Revista Encontro 161

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ESPECIAL KIDS: DIVERSÃO, MODA E O USO DE COMÉSTICOS EM BEBÊS

ESTACIONAMENTOS EM CONFINS: COMPARAMOS PARA SABER QUAL O MELHOR CUSTO/BENEFÍCIO

Outubro de 2014 | Ano XIII | Nº 161

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A dupla Lucas e Vitor, com Sofia Del Prado e Mayara Fernandes (sentada): em pouco tempo de estrada, eles têm reconhecimento do público e também de profissionais do gênero

AS PROMESSAS DO

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Eles cantam bem, compõem suas músicas e já dividiram o palco com famosos. Conheça cantores adolescentes mineiros que podem fazer sucesso no futuro

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LOU LOU

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À LUZ D O

MODERNISMO

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Mobiliário para locação exclusiva empresarial e decoradores conveniados:

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NESTA EDIÇÃO

26 38 42 48 52 56 64 68

ENTREVISTA Para especialista português, sistema educacional brasileiro tem falhas TREINOS Esportes praticados ao ar livre em BH SERVIÇO Avaliamos estacionamentos próximos a Confins CIDADE Gás natural chega às residências NEGÓCIOS Empresa mineira se destaca na produção de reagentes BEM-ESTAR O que rolou na 10ª corrida feminina SAÚDE Massagens para melhorar a qualidade de vida PET Animais viram companheiros no tratamento de doenças

78 82

VEÍCULOS Disputa acirrada entre SUVs compactos ARTES PLÁSTICAS Escultor e grafiteiro explora cenas urbanas

Especial odontologia 86 92 114 116

BRUXISMO Especialistas indicam como identificar e tratar APARELHO Divertidos, coloridos e eficientes

VITRINE Opções de brinquedos para a criançada MODA Meninos e meninas se rendem ao estilo inspirado na primavera

COLU NAS 20 25 32 36 72 76 80 136 164

NO PODER Contratações no consulado DEU O QUE FALAR “Me tornei um funcionário dessa dívida” RETRATOS DA CIDADE Não está nada divertido GENTE FINA Top 50 VIDA DIGITAL A vez dos cupons COLUNA DE DIREÇÃO O meio ambiente agradece ENCONTRO INDICA Montagem inspirada em tragédias gregas chega a BH, com Letícia Sabatella NA MESA Harmonizadas com história NA SOCIEDADE Bodas em Búzios

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Geraldo Goulart

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NESTA EDIÇÃO

Especial Kids

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EDUCAÇÃO Como escolher a primeira escola do seu filho DIVERSÃO Opções de hotéis-fazenda para a garotada

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COSMÉTICOS Conheça produtos indicados para bebês

150

GASTRÔ Receitas gostosas e saudáveis para fazer com eles PERFIL Dona Lucinha na mesa e na passarela DECORAÇÃO Cozinhas rústicas, clássicas e modernas CAPA As jovens estrelas mineiras do sertanejo

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ARTIGOS ARISTÓTELES DRUMMOND O Alkmin de Minas Gerais JOSÉ JOÃO RIBEIRO Mágico sempre acima da média LEILA FERREIRA O estado da paixão

Foto capa: Cláudio Cunha Alexandre Rezende

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DOMINUS E CYRELA. NOVOS TEMPOS CHEGARAM À LAGOA DOS INGLESES. Projeto fruto da experiência e da credibilidade de duas grandes incorporadoras. A Dominus e a Cyrela Brasil Realty se uniram para oferecer um empreendimento como você nunca viu: On The Lake Lagoa dos Ingleses.

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www.onthelake.com.br Pr.no 104928 do Cartório de Registro de Imóveis de Nova Lima – MG. O On the Lake só será comercializado após o registro do Memorial de Incorporação no RGI nos termos da Lei no 4591-64. Todas as imagens são meramente ilustrativas por se tratar de um bem a ser construído. Sujeito a alterações. CREA MG/65749.

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CARTA DO EDITOR revistaencontro.com.br

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André Lamounier Neide Magalhães Kátia Massimo Fábio Doyle Aline Gonçalves Ana Cláudia Esteves Daniela Costa Marina Dias Rafael Campos Amanda Aleixo Edmundo Serra Roger Simões Antônio de Pádua Bruno Schmitz Gustavo Paiva Júnior Oliveira Luciano Garbazza Roney Simões Cláudio Cunha Eugênio Gurgel Bruna Sales Nayara Fagundes Lílian de Oliveira Anneth Faria Solange Rabelo Laila Soares Agata Utsch Andreza Braga Marcela Viana Myrta Lobato Shyrlei Roque Roberta Magalhães Cristiane de Marco Natália Santos Nicole Fischer André Lima Jaqueline Souza Thiago Henrique Editora Encontro

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CONFORME RELATÓRIO EM NOSSO PODER. ENCONTRO É UMA PUBLICAÇÃO MENSAL DA ENCONTRO IMPORTANTE LTDA. BELO HORIZONTE. RUA HAITI, 176, 3° ANDAR - SION 30320-140, BELO HORIZONTE - MG FONE: (31) 2126-8000 EMPRESA FILIADA À

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KÁTIA MASSIMO / EDITORA-CHEFE redacao@revistaencontro.com.br

Sonho de menina

A história da capa que ilustra esta edição teve início há dois anos, quando recebemos na redação da revista uma visita inusitada. Era uma mãe, Mariana Fernandes, acompanhada de sua filha, de apenas 10 anos. Mariana pediu para falar com uma jornalista da equipe, que, depois de recebê-las, nos chamou para conhecer uma menina-cantora na recepção. Fui acompanhada de outros jornalistas interessados na “notícia”. Mariana apresentou a filha, Mayara Fernandes, que estava nos visitando para presentear a equipe com um CD que acabara de gravar. Não satisfeita, insistiu para que Mayara cantasse, ali mesmo, uma canção de sua autoria. Subitamente, fomos surpreendidos por uma voz que contrastava com a delicadeza da pequena cantora. Ela tinha um timbre afinado, marcante, e voz doce. Por muitos dias, a situação foi comentada na redação, mas o CD, Coração de Menina, ficou empoeirando em um canto da minha mesa até que, acatando sugestão de uma colega, resolvi escutar no carro, na volta para casa. Aquela voz ficou na memória. Contudo, não achei que o assunto renderia matéria. Afinal, são tantos que vendem CDs em cada esquina, propõem-se a cantar em bares, festinhas de amigos, para, quem sabe um dia, alcançar o sucesso, seguindo a trilha de tantos famosos. Dois anos depois, surgiu, em reunião de pauta, a sugestão: “que tal uma matéria sobre os novos talentos do sertanejo?”. A lembrança da Mayara veio à cabeça. Lembrei-me também da obstinação e garra daquela mãe: olhos que brilham ao falar do talento da rebenta. Aprovada a pauta, solicitei que duas jornalistas (ambas jovens e igualmente talentosas) fossem atrás de personagens. Será que haveria outras Mayaras emergindo por aí? Depois de dois meses de buscas e muitas conversas com produtores e artistas, deparamo-nos com uma profusão de meninos e meninas que sonhavam tornar-se artistas no futuro. Estava decidido: tínhamos uma bela matéria de capa. O trabalho agora, difícil, era o de peneirar, separar entre todos os nomes apurados aqueles que comporiam a matéria (infeCláudio Cunha lizmente, também havia limitação de espaço). Voltamos a procurar mãe e filha e convidá-las para que retornassem à nossa redação. Lá estava Mariana, a mãe, incansável na tarefa de promover a filha e realizar o sonho da menina – ou, por que não, o próprio sonho. As histórias relatadas na matéria que segue são emocionantes e ficaram retratadas no belíssimo texto das jornalistas Marina Dias e Amanda Aleixo. Ficamos emocionados com todos os depoimentos e com a busca desenfreada dos jovens cantores – e suas famílias – para alcançar o olimpo. Afinal, de que vale a vida se não houver sonhos e esperanças? Um dos sonhos desta revista, poderia dizer, é o de revelar talentos emergentes em nosso rico es- Mayara Fernandes com a mãe, Mariana: obstinação para mostrar o talento da filha tado. Acho que realizamos. ❚

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FALE COM A ENCONTRO | CARTAS@REVISTAENCONTRO.COM.BR (31) 2126-8000 AS MULHERES DOS NOSSOS CRAQUES I

HOMEOPATIA PARA OS XODÓS II Homeopatia não conta com evidência científica e, portanto, é comparável a qualquer charlatanismo.

Muita gente acha que toda mulher que se envolve com jogador de futebol é “maria chuteira” e a matéria mostrou que a história não é bem essa. Olha a mulher do Tardelli. Ela estava trabalhando em uma loja e conheceu o cara. Boa história!

Giuliano Gasparini Belo Horizonte/MG

APROVADOS PELA MAIORIA

Maria Carmem dos Reis Contagem/MG

A pesquisa (citada na matéria) foi encomendada pela entidade mais interessada no “ sim” do que no “não”. A Associação Pró-Lourdes é constituída por moradores que desaprovam a atividade ruidosa noturna e conta com 453 famílias.

AS MULHERES DOS NOSSOS CRAQUES II Acompanhar jogador não deve ser fácil. Eles estão sempre viajando e mudando de time. Gostei de saber. Juliana Faria dos Santos Belo Horizonte / MG

AS MULHERES DOS NOSSOS CRAQUES III Matéria interessante! Nem toda mulher de jogador é uma simples dona de casa. A mulher do Léo Silva é quase uma delegada. Pedro Coutinho Belo Horizonte/MG

EM BUSCA DA ESCOLA CERTA I Infelizmente, o colégio Santa Dorotéia não participou da edição sobre as escolas mais procuradas em BH, mas formamos equipe de pessoas empenhadas na realização de uma obra para a construção do mundo melhor que desejamos para todos. Zuleica Reis Ávila Belo Horizonte/MG

EM BUSCA DA ESCOLA CERTA II Tenho uma fi lha que estuda no colégio Santo Agostinho. Por isso, no perfil do colégio, discordo da parte da alimentação, pois as

Lúcia Pinheiro Rocha Belo Horizonte/MG duas cantinas têm, sim, refrigerantes e guloseimas, como bolo de chocolate, picolé e biscoitos recheados. Andrea Rosa da Motta Belo Horizonte/MG

EM BUSCA DA ESCOLA CERTA III Muito interessante e útil a matéria sobre as escolas. Sempre converso com meu fi lho sobre as opções de ensino, e a reportagem ajudou bastante na escolha. Ana Maria Fagundes Belo Horizonte/MG

ELE É O MAIS “NOVO” DENTISTA DA CIDADE Inspiradora a história do dentista Fernando Carvalho. É mais uma prova de que nunca é tarde para recomeçar a vida. Márcio Almeida Belo Horizonte/MG

ERRAMOS ESPECIAL LUXO Na matéria “Barriga para mostrar”, na página 116, está incorreta a informação de que o tratamento Vela Shape II, da Clínica Speciale, reduz, ao fim de seis sessões, até 80% da circunferência da barriga. O correto é: o tratamento tem resultados satisfatórios. Valor do pacote: R$ 1.200.

EDITORIAL DE MODA A produção do editorial foi supercriativa e o resultado ficou maravilhoso! Parabéns pelo trabalho inspirador! Tetê Rezende e Patricia Rezende Belo Horizonte/MG

HOMEOPATIA PARA OS XODÓS I

EDIÇÃO 160 A foto de capa da edição é do fotógrafo Samuel Gê.

ENCONTRO GASTRÔ/ O MELHOR DA CIDADE 2014

Salvei, com a homeopatia, uma cachorrinha que estava com cinomose. Bruno Garavello Soares Belo Horizonte/MG

Ao contrário do que foi publicado na matéria sobre food trucks, na página 39 (Legislação em debate), a lei atual de BH sobre alimentação em ruas não admite o comércio em trailer ou reboque.

Fale com a Revista ENCONTRO: Comentários sobre o conteúdo editorial da Encontro, sugestões e críticas a matérias: R. Haiti, 176, 3° andar - Sion - CEP : 30.320-140, Belo Horizonte, MG | E-mail : cartas@revistaencontro.com.br. Cartas e mensagens devem trazer o nome completo e o endereço do autor. Por razões de espaço ou clareza, elas poderão ser publicadas resumidamente. PARA ANUNCIAR: R. Haiti, 176, 3° andar - Sion - CEP: 30.320-140 - Belo Horizonte, MG | Tel: (31) 2126-8000 | Fax: (31) 2126-8008 RELEASES: redacao@revistaencontro.com.br | Fax: (31) 2126-8781 | ASSINATURAS: Tel: (31) 2126-8770

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ENCONTRO DIGITAL | ROLOU NA REDE Cláudio Cunha

O DESAFIO "DA ABELHA"

A MISS DA SUPERAÇÃO

O objetivo, segundo a página oficial criada no Facebook, é convocar as mulheres a usar o sutiã nos olhos – para parecer uma abelha e preservar a identidade – e mostrar o busto com o intuito de “esfregar os seios na cara dos moralistas”. Leia a matéria no íntegra em: http://goo.gl/IZmL1p

Conheça a história da representante de Minas Gerais, Karen Porfiro. Menina negra, de família simples, que venceu o preconceito, superou as expectativas e conquistou o título mais almejado entre as beldades do estado. Leia matéria na íntegra em: http://goo.gl/WVloFa

TE ENCONTRO

NO INSTAGRAM

O próximo desafio: Encontro com a primavera. Tire uma foto com o tema, publique no Instagram e compartilhe com a hashtag #encontroprimavera. Se sua foto for escolhida, ela será impressa aqui na próxima edição da revista Encontro. Participe! Devido ao sucesso da campanha #EncontroPet, foram selecionadas as três melhores fotos. As outras selecionadas estarão no site da revista. Acompanhanhe em www.revistaencontro.com.br. Fotos: Divulgação/Instagram

NOVO ESCRITÓRIO DO GOOGLE EM BH O Google alugou quatro andares (do 14º ao 17º) do edifício Boulevard Corporate Tower, empreendimento localizado acima do Shopping Boulevard, no Santa Efigênia, região Leste da capital. Leia a matéria no íntegra em: http://goo.gl/LE74YP

O gatinho Benjamim @ingridsaraiva82

O cachorro @alfredoluiz

O poodle Pedrinho @brunno_carpediem

AS MATÉRIAS COM MAIOR REPERCUSSÃO NAS REDES SOCIAIS

ENTOS COMPARTILHAM

Alunos do Colégio Arnaldo relatam choque de realidade ao visitar o Jequitinhonha

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Seca ameaça Minas Gerais

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Pílula anticoncepcional pode causar trombose?

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Professora usa celular como material didático em sala de aula

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Interferência do sol em satélite pode tirar TV do ar

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ARTIGO | ARISTÓTELES DRUMMOND adrummond@editoraencontro.com.br

O Alkmin de Minas Gerais Quando José Alberto Gueiros escreveu o livro biográfico de D. João de Orleans e Bragança, neto da princesa Isabel, oficial da Força Aérea Brasileira, contei um fato histórico pouco conhecido. No entanto, tive a oportunidade de tomar conhecimento em conversa com um dos mais importantes participantes da histórica reunião. Foi numa noite em Ouro Preto, em que fui convidado pelo filho do então vice-presidente da República, José Maria Alckmin, Leonardo, para o jantar de família comemorativo do aniversário do ilustre brasileiro. À mesa, o grande político nos contava alguns episódios importantes da história recente do Brasil, dos quais ele havia tido a oportunidade de participar ativamente. Convém lembrar que Alckmin se lançou nacionalmente como o ministro da Fazenda de JK, de quem já era amigo e companheiro de PSD mineiro, tendo sido o mais jovem constituinte de 1934. Quando da chamada batalha da posse, ele foi decisivo nas articulações para a intervenção do Exército no sentido do reconhecimento do resultado das eleições que elegeram JK. Carlos Lacerda e setores da UDN contestavam, alegando falta da maioria absoluta, que não estava previsto na Constituição de 1946, vigente à época. Depois, foi atento membro da oposição a Jânio Quadros, responsável pela velocidade com que o Congresso tomou conhecimento e declarou vaga a Presidência da República. Alckmin alegou, e com razão, que renúncia era um ato unilateral e ponto final. Em Minas foi tudo: conselheiro do Tribunal de Contas, secretário de diversas áreas e até diretor da Penitenciária de Ribeirão das Neves. Quando a crise política corria solta no conturbado governo João Goulart, foi Alckmin quem articulou o entrosamento de parte do PSD na conspiração e ele mesmo foi para o secretariado de Magalhães Pinto, que era da UDN. E teve posição de tal destaque na Revolução que foi logo indicado para vice-presidente do marechal Castelo Branco. E tentou atrair JK para o movimento, que, entretanto, não acreditou na sua viabilidade. Nesse episódio, fui, com Leonardo Alkmin, testemunha da história, uma vez que acompanhamos o político mineiro na visita a JK, em Ipanema, portador do convite para assinar com os outros antigos governadores de Minas o manifesto da Revolução, a ser lançado pelo governador Magalhães Pinto. O fato pouco conhecido, no entanto, foi outro. Na crise da posse de Jango, um impasse em que os militares preferiam que a solução fosse política, sem uma intervenção mais forte, como veio a ocorrer em 1964, houve reunião no gabinete, em Brasília, do ministro do Exército, Odilo Denis, com a presença do ministro da Marinha, Sílvio Heck, e da Aeronáutica, Grum Moss, lideranças partidárias. Surgiu, então, a solução da restauração da monarquia, com o parlamentarismo. Foi aí que se falou na impossibilidade da escolha do nome, já que o cha-

“Alckmin atribuiu à rápida intervenção de Tancredo Neves pelo parlamentarismo, com Jango, como fator que fez abortar a fórmula que nos teria dado um D. João I ou D. João VII”

mado Príncipe de Petrópolis, D. Pedro Gastão, insistia em se considerar o herdeiro do trono, quando este era de seu primo D. Pedro Henrique, com base em documento assinado por D. Pedro de Alcântara, renunciando, com a aprovação da princesa Isabel. Nesse momento, o brigadeiro Grum Moss lembrou que um terceiro neto da princesa Isabel, D. João, era oficial da FAB, havia passado na FEB e tinha amplo trânsito na Família Imperial. O fato de ser neto da princesa Isabel, muito estimada pela população de todo o país, facilitaria a escolha. Alckmin atribuiu à rápida intervenção de Tancredo Neves pelo parlamentarismo, com Jango, como fator que fez abortar a fórmula que nos teria dado um D. João I ou D. João VII. A história teria sido diferente! ❚

*Aristóteles Drummond é jornalista e escreve bimestralmente na Encontro

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NO PODER | BERTHA MAAKAROUN bmaakaroun@editoraencontro.com.br Eugênio Gurgel

CONTRATAÇÕES NO CONSULADO O novo representante diplomático dos Estados Unidos em Belo Horizonte, Brian Bauer, iniciou processo de seleção e contratação de pessoal para atuar na implantação do futuro consulado na capital mineira, com inauguração anunciada para outubro de 2016. “Vamos começar com dois ou três novos funcionários, nessa transição, que terá ainda entre 20 e 24 diplomatas e outros 70 funcionários, aproximadamente”, explica Brian Bauer. Para além da análise da concessão de vistos para os Estados Unidos, o futuro consulado dos Estados Unidos em Belo Horizonte dará particular ênfase aos projetos de intercâmbio cultural e articulação política com os governos municipal e estadual para a implementá-los. Haverá também estímulo às relações comerciais. “É grande a procura de empresas mineiras que querem atuar nos Estados Unidos e vice-versa”, explica Bauer. Neste momento, ele trabalha para expandir a atuação em todo o estado. A começar pelas cidades com universidades federais.

FACE VISÍVEL DO LOBBY Pouquíssimas empresas privadas – e nenhum lobista profissional – cadastram-se na Câmara dos Deputados para a atividade de representação de interesses. Estudo inédito financiado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), realizado pelo cientista político Manoel Leonardo Santos, do Centro de Estudos Legislativos da Universidade Federal de Minas Gerais, indica que no Brasil, assim como na Espanha, sem a formalização da regulamentação da atividade, torna-se muito difícil conhecer quem influi, como influi e por que meios econômicos influi nas decisões legislativas. O levantamento minucioso das entidades registradas para a representação de interesse aponta, principalmente, para órgãos de estado, sindicatos e empresas de economia mista.

QUEM PAGA A CONTA Mineradoras, seguidas por empreiteiras, frigoríficos, setor médico-farmacêutico e agronegócio lideram o ranking das categorias de empresas que mais colocaram a mão no bolso para ajudar na reeleição dos 43 deputados federais que tentaram novo mandato na Câmara dos Deputados, segundo indica a análise da segunda prestação parcial de contas dos deputados federais, apresentada à Justiça Eleitoral dentro do calendário legal. Apesar da estimativa média de gastos de R$ 6,5 milhões por campanha, os parlamentares arrecadaram, até a véspera do pleito, em média, R$ 636 mil (cerca de 10%) cada um. Quem lidera até agora o ranking são os deputados federais Luiz Fernando Faria (PP) – levantou R$ 2,58 milhões – e Leonardo Quintão (PMDB) – com R$ 2,4 milhões. Túlio Santos-EM-D.A. Press

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Alexandre Rezende

OUTUBRO É ROSA Prédios públicos iluminados em rosa, como o Palácio da Liberdade, telas grafitadas, depoimentos de mulheres que tiveram câncer de mama ou que conviveram com a doença na família. Este é o mês da tomada de consciência sobre o câncer de mama. O secretário de Estado de Saúde, José Geraldo de Oliveira, lançou a campanha de 2014 em Minas, iniciada há dois anos com o apoio da Sociedade Brasileira de Mastologia, no âmbito do Programa Estadual de Controle do Câncer de Mama. No país, foram registrados, só no ano pas-

sado, 52.680 novos casos de câncer de mama, com cerca de 12 mil mortes. Em Minas, estima-se que sejam, ao ano, 4,7 mil novos casos e um coeficiente de mortalidade de 11,55, ou seja, a cada 100 mil mulheres, 1.150 não sobrevivem. O programa ampliou no estado a faixa de rastreio da doença (entre 40 e 69 anos), e o acesso à mamografia foi facilitado – a requisição de agendamento, em qualquer unidade credenciada do Sistema Único de Saúde (SUS), pode ser feita sem consulta médica prévia, inclusive diretamente pela internet. Marcos Vieira/EM/D.A.Press

MUNDIAL EM BH... Depois de derrotar, em 2012, a candidatura de Milão, na Itália, Belo Horizonte sediará, no ano que vem, o encontro mundial da Uniapac, Associação de Dirigentes Cristãos de Empresas, entidade presente em 36 países que tem 26 mil afiliados. Com o apoio do prefeito Marcio Lacerda (PSB), o empresário Sérgio Cavalieri, presidente da Uniapac latino-americana, levantou a bandeira da capital mineira em Lyon, na França, sede do último congresso mundial da entidade. “A capacidade hoteleira e o potencial turístico da cidade, que se preparou para a Copa do Mundo, ajudaram muito”, considera Cavalieri.

...DE EMPRESÁRIOS CRISTÃOS O novo conceito de inserção da empresa contemporânea no mundo há muito deixa para os séculos passados a relação predatória do lucro a todo custo. Nesse sentido, o tema do congresso, que será no Palácio das Artes, em outubro de 2015, para o qual são esperados 1,2 mil dirigentes da América Latina, Europa e África, será Empresa, governo e sociedade civil para o bem comum: como trabalhar juntos para um mundo melhor. “Pregamos o bom senso da cooperação para o enfrentamento dos problemas ambientais e sociais. A responsabilidade, que é em primeiro lugar dos governos, é também das empresas”, sustenta Cavalieri. “O gestor que empreende com amor terá funcionários felizes, um produto melhor, clientes e comunidade dispostos a proteger e defender a atuação da empresa.”

TRABALHO EM PRÉDIO NOVO Perto da Praça da Estação, no prédio tombado da antiga Escola de Engenharia da UFMG, será construído pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT-MG) o novo Fórum Trabalhista de Belo Horizonte. Pro-

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jeto de lei que eleva o coeficiente de aproveitamento do solo naquele terreno foi aprovado pela Câmara Municipal. O futuro fórum sediará todas as varas de 1ª Instância na capital, além da Escola Judicial.

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DEU O QUE FALAR | FERNANDA NAZARÉ “Me tornei um funcionário dessa dívida” EIKE BATISTA, ex-bilionário, que nasceu em Governador Valadares, sobre o bloqueio de US$ 1,5 bilhão de suas contas. O patrimônio dele, que já foi de US$ 30 bilhões, hoje é estimado em US$ 300 milhões

“Não falo, não ando, não como, não saio da cama. Mas a doença não me tirou a capacidade de servir e ser feliz” VANDERLEI CORRADINI LIMA, 53 anos, médico e professor da UFJF, portador de ELA (Esclerose Lateral Amiotrófica). Ele leciona a distância usando apenas o movimento dos olhos, graças a um programa de computador, e se tornou exemplo de superação da doença

“Não vejo problema em chamar ninguém de negro. Sou negro, e daí? Ficaria ofendido é se me chamassem de mau caráter” MILTON GONÇALVES, ator mineiro, comentando a polêmica de racismo gerada pelo nome da minissérie da Rede Globo Negas

“Algema a sua mãe!” RONALD ALVES DA FONSECA, oficial de Justiça, ao ser preso em flagrante por dirigir em zigue-zague e alcoolizado pela MG-381, em Mantena, no Vale do Rio Doce Bruno de Lima/D.A.Press

“Eu não vou embora mais!” ELBA RAMALHO, cantora, declarando amor aos mineiros e a BH em show na Praça da Estação

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ENTREVISTA | RAFAEL SILVA PEREIRA FOTOS: Cláudio Cunha

“O sistema educacional brasileiro está errado” Educador português especialista em dislexia e dificuldades de aprendizagem diz que alfabetização iniciada cedo demais, aos 4 anos, como ocorre no Brasil, compromete o futuro das crianças

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MARINA DIAS

Há 11 anos, durante uma entrevista à revista People, o ator hollywoodiano Tom Cruise confessou que passou por momentos bem difíceis quando deci diu viver da sétima arte. Sua carreira no cinema quase foi por água abaixo antes que ele ao menos pudesse sentir o cheiro da fama. O motivo? Dislexia. Segundo o ator, o transtorno de aprendizado, do qual se estima que 10% da população mundial sofra, fazia com que ele mal se lembrasse das primeiras linhas de um texto que tinha acabado de ler. E o que é um ator que não consegue decorar suas falas e as deixas dos outros colegas em uma cena? Tudo bem que o ator diz ter sido salvo pela cientologia, uma controversa religião, mas outras pessoas com o mesmo problema (Whoppi Goldberg também já se declarou disléxica) recorreram a técnicas como pedir que outra pessoa leia ou grave as falas, para não ter de lidar com o texto escrito, que os disléxicos têm tanta dificuldade em decodificar. Especialista no assunto, o educador português Rafael Silva Pereira esteve recentemente em BH para lançar o Manual de Intervenção em Competências Iniciais par a Leitura e Escrita. Ele, que já havia desenvolvido um material capaz de diagnosticar a dislexia e a discalculia, atualmente usado no Brasil, elogiou os esforços das equipes peda gógicas na identificação de transtornos de aprendizagem, mas disse que nos so sistema educacional já começa errando quando se propõe a alfabetizar crianças aos 4 anos. Para Rafael, nessa idade o cérebro não está pronto para aprender leitura ou escrita. As consequências são graves, se pensarmos que estamos formando gerações que não conseguem ler direito. A causa da dislexia é neurológica, mas para Rafael Silva não resta dúvida de que o Brasil terá muitos “pseudodisléxicos” em razão do sistema educacional adotado. ENCONTRO - Qual a diferença entre dificuldades e distúrbios de aprendizagem? RAFAEL PEREIRA - Quando se fala em dificuldade, ela pode surgir na leitura, na escrita, na matemática, na fala. Mas

ça esteja atravessando. Já o transtorno é específico e tem origem neurobiológica, apesar de estar relacionado também a essas áreas. Quando se fala de transtorno relacionado à leitura, fala-se de dislexia; à escrita, disortografia; à má caligrafia, disgrafia; à dificuldade na matemática, discalculia; à fala, dislalia. Há ainda o déficit de atenção e a hiperatividade, que são também questões que levam a transtor nos de aprendizagem. São várias problemáticas.

QUEM É RAFAEL SILVA PEREIRA, 38 ANOS ORIGEM Mirandela, Portugal FORMAÇÃO Licenciado em pedagogia, mestre em didática do português pela Universidade de Aveiro (Portugal), e doutor em novos contextos de intervenção psicológica em educação, saúde e qualidade de vida pela Universidade da Extremadura (Espanha)

Por que a dislexia é o transtorno mais conhecido? Acredito que porque, no fundo, a leitu ra e a escrita são o que a sociedade pede mais que tenhamos desenvolvidas. Ler e escrever são competências básicas, quase como a fala. Mas a fala é algo natural, e a leitura e a escrita implicam processo cognitivo de aprendizagem. A dislexia é a mais falada, mas temos quase o mesmo número de prevalência, ou até maior, nas questões matemáticas, ou seja, discalculia.

CARREIRA Professor e especialista em dislexia e dificuldades de aprendizagem, coordena a equipe multidisciplinar da Clínica da Dislexia e Dificuldades de Aprendizagem do Instituto de Desenvolvimento Didático e Psicologia, em Portugal. É apresentador do programa Viagem pelo Cérebro, na TVLisboa, e autor de obras didáticas editadas no Brasil, como a Bateria de Avaliação de Competências Iniciais em Leitura e Escrita e a Bateria de Aferição de Competências Matemáticas

A partir de quando a comunidade científica começou a perceber a diferença entre dificuldade e transtorno? Por volta de 1975, um autor encontrou em crianças essa problemática da leitura, cujo nome atribuído foi cegueira verbal. Tinha a ver com esse problema da aqui sição de competências, da decodificação do grafema para o fonema (ou seja, a passagem do sinal gráfico para o som que ela representa), e já desde essa época se vem falando disso. Mas só em 2003 a Associação Internacional de Dislexia chegou à definição mais completa, estabelecendo que a dislexia é um transtor no de origem neurobiológica que inter fere nas competências da velocidade da decodificação e em outras competências necessárias para se dizer “eu sei ler”.

quando deixa de ser dificuldade e pas sa a ser transtorno? Quando se percebe, em uma avaliação rigorosa e multidisciplinar, que é um problema específico que vai acompanhar toda a vida daquela criança. As dificuldades de aprendizagem conseguem ser resolvidas, são momentâneas. Elas podem ter a ver com alfabetização, adaptação à escola, professor ou problema emocional que a crian -

Como é feito o diagnóstico? Pode acontecer a banalização do diagnóstico: se o aluno tem uma dificuldade de aprendizagem, já se diz que é disléxi co. Para evitar isso, a avaliação tem de ser feita por uma equipe multidisciplinar, ou seja, deve-se chegar a um diagnóstico em equipe. Quando se avalia a dislexia, não se avaliam apenas a escrita e a leitura, mas um conjunto de fatores que po OUTUBRO DE 2014

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ENTREVISTA | RAFAEL SILVA PEREIRA bio de aprendizagem? Vejo em minhas palestras e cursos que a maioria é empenhada em perceber o que são os transtornos, quem deve avaliar e como pode ser feita a intervenção. Mas o sistema brasileiro está errado a partir do momento em que há crianças que são alfabetizadas aos 4 anos de idade.

dem estar por trás, interferindo. Se não avalio a parte cognitiva de uma criança e ela tem um déficit intelectual, o resultado será dislexia, porque ela tem dificuldade na leitura, mas, na verdade, ela não é disléxica, e sim tem um déficit intelectual. É uma avaliação por exclusão. E o diagnóstico tem sido benfeito? Tanto em Portugal quanto no Brasil, onde também trabalho, há essa sensibilidade para a questão da dificuldade de leitura e para a dislexia. Vejo que professores têm mais dificuldade na intervenção do que no diagnóstico, até porque o diagnóstico não é feito pelo professor (e sim por uma equipe multidisciplinar). Mas o educador é quem está mais sensível para perceber sinais na criança e dizer “acho que esse aluno tem um problema relacionado a essa área” e enviá-lo para avaliação. Isso acontece muito, às vezes, até demais. Basta a criança fazer a troca de um som que se acha que é um problema de dislexia. Pode haver o exagero também, mas essa sensibilidade existe. A questão é o depois, quando vem o laudo: a criança tem uma dislexia de subtipo auditivo ou de subtipo visual. Como fazer o processo de reeducação? E a escola está preparada para fazer esse processo de reeducação? A escola deve estar preparada para dois fatores fundamentais. A primeira são as adequações curriculares. O aluno tem de aprender os mesmo conteúdos que os outros aprendem, mas é preciso adequá-los. Como? Valendo-se de algumas estratégias, entre elas, as condições especiais de avaliação, que são o segundo fator. Aquela criança deve ter mais tempo para realizar a prova, deve poder realizá-la oralmente e, por exemplo, se o problema for a escrita que não se percebe, alguém deve escrever a prova por ela. Se o aluno tem dificuldade em montar uma conta em pé, por exemplo, essa é uma questão de discalculia, ele pode me dizer como fazer a conta, e eu a realizo. A oralidade é a forma de chegar lá com esses alunos. Eles são bons, não têm um problema intelectual, seu QI está na média ou acima da média. Só precisam demonstrar de forma diferente. A escola tem de entender que a criança com distúrbio precisa disso. Não 28 |Encontro

Quando a criança troca vários sons ao ler, substitui palavras, omite-as, é descoordenada, está dando sinais de distúrbios" é que queira, precisa. Por que muitas vezes alunos com transtornos de aprendizagem são confundidos com preguiçosos? Imagine que você não sabe desenhar e peço para você fazer uma réplica do Van Gogh. Você no dia seguinte tem vontade de não ir à aula, porque sabe que o professor vai pedir algo que não sabe fazer, que vai passar vergonha. Com um aluno com dificuldade de aprendizagem é a mesma coisa. Ele vai para a escola todo dia sabendo que vão lhe pedir algo que não consegue fazer. Começa, então, a ficar desmotivado, e isso é um espiral. Ele sabe que não sabe, pedem que ele faça o que não sabe, ele fracassa, fica desmotivado e aí é confundido com preguiçoso. Isso é consequência da dificuldade, e não a causa. Mas também há os alunos que são preguiçosos e não têm distúrbio algum. Por isso, a avaliação é importantíssima. As escolas brasileiras estão preparadas para receber alunos com distúr-

Por que a alfabetização aos 4 anos é um problema? Deve-se respeitar o desenvolvimento normal do cérebro, e, aos 4 anos, ele não está preparado para receber a exigência de transferir o grafema para o fonema. Essa é uma idade em que a criança tem de desenvolver as competências iniciais para leitura e escrita, são outros estímulos, trabalhados na educação infantil. Se eles não forem estimulados, o que acontece é que a maioria das crianças vai chegar ao ensino fundamental com dificuldades, e você estará obrigando o cérebro a um funcionamento que não é pleno. Se você me perguntar qual a idade ideal para uma criança aprender a ler e escrever, considero final de 5 anos ou 6. É o momento em que o cérebro, em termos de maturação, está pronto para fazer essa recepção.

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E o que pode acontecer a quem é alfabetizado antes do momento certo? A criança pode ter dificuldades. Não um transtorno, mas dificuldade de aprendizagem motivada pela falta de estímulo. Até foi nesse sentido que desenvolvemos em Portugal a Bateria de Avaliação de Competências Iniciais para Leitura e Escrita (BACLE), que faz exatamente essa avaliação, que é perceber se a criança tem um problema que advém da falta de estímulo prévio dessas competências. Esse problema acontece apenas no Brasil? Não. Algo parecido acontece em Portugal, até em relação às metas curriculares criadas no país. O que se exige, que crianças saibam ler no final do primeiro ano, não corresponde à realidade portuguesa. O que vai acontecer é que vamos ter muitos “pseudodisléxicos” por causa disso. As metas que foram criadas incluem, por exemplo, certo número de palavras por minuto que a criança precisa conseguir

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ENTREVISTA | RAFAEL SILVA PEREIRA ler, e isso não vai corresponder à realidade. Ela não vai terminar o primeiro ano do ensino fundamental conseguindo ler essas palavras. Isso é grave também porque só estamos dando importância para a velocidade da leitura, o que é erradíssi mo. Ler não é só velocidade, e estamos cometendo o erro de obrigar a criança a fazer um processo rápido demais para atingir aquelas metas. Como pais e professores podem perceber fatores que indicam os transtornos? Importante dizer que não se fala em sintomas, porque não estamos falando de doenças. Como os distúrbios não são doenças, mas problemas neurobiológicos (uma má formação no cérebro que leva ao transtorno), não há medicamento que se tome para tratar a dislexia ou a discalculia, por exemplo. Por isso, falamos em sinais. Quando a criança demora a perceber a diferença entre direita e esquerda, troca vários sons quando está lendo, substitui algumas palavras, omite-as, é descoordenada em muitas situações, esses são exemplos de sinais. Os pais podem estar atentos a isso, mas, normalmente, as referenciações que chegam a nós são encaminhadas por professores. Os sinais seriam, então, característi cas que podem ser identificadas em crianças de determinada idade? Exatamente, crianças daquela idade. Mas, quando se alfabetiza aos 4 anos, como se pode criar um padrão? Supostamente, em determinada idade, a criança deve estar em certo estágio de desenvolvimento. Dentro daquele estágio, a criança já deveria saber fazer isso ou aquilo. Se não sabe fazer, está fugindo do quadro normativo em relação àquela questão. Portanto, é preciso estar atento aos estágios de desenvolvimento. Podemos dizer que há pessoas de 30, 40 anos que são disléxicas, mas nunca foram diagnosticadas, pois esse distúrbio não era tão amplamente conhecido durante o período em que estiveram na escola? É possível. Sobre a dislexia, posso dar o exemplo de um amigo próximo. Durante muito tempo, percebia que ele fugia a situações de leitura e escrita. Mas, 30 |Encontro

Muita gente diz que é hiperativa, mas na verdade é apenas agitada. O que se tem, muitas vezes, é uma criança que não respeita as regras" um dia, ele teve o impulso de ler em voz alta um artigo de revista do qual gostou. Quando começou, eu fiquei boquiaberto pela forma com que leu. Percebi que, se ele não tivesse mais nada que o comprometesse, era disléxico. Os olhos dele ficaram carregados de lágrimas. Ele nem sabia o que era dislexia. Quando expliquei, ele chorou e disse que conviveu com isso durante toda a vida. Tanto que ele fugiu das áreas que exigiam mais leitura e escrita, foi para a matemática. Teve sucesso em sua área, mas foi mal na escola, pois demorava mais para ler, passava os intervalos lendo, enquanto os meninos brincavam lá fora, porque a professora o obrigava a terminar de ler, de castigo. Imagine o que isso traz em nível emo cional? O importante é que a sociedade vá recebendo esses transtornos e consiga avaliar, diagnosticar e intervir. O diagnóstico de déficit de atenção com hiperatividade também está se tornando comum?

Sim, muita gente diz que é hiperativa, mas na verdade não é, é apenas agitada. Existe o hiperativo impulsivo ou hiperativo desafiante opositor, que é confundido com mal-educado. Mas às vezes o que se tem é uma criança que não respeita a regra porque não respeita quem coloca a regra. Eu, como professor, já vi pais chegarem à porta da sala e dizerem “nem reconheço meu filho”, porque na escola se impõe a regra e o filho respeita. Então pais diziam que o filho era hiperativo, mas não tinha nada disso. A hiperatividade é uma doença, é preciso ter seriedade nesse tipo de diagnóstico. Em relação ao déficit de atenção também. É preciso não banalizar, senão se acaba por ter a maioria de alunos da sala tomando metilfenidato. Ressalto ainda que, mesmo quando a criança toma medicação para hiperatividade, ela não deve só ser medicada. Se for assim, o tratamento está errado. Ela precisa ter também acompanhamento psicoterapêutico. Qual a importância do manual que o senhor veio apresentar a educadores de BH? já havíamos lançado um manual, que já está na quarta edição e avalia as pré-competências da leitura e da escrita e dá o resultado imediato do estágio de desenvolvimento da criança. Mas o que acontecia? Profissionais nos perguntavam, tendo em mãos o resultado, o que fazer com eles? Então produzimos um manual para que, de acordo com o resultado, o profissional possa fazer a intervenção com o aluno para aquela dificuldade específica que ele apresenta. Existe uma avaliação para identificar também a discalculia? Sim, a Bateria de Aferição de Competências Matemáticas (BACMAT), que é inovadora em nível nacional e internacional. Ela dá o indicador do subtipo, entre os seis existentes, da discalculia. A criança faz os exercícios, o profissio nal faz a correção, insere os dados no software, e o programa nos dá o resultado quantitativo e qualitativo. Contudo, como eu disse, antes de qualquer teste, deve ser avaliado um conjunto de fatores que podem comprometer, como a parte visual, auditiva, emocional e cognitiva. z

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Responsável Técnico: Dra. Erika Corrêa Vrandecic - CRMMG 28.946


RETRATOS DA CIDADE | RAFAEL CAMPOS rcampos@revistaencontro.com.br Foto: Samuel Gê

NÃO ESTÁ NADA DIVERTIDO O que é para ser lugar de diversão pode se tornar dor de cabeça para os pais, como Felipe Lourenço, com o filho Samuel, de 5 anos (abaixo). O brinquedo de madeira instalado na Praça do Papa, região Centro-Sul, tem parafusos soltos e lhe faltam pedaços. Em uma das passagens, as tábuas caíram, transformando-se em armadilha

para as crianças. Segundo a prefeitura, a manutenção dos brinquedos da praça é feita regularmente, mas uma nova vistoria será realizada após as informações passadas por esta coluna. Ainda de acordo com a administração municipal, “parte dos danos à es trutura de madeira é causada pelo uso inadequado e atos de vandalismo”. Fotos: Alexandre Rezende

POR ENQUANTO, SÓ ENTULHO Um grande entulho que margeia a avenida José Cândido da Silveira, altura da rua Gustavo da Silveira, no Santa Inês, está incomodando muita gente. O amontoado de concreto é o que restou de imóveis demolidos na região para dar lugar à Via 710. O pro blema é que a obra está no vermelho, já que a conclusão era para a Copa do Mundo. Em setembro, os trabalhos foram retomados, mas o corredor que ligará as avenidas dos Andradas e Cristiano Machado só deve ficar pronto em 2016. Enquanto isso, o entulho continua e, pior, tem se tornado bota-fora de outras obras.

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Fotos: Samuel Gê

ARTE NO VIADUTO Sabe aquela ideia de que os baixios de viadutos são violentos? Ela está de mudança, pelo menos no Barreiro. Sob o viaduto Engenheiro Andrade Pinto, na avenida Olinto Meireles, uma galeria de arte e uma biblioteca foram inauguradas, em setembro. Chamado de Viaduto das Artes, o projeto é um antigo sonho do artista plástico Leandro Gabriel, que ocupava o espaço com o

seu ateliê. Logo na estreia, réplicas de esculturas do artista francês Auguste Rodin foram expostas. Neste mês, será a vez da exposição Catadores, com fotografias, vídeos e esculturas de vários artistas mineiros. “A partir de agora, será um lugar dedicado a atividades artísticas, educativas e sociais”, diz Leandro. Em outras palavras, arte para todos.

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COMO ERA NO PASSADO A fachada da igreja São José, na área central, está sendo restaurada. A ideia é resgatar as cores originais de um dos principais templos católicos de BH. Com o passar dos anos, tonalidades de vermelho, cinza e azul foram se desgastando. Mas, para que a igreja volte a ter o visual do início de século passado, os fiéis devem ajudar. Os recursos financeiros para tocar a obra virão da comunidade. Segundo o vigário Flávio Campos, até a primeira quinzena de setembro, pouco mais de 20% do total do valor de R$ 1,450 milhão foram arrecadados. É uma boa causa!

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GENTE FINA | ANA CLÁUDIA ESTEVES aesteves@revistaencontro.com.br

RITMO DE FESTA “Este foi um ano de mudanças e muito crescimento, só tenho motivos para comemorar”, diz a designer Raquel Braga. As razões para a mineira de 28 anos estar tão feliz envolvem a marca de acessórios que leva seu nome. Neste mês, ela inaugura seu primeiro showroom em um grande espaço no Prado, que além de atacado e varejo terá peças exclusivas para noivas. Já em novembro, Raquel ainda celebra cinco anos da grife e prepara uma festa pra lá de animada. Samuel Gê

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TOP 50 A modelo Amanda Wellsh, natural de Patos de Minas, já desfilou para marcas renomadas, como DKNY, Custo Barcelona, Oscar de La Renta, e foi escolhida por Frida Giuanini o rosto da italiana Gucci. Prestes a completar uma década de carreira, a mineira de 24 anos está em sua melhor fase: ela acaba de entrar para a lista das 50 maiores modelos do planeta, segundo o site models.com. “Tem sido muito difícil conciliar tantos trabalhos com a distância do meu filho, de apenas 1 ano, mas vou continuar dando o meu melhor”, diz.

Sebastian Kim/Divulgação

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ELA FAZ ARTE Junto do marido, Alexandre Ribeiro, o Lelê, Fernanda Santiago comandava a boate Deputamadre Club, mas se cansou das noites em claro que a produção de eventos exigia e deu uma reviravolta na vida. A mudança começou quando, ao assumir uma rotina menos agitada, ela viu despertar o interesse pela decoração e começou a criar vasos, quadros e almofadas. Agora, a nova artista plástica, de 33 anos, vê suas primeiras criações romperem as fronteiras mineiras, já que no fim deste mês vai expor suas peças em uma loja de Porto Alegre. “Só de ver como as coisas estão fluindo já me sinto realizada”, diz. Alexandre Rezende

O SUCESSOR Em meio aos treinos, o lutador de jiu-jítsu Marcelo Uirapuru, de 39 anos, já se despede de seus alunos. Depois de conquistar respeito ao assumir a matriz de Belo Horizonte do grupo Gracie Barra, maior associação do mundo dessa arte marcial, substituindo seu mestre, Vinicius Bittencourt – o Draculino –, ele agora está de partida para os Estados Unidos. Diante do sucesso da modalidade no exterior, Uirapuru foi eleito para estar ao lado de seu mentor, que pretende se aposentar. “Sempre fui seu braço direito”, diz Marcelo. “Agora Draculino diz que quer que eu seja ele.”

Alexandre Rezende

A FRANÇA DE NORTE A SUL Aos 24 anos, Nayara Faria, filha do chef Ivo Faria, está de malas prontas para seu primeiro intercâmbio estrangeiro. O destino é a França: ela vai estagiar, indicada pelo pai, em restaurantes de diferentes regiões do país, durante um ano. “No mundo gastronômico, sempre temos o que aprender, espero viver novas experiências e conhecer outros sabores”, diz. Os clientes do La Palma, onde ela chefia a cozinha, podem aguardar novidades.

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CIDADE | TREINOS Alexandre Rezende

Malhação ao ar livre

Fora das quatro paredes, praças e lagoas de BH estão tomadas por adeptos de novas modalidades esportivas. Confira algumas opções AMANDA ALEIXO

Atividades físicas ao ar livre estão em alta em Belo Horizonte. Basta um olhar mais atento em praças, parques ou mesmo nas lagoas da cidade para ver adeptos de várias modalidades. Segundo o professor de educação física da UFMG Franco Noce, além da redução do estresse, a brisa batendo no rosto melhora o funcionamento do cérebro e estimula o pensamento meditativo. Para quem quer se aventurar nas modalidades esportivas ao ar livre, selecionamos opções aquáticas e terrestres. Antes de escolher, porém, é preciso levar em conta os cuidados básicos para não ter surpresas desagradáveis. “Cuidar da hidratação e não fazer esforços exagerados é primordial. Além disso, é muito importante buscar a orientação de um profissional, usar roupas leves e evitar a exposição ao sol forte”, diz Noce.

STAND UP PADDLE

Johnny Costa, atleta do SUP: “As pessoas esquecem os problemas e se voltam para a beleza natural ao redor”

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Nada de tênis, halteres ou anilhas. Para praticar o stand up paddle (SUP), só são necessários prancha, remo, colete salva-vidas e água. O esporte que tomou conta das lagoas mineiras mistura surfe e canoagem, trabalhando todas as regiões do corpo, principalmente as do Core – conjunto de músculos responsáveis pelo equilíbrio, como a região do abdômen. Johnny Costa, atleta de SUP e pioneiro da modalidade em Belo Horizonte, conta que os alunos procuram o esporte em busca de contato com a natureza e alívio do estresse. “Por se tratar de uma modalidade aquática e coletiva, as pessoas esquecem os problemas e se voltam para a beleza natural ao redor”, diz.

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Rogério Sol

POWER YOGA A nova aposta dos amantes da meditação une força, resistência e consciência corporal. Criado por educadores físicos norte-americanos, o Power Yoga se inspirou nos movimentos do Hatha Yoga – atividade que objetiva o equilíbrio mental por meio da atividade corporal –, para criar um estilo direcionado a quem está em dia com a saúde. Solange Pacheco, professora de ioga há 16 anos, explica que a diferença entre o novo estilo e as outras modalidades do ioga é o nível de exigência física. “Quem pratica o Power Yoga precisa de maior preparação e força muscular”, explica.

Onde praticar: Praça da Liberdade Gasto calórico médio: 500 calorias Tempo de aula: 1 hora Benefícios: Correção postural, melhora do condicionamento físico e da respiração, ganho de flexibilidade e força

Professora de ioga há 16 anos, Solange Pacheco (esq.) com alunas da modalidade: “É preciso preparação e força muscular”

Onde praticar: Iate Clube Lagoa dos Ingleses Gasto calórico médio: 400 calorias na aula passeio / 800 calorias no treino forte Tempo de aula: 1 hora Benefícios: Fortalecimento da região do Core e lombar. Trabalho de braços e pernas

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CIDADE | TREINOS Geraldo Goulart

SUPER CORE Entre uma estação e outra, saltos ritmados, agachamentos e flexões. A dinâmica do treinamento é completamente diferente das atividades físicas em ambientes internos, e os aparelhos são substituídos pelo peso corporal e pela estrutura da Praça do Papa. Com raízes no treinamento funcional e no Core Training, o Super Core foi criado pelo educador físico Kenji Takahashi, em BH. O objetivo era organizar a modalidade para que pessoas de diferentes capacidades físicas pudessem realizar o mesmo treino. Dessa forma, a aula coletiva fica mais interessante e o perfil físico de cada aluno é respeitado. “Em uma academia clássica, cada aluno tem uma ficha de treino específica. No Super Core, todos os alunos executam os mesmos exercícios, alterando-se a intensidade e complexidade do movimento”, explica. Organizado em sistema de circuito, o treino é composto por 10 estações de exercícios e alguns deles são específicos para correção postural. z

Onde praticar: Praça do Papa Gasto calórico: 600 calorias Tempo de aula: 1 hora Benefícios: Socialização, ganho de força, equilíbrio, consciência corporal e correção postural

Alunos do Super Core, na Praça do Papa: todos executam os mesmos exercícios, alterandose a intensidade e complexidade do movimento

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Informe Publicitário Divulgação

O endoscopista Bruno Queiroz Sander: especialista no procedimento perdeu 31 kg com o balão intragástrico

A ENDOSCOPIA NO COMBATE À OBESIDADE

Balão intragástrico é um importante método endoscópico usado para auxiliar a perda de peso

A

o contrário do que muitos imaginam, o procedimento de endoscopia não se limita apenas a fornecer diagnóstico de gastrite ou de outros problemas gástricos. Existem vários procedimentos terapêuticos realizados por meio deste método. Entre eles, o Balão Intragástrico é uma importante ferramenta para quem busca um auxílio para o emagrecimento, sem ter de submeter-se a cirurgia bariátrica ou ao uso de medicamentos inibidores de apetite. Aprovado pela ANVISA (Reg. nº 80143600103) e indicado aos pacientes com índice de massa corporal (IMC) maior que 27, o balão intragástrico é inserido vazio no estômago, por endoscopia, e então preenchido com soro e corante azul (na quantidade de até 700 ml). O procedimento é realizado com a mesma sedação usada na endoscopia convencional e dura em média 20 minutos. Não é necessário corte ou interna-

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ção e o paciente é liberado, em média, até uma hora após a colocação do balão. O médico endoscopista Bruno Queiroz Sander explica que o balão intragástrico atua ocupando a área de reserva do estômago por sua ação mecânica, oferecendo uma sensação de saciedade precoce, o que induz o paciente a ingerir uma quantidade menor de alimento. Ele revela ainda que o contato constante com a parede interna do estômago inibe a produção de grelina, um potente estimulante do apetite no cérebro, que é secretado quando o estômago está vazio, reduzindo o apetite. O especialista ressalta que o período de permanência do balão intragástrico no estômago é de até seis meses e o mesmo é removido também por endoscopia.

cesso do tratamento e a manutenção do peso perdido. “Não existe nenhum método milagroso”, completa. O especialista alerta que, por ser um procedimento endoscópico, é recomendado que seja realizado por um médico devidamente capacitado em endoscopia. Para saber se o seu médico é especialista em endoscopia, verifique no site da SOBED (Sociedade Brasileira de Endoscopia) http://sobed.org.br/servicos/comunidade/ busque-especialista-clinica/ ou junto ao CRM (Conselho Regional de Medicina). Acesse também o nosso site (www. clinicasander.com.br) para mais informações sobre este método endoscópico.

DE MÉDICO A PACIENTE Bruno Sander conta que perdeu 31 kg com a ajuda deste método e orienta que é fundamental a reeducação alimentar e a mudança do estilo de vida para o su-

Rua Alagoas, 601 – 2º andar Funcionários – BH/MG Contato: (31) 3588-1155 3261-4515 | 8508-5000 | 9464-0909 www.clinicasander.com.br

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CIDADE | SERVIÇO

Vai para Confins?

Onde é melhor estacionar Encontro visitou as quatro opções de estacionamentos nas proximidades de Confins. Comparamos as estruturas, os serviços e os preços. Há grandes diferenças

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RAFAEL CAMPOS

Deixar o carro no estacionamento e embarcar no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte, é uma rotina para muita gente, especialmente para quem costuma viajar por poucos dias. Hoje, existem três estacionamentos independentes na MG-010, próximos ao aeroporto: o B-Park, o Air Park e o Estapar/Minas Park, além do localizado dentro do complexo viário, o Royal Park. Para saber como anda a qualidade dos serviços oferecidos hoje pelos quatro estacionamentos, além de preços e diferenciais, visitamos cada um deles e elaboramos um raio-x (confira quadro comparativo) para ajudar os usuários na hora de escolher.

O que constatamos é que, graças ao aumento da concorrência no segmento, existe a preocupação em melhorar a qualidade do serviço e agregar outras vantagens para o cliente, tanto que todos estão com projetos de melhorias engatilhados, mas esperando o sinal verde do fim das obras de Confins e torcendo para que o movimento, como prevê a BH Airport (concessionária que administra o aeroporto e o estacionamento Royal Park), dobre e alcance a marca de 20 milhões de passageiros por ano – atualmente são 10 milhões. Quem opta hoje por utilizar os estacionamentos já usufrui de vantagens e, em muitos casos, da relação custo/ benefício favorável em comparação aos táxis. É só fazer as contas: o valor das diárias varia de R$ 25 a R$ 30 – sem

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considerar os descontos provenientes de convênios com algumas empresas, como companhias aéreas. Já uma corrida de táxi até o aeroporto partindo do centro de Belo Horizonte fica, em média, em R$ 120. Ou seja, R$ 240 a ida e a volta. Dependendo da duração da estadia, vale a pena fazer o trajeto com o próprio carro e deixar o veículo estacionado durante o período em que o motorista estiver fora. É possível ainda aproveitar o carro parado para realizar serviços rápidos oferecidos por alguns estabelecimentos, como troca de óleo, balanceamento, alinhamento e lavagem. Em breve, será possível também fazer check-in de algumas empresas aéreas nos próprios estacionamentos. Bruno Coelho, gestor comercial da BH Airport, considera que a concorrência é saudável no segmento, pois quem ganha são os motoristas. Por isso, enxerga os empreendimentos como parceiros. O B-Park, do Grupo Belvitur, o último a ser inaugurado às margens da MG-010, há apenas um ano no mercado, comemora a ocupação de 70% das vagas. O gerente, Daniel Puglielli, diz que o diferencial do negócio não pode ser outro senão proporcionar maior conforto e segurança ao cliente. “Há pessoas

que deixam o carro aqui com a chave na ignição e já entram na van. Isso é confiança”, conta. Já Lucas Cardoso, um dos proprietários do Air Park, diz que a ideia é triplicar de tamanho o estacionamento. “O cenário é promissor. Os outros empreendimentos também estão aguardando o melhor momento para investir e melhorar os serviços”, diz Lucas. Prova de que esse mercado está aquecido é o investimento previsto pelo Grupo Orguel. Especializado em venda e locação de equipamentos para a construção, a empresa quer também uma fatia desse bolo. A previsão é de inaugurar, ainda em outrubro, o Velox Park, para concorrer com os demais estabelecimentos. O terreno, localizado no km 26 da MG-010, sentido Confins, tem 30 mil m². Contudo, numa primeira etapa, apenas parte dele será utilizado como pátio para os carros. De acordo com Andréa Guerra, gerente de marketing do Grupo Orguel, o futuro estacionamento, que ficará a 13 km do aeroporto, será o primeiro com sistema de geração de energia fotovoltaica nas coberturas das vagas. No geral, todos os estabelecimentos estão buscando diferenciais para ganhar a preferência do usuário.

B-PARK

(5 estrelas*) Há apenas um ano no mercado, o B-Park, do grupo mineiro Belvitur, registra ocupação de 70%, o que mostra o potencial da região. O gerente, Daniel Puglielli, diz que o lema da empresa é “fugir do óbvio” e oferecer aos clientes muito mais que uma estadia para os seus veículos. Além dos serviços já oferecidos (confira no quadro), outro projeto é instalar totens para o cliente fazer check-in das empresas aéreas TAM, GOL e Azul. Outra ideia é expandir o pátio onde ficam os carros. Algumas lanchonetes já demonstraram interesse em instalar quiosques para oferecer salgados e doces

Thiago Mamede

*avaliação de Encontro (confira tabela)

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Encontro | 43

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CIDADE | SERVIÇO O QUE CADA UM TEM DE MELHOR B-PARK

AIR PARK

ESTAPAR/MINAS PARK

ROYAL PARK*

www.bpark.com.br

www.airparkconfins.com.br

www.minaspark.com.br

www.bh-airport.com.br

ENDEREÇO

Rua Paulo Ferreira Costa, 445 (às margens da rodovia MG-010)

Saída 27, MG-010

Rodovia MG-010, km 3

Rodovia MG-010, km 39

DISTÂNCIA DO AEROPORTO

9 min ou 11 km

10 min ou 13 km

5 min ou 3 km

Anexo ao terminal

COMODIDADE

Sala de espera para os clientes com ar condicionado, wi-fi, computador, sofás, banheiro masculino e feminino com acessibilidade e fraldário. Tem TV a cabo. Pela manhã, serve cafezinho com pão de queijo

Sala de espera com sofá, TV, wi-fi, cafezinho e petiscos. Há banheiros feminino e masculino com acessibilidade e fraldário

Sala de espera com wi-fi, fraldário, espaço privativo para reuniões, além de café, chá, sucos, água e pão de queijo

Não tem

350

432

1.100

2.560

SEGURANÇA

Monitorado por câmeras

Monitorado por câmeras e segurança 24h

Monitorado por câmeras e segurança 24h

Não existe sistema de câmeras (segundo a concessionária responsável, está em fase de implantação)

SERVIÇOS

Há manobristas. Serviços rápidos de lavagem, balaceamento e alinhamento. O cliente pode simular os valores da estadia e agendar os serviços pelo site

Não há manobristas. Há possibilidade de reservar a vaga com 24h de antecedência

Há manobristas. Serviços de lavagem, alinhamento, balanceamento, troca de óleo, funilaria e pintura, além de procedimentos rápidos de oficina

Não há manobrista ou serviços mecânicos rápidos

R$ 25 (diária), R$ 4 (hora) e R$ 300 (mensalista), com 10% de desconto para clientes TAM, Azul, Gol, além de Smiles, jornal Estado de Minas e agência de viagens Belvitur).

R$ 27 (diária), R$ 4 (hora) e R$ 300 (mensalista), com descontos de 5% a 20% para clientes da Azul e do jornal Estado de Minas.

Forma de pagamento: cartões de débito e crédito, exceto cheque

Formas de pagamento: cartões de débito e crédito, exceto cheque

O cliente ganha um passaporte gastronômico e um voucher de R$ 50 para passagens da Azul

O cliente ganha um voucher de R$ 50 para passagens da Azul

Pontos positivos: Melhor preço e melhor pacote de serviços

Pontos positivos: Pacote de serviços e preço intermediário

Pontos positivos: Localização e número de vagas

Ponto positivo: Dentro do aeroporto

Ponto negativo: Número de vagas

Ponto negativo: Maior distância do aeroporto e sem manobrista

Ponto negativo: Preço

Ponto negativo: Vagas sem cobertura, serviços escassos e preço

NOME

Nº VAGAS

todas cobertas

PREÇOS E FORMAS DE PAGAMENTO

BENEFÍCIOS

AVALIAÇÃO DA ENCONTRO

vagas cobertas

todas cobertas

R$ 29 (diária), R$ 8 (hora) e R$ 330 (mensalista). Todos os clientes ganham uma milha do programa Smiles ou da Multiplus a cada R$ 1 gasto no estacionamento. Formas de pagamento: cartões de débito ou crédito Clientes Porto Seguro Auto têm desconto de 30% na tarifa rotativo e 10% na tarifa mensalista

nenhuma coberta

R$ 30 (diária) e R$ 6 (hora). Não há opção de mensalista. Formas de pagamento: cartões de débito e crédito, exceto cheque

Não há qualquer forma de desconto

RESULTADO LEGENDA/NOTAS

PÉSSIMO

RUIM

REGULAR

BOM

ÓTIMO

* (Aeroporto Internacional de Confins / BH Airport)

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ONDE ESTÃO LOCALIZADOS No mapa, as quatro opções de estacionamentos no trajeto BH/Confins passando por Vespasiano Google Maps

ROYAL PARK PEDRO LEOPOLDO CONFINS

Rodovia MG-010, km 39, Confins

ESTAPAR/ MINAS PARK

Rodovia MG-010, km 3, Confins

LAGOA SANTA

B-PARK

Rua Paulo Ferreira Costa, 445, Vista Alegre, Lagoa Santa

VESPASIANO

SÃO JOSÉ DA LAPA

AIR PARK

Saída 27, MG-010, Vespasiano

Thiago Mamede

ESTAPAR/ MINAS PARK (4 estrelas*) Primeiro estacionamento da região fora do aeroporto, o Minas Park passou integrar o Grupo Estapar em 2012. Os gestores do negócio dizem que há projetos para incrementar os serviços. Além de expandir o número de vagas, está em estudo serviço de agendamento por meio de aplicativo de celular

*avaliação de Encontro (confira tabela)

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CIDADE | SERVIÇO Fotos: Thiago Mamede

AIR PARK (4 estrelas*) Os proprietários do Air Park, inaugurado há dois anos, aguardam sinal verde do mercado e as melhorias do aeroporto internacional de Confins para aumentar o número de vagas e incrementar o negócio. “Temos a capacidade de triplicar o nosso espaço. Pretendemos instalar lanchonetes, montar um centro de lojas e instalar totens para o cliente fazer check-in”, afirma Lucas Martins Cardoso, um dos sócios do estacionamento

ROYAL PARK (3 estrelas*) O estacionamento está passando por reforma, o que incluiu, até o momento, instalação de novas placas indicativas. Segundo Bruno Coelho, gestor comercial da BH Airport, concessionária responsável pelo complexo viário, a meta é ampliar o número de vagas, o que será possível ao se readequar o desenho do estacionamento. Até abril de 2016, pretende-se chegar a mais de 4 mil vagas (hoje são 2.560) z

*avaliação de Encontro (confira tabela)

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Informe Publicitário Samuel Gê

BOTEQUIM OU RESTAURANTE? OS DOIS! Arantes completa dois anos e solidifica sua presença no roteiro da gastronomia de Belo Horizonte Arantes Spritz, o primeiro da nova carta de drinques do Arantes Botequim: aposta da casa para o verão

Q

ue Belo Horizonte é a capital dos bares, todo mundo sabe. Já é internacional a fama dos botecos, com suas mesas espalhadas pelas calçadas, repletas de amigos em busca de diversão. Nos últimos anos, contudo, a cidade também tem sido reconhecida pela gastronomia variada e refinada de seus restaurantes, que investem cada vez mais na qualidade das iguarias que serão servidas aos clientes. Diante de tantas opções, muitas vezes é difícil escolher qual o melhor destino na hora de sair de casa. Bar ou restaurante? Quem vai ao Arantes Botequim não sofre com essa dúvida. A casa, inaugurada há dois anos em uma das regiões mais charmosas de BH, veio para solucionar o problema. Quem optar por uma noite mais despojada tem à disposição porções saborosas, perfeitas para acompanhar um bate-papo descontraído. Se a escolha for pelo jantar, o cardápio, elaborado pelo sócio e chef Felipe Lobo, atende a clientela a contento. “Essa mistura de bar e restaurante foi algo pensado desde a inauguração do Arantes”, explica a sócia Laura Lobo. “Todos os pratos da nossa cozinha são preparados com o mesmo nível de exigência em qualidade e esmero”, diz. No Arantes, os clientes desfrutam do

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sabor inconfundível das carnes da raça angus, com destaque para a picanha e o bife ancho, cortes de maior sucesso. A novidade, trazida do Uruguai por Felipe, é o La Piementa, chorizo angus grelhado servido com molho à base de pimenta-do-reino e escoltado por batatas portuguesas. Para acompanhar, uma seleta carta de vinhos, com rótulos de oito países. Formado em gastronomia no Rio de Janeiro, Felipe Lobo se preocupa em trazer novidades para sua cozinha, principalmente temperos. Foi assim que nasceu, por exemplo, o ancho ao molho de ervas, servido na última edição do Restaurant Week e que rendeu muitos elogios. Os pratos do chef também podem ser apreciados na proposta de almoço executivo (de R$ 18,90 a R$ 34), inclusive com desconto para funcionários de empresas conveniadas. O cliente escolhe dois acompanhamentos, que variam todos os dias, um corte de carne (filé mignon, picanha, chorizo, frango, salmão e lombo suíno) preparado na parrilla e um tipo de molho. Enquanto o prato é preparado, o Arantes serve uma salada de cortesia. E, com a chegada das estações mais quentes, o Arantes vai inovar mais uma vez. A aposta da casa para o verão será uma ampla carta de drinques leves, perfeita para o calor dos próximos me-

ses. O primeiro a ser oferecido para os clientes é o Arantes Spritz, que mistura espumante, vodca, morango fresco e água gasosa. “O público de BH é muito exigente. Por isso, temos que oferecer novidades que se enquadrem dentro desse padrão”, diz Laura. “Além do Arantes Spritz, estamos testando outras combinações de bebidas e frutas para satisfazer todos os clientes”, completa. Para quem não abre mão da tradição, o chope Brahma sai em dose dupla durante a happy hour, de terça a sexta-feira, das 18h às 20h. A dedicação dos sócios inseriu o Arantes, de vez, no rol das casas mais conceituadas de BH. A despeito das dificuldades, a equipe responsável pelo botequim/ restaurante não mede esforços para que a casa mantenha seu status de referência em diversão e boa comida na cidade.

