REVISTA BRASILEIRA DE COMÉRCIO ELETRÔNICO
www.ecommercebrasil.com.br
Ano 07 Edição 41 Outubro 2017
O E-COMMERCE
BRASIL
R$34,00
CONQUISTOU A INDÚSTRIA!
DIREITO DIGITAL
As regras do BACEN que podem impactar o marketplace
PLANEJAMENTO
Natal, o ápice de vendas em datas comemorativas
MERCADO
Índia: um e-commerce OUTUBRO 2017 em ascensão
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ECBR
AGENDA 2017 Acompanhe nossa agenda com os principais eventos do E-Commerce Brasil para para os meses de agosto e setembro. Aqui você encontra webinars, cursos e eventos presenciais para se atualizar, fazer networking e debater o mercado de e-commerce no Brasil.
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WEBINAR “INTEGRAÇÃO DO PONTO DE VENDA E DO E-COMMERCE - ESTRATÉGIAS PARA FIDELIZAR CLIENTES, MAXIMIZAR AS VENDAS E AUMENTAR OS LUCROS”
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WEBINAR “KIT DE SOBREVIVÊNCIA NA BLACK FRIDAY. ESTEJA PRONTO PARA ATACAR!”
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WEBINAR “B2B OU B2C? QUAL É O MERCADO IDEAL PARA O MEU NEGÓCIO?”
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WEBINAR “O USO DE TECNOLOGIAS DE BEHAVIOUR ANALYTICS NO COMBATE À FRAUDE ONLINE”
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WEBINAR “OVERVIEW DOS ASSUNTOS MAIS COMENTADOS NO PARIS RETAIL WEEK 2017”
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WEBINAR “GESTÃO DE ESTOQUES PARA MÚLTIPLOS CANAIS DE VENDA”
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WEBINAR “COMO OTIMIZAR PERFORMANCE ONLINE UTILIZANDO AVALIAÇÕES DE CLIENTES”
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PARA MAIS INFORMAÇÕES, ACESSE: www.ecommerce brasil.com.br/cursos/ webinars/
WEBINAR “BIG DATA NO ECOMMERCE - COMO UTILIZAR A INFORMAÇÃO A SEU FAVOR E POTENCIALIZAR SUAS VENDAS”
07 E 08 DE NOVEMBRO CONFERÊNCIA E-COMMERCE BRASIL RIO ‘2017 eventos.ecommercebrasil.com.br/conferencia-rio
OUTUBRO 2017
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EXPEDIENTE PUBLISHER Tiago Baeta PROJETO GRÁFICO / DESIGN Zupi Design
CORPO EDITORIAL
JORNALISTA RESPONSÁVEL Mariana Anselmo (MTB 0083858/SP) COLABORADORES Alejandro Vasquez, Andréia Baldan, Afran Oliv., Camilla Lichti, Cristiano Athayde, Daniel Soares, Eduardo Fregonesi, Erich Yoneyama, Fernando Di Giorgi, Gregory Perez, Ivan Bastos, José Vélez, Juan D’Antiochia, Lucas Vidal, Luiz Brandão, Marcel Farto, Márcio Cots, Marcus Wittmann, Paulo Silva, Rafael Campos, Ricardo Oliveira, Ricardo Ramos, Rodrigo Genoveze e Rosangela Mattje.
MARIANA ANSELMO Editora
EXECUTIVOS DO NEGÓCIO Fernanda Fruet, Rafael Ribeiro, Tiago Baeta e Vivianne Vilela CAIO COLAGRANDE Jornalista
ORGANIZAÇÃO Grupo iMasters
A assinatura da revista pode ser feita através da URL
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NATHÁLIA TOREZANI Jornalista
Para ver a versão digital da revista, acesse o portal: www.ecommercebrasil.com.br/revista ALICE WAKAI Jornalista
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VICTORIA RANGEL Atendimento
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Editora Zupi: A revista E-Commerce Brasil é uma publicação da Editora Zupi em parceria com o site iMasters www.zupidesign.com
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ECBR
tel: +55 11 3926-0174
5.000 EXEMPLARES ISSN 2179-7315
MARIANA VICENTE Atendimento
EDITORIAL
J
Já estamos em outubro! Só eu, ou você, também, se surpreendeu com a quantidade de ações que executou e as entregas que fez este ano? Dentre estas ações, tivemos o Fórum E-Commerce Brasil no final de julho. O que foi este evento na sua vida profissional em 2017? Me conte, por e-mail, Linkedin ou telefone. Nesta edição, damos sequência em alguns dos tópicos que discutimos no Fórum: indústria, B2B, planejamento de infra-estrutura (seja para as grandes datas do varejo, ou para implementar uma estratégia melhor de busca interna), fullcommerce e big data. A matéria de capa trás um novo olhar para a atuação da indústria no e-commerce. Receita de bolo para esta entrada não existe. Tudo pode começar com a digitalização da mente dos integrantes do board e, aos poucos, todas as demais pessoas vão sendo engajadas. Esta é uma caminhada de longo prazo para todos. A coluna de Fernando Di Giorgi e a de Paulo Silva nos estimulam a repensar as perguntas que fazemos quando pensamos nos próximos anos do e-commerce. Já no texto da Camila, somos convidados a conhecer um outro “mundão” que está sendo desbravado pelo e-commerce: a Índia. Desejo que você se ache na leitura de cada artigo desta edição e que ela inspire a você e a sua equipe a fazerem a melhor Black Friday, com rentabilidade. Lembre-se: a conta precisa fechar e fechar bem para você, sua empresa e para o mercado.
Boas vendas! Abraço,
Diretora Executiva E-Commerce Brasil
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CONTEÚDO Ano 07 Edição 41 Outubro 2017
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O despontar do e-commerce na Colômbia
Qualificação 2.0: o novo desafio das plataformas SaaS grátis
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ENTREVISTA
SAAS
DROPS DO MERCADO CASE
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GESTÃO
Gestão para o alcance de resultados
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MARKETING
Por que você deve aplicar o marketing de serviços a seu e-commerce?
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CAPA
Indústria e e-commerce: a relação que parecia impossível, aconteceu
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PLANEJAMENTO
DROPS DO MERCADO
Natal, o ápice de vendas em datas comemorativas
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Empresas de e-commerce buscam novos mercados com a internacionalização dos negócios
E-commerce B2B: por que ele é a grande promessa do setor?
Quando o Big Data falha
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B2B
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TRIBUTAÇÃO
E-commerce x cenário brasileiro
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FULL COMMERCE
Porque é a hora do full commerce no Brasil?
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DROPS DO MERCADO
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ENSAIOS PARA O FUTURO
O digital na governança corporativa
DROPS DO MERCADO BIG DATA
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PÁGINAS AZUIS
Do varejo à empresa digital: as consequências para lojistas
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TENDÊNCIAS
Indústria 4.0 e o Direct to Consumer
Como preparar sua TI para grandes datas do e-commerce
ESTRATÉGIA
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MARKETING
Por que recompensar por influência é mais do que uma comissão assistida
82 ERP
Como será o ERP do futuro?
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TRIBUTAÇÃO
PAGAMENTOS
Já pensou em tornar seu meio de pagamento invisível? ECBR
DIREITO DIGITAL
As regras do BACEN que podem impactar o marketplace e o comércio eletrônico em geral
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PAGAMENTOS
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DROPS DO MERCADO
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MERCADO
Índia: um e-commerce em ascensão
ESTRATÉGIAS
Suas escolhas no e-commerce dependem do seu negócio!
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Desafios para o crescimento do consumo de conteúdo digital: pagamentos recorrentes
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CROSS BORDER
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DROPS DO MERCADO
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DROPS DO MERCADO
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RS Discus: da paixão ao e-commerce de animais vivos
Quanto vale seu e-commerce?
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A importância das integradoras no desenvolvimento de um plano multicanal no marketplace
As vantagens de um e-commerce B2B
MARKETPLACE
B2B
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DICAS DE LEITURA
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ENTREVISTA
O DESPONTAR DO E-COMMERCE NA COLÔMBIA Por Mariana Anselmo, para Revista E-Commerce Brasil
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Na última edição do Fórum E-Commerce Brasil, tivemos o prazer de receber a colombiana Juliana Sánchez. Ela é responsável pelo e-commerce e pelo marketing da Cueros Velez, uma marca colombiana muito tradicional no varejo físico e que há dois anos decidiu abraçar o e-commerce. Juliana, que pela primeira vez trouxe para o palco do Fórum as experiências de uma loja latino-americana e falou dos desafios de montar uma loja virtual dentro de uma marca já consolidada - o que seria preciso reformular, quem seria preciso contratar, como desenvolver e implementar as estratégias escolhidas para lançar o e-commerce, fortalecer o físico e criar uma experiência omnichannel de verdade para seus clientes. Nesta entrevista, ela fala um pouco sobre o mercado colombiano, o que ele tem a ensinar e a aprender com os demais, além de opinar sobre o futuro do e-commerce na Colômbia e nos contar o que funciona e não funciona com o seu público. E-Commerce Brasil: No Brasil, o e-commerce já é um mercado muito forte. As pessoas usam para comprar tudo - desde móveis até peixes, por exemplo. E, aqui, muito se fala sobre os mercados dos Estados Unidos e da Europa, quando queremos agregar e trocar informações. Pouco se fala sobre os mercados dos países latino-americanos. Então, conta para a gente: em que pé está o comércio eletrônico na Colômbia? As pessoas já são bem adeptas, o conceito está difundido? Juliana Sánchez: Para a Colômbia, o Brasil e a Argentina são exemplos a ser seguidos no nosso continente, uma vez que o e-commerce já está consolidado nesses mercados. No meu País, as pessoas estão começando a perder o medo de comprar online, assim como aconte-
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ceu com o Brasil há alguns anos. Elas têm receio de passar seus dados bancários, ou de que o produto não chegue, ou que não consigam trocar, caso não gostem ou não sirva. O número de pessoas que recorrem ao e-commerce ainda é pequeno. Mas, por lá, estima-se que apenas metade da população tenha acesso à Internet. Dessa parcela, cerca de 20% compram online - na maioria, os jovens. Então, para a nossa realidade, estamos caminhando bem e a perspectiva de crescimento é alta. Hoje, crescemos 40% ao ano, o que vai na contramão do varejo físico na Colômbia. Dito isso, acredito que estamos em uma fase de educação da população. Para isso, deixamos bem claras as nossas políticas de segurança de dados e de devoluções/trocas de mercadoria e mostramos as diversas formas de pagamento. ECBR: Em uma busca rápida sobre a Cueros Velez na Internet, vemos que é uma empresa bem consolidada no mercado físico. No Brasil, há alguns anos, existia um receio por parte das lojas físicas em criarem uma versão online, pois existia a ideia de que o e-commerce engoliria o varejo tradicional. Como vocês trabalharam isso dentro da Cueros Velez? JS: Esse receio também aconteceu por lá. Inclusive, foi a primeira coisa que escutei quando cheguei. Mas é uma ideia falsa. A verdade é que o e-commerce potencializa essas vendas. Primeiro que trazemos para a marca um mercado completamente diferente. A faixa etária de público da Cueros Velez era de 45 anos para cima. No online, essa faixa etária cai para entre 25 e 35 anos. O online está rejuvenescendo a marca. E a minha função lá é trabalhar o omnichannel. Eu não vou pensar só no online. Eu quero integrar tudo. Como eu posso digitalizar as lojas físicas? Como aumentar o portfólio delas,
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ENTREVISTA
se existe o fator espaço como limitador? Como criar mais valor agregado na experiência de compra como um todo? O que importa é que ao final ganhe a marca, que as pessoas tenham a mesma boa experiência, não importa em que canal e que elas voltem depois. ECBR: Você acredita que a Cueros Velez tem estratégias que são muito particulares ao mercado de vocês? JS: Acredito que a maioria das estratégias de e-commerce são universais. Até porque quem começa aprende com quem já está na estrada há algum tempo. Mas algo que temos por lá e que funciona muito no nosso mercado é o pagamento no momento em que o cliente recebe a encomenda. Isso porque, na Colômbia, pouca gente tem cartão de crédito. E os que têm ainda têm aqueles receios que falei acima. Pensando nisso, desenvolvemos um método em que o cliente seleciona o produto, nós entregamos e, só após ele receber e ver que chegou certinho, ele paga à pessoa que está entregando. Temos uma parceria com uma transportadora chamada Coordinadora, que é como os Correios aqui no Brasil. Eles fazem a entrega, recolhem o dinheiro e nos repassam. E por esse serviço, eles cobram uma taxa sobre o pedido. Essa forma de pagamento é a segunda mais usada no nosso site, depois do cartão de crédito. Para o nosso mercado, é vital tê-la. E isso faz com que as pessoas vão confiando mais no e-commerce, que a entrega é realmente feita, que é uma forma séria de se comprar. E aí a pessoa vai perdendo o medo de passar os dados do cartão, compra mais vezes... ECBR: Aqui no Brasil, há pouco tempo o e-commerce vem se tornando mais expressivo, devido a alguns fatores como a melhoria das nossas redes e da queda no preço dos aparelhos... Com essa situação, muitas empresas estão investindo no mobile first. Como o mobile vem se destacando na Colômbia? JS: Na América Latina, cerca de 20% das pessoas compram através do mobile, ainda que 60% das visitas venham desses devices. A maioria das pessoas visita, mas fecha a compra no desktop ou na loja física. Mas na Cueros Velez, essa taxa sobe de 20% para 40%. É muito expressivo. Quando temos datas como Black Friday ou Cibyr Mondey, esse número chega a 60%! Então, lá somos totalmente mobile first. Seja quando pensamos em criar um banner, 10
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quando pensamos na plataforma que vamos adotar, quando fazemos testes A/B, é sempre no mobile primeiro... E a nossa intenção é fazer esse número subir ainda mais. Não sei como é no Brasil, mas, na Colômbia, as pessoas não costumam baixar muitos aplicativos de lojas. Então, encontramos uma solução chamada Progressive Web App, que traz essa experiência de aplicativo para os browsers. É a melhor experiência, do jeito mais fácil para o consumidor. Estamos desenvolvendo essa estratégia e devemos lançá-la até o final deste ano. Eu, particularmente, acredito que, dentro de uns cinco anos, a nossa marca vai ter 80% das suas vendas realizadas no mobile. ECBR: O que te parece mais difícil: iniciar uma marca através do e-commerce ou criar um e-commerce de uma marca já consolidada há anos no mercado, como é o caso da Cueros Velez? JS: Olha, a Cueros Velez já tem 31 anos de mercado, é uma empresa familiar e que vende produtos artesanais. Quando eu cheguei, vi que eles tinham estruturas bem enraizadas e eu sabia que teria que mexer em tudo isso, porque, mais uma vez, minha função é pensar no omnichannel. Então, precisei sair de setor em setor explicando o novo projeto para empresa, quais seriam as mudanças necessárias para implementá-lo e como essas pessoas estavam ligadas a isso. Foi preciso mostrar que a participação de todos era necessária para realizar essa mudança. Todos! Inclusive a gerência da empresa. Assim, o medo por parte de todos foi menor. E, claro, precisei montar uma equipe voltada para o online. Hoje, tenho 15 pessoas na minha área e eu fiz questão de entrevistar cada um, de buscar os melhores entre os que estavam ao meu alcance. ECBR: Sobre montar uma equipe com os melhores... Como é o processo de encontrar mão de obra qualificada na Colômbia para atuar no e-commerce? JS: Nas faculdades colombianas, o tema “e-commerce” ainda é novo. Eu mesma comecei um curso por lá e larguei porque vi o quão básico era. Aí, parti para uma educação online e à distância em mercados mais avançados. Quando precisei montar uma equipe, sabia que não ia conseguir grandes experts no assunto (até porque, teria que trazê-los de fora e estamos falando de valores altos). Então, deci-
di que queria gente com algum conhecimento na área, mas que tivesse muita paixão e vontade de aprender. Eu acredito muito em energia, então fiz questão de entrevistar pessoalmente todos. E falava: pode ser que hoje você não saiba muito, mas amanhã saberá bem mais. Eu preciso que você queira aprender! Eu montei essa equipe uns dois ou três meses antes de lançarmos o site. E esse tempo todo eu passei treinando-os: na nossa plataforma, nas questões de mídia digital, como Google e Facebook e até sobre a companhia (processo de produção, de vendas, logística...). Hoje, eu tenho uma equipe excelente! São a razão do nosso êxito! É por isso que eu costumo falar: o mais importante são as pessoas! ECBR: Onde você vê o e-commerce colombiano em um futuro próximo (daqui a cinco, 10 anos)? JS: Eu acredito que o futuro afetará mais o físico. Vamos digitalizar as lojas físicas e trazer para elas a experiência do e-commerce. Por lá, as lojas ainda são muito básicas. Eu estou falando de push notifications, de espelhos que sabem quem você é, que sabem as suas medidas e os tamanhos que você usa devido ao seu cadastro no online. Que mostrem o que tem na loja do seu tamanho... A mágica vai estar em oferece uma experiência digital na loja física. Fazer com o que o cliente sinta que você é diferente, que está agregando valor. Isso fideliza, e esse é o maior desafio do mercado atualmente. ECBR: Comparando o mercado colombiano com os demais, qual o diferencial da Colômbia? O que ela pode ensinar ao mundo? JS: Somos um mercado conhecido pela vestimenta. E lá, o que mais temos visto são lojas que não têm medo de investir em redes sociais para estimular a venda no e-commerce (ou até mesmo que vendam apenas nas suas redes). Não que marcas de outros países não façam, mas vejo que fazemos muito bem-feito! Outro ponto que acho muito bonito no nosso mercado é o trabalho que fazemos para que as pessoas percam o medo. Crescemos com dificuldade em confiar nas pessoas, com medo... Tudo graças à guerrilha que assola o meu País há anos. Ao introduzir um novo meio de comprar, estamos trabalhando no nosso público a necessidade de passar a confiar mais: na loja, em quem te entrega o produto, em quem retém seus dados... Aos poucos, estamos conseguindo! OUTUBRO 2017
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MARKETING
POR QUE VOCÊ DEVE APLICAR O MARKETING DE SERVIÇOS AO SEU E-COMMERCE?
andreia.baldan@organizesuavida.com.br
Você já deve ter percebido que o consumidor mudou e está cada vez mais exigente na hora de fazer uma compra online. As pessoas não buscam mais somente por preço, mas sim por soluções e empresas em que possam confiar, que entendam suas necessidades, que forneçam uma experiência de compra fácil e que atendam de forma prática a seus anseios. E mais, saem na frente aquelas empresas que apresentam de forma clara seus propósitos, sabem falar a língua de seus clientes e se relacionam com eles. E é por isso que você precisa saber que e-commerce é muito mais do que varejo. Ele também é serviço. Hoje, você não oferta somente um produto para compra; você promove uma experiência – desde o momento da busca pelo produto, o fluxo no checkout, o processo de pagamento, e-mails transacionais, embalagens, entrega do pedido, 12
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Andréia Baldan é especialista em Marketing Digital, Máster em Marketing pela ESPM e publicitária pela Faculdade Cásper Líbero. Atua com planejamento estratégico e gestão de projetos há 12 anos e é gerente de comunicação e marketing na OZ! Organize sua Vida.
pós-venda e atendimento em caso de troca ou devolução. Cada etapa dessa é um touch-point do cliente e fará com que ele guarde uma experiência positiva de sua empresa e volte a comprar, ou lhe trará uma lembrança desastrosa de forma que ele, além de nunca mais querer comprar com você, espalhe pelas redes sociais o quanto sua experiência foi negativa. É nesse novo cenário que o marketing de serviços vai lhe ajudar, e saber como realizar sua gestão de forma eficiente fará a diferença para aumentar seu sucesso nos negócios. Marketing de serviços e o relacionamento com o cliente Você já observou que o custo em mídia para aquisição de clientes tem aumentado e somente a briga por preço não está mais adiantando para manter a competitividade? De
ilustração - shutterstock - Iconic Bestiary
Andréia Baldan Gerente de comunicação e marketing na OZ! Organize sua Vida
acordo Philip Kotler, o papa do Marketing, o custo de aquisição de um novo cliente é de cinco a sete vezes maior do que conseguir fazer novas vendas para um cliente recorrente. Seu cliente busca uma empresa que o compreenda, que entenda sua dor ou necessidade. E se você estabelece um relacionamento, ele passa a confiar em você. O mais importante é saber que a prestação de serviço e o relacionamento devem começar antes mesmo de a compra acontecer, e não somente após a entrega do seu primeiro pedido. Algumas ações simples em que você já precisa pensar: quando um visitante entra na sua loja, o que você faz para atendê-lo? Seu menu é claro para que ele encontre facilmente o que precisa? A homepage, vitrines e páginas de produtos contêm informações claras? A arquitetura de informação e o design devem estar voltados para o cliente. Em um estudo realizado em 2016 pela consultoria PGeC – Planejamento e Gestão no E-commerce, sobre os maiores players do Brasil, constatou-se que para 94% das pessoas o layout influencia diretamente na decisão de compra. E mais, o consumidor precisa de apenas oito segundos para ter a sua primeira impressão de um site ou loja virtual. Nesse mesmo estudo, foram analisados os seguintes indicadores: facilidade na compra, atendimento ao cliente, entrega, embalagem, entre outros. E realizou-se a devolução de todos os pedidos, para se saber como era tratada a logística reversa. Avalie o impacto que cada um desses indicadores tem em sua operação, na experiência do cliente e no resultado final de seu negócio. Ajudar o cliente durante sua jornada de compra até o pós-venda é fundamental, e uma boa gestão de sua operação de serviços lhe trará melhores resultados em vendas. E, para lhe ajudar, separei aqui uma matriz que facilitará a visualização de todas as etapas da gestão. A gestão da operação de serviços aplicada ao e-commerce.
PESSOAS
TECNOLOGIA
ESTRUTURA
PROCESSOS
Figura 1 - Matriz de Gestão de Operação de Serviços (Miyashita Consulting)
Quando tratamos da gestão de serviços, é fundamental pensar em quatro vetores: pessoas, tecnologia, estrutura e processos. Seus PROCESSOS são o principal vetor para otimizar sua operação, pois com eles você trabalha desde o básico, que é conseguir entregar ao cliente o que foi prometido. Muitos e-commerces falham já nessa etapa e perdem clientes e oportunidades. Identifique na sua operação o que é mais importante e crítico na sua prestação de serviço, por exemplo, a logística, o atendimento ao cliente, o cadastro de informações de produtos etc. Realinhe seus processos, todos eles, e identifique a ESTRUTURA necessária para que eles possam ser executados. Com relação à TECNOLOGIA, é fundamental também que ela esteja alinhada com os seus processos, assim como ter PESSOAS preparadas para realizá-los. E o mais importante para a sua operação: quanto mais sua operação escalar, menos você deve depender de pessoas e trabalhar mais com tecnologia, estrutura e processos. Matriz de marketing de serviços para o seu e-commerce.
EXPERIÊNCIA
OPERAÇÃO
VALOR
TRATO
Figura 2 - Matriz de Marketing de Serviços (Miyashita Consulting)
Conhecendo e gerenciando todos os elementos para a gestão de sua operação, é necessário pensar na aplicação correta do marketing, também baseada em quatro vetores: experiência, operação, valor e trato. · EXPERIÊNCIA: deve ser um serviço complementar que vá além do padrão da entrega, algo que deve ocorrer com todo cliente ou segmento de cliente. Ela pode ser um processo de atendimento diferenciado – como a Zappos faz e que é um case mundial de relacionamento – ou em etapas, como a Netshoes, que tem um formulário no checkout com uma linguagem mais amigável, ou a Dafiti, que conversa de forma amigável em seus e-mails transacionais, em vez de ter um texto engessado. · OPERAÇÃO: pense sempre em como atingir a eficiência máxima para entregar o que foi combinado com o cliente. Por exemplo, como minimizar erros de itens em um pedido ou um atraso de entrega. A gestão dos canais de atendimento por telefone, e-mail e redes sociais é essencial e OUTUBRO 2017
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MARKETING
(...) você precisa saber que e-commerce é muito mais do que varejo. Ele também é serviço deve ser feita por pessoas qualificadas e preparadas para solucionar problemas. · VALOR: trata-se de trazer um significado adicional à compra feita em sua loja, de como criar uma experiência subjetiva, que pode ser por meio da comunicação, do atendimento ou da própria entrega. · TRATO: está relacionado ao procedimento de atendimento, às regras que devem ser seguidas e o treinamento dado à equipe; por exemplo: como o atendente deve agir em cada situação, e como devem ser redigidos os conteúdos de e-mails transacionais e atendimento nos diversos canais.
O que você ganha com isso? Uma pesquisa feita pela Deloitte and Touche descobriu que empresas focadas nos clientes (Customer Centric) são 60% mais lucrativas do que empresas que não focam em seus clientes. Em um cenário de rápidas mudanças e um consumidor mais exigente, é fundamental olhar para o seu negócio com os olhos dos clientes. Em um mercado onde a luta por consumidores não se restringe aos players nacionais e se expande para uma Amazon ou Alibaba, não será sustentável competir com preço, seleção de produtos, desconto ou frete grátis. É necessário oferecer algo a mais, e entender que e-commerce é mais que varejo, é serviço, e utilizar-se de suas estratégias será um grande trunfo. 14
ECBR
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Onde começa a sua prestação de serviços? Tudo o que sua empresa pode fazer para o cliente ficar satisfeito e feliz (Marcelo Miyashita, consultor de marketing).
CROWDSHIPPING: UMA NOVA FORMA DE ENTREGAS URBANAS
O Prof. Bo Zou, titular da Universidade de Chicago, esteve no Brasil em evento da ARTESP - Agência de Transporte do Estado de São Paulo para apresentar seus estudos sobre crowdshipping ou entregas urbanas realizadas por indivíduos comuns. Professor Bo Zou mostrou como o crowdshipping está se desenvolvendo pelo mundo e, em sua opinião, é o único modelo capaz de realizar entregas no mesmo dia com preços razoáveis e com redução de trânsito e poluição. Mr. Bo aponta que o crescimento explosivo do comércio eletrônico gera o aumento do tráfego de caminhões urbanos causando muitas consequências negativas: congestionamento, poluição, desgaste de estradas, etc. O crowdshipping surge como principal alternativa, onde os varejistas utilizam pessoas que estão transitando pela cidade para fazerem entregas. Tudo pode ser feito em tempo real e com baixo custo. No Brasil, o EuEntrego.com é o primeiro DSP (Delivery Service Provider) que utiliza o conceito de crowdshipping.
A SUA EMPRESA SABE O QUE É E COMO CAPTAR LEADS?
É de extrema importância saber quem é o seu público alvo e analisar seu CRM é uma premissa básica, ou seja, identificar as características comuns entre seus principais clientes antes de fomentar a sua base. Vale ressaltar que o lead não é lista qualificada, existe uma grande diferença! A lista qualificada é composta por pessoas que possuem o perfil desejado e atendem os requisitos, porém talvez nunca tenham ouvido falar da sua marca. Já um lead, possuí estes mesmos requisitos e obrigatoriamente já demonstrou interesse prévio, ou seja, está pronto para ser contatado / interagir e ser convencido a tornar-se um cliente. A Notify tem expertise para lhe auxiliar na captação de novos clientes, atua com landing pages personalizadas que adaptam suas comunicações em tempo real e conta com uma plataforma própria que gerencia os dados interligados, permitindo assim ações completamente diferenciadas do mercado.
PAGAR.ME LANÇA SUA NOVA MARCA NO FÓRUM E-COMMERCE BRASIL 2017
Com quatro anos de atuação no mercado, o Provedor de Serviço de Pagamentos (PSP) Pagar.me lançou sua nova marca no Fórum E-Commerce Brasil 2017, com o slogan “Porque a solução é o nosso negócio”. No logo, a icônica tarja magnética do cartão de crédito é substituída pelo chip, local onde são armazenadas as informações mais importantes do comprador. Dessa forma, o PSP busca integrar cada vez mais as transações do mundo on e offline, entendendo que todas têm a mesma origem e destino: pessoas. Em sua essência, o Pagar.me continua garantindo segurança, praticidade, transparência e flexibilidade integradas em uma solução adaptável a qualquer modelo de negócio, seja ele e-commerce, marketplace ou projeto omnichannel.
MUNDO FÍSICO OU ONLINE? POR QUE NÃO OS DOIS?
O e-Millennium ERP Omnichannel está integrado a 36 plataformas de e-commerce e aos principais marketplaces e hubs do mercado. Ele também atende mais de 5.000 pontos de venda (PDV) em todo o território nacional. Ter unido as melhores funcionalidades dos dois mundos (online e off-line) em um único ERP transformou a realidade de centenas de empresas, como Marabraz, Mash Underwear, Riachuelo, pois o e-Millennium descomplica vender online e retirar na loja física, comprar na loja física e receber em casa via e-commerce, trocar em qualquer canal de venda independentemente de onde tenha comprado. “Nossa expertise de mais de 23 anos criando soluções inovadoras, criativas e adequadas às vendas, tornou o e-Millennium a solução mais robusta do mercado e diferentemente dos sistemas ERP legados e tradicionais, pensamos em funcionalidades para facilitar as vendas sem perder gestão e planejamento de vista”, informou Samuel Gonsales – Head de Produtos.
DROPS DO MERCADO CLIENTES DAS CASAS BAHIA E PONTOFRIO PODEM CONTRATAR SEGURO ESPECIALIZADO
Dentre o portfólio de serviços que a Via Varejo dispõe, o cliente conta com mais uma opção: o Fique Seguro, que protege aparelhos celulares, smartphones, smartwatches, tablets, notebooks, câmeras e filmadoras digitais, GPS, além de bicicletas. A contratação do serviço, oferecido em parceria com a Zurich Seguros, dá cobertura nos casos de roubo, furto qualificado e até mesmo quebras e danos acidentais, muito comuns, sobretudo, para smartphones. Além disso, os clientes do seguro concorrem a sorteios mensais durante a vigência da contratação.
DOTSTORE INOVA O MERCADO DE PLATAFORMAS CRIANDO NOVOS PLANOS COM VISITAS E PAGEVIEWS ILIMITADOS, SEM COMISSÕES SOBRE VENDAS
Visando proporcionar uma plataforma profissional e completa a todos os tamanhos de clientes, com o intuito de facilitar o sucesso dos mesmos, a Dotstore, empresa especializada em plataforma de e-commerce, com 11 anos de mercado acaba de lançar novos planos. Agora, todos os planos contam com visitas e pageviews ilimitados, incluem gateway de pagamento, sistema de gerenciamento de encomendas, etiquetas e PLP (gateway de frete para Correios e transportadoras), ambiente mobile 100% aprovado pelo Google, suporte técnico, upgrades mensais e etc., e o melhor de tudo: sem nenhuma comissão sobre vendas! Alguns planos também incluem clusterização de clientes, precificação avançada, Smart Search, pedidos recorrentes, certificado de segurança próprio, acesso à API e etc.
EXCEDA E DEDALUS PRIME JUNTAS
Exceda fornecedora de soluções de performance e segurança na web por meio de tecnologias como CDN e WAF, fechou parceria com a Dedalus Prime, empresa posicionada no mercado como Cloud Service Broker para unir ofertas de cloud, edge e serviços gerenciados. Especializadas na gestão do backend e frontend de ambientes cloud, as duas companhias unem suas competências para criar soluções integradas, que levam mais eficiência ao mercado.
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B2B
E-COMMERCE
POR QUE ELE É A GRANDE PROMESSA DO SETOR?
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Gregory Perez é gerente de B2B da Infracommerce, formou-se Publicidade, Propaganda e Marketing pela FUMEC, de Belo Horizonte e atua há 8 anos no segmento e-commerce. Na Infracommerce, lidera a exclusiva e inovadora área de projetos B2B da empresa.
As relações de consumo compreendem um perfil mutável que responde diretamente às tendências de comportamento do público. Em um mundo cada vez mais conectado, a maneira como o consumidor se relaciona com as marcas se transforma dia a dia, e aponta uma necessidade paradoxal: o ambiente online exige cada vez mais uma conexão pessoal. No Brasil, o mercado B2C online já compreendeu esse movimento e atua constantemente para encantar seu público-alvo, convertendo clientes em fãs, seja por meio de canais como redes sociais, integrações omnichannel que integram offline e online ou ações personalizadas. Porém, o que já é realidade no varejo parece ainda não ter sido percebido pelos negócios B2B. Enquanto em países como China e Estados Unidos esse segmento se consolida com e-commerces como Alibaba e Amazon, no mercado brasileiro ele ainda é novo e inexplorado.
O potencial que o B2B apresenta é enorme. De acordo com o índice Business-to-Businnes Online, divulgado pelo E-Consulting em 2016, as transações comerciais entre empresas brasileiras chegaram a R$1.69 trilhão, um crescimento de 2,42% na comparação com 2015. E a tendência é que esse número cresça a cada ano. Além disso, o perfil de consumo muda – e para melhor. Um estudo da Forrester Research aponta que o cliente B2B, ao utilizar o e-commerce, faz mais compras e por um tempo maior. Além disso, 38% dos entrevistados afirmaram que os clientes online são mais propensos a comprar novos produtos. Avaliando esses dados, fica claro que um e-commerce B2B pode gerar muito mais ganho para o fornecedor, que passa a ter uma nova forma de fazer negócios, complementar a sua força de vendas e com total eficiência e potencial de crescimento.
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Gregory Perez Gerente de e-commerce B2B na Infracommerce
Um estudo da Forrester Research aponta que o cliente B2B, ao utilizar o e-commerce, faz mais compras e por um tempo maior As vantagens do e-commerce B2B são inúmeras, a começar pela facilidade de acesso ao portfólio de produtos, que além de passar a ser online e atualizado em tempo real, ainda oferece possibilidades de argumentação de vendas complementares, já que é possível contar com vídeos, especificações técnicas e demais detalhes necessários. A área de cobertura também passa a ser maior e mais eficiente. Se antes o representante de vendas não cobria algumas regiões, por fatores como distância e acessibilidade, ou deixava de atender alguns lojistas por conta da grande demanda da área, a loja online elimina esses problemas e atende 100% da sua carteira de clientes. Já para o cliente, a conveniência, o conforto, a economia de tempo e a facilidade na compra são as grandes vantagens. Fatores que podem, inclusive, levá-lo a investir mais em seus produtos. Mas isso tudo só irá funcionar se sua plataforma oferecer uma boa experiência de compra. Por isso, é importante ter em mente que um canal digital voltado para o mercado B2B necessita de algumas especificidades que precisam ser entendidas para garantir seu sucesso. A principal diferença é o perfil dos clientes. No caso das lojas B2C, costumamos classificá-los em nichos, de acordo com o comportamento, idade, gênero e interesses, por exemplo. No B2B, é muito mais difícil separar os clientes dessa forma, sendo mais comum classificá-los de acordo com o tamanho do negócio, tipo de estabelecimento e seu relacionamento com a marca no mundo físico. Esse aspecto influencia todo o funcionamento de um site voltado para comércio online B2B. O perfil do cliente pode definir o preço dos produtos e condições de pagamentos disponíveis, como por geolocalização, onde é possível ofertar diferentes preços de acordo com a região do lojista. Por isso, a plataforma de e-commerce precisa ter inteligência de identificação do comprador, saber processar milhares de tabelas de pre-
ços e saber quando exibir cada uma delas. No caso dos meios de pagamentos disponíveis, geralmente há também a opção de pagamento faturado, com liberação de crédito prévia feita pelo distribuidor/indústria. Além do preço e meios de pagamentos diferenciados por perfil, o catálogo de produtos funciona dessa forma. Nem todos os produtos de um e-commerce B2B estão disponíveis para todos os clientes, justamente por conta do perfil do varejista e daquilo que ele vende para o consumidor final. Uma farmácia, por exemplo, só precisa ter acesso à categoria de cuidados pessoais, mesmo que o e-commerce venda produtos das mais diversas categorias. O número de pedidos também é um fator que diferencia um e-commerce B2B de um B2C. Nos canais focados em empresas, os distribuidores estão acostumados com pedidos maiores e, por isso, costumam operar com um modelo de pedido mínimo, o que em um canal focado no consumidor final geraria uma barreira, já que costumam entrar e comprar apenas um produto, por exemplo. Um exemplo de e-commerce B2B que atende bem essas especificidades é o Compra Unilever, lançado em 2016 pela marca, em parceria com a Infracommerce. O canal é focado em pequenos varejistas, e visa a atender os pequenos estabelecimentos que possuem dificuldade de abastecimento devido ao alcance reduzido de distribuidores. Por ser um perfil de loja que possui demanda de compras mais recorrente, devido à menor capacidade de estoque e de previsão de vendas em longo prazo, o e-commerce funciona como uma solução criada pela empresa para auxiliar representantes de vendas da marca, chegando a locais onde esses profissionais não chegavam anteriormente. Essa solução funciona como uma ótima ferramenta para maior propagação dos produtos da marca e auxilia diretamente a força de vendas da empresa. Há um potencial enorme a ser explorado no Brasil, e as empresas de e-commerce, atentas a esse movimento, estão investindo em soluções diferenciadas focadas nesse mercado. SAIBA MAIS B2B: ferramentas que fazem diferença https://goo.gl/MT9XQR Como o e-commerce pode traduzir a proposta de valor no B2B? https://goo.gl/4C6ZJt
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E-COMMERCE X CENÁRIO BRASILEIRO afran_oliv@hotmail.com
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Afran Oliveira é graduado em Análise e Desenvolvimento de Sistemas e pós-graduado em Gestão de Projetos, pela Estácio FIB. Trabalhou na empresa Login Informática, dando suporte às decisões de vendas do setor de e-commerce e orientando otimizações do sistema da loja virtual. É colunista da Oficina da Net e, ocasionalmente, publica artigos na rede LinkedIn. Presta serviços para a faculdade Dom Pedro II. E, atualmente, está preparando artigos em inglês para serem publicados em websites de outros países.
