunicação e veículos), da zona de conforto onde permaneciam até agora. Empresas tradicionais entenderam a necessidade de também se transformarem 57
COMPORTAMENTO
em digital e data first, tentando levar esse raciocínio para seu DNA, mas aprenderam que não é tão simples e tão fácil assim.
fugir da exclusividade do marketing e do conteúdo de marca, mas assumir diversas facetas conforme a necessidade do momento.
Empresas novas já nascem com esses conceitos, assumem a postura de people first e conseguem se destacar em velocidade nunca vista.
Ele pode e deve aliar todas as estratégias possíveis. Deve ser digital first, mobile first, data first e people first. Deve sair do lugar comum e encontrar formas criativas e inovadoras para ser entregue onde as pessoas precisam, e no formato que seja relevante naquele momento.
Simultaneamente, as pessoas passam a demandar, mesmo que inconscientemente, algo “tangível” como moeda de troca para se relacionar com uma marca. E as empresas precisam entender que o conceito de valor é diferente não apenas para o que chamam de “público-alvo”, mas que esse “público-alvo” é composto por diversos segmentos de pessoas que têm necessidades e interesses muito diferentes. Não adianta mais construir uma comunicação média e dar um tiro de canhão em um grande veículo, achando que as pessoas passarão a se relacionar com sua marca por causa disso. Esse tiro de canhão pode ser parte da estratégia em alguns casos, mas, para que exista o engajamento, é necessário entender e utilizar o “sotaque” de cada segmento de público. As pessoas têm de perceber que aquilo é para elas, que a mensagem ou conteúdo atende aos seus anseios e objetivos pessoais. E uma forma extremamente eficiente para atingir esses objetivos é a geração de valor para as pessoas. Com isso em mente, abordarei a seguir duas formas de conseguir isso: geração de conteúdo e prestação de serviços online. O conteúdo focado em pessoas deve 58
As marcas podem e devem ser provedoras, patrocinadoras e se mostrarem como “o ente” que criou e possibilitou que aquela informação chegasse até elas (as pessoas). E nesse ponto entra o conceito básico do Segmented Content. O Conteúdo Segmentado é um conjunto de estratégias e práticas para a identificação, divisão do “público-alvo” e sua localização nos meios digitais, produção e distribuição de conteúdo segmentado, geração de tráfego qualificado e monitoramento com métricas diferenciadas para a análise da assertividade e engajamento das pessoas. É comunicar para transformar pessoas em conhecedores, defensores, propagadores e admiradores de produtos, marcas e ideias. Buscando sempre a expressão “Uau, isso é para mim!”, por parte das pessoas, as empresas (e também os meios de comunicação e veículos), conseguirão trazer o mundo digital para dentro de seu universo, para seu DNA, criando relacionamentos eficazes e de longo prazo. Neste ponto, é importante destacar que ser digital first não quer dizer que a pessoa é capaz de dominar a tecnologia. Es-
COMPORTAMENTO
tamos falando em usuários com os mais variados backgrounds de aprendizagem e idade. E essa questão é muito importante. A projeção é de que, até 2030, a parcela da população mundial com mais de 65 anos deve crescer 37%, enquanto o crescimento global será de apenas 18%, com uma vida média de 70 anos. Falando especificamente no Brasil, a taxa de envelhecimento é superior a do resto do mundo, chegando, até 2030, a 30 milhões de pessoas nessa fase da vida. Serão idosos conectados, e somente a criatividade e facilidade na entrega e consumo do conteúdo permitirão o sucesso. Outra análise é que os primeiros nativos digitais, ou seja, aqueles que nasceram entre 1995 e 2010 e que não conheceram o mundo sem Internet, também demandarão formas interessantes para consumir conteúdos. Também chamados de Geração Z, essas pessoas estarão à frente do mundo e representarão um grande desafio demandando conteúdos criados para eles, pois, gostam de dialogar, questionar, ponderar, agem com espontaneidade e são autênticos. Por não gostarem de estereótipos, desejam que a linguagem seja pessoal, exclusiva, conectada com “o agora” e são permeáveis a influências e referências diversas. E pensando nessas pessoas descritas acima, trago para reflexão de toda a cadeia publicitária e de comunicação, inclusive acadêmicos e estudantes, a possibilidade do fornecimento de serviços relevantes, gratuitos, facilitadores, inclusivos e oferecidos no momento em que são desejados. Um exemplo que considero de grande