Rua Marília de Dirceu, 177 Lourdes - Belo Horizonte - MG Tel: (31) 3337-3764 convenio@arantesbh.com.br Arantesbh @arantesbh

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CIDADE | GÁS NATURAL Fotos: Thiago Mamede

Obras na rua Buenos Aires, no Sion: no local foi instalado um dos dutos que integra a rede de gás natural

Chegou com atraso Já disponível em outras capitais como alternativa ao GLP, somente agora o gás natural poderá ser usado em residências de BH, primeiro em bairros da Zona Sul. Só em 2017 será ampliado para outras áreas 48 |Encontro

RAFAEL CAMPOS

Já pensou em substituir o gás de cozinha, o GLP (gás liquefeito de petróleo), pelo gás natural canalizado e aproveitar para aquecer a água do chuveiro? A alternativa, já consolidada em várias capitais brasileiras, chega com atraso a Belo Horizonte. Por isso, a Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig) corre contra o tempo para expandir a rede de gasodutos da cidade, que antes alcançava apenas o setor industrial. A empresa espera que até 2017 pelo menos 40 mil residências ou edifícios decidam pela conversão (do GLP para o gás natural), o que representa mais de 240 km novos de rede. As obras estão concentradas

em 22 bairros da região Centro-Sul, cujo licenciamento já foi aprovado. Mas a meta é ganhar toda a capital mineira. Afinal, quais as vantagens do gás natural? Em primeiro lugar, está a praticidade, já que o morador tem fornecimento contínuo. Marcelo Sant’Anna, gerente da Gasmig, indica também a economia. Dependendo do perfil de consumo da família, é possível reduzir em até 30% o valor de consumo em comparação ao GLP. Quanto à segurança, sobretudo em razão de ocorrências envolvendo explosões de bueiros na cidade do Rio de Janeiro, Sant’Anna afirma que riscos de acontecer problemas semelhantes por aqui são mínimos. “Nossa rede é nova e todos os testes estão sendo feitos para

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evitar vazamentos”, diz. Antes de chegar a Belo Horizonte, o gás natural percorre longo caminho. Ele vem da bacia de Campos (RJ) e alcança Betim, na região metropolitana. De lá, é distribuído por dutos para a capital mineira. A primeira etapa de implantação da rede de aço, chamada de Pulmão (veja mapa), está praticamente concluí-

MAIS SEGURO E BARATO Conheça as vantagens da utilização do gás natural em residência ECONOMIA É mais eficiente e barato em relação à energia elétrica e ao gás liquefeito de petróleo (GLP) O consumidor paga apenas o que consumir, de acordo com a leitura mensal da medição

Sérgio Villaça, morador do primeiro edifício a fazer a conversão em BH, no bairro Santo Agostinho: “Logo no primeiro mês de uso tivemos economia de 15%” Divulgação

O preço é tabelado

SEGURANÇA Uma vez que é mais leve que o ar, o gás natural se dissipa rapidamente na atmosfera, reduzindo os riscos de explosão, em caso de vazamento O gasoduto é subterrâneo. Não há estocagem em recipientes de alta pressão

PRATICIDADE Tem fornecimento contínuo, como a energia elétrica e a água. O consumidor não precisa se preocupar com o reabastecimento, com pedido de compra e com o controle de estoque Oferece várias possibilidades de uso, como em lareiras, sauna, churrasqueira, iluminação, etc. É mais limpo que o GLP, o que implica maior durabilidade e facilidade de manutenção dos aquecedores, dos fogões e utensílios Fonte: Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig)

Obras do gasoduto estão espalhadas por toda a cidade: segundo a Gasmig, não há risco de impactar o trânsito, já que não é necessária a abertura de valas

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CIDADE | GÁS NATURAL REGIÕES ATENDIDAS

BELO HORIZONTE

Bairros onde o duto de aço já existe e onde está sendo implementado

Oeste

Santo Agostinho

Centro-Sul

Funcionários

Lourdes Santo Antônio São Pedro

Gasoduto em construção Gasoduto existente

Cruzeiro Anchieta

Estoril Estrela D’Alva Betânia Palmeiras

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Carmo

Buritis

Sion Santa Lúcia Belvedere Vila da Serra

da, faltando apenas 1 km. Ela vai do bairro Santo Agostinho, na região Centro-Sul, até o Betânia, região Oeste. A partir dela, estão sendo instalados dutos de polietileno de alta densidade que alcançam as residências e edifícios. De acordo com Eduardo Luiz Batista Soares, gerente de expansão da Rede de Distribuição de Gás Natural da Gasmig, os trabalhos começaram em 2012, motivados pelo desejo dos próprios moradores. “As pessoas indagavam sobre como poderiam aproveitar aquele gasoduto que passava na rua de casa, mas que não chegava até elas”, diz. Agora, 1,5 mil moradores já assinaram contrato com a Gasmig. Sérgio Guimarães Villaça mora no edifício Chamonix, no Santo Agostinho, o primeiro prédio residencial a fazer a conversão em BH. Há mais de um ano, os 12 apartamentos usam o gás natural na cozinha. “Logo no primeiro mês de uso tivemos economia de 15%”, diz Sérgio. O Minas I, no Lourdes, e as duas unidades do hospital Materdei, no Barro Preto, também começaram a utilizar o gás natural. Além dos 22 bairros já licenciados, a Gasmig iniciou pesquisa de mercado para oferecer o combustível para os bairros Cidade Nova e Silveira, ambos na segunregião Nordeste de BH. No país, segun do a Associação Brasileira das Empresas (AbeDistribuidoras de Gás Canalizado (Abe utiligás), mais de 2 milhões de clientes utili zam gás natural. Enquanto isso, as obras estão a todo vapor pela cidade e, segundo a precicompanhia, os moradores não preci sam temer por longas interdições de ruas e avenidas. Os trabalhos seguem o Método Não Destrutivo (MND), que dispensa, por exemplo, a abertura de grandes valas para instalar o duto. “Utilizamos uma tecnologia mais cara, mas os transtornos são menores”, diz o gerente da Gasmig, Eduardo Soares. acompaA reportagem de Encontro acompa nhou o início das intervenções na rua Buenos Aires, no bairro Sion. No local, poestava sendo instalado um duto de po lietileno de alta densidade de 90 m que atravessava a rua Grão Mogol. Para isso, apenas três buracos foram abertos, já que o tubo é lançado sob o asfalto. O procedimento é realizado, em média, em três horas. z

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PERFIL | NEGÓCIOS

Como fazem os sapos A médica Eliane Lustosa, de 53 anos, fez de sua empresa, Labtest Diagnóstica, uma referência em inovação e tecnologia. Hoje, desperta a cobiça de multinacionais e cresce a taxas chinesas

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ALINE GONÇALVES

Quando criança, Eliane Lustosa não tinha o costume de brincar com animais de estimação, como muitos meninos e meninas da mesma idade. Como a mãe era médica e trabalhava sempre aos domingos, Eliane acompanhava o pai – o médico patologista Geraldo Lustosa, referência na área em Belo Horizonte – nas idas ao laboratório da família. Lá, os bichinhos que encantavam a garota eram sapos, usados na realização de testes de gravidez a partir da urina. “Era tudo uma maravilha”, diz. Ela lembra que o laboratório parecia um local mágico. Geraldo preparava misturas que trocavam de cor, manchas apareciam e desapareciam. Que

A médica Eliane Lustosa dobrou o faturamento da Labtest em cinco anos: “Todo mundo quis comprar a empresa, mas me recusei a vender”

criança não ficaria fascinada? O interesse pela área surgiu nessa época e nunca abandonou a menina. Como gostava de matemática, decidiu cursar arquitetura, mas jamais exerceu a profissão. Acabou seguindo os caminhos do pai. Fez curso de medicina e se especializou em patologia clínica, área em que o pai era professor. “Ele ensinava bem, suas aulas eram muito concorridas”, diz ela. “Mas a letra dele era terrível. Comecei a ajudá-lo a reescrever as aulas nos slides e acabei por me encantar pelas fórmulas e teorias da área.” Em 1996, quando os sapinhos já haviam sido substituídos por novas tecnologias, Eliane foi trabalhar “oficialmente” no negócio da família, fundado em 1958. Logo despontaram seu perfil de lideran-

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Samuel Gê

Samuel Gê

LABTEST EM NÚMEROS

FUNDAÇÃO:

1971

NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS:

200

O QUE PRODUZ: kits de reagentes para exames laboratoriais. Também importa e monta equipamentos para leitura de testes

O diretor executivo Tarcísio Vilhena: “A Eliane conhece o segmento de diagnósticos e sabe a necessidade dos clientes”

ATUAÇÃO:

9,5 mil

ça e seu lado empreendedor: convenceu o pai a abrir lojas “de rua”, trocando o 8º andar por uma do térreo, na rua Carijós. Passaram, assim, de 80 para 250 atendimentos por dia. Simultaneamente, Eliane mostrou a importância de expandir o negócio para outros pontos. “Foi uma vitória”, afirma. “Meu pai era contra, tinha medo de perder a qualidade.” Ela só não imaginava, naquela época, que outra experiência paterna fosse mudar novamente o rumo de sua carreira. No início de 1971, ao lado do também patologista José Carlos Basques, Geraldo fundou a Labtest Diagnóstica, pioneira nacionalmente na produção de reagentes químicos para diagnósticos in vitro (matéria-prima utilizada pelos laboratórios para fazer exames).

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Hoje situada em Lagoa Santa, em sede de 12 mil m², e tendo como sócios também a família Antunes, possui 200 funcionários e é comandada por Eliane, depois que o pai e o sócio faleceram. A empresa também importa e monta equipamentos que fazem a leitura de testes. A previsão é de que fature R$ 85 milhões em 2014 (está em quinto lugar no ranking brasileiro do setor e todos os seus concorrentes são multinacionais). Quando Eliane assumiu a presidência, em 2009, o faturamento era de R$ 43 milhões e o quadro de funcionários correspondia à metade do atual. Eliane teve de demonstrar firmeza antes mesmo de assumir o comando da empresa. “O nosso diretor executivo tinha saído em 2008 e estávamos em um

presente em laboratórios, dos 15 mil de todo o país. Também atua em outros 20 países

FATURAMENTO EM 2013:

R$ 78 milhões

FATURAMENTO PREVISTO PARA 2014:

R$ 85 milhões

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PERFIL | NEGÓCIOS Arquivo pessoal

Os fundadores da Labtest Diagnóstica, Geraldo Lustosa e José Carlos Basques, na inauguração da nova sede, em 1996: pioneira na produção de reagentes químicos para diagnósticos in vitro no país

processo de reformulação quando o Zé Carlos (José Carlos Basques, sócio) morreu”, diz. “Todo mundo quis comprar a empresa, mas me recusei a vender.” Ela segurou as pontas, sem deixar de lado o laboratório Geraldo Lustosa, onde continua no comando do conselho e responsável pelo corpo técnico. “Eliane conhece o segmento de diagnóstico e sabe a necessidade do cliente”, afirma Tarcísio Vilhena Filho, atual diretor executivo da Labtest e ex-executivo da Coca-Cola. Hoje, a empresa tem entre seus clientes quase 10 mil laboratórios, o que corresponde a cerca de 70% do total existente no país. Isso significa que, quando um médico pede um exame de controle de glicose ou até de HIV, há mais de 60% de chance de o paciente ser atendido por laboratórios que trabalham com produtos da marca Labtest. Os reagentes são o carro-chefe, com a venda de 1 milhão de kits por ano e estimativa de realização de 300 milhões de exames. A empresa trabalha também com a venda de equipamentos para realização de exames. O primeiro veio do Japão, em 2002 (atualmente há 16 no portfólio). Em 2010, Eliane viu a necessidade de entender melhor a área e partiu para uma viagem à China, para 54 |Encontro

Samuel Gê

Montagem dos kits de reagentes para exames de diagnósticos: material fornecido para 9,5 mil dos 15 mil laboratórios do país

conhecer os equipamentos fabricados naquele país. “Durante 20 dias, fizemos 16 voos internos para conhecer as fábricas”, diz. A partir daí, a Labtest Diagnóstica fechou novas parcerias e se tornou a primeira na montagem dos equipamentos de leitura laboratorial no Brasil, a partir de peças importadas. “Vendemos as máquinas, treinamos operadores e damos assistência”, afirma. Sempre atenta à inovação científica, o investimento em educação é crescente na empresa, que há pouco mais de um ano inaugurou seu Centro de Desenvolvimento, Inovação, Ciência e Tecnologia no Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-TEC). Hoje, 18 profissionais atuam no espaço, desenvolvendo pesquisas nas áreas de imunologia, hematologia e coagulação, biologia molecular, bioquímica, entre outras. Além dessa iniciativa, anualmente, a Labtest Diagnóstica doa kits de reagentes para universidades. “É uma empresa que respeita os funcionários e o meio ambiente”, diz a funcionária Aline Reinke, superintendente de controladoria. Com números de fazer inveja até na China, a Labtest cresce 15% ao ano, ininterruptamente. Agora, prepara-se para dar novos passos em um mercado que também só conhece prosperidade.

Segundo dados da Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde (ABIIS) – que reúne associações do setor de laboratorial –, no primeiro semestre de 2014 registrou-se alta de quase 5% no volume de diagnósticos, comparado ao mesmo período de 2013. “Isso se deve à importância do diagnóstico precoce. Pelo menos 80% das decisões médicas dependem disso, e os exames têm de ser precisos e eficazes”, diz o presidente da ABIIS, Carlos Eduardo Gouvêa. A Labtest Diagnóstica está de olho também no mercado internacional e prevê abertura de duas filiais em países da América Latina, já em 2015 (os locais são mantidos em sigilo). Além disso, o investimento na montagem de equipamentos vai continuar. “Nosso objetivo é conseguir nacionalizar componentes para reduzir o custo das máquinas”, diz Tarcísio Vilhena. Para alcançar a meta, a Labtest está investindo firme em tecnologia. Só nos últimos 2 anos foram cerca de R$ 10 milhões. “Nossa vocação, desde a origem, é a de ser uma empresa inovadora”, diz Eliane Lustosa. “Estamos prontos para dar um novo salto.” Assim como faziam os sapinhos do laboratório Geraldo Lustosa, guardados para sempre na memória da médica-empresária. z

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BEM-ESTAR | CORRIDA

Tributo à saú d

Alexandre Carvalho

“Sem dúvida é um momento único para a mulher mineira”, disse a empresária Flávia Gomes Peixoto

Em sua 10ª edição, a corrida Encontro Delas/Circuito Molico mais uma vez transformou a orla da lagoa Seca em uma verdadeira celebração em alto-astral

56 |Encontro

Samuel Gê

A publicitária Isabella Nogueira levou a filha Sofhia para torcer: “O ambiente, digno do universo feminino”

DANIELA COSTA

Um brinde à saúde, à beleza e ao bem-estar. Assim foi a 10ª edição da corrida Encontro Delas/Circuito Molico, que, mais uma vez, superou as expectativas. Cerca de 1,5 mil atletas amadoras e profissionais percorreram com garra e determinação os 6 km do circuito. Enquanto isso, amigos e familiares aguardaram ansiosos na linha de chegada, na orla da lagoa Seca. A prova, exclusiva para o público feminino, contou com a presença da primeira-dama do estado, Célia Pinto Coelho. “Fico muito feliz em participar de um evento em que a mulher e a família mineira são tão bem recebidas”, disse Célia.

Samuel Gê

“Cheguei cedo ao Day Care para não perder nenhuma atividade”, disse a estudante Vanessa Tupinambá

No pódio, a emoção tomou conta da atleta que ultrapassou a linha de chegada em primeiro lugar. Larissa Marcelli, de 27 anos, da equipe HF, fez o tempo de 22min12. “Estou muito satisfeita. Nas edições anteriores, já havia conquistado o segundo e o terceiro lugares, mas hoje me superei”, disse Larissa. Já Janaína Santana, de 28 anos, da equipe Casa do Corredor, comemorou a conquista do segundo lugar, com o tempo de 22min33. “Cada vitória me motiva ainda mais a praticar esporte. É muito gratificante”, diz Janaína. Aos 23min25, Erika Vieira, também da equipe Casa do Corredor, alcançou o terceiro lugar. Todas foram prestigiadas com medalhas da joalheria Manoel Bernardes e brindes de apoiadores

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ú de e à beleza Alexandre Carvalho

Diego Tardelli Filho, Linda Martins e Pietra Tardelli, filhos e esposa do jogador Diego Tardelli: “Sem dúvida, quero participar das próximas”, disse Linda

e patrocinadores, entre eles, a Nestlé Molico e o Mart Plus. Muitos aproveitaram o evento para se divertir em família. O casal de empresários Raimundo Nogueira Silva e Karine Vidal Almeida levou os filhos Pedro Henrique, de 11 anos, e Rafael Vidal, de 5, para curtir o espaço Encontro Kids e torcer para a mamãe. “É um momento de integração e descontração familiar”, disse Raimundo. A publicitária Isabella Nogueira, de 37 anos, também levou a filha, Sofhia, de 7 anos, para entrar na brincadeira. “O ambiente, digno do universo feminino, é contagiante”, disse Isabela. Linda Martins, empresária, mulher do jogador do Galo, Diego Tardelli, levou os filhos Pietra, 7 anos, e Tardelli

Alexandre Carvalho

O casal Raimundo Silva e Karine Almeida levou os filhos Pedro Henrique e Rafael para curtir o Espaço Kids: “É um momento de integração familiar”, disse Raimundo

Filho, 3 anos, para engrossar a torcida. “Fiquei surpresa com a estrutura da corrida. Adorei o Day Care e também deixar meus filhos no Espaço Kids”, disse Linda. “Sem dúvida, quero participar das próximas”. A empresária Flávia Gomes Peixoto de Lucca não conseguiu se inscrever a tempo para competir, mas fez questão de estar presente na prova. “Acabei de voltar de viagem, mas não perco nenhuma corrida. É momento único para a mulher mineira”, disse Flavia. No dia anterior, as participantes receberam atenção especial na arena do Day Care. Além de cuidados com as unhas, foi possível se preparar para a prova com massagens relaxantes e dicas de alimentação. O

kit da atleta, com bolsa exclusiva do estilista Rogério Lima, recheada de mimos, é sempre uma atração à parte. “Ontem, cheguei cedo ao Day Care para não perder nenhuma atividade”, disse a estudante de direito Vanessa Tupinambá. O diretor executivo dos Diários Associados, Geraldo Teixeira da Costa Neto, explica por que a corrida Encontro Delas/Circuito Molico já faz parte do calendário esportivo mineiro. “Simplesmente porque podemos ver a satisfação no rosto de cada participante”. crianças.” A prova é uma realização da revista Encontro, Diários Associados e jornal Estado de Minas. Colaborou: Bruna Tavares OUTUBRO DE 2014

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BEM-ESTAR | CORRIDA

Leticia Valle, Cristina Valle, Thais Valle e Fernanda Lima

Reinaldo Quintão, Maria Vitória Quintão e Cibele Cavalieri

Bruna Gosende, Liana Zan, Izabela Carneiro e Helena Paiva

Cenas da prova, Day Care e Espaço Kids Marília Coutinha e Flávia Menicucci

Vanja Marconi, Claudia Bernardes e Angélica Bernardes

Mariana Nogueira e Carolina Pereira

Larianne Barcelos e Ingrid Lopes

Oila Adolfo e Michele Peixoto

Fotos: Alexandre Carvalho, Alexandre Rezende, Cláudio Cunha, Dudua's Profeta, Eugênio Gurgel, Renata Caldeira e Samuel Gê

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ciaathletica.com.br

Shopping DiamondMall

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BEM-ESTAR | CORRIDA

Luciana De Morais e Michele Fabiana

Largada

Kátia Bao, Christina Botrel, Helen de Abreu e Gabriela Bacelar

Espaço Nestlé

Patrícia Soutto Mayor, Sérgio Frade e Helida Mendonça

Tânia Salles e Georges Perona

1º lugar - Larissa Marcelli

Marcele Dias, Elimar Mota, Paula de Oliveira e Eliane Simões

Percurso Encontro Delas

Fernanda Manata e Adriana Vasconcelos

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BEM-ESTAR | CORRIDA Espaço Kids

Graziela Oliveira

Miguel Burger, Daniel Burger e Laura Burger

Luiza Recife, Marina Azevedo e Otávio Recife

Mark Zammit, Victoria Motta e Anna Vitoria Motta

Leonardo Farah, Heitor Farah e Silvia Farah

Gustavo Germano, Sérgio Frade, Célia Pinto Coelho e Geraldo Teixeira da Costa Neto

Mariana Pires Valadão e Alexandre Barbosa

Rodrigo Belo, Antônio Lúcio Martins e Ana Luíza Martins

Dayana Oliveira, Saulo Motta, Lê Diniz e Juliana Guimarães

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Victor Costa Salum, Ricardo Salum e Ana Katharina

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Informe Publicitário

ALIMENTOS PARA PENSAR

C

om o envelhecimento nas sociedades ocidentais, o aumento das doenças degenerativas do cérebro será um dos maiores problemas para saúde pública. Durante o último congresso da Associação Internacional da Doença de Alzheimer (AAIC), em julho, em Copenhagen, foi dada ênfase ao aspecto nutricional e atividade física na prevenção da perda de memória. Como manter o cérebro sadio é um objetivo de todos. Nos EUA, centros acadêmicos estão atendendo pessoas jovens com fatores de risco para a DA bem antes de qualquer sintomas. Vários fatores nutricionais podem ser associados à perda da memória com o envelhecimento. O mecanismo da DA é, provavelmente, a combinação de alterações vasculares, acúmulo de proteína tóxica (amiloide), distúrbios de colesterol, insulina, fatores genéticos e deficiência nutricional com um denominador em comum que seria o excesso de oxidação das células. O excesso de radicais livres tem uma função deletéria e está associado à morte neuronal e pode ser a chave entre a preservação da atividade normal cerebral e o processo de demência. Existem vários sistemas internos que protegem a célula da atividade desses radicais livres. O cérebro depende de certos nutrientes para formação das células nervosas e dos neurotransmissores. Entre os protetores naturais como vitaminas e antioxidantes, frutas e vegetais são as principais fontes. Diversos estudos epidemiológicos mostram diminuição de incidência de doença de Alzheimer em pacientes com dieta rica em vegetais, frutas e, especialmente, o ômega-3. Um exemplo seria a dieta mediterrânea, que é rica em antioxidantes e azeite de oliva. Antioxidantes como vitamina C, E, betacaroteno, polifenol, cúrcuma. Além de resveratrol, coenzima Q-10, DHA, ácido lipoico, vitamina D estão em estudo na Doença de Alzheimer. A dosagem de 50 mg de betacaroteno mostrou benefício em uso prolongado em pacientes com perda de memória. Recentemente, o uso de vitamina E 2000u resultou em declínio mais lento em paciente com DA. Estudo na França com combinação de vitaminas C, E, selênio, caroteno,

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Divulgação

Neurologista, certificado pelo Colégio Americano de Neurologia e Academia Brasileira de Neurologia Diplomado em Neurogeriatria nos Estados Unidos. Clínica em Belo Horizonte e Flórida , EUA Top Doctor 2012-2013-2014 Castle-Connoly/ Gulfshore Life Magazine

e zinco apresentou melhores resultados em testes de memória, depois de 6 anos. Estudos similares mostraram benefícios de complexo B e ácido fólico em alguns casos. Ultimamente, a atenção também tem se voltado para a importância da vitamina D na atividade cerebral com o envelhecimento. Alto consumo de gorduras não saturadas e poli-insaturadas como DHA tem sido associado a menor incidência de DA. O DHA é um componente-chave das gorduras na membrana do neurônio. A maior quantidade de DHA na natureza é encontrada no leite materno. Peixe é a principal fonte de DHA na dieta. Vários estudos mostram incidência oposta da DA relativa ao consumo de DHA. Estima-se que metade da população americana não come peixe. O resveratrol é encontrado em uvas e parece ativar genes relacionados com longevidade. Talvez daí o benefício encontrado no vinho tinto como protetor de doenças degenerativas do cérebro. O consumo leve a moderado de álcool mostrou diminuição da incidência da DA consistente em vários estudos epidemiológicos. A cúrcuma é um potente antioxidante nos molhos curry. Além de proteção anti-

cancerosa, aparenta propriedades de proteção cerebral. Exceto em uma dieta rica em molhos curry, é difícil encontrá-la na dieta em grande quantidade. O ácido alfa-lipoico é um antioxidante encontrado na mitocôndria. O uso desse suplemento mostrou diminuição da progressão da perda de memória em pequenos estudos com pacientes com DA. A combinação de nutrientes levou à produção de alguns suplementos alimentares chamados de comida médica (medical foods), com estudos mostrando algum benefício na DA. Mudança de hábitos alimentares, apesar de difícil, talvez seja uma das maiores promessas na prevenção de doenças degenerativas do cérebro. DR. IGOR LEVY: Centro de Excelência em Neurologia Neurologista e Neurofisiologista Certificado pelo Colégio Americano de Neurologia Certificado em Geriatria Neurológica Alameda da Serra nº 400/404 Nova Lima - MG Tel.: (31) 3264-9590 - Fax: (31) 3264-9387 igorlevymd@comcast.net Clínica em Belo Horizonte e Flórida-EUA

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SAÚDE | MASSAGENS

Para o corpo e alma Massagens contribuem para melhorar a estética corporal e a qualidade de vida. Mas é importante ficar atento às indicações. Selecionamos seis tipos mais procurados para ajudar na escolha MARINA SANTOS

Não é de hoje que o toque é usado como forma de estimular nosso corpo e criar vínculos. Há quem fale em troca de energia, desenvolvimento psicomotor, ganho de imunidade, bem-estar e embelezamento, tudo por meio da massagem. “É algo intuitivo, o homem sempre praticou, dando origem depois a procedimentos técnicos”, explica Thiago Glanzmann, professor dos cur-

sos de massoterapia e estética do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial de Minas Gerais (Senac MG). Com diferentes embasamentos teóricos e instrumentações, há vários tipos de técnicas, voltadas tanto para fins terapêuticos quanto estéticos. A massagem, segundo explica Thiago, consiste basicamente na manipulação dos tecidos e na ativação de fluidos corporais, através do sistema circulatório e linfático. Maior órgão do nosso corpo, a pele é porta de entrada para diferentes agentes externos e, por meio de estímulos táteis, influencia em nossa produção hormonal, ajudando a reduzir níveis de cortisol, o chamado hormônio do estresse, e incentivando a liberação de seratonina, neurotransmissor que regula o sono e o humor. Nesse sentido, a massagem pode ser pensada até mesmo como prevenção contra doenças relacionadas a fatores emocionais, como a síndrome do pânico e o transtorno bipolar, ou para combater problemas como depressão e ansiedade, explica o especialista. Mas é importante procurar profissionais devidamente habilitados, para garantir a qualidade do serviço. “A princípio, todos podem fazer massagens.

Porém, o bom profissional é aquele que sabe instruir o cliente, tendo conhecimento sobre os benefícios fisiológicos daquela técnica e em quais situações é contraindicada”, explica Thiago. Histórico de câncer, problemas cardíacos e circulatórios, inflamações em fase aguda, dermatites, gravidez, varizes, fraturas ou edemas são alguns dos fatores que podem fazer com que a massagem seja nociva. Por isso, o cliente deve se submeter a uma anamnese antes do procedimento. A entrevista orientará o profissional a atuar segundo objetivos e necessidades de cada um. Thiago ainda reforça que é preciso cuidado para não se iludir com tratamentos milagrosos ou que trazem um resultado passageiro. “A única forma de eliminar gordura é através da ativação metabólica, via atividade física e reeducação alimentar”, diz o massoterapeuta, que é também educador físico. Portanto, a massagem é um recurso a mais para o ganho de qualidade de vida, pode ajudar a acelerar o metabolismo e a eliminar toxinas, mas consiste em prática complementar, que deve estar associada a hábitos saudáveis.

Divulgação

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Samuel Gê

SHIATSU Técnica de origem japonesa, consiste em fazer pressões percorrendo os chamados meridianos, que são linhas energéticas, referenciais de mapeamento corporal, usado também na acupuntura. Conforme o massoterapeuta Antonio Russillo (foto) a prática dispensa óleos ou cremes de massagem, pois não exige deslizamento ou fricção, e usa como apoios as mãos – principalmente palmas e polegares–, antebraços, cotovelos, joelhos e pés. O procedimento é feito em diferentes posições no chão ou na maca e objetiva a harmonização energética. “Já tive clientes que dormiram durante a sessão ou até choraram”, diz Antonio. Não há contraindicações. “Pode ser feito sobre todo o corpo, mas exige uma pressão diferente para cada parte e varia com a estrutura e a idade da pessoa”, diz.

Onde encontrar: Espaço Águas Claras (Nova Lima)

Geraldo Goulart

SHIRODHARA Com finalidades terapêuticas, é uma técnica milenar originária da Índia. Consiste no fluxo contínuo de um óleo morno sobre o chackra entre as sobrancelhas, mais conhecido como “terceiro olho”. Segundo a médica Izabel Cristina Leite, especializada em homeopatia, acupuntura e em estudos da medicina ayurvédica, esse procedimento é muito indicado para pessoas de mente inquieta, com dores de cabeça, insônia, ou que estejam deprimidas ou ansiosas. A seleção do óleo se orienta pelos “doshas” predominantes (Vata, Pitta e Kapha), que, na crença indiana, são categorizações que levam em conta a personalidade e a constituição física de cada pessoa. No procedimento, o óleo escorre para o cabelo, sendo o couro cabeludo massageado. “O óleo é muito nutritivo. Não se deve lavar a cabeça pelo prazo mínimo de duas horas”, diz a médica. A shirodhara pode ser combinada com massagens faciais e corporais, potencializando seu efeito relaxante. Onde encontrar: Spa Lótus (bairro Santo Antônio)

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SAÚDE | MASSAGENS Rogério Sol

ONOFIT É uma massagem redutora que combina manobras vigorosas e rítmicas, “tapping” (pequenos tapas) e estímulos táteis feitos com luvas de roletes, que possuem pequenas esferas giratórias, ativando ainda mais a circulação sanguínea. Usa-se óleo de massagem e pode ser feita nas pernas, glúteos, abdômen, flancos e braços, com intuito principalmente estético, para ajudar a definir o contorno corporal e a melhorar o aspecto de celulites. Também com propósito relaxante, é feita sobre um colchão aquecido e inclui movimentos nos pés, mãos e costas. De acordo com Janaína de Abreu, consultora da Onodera Estética, os clientes são acompanhados durante o tratamento, tendo os avanços mensurados com medição das circunferências e fotos. “Somos muito voltados para o resultado”, diz. Onde encontrar: Onodera Estética (Cidade Jardim)

Samuel Gê

BAMBUTERAPIA Técnica de origem francesa, é feita por meio do deslizamento e rolamento de bambus, que se apresentam em diferentes tamanhos, dependendo da área massageada. “Existem até bambus menores, para serem usados entre os dedos das mãos”, diz a esteticista Izabela Conrado (foto). Os bambus funcionam como um prolongamento dos dedos, potencializando o alcance das manobras, isto é, atingem-se grandes áreas corporais, economizando tempo e esforço por parte de quem aplica a massagem. Porém, dispensa o toque humano, o que reduz a sensibilidade. O procedimento pode ser feito para fins estéticos, auxiliando no desenho corporal, ou com propósito relaxante, de acordo com o ritmo e a pressão dos movimentos. Segundo a especialista, é bastante indicado para pessoas com tensão muscular e dores nas costas. Onde encontrar: Clínica Speciale (Sion)

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Rogério Sol

DRENAGEM LINFÁTICA Ótimo recurso para quem sofre com retenção hídrica, pode ser indicado até para mulheres grávidas. Inicia-se com a ativação dos linfonodos, agrupados em regiões próximas ao pescoço, axilas, abdômen (principalmente em volta do umbigo), virilha, fossas poplíteas (dobras atrás dos joelhos) e tornozelos. Esses gânglios fazem parte do sistema linfático, fundamental na defesa do organismo e que atua para a eliminação de toxinas. “Após bombear os linfonodos, são feitos movimentos leves e vagarosos, respeitando o sentido de fluxo do sistema linfático”, diz a fisioterapeuta Amanda Lopes (foto). É bastante comum sentir vontade de urinar durante a sessão, o que é um indício de que o procedimento está dando resultado.

Onde encontrar: LM Laser (Funcionários)

Samuel Gê

MASSAGEM MODELADORA O procedimento combina estímulos feitos para drenagem linfática com movimentos mais vigorosos e ritmados, e utiliza cremes de massagem e óleos especiais para aromaterapia, que ajudam a relaxar. Visa, principalmente, à redução de medidas, com melhora na definição da silhueta e atenuação do aspecto da celulite. A técnica pode ser usada em todo o corpo, priorizando partes de maior interesse do cliente. Embora as manobras sejam fortes, a intensidade varia de acordo com a tolerância a dor de cada pessoa, explica a médica Daniela Mello. “É um tratamento que precisa ser feito com regularidade, para que sejam obtidos resultados efetivos e duradouros”, diz. A massagem é feita sobre uma cama aquecida, para tornar a experiência mais acolhedora, com acompanhamento de medição de circunferências. Onde encontrar: Jardim Spa (Cidade Jardim) z

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PET | TRATAMENTO

Mais que companheiros

Alexandre Rezende

A convivência com animais de estimação ajuda na recuperação de adultos e crianças submetidos a tratamentos de doenças físicas ou mentais

Danielle Mendes, que sofre de doença degenerativa da retina, depende da cão-guia Luck para realizar as atividades do dia a dia: “Com a Luck, recuperei minha liberdade de ir e vir”

DANIELA COSTA

Quando King, cão da raça Pastor de Shetland, de 1 ano, chega aos hospitais e instituições da capital, distribui lambidas por todos os lados. Ele alegra da criança portadora de câncer ao idoso que depende da cadeira de rodas para se locomover. Quer apenas dar e receber carinho. No Lar de Idosas Santa Teresinha, Alice Maciel Castro, de 79 anos, emociona-se sempre que reencontra o amigo. E o que parece apenas brincadeira se transforma em uma forma de trabalhar a reabilitação física, mental e social de jovens e adultos, melhorando sua coordenação motora e desenvolvendo as relações afetivas. A atividade conhecida como Terapia Assistida por Animais (TAA) surgiu em 1792 em um asilo psiquiátrico de Londres. Desde então, especialistas estudam os benefícios da relação entre homens e animais. Em Belo Horizonte, quem treina King é o psicólogo Leonardo Curi, da Religare. No início de sua carreira, quando dava assistência em um abrigo de crianças e adolescentes no interior de Minas, observou que um adolescente considerado caso perdido em razão da rebeldia retornou das férias trazendo consigo um hamster. “O menino havia sido abandonado pela família, não se relacionava bem com as pessoas, tinha o temperamento violento. No entanto, aprendeu a 68 |Encontro

amar e proteger aquele pequeno ser.” A partir dessa experiência, Curi passou a treinar animais com a finalidade de realizar atividades e terapias assistidas. Atualmente, além de cães e gatos, tem em sua “equipe” aves e roedores. Pesquisas comprovam que 15 minutos de contato com um animal já são o suficiente para melhorar a fisiologia do corpo humano. “Por isso, sempre aferimos a pressão dos pa-

cientes antes e depois das atividades. Verificamos que ocorre o equilíbrio da pressão arterial”, diz o psicólogo. Além disso, o contato estimula a comunicação, a socialização, a autoestima, reduz a ansiedade e auxilia no tratamento da depressão. Cada espécie tem sua especificidade e atende a demandas diversas. No tratamento do autismo e depressão, os gatos trazem melhor resultado. Os cães auxiliam nas ativida-

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Paulo Márcio

O empresário Heleno Aires e a esposa Nidia Grecco, com o gato persa Jujuca: “O Heleno teve um problema sério de coração e o nosso gato foi fundamental para sua recuperação”, diz Nidia

des psicomotoras e trabalham a parte afetiva. Os aquários são muito utilizados no tratamento de Alzheimer, pois além de trazer calma estimulam a concentração. Os pequenos roedores afloram no indivíduo o desejo de cuidar e proteger. O cavalo, por sua vez, ajuda na recuperação da coordenação motora de pessoas com paralisia. João César Barroso Lima, de 12 anos, é portador

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de paralisia cerebral. Sua mãe, Nazaré Barroso, diz que, quando ele está montado na égua Pelúcia, nem se lembra de suas limitações. Há um ano, desde que começou as aulas de equoterapia no Centro de Equoterapia do Regimento de Cavalaria Alferes Tiradentes da Polícia Militar de Minas Gerais, houve melhora em sua fala e postura. “Hoje, ele consegue firmar mais a coluna e, além disso, é uma alegria só

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PET | TRATAMENTO Alexandre Rezende

Ivan Costa Mendanha/Religare/Divulgação

Alice Maciel Castro, do Lar de Idosas Santa Teresinha, e o cão King: ela se emociona sempre que se encontra com o animal, que foi treinado por especialista para auxiliar na reabilitação física e mental dos internos Portador de paralisia cerebral, João César Barroso faz aulas de equoterapia: em um ano, melhorou a fala e a postura

quando está com a Pelúcia”, diz a fisioterapeuta Viviane Maciel. A esteticista de pets Kelly Cristina de Paula André, de 42 anos, só conseguiu superar a depressão com a ajuda da gatinha vira-lata Pupy. “Fiquei semanas sem sair do quarto e durante todo o tempo ela me fazia companhia. Volta e meia me presenteava com alguns mimos, como lagartixas e grilos. Era a forma que ela encontrava para demonstrar seu amor”, diz. O empresário Heleno Aires, de 65 anos, e a mulher, Nidia Grecco, de 53 anos, psicopedagoga, não gostavam muito de gatos. Mas foi o persa Jujuca, presente de um amigo à filha, que os ajudou em um dos momentos mais críticos da família. “Há cinco meses, o Heleno teve um problema sério de coração, e a dedicação e fidelidade do Jujuca, sem dúvida, foram fundamentais para a recuperação dele”, diz Nidia. 70 |Encontro

As possibilidades de os animais auxiliarem os seres humanos vão mais além. Em alguns casos, eles são os olhos e as pernas dos portadores de deficiência visual. Aos 13 anos de idade, Danielle Mendes, hoje com 40 anos, descobriu que tinha retinose pigmentar, doença hereditária que causa a degeneração da retina e acarreta a perda gradativa da visão. Com o tempo, foi se tornando mais dependente da família, pois já não conseguia sair às ruas sozinha. “Isso me incomodava muito, porque queria ter mais liberdade sem precisar sempre de outras pessoas”, diz. Há sete anos, decidiu contar com o apoio de um cão-guia. Como no Brasil o processo de adestramento e liberação do animal é complicado e oneroso, buscou ajuda nos Estados Unidos. “Durante 26 dias fiz um curso intensivo de técnicas de uso da bengala e treinamento com o

cão em Sarasota, na Flórida. Lá conheci a Luck, minha labradora de 8 anos e meio. Foi amor à primeira vista”, diz. Desde então, a dupla se tornou inseparável e Danielle reconquistou seu direito de ir e vir. Há três anos, durante a gravidez do primeiro filho, passou por um processo de depressão profunda e mais uma vez Luck esteve a seu lado. “Minha vida se resume a antes e depois dela. Quando eu estava triste, ela me lambia, puxava a minha coberta. Foi superimportante para a minha recuperação”, diz Danielle. Agora as companheiras se preparam para uma nova etapa. A labradora já está na idade de se aposentar e sua dona terá um novo cão-guia. “Vou passar por todo o processo de adaptação novamente, mas a Luck continua conosco. É um membro da família. Somos muito gratos por todo o bem que ela nos proporciona.” z

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Informe Publicitário Samuel Gê

A dentista Sylvia Lessa Bini, especialista em halitose do Studio Odontológico: “Tão importante quanto devolver um bom hálito ao paciente é devolver a ele sua segurança”

AUXÍLIO EFICAZ NA LUTA CONTRA O MAU HÁLITO

À frente do Studio Odontológico, dra. Sylvia Lessa Bini é referência no combate à halitose em Minas Gerais

A

sensação é terrível: por mais que a pessoa escove os dentes, passe corretamente o fio-dental e faça a mais adequada higienização da boca, o mau hálito insiste em permanecer. Para piorar, em muitas ocasiões, quem tem problemas com o hálito ruim sequer sabe que isso acontece, por não conseguir mais identificar o odor. Nessas horas, a solução é procurar, o mais depressa possível, a ajuda de um profissional. Com 35 anos, a clínica Studio Odontológico tornou-se ponto de referência

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no combate à halitose em Belo Horizonte. O tratamento, cuja duração gira entre três e quatro meses, foi desenvolvido pela dra. Sylvia Lessa Bini, especialista em Periodontia, membro da Associação Brasileira de Halitose (ABHA) e ávida pesquisadora do tema. “Por não se tratar de uma doença, o mau hálito não tem cura, mas é possível controlá-lo”, explica a dra. Sylvia. De acordo com ela, a halitose pode ocorrer devido a um processo fisiológico, como o que aparece pela manhã, logo que acordamos; devido

a um processo transitório, como jejum prolongado. Ou ainda por um processo patológico, podendo ser de origem bucal ou em função de doenças sistêmicas como a diabetes, a cirrose hepática ou problemas renais. “É um erro comum associar o mau hálito somente a problemas estomacais. As causas são muito mais complexas e variadas”, completa a dentista. O primeiro passo do tratamento elaborado pela dra. Sylvia consiste em reduzir a carga bacteriana do paciente, que incide diretamente na halitose. Em seguida, é necessário alterar o padrão do fluxo salivar, por meio de equipamentos como laser e de eletroestimulação (TENS). Por fim, é feito um trabalho de recuperação da confiança do paciente, muitas vezes acompanhado por uma equipe multidisciplinar formada por endocrinologistas, psicólogos, nutricionistas e psiquiatras. “Tão importante quanto devolver um bom hálito ao paciente é devolver a ele sua segurança”, avalia dra. Sylvia. “Muitas pessoas atribuem à halitose tudo de ruim que acontece em suas vidas. É uma barreira difícil de ser superada, por isso essa etapa é tão importante”, explica a dentista, para depois completar: “Nem sempre esses passos do tratamento são seguidos nesta ordem. O controle é feito caso a caso e varia de acordo com os problemas apresentados pelo paciente”. A dentista focou seus estudos na halitose quando ainda estava na graduação, concluída em 2010. Hoje, quase cinco anos depois, com cursos realizados em Brasília, São Paulo e Campinas, dra. Sylvia explica o porquê de sua escolha: “Gosto de gente, de poder fazer algo para melhorar a vida das pessoas. A halitose não lida com uma dor física, mas emocional. Por isso, é fundamental o comprometimento com o paciente, com suas angústias. Por outro lado, é recompensador, realmente gratificante quando percebo que ajudei alguém a recuperar sua autoestima, sua confiança”, revela. STUDIO ODONTOLÓGICO Dra Sylvia Lessa Bini – CROMG 38878 Rua Piaui, 1776 – Tel.: 31-3213 5560 Cep 30.150-321 - Funcionários – BH / MG www.studioodontologico.com.br

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VIDA DIGITAL | ALYSSON LISBOA alisboa@editoraencontro.com.br

A VEZ DOS CUPONS Hoje, se você faz compras e não utiliza cupons de desconto, saiba que está perdendo dinheiro. Os aplicativos já povoam os smartphones dos consumidores que não perdem uma boa promoção. O Freet, desenvolvido pela empresa mineira Nextid, aposta em cupons eletrônicos que podem ser trocados por descontos em viagens, clínicas de estética, restaurantes, entre outros estabelecimentos. O funcionamento é muito simples. Basta escolher os tickets, resgatá-los e fazer a reserva no estabelecimento escolhido. Um código Qr é gerado e você apresenta na hora de usar o produto ou serviço. O diretor comercial da empresa, Wallace de Melo, está animado com o desempenho do aplicativo: "Já temos 10 mil clientes cadastrados em apenas três meses do lançamento”. O Freet está disponível para celulares iPhone e Android.

O MAR ESTÁ PARA P PA RA A PEIXE PEIXE Surfando na onda das compras coletivas, o Peixe Urbano lança o aplicativo Sonar, para oferecer descontos baseados em geolocalização. Nascido no Canadá, Júlio Vasconcellos, hoje com 33 anos, sócio-fundador do Peixe Urbano, esteve em BH e falou do aprendizado durante esses quase cinco anos de empresa. Divulgação/Peixe Urbano

TRÊS PERGUNTAS PARA | JÚLIO VASCONCELOS 1) Qual foi a maior dificuldade no início do negócio? E hoje, qual o maior desafio? A maior dificuldade foi explicar ao lojista o modelo de negócios e como nós poderíamos ajudar a empresa dele. Hoje a preocupação é acompanhar o movimento dos clientes. Existe uma migração da população da web para o celular mobile. Em um ano, haverá mais gente navegando em dispositivos móveis que em desktops. Tivemos de reestruturar nosso negócio. A melhor forma de você sobreviver é destruir o próprio mercado. 2) Existem muitam reclamações dos consumidores sobre esse tipo de serviço. Como isso é avaliado pela empresa? Criamos o Peixe Urbano em 2010 e fomos pioneiros. No final de 2011, já havia 2 mil sites no mesmo segmento, houve um boom muito grande. Por isso, havia vários níveis de qualidade. Nós monitoramos os usuários e tentamos converter a experiência negativa.

Os sócios Wallace de Melo, Vinícius Pereira e André Almeida da Freet: resgate de cupons começa a fazer parte da rotina do consumidor mineiro

Alexandre Resende

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3) Você acredita que o comércio eletrônico vai suplantar o comércio de rua? Nos Estados Unidos 6% das vendas do comércio são por meio eletrônico. No Brasil, esse índice é de 3%, ou seja, existe um espaço muito grande para crescer. Isso também mostra o tamanho do mercado off-line. Em pelo menos dez anos, é muito difícil que o mercado on-line supere o comércio off-line.

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APPS SÓ FALTAVA A MAÇÃ A Apple se rende ao mercado dos celulares gigantes, conhecidos como "phablets", e lança o iPhone 6 e o 6 Plus de 4,7 e 5,5 polegadas, respectivamente. Em 24 horas de pré-venda nos Estados Unidos, 4 milhões de aparelhos foram vendidos, o que afasta qualquer dúvida sobre a aceitação do consumidor para esse formato de celular. A maçã demorou um pouco para se render às telonas, que já estavam no portfólio da concorrência (confira quadro). O destaque vai para a melhoria da qualidade da tela, no modelo 6 Plus é de 1920x1080. A maior novidade, no entanto, é a duração da bateria, item fortemente criticado pelos usuários do iPhone. Tim Cook, presidente da empresa, garante que a bateria segura 15 dias no modo repouso. Você acredita? É ter para crer.

SUPERPLAYER A simplicidade faz o sucesso desse aplicativo. Você escolhe a lista de músicas a partir de gêneros, sentimento ou temas divertidos como "Amanhecer sertanejo", "Arrumadinha na casa", "Basquete de rua" e por aí vai.

Divulgação/Apple

AS TELONAS iPhone 6 Plus

5.5"

LG G Flex

Nokia 1520

6"

Samsung Galaxy Mega

6"

6.3"

Sony Xperia Z3

5.2"

ICQ Quem te viu, quem te vê. Sucesso nos anos 1990, o aplicativo de bate-papo voltou à tona, chegando a superar o número de downloads do WhatsApp. Além das funcionalidades do concorrente, ele tem chamadas por vídeo.

BRINCADEIRA LEVADA A SÉRIO Que o mercado de jogos eletrônicos já ultrapassou o do cinema, isso não é mais novidade. E o grande exemplo da força que o entretenimento doméstico tem é o sucesso do lançamento do game Destiny, produzido pela Bungie e distribuído pela Activision/Divulgação

Activision. O simulador de tiro em primeira pessoa que se passa em planetas devastados custou nada menos que US$ 500 milhões para ser feito. Ele ultrapassou os dois maiores orçamentos do cinema de Hollywood: Avatar (U$ 425 milhões) e Piratas do Caribe - No Fim do Mundo (U$ 300 milhões). Além disso, o jogo, lançado para Playstation 3 e 4 e para Xbox 360 e One, arrecadou U$ 325 milhões nos primeiros cinco dias de venda em todo o mundo. A diversão caseira virou negócio sério. Os estúdios hollywoodianos que se cuidem. (João Paulo Martins)

CCLEANER A vulnerabilidade do sistema Android tem facilitado a infestação de smartphones por vírus e malwares. O aplicativo pode ajudar a limpar as pragas virtuais e melhorar a performance dos aparelhos. Fotos:Reprodução/Internet

Você conhece algum aplicativo legal? Envie sugestão para a gente.

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Fotos: Alexandre Rezende

Espaços da Esmalteria Nail’s Bar: a casa conta com poltronas massageadoras e um sophistiqué bar, com cardápio exclusivo de drinks, além de uma variedade imensa de esmaltes, a maioria importados

SINÔNIMO DE SUCESSO E EMPREENDEDORISMO Unindo requinte, conforto e sofisticação, Esmalteria Nail’s Bar revoluciona a arte de cuidar das unhas na capital mineira

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A

dedicação que as mulheres modernas dão ao próprio corpo ultrapassa a mera questão da vaidade. Atualmente, beleza é sinônimo de bem-estar pessoal, autoestima elevada e satisfação consigo mesma. E, para qualquer mulher que se preze, estar com as unhas bem cuidadas é o primeiro passo na hora de cuidar do próprio corpo. As unhas funcionam como uma espécie de cartão de visitas e servem para impactar logo na primeira impressão.

Conhecedora da alma feminina e especialista em estética e beleza, a empresária Gizelle Luz identificou que essa quase obsessão das mulheres com o cuidado de suas unhas, somada à necessidade premente por exclusividade e sofisticação, poderia dar vazão a um novo nicho de negócios. Foi aí que nasceu a Esmalteria Nail’s Bar, espaço que reinventa a arte de tratar unhas, unindo esmero, requinte e conforto. “Hoje, as mulheres querem um lugar que vá além da confusão dos salões de beleza tradicionais”, explica Gizelle. “Na Esmalteria Nail’s Bar, elas terão à disposição atendimento personalizado e encontrarão um autêntico espaço de relaxamento, com clima descontraído, sem correria e barulho

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Informe Publicitário

A empresária Gizelle Luz, que enxergou a obsessão das mulheres no cuidado com as unhas: “Hoje, as mulheres querem um lugar que vá além da confusão dos salões de beleza tradicionais”

excessivos. O objetivo é fazer com que o cuidado das unhas seja motivo de prazer, e não somente uma obrigação”, completa. Com oito anos de experiência no ramo da estética e atenta ao mundo dos negócios, Gizelle moldou a Esmalteria Nail’s Bar à sua própria imagem. Por isso, charme e elegância são naturais no novo espaço, que prima pela qualidade no atendimento às clientes. “Sempre reforço para minha equipe de colaboradores que trabalhamos com pessoas, e cada uma que entra aqui é única. Por isso, nos esforçamos para que o atendimento seja exclusivo”, pondera a empresária que, apesar de sul-mato-grossense, já fala com sotaque mineiro. A Esmalteria Nail’s Bar está repleta de

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inovações que, certamente, irão impactar o setor. Para oferecer o máximo de conforto a suas clientes, a casa conta com poltronas massageadoras e um sophistiqué bar, com cardápio exclusivo de drinks, além de uma variedade imensa de esmaltes, a maioria importados. A grande novidade, porém, é o Espaço da Princesa Sofia, criado, especialmente, para as pequenas princesinhas que chegam à Esmalteria acompanhando suas mães e, desde novas, já praticam a arte de cuidar e embelezar suas unhas. Além de empresária bem-sucedida, Gizelle é mãe e atleta, o que não a impede de dedicar parte de seu tempo à filantropia. Atualmente, ela realiza proje-

tos em três instituições. Todo esse desvelo denotado à Esmalteria evidencia o sucesso da nova casa, que se confunde com a história de vitórias da empresária. Apesar de jovem, ela se acostumou a colecionar vitórias em tudo que faz, seja na vida pessoal ou profissional. Razão mais que suficiente para apontar a Esmalteria Nail’s Bar como referência em seu nicho de mercado não apenas em Belo Horizonte, mas em todo o estado. ESMALTERIA NAIL'S BAR Av Prof. Mario Werneck 1480, Shopping Via Werneck 2ºpiso Tel.: 2536-1508

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COLUNA DE DIREÇÃO | FÁBIO DOYLE fdoyle@editoraencontro.com.br

O MEIO AMBIENTE AGRADECE A ficha finalmente caiu e, em véspera de eleição, o governo federal decidiu aprovar incentivos para a venda de carros híbridos – movidos tanto a combustível quanto a eletricidade – sem tecnologia de recarga externa (não plugáveis). A solicitação foi feita no ano passado pela Anfavea, a associação dos fabricantes, e regulamentada e aprovada em 18 de setembro último. Agora, os automóveis com capacidade para até seis passageiros, motor de cilindrada de 1.000 cm3 a 3.000 cm3, equipados com sistema híbrido, terão redução do Imposto de Importação de

35%, para alíquotas que variam de zero a 7%, a depender da eficiência energética do veículo. A medida, que valerá até 31 de dezembro de 2015, beneficia de imediato o Ford Fusion Hybrid, que, antes do incentivo, tinha preço de aproximadamente R$ 130 mil, e o Toyota Prius, de R$ 121 mil. Até o fechamento desta edição, os novos preços não haviam sido anunciados. O que se espera, agora, é que a oferta de carros híbridos no Brasil aumente. O meio ambiente agradece. Só não dá para entender por que apenas os não plugáveis foram beneficiados.

Fotos: Divulgação

DECEPÇÃO A BMW é uma das que se decepcionaram com a decisão de limitar a redução do Imposto de Importação. A marca é a primeira a importar seu modelo elétrico plugável, o i3, por R$ 230 mil. Nissan, com o Leaf, e Renault também se preparam para trazer seus elétricos. A BMW trouxe a versão REX do i3, que inclui motor a combustão bicilíndrico (34 cv), para, por meio de gerador, carregar a bateria e estender a autonomia. O i3 tem a versão comum – 10% mais barata, apenas com bateria de íon de lítio –, cuja autonomia varia de 160 km a 200 km. A decisão de colocar um tanque de gasolina de nove litros foi resposta à legislação de alguns países que limitam incentivos se a autonomia com combustível fóssil ultrapassar a da elétrica. Híbridos a gasolina plugáveis permitem distâncias 10 ou mais vezes superior à conseguida com a bateria. No BMW i3, o motor de 170 cv acelera de zero a 60 km/h. A velocidade máxima é limitada a 150 km/h.

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SOLUÇÃO PIT-STOP Para levar seu carro à assistência técnica autorizada, o procedimento é parecido com a marcação de consulta com o médico. Você liga, a atendente informa data e horário disponíveis, quase sempre muitos dias após o que você tinha em mente. Se a situação for emergencial, o jeito é apelar para a paciência. Isso é consequência direta da frota circulante, que cresce de forma

exponencial, para não dizer descontrolada, e das limitações de espaço nas oficinas. Para evitar esses transtornos, a solução, além do agendamento, tem sido os boxes de serviços rápidos, já implantados por algumas marcas, que agora são adotados por marcas de importados. A Audi é a primeira entre as premium a implantar o serviço rápido em sua rede, com o nome de Audi

Service Express. As três primeiras revisões são realizadas em até uma hora. O cliente aguarda seu carro em sala de espera especial, equipada com wi-fi, café e televisão. Três concessionárias de São Paulo foram as primeiras a inaugurar o serviço expresso. Até o final do ano, vai operar também nas concessionárias de Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Curitiba.

S10 GANHA NOVO MOTOR A linha 2015 da Chevrolet S10, lançada nos últimos dias de setembro, traz como principal novidade a versão com motor 2.5 Flex Ecotec, anunciado como o mais potente do segmento. É um quatro cilindros, com comando de válvulas variável, injeção direta de combustível e potência de 206 cv, quando abastecido com etanol. O novo motor, que

dispensa o tanquinho de gasolina, é oferecido nas versões top (LT e LTZ) da picape. A LS, de entrada, mantém o motor 2.4 Flexpower, com até 147 cv. Além do novo motor, LT e LTZ receberam transmissão manual de seis velocidades e opção de tração 4x4, até então disponível apenas na S10 a diesel. O fabricante anunciou

ainda que a S10 está mais silenciosa, com menor nível de ruído na cabine, e melhor em termos de dinâmica de dirigibilidade. Ou seja, pula menos, mesmo com a caçamba vazia. Os novos preços começam em R$ 69.800 e chegam a R$ 103.700 para a linha com motores Flex. Para as versões diesel, vão de R$ 98.300 a R$ 142.400.

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VEÍCULOS | MERCADO

Disputa acirrada

O confronto acontece entre os SUVs compactos das três marcas premium alemãs, agora também com a participação do GLA, que a Mercedes-Benz começa a vender neste mês FÁBIO DOYLE

Se há um segmento que não para de crescer no mercado de automóveis é o de SUVs. São os utilitários esportivos, que chegaram ao mercado brasileiro no final da década de 1990, por iniciativa da Ford, com o Ecosport, e rapidamente povoaram o sonho de consumo de muitos brasileiros. A partir de 2006, a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), diante de números cada vez mais significativos, resolveu criar um quadro exclusivo para os SUVs em seus relatórios mensais de carros emplacados. Naquele ano, eram 37 modelos de utilitários esportivos com vendas de pouco mais de 77 mil unidades. No relatório de 2013, o quadro de SUVs mostra 56 modelos com vendas de qua-

se 287 mil unidades, quase quatro vezes mais que em 2006. Há cada vez mais lançamentos de SUVs, para todos os gostos e bolsos. Aqui no Brasil, o mais recente é o GLA, quinto SUV da Mercedes-Benz, que a partir de janeiro de 2015 será produzido na fábrica que está sendo construída em Iracemápolis, São Paulo. O GLA, que o fabricante inclui no segmento de SUVs compactos premium, fecha o ciclo de lançamentos de modelos projetados para conquistar consumidores jovens e reconquistar a liderança perdida para a BMW no campo dos carros de luxo. Ele adota a mesma plataforma utilizada pelo novo Classe A, Classe B e CLA, que marcam também a adesão do fabricante alemão à tração dianteira. A briga para colocar o GLA em lugar de destaque na longa lista de SUVs em

COMPARE CADA CONCORRENTE Motorização Cilindros Cilindrada Potência Torque Câmbio Tração Aceleração 0 - 100 km/h Velocidade máxima Consumo combinado Emissão de CO2 Peso Comprimento / Largura / Altura Entre-eixos Distância mínima do solo Sistema de direção Diâmetro de giro Coeficiente aerodinâmico Capacidade do tanque de combustível Capacidade do porta-malas Preços Fontes: Fabricantes, Tabela Fipe ND = dado não disponível

O GLA chega para disputar lugar entre os SUVs compactos premium e será o segundo Mercedes-Benz produzido na fábrica de Iracemápolis (SP)

Fotos: Divulgação

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ível

MERCEDES BENZ GLA ADVANCED/ VISION/BLACK EDITION

AUDI Q3 QUATTO / S-TRONIC

BMW X1 SDRIVE 20I

1.6 Turbo Gasolina

2.0 L TFSI Gasolina

2.0 L Flex

4 cilindros

4 cilindros

4 cilindros

1.596 cm

1.984 cm

1.997cm3

156 cv

170 / 211 cv

184 cv

250 Nm

280 / 300 Nm

270 Nm

3

3

Aut. dupla embreagem 7 marchas

S-Tronic 7 marchas

8 marchas

dianteira

nas quatro rodas

traseira

8,8 s

8,2 / 6,9 s

7,7 s

215 km/h

212 / 230 Km/h

205 km/h

ND

13,7 / 13,0 km/l

ND

137,52 g/km

174 / 179 g/km

162 g/km

1.435 kg

1.510 / 1.565 kg

1.485 kg

4.417 / 2.022 / 1.494 mm

4.385 / 1.831 / 1.590 mm

4.454 / 1.798 / 1.545 mm

2.699 mm

2.603 mm

2.760 mm

134 mm (com carga máxima permitida)

ND

ND

Eletromecânica progressiva

Eletromecânica progressiva

Eletromecânica

14,37 m

11,8 m

11,3 m

0,31 CD

ND

0,33 CD

50 L

64 L

63 L

421 L

460 L

420 L

R$ 132.900 a R$ 152.900

R$ 137.300 a R$ 195.450

R$ 134.950 a R$ 155.950

oferta não será fácil. Ao analisar suas características e filtrar a relação, retirando os mais básicos, os fora de estrada puro-sangue e os maiores, mais luxuosos e mais caros, a conclusão é de que o GLA tem como principais concorrentes o BMW X1 e o Audi Q3. Isso considerando-se a faixa de preço entre R$ 130 mil e R$ 190 mil e o fato de o GLA ser um SUV, quase que exclusivamente no estilo, mais voltado para o uso urbano, assim como o X1. O Q3, menor em comprimento e mais alto, tem mais jeito de SUV e preço de entrada próximo ao do GLA e do X1. São todos eles muito bem equipados, bem acabados e completos em

tecnologia embarcada de conforto, conectividade e segurança. O GLA oferece ainda a função ECO Start/Stop, que desliga o motor (também presente no X1) quando o veículo está parado, e o Attention Assist, que detecta e alerta eventuais sintomas de sonolência do motorista. Como no Q3, o concorrente Mercedes-Benz traz em todas as versões o sistema park assist, que estaciona o veículo sem interferência do motorista. Para afastar dos consumidores o temor dos preços altos na manutenção, a Mercedes resolveu adotar a prática dos preços fixos das três primeiras revisões para os modelos de entrada da marca, o

que também é feito pela Audi, e oferece como opção um contrato de manutenção com preço predeterminado para até a quinta revisão. Os principais concorrentes do GLA emplacaram juntos, segundo os números da Fenabrave, uma média de 363 carros mensais em 2013 e 497 unidades nos oito primeiros meses de 2014, sendo que neste ano o Audi Q3 passou na frente do BMW X1. O plano da Mercedes-Benz é vender deste mês, quando começam as vendas, até o fim do ano, 1 mil unidades do GLA no Brasil. Depois, a fábrica da pequena Iracemápolis (com apenas 25 mil habitantes) entra em operação e a história deve mudar. z OUTUBRO DE 2014

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ENCONTRO INDICA | JOÃO POMBO BARILE ARTES CÊNICAS | TEATRO

Victor Hugo Cecatto/divulgação

Construída a partir da releitura de três tragédias gregas, Antígona, Medeia e Electra, a peça Tragica.3 chega à capital para uma temporada até 26 de outubro, no Centro Cultural Banco do Brasil (Praça da Liberdade, 450). Sucesso de público e crítica em São Paulo e no Rio de Janeiro, o espetáculo tem direção e concepção de Guilherme Leme Garcia e traz no elenco Denise Del Vecchio, Letícia Sabatella, Miwa Yanagizawa, Fernando Alves Pinto e Marcello H. As apresentações são sempre de sexta a domingo, às 20h, com ingressos a R$ 10 (inteira), à venda na bilheteria do teatro. Informações: (31) 3431-9400 Por que ir: A montagem estabelece um interessante diálogo entre teatro, artes plásticas e música contemporânea.