Atualmente, é difícil falar de comércio eletrônico sem comentar sobre a tributação de impostos no Brasil e a corrida tecnológica do cyberspace provocada, principalmente, pela globalização. Enquanto os empreendedores brasileiros realizam várias batalhas burocráticas para manter o empreendimento funcionando a todo vapor, sobretudo buscando qualificar, certificar e atualizar, suas operações, a política financeira parece fazer o contrário. Isso porque ressuscitou a inflação e retroagiu a avaliação das agências de rating internacionais (Standard & Poor’s, Moody’s e Fitch Ratings), as quais retiraram o selo de qualidade do País e o credenciaram, mais uma vez, como especulativo. Por conseguinte, vários fatores oneraram a capacidade criativa dos micros, pequenos e médios empreendedores brasileiros. Questões polêmicas como a popularmente denominada “reforma da ‘reforma’ (da reforma...) previdenciária”, assim como a tentativa das operadoras de limitarem o acesso à Internet, são apenas algumas das “peripécias políticas” que reacendem debates da velha cartilha do jogo de interesses. Enquanto isso, países de primeiro mundo focam em novas soluções e avançam na corrida tecnológica. Notadamente, o empreendedor gera empregos através de cada empreendimento que consegue construir, viabilizar e manter. Sobretudo, o empreendedorismo faz a Internet ser o que, de fato, é: um meio facilitador da intercomunicação multimídia, da informação, do business mundial e da disseminação da cultura global de forma mais rápida e ampla. Enquanto os empreendedores aguardam uma solução para a política econômica do
País, os partidos políticos se preocupam em tentam validar a candidatura de mais um autodenominado “Salvador da Pátria”, quando, na verdade, o Brasil precisa de soluções socioeconômicas e de um sistema governamental inovador que, acima de tudo, funcione para todos os empreendedores, e não somente em prol dos megaempresários. Países de primeiro mundo enxergaram há muito tempo que a economia flui melhor quando acompanha de forma desengessada os avanços tecnológicos e a iniciativa empreendedora, principalmente a inovadora, de forma Sui Generis. Afinal, quando a política econômica limita os novos empreendedores (do ponto de vista tributário) em vez de torná-los mais fortes, atraentes e com maior liquidez, fazem o oposto disso. E, ao invés de focar em inovação, o empresário passa a se concentrar em como pagar as contas, os fornecedores, o uso da Internet, as altas taxas de juros etc. Ou seja, preocupa-se mais com a burocracia e a instabilidade do mercado do que com as possibilidades que poderia gerar através do próprio empreendimento. Negócios sustentáveis e lucrativos É mais do que necessário ter uma visão moderna (e, por que não, avançada) na política brasileira para que os micros, pequenos e médios empreendedores possam retornar o foco para aquilo que realmente é interessante para o Brasil, ou seja, a construção de negócios sustentáveis e lucrativos que gerem mais empregos. Há uma grande disparidade entre a política econômica dos países de primeiro mundo - notadamente muito mais avançada (onde empre-
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Afran Oliv. Analista e desenvolvedor de sistemas
endedores de garagem se tornam mega milionários e geram novas culturas comerciais) - e a política econômica brasileira. Esta, parece estar baseada em uma velha cartilha de ideologias redundantes e ultrapassadas e em um jogo político pré-histórico, que não consegue dizer nada de inovador diante da demanda tecnológica e socioeconômica do País. Por que empreendedores de garagem também não se tornam megamilionários no Brasil? É notório que o grande problema do Brasil não é o custo para manter a previdência social e, tampouco, o incentivo fiscal que poderia ser dado ao setor de e-commerce brasileiro, mas sim o prejuízo causado pela corrupção, o alto custo para se manter velhas burocracias e uma gestão político-econômica ultrapassada (FONTE: https://goo.gl/ax7C9U). Inclusive, o Brasil já tem as maiores taxas de impostos do planeta, e é evidente que os valores arrecadados são mal utilizados, e desviados. Ademais, a tributação do comércio eletrônico é mal interpretada (ex.:bitributação interestadual) pelos órgãos governamentais, pois ainda não estão preparados para entender a complexidade da rede mundial, não estão alinhados com o pensamento do mundo globalizado e não criaram políticas públicas para que as operadoras de Internet melhorem os serviços prestados principalmente os relacionados à maior velocidade, qualidade operacional e preços mais acessíveis. Enquanto isso, o micro, pequeno e médio empreendedor fica sem saber como negociar de forma mais consistente, pois a instabilidade da política econômica repercute nitidamente em
suas vendas, em sua relação com os fornecedores e clientes. Até mesmo para os grandes empreendedores que desejam expandir seus negócios, os efeitos da crise econômica, oriundos do velho jogo de interesses políticos, repercutem negativamente nos planos de expansão. Apesar disso, o comércio eletrônico continua a ser uma saída inteligente. E caso houvesse maior incentivo das autoridades, esse tipo de comércio iria se destacar muito mais. A propósito, nos países de primeiro mundo, o comércio eletrônico já atingiu seu apogeu por conta da estrutura legal e logística criada em prol desse propósito, mas no Brasil o e-commerce está apenas iniciando. Então, por analogia, podemos dizer que se trata de um bebê engatinhando e, por isso, precisa de incentivos (fiscais), recursos e proteção legal para se desenvolver de forma plena. Inclusive, a maior loja varejista do mundo lançou há algum tempo, nos Estados Unidos, um conceito de loja virtual, chamado Online Grocery Shopping. O novo modelo de supermercado funciona da seguinte forma: os clientes efetuam suas compras no online, agendam um horário para buscar os produtos e dirigem-se à área de estacionamento designada pela loja física local. Lá, os funcionários carregam os itens até o carro dos clientes. Eles também estão testando um novo serviço de entrega, chamado Associate Delivery, que utiliza os próprios funcionários da loja física para entregar os produtos encomendados na loja online. As entregas são realizadas durante a rota de retorno para casa, após o turno de trabalho, e os funcionários que optam por participar são remunerados. OUTUBRO 2017
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Realidade Brasil x Novos paradigmas Entra presidente, sai presidente, mas o Brasil continua com o status de País de terceiro mundo e, o pior, com mentalidade (e educação) de país subdesenvolvido. Ou seja, nada muda em relação à realidade desse status quo da nação brasileira e, geralmente, quando há alguma mudança, é através de alto custo. Por isso, é necessária uma mudança de paradigmas no cotidiano da cultura organizacional brasileira (sobretudo, na cultura governamental) para que a visão arcaica seja descartada. Principalmente porque o empreendedor do segmento de e-commerce, assim como os profissionais de TI e de Sistemas de Informação, faz parte de um cenário (sério) que movimenta bilhões de dólares (FONTE: https://goo.gl/QaJpXR).
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SAIBA MAIS Boas notícias para o e-commerce e marketplaces - https://goo.gl/rukNEj A desburocratização urgente do comércio exterior brasileiro - https://goo.gl/mnDbE3 Câmara dos Deputados estuda proibir isenção de ICMS - https://goo.gl/6TMYu9
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Comércio tradicional x Comércio eletrônico O pensamento comercial ortodoxo da economia tradicional, em termos gerais, mais atrapalha do que ajuda no mundo virtual - salvas as devidas exceções. E prova disso é o fato de que várias empresas de renome não tiveram a mesma sorte no comércio virtual - e, hoje, revisam seus projetos na tentativa de compreender o pensamento e as tendências da nova geração de consumidores. Dessa forma, algumas regras que se aplicam na vida real, de fato, são arcaicas e limitantes no mundo virtual. Inclusive, muitas pessoas ainda não entendem o que é Internet e suas inúmeras possibilidades. Por isso, cometem muitos equívocos ao tentarem conectar coisas distintas. Em termos gerais, esse é o maior dos equívocos, assim como a tentativa de debitar, exacerbadamente, na conta dos usuários todo e qualquer custo. Por conseguinte, ao enrijecer as tributações, nada-se contra a corrente mundial nas águas de um rio virtual caudaloso que corre repleto de novas ideias, assim como de tendências e novos hábitos que brotam em milésimos de segundo. Segundo Ronaldo Lemos, um dos criadores do Marco Civil da Internet, “há uma cultura de inovação entre nós que fica reprimida por agendas presas a modelos do passado ou por falta de visão de futuro». Logo, tanto os responsáveis pela política econômica do País quanto os empreendedores poderiam adquirir uma nova mentalidade e uma nova postura diante dos desafios do e-commerce brasileiro, principalmente visando ao início de uma nova cultura comercial, sobretudo mais competitiva e menos onerosa ao usuário.
Vale a pena empreender no Brasil? A resposta advém da natureza: “Os dinossauros estão extintos, mas os pássaros continuam existindo”. Portanto, a resposta é: SIM! Inclusive, a melhor chance de ascensão financeira para quem não nasceu com a genialidade de Bill Gates, Steve Jobs ou Steve Wozniak é adquirir conhecimento sobre a área que pretende investir. A priori, recomenda-se pesquisar um nicho adequado ao perfil do empreendedor e aperfeiçoar o e-commerce gradativamente, assim como buscar informações sobre a tributação do e-commerce. Também é recomendável efetuar um planejamento com metas mais realistas e um acompanhamento efetivo (plano x realidade), construir um Business Model Canvas e aperfeiçoá-lo, definir metas via OKR, ter um plano de negócios e contatar especialistas para obter informações sobre tools ideais e confiáveis para maximizar o valor da empresa. Por fim, o empreendedor brasileiro é guerreiro por natureza, por isso cada um encontrará suas próprias soluções. É claro, todo segmento profissional tem seus momentos de glórias e dificuldades, mas se no cotidiano você se sentir feliz e satisfeito, é porque atingiu o fator mais importante: a felicidade. E a partir daí, tudo é possível!
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PORQUE É A HORA DO FULL COMMERCE NO BRASIL?
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Cristiano Athayde é Gerente de full commerce na Via Varejo, responsável pelas estratégias voltadas para B2B, B2C e marketplace, além de fulfillment e store in store. Possui mais de 15 anos de experiência como gestor de Projetos, Produto e Operações.
O desenvolvimento e o crescimento do marketplace, liderados pelos maiores varejistas e plataformas online no Brasil, ressaltam grandes desafios para a sustentabilidade dos negócios e credibilidade das suas marcas perante seus clientes finais. Se, por um lado, a entrada de lojistas reduz a necessidade de empregar recursos na compra de produtos e traz ampliação de sortimento com agilidade, em outra perspectiva, a satisfação do cliente fica vulnerável à capacidade desse mesmo lojista de realizar a entrega dentro do prazo estipulado. Em um contexto de negócios cada vez mais inovador, no qual o consumidor valoriza (muito)
a relação com a marca, uma parte relevante da experiência de compra do cliente está nas mãos dos lojistas credenciados no marketplace. Atualmente, a participação das vendas de lojistas dentro dos negócios online dos principais varejistas ultrapassa a casa dos 25% em faturamento e 35% em quantidade de pedidos. Isso significa que aproximadamente 1/3 dos clientes das principais bandeiras de e-commerce do País possuem experiência de compra que compreende a participação do lojista de forma relevante. Esse número deve subir ainda mais, podemos estimar que atinja o patamar de 50% em dois anos. Diante disso, os lojistas sofrem
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Cristiano Athayd Gerente de full commerce na Via Varejo
uma pressão por qualidade operacional cada vez maior em um mercado que oferece muitas oportunidades de negócios e crescimento de vendas, tanto para os comerciantes online quanto para a indústria. De quais desafios operacionais e de gestão estamos falando? Como ser um lojista importante dentro dos maiores marketplaces do mercado? Como oferecer ao cliente um prazo de entrega adequado e competitivo? Como ser relevante nas regras de frete do buybox (caixa de compra)? Antes de responder às perguntas acima, comento um pouco mais sobre as regras de gestão de qualidade dos marketplaces, disciplina que é parte integrante e fundamental para o desenvolvimento dessa modalidade de negócio. Dois são os aspectos para entender essa gestão. Primeiramente, a coleta, interpretação e avaliação das informações dos consumidores. Levar em conta as avaliações no pós-venda, tais como NPS e Reviews, e tomar decisões internas com base na percepção do cliente são a base para o crescimento sustentável das vendas no marketplace. O outro aspecto é a realização de um controle rígido de KPIs operacionais diante de regras claras de operação e gestão. Isso significa incentivar os bons, restringir os ruins e trazer essas lojas para trabalharem de forma integrada com a sua estratégia de negócio. Como exemplos de indicadores que devem ser monitorados, podemos citar a taxa de cancelamento de pedidos, taxa de assertividade de entrega e taxa de contato. O modelo de gestão da Amazon com seus sellers e plataformas de serviços de transporte urbano, como Uber e 99, são exemplos do uso das métricas acima para gerir a qualidade de seus parceiros. Dessa forma, a loja que opera em e-commerce precisa se desenvolver num ambiente de negócios competitivo, cada vez mais controlado e com volume de vendas crescente. Para crescer e atender às exigências do mercado, é necessário investir e profissionalizar a gestão em diversas áreas, especialmente tecnologia e logística. Nesse cenário é que a prestação de serviços de e-commerce ou full commerce ganha força. Empresas que oferecem esses serviços devem suportar a expansão do comércio digital, em que atuam players de diferentes origens, desde lojistas online tradicionais, indústrias que avançam no modelo de negócios B2C e marcas internacionais que pretendem ingressar no mercado brasileiro. Muitos varejistas estão apostando nesse segmento, que conta também com atuação de empresas ‘puras’ de tecnologia e logística.
Como o full commerce pode apoiar na sua estratégia de comercio digital? Os serviços oferecidos pelas soluções de full commerce otimizam os investimentos em tecnologia, logística e aceleram o time to market da sua loja no comércio online. Com eles, é possível contratar plataforma, integração com diversos marketplaces, gestão do site próprio, gestão de marketing digital, gestão de vendas, operação logística, transportes (fulfillment) e atendimento ao consumidor. Trata-se de uma cadeia de negócios complexa e desafiadora, na qual o empreendedor pode contar com um conjunto de soluções de forma integrada ou modular, de um ou mais fornecedores. Mas atenção: empresas de full commerce devem ser capazes de oferecer serviços que atendam a toda a cadeia de valor do e-commerce e, nesse sentido, é fundamental ter em mente que nem todos que se posicionam dessa forma são capazes de entregar a solução completa com qualidade. As ambições do seu negócio e suas competências internas vão determinar o tipo de solução que deve ser buscada no mercado. Exemplos: · Indústrias geralmente buscam parceiros capazes de operar toda a cadeia do e-commerce, já que seu negócio central é produzir produtos. Vender, entregar e atender o cliente final de forma assertiva é um trabalho que exige conhecimento e estrutura adequada para execução. · Lojas online que já operam na venda direta procuram uma solução de fulfillment que seja capaz de expandir o negócio em volume de vendas e capilaridade de entrega. Esse serviço contempla oferta da gestão logística dentro de um ou mais centros de distribuição, gestão de transportes (incluindo reversa) e atendimento ao consumidor. Por fim, expertise no varejo, uso inteligente da tecnologia e operação logística são os principais fatores críticos de sucesso para o e-commerce e atuação nos maiores marketplaces do mercado. Portanto, ao procurar um parceiro de full commerce para desenvolver e qualificar sua operação, prefira empresas com know-how comprovado e ampla capacidade de distribuição. O ideal é que você faça essa escolha apenas uma vez e consiga voar alto sem precisar trocar de parceiro. SAIBA MAIS A vida no mundo pós-canal https://goo.gl/8ZBges
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E-COMMERCE ROBUSTO QUE CABE NO BOLSO DE TODOS
A Promo Commerce acredita que o e-commerce de qualidade não deve ser caro. Antes de você decidir qual plataforma e sistemas utilizar, não deixe de pedir auxílio a eles. Muitos empresários pagam valores altíssimos para provedores desses serviços, sem a necessidade do alto investimento. A Promo se preocupa com a rentabilidade de longo prazo de cada cliente, sabendo que para o e-commerce fazer sentido, tanto a plataforma quanto todos os outros serviços, devem ser atividades de suporte e, como tal, não podem ser caras ou exigir alto investimento. Isso não significa que devem perder qualidade. Portanto, faça como grandes indústrias e varejos já estão fazendo. Deposite sua confiança na Promo Commerce e tenha um e-commerce poderoso com um investimento que cabe no bolso de todos.
CAROL, A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL ESPECIALIZADA NO VAREJO
A TOTVS lançou a Carol, plataforma de dados e inteligência artificial, para apoiar as empresas na jornada de transformação digital. A tecnologia aprimora e aumenta a capacidade de análise, velocidade, precisão e confiabilidade de tomada de decisões, diante de um volume crescente de informações. Pensando no varejo, a Carol funcionará integrada ao Bemacash, combo de soluções para micro e pequenas empresas, como uma assistente virtual, respondendo a perguntas e oferecendo insights de negócios, como sugestão de precificação, como eles estão se saindo em comparação aos concorrentes da região, qual a previsão de vendas baseada em eventos externos, como clima e feriados, e até planejar uma expansão. Aos poucos, a IA também estará presente em todos os produtos e plataformas da TOTVS e ganhará funcionalidades especializadas para resolver os problemas de cada setor e contribuir para o sucesso de empresas de todos os portes e segmentos.
DROPS DO MERCADO INTELIPOST LANÇA APLICATIVO DE BAIXA DE ENTREGA PARA MOTORISTAS
A Intelipost, plataforma para gestão de fretes líder no Brasil, acaba de lançar uma solução para atender à demanda de transportadoras e empresas com frete próprio - um aplicativo para a gestão de entregas por motoristas. Com este aplicativo, é possível monitorar a logística de entregas, registrando as baixas das entregas em tempo real. Dentre suas funcionalidades, o app permite a leitura de códigos de barras (evitando erros humanos), a comprovação de entrega através de foto, assinatura eletrônica e posição GPS, e a digitalização de canhoto. Por ser otimizado para baixo consumo de bateria e rede de dados, o app funciona em qualquer celular e possui um modo 100% offline. O aplicativo já nasce integrado à plataforma Intelipost, permitindo à equipe de atendimento o acompanhamento de todas as entregas e a automação dos fluxos de comunicação e tratamento de ocorrências, bem como visões gerenciais para a tomada de decisões.
SMARTERS E AFILIO FIRMAM PARCERIA
De olho em tecnologias de otimização de campanhas, a Afilio se aproxima do que virou tendência no mercado de mídia digital e estreita seus laços com a Smarters, empresa de inteligência artificial que desenvolveu uma plataforma própria de processamento de linguagem natural usada para o desenvolvimento de chatbots. A Smarters desenvolveu o primeiro chatbot do varejo brasileiro no Messenger, sendo o único do Brasil onde os clientes conseguem finalizar a compra sem sair da plataforma. Chatbots são apenas a ponta do iceberg de como a inteligência artificial pode mudar a forma de as marcas e empresas interagirem com seus clientes de forma proativa, mais inteligente e menos intrusiva. Quer saber mais sobre essa tecnologia e integrar ela na sua plataforma? Entre em contato agora com nossa equipe comercial através do telefone: (11) 3294-7958 ou e-mail: equipecomercial@afil.io.
NOVAS INTEGRAÇÕES MUNDIPAGG
A MundiPagg acaba de integrar com 4 novos módulos de plataformas. Magento 2.0, OpenCart 3.0, WooCommerce (Wordpress) e Shopify são os novos parceiros que entram no quadro da Mundi a partir desse mês. A empresa de tecnologia em pagamentos busca sempre oferecer diversas opções para que você possa ter o poder de escolha de acordo com a necessidade do seu e-commerce. “Nosso foco é o cliente. Estamos cada vez mais pensando em estratégias para atender as necessidades do mercado e oferecer as melhores soluções de pagamento para cada loja”, afirma João Barcellos, CEO da MundiPagg.
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PRECIFICA CRIA ÁREA DE PROJETOS ESPECIAIS PARA INTELIGÊNCIA DE NEGÓCIOS
A Precifica, empresa especializada no monitoramento de preços do e-commerce e precificação dinâmica, atenta às necessidades dos clientes que utilizam suas plataformas criou uma nova área de projetos com especialização na construção de soluções customizadas para cada necessidade de negócio. O objetivo da companhia é ir além da entrega de dados através dos seus produtos online, e trabalhar em conjunto com seus clientes na transformação dos seus negócios. O foco de atuação estará na integração e no desenvolvimento de soluções customizadas, com base nos dados de mercado capturados pelos produtos da Precifica e nas soluções já utilizadas pelo cliente. Após a identificação do que, de fato, agrega valor à empresa, o próximo passo é a elaboração ad-hoc da solução, implementação, implantação e acompanhamento dos resultados junto ao cliente.
ENSAIOS PARA O FUTURO
PAULO SILVA paulao@terra.com.br
Paulo Silva é executivo e atua na Internet há mais de 20 anos. Foi cofundador da Nutecnet, empresa que deu origem primeiramente ao ZAZ e depois ao Portal Terra, e atualmente é CEO do Walmart.com, no Brasil. Formado em propaganda, com especialização em marketing e vendas pela Fundação Getúlio Vargas, o publicitário, conhecido como Paulão, é também guitarrista da banda SoulGood, atividade que, segundo ele, é complementar à sua atividade de gestor, na medida em que faz um paralelo do mundo da música com a gestão dos negócios e de pessoas.
O DIGITAL NA GOVERNANÇA CORPORATIVA
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É comum ouvirmos que é importante as empresas se adaptarem a um mundo cada vez mais digital. Porém, são muito poucas as companhias que conseguem implantar essa transformação em seus negócios. A solução mais comum nesse sentido é a empresa contratar um profissional para montar um departamento digital. Mas, se ela é a mais comum, será que é a mais adequada? O pensamento digital é muito maior e mais inclusivo que um único departamento. Ele deve extrapolar as paredes e permear todos os processos dentro da companhia, fazendo parte de seu planejamento estratégico. Para algumas delas, esse processo é mais natural. Principalmente as mais novas, que foram fundadas quando a Internet já era uma realidade e não mais uma promessa de negócios. Esse é o caso de empresas de serviços baseadas em tecnologia e que, muitas vezes, são startups. Mas o desafio se torna muito maior quando um gestor tem por missão implantar uma transformação digital em companhias maiores e mais tradicionais. Todos sabemos que mudar culturas é muito difícil. Pessoas costumam ter medo de mudanças, e transformações geram incertezas e insegurança, simplesmente pelo desconhecimento do que elas significam. Por isso, um dos papéis mais difíceis do gestor é engajar a equipe em
torno dessa nova realidade, que já se mostrou irreversível. E tudo tem que ser feito de maneira gradual e com sensibilidade, porém com senso de urgência. Dessa maneira, tanto o CEO quanto o CDO (chief digital officer) devem ser objetivos e transparentes, mostrando aos diversos níveis da empresa os riscos de não se conseguir implantar uma filosofia digital no tempo necessário. E, quando eu digo diversos níveis da empresa, isso inclui o conselho de administração e acionistas, que estão acima dele e devem dar o suporte necessário para essa empreitada. Afinal, uma iniciativa ambiciosa como essa envolve a organização como um todo e deve, necessariamente, fazer parte da governança corporativa. Tradicionalmente, um conselho costuma contar com membros que entendem de assuntos como finanças, jurídico, mercado, impostos, e assim por diante. Mas é incomum encontrar um membro de conselho especialista em transformação digital. Em praticamente todas as empresas, os CEOs e CDOs conduzem as decisões de curto prazo, planejando ano a ano ou, no máximo, de três em três anos. Assim, cabe ao conselho de administração traçar os planos de cinco a 10 anos. Daí a necessidade de inclusão da pauta digital como um dos temas da agenda e sua
Todos sabemos que mudar culturas é muito difícil. Pessoas costumam ter medo de mudanças, e transformações geram incertezas e insegurança, simplesmente pelo desconhecimento do que elas significam
enorme relevância para o futuro das organizações. Trata-se de um processo longo e que mexe com as estruturas da companhia, por isso precisa estar totalmente alinhado com as estratégias de médio e longo prazo, como quais mercados vão nascer nos próximos anos, quais vão deixar de existir, quais investimentos devem ser feitos, qual será o comportamento do consumidor daqui a 10 anos… Mas, infelizmente, não é sempre assim que a coisa acontece. Pelo contrário, é muito comum vermos membros de conselhos de administração tratarem essas questões apenas como um tema de tecnologia, responsável por proteger a empresa contra vírus, dados e hackers ou cuidar de sistemas legados. E, dependendo da visão do conselho e de seus membros, decisões que deveriam ser investimento estratégico podem se transformar em mero corte de custos. A necessidade de uma transformação digital não surgiu agora, ela começou a ser percebida nas grandes companhias no início desta década. Naquele período, ela assumiu um caráter disruptivo, afinal era necessário trazer para dentro das organizações todas as novidades proporcionadas pela revolução digital. Foi quando vimos pela primeira vez os aplicativos, a Internet das Coisas e os líderes vindos de startups.
Mas agora a transformação digital está em um novo estágio. Ela já se mostrou necessária. Mais que isso, se mostrou inevitável. Não precisamos apenas dos líderes revolucionários, precisamos de profissionais igualmente revolucionários acima, abaixo e ao lado deles. Afinal, quanto mais gente pensar como esses líderes, mais digital está a empresa. Em outras palavras: não precisamos mais de iniciativas ruidosas e pirotécnicas. Mais importante que isso, neste momento, é mudar a cultura de grandes equipes, estabelecer novas estruturas de trabalhos e fazer com que a filosofia digital crie raízes em cada pedaço de nossos negócios. Só assim os benefícios do pensamento digital vão permear todos os processos decisórios das empresas, direcionando o trabalho de cada profissional e se tornando um fim em si mesmo. Mais que disruptivos, os gestores devem ter intimidade com questões operacionais, para que possam capitanear a transformação de toda a empresa. E, obviamente, acionistas e presidentes de conselho devem urgentemente entender a importância de se destinar um assento para um profissional com larga experiência no mundo digital. O futuro é um caminho sem volta. E temos todos que estar preparados para isso. OUTUBRO 2017
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JÁ PENSOU EM TORNAR SEU MEIO DE PAGAMENTO INVISÍVEL?
José Fernando Velez é colombiano e teve seu diploma universitário e mestrado pela Universidad de los Andes. Ele foi um dos fundadores da PayU, que em 2002 era conhecida na Colômbia por Pagosonline e no Brasil como Pagamento Digital e Bcash. Hoje, ele atua como CEO da PayU Latam há mais de 4 anos.
O consumidor de hoje é multicanal e crosschannel. A regra do jogo é comprar em diversos canais e no momento que for mais conveniente, como, caso prefira, fechar a transação online e retirar o produto diretamente na loja. Quando o assunto é omnichannel, os lojistas se preocupam com marketing, comunicação, integração dos funcionários, estoque e logística. Mas e o sistema de billing, que é tão importante quanto os demais e pode prejudicar seu resultado se não atender às expectativas de seus clientes? Pare para refletir. Sua loja já oferece as melhores opções para não perder vendas? É bom ficar atento, já que as novas tecnologias têm movimentado muito o varejo e algumas inovações prometem melhorar ainda mais a experiência do consumidor. E você não vai querer que seu concorrente saia na frente, vai? A Amazon criou uma experiência de compra “sem pagamento” na loja física Amazon Go, estabelecendo uma 28
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excelente experiência crosschannel. A tecnologia Just Walk Out detecta automaticamente quando os produtos são retirados ou retornados para as prateleiras e os mantêm em um carrinho virtual. Depois de selecionar suas compras, o cliente pode simplesmente sair da loja. Pouco depois, a empresa cobra da conta Amazon do cliente e envia um recibo. Não é à toa que 83% da população norte-americana, segundo uma pesquisa da PYMNTS.com feita em parceria com a Visa, reconhecem que os dispositivos conectados economizam tempo e diminuem a frustração na hora de pagar uma conta. O mesmo percentual acredita que dispositivos conectados podem diminuir os problemas para comprar e vender produtos online. Outra experiência de “não-pagamento” foi a do Tao Café, da Taobao, na China. Os visitantes podem escanear seus smartphones na porta, pegar o que precisam e, depois
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José Vélez CEO Latam da PayU
Sua loja já oferece as melhores opções para não perder vendas? É bom ficar atento, já que as novas tecnologias têm movimentado muito o varejo
de sair, a conta será automaticamente enviada. O país está rapidamente se afastando da moeda de papel e usando smartphones para pagar quase tudo, facilitando o pagamento com maior segurança. Dos escambos aos pagamentos mobile O Mobile Payment é uma modalidade que precisa de muita atenção dos varejistas. Para se ter uma ideia, os pagamentos móveis nos Estados Unidos devem chegar a US$ 282 bilhões até 2020, segundo dados do relatório da Forrester. No Brasil, pode ter certeza, a tendência é de que o envolvimento com a tecnologia também aumente muito nos próximos anos. Atualmente, já é possível utilizar o mobile para pagamento de táxi, recarga de celular, delivery, compra de passagens, farmácias, redes de fast food e compras online. A escala tende a crescer e, por isso, seja qual for seu negócio, é melhor começar a pensar com carinho no bolso desses consumidores. Segundo a ABECS (Associação Brasileira das Empresas de Cartão de Crédito e Serviços), há aproximadamente 4,5 milhões de estabelecimentos no Brasil que possuem maquininha de cartão. Dessas, 60% têm capacidade de receber os pagamentos móveis por aproximação (NFC, sigla para Near Field Communication). Na prática, isso significa que os comerciantes já estão prontos para atender aos meios de pagamentos móveis vestíveis. O fato é que as empresas mais tradicionais e que começaram antes a atuar com pagamentos em cartão abriram o caminho para novas empresas e startups. Esses players viram no mercado uma oportunidade de inovar e trazer ainda mais tecnologia, inovação e humanização das relações entre as adquirentes e os lojistas. Atenção com os novos meios de pagamentos A tecnologia de pagamentos digitais e a Internet das Coisas aliados à adoção de inteligência artificial evoluem para contribuir na melhoria da percepção e experiência dos consumidores, principalmente por conta da evolução dos bancos digitais, blockchain e beacons. Nos últimos anos, o mercado, de forma geral, vem adotando o pagamento por aproximação, uma tecnologia empregada nos pagamentos via celular. Dependendo da região, muitos estabelecimentos já aceitam essa forma de pagamento, e os clientes têm aproveitado essa facilidade.
Além de o pagamento ser feito sem a necessidade do cartão físico, essa tecnologia tem múltiplas funcionalidades. Quando falamos de agilidade, as tecnologias vestíveis, as wearables, se destacam como meios de pagamento do futuro. Pulseiras, relógios e até mesmo roupas são algumas das formas já disponíveis para realizar o pagamento. Entre algumas das empresas que já disponibilizaram essas tecnologias estão Bradesco, Visa, Apple e Samsung. Certamente será a experiência positiva do consumidor a chave para que esse novo meio de pagamento seja integrado ao seu cotidiano e utilizado em médio e longo prazos. O interessante é que a cada dia têm surgido novas opções que visam a substituir as formas tradicionais de pagamento como cartão e dinheiro. A tendência é de que moedas digitais sejam cada vez mais aceitas. Não tem como fugir desse cenário nos próximos anos. Mas como saber a melhor opção para o meu negócio? Entender o perfil dos consumidores e como eles se comportam ajuda a melhorar a performance da empresa. Ou seja, conhecer seu cliente é fundamental para traçar as melhores estratégias de vendas. O que já sabemos é que, independentemente da categoria do consumidor, é certo que eles estão sempre à procura de inovação, tanto em produtos quanto em serviços, bem como de diversidade em meios de pagamento, comodidade, bons produtos, variedade de preços e segurança. Trazer cenários inovadores pode ser um grande passo para seu negócio. Saia na frente dos concorrentes, encante e mude a experiência de compra dos seus clientes. A própria experiência de pagamento tende a “desaparecer” (mas não vai acabar, que fique bem claro), seja nas plataformas online ou offline. O consumidor nem perceberá que está pagando. Seu processo de pagamento poderá se tornar invisível, proporcionando uma experiência que certamente irá levar mais carrinhos cheios para seu caixa. Pense nisso e boas vendas! SAIBA MAIS Como o estilo de vida conectado impulsionará os pagamentos móveis - https://goo.gl/CUimTJ Gestão financeira inteligente é chave para aperfeiçoar a experiência de pagamento - https://goo.gl/qpWtx5
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SAAS
Em tempos em que plataformas SaaS gratuitas chegam para suprir a demanda de empreendedores, que antes encontravam uma barreira financeira e técnica intransponíveis para colocar uma loja virtual no ar, outro grande desafio surge: a necessidade de qualificar e converter quem deseja se aventurar pelo universo do e-commerce atraído pelo argumento do “grátis”. É claro que essa quebra de barreira foi importante para a popularização e profissionalização do e-commerce no País desde 2013. Afinal, muitas lojas virtuais devem parte do seu sucesso a essas plataformas que, sem nenhuma pretensão financeira imediata, passaram a oferecer toda a tecnologia necessária a partir de planos básicos que se prova30
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ram (e continuam provando!) prósperos como porta de entrada aos negócios (e, consequentemente, trampolins para planos pagos) para pais de famílias, pessoas em busca de novas oportunidades ou mesmo para aqueles que desejavam se aventurar com uma loja virtual. Por outro lado, enquanto muitos desses negócios de sucesso são frutos de empreendedores que pertencem às gerações Y e Z, ou seja, que naturalmente têm certa familiaridade com o digital, outros não sobreviveram (e nem vão sobreviver) muito tempo a esse novo ecossistema, justamente pela baixa qualificação de seus gestores, seja ela associada à falta de empatia com a tecnologia ou ao desconhecimento do universo do e-commerce como um todo. Soma-se a este último
ilustração - shutterstock - Julia Tim
QUALIFICAÇÃO 2.0: O NOVO DESAFIO DAS PLATAFORMAS SAAS GRÁTIS
Luiz Henrique Brandão Responsável pela área de conteúdo da Loja Integrada luiz@lojaintegrada.com.br
caso as poucas referências sobre um mercado tão novo que cresce exponencialmente desde 2007, enquanto o setor varejista tradicional vai no sentido oposto. Para esse grupo, digamos, menos preparado, o termo “plataforma grátis” se tornou, na verdade, o argumento mais atrativo - e, em muitos casos, o único - em busca do negócio próprio dos sonhos. Ora, quem não deseja ganhar dinheiro empreendendo com baixo ou nenhum investimento inicial? A questão é que, na prática, a carência de informação criou obstáculos tão complexos quanto fazer a primeira venda sem conhecer nada sobre formas de pagamentos, Google Adwords, Facebook Ads, e-mail marketing e SEO. É verdade que a Loja Integrada foi a pioneira entre as plataformas SaaS no Brasil a oferecer um plano totalmente gratuito para quem quisesse criar uma loja virtual, independentemente da experiência com e-commerce. Por muito tempo, o foco foi tornar a plataforma completa, robusta e, principalmente, intuitiva para que o lojista pudesse ter sua própria loja e, a partir da maturidade do seu negócio, criar condições de migrar para um plano pago que aceitasse mais visitantes/mês, produtos disponíveis e outros detalhes que só fazem sentido num estágio mais avançado do business. E, de fato, o objetivo em oferecer uma plataforma disruptiva foi alcançado, dado o número de lojas criadas na plataforma que, hoje, já ultrapassam as 500 mil. A questão é que, mesmo sendo uma plataforma fácil de usar, o sucesso dos lojistas não acompanhou de forma satisfatória o número de lojas criadas, já que uma expressiva parcela ainda continua precisando de insumos para entender o funcionamento pleno de uma loja virtual, mesmo que o mercado já esteja mais maduro que há três anos e existam iniciativas nesse sentido por órgãos como o próprio Sebrae e a Câmara e-net. O resultado do estudo “Tendências do e-commerce Brasileiro 2017”, realizado pelo Big Data Corp. em março, corrobora isso: a vida útil média das lojas virtuais brasileiras é de 185 dias. Para quem conhece o ecossistema, sabe que esse é o tempo que a maioria das lojas virtuais leva para começar a ganhar forma, atingir um rankeamento expressivo em mecanismos de buscas e até mesmo para reunir uma clientela mínima para compor a primeira lista de e-mail. Por outro lado, é animador constatar que, se comparado a 2015, quando a vida útil era de apenas 94 dias, esse número cresceu 31%. Mas como preparar pessoas para um mercado tão novo, que a cada dia traz novas ferramentas e jeitos de fazer as coisas? A resposta não está, pelo menos por enquanto, nas
Luiz Henrique Brandão é jornalista de formação com certificado em Marketing pela European College of Management, de Dublin (Irlanda). Possui em mais de seis anos de experiência em marketing digital, com atuações em agências pequenas, médias e grandes como community manager, redator e coordenador de redes sociais. Atualmente, é especialista em e-commerce e responsável pela área de conteúdo na Loja Integrada.
universidades, e sim mais próxima do que imaginamos. Mais especificamente, a poucos cliques de distância. Blogs, vídeos, webinars, cursos onlines, e-books e todo tipo de material digital são as fontes para quem realmente deseja se profissionalizar nesse meio. Numa pesquisa realizada em março pela Loja Integrada com mais de mil lojistas, 70% apontaram que o YouTube é a principal fonte de informação, seguido por blogs (48%), cursos online (59%) e cursos presenciais (18%). Vale ressaltar que os cursos, sejam presenciais ou online, são indiscutivelmente ótimos para agregar conhecimento, mas a maioria não é voltada para plataformas na prática. Logo, especificidades como o layout e outras ferramentas desenvolvidas exclusivamente para determinada plataforma são deixadas de lado, limitando o conhecimento a um overview mais generalizado do mercado. Essas respostas não são novidades, se pensarmos que a Internet mudou o jeito de encararmos o mundo antes mesmo da popularização do e-commerce. Boa parte da nossa rotina passou a ser digital, e a educação e a profissionalização seguem essa tendência. Faz todo sentido, portanto, que os principais canais de informações relacionados ao e-commerce também estejam na rede. E já que a Internet é o principal meio pelo qual as pessoas consomem informação sobre esse assunto, cabe a nós, profissionais do e-commerce, usá-la para qualificar quem deseja aprofundar conhecimentos em um mercado ao mesmo tempo tão novo e tão promissor. Agora que as barreiras intransponíveis são águas passadas, o nosso maior desafio, enquanto especialistas, é concentrar os esforços em fornecer conhecimento quando o assunto é e-commerce. O resultado desse movimento continuará trazendo, ao longo dos próximos anos, perfis de lojistas muito mais qualificados e capazes de atuar por conta própria à frente de suas lojas virtuais. Este é o caminho que todos os players que apostam em lojas virtuais grátis deverão seguir para um bem comum: o sucesso do lojista e a consequente conversão para os planos pagos. Plataformas, uni-vos! SAIBA MAIS O que considerar na hora de escolher a plataforma do seu e-commerce? - https://goo.gl/6aT16g Saas x ‘open source’: entenda e faça a escolha certa para o seu negócio! - https://goo.gl/mEb2VJ
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GESTÃO
Ricardo Ramos CEO da Precifica ricardo.ramos@ precifica.com.br
Ricardo Ramos é fundador e CEO da Precifica, empresa especializada no monitoramento de preços do e-commerce e precificação dinâmica.