futuro são serviços especializados em aprofundar informações no momento e no local em que são úteis e necessários. Assim, uma pessoa assistindo um vídeo pode ter um interesse, repentino ou não, em aprofundar seu conhecimento na temática ou conteúdo, nos apresentadores, nos personagens, e essa é uma possibilidade e um conceito inovador que o digital first permitirá explorar. O emprego de inteligência artificial, deep learning, análise contextual e semântica permitirão que tais informações sejam consultadas pelas pessoas no momento desejado, de forma simples e objetiva, sem tirá-las do local onde estão, seja um website, rede social, uma geladeira ou qualquer interface que a pessoa estiver acessando. A compreensão pelos sistemas digitais da linguagem natural trará uma nova realidade na prestação de serviços, engajamento e conversão de comportamentos e decisões. A entrega de um serviço útil no momento em que é desejado (e às vezes de forma involuntária), é encarada pelas pessoas como um claro benefício e gera inúmeras vantagens na ligação e interação com quem o oferece. O conhecimento prévio dos interesses e necessidades através do cruzamento de dados de diversas fontes fará com que as taxas de conversão, seja qual for a métrica que estiver em análise, aumente e torne o investimento em marketing muito mais rentável. Imagine, por exemplo, contar com a possibilidade de oferecer um test drive de um veículo no momento em que você conseguir cruzar diversas fontes de dados 59
COMPORTAMENTO
e entender (concluir) que aquela pessoa tem interesse em determinado tipo de automóvel, que ela está vendo naquele momento algum conteúdo relacionado ao assunto, e podendo chegar ao interesse imediato por alguma característica específica (Ex.: marca, cor), e, enfim, podendo devolver a essa pessoa algum tipo de informação relevante exatamente sobre o tema buscado. Ou, também, através do cruzamento de dados, conteúdos e interesses, oferecer informações relevantes e precisas sobre uma determinada vacina e o local de vacinação mais próximo, com telefone e endereço, oferecendo ainda a possibilidade de agendar um lembrete para consultar, ligar, ou mesmo comparecer ao posto de saúde no momento desejado. É uma marca ou um produto levando um serviço para a pessoa certa, no momento certo, além de entregá-lo de forma simples, sem a necessidade de pesquisa, instalação de aplicativos ou qualquer outra ação mais complexa. As duas formas de geração de valores para as pessoas (geração de conteúdo e prestação de serviços online) aqui apresentadas como soluções de marketing para empresas, são inovações que podem e poderão ser alcançadas graças à adoção em massa das interfaces digitais, especialmente o smartphone, como a principal forma de comunicação, consumo e produção de conteúdo pelas pessoas. Os dados obtidos através da análise do comportamento de navegação têm permitido alavancar e garantir a assertividade da seleção dos destinatários das mensagens e, consequentemente, dividir 60
as pessoas em grupos com semelhanças para que o conteúdo a ser entregue seja efetivamente “para elas” e gere um engajamento muito maior e mais sólido com marcas e produtos. A longo prazo, estratégias como essas, pensadas para pessoas digitais que estão sempre com seus smartphones por perto, assumem importância vital na formação de conceitos mais elaborados a respeito de assuntos relevantes para o seu dia a dia. Patrocinar e/ou proporcionar informações de forma simples com a certeza de que existe o interesse naquele momento, dando a oportunidade da pessoa se manifestar e interagir com o serviço, também é uma forma de entregar valor e construir relacionamento. Digital first, mobile first, data first e people first - já faz parte da vida das empresas, e é fundamental aprimorar estratégias de geração de conhecimento para tratar consumidores como pessoas, oferecendo inovação e geração de valor real, sem esquecer a simplicidade e honestidade no relacionamento.
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