LITERATURA | FÓRUM Para quem gosta de literatura, uma atração imperdível é o Fórum das Letras de Ouro Preto, evento que acontece entre os dias 29 de outubro e 2 de novembro. Com o tema Escritas em Transe, o encontro literário traz a Minas Gerais nomes como Ana Paula Maia, Mário Magalhães, Eliane Brum, Fabrício Carpinejar, Paulo Markun, Ricardo Kotscho e Zuenir Ventura.

Além de escritores de outros países, como a espanhola Care Santos, o africano Kously Lamko, o iraniano Mohsen Emadi e o suíço Patrick Straumann. Toda a programação tem entrada gratuita. Por que ir: Um dos encontros literários mais importantes do país, o Fórum das Letras reúne o melhor da literatura contemporânea. Débora Amorim/divulgação

MÚSICA | SHOW I O músico e compositor João Donato faz uma série de seis shows a partir de 8 de outubro, até 26 de novembro, sempre às quartas-feiras, em BH. Ao lado de Toninho Horta, Aline Calixto, Thiago Delegado e Dibigode e Fernanda Takai, Donato comemora os seus 80 anos, completados em agosto, com um espetáculo que emociona. Os shows acontecem no Centro Cultural Banco do Brasil (Praça da Liberdade, 450) e os ingressos, que podem ser adquiridos na bilheteria do teatro ou no site veloxtickets.com.br, custam a partir de R$ 5. Por que ir: É sempre um prazer ouvir o grande Donato, nascido no Acre, compositor de clássicos da música brasileira como A Rã, Bananeira, A Paz, Emoriô e Lugar Comum.

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Paulo Lacerda/divulgação

ARTES PLÁSTICAS | EXPOSIÇÃO Quatro amigos fotógrafos – Felipe Temponi, Mark Greathouse, Raphael Fraga e Thiago Mamede – mostram, até dia 26, suas impressões da cidade que é o berço do jazz, New Orleans, nos EUA. Com a exposição Nola, eles apresentam fotografias que retratam músicos de rua, uma tradição do lugar. A mostra acontece na Villa Floriano Pizzaria (av. do Contorno, 3.277, Santa Efigênia), de terça a domingo, das 18h às 2h, e faz parte do projeto Jazz na Villa, com música ao vivo às terças-feiras. Informações: (31) 2510-7955. Por que ir: Além de promover um passeio por New Orleans, o projeto reúne boa música em um casarão dos anos 1920, tombado pelo Patrimônio Histórico. Thiago Mamede/divulgação

ARTES CÊNICAS | ÓPERA A mais nova montagem operística da Fundação Clóvis Salgado, Rigoletto, do compositor italiano Giuseppe Verdi, estreia no dia 18, no Grande Teatro do Palácio das Artes (av. Afosno Pena, 1.537, centro), com récitas nos dias 19, 21, 25, 26 e 29 de outubro, às 19h (domingos) e às 21h (nos outros dias). Sob a direção musical e regência de Marcelo Ramos, concepção e direção de cena de André Heller-Lopes, o espetáculo terá como solistas, que se revezam no papel-título, os barítonos Devid Cecconi (Itália) e Rodolfo Giugliani (SP). Informações: (31) 3236-7400. Por que ir: Com tema sempre atual, envolvendo política, corrupção e traição, a ópera, lançada em 1851, é carregada de drama, enfatizado pela bela música verdiana. Divulgação

MÚSICA | SHOW II O cantor inglês Roger Hodgson apresenta-se em BH no dia 25 de outubro. O show, que acontece no Parque das Mangabeiras, às 19h, faz parte da turnê Breakfast in America. Um dos fundadores do Supertramp, Roger volta à capital mineira e interpreta sucessos como Take The Long Way Home, It’s Raining Again, The Logical Song e Fool’s Overture. Os ingressos podem ser adquiridos no Shopping 5ª Avenida ou no site www. ingressorapido.com.br. Por que ir: Um dos grandes nomes do rock dos anos 1970, Roger Hogdson prende a atenção do início ao fim.

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CULTURA | ARTES PLÁSTICAS

Arte inspirada nas ruas

A dinâmica das cenas urbanas é registrada por artista mineiro em grafites plurais e vibrantes

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AMANDA ALEIXO

Passos apressados, burburinhos, cores e mais cores. O homem grita: “Compro e vendo ouro”. Nas lojas arrumam-se as vitrines e as pessoas continuam passando de lá para cá no hipercentro de Belo Horizonte. Esse cenário é o que move e inspira o trabalho do escultor e grafiteiro Mário Rufino. Aos 32 anos de idade, o mineiro mostra talento de veterano, brinca com a matéria e transforma o mais improvável em arte. Os primeiros traços começaram

na infância, quando ele não se atrevia a explorar outros materiais além de lápis, papel e fotografia. As imagens registradas na câmera analógica findavam em desenhos tão realistas que a aprovação do pai para a mudança de profissão foi imediata. Mário deixou de cursar direito para se dedicar à faculdade de artes plásticas e lá, também, seu leque artístico foi ampliado na experimentação de outras matérias, como gravura, madeira e colagem. Entre muitas experiências, o grafite foi além e surpreendeu, pois unia

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Fotos: Samuel Gê

O grafiteiro Mário Rufino utiliza matériasprimas diversas em suas criações: “Todos os meus trabalhos são carregados de informação como uma metáfora do cidadão urbano”

Uma das últimas peças produzidas no ateliê do artista: pintura rica em detalhes e cores

desenho à pintura, dando ritmo à criação, o que Mário tanto procurava para suas obras. “Fui pegando latas de tinta com alguns colegas da faculdade e treinava desenhos na rua”, conta. Daí em diante, todo o trabalho foi moldado em torno da arte de rua e influenciado por programas culturais como o Arena da Cultura, do qual fez parte em 2003, sob a orientação de Rui Santana, grafiteiro e artista plástico que marcou a cidade com suas intervenções. Reconhecido pela liberdade criativa, Rufino se revela na diversidade das

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matérias-primas que utiliza em suas criações. Além de explorar a estética do grafite, o artista passou a dominar gesso, canetão e até mesmo plástico. Os resultados, ricos em detalhes e cores, sempre apontam para a temática do comércio e da propaganda. “A poluição visual criada pelos banners e outdoors me incomoda, por isso todos os meus trabalhos são carregados de informação, como uma metáfora do cidadão urbano”, explica. O novo projeto de Rufino, Empacotados, segue a mesma temática e se associa ao Terrorismo Poético, que a partir de atitudes inusitadas produz no público sensações de estranhamento e encantamento. O artista explica que a ideia é estimular a curiosidade das pessoas e fazer com que elas parem um pouco durante o dia a dia agitado e reflitam sobre o momento. “Todas as vezes que via alguém saindo de uma loja com um pacote, ficava pensando o que seria aquilo. Faço a mesma coisa, empacoto um objeto que acho na rua e deixo em algum lugar estratégico”, diz. Ainda neste ano, o artista planeja exposições individuais para suas peças e promete muita diversidade. Basta um olhar apurado para reconhecer os traços de Mário Rufino. Em galerias ou nas ruas da cidade, ele integra o espaço e devolve arte para todos os gostos. z

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NAS TELAS | JOSÉ JOÃO RIBEIRO jribeiro@editoraencontro.com.br

Mágico sempre acima da média Depois da consagração, no final do ano passado, com a obra-prima Blue Jasmine, Woody Allen, aos 78 anos, um dos mais influentes e atuantes diretores do cinema norte-americano, dificilmente repetiria logo em seguida a excelência da irresistível transformação da socialite falida, história premiada com o Oscar e imortalizada pelo brilho de uma estupenda Cate Blanchett. No entanto, seu mais recente longa-metragem, Magia ao Luar (Magic In The Moonlight), não decepciona e confirma a tese de que qualquer produto do genial cineasta nova-iorquino sempre está acima da média. Se não há o impacto e a ambição do roteiro anterior, Woody é suficientemente esperto para voltar ao seu périplo europeu e seduzir o público com tomadas deslumbrantes da Riviera Francesa. Na trama, ambientada nos anos 1920, o ilusionista Stanley (Colin Firth, pedante na medida certa) assume o personagem chinês Wei Ling Soo no palco, com números e sequências manjadíssimas, mas que não deixam de empolgar uma sempre disposta plateia. Num intervalo de sua turnê por Berlim, o falso mago oriental é procurado por um amigo, que pede sua ajuda para desmascarar uma mocinha (a irresistível Emma Stone), que supostamente tem poderes mediúnicos e anda tirando proveito de uma família riquíssima no sul da França. O cético Stanley não confia nas forças do além e aceita desvendar a farsa por trás da doce Sophie, que sempre está acompanhada da mãe (Marcia Gay Harden), de olho num possível e atraente casamento com o herdeiro, escancaradamente boboca. O único encanto que Stanley não é capaz de prever, nem de dominar, tem a ver com as trapaças do seu coração. O despretensioso Magia ao Luar, além de marcar o retorno de Woody Allen à Europa, território onde seus filmes 84 |Encontro

Divulgação

Colin Firth e Emma Stone são os protagonistas de Magia ao Luar: o bom elenco é sempre ponto alto do diretor Woody Allen

têm mais apelo (além da nossa vizinha, Argentina), demonstra sua sabedoria e atualidade para a escalação de um bom elenco. Os protagonistas Colin Firth e Emma Stone defendem com perfeição os afiadíssimos diálogos do roteiro e vale a pena o “resgate” da sempre incrível Marcia Gay Harden. Woody ainda aposta na australiana Jacki Weaver, a atriz sensação, de impressionante carisma, descoberta por Hollywood desde o corajoso Reino Anim al (Animal Kingdom). Após o operístico e monumental Match Point (2005), um de seus melhores filmes, Woody Allen produziu a leve e descontraída comédia Scoop (2006). Muitos taxaram como uma concessão à perda de qualidade. Para ele, o importante é nunca deixar de produzir e se permitir a todos os tipos de exercícios, que contribuem, de alguma forma, para a jornada de um autêntico mestre. O mesmo exemplo aconteceu nesta temporada: depois do

indiscutível Blue Jasmine, Woody diverte seu público com Magia ao Luar, sempre acima da média, no maravilhoso sol da Côte D’Azur. Seria muito bom que um filme brasileiro aparecesse entre os cinco selecionados ao próximo Oscar, para concorrer na categoria de melhor estrangeiro. Por isso, é fundamental a consciente e responsável escolha por parte da comissão reunida pelo Ministério da Cultura. E, pelo segundo ano (em 2013, O Som ao Redor foi o indicado), a seleção acertou em cheio com a aposta de Hoje eu Quero Voltar Sozinho como o pré-indicado para a consideração dos figurões da Academia em Los Angeles. O filme de estreia do diretor Daniel Ribeiro trata da descoberta da sexualidade de um adolescente cego. Um projeto feito com o coração, delicado, pensado para o público adolescente, que discute em momento tão oportuno a urgente pauta da diversidade sexual em nosso país. z

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ESPECIAL ODONTOLOGIA | TRATAMENTO

Cuidado com o bruxismo O ranger de dentes, principalmente durante o sono, é frequente em adultos e crianças e tem graves consequências. Especialistas indicam como identificar essa disfunção e quais os tratamentos

GABRIELA GARCIA

Nem a dor intensa e constante na face, nem a reclamação dos filhos que, do quarto ao lado, ouviam um ruído intenso chamaram a atenção. Foi só quando perdeu dois dentes que a pedagoga Mônica Martins percebeu o impacto que o bruxismo – o ranger dos dentes durante o sono – causava em sua vida. Sono ruim e dor facial ao acordar eram sintomas que já se manifestavam até que, há seis anos, ela deu início ao tratamento ininterrupto para conviver com essa disfunção e evitar novos problemas. O dentista Eduardo Mascarenhas, da Clínica Clarus, explica que na função normal os dentes não entram em contato uns com os outros durante a mastigação, porque os alimentos se interpõem entre eles. Esse contato só vai acontecer durante o ato de engolir, mas sem forças excessivas. Já no bruxismo, além de haver contato direto entre as superfícies dentais, há contração excessiva dos músculos da mastigação, muitas vezes bem maior do que as estruturas relacionadas poderiam suportar. Shutterstock

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KUBITSCHEK PLAZA HOTEL Um pedaço de Minas no coração de Brasília No centro de Brasília, próximo aos seus principais monumentos, está o hotel que é referência em qualidade e acomodação no ramo da hotelaria. Inaugurado em 1990 e inspirado no mineiro Juscelino Kubitschek, o Kubitschek Plaza é perfeito para quem quer se hospedar com conforto, elegância e sofisticação. Venha se sentir em casa em um lugar lindo e aconchegante.

267 ACOMODAÇÕES ESPAÇOS PARA EVENTOS AUDITÓRIO PARA 220 PESSOAS ANDARES PRIVATIVOS SUÍTE PRESIDENCIAL Reservas: (61) 3319.3543 reservaskubitschek@plazabrasilia.com.br www.plazabrasilia.com.br

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ESPECIAL ODONTOLOGIA | TRATAMENTO Eugênio Gurgel

O uso de placas, segundo o dentista Victor Guimarães, é o mais indicado, mas medicação e atividades físicas também são recomendadas: “Os pacientes com bruxismo são mais ansiosos, detalhistas, perfeccionistas e sofrem por antecipação”

Por isso, embora surpreendente, o relato de perda de dentes não é raro no consultório de dentistas. Segundo Eduardo Mascarenhas, muitas vezes é apenas quando precisam extrair os dentes (porque já levam trincas até as raízes) que os pacientes se dão conta do bruxismo. Ele quase poderia ser considerado um “mal moderno”: com altíssima incidência entre adultos e crianças. Fatores como estresse, tensão e ansiedade são apontados como as principais causas. Mas basta voltar atrás na história para perceber que essa parafunção (quando se excedem as funções normais da boca, como mastigar e deglutir) é comum ao homem há bastante tempo. O termo “bruxismo” vem do grego brýkhmós, que significa ranger os dentes. Na Bíblia, a a expressão ‘ranger os dentes’ aparece várias vezes com o sentido de sofrimento, aflição e tormento. “No consultório, observamos que pacientes com bruxismo apresentam o que chamamos de perfil “responsável”. São muito ansiosos, detalhistas, 88 |Encontro

Thiago Mamede

O dentista Eduardo Mascarenhas explica que existe opção de uso de botox para paralisar a musculatura maxilar, mas só em último caso: “ É alternativa quando o paciente responde mal ao tratamento convencional”

perfeccionistas e sofrem por antecipação. Mas isso não pode ser confirmado como regra geral nem utilizado para realizar um diagnóstico”, diz o dentista Victor Guimarães. Por esses motivos, além do tratamento ortodôntico por meio de placas rígidas ou macias (de silicone), que devem ser usadas ao dormir, e, até mesmo, o uso de botox para paralisar o músculo do maxilar (em último caso), tratamentos complementares são sempre bem-vistos (confira quadro). Mesmo com personalidade tranquila, a bancária Cristiane Galvão, de 27 anos, faz tratamento para bruxismo desde os 22. Em uma época de transição, logo após formar-se na faculdade, ela começou a sentir dor intensa na face logo ao acordar, que se amenizava com o correr do dia. O diagnóstico foi fácil: a mãe de Cristiane sofre do mesmo problema há muito tempo e aqueles sintomas já eram conhecidos em casa. Ainda que não existam associações comprovadas, o bruxismo, segundo dentistas,

também pode estar ligado a fatores genéticos ou a problemas físicos de oclusão ou fechamento inadequado da boca, por exemplo. Apesar de muitos casos envolverem mulheres, os dentistas não se arriscam a afirmar que a questão de gênero também interfira nas ocorrências. “É certo que as mulheres cuidam mais da saúde e, consequentemente, procuram mais tratamento, o que pode causar uma ideia errada sobre a incidência”, explica Eduardo Mascarenhas. Perceber a existência dessa disfunção e a hora certa de procurar tratamento, no entanto, não é simples. Principalmente porque, na maioria do casos, as pessoas estão dormindo (bruxismo do sono) ou porque não notam um apertamento constante e discreto dos dentes quando estão acordadas (bruxismo em vigília). Isso faz com que os relatos de companheiros e familiares sejam parte importante do diagnóstico dos dentistas. Mas é no exame clínico que o profissional pode perceber o desgaste dos

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O Hotel que faltava em Belo Horizonte

ESPECIAL ODONTOLOGIA | TRATAMENTO ATENÇÃO AO RANGER DE DENTES PRINCIPAIS CONSEQUÊNCIAS

Thiago Mamede

Piora da qualidade do sono: o bruxismo está relacionado a microdespertares, com duração de 3 a 15 segundos Mobilidade, sensibilidade e dor nos dentes Dores musculares (face, cabeça, pescoço, ombros), hipertrofias no músculo masséter Trincas e fraturas nos dentes, restaurações e trabalhos protéticos Alterações na articulação têmporo-mandibular (dor, ruídos, travamentos, deformações) Perda óssea COMO PERCEBER Dor de cabeça constante Dor forte no músculo da face logo ao acordar Dor e zumbido no ouvido Estalos ao abrir e fechar a boca Relatos de familiares sobre ruídos ao dormir

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TRATAMENTOS Uso de placas uso de remédios controlados para ansiedade Uso de botox (para paralisar a musculatura muscular), mas somente em último caso Atividades físicas e outras de relaxamento corporal, para reduzir o estresse

A pedagoga Mônica Martins chegou a perder dois dentes: apesar das dores na face e ranger de dentes à noite, ela não se deu conta de que havia algo errado

dentes e diagnosticar as diferentes variações para, então, determinar o tratamento adequado. No caso de Mônica, o diagnóstico veio acompanhado de complementação de resina em muitos dos dentes já desgastados, além do uso da placa rígida e de acompanhamento médico para introdução de remédio controlado para ansiedade. A placa rígida, primeira opção dos dentistas, foi indicada para dormir, mas não funcionou bem e foi então substituída pela placa de silicone. Uma terceira opção para quem não se adapta às placas, mas menos recomendada por dentistas, é o uso do botox. “O uso do botox é visto como uma opção porque paralisa a musculatura do maxilar, que é o responsável pelo ranger dos dentes. Mas isso requer rea-

plicações constantes e não é o mais indicado. É alternativa quando o paciente responde mal ao tratamento convencional”, explica Eduardo Mascarenhas. Até mesmo crianças sofrem dessa disfunção. É na faixa etária entre 5 e 8 anos que o bruxismo do sono alcança os índices mais altos na infância. Embora existam poucos estudos sobre o assunto, o dentista Victor Guimarães explica que a incidência costuma estar associada à erupção dos dentes incisivos centrais superiores.Também devem ser considerados outros fatores, especialmente relacionados à ansiedade. Crianças com bruxismo apresentam até 16 vezes mais chance de serem ansiosas. Nesse tipo de situação, a prática de esportes é indicada como boa alternativa para os pequenos. z

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Informe Publicitário Alexandre Rezende

VINTE ANOS DE SUCESSO

Cetro comemora duas décadas dedicadas à formação de novos dentistas e aposta na geração de empregos para seus estudantes Os irmãos Eliane Carvalho e Giovanni de Carvalho: eles fizeram do Cetro uma referência em especialização em odontologia

V

inte de novembro. A data marca os 20 anos de existência do Cetro – Centro de Especialização e Treinamento da Odontologia –, uma das referências no ensino da profissão não somente em Minas Gerais, mas em todo o Brasil. Nessas duas décadas, mais de dois mil alunos passaram pelas salas de aula do centro, que iniciou suas atividades com um curso de atualização e aperfeiçoamento e hoje conta com um dos mais disputados cursos de pós-graduação na área. Comandado por dois irmãos – dra. Eliane Carvalho e dr. Giovanni de Carvalho –, o Cetro tem como foco principal o investimento maciço na formação de seus alunos. “Não medimos esforços para que os alunos se formem realmente capacitados para o exercício da profissão. Seja por meio de realização de congressos e seminários de alto nível, ou custeando assinaturas de revistas especializadas”, explica a dra. Eliane. “Não importa que isso signifique uma margem de lucros menor. O que realmente importa é o aprendizado”, afirma. Todo esse desvelo é motivado pela própria trajetória profissional da dra. Eliane, fundadora do Cetro. “Quando me formei, só havia um curso de especialização em Minas Gerais, e era bastante restrito.

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Eu me orgulho de poder contribuir para a formação de novos dentistas”, diz ela, hoje mestre em Ortodontia e coordenadora dos cursos de Aperfeiçoamento e Especialização do Cetro-BH. A infraestrutura do Cetro é invejável. A escola, localizada na região hospitalar de Belo Horizonte, conta com quatro salas de aula teórico-laboratoriais, duas clínicas, sala de RX, sala de prótese, biblioteca, três salas administrativas, áreas de convivência e cantina. Os alunos exercitam as disciplinas práticas, atendendo a pacientes da comunidade, cerca de 1 mil a cada mês. O custo dos tratamentos chega a ser 75% mais barato que o valor normalmente cobrado por clínicas particulares. INCUBADORA DE EMPREGOS Para comemorar o 20º aniversário do projeto, os diretores do Cetro resolveram inovar outra vez. O foco, que sempre esteve na formação dos alunos, passa, agora, também pela inserção dos melhores alunos nos mais atrativos mercados de trabalho. A intenção é financiar, junto aos interessados, projetos que levem clínicas odontológicas a cidades em franco desenvolvimento, promovendo, dessa forma, a interiorização e democratização do conhecimento.

“São muitos os novos ortodontistas que chegam ao mercado todos os anos. Sabemos a dificuldade e o custo de montar uma clínica, por isso decidimos tomar para nós esse papel”, explica o dr. Giovanni. “Mapeamos uma série de cidades que estão em pleno desenvolvimento econômico. O primeiro município a receber o projeto será Rio Verde, o quarto maior de Goiás”, diz. Ao assumir o papel de desenvolvimento sustentável na área odontológica, o Cetro evidencia sua vocação para a educação de qualidade. Verdadeiro centro de excelência em ortodontia, ele expande a preocupação que sempre destinou a seus alunos e reforça sua condição pioneira. Agora, ampliando seus limites de atuação, plenamente conhecidos em Minas Gerais, para todo o Brasil. Sorte daqueles que passam por lá.

R. Padre Marinho, 98 - Santa Efigênia CEP: 30140-040 - Belo Horizonte - MG Tels.:(31) 3241 2044 | 3241 7436 3241 3524 | 3524 2555

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ESPECIAL ODONTOLOGIA | APARELHO Alexandre Rezende

Sorrisos metálicos e coloridos Raphael com as amigas Amanda, Maria e Júlia: “Não gosto muito do aparelho, mas, já que preciso usar, transformei isso em algo divertido”, diz ele

Com borrachinhas de todas as cores, os aparelhos ortodônticos caíram no gosto de crianças e adolescentes. Há também opções mais discretas para adultos 92 |Encontro

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CAROLINA COTTA

Os mais jovens até gostam. Os adultos têm resistência. Mas o uso de aparelhos ortodônticos é a única esperança de sorrisos mais bonitos e equilibrados para quem precisa alinhar os dentes. As crianças e adolescentes adoram a ideia de combinar borrachinhas e se diferenciar dos colegas, enquanto os adultos procuram opções as mais discretas possíveis. Se pudessem, usariam um aparelho invisível. A boa notícia é que ele existe. “Se antigamente o paciente adulto evitava o aparelho, com a chegada dos aparelhos estéticos esse cenário mudou. E entre os mais jovens o efeito é inverso. Quanto mais chamar a atenção, melhor”, diz Carlos Henrique Carvalho, da Clinica Ortodontia José Aloizio de Carvalho. Há dois anos, Sofia Guimarães Teles Caetano, de 14 anos, descobriu que teria de usar aparelho e adorou a notícia. “Fiquei superfeliz. O bom é que, além de consertar a dentição, você fica na moda”, diz a garota, que agora está ansiosa para concluir o tratamento, em outubro. Afi-

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nal, há aspectos negativos. Ela reclama, por exemplo, da frequência de aftas, do cuidado com a prática de esportes e da higienização complicada. Mas vai sentir falta de ter algo mais para combinar. “Adoro brincar com o aparelho, colocando bráquetes (as peças fixadas nos dentes ) diferentes e borrachinhas coloridas. Eu me sinto bem e meus amigos curtem muito. Gosto de investir em cores para combinar com minhas roupas e fazer looks bem diferentes. Minhas preferidas são as borrachinhas rosa, verde, vermelha e também preta e branca, do meu Galo”, diz Sofia. Hoje existem também bráquetes de diferentes formatos e cores, para chamar muita atenção e dar mais vida ao aparelho. Segundo o professor e presidente da Associação Brasileira de Ortodontia e Ortopedia Facial seção Minas Gerais (ABOR-MG), Luiz Fernando Eto, da Clínica Eto, há bráquetes em formato de coração, estrela, entre outros, e borrachinhas no mesmo tema, além de opções nas mais variadas cores. Rafael Rodrigues, de 13 anos, usa aparelho há

cinco e cada visita ao ortodontista é motivo para mudar a cor da borrachinha. E para conhecer mais novidades. “Não gosto muito do aparelho, mas, já que preciso usar, transformei isso em algo divertido”, conta o estudante. Mas as principais inovações atendem mesmo quem quer fugir do “sorriso metalizado”. Segundo Leonardo Foresti Soares de Menezes, professor de ortodontia da UFMG, inicialmente, o tratamento ortodôntico era voltado para crianças e adolescentes, que continuam sendo os principais beneficiados, já que se pode, dentro de limites, “moldar” o crescimento dos ossos maxilares em quem ainda está crescendo. “Mas o adulto também pode se beneficiar e perdeu a timidez de usar algo que era, até pouco tempo atrás, basicamente para crianças. Com os aparelhos mais estéticos, da cor do dente, que seguem os mesmos princípios dos aparelhos metálicos, ficou menos constrangedor para os adultos”, explica. Uma técnica que se aprimorou nesse sentido foi a ortodontia lingual, na qual os bráquetes são colados na parte de

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ESPECIAL ODONTOLOGIA | APARELHO trás dos dentes. Segundo Luiz Fernando Eto, quando pergunta a seus pacientes adultos o motivo da escolha por esse “aparelho invisível”, a resposta, inevitavelmente, passa pela ideia de que o aparelho convencional remete a algo da adolescência, um período de pouco comprometimento com as coisas, o que, profissionalmente, poderia prejudicar a relação com clientes e parceiros. A arquiteta Patrícia Dare, de 32 anos, por exemplo, já tinha usado aparelho antes e adiou o retorno ao ortodontista porque não queria usar o convencional de novo. Com o auxílio do ortodontista, ela optou pelo aparelho lingual. A adaptação foi diária, principalmente porque a fala foi afetada no início, mas em pouco tempo tornou-se quase imperceptível. “Foi por essa preocupação que optei pelo modelo, que não afeta em nada a estética. Escolhi pensando no que eu não queria. Como já havia usado o fixo tradicional, não tive dúvidas ao decidir que não o queria novamente na atual fase da minha vida”, explica Patrícia. Nessa linha dos pouco perceptíveis, outra opção são os alinhadores, que são placas transparentes removíveis. Segundo Carlos Henrique Carvalho, esse sistema representa um avanço porque não usa bráquetes, o que não compromete a estética e é mais confortável para o paciente”, explica. Todo o plano de tratamento é feito por meio de modelos 3D, permitindo ao paciente ver o resultado antes mesmo de começar a usar. Nesse tratamento, o paciente visita o ortodontista a cada 15 dias para a troca do alinhador e usa a peça durante 20 horas por dia. Os bráquetes autoligados, que proporcionam atrito menor entre o fio e o bráquete e, consequentemente, um movimento mais rápido dos dentes, também é uma técnica mais recente. E os avanços não se limitam aos materias empregados. O diagnóstico evoluiu, com tomografias que permitem uma avaliação tridimensional das estruturas da face, e os mini-implantes ortodônticos tornaram possíveis movimentos antes difíceis ou mesmo impossíveis. “Não só os materiais e técnicas evoluíram, mas o tratamento também. Por exemplo, extraía-se mais dentes. Hoje a filosofia mudou”, diz José Aloizio. z 94 |Encontro

Samuel Gê

Sofia Caetano adorou a notícia de que precisava usar aparelho: “Fiquei superfeliz. O bom é que, além de consertar a dentição, você fica na moda”

Paulo Márcio

Os dentistas José Aloizio Carvalho e Carlos Henrique Carvalho: “Não só os materiais e técnicas evoluíram, mas o conceito do tratamento ortodôntico como um todo. No passado, por exemplo, extraíam-se mais dentes”, diz José Aloizio Thiago Mamede

A maioria dos pacientes adultos do ortodontista Luiz Fernando Eto, como a arquiteta Patrícia Dare, prefere os aparelhos invisíveis: “Como já havia usado o fixo tradicional, não tive dúvidas ao decidir que não o queria novamente na atual fase da minha vida”, diz Patrícia

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Informe Publicitário Roberto Rocha

O ortodontista dr. Pierre Cunha em seu consultório: “Minha especialidade é corrigir os dentes com aparelhos que não aparecem”

O FIM DO “SORRISO METÁLICO” Dr. Pierre Cunha é referência em Minas Gerais no uso do aparelho invisível para os dentes, mais discreto, rápido e prático

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ensação de desconforto, dores e muita dificuldade para morder. Além do aspecto estético, esses são alguns dos problemas enfrentados por quem já teve de usar um aparelho ortodôntico. A combinação de peças coladas, fios e metais é realmente incômoda e demanda bastante sacrifício por parte de quem precisa ajustar seus dentes e busca um sorriso mais bonito e saudável. Desde 2003, no entanto, um ortodontista de Belo Horizonte tem revolucionado o uso de aparelhos não apenas na capital, mas em todo o estado. Jovem, com apenas 40 anos, o dr. Pierre Cunha é um dos maiores especialistas do Brasil no uso de aparelhos ortodônticos invisíveis, que corrigem os dentes de maneira mais eficaz e com menos sofrimento. Autor de trabalhos científicos nacionais e internacionais, especialista e mestre em ortodontia, dr. Pierre tem quase 20 anos de atuação, com mais de 5 mil tratamentos ortodônticos já realizados. Foi durante uma pós-graduação na Universidade de Connecticut, nos Estados Unidos, que ele conheceu a técnica dos

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aparelhos invisíveis e logo tratou de trazê-la para o Brasil. “Ter examinado e tratado tantos pacientes foi o que sempre me incentivou a estudar e buscar soluções mais estéticas e confortáveis para meus clientes”, explica dr. Pierre. “Por isso, eu me especializei em tratamentos com os aparelhos americanos, que são referência nesses conceitos. Existem muitas pessoas que desejam melhorar o sorriso, corrigindo a posição dos dentes, mas, por diversos motivos, não querem usar um aparelho tradicional. Esta é minha especialidade: corrigir os dentes com aparelhos que não aparecem”, garante. Usando alinhadores transparentes de acetato de um milímetro de espessura, os aparelhos invisíveis são planejados por um software de desenho que projeta peças específicas para cada paciente. As peças são trocadas a cada duas semanas e, de maneira gradual e suave, guiam os dentes para o sorriso projetado pelo programa. “São incrivelmente discretos, com tratamento rápido e prático”, explica dr. Pierre, que possui o título Doctor Platinum, que significa um dos graus mais altos de expe-

riência no campo dos aparelhos invisíveis. Removível, o aparelho pode ser retirado para eventos sociais. Por não ter fios nem metais, não machuca e garante mais conforto aos usuários. E, por ser extremamente fino, não levanta nem machuca os lábios. De acordo com dr. Pierre, o aparelho invisível “não altera o estilo de vida e permite que o paciente coma tudo de que gosta”. “Além disso”, completa, “o resultado proposto é exibido pelo software antes do início do tratamento, que só se inicia após o paciente visualizar e aprovar, na tela, o planejamento do resultado final”. Com um currículo invejável, o dr. Pierre não se cansa na busca por tecnologias que garantam maior segurança e praticidade a seus clientes. “É isso que me motiva a ir cada vez mais longe, buscando proporcionar o que existe de mais confortável e discreto aos nossos pacientes. Por isso, eu me especializei em lapidar sorrisos com aparelhos invisíveis”, explica o ortodontista. www.pierrecunha.com (31) 3227-0081

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Fotos: Rogério Sol

O advogado Rénan Kfuri Lopes, fundador da RKL advocacia: “Acreditava e até hoje tenho plena confiança no Poder Judiciário e na advocacia por nós exercida”

UMA VIDA DEDICADA AO DIREITO ENC161INF_dr.renan.indd 96

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RKL Advocacia, fundada pelo Dr. Rénan Kfuri Lopes, completa 30 anos de excelência na prática jurídica

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m dia para ficar marcado para sempre. No último 10 de agosto, o RKL Advocacia comemorou 30 anos de ininterrupta atividade, feito raro na seara do Direito. Sempre tendo à frente seu sócio-fundador, o advogado Rénan Kfuri Lopes. “É uma dádiva divina que a vida me concedeu, uma conquista pessoal”, comemora o jurista. “Isso só me estimula a estudar cada vez mais e poder atender nossos clientes com o máximo de zelo”, completa. Nascido em Ponte Nova, Dr. Rénan graduou-se em Direito em 1983, na então Universidade Católica, hoje PUC Minas. Depois de um período trabalhando com Dr. Afonso Estevão Torres, primeiro como estagiário, depois como advogado, decidiu fundar a RKL Advocacia. “Tive o apoio de

meus pais, Reynaldo Lopes e Salete Kfuri Lopes. Acreditava e até hoje tenho plena confiança no Poder Judiciário e na advocacia por nós exercida”, comenta. O RKL Advocacia sempre foi um escritório transparente e que prima pelos estudos científicos mais avançados do Direito. Um de seus mais importantes insights é o de que há sempre a necessidade do estudo, da pesquisa, da proximidade com cliente. A perseguição perene por esta meta culminou no nascimento de um dos sites jurídicos mais consultados do país, o www.rkladvocacia.com. A presença na web consolidou em Dr. Rénan a avidez pelo estudo, que o acompanha desde a época de primeiranista no curso de Direito. Autor de 21 livros que cobrem 14 especializações jurídicas e adotados por mais de 100 faculdades brasileiras, agora Dr. Rénan quer inovar mais uma vez, migrando suas obras integralmente para o meio virtual e possibilitando o acesso aos mais longínquos rincões do país. “É preciso que haja uma reestruturação total no ensino jurídico”, pondera Dr. Rénan, constantemente solicitado como palestrante e parecerista. “Além disso, nossas

O advogado é autor de 21 livros, que cobrem 14 especializações jurídicas e são adotados em 100 faculdades brasileiras: as obras estarão disponíveis no meio virtual para facilitar o acesso de qualquer ponto do país

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leis não são ruins. A falta de estrutura do Poder Judiciário transnuda a falta de qualidade que hoje impera”, diz. Avesso a aparições públicas, Dr. Rénan sempre buscou manter um relacionamento respeitoso com juízes, desembargadores e ministros, mas sem pirotecnia, nunca agindo como rodapé nos corredores de fóruns e tribunais, mas sempre disposto a colocar, de maneira sólida, os interesses de seus clientes, a quem agradece “pela confiança e fidelidade demonstradas ao longo de toda essa história. Quero expressar o sincero desejo de prosseguir estreitando laços, em uma parceria construtiva e profissional, em que todos ganham”. A celebração dos 30 anos significa muito mais que uma mera data de aniversário, mas, antes, a celebração do êxito de um compromisso: o compromisso com uma causa e uma missão, com valores que dão sentido à sua existência como advogado, alicerçada em princípios como ética, transparência, qualidade, comprometimento, integridade, eficiência, objetividade, colaboração, respeito, inovação, sustentabilidade e trabalho em equipe. Advogado, pai e avô, Dr. Rénan comemora os 30 anos de sua jornada com as vistas voltadas para o futuro. “Temos tudo para resistir a eventuais mudanças dos ventos, pois a experiência e o que ainda haveremos de aprender nos autorizam afirmar que o RKL Advocacia deu certo. Há razões para continuar otimista, embora o trabalho seja, ao mesmo tempo, exaustivo e prazeroso”, diz. Palavras de quem já se tornou um ícone da profissão por sua essência, por tudo que construiu e por sempre acreditar que é possível fazer mais.

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ESPECIAL KIDS

| ESCOLA Rogério Sol

Maria Cristina Lamounier, diretora da Escola Bilboquê: “Sugiro que os pais procurem várias escolas antes de matricular seus filhos e que optem por aquela que melhor atenda aos anseios da família, como projeto pedagógico consistente, espaço físico adequado e segurança”

A hora da escolha Pais devem pesquisar e entender bem o projeto pedagógico antes de matricular os filhos na primeira escola

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GABRIELA GARCIA

A separação entre mãe e filho com o fim da licença-maternidade e a necessidade de retorno ao trabalho são marcadas como um período de dúvidas e inseguranças. Mas já é hora de levar o filho para a escola? E qual instituição de ensino escolher? É nesse contexto que as escolas infantis, em especial as que oferecem turno integral, aparecem pela primeira vez – e cada vez mais cedo – na vida dos pais. Entregar os filhos ao cuidados de educadores não é tarefa simples. A criação é responsabilidade do casal, da famí -

lia, mas as escolas são excelentes lu gares para as crianças serem cuidadas e aprenderem, desde que o ambiente estimule a aprendizagem. A educadora e professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Mônica Correa explica que é preciso compreender que o mundo mudou em relação à criação dos filhos. “A interação é uma característica humana, mas as mulheres ainda carregam muita culpa por deixarem os filhos muito novos ao cuidado de outras pessoas”, diz. As crianças têm menos contato com outras por nascerem em famílias

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Samuel Gê

A assessora jurídica Júnea Rezende com a diretora da escola Chez le Enfant, Maria Lúcia Rodrigues: identificação com o projeto pedagógico montessoriano foi decisivo na escolha do primeiro colégio das filhas Fernanda e Mariana

menores, a redução do espaço físico e pouco contato ao ar livre para o desenvolvimento infantil são pontos que reforçam a importância da escola na vida dos pequenos. Segundo a psicóloga e assistente de direção do Instituto Tarsísio Bisinotto (ITB) Ubirani Lucena, grande parte dos pais chegam à escola depois de experiências que não deram certo com a babá, por exemplo.

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Com a supervisora de gestão de uma multinacional Fernanda Rezende, mãe das gêmeas Vitória e Gabriela, de 3 anos, que estudam no ITB há dois, não foi diferente. “Tentei deixá-las com uma babá em casa para que elas pudessem ter mais tempo para descansar e dormir mais, porém observei que elas acordavam e ficavam na frente da televisão. Elas também

estavam adotando uma alimentação não apropriada”, diz. “Foi aí que optei por uma escola com tratamento personalizado.” Segundo a diretora da Escola Bilboquê, Maria Cristina Lamounier, as preocupações dos pais costumam ser, principalmente, sobre a qualidade do projeto pedagógico e a segurança dos espaços. “Sugiro que os pais procurem

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ESPECIAL KIDS

| ESCOLA Geraldo Goulart

DICAS PARA QUE SEU FILHO COMECE BEM 1 - Escolha uma instituição alinhada às suas expectativas Há diferentes projetos pedagógicos. Se você quer que seu filho saia da educação infantil alfabetizado, escolha uma escola que tenha a mesma preocupação 2 - Faça a matrícula com o máximo de antecedência As melhores escolas infantis de Belo Horizonte contam com listas de espera enormes. Garantir a vaga com antecedência deve ser parte do planejamento 3 - Observe como ocorre a comunicação entre pais e professores na instituição Certificar-se de que há um canal eficaz de comunicação direta com os professores é crucial para o acompanhamento das crianças. Algumas escolas optam até pelo uso de agendas para informar os pais sobre necessidades especiais e mudanças de comportamento, por exemplo 4 - Atente-se ao sucesso do período de adaptação Há diferentes propostas para esse período, que vão desde o aumento gradual do tempo de permanência da criança na instituição até a presença dos pais em sala de aula. O sucesso dessa transição é fundamental para o bom desempenho da criança

Camila Vieira, mãe da Malu, de 3 meses, tem tido problema para encontrar vaga: “Para as escolas que considero de qualidade, eu já estou atrasada na minha busca, porque elas pedem muita antecedência” Samuel Gê

5 - Transmita confiança sobre o momento que vivem Educadores concordam que muitas dificuldades iniciais surgem porque a mãe resiste ou teme o início da vida escolar do filho. Assumir esta como uma decisão importante para o desenvolvimento e socialização da criança é o melhor caminho para que ela se sinta segurança

7 - Envolva-se com as atividades da instituição Participar dos eventos promovidos e socializar-se com outros pais é uma forma de transmitir ao seu filho a mensagem de que você aprova o ambiente em que ele está inserido

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Ilustração e Projeto Gráfico: Eric Ricardo

6 - Acompanhe o interesse do seu filho pela escola O envolvimento da criança com as atividades escolares pode ser o melhor termômetro para avaliar se esta é a instituição adequada para ela. Algumas instituições pecam pelo excesso de estímulo, o que pode gerar angústia às crianças

Fernanda Rezende, mãe das gêmeas Vitória e Gabriela, de 3 anos, matriculadas no Instituto Tarsísio Bisinotto: “Com a babá, elas ficavam muito tempo em frente à televisão e comiam alimentos inapropriados. Foi aí que optei por uma escola com tratamento personalizado”

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várias escolas antes de matricular seus filhos e que optem por aquela que melhor atende aos anseios da família e deixem os pais mais confiantes. O espaço físico é seguro? Os profissionais são afetivos? A segurança na portaria é total? Só assim terão tranquilidade para deixá-los na instituição”, diz. A busca, no entanto, deve ser feita com antecedência, já que grande parte das escolas trabalham com listas de espera. A arquiteta Camila Vieira, mãe de Malu, de 3 meses, deseja matricular a filha no próximo ano e já sabe da dificuldade de encontrar vagas. “Para algumas escolas que considero de qualidade, já estou atrasada. Elas pedem muita antecedência”, diz Camila. A pesquisa por diferentes linhas pedagógicas também precisa estar entre os requisitos que os pais devem analisar na procura pela instituição ideal. Para além das linhas teóricas fundamentadas em cursos de pedagogia, como as construtivistas, montessorianas ou interacionistas, o

mais importante é alinhar qual escola estará mais apta a atender às expectativas de desenvolvimento esperada pelos pais. Muitas vezes, as escolas são abalizadas pelo nível de alfabetização das crianças quando concluem a educação infantil. Para Maria Lúcia Rodrigues da Silva, psicóloga e diretora da escola Chez le Enfant, que adota a linha montessoriana, – em que a criança é estimulada à experimentação para construir seus próprios conceitos –, o projeto pedagógico deve fundamentar e atualizar o trabalho realizado na instituição. “Se as crianças são estimuladas nas épocas certas, desenvolvem-se melhor. O projeto é constantemente adaptado: há 15 anos introduzi aula de informática, na qual os alunos tinham de experimentar e reconhecer o mouse de computador. Hoje, isso já não faz mais sentido,” conclui Maria Lúcia. Mesmo que a alfabetização completa não esteja entre os objetivos da linha pedagógica montessoriana, Maria Lúcia observa

que, como o projeto é adotado desde o berçário, com 4 anos, muitas crianças já estão lendo e escrevendo. Além da localização, próxima ao trabalho, foi a linha pedagógica que levou a assessora jurídica Júnea Rezende a eleger a Chez le Enfant como a escola das filhas Fernanda, de 6 anos, e Mariana, de 3. Júnea optou por colocá-las na instituição aos 2 anos. “Cheguei à procura de aconchego e estímulo e conhecia a ênfase que davam ao contato com a cultura do mundo, além da valorização da nossa própria cultura”, afirma. O tempo passou e Fernanda está satisfeita. “Aos 6 anos, minha filha está superpreparada, amadurecida na parte social, no desenvolvimento cognitivo e também alfabetizada. Agora vejo que ela precisa bater asas para buscar novos desafios”, conta. Com uma educação vinda literalmente de berço e uma boa base, a pequena Fernanda tem grandes chances de voar ainda mais longe. z

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12 de outubro

Dia da Criança

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DO MATERNAL AO ENSINO MÉDIO MANTENEDOR A DA

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ESPECIAL KIDS | DIVERSÃO

Aventura na

fazenda DANIELA COSTA

Para garantir a diversão da criançada, selecionamos oito hotéis-fazenda próximos a BH, que oferecem ampla programação infantil. As opções de brincadeiras vão desde passeio a campo de vaga-lumes a esportes radicais FAZENDA DA CHÁCARA

O passeio pode ser de cavalinho, mas a vaquinha e os cabritinhos também cativam a criançada. Pique-esconde, pega-pega e até mesmo um pedalinho no lago. Essas e outras diversões para a criançada são oferecidas por hotéis-fazenda próximos a Belo Horizonte. Para proporcionar um Dia das Crianças diferente, as programações incluem ainda oficinas de pintura, mergulho de boia na cachoeira, pescaria e passeios pelas trilhas dos bosques. À noite, dormir na casa da árvore ou visitar o campo de vaga-lumes é uma emoção que remete a um verdadeiro conto infantil. Durante o dia, a aventura continua com a caça ao tesouro, as gincanas e os torneios de futebol. Selecionamos oito hotéis-fazenda que garantem diversão para crianças de diversas idades.

Pedro Vilela/I7/Divulgação

Localizado na Estrada Real e construído em um casarão da década de 1700, o hotel permite que as crianças vivenciem o dia a dia da roça. Programas imperdíveis são passear pelas videiras e plantação de milho, apanhando-se o fruto do pé, acompanhar a ordenha das vacas e visitar o antigo engenho. O hotel oferece ainda piscinas com hidromassagem e ofurô, sala de jogos e sala de ginástica. As atividades infantis ao ar livre incluem pesca esportiva, cavalgadas e caminhadas ecológicas. Distância da capital: 130 km Cidade: Santana dos Montes/ Minas Gerais

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ÁGUAS DE SANTA DE BÁRBARA

Águas de Santa Bárbara/divulgação

Trekking no bosque, trilhas de mountain bike, caminhadas ecológicas, passeios de jeep, brincadeiras e atividades esportivas nas águas do rio Pardo. Não por caso, o resort Águas de Santa Bárbara é cercado de lagos, rios e cachoeiras, e a imersão na natureza é garantida. À noite, o campo dos vaga-lumes é um espetáculo que leva a criançada a um verdadeiro conto de fadas. Durante o dia, é hora da caça ao tesouro, parede de escalada, torneios de futebol, arvorismo e as concorridas gincanas. Para desacelerar os pequenos escoteiros, as oficinas de arte e sessões de cinema são divertidas opções. Distância da capital: 270 km Cidade: Augusto de Lima

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ESPECIAL KIDS | DIVERSÃO Lagoa azul/divulgação

LAGOA AZUL Imagine combinar o ambiente típico de uma fazenda com o conforto da cidade grande. Essa é a proposta do Lagoa Azul Hotel Fazenda, rodeado por natureza exuberante, que inclui lagoa repleta de peixes. Na lagoa, são realizados os passeios a barco, de pedalinhos e a pesca esportiva. Nos campos, os passeios a cavalo, de charrete e as caminhadas ecológicas fazem a alegria da criançada. As atividades nas piscinas e quadras poliesportivas, como o paintball, não deixam ninguém ficar parado. Distância da capital: 65 km Cidade: Esmeraldas

ESTALAGEM

Estalagem 1/divulgação

Os chalés de madeira localizados em meio à mata atlântica dão ao Estalagem Fazenda Lazer um clima selvagem e misterioso. Em sua programação de lazer infantil, passeios no parque ecológico, caminhadas por trilhas naturais e passeios de barco agradam a jovens e adultos. Na cabritolândia, a bicharada sobe até em árvores e surpreende os pequenos. Já os corajosos boiadeiros mirins montam mesmo é em bois e búfalos. O passeio de charrete, carro de boi e as animadas cavalgadas relembram os velhos costumes do interior mineiro. Distância da capital: 135 km Cidade: Carandaí

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ESPECIAL KIDS| DIVERSÃO Canto da Siriema/divulgação

CANTO DA SIRIEMA No Canto da Siriema, a família se diverte junto. Isso porque o hotel-fazenda dispõe de atividades e esportes para todas as idades. No parque aquático, as brincadeiras nas piscinas climatizadas são a atração. Na represa, pesca e passeios de pedalinhos; nos campos, trilhas ecológicas; no haras, passeios a cavalo. Por lá, as crianças também colocam a mão na massa e aprendem a tirar leite da vaca. A aventura fica por conta da travessia na ponte suspensa, das cavalgadas ao luar, das competições nas balsas no lago e daquele friozinho na barriga na descida da tirolesa. Distância da capital: 50 km Cidade: Jaboticatubas/MG

ÁGUAS DO TREME

Águas do treme/divulgação

No circuito turístico das grutas, um pequeno paraíso circundado por belezas naturais, artísticas e culturais encanta crianças e adultos. No hotel Águas do Treme, a programação infantil é intensa e inclui passeios na Fazenda Querença, Gruta do Mato, Gruta de Maquiné, Centro de Artesanato e Museu Guimarães Rosa. Quem quiser aproveitar as instalações do hotel pode curtir a piscina de 1.200 m2, a sauna com entrada subaquática, as quadras poliesportivas, além de trilhas para caminhadas ecológicas. Distância da capital: 83 km Cidade: Inhaúma

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ESPECIAL KIDS | DIVERSÃO Tauá/divulgação

TAUÁ RESORT Com ampla infraestrutura de lazer e entretenimento, o Tauá cativa pais e filhos com parques e espaços temáticos, onde acontecem várias atividades lúdicas, ecológicas, interativas e tecnológicas. No esporte, destaque para o arco e flecha, além do boliche. Na cidade encantada chamada Jota City, não entra gente grande. Nos parques aquáticos, as atrações são as cascatas e toboáguas. A integração com a natureza acontece no Kids Clube Papagaio Falamansa, que possui uma grande árvore cenográfica onde as crianças exibem suas atividades artísticas. Distância da capital: 45 km Cidade: Caeté/MG

TUCANO Em uma extensa área de preservação ecológica, o hotel é um convite à celebração da natureza. Em estilo colonial, a casa-sede dispõe de ampla infraestrutura para acolher as famílias visitantes. Entre as opções de lazer estão o passeio no lago, as aventuras nos ares com a tirolesa, os passeios de charretes e as tradicionais cavalgadas. Os pequenos ainda podem praticar esportes aquáticos, jogos educativos e percorrer trilhas ecológicas. Sempre acompanhados de monitores.

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ESPECIAL KIDS | COMÉSTICOS

Sem exagerar na dose De sabonete a perfume, passando por óleos, pomadas e cremes, há todo tipo de comésticos para bebês. Pedir orientação médica e evitar excesso são essenciais no uso desses produtos

MARINA DIAS

Recém-mães costumam não resistir à fofura que são bebês limpinhos, cheirosos e de pele macia. E não é fácil escolher entre as diversas opções de produtos disponíveis nas estantes dos supermercados e das farmácias. Hidratantes, perfumes, condicionadores, colônias... não há cosmético que se safe da versão para os pequenos. No entanto, é preciso, sim, resistir e evitar excessos. A pele dos bebês é mais sensível e não aceita todo e qualquer produto, o que significa que os pais devem estar atentos ao que usar e em qual quantidade. “A pele do bebê é bem diferente da pele adulta, por ser mais fina, ter glândulas de produção de suor ainda imaturas e células que produzem a coloração da pele em menor atividade”, explica a

dermatologista Ana Cláudia de Brito Soares, diretora da Sociedade Brasileira de Dermatologia de Minas Gerais. Segundo ela, por esses motivos, a pele da criança absorve muitas substâncias e é extremamente sensível à luz do sol e ao calor. As chances de irritações e absorção de substâncias tóxicas ficam, então, maiores. A dica da especialista é para que a mãe procure orientação médica sempre que sentir necessidade de usar um novo produto ou trocar de marca. Foi como a pequena Laís, de 5 meses, começou a usar hidratante. Segundo sua mãe, a professora Thaís Sadala Machado, logo no primeiro mês de vida, a bebê apresentou ressecamento na pele, que ficava soltando casquinhas. Por causa do sinal, procurou a pediatra, que indicou um creme específico, sem cheiro e sem cor, para ser passado após o banho. “Tem sido bom. Ela não apresentou alergias e o hidratanEugênio Gurgel

Por indicação da pediatra, Thaís Machado passa hidratante em sua filha Laís, de 5 meses: “Ela não apresentou alergias e o hidratante resolveu o ressecamento”

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PODE OU NÃO PODE? Recomendações médicas para o uso de produtos em bebês SABONETE: são recomendados os mais suaves e com pH neutro ou ligeiramente ácido. É importante escolher um produto indicado para a faixa etária do bebê. O ideal é dar preferência aos sabonetes líquidos, que têm menos substâncias químicas e ficam menos tempo em contato direto com mãos, saboneteira e banheira XAMPU E CONDICIONADOR: o uso do xampu é autorizado, especialmente após os 6 meses, mas também é preciso escolher aqueles indicados para a faixa etária (que são neutros, com perfume suave, mínimo de corante e com pH ajustado ao da lágrima). Bebês não precisam de xampu específico para tipos de fios (secos, oleosos, lisos, cacheados). Condicionador não é necessário HIDRATANTE: costuma ser necessário em crianças com pele seca e as que moram em regiões muito frias (que tomam banhos mais quentes e têm contato com frio e vento, o que resseca a pele). O hidratante, de preferência neutro, deve ser passado após o banho, para não reduzir sua eficácia

ÓLEO DE BANHO: se quiser usar, dê preferência aos de origem vegetal, que irritam menos. Pode ser aplicado nas massagens feitas no bebê e na remoção de crostas (caspas) do couro cabeludo, se for passado poucas horas antes do banho

PERFUME: não é recomendado. Se os pais quiserem muito, é melhor passar na roupa do bebê, em vez de ser aplicado diretamente na pele, mas sempre em pouca quantidade

PROTETOR SOLAR: só deve ser usado após os 6 meses de idade, sendo que, para crianças entre 6 meses e 2 anos, é melhor dar preferência a protetores compostos por filtros físicos ou inorgânicos (a informação vem na embalagem), mais seguros para essa faixa etária. O fator de proteção solar deve ser 30 ou mais

TALCO: não é recomendado, pois, ao ser passado, produz uma névoa que é aspirada pela criança e pode gerar problemas respiratórios. Na higienização durante a troca de fraldas, recomenda-se o uso de algodão embebido em água morna ou lavar a região com sabonete neutro ou infantil. Pode-se aplicar uma pomada em seguida. Lenços umedecidos devem ser reservados para as trocas na rua, quando não é possível lavar o bebê Fonte: especialistas consultados

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ESPECIAL KIDS | COMÉSTICOS Eugênio Gurgel

Bárbara Aguiar optou por usar xampu na pequena Beatriz, de 9 meses, porque ela tem muito cabelo. Mas toma cuidados: “Costumo prezar por marcas que já conheço e nas quais confio”

te resolveu o ressecamento”, diz Thaís. Mãe de primeira viagem, ela pesquisa bem os produtos na prateleira do supermercado e também informações sobre o momento a partir do qual pode usá-los. O protetor solar, por exemplo, só é indicado a partir dos 6 meses, ou seja, ainda não pode ser aplicado em Laís. A solução é tomar o sol nas horas recomendadas e por pouco tempo. “A oferta de produtos é enorme, é preciso ter muita atenção”, diz a professora. De fato, segundo a especialista em pediatria, alergia e imunologia Raquel Pitchon, presidente da Sociedade Mineira de Pediatria, as crianças vêm sendo expostas cada vez mais precocemente a substâncias capazes de causar irritação e alergias na pele, como a dermatite de contato. “A dermatite alérgica de contato chega a ser a causa de até 20% de todas as doenças de pele nessa faixa etária”, explica ela, lembrando que as principais causas são os acessórios de metal (joias e bijuterias) e os perfumes. Mas não só com os comésticos é preciso atenção. Até nos produtos básicos de higiene, menos é mais. Raquel Pitchon recomenda que, caso a mãe queira dar mais de um banho por dia no bebê, por exemplo, não deve usar sabonete nas duas vezes. “Se a mãe op-

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tar por dois banhos, o que acontece especialmente no verão, não se usa sabão no segundo”, diz. Além disso, a pediatra recomenda banhos não muito longos e água morna (e não quente), pois o contrário resseca a pele. Até os 6 meses, informa Raquel, também não são necessários xampu ou condicionador. A pequena Beatriz, de 9 meses, já usa xampu no banho, pois tem muito cabelo. “Já tivemos de cortá-lo duas vezes”, diz a mãe, a estilista Bárbara Aguiar. “Então achei o xampu importante.” Contudo, para não sobrecarregar a filha de produtos, não usa condicionador. Tanto para a filhinha quanto para o filho mais velho, João Lucas, de 6 anos, Bárbara escolhe produtos adequados à faixa etária de cada um, além de composições que sejam hipoalergênicas. “Também costumo prezar por marcas que já conheço e nas quais confio, mesmo que um pouco mais caras. Algumas economias são porcas e é o famoso barato que sai caro, pois o produto pode ser de má qualidade ou dar alergias”, diz. O consenso geral de especialistas é que os pais procurem o pediatra ou o dermatologista caso surja qualquer alteração na pele do bebê, como áreas avermelhadas, descamação ou outro tipo de lesão, além de coceira. ❚

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ESPECIAL KIDS | VITRINE

FRIENDS – AS AVENTURAS DE CINCO AMIGAS NA CIDADE DE HEARTLAKE Lego R$ 649,99 (31) 3228-4001

PUZZLE GIGANTE PRINCESINHA SOFIA R$ 40 Brinq Toys (31) 3225-2300

Começou a brincadeira ANA CLÁUDIA ESTEVES RADICAL ROLLER COMPLETO Lojas Americanas R$ 149 (31) 3306-5298 BRINCA COMIGO MALU Brinq Toys R$ 129,99 (31) 3225-2300

No Dia das Crianças, elas só querem saber de diversão. Por isso, nada melhor do que presentear a meninada com as novidades para o público infantil. Para todos os gostos e idades, o que não pode faltar nesse dia são brincadeiras. E, claro, muita alegria! z

MEU ESPELHO ENCANTADO Ri Happy R$ 99,99 (31) 3262-0982

LAPTOP MINNIE Lojas Americanas R$ 89,99 (31) 3306-5298

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Vitrine/Kids Fotos: Divulgação

CARA A CARA FROZEN PBKids R$ 72,99 (31) 3330-8805

MIXELS – MALUQUICES DO CARTOON NETWORK PARA AS PEÇAS Lego R$ 29,99 (31) 3228-4001

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PRANCHA BEN 10 G Lojas Americanas R$ 89,99 (31) 3306-5298

BONECOS FINN Ri Happy R$ 60 (31) 3262-0982

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MODA ESPECIAL | EDITORIAL KIDS | MODA

ANA CLÁUDIA ESTEVES

Criança combina com primavera. A estação mais florida do ano dá um novo colorido à inocência das brincadeiras infantis e traz um clima perfeito para dias de pura diversão. A moda infantil fica ainda mais bonita e segue a tendência de valorizar estampas e cores, tanto para meninas quanto para meninos.

Flores e travessuras

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Vestido e galocha: Ora Bolinhas

Fantasia de girafa e calça: Eta Lelê

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ESPECIAL KIDS | MODA

Vestido: Annie & Joe Colar como tiara: Claudia Marisguia

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Fantasia de tubarão: Eta Lelê Calça: Calvin Klein

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Fantasia de joaninha: Eta Lelê Galocha: Ora Bolinhas

Blusa e calça: VR Kids Chapéu: Ora Bolinhas Sapato: Acervo pessoal

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ESPECIAL KIDS | MODA

Calรงa: dbzinha Bata: Mixed kids

Fantasia de astronauta: Ora Bolinhas

Sapatilha: Calvin Klein

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Guarda-chuva e capa de guerreiro: Ora Bolinhas Calรงa: VR Kids

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ESPECIAL KIDS | MODA

Styling: Edição: Fotos: Beauty: Modelos: Agradecimentos:

FICHA TÉCNICA: Marcelo Brasiliense Ana Cláudia Esteves Daniel Moreira (Mineral) Marcela Faria (Sá Bonita) Letícia di Salvo e Tomaz Bastos Anderson Cassimiro (produção de elenco) Parque Roberto Burle Marx (Parque das Águas)

Vestido: Bué

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PERFIL | GASTRONOMIA

Uma senhora cozinheira Mãe de 11 filhos, Dona Lucinha queria ser médica. Mas, graças ao seu talento na cozinha e à obstinação em defender receitas típicas, ela acabou se tornando uma das principais referências da culinária mineira. Agora, aos 81 anos, será homenageada em desfile na Sapucaí

Cristina Horta / EM / D.A. Press

Dona Lucinha aprendeu a cozinhar ainda criança, quando morava em uma fazenda com a avó, na cidade do Serro: “Tive de visitar todas as comadres para aprender receitas. Por isso, costumo dizer que fiz um estágio com essas senhoras”

ALINE GONÇALVES

Era noite chuvosa de 1990, em Belo Horizonte, quando uma senhora, então com 57 anos, bateu à porta de um imóvel na rua Padre Odorico, no bairro São Pedro. Ela estava com pressa, tinha saído do Serro, a quase 250 km de BH, enfrentado lama no caminho e precisava voltar rápido para organizar uma festa. Mas queria muito conhecer o imóvel, onde funcionou antiormente um restaurante moderno, com teto de gesso – algo raro na época – que estava disponível para aluguel. O homem que a recebeu foi logo avisando que mais de dez pessoas estavam interessadas no ponto. Mas ele se impressionou com a energia da mulher e decidiu imediatamente que o lugar seria dela. Só estranhou quando a senhora revelou que traria toda a decoração da sua cidade natal. “Ele disse que eu estava doida: onde já se viu receber um restaurante pronto e mudar tudo? Eu era louca mesmo”, conta Maria Lúcia Clementino Nunes, mais conhecida como Dona Lucinha. 138 |Encontro

Quase 25 anos depois de se mudar “de mala e cuia” para a capital, a cozinheira se transformou em uma das principais referências nacionais quando o assunto é culinária de Minas. Hoje, possui três estabelecimentos na capital (dois restaurantes e o Armazém Dona Lucinha, de quitutes e quitandas), além de outros dois em São Paulo (Dona Lucinha Moema e Aneto). Sabe comandar fogão a lenha, tacho de cobre e colher de pau como poucos e foi uma das primeiras palestrantes brasileiras a viajar para o exterior para falar sobre pratos, terroir, ingredientes, quando a importância de disseminar os produtos locais ainda não estava no foco da gastronomia. Cidadã honorária de BH, ela também fez parte de um seleto grupo de Minas que levou receitas típicas ao principal festival gastronômico do mundo, o Madrid Fusión, em 2013.

“Aprendi tudo com a minha mãe e até hoje nos falamos várias vezes ao dia. Meu nome em São Paulo é conhecido por causa do Dona Lucinha, e ela é referência para chefs. O Rodrigo Oliveira, do Mocotó (famoso por repaginar a culinária nordestina), o Alex Atala (do restaurante D.O.M, eleito o sétimo melhor do mundo pela revista britânica Restaurant), todos a valorizam”, diz a filha Elza Nunes, única dos 11 filhos a cozinhar profissionalmente. Ao lado das irmãs Ana Maria e Ana Cristina, Elza cuida dos estabelecimentos em São Paulo. A primogênita, Márcia, está à frente do restaurante mais antigo, que funciona na mesma casa visitada naquela noite por Dona Lucinha, além do Armazém. Leandro gerencia a unidade da Savassi e os demais irmãos também contribuem com a administração. Há pouco mais de dez

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Alexandre Rezende

meses, a matriarca, que até então supervisionava tudo de perto, está afastada do trabalho por problemas de saúde – acostumada a receber a todos com delicadeza e atenção, ela tem evitado eventos e jornalistas, por recomendação dos médicos. Muito antes de chegar a BH e ficar tão afamada, Dona Lucinha já trabalhava com os sabores. Ainda criança, foi educada para aprender receitas da família, como doces, quitandas e guisadinhos. Mas foi quando quis ser médica que acabou se tornando cozinheira “de mão cheia” – ela não aceita a denominação chef e argumenta que o termo se refere apenas a quem cria pratos. “Morava na fazenda e em determinado período da infância íamos estudar no Serro. Pedi aos meus pais para continuar lá porque queria ter a profissão do meu avô, mas eles achavam feio uma mulher médica. Optei pelo magistério, mas minha avó disse que, para continuar morando com ela, na cidade, teria de visitar todas as comadres para aprender receitas. Por isso, costumo dizer que fiz

A filha Márcia, historiadora, organizou o livro com os “rabiscos” da mãe: além de receitas, a matriarca da família sempre teve o hábito de escrever suas percepções sociais e culturais sobre a cozinha

Internet de alta velocidade (free) Café da manhã incluso Restaurante Business center

Localização privilegiada

Piscina e fitness

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FOTOGRAFIA Ana Boaventura | PRODUÇÃO DE MODA @martacduque

TAL MÃE, TAL FILHA NO MÊS DAS CRIANÇAS. No mês de outubro/2014 o presente da sua filha é sob medida. As mães que adquirirem Patricia Nascimento, sua filha de 0 a 12 anos será presenteada com uma peça. W W W. PAT R I C I A N A S C I M E N T O . C O M | (31) 3396 4043

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Quito Calmon e Patrícia Montijo

Bruna Assumpção e Renato Quintão

Luciana Capanema e Cecília Menin

Luisa Pinheiro, Andrea Drewing e Bruna Carneiro

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ESPECIAL KIDS | GASTRONOMIA

Por chef Wanderson Costa, do Saatore Ristorante

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Gostosos e saudรกveis OUTUBRO DE 2014

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Fotos: Eugênio Gugel

Chefs sugerem receitas criativas e nutritivas para comemorar o Dia das Crianças. É uma boa oportunidade de envolver os pequenos no preparo dos alimentos

Pappardelle Alla Saatore INGREDIENTES 50 mL de azeite 200 g de pappardelle 150 g de brócolis cozido e fatiado 50 g de alho-poró fatiado 200 mL de creme de leite fresco 3 tomates maduros 1 cebola média 100 g de ervilhas 100 g de queijo parmesão 100 g de presunto de Parma fatiado

MODO DE FAZER Em uma frigideira com o azeite, deixe a cebola dourar. Junte o alho-poró e o brócolis. Depois, coloque o creme de leite e mexa por cinco minutos. Junte o tomate cortado em cubos e as ervilhas. Por último, o presunto fatiado. Na sequência, cozinhe o pappardelle com o molho. Sirva com queijo ralado a gosto.