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Por trabalharmos em setores muito ligados à tecnologia da informação, intuitivamente recorremos a sistemas e mais sistemas de controle para resolver problemas que, na verdade, muitas vezes estão enraizados nos times e na cultura, ou na falta de cultura, da empresa. É quando os investimentos em tecnologia começam a não ter o ROI esperado e então decidimos investir em consultorias que, por fim, irão nos diagnosticar com algo que beira o óbvio e geralmente é difícil de aceitar. É nesse contexto que direciono o foco deste artigo para a gestão de negócios e equipes sem me apegar a sistemas ou metodologias, que podem sim contribuir com o dia a dia da operação, mas que dependem de uma premissa que é a cultura gerencial, pronta para ser replicada nos sistemas, processos e pessoas.
nossos planos em prática. Então, ao invés de começarmos por aquilo que é mais importante, começamos por aquilo que temos coragem de postergar, de não executar no curto prazo. Geralmente são atividades e projetos que causam menor - não digo nenhum - impacto financeiro, operacional, na qualidade, na satisfação do cliente ou qualquer outro que faça sentido para o negócio. Certamente existem diversas metodologias que podem ser empregadas nesse processo de decisão. Porém, a metodologia ou o software somente irão automatizar aquilo que sua cultura reza. Sem a cultura, a metodologia ou o software terão curto tempo de vida dentro do negócio. Por fim, tudo aquilo que é priorizado deve ter um modo de ser mensurado. É preciso que todos os envolvidos tenham clareza sobre onde estamos, onde queremos chegar e quando queremos chegar. O resultado alcançado pode até não ser o que se esperava, mas observar a decisão tomada versus resultado alcançado gera um enorme aprendizado em todos os envolvidos, lapidando continuamente a capacidade de tomada de decisão.
Priorização - deixe de fazer coisas também importantes Quem nunca empregou grandes esforços em uma implantação, em uma mudança ou em qualquer que seja o projeto, para no final deixar de aferir o resultado gerado simplesmente porque o projeto perdeu sua relevância para qualquer outra demanda imediata? Costumo dizer que priorizar é deixar de fazer coisas também importantes. Sei que à primeira vista a afirmação parece um paradoxo. Aqui, a situação conflitante a ser resolvida é que muitas vezes chegamos à conclusão de que tudo é importante e não temos capacidade de execução disponível para colocar todos
Alinhamento de objetivos - foque nos resultados Mais comum do que imaginamos num primeiro momento, os objetivos de negócio geralmente estão implícitos e/ou são compartilhados apenas com a alta gestão nas empresas. A falta de alinhamento em todo o time a respeito dos objetivos e rumos do negócio cria sintomas que geralmente são percebidos apenas no médio e longo prazo. Não me refiro aqui à missão da empresa, mas aos objetivos trimestrais, semestrais e anuais. São os objetivos que explicam como a empresa vai atingir as metas estipuladas num dado período de tempo.
foto - shutterstock - ESB Professional
GESTÃO PARA O ALCANCE DE RESULTADOS
Excesso de informalidade + Agilidade = Desvio de foco. Sem o alinhamento adequado, mas ainda com um time comprometido, muitas vezes o que se consegue é que esse time esteja muito engajado na causa errada. Geralmente pequenas e médias empresas pecam em ser ágeis em muitas coisas ao mesmo tempo, desperdiçando tempo e dinheiro. A agilidade é bem aplicada quando alinhada aos objetivos do negócio. Assim, a geração de valor é visível através de prazos mais condizentes, entregas de alta qualidade e rápida detecção daquilo que funciona e daquilo que não funciona. A falta do alinhamento sobre os objetivos do negócio também provoca limitação na proatividade, uma vez que o time não sabe exatamente em quais frentes pode contribuir. A motivação é outro ponto facilmente afetado, levando o time a trabalhar de maneira totalmente reativa e muitas vezes resultando na perda de talentos. Cada vez mais, as pessoas trabalham pela causa e não somente pelo dinheiro. Por essa razão, é extremamente importante dar clareza sobre os desafios a serem vencidos, o motivo pelo qual se esperam determinados resultados e o impacto da contribuição individual. Benchmark - esqueça o impossível No dia a dia de gestão, precisamos estar sempre ligados aos resultados dos nossos indicadores e estar sempre em busca de melhorias. Mas, além dos indicadores, temos suas metas que precisam ser definidas e então alcançadas. A questão é: como gerar um senso comum sobre o que é uma meta alcançável e uma meta improvável? A falta desse senso comum com muita frequência cria situações em que o time trabalha apenas para não contrariar a determinação daqueles que definiram as metas, mesmo não acreditando na possibilidade de alcançá-las. A falta de alinhamento de expectativas é uma armadilha que pode ser facilmente evitada com pouco esforço. Assim, a comunicação clara e direta das metas, suportada por resultados históricos da empresa e de referências externas - empresas do mesmo
setor ou de setores similares - transmite confiança e determinação para aqueles que irão trabalhar para atingi-las. Se hipoteticamente queremos definir uma meta para redução de despesas com infraestrutura, primeiramente determinamos nosso indicador e o seu estado atual, por exemplo: Gasto de infraestrutura mensal/Receita bruta mensal = 10%. Agora, comparamos com nosso percentual histórico, digamos que entre 9% e 12%. E, por fim, trazemos referências de empresas do setor, 8%. Com esses dados em mãos, torna-se mais fácil construir um discurso aceitável sobre como a empresa precisa se tornar mais eficiente, priorizando projetos para a redução do custo de infraestrutura para 9%, tornando a empresa mais competitiva num setor onde o custo médio está em 8%. Agora vamos imaginar a definição de uma nova meta de NPS em 90 para o próximo trimestre, estando em 60 e historicamente crescendo 10 pontos a cada trimestre. Com uma média NPS setorial em 80, seria difícil engajar o time na busca pelo resultado projetado. Parece muito simples, mas geralmente as coisas mais simples são as mais difíceis de compreender. Para uma definição de meta sensata, é preciso ter parâmetros de comparação e referências para os resultados projetados. A falta desses parâmetros muitas vezes nos leva a determinar metas inalcançáveis, levando o time à frustração e logo à desmotivação. Metas precisam ser desafiadoras, mas também alcançáveis.
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PSP Tenha as melhores vantagens de alta conversão, combinadas com a melhor gestão financeira em uma solução completa de pagamentos.
SPLIT PRA MARKETPLACES Divida seus pagamentos de forma inovadora sem novos cadastros de recebedores.
OMNI-CHANNEL Amplie suas vendas além do digital e ofereça experiências e projetos pensados no seu consumidor.
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NOVA FUNCIONALIDADE DO KPL ENTERPRISE
O KPL Enterprise é o ERP do Mercado Backoffice integrado às principais plataformas e marketplaces. Agora, oferece para os clientes que utilizam o Mercado Envios Coletas, solução logística do Mercado Livre, toda a gestão de suas vendas, como: inserção de dados fiscais, impressão de etiquetas e fechamento do romaneio no próprio sistema de gestão, sem precisar ir até a plataforma do marketplace. A ideia é trazer mais agilidade às operações e contribuir para gerar mais negócios aos vendedores do Mercado Livre.
CONHEÇA AS NOVAS SOLUÇÕES DE WAF DA SITE BLINDADO
A Site Blindado, principal empresa de segurança para lojas virtuais e sites da América Latina, lança novas soluções da Web Application Firewall (WAF). O WAF é responsável por identificar e bloquear o tráfego proveniente de fontes maliciosas e fraudulentas, liberando acesso apenas ao tráfego tido como normal. Com o objetivo de tornar a internet mais segura para empresas e pessoas, a Site Blindado passa a oferecer o serviço em três versões: WAF Starter para sites com 500 GB de tráfego, como blogs, e-commerces e empresas de pequeno porte; WAF Pro para sites com tráfego de até 1 Tera, recomendado para e-commerces, empresas de médio porte e sistemas administrativos; e WAF Enterprise, recomendado para e-commerces e empresas de grande porte com diversas aplicações e serviços.
LOOKS VIRTUAIS, RESULTADOS REAIS
Acompanhando o crescimento de um mercado promissor, a Bis2Bis comércio eletrônico tem investido cada vez mais no segmento de e-commerce de moda. O aumento da confiança dos consumidores para comprar esse tipo de produto pela internet melhorou a perspectiva de mercado e abriu espaço para novos empreendedores virtuais. Devido a isso, as vitrines on-line precisam aprimorar a construção dos sites e a exposição dos produtos com o objetivo de atrair consumidores. Especialmente nesse segmento de varejo, a Bis2Bis desenvolveu um workflow de sucesso para moda, utilizando a distribuição estratégica das imagens, variedade de fotos e botões de atração. Depois de vários testes de comportamento e experiência do consumidor, essas mudanças já apresentaram excelentes resultados nas vendas. Atenta às transformações, a empresa buscou se aperfeiçoar no assunto e adquiriu o know-how necessário para alavancar a conversão dos seus clientes.
CONHECENDO O MERCADO BRASILEIRO
A PayU no Brasil continua trabalhando para sempre atender as necessidades do mercado brasileiro. Para se especializar neste mercado, a PayU Brasil recebe em sua sede de São Paulo o CEO Latam, José Velez, e a Country Manager, Ana Sandoval, para dar prioridade máxima nos próximos meses para a migração das plataformas e desenvolvimento de produtos. Para nossos clientes, seguimos oferecemos a oportunidade de expandir seus negócios para os países que a PayU tem operação em toda Latam e no mundo. Para novos clientes, reforça uma oportunidade de engajar em uma empresa de pagamentos com operação internacional que irá fornecer toda a tecnologia e experiência local para que eles alcancem seus objetivos. Conheça mais sobre a PayU!
CONHEÇA O PMWEB CONTEXT
O Pmweb Context é um dashboard que foi desenvolvido para orientar as estratégias e os insights de marketing a partir do cruzamento de dados das vendas de lojas físicas e do e-commerce. Analisa também, todas as campanhas digitais oferecendo uma visão global da efetividade das estratégias e o papel de cada mídia na receita. Mais informações no nosso site.
DROPS DO MERCADO B2WADS: CONHEÇA A PLATAFORMA DE ANÚNCIOS PARA SELLERS DO B2W MARKETPLACE
O B2WAds é uma plataforma de anúncios nativos, disponível para os sellers do B2W Marketplace. Com a ferramenta, é possível destacar os produtos nas principais páginas dos sites Americanas.com, Submarino e Shoptime, aumentando a visibilidade do sortimento através de anúncios segmentados pelo contexto de navegação e de acordo com a jornada de compra do cliente. Com o modelo de CPC (custo por clique) e sem valor fixo de investimento, o seller determina o valor do clique e paga apenas quando os clientes clicarem no anúncio. A B2W recebe mais de 527 milhões de pageviews/mês, gerando 1,8 milhão de pedidos e o Marketplace registrou, entre os primeiros trimestres de 2016 e 2017, um crescimento de 121,8%. Nos três primeiros meses de 2017 atingiu a marca de R$ 772 milhões em GMV, o que representa 28,9% do GMV total da B2W.
SELIA E-COMMERCE ENGINEERING IMPLEMENTA SOLUÇÕES DE MACHINE LEARNING EM NOVOS PROCESSOS
A SELIA empresa especializada em oferecer soluções completas para o e-commerce , entende que a integração entre áreas (marketing, comercial, financeiro, tecnologia e supply-chain) é o ponto vital para o sucesso dos negócios online. No último trimestre, implementou a solução em Machine Learning para melhorar os seus processos de S&OP – um dos pilares para a engenharia do e-commerce. Com isso, melhorou o planejamento de demanda, trazendo adequação dos volumes em estoque às previsões de venda. O resultado foi a redução de custos com compra e armazenamento, além do incremento em vendas pela redução de rupturas. A constante redução de preço dessas soluções somada a metodologia desenvolvida pela Selia possibilita a sua aplicação em empresas de todos os portes, não estando restrita as grandes corporações.
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NATAL, O ÁPICE DE VENDAS EM DATAS COMEMORATIVAS Alejandro Vázquez Cofundador da Nuvem Shop
Alejandro Vázquez é cofundador da Nuvem Shop e diretor de atendimento ao cliente. É apaixonado por ajudar os clientes a ter um negócio de sucesso, adora ler, correr e conhecer novas comidas e lugares. Vázquez tem passagens por grandes empresas do setor, como a hardware Dell. Participa do conselho da South American Business Forum (SABF), um fórum que reúne líderes de diversas nacionalidades e gerações para criar planos de desenvolvimento sustentável para a América Latina e o mundo.
O que significa Natal para a maioria das pessoas? Comemorado em diversos países mundo afora, o dia 25 de dezembro pode ser associado aos mais variados significados, quando questionamos pessoas de diferentes culturas, hábitos e religiões. Um teste simples, para identificar as principais associações feitas às comemorações de Natal, pode ser feito em um rápido passeio pelo escritório e uma breve conversa com seus colegas de trabalho. Certamente, as respostas serão diferentes umas das outras e poderão ter um viés mais pragmático do que sugerem as histórias narradas sobre o tema. Fizemos essa experiência entre os membros de nosso escritório. Pedimos que todos citassem as três primeiras coisas relacionadas ao Natal que lhes viessem à cabeça. “Comida” foi um das respostas mais comuns, mas isso já era esperado. Outro aspecto recorrente foi o tema “presentes/compras”. Como resultado, sete em cada 10 pessoas incluíram em suas respostas algo relacionado ao consumo. A partir desse simples experimento e levando em consideração toda mobilização do mercado para as vendas nessa época do ano, subjetividades à parte, sabemos que é disto que se trata o Natal: comprar e presentear.
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O movimento gerado pela compra de presentes pode ser observado claramente na dinâmica de vendas das lojas que utilizam a plataforma de e-commerce Nuvem Shop nos últimos anos. A ocorrência da Blackfriday, associada ao início das vendas para o Natal, contribui para que novembro aponte um pico nas vendas, que se sustenta nas primeiras semanas de dezembro, fazendo com que a compra de presentes para o Natal nesses dois meses seja o equivalente ao dobro, ou até ao triplo, de vendas em um mês comum para muitos negócios online. Como pode ser observado no infográfico, no ano de 2016, os segmentos mais procurados em lojas online para os presentes natalinos foram: moda, saúde e beleza, esporte e eletrônicos, somando 65% das opções disponíveis. O ticket médio de vendas para o Natal atingiu o valor de R$ 225, 6% a mais do que no ano anterior, e há um aumento significativo das transações e vendas efetuadas via mobile, o que pode ser apontado como tendência real de mercado e enfatiza a relevância de ter um site responsivo para celulares e tablets. Como eu disse, no fim do ano é natural que o mercado aqueça ainda mais, mesmo em anos de crise econômica. Esse pico de vendas, ape-
sar de desejado, pode também sobrecarregar os servidores e promover falhas em seu site, caso não sejam tomadas as devidas precauções. A velocidade de carregamento da página afeta sua taxa de conversão e até mesmo o SEO. Por isso, não deixe de reparar nos pequenos detalhes, pois eles podem se tornar grandes obstáculos no desempenho da sua loja. Dispor de uma plataforma robusta, com assistência rápida e eficiente é fundamental para os momentos de crise. Também nessa época, tendo em vista o aumento das ofertas em diversos canais, os potenciais clientes se convertem em comparadores seriais de preços. Será outro grande desafio para você converter esses consumidores em vendas concretas. Em razão do aumento da demanda, outro erro de logística muito comum é o não cumprimento dos prazos de entrega dos produtos. Como bom lojista, você deve se planejar com antecedência e tomar as medidas necessárias para não frustrar o cliente - ainda mais nessa época do ano, quando os sentimentos ficam à flor da pele e a entrega antes do dia 25/12 é fundamental. Portanto, o mais importante é se adiantar. De fato, não é por acaso que você está lendo este artigo em outubro. Ainda há tempo de fa-
zer um planejamento antecipado para atender com excelência à demanda prevista para seus produtos no Natal. Segundo relatório da Nuvem Shop, em 2016, 59,4% das lojas entrevistadas fizeram campanhas especiais para o Natal. Aproveite e transforme temporariamente sua loja, para converter o máximo do tráfego em clientes. Pensando em ajudá-lo com mais algumas dicas, listei alguns pontos para você colocar em prática na hora de se preparar para o próximo 25 de dezembro e ter um final de ano de muito sucesso. 1. Fique atento à sua logística A primeira coisa a fazer é ter certeza de que sua loja tem estrutura suficiente para atender a todos os clientes. Para isso, você deve analisar se o checkout está intuitivo; ver se os meios de pagamento e entrega estão em local visível; organizar sua equipe de atendimento para eventuais dúvidas, estabelecer um processo para recebimento e manuseio de pedidos, além de fazer estoque dos seus produtos mais populares. Outra saída que pode fazer toda a diferença em suas operações é oferecer vantagens para quem comprar adiantado, aliviando a correria dos dias mais próximos do Natal e garantindo que o produto chegará no prazo, sem dores de cabeça.
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Como bom lojista, você deve se planejar com antecedência e tomar as medidas necessárias para não frustrar o cliente - ainda mais nessa época do ano
2. Trabalhe seu SEO para ser encontrado Ao longo do ano, é importante levar em conta as melhores práticas para conseguir um bom posicionamento orgânico nos buscadores (SEO). No Natal, esse aspecto segue sendo válido e essencial, mas, para isso, você deverá se atentar para certas palavras-chave “sazonais”. É possível que muitos potenciais clientes busquem termos como “ofertas de presentes”, “presentes baratos”, “ideias de presentes”, “presentes de Natal originais”, entre outros. Cabe a você identificar essas palavras-chave e utilizá-las na hora de gerar conteúdo para a sua loja, conquistando mais chances de aparecer na primeira página dos buscadores. 3. Crie um layout natalino É muito importante deixar a aparência da sua loja virtual com um aspecto mais “natalino”. Você pode editar o logotipo, por exemplo, e dar um toque especial à sua loja virtual com banners temáticos. Uma boa dica é criar um link para uma categoria especial com “presentes natalinos”. Prepare os textos e imagens que serão usados e tenha tudo pronto para publicar na data estipulada. Lembre-se de que, quanto mais próximo do Natal, mais criativo você precisará ser – e mais difícil será se organizar. 4. Distribua cupons de desconto Não se trata de oferecer um desconto falso, aproveitando o impulso comprador da época, e sim trabalhar com a ideia de percepção de valor do seu produto. Isso é importante para você continuar assegurando a sua margem de lucro e deixar o cliente satisfeito com o valor pago. O tipo de promoção oferecida pode variar de acordo com a sua loja virtual, seu alcance, os produtos disponíveis em estoque, entre outros fatores próprios do seu negócio. O mais importante é fazer a oferta com sabedoria. Por exemplo, não elabore descontos “matematicamente” complexos. Tente ser certeiro e imediato. 5. Incremente o ticket médio do pedido A temporada natalina, em geral, é marcada por uma generosidade maior. Portanto, aproveite para incentivar os consumidores da sua loja vir-
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tual a aumentar o ticket médio do pedido, comprando mais produtos ou produtos de preço superior. Uma estratégia interessante é oferecer frete grátis para compras acima de determinado valor e fazer kits com produtos para compor um presente mais incrementado. Você pode ainda incluir uma cortesia, como um brinde ou cupom de desconto, para a próxima compra. Encantar o cliente com pequenas surpresas pode diferenciar sua loja da concorrência. 6. Capriche no seu marketing Para chamar a atenção das pessoas para sua loja, você pode fazer um post especial no seu blog, chamadas e concursos culturais nas redes sociais, enviar campanhas de e-mail marketing e investir em anúncios pagos no Google AdWords ou Facebook Ads. As possibilidades são infinitas! Só tome cuidado para não bombardear o cliente de informações e se esquecer do principal: converter vendas. 7. Que seu 2018 comece no Natal! O e-commerce é uma atividade que veio para ficar. É uma excelente porta para quem deseja entrar no mundo do empreendedorismo, ser seu próprio chefe, conquistar a independência financeira e deixar sua marca no mundo. Provavelmente, você já deve estar convencido da evolução do comércio eletrônico nos últimos anos e que 2018 promete grande crescimento. O que acha de começar o próximo ano dando um grande salto neste Natal? SAIBA MAIS Por que é importante preparar sua loja virtual para datas comemorativas? https://goo.gl/BL6PtZ Webinar fala sobre gestão de marketing em datas comemorativas no e-commerce https://goo.gl/93Hw7j Comunicação via SMS em datas comemorativas: oportunidade para vendas https://goo.gl/6bLjGw
CADASTRA OFERECE SOLUÇÕES ORACLE MARKETING CLOUD
A Cadastra, agência digital full service especializada em performance, firmou parceria com a Oracle, tornando-se uma Oracle Partner. Desta forma, a agência passa a oferecer soluções como a ferramenta de CRM e cross-channel Responsys, a DMP BlueKai e a ferramenta de CRO Maxymiser. “A Oracle fez aquisições importantes nos últimos três anos, tornando-se uma das principais plataformas de Marketing Cloud, com soluções relevantes para nossos clientes”, afirma Thiago Bacchin, CEO da Cadastra. A agência é também Google Premier Partner, DoubleClick Marketing Partner e Adobe Business Solution Partner.
NOVOS PLANOS DA TRAY CONTEMPLAM DIVERSOS BENEFÍCIOS PARA REVOLUCIONAR O E-COMMERCE BRASILEIRO
Visando revolucionar o e-commerce brasileiro e facilitar o caminho para o sucesso dos varejistas nas vendas online, a Tray acaba de lançar novos planos que contemplam: domínio grátis por 1 ano; disparos de e-mail marketing grátis; bônus para aquisição de layout em sua loja de temas; usuário grátis em ferramenta de gestão de atendimento; bônus no primeiro envio em sua ferramenta de frete; contas de e-mail grátis; isenção de setup; hospedagem inclusa e mais de 200 recursos nativos grátis. Além das já conceituadas integrações com os principais marketplaces brasileiros, os planos ainda são divididos em ofertas que atendem desde o pequeno varejista que está iniciando a sua operação online, até grandes operações que precisam de projetos customizados e robustos.
API DE GERAÇÃO DE BOLETOS PAGSEGURO, MAIS VANTAGENS PARA O VENDEDOR
O boleto é um dos meios de pagamento mais utilizado pelos brasileiros. E com seu uso crescente alguns segmentos buscam no e-commerce uma oportunidade de expandir seus canais de atuação e ampliar o formato de seus recebíveis. Quando falamos de compras online, identificamos um público que necessita fazer cobranças recorrentes, como os planos de saúde, academias entre outros. Essa forma de cobrança é conveniente para os compradores e facilita a gestão financeira e de tempo das empresas. Em linha com essas necessidade do mercado, o PagSeguro lança a API de Geração de Boletos. O serviço possibilita a disponibilização de códigos de barras por push, email ou mensagens, utilizando os canais mais aderentes aos clientes. Assim, as empresas gerenciam melhor as suas cobranças, incluindo: data de vencimento parametrizável, boletos registrados e boletos individuais ou tipo carnê. Esse tempo e inteligência usados para oferecer um serviço personalizado, faz da experiencia de compra do cliente algo singular.
DT+SEEKR INTEGRA NOVOS SERVIÇOS
Para reforçar a presença no mercado de e-commerce, proporcionado uma melhor experiência de atendimento aos e-consumidores, a DT+Seekr está integrando serviços de parceiros a sua plataforma. A finalidade é agilizar o atendimento e melhorar a qualidade da informação, oferecendo soluções que auxiliem os clientes. As primeiras integrações ocorreram com a Intelipost e a Yourviews, em caráter de exclusividade. Assim, os clientes que já se relacionam com essas empresas podem solicitar a incorporação na plataforma da DT+Seekr. Atualmente, cerca de 70% dos chamados nas centrais são sobre status dos pedidos. Com esse sistema, tudo estará centralizado no ambiente DT+Seekr. Investir em ferramentas de atendimento reduz gastos, aumenta as vendas e fideliza os clientes. “O custo para captar consumidores no e-commerce é alto, e investir em estratégias para fidelizar clientes é fundamental”, comenta José Paulo Motta, Diretor de Business Development da DT+Seekr.
DROPS DO MERCADO SHOPBACK LANÇA PRIMEIRA PLATAFORMA DE REMARKETING EM TEMPO REAL
Líder de mercado em tecnologia para retenção, reengajamento e remarketing por meio de Big Data, a ShopBack inova ao lançar a primeira plataforma de Behavior Live Sales do mundo. O ShopLive permite ao e-commerce identificar quem é o visitante que navega em seu site e os itens que ele visualiza. Com essas informações, o lojista pode interagir com assertividade em tempo real, por chat ou overlays com promoções ou recomendações de produtos, diminuindo a taxa de abandono e aumentando a conversão. O ShopLive disponibiliza ao gestor ou atendente do e-commerce filtros por cidade, nascimento, sexo, número de sessões, qual tempo de permanência e o potencial de compra, com régua de configuração para segmentações de ofertas. “Procuramos disponibilizar novas alternativas para o lojista ser cada vez mais eficiente na hora de engajar o cliente para aumentar as vendas”, afirma Isaac Ezra, CEO da ShopBack. Veja um vídeo demostrando o ShopLive em ação - goo.gl/Na3Dt9.
MERCADO LIVRE PUBLICIDADE ABRE APIS PARA IMPULSIONAR VENDAS
O Mercado Livre Publicidade anuncia a abertura de APIs – Aplication Programming Interface - para impulsionamento de vendas. A medida facilita o uso de ferramentas de anúncio e aproxima os vendedores dos mais de 23 milhões de compradores na plataforma. Os anunciantes no Mercado Livre podem utilizar os Product Ads de forma escalável com as APIs. Desta forma, vendedores novos ou que estão lançando produtos, poderão concretizar as primeiras vendas mais rapidamente. Já os que comercializam há bastante tempo dentro da plataforma conseguirão potencializar o desempenho de seus anúncios a partir de quatro opções de planos oferecidos pela plataforma. A estratégia leva em conta que 62% das pequenas e médias empresas da América Latina já usam algum tipo de publicidade online, o que justifica o faturamento 40% maior do Mercado Livre Publicidade no primeiro trimestre em relação ao mesmo período de 2016.
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BIG DATA
QUANDO O BIG DATA FALHA erich@selia.com.br
Erich Yoneyama é diretor de negócios da Selia E-commerce Engineering e do site Ecadeiras. É formado em engenharia pela Escola Politécnica da USP, pós-graduado com MBA em Marketing Estratégico pela FGV e desenvolveu sua carreira em áreas ligadas a inteligência de negócios, seja na modelagem do ciclo de vida dos produtos, análise de cenários mercadológicos ou na caracterização do consumidor e seu comportamento no varejo online.
Big Data foi o fenômeno nos anos de 2012 e 2013. Provavelmente, toda importante publicação de negócios trouxe uma notícia de como a revolução dessa enorme quantidade de dados está ajudando indústrias de diversos setores a se tornarem mais eficientes e produtivas. A última campanha eleitoral americana utilizou-se de grandes quantidades de dados para realizar micro-segmentações, analisar padrões e entender quais fatores eram mais relevantes para o eleitor. Softwares de uso livre estão ajudando agricultores do Quênia a serem mais produtivos, reduzindo custos com aditivos químicos e gerando oportunidades para o combate à fome no mundo. Na área da saúde, supercomputadores estão reduzindo o tempo de diagnóstico de doenças e indicando tratamentos mais eficientes – vide Watson da IBM. Exemplos de aplicações reais não faltam. Tenho percebido médias e grandes corporações fazerem importantes investimentos em infraestrutura de dados e buscarem pelo mais sexy e raro dos profissionais da atualidade: o cientista de dados. Mas por que inclusive em nosso mercado, onde a tecnologia da informação está no DNA, ainda encontramos dificuldades em trazer as grandes melhorias e conseguirmos os resultados tão almejados? Nos últimos anos, diversos artigos têm questionado o uso correto do Big Data e discutido por que a sua aplicação isolada falha. Ter muitos dados não resulta em qualidade de informação Em diversas ocasiões, verifiquei que essa infinidade de bytes era relativa a poucas variáveis, muitas delas apenas combinações das anteriores. Ter variabilidade e qualidade é tão importante quanto quantidade. O artigo “Big Data Doesn’t Work if You Ignore the Small Things that Matter”, publicado por Robert Plant - Professor de sistemas da informação na Universidade de Negócios de Miami – na revista Harvard Business Review em 2012, afirma que as empresas seriam melhores na satisfação e reten40
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ção de seus clientes se gastassem menos tempo no uso do Big Data e mais tempo fazendo o bom uso do “small data” – informações já existentes em tecnologias simples. Em 2009, a pesquisadora etnográfica Tricia Wang reportou seus estudos à Nokia, então uma das maiores fabricantes de celular do mundo, sobre a necessidade de reposicionar seus produtos, dada uma crescente inclusão dos aparelhos nas populações de baixa renda. Porém, a quantidade de indivíduos representados nas pesquisas de Tricia era insignificante perante os enormes registros nos bancos de dados da empresa e acabou sendo menosprezado. Tricia definiu seus valiosos dados como “thick data”. Passados oito anos, sabemos que as previsões baseadas em um modelo com foco quantitativo não trouxeram o resultado esperado. Principalmente quando falamos de compreensão humana, prever comportamento é algo desafiador. Num processo de decisão de compra, milhares são os fatores de influência: históricos, genéticos, externos e internos. Nem o mais avançado dos sistemas Big Data ainda é capaz de internalizar essa quantidade de variáveis. Temos dificuldades em criar bons modelos preditivos Na tentativa de fazer previsões e modelar um novo cenário, às vezes esquecemos que nossos dados são gerados a partir de acontecimentos passados. Acontece que na atual dinâmica dos negócios, as principais decisões precisam ser tomadas com base em um contexto futuro nunca verificado em sistema antes. Há ainda o fato de todo cenário preditivo ser um modelo. Existem condições de contorno, diriam os engenheiros. Há limitações claras sobre quais são as variáveis que compõem esse modelo, desprezando outras por facilidade ou porque nem temos ciência da sua influência sobre os resultados futuros. Adoramos a falsa sensação de controle quando todas as fórmulas e algoritmos dos sistemas e planilhas rodam sem erro.
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Erich Yoneyama Diretor de negócios da Selia E-commerce Engineering e do site Ecadeiras
Para muitos, o processo analítico é uma caixa preta Por mais que tenhamos ferramentas estatísticas e algoritmos potentes, a complexidade de cálculo ainda gera insegurança nos líderes. Quantas vezes recebemos uma informação que temos dificuldade em contextualizar? Em 2011, integrei o time de planejamento de demanda da Natura Cosméticos S.A., cuidando da principal categoria da empresa – a perfumaria. Em reuniões semanais, recebia informações sobre ações promocionais, metas de venda, investimento em mídia e inserções na TV, dados de pesquisa com consumidores e o auxílio de profissionais com décadas de experiência no mercado. Cabia a nós pegar todos esses dados e - utilizando estatística descritiva, análise de correlações, regressões lineares e tudo mais que fosse de nosso conhecimento – projetar a venda de um período com meses de antecedência para aprovação dos altos executivos. O objetivo era atingir metas rígidas e controladas de erros de estimativa, dado que o número afeta toda a cadeia produtiva da empresa. E, embora estivéssemos investindo cada vez mais em cálculos complexos, percebia que o processo era uma caixa preta para a maioria dos decisores. Para a maioria, entravam vários fatores e um número saía como mágica. Fiz o caminho inverso, tentei tornar o processo analítico mais compreensível para pessoas menos analíticas. Assim, todos que estavam envolvidos no processo saberiam como cada variável contribuía no resultado final e o motivo. Foi esperar que o ciclo de vendas se encerrasse para que os resultados começassem a aparecer. Adote diferentes métodos para criar uma cultura analítica Não abandone os métodos tradicionais de análise. Com o foco na quantidade de dados, nos esquecemos das conhecidas metodologias de data mining e funções estatísticas. Deixamos de ter o bom senso ao olhar os limitantes do nosso negócio esperando que resposta seja produzida apenas por algoritmos. Ainda é válida a Teoria das Restrições apresentada por Eliyahu Goldratt no livro “A Meta” em 1984 -, enfatizando que um número pequeno de limitações é responsável pela baixa performance de um todo. Reconheço a importância do Big Data e seu impacto na sociedade. Basta olhar a mudança cultural provocada pelas redes sociais, que não seria possível sem essa tecnologia. Dr. Edward Deming, pai do PDCA e dos modelos de produção enxuta, deve estar vibrando com a abundância de informação impactando diretamente os ciclos de melhoria con-
Reconheço a importância do Big Data e seu impacto na sociedade. Basta olhar a mudança cultural provocada pelas redes sociais, que não seria possível sem essa tecnologia tínua. Mas quando a mensuração é ruim, outros métodos têm se mostrado mais eficientes. A Dra. Jeanne Liedtka, escritora do livro “The Designing for Growth”, afirma que, quando o grau de incerteza e complexidade são grandes (principalmente os centrados no ser humano), os dados necessários são escassos ou de baixa qualidade - métodos como o Design Thinking se sobressaem aos tradicionais modelos de análise linear (ciclo de Deming e DMAIC, por exemplo). O Big Data não terá sucesso se antes não houver uma transformação cultural. Os principais desafios em sua adoção não estão na tecnologia, mas nas pessoas. Garanta sua compreensão, acesso à informação e uso correto dos dados. A tecnologia deve simplificar a compreensão do processo analítico e produzir informação. Adaptando a citação do guitarrista Frank Zappa ao contexto atual: “Dados não são informação. Informação não é conhecimento. Conhecimento não é sabedoria. Sabedoria não é a verdade...” SAIBA MAIS Sua empresa já está pronta para o Data Business? https://goo.gl/2qt4wK
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PÁGINAS AZUIS
FERNANDO DI GIORGI fernando.dg@gmail.com
Especialista em E-commerce, Fernando Di Giorgi tem mais de 30 anos de experiência administrativa e gerencial em empresas de desenvolvimento de sistemas e logística, e é especialista em e-commerce. É reconhecido por sua experiência na concepção e desenvolvimento de sistemas para comércio eletrônico de grande porte no Brasil, além de palestrante e conferencista de eventos na área de e-commerce e logística. O executivo é graduado em Matemática pelo IME-USP, mestre em Economia pela PUCSP e doutorando em Economia pela UFPR.
DO VAREJO À EMPRESA DIGITAL: AS CONSEQUÊNCIAS PARA LOJISTAS
O novo modelo A base do novo modelo é monetizar o tráfego conseguido por meios de investimentos já realizados na marca e nos ativos tecnológicos, cuja receita deve superar a venda de mercadoria própria. Para tanto, atuando como “loja que opera lojas”, a loja âncora deve privilegiar a comunicação e o relacionamento com os consumidores, tornando-os crescentemente mais próximos dos 42
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vendedores e “evitar a sobreposição de investimentos”; dessa forma, justifica-se a comissão paga por eles como um conjunto de serviços indispensáveis à realização e ao crescimento de suas vendas. As bases do novo modelo Os argumentos mostrados em defesa do novo modelo operacional dos marketplaces centraram-se nas vantagens das partes envolvidas: prestador de serviços e vendedores. Sob a ótica dos vendedores (sellers), os benefícios seriam, além do aumento da visibilidade de oferta: a redução de investimentos em armazenagem, tecnologia de informação, publicidade e transporte, a defesa do mercado regional e a melhoria das práticas administrativas dos vendedores de mercadorias. Sob a ótica do marketplace, os serviços prestados devem ser mais eficientes e mais baratos do que se estivessem a cargo dos vendedores. Tal objetivo depende diretamente da ampliação da base de vendedores e da diversidade da oferta, elevando ao máximo o volume de transações. Como consequência, os investimentos do marketplace devem se concentrar em tecnologia da informação, em propaganda, em logística (interna e externa), nos serviços que antecedem a aprovação dos pedidos e no atendimento pós-venda. Segue abaixo a análise dos argumentos acima citados, tendo como diretriz “evitar a sobreposição de investimentos em infraestrutura”.