ALINE GONÇALVES

Que pai nunca se sentiu inseguro ao pensar na alimentação dos filhos? Em uma hora, o menino come demais; na outra, não quer nem saber de ingredientes diferentes. Alguns só aceitam o mesmo prato e outros beliscam o dia inteiro, mas fecham a boca na hora do almoço. Para driblar as dificuldades, a criatividade é a melhor saída e, claro, deve vir acompanhada de alimentos saudáveis. Uma boa dica é apostar em pratos atrativos e envolver os pequenos na hora do preparo. É isso que faz o chef Wanderson Costa, do Saatore Ristorante. Desde bem pequenino, seu filho, Felipe, hoje com 8 anos, frequenta a cozinha e até ajuda o pai. Wanderson, portanto, não tem dificuldade em apresentar pratos para as crianças que frequentam o restaurante. Uma das opções é o Pappardelle Alla Saatore, com brócolis, tomates e ervilhas. “É uma receita muito colorida, por isso eles gostam”, diz. O chef Tércio Maia, do Jack’s Big Burger, costuma montar para seus sobrinhos panquecas em formatos inusitados. “Faço em flor e estrela, para ficar mais lúdico”, diz. “E eles adoram.” Tércio sugere que as panquecas sejam acompanhadas por palitinhos de cenoura ou batatinhas assadas. Para a sócia do restaurante Casa Amora, Marcela Machado, que também é nutricionista, o ideal é mostrar aos filhos que sempre há opções saborosas e práticas, sem necessidade de usar produtos pré-prontos. Ela apresenta os nuggets artesanais, empanados com aveia em flocos e gergelim. “É uma receita que tem menos gordura e fica muito saborosa”, diz. Um espaço que sempre conta com a presença dos pequenos é o Kei Culinária Japonesa. Por isso, os donos da casa montaram um combinado infantil que estará disponível nos dias 11 e 12 outubro, em comemoração ao mês das crianças. Focado em uma alimentação saudável, o Mercat Restaurante, inaugurado recentemente no Belvedere, também tem agradado aos pequenos, inclusive com opções para o lanche, como o bolo de cenoura integral, os wraps (sanduíches enrolados) e até um picolé orgânico, com 80% da fruta na composição. “Estamos sempre atentos aos anseios das mães e acredito que, hoje, está mais fácil incluir a alimentação saudável na comida das crianças”, diz o sócio Túlio Porto. OUTUBRO DE 2014

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PERFIL | GASTRONOMIA um estágio com essas senhoras”, contou Lucinha em entrevista há dois anos. Com apenas 14 anos, ela vislumbrou um mundo novo, repleto de aromas, texturas e cores: passou a adolescência descobrindo ingredientes e misturas. “A vovó Luciana era a mais sábia de todas, porque a bisavó dela foi escrava. Tinha uma quitandeira também que fazia um folheado maravilhoso, direto de Portugal. Essas coisas ficavam na minha cabeça e eu comecei a escrever”, explica. Aos 20 e poucos anos, já casada e professora de uma escola rural, surgiu um inesperado momento de transmitir a sabedoria das raízes. “As crianças vinham de longe e escondiam alguma coisa no mato. Fiquei receosa, mas tinha de saber o que era e, quando olhei, vi que era nossa cultura culinária: um frango com quiabo, angu sem sal, todas coisas primitivas, rurais, e eles tinham vergonha. Aí, um dia, fiz uma mesa com todos os produtos que eles escondiam e convidei os pais. Comecei a falar tudo que eles precisavam preservar e fiquei entusiasmada”, diz, revelando sua face educadora. Quando voltou para a cidade, tornou-se quitandeira, cuidando de bufês de doces e pratos mineiros para festas. A promoção da culinária local se acentuou ao virar primeira-dama do Serro e vereadora – o marido e primo de primeiro grau, José Marcílio, sempre a apoiou. Ao se tornar responsável por receber políticos que visitavam a região, ela passou a mostrar pratos com tropeiro e tutu, acompanhados de cachaça. “O povo da minha família falava que era tudo caipira, mas eu não tinha coragem de fazer de outra forma depois de ter me apegado, de ter aberto tantos baús”, explica Dona Lucinha. “Foi então que comecei essa peleja de passar tudo para frente.” O primeiro convite para disseminar ainda mais a cultura das panelas surgiu do dono de um hotel, encantado com os preparos. Assim, ela foi parar em Contagem para cozinhar em um festival no Hilton Brasilton, na década de 1940. Pela mesma rede, visitou outras cidades do Brasil e chegou aos Estados Unidos. Para a Europa foi um pulo: até Carlos Petrini, o italiano que fundou o 140 |Encontro

Fotos: Reprodução Alexandre Rezende

O casal celebra os 80 anos de Lucinha ao lado dos filhos: Márcia, Elza, Marta Lúcia, Ana Cristina, Ana Maria, Heloísa, Leandro, Leonardo, Antônio, José Marcílio Filho e Alcebíades Augusto

Com o marido, José Marcílio, com quem está casada há quase 60 anos Foto divulgação Salgueiro

A vice-campeã do carnaval carioca de 2014, Salgueiro, seguirá as trilhas da culinária mineira em 2015: inspiração veio do livro escrito por Lucinha

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ESPECIAL KIDS | GASTRONOMIA Fotos: Paulo Márcio

Por Marcela Machado, sócia do Restaurante Casa Amora

Nuggets de Frango com Maionese de Abacate INGREDIENTES FILÉ DE FRANGO 200 g de peito de frango 2 colheres (sopa) de aveia em flocos (20 g) 2 colheres (sopa) cheias (30 g) de gergelim branco Clara de um ovo Sal e pimenta-do-reino a gosto Manteiga suficiente para untar um tabuleiro MAIONESE 1/2 abacate Suco de meio limão 1 dente (5 g) de alho 200 mL de creme de leite light Sal e pimenta-do-reino a gosto MODO DE FAZER FILÉ DE FRANGO Preaqueça o forno a 200˚C. Tempere o filé de frango com sal e pimentado-reino e corte em pedaços médios (semelhantes a nuggets). Em uma vasilha, junte a aveia e o gergelim e misture. Em uma segunda vasilha, coloque a clara de ovo. Passe os filés de frango na clara de ovo e em seguida na vasilha contendo aveia e gergelim. Coloque os filés em um tabuleiro previamente untado com pouca manteiga e leve-os para assar até que fiquem levemente dourados. MAIONESE Amasse o abacate com o auxílio de um garfo. Acrescente o alho picadinho, o limão espremido e o creme de leite light. Misture tudo com um fouet (batedor de claras) e tempere a gosto. Resfrie na geladeira antes de servir.

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ESPECIAL KIDS | GASTRONOMIA Fotos: Alexandre Rezende

Combinado Infantil (2 mini-sushis de salmão, 1 mini-sushi de atum, 1 mini-sushi de kani, 4 minifiladélfias e 2 mini-gunkan maki)

SHARI/ARROZ JAPONÊS INGREDIENTES 5 kg de arroz japonês (grão longo) 1,5 L de vinagre 800 g de açúcar 1 colher (sopa) de sal 2 colheres (sopa) rasa de Ajinomoto 1 folha de alga desidratada Kombu MODO DE FAZER Leve ao fogo todos os ingredientes, menos o arroz, mexendo até dissolver o açúcar sem deixar ferver. Reserve. Cozinhe na panela elétrica o arroz, por 15 minutos. Retire e adicione a mistura. Mexa de cinco em cinco minutos até esfriar. Deixe descansar por 20 minutos no hanqueri (recipiente próprio para resfriar o arroz) SUSHI SALMÃO INGREDIENTES 12 g de shari 12 g de filé de salmão MODO DE FAZER Fracione em duas porções. Monte deixando o arroz embaixo.

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SUSHI DE ATUM INGREDIENTES 6 g de shari 6 g de filé de atum

Por Luíza Lamounier, do Kei Cozinha Japonesa

MODO DE FAZER Monte deixando o arroz embaixo. SUSHI KANI INGREDIENTES 6 g de shari 1/4 de palito de kani MODO DE FAZER Monte deixando o arroz embaixo FILADÉLFIA (5 unidades) 1/2 folha de alga marinha desidratada 35 g de shari 5 g de cream cheese 35 g de filé de salmão MODO DE FAZER Em uma esteira de bambu, coloque a alga, o shari, o cream cheese e o filé

de salmão no centro. Enrole. Retire a esteira e fatie em rolinhos. GUNKAN MAKI MOLHO TERIAKI INGREDIENTES 1kg de açúcar 1 L de shoyu 1 L de saquê mirim MODO DE FAZER Ferva de três a quatro horas em fogo baixo até atingir uma consistência cremosa GUNKAN MAKI 6 g de shari 7 g de filé de salmão 5 g de tartar de salmão (salmão cozido batidinho com creme cheese) MONTAGEM Cortar o salmão em tiras, envolver a bolinha de arroz em forma de roll, cobrir com tartar de salmão, maçaricar e finalizar com molho teriaki.

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Mais do que um lugar para o seu filho se divertir, um lugar para você se divertir também.

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ESPECIAL KIDS | GASTRONOMIA Fotos: Alexandre Rezende

American Pancake Salad INGREDIENTES 500 g de peito de frango desfiado 250 g de farinha de trigo 500 mL de leite 3 ovos

50 mL de água tônica 300 mL de molho barbecue 200 g de tomates picados 100 g de alface americana picada 150 g de cream cheese light

MODO DE FAZER PANQUECAS Em um bowl, junte a farinha de trigo, o leite, os ovos, a água tônica e misture tudo com um fouet (batedor de claras) até ficar homogêneo, adicionando sal a gosto. Em uma frigideira, de preferência antiaderente, previamente untada com uma fina camada de óleo, em fogo médio, adicione uma concha do preparado, tomando o cuidado de girar a frigideira para que a espessura fique homogênea. Vire o disco depois de aproximadamente um minuto e deixar por mais aproximadamente um minuto. Repita até acabar o preparado. O número de panquecas será determinado de acordo com o tamanho da frigideira. RECHEIO Adicione o frango desfiado e o molho barbecue em um bowl e misture até ficar homogêneo. Adicione o milho e o cream cheese em outro bowl, e misture novamente.

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Por chef Tércio Maia, do Jack’s Big Burger 200 g de milho verde 250 g de maionese light 1 pacote de 24 g de gelatina em pó incolor sem sabor

COBERTURA Em um vasilhame que possa ir ao micro-ondas, adicione a gelatina e cinco colheres (sopa) de água. Deixe descansar por um minuto. Leve esta mistura ao micro-ondas por 15 segundos. Adicione a gelatina à maionese e misture com um fouet até que fique homogêneo. MONTAGEM Em um prato grande, adicione um disco de panqueca e recheie com o frango ao barbecue e tomates em quantidades condizentes com o tamanho do disco. Adicione outro disco de panqueca acima do primeiro, e recheie com o milho e o cream cheese. Repita as duas primeiras operações mais duas vezes. Quando a torre estiver com quatro andares, adicione o último disco e, em seguida, passe a maionese com gelatina no topo e ao redor da torre com uma espátula. Leve à geladeira por aproximadamente 15 minutos.

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PERFIL | GASTRONOMIA movimento Slow Food (de defesa do consumo de produtos artesanais feitos com respeito ao meio ambiente), levou-a para um festival em Turim. Atualmente, a filha Elza segue o caminho da mãe e está com viagem marcada para Finlândia e Rússia, onde dará aulas e apresentará o ora-pro-nóbis. “Os convites são por causa do nome Dona Lucinha, que impõe respeito, representa luta e preservação da cultura histórica mineira”, diz Elza, que é rotineiramente confundida com a mãe em São Paulo. “Como tenho um programa de TV, as pessoas me reconhecem na rua, mas me chamam de Lucinha”, diz. “Isso me enche de orgulho.” Um dos principais chefs mineiros da atualidade (eleito cinco vezes consecutivas o melhor da capital por Encontro Gastrô – O Melhor da Cidade), Ivo Faria também reforça a importância do caminho traçado pela cozinheira e pesquisadora gastronômica. “Dona Lucinha enxerga a cozinha com um amor muito grande e sempre emociona com sua mineiridade. Ela é uma dessas pessoas que puxou a fila dos eventos fora do estado, da divulgação da cozinha mineira, e leva tudo com seriedade, empenho e vibração”, diz Ivo Faria. Foi também por causa das viagens que Dona Lucinha resolveu abrir o restaurante na capital mineira, já que sentiu a necessidade de se firmar em um porto seguro. Os estabelecimentos com decoração temática e sabores autênticos – pioneirismo dela – atraem artistas como Plácido Domingues, que fez questão de elogiá-la pessoalmente. Já o político português Mário Soares comentou sobre a ambrosia: nem na terrinha ele tinha provado a sobremesa feita de maneira tão autêntica. Agora, a cozinheira está na expectativa de ver seus achados gastronômicos desfilarem na Sapucaí, no Rio de Janeiro. Dona Lucinha será homenageada no carnaval 2015 pela escola de samba Acadêmicos do Salgueiro, vice-campeã dos desfiles em 2014. Ainda em outubro, a escola anunciará seu próximo samba-enredo, inspirado nas tradições da culinária mineira. A ideia veio do livro escrito por Dona Lucinha, lançado em 2001, e que chegou à diretoria do Salgueiro (que seleciona o tema após 142 |Encontro

Fotos: Reprodução Alexandre Rezende

Com os filhos pequenos, antes de se mudar para BH

Na época do magistério, curso que fez por pressão dos pais

Lucinha celebra o matrimônio com o primo e marido, José Marcílio: parceiros de toda a vida

avaliar diferentes opções) pelas mãos do deputado estadual Fred Costa. “Apresentei a sugestão como forma de reconhecer e valorizar uma tradição de Minas. Frequento o restaurante e sei que Dona Lucinha tem uma trajetória brilhante, coroada de êxito, e que se mistura com a própria história da culinária mineira”, diz o político. O livro História da Arte da Cozinha Mineira foi organizado pela filha Márcia, historiadora por formação, com base nos muitos “rabiscos” de Dona Lucinha. Além de receitas, a matriarca da família sempre teve o hábito

de escrever suas percepções sociais e culturais da cozinha, cunhando inclusive a divisão de comida da fazenda e de tropeiro. “O livro é muito benfeito, pesquisado, gostoso de ler e sentir. O bacana é que a comida mineira é criada por todas as etnias e tem esse tempero popular. É simples e benfeita”, diz o carnavalesco Renato Lage, responsável por elaborar o enredo da escola de samba. “Essa inspiração do Salgueiro é um modo de coroar tanta dedicação, toda uma vida enfrentando adversidades”, diz a filha Márcia. A culinária mineira agradece! z

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ESPECIAL KIDS | GASTRONOMIA

Wrap Integral Caprese Fotos: Eugênio Gurgel

INGREDIENTES WRAP 1 pão folha integral 50 g de tomate-seco 6 folhas de rúculas 80 g de muçarela de búfala 2 colheres de molho pesto Molho pesto 50 g de nozes 300 mL azeite 50 g de parmesão 100 g de folhas de manjericão

MODO DE FAZER Molho pesto Bata tudo no liquidificador. Reserve.

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Por Túlio Porto e Rafael Marchetti, sócios do Mercat Restaurante

MONTAGEM Enrole no pão folha a muçarela de búfala e o tomate seco já fatiados. Depois, inclua a rúcula (só as folhas) e o molho pesto a gosto. Enrole e sirva. z

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Fachada do Let’s Go na Pampulha: em menos de dez anos, duas casas e 4 mil festas organizadas

ONDE A GAROTADA SE DIVERTE

Let’s Go consolida-se como referência em festas infantis na capital mineira

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T

udo começou há cerca de dez anos. Insatisfeitas por não encontrarem o lugar ideal para comemorar o aniversário de Duda, a caçula da família, as irmãs Flávia, Thaís e Lívia Galliac decidiram guiar suas carreiras profissionais para o ramo da organização de festas, principalmente infantis. Após uma série de planejamentos e cursos em São Paulo, nasceu a Let’s Go Festas. O que as irmãs Galliac não sabiam é que seu trabalho revolucionaria o mercado de eventos em Belo Horizonte. Três anos após a abertura da primeira unidade da empresa, no bairro Castelo, a Let’s Go dobrou de tamanho, com nova casa sendo inaugurada na orla da Lagoa da Pampulha, um dos cartões-postais da cidade. O ritmo de trabalho incessante não permite acomodação. Perto de completar oito anos de vida, a Let’s Go deverá fechar 2014 com cerca de 4 mil fes-

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Informe Publicitário Fotos: Divulgação

Brinquedos novos e seguros para crianças de todas as idades: equipe treinada para a festa ser perfeita

tas organizadas em sua história. Organização, disciplina e arrojo explicam o sucesso da empresa. Cada irmã é responsável por um segmento específico. Flávia, especialista em Pedagogia Empresarial, cuida do departamento administrativo. Lívia, psicóloga, gerencia os recursos humanos. Thais, formada em Design de Interiores, lida com a decoração. Juntas, elas definem estratégias, traçam cuidadosamente cada passo a ser dado e fiscalizam cada festa contratada nos mínimos detalhes, para que tudo saia a contento não apenas para os clientes, mas para elas também. As atrações das unidades da Let’s Go encantam a garotada. A unidade do Castelo é uma casa charmosa e aconchegante, com diversas atrações, ideal para eventos até 150 convidados, e conta com paredão e rede de escalada. Na Pampulha, que recebe até 400 convidados, com a deslumbran-

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Nas duas casas há espaços com atrações como videogames e autoramas: diversão garantida

te vista para lagoa, a novidade é o cinema 6D. Além de exibir filmes em três dimensões, a sala conta com cadeiras que se mexem, tecnologia que simula odores (como o de chocolate) e ações climáticas (como a chuva). “É um dos nossos principais atrativos; a criançada adora”, garante Flávia. “E os adultos também”, diz a empresária. Idade, aliás, não é requisito para contratar as festas da Let’s Go. “Os brinquedos são utilizados em inúmeros eventos, de batizados a aniversários de adultos. Somente em casamentos e bailes de debutantes, mais formais, é que os clientes não pedem”, diz Flávia. Se os adultos contam com outras diversões, como videogames e autoramas, os mais novinhos têm à disposição a área baby, com brinquedos mais lúdicos e apropriados às idades tenras. O piso interativo e a projeção do nome do aniversariante da festa na fachada garantem ares high tech aos eventos. Na Let’s Go, o cliente contrata a festa fechada, de acordo com seu gosto e predileções. O cardápio é variado e a empresa tem centenas de temas disponíveis. “São tantas as opções de decoração que não dá para precisar a quantidade. Temos parcerias com as melhores casas de cenários da capital. Se o tema desejado existir em Belo Horizonte, nós providenciamos”, garante Flávia. A segurança é um fator primordial nos eventos das irmãs Galliac. Além de ser uma das poucas empresas do ramo em Minas Gerais a possuir dois geradores de energia, os brinquedos da Let’s Go passam por manutenção mensal, feita por uma empresa de engenharia. A equipe, selecionada e treinada por Lívia, tem monitores,

seguranças, recepcionistas, coordenadores, funcionários de limpeza e o time da cozinha. Sem contar a fiscalização rígida exercida pelas sócias: quando não estão presentes nas festas elas acompanham tudo por meio de um circuito interno de câmeras que permite a verificação a partir de seus próprios smartphones. O zelo com os pequenos detalhes explica o sucesso da Let’s Go. Nos dois salões, os banheiros são voltados para as crianças, com pias e sanitários próprios para elas. Além disso, papais e mamães têm à disposição um fraldário completo, inclusive com alimentação ideal para bebês. Tamanho profissionalismo só poderia ser recompensado de uma forma: sucesso. Ainda sem completar dez anos, a Let’s Go já é sinônimo de excelência, qualidade e bom gosto na hora de contratar uma festa infantil. Acertados os detalhes, os clientes não precisam se preocupar com mais nada, apenas com a diversão. Compromisso das laboriosas e incansáveis irmãs Galliac.

Unidade Castelo: Av. Miguel Perrela 300 - Castelo Unidade Lagoa: Av. Otacilio Negrão de Lima 1300 - Bandeirantes www.letsgofestas.com.br (31) 2511-2626 | 2523-0101

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CAPA | MÚSICA tempo passou e, além do canto, descobrimos um pouco de cada instrumento. Hoje, pegamos várias músicas na bateria, piano e guitarra sem dificuldade”, conta Vitor. A ex-dupla sertaneja Diogo e Danilo foi a primeira a apoiar a carreira de Lucas e Vitor e reconhecer a capacidade musical deles. Além de levá-los para participar dos shows, Diogo e Danilo convidaram os irmãos para ir a Barretos cantar na Festa de Peão, em 2010. Com tantas vivências musicais, a gravação de um CD demo era importante. Foi aí que o lazer ficou sério. O demo, que levava duas faixas inéditas compostas por Lucas, abriu as portas para outros convites – o mais importante veio da produção do SBT – e permitiu a participação da dupla no quadro “Jovens Talentos Kids”, do programa Raul Gil. “Essa experiência foi incrível. Foram cinco meses aprendendo mais do universo musical até chegar à final. Além de dar muita visibilidade ao nosso trabalho e um amplo material de divulgação, o programa realizou o nosso sonho de cantar com Victor e Leo”, explica Lucas. Quem também acredita nos jovens irmãos é a dupla do Camaro Amarelo, Munhoz e Mariano. Para eles, não há hora certa para começar a investir na carreira. Se o talento já existe, é só aperfeiçoá-lo. “Lucas e Vitor têm qualidade vocal e uma marcante presença de palco com pouco tempo de estrada. Aulas de canto, música e teatro só vão colaborar para que isso aflore e impulsione a carreira deles”, diz Mariano. Por isso mesmo, os irmãos fazem aulas de canto semanalmente e aproveitam para ensaiar as novas composições do próximo CD, que será gravado em breve. O dueto entre vozes irmãs é um diferencial valorizado pelo mercado sertanejo. Gamaliel de Souza, produtor que assina trabalhos com Chitãozinho e Xororó e Zezé di Camargo e Luciano, explica que os timbres não destoam um do outro. “Quando as vozes são irmãs, o casamento entre elas é perfeito e ambas se completam”, diz. É nisso que os irmãos Thallys e Gabriel, de 13 e 14 anos, respectivamente, apostam. O profissionalismo musical acompanha a carreira dos garotos, que começou quando eles tinham 6 e 7 anos de idade. Gabriel, responsável pela execução da viola e 158 |Encontro

3 anos 1 , o d a r P l e Sofia Tomé D

JC Martins

Del Prado tico: Sofia Nome artís pop influência anejo com Estilo: Sert ntou: se aprese sthiano, Com que já liano, Frederico e Cri Ju e e u o q n Henri e Fabia rte, Victor Karen Dua ABE: E QUEM S OPINIÃO D

“Ela tem vo z marcante, pos de artista e tura é muito se gura”

Keyla, da d upla Bruna e Keyla

Paulo Márcio

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CAPA | MÚSICA primeira voz durante os shows, explica que tudo começou com a influência de primos que também cantavam sertanejo. “Minha mãe conta que me levava aos shows que eles faziam quando eu tinha 2 anos. Quando percebi, já estava insistindo para o meu pai me colocar na aula de violão e para o meu irmão cantar comigo”, conta. Pouco tempo depois, Thallys já sabia tocar guitarra e queria o mesmo que o irmão. “Fizemos aulas de canto e fomos procurando o nosso lugar no palco. Queríamos ser como os nossos primos”, diz Thallys. Depois de algumas apresentações nos bares mineiros – sempre acompanhados dos pais –, o telefone tocou incessantemente. Do outro lado da linha, produtores de casas noturnas e empresários de rodeios que ofereciam convites para shows em São Paulo, Bahia, Rio de Janeiro e no interior de Minas Gerais. Assustada com a popularidade repentina dos fi lhos, Lena Rodrigues, mãe dos garotos, abandonou o trabalho para gerenciar a carreira deles. A importância que os pais têm durante esse período é primordial, segundo a psicóloga Paula Salim. Ela explica que os filhos não devem tomar decisões sem a devida maturidade para isso. “É preciso cautela para não enxergar essa criança ou adolescente como adulto, pois, apesar de já trabalharem, eles ainda precisam de orientações, regras e limites”, explica. Por isso mesmo, Lena sempre conversa com os filhos sobre a profissão e deixa que os ensaios fiquem por conta deles. “O que mais cobro são as notas escolares, já que a obrigação que eles têm agora é de estudar. A música ainda não pode tomar o primeiro lugar na vida deles”, diz Lena. Com CD gravado e agenda lotada nos fi ns de semana, os pequenos já dividiram palco com o fenômeno do sertanejo universitário João Lucas e Diogo. Os meninos de Panrampampam e Água na Boca, trilha sonora de novela da Rede Globo, reconhecem em Thallys e Gabriel um timbre que é escasso no Brasil. “As vozes são muito diferenciadas. Ainda crianças, eles têm um timbre grave muito bonito, que não se vê com frequência. Entram no palco com tudo e se comunicam muito bem com o público. É questão de tempo para que busquem algo maior para 160 |Encontro

Samuel Gê

Thallys Alves, 13 anos,

e

s, 14 anos e v l A l e i r b a G l s e Gabrie tico: Thally Nome artís ântico anejo rom Estilo: Sert ntou: se aprese Com que já Diogo, João Neto e se uciano João Luca margo e L Zezé di Ca , co ri e d re F

OPINIÃO a carreira”, diz João Lucas. A participação no programa Raul Gil, em 2012, aproximou os garotos da cantora e, hoje, grande companheira de estrada Jéssica Lima. Com vasta bagagem musical e o quarto lugar no quadro “Jovens Talentos” em 2011, ela deu dicas aos pequenos sobre o programa e daí em diante a amizade e parceria em shows foi firmada. Hoje, aos 17 anos, a cantora – dona de uma voz versátil, que alcança notas gravíssimas

SABE: DE QUEM

“Ainda cria nça têm um tim , eles br muito bonit e grave o, que não se vê com frequência ”

Divulgação

João Lucas e Diogo

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CAPA | MÚSICA

es, 17 anos m o G a m i L a Jéssic

Amós Rodr

igues/Divu

a Lima tico: Jéssic Nome artís e arrocha anejo pop rt e S : lo ti Es ntou: se aprese Camargo Com que já arcelinho de Lima e M , x Alan e Ale E QUEM OPINIÃO D

SABE:

“Jéssica te m potência v ocal e se apres ent como profis a sional” Beethoven Júnior, músico e b aixista da banda de G usttavo Lim a

H SILVA/Divulgação

lgação

– dá vida a modas de viola da década de 1980 e embala sucessos do sertanejo universitário em seu novo CD, que carrega seu nome. Jéssica conta que tudo começou com as princesas da Disney e o rádio do carro do pai. “Eu assistia aos desenhos e ficava admirada com as princesas cantando. Queria ser como elas, mas planejava cantar o sertanejo que o meu pai tanto ouvia no carro”, conta. Depois de aulas de violão e canto, Jéssica e o pai, companheiro e amigo incondicional, foram em busca do sonho dela. “Aos 9 anos, ele me levava aos bares da capital e pedia aos cantores da noite para eu dar uma palhinha. Fiz muitos amigos e comecei a carreira assim”, diz. Desse modo, a adolescente de muitos sorrisos e bom humor foi gostando dos palcos e fez turnê durante um ano, quando passou por muitas cidades do interior. “Muita gente me conhece dessa época”, diz. A carreira profissional e a agenda cheia na adolescência não lhe renderam só trabalho, mas também boas histórias. Jéssica conta os entraves que já vivenciou por ser menor de idade e cantar em boates. “Já tive de sair da casa às pressas quando a produção descobriu que eu era menor de idade. Só quando o dono da boate explicou que eu estava com meus pais e tinha a autorização do Juizado é que pude voltar para cantar”, conta. Entre um show e outro, a mineira interpretou canções ao lado da ex-dupla Marcelinho de Lima e Camargo e Alan e Alex, mas quem não deixa de falar do seu trabalho é o músico e baixista Beethoven Júnior. Com 24 anos de experiência no mercado sertanejo, ele se surpreende com a voz da cantora. “Jéssica se apresenta como cantora profissional. O olhar, que penetra o público, e a potência vocal provam que ela vai longe”, diz. Perto de fazer 18 anos, ela planeja ingressar na Escola de Música da UFMG. “Quero estudar e deixar que a música me acompanhe por toda a vida. Se o sucesso vier ou não, vou continuar cantando”, pontua, com ar de tranquilidade. O público mineiro torce para que ele venha, e que venha depressa. ❚ Colaboraram João Pombo Barile e Marina Santos

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NA SOCIEDADE | HELVÉCIO CARLOS hcarlos@editoraencontro.com.br

Quézia Demétrio/Divulgação

BODAS EM BÚZIOS Às vésperas de seu casamento com Eduardo Vasconcelos , Luiza Guimarães Paes não esconde a emoção e o entusiasmo com os preparativos para a cerimônia e recepção limitada à família dos noivos e amigos muito próximos, em Búzios. Ela, contudo, faz uma observação. Como seu casamento é próximo ao da irmã, Júlia, que se casa em dezembro, na Argentina, não sobra tempo nem para uma dar uma mãozinha à outra. “São muitos detalhes e a logística dos dois casamentos é trabalhosa”, diz. Luiza terá a irmã como madrinha e vice-versa. A escolha por Búzios foi casual. “Não temos grandes histórias por lá. Mas um dia, visitando a cidade, descobri o hotel Insólito, na Praia da Ferradura, e me apaixonei pelo local”, conta Luiza.

RECONHECIMENTO NACIONAL

Renato Cobucci/Imprensa MG

Luiz Gonzaga de Magalhães Pereira (dir.), presidente do Grupo Tracbel, que posou ao lado governador Alberto Pinto Coelho, foi um dos homenageados com a medalha JK. Em Diamantina, o empresário não escondeu a emoção ao receber a condecoração. “Fico orgulhoso em saber que contribuí para a melhoria de vida de milhares de pessoas. Agradeço o reconhecimento de todos os envolvidos na minha indicação”, disse. A comenda foi instituída há 19 anos para reconhecer o trabalho de quem presta serviços ao Brasil e a Minas Gerais.

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Arquivo pessoal

BOLO PARA POUCOS Foram poucos os brasileiros na relação de convidados da festa Replay, um dos eventos da Semana de Moda de Milão, que agitou o mundo fashion na segunda quinzena de setembro. Entre eles, Alessandra Ambrósio, Matheus Mazzafera, Valentina Moccheti e Neymar. Matheus Mazzafera, que é de BH, mas há tempos vive em São Paulo, tinha motivo de sobra para comemorar. Um dia antes, ele festejou seus 33 anos com um jantar super-restrito. E tratando-se de Matheus, bem relacionado no circuito da moda e queridinho entre as modeletes, não foi nada fácil, mesmo na Itália, fazer uma lista para poucos e bons. De volta ao Brasil, promoveu outro jantar em restaurante no bairro dos Jardins, na capital paulista. Arquivo pessoal

A VIRADA É POR AQUI Faltam pouco mais de 60 dias para a virada do ano, mas a rapaziada já está com as passagens em mãos, o que não é nenhuma novidade. A surpresa fi ca em torno dos destinos escolhidos, os principais deles em terras brasileiras. Entre os mais badalados nesta temporada estão São Miguel dos Milagres, no litoral de Alagoas; Trancoso, no Sul da Bahia; e o arquipélago de Fernando de Noronha. As viagens internacionais não caíram em desuso. É que muita gente prefere seguir para Miami, Nova York, Aspen e Paris depois da virada de ano.

COISAS DE CRIANÇA

SURPRESA À MESA Um encontro por acaso com a cantora Bebel Gilberto deixou Maria Eduarda Geo na maior alegria. A menina tem amor pelo canto e adora bossa-nova, ritmo do qual o pai de Bebel, João Gilberto, é um dos grandes ídolos. Maria Eduarda não acreditou quando foi levada até a mesa de Bebel no restaurante Trindade, onde ambas jantavam. Atenciosa, a cantora fez questão de ouvir gravação da garota registrada no celular. “Que coisa linda”, elogiou ela, que posou para fotos e ainda deu autógrafo para a menina. Naquela mesma noite, Bebel fez uma bela apresentação do seu show Tudo, no Cine Theatro Brasil, encerrando em Belo Horizonte a turnê que passou por Rio de Janeiro e São Paulo. Maria Eduarda já tem o seu primeiro disco gravado com um repertório que reúne pérolas da bossa-nova e da MPB. Disciplinada, a menina de 10 anos faz aulas de canto, guitarra e violão.

Ivo Pitanguy marcou para meados de outubro, no Rio de Janeiro, o lançamento de seu livro de memórias - Viver Vale a Pena. O mineiro, reconhecido internacionalmente como referência em cirurgia plástica, ainda não decidiu quando virá a BH para noite de autógrafos da sua obra literária. A capital mineira é lembrada com carinho e bom humor na vida de Pitanguy. Como no dia que, apaixonado por animais, pregou um susto na família em sua casa em BH. “Minha mãe me ensinou que todos os insetos e animais, grandes ou pequenos, são necessários ao equilíbrio da natureza. Tomando a lição ao pé da letra, certo dia, cheguei em casa com a mão cheia de uns bichos diferentes que havia encontrado no porão. Mamãe estava lendo na sala e, quando lhe mostrei meus achados, empalideceu”, contou Pitanguy. “São lindos, meu fi lho. Agora, com cuidado, continue com a mão aberta e simplesmente deixe-os cair no chão. Se eu tivesse fechado a mão, não estaria vivo contando essa história, pela força do veneno dos escorpiões. A calma de minha mãe impediu que me mordessem. Logo depois que soltei os bichos, ela caiu desmaiada.

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SOCIEDADE

Novo endereço Com coquetel e abertura da exposição Reinvenção, Adriana Vasconcelos e sua sócia, Natalia Vasconcelos, reabriram a loja Abatjour de Arte. A nova sede, no Sion, funciona em imóvel dos anos 1950 projetado pelo arquiteto Sylvio de Vasconcellos. A exposição mostra luminárias customizadas por Andrea Gomes, Camila Faria, Cristiano Sá Motta, Daniela Ka ram, Fernanda Santiago, Fernando Pacheco, Fernando Vignoli, Graça Ottoni, Gustavo Penna, Isabela Vecci, Martielo Toledo, Miriam Quick Doll, Pedro Lázaro, Rodrigo Cezário e Victor Dzenk. A curadoria é de Marcelo Brasiliense. Fotos: Dudua’s Profeta.

Natália Vasconcelos e Adriana Vasconcelos

Patrícia Duque e Lilian Furna

Fernanda Oselieri, Ana Paula Lucchesi e Carolina Miranda

Lígia Jardim e Patrícia Hermany

Fernanda Tissot e Paloma Okano

Fabiana Couto, Paola Cortoletti e Natália Botelho

Isabela Faria, Laura Rabe e Camila Faria

Ana Paula Lucchesi, Graziela Nicolai, Fernanda Sperb Duarte e Anaine Pitchon

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Pedro Gazzinelli, Guilherme Morethson e Rodrigo Cezário

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A ESCOLHA DE QUEM ENTENDE DE NATAL! ESTÁ ABERTA A TEMPORADA DE COMPRAS!

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SOCIEDADE

Bodas Foi na Casa Tua, no Jardim Canadá, o casamento de Joana Damázio e Daniel Villas-Boas Ribeiro Costa. A bênção ao casal foi feita em espaço montado por Denise Magalhães na área externa, enquanto, no interior da Casa, noivos, família e convidados festejaram, ao som da Sammy's Band e do DJ Rafael Moraes. A pista ficou animada até a madrugada. A noiva é filha de Rodrigo Otávio Maia Damázio e Claudia Damazio. O noivo, de Ismael Alves Costa e Alda. Fotos: Renata Caldeira.

Joana Damásio e Daniel Costa

Ismael Alves Costa e Alda Cristina Villas Boas

Claudia Damásio e Rodrigo Damásio

Paulo Veloso e Joana Veloso

Luciana Diniz e Pedro Diniz

Luciana Boaventura e Sheila Eros

Diego Teixeira e Kelly Sousa

Paula Oliveira, Alana Frossard, Daniela Pedrosa e Marina Alkmim

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Arthur Rocha, Fátima Romualdo, Camila Alves e Renato Alves

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Eliana Damásio, Marília Rocha, Barbara Damásio e Katia Rocha

Patrícia Hermanny, Catarina Hermanny e Rodrigo Gutierrez

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Juliana Cioletti, Rafael Damásio, Bernardo Trinchero e Barbara Damásio

André Campos e Isabela Campos

Fernanda Costa, Marcelo Damásio, Letícia Fantoni e Fernando Damásio

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SOCIEDADE

Mariana Mourão, Cláudia Mourão e Joana Mourão

De olho no verão

Claudia Mourão, a filha Joana Mourão e a designer de joias Marcela Bahia receberam convidadas no lançamento da coleção de verão da Equipage. Quem compareceu ganhou um mimo disputado: tags de bolsas personalizados com as iniciais de seu nome. Fotos: Alexandre Carvalho.

Henriete Zatar, Roberta Stehling, Marcella Bahia e Ana Márcia Bahia

Ângela Magarian, Claudia Bossi e Fernando Lana Valle

Marcella Bahia e Tiago Alves Pinto

Virna Mamede, Maria Laura Mello e Regina Coelli

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SOCIEDADE

Enlace Camila e Thiago, filhos, respectivamente, de José Sávio de Oliveira Fernandes e Valéria Maria Moysés Paolucci, e de Humberto Garcia Henriques e Môni ca Soutto Mayor Assumpção Henriques, casaram-se na Paróquia São José. A cerimônia foi oficializada pelo padre Dé cio Teixeira, tio do noivo. Os convidados foram recepcionados no Far East Emporium, que recebeu decoração de Rogério Paulino. Coquetel e jantar foram assinados pelo Buffet Célia Soutto Mayor, da família do noivo. A festa foi até as 5h ao som do DJ Válber. Fotos: Eugênio Gurgel.

Camila Moysés Fernandes e Thiago Assumpção Henriques

Bernardo Nicolau, Patricia Soutto Mayor Nicolau e Odilon Nicolau

Gabriel Miranda e Isabela Colen

Felipe Abras e Barbara Seda

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Fernanda Mansur e Luiz Rohrmann

Anna Cecília e Pedro Ivo

Flávio Guerra e Deborah Vargas

Mariana Filizzola e Thaís Riber

Patricia Soutto Mayor Nicolau, Célia Soutto Mayor e Mônica Soutto Mayor

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SOCIEDADE

Festa de arromba A oficialização da união de Roberta e Gregório será lembrada como o grande casamento do ano em Belo Horizonte. A cerimônia religiosa reuniu cerca de 300 convidados na igreja de São Francisco, na Pampulha, onde há anos não ocorriam celebrações do tipo. A recepção foi na casa dos pais da noiva, Mauro Raso Assumpção e Sandra Moysés Assumpção. Gregório é filho de Paulo Rossi e Leila Augusta Lovaglio Rossi. Fotos: Eugênio Gurgel. Roberta Assumpção e Gregório Rossi

Paulo Rossi e Leila Rossi

Mauro Raso Assumpção e Sandra Moysés Assumpção

Gabriella Paulinelli e Priscilla Quaresma

Raquel Bravo e Guilherme Morethzon

Maria Mendes Laborne e Paulo Laborne

Guilherme Torres e Marcela Ohana

Lilian Tunes e Mauro Tunes

Virgínia Jordan e Gustavo Jordan

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Barbara Figueiredo e Luisa Figueiredo

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NA MESA | ALINE GONÇALVES agoncalves@editoraencontro.com.br

HARMONIZADAS COM HISTÓRIA Para chegar aos nomes dos rótulos de suas cervejas artesanais, apresentadas no novo Uaimií Brew Pub, os empresários Normando Campos Siqueira e José Maurício Siqueira pesquisaram a fundo a história da região de Itabirito, onde é a produção. Foi assim que as bebidas, feitas em parceria com o mestre-cervejeiro Evandro Zanini, ganharam nomes diferentes: Ana de Sá, Chico Rei, Barão de Eschwege, Capitain Burton e Saint Hilaire – os três últimos naturalistas. “Na nossa fazenda, há uma ponte denominada Ana de Sá e, a partir daí, pesquisamos relatos de pessoas

que passaram pelo terreno”, diz Normando. Como já haviam decidido que criariam cinco rótulos, eles resolveram homenagear também a mulher que deu nome à ponte – e da qual não descobriram nada – e Chico Rei, o escravo que, após alforriado, conseguiu juntar dinheiro e liberar seus amigos da mina em que trabalhou. Vale dizer que cada estilo de cerveja foi pensado para combinar com a história. A Barão de Eschwege, por exemplo, é uma dortmunder, já que o homenageado era alemão especialista em mineralogia e tal estilo é popular entre mineradores da Alemanha. Samuel Gê

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Samuel Gê

SÓ TRÊS VEZES AO MÊS Com funcionamento restrito (somente três dias do mês), o Espaço Pimentão Recheado, na Pampulha, acaba de completar dois anos, para alegria do publicitário Felipe Müller, fundador, ao lado do chef Alessandro Rangel. Além deles, a mãe e o irmão de Felipe, chef Fátima Müller e Pedro Müller, participam da iniciativa. “Minha ideia sempre foi trabalhar com arte, até que resolvemos aliá-la à gastronomia. E funcionou”, conta. Por isso, as comidas típicas são sempre aliadas a alguma manifestação cultural: na noite Caliente, por exemplo, aparecem tacos mexicanos e salsa; a noite Italiana tem pizza, e a noite Volta ao Mundo passeia por diferentes países – o ingrediente que dá nome à casa volta e meia aparece nas receitas, como recheado com lasanha. Reservas são recomendadas, já que há apenas 14 mesas e muitos clientes assíduos.

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Alexandre Rezende

TRUFADOS E MINEIROS Delicadas e de aroma marcante, as trufas são ingredientes nobres e caros. Por isso, a produção de azeite e mel trufados em Tiradentes, no Campo das Vertentes, pela La Tartuferia, tem agradado aos chefs e promete conquistar, também, amadores. “Trazemos as trufas processadas da Itália e elaboramos nossos produtos de modo artesanal, com os insumos preferencialmente mineiros, como o mel de São João del-Rei”, conta o chef italiano Stefano Piletti, à frente da iniciativa há pouco mais de um ano. Em agosto, a produção chegou aos consumidores finais em pontos da cidade histórica. Em BH, a negociação com estabelecimentos para a venda está em andamento. Enquanto isso, Stefano já prepara, para este mês, nova viagem à Europa: é temporada de trufas brancas. Eugênio Gurgel

A HORA DO BOLO Quando abriu as portas da Easy Ice no Lourdes, a empresária Juliana Scucato ouviu sugestões para transformar o amplo quintal em um estacionamento, mas bateu o pé. “No máximo, caberiam seis carros e isso não resolve o problema da cidade”, diz. O local acabou por se tornar procurado por clientes interessados em realizar eventos, como piqueniques e aniversários. Em atenção a essa demanda, há, agora, uma linha sob encomenda que inclui minissanduíches, carrinho de picolé e pipoca, além do item que promete ser a grande atração, o Bolo da Alegria, com sete camadas de sorvete, como a de chocolate e a de leite ninho (R$ 68, o bolo de um quilo). Detalhe: ele não é feito para ser cortado, mas para que cada convidado use uma colher diretamente. A criação é da consultora Luana Drumond, famosa por sua coautoria no bolo de chocolate da Belo Comidaria. Luana também acaba de assinar a nova linha de sobremesas da sorveteria, com seis itens. “Ela leu o que eu queria fazer”, diz Juliana. Paulo Cunha/Outra Visão/Divulgação

AJUDA ON-LINE PARA ESCOLHER O VINHO Há quem prefira segurar a garrafa e ler o rótulo com cuidado, mas a praticidade de comprar vinhos pela internet é uma realidade. Buscando tornar esse momento mais aconchegante, o e-commerce da Casa do Vinho – Famiglia Martini (www.casadovinho.com.br) ganhou uma sommelière exclusiva: Gil Vesolli. “A pessoa vai para o chat e pergunta sem precisar preencher cadastro”, explica. Ao todo, ela tem realizado entre dez e 15 atendimentos por dia. “Em geral, são as mesmas dúvidas de cinco, dez anos atrás, sobre harmonização e degustação”, diz. Ao todo, 350 rótulos de vinhos estão disponíveis. Para as compras em BH, os produtos podem ser retirados nas duas lojas físicas, sem custos. Nas compras acima de R$ 250, o frete é gratuito para entrega na capital.

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DECORAÇÃO | COZINHAS

No coração da casa

MÍRIAN PINHEIRO

Cinco cozinhas com toques rústicos de fazenda revelam o estilo de vida contemporâneo bem mineiro 144 |Encontro

Uma forte tendência da decoração dos últimos anos tem sido a mistura entre o moderno e o clássico – e nos mais diferentes ambientes. Nesse sentido, nada impede que características da cozinha moderna e da tradicional dialoguem. Pelo contrário,

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Daniel Mansur/divulgação

Como no interior O projeto da arquiteta Denise Vilela foi pensado para aqueles que amam a boa comida e comem por prazer. Essas pessoas gostam de ter um espaço reservado para preparar as refeições e receber seus convidados, independente da cozinha principal da casa. Foi criado para um gourmand mineiro, com uma atmosfera que lembra as cozinhas das fazendas do interior, tão apreciadas e reconhecidas pela boa comida. Denise procurou dar ao espaço uma leitura contemporânea mas funcional, alinhando toda a parte de preparo em uma mesma bancada, que contém: forno de pizza, churrasqueira, fogão a lenha, cooktop, forno elétrico, adega, geladeira, freezer e bojo da pia, tudo revestido em cimento vermelho e amarelo. No centro, uma mesa grande com dez cadeiras é o local onde os amigos se reúnem para conversar e degustar as delícias preparadas na hora. Eduardo Gontijo/divulgação

o casamento do moderno com referências regionais vem resultando em ambientes muito interessantes, principalmente agora, com o advento do aumento das reuniões gastronômicas informais que, cada vez mais, mobilizam famílias e amigos dentro de casa. A confirmação desse protagonismo está principalmente nos

projetos decorativos, desenvolvidos por decoradores e arquitetos, com pegada de fazenda que reúnem personalidade, estilo, tradição e tecnologia com muita propriedade. Nesta edição, algumas opções decorativas que refletem bem esse novo conceito que vai ao encontro do desejo dos moradores da atualidade. OUTUBRO DE 2014

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SOCIEDADE

Alianças Marcela, filha de Vinício Kalid Antônio e Adriana Marcilio, e Marcelo, filho de Alfeu de Melo Ferreira e Maria Custódia Rodrigues de Melo, receberam as bênçãos de sua união em cerimônia na Serraria Souza Pinto, onde também foi realizada a recepção do casamento. A festa foi animada com a performance de Buchecha, Cosmo Klein e cantora Ester Campos. Fotos: Dudua’s Profeta.

Marcela Kalid e Marcelo de Melo

Thaina Pessoa e Thássia Rafaela

Ana Paula Machado e Daniel Megale

Talita Rodrigues e Deborah Faria

Marcos Faria e Anna Almeida

Renato Geo e Amanda Prado

Eduardo Sabbgh e Flávia Kallil

Paula Kalid e André Costa

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DECORAÇÃO | COZINHAS Jomar Bragança/divulgação

Inspirado na simplicidade A designer de interiores Lena Pinheiro confirma que o simples pode ser acolhedor. A cozinha gourmet de 48 m2 é um espaço inspirado na simplicidade, no conforto e na elegância do campo. Projetada para um lugarejo em região montanhosa e de clima frio, próximo a Belo Horizonte, o ambiente é ideal para um encontro de família nos fins de semana. O despojamento da decoração é enaltecido pelo uso de adornos e acessórios regionais, que também têm como característica a praticidade de elementos modernos. O espaço é todo revestido por madeira, empregada de várias formas e modelos, como a treliça no teto e nas duas paredes, réguas largas e ripas finas no piso, formando o deck. O mobiliário de design versátil valoriza o trabalho artesanal da fibra sintética com novas cores. Um dos destaques é o banco Pandu, peça ícone da Lider, a mesa Pier com madeira in natura e os estofados com tecido náutico, que garantem o conforto e a durabilidade.

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Divulgação

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Perto das montanhas

Gabriela Gontijo/divulgação

Neste projeto da arquiteta Maria Inés Bahia Figueiredo, as paredes que dividiam as cozinhas das salas e varandas foram postas abaixo, dando lugar a grandes e sofisticadas portas deslizantes, que permitem a integração desses ambientes. Outro ponto importante neste espaço gourmet é o fogão, instalado no centro da cozinha, ou seja, formando uma ilha, como se diz no jargão arquitetônico. A casa foi construída no condomínio Vale dos Cristais, em Nova Lima, para um casal com filhos já casados, que se reúnem em grandes encontros familiares, com até dez pessoas, quase sempre na cozinha. O ambiente virou um local privilegiado, com vista para as montanhas e ligação direta com a varanda e a sala principal. Os armários da cozinha são da Kitchens e a La Lampe assina a iluminação. Jomar Bragança/divulgação

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DECORAÇÃO | COZINHAS Fotos: Gustavo Xavier/divulgação

Rústica e moderna Projetada pelos arquitetos Cristina Morethson & Angelo Coelho para uma típica família mineira, a residência na Pampulha, em Belo Horizonte, oferece um espaço gourmet que remete a antigas fazendas mineiras. Na área de preparo e degustação, há uma “ilha” em granito preto, bancada em madeira de demolição, chopeira e coifa em aço inox, que contrapõe a modernidade com o estilo rústico do fogão a lenha. O charme fica por conta de uma geladeira antiga reformada e pintada de laranja. No piso, o ladrilho hidráulico com estampas coloridas forma tapetes e arremata o rodapé. Paredes das bancadas foram revestidas com tijolos apicoados e rodobanca alta em granito preto. No teto, esteira de palha recobre a cozinha e o home integrado. Painel em madeira de demolição para fixação da TV e sofás em junco e couro natural. No deck, teto em pergolado de dormentes, cobertos por vidro e cortinas em tela solar retrátil, protege a mesa de jantar com madeira de demolição, projetada para abrigar até 12 pessoas. Ao fundo, jardim vertical com bromélias.

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Henry Yu/divulgação

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Um toque lúdico

Gustavo Xavier/divulgação

Feita pela designer de interiores Fabiana Visacro para uma tradicional família mineira, esta cozinha, localizada em uma residência em Macacos, distrito de Nova Lima, possui elementos característicos da nossa cultura regional como o fogão a lenha, o forno de pizza e a churrasqueira, todos de cimento queimado e com muita cor. O azulejo hidráulico entrou para arrematar o acabamento e está presente no centro da bancada, fazendo as vezes de rodobanca. A cobertura foi feita com toras de eucalipto e policarbonato bronze, perfeito para proteger da chuva e do sol e filtrar a luz. Ao fundo, a parede foi revestida de tijolo maciço com junta seca, proporcionando um ar mais rústico ao ambiente. Já a parede frontal foi pintada com tinta verde escolar para ser usada como quadro-negro, dando um toque lúdico ao espaço. Henrique Queiroga/divulgação

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CAPA | MÚSICA Paulo Márcio

A nova geração

sertaneja

ucena, m o p e N a n ta 15 anos Isabela San

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antana tico: Isa S Nome artís anejo pop eus, Estilo: Sert rge e Math sentou: Jo arreiro re C p o a ã e Jo s , Com que já rederico, Michel Teló eF João Neto tavo Fred e Gus z, ta a p a C e ABE: E QUEM S OPINIÃO D

“A cada apresentaç ão, Isa mostra sua simpatia e talento” Jorge e Mateu s

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Eles trocaram brinquedos por violões e as brincadeiras infantis pelo palco. Quem são os adolescentes mineiros que despontam como novos talentos do gênero e têm tudo para estourar no futuro

nelas r o D o h l a v r Vinícius Cerara, 17 anos T s Terra tico: Viniciu Nome artís de raiz , arrocha e anejo pop rt e S : lo ti s E ntou: se aprese liano Com que já Geno, Henrique e Ju rraoficial/ e te o s in iu G Daniel, om/vinic alcomp3.c /p :/ p tt h : e Sit

Divulgação

E QUEM OPINIÃO D

SABE:

AMANDA ALEIXO E MARINA DIAS

Era fim de tarde quando a cantora Sofia Del Prado despontou no corredor que separa os bastidores do público do Expominas, onde foi realizada a Fifa Fan Fest. Com passos firmes e apressados em direção ao camarim, ela logo se sentou na cadeira do maquiador e esperou para que o tempo passasse rápido. Os pés, inquietos, não paravam de bater um minuto, até que ela desabafou: “Estou supernervosa. Tem muita gente hoje”. O nervosismo é natural. Não é todo dia que uma garota de 13 anos canta para 20 mil pessoas e encerra o show da badalada Paula Fernandes. Enquanto Sofia dá a última olhada no espelho, já noite, o staff chega para chamá-la. É hora do show. Nascida em Nova York (EUA), mas criada em Belo Horizonte, Sofia impressiona pela versatilidade. Ela já cursou balé clássico, teatro, canto e acaba de lançar o primeiro EP, intitulado Em Sua Direção, com quatro faixas inéditas. Quem não a conhece se espanta ao descobrir que por trás da voz e do estilo adulto das composições está uma adolescente. O contato com a música começou aos 7 anos, na fazenda do avô, em Piumhi (MG), onde ela cantava de tudo. “Passava por todos os ritmos: da música norte-americana até o sertanejo de raiz”, conta Sofia. Para se firmar no concorrido universo da música, ela aposta no sertanejo

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“Vinícius es tá para decola pronto r. uma grand Além de e voz, ele tem muito carisma”

com forte influência do pop e recebe ajuda de uma equipe de peso. A produção executiva é de Romualdo Bueno, consagrado pelo trabalho de quase uma década ao lado da dupla César Menotti e Fabiano, e a produção musical é de Fabinho Gonçalves, respeitado no meio sertanejo. Quem entende do assunto sabe o quanto isso faz diferença. Para o produtor Marcos Roberto, reconhecido por trabalhos ao lado de Fernandinho, David Quinlan e Ludmila Ferber, famosos no meio gospel, os profissionais envolvidos nos bastidores podem alavancar – ou derrubar – a carreira de um artista. Na opinião dele, nesse aspecto, Sofia começou bem. “Ela tem um bom projeto e trabalha ao lado de pessoas de renome. Isso traz respeito para o início da carreira”, explica Marcos Roberto. Em poucos meses de estrada, ela já chamou a atenção de outros profissionais. O timbre forte é uma de suas características mais lembradas. A dupla sertaneja Bruna e Keyla, indicada em 2013 para o Grammy Latino, acredita que a garota já é um sucesso. “Ela tem voz marcante, postura de artista, é segura e, com certeza, tem um belo caminho pela frente”, diz Keyla. Se Sofia surpreende o público com suas letras e postura adulta, Mayara Fernandes, outro talento mirim surgido

Thaeme e T hiago

Fotos: Divulgação

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Alexandre Prates Pereira e Carolina Lanna

Luiza Borges e Carolina Salgado

Carla Corradi, Mônica Corradi e Alessandra Kalid

Márcia Lacerda e José Lacerda

Izabella Guimarães e Rafaela Nejys

Mariela Arges e Fernanda Fontes Arges

Rafael Horta, Sonia Brandão, Luissel Brito e Juca Oliveira

Roberto Gosende e Ester Xavier

Drielly Benettonne e José Saad Duailibi

Ana Costa e Larissa da Cunha Pereira

Ana Clara Corrêa, Ana Victoria Machado e Paula Costa

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Paulo Márcio

armo C o d s e d n a 12 anos Mayara Fern em terras mineiras, é lembrada pela leveza e doçura com que interpreta as canções. Com apenas 12 anos, a menina já teve participações nos shows de Bruno e Marrone, e Daniel. Nascida em BH, sempre se interessou por música. “O rádio fi cava ligado nas estações de música de raiz. Acabei me apaixonando”, conta Mayara. Quem primeiro atestou o talento da pequena foi o compositor Marcus Viana, que alertou Mariana Carmo, mãe de Mayara, sobre o diamante que tinha em mãos. “Mesmo sendo criança, tem alma de cantora romântica. É uma nova estrela”, diz ele. A canção Ainda Ontem Chorei de Saudade, de João Mineiro e Marciano, foi regravada por Mayara, que também é compositora e assina a faixa Bolha de Sabão, do CD Coração de Menina, lançado em 2012, quando tinha 9 anos. Sua participação no programa Encontro com Fátima Bernardes, da Globo, e Máquina da Fama, do SBT, rendeu-lhe maior visibilidade. O cantor Sérgio Reis não poupa elogios: “Quando nos encontramos em algum show, sempre fico emocionado. Uma vez até disse a ela: ‘Mayara, quando Deus te mandou, você já veio pronta. Pronta para alegrar todas as almas brasileiras’”. 152 |Encontro

es ra Fernand tico: Maya ís rt a e m o N raiz ntico e de nejo româ a rt e S : lo Esti ntou: se aprese runo Com que já Reis, Almir Sather, B o Le rgio e e r S to l, ic ie V n , a a D us Vian rc a M , e n o e Marr

“Quando De us mandou a Mayara, e la já veio pronta para ale todas as alm grar as brasileiras” Divulgação

ABE: E QUEM S OPINIÃO D

Sérgio Reis não é o único a se posicionar sobre os cantores mineiros que despontam no mercado musical. Jorge e Mateus, donos dos sucessos Flor, Amo Noite e Dia e De Tanto Querer, são fãs da mineira de coração Isa Santana. Depois de convidá-la para uma participação na Exposete, os meninos de Goiás garantem que ela é uma artista promissora. “Isa vai longe. Tem uma linda voz, carisma e muita desenvoltura no palco”, diz Jorge. “A cada apresentação, ela mostra sua simpatia e talento para o Brasil”, completa, Mateus. Por alguns instantes, a voz grave e a segurança quando fala sobre a carreira confundem a cabeça de quem fica sabendo que ela tem apenas 15 anos. Nascida em Campinas (SP), Isa chegou a Belo Horizonte ainda bebê e não demorou para demonstrar

Sérgio Reis

interesse por acordes e dedilhados de violão. Adelvar Salvador, pai e fã incondicional, conta que ela nunca ligou para brinquedos. “Sempre que passeávamos pelo shopping, ela corria para as lojas de instrumentos musicais. Quando vi que ela realmente gostava, dei o primeiro violão, aos 4 anos, e investi nas aulas de canto. O tempo foi passando e o hobby se transformou em trabalho”, conta. O público conheceu o talento da cantora adolescente em 2010, no programa Cantando no SBT, quando ela foi selecionada entre 1 mil crianças para representar Minas Gerais. Depois disso,

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CAPA | MÚSICA


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CAPA | MÚSICA só sucesso, convites e participações em shows de artistas renomados. Cercada de profissionais que lhe garantem boa preparação vocal, como a requisitada Janaína Pimenta, fonoaudióloga dos famosos, Isa planeja o futuro na música e garante que a agenda não atrapalha seus estudos. “Meus pais sempre me cobram um bom resultado na escola. Por isso me esforço para conciliar minhas atividades. Quero fazer faculdade de música e me dedicar mais para ser reconhecida musicalmente em todo o país”, diz, bem segura do que quer. Neste ano, ela lança mais um CD e um videoclipe da nova música, Sonhar. Muitas vezes, a paixão musical começa com o desejo de aprender violão ou outro instrumento mais comum. Foi assim com o cantor Daniel, que começou a tocar violão aos 5 anos, junto ao pai, e com o prodígio Luan Santana, apegado à música desde o primeiro contato com as cordas. No caso de Virgínia Branquinho, também cantora adolescente, o instrumento fugiu a todas as regras. Sem influências musicais na família, a curiosidade foi despertada por um berrante que ficava no sítio do avô. A pequena menina, com 5 anos de idade, pegou a corneta feita de chifre de boi e soprou até sair um som confuso. Depois de muitos treinos, a primeira apresentação aconteceu em uma cavalgada em Santo Antônio dos Campos, distrito de Divinópolis, onde morou por 13 anos. Hoje, aos 16 anos, ela fala com propriedade sobre o instrumento e conta que para tocá-lo é preciso um “bocadinho” de fôlego. “O meu avô não sabia tocar, ele gostava bastante, mas só brincava. Quando eu quis aprender, ficávamos treinando juntos até pegarmos o jeito.” E pegou mesmo. Atualmente, ela é a berranteira oficial da maior festa sertaneja de Divinópolis e coleciona prêmios de concursos de berrantes – os últimos foram conquistados na Festa do Peão, em Barretos. Já a carreira de cantora despontou quando Virgínia começou a fazer aulas de canto e apresentações com cantores experientes. Os irmãos César Menotti e Fabiano foram os primeiros a assegurar que ela tinha dom. “Conhecemos a Virgínia desde que ela tinha 5 anos. Além 154 |Encontro

Alexandre Rezende

Lucas Magalhã es, 14

anos, e

anos 0 1 , s e ã h l a g Vitor Ma s e Vítor tico: Luca Nome artís e raiz ântico e d anejo rom ilo, Fred Estilo: Sert iogo e Dan caba, sentou: D ro re o p S a e e s o d Com que já k e Ricardo, Fernan Leo ic e R r , o to h ic lin V e Pau uciano, margo e L Zezé di Ca

OPINIÃO de ser muito talentosa, ela tem uma linda voz”, diz César. “Sem dúvidas, é uma grande promessa para o sertanejo”, afirma Fábio Lacerda, irmão de César e de Fabiano e empresário da dupla. A cantora conta que a primeira vez que subiu ao palco cantando para muitas pessoas foi ao lado de César Menotti e Fabiano, no Mineirinho. Daí em diante, a carreira ganhou fôlego e outros artistas a convidaram para participações, como Chitãozinho e Xororó,

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CAPA | MÚSICA Carlos Roberto / Sala 11

de Monrosais o h in u q n a r 16 a Virgínia B o Branquinh co: Virgínia ti ís rt a e m No iz anejo de ra Estilo: Sert ntou: o, se aprese i & Fabian Com que já Reis, César Menott ró ro io rg e Xo Daniel, Sé itãozinho Thiago, Ch Thaeme e ABE: E QUEM S OPINIÃO D

que a levaram para abrir o show no Caldas Country, um dos maiores festivais da música sertaneja do Brasil. A rotina não é fácil. Para conciliar os compromissos musicais com o lazer, Virgínia conta com a ajuda da família. “Faço aula de canto em Belo Horizonte, quinzenalmente; pratico hipismo e ensaio as canções todos os dias. Se não fosse o apoio dos meus pais, tudo seria mais difícil”, diz. Mesmo assim, a cantora não desanima e planeja cursar veterinária. “Música e animais são minhas paixões. Por isso, quero trabalhar com as duas possibilidades”, diz. Vinícius Terra, outro talento musical do interior mineiro, já consegue conciliar a graduação no curso de direito com a agenda de shows. Aos 17 anos, ele tem um álbum que une composições próprias a outras letras consagradas no meio musical. Nascido em Simonésia, pequeno município do Leste de Minas, Vinícius fi cou mais popular depois de uma apresentação no programa Raul 156 |Encontro

“SS em edm úvd id aé ,ú um vaida, é uma grande pro messa para o sert anejo” Fotos: Clá

udio Cunh

a

César Menot ti e Fabiano

Gil, do SBT, e realiza shows semanais no interior do estado e no Espírito Santo. Ele conta que é difícil adaptar a rotina e fi car longe da família nos fi m de semana, mas tudo compensa em razão do carinho do público. “A agenda de shows é cansativa, mas é tudo que eu sempre quis fazer. Os fãs têm tanto carinho comigo que já tenho até fã-clube no Piauí”, conta. A dupla Thaeme e Thiago, que acabou de gravar novo DVD com participação de Lucas Lucco e Fernando e Sorocaba, anima-se ao falar do rapaz. “Vinícius está pronto para decolar. Além de uma grande voz, ele tem muito carisma. Agora é cair na estrada e mostrar esse

talento para todo o Brasil”, diz Thiago. A aposta do rapaz de Simonésia é divulgar as composições próprias – são mais de 50 – nos shows que faz pelo Sudeste. “Levo desde modão até o arrocha. Mas não abro mão de cantar minhas composições. Isso ajuda a criar uma identidade do meu trabalho junto ao público”, explica. Letras e arranjos próprios também regem o trabalho dos irmãos Lucas Magalhães e Vitor Magalhães – de 14 e 10 anos, respectivamente. O interesse pela música começou há seis anos, quando Victor e Leo, dupla favorita dos irmãos, lançou o CD Ao Vivo em Barretos. Os meninos gostaram tanto do álbum que, além de cantar todas as músicas, aprenderam a tocar violão e passaram a imitar os ídolos de Ponte Nova (MG) em todos os eventos da família. “No casamento da nossa prima, cantamos uma música deles, pegamos gosto pelo palco e não paramos mais”, conta Lucas, primogênito e primeira voz da dupla. Depois de aprender violão, os irmãos exploraram outros instrumentos e hoje sabem de tudo um pouco. Vitor, que assume o violão e a segunda voz durante as apresentações, faz questão de dizer que o talento facilitou o aprendizado musical. “Na época que o Lucas estudava violão, eu ficava ao lado dele tentando aprender alguma coisa. O

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ARTIGO | LEILA FERREIRA lferreira@editoraencontro.com.br

O estado da paixão É preciso se apaixonar. Que seja por alguém, por um lugar, uma causa, uma coisa – não importa. Mais que o objeto, o que importa é a própria paixão. Já sei: apaixonar-se é correr riscos. Qualquer pessoa mais avisada costuma ter na ponta da língua uma lista básica de motivos para temer (e se defender) desse sentimento extremo. Afinal, a paixão desestabiliza, põe o bom senso para correr, é surda aos apelos da razão. Quem se apaixona vira refém do que sente e a última coisa que quer é que alguém pague o resgate – apaixonados que se prezem desejam continuar presos. Preferem o espaço apertado e os sobressaltos do cativeiro à amplidão calma da vida sem paixão. Porque, verdade seja dita, quem se apaixona está sujeito a sofrer (muito), mas também vive momentos de felicidade intensa. E isso, como diria aquele comercial do cartão de crédito, não tem preço (ou tem?). Apaixonados riem sem motivo aparente, ficam mais tolerantes com tudo e com todos, aceitam as vontades nem sempre justas do universo. A pele melhora a olhos vistos. Os cabelos recuperam o antigo brilho. E a vida, ah, a vida... De repente, o roteiro mudou. Por quanto tempo, não se sabe. Pode durar um ano, uma semana, um começo de primavera – a paixão não tem compromisso com o “para sempre” – mas, enquanto dura, deixa o apaixonado em um estado único de arrebatamento. Ele se sente vivo, mais vivo do que nunca, e é essa sensação da vida quase entornando, a vida a ponto de derramar, que faz com que os apaixonados não queiram abrir mão da paixão. Nem depois de sofrer. Nem depois de tudo terminar. Quando o bom senso volta à ativa, o sofredor proclama: “Paixão, nunca mais!”. Mas basta uma brisa, uma esquina, um minúsculo acidente de percurso, e ele se vê outra vez às voltas com as noites em claro e o coração desgovernado. Porque nós, por mais que afirmemos o contrário, precisamos das paixões. Não tem que ser paixão por alguém. Desejo, atração, 50 tons de cinza, “só penso nele”, “estou louco por ela” – essa é apenas uma das possibilidades, e a mais complicada delas. Há outras, com a mesma capacidade de mudar rotinas ameaçadas pela falta de significado e oxigenar cotidianos encharcados pelo tédio. Há quem se apaixone por uma causa: ajudar o próximo, por exemplo. Quem ajuda encontra sentido para dias que pareciam mortos, acorda em estado de contentamento. É a paixão sem grades, residindo em casas amplas, de portas abertas. Também existe o apaixonar-se por livros, pelo esporte, a culinária, a dança, a música, os bordados, as viagens, o trabalho – e cada uma dessas possibilidades, se estamos apaixonados por ela, nos faz esquecer tudo, sentir que a vida deixou de ser burocrática, ficar infinitamente mais leves. “A existência do homem adulto não encerra senão monotonia”, afirma a escritora portuguesa Agustina Bessa-Luís. “A paixão não procede das pessoas”, argumenta, “mas de algo a que elas têm de obedecer para não cumprirem apenas uma vida sem impulso e sem fantasia”. Para acres-

“Sempre achei que é preciso abrir espaço para o que nos faz esquecer, ainda que por instantes, os limites implacáveis da condição humana, o quanto somos frágeis e pequenos” centar impulso e fantasia à vida, minha grande aliada sempre foi a literatura. Hoje, além dela, recorro às séries policiais da TV – uma paixão pouco nobre, podem dizer, mas intensa. Depois de Law & Order, Criminal Minds e Homeland, agora estou absolutamente apaixonada por 24 Horas, que tenho visto com a sofreguidão dos viciados. Passo os dias esperando a hora de me encontrar com os personagens Jack Bauer e Tony Almeida. E, quando estou acompanhando as aventuras da CTU (Unidade Antiterrorismo dos Estados Unidos), a casa pode cair, o telefone tocar, o mundo acabar, que não dou notícia. Bobagem? Para alguns, sim. No nosso cotidiano movido a eficácia e pressa, há quem desaprove esses devaneios. Mas faço parte do outro time. Sempre achei que é preciso abrir espaço para o que nos faz esquecer, ainda que por instantes, os limites implacáveis da condição humana, o quanto somos frágeis e pequenos. Apaixonar-se, que seja por um lugar, uma pessoa real ou um personagem de ficção, é driblar nossa precariedade, sentir que, mais do que nunca, estamos vivos e suspender o tempo. Não é pouca coisa – definitivamente. z *Leila Ferreira é jornalista, escritora e palestrante

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NESTA EDIÇÃO

26 38 42 48 52 56 64 68

ENTREVISTA Para especialista português, sistema educacional brasileiro tem falhas TREINOS Esportes praticados ao ar livre em BH SERVIÇO Avaliamos estacionamentos próximos a Confins CIDADE Gás natural chega às residências NEGÓCIOS Empresa mineira se destaca na produção de reagentes BEM-ESTAR O que rolou na 10ª corrida feminina SAÚDE Massagens para melhorar a qualidade de vida PET Animais viram companheiros no tratamento de doenças

78 82

VEÍCULOS Disputa acirrada entre SUVs compactos ARTES PLÁSTICAS Escultor e grafiteiro explora cenas urbanas

Especial odontologia 86 92 114 116

BRUXISMO Especialistas indicam como identificar e tratar APARELHO Divertidos, coloridos e eficientes

VITRINE Opções de brinquedos para a criançada MODA Meninos e meninas se rendem ao estilo inspirado na primavera

COLU NAS 20 25 32 36 72 76 80 136 164

NO PODER Contratações no consulado DEU O QUE FALAR “Me tornei um funcionário dessa dívida” RETRATOS DA CIDADE Não está nada divertido GENTE FINA Top 50 VIDA DIGITAL A vez dos cupons COLUNA DE DIREÇÃO O meio ambiente agradece ENCONTRO INDICA Montagem inspirada em tragédias gregas chega a BH, com Letícia Sabatella NA MESA Harmonizadas com história NA SOCIEDADE Bodas em Búzios

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Geraldo Goulart

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NESTA EDIÇÃO

Especial Kids

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EDUCAÇÃO Como escolher a primeira escola do seu filho DIVERSÃO Opções de hotéis-fazenda para a garotada

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COSMÉTICOS Conheça produtos indicados para bebês

150

GASTRÔ Receitas gostosas e saudáveis para fazer com eles PERFIL Dona Lucinha na mesa e na passarela DECORAÇÃO Cozinhas rústicas, clássicas e modernas CAPA As jovens estrelas mineiras do sertanejo

18 84 178

ARTIGOS ARISTÓTELES DRUMMOND O Alkmin de Minas Gerais JOSÉ JOÃO RIBEIRO Mágico sempre acima da média LEILA FERREIRA O estado da paixão

Foto capa: Cláudio Cunha Alexandre Rezende

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CARTA DO EDITOR revistaencontro.com.br

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André Lamounier Neide Magalhães Kátia Massimo Fábio Doyle Aline Gonçalves Ana Cláudia Esteves Daniela Costa Marina Dias Rafael Campos Amanda Aleixo Edmundo Serra Roger Simões Antônio de Pádua Bruno Schmitz Gustavo Paiva Júnior Oliveira Luciano Garbazza Roney Simões Cláudio Cunha Eugênio Gurgel Bruna Sales Nayara Fagundes Lílian de Oliveira Anneth Faria Solange Rabelo Laila Soares Agata Utsch Andreza Braga Marcela Viana Myrta Lobato Shyrlei Roque Roberta Magalhães Cristiane de Marco Natália Santos Nicole Fischer André Lima Jaqueline Souza Thiago Henrique Editora Encontro

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CONFORME RELATÓRIO EM NOSSO PODER. ENCONTRO É UMA PUBLICAÇÃO MENSAL DA ENCONTRO IMPORTANTE LTDA. BELO HORIZONTE. RUA HAITI, 176, 3° ANDAR - SION 30320-140, BELO HORIZONTE - MG FONE: (31) 2126-8000 EMPRESA FILIADA À

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KÁTIA MASSIMO / EDITORA-CHEFE redacao@revistaencontro.com.br

Sonho de menina

A história da capa que ilustra esta edição teve início há dois anos, quando recebemos na redação da revista uma visita inusitada. Era uma mãe, Mariana Fernandes, acompanhada de sua filha, de apenas 10 anos. Mariana pediu para falar com uma jornalista da equipe, que, depois de recebê-las, nos chamou para conhecer uma menina-cantora na recepção. Fui acompanhada de outros jornalistas interessados na “notícia”. Mariana apresentou a filha, Mayara Fernandes, que estava nos visitando para presentear a equipe com um CD que acabara de gravar. Não satisfeita, insistiu para que Mayara cantasse, ali mesmo, uma canção de sua autoria. Subitamente, fomos surpreendidos por uma voz que contrastava com a delicadeza da pequena cantora. Ela tinha um timbre afinado, marcante, e voz doce. Por muitos dias, a situação foi comentada na redação, mas o CD, Coração de Menina, ficou empoeirando em um canto da minha mesa até que, acatando sugestão de uma colega, resolvi escutar no carro, na volta para casa. Aquela voz ficou na memória. Contudo, não achei que o assunto renderia matéria. Afinal, são tantos que vendem CDs em cada esquina, propõem-se a cantar em bares, festinhas de amigos, para, quem sabe um dia, alcançar o sucesso, seguindo a trilha de tantos famosos. Dois anos depois, surgiu, em reunião de pauta, a sugestão: “que tal uma matéria sobre os novos talentos do sertanejo?”. A lembrança da Mayara veio à cabeça. Lembrei-me também da obstinação e garra daquela mãe: olhos que brilham ao falar do talento da rebenta. Aprovada a pauta, solicitei que duas jornalistas (ambas jovens e igualmente talentosas) fossem atrás de personagens. Será que haveria outras Mayaras emergindo por aí? Depois de dois meses de buscas e muitas conversas com produtores e artistas, deparamo-nos com uma profusão de meninos e meninas que sonhavam tornar-se artistas no futuro. Estava decidido: tínhamos uma bela matéria de capa. O trabalho agora, difícil, era o de peneirar, separar entre todos os nomes apurados aqueles que comporiam a matéria (infeCláudio Cunha lizmente, também havia limitação de espaço). Voltamos a procurar mãe e filha e convidá-las para que retornassem à nossa redação. Lá estava Mariana, a mãe, incansável na tarefa de promover a filha e realizar o sonho da menina – ou, por que não, o próprio sonho. As histórias relatadas na matéria que segue são emocionantes e ficaram retratadas no belíssimo texto das jornalistas Marina Dias e Amanda Aleixo. Ficamos emocionados com todos os depoimentos e com a busca desenfreada dos jovens cantores – e suas famílias – para alcançar o olimpo. Afinal, de que vale a vida se não houver sonhos e esperanças? Um dos sonhos desta revista, poderia dizer, é o de revelar talentos emergentes em nosso rico es- Mayara Fernandes com a mãe, Mariana: obstinação para mostrar o talento da filha tado. Acho que realizamos. ❚

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FALE COM A ENCONTRO | CARTAS@REVISTAENCONTRO.COM.BR (31) 2126-8000 AS MULHERES DOS NOSSOS CRAQUES I

HOMEOPATIA PARA OS XODÓS II Homeopatia não conta com evidência científica e, portanto, é comparável a qualquer charlatanismo.

Muita gente acha que toda mulher que se envolve com jogador de futebol é “maria chuteira” e a matéria mostrou que a história não é bem essa. Olha a mulher do Tardelli. Ela estava trabalhando em uma loja e conheceu o cara. Boa história!

Giuliano Gasparini Belo Horizonte/MG

APROVADOS PELA MAIORIA

Maria Carmem dos Reis Contagem/MG

A pesquisa (citada na matéria) foi encomendada pela entidade mais interessada no “ sim” do que no “não”. A Associação Pró-Lourdes é constituída por moradores que desaprovam a atividade ruidosa noturna e conta com 453 famílias.

AS MULHERES DOS NOSSOS CRAQUES II Acompanhar jogador não deve ser fácil. Eles estão sempre viajando e mudando de time. Gostei de saber. Juliana Faria dos Santos Belo Horizonte / MG

AS MULHERES DOS NOSSOS CRAQUES III Matéria interessante! Nem toda mulher de jogador é uma simples dona de casa. A mulher do Léo Silva é quase uma delegada. Pedro Coutinho Belo Horizonte/MG

EM BUSCA DA ESCOLA CERTA I Infelizmente, o colégio Santa Dorotéia não participou da edição sobre as escolas mais procuradas em BH, mas formamos equipe de pessoas empenhadas na realização de uma obra para a construção do mundo melhor que desejamos para todos. Zuleica Reis Ávila Belo Horizonte/MG

EM BUSCA DA ESCOLA CERTA II Tenho uma fi lha que estuda no colégio Santo Agostinho. Por isso, no perfil do colégio, discordo da parte da alimentação, pois as

Lúcia Pinheiro Rocha Belo Horizonte/MG duas cantinas têm, sim, refrigerantes e guloseimas, como bolo de chocolate, picolé e biscoitos recheados. Andrea Rosa da Motta Belo Horizonte/MG

EM BUSCA DA ESCOLA CERTA III Muito interessante e útil a matéria sobre as escolas. Sempre converso com meu fi lho sobre as opções de ensino, e a reportagem ajudou bastante na escolha. Ana Maria Fagundes Belo Horizonte/MG

ELE É O MAIS “NOVO” DENTISTA DA CIDADE Inspiradora a história do dentista Fernando Carvalho. É mais uma prova de que nunca é tarde para recomeçar a vida. Márcio Almeida Belo Horizonte/MG

ERRAMOS ESPECIAL LUXO Na matéria “Barriga para mostrar”, na página 116, está incorreta a informação de que o tratamento Vela Shape II, da Clínica Speciale, reduz, ao fim de seis sessões, até 80% da circunferência da barriga. O correto é: o tratamento tem resultados satisfatórios. Valor do pacote: R$ 1.200.

EDITORIAL DE MODA A produção do editorial foi supercriativa e o resultado ficou maravilhoso! Parabéns pelo trabalho inspirador! Tetê Rezende e Patricia Rezende Belo Horizonte/MG

HOMEOPATIA PARA OS XODÓS I

EDIÇÃO 160 A foto de capa da edição é do fotógrafo Samuel Gê.

ENCONTRO GASTRÔ/ O MELHOR DA CIDADE 2014

Salvei, com a homeopatia, uma cachorrinha que estava com cinomose. Bruno Garavello Soares Belo Horizonte/MG

Ao contrário do que foi publicado na matéria sobre food trucks, na página 39 (Legislação em debate), a lei atual de BH sobre alimentação em ruas não admite o comércio em trailer ou reboque.

Fale com a Revista ENCONTRO: Comentários sobre o conteúdo editorial da Encontro, sugestões e críticas a matérias: R. Haiti, 176, 3° andar - Sion - CEP : 30.320-140, Belo Horizonte, MG | E-mail : cartas@revistaencontro.com.br. Cartas e mensagens devem trazer o nome completo e o endereço do autor. Por razões de espaço ou clareza, elas poderão ser publicadas resumidamente. PARA ANUNCIAR: R. Haiti, 176, 3° andar - Sion - CEP: 30.320-140 - Belo Horizonte, MG | Tel: (31) 2126-8000 | Fax: (31) 2126-8008 RELEASES: redacao@revistaencontro.com.br | Fax: (31) 2126-8781 | ASSINATURAS: Tel: (31) 2126-8770

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ENCONTRO DIGITAL | ROLOU NA REDE Cláudio Cunha

O DESAFIO "DA ABELHA"

A MISS DA SUPERAÇÃO

O objetivo, segundo a página oficial criada no Facebook, é convocar as mulheres a usar o sutiã nos olhos – para parecer uma abelha e preservar a identidade – e mostrar o busto com o intuito de “esfregar os seios na cara dos moralistas”. Leia a matéria no íntegra em: http://goo.gl/IZmL1p

Conheça a história da representante de Minas Gerais, Karen Porfiro. Menina negra, de família simples, que venceu o preconceito, superou as expectativas e conquistou o título mais almejado entre as beldades do estado. Leia matéria na íntegra em: http://goo.gl/WVloFa

TE ENCONTRO

NO INSTAGRAM

O próximo desafio: Encontro com a primavera. Tire uma foto com o tema, publique no Instagram e compartilhe com a hashtag #encontroprimavera. Se sua foto for escolhida, ela será impressa aqui na próxima edição da revista Encontro. Participe! Devido ao sucesso da campanha #EncontroPet, foram selecionadas as três melhores fotos. As outras selecionadas estarão no site da revista. Acompanhanhe em www.revistaencontro.com.br. Fotos: Divulgação/Instagram

NOVO ESCRITÓRIO DO GOOGLE EM BH O Google alugou quatro andares (do 14º ao 17º) do edifício Boulevard Corporate Tower, empreendimento localizado acima do Shopping Boulevard, no Santa Efigênia, região Leste da capital. Leia a matéria no íntegra em: http://goo.gl/LE74YP

O gatinho Benjamim @ingridsaraiva82

O cachorro @alfredoluiz

O poodle Pedrinho @brunno_carpediem

AS MATÉRIAS COM MAIOR REPERCUSSÃO NAS REDES SOCIAIS

ENTOS COMPARTILHAM

Alunos do Colégio Arnaldo relatam choque de realidade ao visitar o Jequitinhonha

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Seca ameaça Minas Gerais

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Pílula anticoncepcional pode causar trombose?

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Professora usa celular como material didático em sala de aula

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Interferência do sol em satélite pode tirar TV do ar

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ARTIGO | ARISTÓTELES DRUMMOND adrummond@editoraencontro.com.br

O Alkmin de Minas Gerais Quando José Alberto Gueiros escreveu o livro biográfico de D. João de Orleans e Bragança, neto da princesa Isabel, oficial da Força Aérea Brasileira, contei um fato histórico pouco conhecido. No entanto, tive a oportunidade de tomar conhecimento em conversa com um dos mais importantes participantes da histórica reunião. Foi numa noite em Ouro Preto, em que fui convidado pelo filho do então vice-presidente da República, José Maria Alckmin, Leonardo, para o jantar de família comemorativo do aniversário do ilustre brasileiro. À mesa, o grande político nos contava alguns episódios importantes da história recente do Brasil, dos quais ele havia tido a oportunidade de participar ativamente. Convém lembrar que Alckmin se lançou nacionalmente como o ministro da Fazenda de JK, de quem já era amigo e companheiro de PSD mineiro, tendo sido o mais jovem constituinte de 1934. Quando da chamada batalha da posse, ele foi decisivo nas articulações para a intervenção do Exército no sentido do reconhecimento do resultado das eleições que elegeram JK. Carlos Lacerda e setores da UDN contestavam, alegando falta da maioria absoluta, que não estava previsto na Constituição de 1946, vigente à época. Depois, foi atento membro da oposição a Jânio Quadros, responsável pela velocidade com que o Congresso tomou conhecimento e declarou vaga a Presidência da República. Alckmin alegou, e com razão, que renúncia era um ato unilateral e ponto final. Em Minas foi tudo: conselheiro do Tribunal de Contas, secretário de diversas áreas e até diretor da Penitenciária de Ribeirão das Neves. Quando a crise política corria solta no conturbado governo João Goulart, foi Alckmin quem articulou o entrosamento de parte do PSD na conspiração e ele mesmo foi para o secretariado de Magalhães Pinto, que era da UDN. E teve posição de tal destaque na Revolução que foi logo indicado para vice-presidente do marechal Castelo Branco. E tentou atrair JK para o movimento, que, entretanto, não acreditou na sua viabilidade. Nesse episódio, fui, com Leonardo Alkmin, testemunha da história, uma vez que acompanhamos o político mineiro na visita a JK, em Ipanema, portador do convite para assinar com os outros antigos governadores de Minas o manifesto da Revolução, a ser lançado pelo governador Magalhães Pinto. O fato pouco conhecido, no entanto, foi outro. Na crise da posse de Jango, um impasse em que os militares preferiam que a solução fosse política, sem uma intervenção mais forte, como veio a ocorrer em 1964, houve reunião no gabinete, em Brasília, do ministro do Exército, Odilo Denis, com a presença do ministro da Marinha, Sílvio Heck, e da Aeronáutica, Grum Moss, lideranças partidárias. Surgiu, então, a solução da restauração da monarquia, com o parlamentarismo. Foi aí que se falou na impossibilidade da escolha do nome, já que o cha-

“Alckmin atribuiu à rápida intervenção de Tancredo Neves pelo parlamentarismo, com Jango, como fator que fez abortar a fórmula que nos teria dado um D. João I ou D. João VII”

mado Príncipe de Petrópolis, D. Pedro Gastão, insistia em se considerar o herdeiro do trono, quando este era de seu primo D. Pedro Henrique, com base em documento assinado por D. Pedro de Alcântara, renunciando, com a aprovação da princesa Isabel. Nesse momento, o brigadeiro Grum Moss lembrou que um terceiro neto da princesa Isabel, D. João, era oficial da FAB, havia passado na FEB e tinha amplo trânsito na Família Imperial. O fato de ser neto da princesa Isabel, muito estimada pela população de todo o país, facilitaria a escolha. Alckmin atribuiu à rápida intervenção de Tancredo Neves pelo parlamentarismo, com Jango, como fator que fez abortar a fórmula que nos teria dado um D. João I ou D. João VII. A história teria sido diferente! ❚

*Aristóteles Drummond é jornalista e escreve bimestralmente na Encontro

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NO PODER | BERTHA MAAKAROUN bmaakaroun@editoraencontro.com.br Eugênio Gurgel

CONTRATAÇÕES NO CONSULADO O novo representante diplomático dos Estados Unidos em Belo Horizonte, Brian Bauer, iniciou processo de seleção e contratação de pessoal para atuar na implantação do futuro consulado na capital mineira, com inauguração anunciada para outubro de 2016. “Vamos começar com dois ou três novos funcionários, nessa transição, que terá ainda entre 20 e 24 diplomatas e outros 70 funcionários, aproximadamente”, explica Brian Bauer. Para além da análise da concessão de vistos para os Estados Unidos, o futuro consulado dos Estados Unidos em Belo Horizonte dará particular ênfase aos projetos de intercâmbio cultural e articulação política com os governos municipal e estadual para a implementá-los. Haverá também estímulo às relações comerciais. “É grande a procura de empresas mineiras que querem atuar nos Estados Unidos e vice-versa”, explica Bauer. Neste momento, ele trabalha para expandir a atuação em todo o estado. A começar pelas cidades com universidades federais.

FACE VISÍVEL DO LOBBY Pouquíssimas empresas privadas – e nenhum lobista profissional – cadastram-se na Câmara dos Deputados para a atividade de representação de interesses. Estudo inédito financiado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), realizado pelo cientista político Manoel Leonardo Santos, do Centro de Estudos Legislativos da Universidade Federal de Minas Gerais, indica que no Brasil, assim como na Espanha, sem a formalização da regulamentação da atividade, torna-se muito difícil conhecer quem influi, como influi e por que meios econômicos influi nas decisões legislativas. O levantamento minucioso das entidades registradas para a representação de interesse aponta, principalmente, para órgãos de estado, sindicatos e empresas de economia mista.

QUEM PAGA A CONTA Mineradoras, seguidas por empreiteiras, frigoríficos, setor médico-farmacêutico e agronegócio lideram o ranking das categorias de empresas que mais colocaram a mão no bolso para ajudar na reeleição dos 43 deputados federais que tentaram novo mandato na Câmara dos Deputados, segundo indica a análise da segunda prestação parcial de contas dos deputados federais, apresentada à Justiça Eleitoral dentro do calendário legal. Apesar da estimativa média de gastos de R$ 6,5 milhões por campanha, os parlamentares arrecadaram, até a véspera do pleito, em média, R$ 636 mil (cerca de 10%) cada um. Quem lidera até agora o ranking são os deputados federais Luiz Fernando Faria (PP) – levantou R$ 2,58 milhões – e Leonardo Quintão (PMDB) – com R$ 2,4 milhões. Túlio Santos-EM-D.A. Press

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Alexandre Rezende

OUTUBRO É ROSA Prédios públicos iluminados em rosa, como o Palácio da Liberdade, telas grafitadas, depoimentos de mulheres que tiveram câncer de mama ou que conviveram com a doença na família. Este é o mês da tomada de consciência sobre o câncer de mama. O secretário de Estado de Saúde, José Geraldo de Oliveira, lançou a campanha de 2014 em Minas, iniciada há dois anos com o apoio da Sociedade Brasileira de Mastologia, no âmbito do Programa Estadual de Controle do Câncer de Mama. No país, foram registrados, só no ano pas-

sado, 52.680 novos casos de câncer de mama, com cerca de 12 mil mortes. Em Minas, estima-se que sejam, ao ano, 4,7 mil novos casos e um coeficiente de mortalidade de 11,55, ou seja, a cada 100 mil mulheres, 1.150 não sobrevivem. O programa ampliou no estado a faixa de rastreio da doença (entre 40 e 69 anos), e o acesso à mamografia foi facilitado – a requisição de agendamento, em qualquer unidade credenciada do Sistema Único de Saúde (SUS), pode ser feita sem consulta médica prévia, inclusive diretamente pela internet. Marcos Vieira/EM/D.A.Press

MUNDIAL EM BH... Depois de derrotar, em 2012, a candidatura de Milão, na Itália, Belo Horizonte sediará, no ano que vem, o encontro mundial da Uniapac, Associação de Dirigentes Cristãos de Empresas, entidade presente em 36 países que tem 26 mil afiliados. Com o apoio do prefeito Marcio Lacerda (PSB), o empresário Sérgio Cavalieri, presidente da Uniapac latino-americana, levantou a bandeira da capital mineira em Lyon, na França, sede do último congresso mundial da entidade. “A capacidade hoteleira e o potencial turístico da cidade, que se preparou para a Copa do Mundo, ajudaram muito”, considera Cavalieri.

...DE EMPRESÁRIOS CRISTÃOS O novo conceito de inserção da empresa contemporânea no mundo há muito deixa para os séculos passados a relação predatória do lucro a todo custo. Nesse sentido, o tema do congresso, que será no Palácio das Artes, em outubro de 2015, para o qual são esperados 1,2 mil dirigentes da América Latina, Europa e África, será Empresa, governo e sociedade civil para o bem comum: como trabalhar juntos para um mundo melhor. “Pregamos o bom senso da cooperação para o enfrentamento dos problemas ambientais e sociais. A responsabilidade, que é em primeiro lugar dos governos, é também das empresas”, sustenta Cavalieri. “O gestor que empreende com amor terá funcionários felizes, um produto melhor, clientes e comunidade dispostos a proteger e defender a atuação da empresa.”

TRABALHO EM PRÉDIO NOVO Perto da Praça da Estação, no prédio tombado da antiga Escola de Engenharia da UFMG, será construído pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT-MG) o novo Fórum Trabalhista de Belo Horizonte. Pro-

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jeto de lei que eleva o coeficiente de aproveitamento do solo naquele terreno foi aprovado pela Câmara Municipal. O futuro fórum sediará todas as varas de 1ª Instância na capital, além da Escola Judicial.

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DEU O QUE FALAR | FERNANDA NAZARÉ “Me tornei um funcionário dessa dívida” EIKE BATISTA, ex-bilionário, que nasceu em Governador Valadares, sobre o bloqueio de US$ 1,5 bilhão de suas contas. O patrimônio dele, que já foi de US$ 30 bilhões, hoje é estimado em US$ 300 milhões

“Não falo, não ando, não como, não saio da cama. Mas a doença não me tirou a capacidade de servir e ser feliz” VANDERLEI CORRADINI LIMA, 53 anos, médico e professor da UFJF, portador de ELA (Esclerose Lateral Amiotrófica). Ele leciona a distância usando apenas o movimento dos olhos, graças a um programa de computador, e se tornou exemplo de superação da doença

“Não vejo problema em chamar ninguém de negro. Sou negro, e daí? Ficaria ofendido é se me chamassem de mau caráter” MILTON GONÇALVES, ator mineiro, comentando a polêmica de racismo gerada pelo nome da minissérie da Rede Globo Negas

“Algema a sua mãe!” RONALD ALVES DA FONSECA, oficial de Justiça, ao ser preso em flagrante por dirigir em zigue-zague e alcoolizado pela MG-381, em Mantena, no Vale do Rio Doce Bruno de Lima/D.A.Press

“Eu não vou embora mais!” ELBA RAMALHO, cantora, declarando amor aos mineiros e a BH em show na Praça da Estação

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ENTREVISTA | RAFAEL SILVA PEREIRA FOTOS: Cláudio Cunha

“O sistema educacional brasileiro está errado” Educador português especialista em dislexia e dificuldades de aprendizagem diz que alfabetização iniciada cedo demais, aos 4 anos, como ocorre no Brasil, compromete o futuro das crianças

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MARINA DIAS

Há 11 anos, durante uma entrevista à revista People, o ator hollywoodiano Tom Cruise confessou que passou por momentos bem difíceis quando deci diu viver da sétima arte. Sua carreira no cinema quase foi por água abaixo antes que ele ao menos pudesse sentir o cheiro da fama. O motivo? Dislexia. Segundo o ator, o transtorno de aprendizado, do qual se estima que 10% da população mundial sofra, fazia com que ele mal se lembrasse das primeiras linhas de um texto que tinha acabado de ler. E o que é um ator que não consegue decorar suas falas e as deixas dos outros colegas em uma cena? Tudo bem que o ator diz ter sido salvo pela cientologia, uma controversa religião, mas outras pessoas com o mesmo problema (Whoppi Goldberg também já se declarou disléxica) recorreram a técnicas como pedir que outra pessoa leia ou grave as falas, para não ter de lidar com o texto escrito, que os disléxicos têm tanta dificuldade em decodificar. Especialista no assunto, o educador português Rafael Silva Pereira esteve recentemente em BH para lançar o Manual de Intervenção em Competências Iniciais par a Leitura e Escrita. Ele, que já havia desenvolvido um material capaz de diagnosticar a dislexia e a discalculia, atualmente usado no Brasil, elogiou os esforços das equipes peda gógicas na identificação de transtornos de aprendizagem, mas disse que nos so sistema educacional já começa errando quando se propõe a alfabetizar crianças aos 4 anos. Para Rafael, nessa idade o cérebro não está pronto para aprender leitura ou escrita. As consequências são graves, se pensarmos que estamos formando gerações que não conseguem ler direito. A causa da dislexia é neurológica, mas para Rafael Silva não resta dúvida de que o Brasil terá muitos “pseudodisléxicos” em razão do sistema educacional adotado. ENCONTRO - Qual a diferença entre dificuldades e distúrbios de aprendizagem? RAFAEL PEREIRA - Quando se fala em dificuldade, ela pode surgir na leitura, na escrita, na matemática, na fala. Mas

ça esteja atravessando. Já o transtorno é específico e tem origem neurobiológica, apesar de estar relacionado também a essas áreas. Quando se fala de transtorno relacionado à leitura, fala-se de dislexia; à escrita, disortografia; à má caligrafia, disgrafia; à dificuldade na matemática, discalculia; à fala, dislalia. Há ainda o déficit de atenção e a hiperatividade, que são também questões que levam a transtor nos de aprendizagem. São várias problemáticas.

QUEM É RAFAEL SILVA PEREIRA, 38 ANOS ORIGEM Mirandela, Portugal FORMAÇÃO Licenciado em pedagogia, mestre em didática do português pela Universidade de Aveiro (Portugal), e doutor em novos contextos de intervenção psicológica em educação, saúde e qualidade de vida pela Universidade da Extremadura (Espanha)

Por que a dislexia é o transtorno mais conhecido? Acredito que porque, no fundo, a leitu ra e a escrita são o que a sociedade pede mais que tenhamos desenvolvidas. Ler e escrever são competências básicas, quase como a fala. Mas a fala é algo natural, e a leitura e a escrita implicam processo cognitivo de aprendizagem. A dislexia é a mais falada, mas temos quase o mesmo número de prevalência, ou até maior, nas questões matemáticas, ou seja, discalculia.

CARREIRA Professor e especialista em dislexia e dificuldades de aprendizagem, coordena a equipe multidisciplinar da Clínica da Dislexia e Dificuldades de Aprendizagem do Instituto de Desenvolvimento Didático e Psicologia, em Portugal. É apresentador do programa Viagem pelo Cérebro, na TVLisboa, e autor de obras didáticas editadas no Brasil, como a Bateria de Avaliação de Competências Iniciais em Leitura e Escrita e a Bateria de Aferição de Competências Matemáticas

A partir de quando a comunidade científica começou a perceber a diferença entre dificuldade e transtorno? Por volta de 1975, um autor encontrou em crianças essa problemática da leitura, cujo nome atribuído foi cegueira verbal. Tinha a ver com esse problema da aqui sição de competências, da decodificação do grafema para o fonema (ou seja, a passagem do sinal gráfico para o som que ela representa), e já desde essa época se vem falando disso. Mas só em 2003 a Associação Internacional de Dislexia chegou à definição mais completa, estabelecendo que a dislexia é um transtor no de origem neurobiológica que inter fere nas competências da velocidade da decodificação e em outras competências necessárias para se dizer “eu sei ler”.

quando deixa de ser dificuldade e pas sa a ser transtorno? Quando se percebe, em uma avaliação rigorosa e multidisciplinar, que é um problema específico que vai acompanhar toda a vida daquela criança. As dificuldades de aprendizagem conseguem ser resolvidas, são momentâneas. Elas podem ter a ver com alfabetização, adaptação à escola, professor ou problema emocional que a crian -

Como é feito o diagnóstico? Pode acontecer a banalização do diagnóstico: se o aluno tem uma dificuldade de aprendizagem, já se diz que é disléxi co. Para evitar isso, a avaliação tem de ser feita por uma equipe multidisciplinar, ou seja, deve-se chegar a um diagnóstico em equipe. Quando se avalia a dislexia, não se avaliam apenas a escrita e a leitura, mas um conjunto de fatores que po OUTUBRO DE 2014

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ENTREVISTA | RAFAEL SILVA PEREIRA bio de aprendizagem? Vejo em minhas palestras e cursos que a maioria é empenhada em perceber o que são os transtornos, quem deve avaliar e como pode ser feita a intervenção. Mas o sistema brasileiro está errado a partir do momento em que há crianças que são alfabetizadas aos 4 anos de idade.

dem estar por trás, interferindo. Se não avalio a parte cognitiva de uma criança e ela tem um déficit intelectual, o resultado será dislexia, porque ela tem dificuldade na leitura, mas, na verdade, ela não é disléxica, e sim tem um déficit intelectual. É uma avaliação por exclusão. E o diagnóstico tem sido benfeito? Tanto em Portugal quanto no Brasil, onde também trabalho, há essa sensibilidade para a questão da dificuldade de leitura e para a dislexia. Vejo que professores têm mais dificuldade na intervenção do que no diagnóstico, até porque o diagnóstico não é feito pelo professor (e sim por uma equipe multidisciplinar). Mas o educador é quem está mais sensível para perceber sinais na criança e dizer “acho que esse aluno tem um problema relacionado a essa área” e enviá-lo para avaliação. Isso acontece muito, às vezes, até demais. Basta a criança fazer a troca de um som que se acha que é um problema de dislexia. Pode haver o exagero também, mas essa sensibilidade existe. A questão é o depois, quando vem o laudo: a criança tem uma dislexia de subtipo auditivo ou de subtipo visual. Como fazer o processo de reeducação? E a escola está preparada para fazer esse processo de reeducação? A escola deve estar preparada para dois fatores fundamentais. A primeira são as adequações curriculares. O aluno tem de aprender os mesmo conteúdos que os outros aprendem, mas é preciso adequá-los. Como? Valendo-se de algumas estratégias, entre elas, as condições especiais de avaliação, que são o segundo fator. Aquela criança deve ter mais tempo para realizar a prova, deve poder realizá-la oralmente e, por exemplo, se o problema for a escrita que não se percebe, alguém deve escrever a prova por ela. Se o aluno tem dificuldade em montar uma conta em pé, por exemplo, essa é uma questão de discalculia, ele pode me dizer como fazer a conta, e eu a realizo. A oralidade é a forma de chegar lá com esses alunos. Eles são bons, não têm um problema intelectual, seu QI está na média ou acima da média. Só precisam demonstrar de forma diferente. A escola tem de entender que a criança com distúrbio precisa disso. Não 28 |Encontro

Quando a criança troca vários sons ao ler, substitui palavras, omite-as, é descoordenada, está dando sinais de distúrbios" é que queira, precisa. Por que muitas vezes alunos com transtornos de aprendizagem são confundidos com preguiçosos? Imagine que você não sabe desenhar e peço para você fazer uma réplica do Van Gogh. Você no dia seguinte tem vontade de não ir à aula, porque sabe que o professor vai pedir algo que não sabe fazer, que vai passar vergonha. Com um aluno com dificuldade de aprendizagem é a mesma coisa. Ele vai para a escola todo dia sabendo que vão lhe pedir algo que não consegue fazer. Começa, então, a ficar desmotivado, e isso é um espiral. Ele sabe que não sabe, pedem que ele faça o que não sabe, ele fracassa, fica desmotivado e aí é confundido com preguiçoso. Isso é consequência da dificuldade, e não a causa. Mas também há os alunos que são preguiçosos e não têm distúrbio algum. Por isso, a avaliação é importantíssima. As escolas brasileiras estão preparadas para receber alunos com distúr-

Por que a alfabetização aos 4 anos é um problema? Deve-se respeitar o desenvolvimento normal do cérebro, e, aos 4 anos, ele não está preparado para receber a exigência de transferir o grafema para o fonema. Essa é uma idade em que a criança tem de desenvolver as competências iniciais para leitura e escrita, são outros estímulos, trabalhados na educação infantil. Se eles não forem estimulados, o que acontece é que a maioria das crianças vai chegar ao ensino fundamental com dificuldades, e você estará obrigando o cérebro a um funcionamento que não é pleno. Se você me perguntar qual a idade ideal para uma criança aprender a ler e escrever, considero final de 5 anos ou 6. É o momento em que o cérebro, em termos de maturação, está pronto para fazer essa recepção.

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E o que pode acontecer a quem é alfabetizado antes do momento certo? A criança pode ter dificuldades. Não um transtorno, mas dificuldade de aprendizagem motivada pela falta de estímulo. Até foi nesse sentido que desenvolvemos em Portugal a Bateria de Avaliação de Competências Iniciais para Leitura e Escrita (BACLE), que faz exatamente essa avaliação, que é perceber se a criança tem um problema que advém da falta de estímulo prévio dessas competências. Esse problema acontece apenas no Brasil? Não. Algo parecido acontece em Portugal, até em relação às metas curriculares criadas no país. O que se exige, que crianças saibam ler no final do primeiro ano, não corresponde à realidade portuguesa. O que vai acontecer é que vamos ter muitos “pseudodisléxicos” por causa disso. As metas que foram criadas incluem, por exemplo, certo número de palavras por minuto que a criança precisa conseguir

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ENTREVISTA | RAFAEL SILVA PEREIRA ler, e isso não vai corresponder à realidade. Ela não vai terminar o primeiro ano do ensino fundamental conseguindo ler essas palavras. Isso é grave também porque só estamos dando importância para a velocidade da leitura, o que é erradíssi mo. Ler não é só velocidade, e estamos cometendo o erro de obrigar a criança a fazer um processo rápido demais para atingir aquelas metas. Como pais e professores podem perceber fatores que indicam os transtornos? Importante dizer que não se fala em sintomas, porque não estamos falando de doenças. Como os distúrbios não são doenças, mas problemas neurobiológicos (uma má formação no cérebro que leva ao transtorno), não há medicamento que se tome para tratar a dislexia ou a discalculia, por exemplo. Por isso, falamos em sinais. Quando a criança demora a perceber a diferença entre direita e esquerda, troca vários sons quando está lendo, substitui algumas palavras, omite-as, é descoordenada em muitas situações, esses são exemplos de sinais. Os pais podem estar atentos a isso, mas, normalmente, as referenciações que chegam a nós são encaminhadas por professores. Os sinais seriam, então, característi cas que podem ser identificadas em crianças de determinada idade? Exatamente, crianças daquela idade. Mas, quando se alfabetiza aos 4 anos, como se pode criar um padrão? Supostamente, em determinada idade, a criança deve estar em certo estágio de desenvolvimento. Dentro daquele estágio, a criança já deveria saber fazer isso ou aquilo. Se não sabe fazer, está fugindo do quadro normativo em relação àquela questão. Portanto, é preciso estar atento aos estágios de desenvolvimento. Podemos dizer que há pessoas de 30, 40 anos que são disléxicas, mas nunca foram diagnosticadas, pois esse distúrbio não era tão amplamente conhecido durante o período em que estiveram na escola? É possível. Sobre a dislexia, posso dar o exemplo de um amigo próximo. Durante muito tempo, percebia que ele fugia a situações de leitura e escrita. Mas, 30 |Encontro

Muita gente diz que é hiperativa, mas na verdade é apenas agitada. O que se tem, muitas vezes, é uma criança que não respeita as regras" um dia, ele teve o impulso de ler em voz alta um artigo de revista do qual gostou. Quando começou, eu fiquei boquiaberto pela forma com que leu. Percebi que, se ele não tivesse mais nada que o comprometesse, era disléxico. Os olhos dele ficaram carregados de lágrimas. Ele nem sabia o que era dislexia. Quando expliquei, ele chorou e disse que conviveu com isso durante toda a vida. Tanto que ele fugiu das áreas que exigiam mais leitura e escrita, foi para a matemática. Teve sucesso em sua área, mas foi mal na escola, pois demorava mais para ler, passava os intervalos lendo, enquanto os meninos brincavam lá fora, porque a professora o obrigava a terminar de ler, de castigo. Imagine o que isso traz em nível emo cional? O importante é que a sociedade vá recebendo esses transtornos e consiga avaliar, diagnosticar e intervir. O diagnóstico de déficit de atenção com hiperatividade também está se tornando comum?

Sim, muita gente diz que é hiperativa, mas na verdade não é, é apenas agitada. Existe o hiperativo impulsivo ou hiperativo desafiante opositor, que é confundido com mal-educado. Mas às vezes o que se tem é uma criança que não respeita a regra porque não respeita quem coloca a regra. Eu, como professor, já vi pais chegarem à porta da sala e dizerem “nem reconheço meu filho”, porque na escola se impõe a regra e o filho respeita. Então pais diziam que o filho era hiperativo, mas não tinha nada disso. A hiperatividade é uma doença, é preciso ter seriedade nesse tipo de diagnóstico. Em relação ao déficit de atenção também. É preciso não banalizar, senão se acaba por ter a maioria de alunos da sala tomando metilfenidato. Ressalto ainda que, mesmo quando a criança toma medicação para hiperatividade, ela não deve só ser medicada. Se for assim, o tratamento está errado. Ela precisa ter também acompanhamento psicoterapêutico. Qual a importância do manual que o senhor veio apresentar a educadores de BH? já havíamos lançado um manual, que já está na quarta edição e avalia as pré-competências da leitura e da escrita e dá o resultado imediato do estágio de desenvolvimento da criança. Mas o que acontecia? Profissionais nos perguntavam, tendo em mãos o resultado, o que fazer com eles? Então produzimos um manual para que, de acordo com o resultado, o profissional possa fazer a intervenção com o aluno para aquela dificuldade específica que ele apresenta. Existe uma avaliação para identificar também a discalculia? Sim, a Bateria de Aferição de Competências Matemáticas (BACMAT), que é inovadora em nível nacional e internacional. Ela dá o indicador do subtipo, entre os seis existentes, da discalculia. A criança faz os exercícios, o profissio nal faz a correção, insere os dados no software, e o programa nos dá o resultado quantitativo e qualitativo. Contudo, como eu disse, antes de qualquer teste, deve ser avaliado um conjunto de fatores que podem comprometer, como a parte visual, auditiva, emocional e cognitiva. z

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Responsável Técnico: Dra. Erika Corrêa Vrandecic - CRMMG 28.946


RETRATOS DA CIDADE | RAFAEL CAMPOS rcampos@revistaencontro.com.br Foto: Samuel Gê

NÃO ESTÁ NADA DIVERTIDO O que é para ser lugar de diversão pode se tornar dor de cabeça para os pais, como Felipe Lourenço, com o filho Samuel, de 5 anos (abaixo). O brinquedo de madeira instalado na Praça do Papa, região Centro-Sul, tem parafusos soltos e lhe faltam pedaços. Em uma das passagens, as tábuas caíram, transformando-se em armadilha

para as crianças. Segundo a prefeitura, a manutenção dos brinquedos da praça é feita regularmente, mas uma nova vistoria será realizada após as informações passadas por esta coluna. Ainda de acordo com a administração municipal, “parte dos danos à es trutura de madeira é causada pelo uso inadequado e atos de vandalismo”. Fotos: Alexandre Rezende

POR ENQUANTO, SÓ ENTULHO Um grande entulho que margeia a avenida José Cândido da Silveira, altura da rua Gustavo da Silveira, no Santa Inês, está incomodando muita gente. O amontoado de concreto é o que restou de imóveis demolidos na região para dar lugar à Via 710. O pro blema é que a obra está no vermelho, já que a conclusão era para a Copa do Mundo. Em setembro, os trabalhos foram retomados, mas o corredor que ligará as avenidas dos Andradas e Cristiano Machado só deve ficar pronto em 2016. Enquanto isso, o entulho continua e, pior, tem se tornado bota-fora de outras obras.

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Fotos: Samuel Gê

ARTE NO VIADUTO Sabe aquela ideia de que os baixios de viadutos são violentos? Ela está de mudança, pelo menos no Barreiro. Sob o viaduto Engenheiro Andrade Pinto, na avenida Olinto Meireles, uma galeria de arte e uma biblioteca foram inauguradas, em setembro. Chamado de Viaduto das Artes, o projeto é um antigo sonho do artista plástico Leandro Gabriel, que ocupava o espaço com o

seu ateliê. Logo na estreia, réplicas de esculturas do artista francês Auguste Rodin foram expostas. Neste mês, será a vez da exposição Catadores, com fotografias, vídeos e esculturas de vários artistas mineiros. “A partir de agora, será um lugar dedicado a atividades artísticas, educativas e sociais”, diz Leandro. Em outras palavras, arte para todos.

Colecione Domingos Felizes com o Shopping Cidade. A cada R$ 150,00 em compras aos domingos, com mais R$ 3,00 em dinheiro, você leva um copo exclusivo.* São várias cores e modelos para você colecionar. Horário especial de domingo: lojas das 10h às 16h e praças de alimentação e lazer até as 22h. Estacionamento grátis aos domingos, nas compras acima de R$ 30,00.** Aproveite que o Shopping Cidade abre mais cedo aos domingos. Venha fazer suas compras e se divertir.

COMO ERA NO PASSADO A fachada da igreja São José, na área central, está sendo restaurada. A ideia é resgatar as cores originais de um dos principais templos católicos de BH. Com o passar dos anos, tonalidades de vermelho, cinza e azul foram se desgastando. Mas, para que a igreja volte a ter o visual do início de século passado, os fiéis devem ajudar. Os recursos financeiros para tocar a obra virão da comunidade. Segundo o vigário Flávio Campos, até a primeira quinzena de setembro, pouco mais de 20% do total do valor de R$ 1,450 milhão foram arrecadados. É uma boa causa!

*Consulte condições. **Promoção válida somente aos domingos. Imagens meramente ilustrativas.

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GENTE FINA | ANA CLÁUDIA ESTEVES aesteves@revistaencontro.com.br

RITMO DE FESTA “Este foi um ano de mudanças e muito crescimento, só tenho motivos para comemorar”, diz a designer Raquel Braga. As razões para a mineira de 28 anos estar tão feliz envolvem a marca de acessórios que leva seu nome. Neste mês, ela inaugura seu primeiro showroom em um grande espaço no Prado, que além de atacado e varejo terá peças exclusivas para noivas. Já em novembro, Raquel ainda celebra cinco anos da grife e prepara uma festa pra lá de animada. Samuel Gê

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TOP 50 A modelo Amanda Wellsh, natural de Patos de Minas, já desfilou para marcas renomadas, como DKNY, Custo Barcelona, Oscar de La Renta, e foi escolhida por Frida Giuanini o rosto da italiana Gucci. Prestes a completar uma década de carreira, a mineira de 24 anos está em sua melhor fase: ela acaba de entrar para a lista das 50 maiores modelos do planeta, segundo o site models.com. “Tem sido muito difícil conciliar tantos trabalhos com a distância do meu filho, de apenas 1 ano, mas vou continuar dando o meu melhor”, diz.

Sebastian Kim/Divulgação

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Samuel Gê

ELA FAZ ARTE Junto do marido, Alexandre Ribeiro, o Lelê, Fernanda Santiago comandava a boate Deputamadre Club, mas se cansou das noites em claro que a produção de eventos exigia e deu uma reviravolta na vida. A mudança começou quando, ao assumir uma rotina menos agitada, ela viu despertar o interesse pela decoração e começou a criar vasos, quadros e almofadas. Agora, a nova artista plástica, de 33 anos, vê suas primeiras criações romperem as fronteiras mineiras, já que no fim deste mês vai expor suas peças em uma loja de Porto Alegre. “Só de ver como as coisas estão fluindo já me sinto realizada”, diz. Alexandre Rezende

O SUCESSOR Em meio aos treinos, o lutador de jiu-jítsu Marcelo Uirapuru, de 39 anos, já se despede de seus alunos. Depois de conquistar respeito ao assumir a matriz de Belo Horizonte do grupo Gracie Barra, maior associação do mundo dessa arte marcial, substituindo seu mestre, Vinicius Bittencourt – o Draculino –, ele agora está de partida para os Estados Unidos. Diante do sucesso da modalidade no exterior, Uirapuru foi eleito para estar ao lado de seu mentor, que pretende se aposentar. “Sempre fui seu braço direito”, diz Marcelo. “Agora Draculino diz que quer que eu seja ele.”

Alexandre Rezende

A FRANÇA DE NORTE A SUL Aos 24 anos, Nayara Faria, filha do chef Ivo Faria, está de malas prontas para seu primeiro intercâmbio estrangeiro. O destino é a França: ela vai estagiar, indicada pelo pai, em restaurantes de diferentes regiões do país, durante um ano. “No mundo gastronômico, sempre temos o que aprender, espero viver novas experiências e conhecer outros sabores”, diz. Os clientes do La Palma, onde ela chefia a cozinha, podem aguardar novidades.

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CIDADE | TREINOS Alexandre Rezende

Malhação ao ar livre

Fora das quatro paredes, praças e lagoas de BH estão tomadas por adeptos de novas modalidades esportivas. Confira algumas opções AMANDA ALEIXO

Atividades físicas ao ar livre estão em alta em Belo Horizonte. Basta um olhar mais atento em praças, parques ou mesmo nas lagoas da cidade para ver adeptos de várias modalidades. Segundo o professor de educação física da UFMG Franco Noce, além da redução do estresse, a brisa batendo no rosto melhora o funcionamento do cérebro e estimula o pensamento meditativo. Para quem quer se aventurar nas modalidades esportivas ao ar livre, selecionamos opções aquáticas e terrestres. Antes de escolher, porém, é preciso levar em conta os cuidados básicos para não ter surpresas desagradáveis. “Cuidar da hidratação e não fazer esforços exagerados é primordial. Além disso, é muito importante buscar a orientação de um profissional, usar roupas leves e evitar a exposição ao sol forte”, diz Noce.

STAND UP PADDLE

Johnny Costa, atleta do SUP: “As pessoas esquecem os problemas e se voltam para a beleza natural ao redor”

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Nada de tênis, halteres ou anilhas. Para praticar o stand up paddle (SUP), só são necessários prancha, remo, colete salva-vidas e água. O esporte que tomou conta das lagoas mineiras mistura surfe e canoagem, trabalhando todas as regiões do corpo, principalmente as do Core – conjunto de músculos responsáveis pelo equilíbrio, como a região do abdômen. Johnny Costa, atleta de SUP e pioneiro da modalidade em Belo Horizonte, conta que os alunos procuram o esporte em busca de contato com a natureza e alívio do estresse. “Por se tratar de uma modalidade aquática e coletiva, as pessoas esquecem os problemas e se voltam para a beleza natural ao redor”, diz.

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Rogério Sol

POWER YOGA A nova aposta dos amantes da meditação une força, resistência e consciência corporal. Criado por educadores físicos norte-americanos, o Power Yoga se inspirou nos movimentos do Hatha Yoga – atividade que objetiva o equilíbrio mental por meio da atividade corporal –, para criar um estilo direcionado a quem está em dia com a saúde. Solange Pacheco, professora de ioga há 16 anos, explica que a diferença entre o novo estilo e as outras modalidades do ioga é o nível de exigência física. “Quem pratica o Power Yoga precisa de maior preparação e força muscular”, explica.

Onde praticar: Praça da Liberdade Gasto calórico médio: 500 calorias Tempo de aula: 1 hora Benefícios: Correção postural, melhora do condicionamento físico e da respiração, ganho de flexibilidade e força

Professora de ioga há 16 anos, Solange Pacheco (esq.) com alunas da modalidade: “É preciso preparação e força muscular”

Onde praticar: Iate Clube Lagoa dos Ingleses Gasto calórico médio: 400 calorias na aula passeio / 800 calorias no treino forte Tempo de aula: 1 hora Benefícios: Fortalecimento da região do Core e lombar. Trabalho de braços e pernas

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CIDADE | TREINOS Geraldo Goulart

SUPER CORE Entre uma estação e outra, saltos ritmados, agachamentos e flexões. A dinâmica do treinamento é completamente diferente das atividades físicas em ambientes internos, e os aparelhos são substituídos pelo peso corporal e pela estrutura da Praça do Papa. Com raízes no treinamento funcional e no Core Training, o Super Core foi criado pelo educador físico Kenji Takahashi, em BH. O objetivo era organizar a modalidade para que pessoas de diferentes capacidades físicas pudessem realizar o mesmo treino. Dessa forma, a aula coletiva fica mais interessante e o perfil físico de cada aluno é respeitado. “Em uma academia clássica, cada aluno tem uma ficha de treino específica. No Super Core, todos os alunos executam os mesmos exercícios, alterando-se a intensidade e complexidade do movimento”, explica. Organizado em sistema de circuito, o treino é composto por 10 estações de exercícios e alguns deles são específicos para correção postural. z

Onde praticar: Praça do Papa Gasto calórico: 600 calorias Tempo de aula: 1 hora Benefícios: Socialização, ganho de força, equilíbrio, consciência corporal e correção postural

Alunos do Super Core, na Praça do Papa: todos executam os mesmos exercícios, alterandose a intensidade e complexidade do movimento

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Informe Publicitário Divulgação

O endoscopista Bruno Queiroz Sander: especialista no procedimento perdeu 31 kg com o balão intragástrico

A ENDOSCOPIA NO COMBATE À OBESIDADE

Balão intragástrico é um importante método endoscópico usado para auxiliar a perda de peso

A

o contrário do que muitos imaginam, o procedimento de endoscopia não se limita apenas a fornecer diagnóstico de gastrite ou de outros problemas gástricos. Existem vários procedimentos terapêuticos realizados por meio deste método. Entre eles, o Balão Intragástrico é uma importante ferramenta para quem busca um auxílio para o emagrecimento, sem ter de submeter-se a cirurgia bariátrica ou ao uso de medicamentos inibidores de apetite. Aprovado pela ANVISA (Reg. nº 80143600103) e indicado aos pacientes com índice de massa corporal (IMC) maior que 27, o balão intragástrico é inserido vazio no estômago, por endoscopia, e então preenchido com soro e corante azul (na quantidade de até 700 ml). O procedimento é realizado com a mesma sedação usada na endoscopia convencional e dura em média 20 minutos. Não é necessário corte ou interna-

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ção e o paciente é liberado, em média, até uma hora após a colocação do balão. O médico endoscopista Bruno Queiroz Sander explica que o balão intragástrico atua ocupando a área de reserva do estômago por sua ação mecânica, oferecendo uma sensação de saciedade precoce, o que induz o paciente a ingerir uma quantidade menor de alimento. Ele revela ainda que o contato constante com a parede interna do estômago inibe a produção de grelina, um potente estimulante do apetite no cérebro, que é secretado quando o estômago está vazio, reduzindo o apetite. O especialista ressalta que o período de permanência do balão intragástrico no estômago é de até seis meses e o mesmo é removido também por endoscopia.

cesso do tratamento e a manutenção do peso perdido. “Não existe nenhum método milagroso”, completa. O especialista alerta que, por ser um procedimento endoscópico, é recomendado que seja realizado por um médico devidamente capacitado em endoscopia. Para saber se o seu médico é especialista em endoscopia, verifique no site da SOBED (Sociedade Brasileira de Endoscopia) http://sobed.org.br/servicos/comunidade/ busque-especialista-clinica/ ou junto ao CRM (Conselho Regional de Medicina). Acesse também o nosso site (www. clinicasander.com.br) para mais informações sobre este método endoscópico.

DE MÉDICO A PACIENTE Bruno Sander conta que perdeu 31 kg com a ajuda deste método e orienta que é fundamental a reeducação alimentar e a mudança do estilo de vida para o su-

Rua Alagoas, 601 – 2º andar Funcionários – BH/MG Contato: (31) 3588-1155 3261-4515 | 8508-5000 | 9464-0909 www.clinicasander.com.br

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CIDADE | SERVIÇO

Vai para Confins?

Onde é melhor estacionar Encontro visitou as quatro opções de estacionamentos nas proximidades de Confins. Comparamos as estruturas, os serviços e os preços. Há grandes diferenças

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RAFAEL CAMPOS

Deixar o carro no estacionamento e embarcar no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte, é uma rotina para muita gente, especialmente para quem costuma viajar por poucos dias. Hoje, existem três estacionamentos independentes na MG-010, próximos ao aeroporto: o B-Park, o Air Park e o Estapar/Minas Park, além do localizado dentro do complexo viário, o Royal Park. Para saber como anda a qualidade dos serviços oferecidos hoje pelos quatro estacionamentos, além de preços e diferenciais, visitamos cada um deles e elaboramos um raio-x (confira quadro comparativo) para ajudar os usuários na hora de escolher.

O que constatamos é que, graças ao aumento da concorrência no segmento, existe a preocupação em melhorar a qualidade do serviço e agregar outras vantagens para o cliente, tanto que todos estão com projetos de melhorias engatilhados, mas esperando o sinal verde do fim das obras de Confins e torcendo para que o movimento, como prevê a BH Airport (concessionária que administra o aeroporto e o estacionamento Royal Park), dobre e alcance a marca de 20 milhões de passageiros por ano – atualmente são 10 milhões. Quem opta hoje por utilizar os estacionamentos já usufrui de vantagens e, em muitos casos, da relação custo/ benefício favorável em comparação aos táxis. É só fazer as contas: o valor das diárias varia de R$ 25 a R$ 30 – sem

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considerar os descontos provenientes de convênios com algumas empresas, como companhias aéreas. Já uma corrida de táxi até o aeroporto partindo do centro de Belo Horizonte fica, em média, em R$ 120. Ou seja, R$ 240 a ida e a volta. Dependendo da duração da estadia, vale a pena fazer o trajeto com o próprio carro e deixar o veículo estacionado durante o período em que o motorista estiver fora. É possível ainda aproveitar o carro parado para realizar serviços rápidos oferecidos por alguns estabelecimentos, como troca de óleo, balanceamento, alinhamento e lavagem. Em breve, será possível também fazer check-in de algumas empresas aéreas nos próprios estacionamentos. Bruno Coelho, gestor comercial da BH Airport, considera que a concorrência é saudável no segmento, pois quem ganha são os motoristas. Por isso, enxerga os empreendimentos como parceiros. O B-Park, do Grupo Belvitur, o último a ser inaugurado às margens da MG-010, há apenas um ano no mercado, comemora a ocupação de 70% das vagas. O gerente, Daniel Puglielli, diz que o diferencial do negócio não pode ser outro senão proporcionar maior conforto e segurança ao cliente. “Há pessoas

que deixam o carro aqui com a chave na ignição e já entram na van. Isso é confiança”, conta. Já Lucas Cardoso, um dos proprietários do Air Park, diz que a ideia é triplicar de tamanho o estacionamento. “O cenário é promissor. Os outros empreendimentos também estão aguardando o melhor momento para investir e melhorar os serviços”, diz Lucas. Prova de que esse mercado está aquecido é o investimento previsto pelo Grupo Orguel. Especializado em venda e locação de equipamentos para a construção, a empresa quer também uma fatia desse bolo. A previsão é de inaugurar, ainda em outrubro, o Velox Park, para concorrer com os demais estabelecimentos. O terreno, localizado no km 26 da MG-010, sentido Confins, tem 30 mil m². Contudo, numa primeira etapa, apenas parte dele será utilizado como pátio para os carros. De acordo com Andréa Guerra, gerente de marketing do Grupo Orguel, o futuro estacionamento, que ficará a 13 km do aeroporto, será o primeiro com sistema de geração de energia fotovoltaica nas coberturas das vagas. No geral, todos os estabelecimentos estão buscando diferenciais para ganhar a preferência do usuário.

B-PARK

(5 estrelas*) Há apenas um ano no mercado, o B-Park, do grupo mineiro Belvitur, registra ocupação de 70%, o que mostra o potencial da região. O gerente, Daniel Puglielli, diz que o lema da empresa é “fugir do óbvio” e oferecer aos clientes muito mais que uma estadia para os seus veículos. Além dos serviços já oferecidos (confira no quadro), outro projeto é instalar totens para o cliente fazer check-in das empresas aéreas TAM, GOL e Azul. Outra ideia é expandir o pátio onde ficam os carros. Algumas lanchonetes já demonstraram interesse em instalar quiosques para oferecer salgados e doces

Thiago Mamede

*avaliação de Encontro (confira tabela)

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CIDADE | SERVIÇO O QUE CADA UM TEM DE MELHOR B-PARK

AIR PARK

ESTAPAR/MINAS PARK

ROYAL PARK*

www.bpark.com.br

www.airparkconfins.com.br

www.minaspark.com.br

www.bh-airport.com.br

ENDEREÇO

Rua Paulo Ferreira Costa, 445 (às margens da rodovia MG-010)

Saída 27, MG-010

Rodovia MG-010, km 3

Rodovia MG-010, km 39

DISTÂNCIA DO AEROPORTO

9 min ou 11 km

10 min ou 13 km

5 min ou 3 km

Anexo ao terminal

COMODIDADE

Sala de espera para os clientes com ar condicionado, wi-fi, computador, sofás, banheiro masculino e feminino com acessibilidade e fraldário. Tem TV a cabo. Pela manhã, serve cafezinho com pão de queijo

Sala de espera com sofá, TV, wi-fi, cafezinho e petiscos. Há banheiros feminino e masculino com acessibilidade e fraldário

Sala de espera com wi-fi, fraldário, espaço privativo para reuniões, além de café, chá, sucos, água e pão de queijo

Não tem

350

432

1.100

2.560

SEGURANÇA

Monitorado por câmeras

Monitorado por câmeras e segurança 24h

Monitorado por câmeras e segurança 24h

Não existe sistema de câmeras (segundo a concessionária responsável, está em fase de implantação)

SERVIÇOS

Há manobristas. Serviços rápidos de lavagem, balaceamento e alinhamento. O cliente pode simular os valores da estadia e agendar os serviços pelo site

Não há manobristas. Há possibilidade de reservar a vaga com 24h de antecedência

Há manobristas. Serviços de lavagem, alinhamento, balanceamento, troca de óleo, funilaria e pintura, além de procedimentos rápidos de oficina

Não há manobrista ou serviços mecânicos rápidos

R$ 25 (diária), R$ 4 (hora) e R$ 300 (mensalista), com 10% de desconto para clientes TAM, Azul, Gol, além de Smiles, jornal Estado de Minas e agência de viagens Belvitur).

R$ 27 (diária), R$ 4 (hora) e R$ 300 (mensalista), com descontos de 5% a 20% para clientes da Azul e do jornal Estado de Minas.