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Numa palestra recente, o responsável por um dos maiores marketplaces do País declarou, muito sinceramente, que o modelo vigente no varejo eletrônico brasileiro não é sustentável; em outros termos, tem dado prejuízos contínuos. Grandes mudanças devem ser realizadas para que o grande varejo eletrônico deixe de ser uma promessa de lucros para dar retornos positivos aos seus proprietários. Para atingir esse objetivo, segundo o palestrante, as lojas que ancoram os marketplaces deverão reduzir substancialmente a venda de mercadorias próprias e se orientarem para a venda de serviços comerciais, aproveitando-se do seu patrimônio digital. A intenção deste artigo é estender a discussão sobre a perda de rentabilidade do modelo seguido até 2014 pelas grandes lojas do varejo e sobre o novo modelo, cópia do sucesso da Amazon e Alibaba, pelo qual elas perdem seu caráter varejista para se transformarem em empresas digitais, e, especialmente, o significado dessa mudança de rumo para os pequenos e médios lojistas.
Custo do estoque Consideremos o estoque, capital parado à espera de sua transformação em dinheiro, existente em cada um dos elos da cadeia de distribuição e abrigado em depósitos. As transações entre os elos da cadeia de distribuição envolvem várias atividades físicas: separação, expedição, transporte, recebimento e armazenagem de mercadorias. Assim, além do custo de oportunidade da mercadoria parada em cada depósito dos elos, há custos logísticos resultantes das transações que devem ser adicionados ao custo de aquisição. Há várias e fortes razões para a existência de estoques intermediários, entre elas, destacam-se: (i) as inerentes ao processo produtivo (ciclo de produção envolvendo toda a cadeia produtiva, lotes mínimos de produção e especialização como condição de aumento da produtividade1); (ii) a incerteza da demanda (presente na elaboração dos planos de produção das indústrias e na reposição de estoque dos comerciantes ao desconhecerem as preferências dos consumidores), a necessária presença da mercadoria no ponto de venda (ou a certeza da sua entrega no menor tempo possível); (iii) a mais importante, a imprescindível diferenciação entre os comerciantes na escolha de suas ofertas, reflexo de talento profissional caracterizando sua marca no sentido de fidelizar clientes. A empresa digital não estoca mercadoria própria, o risco comercial (não realizar o estoque) passa a ser exclusivo dos vendedores. Os
marketplaces desconsideram o benefício que auferem ao vender mercadorias isentas do custo de estoque. Encurtamento da cadeia de distribuição A redução de custos logísticos de toda a cadeia, a ser obtida por meio das funções desempenhadas pelo marketplace, poderia ser feita pela redução dos elos. Há setores em que a cadeia de distribuição tem sido encurtada por força da apropriação de lucros pelo elo mais forte e pelo aumento da capilaridade na distribuição. Isso ocorre tanto no sentido de o varejo enfraquecer o atacado2 como em sentido contrário, no qual o produtor aproxima-se do consumidor por meio de pessoas físicas ou microcomerciantes3. Ainda dentro dessa possibilidade, o comércio eletrônico, ao ter abrangência ilimitada de mercado e por embutir o processo de venda em sistemas computacionais, permite, em tese, que qualquer elo da cadeia de distribuição possa vender diretamente ao consumidor, 1
A indústria concentrada no aperfeiçoamento de seus proces-
sos e no melhor aproveitamento de seus insumos e o comércio, concentrado em divulgar e apresentar as ofertas aos consumidores por meio da propagada e distribuição. 2
As grandes redes de farmácias dispensaram os atacadistas,
passando a comprar diretamente dos laboratórios. 3
Caso típico do “Eu sou Kibon” e muito presente na venda
de cosméticos.
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Custos logísticos e centralização dos estoques O argumento alardeado pelo marketplace se baseia na disjunção entre a circulação monetária (mudança de propriedade da mercadoria) e a circulação da mercadoria ao centralizar o estoque no elo mais próximo do consumidor neste último caso, nos depósitos do marketplace responsável pelo fulfillment. Há pesadas condições necessárias para que esse modelo operacional seja viável para ambas as partes. Entre as mais importantes, uma numerosa rede de depósitos centralizadores estrategicamente localizados e um altíssimo volume de transações. 44
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O estoque distribuído tem a vantagem de encurtar a distância (por decorrência, o tempo de entrega) entre a mercadoria e o consumidor4 e a desvantagem de aumentar o estoque médio5. Dessa forma, o sucesso desse modelo depende diretamente da redução de custos operacionais do marketplace. Tal redução somente pode ser realizada em decorrência do ganho de escala, visto que os custos logísticos externos reagem fracamente ao investimento tecnológico. Tal característica explica o caráter inexoravelmente monopolista desse mercado. A principal estratégia de expansão desse mercado combina investimentos em tecnologia e em logística (fulfillment). No Brasil, ocorre o contrário: os marketplaces se autodefinem como “empresas digitais” e, assim, reduzem a diversidade de categorias e estão operando com ociosidade de armazenagem. O mercado brasileiro de comercio eletrônico, em que pese sua crescente expansão às 4
As transferências entre depósitos lotam veículos com percur-
so sem paradas, cabendo ao depósito de destino o fracionamento das entregas aos consumidores, operação com ampla vantagem em relação à entrega fracionada a partir de um único depósito. 5
O desconhecimento da demanda implica a manutenção de
estoque em vários depósitos a fim de se ter a vantagem da minimização do custo da entrega fracionada.
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inclusive o próprio produtor. No entanto, essa possibilidade esbarra em vários obstáculos, entre eles: (i) a pequena participação da venda não presencial no comércio global, gerando conflito entre canais, (ii) a inexperiência mercadológica, logística e tecnológica nos processos associados à venda ultrafracionada amplamente distribuída e (iii) o aumento da complexidade administrativa advinda da agregação de novas funções. Embora restritos, há vários exemplos de venda direta pelo produtor. Vale a pena fazer referência a uma iniciativa de um marketplace em abrir uma filial dentro das dependências de um produtor. A partir dessa filial, o marketplace passa a vender a mercadoria antes de comprá-la e a expede diretamente ao consumidor final por meio de uma linha de checkout de seu sistema instalada in loco. Claramente, essa modalidade de eliminação de um elo da cadeia de distribuição não é favorável aos interesses dos vendedores, tendo em vista a redução da margem deles ao concorrerem com o marketplace.
custas do varejo físico, está longe de preencher as condições necessárias anteriormente referidas, principalmente devido: (i) ao tamanho do mercado, (ii) ao baixo volume de transações, (iii) às condições fiscais e (iv) à disputa baseada em preço por participação de mercado. Tais características dificultam a redução contínua de custos logísticos a serem oferecidos aos vendedores. Custos com tecnologia da informação A tecnologia da informação revolucionou o comércio, incluindo-o entre suas necessidades operacionais fundamentais. Como componente obrigatório, a plataforma de software condenou os lojistas a adquirirem-na no mercado e, por decorrência, reduziu o domínio funcional de sua operação relativamente ao que anteriormente mantinham. Gradualmente, os produtores independes de software para comércio eletrônico, que atendiam lojistas, foram sendo comprados pelas grandes lojas do varejo eletrônico. Tais aquisições transformaram as grandes lojas do varejo eletrônico em provedoras de serviços de tecnologia. Para os lojistas, essa concentração tecnológica não foi favorável, pois, se antes das aquisições, a tecnologia usada pelos lojistas já escapava de suas mãos, estando sob o domínio de empresas especializadas exclusi-
vamente em tecnologia, agora, os lojistas passaram à dependência técnica de quem concorre com eles. Com o advento do marketplace, a intensificação tecnológica tornou-se ainda mais acentuada. Levando ao limite os serviços prestados pelos marketplaces, um lojista pode prescindir de possuir loja virtual para vender suas mercadorias, dispensando parte da despesa com a plataforma. Assim, o marketplace, ao ampliar a concorrência pela exposição simultânea das ofertas de todos os vendedores em relação a uma determinada mercadoria, estimula ainda mais a redução da margem por incluir vendedores com estruturas de custo diferenciadas em particular, as indústrias. Caso os vendedores mantenham suas lojas, não se justifica o argumento da redução de custos com tecnologia pelo uso do canal marketplace com parte de suas vendas. Pelo contrário, aí sim, haverá sobreposição de custos. Para que não haja sobreposição, os vendedores devem abdicar de sua própria loja, restringindo ainda mais o campo de ação comercial6. Custos com propaganda Para o marketplace, é questão de sobrevivência ter a maior variedade possível de oferta, desde que não tenha a necessidade de comprá-las. O risco de não entregar as mercadorias compradas é transferido a terceiros em troca da maior visibilidade das suas ofertas e serviços adicionais. Considerando que, em momento algum, o consumidor do marketplace se comunica com o vendedor e que dele apenas 6
Este é o modelo de marketplace de maior sucesso no Brasil,
obtendo um crescimento anual de mais de 60%.
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A presença regional do vendedor Uma das bases do varejo físico é o monopólio de mercado circunscrito à sua abrangência comercial, minimizando o custo de compra do consumidor situado ao seu redor ou situado no seu trajeto regular, impedindo a presença de concorrentes em suas proximidades, sob pena de ambos terem prejuízos por falta de demanda 7. O varejo eletrônico violou esse fundamento ao permitir o acesso do consumidor a qualquer loja ao custo de um adicional de frete. A necessidade de expansão das vendas das lojas virtuais para diluir seus custos e a concorrência entre elas originou a gratuidade do frete, ainda presente em 50% das vendas. Para promover a venda regional, o argumento alegado pelo marketplace seria “educar o consumidor” para extinguir o frete grátis, cuja consequência seria o benefício das lojas virtuais situadas próximas ao local de entrega, portanto, com redução do frete a cobrar. No entanto, há várias questões a serem consideradas: (i) quem “deseducou os consumidores” foram as lojas que ancoram os marketplaces (as 10 maiores lojas detêm 80% do mercado), então cabe a elas promover a mudança - qual seria a razão de, até agora, não terem feito?; (ii) a política de frete a cobrar dos consumidores é informada pelos vendedores ao marketplace, porém estes não têm tempo, nem especialização para grandes formulações a respeito do assunto e (iii) o argumento da venda regional colide com o fulfillment centralizado, a menos que a rede de depósitos do marketplace seja muito abrangente. Nível de conhecimento administrativo dos lojistas associados O baixo custo de entrada no varejo eletrônico tem permitido a abertura de lojas cujos proprietários, com frequência, não tinham experiência em atividades comerciais. Para vender, bastaria ter uma loja na Internet. Nesse novi-
ciado, por falta de instrumentos administrativos de controle e desconhecimento dos mercados consumidor e fornecedor, o controle do capital de giro foi negligenciado e os gastos com propaganda foram pouco proveitosos. Por outro lado, o tradicional varejo físico foi muito cauteloso em aderir ao novo canal devido à inexperiência em gastar com propaganda digital, em gerir a política de frete e, sobretudo, ao pavor de devoluções e fraudes. Um dos marketplaces está se propondo a capacitar seus vendedores. Até o momento, ele tem sido cauteloso em relação ao assunto por temer que os beneficiários do treinamento não serão apenas o marketplace que os capacitou, mas todos os demais nos quais os vendedores treinados estejam associados. Tal temor não se sustenta, pois 60% dos vendedores estão associados a um único marketplace, especialmente pelos custos internos de atualização de dados. É importante que haja “compartilhamento” de conhecimentos entre o marketplace e seus vendedores, resta saber se o diálogo será possível, pois há conflitos de interesses8 e experiências comerciais muito diferentes9. Além dis8
Para não ir longe, basta citar que o repasse do valor (descontada a
comissão) creditado pelo cartão/banco ao marketplace não é, ne7
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Há exceções em casos de artigos especializados - por exem-
cessariamente repassado ao vendedor no ato do crédito.
plo, a concentração de lojas de artigos de madeira, ferragens e
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acessórios para a montagem de móveis na Rua do Gasômetro
dores quanto à relação com fornecedores e divisão interna do
Há muita diferença entre as lojas âncora e os pequenos vende-
em São Paulo.
trabalho, principalmente em razão do volume de compra.
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toma conhecimento através da nota fiscal, o argumento de que o lojista se exime de gastos com propaganda torna-se muito questionável. No entanto, se ligarmos a redução de custos com propaganda e com tecnologia, podemos chegar ao cerne da argumentação favorável aos marketplaces: sem loja, por qual razão o vendedor faria propaganda?
so, não seria absurdo duvidar da qualidade dos ensinamentos a serem ministrados por “professores” em vias de abandonar a atividade varejista por não ser lucrativa? Finalizando, é importante ressaltar o erro da transposição automática de modelos e a criteriosa e dinâmica escolha de canais de distribuição. O texto insiste em demonstrar que não é válido ter como base o sucesso dos marketplaces nos EUA e na China (participação de 90% no e-commerce local10) - um danoso e frequente costume de copiar modelos e resultados, desconsiderando condicionamentos locais. Antes de qualquer inferência sobre o futuro do mercado brasileiro, deve-se levar em conta as grandes diferenças existentes em termos de opções de serviço e estratégias de crescimento dos marketplaces, a infraestrutura de serviços necessários ao e-commerce, a regulação fiscal, o nível de informalidade comercial, a renda média e sua distribuição definindo o tamanho do mercado11. Seguem alguns dados que dão substância às diferenças entre os mercados12: 10
Na China, por decorrência do regime comunista, a cadeia de
a) Investimentos em fulfillment: em 2016, a Amazon possuía 43 depósitos nos EUA, e ela prevê que sua capacidade de armazenagem crescerá 16% ao ano até 2022. Enquanto isso, no Brasil, uma grande loja que ancora um marketplace está reduzindo sua área de armazenagem em 100 mil m2. b) Volume de transações: perto de 50% dos consumidores online norte-americanos são membros do Prime e, em 2016, a Amazon expediu 2 bilhões de entregas correspondentes a mercadorias de terceiros armazenadas em seus depósitos (fulfillment). Além disso, os serviços logísticos da Amazon são extensivos aos seus concorrentes. Com isso, dá para se ter uma ideia do esforço da Amazon em aumentar o volume de transações a fim de reduzir seus custos operacionais. No Brasil, o fulfillment está restrito às poucas empresas com filiais dentro de depósitos dos marketplaces e indústrias que usam os serviços full management. c) Tecnologia: o investimento da Amazon em tecnologia no ano de 2014 foi equivalente a 90% do faturamento total bruto do comércio eletrônico brasileiro no mesmo ano. Essa constatação é suficiente para ilustrar a distância tecnológica que separa o mercado de marketplace brasileiro do norte-americano. Sobre a dinâmica escolha de canais de venda13 , o canal preferido será aquele com o menor custo. Tal preferência deverá ser mantida até que o potencial de venda por intermédio dele seja esgotado, passando-se ao subsequente. Especificamente, admitindo que as vendas se mantenham lucrativas, se o custo comercial total da venda direta for inferior ao correspondente do marketplace (não somente a comissão, mas o custo total14), então a venda direta deve ser estimulada. Porém, a venda direta tem custos crescentes devido ao contínuo aumento da despesa com propaganda. Com isso, esse canal torna-se desvantajoso comparativamente à venda pelo marketplace. Em síntese, é necessário conhecer e acompanhar os custos totais por canal a fim de direcionar as ofertas para o mais lucrativo.
distribuição tinha participação de varejistas autônomos. 11
Em 2010, 72% dos trabalhadores brasileiros ganhavam até 3
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Admitindo a hipótese de que não haja diferença de preço en-
salários mínimos, constituindo-se na principal barreira para o
tre canais de venda.
consumo em geral.
14
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Dados obtidos de Channel Advisor 06/06/2017 e “The Rise of
the Global Market Places” Jorij Abraham e Kitty Koelemeijer.
Veja detalhes sobre o custo comercial total do marketplace
no artigo “O canal Marketplace” do mesmo autor publicado no número anterior desta revista.
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TENDÊNCIAS
INDÚSTRIA 4.0 E O DIRECT TO CONSUMER Eduardo Fregonesié formado em Administração de Empresas pela USP com especialização na LSE - Londres e possui mais de 15 anos de experiência em varejo online e offline. É cofundador do maior player de moda premium do País, a Shop2gether, atuando como diretor comercial e board member do grupo. Atualmente, é o cofundador e principal executivo da Synapcom, empresa líder em solução full service para varejo no País. Eduardo Fregonesi Co-fundador da Synapcom eduardo.fregonesi@synapcom.com.br
Um grande tema que vem sendo discutido em reuniões de alta gestão das principais empresas é em relação à 4ª Revolução Industrial ou Indústria 4.0, com o Direct to Consumer (DTC) por meio do varejo digital. Atualmente, estamos vivendo um momento importante de inversão de papéis entre indústria e varejo, e certamente pode existir uma confusão de quem hoje é um ou quem é o outro. Cases como Walgreens e CVS, nos Estados Unidos, ou mesmo das marcas próprias de supermercados como Pão de Açucar/Casino, Makro/ARO, dentre outros, mostram o apetite dos grandes varejistas na busca de ter uma fatia do consumo com seus produtos de marca própria. Por outro lado, a indústria vem exercitando o Direct to Consumer e, como consequência, vemos cases com faturamentos expressivos. É o caso do Compra Certa, da Whirpool, e do Empório da Cerveja, da Ambev, além do digital e das lojas físicas da Nespresso; ou mesmo da própria Samsung, em shopping centers. Esta última, por exemplo, promove a experimentação dos seus produtos diretamente aos seus consumidores em locais onde o seu público é diretamente atingido. Tenho feito uma grande reflexão a respeito do tema, no qual os pilares da Indústria 4.0 se relacionam com as grandes tendências Direct to Consumer através do digital. Esse formato 4.0 tem como seus principais pilares: Big Data/ analytics, IOT (Internet das Coisas), nuvem, realidade aumentada e produção personalizada de produtos (Impressoras 3D). Além disso, somam-se a esses grandes temas as grandes tendências de DTC no e-commerce já bastante debatidas: omnicanalidade, recorrência e customização on demand. Podemos então separar os assuntos em dois grandes eixos de integração, sejam estes verticais e horizontais. Sendo assim, considero que as integrações verticais são os pilares da Indústria 4.0, e as integrações horizontais são as grandes tendências do Direct to Consumer no e-commerce. Falando de omnicanalidade, a integração do on e off no Brasil tem se mostrado lenta, principalmente para os varejistas, mas com a indústria praticando DTC com maior intensidade, esse modelo já se mostra muito mais evoluído, deixando de ser Multi e realmente se mostrando mais Omni. 48
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Certamente começaremos a ver isso acontecendo com entregas diferenciadas (Pick-up Stores, Lockers, Same Day Delivery), além de, claro, mirar e investir no relacionamento com os consumidores. Admiro muito cases como Dollar Shave Club, Home Refil, quando o assunto é recorrência ou autoabastecimento de produtos. Esse certamente será um canal visando a um relacionamento direto com seu consumidor final. Não apenas as vendas e a entrega dos produtos de forma recorrente que realmente têm valor (integração horizontal), mas o ato de coletar dados de consumo e entender a demanda programada ajudará no forecast de supply, logística (integração vertical), além da redução de custo de aquisição de clientes e fidelização com a marca. Os setores de produção de bens verão não somente o aumento das margens da venda direta, mas também o comportamento do seu consumidor coletando dados para melhorar seus produtos/linhas de produção/embalagem/conteúdo, descritivos etc. Com isso, a indústria entregará não apenas o produto, mas entregará serviço, oferecendo conveniência e conteúdo segmentado, e o consumidor poderá comprar e se relacionar diretamente com a sua marca favorita. Cases como Zé Delivery, Omo Express e Empório da Cerveja começam a mostrar o quão interessante é esse momento do serviço oferecido pela indústria para o seu consumidor, não apenas com uma conveniência de entrega da cerveja gelada, ou da roupa lavada, mas do aumento do sortimento no Basket do e-commerce que vai além do portfólio da indústria - por exemplo, o Empório da Cerveja Ambev oferece, além dos seus produtos, marcas concorrências como vodkas, Campari, Gins etc. Todo esse serviço e relacionamento direto com o consumidor final criarão um conglomerado de informações de consumo, e essa importante fonte de dados certamente será usada pela indústria 4.0, que produzirá produtos cada vez mais customizados para seus consumidores. Essa reflexão faz com que nos perguntemos qual será o futuro da indústria com relação ao varejo nos vários ambientes da Omnicanalidade.
MÓDULO DE FRANQUIAS DA RAKUTEN ALIA E-COMMERCE E FRANQUEADOS
Uma solução que permite aos varejistas que atuam no mundo físico e no ambiente online utilizarem a tecnologia do comércio eletrônico a favor de toda a sua cadeia de vendas. Este é o Módulo de Franquias da Rakuten Digital Commerce. Quando o consumidor chega ao checkout da loja virtual, ao inserir o CEP, o sistema busca a loja franqueada mais próxima do endereço e faz o cálculo do frete a partir dela. Esta precisar ter todos os produtos da cesta em estoque. Se o lojista habilitar o recurso “Retira na Loja”, o comprador ainda pode escolher por receber o item no ponto de venda de um franqueado. Assim, o e-commerce passa a ser um forte aliado das franquias, ajudando-as a girar seu estoque. Com o fluxo otimizado de produtos, é possível diversificar o portfólio e programar a entrada das novas coleções com segurança, atraindo e fidelizando cada vez mais clientes. A marca de moda íntima, Hope, é uma das que já utilizam a solução.
MUITO ALÉM DO CHATBOT
Com o objetivo de proporcionar as melhores soluções para os relacionamentos entre empresas e consumidores, a NeoAssist acaba de apresentar uma novidade: a empresa passa a contar com a tecnologia chatbot em seu portfólio de canais. A novidade foi desenvolvida com base na tecnologia de inteligência artificial da IBM-Watson e possui características que diferenciam seu método de trabalho. Com ela, o robô processa e responde às informações em linguagem humana, formula hipóteses e avaliações comparando um conjunto de respostas e se torna capaz de aprender com interações anteriores. O recurso chatbot auxilia sua central de atendimento com respostas imediatas, está disponível 24h (durante sete dias por semana), apresenta 90% de assertividade nas respostas e disponibiliza autonomia para o consumidor resolver suas próprias demandas. Além disso, ele atua como um descongestionante de canais, reduzindo demandas cotidianas e deixando o operador livre para questões complexas.
CIELO LIO PERMITE EXPERIÊNCIA DE COMPRA OMNICHANNEL
A Cielo LIO, terminal inteligente que integra pagamentos e gestão de negócios, já tornou realidade a experiência omnichannel aos clientes de uma tiqueteira virtual no Brasil: agora, os consumidores podem começar uma compra no e-commerce e terminar em um ponto de venda físico. A união dos mundos on-line e off-line é feita por meio de uma integração do e-commerce da varejista a um aplicativo desenvolvido para Cielo LIO. O consumidor pode comprar um ingresso para um evento no e-commerce da loja e escolher retirá-lo fisicamente numa “pop up store” da tiqueteira em um shopping, por exemplo – isso porque no momento em que a venda ocorre na loja virtual, o aplicativo instalado na Cielo LIO do ponto físico já recebe a notificação da compra. Para o consumidor, o principal benefício é uma experiência conveniente e sem barreiras. Para o varejista virtual, a praticidade de se ter tudo integrado e automatizado, além da possibilidade de ampliar seus canais de venda com um investimento menos expressivo, já que não é necessário montar toda a estrutura de uma loja física.
YOURVIEWS LANÇA REVIEWS PARA LOJA FÍSICA
A ferramenta mais completa de avaliação de produtos para lojas virtuais, disponível agora para lojas físicas! Com a Yourviews você coleta avaliações dos seus clientes e acompanha em tempo real indicadores da experiência de compra do cliente em cada loja física, dessa forma é possível monitorar o desempenho de cada loja, obtendo informações e um controle mais amplo da operação. Em constante desenvolvimento, a Yourviews se dedica a atender as necessidades dos lojistas, dessa necessidade surgiu a extensão da ferramenta para utilização no varejo físico. Conheça melhor seu cliente e tenha mais credibilidade, com as avaliações coletadas, você recebe insights que te ajudam a vender mais! Exiba o selo Loja Confiável - exclusivo para lojas bem avaliadas - o selo vai te ajudar a ganhar credibilidade e aumentar suas vendas.
DROPS DO MERCADO MULTIASSISTÊNCIA DA VIA VAREJO AUXILIA CLIENTES EM SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA
A Via Varejo disponibiliza nas lojas e nos sites Casas Bahia e também no Pontofrio serviço que ampara os clientes em situações emergenciais. A Multiassistência atende a diversas necessidades, distribuídas nas categorias Veículos, Residência, Pessoas em Viagens e também assistência Funeral. Ao aderir ao serviço, atividades como troca de pneus, chaveiro, mão-de-obra elétrica e hidráulica para reparos residenciais, mudança, vigilância e até limpeza são algumas das coberturas oferecidas. Para contratar a Multiassistência os clientes devem consultar os vendedores das Casas Bahia e do Pontofrio para maiores detalhes ou contratar pelo site.
DESDE AGOSTO, O BRASIL TEM NOVO REPRESENTANTE DA SLI SYSTEMS
Desde agosto, o Brasil tem novo representante da SLI Systems. Rodrigo Amaral assumiu como responsável comercial e novos negócios, com a missão de aumentar a rentabilidade dos negócios dos clientes atuais e demonstrar as facilidades de um sistema de buscas, SEO e recomendação baseado na jornada do consumidor [o famoso machine learning]. Amaral, com mais de 6 anos de experiência no e-commerce, além de trazer o conhecimento de bancos, serviços transacionais e plataformas, está junto com o time da eNext e toda sua infraestrutura para ajudá-lo nesse desafio.
B2W DIGITAL PERMITE A COMPRA ONLINE COM O CARTÃO BNDES
A B2W Digital, maior plataforma digital do Brasil, fechou acordo operacional com BNDES, que permite, pela primeira vez, a utilização do Cartão BNDES como meio de pagamento em um site de comércio eletrônico. A parceria é estratégica na agenda de modernização tecnológica dos sistemas do BNDES, e está alinhada à prioridade de simplificar, agilizar e ampliar o acesso ao crédito para os micro, pequenos e médios empresários. Os clientes do cartão BNDES já podem adquirir os diversos produtos disponibilizados no site da B2W Empresas, com parcelamento em até 48x e facilidade de entrega. Basta acessar www.b2wempresas.com.br e buscar pelos produtos identificados pelo selo BNDES.
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PAGAMENTOS
DESAFIOS PARA O CRESCIMENTO DO CONSUMO DE CONTEÚDO DIGITAL: PAGAMENTOS RECORRENTES
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Juan Pablo D’Antiochia é Gerente Geral para a América Latina da Worldpay desde maio de 2014. Ele é responsável por todas as operações da empresa na região. Antes de ingressar na Worldpay, D’Antiochia foi gerente geral na GlobalCollect. Também teve passagens pelo Citigroup, onde foi responsável pelo lançamento de produtos, bem como o desenvolvimento de estratégias para impulsionar o crescimento de serviços já existentes. D’Antiochia é formado em Engenharia pela Universidade Católica Argentina e tem um mestrado em Finanças pela mesma universidade.
Com as opções de serviços para ter acesso a filmes, séries e música, a forma de consumir conteúdo e entretenimento mudou. No Brasil, por exemplo, dados do relatório O Futuro de Pagamentos mostram que 43% dos entrevistados utilizam serviço de streaming para filmes e séries, e 24% compram o conteúdo e fazem o download. Para música, 24% usam serviço de streaming e 37% consomem música digital como MP3. Agora, todos podem ter acesso a conteúdo a qualquer hora, em qualquer lugar, já que esses serviços têm aplicativos para smartphones. Essa mudança no comportamento do consumidor também impacta a forma como se paga por esses serviços. Os consumidores estão cada vez mais exigentes, na medida em que o mercado se torna mais maduro e os modelos de assinatura ficam mais flexíveis. A longevidade de muitos dos fornecedores de conteúdo dependerá, portanto, da sua habilidade em estruturar os serviços em torno das expectativas atuais das pessoas. A preferência por modelos de assinatura para consumir esse tipo de serviço tem crescido entre os usuários, principalmente ao se tratar de um público mais jovem. De acordo com o relatório, globalmente, 36% dos entrevistados são adeptos desse modelo, assim como o modelo de pagamentos recorrentes, com 27%. No Reino Unido e EUA, por exemplo, os métodos de pagamento mais utilizados são os
cartões de crédito e débito. Já em mercados emergentes, como China, Índia, Rússia, Brasil e México, encontramos o que chamamos de métodos alternativos de pagamentos, como boleto bancário, eWallets, transferências bancárias e dinheiro em espécie. Para que as transações recorrentes continuem se expandindo no Brasil, é preciso que o consumidor perceba ainda mais todo o valor que está agregado na oferta de conteúdo digital. Para isso, as empresas precisam continuar criando uma maior conexão com os clientes com um atendimento cada vez mais próximo e personalizado, como já é praticado pela Netflix, com ofertas de promoções e produtos, e acesso exclusivo e antecipado a lançamentos de séries ou singles, no caso de serviços de streaming, o que já é feito pela Globo Play, como outro exemplo que disponibiliza episódios de séries antes mesmo da estreia na TV. A segurança é outro ponto importante que deve ser considerado pelas provedoras de conteúdo streaming e ressaltado como uma conveniência do meio de pagamento recorrente. Ainda segundo o estudo da Worldpay, 26% dos entrevistados nos mercados pesquisados, que incluem Reino Unido, Alemanha, Estados Unidos, China, Índia e Japão, se preocupam com a privacidade e cuidado de seus dados ao criar uma conta com assinatura contínua versus uma de pagamento único. Por isso, a Worldpay
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Juan D’Antiochia Gerente Geral para a América Latina da Worldpay
Os consumidores estão cada vez mais exigentes, na medida em que o mercado se torna mais maduro e os modelos de assinatura ficam mais flexíveis
desenvolve uma série de parcerias com grandes players do setor para criar um padrão de pagamento global que ofereça a facilidade e a confiança exigidas pelos consumidores. Outra iniciativa que pode ajudar a vencer esses desafios, mais especificamente ligada aos métodos de pagamento, é a implementação de modelos ou estratégias de faturamento adicionais, juntamente com um modelo recorrente específico, oferecendo ao mesmo tempo consistência aos clientes e a possibilidade de pagar da forma que consideram mais adequada. Um dos modelos é o “pagamento recorrente antecipado”, que permite que os clientes paguem serviços mensais, trimestrais ou anuais. As empresas devem, no entanto, implementar uma estratégia que alerta os clientes para renovar o contrato com bastante antecedência. Outra opção é o “pagamento com cartão pré-pago”, que permite que os clientes carreguem crédito ou financiem uma conta e, em seguida, utilizem esses fundos com base no uso ou em uma data recorrente acordada para serviços. Mais uma vez, há um requisito para lembrar os clientes de completar suas contas, caso contrário, podem perder o acesso a um serviço. A desvantagem é que esse método pode causar fricção na experiência do usuário. Já o “pagamento ativado pelo consumidor” depende inteiramente dos clientes. Isso porque depois de se inscreverem em um serviço, é importante que eles mesmos organizem ma-
nualmente o pagamento em seu método preferido antes que o serviço seja ativado ou entregue. Embora esse modelo seja amplamente utilizado em muitos mercados e ofereça certo controle e autonomia para os consumidores, pode gerar também uma alta taxa de cancelamento do serviço. É preciso estar de olho nessas transformações e trabalhar com recursos para que as empresas possam processar transações utilizando métodos de pagamento e se preocupando com a comodidade dos compradores que querem estar sempre atualizados. É essencial entregar aos clientes o que eles querem da forma mais eficiente possível e que atenda às suas necessidades e preferências. SAIBA MAIS Os erros mais comuns na precificação de serviços de assinatura e o que fazer para acertar https://goo.gl/UDCQbs Estudo revela melhor momento de cobrança para empresas de assinaturas https://goo.gl/NtoXpi Assinatura de serviços é coisa do passado https://goo.gl/FT2DYQ
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ESTRATÉGIA
COMO PREPARAR SUA TI PARA GRANDES DATAS DO E-COMMERCE Marcus Wittmann é Desenvolvedor de formação e arquiteto de sistemas por paixão. Se especializou posteriormente na gestão estratégica de times técnicos. Iniciou sua carreira atuando no setor financeiro e posteriormente sentiu a necessidade de migrar para um ambiente onde a tecnologia tivesse uma maior influência e participação nas decisões de negócio, migrando assim para o segmento de comercio eletrônico onde atua há mais de 10 anos. Participou da estruturação, rearquitetura e substituição de plataformas de grandes empresas do varejo online e recentemente aceitou ao desafio de reestruturar a área de tecnologia do Grupo Buscapé. Marcus Wittmann CTO do Buscapé Company marcus@buscapecompany.com
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mes que participaram da campanha, configurando também um ambiente de dinamismo nas execuções e celeridade para implementar eventuais mudanças de rumo.
Preparativos A decisão de quando iniciar os preparativos pode ser tomada levando em conta a criticidade do aumento do volume esperado perante o volume normal, do tamanho da sua operação e da relevância que aquela data tem para seu negócio. Na Black Friday de 2016, por exemplo, os nossos preparativos começaram seis meses antes. Nesse momento, serão definidos os detalhamentos da campanha em reuniões multidisciplinares que devem se manter até a data do evento. No caso da Black Friday, no Buscapé, em 2016, promovemos 16 encontros entre TI e Negócio. Esses encontros dão vazão a uma rotina de treinamento e envolvimento preliminar dos ti-
Esse mapeamento deve ser realizado em conjunto entre a área de negócio e o time de tecnologia para que ambos estejam alinhados quanto ao cronograma, à dinâmica da promoção e ao plano de trabalho dos próximos meses.
Entendendo e detalhando a campanha Os principais fatores a serem levados em conta na campanha são dinâmica de preços, selos e filtros, modelo de página do evento (é uma página nova, estática etc.), quantidade de ofertas e hora de início e pico de divulgação. Esses pontos devem sempre ser levados em consideração em coerência com a definição das seguintes expectativas: • Quais são as metas esperadas para a campanha? • Qual o volume de acessos esperado durante o pico? • Qual o mínimo de funcionalidades para atender às expectativas de negócio?
Testes de carga Uma das etapas mais importantes desse preparativo são os testes de carga. Com eles, é possível simular o ambiente da forma mais fidedigna possível, utilizando os inputs e alinhamentos previamente realizados como meta do time de tecnologia. Aqui, devemos efetivamente pensar como o usuário, mapeando seu comportamento, definindo os sistemas críticos
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Se você tem uma loja virtual, naturalmente não tira o olho do calendário. Além de garantir que as coisas funcionem no dia a dia, manter-se atento e preparado para grandes datas do e-commerce é essencial para alavancar as vendas, fidelizar clientes e ganhar robustez nos resultados. Períodos especiais, entretanto, demandam esforços também especiais. Este artigo tem o objetivo de estruturar uma breve – mas poderosa – check list para bombar sua estrutura técnica e prepará-la para grandes volumes de tráfego, mantendo a operação plena e capaz de atender a toda demanda. Em suma, esse planejamento baliza-se em três grandes momentos: o plano de ação envolvendo preparativos técnicos e de negócio, o Dia “D” (que no Buscapé chamamos de dia “B”), que efetivamente é o período em que sua plataforma está recebendo as sobrecargas, e o pós-evento.
e gerando scripts. Além disso, é importante preparar uma massa de dados relevantes utilizando dados de ambiente de produção. A grande dica aqui é: procure diversificar sua massa de dados, mas sem exageros. Na fase de testes de carga, definir a volumetria coerente com seus acessos é a chave para o sucesso. Isso pode ser feito ao utilizar ferramentas de disparo que escalem facilmente. Para garantir a recorrência, esses testes devem estar estabelecidos em agenda, alinhados com a expectativa da área de negócio e serem intensificados perto da data. Chegar à volumetria correta é algo bem desafiador e demanda algumas rodadas de execução de testes para se chegar ao consenso de que a carga disparada é a ideal para simular seu evento. Vá com calma, faça contas, e você chega lá! Otimizações técnicas Garantir que os sistemas e a infraestrutura estejam saudáveis é essencial na sua preparação.