Forma de pagamento: cartões de débito e crédito, exceto cheque

Formas de pagamento: cartões de débito e crédito, exceto cheque

O cliente ganha um passaporte gastronômico e um voucher de R$ 50 para passagens da Azul

O cliente ganha um voucher de R$ 50 para passagens da Azul

Pontos positivos: Melhor preço e melhor pacote de serviços

Pontos positivos: Pacote de serviços e preço intermediário

Pontos positivos: Localização e número de vagas

Ponto positivo: Dentro do aeroporto

Ponto negativo: Número de vagas

Ponto negativo: Maior distância do aeroporto e sem manobrista

Ponto negativo: Preço

Ponto negativo: Vagas sem cobertura, serviços escassos e preço

NOME

Nº VAGAS

todas cobertas

PREÇOS E FORMAS DE PAGAMENTO

BENEFÍCIOS

AVALIAÇÃO DA ENCONTRO

vagas cobertas

todas cobertas

R$ 29 (diária), R$ 8 (hora) e R$ 330 (mensalista). Todos os clientes ganham uma milha do programa Smiles ou da Multiplus a cada R$ 1 gasto no estacionamento. Formas de pagamento: cartões de débito ou crédito Clientes Porto Seguro Auto têm desconto de 30% na tarifa rotativo e 10% na tarifa mensalista

nenhuma coberta

R$ 30 (diária) e R$ 6 (hora). Não há opção de mensalista. Formas de pagamento: cartões de débito e crédito, exceto cheque

Não há qualquer forma de desconto

RESULTADO LEGENDA/NOTAS

PÉSSIMO

RUIM

REGULAR

BOM

ÓTIMO

* (Aeroporto Internacional de Confins / BH Airport)

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ONDE ESTÃO LOCALIZADOS No mapa, as quatro opções de estacionamentos no trajeto BH/Confins passando por Vespasiano Google Maps

ROYAL PARK PEDRO LEOPOLDO CONFINS

Rodovia MG-010, km 39, Confins

ESTAPAR/ MINAS PARK

Rodovia MG-010, km 3, Confins

LAGOA SANTA

B-PARK

Rua Paulo Ferreira Costa, 445, Vista Alegre, Lagoa Santa

VESPASIANO

SÃO JOSÉ DA LAPA

AIR PARK

Saída 27, MG-010, Vespasiano

Thiago Mamede

ESTAPAR/ MINAS PARK (4 estrelas*) Primeiro estacionamento da região fora do aeroporto, o Minas Park passou integrar o Grupo Estapar em 2012. Os gestores do negócio dizem que há projetos para incrementar os serviços. Além de expandir o número de vagas, está em estudo serviço de agendamento por meio de aplicativo de celular

*avaliação de Encontro (confira tabela)

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CIDADE | SERVIÇO Fotos: Thiago Mamede

AIR PARK (4 estrelas*) Os proprietários do Air Park, inaugurado há dois anos, aguardam sinal verde do mercado e as melhorias do aeroporto internacional de Confins para aumentar o número de vagas e incrementar o negócio. “Temos a capacidade de triplicar o nosso espaço. Pretendemos instalar lanchonetes, montar um centro de lojas e instalar totens para o cliente fazer check-in”, afirma Lucas Martins Cardoso, um dos sócios do estacionamento

ROYAL PARK (3 estrelas*) O estacionamento está passando por reforma, o que incluiu, até o momento, instalação de novas placas indicativas. Segundo Bruno Coelho, gestor comercial da BH Airport, concessionária responsável pelo complexo viário, a meta é ampliar o número de vagas, o que será possível ao se readequar o desenho do estacionamento. Até abril de 2016, pretende-se chegar a mais de 4 mil vagas (hoje são 2.560) z

*avaliação de Encontro (confira tabela)

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Informe Publicitário Samuel Gê

BOTEQUIM OU RESTAURANTE? OS DOIS! Arantes completa dois anos e solidifica sua presença no roteiro da gastronomia de Belo Horizonte Arantes Spritz, o primeiro da nova carta de drinques do Arantes Botequim: aposta da casa para o verão

Q

ue Belo Horizonte é a capital dos bares, todo mundo sabe. Já é internacional a fama dos botecos, com suas mesas espalhadas pelas calçadas, repletas de amigos em busca de diversão. Nos últimos anos, contudo, a cidade também tem sido reconhecida pela gastronomia variada e refinada de seus restaurantes, que investem cada vez mais na qualidade das iguarias que serão servidas aos clientes. Diante de tantas opções, muitas vezes é difícil escolher qual o melhor destino na hora de sair de casa. Bar ou restaurante? Quem vai ao Arantes Botequim não sofre com essa dúvida. A casa, inaugurada há dois anos em uma das regiões mais charmosas de BH, veio para solucionar o problema. Quem optar por uma noite mais despojada tem à disposição porções saborosas, perfeitas para acompanhar um bate-papo descontraído. Se a escolha for pelo jantar, o cardápio, elaborado pelo sócio e chef Felipe Lobo, atende a clientela a contento. “Essa mistura de bar e restaurante foi algo pensado desde a inauguração do Arantes”, explica a sócia Laura Lobo. “Todos os pratos da nossa cozinha são preparados com o mesmo nível de exigência em qualidade e esmero”, diz. No Arantes, os clientes desfrutam do

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sabor inconfundível das carnes da raça angus, com destaque para a picanha e o bife ancho, cortes de maior sucesso. A novidade, trazida do Uruguai por Felipe, é o La Piementa, chorizo angus grelhado servido com molho à base de pimenta-do-reino e escoltado por batatas portuguesas. Para acompanhar, uma seleta carta de vinhos, com rótulos de oito países. Formado em gastronomia no Rio de Janeiro, Felipe Lobo se preocupa em trazer novidades para sua cozinha, principalmente temperos. Foi assim que nasceu, por exemplo, o ancho ao molho de ervas, servido na última edição do Restaurant Week e que rendeu muitos elogios. Os pratos do chef também podem ser apreciados na proposta de almoço executivo (de R$ 18,90 a R$ 34), inclusive com desconto para funcionários de empresas conveniadas. O cliente escolhe dois acompanhamentos, que variam todos os dias, um corte de carne (filé mignon, picanha, chorizo, frango, salmão e lombo suíno) preparado na parrilla e um tipo de molho. Enquanto o prato é preparado, o Arantes serve uma salada de cortesia. E, com a chegada das estações mais quentes, o Arantes vai inovar mais uma vez. A aposta da casa para o verão será uma ampla carta de drinques leves, perfeita para o calor dos próximos me-

ses. O primeiro a ser oferecido para os clientes é o Arantes Spritz, que mistura espumante, vodca, morango fresco e água gasosa. “O público de BH é muito exigente. Por isso, temos que oferecer novidades que se enquadrem dentro desse padrão”, diz Laura. “Além do Arantes Spritz, estamos testando outras combinações de bebidas e frutas para satisfazer todos os clientes”, completa. Para quem não abre mão da tradição, o chope Brahma sai em dose dupla durante a happy hour, de terça a sexta-feira, das 18h às 20h. A dedicação dos sócios inseriu o Arantes, de vez, no rol das casas mais conceituadas de BH. A despeito das dificuldades, a equipe responsável pelo botequim/ restaurante não mede esforços para que a casa mantenha seu status de referência em diversão e boa comida na cidade.

Rua Marília de Dirceu, 177 Lourdes - Belo Horizonte - MG Tel: (31) 3337-3764 convenio@arantesbh.com.br Arantesbh @arantesbh

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CIDADE | GÁS NATURAL Fotos: Thiago Mamede

Obras na rua Buenos Aires, no Sion: no local foi instalado um dos dutos que integra a rede de gás natural

Chegou com atraso Já disponível em outras capitais como alternativa ao GLP, somente agora o gás natural poderá ser usado em residências de BH, primeiro em bairros da Zona Sul. Só em 2017 será ampliado para outras áreas 48 |Encontro

RAFAEL CAMPOS

Já pensou em substituir o gás de cozinha, o GLP (gás liquefeito de petróleo), pelo gás natural canalizado e aproveitar para aquecer a água do chuveiro? A alternativa, já consolidada em várias capitais brasileiras, chega com atraso a Belo Horizonte. Por isso, a Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig) corre contra o tempo para expandir a rede de gasodutos da cidade, que antes alcançava apenas o setor industrial. A empresa espera que até 2017 pelo menos 40 mil residências ou edifícios decidam pela conversão (do GLP para o gás natural), o que representa mais de 240 km novos de rede. As obras estão concentradas

em 22 bairros da região Centro-Sul, cujo licenciamento já foi aprovado. Mas a meta é ganhar toda a capital mineira. Afinal, quais as vantagens do gás natural? Em primeiro lugar, está a praticidade, já que o morador tem fornecimento contínuo. Marcelo Sant’Anna, gerente da Gasmig, indica também a economia. Dependendo do perfil de consumo da família, é possível reduzir em até 30% o valor de consumo em comparação ao GLP. Quanto à segurança, sobretudo em razão de ocorrências envolvendo explosões de bueiros na cidade do Rio de Janeiro, Sant’Anna afirma que riscos de acontecer problemas semelhantes por aqui são mínimos. “Nossa rede é nova e todos os testes estão sendo feitos para

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evitar vazamentos”, diz. Antes de chegar a Belo Horizonte, o gás natural percorre longo caminho. Ele vem da bacia de Campos (RJ) e alcança Betim, na região metropolitana. De lá, é distribuído por dutos para a capital mineira. A primeira etapa de implantação da rede de aço, chamada de Pulmão (veja mapa), está praticamente concluí-

MAIS SEGURO E BARATO Conheça as vantagens da utilização do gás natural em residência ECONOMIA É mais eficiente e barato em relação à energia elétrica e ao gás liquefeito de petróleo (GLP) O consumidor paga apenas o que consumir, de acordo com a leitura mensal da medição

Sérgio Villaça, morador do primeiro edifício a fazer a conversão em BH, no bairro Santo Agostinho: “Logo no primeiro mês de uso tivemos economia de 15%” Divulgação

O preço é tabelado

SEGURANÇA Uma vez que é mais leve que o ar, o gás natural se dissipa rapidamente na atmosfera, reduzindo os riscos de explosão, em caso de vazamento O gasoduto é subterrâneo. Não há estocagem em recipientes de alta pressão

PRATICIDADE Tem fornecimento contínuo, como a energia elétrica e a água. O consumidor não precisa se preocupar com o reabastecimento, com pedido de compra e com o controle de estoque Oferece várias possibilidades de uso, como em lareiras, sauna, churrasqueira, iluminação, etc. É mais limpo que o GLP, o que implica maior durabilidade e facilidade de manutenção dos aquecedores, dos fogões e utensílios Fonte: Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig)

Obras do gasoduto estão espalhadas por toda a cidade: segundo a Gasmig, não há risco de impactar o trânsito, já que não é necessária a abertura de valas

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CIDADE | GÁS NATURAL REGIÕES ATENDIDAS

BELO HORIZONTE

Bairros onde o duto de aço já existe e onde está sendo implementado

Oeste

Santo Agostinho

Centro-Sul

Funcionários

Lourdes Santo Antônio São Pedro

Gasoduto em construção Gasoduto existente

Cruzeiro Anchieta

Estoril Estrela D’Alva Betânia Palmeiras

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Carmo

Buritis

Sion Santa Lúcia Belvedere Vila da Serra

da, faltando apenas 1 km. Ela vai do bairro Santo Agostinho, na região Centro-Sul, até o Betânia, região Oeste. A partir dela, estão sendo instalados dutos de polietileno de alta densidade que alcançam as residências e edifícios. De acordo com Eduardo Luiz Batista Soares, gerente de expansão da Rede de Distribuição de Gás Natural da Gasmig, os trabalhos começaram em 2012, motivados pelo desejo dos próprios moradores. “As pessoas indagavam sobre como poderiam aproveitar aquele gasoduto que passava na rua de casa, mas que não chegava até elas”, diz. Agora, 1,5 mil moradores já assinaram contrato com a Gasmig. Sérgio Guimarães Villaça mora no edifício Chamonix, no Santo Agostinho, o primeiro prédio residencial a fazer a conversão em BH. Há mais de um ano, os 12 apartamentos usam o gás natural na cozinha. “Logo no primeiro mês de uso tivemos economia de 15%”, diz Sérgio. O Minas I, no Lourdes, e as duas unidades do hospital Materdei, no Barro Preto, também começaram a utilizar o gás natural. Além dos 22 bairros já licenciados, a Gasmig iniciou pesquisa de mercado para oferecer o combustível para os bairros Cidade Nova e Silveira, ambos na segunregião Nordeste de BH. No país, segun do a Associação Brasileira das Empresas (AbeDistribuidoras de Gás Canalizado (Abe utiligás), mais de 2 milhões de clientes utili zam gás natural. Enquanto isso, as obras estão a todo vapor pela cidade e, segundo a precicompanhia, os moradores não preci sam temer por longas interdições de ruas e avenidas. Os trabalhos seguem o Método Não Destrutivo (MND), que dispensa, por exemplo, a abertura de grandes valas para instalar o duto. “Utilizamos uma tecnologia mais cara, mas os transtornos são menores”, diz o gerente da Gasmig, Eduardo Soares. acompaA reportagem de Encontro acompa nhou o início das intervenções na rua Buenos Aires, no bairro Sion. No local, poestava sendo instalado um duto de po lietileno de alta densidade de 90 m que atravessava a rua Grão Mogol. Para isso, apenas três buracos foram abertos, já que o tubo é lançado sob o asfalto. O procedimento é realizado, em média, em três horas. z

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PERFIL | NEGÓCIOS

Como fazem os sapos A médica Eliane Lustosa, de 53 anos, fez de sua empresa, Labtest Diagnóstica, uma referência em inovação e tecnologia. Hoje, desperta a cobiça de multinacionais e cresce a taxas chinesas

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ALINE GONÇALVES

Quando criança, Eliane Lustosa não tinha o costume de brincar com animais de estimação, como muitos meninos e meninas da mesma idade. Como a mãe era médica e trabalhava sempre aos domingos, Eliane acompanhava o pai – o médico patologista Geraldo Lustosa, referência na área em Belo Horizonte – nas idas ao laboratório da família. Lá, os bichinhos que encantavam a garota eram sapos, usados na realização de testes de gravidez a partir da urina. “Era tudo uma maravilha”, diz. Ela lembra que o laboratório parecia um local mágico. Geraldo preparava misturas que trocavam de cor, manchas apareciam e desapareciam. Que

A médica Eliane Lustosa dobrou o faturamento da Labtest em cinco anos: “Todo mundo quis comprar a empresa, mas me recusei a vender”

criança não ficaria fascinada? O interesse pela área surgiu nessa época e nunca abandonou a menina. Como gostava de matemática, decidiu cursar arquitetura, mas jamais exerceu a profissão. Acabou seguindo os caminhos do pai. Fez curso de medicina e se especializou em patologia clínica, área em que o pai era professor. “Ele ensinava bem, suas aulas eram muito concorridas”, diz ela. “Mas a letra dele era terrível. Comecei a ajudá-lo a reescrever as aulas nos slides e acabei por me encantar pelas fórmulas e teorias da área.” Em 1996, quando os sapinhos já haviam sido substituídos por novas tecnologias, Eliane foi trabalhar “oficialmente” no negócio da família, fundado em 1958. Logo despontaram seu perfil de lideran-

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Samuel Gê

Samuel Gê

LABTEST EM NÚMEROS

FUNDAÇÃO:

1971

NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS:

200

O QUE PRODUZ: kits de reagentes para exames laboratoriais. Também importa e monta equipamentos para leitura de testes

O diretor executivo Tarcísio Vilhena: “A Eliane conhece o segmento de diagnósticos e sabe a necessidade dos clientes”

ATUAÇÃO:

9,5 mil

ça e seu lado empreendedor: convenceu o pai a abrir lojas “de rua”, trocando o 8º andar por uma do térreo, na rua Carijós. Passaram, assim, de 80 para 250 atendimentos por dia. Simultaneamente, Eliane mostrou a importância de expandir o negócio para outros pontos. “Foi uma vitória”, afirma. “Meu pai era contra, tinha medo de perder a qualidade.” Ela só não imaginava, naquela época, que outra experiência paterna fosse mudar novamente o rumo de sua carreira. No início de 1971, ao lado do também patologista José Carlos Basques, Geraldo fundou a Labtest Diagnóstica, pioneira nacionalmente na produção de reagentes químicos para diagnósticos in vitro (matéria-prima utilizada pelos laboratórios para fazer exames).

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Hoje situada em Lagoa Santa, em sede de 12 mil m², e tendo como sócios também a família Antunes, possui 200 funcionários e é comandada por Eliane, depois que o pai e o sócio faleceram. A empresa também importa e monta equipamentos que fazem a leitura de testes. A previsão é de que fature R$ 85 milhões em 2014 (está em quinto lugar no ranking brasileiro do setor e todos os seus concorrentes são multinacionais). Quando Eliane assumiu a presidência, em 2009, o faturamento era de R$ 43 milhões e o quadro de funcionários correspondia à metade do atual. Eliane teve de demonstrar firmeza antes mesmo de assumir o comando da empresa. “O nosso diretor executivo tinha saído em 2008 e estávamos em um

presente em laboratórios, dos 15 mil de todo o país. Também atua em outros 20 países

FATURAMENTO EM 2013:

R$ 78 milhões

FATURAMENTO PREVISTO PARA 2014:

R$ 85 milhões

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PERFIL | NEGÓCIOS Arquivo pessoal

Os fundadores da Labtest Diagnóstica, Geraldo Lustosa e José Carlos Basques, na inauguração da nova sede, em 1996: pioneira na produção de reagentes químicos para diagnósticos in vitro no país

processo de reformulação quando o Zé Carlos (José Carlos Basques, sócio) morreu”, diz. “Todo mundo quis comprar a empresa, mas me recusei a vender.” Ela segurou as pontas, sem deixar de lado o laboratório Geraldo Lustosa, onde continua no comando do conselho e responsável pelo corpo técnico. “Eliane conhece o segmento de diagnóstico e sabe a necessidade do cliente”, afirma Tarcísio Vilhena Filho, atual diretor executivo da Labtest e ex-executivo da Coca-Cola. Hoje, a empresa tem entre seus clientes quase 10 mil laboratórios, o que corresponde a cerca de 70% do total existente no país. Isso significa que, quando um médico pede um exame de controle de glicose ou até de HIV, há mais de 60% de chance de o paciente ser atendido por laboratórios que trabalham com produtos da marca Labtest. Os reagentes são o carro-chefe, com a venda de 1 milhão de kits por ano e estimativa de realização de 300 milhões de exames. A empresa trabalha também com a venda de equipamentos para realização de exames. O primeiro veio do Japão, em 2002 (atualmente há 16 no portfólio). Em 2010, Eliane viu a necessidade de entender melhor a área e partiu para uma viagem à China, para 54 |Encontro

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Montagem dos kits de reagentes para exames de diagnósticos: material fornecido para 9,5 mil dos 15 mil laboratórios do país

conhecer os equipamentos fabricados naquele país. “Durante 20 dias, fizemos 16 voos internos para conhecer as fábricas”, diz. A partir daí, a Labtest Diagnóstica fechou novas parcerias e se tornou a primeira na montagem dos equipamentos de leitura laboratorial no Brasil, a partir de peças importadas. “Vendemos as máquinas, treinamos operadores e damos assistência”, afirma. Sempre atenta à inovação científica, o investimento em educação é crescente na empresa, que há pouco mais de um ano inaugurou seu Centro de Desenvolvimento, Inovação, Ciência e Tecnologia no Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-TEC). Hoje, 18 profissionais atuam no espaço, desenvolvendo pesquisas nas áreas de imunologia, hematologia e coagulação, biologia molecular, bioquímica, entre outras. Além dessa iniciativa, anualmente, a Labtest Diagnóstica doa kits de reagentes para universidades. “É uma empresa que respeita os funcionários e o meio ambiente”, diz a funcionária Aline Reinke, superintendente de controladoria. Com números de fazer inveja até na China, a Labtest cresce 15% ao ano, ininterruptamente. Agora, prepara-se para dar novos passos em um mercado que também só conhece prosperidade.

Segundo dados da Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde (ABIIS) – que reúne associações do setor de laboratorial –, no primeiro semestre de 2014 registrou-se alta de quase 5% no volume de diagnósticos, comparado ao mesmo período de 2013. “Isso se deve à importância do diagnóstico precoce. Pelo menos 80% das decisões médicas dependem disso, e os exames têm de ser precisos e eficazes”, diz o presidente da ABIIS, Carlos Eduardo Gouvêa. A Labtest Diagnóstica está de olho também no mercado internacional e prevê abertura de duas filiais em países da América Latina, já em 2015 (os locais são mantidos em sigilo). Além disso, o investimento na montagem de equipamentos vai continuar. “Nosso objetivo é conseguir nacionalizar componentes para reduzir o custo das máquinas”, diz Tarcísio Vilhena. Para alcançar a meta, a Labtest está investindo firme em tecnologia. Só nos últimos 2 anos foram cerca de R$ 10 milhões. “Nossa vocação, desde a origem, é a de ser uma empresa inovadora”, diz Eliane Lustosa. “Estamos prontos para dar um novo salto.” Assim como faziam os sapinhos do laboratório Geraldo Lustosa, guardados para sempre na memória da médica-empresária. z

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BEM-ESTAR | CORRIDA

Tributo à saú d

Alexandre Carvalho

“Sem dúvida é um momento único para a mulher mineira”, disse a empresária Flávia Gomes Peixoto

Em sua 10ª edição, a corrida Encontro Delas/Circuito Molico mais uma vez transformou a orla da lagoa Seca em uma verdadeira celebração em alto-astral

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A publicitária Isabella Nogueira levou a filha Sofhia para torcer: “O ambiente, digno do universo feminino”

DANIELA COSTA

Um brinde à saúde, à beleza e ao bem-estar. Assim foi a 10ª edição da corrida Encontro Delas/Circuito Molico, que, mais uma vez, superou as expectativas. Cerca de 1,5 mil atletas amadoras e profissionais percorreram com garra e determinação os 6 km do circuito. Enquanto isso, amigos e familiares aguardaram ansiosos na linha de chegada, na orla da lagoa Seca. A prova, exclusiva para o público feminino, contou com a presença da primeira-dama do estado, Célia Pinto Coelho. “Fico muito feliz em participar de um evento em que a mulher e a família mineira são tão bem recebidas”, disse Célia.

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“Cheguei cedo ao Day Care para não perder nenhuma atividade”, disse a estudante Vanessa Tupinambá

No pódio, a emoção tomou conta da atleta que ultrapassou a linha de chegada em primeiro lugar. Larissa Marcelli, de 27 anos, da equipe HF, fez o tempo de 22min12. “Estou muito satisfeita. Nas edições anteriores, já havia conquistado o segundo e o terceiro lugares, mas hoje me superei”, disse Larissa. Já Janaína Santana, de 28 anos, da equipe Casa do Corredor, comemorou a conquista do segundo lugar, com o tempo de 22min33. “Cada vitória me motiva ainda mais a praticar esporte. É muito gratificante”, diz Janaína. Aos 23min25, Erika Vieira, também da equipe Casa do Corredor, alcançou o terceiro lugar. Todas foram prestigiadas com medalhas da joalheria Manoel Bernardes e brindes de apoiadores

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ú de e à beleza Alexandre Carvalho

Diego Tardelli Filho, Linda Martins e Pietra Tardelli, filhos e esposa do jogador Diego Tardelli: “Sem dúvida, quero participar das próximas”, disse Linda

e patrocinadores, entre eles, a Nestlé Molico e o Mart Plus. Muitos aproveitaram o evento para se divertir em família. O casal de empresários Raimundo Nogueira Silva e Karine Vidal Almeida levou os filhos Pedro Henrique, de 11 anos, e Rafael Vidal, de 5, para curtir o espaço Encontro Kids e torcer para a mamãe. “É um momento de integração e descontração familiar”, disse Raimundo. A publicitária Isabella Nogueira, de 37 anos, também levou a filha, Sofhia, de 7 anos, para entrar na brincadeira. “O ambiente, digno do universo feminino, é contagiante”, disse Isabela. Linda Martins, empresária, mulher do jogador do Galo, Diego Tardelli, levou os filhos Pietra, 7 anos, e Tardelli

Alexandre Carvalho

O casal Raimundo Silva e Karine Almeida levou os filhos Pedro Henrique e Rafael para curtir o Espaço Kids: “É um momento de integração familiar”, disse Raimundo

Filho, 3 anos, para engrossar a torcida. “Fiquei surpresa com a estrutura da corrida. Adorei o Day Care e também deixar meus filhos no Espaço Kids”, disse Linda. “Sem dúvida, quero participar das próximas”. A empresária Flávia Gomes Peixoto de Lucca não conseguiu se inscrever a tempo para competir, mas fez questão de estar presente na prova. “Acabei de voltar de viagem, mas não perco nenhuma corrida. É momento único para a mulher mineira”, disse Flavia. No dia anterior, as participantes receberam atenção especial na arena do Day Care. Além de cuidados com as unhas, foi possível se preparar para a prova com massagens relaxantes e dicas de alimentação. O

kit da atleta, com bolsa exclusiva do estilista Rogério Lima, recheada de mimos, é sempre uma atração à parte. “Ontem, cheguei cedo ao Day Care para não perder nenhuma atividade”, disse a estudante de direito Vanessa Tupinambá. O diretor executivo dos Diários Associados, Geraldo Teixeira da Costa Neto, explica por que a corrida Encontro Delas/Circuito Molico já faz parte do calendário esportivo mineiro. “Simplesmente porque podemos ver a satisfação no rosto de cada participante”. crianças.” A prova é uma realização da revista Encontro, Diários Associados e jornal Estado de Minas. Colaborou: Bruna Tavares OUTUBRO DE 2014

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BEM-ESTAR | CORRIDA

Leticia Valle, Cristina Valle, Thais Valle e Fernanda Lima

Reinaldo Quintão, Maria Vitória Quintão e Cibele Cavalieri

Bruna Gosende, Liana Zan, Izabela Carneiro e Helena Paiva

Cenas da prova, Day Care e Espaço Kids Marília Coutinha e Flávia Menicucci

Vanja Marconi, Claudia Bernardes e Angélica Bernardes

Mariana Nogueira e Carolina Pereira

Larianne Barcelos e Ingrid Lopes

Oila Adolfo e Michele Peixoto

Fotos: Alexandre Carvalho, Alexandre Rezende, Cláudio Cunha, Dudua's Profeta, Eugênio Gurgel, Renata Caldeira e Samuel Gê

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ciaathletica.com.br

Shopping DiamondMall

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BEM-ESTAR | CORRIDA

Luciana De Morais e Michele Fabiana

Largada

Kátia Bao, Christina Botrel, Helen de Abreu e Gabriela Bacelar

Espaço Nestlé

Patrícia Soutto Mayor, Sérgio Frade e Helida Mendonça

Tânia Salles e Georges Perona

1º lugar - Larissa Marcelli

Marcele Dias, Elimar Mota, Paula de Oliveira e Eliane Simões

Percurso Encontro Delas

Fernanda Manata e Adriana Vasconcelos

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BEM-ESTAR | CORRIDA Espaço Kids

Graziela Oliveira

Miguel Burger, Daniel Burger e Laura Burger

Luiza Recife, Marina Azevedo e Otávio Recife

Mark Zammit, Victoria Motta e Anna Vitoria Motta

Leonardo Farah, Heitor Farah e Silvia Farah

Gustavo Germano, Sérgio Frade, Célia Pinto Coelho e Geraldo Teixeira da Costa Neto

Mariana Pires Valadão e Alexandre Barbosa

Rodrigo Belo, Antônio Lúcio Martins e Ana Luíza Martins

Dayana Oliveira, Saulo Motta, Lê Diniz e Juliana Guimarães

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Victor Costa Salum, Ricardo Salum e Ana Katharina

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Informe Publicitário

ALIMENTOS PARA PENSAR

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om o envelhecimento nas sociedades ocidentais, o aumento das doenças degenerativas do cérebro será um dos maiores problemas para saúde pública. Durante o último congresso da Associação Internacional da Doença de Alzheimer (AAIC), em julho, em Copenhagen, foi dada ênfase ao aspecto nutricional e atividade física na prevenção da perda de memória. Como manter o cérebro sadio é um objetivo de todos. Nos EUA, centros acadêmicos estão atendendo pessoas jovens com fatores de risco para a DA bem antes de qualquer sintomas. Vários fatores nutricionais podem ser associados à perda da memória com o envelhecimento. O mecanismo da DA é, provavelmente, a combinação de alterações vasculares, acúmulo de proteína tóxica (amiloide), distúrbios de colesterol, insulina, fatores genéticos e deficiência nutricional com um denominador em comum que seria o excesso de oxidação das células. O excesso de radicais livres tem uma função deletéria e está associado à morte neuronal e pode ser a chave entre a preservação da atividade normal cerebral e o processo de demência. Existem vários sistemas internos que protegem a célula da atividade desses radicais livres. O cérebro depende de certos nutrientes para formação das células nervosas e dos neurotransmissores. Entre os protetores naturais como vitaminas e antioxidantes, frutas e vegetais são as principais fontes. Diversos estudos epidemiológicos mostram diminuição de incidência de doença de Alzheimer em pacientes com dieta rica em vegetais, frutas e, especialmente, o ômega-3. Um exemplo seria a dieta mediterrânea, que é rica em antioxidantes e azeite de oliva. Antioxidantes como vitamina C, E, betacaroteno, polifenol, cúrcuma. Além de resveratrol, coenzima Q-10, DHA, ácido lipoico, vitamina D estão em estudo na Doença de Alzheimer. A dosagem de 50 mg de betacaroteno mostrou benefício em uso prolongado em pacientes com perda de memória. Recentemente, o uso de vitamina E 2000u resultou em declínio mais lento em paciente com DA. Estudo na França com combinação de vitaminas C, E, selênio, caroteno,

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Divulgação

Neurologista, certificado pelo Colégio Americano de Neurologia e Academia Brasileira de Neurologia Diplomado em Neurogeriatria nos Estados Unidos. Clínica em Belo Horizonte e Flórida , EUA Top Doctor 2012-2013-2014 Castle-Connoly/ Gulfshore Life Magazine

e zinco apresentou melhores resultados em testes de memória, depois de 6 anos. Estudos similares mostraram benefícios de complexo B e ácido fólico em alguns casos. Ultimamente, a atenção também tem se voltado para a importância da vitamina D na atividade cerebral com o envelhecimento. Alto consumo de gorduras não saturadas e poli-insaturadas como DHA tem sido associado a menor incidência de DA. O DHA é um componente-chave das gorduras na membrana do neurônio. A maior quantidade de DHA na natureza é encontrada no leite materno. Peixe é a principal fonte de DHA na dieta. Vários estudos mostram incidência oposta da DA relativa ao consumo de DHA. Estima-se que metade da população americana não come peixe. O resveratrol é encontrado em uvas e parece ativar genes relacionados com longevidade. Talvez daí o benefício encontrado no vinho tinto como protetor de doenças degenerativas do cérebro. O consumo leve a moderado de álcool mostrou diminuição da incidência da DA consistente em vários estudos epidemiológicos. A cúrcuma é um potente antioxidante nos molhos curry. Além de proteção anti-

cancerosa, aparenta propriedades de proteção cerebral. Exceto em uma dieta rica em molhos curry, é difícil encontrá-la na dieta em grande quantidade. O ácido alfa-lipoico é um antioxidante encontrado na mitocôndria. O uso desse suplemento mostrou diminuição da progressão da perda de memória em pequenos estudos com pacientes com DA. A combinação de nutrientes levou à produção de alguns suplementos alimentares chamados de comida médica (medical foods), com estudos mostrando algum benefício na DA. Mudança de hábitos alimentares, apesar de difícil, talvez seja uma das maiores promessas na prevenção de doenças degenerativas do cérebro. DR. IGOR LEVY: Centro de Excelência em Neurologia Neurologista e Neurofisiologista Certificado pelo Colégio Americano de Neurologia Certificado em Geriatria Neurológica Alameda da Serra nº 400/404 Nova Lima - MG Tel.: (31) 3264-9590 - Fax: (31) 3264-9387 igorlevymd@comcast.net Clínica em Belo Horizonte e Flórida-EUA

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SAÚDE | MASSAGENS

Para o corpo e alma Massagens contribuem para melhorar a estética corporal e a qualidade de vida. Mas é importante ficar atento às indicações. Selecionamos seis tipos mais procurados para ajudar na escolha MARINA SANTOS

Não é de hoje que o toque é usado como forma de estimular nosso corpo e criar vínculos. Há quem fale em troca de energia, desenvolvimento psicomotor, ganho de imunidade, bem-estar e embelezamento, tudo por meio da massagem. “É algo intuitivo, o homem sempre praticou, dando origem depois a procedimentos técnicos”, explica Thiago Glanzmann, professor dos cur-

sos de massoterapia e estética do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial de Minas Gerais (Senac MG). Com diferentes embasamentos teóricos e instrumentações, há vários tipos de técnicas, voltadas tanto para fins terapêuticos quanto estéticos. A massagem, segundo explica Thiago, consiste basicamente na manipulação dos tecidos e na ativação de fluidos corporais, através do sistema circulatório e linfático. Maior órgão do nosso corpo, a pele é porta de entrada para diferentes agentes externos e, por meio de estímulos táteis, influencia em nossa produção hormonal, ajudando a reduzir níveis de cortisol, o chamado hormônio do estresse, e incentivando a liberação de seratonina, neurotransmissor que regula o sono e o humor. Nesse sentido, a massagem pode ser pensada até mesmo como prevenção contra doenças relacionadas a fatores emocionais, como a síndrome do pânico e o transtorno bipolar, ou para combater problemas como depressão e ansiedade, explica o especialista. Mas é importante procurar profissionais devidamente habilitados, para garantir a qualidade do serviço. “A princípio, todos podem fazer massagens.

Porém, o bom profissional é aquele que sabe instruir o cliente, tendo conhecimento sobre os benefícios fisiológicos daquela técnica e em quais situações é contraindicada”, explica Thiago. Histórico de câncer, problemas cardíacos e circulatórios, inflamações em fase aguda, dermatites, gravidez, varizes, fraturas ou edemas são alguns dos fatores que podem fazer com que a massagem seja nociva. Por isso, o cliente deve se submeter a uma anamnese antes do procedimento. A entrevista orientará o profissional a atuar segundo objetivos e necessidades de cada um. Thiago ainda reforça que é preciso cuidado para não se iludir com tratamentos milagrosos ou que trazem um resultado passageiro. “A única forma de eliminar gordura é através da ativação metabólica, via atividade física e reeducação alimentar”, diz o massoterapeuta, que é também educador físico. Portanto, a massagem é um recurso a mais para o ganho de qualidade de vida, pode ajudar a acelerar o metabolismo e a eliminar toxinas, mas consiste em prática complementar, que deve estar associada a hábitos saudáveis.

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Samuel Gê

SHIATSU Técnica de origem japonesa, consiste em fazer pressões percorrendo os chamados meridianos, que são linhas energéticas, referenciais de mapeamento corporal, usado também na acupuntura. Conforme o massoterapeuta Antonio Russillo (foto) a prática dispensa óleos ou cremes de massagem, pois não exige deslizamento ou fricção, e usa como apoios as mãos – principalmente palmas e polegares–, antebraços, cotovelos, joelhos e pés. O procedimento é feito em diferentes posições no chão ou na maca e objetiva a harmonização energética. “Já tive clientes que dormiram durante a sessão ou até choraram”, diz Antonio. Não há contraindicações. “Pode ser feito sobre todo o corpo, mas exige uma pressão diferente para cada parte e varia com a estrutura e a idade da pessoa”, diz.

Onde encontrar: Espaço Águas Claras (Nova Lima)

Geraldo Goulart

SHIRODHARA Com finalidades terapêuticas, é uma técnica milenar originária da Índia. Consiste no fluxo contínuo de um óleo morno sobre o chackra entre as sobrancelhas, mais conhecido como “terceiro olho”. Segundo a médica Izabel Cristina Leite, especializada em homeopatia, acupuntura e em estudos da medicina ayurvédica, esse procedimento é muito indicado para pessoas de mente inquieta, com dores de cabeça, insônia, ou que estejam deprimidas ou ansiosas. A seleção do óleo se orienta pelos “doshas” predominantes (Vata, Pitta e Kapha), que, na crença indiana, são categorizações que levam em conta a personalidade e a constituição física de cada pessoa. No procedimento, o óleo escorre para o cabelo, sendo o couro cabeludo massageado. “O óleo é muito nutritivo. Não se deve lavar a cabeça pelo prazo mínimo de duas horas”, diz a médica. A shirodhara pode ser combinada com massagens faciais e corporais, potencializando seu efeito relaxante. Onde encontrar: Spa Lótus (bairro Santo Antônio)

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SAÚDE | MASSAGENS Rogério Sol

ONOFIT É uma massagem redutora que combina manobras vigorosas e rítmicas, “tapping” (pequenos tapas) e estímulos táteis feitos com luvas de roletes, que possuem pequenas esferas giratórias, ativando ainda mais a circulação sanguínea. Usa-se óleo de massagem e pode ser feita nas pernas, glúteos, abdômen, flancos e braços, com intuito principalmente estético, para ajudar a definir o contorno corporal e a melhorar o aspecto de celulites. Também com propósito relaxante, é feita sobre um colchão aquecido e inclui movimentos nos pés, mãos e costas. De acordo com Janaína de Abreu, consultora da Onodera Estética, os clientes são acompanhados durante o tratamento, tendo os avanços mensurados com medição das circunferências e fotos. “Somos muito voltados para o resultado”, diz. Onde encontrar: Onodera Estética (Cidade Jardim)

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BAMBUTERAPIA Técnica de origem francesa, é feita por meio do deslizamento e rolamento de bambus, que se apresentam em diferentes tamanhos, dependendo da área massageada. “Existem até bambus menores, para serem usados entre os dedos das mãos”, diz a esteticista Izabela Conrado (foto). Os bambus funcionam como um prolongamento dos dedos, potencializando o alcance das manobras, isto é, atingem-se grandes áreas corporais, economizando tempo e esforço por parte de quem aplica a massagem. Porém, dispensa o toque humano, o que reduz a sensibilidade. O procedimento pode ser feito para fins estéticos, auxiliando no desenho corporal, ou com propósito relaxante, de acordo com o ritmo e a pressão dos movimentos. Segundo a especialista, é bastante indicado para pessoas com tensão muscular e dores nas costas. Onde encontrar: Clínica Speciale (Sion)

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DRENAGEM LINFÁTICA Ótimo recurso para quem sofre com retenção hídrica, pode ser indicado até para mulheres grávidas. Inicia-se com a ativação dos linfonodos, agrupados em regiões próximas ao pescoço, axilas, abdômen (principalmente em volta do umbigo), virilha, fossas poplíteas (dobras atrás dos joelhos) e tornozelos. Esses gânglios fazem parte do sistema linfático, fundamental na defesa do organismo e que atua para a eliminação de toxinas. “Após bombear os linfonodos, são feitos movimentos leves e vagarosos, respeitando o sentido de fluxo do sistema linfático”, diz a fisioterapeuta Amanda Lopes (foto). É bastante comum sentir vontade de urinar durante a sessão, o que é um indício de que o procedimento está dando resultado.

Onde encontrar: LM Laser (Funcionários)

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MASSAGEM MODELADORA O procedimento combina estímulos feitos para drenagem linfática com movimentos mais vigorosos e ritmados, e utiliza cremes de massagem e óleos especiais para aromaterapia, que ajudam a relaxar. Visa, principalmente, à redução de medidas, com melhora na definição da silhueta e atenuação do aspecto da celulite. A técnica pode ser usada em todo o corpo, priorizando partes de maior interesse do cliente. Embora as manobras sejam fortes, a intensidade varia de acordo com a tolerância a dor de cada pessoa, explica a médica Daniela Mello. “É um tratamento que precisa ser feito com regularidade, para que sejam obtidos resultados efetivos e duradouros”, diz. A massagem é feita sobre uma cama aquecida, para tornar a experiência mais acolhedora, com acompanhamento de medição de circunferências. Onde encontrar: Jardim Spa (Cidade Jardim) z

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PET | TRATAMENTO

Mais que companheiros

Alexandre Rezende

A convivência com animais de estimação ajuda na recuperação de adultos e crianças submetidos a tratamentos de doenças físicas ou mentais

Danielle Mendes, que sofre de doença degenerativa da retina, depende da cão-guia Luck para realizar as atividades do dia a dia: “Com a Luck, recuperei minha liberdade de ir e vir”

DANIELA COSTA

Quando King, cão da raça Pastor de Shetland, de 1 ano, chega aos hospitais e instituições da capital, distribui lambidas por todos os lados. Ele alegra da criança portadora de câncer ao idoso que depende da cadeira de rodas para se locomover. Quer apenas dar e receber carinho. No Lar de Idosas Santa Teresinha, Alice Maciel Castro, de 79 anos, emociona-se sempre que reencontra o amigo. E o que parece apenas brincadeira se transforma em uma forma de trabalhar a reabilitação física, mental e social de jovens e adultos, melhorando sua coordenação motora e desenvolvendo as relações afetivas. A atividade conhecida como Terapia Assistida por Animais (TAA) surgiu em 1792 em um asilo psiquiátrico de Londres. Desde então, especialistas estudam os benefícios da relação entre homens e animais. Em Belo Horizonte, quem treina King é o psicólogo Leonardo Curi, da Religare. No início de sua carreira, quando dava assistência em um abrigo de crianças e adolescentes no interior de Minas, observou que um adolescente considerado caso perdido em razão da rebeldia retornou das férias trazendo consigo um hamster. “O menino havia sido abandonado pela família, não se relacionava bem com as pessoas, tinha o temperamento violento. No entanto, aprendeu a 68 |Encontro

amar e proteger aquele pequeno ser.” A partir dessa experiência, Curi passou a treinar animais com a finalidade de realizar atividades e terapias assistidas. Atualmente, além de cães e gatos, tem em sua “equipe” aves e roedores. Pesquisas comprovam que 15 minutos de contato com um animal já são o suficiente para melhorar a fisiologia do corpo humano. “Por isso, sempre aferimos a pressão dos pa-

cientes antes e depois das atividades. Verificamos que ocorre o equilíbrio da pressão arterial”, diz o psicólogo. Além disso, o contato estimula a comunicação, a socialização, a autoestima, reduz a ansiedade e auxilia no tratamento da depressão. Cada espécie tem sua especificidade e atende a demandas diversas. No tratamento do autismo e depressão, os gatos trazem melhor resultado. Os cães auxiliam nas ativida-

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Paulo Márcio

O empresário Heleno Aires e a esposa Nidia Grecco, com o gato persa Jujuca: “O Heleno teve um problema sério de coração e o nosso gato foi fundamental para sua recuperação”, diz Nidia

des psicomotoras e trabalham a parte afetiva. Os aquários são muito utilizados no tratamento de Alzheimer, pois além de trazer calma estimulam a concentração. Os pequenos roedores afloram no indivíduo o desejo de cuidar e proteger. O cavalo, por sua vez, ajuda na recuperação da coordenação motora de pessoas com paralisia. João César Barroso Lima, de 12 anos, é portador

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de paralisia cerebral. Sua mãe, Nazaré Barroso, diz que, quando ele está montado na égua Pelúcia, nem se lembra de suas limitações. Há um ano, desde que começou as aulas de equoterapia no Centro de Equoterapia do Regimento de Cavalaria Alferes Tiradentes da Polícia Militar de Minas Gerais, houve melhora em sua fala e postura. “Hoje, ele consegue firmar mais a coluna e, além disso, é uma alegria só

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PET | TRATAMENTO Alexandre Rezende

Ivan Costa Mendanha/Religare/Divulgação

Alice Maciel Castro, do Lar de Idosas Santa Teresinha, e o cão King: ela se emociona sempre que se encontra com o animal, que foi treinado por especialista para auxiliar na reabilitação física e mental dos internos Portador de paralisia cerebral, João César Barroso faz aulas de equoterapia: em um ano, melhorou a fala e a postura

quando está com a Pelúcia”, diz a fisioterapeuta Viviane Maciel. A esteticista de pets Kelly Cristina de Paula André, de 42 anos, só conseguiu superar a depressão com a ajuda da gatinha vira-lata Pupy. “Fiquei semanas sem sair do quarto e durante todo o tempo ela me fazia companhia. Volta e meia me presenteava com alguns mimos, como lagartixas e grilos. Era a forma que ela encontrava para demonstrar seu amor”, diz. O empresário Heleno Aires, de 65 anos, e a mulher, Nidia Grecco, de 53 anos, psicopedagoga, não gostavam muito de gatos. Mas foi o persa Jujuca, presente de um amigo à filha, que os ajudou em um dos momentos mais críticos da família. “Há cinco meses, o Heleno teve um problema sério de coração, e a dedicação e fidelidade do Jujuca, sem dúvida, foram fundamentais para a recuperação dele”, diz Nidia. 70 |Encontro

As possibilidades de os animais auxiliarem os seres humanos vão mais além. Em alguns casos, eles são os olhos e as pernas dos portadores de deficiência visual. Aos 13 anos de idade, Danielle Mendes, hoje com 40 anos, descobriu que tinha retinose pigmentar, doença hereditária que causa a degeneração da retina e acarreta a perda gradativa da visão. Com o tempo, foi se tornando mais dependente da família, pois já não conseguia sair às ruas sozinha. “Isso me incomodava muito, porque queria ter mais liberdade sem precisar sempre de outras pessoas”, diz. Há sete anos, decidiu contar com o apoio de um cão-guia. Como no Brasil o processo de adestramento e liberação do animal é complicado e oneroso, buscou ajuda nos Estados Unidos. “Durante 26 dias fiz um curso intensivo de técnicas de uso da bengala e treinamento com o

cão em Sarasota, na Flórida. Lá conheci a Luck, minha labradora de 8 anos e meio. Foi amor à primeira vista”, diz. Desde então, a dupla se tornou inseparável e Danielle reconquistou seu direito de ir e vir. Há três anos, durante a gravidez do primeiro filho, passou por um processo de depressão profunda e mais uma vez Luck esteve a seu lado. “Minha vida se resume a antes e depois dela. Quando eu estava triste, ela me lambia, puxava a minha coberta. Foi superimportante para a minha recuperação”, diz Danielle. Agora as companheiras se preparam para uma nova etapa. A labradora já está na idade de se aposentar e sua dona terá um novo cão-guia. “Vou passar por todo o processo de adaptação novamente, mas a Luck continua conosco. É um membro da família. Somos muito gratos por todo o bem que ela nos proporciona.” z

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Informe Publicitário Samuel Gê

A dentista Sylvia Lessa Bini, especialista em halitose do Studio Odontológico: “Tão importante quanto devolver um bom hálito ao paciente é devolver a ele sua segurança”

AUXÍLIO EFICAZ NA LUTA CONTRA O MAU HÁLITO

À frente do Studio Odontológico, dra. Sylvia Lessa Bini é referência no combate à halitose em Minas Gerais

A

sensação é terrível: por mais que a pessoa escove os dentes, passe corretamente o fio-dental e faça a mais adequada higienização da boca, o mau hálito insiste em permanecer. Para piorar, em muitas ocasiões, quem tem problemas com o hálito ruim sequer sabe que isso acontece, por não conseguir mais identificar o odor. Nessas horas, a solução é procurar, o mais depressa possível, a ajuda de um profissional. Com 35 anos, a clínica Studio Odontológico tornou-se ponto de referência

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no combate à halitose em Belo Horizonte. O tratamento, cuja duração gira entre três e quatro meses, foi desenvolvido pela dra. Sylvia Lessa Bini, especialista em Periodontia, membro da Associação Brasileira de Halitose (ABHA) e ávida pesquisadora do tema. “Por não se tratar de uma doença, o mau hálito não tem cura, mas é possível controlá-lo”, explica a dra. Sylvia. De acordo com ela, a halitose pode ocorrer devido a um processo fisiológico, como o que aparece pela manhã, logo que acordamos; devido

a um processo transitório, como jejum prolongado. Ou ainda por um processo patológico, podendo ser de origem bucal ou em função de doenças sistêmicas como a diabetes, a cirrose hepática ou problemas renais. “É um erro comum associar o mau hálito somente a problemas estomacais. As causas são muito mais complexas e variadas”, completa a dentista. O primeiro passo do tratamento elaborado pela dra. Sylvia consiste em reduzir a carga bacteriana do paciente, que incide diretamente na halitose. Em seguida, é necessário alterar o padrão do fluxo salivar, por meio de equipamentos como laser e de eletroestimulação (TENS). Por fim, é feito um trabalho de recuperação da confiança do paciente, muitas vezes acompanhado por uma equipe multidisciplinar formada por endocrinologistas, psicólogos, nutricionistas e psiquiatras. “Tão importante quanto devolver um bom hálito ao paciente é devolver a ele sua segurança”, avalia dra. Sylvia. “Muitas pessoas atribuem à halitose tudo de ruim que acontece em suas vidas. É uma barreira difícil de ser superada, por isso essa etapa é tão importante”, explica a dentista, para depois completar: “Nem sempre esses passos do tratamento são seguidos nesta ordem. O controle é feito caso a caso e varia de acordo com os problemas apresentados pelo paciente”. A dentista focou seus estudos na halitose quando ainda estava na graduação, concluída em 2010. Hoje, quase cinco anos depois, com cursos realizados em Brasília, São Paulo e Campinas, dra. Sylvia explica o porquê de sua escolha: “Gosto de gente, de poder fazer algo para melhorar a vida das pessoas. A halitose não lida com uma dor física, mas emocional. Por isso, é fundamental o comprometimento com o paciente, com suas angústias. Por outro lado, é recompensador, realmente gratificante quando percebo que ajudei alguém a recuperar sua autoestima, sua confiança”, revela. STUDIO ODONTOLÓGICO Dra Sylvia Lessa Bini – CROMG 38878 Rua Piaui, 1776 – Tel.: 31-3213 5560 Cep 30.150-321 - Funcionários – BH / MG www.studioodontologico.com.br

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VIDA DIGITAL | ALYSSON LISBOA alisboa@editoraencontro.com.br

A VEZ DOS CUPONS Hoje, se você faz compras e não utiliza cupons de desconto, saiba que está perdendo dinheiro. Os aplicativos já povoam os smartphones dos consumidores que não perdem uma boa promoção. O Freet, desenvolvido pela empresa mineira Nextid, aposta em cupons eletrônicos que podem ser trocados por descontos em viagens, clínicas de estética, restaurantes, entre outros estabelecimentos. O funcionamento é muito simples. Basta escolher os tickets, resgatá-los e fazer a reserva no estabelecimento escolhido. Um código Qr é gerado e você apresenta na hora de usar o produto ou serviço. O diretor comercial da empresa, Wallace de Melo, está animado com o desempenho do aplicativo: "Já temos 10 mil clientes cadastrados em apenas três meses do lançamento”. O Freet está disponível para celulares iPhone e Android.

O MAR ESTÁ PARA P PA RA A PEIXE PEIXE Surfando na onda das compras coletivas, o Peixe Urbano lança o aplicativo Sonar, para oferecer descontos baseados em geolocalização. Nascido no Canadá, Júlio Vasconcellos, hoje com 33 anos, sócio-fundador do Peixe Urbano, esteve em BH e falou do aprendizado durante esses quase cinco anos de empresa. Divulgação/Peixe Urbano

TRÊS PERGUNTAS PARA | JÚLIO VASCONCELOS 1) Qual foi a maior dificuldade no início do negócio? E hoje, qual o maior desafio? A maior dificuldade foi explicar ao lojista o modelo de negócios e como nós poderíamos ajudar a empresa dele. Hoje a preocupação é acompanhar o movimento dos clientes. Existe uma migração da população da web para o celular mobile. Em um ano, haverá mais gente navegando em dispositivos móveis que em desktops. Tivemos de reestruturar nosso negócio. A melhor forma de você sobreviver é destruir o próprio mercado. 2) Existem muitam reclamações dos consumidores sobre esse tipo de serviço. Como isso é avaliado pela empresa? Criamos o Peixe Urbano em 2010 e fomos pioneiros. No final de 2011, já havia 2 mil sites no mesmo segmento, houve um boom muito grande. Por isso, havia vários níveis de qualidade. Nós monitoramos os usuários e tentamos converter a experiência negativa.

Os sócios Wallace de Melo, Vinícius Pereira e André Almeida da Freet: resgate de cupons começa a fazer parte da rotina do consumidor mineiro

Alexandre Resende

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3) Você acredita que o comércio eletrônico vai suplantar o comércio de rua? Nos Estados Unidos 6% das vendas do comércio são por meio eletrônico. No Brasil, esse índice é de 3%, ou seja, existe um espaço muito grande para crescer. Isso também mostra o tamanho do mercado off-line. Em pelo menos dez anos, é muito difícil que o mercado on-line supere o comércio off-line.

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APPS SÓ FALTAVA A MAÇÃ A Apple se rende ao mercado dos celulares gigantes, conhecidos como "phablets", e lança o iPhone 6 e o 6 Plus de 4,7 e 5,5 polegadas, respectivamente. Em 24 horas de pré-venda nos Estados Unidos, 4 milhões de aparelhos foram vendidos, o que afasta qualquer dúvida sobre a aceitação do consumidor para esse formato de celular. A maçã demorou um pouco para se render às telonas, que já estavam no portfólio da concorrência (confira quadro). O destaque vai para a melhoria da qualidade da tela, no modelo 6 Plus é de 1920x1080. A maior novidade, no entanto, é a duração da bateria, item fortemente criticado pelos usuários do iPhone. Tim Cook, presidente da empresa, garante que a bateria segura 15 dias no modo repouso. Você acredita? É ter para crer.

SUPERPLAYER A simplicidade faz o sucesso desse aplicativo. Você escolhe a lista de músicas a partir de gêneros, sentimento ou temas divertidos como "Amanhecer sertanejo", "Arrumadinha na casa", "Basquete de rua" e por aí vai.

Divulgação/Apple

AS TELONAS iPhone 6 Plus

5.5"

LG G Flex

Nokia 1520

6"

Samsung Galaxy Mega

6"

6.3"

Sony Xperia Z3

5.2"

ICQ Quem te viu, quem te vê. Sucesso nos anos 1990, o aplicativo de bate-papo voltou à tona, chegando a superar o número de downloads do WhatsApp. Além das funcionalidades do concorrente, ele tem chamadas por vídeo.

BRINCADEIRA LEVADA A SÉRIO Que o mercado de jogos eletrônicos já ultrapassou o do cinema, isso não é mais novidade. E o grande exemplo da força que o entretenimento doméstico tem é o sucesso do lançamento do game Destiny, produzido pela Bungie e distribuído pela Activision/Divulgação

Activision. O simulador de tiro em primeira pessoa que se passa em planetas devastados custou nada menos que US$ 500 milhões para ser feito. Ele ultrapassou os dois maiores orçamentos do cinema de Hollywood: Avatar (U$ 425 milhões) e Piratas do Caribe - No Fim do Mundo (U$ 300 milhões). Além disso, o jogo, lançado para Playstation 3 e 4 e para Xbox 360 e One, arrecadou U$ 325 milhões nos primeiros cinco dias de venda em todo o mundo. A diversão caseira virou negócio sério. Os estúdios hollywoodianos que se cuidem. (João Paulo Martins)

CCLEANER A vulnerabilidade do sistema Android tem facilitado a infestação de smartphones por vírus e malwares. O aplicativo pode ajudar a limpar as pragas virtuais e melhorar a performance dos aparelhos. Fotos:Reprodução/Internet

Você conhece algum aplicativo legal? Envie sugestão para a gente.

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Fotos: Alexandre Rezende

Espaços da Esmalteria Nail’s Bar: a casa conta com poltronas massageadoras e um sophistiqué bar, com cardápio exclusivo de drinks, além de uma variedade imensa de esmaltes, a maioria importados

SINÔNIMO DE SUCESSO E EMPREENDEDORISMO Unindo requinte, conforto e sofisticação, Esmalteria Nail’s Bar revoluciona a arte de cuidar das unhas na capital mineira

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A

dedicação que as mulheres modernas dão ao próprio corpo ultrapassa a mera questão da vaidade. Atualmente, beleza é sinônimo de bem-estar pessoal, autoestima elevada e satisfação consigo mesma. E, para qualquer mulher que se preze, estar com as unhas bem cuidadas é o primeiro passo na hora de cuidar do próprio corpo. As unhas funcionam como uma espécie de cartão de visitas e servem para impactar logo na primeira impressão.

Conhecedora da alma feminina e especialista em estética e beleza, a empresária Gizelle Luz identificou que essa quase obsessão das mulheres com o cuidado de suas unhas, somada à necessidade premente por exclusividade e sofisticação, poderia dar vazão a um novo nicho de negócios. Foi aí que nasceu a Esmalteria Nail’s Bar, espaço que reinventa a arte de tratar unhas, unindo esmero, requinte e conforto. “Hoje, as mulheres querem um lugar que vá além da confusão dos salões de beleza tradicionais”, explica Gizelle. “Na Esmalteria Nail’s Bar, elas terão à disposição atendimento personalizado e encontrarão um autêntico espaço de relaxamento, com clima descontraído, sem correria e barulho

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Informe Publicitário

A empresária Gizelle Luz, que enxergou a obsessão das mulheres no cuidado com as unhas: “Hoje, as mulheres querem um lugar que vá além da confusão dos salões de beleza tradicionais”

excessivos. O objetivo é fazer com que o cuidado das unhas seja motivo de prazer, e não somente uma obrigação”, completa. Com oito anos de experiência no ramo da estética e atenta ao mundo dos negócios, Gizelle moldou a Esmalteria Nail’s Bar à sua própria imagem. Por isso, charme e elegância são naturais no novo espaço, que prima pela qualidade no atendimento às clientes. “Sempre reforço para minha equipe de colaboradores que trabalhamos com pessoas, e cada uma que entra aqui é única. Por isso, nos esforçamos para que o atendimento seja exclusivo”, pondera a empresária que, apesar de sul-mato-grossense, já fala com sotaque mineiro. A Esmalteria Nail’s Bar está repleta de

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inovações que, certamente, irão impactar o setor. Para oferecer o máximo de conforto a suas clientes, a casa conta com poltronas massageadoras e um sophistiqué bar, com cardápio exclusivo de drinks, além de uma variedade imensa de esmaltes, a maioria importados. A grande novidade, porém, é o Espaço da Princesa Sofia, criado, especialmente, para as pequenas princesinhas que chegam à Esmalteria acompanhando suas mães e, desde novas, já praticam a arte de cuidar e embelezar suas unhas. Além de empresária bem-sucedida, Gizelle é mãe e atleta, o que não a impede de dedicar parte de seu tempo à filantropia. Atualmente, ela realiza proje-

tos em três instituições. Todo esse desvelo denotado à Esmalteria evidencia o sucesso da nova casa, que se confunde com a história de vitórias da empresária. Apesar de jovem, ela se acostumou a colecionar vitórias em tudo que faz, seja na vida pessoal ou profissional. Razão mais que suficiente para apontar a Esmalteria Nail’s Bar como referência em seu nicho de mercado não apenas em Belo Horizonte, mas em todo o estado. ESMALTERIA NAIL'S BAR Av Prof. Mario Werneck 1480, Shopping Via Werneck 2ºpiso Tel.: 2536-1508

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COLUNA DE DIREÇÃO | FÁBIO DOYLE fdoyle@editoraencontro.com.br

O MEIO AMBIENTE AGRADECE A ficha finalmente caiu e, em véspera de eleição, o governo federal decidiu aprovar incentivos para a venda de carros híbridos – movidos tanto a combustível quanto a eletricidade – sem tecnologia de recarga externa (não plugáveis). A solicitação foi feita no ano passado pela Anfavea, a associação dos fabricantes, e regulamentada e aprovada em 18 de setembro último. Agora, os automóveis com capacidade para até seis passageiros, motor de cilindrada de 1.000 cm3 a 3.000 cm3, equipados com sistema híbrido, terão redução do Imposto de Importação de

35%, para alíquotas que variam de zero a 7%, a depender da eficiência energética do veículo. A medida, que valerá até 31 de dezembro de 2015, beneficia de imediato o Ford Fusion Hybrid, que, antes do incentivo, tinha preço de aproximadamente R$ 130 mil, e o Toyota Prius, de R$ 121 mil. Até o fechamento desta edição, os novos preços não haviam sido anunciados. O que se espera, agora, é que a oferta de carros híbridos no Brasil aumente. O meio ambiente agradece. Só não dá para entender por que apenas os não plugáveis foram beneficiados.

Fotos: Divulgação

DECEPÇÃO A BMW é uma das que se decepcionaram com a decisão de limitar a redução do Imposto de Importação. A marca é a primeira a importar seu modelo elétrico plugável, o i3, por R$ 230 mil. Nissan, com o Leaf, e Renault também se preparam para trazer seus elétricos. A BMW trouxe a versão REX do i3, que inclui motor a combustão bicilíndrico (34 cv), para, por meio de gerador, carregar a bateria e estender a autonomia. O i3 tem a versão comum – 10% mais barata, apenas com bateria de íon de lítio –, cuja autonomia varia de 160 km a 200 km. A decisão de colocar um tanque de gasolina de nove litros foi resposta à legislação de alguns países que limitam incentivos se a autonomia com combustível fóssil ultrapassar a da elétrica. Híbridos a gasolina plugáveis permitem distâncias 10 ou mais vezes superior à conseguida com a bateria. No BMW i3, o motor de 170 cv acelera de zero a 60 km/h. A velocidade máxima é limitada a 150 km/h.

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SOLUÇÃO PIT-STOP Para levar seu carro à assistência técnica autorizada, o procedimento é parecido com a marcação de consulta com o médico. Você liga, a atendente informa data e horário disponíveis, quase sempre muitos dias após o que você tinha em mente. Se a situação for emergencial, o jeito é apelar para a paciência. Isso é consequência direta da frota circulante, que cresce de forma

exponencial, para não dizer descontrolada, e das limitações de espaço nas oficinas. Para evitar esses transtornos, a solução, além do agendamento, tem sido os boxes de serviços rápidos, já implantados por algumas marcas, que agora são adotados por marcas de importados. A Audi é a primeira entre as premium a implantar o serviço rápido em sua rede, com o nome de Audi

Service Express. As três primeiras revisões são realizadas em até uma hora. O cliente aguarda seu carro em sala de espera especial, equipada com wi-fi, café e televisão. Três concessionárias de São Paulo foram as primeiras a inaugurar o serviço expresso. Até o final do ano, vai operar também nas concessionárias de Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Curitiba.

S10 GANHA NOVO MOTOR A linha 2015 da Chevrolet S10, lançada nos últimos dias de setembro, traz como principal novidade a versão com motor 2.5 Flex Ecotec, anunciado como o mais potente do segmento. É um quatro cilindros, com comando de válvulas variável, injeção direta de combustível e potência de 206 cv, quando abastecido com etanol. O novo motor, que

dispensa o tanquinho de gasolina, é oferecido nas versões top (LT e LTZ) da picape. A LS, de entrada, mantém o motor 2.4 Flexpower, com até 147 cv. Além do novo motor, LT e LTZ receberam transmissão manual de seis velocidades e opção de tração 4x4, até então disponível apenas na S10 a diesel. O fabricante anunciou

ainda que a S10 está mais silenciosa, com menor nível de ruído na cabine, e melhor em termos de dinâmica de dirigibilidade. Ou seja, pula menos, mesmo com a caçamba vazia. Os novos preços começam em R$ 69.800 e chegam a R$ 103.700 para a linha com motores Flex. Para as versões diesel, vão de R$ 98.300 a R$ 142.400.

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VEÍCULOS | MERCADO

Disputa acirrada

O confronto acontece entre os SUVs compactos das três marcas premium alemãs, agora também com a participação do GLA, que a Mercedes-Benz começa a vender neste mês FÁBIO DOYLE

Se há um segmento que não para de crescer no mercado de automóveis é o de SUVs. São os utilitários esportivos, que chegaram ao mercado brasileiro no final da década de 1990, por iniciativa da Ford, com o Ecosport, e rapidamente povoaram o sonho de consumo de muitos brasileiros. A partir de 2006, a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), diante de números cada vez mais significativos, resolveu criar um quadro exclusivo para os SUVs em seus relatórios mensais de carros emplacados. Naquele ano, eram 37 modelos de utilitários esportivos com vendas de pouco mais de 77 mil unidades. No relatório de 2013, o quadro de SUVs mostra 56 modelos com vendas de qua-

se 287 mil unidades, quase quatro vezes mais que em 2006. Há cada vez mais lançamentos de SUVs, para todos os gostos e bolsos. Aqui no Brasil, o mais recente é o GLA, quinto SUV da Mercedes-Benz, que a partir de janeiro de 2015 será produzido na fábrica que está sendo construída em Iracemápolis, São Paulo. O GLA, que o fabricante inclui no segmento de SUVs compactos premium, fecha o ciclo de lançamentos de modelos projetados para conquistar consumidores jovens e reconquistar a liderança perdida para a BMW no campo dos carros de luxo. Ele adota a mesma plataforma utilizada pelo novo Classe A, Classe B e CLA, que marcam também a adesão do fabricante alemão à tração dianteira. A briga para colocar o GLA em lugar de destaque na longa lista de SUVs em

COMPARE CADA CONCORRENTE Motorização Cilindros Cilindrada Potência Torque Câmbio Tração Aceleração 0 - 100 km/h Velocidade máxima Consumo combinado Emissão de CO2 Peso Comprimento / Largura / Altura Entre-eixos Distância mínima do solo Sistema de direção Diâmetro de giro Coeficiente aerodinâmico Capacidade do tanque de combustível Capacidade do porta-malas Preços Fontes: Fabricantes, Tabela Fipe ND = dado não disponível

O GLA chega para disputar lugar entre os SUVs compactos premium e será o segundo Mercedes-Benz produzido na fábrica de Iracemápolis (SP)

Fotos: Divulgação

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ível

MERCEDES BENZ GLA ADVANCED/ VISION/BLACK EDITION

AUDI Q3 QUATTO / S-TRONIC

BMW X1 SDRIVE 20I

1.6 Turbo Gasolina

2.0 L TFSI Gasolina

2.0 L Flex

4 cilindros

4 cilindros

4 cilindros

1.596 cm

1.984 cm

1.997cm3

156 cv

170 / 211 cv

184 cv

250 Nm

280 / 300 Nm

270 Nm

3

3

Aut. dupla embreagem 7 marchas

S-Tronic 7 marchas

8 marchas

dianteira

nas quatro rodas

traseira

8,8 s

8,2 / 6,9 s

7,7 s

215 km/h

212 / 230 Km/h

205 km/h

ND

13,7 / 13,0 km/l

ND

137,52 g/km

174 / 179 g/km

162 g/km

1.435 kg

1.510 / 1.565 kg

1.485 kg

4.417 / 2.022 / 1.494 mm

4.385 / 1.831 / 1.590 mm

4.454 / 1.798 / 1.545 mm

2.699 mm

2.603 mm

2.760 mm

134 mm (com carga máxima permitida)

ND

ND

Eletromecânica progressiva

Eletromecânica progressiva

Eletromecânica

14,37 m

11,8 m

11,3 m

0,31 CD

ND

0,33 CD

50 L

64 L

63 L

421 L

460 L

420 L

R$ 132.900 a R$ 152.900

R$ 137.300 a R$ 195.450

R$ 134.950 a R$ 155.950

oferta não será fácil. Ao analisar suas características e filtrar a relação, retirando os mais básicos, os fora de estrada puro-sangue e os maiores, mais luxuosos e mais caros, a conclusão é de que o GLA tem como principais concorrentes o BMW X1 e o Audi Q3. Isso considerando-se a faixa de preço entre R$ 130 mil e R$ 190 mil e o fato de o GLA ser um SUV, quase que exclusivamente no estilo, mais voltado para o uso urbano, assim como o X1. O Q3, menor em comprimento e mais alto, tem mais jeito de SUV e preço de entrada próximo ao do GLA e do X1. São todos eles muito bem equipados, bem acabados e completos em

tecnologia embarcada de conforto, conectividade e segurança. O GLA oferece ainda a função ECO Start/Stop, que desliga o motor (também presente no X1) quando o veículo está parado, e o Attention Assist, que detecta e alerta eventuais sintomas de sonolência do motorista. Como no Q3, o concorrente Mercedes-Benz traz em todas as versões o sistema park assist, que estaciona o veículo sem interferência do motorista. Para afastar dos consumidores o temor dos preços altos na manutenção, a Mercedes resolveu adotar a prática dos preços fixos das três primeiras revisões para os modelos de entrada da marca, o

que também é feito pela Audi, e oferece como opção um contrato de manutenção com preço predeterminado para até a quinta revisão. Os principais concorrentes do GLA emplacaram juntos, segundo os números da Fenabrave, uma média de 363 carros mensais em 2013 e 497 unidades nos oito primeiros meses de 2014, sendo que neste ano o Audi Q3 passou na frente do BMW X1. O plano da Mercedes-Benz é vender deste mês, quando começam as vendas, até o fim do ano, 1 mil unidades do GLA no Brasil. Depois, a fábrica da pequena Iracemápolis (com apenas 25 mil habitantes) entra em operação e a história deve mudar. z OUTUBRO DE 2014

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ENCONTRO INDICA | JOÃO POMBO BARILE ARTES CÊNICAS | TEATRO

Victor Hugo Cecatto/divulgação

Construída a partir da releitura de três tragédias gregas, Antígona, Medeia e Electra, a peça Tragica.3 chega à capital para uma temporada até 26 de outubro, no Centro Cultural Banco do Brasil (Praça da Liberdade, 450). Sucesso de público e crítica em São Paulo e no Rio de Janeiro, o espetáculo tem direção e concepção de Guilherme Leme Garcia e traz no elenco Denise Del Vecchio, Letícia Sabatella, Miwa Yanagizawa, Fernando Alves Pinto e Marcello H. As apresentações são sempre de sexta a domingo, às 20h, com ingressos a R$ 10 (inteira), à venda na bilheteria do teatro. Informações: (31) 3431-9400 Por que ir: A montagem estabelece um interessante diálogo entre teatro, artes plásticas e música contemporânea.

LITERATURA | FÓRUM Para quem gosta de literatura, uma atração imperdível é o Fórum das Letras de Ouro Preto, evento que acontece entre os dias 29 de outubro e 2 de novembro. Com o tema Escritas em Transe, o encontro literário traz a Minas Gerais nomes como Ana Paula Maia, Mário Magalhães, Eliane Brum, Fabrício Carpinejar, Paulo Markun, Ricardo Kotscho e Zuenir Ventura.

Além de escritores de outros países, como a espanhola Care Santos, o africano Kously Lamko, o iraniano Mohsen Emadi e o suíço Patrick Straumann. Toda a programação tem entrada gratuita. Por que ir: Um dos encontros literários mais importantes do país, o Fórum das Letras reúne o melhor da literatura contemporânea. Débora Amorim/divulgação

MÚSICA | SHOW I O músico e compositor João Donato faz uma série de seis shows a partir de 8 de outubro, até 26 de novembro, sempre às quartas-feiras, em BH. Ao lado de Toninho Horta, Aline Calixto, Thiago Delegado e Dibigode e Fernanda Takai, Donato comemora os seus 80 anos, completados em agosto, com um espetáculo que emociona. Os shows acontecem no Centro Cultural Banco do Brasil (Praça da Liberdade, 450) e os ingressos, que podem ser adquiridos na bilheteria do teatro ou no site veloxtickets.com.br, custam a partir de R$ 5. Por que ir: É sempre um prazer ouvir o grande Donato, nascido no Acre, compositor de clássicos da música brasileira como A Rã, Bananeira, A Paz, Emoriô e Lugar Comum.

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Paulo Lacerda/divulgação

ARTES PLÁSTICAS | EXPOSIÇÃO Quatro amigos fotógrafos – Felipe Temponi, Mark Greathouse, Raphael Fraga e Thiago Mamede – mostram, até dia 26, suas impressões da cidade que é o berço do jazz, New Orleans, nos EUA. Com a exposição Nola, eles apresentam fotografias que retratam músicos de rua, uma tradição do lugar. A mostra acontece na Villa Floriano Pizzaria (av. do Contorno, 3.277, Santa Efigênia), de terça a domingo, das 18h às 2h, e faz parte do projeto Jazz na Villa, com música ao vivo às terças-feiras. Informações: (31) 2510-7955. Por que ir: Além de promover um passeio por New Orleans, o projeto reúne boa música em um casarão dos anos 1920, tombado pelo Patrimônio Histórico. Thiago Mamede/divulgação

ARTES CÊNICAS | ÓPERA A mais nova montagem operística da Fundação Clóvis Salgado, Rigoletto, do compositor italiano Giuseppe Verdi, estreia no dia 18, no Grande Teatro do Palácio das Artes (av. Afosno Pena, 1.537, centro), com récitas nos dias 19, 21, 25, 26 e 29 de outubro, às 19h (domingos) e às 21h (nos outros dias). Sob a direção musical e regência de Marcelo Ramos, concepção e direção de cena de André Heller-Lopes, o espetáculo terá como solistas, que se revezam no papel-título, os barítonos Devid Cecconi (Itália) e Rodolfo Giugliani (SP). Informações: (31) 3236-7400. Por que ir: Com tema sempre atual, envolvendo política, corrupção e traição, a ópera, lançada em 1851, é carregada de drama, enfatizado pela bela música verdiana. Divulgação

MÚSICA | SHOW II O cantor inglês Roger Hodgson apresenta-se em BH no dia 25 de outubro. O show, que acontece no Parque das Mangabeiras, às 19h, faz parte da turnê Breakfast in America. Um dos fundadores do Supertramp, Roger volta à capital mineira e interpreta sucessos como Take The Long Way Home, It’s Raining Again, The Logical Song e Fool’s Overture. Os ingressos podem ser adquiridos no Shopping 5ª Avenida ou no site www. ingressorapido.com.br. Por que ir: Um dos grandes nomes do rock dos anos 1970, Roger Hogdson prende a atenção do início ao fim.

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CULTURA | ARTES PLÁSTICAS

Arte inspirada nas ruas

A dinâmica das cenas urbanas é registrada por artista mineiro em grafites plurais e vibrantes

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AMANDA ALEIXO

Passos apressados, burburinhos, cores e mais cores. O homem grita: “Compro e vendo ouro”. Nas lojas arrumam-se as vitrines e as pessoas continuam passando de lá para cá no hipercentro de Belo Horizonte. Esse cenário é o que move e inspira o trabalho do escultor e grafiteiro Mário Rufino. Aos 32 anos de idade, o mineiro mostra talento de veterano, brinca com a matéria e transforma o mais improvável em arte. Os primeiros traços começaram

na infância, quando ele não se atrevia a explorar outros materiais além de lápis, papel e fotografia. As imagens registradas na câmera analógica findavam em desenhos tão realistas que a aprovação do pai para a mudança de profissão foi imediata. Mário deixou de cursar direito para se dedicar à faculdade de artes plásticas e lá, também, seu leque artístico foi ampliado na experimentação de outras matérias, como gravura, madeira e colagem. Entre muitas experiências, o grafite foi além e surpreendeu, pois unia

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Fotos: Samuel Gê

O grafiteiro Mário Rufino utiliza matériasprimas diversas em suas criações: “Todos os meus trabalhos são carregados de informação como uma metáfora do cidadão urbano”

Uma das últimas peças produzidas no ateliê do artista: pintura rica em detalhes e cores

desenho à pintura, dando ritmo à criação, o que Mário tanto procurava para suas obras. “Fui pegando latas de tinta com alguns colegas da faculdade e treinava desenhos na rua”, conta. Daí em diante, todo o trabalho foi moldado em torno da arte de rua e influenciado por programas culturais como o Arena da Cultura, do qual fez parte em 2003, sob a orientação de Rui Santana, grafiteiro e artista plástico que marcou a cidade com suas intervenções. Reconhecido pela liberdade criativa, Rufino se revela na diversidade das

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matérias-primas que utiliza em suas criações. Além de explorar a estética do grafite, o artista passou a dominar gesso, canetão e até mesmo plástico. Os resultados, ricos em detalhes e cores, sempre apontam para a temática do comércio e da propaganda. “A poluição visual criada pelos banners e outdoors me incomoda, por isso todos os meus trabalhos são carregados de informação, como uma metáfora do cidadão urbano”, explica. O novo projeto de Rufino, Empacotados, segue a mesma temática e se associa ao Terrorismo Poético, que a partir de atitudes inusitadas produz no público sensações de estranhamento e encantamento. O artista explica que a ideia é estimular a curiosidade das pessoas e fazer com que elas parem um pouco durante o dia a dia agitado e reflitam sobre o momento. “Todas as vezes que via alguém saindo de uma loja com um pacote, ficava pensando o que seria aquilo. Faço a mesma coisa, empacoto um objeto que acho na rua e deixo em algum lugar estratégico”, diz. Ainda neste ano, o artista planeja exposições individuais para suas peças e promete muita diversidade. Basta um olhar apurado para reconhecer os traços de Mário Rufino. Em galerias ou nas ruas da cidade, ele integra o espaço e devolve arte para todos os gostos. z

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NAS TELAS | JOSÉ JOÃO RIBEIRO jribeiro@editoraencontro.com.br

Mágico sempre acima da média Depois da consagração, no final do ano passado, com a obra-prima Blue Jasmine, Woody Allen, aos 78 anos, um dos mais influentes e atuantes diretores do cinema norte-americano, dificilmente repetiria logo em seguida a excelência da irresistível transformação da socialite falida, história premiada com o Oscar e imortalizada pelo brilho de uma estupenda Cate Blanchett. No entanto, seu mais recente longa-metragem, Magia ao Luar (Magic In The Moonlight), não decepciona e confirma a tese de que qualquer produto do genial cineasta nova-iorquino sempre está acima da média. Se não há o impacto e a ambição do roteiro anterior, Woody é suficientemente esperto para voltar ao seu périplo europeu e seduzir o público com tomadas deslumbrantes da Riviera Francesa. Na trama, ambientada nos anos 1920, o ilusionista Stanley (Colin Firth, pedante na medida certa) assume o personagem chinês Wei Ling Soo no palco, com números e sequências manjadíssimas, mas que não deixam de empolgar uma sempre disposta plateia. Num intervalo de sua turnê por Berlim, o falso mago oriental é procurado por um amigo, que pede sua ajuda para desmascarar uma mocinha (a irresistível Emma Stone), que supostamente tem poderes mediúnicos e anda tirando proveito de uma família riquíssima no sul da França. O cético Stanley não confia nas forças do além e aceita desvendar a farsa por trás da doce Sophie, que sempre está acompanhada da mãe (Marcia Gay Harden), de olho num possível e atraente casamento com o herdeiro, escancaradamente boboca. O único encanto que Stanley não é capaz de prever, nem de dominar, tem a ver com as trapaças do seu coração. O despretensioso Magia ao Luar, além de marcar o retorno de Woody Allen à Europa, território onde seus filmes 84 |Encontro

Divulgação

Colin Firth e Emma Stone são os protagonistas de Magia ao Luar: o bom elenco é sempre ponto alto do diretor Woody Allen

têm mais apelo (além da nossa vizinha, Argentina), demonstra sua sabedoria e atualidade para a escalação de um bom elenco. Os protagonistas Colin Firth e Emma Stone defendem com perfeição os afiadíssimos diálogos do roteiro e vale a pena o “resgate” da sempre incrível Marcia Gay Harden. Woody ainda aposta na australiana Jacki Weaver, a atriz sensação, de impressionante carisma, descoberta por Hollywood desde o corajoso Reino Anim al (Animal Kingdom). Após o operístico e monumental Match Point (2005), um de seus melhores filmes, Woody Allen produziu a leve e descontraída comédia Scoop (2006). Muitos taxaram como uma concessão à perda de qualidade. Para ele, o importante é nunca deixar de produzir e se permitir a todos os tipos de exercícios, que contribuem, de alguma forma, para a jornada de um autêntico mestre. O mesmo exemplo aconteceu nesta temporada: depois do

indiscutível Blue Jasmine, Woody diverte seu público com Magia ao Luar, sempre acima da média, no maravilhoso sol da Côte D’Azur. Seria muito bom que um filme brasileiro aparecesse entre os cinco selecionados ao próximo Oscar, para concorrer na categoria de melhor estrangeiro. Por isso, é fundamental a consciente e responsável escolha por parte da comissão reunida pelo Ministério da Cultura. E, pelo segundo ano (em 2013, O Som ao Redor foi o indicado), a seleção acertou em cheio com a aposta de Hoje eu Quero Voltar Sozinho como o pré-indicado para a consideração dos figurões da Academia em Los Angeles. O filme de estreia do diretor Daniel Ribeiro trata da descoberta da sexualidade de um adolescente cego. Um projeto feito com o coração, delicado, pensado para o público adolescente, que discute em momento tão oportuno a urgente pauta da diversidade sexual em nosso país. z

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ESPECIAL ODONTOLOGIA | TRATAMENTO

Cuidado com o bruxismo O ranger de dentes, principalmente durante o sono, é frequente em adultos e crianças e tem graves consequências. Especialistas indicam como identificar essa disfunção e quais os tratamentos

GABRIELA GARCIA

Nem a dor intensa e constante na face, nem a reclamação dos filhos que, do quarto ao lado, ouviam um ruído intenso chamaram a atenção. Foi só quando perdeu dois dentes que a pedagoga Mônica Martins percebeu o impacto que o bruxismo – o ranger dos dentes durante o sono – causava em sua vida. Sono ruim e dor facial ao acordar eram sintomas que já se manifestavam até que, há seis anos, ela deu início ao tratamento ininterrupto para conviver com essa disfunção e evitar novos problemas. O dentista Eduardo Mascarenhas, da Clínica Clarus, explica que na função normal os dentes não entram em contato uns com os outros durante a mastigação, porque os alimentos se interpõem entre eles. Esse contato só vai acontecer durante o ato de engolir, mas sem forças excessivas. Já no bruxismo, além de haver contato direto entre as superfícies dentais, há contração excessiva dos músculos da mastigação, muitas vezes bem maior do que as estruturas relacionadas poderiam suportar. Shutterstock

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KUBITSCHEK PLAZA HOTEL Um pedaço de Minas no coração de Brasília No centro de Brasília, próximo aos seus principais monumentos, está o hotel que é referência em qualidade e acomodação no ramo da hotelaria. Inaugurado em 1990 e inspirado no mineiro Juscelino Kubitschek, o Kubitschek Plaza é perfeito para quem quer se hospedar com conforto, elegância e sofisticação. Venha se sentir em casa em um lugar lindo e aconchegante.

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ESPECIAL ODONTOLOGIA | TRATAMENTO Eugênio Gurgel

O uso de placas, segundo o dentista Victor Guimarães, é o mais indicado, mas medicação e atividades físicas também são recomendadas: “Os pacientes com bruxismo são mais ansiosos, detalhistas, perfeccionistas e sofrem por antecipação”

Por isso, embora surpreendente, o relato de perda de dentes não é raro no consultório de dentistas. Segundo Eduardo Mascarenhas, muitas vezes é apenas quando precisam extrair os dentes (porque já levam trincas até as raízes) que os pacientes se dão conta do bruxismo. Ele quase poderia ser considerado um “mal moderno”: com altíssima incidência entre adultos e crianças. Fatores como estresse, tensão e ansiedade são apontados como as principais causas. Mas basta voltar atrás na história para perceber que essa parafunção (quando se excedem as funções normais da boca, como mastigar e deglutir) é comum ao homem há bastante tempo. O termo “bruxismo” vem do grego brýkhmós, que significa ranger os dentes. Na Bíblia, a a expressão ‘ranger os dentes’ aparece várias vezes com o sentido de sofrimento, aflição e tormento. “No consultório, observamos que pacientes com bruxismo apresentam o que chamamos de perfil “responsável”. São muito ansiosos, detalhistas, 88 |Encontro

Thiago Mamede

O dentista Eduardo Mascarenhas explica que existe opção de uso de botox para paralisar a musculatura maxilar, mas só em último caso: “ É alternativa quando o paciente responde mal ao tratamento convencional”

perfeccionistas e sofrem por antecipação. Mas isso não pode ser confirmado como regra geral nem utilizado para realizar um diagnóstico”, diz o dentista Victor Guimarães. Por esses motivos, além do tratamento ortodôntico por meio de placas rígidas ou macias (de silicone), que devem ser usadas ao dormir, e, até mesmo, o uso de botox para paralisar o músculo do maxilar (em último caso), tratamentos complementares são sempre bem-vistos (confira quadro). Mesmo com personalidade tranquila, a bancária Cristiane Galvão, de 27 anos, faz tratamento para bruxismo desde os 22. Em uma época de transição, logo após formar-se na faculdade, ela começou a sentir dor intensa na face logo ao acordar, que se amenizava com o correr do dia. O diagnóstico foi fácil: a mãe de Cristiane sofre do mesmo problema há muito tempo e aqueles sintomas já eram conhecidos em casa. Ainda que não existam associações comprovadas, o bruxismo, segundo dentistas,

também pode estar ligado a fatores genéticos ou a problemas físicos de oclusão ou fechamento inadequado da boca, por exemplo. Apesar de muitos casos envolverem mulheres, os dentistas não se arriscam a afirmar que a questão de gênero também interfira nas ocorrências. “É certo que as mulheres cuidam mais da saúde e, consequentemente, procuram mais tratamento, o que pode causar uma ideia errada sobre a incidência”, explica Eduardo Mascarenhas. Perceber a existência dessa disfunção e a hora certa de procurar tratamento, no entanto, não é simples. Principalmente porque, na maioria do casos, as pessoas estão dormindo (bruxismo do sono) ou porque não notam um apertamento constante e discreto dos dentes quando estão acordadas (bruxismo em vigília). Isso faz com que os relatos de companheiros e familiares sejam parte importante do diagnóstico dos dentistas. Mas é no exame clínico que o profissional pode perceber o desgaste dos

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O Hotel que faltava em Belo Horizonte

ESPECIAL ODONTOLOGIA | TRATAMENTO ATENÇÃO AO RANGER DE DENTES PRINCIPAIS CONSEQUÊNCIAS

Thiago Mamede

Piora da qualidade do sono: o bruxismo está relacionado a microdespertares, com duração de 3 a 15 segundos Mobilidade, sensibilidade e dor nos dentes Dores musculares (face, cabeça, pescoço, ombros), hipertrofias no músculo masséter Trincas e fraturas nos dentes, restaurações e trabalhos protéticos Alterações na articulação têmporo-mandibular (dor, ruídos, travamentos, deformações) Perda óssea COMO PERCEBER Dor de cabeça constante Dor forte no músculo da face logo ao acordar Dor e zumbido no ouvido Estalos ao abrir e fechar a boca Relatos de familiares sobre ruídos ao dormir

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TRATAMENTOS Uso de placas uso de remédios controlados para ansiedade Uso de botox (para paralisar a musculatura muscular), mas somente em último caso Atividades físicas e outras de relaxamento corporal, para reduzir o estresse

A pedagoga Mônica Martins chegou a perder dois dentes: apesar das dores na face e ranger de dentes à noite, ela não se deu conta de que havia algo errado

dentes e diagnosticar as diferentes variações para, então, determinar o tratamento adequado. No caso de Mônica, o diagnóstico veio acompanhado de complementação de resina em muitos dos dentes já desgastados, além do uso da placa rígida e de acompanhamento médico para introdução de remédio controlado para ansiedade. A placa rígida, primeira opção dos dentistas, foi indicada para dormir, mas não funcionou bem e foi então substituída pela placa de silicone. Uma terceira opção para quem não se adapta às placas, mas menos recomendada por dentistas, é o uso do botox. “O uso do botox é visto como uma opção porque paralisa a musculatura do maxilar, que é o responsável pelo ranger dos dentes. Mas isso requer rea-

plicações constantes e não é o mais indicado. É alternativa quando o paciente responde mal ao tratamento convencional”, explica Eduardo Mascarenhas. Até mesmo crianças sofrem dessa disfunção. É na faixa etária entre 5 e 8 anos que o bruxismo do sono alcança os índices mais altos na infância. Embora existam poucos estudos sobre o assunto, o dentista Victor Guimarães explica que a incidência costuma estar associada à erupção dos dentes incisivos centrais superiores.Também devem ser considerados outros fatores, especialmente relacionados à ansiedade. Crianças com bruxismo apresentam até 16 vezes mais chance de serem ansiosas. Nesse tipo de situação, a prática de esportes é indicada como boa alternativa para os pequenos. z

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VINTE ANOS DE SUCESSO

Cetro comemora duas décadas dedicadas à formação de novos dentistas e aposta na geração de empregos para seus estudantes Os irmãos Eliane Carvalho e Giovanni de Carvalho: eles fizeram do Cetro uma referência em especialização em odontologia

V

inte de novembro. A data marca os 20 anos de existência do Cetro – Centro de Especialização e Treinamento da Odontologia –, uma das referências no ensino da profissão não somente em Minas Gerais, mas em todo o Brasil. Nessas duas décadas, mais de dois mil alunos passaram pelas salas de aula do centro, que iniciou suas atividades com um curso de atualização e aperfeiçoamento e hoje conta com um dos mais disputados cursos de pós-graduação na área. Comandado por dois irmãos – dra. Eliane Carvalho e dr. Giovanni de Carvalho –, o Cetro tem como foco principal o investimento maciço na formação de seus alunos. “Não medimos esforços para que os alunos se formem realmente capacitados para o exercício da profissão. Seja por meio de realização de congressos e seminários de alto nível, ou custeando assinaturas de revistas especializadas”, explica a dra. Eliane. “Não importa que isso signifique uma margem de lucros menor. O que realmente importa é o aprendizado”, afirma. Todo esse desvelo é motivado pela própria trajetória profissional da dra. Eliane, fundadora do Cetro. “Quando me formei, só havia um curso de especialização em Minas Gerais, e era bastante restrito.

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Eu me orgulho de poder contribuir para a formação de novos dentistas”, diz ela, hoje mestre em Ortodontia e coordenadora dos cursos de Aperfeiçoamento e Especialização do Cetro-BH. A infraestrutura do Cetro é invejável. A escola, localizada na região hospitalar de Belo Horizonte, conta com quatro salas de aula teórico-laboratoriais, duas clínicas, sala de RX, sala de prótese, biblioteca, três salas administrativas, áreas de convivência e cantina. Os alunos exercitam as disciplinas práticas, atendendo a pacientes da comunidade, cerca de 1 mil a cada mês. O custo dos tratamentos chega a ser 75% mais barato que o valor normalmente cobrado por clínicas particulares. INCUBADORA DE EMPREGOS Para comemorar o 20º aniversário do projeto, os diretores do Cetro resolveram inovar outra vez. O foco, que sempre esteve na formação dos alunos, passa, agora, também pela inserção dos melhores alunos nos mais atrativos mercados de trabalho. A intenção é financiar, junto aos interessados, projetos que levem clínicas odontológicas a cidades em franco desenvolvimento, promovendo, dessa forma, a interiorização e democratização do conhecimento.

“São muitos os novos ortodontistas que chegam ao mercado todos os anos. Sabemos a dificuldade e o custo de montar uma clínica, por isso decidimos tomar para nós esse papel”, explica o dr. Giovanni. “Mapeamos uma série de cidades que estão em pleno desenvolvimento econômico. O primeiro município a receber o projeto será Rio Verde, o quarto maior de Goiás”, diz. Ao assumir o papel de desenvolvimento sustentável na área odontológica, o Cetro evidencia sua vocação para a educação de qualidade. Verdadeiro centro de excelência em ortodontia, ele expande a preocupação que sempre destinou a seus alunos e reforça sua condição pioneira. Agora, ampliando seus limites de atuação, plenamente conhecidos em Minas Gerais, para todo o Brasil. Sorte daqueles que passam por lá.

R. Padre Marinho, 98 - Santa Efigênia CEP: 30140-040 - Belo Horizonte - MG Tels.:(31) 3241 2044 | 3241 7436 3241 3524 | 3524 2555

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ESPECIAL ODONTOLOGIA | APARELHO Alexandre Rezende

Sorrisos metálicos e coloridos Raphael com as amigas Amanda, Maria e Júlia: “Não gosto muito do aparelho, mas, já que preciso usar, transformei isso em algo divertido”, diz ele

Com borrachinhas de todas as cores, os aparelhos ortodônticos caíram no gosto de crianças e adolescentes. Há também opções mais discretas para adultos 92 |Encontro

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CAROLINA COTTA

Os mais jovens até gostam. Os adultos têm resistência. Mas o uso de aparelhos ortodônticos é a única esperança de sorrisos mais bonitos e equilibrados para quem precisa alinhar os dentes. As crianças e adolescentes adoram a ideia de combinar borrachinhas e se diferenciar dos colegas, enquanto os adultos procuram opções as mais discretas possíveis. Se pudessem, usariam um aparelho invisível. A boa notícia é que ele existe. “Se antigamente o paciente adulto evitava o aparelho, com a chegada dos aparelhos estéticos esse cenário mudou. E entre os mais jovens o efeito é inverso. Quanto mais chamar a atenção, melhor”, diz Carlos Henrique Carvalho, da Clinica Ortodontia José Aloizio de Carvalho. Há dois anos, Sofia Guimarães Teles Caetano, de 14 anos, descobriu que teria de usar aparelho e adorou a notícia. “Fiquei superfeliz. O bom é que, além de consertar a dentição, você fica na moda”, diz a garota, que agora está ansiosa para concluir o tratamento, em outubro. Afi-

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nal, há aspectos negativos. Ela reclama, por exemplo, da frequência de aftas, do cuidado com a prática de esportes e da higienização complicada. Mas vai sentir falta de ter algo mais para combinar. “Adoro brincar com o aparelho, colocando bráquetes (as peças fixadas nos dentes ) diferentes e borrachinhas coloridas. Eu me sinto bem e meus amigos curtem muito. Gosto de investir em cores para combinar com minhas roupas e fazer looks bem diferentes. Minhas preferidas são as borrachinhas rosa, verde, vermelha e também preta e branca, do meu Galo”, diz Sofia. Hoje existem também bráquetes de diferentes formatos e cores, para chamar muita atenção e dar mais vida ao aparelho. Segundo o professor e presidente da Associação Brasileira de Ortodontia e Ortopedia Facial seção Minas Gerais (ABOR-MG), Luiz Fernando Eto, da Clínica Eto, há bráquetes em formato de coração, estrela, entre outros, e borrachinhas no mesmo tema, além de opções nas mais variadas cores. Rafael Rodrigues, de 13 anos, usa aparelho há

cinco e cada visita ao ortodontista é motivo para mudar a cor da borrachinha. E para conhecer mais novidades. “Não gosto muito do aparelho, mas, já que preciso usar, transformei isso em algo divertido”, conta o estudante. Mas as principais inovações atendem mesmo quem quer fugir do “sorriso metalizado”. Segundo Leonardo Foresti Soares de Menezes, professor de ortodontia da UFMG, inicialmente, o tratamento ortodôntico era voltado para crianças e adolescentes, que continuam sendo os principais beneficiados, já que se pode, dentro de limites, “moldar” o crescimento dos ossos maxilares em quem ainda está crescendo. “Mas o adulto também pode se beneficiar e perdeu a timidez de usar algo que era, até pouco tempo atrás, basicamente para crianças. Com os aparelhos mais estéticos, da cor do dente, que seguem os mesmos princípios dos aparelhos metálicos, ficou menos constrangedor para os adultos”, explica. Uma técnica que se aprimorou nesse sentido foi a ortodontia lingual, na qual os bráquetes são colados na parte de

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ESPECIAL ODONTOLOGIA | APARELHO trás dos dentes. Segundo Luiz Fernando Eto, quando pergunta a seus pacientes adultos o motivo da escolha por esse “aparelho invisível”, a resposta, inevitavelmente, passa pela ideia de que o aparelho convencional remete a algo da adolescência, um período de pouco comprometimento com as coisas, o que, profissionalmente, poderia prejudicar a relação com clientes e parceiros. A arquiteta Patrícia Dare, de 32 anos, por exemplo, já tinha usado aparelho antes e adiou o retorno ao ortodontista porque não queria usar o convencional de novo. Com o auxílio do ortodontista, ela optou pelo aparelho lingual. A adaptação foi diária, principalmente porque a fala foi afetada no início, mas em pouco tempo tornou-se quase imperceptível. “Foi por essa preocupação que optei pelo modelo, que não afeta em nada a estética. Escolhi pensando no que eu não queria. Como já havia usado o fixo tradicional, não tive dúvidas ao decidir que não o queria novamente na atual fase da minha vida”, explica Patrícia. Nessa linha dos pouco perceptíveis, outra opção são os alinhadores, que são placas transparentes removíveis. Segundo Carlos Henrique Carvalho, esse sistema representa um avanço porque não usa bráquetes, o que não compromete a estética e é mais confortável para o paciente”, explica. Todo o plano de tratamento é feito por meio de modelos 3D, permitindo ao paciente ver o resultado antes mesmo de começar a usar. Nesse tratamento, o paciente visita o ortodontista a cada 15 dias para a troca do alinhador e usa a peça durante 20 horas por dia. Os bráquetes autoligados, que proporcionam atrito menor entre o fio e o bráquete e, consequentemente, um movimento mais rápido dos dentes, também é uma técnica mais recente. E os avanços não se limitam aos materias empregados. O diagnóstico evoluiu, com tomografias que permitem uma avaliação tridimensional das estruturas da face, e os mini-implantes ortodônticos tornaram possíveis movimentos antes difíceis ou mesmo impossíveis. “Não só os materiais e técnicas evoluíram, mas o tratamento também. Por exemplo, extraía-se mais dentes. Hoje a filosofia mudou”, diz José Aloizio. z 94 |Encontro

Samuel Gê

Sofia Caetano adorou a notícia de que precisava usar aparelho: “Fiquei superfeliz. O bom é que, além de consertar a dentição, você fica na moda”

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Os dentistas José Aloizio Carvalho e Carlos Henrique Carvalho: “Não só os materiais e técnicas evoluíram, mas o conceito do tratamento ortodôntico como um todo. No passado, por exemplo, extraíam-se mais dentes”, diz José Aloizio Thiago Mamede

A maioria dos pacientes adultos do ortodontista Luiz Fernando Eto, como a arquiteta Patrícia Dare, prefere os aparelhos invisíveis: “Como já havia usado o fixo tradicional, não tive dúvidas ao decidir que não o queria novamente na atual fase da minha vida”, diz Patrícia

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Informe Publicitário Roberto Rocha

O ortodontista dr. Pierre Cunha em seu consultório: “Minha especialidade é corrigir os dentes com aparelhos que não aparecem”

O FIM DO “SORRISO METÁLICO” Dr. Pierre Cunha é referência em Minas Gerais no uso do aparelho invisível para os dentes, mais discreto, rápido e prático

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ensação de desconforto, dores e muita dificuldade para morder. Além do aspecto estético, esses são alguns dos problemas enfrentados por quem já teve de usar um aparelho ortodôntico. A combinação de peças coladas, fios e metais é realmente incômoda e demanda bastante sacrifício por parte de quem precisa ajustar seus dentes e busca um sorriso mais bonito e saudável. Desde 2003, no entanto, um ortodontista de Belo Horizonte tem revolucionado o uso de aparelhos não apenas na capital, mas em todo o estado. Jovem, com apenas 40 anos, o dr. Pierre Cunha é um dos maiores especialistas do Brasil no uso de aparelhos ortodônticos invisíveis, que corrigem os dentes de maneira mais eficaz e com menos sofrimento. Autor de trabalhos científicos nacionais e internacionais, especialista e mestre em ortodontia, dr. Pierre tem quase 20 anos de atuação, com mais de 5 mil tratamentos ortodônticos já realizados. Foi durante uma pós-graduação na Universidade de Connecticut, nos Estados Unidos, que ele conheceu a técnica dos

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aparelhos invisíveis e logo tratou de trazê-la para o Brasil. “Ter examinado e tratado tantos pacientes foi o que sempre me incentivou a estudar e buscar soluções mais estéticas e confortáveis para meus clientes”, explica dr. Pierre. “Por isso, eu me especializei em tratamentos com os aparelhos americanos, que são referência nesses conceitos. Existem muitas pessoas que desejam melhorar o sorriso, corrigindo a posição dos dentes, mas, por diversos motivos, não querem usar um aparelho tradicional. Esta é minha especialidade: corrigir os dentes com aparelhos que não aparecem”, garante. Usando alinhadores transparentes de acetato de um milímetro de espessura, os aparelhos invisíveis são planejados por um software de desenho que projeta peças específicas para cada paciente. As peças são trocadas a cada duas semanas e, de maneira gradual e suave, guiam os dentes para o sorriso projetado pelo programa. “São incrivelmente discretos, com tratamento rápido e prático”, explica dr. Pierre, que possui o título Doctor Platinum, que significa um dos graus mais altos de expe-

riência no campo dos aparelhos invisíveis. Removível, o aparelho pode ser retirado para eventos sociais. Por não ter fios nem metais, não machuca e garante mais conforto aos usuários. E, por ser extremamente fino, não levanta nem machuca os lábios. De acordo com dr. Pierre, o aparelho invisível “não altera o estilo de vida e permite que o paciente coma tudo de que gosta”. “Além disso”, completa, “o resultado proposto é exibido pelo software antes do início do tratamento, que só se inicia após o paciente visualizar e aprovar, na tela, o planejamento do resultado final”. Com um currículo invejável, o dr. Pierre não se cansa na busca por tecnologias que garantam maior segurança e praticidade a seus clientes. “É isso que me motiva a ir cada vez mais longe, buscando proporcionar o que existe de mais confortável e discreto aos nossos pacientes. Por isso, eu me especializei em lapidar sorrisos com aparelhos invisíveis”, explica o ortodontista. www.pierrecunha.com (31) 3227-0081

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Fotos: Rogério Sol

O advogado Rénan Kfuri Lopes, fundador da RKL advocacia: “Acreditava e até hoje tenho plena confiança no Poder Judiciário e na advocacia por nós exercida”

UMA VIDA DEDICADA AO DIREITO ENC161INF_dr.renan.indd 96

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RKL Advocacia, fundada pelo Dr. Rénan Kfuri Lopes, completa 30 anos de excelência na prática jurídica

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m dia para ficar marcado para sempre. No último 10 de agosto, o RKL Advocacia comemorou 30 anos de ininterrupta atividade, feito raro na seara do Direito. Sempre tendo à frente seu sócio-fundador, o advogado Rénan Kfuri Lopes. “É uma dádiva divina que a vida me concedeu, uma conquista pessoal”, comemora o jurista. “Isso só me estimula a estudar cada vez mais e poder atender nossos clientes com o máximo de zelo”, completa. Nascido em Ponte Nova, Dr. Rénan graduou-se em Direito em 1983, na então Universidade Católica, hoje PUC Minas. Depois de um período trabalhando com Dr. Afonso Estevão Torres, primeiro como estagiário, depois como advogado, decidiu fundar a RKL Advocacia. “Tive o apoio de

meus pais, Reynaldo Lopes e Salete Kfuri Lopes. Acreditava e até hoje tenho plena confiança no Poder Judiciário e na advocacia por nós exercida”, comenta. O RKL Advocacia sempre foi um escritório transparente e que prima pelos estudos científicos mais avançados do Direito. Um de seus mais importantes insights é o de que há sempre a necessidade do estudo, da pesquisa, da proximidade com cliente. A perseguição perene por esta meta culminou no nascimento de um dos sites jurídicos mais consultados do país, o www.rkladvocacia.com. A presença na web consolidou em Dr. Rénan a avidez pelo estudo, que o acompanha desde a época de primeiranista no curso de Direito. Autor de 21 livros que cobrem 14 especializações jurídicas e adotados por mais de 100 faculdades brasileiras, agora Dr. Rénan quer inovar mais uma vez, migrando suas obras integralmente para o meio virtual e possibilitando o acesso aos mais longínquos rincões do país. “É preciso que haja uma reestruturação total no ensino jurídico”, pondera Dr. Rénan, constantemente solicitado como palestrante e parecerista. “Além disso, nossas

O advogado é autor de 21 livros, que cobrem 14 especializações jurídicas e são adotados em 100 faculdades brasileiras: as obras estarão disponíveis no meio virtual para facilitar o acesso de qualquer ponto do país

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leis não são ruins. A falta de estrutura do Poder Judiciário transnuda a falta de qualidade que hoje impera”, diz. Avesso a aparições públicas, Dr. Rénan sempre buscou manter um relacionamento respeitoso com juízes, desembargadores e ministros, mas sem pirotecnia, nunca agindo como rodapé nos corredores de fóruns e tribunais, mas sempre disposto a colocar, de maneira sólida, os interesses de seus clientes, a quem agradece “pela confiança e fidelidade demonstradas ao longo de toda essa história. Quero expressar o sincero desejo de prosseguir estreitando laços, em uma parceria construtiva e profissional, em que todos ganham”. A celebração dos 30 anos significa muito mais que uma mera data de aniversário, mas, antes, a celebração do êxito de um compromisso: o compromisso com uma causa e uma missão, com valores que dão sentido à sua existência como advogado, alicerçada em princípios como ética, transparência, qualidade, comprometimento, integridade, eficiência, objetividade, colaboração, respeito, inovação, sustentabilidade e trabalho em equipe. Advogado, pai e avô, Dr. Rénan comemora os 30 anos de sua jornada com as vistas voltadas para o futuro. “Temos tudo para resistir a eventuais mudanças dos ventos, pois a experiência e o que ainda haveremos de aprender nos autorizam afirmar que o RKL Advocacia deu certo. Há razões para continuar otimista, embora o trabalho seja, ao mesmo tempo, exaustivo e prazeroso”, diz. Palavras de quem já se tornou um ícone da profissão por sua essência, por tudo que construiu e por sempre acreditar que é possível fazer mais.

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ESPECIAL KIDS

| ESCOLA Rogério Sol

Maria Cristina Lamounier, diretora da Escola Bilboquê: “Sugiro que os pais procurem várias escolas antes de matricular seus filhos e que optem por aquela que melhor atenda aos anseios da família, como projeto pedagógico consistente, espaço físico adequado e segurança”

A hora da escolha Pais devem pesquisar e entender bem o projeto pedagógico antes de matricular os filhos na primeira escola

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GABRIELA GARCIA

A separação entre mãe e filho com o fim da licença-maternidade e a necessidade de retorno ao trabalho são marcadas como um período de dúvidas e inseguranças. Mas já é hora de levar o filho para a escola? E qual instituição de ensino escolher? É nesse contexto que as escolas infantis, em especial as que oferecem turno integral, aparecem pela primeira vez – e cada vez mais cedo – na vida dos pais. Entregar os filhos ao cuidados de educadores não é tarefa simples. A criação é responsabilidade do casal, da famí -

lia, mas as escolas são excelentes lu gares para as crianças serem cuidadas e aprenderem, desde que o ambiente estimule a aprendizagem. A educadora e professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Mônica Correa explica que é preciso compreender que o mundo mudou em relação à criação dos filhos. “A interação é uma característica humana, mas as mulheres ainda carregam muita culpa por deixarem os filhos muito novos ao cuidado de outras pessoas”, diz. As crianças têm menos contato com outras por nascerem em famílias

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Samuel Gê

A assessora jurídica Júnea Rezende com a diretora da escola Chez le Enfant, Maria Lúcia Rodrigues: identificação com o projeto pedagógico montessoriano foi decisivo na escolha do primeiro colégio das filhas Fernanda e Mariana

menores, a redução do espaço físico e pouco contato ao ar livre para o desenvolvimento infantil são pontos que reforçam a importância da escola na vida dos pequenos. Segundo a psicóloga e assistente de direção do Instituto Tarsísio Bisinotto (ITB) Ubirani Lucena, grande parte dos pais chegam à escola depois de experiências que não deram certo com a babá, por exemplo.

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Com a supervisora de gestão de uma multinacional Fernanda Rezende, mãe das gêmeas Vitória e Gabriela, de 3 anos, que estudam no ITB há dois, não foi diferente. “Tentei deixá-las com uma babá em casa para que elas pudessem ter mais tempo para descansar e dormir mais, porém observei que elas acordavam e ficavam na frente da televisão. Elas também

estavam adotando uma alimentação não apropriada”, diz. “Foi aí que optei por uma escola com tratamento personalizado.” Segundo a diretora da Escola Bilboquê, Maria Cristina Lamounier, as preocupações dos pais costumam ser, principalmente, sobre a qualidade do projeto pedagógico e a segurança dos espaços. “Sugiro que os pais procurem

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ESPECIAL KIDS

| ESCOLA Geraldo Goulart

DICAS PARA QUE SEU FILHO COMECE BEM 1 - Escolha uma instituição alinhada às suas expectativas Há diferentes projetos pedagógicos. Se você quer que seu filho saia da educação infantil alfabetizado, escolha uma escola que tenha a mesma preocupação 2 - Faça a matrícula com o máximo de antecedência As melhores escolas infantis de Belo Horizonte contam com listas de espera enormes. Garantir a vaga com antecedência deve ser parte do planejamento 3 - Observe como ocorre a comunicação entre pais e professores na instituição Certificar-se de que há um canal eficaz de comunicação direta com os professores é crucial para o acompanhamento das crianças. Algumas escolas optam até pelo uso de agendas para informar os pais sobre necessidades especiais e mudanças de comportamento, por exemplo 4 - Atente-se ao sucesso do período de adaptação Há diferentes propostas para esse período, que vão desde o aumento gradual do tempo de permanência da criança na instituição até a presença dos pais em sala de aula. O sucesso dessa transição é fundamental para o bom desempenho da criança

Camila Vieira, mãe da Malu, de 3 meses, tem tido problema para encontrar vaga: “Para as escolas que considero de qualidade, eu já estou atrasada na minha busca, porque elas pedem muita antecedência” Samuel Gê

5 - Transmita confiança sobre o momento que vivem Educadores concordam que muitas dificuldades iniciais surgem porque a mãe resiste ou teme o início da vida escolar do filho. Assumir esta como uma decisão importante para o desenvolvimento e socialização da criança é o melhor caminho para que ela se sinta segurança

7 - Envolva-se com as atividades da instituição Participar dos eventos promovidos e socializar-se com outros pais é uma forma de transmitir ao seu filho a mensagem de que você aprova o ambiente em que ele está inserido

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Ilustração e Projeto Gráfico: Eric Ricardo

6 - Acompanhe o interesse do seu filho pela escola O envolvimento da criança com as atividades escolares pode ser o melhor termômetro para avaliar se esta é a instituição adequada para ela. Algumas instituições pecam pelo excesso de estímulo, o que pode gerar angústia às crianças

Fernanda Rezende, mãe das gêmeas Vitória e Gabriela, de 3 anos, matriculadas no Instituto Tarsísio Bisinotto: “Com a babá, elas ficavam muito tempo em frente à televisão e comiam alimentos inapropriados. Foi aí que optei por uma escola com tratamento personalizado”

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várias escolas antes de matricular seus filhos e que optem por aquela que melhor atende aos anseios da família e deixem os pais mais confiantes. O espaço físico é seguro? Os profissionais são afetivos? A segurança na portaria é total? Só assim terão tranquilidade para deixá-los na instituição”, diz. A busca, no entanto, deve ser feita com antecedência, já que grande parte das escolas trabalham com listas de espera. A arquiteta Camila Vieira, mãe de Malu, de 3 meses, deseja matricular a filha no próximo ano e já sabe da dificuldade de encontrar vagas. “Para algumas escolas que considero de qualidade, já estou atrasada. Elas pedem muita antecedência”, diz Camila. A pesquisa por diferentes linhas pedagógicas também precisa estar entre os requisitos que os pais devem analisar na procura pela instituição ideal. Para além das linhas teóricas fundamentadas em cursos de pedagogia, como as construtivistas, montessorianas ou interacionistas, o

mais importante é alinhar qual escola estará mais apta a atender às expectativas de desenvolvimento esperada pelos pais. Muitas vezes, as escolas são abalizadas pelo nível de alfabetização das crianças quando concluem a educação infantil. Para Maria Lúcia Rodrigues da Silva, psicóloga e diretora da escola Chez le Enfant, que adota a linha montessoriana, – em que a criança é estimulada à experimentação para construir seus próprios conceitos –, o projeto pedagógico deve fundamentar e atualizar o trabalho realizado na instituição. “Se as crianças são estimuladas nas épocas certas, desenvolvem-se melhor. O projeto é constantemente adaptado: há 15 anos introduzi aula de informática, na qual os alunos tinham de experimentar e reconhecer o mouse de computador. Hoje, isso já não faz mais sentido,” conclui Maria Lúcia. Mesmo que a alfabetização completa não esteja entre os objetivos da linha pedagógica montessoriana, Maria Lúcia observa

que, como o projeto é adotado desde o berçário, com 4 anos, muitas crianças já estão lendo e escrevendo. Além da localização, próxima ao trabalho, foi a linha pedagógica que levou a assessora jurídica Júnea Rezende a eleger a Chez le Enfant como a escola das filhas Fernanda, de 6 anos, e Mariana, de 3. Júnea optou por colocá-las na instituição aos 2 anos. “Cheguei à procura de aconchego e estímulo e conhecia a ênfase que davam ao contato com a cultura do mundo, além da valorização da nossa própria cultura”, afirma. O tempo passou e Fernanda está satisfeita. “Aos 6 anos, minha filha está superpreparada, amadurecida na parte social, no desenvolvimento cognitivo e também alfabetizada. Agora vejo que ela precisa bater asas para buscar novos desafios”, conta. Com uma educação vinda literalmente de berço e uma boa base, a pequena Fernanda tem grandes chances de voar ainda mais longe. z

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santamaria.pucminas.br

Ilustração e Projeto Gráfico: Eric Ricardo

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12 de outubro

Dia da Criança

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DO MATERNAL AO ENSINO MÉDIO MANTENEDOR A DA

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ESPECIAL KIDS | DIVERSÃO

Aventura na

fazenda DANIELA COSTA

Para garantir a diversão da criançada, selecionamos oito hotéis-fazenda próximos a BH, que oferecem ampla programação infantil. As opções de brincadeiras vão desde passeio a campo de vaga-lumes a esportes radicais FAZENDA DA CHÁCARA

O passeio pode ser de cavalinho, mas a vaquinha e os cabritinhos também cativam a criançada. Pique-esconde, pega-pega e até mesmo um pedalinho no lago. Essas e outras diversões para a criançada são oferecidas por hotéis-fazenda próximos a Belo Horizonte. Para proporcionar um Dia das Crianças diferente, as programações incluem ainda oficinas de pintura, mergulho de boia na cachoeira, pescaria e passeios pelas trilhas dos bosques. À noite, dormir na casa da árvore ou visitar o campo de vaga-lumes é uma emoção que remete a um verdadeiro conto infantil. Durante o dia, a aventura continua com a caça ao tesouro, as gincanas e os torneios de futebol. Selecionamos oito hotéis-fazenda que garantem diversão para crianças de diversas idades.

Pedro Vilela/I7/Divulgação

Localizado na Estrada Real e construído em um casarão da década de 1700, o hotel permite que as crianças vivenciem o dia a dia da roça. Programas imperdíveis são passear pelas videiras e plantação de milho, apanhando-se o fruto do pé, acompanhar a ordenha das vacas e visitar o antigo engenho. O hotel oferece ainda piscinas com hidromassagem e ofurô, sala de jogos e sala de ginástica. As atividades infantis ao ar livre incluem pesca esportiva, cavalgadas e caminhadas ecológicas. Distância da capital: 130 km Cidade: Santana dos Montes/ Minas Gerais

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ÁGUAS DE SANTA DE BÁRBARA

Águas de Santa Bárbara/divulgação

Trekking no bosque, trilhas de mountain bike, caminhadas ecológicas, passeios de jeep, brincadeiras e atividades esportivas nas águas do rio Pardo. Não por caso, o resort Águas de Santa Bárbara é cercado de lagos, rios e cachoeiras, e a imersão na natureza é garantida. À noite, o campo dos vaga-lumes é um espetáculo que leva a criançada a um verdadeiro conto de fadas. Durante o dia, é hora da caça ao tesouro, parede de escalada, torneios de futebol, arvorismo e as concorridas gincanas. Para desacelerar os pequenos escoteiros, as oficinas de arte e sessões de cinema são divertidas opções. Distância da capital: 270 km Cidade: Augusto de Lima

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ESPECIAL KIDS | DIVERSÃO Lagoa azul/divulgação

LAGOA AZUL Imagine combinar o ambiente típico de uma fazenda com o conforto da cidade grande. Essa é a proposta do Lagoa Azul Hotel Fazenda, rodeado por natureza exuberante, que inclui lagoa repleta de peixes. Na lagoa, são realizados os passeios a barco, de pedalinhos e a pesca esportiva. Nos campos, os passeios a cavalo, de charrete e as caminhadas ecológicas fazem a alegria da criançada. As atividades nas piscinas e quadras poliesportivas, como o paintball, não deixam ninguém ficar parado. Distância da capital: 65 km Cidade: Esmeraldas

ESTALAGEM

Estalagem 1/divulgação

Os chalés de madeira localizados em meio à mata atlântica dão ao Estalagem Fazenda Lazer um clima selvagem e misterioso. Em sua programação de lazer infantil, passeios no parque ecológico, caminhadas por trilhas naturais e passeios de barco agradam a jovens e adultos. Na cabritolândia, a bicharada sobe até em árvores e surpreende os pequenos. Já os corajosos boiadeiros mirins montam mesmo é em bois e búfalos. O passeio de charrete, carro de boi e as animadas cavalgadas relembram os velhos costumes do interior mineiro. Distância da capital: 135 km Cidade: Carandaí

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ESPECIAL KIDS| DIVERSÃO Canto da Siriema/divulgação

CANTO DA SIRIEMA No Canto da Siriema, a família se diverte junto. Isso porque o hotel-fazenda dispõe de atividades e esportes para todas as idades. No parque aquático, as brincadeiras nas piscinas climatizadas são a atração. Na represa, pesca e passeios de pedalinhos; nos campos, trilhas ecológicas; no haras, passeios a cavalo. Por lá, as crianças também colocam a mão na massa e aprendem a tirar leite da vaca. A aventura fica por conta da travessia na ponte suspensa, das cavalgadas ao luar, das competições nas balsas no lago e daquele friozinho na barriga na descida da tirolesa. Distância da capital: 50 km Cidade: Jaboticatubas/MG

ÁGUAS DO TREME

Águas do treme/divulgação

No circuito turístico das grutas, um pequeno paraíso circundado por belezas naturais, artísticas e culturais encanta crianças e adultos. No hotel Águas do Treme, a programação infantil é intensa e inclui passeios na Fazenda Querença, Gruta do Mato, Gruta de Maquiné, Centro de Artesanato e Museu Guimarães Rosa. Quem quiser aproveitar as instalações do hotel pode curtir a piscina de 1.200 m2, a sauna com entrada subaquática, as quadras poliesportivas, além de trilhas para caminhadas ecológicas. Distância da capital: 83 km Cidade: Inhaúma

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ESPECIAL KIDS | DIVERSÃO Tauá/divulgação

TAUÁ RESORT Com ampla infraestrutura de lazer e entretenimento, o Tauá cativa pais e filhos com parques e espaços temáticos, onde acontecem várias atividades lúdicas, ecológicas, interativas e tecnológicas. No esporte, destaque para o arco e flecha, além do boliche. Na cidade encantada chamada Jota City, não entra gente grande. Nos parques aquáticos, as atrações são as cascatas e toboáguas. A integração com a natureza acontece no Kids Clube Papagaio Falamansa, que possui uma grande árvore cenográfica onde as crianças exibem suas atividades artísticas. Distância da capital: 45 km Cidade: Caeté/MG

TUCANO Em uma extensa área de preservação ecológica, o hotel é um convite à celebração da natureza. Em estilo colonial, a casa-sede dispõe de ampla infraestrutura para acolher as famílias visitantes. Entre as opções de lazer estão o passeio no lago, as aventuras nos ares com a tirolesa, os passeios de charretes e as tradicionais cavalgadas. Os pequenos ainda podem praticar esportes aquáticos, jogos educativos e percorrer trilhas ecológicas. Sempre acompanhados de monitores.

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ESPECIAL KIDS | COMÉSTICOS

Sem exagerar na dose De sabonete a perfume, passando por óleos, pomadas e cremes, há todo tipo de comésticos para bebês. Pedir orientação médica e evitar excesso são essenciais no uso desses produtos

MARINA DIAS

Recém-mães costumam não resistir à fofura que são bebês limpinhos, cheirosos e de pele macia. E não é fácil escolher entre as diversas opções de produtos disponíveis nas estantes dos supermercados e das farmácias. Hidratantes, perfumes, condicionadores, colônias... não há cosmético que se safe da versão para os pequenos. No entanto, é preciso, sim, resistir e evitar excessos. A pele dos bebês é mais sensível e não aceita todo e qualquer produto, o que significa que os pais devem estar atentos ao que usar e em qual quantidade. “A pele do bebê é bem diferente da pele adulta, por ser mais fina, ter glândulas de produção de suor ainda imaturas e células que produzem a coloração da pele em menor atividade”, explica a

dermatologista Ana Cláudia de Brito Soares, diretora da Sociedade Brasileira de Dermatologia de Minas Gerais. Segundo ela, por esses motivos, a pele da criança absorve muitas substâncias e é extremamente sensível à luz do sol e ao calor. As chances de irritações e absorção de substâncias tóxicas ficam, então, maiores. A dica da especialista é para que a mãe procure orientação médica sempre que sentir necessidade de usar um novo produto ou trocar de marca. Foi como a pequena Laís, de 5 meses, começou a usar hidratante. Segundo sua mãe, a professora Thaís Sadala Machado, logo no primeiro mês de vida, a bebê apresentou ressecamento na pele, que ficava soltando casquinhas. Por causa do sinal, procurou a pediatra, que indicou um creme específico, sem cheiro e sem cor, para ser passado após o banho. “Tem sido bom. Ela não apresentou alergias e o hidratanEugênio Gurgel

Por indicação da pediatra, Thaís Machado passa hidratante em sua filha Laís, de 5 meses: “Ela não apresentou alergias e o hidratante resolveu o ressecamento”

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PODE OU NÃO PODE? Recomendações médicas para o uso de produtos em bebês SABONETE: são recomendados os mais suaves e com pH neutro ou ligeiramente ácido. É importante escolher um produto indicado para a faixa etária do bebê. O ideal é dar preferência aos sabonetes líquidos, que têm menos substâncias químicas e ficam menos tempo em contato direto com mãos, saboneteira e banheira XAMPU E CONDICIONADOR: o uso do xampu é autorizado, especialmente após os 6 meses, mas também é preciso escolher aqueles indicados para a faixa etária (que são neutros, com perfume suave, mínimo de corante e com pH ajustado ao da lágrima). Bebês não precisam de xampu específico para tipos de fios (secos, oleosos, lisos, cacheados). Condicionador não é necessário HIDRATANTE: costuma ser necessário em crianças com pele seca e as que moram em regiões muito frias (que tomam banhos mais quentes e têm contato com frio e vento, o que resseca a pele). O hidratante, de preferência neutro, deve ser passado após o banho, para não reduzir sua eficácia

ÓLEO DE BANHO: se quiser usar, dê preferência aos de origem vegetal, que irritam menos. Pode ser aplicado nas massagens feitas no bebê e na remoção de crostas (caspas) do couro cabeludo, se for passado poucas horas antes do banho

PERFUME: não é recomendado. Se os pais quiserem muito, é melhor passar na roupa do bebê, em vez de ser aplicado diretamente na pele, mas sempre em pouca quantidade

PROTETOR SOLAR: só deve ser usado após os 6 meses de idade, sendo que, para crianças entre 6 meses e 2 anos, é melhor dar preferência a protetores compostos por filtros físicos ou inorgânicos (a informação vem na embalagem), mais seguros para essa faixa etária. O fator de proteção solar deve ser 30 ou mais

TALCO: não é recomendado, pois, ao ser passado, produz uma névoa que é aspirada pela criança e pode gerar problemas respiratórios. Na higienização durante a troca de fraldas, recomenda-se o uso de algodão embebido em água morna ou lavar a região com sabonete neutro ou infantil. Pode-se aplicar uma pomada em seguida. Lenços umedecidos devem ser reservados para as trocas na rua, quando não é possível lavar o bebê Fonte: especialistas consultados

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ESPECIAL KIDS | COMÉSTICOS Eugênio Gurgel

Bárbara Aguiar optou por usar xampu na pequena Beatriz, de 9 meses, porque ela tem muito cabelo. Mas toma cuidados: “Costumo prezar por marcas que já conheço e nas quais confio”

te resolveu o ressecamento”, diz Thaís. Mãe de primeira viagem, ela pesquisa bem os produtos na prateleira do supermercado e também informações sobre o momento a partir do qual pode usá-los. O protetor solar, por exemplo, só é indicado a partir dos 6 meses, ou seja, ainda não pode ser aplicado em Laís. A solução é tomar o sol nas horas recomendadas e por pouco tempo. “A oferta de produtos é enorme, é preciso ter muita atenção”, diz a professora. De fato, segundo a especialista em pediatria, alergia e imunologia Raquel Pitchon, presidente da Sociedade Mineira de Pediatria, as crianças vêm sendo expostas cada vez mais precocemente a substâncias capazes de causar irritação e alergias na pele, como a dermatite de contato. “A dermatite alérgica de contato chega a ser a causa de até 20% de todas as doenças de pele nessa faixa etária”, explica ela, lembrando que as principais causas são os acessórios de metal (joias e bijuterias) e os perfumes. Mas não só com os comésticos é preciso atenção. Até nos produtos básicos de higiene, menos é mais. Raquel Pitchon recomenda que, caso a mãe queira dar mais de um banho por dia no bebê, por exemplo, não deve usar sabonete nas duas vezes. “Se a mãe op-

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tar por dois banhos, o que acontece especialmente no verão, não se usa sabão no segundo”, diz. Além disso, a pediatra recomenda banhos não muito longos e água morna (e não quente), pois o contrário resseca a pele. Até os 6 meses, informa Raquel, também não são necessários xampu ou condicionador. A pequena Beatriz, de 9 meses, já usa xampu no banho, pois tem muito cabelo. “Já tivemos de cortá-lo duas vezes”, diz a mãe, a estilista Bárbara Aguiar. “Então achei o xampu importante.” Contudo, para não sobrecarregar a filha de produtos, não usa condicionador. Tanto para a filhinha quanto para o filho mais velho, João Lucas, de 6 anos, Bárbara escolhe produtos adequados à faixa etária de cada um, além de composições que sejam hipoalergênicas. “Também costumo prezar por marcas que já conheço e nas quais confio, mesmo que um pouco mais caras. Algumas economias são porcas e é o famoso barato que sai caro, pois o produto pode ser de má qualidade ou dar alergias”, diz. O consenso geral de especialistas é que os pais procurem o pediatra ou o dermatologista caso surja qualquer alteração na pele do bebê, como áreas avermelhadas, descamação ou outro tipo de lesão, além de coceira. ❚

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No Dia das Crianças, elas só querem saber de diversão. Por isso, nada melhor do que presentear a meninada com as novidades para o público infantil. Para todos os gostos e idades, o que não pode faltar nesse dia são brincadeiras. E, claro, muita alegria! z

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MODA ESPECIAL | EDITORIAL KIDS | MODA

ANA CLÁUDIA ESTEVES

Criança combina com primavera. A estação mais florida do ano dá um novo colorido à inocência das brincadeiras infantis e traz um clima perfeito para dias de pura diversão. A moda infantil fica ainda mais bonita e segue a tendência de valorizar estampas e cores, tanto para meninas quanto para meninos.

Flores e travessuras

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Vestido e galocha: Ora Bolinhas

Fantasia de girafa e calça: Eta Lelê

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ESPECIAL KIDS | MODA

Vestido: Annie & Joe Colar como tiara: Claudia Marisguia

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Fantasia de tubarão: Eta Lelê Calça: Calvin Klein

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Fantasia de joaninha: Eta Lelê Galocha: Ora Bolinhas

Blusa e calça: VR Kids Chapéu: Ora Bolinhas Sapato: Acervo pessoal

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ESPECIAL KIDS | MODA

Calรงa: dbzinha Bata: Mixed kids

Fantasia de astronauta: Ora Bolinhas

Sapatilha: Calvin Klein

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Guarda-chuva e capa de guerreiro: Ora Bolinhas Calรงa: VR Kids

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ESPECIAL KIDS | MODA

Styling: Edição: Fotos: Beauty: Modelos: Agradecimentos:

FICHA TÉCNICA: Marcelo Brasiliense Ana Cláudia Esteves Daniel Moreira (Mineral) Marcela Faria (Sá Bonita) Letícia di Salvo e Tomaz Bastos Anderson Cassimiro (produção de elenco) Parque Roberto Burle Marx (Parque das Águas)

Vestido: Bué

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PERFIL | GASTRONOMIA

Uma senhora cozinheira Mãe de 11 filhos, Dona Lucinha queria ser médica. Mas, graças ao seu talento na cozinha e à obstinação em defender receitas típicas, ela acabou se tornando uma das principais referências da culinária mineira. Agora, aos 81 anos, será homenageada em desfile na Sapucaí

Cristina Horta / EM / D.A. Press

Dona Lucinha aprendeu a cozinhar ainda criança, quando morava em uma fazenda com a avó, na cidade do Serro: “Tive de visitar todas as comadres para aprender receitas. Por isso, costumo dizer que fiz um estágio com essas senhoras”

ALINE GONÇALVES

Era noite chuvosa de 1990, em Belo Horizonte, quando uma senhora, então com 57 anos, bateu à porta de um imóvel na rua Padre Odorico, no bairro São Pedro. Ela estava com pressa, tinha saído do Serro, a quase 250 km de BH, enfrentado lama no caminho e precisava voltar rápido para organizar uma festa. Mas queria muito conhecer o imóvel, onde funcionou antiormente um restaurante moderno, com teto de gesso – algo raro na época – que estava disponível para aluguel. O homem que a recebeu foi logo avisando que mais de dez pessoas estavam interessadas no ponto. Mas ele se impressionou com a energia da mulher e decidiu imediatamente que o lugar seria dela. Só estranhou quando a senhora revelou que traria toda a decoração da sua cidade natal. “Ele disse que eu estava doida: onde já se viu receber um restaurante pronto e mudar tudo? Eu era louca mesmo”, conta Maria Lúcia Clementino Nunes, mais conhecida como Dona Lucinha. 138 |Encontro

Quase 25 anos depois de se mudar “de mala e cuia” para a capital, a cozinheira se transformou em uma das principais referências nacionais quando o assunto é culinária de Minas. Hoje, possui três estabelecimentos na capital (dois restaurantes e o Armazém Dona Lucinha, de quitutes e quitandas), além de outros dois em São Paulo (Dona Lucinha Moema e Aneto). Sabe comandar fogão a lenha, tacho de cobre e colher de pau como poucos e foi uma das primeiras palestrantes brasileiras a viajar para o exterior para falar sobre pratos, terroir, ingredientes, quando a importância de disseminar os produtos locais ainda não estava no foco da gastronomia. Cidadã honorária de BH, ela também fez parte de um seleto grupo de Minas que levou receitas típicas ao principal festival gastronômico do mundo, o Madrid Fusión, em 2013.