Faça então um checkup completo dos seus sistemas, revise seus tempos de cache de páginas e conteúdos estáticos e reforce sua segurança com ferramentas de prevenção de ataques. Caso você conte com uma infraestrutura On Premise, revise seus links, servidores e storages (lembre-se de fazer isso durante seus testes de carga). Caso utilize uma infraestrutura Cloud, revise suas políticas de auto scaling e analise o comportamento de sua aplicação em uma infraestrutura elástica. Um ponto importante quando o assunto é Cloud: dimensione seu ambiente juntamente com seu parceiro (seja ele AWS, Azure, Google ou outros); o Cloud não é infinito, e já tivemos históricos recentes no Brasil de gargalos de servidores próximos à Black Friday de 2015. Não se esqueça, também, de revisar seus bancos de dados e sua arquitetura, trabalhando sempre em otimizações de front end, compressão de imagens, css, javascripts etc. OUTUBRO 2017
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ESTRATÉGIA
Após passada e devidamente vencida a turbulência, é hora de transformar os resultados esperados e eventuais problemas de percurso em uma rotina de aprendizado O Dia “D” Passados os preparativos, quais são as principais dicas para aplicarmos no dia do evento? Listo abaixo alguns pontos que com certeza vão ajudar:
E se algo der errado? Defina os procedimentos de contingência Por maior que seja sua precaução, às vezes algumas coisas fogem do controle. Nessas horas, temos de estar preparados para minimizar os impactos com scripts de ação em caso de desastres, seja disponibilizando telefones emergenciais ou sabendo onde encontrar os devidos responsáveis em caso de problemas (as famosas War Rooms). Não deixe o plano de contingência só para a hora em que algo desandar. Faça validações durante os testes de carga, conheça os efeitos colaterais do plano de acionamento e tenha em mente o tempo de reestabelecimento do seu sistema em caso de uma catástrofe. Leve em consideração que pode ocorrer de você ter que abrir mão de alguma funcionalidade que destoe da estratégia ou que passe a causar muitos problemas nesse percurso. Defina, então, quais são as funcionalidades críticas para a venda e quais você poderia “descartar” em casos extremos. Por fim, não se esqueça de que seus parceiros fazem parte da sua grande data. Conheça cada um deles, promova o alinhamento das volumetrias e mantenha sempre um canal direto de comunicação. 54
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O pós-evento Após passada e devidamente vencida a turbulência, é hora de transformar os resultados esperados e eventuais problemas de percurso em uma rotina de aprendizado. Para isso, monte um plano de comunicação com esses pontos e compartilhe-o com todas as equipes envolvidas. Transforme todo esse esforço em conhecimento para melhorar de forma constante a sua operação. Seguindo esses passos, você vai ver como seu próximo pico de acesso vai ser bem mais tranquilo e sua operação vai sair dele bem mais madura! SAIBA MAIS O ERP e as grandes datas do e-commerce https://goo.gl/hGtTgd Loja virtual: como se preparar para as vendas em datas comemorativas https://goo.gl/4xYac6
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Esses preparativos de tecnologia são iniciativas que ganham força com a evolução de testes de carga e performance, pois neles podemos analisar os gargalos da sua aplicação.
• Dê privacidade ao time de tecnologia, eles estarão sob pressão e precisarão de tranquilidade para trabalhar. • Você se preparou demais para esse dia, então, aconteça o que acontecer, siga o plano. • Deixe um pequeno volume de testes de carga rodando para esquentar o cache. Parece lowucura, mas dá certo! • Mantenha os painéis de KPIs visíveis para todos. • Forneça suprimentos aos colaboradores! Na última Black Friday, distribuímos dezenas de pizzas e centenas de kits de sobrevivência pra galera ficar totalmente ligada no evento.
Relevante
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Fรกcil de Lembrar
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Marcante
CAPA
INDÚSTRIA E E-COMMERCE:
A RELAÇÃO QUE PARECIA IMPOSSÍVEL, ACONTECEU Por Caio Colagrande, para Revista E-Commerce Brasil
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Quem poderia prever, no início da década de 2000, que indústrias centenárias, de ramos tão tradicionais do comércio - como decoração, automotivo e têxtil -, iriam um dia lançar suas lojas virtuais e conversar diretamente com o cliente final? Não é mais ficção: hoje, grandes marcas que antes vendiam apenas para varejistas já colocaram um e-commerce no ar. Para se ter uma ideia, 8% dos negócios online pertencem ao setor industrial, de acordo com a terceira edição da Pesquisa Nacional do Varejo, de 2016, feita pelo Sebrae em parceria com o E-Commerce Brasil. A maior parte delas funciona como loja virtual “mista” – ou seja, quando existe a experiência de compra online aliada a uma unidade física. As estatísticas confirmam o que o varejo vê há algum tempo: empresas como Suvinil, Coca-Cola, Duloren, Hope e Whirlpool, por exemplo, estrearam recentemente suas operações na Internet e, mesmo sem querer, amedrontaram lojistas acostumados a revender essas marcas. “A grande preocupação da nossa diretoria era não fazer um bypass [não se sobrepor] com o lojista”, admitiu Luciano Soares, analista de Inteligência Sênior da Duloren. “Alguns deles já tinham 40 anos de relacionamento”. E não é fácil convencer o parceiro comercial a aceitar a entrada da indústria no e-commerce. Mas, em alguns casos, ela é inevitável. Segundo Vitor Bertoncini, diretor de Vendas Diretas e Digitais da Whirlpool - dona de marcas como Brastemp -, uma das principais razões para isso é a gama de informações disponíveis não só para otimizar vendas diretas ao consumidor, mas também realizar melhorias nos produtos que são encaminhados aos varejistas. O problema é que muitos donos de negócios não estão abertos a novidades. “O lojista sempre vai preferir produtos blockbuster, aqueles que giram as vendas. E a gente sempre criou produtos inovadores, mas eles são mais caros. E, naturalmente, a maioria das pessoas fica receosa de colocar [uma inovação] na loja”, afirmou. O cuidado em definir qual o campo de atuação da indústria nesse novo cenário é, se não o principal, um dos mais importantes pilares na hora de montar o plano estratégico. Isso porque, com uma proposta muito agressiva, a em-
presa corre o risco de se distanciar dos lojistas e perder boa parte dos parceiros – que, não raramente, mantêm mais de uma década de trabalho conjunto. Por isso, a escolha de um modelo sustentável é o primeiro passo para o sucesso online. Caso da Suvinil, que, em maio, lançou sua espécie de “marketplace” de tintas. A primeira dúvida foi: como fazer para não ter muitos lojistas batalhando pelo mesmo cliente? “Uma das soluções foi implantar um sistema de CEP”, respondeu Wagner Kool, gerente sênior de Marketing Estratégico da BASF, dona da marca Suvinil. “As lojas mais próximas aparecem primeiro na lista de resultados ao cliente. E, em segundo lugar, é a qualidade”, falou. Além disso, outra grande diferença é que os varejistas são os responsáveis por faturar e entregar os produtos. E o consumidor tem uma escolha: pode pagar o frete e receber em casa ou retirar pessoalmente – o que aumenta as chances de o lojista vender mais algum item de forma presencial. Não à toa, o projeto demorou um ano inteiro para sair do papel. “Diferentão”: o posicionamento do e-commerce da indústria no mercado Outra tática encontrada pela indústria para não rivalizar com os parceiros é oferecer ao cliente final produtos diferentes daqueles ofertados pelas lojas, principalmente aqueles rechaçados pelos varejistas, mas com bom potencial de vendas. “Hoje, trabalhamos muito mais long tail, nicho e outlet. E isso tem de ser muito claro na separação de mix”, pontuou Vitor Bertoncini, da Whirlpool. Na sua opinião, essa diferenciação na hora se posicionar no mercado alivia os lojistas quanto às preocupações de uma concorrência desleal. Além disso, todos os lançamentos ficam disponíveis no marketplace da marca, e os varejistas podem experimentá-los. Se der resultados, aí sim ele leva para vender na loja. Embora seja uma solução inteligente encontrada pela indústria para não criar atritos na cadeia, escolher a venda de produtos diferentes por tipo de cliente – final ou varejista – não é o tipo de estratégia implantada sem preparo. Trilhar esse caminho significa, também, ter OUTUBRO 2017
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CAPA de conhecer o consumidor. “No mundo offline, a gente não consegue dizer se o produto foi bem aceito ou não [porque os lojistas, muitas vezes, não acreditam em um item específico]. A gente fica na mão do lojista. Por exemplo, o público jovem tem crescido absurdamente, informação que a Duloren não tinha. E esse tipo de dado ajuda também o offline”, exemplificou Michelle Valentic, gestora de e-commerce da Duloren. Tanto ajuda, que alguns produtos da indústria são baseados quase exclusivamente nesses dados do consumidor. A Coca-Cola, por exemplo, entrou no mundo do comércio eletrônico em fevereiro deste ano no Brasil e investiu na personalização como diferencial. Laiz Assad, gerente de Marketing Digital da empresa no País, diz que não faria sentido rivalizar com os tradicionais super e hipermercados que vendem os produtos da multinacional e, hoje, são a principal fonte de receita da Coca-Cola. Se fosse assim com todos os itens alimentícios - ou seja, direto ao consumidor -, o internauta teria de visitar dezenas de sites e desperdiçar tempo comprando em cada um deles. “Selecionamos os produtos mais difíceis de encontrar nos supermercados e aqueles em que se pode trabalhar a personalização. E é na personalização onde vamos olhar de forma mais aprofundada para o valor de produto que existe para cada cliente”, explicou Laiz. “Não é um modelo ou outro [indústria x varejo], mas um e outro”, cravou.
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Para além da apresentação de produtos: é preciso pensar no site! Ao mesmo tempo em que a indústria dá seus primeiros passos na operação online, ela também descobriu que, sem cuidados na apresentação dos produtos, fica difícil passar confiança, principalmente em casos nos quais o contato é 100% virtual - algo que já deveria ter se tornado rotina nos e-commerces, mas que passa batido por muita gente. E, por vezes, os detalhes fazem a diferença. Um teste conduzido pela agência checa Optimics mostrou aumento de mais de 9% nas vendas apenas ao aumentar ligeiramente o tamanho das fotos de ilustração. Outra pesquisa, feita pela Limelight Networks, levou em consideração a opinião de 1,6 mil entrevistados para comprovar o que já se sabia na prática: 94% dos usuários acham fotos que mostram claramente que os produtos são fator importante para a compra. Segundo Vanda Dias, gerente de e-commerce da Hope, não dá para entrar nesse ramo apenas com um smartphone bom e tirar as fotos por si próprio. Para ela, esse é um trabalho de profissionais. “Existem muitas diferenças entre fotos vendedoras, com qualidade e contextualização do produto, que aumentam a taxa de conversão do site, e as não vendedoras”, justificou.
dade com o que será vendido. Caso contrário, o risco de ter uma compra devolvida – e, consequentemente, gastos com logística reversa – aumenta consideravelmente. Apesar de importantes e indispensáveis tanto para os clientes quanto para fortalecer o trabalho de SEO do site -, as descrições dos produtos precisam ser elaboradas com cuidado. Elas não podem, por exemplo, repetir o que está na imagem. “O cliente prefere ver os detalhes das fotos do que ler longas descrições”. Sugestão final da especialista: quatro fotos por produto é um número razoável. De acordo com Vanda, uma das responsáveis por “fiscalizar” a qualidade com a qual as imagens e as descrições são incluídas no site da marca, é preciso muito conteúdo para conseguir transmitir a experiência pessoal de compra por meio das telas, principalmente as menores, de celulares. E a grande ferramenta para isso é a foto – embora outros recursos audiovisuais, como vídeos, devam ser utilizados. “Mostre os detalhes: tire fotos com zoom, porque você pode não ter reparado em algo, mas o cliente precisa ver e, se possível, faça vídeos com o produto sendo utilizado”, aconselhou. Um exemplo clássico, segundo a gerente, é o número de informações que as mulheres precisam para comprar um item. “As mulheres, quando vão comprar, querem saber, no caso de bolsas, por exemplo, como é o interior, se existem bolsos internos ou não, qual o tamanho em relação ao corpo. Então, entenda o que o consumidor quer ver para comprar”. Outro detalhe importante para ficar de olho é a cor de cada foto. Vanda diz que as cores apresentadas na tela precisam ter o máximo de fideli-
É preciso se adaptar aos novos processos que o e-commerce demanda Com o tempo, a indústria também aprendeu a mudar de forma radical os processos internos para lidar com o cliente final. Questões como logística, atendimento e organização da empresa passaram por reestruturações para atender às demandas desse consumidor inédito. Afinal, imagine a diferença entre sempre atender a pedidos em massa e, da noite para o dia, separar pedidos com apenas uma unidade. Esse, na verdade, foi um dos maiores desafios das principais marcas quando elas partiram para o ambiente online. “A gente redesenhou cada etapa do processo de venda do nosso planejamento, e ainda redesenha”, contou Luciano Soares. “Na logística, a gente não tinha estoque para o e-commerce. Não ia funcionar dessa forma, e decidimos separar o online do offline”, compartilhou. Ele diz que um momento chave nessa transição foi a escolha dos parceiros da operação. Muitos deles eram ótimos na operação industrial, mas não conseguiam traduzir a qualidade e exOUTUBRO 2017
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CAPA pertise para o mundo digital. Dessa forma, a Duloren precisou voltar alguns passos e escolher novas companhias com quem trabalhar no ambiente virtual. As mudanças foram tantas que o e-commerce acabou se tornando um cliente da própria Duloren. “O que foi muito bom, porque não rivalizamos com ninguém”, comemorou. E, se não bastasse, ainda há alguns dos maiores gargalos para o setor: questões financeiras e fiscais. Segundo Samuel Gonsales, especialista em omnichannel e sistema de gestão ERP, a indústria que se aventurar no e-commerce vai precisar se adequar a diversas regras de mercado para não ter problemas jurídicos nem surpresas desagradáveis no fim do mês, quando a conta da operação chegar. “Antes, as indústrias faziam um caminho em que só os varejistas falavam com o consumidor. Se eu não der um treinamento adequado para toda a cadeia, tenho problema na ponta, ou seja, o consumidor”, alertou. Entre as mudanças mais latentes está a necessidade de lidar com CPF – sendo que, em muitos casos, os sistemas das empresas do setor estão preparados para receber apenas cadastros de CNPJ. A partir daí, se faz necessário criar, além do projeto do e-commerce, um secundário de tecnologia. Outra novidade é ter de lidar com cartões parcelados e conciliações financeiras - por exemplo, a discrepância entre quantas vezes se vende um produto e em quantas vezes a empresa tem de pagar um fornecedor. Além disso, a conferência dos valores cobrados – para mais ou para menos – por parceiros, notoriamente de entregas, ganha ainda mais importância. Na opinião do especialista, os principais desafios das indústrias que lançam lojas virtuais são questões fiscais próprias do varejo, as constantes mudanças fiscais e contábeis, formação de preço, que passa a ter novos custos fixos e variáveis, e um fator comportamental: a ansiedade dos consumidores. “É preciso ter atendimento mais dinâmico e conhecer o seu negócio”, afirmou. Agora é a vez de a indústria falar diretamente com o cliente final O contato mais próximo com o consumidor também se mostrou ser um dos pontos principais para o sucesso da indústria no e-commerce.
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Se, antes, os vendedores sabiam exatamente qual era o pedido de cada um dos seus clientes, agora essa relação se massificou. Isso não significa, por outro lado, que seja impossível tornar o atendimento pessoal e agradável. “Apesar de entrar no e-commerce, estamos trabalhando de forma sinérgica ao mercado, sempre pensando no cliente”, contou Laiz Assad. “Nosso grande objetivo é o que o atendimento deixe de ser um SAC e seja um concierge, com indicação de fornecedores, serviços, enfim, tudo o que possa auxiliar nesse momento especial da compra”, concluiu. Essa preocupação não se limita a categorias como alimentação. O setor têxtil enfrenta uma situação ainda mais complicada: não dá para provar roupa pela Internet. “Não conseguimos fazer o cliente experimentar [as peças] pela Internet, e é pior ainda com lingerie”, lamentou Michelle Valentic, gestora de E-Commerce da Duloren. A solução mais prática, então, foi fazer uma descrição muito completa de cada produto e adotar uma nomenclatura universal, diferente dos nomes oficiais e, geralmente, técnicos. A empresa também lançou um guia de medidas com tutoriais de como acertar na hora de tirar a própria centimetragem. Essas táticas, porém, não impediram a criação de um serviço de atendimento mais preocupado em se antecipar e tirar dúvidas dos clientes do que resolver problemas só depois de eles ocorrerem. “O nosso SAC foi criado para ser um consultor. Então, se eu quero um produto que aperte a barriga, os atendentes indicam o melhor produto”, exemplificou. Para Vitor Bertoncini, um serviço de atendimento desses seria uma mão na roda quando ele começou a trabalhar no e-commerce da empresa e os desafios para o setor estavam apenas se moldando. Talvez poderia responder às suas dúvidas mais urgentes: quais são os grandes dilemas na transição para o e-commerce e como contorná-los. “Eram respostas que, há dois anos, eu gostaria de escutar”, confessou. Apesar das incertezas e da novidade, a própria indústria está tratando de descobrir as respostas para as questões de Bertoncini. Nos próximos anos, ao que tudo indica, ela deve chegar a um denominador comum.
WEBJUMP ORGANIZA O MAIOR EVENTO SOBRE MAGENTO DA AMÉRICA LATINA
A quinta edição do Meet Magento Brasil está chegando! O encontro terá palestras relacionadas à plataforma e ao comércio eletrônico e estandes de empresas do segmento. É a oportunidade para que grandes companhias, comerciantes, empreendedores e especialistas na plataforma interajam e possam ficar por dentro das tendências de comércio digital. Também será a chance de fazer networking, conhecer casos de sucesso de lojas virtuais e entender a potencialidade da plataforma Magento. O evento, que começou com algumas edições na Europa, hoje é global e centraliza as novidades e atividades do Ecossistema Magento e do comércio eletrônico. O encontro acontecerá no Caesar Business Faria Lima, em São Paulo, no dia 31 de outubro. É organizado pela Webjump, principal partner da Magento na América Latina. Mais informações no site: br.meet-magento.com.
A DCG AGORA ESTÁ INTEGRADA A AMAZON E OUTROS GRANDES MARKETPLACES DO MERCADO
A DCG anunciou recentemente mais seis novos grandes marketplaces integrados às suas plataformas: Amazon, Buscapé (V2), Carrefour, Magazine Luiza, Ricardo Eletro e Zoom. O formato de vendas por marketplace é realizado através do hub Octopus e possibilitará ao empreendedor de loja virtual vender dentro das maiores vitrines virtuais do mercado. O hub Octopus já possui marketplaces muito potentes, e os novos parceiros vieram para integrar, facilitar e melhorar ainda mais o fluxo de caixa com antecipação de recebíveis para os e-commerces que já tem o serviço, ou que desejam adquirir. Todos os novos marketplaces contarão com integrações como integração de catálogos (produtos), sincronização de preços, sincronização de estoques, integração de pedidos e clientes e integração de faturamento de tracking. Mais informações no site: www.octopus.place
AWIN E AFFILINET CONCRETIZAM FUSÃO
Axel Springer e United Internet vão fundir Awin e affilinet para formar uma rede global de afiliados. Uma vez que a oficialização seja concluída, a Axel Springer terá 80% da empresa e a United Internet 20%, incorporando a affilinet em Awin. A empresa terá sede em Berlim e será liderada por Mark Walters, CEO da Awin. Esta fusão reforçará ainda mais a posição da Awin como líder do mercado europeu, permitindo recursos e investimentos adicionais para suas ambições internacionais. A aquisição da ShareASale em janeiro de 2017 está proporcionando um crescimento mais rápido no mercado dos EUA, enquanto a recente parceria com a Commission Factory oferece aos clientes a Austrália e Ásia-Pacífico. Com a sua nova plataforma se lançando no mundo inteiro e o recente investimento no Marketing de influência, a Awin ampliará o alcance do marketing de afiliação, oferecendo soluções inovadoras e orientações estratégicas para a sua ampla rede de anunciantes e afiliados.
SYNAPCOM EM NOVO MOMENTO
A Synapcom, empresa líder em full commerce, está em nova fase, focada em crescer unindo expertise e tecnologia. O novo momento começa pelo espaço físico. A nova sede da empresa está instalada em um ambiente de 470m2 na Vila Olímpia. O novo espaço conta com uma melhor estrutura para a equipe e também para receber os clientes. A área de BI da premiada empresa também está inovando. O novo projeto em fase de implantação conta com uma ferramenta capaz de integrar bases de dados diferentes, obtendo informações de diversos sistemas como ERP, Google Analytics, SAC, Logística e da própria plataforma. Teremos acesso a relatórios detalhados de forma muito mais ágil, captando informações quase em tempo real todos os dias.
DROPS DO MERCADO E-MAIL TRANSACIONAL PODE AUMENTAR EM ATÉ 35% O ENGAJAMENTO COM SUA BASE
Para impulsionar ainda mais as campanhas dos clientes, a All iN Marketing Cloud lançou recentemente o novo módulo de e-mails transacionais, que podem ser enviados para os clientes que realizam uma compra, tem o pagamento aprovado ou fazem um cadastro no seu site. Esses e-mails, que possuem maior taxa de abertura que uma newsletter comum, foram responsáveis pelo aumento de 35% da taxa de abertura e cliques nos clientes que já utilizam o recurso. Essas comunicações reativas (enviadas após uma ação ou pedido do próprio cliente), podem ser combinadas com informações dos produtos adquiridos, e ainda, sugestões de produtos para cross-sell, o que acaba consequentemente, elevando as chances de conversão da loja virtual. Além do e-mail transacional, a All iN também oferece a possibilidade de envios transacionais via SMS, Push e Facebook notification.
SMARTPHONE: O PREFERIDO DE PAIS E FILHOS
O Dia dos Pais voltou a se mostrar data importante no calendário nacional este ano – principalmente junto ao comércio eletrônico. Diferentemente do Dia das Mães, Dia das Crianças e do Natal, que são os principais alavancadores de vendas em todo o País há muito tempo, o segundo domingo de agosto ganhou musculatura entre os lojistas e foi tratado como um oásis em meio à crise que ainda afeta parte das famílias brasileiras. Entre os 600 mil e-commerces brasileiros, 53,97% aderiram às promoções voltadas à data em 2017. Essa é a conclusão a que chegou recente estudo que a BigData Corp. tabulou sob encomenda do PayPal Brasil. E uma informação saltou aos olhos: a preferência de acesso às lojas virtuais (tanto para pesquisa de preços quanto para compras online) se deu por meio de smartphones e celulares, que bateram os 45,68% de participação. Eles foram seguidos por computadores pessoais (desktops e notebooks), com 32,67%, e pelos tablets (12,43 %).
SEU E-COMMERCE PODE VENDER MAIS!
Amazon (Estados Unidos) e Alibaba (China) são referência na logística desenvolvida no Brasil, especialmente quando o assunto é investimento em automação e agilidade no processo de entregas same-day (D0) e next-day-delivery (D+1). A Loggi se inspira nas ações operacionais dessas companhias. Por isso, implementou um novo horário de coleta nos Centros de Distribuição das empresas e-commerce. Para entregas ainda no mesmo dia, o horário limite de coleta passou das 14h para às 18h. São mais 4 horas para vender o same-day e gerar vendas adicionais! Essa mudança melhora a experiência dos usuários da plataforma, além de estimular o aumento das vendas do e-commerce. Afinal, com as entregas cada vez mais rápidas, os consumidores virtuais podem comprar muito mais!
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CROSS BORDER
EMPRESAS DE E-COMMERCE BUSCAM NOVOS MERCADOS COM A INTERNACIONALIZAÇÃO DOS NEGÓCIOS Rafael Campos é sócio da VTEX. Possui o título de Bachelor of Business Administration (B.B.A), pela Ibmec Business School. Com 10 anos de experiência no mercado online, Rafael participou de projetos corporativos em companhias como Bradesco, Azul Linhas Aéreas, Polishop, Walmart, AVON, entre outras. Começou seu trabalho na VTEX em 2008 e, em 2012, assumiu o cargo de country manager, na operação da primeira expansão da empresa para países da América Latina. Em 2014, retornou ao Brasil para atuar como líder e responsável pela área comercial corporativa, atendendo clientes de todo o mundo. Rafael Campos Sócio da VTEX
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De acordo com um relatório da DHL Express, empresa do setor de logística internacional e correio expresso, o Cross Border deve crescer cerca de 25% nos próximos três anos, com uma previsão de faturamento global de US$ 900 bilhões. No Brasil, a Fecomércio de SP apontou, em um levantamento de 2016, que o número de compradores em sites estrangeiros saltou de 38% em 2014 para 54% em 2015. Apesar da alta do dólar, 67% dos consumidores brasileiros continuavam a consumir produtos vindos de fora. Um dos principais motivos desse comportamento foi o preço, considerado menor pelos usuários. Em 2014, por exemplo, 84% dos entrevistados afirmaram comprar no exterior, motivados por custos mais baixos, com um ticket médio de US$ 35,46, chegando a um gasto de US$ 2,02 bilhões. Os produtos mais comprados pelo público nacional são os eletrônicos, que correspondem a 31% do total. Apesar de ser um mercado competitivo, é imprescindível que os lojistas apostem nessa modalidade estratégica de comércio para não se tornarem ultrapassados, garantindo assim sua sobrevivência no segmento, com um ganho incremental significativo em relação ao consumo local. Segundo levantamento do CSCMP’s Supply Chain Quartely, até 2020, o varejo online Cross Border vai crescer duas vezes mais rápi-
do do que nos mercados domésticos. De acordo com o estudo, os lojistas que investem na internacionalização das operações registram aumentos no volume de vendas de 10% a 15%. Apesar da oportunidade, muitos empresários ainda têm dúvidas sobre como implementar um sistema eficiente para a exportação dos seus produtos e obter bons resultados. Para começar, o primeiro passo é fazer um estudo de mercado. Por meio do benchmarking, é possível avaliar a internacionalização de outros varejos online, inclusive estrangeiros. Dessa forma, o lojista consegue ter uma visão clara dos fluxos de vendas, processos, operações e práticas de negócios. Também é de fundamental importância compreender a experiência do usuário nos países de destino. Com o benchmarking, é possível compreender as peculiaridades dos mercados locais, para definir as necessidades de ajustes no próprio wireframe do site para se adequar a padrões regionais de comportamento. Até mesmo elementos como o padrão de cores dos sites podem influenciar o desempenho de vendas. No Brasil, por exemplo, a cor verde tem melhor conversão. Outro ponto decisivo do estudo são os insights a respeito do produto que deve ser vendido. Por se tratar de países diferentes, é possível que o mix de produto sofra modificações, inclusive sendo necessário criar novos produ-
tos para atender à demanda. Já o preço deve ser analisado conforme concorrência e posicionamento, e ele também pode ser diferente da estratégia do país original. Após o entendimento, adequar a plataforma ao cenário local pode ser uma boa estratégia, mas é necessário considerar o real ganho de vendas frente à perda de escala. A Sony, por exemplo, adotou um wireframe igual em sete países da América Latina, pois identificou uma grande similaridade da jornada de compras e navegabilidade dos usuários. Caso a empresa opte por utilizar diferentes layouts e conteúdos para cada país, o custo será multiplicado pela quantidade de customizações realizadas. Quando falamos de fullfilment, existem algumas opções a serem avaliadas. Para operações com grandes volumes de vendas, uma solução é criar multicentros de distribuição nos novos países de atuação. Essa estratégia exige investimentos iniciais para montagem em cada um dos locais escolhidos, mas é a opção que irá representar menores custos mensais. O risco, além do investimento inicial, está também no possível erro na previsão de vendas, que pode acabar limitando as vendas, quando o estoque fica subdimensionado, ou aumentar consideravelmente os custos, quando o plano de vendas não é alcançado. Além disso, é necessário conhecer as características da demanda regional - por exemplo, na Argentina os consumidores preferem retirar os produtos em lojas físicas. Para projetos menores, é mais recomendado terceirizar as operações internacionais com fornecedores locais. Em países como Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha e Brasil, onde os e-commerces são mais maduros, essa prática é muito comum. Amazon, eBay e Mercado Livre são algumas marcas que já oferecem esse serviço. Essa estratégia irá diminuir o custo de entrada, além de reduzir os riscos operacionais. Uma última estratégia é manter o centro de distribuição centralizado no país de origem. Essa estratégia pode não ser a ideal, pois aumenta, e muito, o tempo de envio dos produtos. Quando estamos falando de produtos premium ou até mesmo quando o prazo de envio não é um fator importante na decisão, a centralização do centro de distribuição irá trazer menores custos. Para abastecer mercadorias em outros países, a primeira opção é o envio tradicional por meio de transportadoras como os Correios. Caso o volume seja alto, é possível fazer acordos com trades locais para diminuir os custos unitários dos itens enviados. O investimento em transporte marítimo pode ser uma opção barata para lojas virtuais que vendem muito,
no entanto, isso resulta no aumento de tempo de abastecimento, portanto é indicado apenas para operações maduras e com previsibilidade de vendas. Para solucionar o recebimento das transações efetivadas, o ideal é buscar um parceiro do tipo subadiquirente/facilitador de pagamentos, como o PayPal. Essa opção simples não impõe a necessidade da criação de uma conta corrente no país de destino, nem de conhecer peculiaridades locais do país quanto a processos e fraude. No Brasil, por exemplo, abrir uma empresa pode demorar aproximadamente seis meses. Já nos Estados Unidos, abrir uma empresa demora alguns dias apenas, enquanto que para abrir uma conta bancária é necessário ter cidadania americana, o que pode dificultar a operação de receber o dinheiro das vendas. A opção de um adquirente local mais um sistema de gestão de fraude pode demandar conhecimentos locais, além de aumentar o tempo de lançamento do projeto. Após implementar a loja virtual, uma opção local é importante para manter as mesmas ferramentas de métricas a fim de mensurar se a loja virtual está ou não alcançando os resultados esperados. Com o Google Analytics e o Webmaster Tools, é possível identificar informações como número de visitantes, visitantes únicos, mobile, páginas acessadas, rejeitadas, com maior número de saída e taxa de conversão. Criar ações em mídia digital é um dos desafios para estratégias globais do e-commerce. Para ser mais eficiente, é importante possuir um desenvolvimento local com uma equipe especializada em cada país, já que as palavras e expressões são diferentes em cada cultura e podem interferir nas buscas. Como essa estratégia pode ser inviável financeiramente, uma das opções é agrupar os países por região sempre que um idioma e cultura forem similares. Outra tática é adotar o canal de marketplace, que é uma opção indicada para operações de menor porte e que desejam ter custos menores de entrada. Nos Estados Unidos, por exemplo, quase 50% das transações online ocorrem através da Amazon, portanto estar presente nesse marketplace, além de aumentar as chances de vendas, diminui riscos operacionais e reduz a curva de aprendizado. Por último, temos que falar sobre o sistema de gestão, o ERP. O primeiro passo é entender se o seu atual sistema pode te acompanhar na expansão, resolvendo todas as questões contábeis, fiscais e financeiras do país de atuação. Em caso negativo, procure uma solução local simples que pode ajudar com as funções básicas. Nesse caso, o problema é operar sistemas diferentes e obter visões gerenciais diferentes. OUTUBRO 2017
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ESTRATÉGIAS
SUAS ESCOLHAS NO E-COMMERCE DEPENDEM DO SEU NEGÓCIO! Rosangela Mattje é profissional com formação em Tecnologia da Informação e pós em Estratégia de Negócios e Pessoas. Trabalha há mais de 17 anos nas áreas de soluções em Ti e comunicação, análise e gestão de requisitos e negócios, comunicação digital, comércio eletrônico, gerenciamento de projetos, vendas e atendimento. Fundadora da startup Mattje Consultoria em E-commerce (Tecnosinos – Unisinos/RS), atualmente divide seu tempo entre a consultoria e o desenvolvimento de produto de gestão para e-commerce. Rosangela Mattje Consultora de E-commerce
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rosangela@mattje.com.br
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Esses dias, questionaram minha opinião com relação a uma determinada plataforma de e-commerce. A resposta imediata foi: qual o contexto e as necessidades do seu negócio? Pois é, a coisa não é tão simples quanto parece! Temos que olhar para o negócio e em que ponto ele se encontra. Existem N fornecedores que podem te ajudar a comercializar seu produto ou serviço em canais web, mas, você que é dono do negócio, sabe a quem recorrer para suprir as necessidades? Indo além, você sabe quais são as necessidades? A falta de conhecimento e planejamento na hora de iniciar um negócio virtual leva a escolhas erradas ou, pelo menos, a escolhas não tão assertivas quando se investe em um mercado no qual o que mais se escuta é “o custo é menor quando se coloca uma loja virtual”. O custo até pode ser menor (em qualquer negócio), se o dinheiro tiver sido bem investido desde o início. E, para isso, precisa-se de conhecimento do negócio, do mercado e possuir uma visão ampla do seu negócio dentro desse mercado. Podemos listar algumas considerações bastante relevantes que devem ser planejadas no negócio quando se pensa em e-commerce: Budget: Quanto você possui para investir em uma estrutura virtual de e-commerce? Existem algumas ferramentas em que você até pode começar de forma gratuita, mas o que chamo de “coeficiente de viração” deve ser grande. Ou seja, o “faça você mesmo” tem que rolar ou você chama alguém para ajudar na implementação (alguém com conhecimento). Quando o investimento é maior, existem ferra-
mentas ótimas que podem te ajudar a alavancar o negócio. Além disso, você poderá contratar profissionais competentes e até mesmo formar uma equipe. Conhecimento: Buscar conhecimento a respeito do mercado em que quer se inserir é um ponto fundamental, mas, acima de tudo, saber como o seu negócio se “encaixa” nesse mercado. · O assunto do momento (apesar da crise e acredito que também por causa dela), é que o e-commerce está crescendo de forma espantosa. Mas você possui conhecimento desse mercado? Ainda é vendida a ideia de que qualquer negócio pode ser vendido através da web, e concordo! Mas, para isso, existe toda uma operação específica do mercado de e-commerce que você precisa conhecer para que tenha sucesso. Vá atrás de informação e transforme isso em conhecimento, ou procure alguém que te ajude a fazer isso! Consolide esse conhecimento, participe de fóruns, eventos, meetups, grupos de Facebook, o que for, mas busque conhecimento e se pergunte se isso serve para o seu negócio; · Seu concorrente pode utilizar uma certa estratégia que nem sempre pode ser a melhor para o seu negócio. Não entre na onda e olhe para o seu negócio! Se ele está fazendo assim, o que eu vou fazer para me diferenciar? A Internet está cheia de negócios “caixinha”, mas o que realmente chama a atenção é a diferenciação! · Seus clientes irão ajudar você a definir muitas das coisas que você precisa, mas, para isso, você precisa saber quem são! Descreva a “persona” ou o “público-alvo” do seu negócio;
· Seu fornecedor está preparado para o seu negócio de e-commerce? A preparação para determinados períodos de pico de vendas deve ser prevista com antecedência (como em qualquer negócio). De onde seu produto será despachado? Seu negócio tem somente um CD? O custo de entrega para o cliente que compra do outro lado do País vale a pena? · A definição do seu cliente vai lhe ajudar também, é saber em quais canais seu negócio vai rodar. Essa definição faz uma diferença enorme na hora de escolher seus fornecedores no e-commerce. Infelizmente, o mercado está cheio de negócios mal posicionados nesse sentido, apesar da quantidade de informação. Por isso ir atrás de conhecimento para saber onde seu produto deve ser vendido é fundamental! Produto/Serviço: Definir seu produto ou serviço e como ofertá-lo na web são fatores críticos de sucesso. Algumas demandas devem ser planejadas e colocadas na ponta do lápis: · Como eu chego ao valor do meu produto? Lembre-se de que no e-commerce você terá outras despesas que devem ser levadas em consideração na formação do preço; · Meu estoque estará posicionado onde? Ter mais de um CD é vantagem? Quando vai custar para meu cliente o frete de onde estou até onde ele está? · Quando falamos de conteúdo, estamos falando da apresentação do seu produto para pessoas que não poderão tocá-lo! O conteúdo pode englobar fotos, textos, imagens ilustrativas, vídeos e qualquer coisa que ajude seu cliente a ter uma ideia mais realista do que está comprando. Operação: Assim como em qualquer outro negócio, o desenho de um processo operacional vai lhe ajudar na estruturação e no levantamento de necessidades. Sair para o mercado procurando fornecedores sem ter um desenho de como o negócio deve funcionar operacionalmente é arriscado. Esse fluxo deve conter todas as fases desde a chegada ou fabricação do produto até sua preparação para despacho. Com isso, será possível estimar esforço, necessidades, regras e quem vai fazer o quê. Sistemas: O conhecimento de todos os fatores levantados anteriormente neste artigo (budget, produto/serviço, mercado, canais,
A falta de conhecimento e planejamento na hora de iniciar um negócio virtual leva a escolhas erradas ou, pelo menos, a escolhas não tão assertivas operação...) lhe ajudará a ter uma visão ampla do negócio e do mercado! Com essas informações, é possível chegar aos sistemas corretos para o seu negócio e, principalmente, como eles devem se integrar (o “ctrl C ctrl V” é fantástico, mas operacionalmente falando, um desastre!). O levantamento do cenário atual e o planejamento do seu negócio lhe darão mais subsídios para selecionar as melhores opções no mercado. Pondere a segurança! Independentemente de você possuir um gateway de pagamento que possui certificado, seu cliente deverá inserir seus dados pessoais na sua loja. Marketing: O fato de o seu produto/serviço estar exposto na Internet não garante que será achado e, quem dirá, comprado! O planejamento do marketing é fundamental para o sucesso do seu negócio. Não é somente uma ação isolada que você terá que realizar, mas sim considerar fatores dentro de um contexto (canais, datas, objetivos, ações…). As necessidades do mercado de e-commerce são específicas e técnicas e, para isso, você deverá conhecer pelo menos parte do que esse mercado tem a oferecer para tomar uma decisão coerente e alinhada à sua necessidade, ou encontrar alguém que lhe ajude com isso. Sim, o mercado de e-commerce continua em crescimento e ainda existem muitas oportunidades para serem trabalhadas, mas, para começar com o “pé direito”, é preciso pesquisa, planejamento e conhecimento do que você quer para seu negócio e o que mercado tem a lhe oferecer! OUTUBRO 2017
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DIREITO DIGITAL
MÁRCIO COTS
Márcio Cots é sócio do COTS Advogados, escritório especializado em Direito Digital e E-commerce, e membro da Diretoria Jurídica da ABComm – Associação Brasileira de Comércio Eletrônico. Também é professor universitário de Direito Digital nos MBAs da FIAP, FIA/USP e de legislação do e-commerce em outras instituições. Atua assessorando empresas no Brasil, EUA, França e Angola em assuntos relacionados ao Direito Digital e ao Comércio Eletrônico.
AS REGRAS DO BACEN QUE PODEM IMPACTAR O MARKETPLACE E O COMÉRCIO ELETRÔNICO EM GERAL
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ECBR
O Banco Central (BACEN) vem trabalhando nos últimos anos na regulamentação dos meios de pagamento no Brasil, e essa regulamentação pode ter alcançado a atividade do marketplace em geral. É bem sabido que marketplace é a loja virtual que disponibiliza para venda produtos ou serviços de terceiros. Seu operador é um autêntico intermediador de negócios, ou seja, ele aproxima o adquirente do lojista, muitas vezes com pesadas campanhas de marketing. Geralmente, o marketplace recebe em sua própria conta o valor do produto, retém sua comissão e repassa o restante para o lojista. Não é muito difícil notar a relevância do marketplace para o comércio eletrônico, pois muitos lojistas não possuem condição ou interesse de manter lojas próprias, “terceirizando” contratualmente todo o trabalho administrativo para outrem, pagando pelos serviços prestados. Só depois da experiência em um marketplace é que alguns lojistas se animam a ter lojas próprias, que por sua vez podem agregar outros lojistas no futuro, e assim sucessivamente. Concluímos que o marketplace é um grande semeador para o comércio eletrônico, o que deveria ser incentivado pelo governo. Todavia, o BACEN vem ficando de olho em todos os modelos de negócio que envolvam a transferência de grandes somas de dinheiro, especialmente entre contas ou sob responsabilidade de terceiros. Em outras palavras, e traduzindo de modo bastante simplista as obscuras normas do BACEN, o governo deseja acompanhar com maior clareza a transferência dos valores recebidos, inclusive pelo marketplace, até sua chegada aos seus titulares finais, diminuindo o risco sistêmico existente em tais transferências.
O tratamento que o marketplace que intermedia grandes somas em negócios vai receber do BACEN, em muitos aspectos, será igual àquele recebido pelas instituições financeiras, com regras e prazos para liquidação de transações, que deverão ser realizadas na Câmara Interbancária de Pagamentos, normativas complexas de segurança, sofrer auditorias etc. A justificativa do BACEN é, como dissemos, diminuir o risco sistêmico das transações, aumentar a transparência e, consequentemente, melhorar a oferta de crédito para os lojistas (que terão clareza sobre seus recebíveis). O marketplace, dessa forma, passaria a ser parte dos chamados Arranjos de Pagamento, juntamente com os Emissores, Credenciadores, Sub-credenciadores e Bancos Liquidantes. A figura criada pela Circular BACEN 3.682/2013, com as alterações realizadas pela circular 3.765/2016, é chamada de “Instituições domicílio”, definida como “instituição financeira ou de pagamento, participante do arranjo de pagamento, detentora de conta de depósitos à vista ou de pagamento de escolha do usuário final recebedor para crédito ordinário de seus recebimentos autorizados no âmbito do arranjo de pagamento”. A Circular BACEN 3.682/2013 criou algumas exceções para que os Arranjos de Pagamento (conjunto de todos os participantes), o que inclui o marketplace, não sejam obrigados a cumprir suas complexas disposições, e tais exceções estão pautadas no nível do risco que existe na operação. Atualmente, segundo valor fixado em 2014, os Arranjos de Pagamento que não superem R$ 500 milhões em transações no ano anterior, aqueles que não tiveram 25 milhões de transações no mesmo período, os que
RICARDO OLIVEIRA
Ricardo Oliveira é sócio do COTS Advogados, escritório especializado em Direito Digital e E-commerce. Possui MBA em Gestão Estratégica de Negócios, extensão universitária em Direito da Tecnologia da Informação e especialização em Direito e Processo do Trabalho. Também é coautor do livro Marco Civil Regulatório da Internet – Editora Atlas – 2014. Atua há quase 10 anos na área jurídica, focando na multidisciplinaridade e interação dos mais diferentes ramos do Direito, e em empresas do comércio eletrônico e da tecnologia da informação.
não superem R$ 50 milhões em recursos depositados em conta de pagamento em 30 dias, nos últimos 12 meses e aqueles que não tiverem 2,5 milhões de usuários ativos em 30 dias nos últimos 12 meses, estariam isentos de observar a regulamentação, mas mesmo assim teriam que apresentar ao BACEN números consolidados comprovando a não superação dos tetos estabelecidos. Há também outros critérios, como a exclusão das regras em relação aos arranjos de propósito limitado (aqueles aceitos apenas na rede de estabelecimentos de uma mesma sociedade empresária ou com a mesma identidade visual, como as franquias ou redes de postos de combustível), mas as hipóteses estão mais afastadas das atividades do marketplace tradicional, sendo mais comuns nos modelos omnichannel. Pode-se verificar, pelas regras expostas nas exceções, que a preocupação real é justamente o valor que o marketplace detém consigo que pertence a terceiros. Na lógica do BACEN, se um marketplace de grande porte quebrar, poderia trazer grande prejuízo aos seus usuários e à economia como um todo. Por conta disso, já se começa a pensar em alternativas para que o marketplace não adentre o critério de risco e, consequentemente, não seja encarado como uma instituição financeira: não deter consigo o valor destinado ao lojista. Isso poderia ser feito por meio de um split automático, que faria com que só ingressasse na conta do marketplace o valor de sua comissão, enquanto o valor remanescente do produto seria creditado diretamente na conta do lojista. Já há algum tempo ferramentas de split automático como a citada acima existem no mercado, mas, a nosso ver, no modelo mais conservador de marketplace, é interessante que se possa reter do lojista não apenas a comissão, mas eventuais prejuízos que o ele cause por problemas de sua operação. Não se pode esquecer que o marketplace assume o risco da relação de consumo ao fazer parte da cadeia de fornecimento e, sendo assim, fica à mercê de ações judiciais dos consumidores. Ao ser obrigado a pagar uma ação por dano que não causou, o marketplace deverá ser reembolsado, e a forma mais prática de isso ocorrer seria a retenção dos
valores que deveriam ser pagos ao lojista. Sem que o dinheiro ingresse em sua conta, porém, isso não mais poderá ser possível. O resultado da equação acima é que o marketplace que optar pelo split automático provavelmente aumentará o critério de segurança para admitir lojistas, o que prejudicaria diretamente os menores, podando na raiz seu desejo e iniciativa de empreender. Não se está aqui atacando o aumento de segurança pretendido pelo BACEN, mas não se pode deixar de questionar quem são os maiores beneficiados com tais regras. Os consumidores? Bem, estes já poderiam penalizar o próprio marketplace, possuindo no mínimo dupla garantia em caso de dano (intermediário e lojista). O lojista? Ainda não está claro quanto da operação do marketplace será financeiramente onerada. Quem pagará a conta do aumento de custos do intermediário? Se utilizarmos a mesma lógica do chargeback, sabemos que o lojista é quem pagará o pato no final, pois financiará, por meio da comissão, os custos administrativos. O marketplace? Sua adequação certamente envolverá custos, como contrato com cada uma das bandeiras, com a Câmara Interbancária de Pagamentos, revisão de contratos com lojistas etc. As novas regras da Circular BACEN 3.682/2013 estabeleciam que as liquidações de pagamento precisarão ser realizadas por meio da Câmara Interbancária de Pagamentos a partir do dia 4 de setembro de 2017, mas o prazo foi prorrogado por conta da exiguidade do tempo disponível para adaptação do marketplace. Dessa forma, segundo a Circular 3.842/2017, o prazo passou a ser 28 de setembro de 2018. Até lá, deveria ser interesse dos marketplaces em geral, e também dos lojistas, a apresentação das problemáticas que já estão mapeadas e que poderão impactar negativamente a economia e a atividade, a fim de que o governo, ciente de tais questões, reveja sua posição quando o grau de risco não se justificar, pois intermediário de negócios, seja ele virtual ou físico, não pode ser tratado da mesma forma que uma instituição financeira, pois são atividades distintas e que, por conta disso, merecem ser consideradas de acordo com suas peculiaridades. OUTUBRO 2017
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MARKETPLACE
A IMPORTÂNCIA DAS INTEGRADORAS NO DESENVOLVIMENTO DE UM PLANO MULTICANAL NO MARKETPLACE Lucas Vidal Gerente de Novos Negócios da SkyHub
Lucas Vidal é gerente de Novos Negócios da SkyHub, empresa especialista em integração com os principais marketplaces do Brasil. É formado em Engenharia de Produção pela UFRGS com Mestrado pela Ecole Centrale Marseille, na França. Na SkyHub, é responsável pela área comercial, bem como a manutenção das parceiras com os diferentes marketplaces que a SkyHub integra.
No marketplace, grandes e-commerces abrem espaço para que outros lojistas comercializem seus produtos, sem a necessidade de investimento inicial, apenas com o comissionamento por vendas realizadas. Alguns dos principais players do varejo nacional já operam nesse modelo. A B2W, que reúne as marcas Americanas.com, Submarino e Shoptime, já possui mais de 6.000 sellers (conforme resultado divulgado no dia 11 de agosto) - nome dado aos lojistas ou parceiros que vendem no marketplace. Os parceiros aproveitam o tráfego do site, que tem mais de 26% de marketshare, para aumentar suas vendas. Quem opta por vender no marketplace, além da exposição dos seus produtos, encontra uma série de benefícios: • Não há investimento inicial - após configurar sua loja, você já pode vender; • Comissão apenas sobre as vendas realizadas - só paga se vender; • Sem riscos de fraude (que já está embutida na comissão); • Alta escalabilidade de vendas; • Alcance de diferentes perfis de consumidores; 68
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• A tecnologia, a segurança, o meio de pagamento e a estrutura do site são responsabilidades do marketplace. Uma das formas de aumentar o alcance de seus produtos no marketplace é com o desenvolvimento de um plano de negócios considerando a venda em diferentes canais. Existem determinados períodos no ano em que a estratégia multicanal ajudará seu negócio a ter ainda mais visibilidade. Um exemplo disso são datas como Dia das Crianças, Black Friday e Natal, que costumam movimentar o mercado e atrair a atenção dos consumidores. Quanto mais presença online seu negócio possuir nesses períodos, maiores serão as chances de vender mais. O principal desafio desse modelo de negócio, além da competitividade, é a gestão de estoque e frete. Dessa forma, o jeito mais simples de fazer a gestão do seu negócio em diferentes marketplaces é com a utilização de integradoras, ou seja, plataformas que concentram informações gerenciais e oferecem maior controle e segurança sobre os itens vendidos, gestão de preços, estoques e outros aspectos relacionados à gestão de múltiplos canais.
Como desenvolver um plano multicanal? Organizamos uma lista com os principais passos para criar um plano de vendas em diferentes marketplaces, apresentando quais os principais desafios enfrentados em cada uma das etapas - com exemplos práticos de como uma integradora simplifica esse processo. Definição dos canais O primeiro caminho para ter um plano multicanal está relacionado diretamente à escolha dos marketplaces. Nessa etapa, você deve analisar diferentes aspectos como: • Expertise no varejo: há quanto tempo atua com varejo, se oferece um bom suporte, possui um ecossistema de soluções etc.; • Público-alvo: quem compra no site (homem, mulher, idade, renda); • Premiações do mercado: se possui Prêmio Reclame Aqui, E-bit e outros reconhecimentos externos que atestem a seriedade do site. Definir onde vender é um processo simples: basta identificar os canais que possuem sinergia com seu negócio e oferecem um público-alvo que se enquadre ao seu target ideal. O desafio nessa etapa será o cadastro de seus produtos e a gestão de vendas.
Sem integradoras: será preciso configurar as lojas de forma individual. Isso inclui o cadastro de itens, tabela de frete e informações de webstore. Além disso, é preciso acessar o dashboard de cada um dos canais para gerenciar e controlar as vendas, o que significa aumento de custo com pessoal ou com sobrecarga de funções ao seu time. Com integradoras: ao configurar sua loja em um dos sites, a integradora adapta e simplifica as configurações de acordo com as especificações de vários marketplaces. Também permite centralizar os registros de venda e o desempenho de cada um dos marketplaces, possibilitando, inclusive, a análise de resultados e comparativo de vendas entre eles. Gestão de estoque e sortimento Definidos os marketplaces onde sua loja irá vender, é preciso entender quais produtos devem ser trabalhados em cada cenário. Para isso, é preciso levar em consideração alguns aspectos como: • Perfil do marketplace: um produto pode ser aceito pelo público de um determinado site, mas ter pouca aderência com o consumidor de outro. É importante entender quais produtos podem ser trabalhados em cada marketplace.
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• Negociação com fornecedores: definidos os produtos que serão comercializados em cada marketplace, desenvolva uma negociação diferenciada com seu fornecedor. Esses pontos são o primeiro estágio da preparação do estoque, mas é preciso olhar também para a gestão de vendas. Além de identificar os produtos que melhor responderão ao público do marketplace, será preciso monitorar o estoque. Caso contrário, poderá cair em uma destas situações: • Vender sem estoque: o lojista 1 comercializa seus produtos nos marketplaces X, Y e Z. Ele possui 20 itens de um desses produtos e informou aos três canais que possui os 20 itens. Resultado: obteve 20 vendas em cada marketplace (60 no total), mas não tinha estoque para entregar tudo, e isso comprometeu seu desempenho e receita. • Não vender por falta de estoque: em outra oportunidade, com os mesmos produtos, ele decidiu evitar o erro anterior e, por isso, dividiu os 20 produtos entre os três marketplaces: 7 na loja X, 7 na loja Y e 6 na loja Z. Resultado: houve vendas de todos os itens disponíveis nas lojas X e Y. Os produtos da loja Z ficaram parados. Ele deixou de fazer negócios e perdeu oportunidade de gerar receita. Para evitar os dois casos, a solução é trabalhar com uma gestão unificada de estoque. • Sem integradoras: será preciso ter um profissional ou equipe “full time” dedicada exclusivamente ao monitoramento e para pausar produtos que não possuírem estoque. Essa opção está sujeita a erros que podem comprometer resultados ou gerar vendas sem que o item esteja disponível. • Com integradoras: os marketplaces trabalham com estoque único. Nesse método, o sistema libera a venda do item para o canal onde foi feito o pedido, enquanto houver disponibilidade, e impede a venda quando não houver mais peças. Gestão de frete Outro ponto de atenção para a multicanalidade no marketplace está relacionado à gestão de frete. Lembre-se de que aqui também é preciso analisar o perfil do consumidor e entender se ele irá responder para fretes mais atrativos - em preço e/ou prazo de entrega -, contribuindo com a conversão. Caso seja preciso desenvolver um plano de frete, é preciso se atentar para os seguintes passos:
da para agilizar o envio dos produtos. Seu time operacional precisa ser capaz de embalar e despachar mais produtos. • Atender às recomendações dos marketplaces, que assim como para o preço e upload de itens, geralmente possuem suas próprias regras para o cadastro de frete. O desafio aqui é com relação à forma como a estratégia de frete será desenvolvida em cada canal. • Sem integradoras: cabe ao lojista acessar cada uma das telas de dashboard dos marketplaces e cadastrar estratégias de frete seguindo as recomendações dos canais. • Com integradoras: assim como acontece com o cadastro de produtos, a integradora simplifica e permite a configuração única de frete e, depois, essas informações são propagadas para os outros marketplaces. Além disso, permite a criação de campanhas de frete (como ações de frete grátis), que podem ser criadas para um, dois ou mais canais onde você deseja oferecer condições especiais de frete. A integradora simplifica a gestão em diferentes marketplaces O marketplace é uma excelente oportunidade de exposição de seus produtos, mas, para potencializar esse alcance, existe a possibilidade de criar uma estratégia multicanal, que fará com que seu negócio esteja nos principais marketplaces do mercado. Alguns cuidados serão necessários, e as soluções de integradoras são uma das suas principais aliadas quando optar por esse perfil de negócio. Uma integradora permitirá que você simplifique todo o processo de cadastro da sua loja virtual nos marketplaces e que a gestão de estoque e frete sejam feitas de forma centralizada, o que diminui as chances de equívocos durante a gestão. Com as dicas apresentadas neste artigo - e com a ajuda de uma integradora -, sua experiência multicanal no marketplace, principalmente em datas com grande apelo de vendas, terá menos gargalos operacionais e permitirá aproveitar cada um dos benefícios dessa estratégia. SAIBA MAIS Omniera: a hora de repensar sua empresa https://goo.gl/PSEPnL
Sistemas ERP tradicionais dificultam o omni-channel • Conseguir se estruturar internamente, afinal, prazos menores também exigem que a equipe interna seja prepara70
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BEST MUDA SUA ASSINATURA E SE REPOSICIONA NO MERCADO DE PERFORMANCE COM EXCLUSIVA METODOLOGIA DE INBOUND COMMERCE
No Fórum E-commerce Brasil 2017, a agência apresentou seu novo posicionamento ao mercado, passando a assinar BEST – Inbound Marketing de Performance, e lançou sua oferta de inbound commerce, personalização da comprovadíssima estratégia de inbound marketing para geração de vendas em lojas virtuais. O e-commerce enxerga 2 possibilidades para uma visita: em média 2% dos visitantes convertem e 98% não convertem. A metodologia de Inbound Commerce da BEST considera que esses 98% de visitantes não converteu porque não era o momento ainda, mas se o e-commerce se mantiver relacionando-se com ele, em momento oportuno acontecerá a conversão. Para oferecer aos seus clientes, o melhor processo de automatização das estratégias de inbound commerce, a BEST fechou parceria com a Resultados Digitais, certificando seus profissionais na consagrada plataforma de automação de marketing RD Station.
SOLUÇÃO COM CERTIFICAÇÃO DE SEGURANÇA É ALTERNATIVA CONTRA FRAUDES NO E-COMMERCE
Recentemente, uma lista com mais de 360 logins e senhas de usuários de grandes marcas de e-commerce do Brasil foi divulgada na internet pelo site Pastebin. Um dos maiores desafios do varejo online na atualidade é se proteger de ataques hackers. Apostar em um PCI Compliance, padrão de defesa global que garante as transações digitais envolvendo cartões de crédito, é a melhor opção. Outra estratégia é abolir a utilização de senhas, utilizando autenticação via Google e Facebook, por exemplo. Essa estratégia pode diminuir drasticamente o risco de phishing, que é uma das formas dos criminosos obterem dados dos usuários. Para tornar as transações seguras e impulsionar a conversão de compras no e-commerce, há quatros anos, a VTEX desenvolveu a SmartCheckout. Com apenas um clique, o consumidor consegue realizar uma transação em uma única página, sem a necessidade de senhas. A ferramenta ainda pode aumentar a conversão de vendas em até 54%.
ZENDESK LANÇA SOLUÇÃO PARA ATENDIMENTO AO CLIENTE MAIS INTELIGENTE
A Zendesk implementou o Guide ao seu sistema, buscando aliar as tecnologias de Collective Knowledge e Machine Learning, para entregar uma solução inteligente de base de dados, que possibilita uma melhor experiência de atendimento ao cliente. A ferramenta capacita os agentes de atendimento para resolverem dúvidas com insights conceituais e oferece suporte de autoconhecimento. O lançamento possibilita, ainda, um suporte eficiente em qualquer plataforma, por meio do uso combinado da API da Zendesk, ferramentas web e de desenvolvimento em dispositivos móveis. O Guide também apresenta dois novos recursos - o aplicativo Knowledge Capture e o Answer Bot. O Knowledge Capture converte as interações do cliente em uma oportunidade para os atendentes compartilharem informações que enriquecem a base de conhecimento. O Answer Bot, por sua vez, utiliza informações da base de conhecimento, combinado à tecnologia avançada de machine learning, para tornar as respostas às perguntas dos clientes automáticas, otimizando o autoatendimento para melhores resultados.
DROPS DO MERCADO SPLIT PAYMENT: A SOLUÇÃO PARA A DIVISÃO DE SEUS PAGAMENTOS
Com o objetivo principal de ajudar o lojista online em seu planejamento, a Stone desenvolveu uma excelente solução para quem busca facilidade e flexibilidade na hora da liquidação de recebíveis. O produto é ideal para marketplaces e apps em geral porque além da distribuição de valores fixos, é possível fazer a personalização de comissões em números porcentuais. Não exige complexidade e já está de acordo com as novas regras estipuladas pela Câmera Interbancária de Pagamentos (CIP). Tudo isso com o total controle dos pagamentos necessários para seus sellers através do portal conciliador. Fácil, rápido e em tempo real.
ARMAZENAGEM E LOGÍSTICA GARANTEM SUCESSO DO COMÉRCIO ELETRÔNICO
O crescimento do comércio eletrônico no Brasil, cujo faturamento, segundo relatório da Ebit, foi de cerca de R$ 44 bilhões em 2016, tem gerado grandes volumes de entregas, e demandado pontos de armazenagem e distribuição em localizações estratégicas. Situados próximos de rodovias e de mercados consumidores, os empreendimentos possibilitam a redução nos custos de transporte e melhora nos níveis de serviço logístico. Pesquisa do Instituto de Logística (ILOS) aponta que a armazenagem pode representar de 25% a 30% do custo logístico total em uma empresa. Galpões logísticos modernos são configurados para permitir a verticalização da armazenagem e o máximo aproveitamento da área de estocagem: pé-direito livre de 12 metros, piso de concreto com capacidade de 6 toneladas, sistema de combate a incêndio com categoria de risco J4. As estruturas contam com docas munidas de plataformas niveladoras e área para circulação de carretas (Com informações de GLP).
A EVOLUÇÃO DA MODA NO BRASIL: CONHEÇA O NOVO MODAIT
O ModaIt deu passos importantes em busca de uma experiência mais completa para seus usuários. Agora, além de fazer a curadoria de tendências e produtos de moda para mulheres, o site passa a trabalhar com conteúdo para o público masculino e infantil. A home do site também mudou, dando mais espaço para destacar conteúdos relevantes para a audiência. Além disso, tudo o que tange esse universo está contemplado no site: do Vista o Look, que apresenta o look apontando onde encontrar cada peça, ao Mood, que traz dicas de moda de acordo com o humor dos consumidores; do Shop, para compras diretas, ao Agregador de Blogs, a funcionalidade pela qual o ModaIt começou. Como último passo da evolução da plataforma, os usuários do ModaIt passam a contar com a praticidade de um marketplace. Ou seja, o usuário agora encontra os melhores looks e dicas de moda de especialistas e compram produtos das melhores marcas brasileiras direto no ModaIt (Com informações de Buscapé).
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RS DISCUS: DA PAIXÃO AO E-COMMERCE DE ANIMAIS VIVOS Por Alice Wakai, para revista E-Commerce Brasil
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Se você, empreendedor de e-commerce, está aí quebrando a cabeça para desenvolver uma embalagem segura para o seu produto ou tentando encontrar uma transportadora com um índice satisfatório de entrega sem avarias, o que você acharia de vender peixes vivos online? Esse é o desafio diário da aquarista Alessandra Lozovoi Sentanin e do marido, o também empreendedor, Roberto Eduardo Sentanin, na RS Discus, uma loja virtual especializada em vender peixes, aquários, medicamentos, entre outros itens. Apaixonados por aquários e por peixes desde os cinco anos, Alessandra e Roberto deixaram de lado suas profissões - Alessandra é formada em Direito e Roberto, em Ciência da Computação - para se dedicarem exclusivamente à venda do peixe “acará-disco”, espécie preferida do casal. “Em 2004, eu tive um insight: largar nossas profissões e vender nossos peixes pelo nosso próprio e-commerce, pois queríamos fazer algo em que acreditávamos e amávamos”, disse Alessandra. Depois disso, ela contratou um web designer que era cliente e pagou o trabalho dele com peixes para seu aquário. “Ali começou a RS Discus”, relembrou. A operação da loja começou no Mercado Livre e era feita em casa. “Depois de um tempo, a quantidade de peixes aumentou e notamos que havia aquários na sala, quartos, cozinha e até no banheiro”, contou Alessandra.
Foi, então, que Alessandra e Roberto decidiram montar uma estrutura de criação em um sítio do interior de São Paulo. “Vendíamos os filhotes de forma amadora no Mercado Livre, até que nossos clientes começaram a pedir não apenas os peixes, mas a ração, o líquido para tratar a água etc”. O primeiro obstáculo da RS Discus foi a regularização do transporte, já que cada animal precisa de um guia emitido pelo Ibama, o que burocratiza o processo e acaba estendendo o prazo de entrega. “Enviar animais vivos para todo o Brasil é uma Odisseia”, contou a fundadora da loja. Ela relata que há falta de fornecedores logísticos adequados para carregar uma carga tão sensível. “Todas as transportadoras, sem exceção, têm as mesmas características de truculência, perdas, roubos etc. Tivemos que usar uma megacriatividade na embalagem e investir anos em testes”, ressaltou. Depois de muitas perdas no transporte, Alessandra e Roberto desenvolveram uma embalagem específica para armazenar os peixes com o máximo de conforto possível para os animais. “Desenvolvemos uma caixa térmica, na qual os peixes viajam em uma embalagem selada, com oxigênio medicinal”, explicou. Hoje, a loja possui entre 200 e 300 pedidos por mês, e o índice de morte no transporte é baixo – o maior registrado foi de 2%. “Mesmo que o índice seja baixo, isso
frustra a expectativa do cliente, frustra todo o encantamento com o site que foi bem elaborado, da experiência de compra e da embalagem incrível… tudo desaparece quando um ou mais peixes morrem na viagem”, disse Alessandra. Ela relata que a morte dos peixes geralmente é ocasionada por atrasos, perdas da caixa na transportadora, mau encaminhamento, quedas, aumentos bruscos do clima durante as horas de viagem ou até mesmo por estresse excessivo. “Assim como nós, humanos, existem alguns organismos vivos que se estressam mais do que outros”. Para evitar a morte dos peixes, antes do processo de envio, Alessandra pesquisa o prazo de entrega para um CEP específico para saber o tamanho da embalagem, a quantidade de água, a quantidade de produto Aloe Vera e a quantidade de oxigênio necessária para cada espécie e para cada localidade. Ela para de alimentar os peixes dois dias antes do embarque, para que não passem mal no transporte e evitem defecar na água da embalagem. “Isso acidifica a água e pode causar acidose no peixe, além de fazer subir a amônia na embalagem (tóxica para os peixes)”, explicou. O processo de preparo dos peixes ainda inclui: um atestado de saúde feito por equipe de biólogos, a selagem em formato de “U” para que os peixes não sejam esmagados pelas laterais do plástico, a injeção de um líquido de fa-
bricação própria à base de Aloe Vera (funciona como uma espécie de calmante natural), do oxigênio medicinal e a proteção extra na caixa de papelão. “A embalagem fica tão resistente dessa maneira que é possível um homem de 80 quilos pular em cima do saco e nada acontecer no seu interior”. Com o amadurecimento do negócio, Alessandra está investindo em inteligência no pós-venda. “Em agosto testamos uma ferramenta paga mais aprimorada, na qual o cliente avalia a loja e os produtos. O retorno dessa ferramenta tem sido 80% maior e está nos ajudando a entender a não recompra e resolvê-la”, contou. O pós-venda pretende ajudar na fidelização e no monitoramento dos peixes, já que a logística reversa é praticamente inexistente, segundo Alessandra. “Temos um caso a cada três meses ou mais”, explicou. Para evitar os custos com logística reversa, ela relata que só trabalha com produtos que não costumam dar problemas de garantia frequente. “Se um produto tem três reclamações, já excluímos do site e não trabalhamos mais, procuramos uma marca melhor para substituição”, disse. Marketing próprio e próximos desafios Outro desafio para Alessandra são os investimentos em marketing, principalmente os influenciadores. Como são mais de 600 tipos de
Entre os próximos desafios, Alessandra considera fundamental aprender a lidar com o “consumidor 3.0”, aquele que “tira foto do site inteiro” e demanda atendimento via WhatsApp, Skype ou Messenger, e prefere ter tudo “na mão”
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CASE peixe, é difícil encontrar influenciadores que entendam de várias espécies ao mesmo tempo. “Nosso marketing de conteúdo é produzido internamente mesmo. Levando em consideração o cadastro de peixes, produzimos lives, vídeos explicativos no YouTube e alimentamos a área de downloads do nosso site, com artigos básicos de aquarismo”, disse. Entre as estratégias de marketing e vendas, Alessandra cita o e-mail marketing com lançamentos, banners no próprio site e as redes sociais como as mais relevantes. “Na fanpage do Facebook, fazemos posts com fotos de inspirações de aquários de cada biótipo (Amazônico – pH ácido, Asiático – pH alcalino, Marinhos – reef etc.). Junto com o Facebook, lives e Instagram são as estratégias que funcionam para nosso nicho”, relatou. Entre os próximos desafios, Alessandra considera fundamental aprender a lidar com o “consumidor 3.0”, aquele que “tira foto do site inteiro” e demanda atendimento via WhatsApp, Skype ou Messenger, e prefere ter tudo “na mão”. “Só falta falar: faça tudo para
mim, não quero ter trabalho nem de fazer meu próprio cadastro”, explicou Alessandra. Para ela, o principal desafio é levar conteúdo que atraia a atenção desse público e faça-o aprender mais sobre o “produto”. “Como abordar aqueles clientes que não leem absolutamente nada, não estudam sobre o aquarismo, não pesquisam sobre o peixe, não leem a descrição para saber o pH em que vivem, abrem a caixa e jogam o peixe de qualquer jeito em aquário de água duvidosa e entram no site e negativam alegando ‘não terem gostado, porque morreu no meu aquário?’”, desabafou. Para os próximos anos, ela acredita que o desafio seja aprimorar a embalagem, o conforto dos animais (que é a prioridade dos proprietários), otimizar os cadastros, investir mais nas estratégias de vídeos curtos para os que “não querem ler nada” e treinar os funcionários para atender o consumidor 3.0. “Acredito que o desafio do e-commerce brasileiro de nicho é parecido com a frase de Charles Darwin: Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças”, finalizou.
SAIBA MAIS Veja mais sobre a loja neste vídeo no Portal E-Commerce Brasil https://goo.gl/LSmaiF
e leia mais nesta entrevista https://goo.gl/VTSppa.
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MERCADO
ÍNDIA: UM E-COMMERCE EM ASCENSÃO Camilla Lichti Sócia do marketplace Mercado Aventura calichti@gmail.com
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Camilla Lichti é bacharel em Publicidade e Propaganda pela Universidade Metodista de São Paulo, mestre pela Universitat de Barcelona em Gestão de Marketing e MBA em Gestão de E-Commerce pela Universidade Anhembi Morumbi. Desde 2009, trabalha com e-commerce. É membro da Scrum Alliance e possui a certificação CSPO desde 2013. É sócia do marketplace especializado em esportes de ação chamado Mercado Aventura.
Com US$ 681 bilhões em vendas online em 2016, a China é o maior mercado de e-commerce mundial, seguido pelos EUA, e o mais rápido em crescimento é a Índia. O mundo parece estar observando atentamente a Índia, enquanto ela se torna um grande player no comércio eletrônico. Há muito para jogar e apostar nessa indústria, mas muitas marcas precisam de uma pequena orientação. Este ano, tive a oportunidade de visitar o país duas vezes. Na primeira vez, em março, pude conhecer Mumbai e Bangalore – cidade apontada como o “Vale do Silício” da Índia e, de acordo com dados de 2015 da NASSCOM e Zinnov, é onde 26% das startups do país estão localizadas. A outra foi em junho, quando fui a Mumbai novamente e Nova Delhi – esta, por sua vez, está em plena ascensão tecnológica, construindo enormes cen-
tros empresariais nos arredores da cidade. Conversei com muitas pessoas do ramo, de empresas como a Myntra (do grupo Flipkart), Tata Consultancy Services - TCS (divisão de consultoria da Tata Group), Browntape e Techouts, e posso dizer que agora é o momento para a Índia brilhar e a oportunidade ideal para as empresas expandirem suas operações, a fim de explorar um mercado em plena ascensão. Segundo um levantamento feito pelas Nações Unidas, em julho de 2016, a Índia possui uma população com mais de 1,3 bilhões de habitantes, sendo o segundo país mais populoso do mundo. Estima-se que até o final de 2017 existam mais de 500 milhões de habitantes online, conforme estimativa da Internet & Mobile Association of India (Associação Indiana de Internet e Dispositivos Móveis em tradução livre).
O comportamento online se assemelha muito à cultura do e-commerce de países emergentes, como o Brasil
As vendas no varejo online na Índia devem aumentar para aproximadamente US$ 45,17 bilhões até 2021, puxados pelo aumento anual no uso de internet e dispositivos móveis. De acordo com a GSMA, uma entidade global de telefonia móvel, atualmente o país possui mais de 730 milhões de usuários únicos com acesso à internet através de smartphones, ou seja, um alcance de 54% da população. Sem dúvidas, um dos principais fatores que influenciou o fortalecimento do comércio eletrônico, além do aumento de pessoas conectadas, é a desmonetização da economia indiana (foram retiradas de circulação as cédulas de 500 e 1000 rúpias) realizada pelo primeiro ministro Nerandra Modi, deixando as pessoas com pouca escolha e favorecendo a compra online. O amadurecimento do e-commerce na Índia e o cenário promissor atraiu a atenção de marcas ocidentais, como a Amazon e Walmart. A empresas brasileiras, como a VTEX Cloud Commerce, percebeu a oportunidade e estará abrindo seu escritório em Mumbai. A China, outra grande história de sucesso dos últimos anos, também manifestou interesse em entrar no dinâmico mercado indiano. O gigante chinês Alibaba anunciou no final de 2016 que pretende abrir um escritório em Mumbai como parte do plano para obter uma fatia do mercado da Índia, atualmente dominado pelas empresas nacionais Flipkart, Myntra e Snapdeal. Marketplace é um modelo que se mostra bastante promissor no país. Segundo o estudo “Global Powers of Retailing 2015”, realizado pela Deloitte, os marketplaces tendem a servir como o principal modelo de comércio eletrônico na Ásia, principalmente na Índia, onde há uma alta fragmentação e regionalização de ofertas. O aumento das vendas online nos mercados em desenvolvimento está incentivando os varejistas a expandirem suas operações a nível global. Os eRetailers estão se tornando parceiros exclusivos para diferentes marcas, como a fabricante chine-
sa de celulares Xiaomi, por exemplo, que entrou no mercado indiano através do marketplace Flipkart. Tal estratégia permitiu a ela alcançar uma grande base de clientes em pouco tempo e logo decidiu seguir carreira solo e criar sua própria trajetória no e-commerce do País. Então, como as marcas podem aproveitar ao máximo essa mudança no comportamento do consumidor e do aumento do uso de dispositivos móveis? E quais são os maiores desafios de uma operação internacional? Estabelecer e desenvolver uma loja online é desafiador, independentemente de onde você estiver no mundo. No entanto, com perspectivas brilhantes para o e-commerce indiano à vista, é importante, agora mais do que nunca, dar à sua marca um ajuste digital internacional. Em agosto de 2015, o governo indiano anunciou uma campanha chamada Startup India (startupindia.gov.in) para incentivar o empreendedorismo, o estabelecimento de novos negócios e a posterior criação de empregos. Como parte da campanha, novas políticas foram criadas para promover o setup facilitado de novos negócios na Índia e evitar as barreiras burocráticas típicas que as empresas costumavam enfrentar. Dentre as iniciativas do Startup India que foram implementadas pelo governo, incluem-se: a redução em 80% da taxa de registro de patentes; incentivo fiscal por três anos; o lançamento de um fundo para fornecer capital inicial no valor de 100 bilhões de rúpias (mais de US$1,5 bilhões). Ao considerar atuar internacionalmente, as empresas poderão enfrentar alguns desafios e complexidades em relação à venda doméstica, na qual está acostumada. Parte destes desafios se dá ao oferecer uma experiência de compra localizada, produtos no idioma, tamanho e moeda do mercado desejado, além claro, dos serviços de atendimento ao consumidor na língua local e trabalhar com os meios de pagamento que seu público-alvo esteja mais acostumado e confortável, garantindo que a experiência de compra seja favorável do começo ao fim, aumentando as chances de crescimento do empreendimento no País. Como é de conhecimento público, a Índia é um dos países que mais oferece serviços outsourcing do mundo, logo, é possível iniciar suas operações lá terceirizando certas funções da operação do e-commerce através de empresas locais especializadas também conhecida como facilitadores – ou em inglês: enablers –, o que ajudará os varejistas a se concentrarem nas atividades principais, até ganharem escala, estabelecerem uma equipe própria para internalizar todas as funções. OUTUBRO 2017
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Há três tipos principais de facilitadores: empresas de operação e logística, de tecnologia e de pagamento. Operação e logística Logística é uma função crítica para lojas virtuais, já que envolve o transporte seguro e rápido das mercadorias do armazém para o cliente. Na Índia, apenas poucas empresas internacionais de logística – como a Blue Dart (subsidiária da DHL), TNT e FedEx – atendem o mercado, que é dominado por um grande número de pequenos intermediários e operadores logísticos de terceiros que trabalham para gerenciar as operações dos clientes. Empresas como Gati e Delhivery são muito conhecidas localmente e oferecem serviços logísticos completos desde a armazenagem, controle do inventário até a entrega. Já a Blubox e Browntape possuem uma gama de serviços mais ampla, além do pacote logístico, cuidam também das promoções e atendimento ao cliente. Tecnologia A função da tecnologia se refere amplamente à infraestrutura e às pessoas necessárias para manter e executar sites e aplicativos de comércio eletrônico de forma segura e eficaz. Como todas as funções em um negócio tendem a usar a tecnologia de alguma forma ou de outra, as referências à tecnologia nesta seção consideram especificamente o transacional de uma loja virtual. Como mencionado anteriormente nós vimos na Índia o potencial que o País oferece. Percebemos que o cenário é muito similar ao do Brasil a 10 anos atrás. Durante nossa passagem por Mumbai, tivemos uma reunião com um dos sócios da Techouts e houve uma sinergia instantânea, criando a oportunidade de unirmos a nossa tecnologia de e-commerce com o conhecimento do mercado da Techouts formando o maior facilitador tecnológico para empresas que queiram atuar no país. Pagamento O setor de comércio eletrônico indiano é fortemente dependente da forma de pagamento Cash on Delivery (CoD), pois é a escolha preferida dos consumidores locais devido à falta de confiança nas transações online, à baixa penetração de cartões de crédito e débito, entre outras. O modelo de pagamento em dinheiro na entrega corresponde a quase 70% das transações online e está disponível em 600 cidades da Índia. 78
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Os bancos estão criando diferentes modelos para incentivar o uso do cartão de crédito ou débito, como pagamento parcelado (localmente chamado de Easy Monthly Installment EMI) e programa de pontos para resgatar benefícios ou dinheiro (cashback). Entre os vários serviços de pagamento disponíveis no País, os mais conhecidos e amplamente utilizados são CCAvenue, BillDesk e TechProcess. Como fruto da desmonetização, a Índia viu um aumento fenomenal no número de carteiras digitais (eWallets) e está se movendo lentamente para ser um país sem dinheiro. Startups como Paytm e FreeCharge permitem que os consumidores façam compras online e offline, além de poderem pagar suas contas de serviços como luz e celular. Outras empresas que oferecem tal serviço são Airtel Money e Citi MasterPass. Perspectivas: por que uma empresa brasileira deveria explorar o mercado indiano? A Índia está à beira de uma revolução no comércio eletrônico. Embora o e-commerce esteja presente no país há mais de uma década, apenas nos últimos anos é que o ecossistema apropriado começou a se desenvolver. Fatores como investimento robusto, aumento no acesso à internet, entre outros já mencionados, impulsionaram o crescimento desta indústria e, se as projeções atuais acontecerem, a Índia está em rota para se tornar o mercado de comércio eletrônico com o crescimento mais rápido da história. O país possui uma cultura e hábitos extremamente peculiares com sua culinária, personalidade e vestuário. Entretanto, o comportamento online se assemelha muito à cultura do e-commerce de países emergentes, como o Brasil. Em linhas gerais, há dois tipos de usuários: aqueles que querem a melhor oferta e desconto, deixando a qualidade e tempo de entrega em segundo plano; e aqueles que procuram qualidade e entrega rápida. Nós, brasileiros, somos muito versáteis e criativos; passamos momentos distintos em nossa economia e conseguimos fazer a indústria do e-commerce crescer em nosso país a ponto de virar referência internacional e apontada nos mais variados relatórios e pesquisas mundiais. Por esses motivos, acredito que exista um enorme potencial para as empresas brasileiras expandirem suas atividades para a Índia. No entanto, isso não será livre de desafios, seja operacional, legal ou digital, porém a escolha dos parceiros facilitadores será, sem dúvida, crucial para o sucesso dessa jornada.
MARKETING
POR QUE RECOMPENSAR POR INFLUÊNCIA É MAIS DO QUE UMA COMISSÃO ASSISTIDA Rodrigo Genoveze é diretor geral da Awin no Brasil desde 2011 e iniciou sua carreira com a Awin na Espanha, em 2007, atuando como diretor executivo de vendas durante os últimos anos. Nesses quatro anos com a Awin, adquiriu ampla experiência no mercado de publicidade digital voltado para a obtenção de resultados e traz ao Brasil esse conhecimento para as atividades locais da Awin. Graduou-se em Administração de Empresas e Relações Internacionais nos EUA, e reuniu ampla experiência na Europa, onde trabalhou também para a Travelport, grupo de agência de viagens online líder na Europa.
Influencer marketing foi um dos principais termos do ano passado. Um recente relatório da Econsultancy sobre influencer marketing resume isso bem: “Os influenciadores estão por aí há tanto tempo quanto o marketing está, mas, historicamente, eles seriam a imprensa, celebridades da mídia e outras figuras muito conhecidas. Hoje, as mídias sociais, e particularmente os blogs e YouTube, estão nutrindo talentos para uma nova geração de influencers, que podem vir de qualquer lugar e em um curto período de tempo, acumular milhares de seguidores”. Essencialmente, esses novos influenciadores são curadores de conteúdos que exercem sua influência através das suas opiniões. Dentro do canal de afiliados, nós temos acesso a milhares de sites que podem ser considerados influenciadores, mas raramente o canal é mencionado quando esse tópico é discutido. Isso é algo que devemos desafiar para que os afiliados possam aproveitar os consideráveis budgets que os anunciantes estão investindo nos influenciadores. Mapeando diversos canais, nos sentimos bem posicionados para apoiar também essa questão. Sendo um canal que é preparado para a conversão, os afiliados se destacam por estarem na posição do last click. Talvez demais. Ao longo dos anos, vários modelos de negócios de afiliados surgiram em nosso canal, focando na conversão. Temos visto o aumento dos sites de cupom de desconto, cashback, display, e-mail retargeters e afiliados que focam no abandono de carrinho. No clamor para o last click, os tipos de afiliados em que geralmente os anunciantes estão mais interessados em se relacionar seriam os sites de conteúdo e blogs? Esse interesse foi perdido? Embora o modelo do CPA por last click não esteja fundamentalmente quebrado, certamente é um modelo que 80
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não possui flexibilidade quando se trata de recompensar a influência do início do funil. Mesmo que não haja negação do valor de uma conversão, cada ponto de contato de marketing antes da transação poderia ter influenciado a decisão de compra de um cliente e, atualmente em nosso canal, não teria sido recompensado. Ainda que existam vários anunciantes que oferecem modelos de pagamento alternativos, como o CPC, isso não é algo generalizado o suficiente para recompensar toda a influência dos afiliados. Estruturas de comissão flexíveis são necessárias para recompensar os sites que normalmente são influenciadores do início do funil em vez de conversores. Grandes progressos foram feitos no ano passado. O lançamento da nossa ferramenta de “Payment on Influence” em outros países proporcionou os primeiros passos para recompensar a influência dos afiliados. Embora esses pagamentos de bônus sejam um passo positivo para sermos mais capazes de entender e recompensar a influência, ainda estamos muito longe de onde precisamos estar como indústria. Recompensar por influência é muito mais do que apenas uma comissão assistida. O pagamento por influência não deve ser visto como um modelo separado, mas, sim, avaliado ao lado das comissões standard de um anunciante. O valor de um clique por influência é amplamente compreendido dentro do cenário digital, mas dentro de um canal que tradicionalmente é pago na conversão, ele requer uma mudança de mentalidade definida para todos os anunciantes. É importante que os anunciantes tenham uma visão mais ampla da influência que um afiliado tem em uma venda. Embora o pagamento exclusivo de um bônus adicional para cada interação seja um começo, somente quando essas campanhas são analisadas em maior detalhe é possível
foto - shutterstock - Ana Malysha
Rodrigo Genoveze Country Manager na Awin BR
entender verdadeiramente o valor do influenciador. Por exemplo, qual o valor das vendas que estão sendo influenciadas? Os clientes que tiveram maior número de pontos de contato provavelmente retornarão com mais frequência? A análise pós-conversão desempenhará um papel importante na compreensão real do valor dos principais influenciadores no programa de um anunciante e determinará uma recompensa adequada para a influência. Um testemunho disso foi fazer com que a jornada do usuário tenha sido uma prioridade para nós e nossos lançamentos no ano passado. Compreender a influência no canal de afiliação, ou em apenas um dispositivo, é somente uma pequena parte do todo. Onde isso se torna cada vez mais interessante, é quando é possível entender os influenciadores em todos os canais e, ainda mais importante, em vários dispositivos. Existem ferramentas para que os anunciantes e gerentes de contas possam identificar os principais influenciadores em seu programa de afiliados, e isso é algo que cada anunciante deveria estar utilizando. Muitas vezes é falado sobre a falta de conteúdo e blogs no marketing de afiliação, o que é um mito. No entanto, há uma gap em recompensas adequadas para que esses afiliados sejam bem sucedidos. Eles requerem estruturas de comissão flexíveis para efetivamente aproveitarem o poder desses sites como influenciadores. Por exemplo, um pagamento por influência, ou uma campanha CPC, deve ser executado ao lado de um modelo de CPA tradicional para recompensar as aquisições influenciadas, bem como convertê-las. Como rede, sempre estivemos próximos de uma grande quantidade de influenciadores há anos, e esse número só está aumentando. Mas, para que o mercado se beneficie disso, é preciso garantir e estudar a melhor forma de remuneração para esse segmento de afiliados que trabalham no início do funil, entregando a mensagem que o anunciante precisa com um conteúdo que gera alto engajamento com a marca, aliando a conversão. E este é o nosso papel como rede: incentivar os anunciantes a adotarem essa postura.
É importante que os anunciantes tenham uma visão mais ampla da influência que um afiliado tem em uma venda
SAIBA MAIS Por que influenciadores estão fugindo de Programa de Afiliados? https://goo.gl/RhvS4m
Quem são os influenciadores e como eles podem contribuir para sua estratégia digital https://goo.gl/6MKNxP
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COMO SERÁ O ERP DO FUTURO? Marcel Farto é CEO da ONCLICK, formado em Sistemas de Informação pela Unesp e pósgraduado em Gestão Empresarial pela FGV.
Marcel Farto CEO na ONCLICK marcel@onclicksistemas.com.br
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Antes de falar de presente e futuro, gostaria de comentar um pouco sobre a história do ERP (Enterprise Resource Planning)... Na década de 70, foi criado um sistema, ou um conjunto de sistemas, que conversava entre si para controlar o planejamento de requisições de materiais. Ele foi chamado de Material Requirement Planning - MRP. Com o passar do tempo, foi necessário gerenciar também a manufatura, a logística, a mão de obra e o maquinário, além de seus custos. Assim, o MRP evoluiu para o Manufacturing Resource Planning, ou MRP II. Já na década de 1980, surgiu a necessidade de outros controles, como finanças, compras, vendas, recursos humanos, entre outros. Assim, agregando novos módulos ao MRP II, foi criado o Enterprise Resource Planning, o famoso ERP, que passou a ser muito procurado e utilizado a partir da década de 1990. Até hoje, esse ERP tem o modelo padrão de negócios, alguns mais específicos para cada ramo. A sua evolução passou a ser através da criação de novos módulos, integrações com sistemas específicos, em nuvem etc. O ERP não evoluiu na mesma velocidade do chão de fábrica, onde máquinas tornam-se inteligentes ou são substituídas por robôs. Os ERPs não se tornaram inteligentes nas atividades de apoio como contas a pagar, receber, contabilidade, estoque, compras etc. Ou seja, fazemos as coisas do mesmo jeito desde que passamos a utilizar o ERP. Atualmente, as empresas precisam permanecer no topo do seu mercado - o crescente volume de dados, regras, situações de negócios e a necessidade de detectar e responder a ameaças e oportunidades rapidamente estão levando as empresas a implementar cada vez mais um amplo monitoramento, com alertas e decisões adaptativas a cada caso, para melhorar as operações e, consequentemente, os resultados.
Essa demanda por monitoramento, alerta e tomada de decisão adaptativa está fazendo com que fornecedores tragam ferramentas de software inovadoras, de inteligência operacional (IO), para melhorar a visibilidade e a adaptabilidade em tempo real para seus clientes. Segundo a Gartner Research, as plataformas de inteligência operacional estão chegando ao mercado. Para a consultoria, sistemas inteligentes virão, então imagine um ERP com essa inteligência? Estou falando agora de uma nova ERA de ERPs, o “iERP”, ou seja, um ERP com INTELIGÊNCIA OPERACIONAL (IO), com a capacidade de tomar decisão e agir imediatamente sobre essas percepções analíticas, através de ações manuais ou automatizadas. A IO é uma categoria de análises de negócios em tempo real, que oferece visibilidade e visão de dados, eventos de fluxo contínuo e operações de negócios. Resumidamente, seria a capacidade de seu ERP monitorar, detectar/alertar, analisar, decidir e resolver quaisquer necessidades de seu negócio. É impossível desenvolver programas em que usuários não cometam erros, e a única opção para isso é o uso de ERPs inteligentes que detectem erros de usuários e os corrijam para evitar prejuízos. SAIBA MAIS 7 mitos desvendados dos sistemas ERPs https://goo.gl/3Sf1ar
O seu ERP pode estar prejudicando o crescimento do seu negócio https://goo.gl/kBvb2m
STELO E ISET OFERECEM CONDIÇÕES ESPECIAIS PARA FUNCIONALIDADES DE MEIOS DE PAGAMENTO.
Stelo e iSET agora são parceiras! A partir de agora os clientes iSET, plataforma de loja virtual mantida no maior Data Center de Cloud Computing do mundo - Amazon AWS, passam a contar com os serviços e taxas diferenciadas da Stelo, empresa de pagamentos digitais do Banco do Brasil, Bradesco e Cielo. No mercado desde 2014, a fintech tem uma solução completa de fácil integração que cuida dos pagamentos de uma loja online com segurança e eficiência. Com essa parceria, os clientes iSET terão acesso a um pacote de benefícios completo, que incluí: aceitação de cartão de crédito e boleto, antifraude e análise de risco gratuitos, vender parcelado e receber à vista, altas taxas de conversão, garantia de recebimento, entre outros. Conheça a Stelo e consulte as regras e condições aplicáveis nos Termos e Condições de Uso no site da Stelo.
VOXUS SMART, PLATAFORMA DE MÍDIA PROGRAMÁTICA COM BUDGET FLEXÍVEL FOCADA EM E-COMMERCES
Líder de mercado em dados e mídia programática para otimização de grandes e-commerces brasileiros, a Voxus inova ao lançar a primeira plataforma para compra de mídia programática com mínimo de investimento de R$100 e totalmente focada em aumentar rentabilidade do e-commerce. Com o Voxus Smart, o e-commerce poderá escolher se deseja fazer suas campanhas focadas em crescimento (topo de funil), ou em rentabilidade (fim de funil). Uma vez escolhido o objetivo, a segmentação das campanhas é otimizada de forma automatizada, o que traz bastante praticidade no dia a dia do profissional de e-commerce. A ferramenta disponibiliza um construtor de banners para facilitar a criação das campanhas e também permite a inserção de peças já prontas. A Voxus está disponibilizando por tempo limitado testes gratuitos para e-commerces que tiverem interesse em testar.
PERSONALIZAÇÃO NA HERING TRAZ RESULTADOS EXPRESSIVOS DE ENGAJAMENTO E CONVERSÃO
Os anos de parceria entre Hering e Linx+Neemu+Chaordic continuam reafirmando o impacto positivo da personalização na experiência de compra dos usuários. Prova disso é o CTOR médio de 26% apresentado pela solução de e-mails personalizados, e o maior engajamento de consumidores que interagem com as vitrines personalizadas: pedidos 28% maiores que dos demais usuários do site e em média 3,4x mais visitas às páginas de produtos da loja. Mas os esforços não param por aí. Rubem Razões, gerente de e-commerce da marca de vestuário, já fala em planos futuros: “A tecnologia da Linx+Neemu+Chaordic nos permitiu personalizar a experiência de compra no nosso e-commerce, impactando positivamente o engajamento, a conversão e a fidelização dos nossos clientes. O desafio agora é estender essa visão ao mundo offline, marcando o próximo passo da Cia. Hering rumo a um relacionamento verdadeiramente omnichannel com nosso consumidor”.
CUSTOMIZE-SE!
Em tempos de engajamento, consumir se transformou em forma de expressão. Cada marca é escolhida a dedo, afinal, mais que um produto, o cliente quer comprar um ideal. Para atender essa demanda, muitas empresas têm buscado alternativas para se aproximar do seu público e oferecer experiências de compra exclusivas. Antecipando essa tendência, a Infracommerce desenvolveu uma funcionalidade inovadora e oferece ao cliente final a possibilidade de criar um produto único. Essa solução já pode ser encontrada em lojas online de Ray Ban, Oakley e Johnnie Walker. Além da ferramenta, a Infracommerce também atende todas as etapas da operação. No Ray Ban Remix, por exemplo, o consumidor customiza os óculos como preferir: modelo, tamanho, cor das lentes, armação e até case e a Infracommerce integra a ferramenta com a operação italiana, onde são produzidos os modelos, e gerencia a distribuição no Brasil.
DROPS DO MERCADO POWERBI NA ENEXT
A implantação do PowerBI na Enext se tornou uma ferramenta de alta eficiência para geração de insights, tanto para uso interno quanto para os clientes. Partindo de uma estrutura de modelagem multidimensional, utilizamos a ferramenta como um hub de dados, na qual consolidamos e integramos informações de diversas plataformas e bases de dados em tempo real. Os usuários podem acessar os Dashboards de onde estiverem, via Mobile ou Desktop, possibilitando estratégias e ações pontuais result-focused. Os clientes passaram a ter uma segurança maior em relação aos seus dados, com o acompanhamento diário da performance e personalização completa das análises. Para a Enext, a ferramenta se tornou um serviço essencial para o business, trazendo essa capacidade de gerenciamento das operações de maneira otimizada e dinâmica. Este é um pilar que está evoluindo exponencialmente. A cada dia, novas integrações e visuais são desenvolvidos com foco nas necessidades analíticas de cada cliente.
SEO EXTREMO: MULTIPLIQUE POR 6 O POTENCIAL DE TRÁFEGO DO SEU E-COMMERCE
Entre as tendências de SEO do último ano estava a maior importância que os algoritmos estão dando aos aspectos de relevância de uma página. Com base nisso, Diego Ivo, CEO da Conversion, desenvolveu uma técnica de otimização que chamou de SEO Extremo — que faz aumentar o potencial de tráfego do seu e-commerce. O SEO Extremo é a prática de em uma única página expandir ao máximo, e sempre de forma relevante para o usuário, as palavras-chave que ela contempla. Dito de uma maneira mais clara, é em vez de otimizar apenas uma palavra, otimizar mais de mil palavras-chave em uma única página. Você poderá multiplicar por 6, ou até mais, o seu potencial de visibilidade na busca orgânica. E qual a razão do sucesso do SEO Extremo? Oferecer conteúdo de melhor qualidade para usuários e tornar esse conteúdo bem indexado pelos mecanismos de busca.
JBL VAI DE F1 HUB
A JBL Brasil, uma das mais importantes marcas de equipamentos de áudio irá utilizar a solução F1 HUB da F1 Soluções. O F1 HUB será responsável pela integração dos dados entre o ERP da empresa, marketplaces e ainda com a plataforma de e-commerce utilizada pela JBL. A Solução F1 HUB mantida pela F1 Soluções é uma solução de gestão de fluxo de dados e que está conectada com mais de 15 marketplaces, 40 soluções de ERP e pode ser conectada a qualquer plataforma ou operação de e-commerce. Conheça mais em: http://www. f1hub.com.br
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A dúvida quanto ao valor de determinada empresa é um questionamento presente na mente do empreendedor que pretende investir, ampliar ou até mesmo iniciar um novo negócio. A valoração do e-commerce possui diversas implicações na rotina do empresário, seja para determinar um parâmetro para negociação da empresa, recebimento de investimento ou, ainda, para cálculo dos haveres devidos a título de dissolução de sociedade. O Brasil é um dos países que registram as maiores taxas de crescimento no e-commerce, o que implica uma grande movimentação do mercado para participar desse setor, sendo imprescindível, nesse ponto, estabelecer previamente o método pelo qual a empresa será avaliada, visando a balizar as diversas negociações que poderão ocorrer. De acordo com os objetivos da avaliação e as informações disponíveis, podem-se calcular vários “valores” diferentes, numérica e conceitualmente, para as empresas, conforme os métodos de avaliação que serão apresentados a seguir. A definição do método de avaliação é uma importante etapa para que se apure o valor da empresa, devendo encontrar-se definida claramente nos contratos, propostas e demais documentos que serão firmados pelos interessados. Como exemplo, para fins de apuração de haveres, no caso de exercício do direito de retirada por sócio (desligamento da sociedade), é importante que, ao iniciar o negócio, os sócios definam no contrato social qual será o método de avaliação da empresa, bem como a forma de pagamento dos haveres, no caso de dissolução da sociedade.
Sobre esse tema, o Poder Judiciário (Superior Tribunal de Justiça - REsp 1239754/RS) já definiu que para a apuração de haveres - levantamento dos valores referentes à participação do sócio que se retira ou que é excluído da sociedade - se processa da forma prevista no contrato social, uma vez que, nessa seara, prevalece o princípio da força obrigatória dos contratos, cujo fundamento é a autonomia da vontade, desde que observados os limites legais e os princípios gerais do direito. Assim sendo, antes de se eleger o método de avaliação que será aplicado, é fundamental a elaboração preliminar de um diagnóstico, no qual devem ser considerados o contexto macroeconômico no qual ele está inserido, seu setor de atuação, seu mercado consumidor, seu desempenho passado e atual, seus aspectos econômicos e financeiros, sociais, jurídicos, fiscais, comerciais, tecnológicos e técnicos, dentre outros elementos. Definido o diagnóstico, passa-se a eleição do método de avaliação, no qual podem ser identificados pelo menos quatro “valores da empresa”, dependendo dos objetivos da avaliação: (i) valor nominal, (ii) valor de negociação, (iii) valor econômico e (iv) valor patrimonial. O (i) valor nominal da participação societária consiste no resultado da divisão do capital social pelo número de quotas. Trata-se de valor descrito no contrato social da sociedade,
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QUANTO VALE SEU E-COMMERCE?
Daniel Soares Gomes Advogado especialista em Direito Tributário daniel@da.adv.b
geralmente na cláusula do capital social, no qual consta a divisão da participação no acervo da empresa. Normalmente, esse método simples de avaliação da empresa não é eleito para valoração do acervo social, uma vez que as mutações no capital social não são espelhadas no contrato social, tornando tal método muitas vezes defasado. O (ii) valor de negociação corresponde ao preço pelo qual o cessionário (ou comprador) está disposto a pagar para o cedente (ou vendedor), titular das quotas ou ações, mediante expressa concordância em receber tais valores para ceder sua participação societária. Esse valor é definido exclusivamente em função do acordo de vontade das partes participantes do negócio. O (iii) valor econômico é calculado para nortear negociações. Os métodos de avaliação referentes ao valor econômico baseiam-se na teoria de que o valor de um negócio pode ser observado em função dos benefícios futuros que ele irá produzir, ou seja, sua capacidade de geração de riqueza futura, mantido o grau de risco de seus ativos operacionais. Como exemplo de métodos que avaliam o valor econômico do negócio tem-se o método de avaliação com base no Fluxo de Caixa Descontado, Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization (EBITDA), avaliação com base no Economic Value Added (EVA), bem como a avaliação com base em empresas similares.
Daniel Soares Gomes é advogado atuante nas áreas tributária, comércio exterior, aduaneiro e societário. Especialista em Direito Tributário pela Faculdade de Direito de Vitória - FDV. Sócio do escritório David & Athayde Advogados.
O perfil das empresas que buscam a avaliação pelo valor econômico engloba aquelas com perspectiva de crescimento em curto e médio prazo, que contam como principais ativos a carteira de clientes e a capacidade de gerar receitas. O e-commerce, muitas vezes, se enquadra nessa característica, pois são negócios promissores, no qual a tendência de crescimento em curto e médio prazo são altas. A divisão do patrimônio líquido da sociedade pelo número de quotas é chamada de (iv) valor patrimonial da empresa ou Book Value. Por sua vez, o valor patrimonial desdobra-se em três outros métodos de avaliação: (a) valor patrimonial contábil (balanço periódico); (b) valor patrimonial contábil em data presente (balanço especial); (c) valor patrimonial real (balanço de determinação). O modelo de avaliação patrimonial contábil pode ser utilizado por empresas cujos ativos mensurados pelos princípios contábeis não divergem muito de seus valores de mercado e que não possuem um Goodwill significativo. O perfil das empresas que elegem o valor patrimonial como método de avaliação da sociedade apresenta um significativo ativo imobilizado (terrenos, imóveis, máquinas, equipamentos, dentre outros), porém sem altas perspectivas de geração de receitas no médio e longo prazo. O setor produtivo (indústrias, fábricas, empresas de extração), normalmente se enquadra nessas características. Portanto, uma importante etapa na consolidação de empreendimentos, investimentos ou mesmo na constituição de sociedades é a definição do método de avaliação diante das diversas técnicas existentes, definindo os parâmetros e as balizas para alcance do valor da sociedade. OUTUBRO 2017
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AS VANTAGENS DE UM E-COMMERCE B2B ivan@webjump.com.br
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Ivan Bastos tem 12 anos de experiência no mercado de e-commerce. Possui MBA em Gestão Estratégica e Econômica de Projetos na FGV e é Cofundador e CEO da Webjump, maior empresa da América Latina no desenvolvimento de e-commerce utilizando a plataforma Magento.
A rápida mudança de comportamento dos consumidores faz, a cada dia, o comércio se reinventar. Impulsionados pela tecnologia e por estarem conectados 24 horas por dia em seus celulares, computadores e tablets, o que não faltam são estratégias por parte dos lojistas para capturar a atenção do consumidor B2C (Business-to-Consumer) e oferecer produtos e serviços dos mais variados segmentos. Mas, antes de chegar às prateleiras, o produto passa por outra relação de consumo, entre a Indústria e o Comércio, ou seja, a relação B2B (Business-to-Business). E é nesse momento que o e-commerce impressiona novamente pela capacidade de se adaptar e ser, também, uma excelente ferramenta de vendas. Facilidade, rapidez e autonomia são as principais vantagens do conceito de com-
pra B2B. Por meio de um e-commerce B2B, o comerciante é capaz de navegar e realizar as suas compras no momento em que desejar, sem depender da visita dos representantes de vendas. Aliás, o que mais agrada aos lojistas é justamente o formato de autoatendimento. Uma pesquisa realizada pela Magento Inc. em 2016 mostra que os clientes preferem um modelo de autoatendimento digital na hora de repor o seu estoque. A pesquisa destaca que 53% dos comerciantes preferem reunir informações online por conta própria, 59% preferem não interagir com um representante de vendas, 74% acham que fazer compras online é mais conveniente e 93% preferem fazer compras online na hora de decidir o que comprar.
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Ivan Bastos Cofundador e CEO da Webjump
53% dos comerciantes preferem reunir informações online por conta própria, 59% preferem não interagir com um representante de vendas, 74% acham que fazer compras online é mais conveniente e 93% preferem fazer compras online na hora de decidir o que comprar As vantagens para a indústria são muitas. Apesar de perder a força da figura do representante de vendas, que estimula o estabelecimento a comprar, por meio de um e-commerce B2B é possível aproveitar todas as vantagens que um uma loja virtual pode oferecer. Para começar, o modelo de comércio digital proporciona ao lojista a oportunidade de realizar as suas compras no momento mais conveniente, com toda comodidade e segurança, não ficando preso à agenda do representante de vendas. Com seus clientes online, a indústria passa a ter e também a disponibilizar uma série de informações relevantes, podendo oferecer produtos de forma personalizada, de acordo com cada estabelecimento. Um comprador do segmento de perfumaria, por exemplo, poderia ter acesso a uma lista dos produtos mais consumidos na sua região de atuação. Seria uma excelente informação e estímulo de compra para o comerciante. Divulgação de novos produtos, promoções, vantagens, programa de pontos e diversos outros benefícios são muito mais difundidos dentro do e-commerce e podem ser visualizados a cada acesso. E tudo pode ser configurado e exibido de acordo com o perfil de cada estabelecimento. Com o uso de um app, também é possível tirar benefício da portabilidade e usar ferramentas como Push Notifications para exibir informações relevantes ao cliente a qualquer momento. Principais diferenças entre lojas virtuais B2B e B2C Mas não pense que desenvolver e manter um e-commerce B2B é igual ao B2C. A forma de navegação, a exibição dos produtos e até mesmo o fluxo de compras podem ser completamente diferentes. Isso porque um comerciante praticamente não realiza compras por impulso. Ele já conhece os produtos e compra de acordo com a demanda de seu estabelecimento. Portanto, não fique preso ao que você conhece sobre UX (User Experience) em um e-commerce B2C. Descrições detalhadas, muitas fotos, textos longos e explicativos
são irrelevantes. O que importa é a praticidade para inserir produtos no carrinho e fechar o pedido. Pense que o estabelecimento fará uma compra grande, com muitos itens para repor o seu estoque. Portanto, o fluxo de navegação padrão de um e-commerce B2C não atende ao B2B. Outro ponto muito importante está na integração entre a loja virtual e os ambientes backend da indústria. A arquitetura do sistema como um todo deve ser muito bem planejada. O consumo excessivo de informações pode deixar o e-commerce lento sem necessidade. Fazer as conexões e as interações somente quando necessário é a chave para garantir a velocidade e o desempenho da plataforma. Lembre-se de que a plataforma de e-commerce é o seu novo vendedor/representante de vendas, e a função dele é tirar pedido. Evite trazer regras de negócios do sistema de backend para a plataforma. Cada sistema deve ter a sua responsabilidade. O e-commerce transformou radicalmente a relação entre consumidor e estabelecimento nos últimos anos. Neste momento, outra relação está sofrendo mudanças, agora entre estabelecimento e fornecedor. E a chave para esse sucesso tem nome: e-commerce B2B. SAIBA MAIS Como o e-commerce pode traduzir a proposta de valor no B2B? https://goo.gl/BV1D8H
Cuidados e dicas para usar as redes sociais para o relacionamento B2B além do LinkedIn https://goo.gl/guzQpM
E-commerce B2B: um caminho sem volta https://goo.gl/Xj3CCw
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DICAS DE LEITURA
Dicas de leitura
Por Vivianne Vilela Diretora Executiva do E-commerce Brasil vivianne.vilela@ecommercebrasil.com.br
REBELDES TÊM ASAS RONY MEISLER Conhecer a Reserva por dentro, vasculhar suas entranhas, mergulhar em sua efervescência... Acreditem, é uma experiência sublime. Recomendo que marquem uma visita e façam um tour pelo Centro de Distribuição, em São Cristóvão, e se preparem para viver um turbilhão de emoções. Basta um diazinho; até mesmo algumas horas! Será como assistir a um documentário ou a um filme de ação, ou passear na Disneylândia. Ali, você vai perceber a adrenalina de um operador de mercado financeiro, o frisson de uma agência de modelos, o charme de uma redação de jornal. No Centro de Distribuição, o entra e sai é frenético; joga-se totó; aprende-se sociologia, antropologia, filosofia; a criatividade pulsa e a emoção aflora. Nesse espaço iluminado por Deus, os diferentes se igualam, o choro é coletivo e a gargalhada é geral. Samba-se, reza-se, cria-se, erra-se, levanta-se, constrói-se. O que é a Reserva? A Reserva é uma história de amor. O amor puro, singelo, das mãos dadas e do algodão-doce. O amor do sexo selvagem, o amor da procriação, da família, do compartilhamento.
NADA EASY TALLIS GOMES Sempre desconfie das fórmulas mágicas! Nestas páginas, você conhecerá a realidade de quem tenta fazer com que uma start-up dê certo no Brasil. Tirar uma ideia do papel é uma arte; fazer isso em um cenário hostil, como o mercado brasileiro, é quase impossível. Escalar seu negócio e crescer exponencialmente é o sonho de todo empreendedor; porém, como fazer isso? Neste livro, Tallis Gomes, fundador da Easy Taxi e da Singu, apresenta o passo a passo das etapas para validar de forma correta a sua ideia, abrir seu empreendimento e fazê-lo crescer, sem desperdiçar tempo e recurso, produzindo algo pelo qual as pessoas não pagariam. Tallis mostra que, assim como ele conseguiu se tornar um empreendedor bem-sucedido, apesar de vir de uma origem muito pobre, uma cidade pequena e de não ter concluído a faculdade, você também pode criar um negócio de sucesso se tiver a coragem e a disciplina necessária para tanto. Aqui você vai aprender: como ter uma ideia viável Como transformar sua ideia em produto, como construir seu time, como se proteger juridicamente, como levantar capital na realidade brasileira, como escalar seu negócio e qual é a hora de vender a empresa.
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SEM LIMITES: A HISTÓRIA DA NETSHOES JOSÉ EDUARDO COSTA O livro conta como se deu a migração da loja de rua para o comércio eletrônico, os sucessivos desafios superados pelos primos – das conversas para a compra da plataforma de e-commerce com os americanos, sem que nenhum dos sócios falasse inglês, à montagem do primeiro centro de distribuição automatizado. Aqui você conhecerá também os principais percalços dos empreendedores, da falência da loja em um shopping à mal sucedida experiência da Sambashoes, a primeira iniciativa da Netshoes (que hoje opera na Argentina e no México) para conquistar mercados internacionais. A entrada dos fundos de investimento e a dura profissionalização que se seguiu também é parte desta intrigante história de sucesso. A disputa com a concorrência financiada por fundos de investimento, o esforço para se tornar lucrativa e as sucessivas reestruturações para se manter na liderança tornam a história da Netshoes, um caso único no comércio eletrônico brasileiro.
CHIC PROFISSIONAL: CIRCULANDO E TRABALHANDO EM UM MUNDO CONECTADO GLÓRIA KALIL Um guia completo para encontrar a melhor forma de convivência na vida profissional. Vivemos em um mundo conectado. Temos mais intimidade com a ideia de circular por aí do que qualquer outro habitante da Terra jamais teve. Empresas se fundem, trocam experiências, fazem negócios e precisam de pessoas preparadas para enfrentar esse cenário cada vez mais dinâmico. Mas essa é uma realidade recente, um código de convivência que está sendo escrito e constantemente modificado, e que traz muita insegurança. Com uma extensa pesquisa e o seu toque especial, Gloria Kalil reúne aqui todas as dicas que você precisa ouvir para ser feliz e eficiente na sua profissão. Como elaborar um bom currículo, de que maneira agir em entrevistas, que roupa vestir no dia a dia, como lidar com celular, e-mail e redes sociais, como enfrentar almoços, jantares e a fatídica festa da firma - esses são apenas alguns dos aspectos abordados neste livro, um guia completo e único para quem precisa encontrar seu lugar nessa nova arena.
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DIRETÓRIO AGÊNCIAS ESPECIALIZADAS E SEARCH BEST www.best.com.vc
Agência especialista em estratégias digitais focadas na geração de contatos e/ou vendas para seus clientes, bem como posicionamento para branding. A BEST Marketing de Performance conta com uma equipe dedicada multidisciplinar com expertise em: planejamento estratégico, consultoria de e-commerce e marketing digital, mídia online, criação conceitual e visual, usabilidade, SEO, programação HTML/ CSS, implementações em WordPress e implementação de e-commerce em diversas plataformas. As soluções BEST também estão disponíveis para pequenas empresas através da unidade de negócios Super PME.
CADASTRA www.cadastra.com.br
Agência de marketing digital full service especializada em performance, orientada a resultados e pioneira em SEO e Paid Search, a Cadastra está presente no mercado há 17 anos. A empresa trabalha com marcas como Samsung, Vivo, Salesforce, Lojas Renner, PDG, Lojas Colombo, Novo Mundo, Insper e Médicos Sem Fronteiras, entre outras. Desde 2012, a Cadastra foi eleita 5 vezes como um Great Place To Work - uma das melhores agências de comunicação para se trabalhar no Brasil.
CONVERSION www.conversion.com.br
A Conversion é uma agência digital especialista em Search Engine Marketing e líder em SEO no Brasil. Com a missão de integrar canais digitais para tornar marcas mais valiosas, a Conversion desenvolve estratégias considerando a jornada do consumidor, definindo objetivos claros e sempre trabalhando com foco em vendas, unindo performance, comunicação e criatividade em suas ações. Fundada em 2011, possui em sua carteira de clientes marcas como ViajaNet, Brastemp, Consul, ShopFácil, JAC Motors, WebMotors, Wine.com.br, STR Ar-condicionado, Artwalk, entre outras.
E-CAN www.agenciaecan.com.br
A e-Can é uma agência digital com foco 100% em performance e que tem como diferencial trabalhar as mídias de forma sustentável, crescente e com o comprometimento na entrega do resultado de cada cliente. Algumas empresas que trabalham são: IBM, Sephora, Leiturinha, Enjoy, Pandora, Leader, Casa&Vídeo, Toque a Campainha e outros. Também oferecem o serviço de implementação de e-commerce na plataforma VTEX, pensando na interface, experiência de uso e desenvolvimento, sempre voltados para performance.
SCORE MEDIA www.scoremedia.com.br
A Score Media é uma Agência de Marketing Digital Google Partner Premier com foco em Links Patrocinados e otimização de site para buscadores (SEO). É formada por profissionais que atuam há mais de 8 anos no e-commerce brasileiro, participaram de projetos como Netshoes, Hope Lingerie, Gradiente, Altenburg, Nespresso, Creative Cópias, Meia de Seda, Elsys, Gallerist, Amend, Planet Girls e muitos outros. Vencedora do prêmio Winner Internacional 2017 e ABCOMM 2016, atende E-commerce’s B2B e B2C, desde varejo até grandes indústrias, saiba mais em www.scoremedia.com.br.
SLI SYSTEMS www.sli-systems.com
A SLI Systems possibilita que varejistas atinjam mais vendas e clientes mais satisfeitos. Acelera o e-commerce de 3 maneiras: gerando mais tráfego, convertendo mais visitantes em compradores, e aumentando o ticket médio. Isso através de uma patenteada plataforma de aprendizagem baseada na nuvem, que prevê o que os visitantes tendem a comprar naquele exato momento. A SLI Systems opera em mais de 1.000 websites, com parceiros nos 5 continentes e em 20 idiomas. Sua infraestrutura baseada em SaaS oferece confiabilidade, performance, e segue rigorosamente parâmetros de conformidade aos varejistas mais conceituados no mercado digital.
ATENDIMENTO HI PLATFORM www.hiplatform.com
A Hi Platform é a maior plataforma de relacionamento e engajamento com o consumidor do Brasil. Com escritórios em São Paulo (SP) e Blumenau (SC), a empresa é resultado da fusão entre a Direct Talk, líder em atendimento digital do país, e a Seekr, uma das principais startups do Brasil. Com mais de 700 clientes, a Hi Platform oferece um portfólio completo de soluções para companhias de todos os portes, que podem aprimorar e expandir seus canais digitais de relacionamento com o consumidor.
NEOASSIST neoassist.com
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Presente no mercado desde 1999, a NeoAssist é líder no desenvolvimento de soluções inovadoras para atendimento e relacionamento entre empresas e consumidores. A empresa desenha a solução perfeita para o seu SAC, com tecnologia avançada e serviços de excelência. A plataforma NeoAssist é utilizada pelas principais lojas e centrais de atendimento do país. Seu sistema Omnichannel é composto por módulos como Atendimento Inteligente, E-mail, Chat, Telefonia, Workflow e Facebook. Os canais de atendimento são integrados em uma única plataforma, com interface simples, intuitiva e inteligente.
ZENDESK www.zendesk.com.br
A Zendesk fornece software em nuvem para aproximar organizações e clientes. Com mais de 101 mil empresas em seu portfólio, os produtos da Zendesk são utilizados por organizações em 150 países para fornecer suporte em mais de 40 idiomas. Fundada em 2007 e sediada em São Francisco, a Zendesk tem operações nos Estados Unidos, Europa, Ásia, Austrália e América do Sul.
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DIRETÓRIO
BACKOFFICE/ERP E-MILLENNIUM www.e-millennium.com.br
O e-Millennium ERP omnichannel se tornou o sistema de gestão preferido das organizações, pois ajuda a planejar, gerenciar e controlar desde startups até complexas operações omnichannel. Dentre os diferenciais oferecidos, há o planejamento de compras e demanda, PDV omnichannel, gestão financeira, estoques, fiscal, partilha ICMS, contábil, além de uma completa suíte para tomada de decisões com BI, dashboards, KPIs, workflows personalizáveis, open to buy, wms, SAC etc. Integrado a mais de 30 plataformas e aos principais marketplaces. Faça melhor com e-Millennium ERP omnichannel!
MERCADO BACKOFFICE www.mercadobackoffice.com.br
O Mercado Backoffice sempre teve em seu DNA o e-commerce. Nascido com o nome de KPL, uniu-se ao Mercado Livre em 2015. A empresa disponibiliza sistemas de gestão com soluções completas para o comércio eletrônico, capaz de atender de forma eficiente seus clientes dos mais diversos portes e segmentos.
Pantone BLACK Pantone 7467C
CONSULTORIA E PLANEJAMENTO
Pantone Cool Gray 7
ENEXT www.enext.com.br
A Enext é líder em consultoria full service focada em resultados para comércio eletrônico e negócios digitais. Tem mais de 9 anos de experiência e 350 clientes atendidos, como Sephora, Ambev, Arezzo&CO, Fnac, Canon e Bauducco. Atendendo seus clientes de forma 360°, a Enext oferece os serviços de planejamento estratégico, implantação e gestão de mudança, SEO, mídia, design, CRO, programação front-end e CRM. Desenvolvem também ferramentas para facilitar a operação de e-commerce, com a solução E-commerce Cloud, que possui ferramentas como dashboard, smart campaign e tracker.
ITELIOS www.itelios.com.br
A Itelios é uma consultoria francesa de tecnologia, parceira das plataformas Salesforce, Magento, VTEX e Drupal/Acquia. Fornece soluções inovadoras no mundo do comércio conectado (omnichannel). Premier Partner Salesforce Commerce Cloud, atua em implementações de e-commerce e conteúdo conectado para grandes marcas como Lacoste, Casino, L’Oreal, Kenzo, Gafisa, Saint Gobain e Claro Telecom. Além da vasta experiência com projetos multi-países, moedas e idiomas, diferencia-se pela construção de uma equipe apaixonada por tecnologia, apoiando-se nos valores de excelência e comprometimento.
E-MAIL MARKETING ALL IN allin.com.br
Utilizada pelos maiores e-commerce dos País, a All iN é uma plataforma de marketing de relacionamento digital que oferece recursos de e-mail marketing, SMS, social e push campaing com foco em análise comportamental para melhoria de rentabilidade. Especialistas em prestar serviços para e-commerces, a empresa tem mais de 40 gatilhos comportamentais e um algoritmo de recomendação responsável por incrementar a venda de seus clientes em até 35%. Tudo em uma única plataforma. Tudo na All iN.
SPLIO www.splio.com
A SPLIO é uma empresa de software de marketing em modo SaaS dedicada ao Varejo. Sua Plataforma de Retail Marketing Cloud une todos os componentes essenciais para implementar um hub de cliente digital e gerenciar estratégias em tempo real de omnichannel, com e-mail marketing, SMS, push, programa de fidelidade, aplicativo in-store e outros. Com mais de 500 varejistas globais e locais como parceiros, a SPLIO desenvolveu uma plataforma exclusiva que permite alinhar todos os departamentos de uma empresa e assegurar uma consistente abordagem centrada no cliente.
FULL MANAGEMENT INFRACOMMERCE www.infracommerce.com.br
Fundada em 2012, a Infracommerce é especializada em negócios digitais e traz ao mercado um conceito diferenciado, que abrange 3 centros de competência em um único lugar: plataforma omnichannel, operações e marketing & vendas. Atuando em verticais que englobam Plataforma, Marketing, Conteúdo, Pagamento, Logística e SAC, atende todas as etapas de implementação e operação de um e-commerce, entregando maior performance com menor investimento. Possui Full Service, performance em marketing digital e é referência em projetos B2B e B2E na América Latina.
PROMO COMMERCE www.promocommerce.com.br
Embarcar no e-commerce pode ser decisivo para seu negócio. Portanto, antes de qualquer decisão, fale com a Promo Commerce. Eles têm a solução específica para você, trabalhando com todos os aspectos do e-commerce. Desde a criação do site, passando por armazenagem e envio, até gestão das plataformas. A Promo Commerce tem analistas com experiência em diversos tipos de projetos. Acredite, eles têm a solução específica para seu negócio. O projeto é construído juntamente com o cliente. Transparência total durante todo o projeto.
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SELIA www.selia.com.br
O time da SELIA sabe criar e gerir negócios em e-commerce com a sua marca e uma engenharia especializada. É o full commerce feito com mais precisão, mais bem planejado. A SELIA avalia a necessidade de cada cliente e coordena os serviços necessários para que o negócio prospere. Que serviços são esses? Supply Chain, Marketing, Data Intelligence, Customer Experience, Operacional e Engenharia Financeira. Seu know-how em tecnologia, inteligência de negócios, metodologia e gestão operacional garantem o sucesso de seus clientes.
SYNAPCOM synapcom.com.br
A Synapcom é líder no mercado de full service para e-commerces. Dentro de uma estrutura 100% própria, a empresa oferece know-how e serviços em um só lugar, cuidando do planejamento à gestão, com uma estrutura integrada, garantindo excelente qualidade de serviço e eficiência. A empresa possui, atualmente, um portfólio composto por mais de 40 clientes, que compreende alguns dos maiores players do mercado nacional e mundial da indústria, moda, beleza e life style.
VIA VAREJO marketplace.br.cnova.com
Via Varejo Marketplace, Soluções e Serviços é a empresa completa e conta com uma equipe de especialistas para tornar seu negócio ainda melhor.As Soluções: Marketplace, Ads, eHub e B2B. Com o Marketplace, seus produtos expostos nos maiores portais de e-commerce do país: Extra, Pontofrio e Casas Bahia. Ads é a unidade dedicada à veiculação de mídias. Campanhas veiculadas através de venda direta ou mídia programática. eHub é a melhor solução Full Commerce. Soluções customizadas e diversificadas para cada tipo de empresa. Para promover novas oportunidades de negócios, conte com as Soluções Corporativas B2B.
LOGÍSTICA EU ENTREGO www.euentrego.com
Eu Entrego é um aplicativo que conecta negócios a uma comunidade de entregadores independentes que oferecem uma alternativa segura, flexível e de baixo custo para realizar entregas para o comércio eletrônico. Apelidado de Uber da entrega, o Eu Entrego conta com uma rede de entregadores prontos para coletar itens e fazer o delivery no modelo de Social Delivery. O custo do frete em media é 15% menor que os modelos tradicionais de transporte. Além disso, o aplicativo conta com o recurso de geolocalização, que permite ao usuário acompanhar a entrega em tempo real e seguro para casos de roubo ou avaria.
GLP www.glprop.com.br
Líder em instalações logísticas modernas com presença na China, Japão, EUA e Brasil, a GLP gerencia um portfólio de 53 milhões de m², servindo mais de 4.000 clientes. Os parques estão localizados estrategicamente nos principais centros logísticos, industriais e de distribuição urbanos. A GLP se dedica à melhoria da logística para que os clientes alcancem melhor eficiência. No Brasil, a GLP gerencia uma rede de ativos imobiliários em 36 cidades, em 10 estados, com 3,6 milhões de m² de área total locável.
INTELIPOST www.intelipost.com.br
A Intelipost é a plataforma líder no Brasil em gestão de fretes. Suas soluções integram embarcadores (como e-commerce, varejo e indústria) e transportadoras, proporcionando uma visão completa das entregas. Suas principais funcionalidades são: cálculo de frete, gestão de despacho, rastreamento de entregas, auditoria de faturas e reembolso dos Correios, além de ferramentas de business intelligence e serviços de consultoria em logística. Os principais benefícios a seus clientes são redução de custos, visibilidade em tempo real de todas as entregas e ferramentas desenhadas para facilitar o crescimento do negócio.
LOGGI www.loggi.com
Fundada em 2013, a Loggi é uma plataforma digital de entregas expressas que atende diversos segmentos como empresas, restaurantes e e-commerces com vans e motos. Para as lojas virtuais, a empresa possui uma solução de same-day-delivery, que possibilita entregas no mesmo dia (D 0) ou no dia seguinte (D+1) de forma simples, ágil e com preços acessíveis. Com tecnologia avançada, a Loggi oferece uma solução completa: integração fácil com a plataforma do cliente, coleta de produtos direto no CD e entrega aos consumidores com acompanhamento em tempo real.
PIER8 www.pier8.com.br
O Pier8 é uma boutique de logística para e-commerce e isto significa que tratam seu negócio como se fosse deles. Cuidam de sua logística para que seu foco seja em suas vendas. Seu espaço de armazenagem é seguro, individualizado, privativo e flexível, tanto em área Comum quanto em área com licença da ANVISA para cosméticos, produtos de saúde, alimentos e bebidas. Usam sua expertise para entregar soluções logísticas fulfilment para operações de todos os tamanhos. Quem tem o Pier8 como parceiro precisa pensar em vendas; da logística eles cuidam.
TRANSFOLHA www.transfolha.com.br
Uma empresa do Grupo Folha e integrante da maior REDE de distribuição porta a porta do Brasil, a Transfolha oferece soluções singulares e eficientes nos processos de logística para operações de B2C, B2B, jornais, periódicos e livros. Com capacidade para atender dos pequenos aos grandes fabricantes, comerciantes de produtos vendidos na plataforma online / e-commerce e lojas físicas, a rede Transfolha conta com uma ampla estrutura de logística, armazenagem, distribuição e soluções web em suas unidades estrategicamente localizadas nos principais estados do País.
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DIRETÓRIO
MARKETING E VENDAS AFILIO www.afilio.com.br
A Afilio é a rede de performance que mais entrega vendas e leads no Brasil e na América Latina. Fundada em 2008, a empresa reúne mais de 50.000 afiliados e 400 anunciantes, incluindo 90% das maiores operações do e-commerce brasileiro. Com modelos comerciais variados, os clientes podem optar por campanhas CPA, CPL, CPC, CPD, CPI, entre outras. A Afilio também possui uma extensa rede de parceiros de vídeo e mobile para garantir a melhor performance nessas plataformas.
AWIN www.awin.com/br
A Awin, rede global de afiliados, conecta consumidores com marcas em mais de 180 países ao redor do mundo. A marca vem da união das duas redes Affiliate Window e zanox, e opera nas verticais de varejo, telecomunicações, viagens e finanças. Com 900 colaboradores e 15 escritórios ao redor do mundo, Awin possui atualmente uma base de 100.000 afiliados ativos e 6.000 anunciantes. No ano de 2016, o grupo gerou €6.2 bilhões em receita para seus anunciantes e €377 milhões para os seus afiliados.
B2WADS www.b2wads.com
O B2WAds é a plataforma de anúncios do B2W Marketplace. Nele você destaca seus produtos nas principais páginas da lojas Americanas.com, Submarino e Shoptime, aumentando a visibilidade e impulsionando suas vendas. O B2WAds funciona no modelo de CPC - você só paga quando clicarem sobre seu anúncio. Não há valor fixo ou mínimo para investimento. A interface da plataforma é intuitiva e disponibiliza relatórios completos de performance para otimização em tempo real. Algumas das métricas que compõem estes relatórios são: impressões, cliques, taxa de conversão e ROI.
BUSCAPÉ www.buscape.com.br
Por ser pioneiro e ter uma vasta expertise em comparação de preços e matching de produtos e lojas, o Buscapé passa a oferecer um novo modelo híbrido e inovador, com a nova opção de comprar dentro do Buscapé, para que o lojista possa, além de publicar as ofertas, vender seus produtos diretamente na plataforma do Buscapé, potencializando a conversão e garantindo um retorno sobre o investimento. Impulsionar negócios para seus parceiros encantando os consumidores: é isso que esse novo Buscapé representa. Tal como fez há 18 anos, o Buscapé está evoluindo para impulsionar a evolução de todo o Mercado digital.
KWANKO br.kwanko.com
Presente em 18 países, o Grupo Kwanko é uma multinacional francesa com 250 colaboradores e que possui três tecnologias próprias de performance marketing. Atua no Brasil desde 2010. Sua missão é de captar novos clientes mobile e desktop para os maiores anunciantes do mundo. A Kwanko agrega tecnologias e mídias inovadoras para acelerar negócios e trazer ROI, e o modelo de negócio oferecido pelo grupo é baseado na performance marketing, ou seja, os anunciantes só pagam pelos resultados.
NOTIFY notify.ag/br/innovation-marketing-intention
Uma agência inovadora, nascida a partir da convergência entre tecnologia e o branding. De origem francesa, está presente em 4 países, e no Brasil há 7 anos. Especialista em aquisição e ativação de dados, traça as melhores estratégias digitais, utilizando tecnologia própria e principais canais de e-mail para melhor performance das campanhas de aquisição, retenção, conversão, retargeting e reativação de clientes. A agência assegura que a qualidade de tráfego, leads e experiência do usuário se mantenham como prioridade! Aumente suas vendas utilizando a expertise da Notify.
PMWEB www.pmweb.com.br
A Pmweb é uma empresa de data driven marketing apaixonada por CRM. Conta com especialistas em criação, estratégia e tecnologia para ajudar as marcas a criarem relacionamentos diretos e sólidos com os seus consumidores. A Pmweb une o ciclo de vida do cliente ao funil da conversão, buscando a otimização da experiência e da receita através da visão 360° dos consumidores. É controlada pela Wunderman, uma das principais agências digitais do mundo e membro do Grupo WPP.
SHOPBACK www.shopback.com.br
A ShopBack é uma multiplataforma “SaaS” única que usa tecnologia de big data, recommendation e personalização para reter, re-engajar e recapturar. Tecnologia avançada facilmente ativada em 5 minutos e presente em mais de 900 sites pelo mundo, a ShopBack usa inteligência de big data, inteligência artificial e deep learning para reter, re-engajar e recapturar seus usuários, transformando-os em clientes e aumentando em média 35% a conversão dos sites. São diferente em tudo que você já viu!
SKYHUB www.skyhub.com.br
A SkyHub é líder no mercado de integração de ERPs e plataformas de e-commerce com os principais Marketplaces. A empresa tem como propósito ajudar diferentes perfis de varejistas a alavancarem suas vendas, aproveitando todas as oportunidades e benefícios de se tornar um seller em Marketplaces. Com uma tecnologia robusta e intuitiva, auxilia na automatização de todos os dados dos pedidos e produtos. Trata-se da única ferramenta com serviço de frete integrado. Além disso, permite a gestão integrada de estoque, produtos e pedidos em um único lugar.
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TRUSTEDCOMPANY business.trustedcompany.com.br
A TrustedCompany é uma plataforma de avaliações, e tem como objetivo tornar as experiências de compra na internet mais transparentes e confiantes. Através da coleta de reviews dos seus clientes, te ajudam a construir sua Reputação Online, impulsionando suas vendas e otimizando os investimentos de marketing. Interaja com seus clientes, respondendo aos comentários e mostre sua credibilidade na sua loja online, redes sociais e Google Adwords. Colete, gerencie e compartilhe avaliações. Não é você que está dizendo que oferece um serviço confiável e transparente, são seus clientes falando por você!
VOXUS www.voxus.tv
A Voxus é uma empresa de tecnologia focada na coleta e processamento de dados para otimização de inventário display no mercado de e-commerces. Processando dados de 60 milhões de brasileiros, a Voxus aumenta as vendas de mais de 100 e-commerces de médio e grande porte e foi eleita em 2016 como Promessas Endeavor e IBM Global Entrepreneurs. Fale com a Voxus e entenda como a solução pode ajudar o seu e-commerce a aumentar o ROI do seu investimento em mídia display.
YOURVIEWS www.yourviews.com.br
Sua ferramenta de reviews! A Yourviews é a mais completa solução de avaliação de produtos para sua loja virtual. Publique avaliações, tire dúvidas dos produtos e conheça melhor o seu cliente. Com as avaliações, você aumenta a taxa de recompra em até 50%, aumenta o ticket médio e melhora o desempenho em SEO. Através de perguntas e respostas, você tira dúvidas dos potenciais clientes e aumenta sua taxa de conversão. Exiba o selo Loja Confiável - exclusivo para lojas bem avaliadas - o selo irá te ajudar a ganhar credibilidade e aumentar suas vendas.
MARKETPLACE B2W MARKETPLACE www.b2wmarketplace.com.br
A B2W Digital é líder em comércio eletrônico na América Latina. A companhia opera por meio de uma plataforma digital, com negócios que apresentam forte sinergia e um modelo único, multicanal, multimarca e multinegócio. Com o B2W Marketplace, vendedores expõem seus produtos na Americanas.com, Submarino e Shoptime - que recebem, juntas, 610 milhões de pageviews, gerados por seus 59 milhões de visitantes únicos todos os meses. Assim será possível atingir um número muito maior de clientes qualificados, além de contar com a tecnologia, a segurança e o atendimento do maior grupo de e-commerce da América Latina.
MAGAZINE LUIZA www.magazineluiza.com.br/marketplace
O e-commerce do Magazine Luiza é um dos que mais cresce no Brasil. O Marketplace é uma excelente oportunidade de negócio para lojistas de todos os tamanhos. Seja um parceiro! Acesse o site e faça o seu cadastro.
MERCADO LIVRE www.mercadolivre.com.br
O mercadolivre.com é o maior e mais completo marketplace da América Latina, com 159 milhões de usuários e mais de 7 mil vendedores, incluindo grandes marcas. A cada segundo, seis vendas são realizadas na plataforma. É um dos 50 sites com mais page views do mundo, segundo a ComScore Networks, e a plataforma de varejo líder em visitantes únicos em cada um dos 19 países onde atua. Ao todo, são mais de 40 milhões de ofertas em tempo real, distribuídas em 2.800 categorias e subcategorias de produtos, entre elas: Acessórios para veículos; Casa e Decoração; Moda e muito mais.
WALMART marketplace.walmart.com.br
Quer vender seus produtos no site do maior varejista do mundo? O marketplace do Walmart.com é um jeito rápido, prático e seguro da sua loja virtual vender mais. Seu cliente contará com o padrão de atendimento Walmart e você com uma equipe dedicada para ajudar sua loja a apresentar a melhor oferta ao consumidor sempre. Acesse https://marketplace.walmart.com.br/ e cadastre sua loja agora mesmo.
MONITORAMENTO E PRECIFICAÇÃO PRECIFICA precifica.com.br
A Precifica é uma empresa brasileira fundada em 2013, especializada no monitoramento de preços do e-commerce e precificação dinâmica. Oferece soluções para varejistas se tornarem mais competitivos no mercado, além de soluções para indústrias que se preocupam com o posicionamento de suas marcas e marcas concorrentes. Além de oferecer soluções para pequenas e médias empresas, a Precifica também suporta ambientes de missão crítica com a geração de dados consistentes para a tomada de decisões nas áreas de pricing e inteligência competitiva de grandes operações de e-commerce presentes no Brasil.
WEBGLOBAL www.webglobal.com.br
A Webglobal é a melhor ferramenta de monitoramento de preço, análise de sortimento e precificação. Através dela, a indústria e o varejo verificam o histórico de preço, produtos substitutos, disponibilidade, design, preço sugerido, ofertas no marketplace e BuyBox. São mais de 50 milhões de ofertas monitoradas diariamente em tempo real, possibilitando criar estratégias que gerem lucro e aumentem as margens. Integrações via API, relatórios customizados e informações relevantes fazem com que grandes marcas utilizem a WebGlobal como um parceiro estratégico para alcançar resultados diferenciados.
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PAGAMENTO CIELO www.cielo.com.br/ecommerce
A Cielo é líder em pagamentos eletrônicos na América Latina e uma das maiores do mundo em seu setor. Com um posicionamento multisserviço e multicanal, está presente em todo o país nas lojas físicas, no celular e é responsável por mais de 70% do e-commerce brasileiro. Uma empresa que investe continuamente em tecnologia, segurança e tem a inovação em seu DNA, a Cielo entrega um portfólio de soluções completas que agregam valor ao negócio de seus clientes - mais de 1,7 milhão de pontos de venda ativos em todos os canais, desde o microempreendedor individual até as grandes redes varejistas.
ELO www.cartaoelo.com.br
Primeira bandeira 100% brasileira lançada pelo Banco do Brasil, Bradesco e CAIXA em 2011. Possui aproximadamente 110 milhões de cartões emitidos, aceita no Brasil por 2,9 milhões de estabelecimentos ativos e também a primeira bandeira nacional a ter aceitação internacional. Elo é aceita em 185 países ao redor do mundo, através da parceria com a rede Discover, com mais de 39 milhões de estabelecimentos, além de saques em 1,8 milhão de caixas eletrônicos. Oferece uma ampla variedade de produtos e serviços para todos os públicos.
EQUALS www.equals.com.br
A Equals é líder de mercado em conciliação de vendas com cartões, boletos e outros meios eletrônicos de pagamentos. É a única plataforma certificada SSAE/16 – SOC 1 Tipo II, o que garante a segurança das informações financeiras e contábeis da sua empresa em nível mundial. Sua plataforma é baseada na nuvem e pode ser acessada a partir de qualquer navegador - seja computador, tablet ou smartphone -, podendo ser operada a qualquer hora e de qualquer lugar, com baixo custo de adoção e curto prazo de implantação.
MASTERCARD www.mastercard.com.br
Empresa de tecnologia com foco na indústria global de pagamentos. Opera a rede de processamento de pagamentos mais rápida do mundo, conectando consumidores, instituições financeiras, comerciantes, governos e empresas em mais de 210 países e territórios. Os produtos e soluções da Mastercard tornam as atividades diárias – tais como: fazer compras, viajar, administrar um negócio e gerir as finanças – mais fáceis, seguras e eficientes para todos.
MUNDIPAGG www.mundipagg.com
A MundiPagg é uma plataforma que gera negócios através da tecnologia em pagamentos. São oferecidas diversas soluções para você proporcionar a melhor experiência de pagamentos para os seus clientes. A API da Mundi oferece serviços flexíveis pra você receber pagamentos inteligentes, gerar assinaturas, escolher o melhor checkout para o seu negócio e ainda gerir sua carteira de clientes.
PAGAR.ME pagar.me
O Pagar.me fornece soluções de pagamento adaptáveis a qualquer modelo de negócio. Tudo isso da maneira mais eficaz para atender a sua necessidade. Em 2017, foi eleito melhor meio de pagamento digital (BR Week) e melhor serviço em e-commerce (Prêmio ABComm de Inovação Digital). Atualmente, contribui com o crescimento de mais de 2.000 clientes, entre eles Magazine Luiza, MaxMilhas, Loggi, Ambev, BRF e Red Bull.
PAGBRASIL www.pagbrasil.com
A PagBrasil é uma plataforma online de pagamentos com serviços de gateway e intermediação. Sua ampla gama de formas de pagamento inclui o exclusivo Boleto Flash™ com tecnologia responsiva. A infraestrutura de ponta, processando transações de empresas de diversos ramos, proporciona formas flexíveis de integração, com extensões para Vtex, Shopify, WooCommerce, Magento e outros. A empresa oferece um conjunto completo de serviços especialmente pensados para alavancar as vendas online e se destaca pela atenção individualizada e a personalização dos serviços.
PAGSEGURO pagseguro.uol.com.br
Empresa pioneira e líder no mercado brasileiro de meios de pagamentos online com mais de 600 mil lojas cadastradas e 40 milhões de compradores, o PagSeguro, do UOL, é a solução completa para vender dentro e fora da internet. Possui a maior variedade de meios pagamentos do mercado, como cartões de crédito e débito, transferências bancárias e boleto, incluindo parcelamento das suas vendas em até 18 vezes. O PagSeguro é uma empresa do UOL, o líder da internet brasileira, com 20 anos de existência. É muito mais credibilidade e vendas para o seu negócio.
PAYPAL www.paypal.com/br
O PayPal é líder mundial em pagamentos online. Com 203 milhões de contas ativas, está presente em mais de 200 mercados e é aceito em milhões de estabelecimentos ao redor do mundo. Com PayPal, o lojista (seja ele um e-commerce, um blog ou uma página de rede social) passa a aceitar pagamentos com cartão de crédito e também via débito em conta corrente ou por e-mail. Basta integrar o PayPal no site do seu estabelecimento. É simples, rápido e seguro.
PAYU www.payu.com.br
PayU é um fornecedor global de serviços de pagamento on-line que atua em 16 países da Ásia, Leste e Centro Europeu, América Latina, Oriente Médio e África. A empresa é líder na América Latina com mais de 60 mil clientes e com mais de 10 anos de experiência. A PayU tem a mais completa solução de meio de pagamento e sistema antifraude que permite que seus clientes recebam seus pagamentos de forma simples, rápida e segura por meio de mais de 70 opções de pagamento disponíveis na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México, Panamá e Peru.
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REDE www.userede.com.br
Empresa do conglomerado Itaú, a Rede é uma das principais responsáveis pela captura de transações de crédito e débito das grandes bandeiras nacionais e internacionais. Oferece diversas soluções para seus clientes, desde a loja física à virtual. São diversos produtos e serviços para aumentar o desempenho de seus negócios, como solução de meios de pagamento online, antecipação de recebíveis, disponibilização de terminais, entre outros. Há 20 anos no mercado, é protagonista de uma constante evolução nos meios de pagamentos digitais no país.
STELO www.stelo.com.br
Lançada em 2014, a Stelo é uma empresa de pagamentos digitais de dois dos maiores bancos do país (Banco do Brasil e Bradesco) e da Cielo. A companhia tem uma solução completa, de fácil integração e implementação, voltada para o e-commerce. Com a plataforma criada pela Stelo, os sites podem oferecer diversas formas de pagamento em um único lugar, processar, analisar e autenticar todas as transações com segurança, livrando-se dos riscos de fraudes*, e assim aumentar as conversões de vendas. (*Consulte regras e condições no site da Stelo).
STONE www.stone.com.br
A Stone é uma empresa de tecnologia de pagamentos criada por empreendedores brasileiros que desenvolvem o e-commerce há mais de 15 anos. Muito além da adquirência, oferece soluções inteligentes, conhecimento relevante e o atendimento que todo cliente merece. O objetivo é elevar a barra do mercado para que o empreendedor tenha poder de escolha e transforme seu potencial em potência.
PERSONALIZAÇÃO LINX www.linx.com.br
Com mais de 30 anos de atuação, a Linx oferece soluções variadas para o segmento de e-commerce e, com a aquisição da Chaordic e Neemu, incrementou o seu portfólio também com vitrine de recomendação, busca e e-mails personalizados. As soluções atendem as obrigações fiscais, agregam valor ao negócio e são integradas com os sistemas de ERP e POS da Linx, tornando o Omni Channel uma realidade.
PLATAFORMAS BIS2BIS www.bis2bis.com.br
A Bis2Bis é a maior empresa do Brasil especializada no desenvolvimento de lojas virtuais em Magento, sendo a solução mais completa do mercado. Referência no comércio eletrônico nacional, com mais de 1.700 lojas implementadas, a Bis2Bis é certificada pelo programa capacitivo de desenvolvimento de software, apoiado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). A equipe é comprometida com o resultado e expert quando o assunto é indexação! O objetivo? Transformar negócios nos próximos cases de sucesso!
CIASHOP BY TOTVS www.ciashop.com.br
A Ciashop by TOTVS é uma das pioneiras em soluções de e-commerce no mercado brasileiro. Hoje, apoiada pela TOTVS, líder absoluta no mercado SMB na América Latina, a empresa consegue entregar uma experiência completa, do e-commerce às vendas nos principais marketplaces. Tudo integrado às soluções TOTVS e outros ERPs do mercado.
DCG www.dcg.com.br
A DCG - Digital Commerce Group - com uma década de experiência, é uma das maiores fornecedoras de soluções para e-commerce do Brasil, com foco no desenvolvimento de soluções tecnológicas para a venda digital. É detentora de três notáveis plataformas do mercado, a EZ Commerce, CORE e Octopus, e seu portfólio é composto por grandes marcas como General Eletric (GE), ThyssenKrupp, Piccadilly, Ramarim, Shopfísio e centenas de outros clientes. Além de soluções completas, a DCG conta com uma equipe técnica e de negócios, especializada em fornecer total suporte ao e-commerce de seus clientes.
DOTSTORE www.dotstore.com.br
A Dotstore é uma plataforma de e-commerce com 9 anos de mercado, omnichannel, com um ambiente para vendas mobile nota máxima em usabilidade pelo Google e integrada aos principais marketplaces do mercado. Possui centenas de clientes ativos em sua plataforma. Com o intuito de aumentar as vendas e conversões de seus clientes, possui um departamento especializado nas mais sofisticadas técnicas de design e criação de layouts personalizados. Possui uma equipe certificada para cuidar das ações de marketing digital, incluindo SEO, publicidade online, marketing de conteúdo e gestão de mídias sociais.
F1 SOLUÇÕES www.f1solucoes.com.br
Há mais de 10 anos atuando no mercado de comércio eletrônico, a F1 Soluções atende empresas de diferentes portes e nichos, desenvolvendo canais de e-commerce B2C e B2B, sendo líder no mercado de plataforma de e-commerce para comercialização de livros. Com mais de 600 lojas virtuais em operação, a empresa desenvolve projetos adaptados às necessidades de cada cliente, sempre focando na otimização de processos, redução de custos e aumento de resultados.
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DIRETÓRIO RAKUTEN digitalcommerce.rakuten.com.br
A Rakuten Digital Commerce foi a primeira empresa a fornecer lojas virtuais no Brasil, desde 1995, quando se chamava Ikeda. Hoje, como subsidiária da gigante Rakuten Inc., do Japão, patrocinadora do FC Barcelona, alia o conhecimento do mercado local com a mais alta tecnologia usada em mais de 100 países com soluções de alta performance. Além de plataformas para grandes operações de comércio eletrônico, como Le Postiche, Panasonic e Hope, entre outras, a Rakuten empodera também o pequeno e médio lojista através de seu ecossistema global adaptado ao Brasil.
TRAY lojavirtual.tray.com.br
plataforma de e-commerce
A Tray é apaixonada por inovação, ainda mais quando se trata de comércio on-line! Há 13 anos no mercado, vem revolucionando a maneira com que seus clientes fazem comércio na internet ao trazer soluções únicas, que aproximam a marca do público. Sempre superando as expectativas dos próprios clientes para que eles, por sua vez, ultrapassem as expectativas de seu público-alvo. E a inovação é o melhor caminho para essa façanha, apoiando desde o grande varejista ao pequeno empreendedor a ter sucesso em sua loja virtual e nos principais marketplaces do Brasil.
VTEX www.vtex.com
Desde 1999, a VTEX se destaca por sua inovação e comprometimento com o aumento de lucratividade dos seus clientes. Pioneira em comercializar software como serviço (SaaS), hoje tem presença em 16 países e 1600 clientes em seu portfólio, como Ambev, Electrolux, O Boticário, Danone, Consul, Brastemp, Sony, Nestlé, Alpargatas entre outros. A plataforma VTEX possui um extenso portfólio de tecnologia para e-commerce que permite integrar todo o relacionamento com os consumidores em uma única plataforma.
WEBJUMP www.webjump.com.br
A WEBJUMP é a principal agência de e-commerce que atua com a plataforma Magento no Brasil. A empresa tem profissionais especializados e certificados, incluindo certificações de Magento 2 Trained Solution Partner. Vencedora, nos dois últimos anos, do Prêmio Excellence Partners Awards, concedido a Partners que melhor representam a marca Magento e entregam os melhores projetos. Ganhou também o prêmio de melhor B2B feito na plataforma Magento, em 2017, com o projeto Parceiro Ambev. Faça como a Ambev, Chopp Brahma Express e Riachuelo: escolha a WEBJUMP como parceira do seu projeto.
SEGURANÇA CLEARSALE www.clear.sale
A ClearSale é especializada em prevenção e detecção da fraude para diversos segmentos de mercado, entre eles comércio eletrônico, telecomunicações, vendas porta a porta, programas de fidelidade e serviços financeiros. Para atender a tantos mercados, as soluções antifraude são construídas de acordo com as particularidades de cada negócio, através de uma macroestrutura que envolve inteligência estatística, tecnologia de ponta, base única, que utiliza histórico positivo de dados, e mais de 800 pessoas especializadas.
EMAILAGE emailage.com
A Emailage é líder global em soluções de prevenção a fraudes utilizando apenas o endereço de e-mail. Com sede nos EUA e escritórios no Brasil e Reino Unido, a Emailage prevê o risco de fraude financeira em tempo real, usando a reputação digital de um endereço de e-mail associado a uma transação e/ ou cadastro. Conta com uma base de clientes globais e locais como American Express, Google, eBay, Dell, HP, Nike, Bradesco, Gol, Decolar.com, Ingresso Rápido, ViajaNet dentre muitos outros. Previna fraudes usando o endereço de e-mail. Simples assim.
EXCEDA www.exceda.com/home/br
Desde 2002, a Exceda oferece um portfólio com as melhores soluções de performance, segurança e inteligência web. Com presença em dez países, é o maior canal parceiro da Akamai Technologies na América Latina. Hoje, centenas de clientes com operações críticas na web contam com os serviços da Exceda para melhorar a experiência online de seu usuário – entre eles, quinze dos maiores e-commerces e cinco dos maiores bancos da América Latina, assim como grandes empresas de mídia e entretenimento e instituições governamentais.
SITE BLINDADO www.siteblindado.com
A Site Blindado, especialista em credibilidade e segurança para lojas virtuais, oferece soluções que atendem todas as necessidades de empresas que realizam vendas online. Para isso analisa vulnerabilidades em servidores (IPs), aplicações (URLs) e fornece às empresas uma solução SaaS capaz de monitorar operações brasileiras e internacionais. Os principais produtos da Site Blindado são: Blindagem de Sites (Selo Site Blindado), Certificados Digitais, Testes Manuais de Segurança e WAF, oferecido em três versões: Starter, Pro e Enterprise.
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