“Aprendi tudo com a minha mãe e até hoje nos falamos várias vezes ao dia. Meu nome em São Paulo é conhecido por causa do Dona Lucinha, e ela é referência para chefs. O Rodrigo Oliveira, do Mocotó (famoso por repaginar a culinária nordestina), o Alex Atala (do restaurante D.O.M, eleito o sétimo melhor do mundo pela revista britânica Restaurant), todos a valorizam”, diz a filha Elza Nunes, única dos 11 filhos a cozinhar profissionalmente. Ao lado das irmãs Ana Maria e Ana Cristina, Elza cuida dos estabelecimentos em São Paulo. A primogênita, Márcia, está à frente do restaurante mais antigo, que funciona na mesma casa visitada naquela noite por Dona Lucinha, além do Armazém. Leandro gerencia a unidade da Savassi e os demais irmãos também contribuem com a administração. Há pouco mais de dez

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Alexandre Rezende

meses, a matriarca, que até então supervisionava tudo de perto, está afastada do trabalho por problemas de saúde – acostumada a receber a todos com delicadeza e atenção, ela tem evitado eventos e jornalistas, por recomendação dos médicos. Muito antes de chegar a BH e ficar tão afamada, Dona Lucinha já trabalhava com os sabores. Ainda criança, foi educada para aprender receitas da família, como doces, quitandas e guisadinhos. Mas foi quando quis ser médica que acabou se tornando cozinheira “de mão cheia” – ela não aceita a denominação chef e argumenta que o termo se refere apenas a quem cria pratos. “Morava na fazenda e em determinado período da infância íamos estudar no Serro. Pedi aos meus pais para continuar lá porque queria ter a profissão do meu avô, mas eles achavam feio uma mulher médica. Optei pelo magistério, mas minha avó disse que, para continuar morando com ela, na cidade, teria de visitar todas as comadres para aprender receitas. Por isso, costumo dizer que fiz

A filha Márcia, historiadora, organizou o livro com os “rabiscos” da mãe: além de receitas, a matriarca da família sempre teve o hábito de escrever suas percepções sociais e culturais sobre a cozinha

Internet de alta velocidade (free) Café da manhã incluso Restaurante Business center

Localização privilegiada

Piscina e fitness

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FOTOGRAFIA Ana Boaventura | PRODUÇÃO DE MODA @martacduque

TAL MÃE, TAL FILHA NO MÊS DAS CRIANÇAS. No mês de outubro/2014 o presente da sua filha é sob medida. As mães que adquirirem Patricia Nascimento, sua filha de 0 a 12 anos será presenteada com uma peça. W W W. PAT R I C I A N A S C I M E N T O . C O M | (31) 3396 4043

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Quito Calmon e Patrícia Montijo

Bruna Assumpção e Renato Quintão

Luciana Capanema e Cecília Menin

Luisa Pinheiro, Andrea Drewing e Bruna Carneiro

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ESPECIAL KIDS | GASTRONOMIA

Por chef Wanderson Costa, do Saatore Ristorante

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Gostosos e saudรกveis OUTUBRO DE 2014

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Fotos: Eugênio Gugel

Chefs sugerem receitas criativas e nutritivas para comemorar o Dia das Crianças. É uma boa oportunidade de envolver os pequenos no preparo dos alimentos

Pappardelle Alla Saatore INGREDIENTES 50 mL de azeite 200 g de pappardelle 150 g de brócolis cozido e fatiado 50 g de alho-poró fatiado 200 mL de creme de leite fresco 3 tomates maduros 1 cebola média 100 g de ervilhas 100 g de queijo parmesão 100 g de presunto de Parma fatiado

MODO DE FAZER Em uma frigideira com o azeite, deixe a cebola dourar. Junte o alho-poró e o brócolis. Depois, coloque o creme de leite e mexa por cinco minutos. Junte o tomate cortado em cubos e as ervilhas. Por último, o presunto fatiado. Na sequência, cozinhe o pappardelle com o molho. Sirva com queijo ralado a gosto.

ALINE GONÇALVES

Que pai nunca se sentiu inseguro ao pensar na alimentação dos filhos? Em uma hora, o menino come demais; na outra, não quer nem saber de ingredientes diferentes. Alguns só aceitam o mesmo prato e outros beliscam o dia inteiro, mas fecham a boca na hora do almoço. Para driblar as dificuldades, a criatividade é a melhor saída e, claro, deve vir acompanhada de alimentos saudáveis. Uma boa dica é apostar em pratos atrativos e envolver os pequenos na hora do preparo. É isso que faz o chef Wanderson Costa, do Saatore Ristorante. Desde bem pequenino, seu filho, Felipe, hoje com 8 anos, frequenta a cozinha e até ajuda o pai. Wanderson, portanto, não tem dificuldade em apresentar pratos para as crianças que frequentam o restaurante. Uma das opções é o Pappardelle Alla Saatore, com brócolis, tomates e ervilhas. “É uma receita muito colorida, por isso eles gostam”, diz. O chef Tércio Maia, do Jack’s Big Burger, costuma montar para seus sobrinhos panquecas em formatos inusitados. “Faço em flor e estrela, para ficar mais lúdico”, diz. “E eles adoram.” Tércio sugere que as panquecas sejam acompanhadas por palitinhos de cenoura ou batatinhas assadas. Para a sócia do restaurante Casa Amora, Marcela Machado, que também é nutricionista, o ideal é mostrar aos filhos que sempre há opções saborosas e práticas, sem necessidade de usar produtos pré-prontos. Ela apresenta os nuggets artesanais, empanados com aveia em flocos e gergelim. “É uma receita que tem menos gordura e fica muito saborosa”, diz. Um espaço que sempre conta com a presença dos pequenos é o Kei Culinária Japonesa. Por isso, os donos da casa montaram um combinado infantil que estará disponível nos dias 11 e 12 outubro, em comemoração ao mês das crianças. Focado em uma alimentação saudável, o Mercat Restaurante, inaugurado recentemente no Belvedere, também tem agradado aos pequenos, inclusive com opções para o lanche, como o bolo de cenoura integral, os wraps (sanduíches enrolados) e até um picolé orgânico, com 80% da fruta na composição. “Estamos sempre atentos aos anseios das mães e acredito que, hoje, está mais fácil incluir a alimentação saudável na comida das crianças”, diz o sócio Túlio Porto. OUTUBRO DE 2014

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PERFIL | GASTRONOMIA um estágio com essas senhoras”, contou Lucinha em entrevista há dois anos. Com apenas 14 anos, ela vislumbrou um mundo novo, repleto de aromas, texturas e cores: passou a adolescência descobrindo ingredientes e misturas. “A vovó Luciana era a mais sábia de todas, porque a bisavó dela foi escrava. Tinha uma quitandeira também que fazia um folheado maravilhoso, direto de Portugal. Essas coisas ficavam na minha cabeça e eu comecei a escrever”, explica. Aos 20 e poucos anos, já casada e professora de uma escola rural, surgiu um inesperado momento de transmitir a sabedoria das raízes. “As crianças vinham de longe e escondiam alguma coisa no mato. Fiquei receosa, mas tinha de saber o que era e, quando olhei, vi que era nossa cultura culinária: um frango com quiabo, angu sem sal, todas coisas primitivas, rurais, e eles tinham vergonha. Aí, um dia, fiz uma mesa com todos os produtos que eles escondiam e convidei os pais. Comecei a falar tudo que eles precisavam preservar e fiquei entusiasmada”, diz, revelando sua face educadora. Quando voltou para a cidade, tornou-se quitandeira, cuidando de bufês de doces e pratos mineiros para festas. A promoção da culinária local se acentuou ao virar primeira-dama do Serro e vereadora – o marido e primo de primeiro grau, José Marcílio, sempre a apoiou. Ao se tornar responsável por receber políticos que visitavam a região, ela passou a mostrar pratos com tropeiro e tutu, acompanhados de cachaça. “O povo da minha família falava que era tudo caipira, mas eu não tinha coragem de fazer de outra forma depois de ter me apegado, de ter aberto tantos baús”, explica Dona Lucinha. “Foi então que comecei essa peleja de passar tudo para frente.” O primeiro convite para disseminar ainda mais a cultura das panelas surgiu do dono de um hotel, encantado com os preparos. Assim, ela foi parar em Contagem para cozinhar em um festival no Hilton Brasilton, na década de 1940. Pela mesma rede, visitou outras cidades do Brasil e chegou aos Estados Unidos. Para a Europa foi um pulo: até Carlos Petrini, o italiano que fundou o 140 |Encontro

Fotos: Reprodução Alexandre Rezende

O casal celebra os 80 anos de Lucinha ao lado dos filhos: Márcia, Elza, Marta Lúcia, Ana Cristina, Ana Maria, Heloísa, Leandro, Leonardo, Antônio, José Marcílio Filho e Alcebíades Augusto

Com o marido, José Marcílio, com quem está casada há quase 60 anos Foto divulgação Salgueiro

A vice-campeã do carnaval carioca de 2014, Salgueiro, seguirá as trilhas da culinária mineira em 2015: inspiração veio do livro escrito por Lucinha

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ESPECIAL KIDS | GASTRONOMIA Fotos: Paulo Márcio

Por Marcela Machado, sócia do Restaurante Casa Amora

Nuggets de Frango com Maionese de Abacate INGREDIENTES FILÉ DE FRANGO 200 g de peito de frango 2 colheres (sopa) de aveia em flocos (20 g) 2 colheres (sopa) cheias (30 g) de gergelim branco Clara de um ovo Sal e pimenta-do-reino a gosto Manteiga suficiente para untar um tabuleiro MAIONESE 1/2 abacate Suco de meio limão 1 dente (5 g) de alho 200 mL de creme de leite light Sal e pimenta-do-reino a gosto MODO DE FAZER FILÉ DE FRANGO Preaqueça o forno a 200˚C. Tempere o filé de frango com sal e pimentado-reino e corte em pedaços médios (semelhantes a nuggets). Em uma vasilha, junte a aveia e o gergelim e misture. Em uma segunda vasilha, coloque a clara de ovo. Passe os filés de frango na clara de ovo e em seguida na vasilha contendo aveia e gergelim. Coloque os filés em um tabuleiro previamente untado com pouca manteiga e leve-os para assar até que fiquem levemente dourados. MAIONESE Amasse o abacate com o auxílio de um garfo. Acrescente o alho picadinho, o limão espremido e o creme de leite light. Misture tudo com um fouet (batedor de claras) e tempere a gosto. Resfrie na geladeira antes de servir.

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ESPECIAL KIDS | GASTRONOMIA Fotos: Alexandre Rezende

Combinado Infantil (2 mini-sushis de salmão, 1 mini-sushi de atum, 1 mini-sushi de kani, 4 minifiladélfias e 2 mini-gunkan maki)

SHARI/ARROZ JAPONÊS INGREDIENTES 5 kg de arroz japonês (grão longo) 1,5 L de vinagre 800 g de açúcar 1 colher (sopa) de sal 2 colheres (sopa) rasa de Ajinomoto 1 folha de alga desidratada Kombu MODO DE FAZER Leve ao fogo todos os ingredientes, menos o arroz, mexendo até dissolver o açúcar sem deixar ferver. Reserve. Cozinhe na panela elétrica o arroz, por 15 minutos. Retire e adicione a mistura. Mexa de cinco em cinco minutos até esfriar. Deixe descansar por 20 minutos no hanqueri (recipiente próprio para resfriar o arroz) SUSHI SALMÃO INGREDIENTES 12 g de shari 12 g de filé de salmão MODO DE FAZER Fracione em duas porções. Monte deixando o arroz embaixo.

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SUSHI DE ATUM INGREDIENTES 6 g de shari 6 g de filé de atum

Por Luíza Lamounier, do Kei Cozinha Japonesa

MODO DE FAZER Monte deixando o arroz embaixo. SUSHI KANI INGREDIENTES 6 g de shari 1/4 de palito de kani MODO DE FAZER Monte deixando o arroz embaixo FILADÉLFIA (5 unidades) 1/2 folha de alga marinha desidratada 35 g de shari 5 g de cream cheese 35 g de filé de salmão MODO DE FAZER Em uma esteira de bambu, coloque a alga, o shari, o cream cheese e o filé

de salmão no centro. Enrole. Retire a esteira e fatie em rolinhos. GUNKAN MAKI MOLHO TERIAKI INGREDIENTES 1kg de açúcar 1 L de shoyu 1 L de saquê mirim MODO DE FAZER Ferva de três a quatro horas em fogo baixo até atingir uma consistência cremosa GUNKAN MAKI 6 g de shari 7 g de filé de salmão 5 g de tartar de salmão (salmão cozido batidinho com creme cheese) MONTAGEM Cortar o salmão em tiras, envolver a bolinha de arroz em forma de roll, cobrir com tartar de salmão, maçaricar e finalizar com molho teriaki.

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Mais do que um lugar para o seu filho se divertir, um lugar para você se divertir também.

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ESPECIAL KIDS | GASTRONOMIA Fotos: Alexandre Rezende

American Pancake Salad INGREDIENTES 500 g de peito de frango desfiado 250 g de farinha de trigo 500 mL de leite 3 ovos

50 mL de água tônica 300 mL de molho barbecue 200 g de tomates picados 100 g de alface americana picada 150 g de cream cheese light

MODO DE FAZER PANQUECAS Em um bowl, junte a farinha de trigo, o leite, os ovos, a água tônica e misture tudo com um fouet (batedor de claras) até ficar homogêneo, adicionando sal a gosto. Em uma frigideira, de preferência antiaderente, previamente untada com uma fina camada de óleo, em fogo médio, adicione uma concha do preparado, tomando o cuidado de girar a frigideira para que a espessura fique homogênea. Vire o disco depois de aproximadamente um minuto e deixar por mais aproximadamente um minuto. Repita até acabar o preparado. O número de panquecas será determinado de acordo com o tamanho da frigideira. RECHEIO Adicione o frango desfiado e o molho barbecue em um bowl e misture até ficar homogêneo. Adicione o milho e o cream cheese em outro bowl, e misture novamente.

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Por chef Tércio Maia, do Jack’s Big Burger 200 g de milho verde 250 g de maionese light 1 pacote de 24 g de gelatina em pó incolor sem sabor

COBERTURA Em um vasilhame que possa ir ao micro-ondas, adicione a gelatina e cinco colheres (sopa) de água. Deixe descansar por um minuto. Leve esta mistura ao micro-ondas por 15 segundos. Adicione a gelatina à maionese e misture com um fouet até que fique homogêneo. MONTAGEM Em um prato grande, adicione um disco de panqueca e recheie com o frango ao barbecue e tomates em quantidades condizentes com o tamanho do disco. Adicione outro disco de panqueca acima do primeiro, e recheie com o milho e o cream cheese. Repita as duas primeiras operações mais duas vezes. Quando a torre estiver com quatro andares, adicione o último disco e, em seguida, passe a maionese com gelatina no topo e ao redor da torre com uma espátula. Leve à geladeira por aproximadamente 15 minutos.

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PERFIL | GASTRONOMIA movimento Slow Food (de defesa do consumo de produtos artesanais feitos com respeito ao meio ambiente), levou-a para um festival em Turim. Atualmente, a filha Elza segue o caminho da mãe e está com viagem marcada para Finlândia e Rússia, onde dará aulas e apresentará o ora-pro-nóbis. “Os convites são por causa do nome Dona Lucinha, que impõe respeito, representa luta e preservação da cultura histórica mineira”, diz Elza, que é rotineiramente confundida com a mãe em São Paulo. “Como tenho um programa de TV, as pessoas me reconhecem na rua, mas me chamam de Lucinha”, diz. “Isso me enche de orgulho.” Um dos principais chefs mineiros da atualidade (eleito cinco vezes consecutivas o melhor da capital por Encontro Gastrô – O Melhor da Cidade), Ivo Faria também reforça a importância do caminho traçado pela cozinheira e pesquisadora gastronômica. “Dona Lucinha enxerga a cozinha com um amor muito grande e sempre emociona com sua mineiridade. Ela é uma dessas pessoas que puxou a fila dos eventos fora do estado, da divulgação da cozinha mineira, e leva tudo com seriedade, empenho e vibração”, diz Ivo Faria. Foi também por causa das viagens que Dona Lucinha resolveu abrir o restaurante na capital mineira, já que sentiu a necessidade de se firmar em um porto seguro. Os estabelecimentos com decoração temática e sabores autênticos – pioneirismo dela – atraem artistas como Plácido Domingues, que fez questão de elogiá-la pessoalmente. Já o político português Mário Soares comentou sobre a ambrosia: nem na terrinha ele tinha provado a sobremesa feita de maneira tão autêntica. Agora, a cozinheira está na expectativa de ver seus achados gastronômicos desfilarem na Sapucaí, no Rio de Janeiro. Dona Lucinha será homenageada no carnaval 2015 pela escola de samba Acadêmicos do Salgueiro, vice-campeã dos desfiles em 2014. Ainda em outubro, a escola anunciará seu próximo samba-enredo, inspirado nas tradições da culinária mineira. A ideia veio do livro escrito por Dona Lucinha, lançado em 2001, e que chegou à diretoria do Salgueiro (que seleciona o tema após 142 |Encontro

Fotos: Reprodução Alexandre Rezende

Com os filhos pequenos, antes de se mudar para BH

Na época do magistério, curso que fez por pressão dos pais

Lucinha celebra o matrimônio com o primo e marido, José Marcílio: parceiros de toda a vida

avaliar diferentes opções) pelas mãos do deputado estadual Fred Costa. “Apresentei a sugestão como forma de reconhecer e valorizar uma tradição de Minas. Frequento o restaurante e sei que Dona Lucinha tem uma trajetória brilhante, coroada de êxito, e que se mistura com a própria história da culinária mineira”, diz o político. O livro História da Arte da Cozinha Mineira foi organizado pela filha Márcia, historiadora por formação, com base nos muitos “rabiscos” de Dona Lucinha. Além de receitas, a matriarca da família sempre teve o hábito

de escrever suas percepções sociais e culturais da cozinha, cunhando inclusive a divisão de comida da fazenda e de tropeiro. “O livro é muito benfeito, pesquisado, gostoso de ler e sentir. O bacana é que a comida mineira é criada por todas as etnias e tem esse tempero popular. É simples e benfeita”, diz o carnavalesco Renato Lage, responsável por elaborar o enredo da escola de samba. “Essa inspiração do Salgueiro é um modo de coroar tanta dedicação, toda uma vida enfrentando adversidades”, diz a filha Márcia. A culinária mineira agradece! z

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ESPECIAL KIDS | GASTRONOMIA

Wrap Integral Caprese Fotos: Eugênio Gurgel

INGREDIENTES WRAP 1 pão folha integral 50 g de tomate-seco 6 folhas de rúculas 80 g de muçarela de búfala 2 colheres de molho pesto Molho pesto 50 g de nozes 300 mL azeite 50 g de parmesão 100 g de folhas de manjericão

MODO DE FAZER Molho pesto Bata tudo no liquidificador. Reserve.

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Por Túlio Porto e Rafael Marchetti, sócios do Mercat Restaurante

MONTAGEM Enrole no pão folha a muçarela de búfala e o tomate seco já fatiados. Depois, inclua a rúcula (só as folhas) e o molho pesto a gosto. Enrole e sirva. z

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Fachada do Let’s Go na Pampulha: em menos de dez anos, duas casas e 4 mil festas organizadas

ONDE A GAROTADA SE DIVERTE

Let’s Go consolida-se como referência em festas infantis na capital mineira

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udo começou há cerca de dez anos. Insatisfeitas por não encontrarem o lugar ideal para comemorar o aniversário de Duda, a caçula da família, as irmãs Flávia, Thaís e Lívia Galliac decidiram guiar suas carreiras profissionais para o ramo da organização de festas, principalmente infantis. Após uma série de planejamentos e cursos em São Paulo, nasceu a Let’s Go Festas. O que as irmãs Galliac não sabiam é que seu trabalho revolucionaria o mercado de eventos em Belo Horizonte. Três anos após a abertura da primeira unidade da empresa, no bairro Castelo, a Let’s Go dobrou de tamanho, com nova casa sendo inaugurada na orla da Lagoa da Pampulha, um dos cartões-postais da cidade. O ritmo de trabalho incessante não permite acomodação. Perto de completar oito anos de vida, a Let’s Go deverá fechar 2014 com cerca de 4 mil fes-

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Informe Publicitário Fotos: Divulgação

Brinquedos novos e seguros para crianças de todas as idades: equipe treinada para a festa ser perfeita

tas organizadas em sua história. Organização, disciplina e arrojo explicam o sucesso da empresa. Cada irmã é responsável por um segmento específico. Flávia, especialista em Pedagogia Empresarial, cuida do departamento administrativo. Lívia, psicóloga, gerencia os recursos humanos. Thais, formada em Design de Interiores, lida com a decoração. Juntas, elas definem estratégias, traçam cuidadosamente cada passo a ser dado e fiscalizam cada festa contratada nos mínimos detalhes, para que tudo saia a contento não apenas para os clientes, mas para elas também. As atrações das unidades da Let’s Go encantam a garotada. A unidade do Castelo é uma casa charmosa e aconchegante, com diversas atrações, ideal para eventos até 150 convidados, e conta com paredão e rede de escalada. Na Pampulha, que recebe até 400 convidados, com a deslumbran-

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Nas duas casas há espaços com atrações como videogames e autoramas: diversão garantida

te vista para lagoa, a novidade é o cinema 6D. Além de exibir filmes em três dimensões, a sala conta com cadeiras que se mexem, tecnologia que simula odores (como o de chocolate) e ações climáticas (como a chuva). “É um dos nossos principais atrativos; a criançada adora”, garante Flávia. “E os adultos também”, diz a empresária. Idade, aliás, não é requisito para contratar as festas da Let’s Go. “Os brinquedos são utilizados em inúmeros eventos, de batizados a aniversários de adultos. Somente em casamentos e bailes de debutantes, mais formais, é que os clientes não pedem”, diz Flávia. Se os adultos contam com outras diversões, como videogames e autoramas, os mais novinhos têm à disposição a área baby, com brinquedos mais lúdicos e apropriados às idades tenras. O piso interativo e a projeção do nome do aniversariante da festa na fachada garantem ares high tech aos eventos. Na Let’s Go, o cliente contrata a festa fechada, de acordo com seu gosto e predileções. O cardápio é variado e a empresa tem centenas de temas disponíveis. “São tantas as opções de decoração que não dá para precisar a quantidade. Temos parcerias com as melhores casas de cenários da capital. Se o tema desejado existir em Belo Horizonte, nós providenciamos”, garante Flávia. A segurança é um fator primordial nos eventos das irmãs Galliac. Além de ser uma das poucas empresas do ramo em Minas Gerais a possuir dois geradores de energia, os brinquedos da Let’s Go passam por manutenção mensal, feita por uma empresa de engenharia. A equipe, selecionada e treinada por Lívia, tem monitores,

seguranças, recepcionistas, coordenadores, funcionários de limpeza e o time da cozinha. Sem contar a fiscalização rígida exercida pelas sócias: quando não estão presentes nas festas elas acompanham tudo por meio de um circuito interno de câmeras que permite a verificação a partir de seus próprios smartphones. O zelo com os pequenos detalhes explica o sucesso da Let’s Go. Nos dois salões, os banheiros são voltados para as crianças, com pias e sanitários próprios para elas. Além disso, papais e mamães têm à disposição um fraldário completo, inclusive com alimentação ideal para bebês. Tamanho profissionalismo só poderia ser recompensado de uma forma: sucesso. Ainda sem completar dez anos, a Let’s Go já é sinônimo de excelência, qualidade e bom gosto na hora de contratar uma festa infantil. Acertados os detalhes, os clientes não precisam se preocupar com mais nada, apenas com a diversão. Compromisso das laboriosas e incansáveis irmãs Galliac.

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CAPA | MÚSICA tempo passou e, além do canto, descobrimos um pouco de cada instrumento. Hoje, pegamos várias músicas na bateria, piano e guitarra sem dificuldade”, conta Vitor. A ex-dupla sertaneja Diogo e Danilo foi a primeira a apoiar a carreira de Lucas e Vitor e reconhecer a capacidade musical deles. Além de levá-los para participar dos shows, Diogo e Danilo convidaram os irmãos para ir a Barretos cantar na Festa de Peão, em 2010. Com tantas vivências musicais, a gravação de um CD demo era importante. Foi aí que o lazer ficou sério. O demo, que levava duas faixas inéditas compostas por Lucas, abriu as portas para outros convites – o mais importante veio da produção do SBT – e permitiu a participação da dupla no quadro “Jovens Talentos Kids”, do programa Raul Gil. “Essa experiência foi incrível. Foram cinco meses aprendendo mais do universo musical até chegar à final. Além de dar muita visibilidade ao nosso trabalho e um amplo material de divulgação, o programa realizou o nosso sonho de cantar com Victor e Leo”, explica Lucas. Quem também acredita nos jovens irmãos é a dupla do Camaro Amarelo, Munhoz e Mariano. Para eles, não há hora certa para começar a investir na carreira. Se o talento já existe, é só aperfeiçoá-lo. “Lucas e Vitor têm qualidade vocal e uma marcante presença de palco com pouco tempo de estrada. Aulas de canto, música e teatro só vão colaborar para que isso aflore e impulsione a carreira deles”, diz Mariano. Por isso mesmo, os irmãos fazem aulas de canto semanalmente e aproveitam para ensaiar as novas composições do próximo CD, que será gravado em breve. O dueto entre vozes irmãs é um diferencial valorizado pelo mercado sertanejo. Gamaliel de Souza, produtor que assina trabalhos com Chitãozinho e Xororó e Zezé di Camargo e Luciano, explica que os timbres não destoam um do outro. “Quando as vozes são irmãs, o casamento entre elas é perfeito e ambas se completam”, diz. É nisso que os irmãos Thallys e Gabriel, de 13 e 14 anos, respectivamente, apostam. O profissionalismo musical acompanha a carreira dos garotos, que começou quando eles tinham 6 e 7 anos de idade. Gabriel, responsável pela execução da viola e 158 |Encontro

3 anos 1 , o d a r P l e Sofia Tomé D

JC Martins

Del Prado tico: Sofia Nome artís pop influência anejo com Estilo: Sert ntou: se aprese sthiano, Com que já liano, Frederico e Cri Ju e e u o q n Henri e Fabia rte, Victor Karen Dua ABE: E QUEM S OPINIÃO D

“Ela tem vo z marcante, pos de artista e tura é muito se gura”

Keyla, da d upla Bruna e Keyla

Paulo Márcio

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CAPA | MÚSICA primeira voz durante os shows, explica que tudo começou com a influência de primos que também cantavam sertanejo. “Minha mãe conta que me levava aos shows que eles faziam quando eu tinha 2 anos. Quando percebi, já estava insistindo para o meu pai me colocar na aula de violão e para o meu irmão cantar comigo”, conta. Pouco tempo depois, Thallys já sabia tocar guitarra e queria o mesmo que o irmão. “Fizemos aulas de canto e fomos procurando o nosso lugar no palco. Queríamos ser como os nossos primos”, diz Thallys. Depois de algumas apresentações nos bares mineiros – sempre acompanhados dos pais –, o telefone tocou incessantemente. Do outro lado da linha, produtores de casas noturnas e empresários de rodeios que ofereciam convites para shows em São Paulo, Bahia, Rio de Janeiro e no interior de Minas Gerais. Assustada com a popularidade repentina dos fi lhos, Lena Rodrigues, mãe dos garotos, abandonou o trabalho para gerenciar a carreira deles. A importância que os pais têm durante esse período é primordial, segundo a psicóloga Paula Salim. Ela explica que os filhos não devem tomar decisões sem a devida maturidade para isso. “É preciso cautela para não enxergar essa criança ou adolescente como adulto, pois, apesar de já trabalharem, eles ainda precisam de orientações, regras e limites”, explica. Por isso mesmo, Lena sempre conversa com os filhos sobre a profissão e deixa que os ensaios fiquem por conta deles. “O que mais cobro são as notas escolares, já que a obrigação que eles têm agora é de estudar. A música ainda não pode tomar o primeiro lugar na vida deles”, diz Lena. Com CD gravado e agenda lotada nos fi ns de semana, os pequenos já dividiram palco com o fenômeno do sertanejo universitário João Lucas e Diogo. Os meninos de Panrampampam e Água na Boca, trilha sonora de novela da Rede Globo, reconhecem em Thallys e Gabriel um timbre que é escasso no Brasil. “As vozes são muito diferenciadas. Ainda crianças, eles têm um timbre grave muito bonito, que não se vê com frequência. Entram no palco com tudo e se comunicam muito bem com o público. É questão de tempo para que busquem algo maior para 160 |Encontro

Samuel Gê

Thallys Alves, 13 anos,

e

s, 14 anos e v l A l e i r b a G l s e Gabrie tico: Thally Nome artís ântico anejo rom Estilo: Sert ntou: se aprese Com que já Diogo, João Neto e se uciano João Luca margo e L Zezé di Ca , co ri e d re F

OPINIÃO a carreira”, diz João Lucas. A participação no programa Raul Gil, em 2012, aproximou os garotos da cantora e, hoje, grande companheira de estrada Jéssica Lima. Com vasta bagagem musical e o quarto lugar no quadro “Jovens Talentos” em 2011, ela deu dicas aos pequenos sobre o programa e daí em diante a amizade e parceria em shows foi firmada. Hoje, aos 17 anos, a cantora – dona de uma voz versátil, que alcança notas gravíssimas

SABE: DE QUEM

“Ainda cria nça têm um tim , eles br muito bonit e grave o, que não se vê com frequência ”

Divulgação

João Lucas e Diogo

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CAPA | MÚSICA

es, 17 anos m o G a m i L a Jéssic

Amós Rodr

igues/Divu

a Lima tico: Jéssic Nome artís e arrocha anejo pop rt e S : lo ti Es ntou: se aprese Camargo Com que já arcelinho de Lima e M , x Alan e Ale E QUEM OPINIÃO D

SABE:

“Jéssica te m potência v ocal e se apres ent como profis a sional” Beethoven Júnior, músico e b aixista da banda de G usttavo Lim a

H SILVA/Divulgação

lgação

– dá vida a modas de viola da década de 1980 e embala sucessos do sertanejo universitário em seu novo CD, que carrega seu nome. Jéssica conta que tudo começou com as princesas da Disney e o rádio do carro do pai. “Eu assistia aos desenhos e ficava admirada com as princesas cantando. Queria ser como elas, mas planejava cantar o sertanejo que o meu pai tanto ouvia no carro”, conta. Depois de aulas de violão e canto, Jéssica e o pai, companheiro e amigo incondicional, foram em busca do sonho dela. “Aos 9 anos, ele me levava aos bares da capital e pedia aos cantores da noite para eu dar uma palhinha. Fiz muitos amigos e comecei a carreira assim”, diz. Desse modo, a adolescente de muitos sorrisos e bom humor foi gostando dos palcos e fez turnê durante um ano, quando passou por muitas cidades do interior. “Muita gente me conhece dessa época”, diz. A carreira profissional e a agenda cheia na adolescência não lhe renderam só trabalho, mas também boas histórias. Jéssica conta os entraves que já vivenciou por ser menor de idade e cantar em boates. “Já tive de sair da casa às pressas quando a produção descobriu que eu era menor de idade. Só quando o dono da boate explicou que eu estava com meus pais e tinha a autorização do Juizado é que pude voltar para cantar”, conta. Entre um show e outro, a mineira interpretou canções ao lado da ex-dupla Marcelinho de Lima e Camargo e Alan e Alex, mas quem não deixa de falar do seu trabalho é o músico e baixista Beethoven Júnior. Com 24 anos de experiência no mercado sertanejo, ele se surpreende com a voz da cantora. “Jéssica se apresenta como cantora profissional. O olhar, que penetra o público, e a potência vocal provam que ela vai longe”, diz. Perto de fazer 18 anos, ela planeja ingressar na Escola de Música da UFMG. “Quero estudar e deixar que a música me acompanhe por toda a vida. Se o sucesso vier ou não, vou continuar cantando”, pontua, com ar de tranquilidade. O público mineiro torce para que ele venha, e que venha depressa. ❚ Colaboraram João Pombo Barile e Marina Santos

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NA SOCIEDADE | HELVÉCIO CARLOS hcarlos@editoraencontro.com.br

Quézia Demétrio/Divulgação

BODAS EM BÚZIOS Às vésperas de seu casamento com Eduardo Vasconcelos , Luiza Guimarães Paes não esconde a emoção e o entusiasmo com os preparativos para a cerimônia e recepção limitada à família dos noivos e amigos muito próximos, em Búzios. Ela, contudo, faz uma observação. Como seu casamento é próximo ao da irmã, Júlia, que se casa em dezembro, na Argentina, não sobra tempo nem para uma dar uma mãozinha à outra. “São muitos detalhes e a logística dos dois casamentos é trabalhosa”, diz. Luiza terá a irmã como madrinha e vice-versa. A escolha por Búzios foi casual. “Não temos grandes histórias por lá. Mas um dia, visitando a cidade, descobri o hotel Insólito, na Praia da Ferradura, e me apaixonei pelo local”, conta Luiza.

RECONHECIMENTO NACIONAL

Renato Cobucci/Imprensa MG

Luiz Gonzaga de Magalhães Pereira (dir.), presidente do Grupo Tracbel, que posou ao lado governador Alberto Pinto Coelho, foi um dos homenageados com a medalha JK. Em Diamantina, o empresário não escondeu a emoção ao receber a condecoração. “Fico orgulhoso em saber que contribuí para a melhoria de vida de milhares de pessoas. Agradeço o reconhecimento de todos os envolvidos na minha indicação”, disse. A comenda foi instituída há 19 anos para reconhecer o trabalho de quem presta serviços ao Brasil e a Minas Gerais.

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Arquivo pessoal

BOLO PARA POUCOS Foram poucos os brasileiros na relação de convidados da festa Replay, um dos eventos da Semana de Moda de Milão, que agitou o mundo fashion na segunda quinzena de setembro. Entre eles, Alessandra Ambrósio, Matheus Mazzafera, Valentina Moccheti e Neymar. Matheus Mazzafera, que é de BH, mas há tempos vive em São Paulo, tinha motivo de sobra para comemorar. Um dia antes, ele festejou seus 33 anos com um jantar super-restrito. E tratando-se de Matheus, bem relacionado no circuito da moda e queridinho entre as modeletes, não foi nada fácil, mesmo na Itália, fazer uma lista para poucos e bons. De volta ao Brasil, promoveu outro jantar em restaurante no bairro dos Jardins, na capital paulista. Arquivo pessoal

A VIRADA É POR AQUI Faltam pouco mais de 60 dias para a virada do ano, mas a rapaziada já está com as passagens em mãos, o que não é nenhuma novidade. A surpresa fi ca em torno dos destinos escolhidos, os principais deles em terras brasileiras. Entre os mais badalados nesta temporada estão São Miguel dos Milagres, no litoral de Alagoas; Trancoso, no Sul da Bahia; e o arquipélago de Fernando de Noronha. As viagens internacionais não caíram em desuso. É que muita gente prefere seguir para Miami, Nova York, Aspen e Paris depois da virada de ano.

COISAS DE CRIANÇA

SURPRESA À MESA Um encontro por acaso com a cantora Bebel Gilberto deixou Maria Eduarda Geo na maior alegria. A menina tem amor pelo canto e adora bossa-nova, ritmo do qual o pai de Bebel, João Gilberto, é um dos grandes ídolos. Maria Eduarda não acreditou quando foi levada até a mesa de Bebel no restaurante Trindade, onde ambas jantavam. Atenciosa, a cantora fez questão de ouvir gravação da garota registrada no celular. “Que coisa linda”, elogiou ela, que posou para fotos e ainda deu autógrafo para a menina. Naquela mesma noite, Bebel fez uma bela apresentação do seu show Tudo, no Cine Theatro Brasil, encerrando em Belo Horizonte a turnê que passou por Rio de Janeiro e São Paulo. Maria Eduarda já tem o seu primeiro disco gravado com um repertório que reúne pérolas da bossa-nova e da MPB. Disciplinada, a menina de 10 anos faz aulas de canto, guitarra e violão.

Ivo Pitanguy marcou para meados de outubro, no Rio de Janeiro, o lançamento de seu livro de memórias - Viver Vale a Pena. O mineiro, reconhecido internacionalmente como referência em cirurgia plástica, ainda não decidiu quando virá a BH para noite de autógrafos da sua obra literária. A capital mineira é lembrada com carinho e bom humor na vida de Pitanguy. Como no dia que, apaixonado por animais, pregou um susto na família em sua casa em BH. “Minha mãe me ensinou que todos os insetos e animais, grandes ou pequenos, são necessários ao equilíbrio da natureza. Tomando a lição ao pé da letra, certo dia, cheguei em casa com a mão cheia de uns bichos diferentes que havia encontrado no porão. Mamãe estava lendo na sala e, quando lhe mostrei meus achados, empalideceu”, contou Pitanguy. “São lindos, meu fi lho. Agora, com cuidado, continue com a mão aberta e simplesmente deixe-os cair no chão. Se eu tivesse fechado a mão, não estaria vivo contando essa história, pela força do veneno dos escorpiões. A calma de minha mãe impediu que me mordessem. Logo depois que soltei os bichos, ela caiu desmaiada.

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SOCIEDADE

Novo endereço Com coquetel e abertura da exposição Reinvenção, Adriana Vasconcelos e sua sócia, Natalia Vasconcelos, reabriram a loja Abatjour de Arte. A nova sede, no Sion, funciona em imóvel dos anos 1950 projetado pelo arquiteto Sylvio de Vasconcellos. A exposição mostra luminárias customizadas por Andrea Gomes, Camila Faria, Cristiano Sá Motta, Daniela Ka ram, Fernanda Santiago, Fernando Pacheco, Fernando Vignoli, Graça Ottoni, Gustavo Penna, Isabela Vecci, Martielo Toledo, Miriam Quick Doll, Pedro Lázaro, Rodrigo Cezário e Victor Dzenk. A curadoria é de Marcelo Brasiliense. Fotos: Dudua’s Profeta.

Natália Vasconcelos e Adriana Vasconcelos

Patrícia Duque e Lilian Furna

Fernanda Oselieri, Ana Paula Lucchesi e Carolina Miranda

Lígia Jardim e Patrícia Hermany

Fernanda Tissot e Paloma Okano

Fabiana Couto, Paola Cortoletti e Natália Botelho

Isabela Faria, Laura Rabe e Camila Faria

Ana Paula Lucchesi, Graziela Nicolai, Fernanda Sperb Duarte e Anaine Pitchon

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Pedro Gazzinelli, Guilherme Morethson e Rodrigo Cezário

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SOCIEDADE

Bodas Foi na Casa Tua, no Jardim Canadá, o casamento de Joana Damázio e Daniel Villas-Boas Ribeiro Costa. A bênção ao casal foi feita em espaço montado por Denise Magalhães na área externa, enquanto, no interior da Casa, noivos, família e convidados festejaram, ao som da Sammy's Band e do DJ Rafael Moraes. A pista ficou animada até a madrugada. A noiva é filha de Rodrigo Otávio Maia Damázio e Claudia Damazio. O noivo, de Ismael Alves Costa e Alda. Fotos: Renata Caldeira.

Joana Damásio e Daniel Costa

Ismael Alves Costa e Alda Cristina Villas Boas

Claudia Damásio e Rodrigo Damásio

Paulo Veloso e Joana Veloso

Luciana Diniz e Pedro Diniz

Luciana Boaventura e Sheila Eros

Diego Teixeira e Kelly Sousa

Paula Oliveira, Alana Frossard, Daniela Pedrosa e Marina Alkmim

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Arthur Rocha, Fátima Romualdo, Camila Alves e Renato Alves

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Eliana Damásio, Marília Rocha, Barbara Damásio e Katia Rocha

Patrícia Hermanny, Catarina Hermanny e Rodrigo Gutierrez

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Juliana Cioletti, Rafael Damásio, Bernardo Trinchero e Barbara Damásio

André Campos e Isabela Campos

Fernanda Costa, Marcelo Damásio, Letícia Fantoni e Fernando Damásio

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SOCIEDADE

Mariana Mourão, Cláudia Mourão e Joana Mourão

De olho no verão

Claudia Mourão, a filha Joana Mourão e a designer de joias Marcela Bahia receberam convidadas no lançamento da coleção de verão da Equipage. Quem compareceu ganhou um mimo disputado: tags de bolsas personalizados com as iniciais de seu nome. Fotos: Alexandre Carvalho.

Henriete Zatar, Roberta Stehling, Marcella Bahia e Ana Márcia Bahia

Ângela Magarian, Claudia Bossi e Fernando Lana Valle

Marcella Bahia e Tiago Alves Pinto

Virna Mamede, Maria Laura Mello e Regina Coelli

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SOCIEDADE

Enlace Camila e Thiago, filhos, respectivamente, de José Sávio de Oliveira Fernandes e Valéria Maria Moysés Paolucci, e de Humberto Garcia Henriques e Môni ca Soutto Mayor Assumpção Henriques, casaram-se na Paróquia São José. A cerimônia foi oficializada pelo padre Dé cio Teixeira, tio do noivo. Os convidados foram recepcionados no Far East Emporium, que recebeu decoração de Rogério Paulino. Coquetel e jantar foram assinados pelo Buffet Célia Soutto Mayor, da família do noivo. A festa foi até as 5h ao som do DJ Válber. Fotos: Eugênio Gurgel.

Camila Moysés Fernandes e Thiago Assumpção Henriques

Bernardo Nicolau, Patricia Soutto Mayor Nicolau e Odilon Nicolau

Gabriel Miranda e Isabela Colen

Felipe Abras e Barbara Seda

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Fernanda Mansur e Luiz Rohrmann

Anna Cecília e Pedro Ivo

Flávio Guerra e Deborah Vargas

Mariana Filizzola e Thaís Riber

Patricia Soutto Mayor Nicolau, Célia Soutto Mayor e Mônica Soutto Mayor

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SOCIEDADE

Festa de arromba A oficialização da união de Roberta e Gregório será lembrada como o grande casamento do ano em Belo Horizonte. A cerimônia religiosa reuniu cerca de 300 convidados na igreja de São Francisco, na Pampulha, onde há anos não ocorriam celebrações do tipo. A recepção foi na casa dos pais da noiva, Mauro Raso Assumpção e Sandra Moysés Assumpção. Gregório é filho de Paulo Rossi e Leila Augusta Lovaglio Rossi. Fotos: Eugênio Gurgel. Roberta Assumpção e Gregório Rossi

Paulo Rossi e Leila Rossi

Mauro Raso Assumpção e Sandra Moysés Assumpção

Gabriella Paulinelli e Priscilla Quaresma

Raquel Bravo e Guilherme Morethzon

Maria Mendes Laborne e Paulo Laborne

Guilherme Torres e Marcela Ohana

Lilian Tunes e Mauro Tunes

Virgínia Jordan e Gustavo Jordan

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Barbara Figueiredo e Luisa Figueiredo

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NA MESA | ALINE GONÇALVES agoncalves@editoraencontro.com.br

HARMONIZADAS COM HISTÓRIA Para chegar aos nomes dos rótulos de suas cervejas artesanais, apresentadas no novo Uaimií Brew Pub, os empresários Normando Campos Siqueira e José Maurício Siqueira pesquisaram a fundo a história da região de Itabirito, onde é a produção. Foi assim que as bebidas, feitas em parceria com o mestre-cervejeiro Evandro Zanini, ganharam nomes diferentes: Ana de Sá, Chico Rei, Barão de Eschwege, Capitain Burton e Saint Hilaire – os três últimos naturalistas. “Na nossa fazenda, há uma ponte denominada Ana de Sá e, a partir daí, pesquisamos relatos de pessoas

que passaram pelo terreno”, diz Normando. Como já haviam decidido que criariam cinco rótulos, eles resolveram homenagear também a mulher que deu nome à ponte – e da qual não descobriram nada – e Chico Rei, o escravo que, após alforriado, conseguiu juntar dinheiro e liberar seus amigos da mina em que trabalhou. Vale dizer que cada estilo de cerveja foi pensado para combinar com a história. A Barão de Eschwege, por exemplo, é uma dortmunder, já que o homenageado era alemão especialista em mineralogia e tal estilo é popular entre mineradores da Alemanha. Samuel Gê

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Samuel Gê

SÓ TRÊS VEZES AO MÊS Com funcionamento restrito (somente três dias do mês), o Espaço Pimentão Recheado, na Pampulha, acaba de completar dois anos, para alegria do publicitário Felipe Müller, fundador, ao lado do chef Alessandro Rangel. Além deles, a mãe e o irmão de Felipe, chef Fátima Müller e Pedro Müller, participam da iniciativa. “Minha ideia sempre foi trabalhar com arte, até que resolvemos aliá-la à gastronomia. E funcionou”, conta. Por isso, as comidas típicas são sempre aliadas a alguma manifestação cultural: na noite Caliente, por exemplo, aparecem tacos mexicanos e salsa; a noite Italiana tem pizza, e a noite Volta ao Mundo passeia por diferentes países – o ingrediente que dá nome à casa volta e meia aparece nas receitas, como recheado com lasanha. Reservas são recomendadas, já que há apenas 14 mesas e muitos clientes assíduos.

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Alexandre Rezende

TRUFADOS E MINEIROS Delicadas e de aroma marcante, as trufas são ingredientes nobres e caros. Por isso, a produção de azeite e mel trufados em Tiradentes, no Campo das Vertentes, pela La Tartuferia, tem agradado aos chefs e promete conquistar, também, amadores. “Trazemos as trufas processadas da Itália e elaboramos nossos produtos de modo artesanal, com os insumos preferencialmente mineiros, como o mel de São João del-Rei”, conta o chef italiano Stefano Piletti, à frente da iniciativa há pouco mais de um ano. Em agosto, a produção chegou aos consumidores finais em pontos da cidade histórica. Em BH, a negociação com estabelecimentos para a venda está em andamento. Enquanto isso, Stefano já prepara, para este mês, nova viagem à Europa: é temporada de trufas brancas. Eugênio Gurgel

A HORA DO BOLO Quando abriu as portas da Easy Ice no Lourdes, a empresária Juliana Scucato ouviu sugestões para transformar o amplo quintal em um estacionamento, mas bateu o pé. “No máximo, caberiam seis carros e isso não resolve o problema da cidade”, diz. O local acabou por se tornar procurado por clientes interessados em realizar eventos, como piqueniques e aniversários. Em atenção a essa demanda, há, agora, uma linha sob encomenda que inclui minissanduíches, carrinho de picolé e pipoca, além do item que promete ser a grande atração, o Bolo da Alegria, com sete camadas de sorvete, como a de chocolate e a de leite ninho (R$ 68, o bolo de um quilo). Detalhe: ele não é feito para ser cortado, mas para que cada convidado use uma colher diretamente. A criação é da consultora Luana Drumond, famosa por sua coautoria no bolo de chocolate da Belo Comidaria. Luana também acaba de assinar a nova linha de sobremesas da sorveteria, com seis itens. “Ela leu o que eu queria fazer”, diz Juliana. Paulo Cunha/Outra Visão/Divulgação

AJUDA ON-LINE PARA ESCOLHER O VINHO Há quem prefira segurar a garrafa e ler o rótulo com cuidado, mas a praticidade de comprar vinhos pela internet é uma realidade. Buscando tornar esse momento mais aconchegante, o e-commerce da Casa do Vinho – Famiglia Martini (www.casadovinho.com.br) ganhou uma sommelière exclusiva: Gil Vesolli. “A pessoa vai para o chat e pergunta sem precisar preencher cadastro”, explica. Ao todo, ela tem realizado entre dez e 15 atendimentos por dia. “Em geral, são as mesmas dúvidas de cinco, dez anos atrás, sobre harmonização e degustação”, diz. Ao todo, 350 rótulos de vinhos estão disponíveis. Para as compras em BH, os produtos podem ser retirados nas duas lojas físicas, sem custos. Nas compras acima de R$ 250, o frete é gratuito para entrega na capital.

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DECORAÇÃO | COZINHAS

No coração da casa

MÍRIAN PINHEIRO

Cinco cozinhas com toques rústicos de fazenda revelam o estilo de vida contemporâneo bem mineiro 144 |Encontro

Uma forte tendência da decoração dos últimos anos tem sido a mistura entre o moderno e o clássico – e nos mais diferentes ambientes. Nesse sentido, nada impede que características da cozinha moderna e da tradicional dialoguem. Pelo contrário,

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Daniel Mansur/divulgação

Como no interior O projeto da arquiteta Denise Vilela foi pensado para aqueles que amam a boa comida e comem por prazer. Essas pessoas gostam de ter um espaço reservado para preparar as refeições e receber seus convidados, independente da cozinha principal da casa. Foi criado para um gourmand mineiro, com uma atmosfera que lembra as cozinhas das fazendas do interior, tão apreciadas e reconhecidas pela boa comida. Denise procurou dar ao espaço uma leitura contemporânea mas funcional, alinhando toda a parte de preparo em uma mesma bancada, que contém: forno de pizza, churrasqueira, fogão a lenha, cooktop, forno elétrico, adega, geladeira, freezer e bojo da pia, tudo revestido em cimento vermelho e amarelo. No centro, uma mesa grande com dez cadeiras é o local onde os amigos se reúnem para conversar e degustar as delícias preparadas na hora. Eduardo Gontijo/divulgação

o casamento do moderno com referências regionais vem resultando em ambientes muito interessantes, principalmente agora, com o advento do aumento das reuniões gastronômicas informais que, cada vez mais, mobilizam famílias e amigos dentro de casa. A confirmação desse protagonismo está principalmente nos

projetos decorativos, desenvolvidos por decoradores e arquitetos, com pegada de fazenda que reúnem personalidade, estilo, tradição e tecnologia com muita propriedade. Nesta edição, algumas opções decorativas que refletem bem esse novo conceito que vai ao encontro do desejo dos moradores da atualidade. OUTUBRO DE 2014

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SOCIEDADE

Alianças Marcela, filha de Vinício Kalid Antônio e Adriana Marcilio, e Marcelo, filho de Alfeu de Melo Ferreira e Maria Custódia Rodrigues de Melo, receberam as bênçãos de sua união em cerimônia na Serraria Souza Pinto, onde também foi realizada a recepção do casamento. A festa foi animada com a performance de Buchecha, Cosmo Klein e cantora Ester Campos. Fotos: Dudua’s Profeta.

Marcela Kalid e Marcelo de Melo

Thaina Pessoa e Thássia Rafaela

Ana Paula Machado e Daniel Megale

Talita Rodrigues e Deborah Faria

Marcos Faria e Anna Almeida

Renato Geo e Amanda Prado

Eduardo Sabbgh e Flávia Kallil

Paula Kalid e André Costa

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DECORAÇÃO | COZINHAS Jomar Bragança/divulgação

Inspirado na simplicidade A designer de interiores Lena Pinheiro confirma que o simples pode ser acolhedor. A cozinha gourmet de 48 m2 é um espaço inspirado na simplicidade, no conforto e na elegância do campo. Projetada para um lugarejo em região montanhosa e de clima frio, próximo a Belo Horizonte, o ambiente é ideal para um encontro de família nos fins de semana. O despojamento da decoração é enaltecido pelo uso de adornos e acessórios regionais, que também têm como característica a praticidade de elementos modernos. O espaço é todo revestido por madeira, empregada de várias formas e modelos, como a treliça no teto e nas duas paredes, réguas largas e ripas finas no piso, formando o deck. O mobiliário de design versátil valoriza o trabalho artesanal da fibra sintética com novas cores. Um dos destaques é o banco Pandu, peça ícone da Lider, a mesa Pier com madeira in natura e os estofados com tecido náutico, que garantem o conforto e a durabilidade.

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Divulgação

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Perto das montanhas

Gabriela Gontijo/divulgação

Neste projeto da arquiteta Maria Inés Bahia Figueiredo, as paredes que dividiam as cozinhas das salas e varandas foram postas abaixo, dando lugar a grandes e sofisticadas portas deslizantes, que permitem a integração desses ambientes. Outro ponto importante neste espaço gourmet é o fogão, instalado no centro da cozinha, ou seja, formando uma ilha, como se diz no jargão arquitetônico. A casa foi construída no condomínio Vale dos Cristais, em Nova Lima, para um casal com filhos já casados, que se reúnem em grandes encontros familiares, com até dez pessoas, quase sempre na cozinha. O ambiente virou um local privilegiado, com vista para as montanhas e ligação direta com a varanda e a sala principal. Os armários da cozinha são da Kitchens e a La Lampe assina a iluminação. Jomar Bragança/divulgação

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DECORAÇÃO | COZINHAS Fotos: Gustavo Xavier/divulgação

Rústica e moderna Projetada pelos arquitetos Cristina Morethson & Angelo Coelho para uma típica família mineira, a residência na Pampulha, em Belo Horizonte, oferece um espaço gourmet que remete a antigas fazendas mineiras. Na área de preparo e degustação, há uma “ilha” em granito preto, bancada em madeira de demolição, chopeira e coifa em aço inox, que contrapõe a modernidade com o estilo rústico do fogão a lenha. O charme fica por conta de uma geladeira antiga reformada e pintada de laranja. No piso, o ladrilho hidráulico com estampas coloridas forma tapetes e arremata o rodapé. Paredes das bancadas foram revestidas com tijolos apicoados e rodobanca alta em granito preto. No teto, esteira de palha recobre a cozinha e o home integrado. Painel em madeira de demolição para fixação da TV e sofás em junco e couro natural. No deck, teto em pergolado de dormentes, cobertos por vidro e cortinas em tela solar retrátil, protege a mesa de jantar com madeira de demolição, projetada para abrigar até 12 pessoas. Ao fundo, jardim vertical com bromélias.

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Henry Yu/divulgação

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Um toque lúdico

Gustavo Xavier/divulgação

Feita pela designer de interiores Fabiana Visacro para uma tradicional família mineira, esta cozinha, localizada em uma residência em Macacos, distrito de Nova Lima, possui elementos característicos da nossa cultura regional como o fogão a lenha, o forno de pizza e a churrasqueira, todos de cimento queimado e com muita cor. O azulejo hidráulico entrou para arrematar o acabamento e está presente no centro da bancada, fazendo as vezes de rodobanca. A cobertura foi feita com toras de eucalipto e policarbonato bronze, perfeito para proteger da chuva e do sol e filtrar a luz. Ao fundo, a parede foi revestida de tijolo maciço com junta seca, proporcionando um ar mais rústico ao ambiente. Já a parede frontal foi pintada com tinta verde escolar para ser usada como quadro-negro, dando um toque lúdico ao espaço. Henrique Queiroga/divulgação

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CAPA | MÚSICA Paulo Márcio

A nova geração

sertaneja

ucena, m o p e N a n ta 15 anos Isabela San

Divulgação

antana tico: Isa S Nome artís anejo pop eus, Estilo: Sert rge e Math sentou: Jo arreiro re C p o a ã e Jo s , Com que já rederico, Michel Teló eF João Neto tavo Fred e Gus z, ta a p a C e ABE: E QUEM S OPINIÃO D

“A cada apresentaç ão, Isa mostra sua simpatia e talento” Jorge e Mateu s

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Eles trocaram brinquedos por violões e as brincadeiras infantis pelo palco. Quem são os adolescentes mineiros que despontam como novos talentos do gênero e têm tudo para estourar no futuro

nelas r o D o h l a v r Vinícius Cerara, 17 anos T s Terra tico: Viniciu Nome artís de raiz , arrocha e anejo pop rt e S : lo ti s E ntou: se aprese liano Com que já Geno, Henrique e Ju rraoficial/ e te o s in iu G Daniel, om/vinic alcomp3.c /p :/ p tt h : e Sit

Divulgação

E QUEM OPINIÃO D

SABE:

AMANDA ALEIXO E MARINA DIAS

Era fim de tarde quando a cantora Sofia Del Prado despontou no corredor que separa os bastidores do público do Expominas, onde foi realizada a Fifa Fan Fest. Com passos firmes e apressados em direção ao camarim, ela logo se sentou na cadeira do maquiador e esperou para que o tempo passasse rápido. Os pés, inquietos, não paravam de bater um minuto, até que ela desabafou: “Estou supernervosa. Tem muita gente hoje”. O nervosismo é natural. Não é todo dia que uma garota de 13 anos canta para 20 mil pessoas e encerra o show da badalada Paula Fernandes. Enquanto Sofia dá a última olhada no espelho, já noite, o staff chega para chamá-la. É hora do show. Nascida em Nova York (EUA), mas criada em Belo Horizonte, Sofia impressiona pela versatilidade. Ela já cursou balé clássico, teatro, canto e acaba de lançar o primeiro EP, intitulado Em Sua Direção, com quatro faixas inéditas. Quem não a conhece se espanta ao descobrir que por trás da voz e do estilo adulto das composições está uma adolescente. O contato com a música começou aos 7 anos, na fazenda do avô, em Piumhi (MG), onde ela cantava de tudo. “Passava por todos os ritmos: da música norte-americana até o sertanejo de raiz”, conta Sofia. Para se firmar no concorrido universo da música, ela aposta no sertanejo

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“Vinícius es tá para decola pronto r. uma grand Além de e voz, ele tem muito carisma”

com forte influência do pop e recebe ajuda de uma equipe de peso. A produção executiva é de Romualdo Bueno, consagrado pelo trabalho de quase uma década ao lado da dupla César Menotti e Fabiano, e a produção musical é de Fabinho Gonçalves, respeitado no meio sertanejo. Quem entende do assunto sabe o quanto isso faz diferença. Para o produtor Marcos Roberto, reconhecido por trabalhos ao lado de Fernandinho, David Quinlan e Ludmila Ferber, famosos no meio gospel, os profissionais envolvidos nos bastidores podem alavancar – ou derrubar – a carreira de um artista. Na opinião dele, nesse aspecto, Sofia começou bem. “Ela tem um bom projeto e trabalha ao lado de pessoas de renome. Isso traz respeito para o início da carreira”, explica Marcos Roberto. Em poucos meses de estrada, ela já chamou a atenção de outros profissionais. O timbre forte é uma de suas características mais lembradas. A dupla sertaneja Bruna e Keyla, indicada em 2013 para o Grammy Latino, acredita que a garota já é um sucesso. “Ela tem voz marcante, postura de artista, é segura e, com certeza, tem um belo caminho pela frente”, diz Keyla. Se Sofia surpreende o público com suas letras e postura adulta, Mayara Fernandes, outro talento mirim surgido

Thaeme e T hiago

Fotos: Divulgação

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Alexandre Prates Pereira e Carolina Lanna

Luiza Borges e Carolina Salgado

Carla Corradi, Mônica Corradi e Alessandra Kalid

Márcia Lacerda e José Lacerda

Izabella Guimarães e Rafaela Nejys

Mariela Arges e Fernanda Fontes Arges

Rafael Horta, Sonia Brandão, Luissel Brito e Juca Oliveira

Roberto Gosende e Ester Xavier

Drielly Benettonne e José Saad Duailibi

Ana Costa e Larissa da Cunha Pereira

Ana Clara Corrêa, Ana Victoria Machado e Paula Costa

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Paulo Márcio

armo C o d s e d n a 12 anos Mayara Fern em terras mineiras, é lembrada pela leveza e doçura com que interpreta as canções. Com apenas 12 anos, a menina já teve participações nos shows de Bruno e Marrone, e Daniel. Nascida em BH, sempre se interessou por música. “O rádio fi cava ligado nas estações de música de raiz. Acabei me apaixonando”, conta Mayara. Quem primeiro atestou o talento da pequena foi o compositor Marcus Viana, que alertou Mariana Carmo, mãe de Mayara, sobre o diamante que tinha em mãos. “Mesmo sendo criança, tem alma de cantora romântica. É uma nova estrela”, diz ele. A canção Ainda Ontem Chorei de Saudade, de João Mineiro e Marciano, foi regravada por Mayara, que também é compositora e assina a faixa Bolha de Sabão, do CD Coração de Menina, lançado em 2012, quando tinha 9 anos. Sua participação no programa Encontro com Fátima Bernardes, da Globo, e Máquina da Fama, do SBT, rendeu-lhe maior visibilidade. O cantor Sérgio Reis não poupa elogios: “Quando nos encontramos em algum show, sempre fico emocionado. Uma vez até disse a ela: ‘Mayara, quando Deus te mandou, você já veio pronta. Pronta para alegrar todas as almas brasileiras’”. 152 |Encontro

es ra Fernand tico: Maya ís rt a e m o N raiz ntico e de nejo româ a rt e S : lo Esti ntou: se aprese runo Com que já Reis, Almir Sather, B o Le rgio e e r S to l, ic ie V n , a a D us Vian rc a M , e n o e Marr

“Quando De us mandou a Mayara, e la já veio pronta para ale todas as alm grar as brasileiras” Divulgação

ABE: E QUEM S OPINIÃO D

Sérgio Reis não é o único a se posicionar sobre os cantores mineiros que despontam no mercado musical. Jorge e Mateus, donos dos sucessos Flor, Amo Noite e Dia e De Tanto Querer, são fãs da mineira de coração Isa Santana. Depois de convidá-la para uma participação na Exposete, os meninos de Goiás garantem que ela é uma artista promissora. “Isa vai longe. Tem uma linda voz, carisma e muita desenvoltura no palco”, diz Jorge. “A cada apresentação, ela mostra sua simpatia e talento para o Brasil”, completa, Mateus. Por alguns instantes, a voz grave e a segurança quando fala sobre a carreira confundem a cabeça de quem fica sabendo que ela tem apenas 15 anos. Nascida em Campinas (SP), Isa chegou a Belo Horizonte ainda bebê e não demorou para demonstrar

Sérgio Reis

interesse por acordes e dedilhados de violão. Adelvar Salvador, pai e fã incondicional, conta que ela nunca ligou para brinquedos. “Sempre que passeávamos pelo shopping, ela corria para as lojas de instrumentos musicais. Quando vi que ela realmente gostava, dei o primeiro violão, aos 4 anos, e investi nas aulas de canto. O tempo foi passando e o hobby se transformou em trabalho”, conta. O público conheceu o talento da cantora adolescente em 2010, no programa Cantando no SBT, quando ela foi selecionada entre 1 mil crianças para representar Minas Gerais. Depois disso,

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CAPA | MÚSICA só sucesso, convites e participações em shows de artistas renomados. Cercada de profissionais que lhe garantem boa preparação vocal, como a requisitada Janaína Pimenta, fonoaudióloga dos famosos, Isa planeja o futuro na música e garante que a agenda não atrapalha seus estudos. “Meus pais sempre me cobram um bom resultado na escola. Por isso me esforço para conciliar minhas atividades. Quero fazer faculdade de música e me dedicar mais para ser reconhecida musicalmente em todo o país”, diz, bem segura do que quer. Neste ano, ela lança mais um CD e um videoclipe da nova música, Sonhar. Muitas vezes, a paixão musical começa com o desejo de aprender violão ou outro instrumento mais comum. Foi assim com o cantor Daniel, que começou a tocar violão aos 5 anos, junto ao pai, e com o prodígio Luan Santana, apegado à música desde o primeiro contato com as cordas. No caso de Virgínia Branquinho, também cantora adolescente, o instrumento fugiu a todas as regras. Sem influências musicais na família, a curiosidade foi despertada por um berrante que ficava no sítio do avô. A pequena menina, com 5 anos de idade, pegou a corneta feita de chifre de boi e soprou até sair um som confuso. Depois de muitos treinos, a primeira apresentação aconteceu em uma cavalgada em Santo Antônio dos Campos, distrito de Divinópolis, onde morou por 13 anos. Hoje, aos 16 anos, ela fala com propriedade sobre o instrumento e conta que para tocá-lo é preciso um “bocadinho” de fôlego. “O meu avô não sabia tocar, ele gostava bastante, mas só brincava. Quando eu quis aprender, ficávamos treinando juntos até pegarmos o jeito.” E pegou mesmo. Atualmente, ela é a berranteira oficial da maior festa sertaneja de Divinópolis e coleciona prêmios de concursos de berrantes – os últimos foram conquistados na Festa do Peão, em Barretos. Já a carreira de cantora despontou quando Virgínia começou a fazer aulas de canto e apresentações com cantores experientes. Os irmãos César Menotti e Fabiano foram os primeiros a assegurar que ela tinha dom. “Conhecemos a Virgínia desde que ela tinha 5 anos. Além 154 |Encontro

Alexandre Rezende

Lucas Magalhã es, 14

anos, e

anos 0 1 , s e ã h l a g Vitor Ma s e Vítor tico: Luca Nome artís e raiz ântico e d anejo rom ilo, Fred Estilo: Sert iogo e Dan caba, sentou: D ro re o p S a e e s o d Com que já k e Ricardo, Fernan Leo ic e R r , o to h ic lin V e Pau uciano, margo e L Zezé di Ca

OPINIÃO de ser muito talentosa, ela tem uma linda voz”, diz César. “Sem dúvidas, é uma grande promessa para o sertanejo”, afirma Fábio Lacerda, irmão de César e de Fabiano e empresário da dupla. A cantora conta que a primeira vez que subiu ao palco cantando para muitas pessoas foi ao lado de César Menotti e Fabiano, no Mineirinho. Daí em diante, a carreira ganhou fôlego e outros artistas a convidaram para participações, como Chitãozinho e Xororó,

SABE: DE QUEM

“Lucas e V itor qualidade v têm ocal e uma mar cante presença d e palco”

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Munhoz e M ariano

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CAPA | MÚSICA Carlos Roberto / Sala 11

de Monrosais o h in u q n a r 16 a Virgínia B o Branquinh co: Virgínia ti ís rt a e m No iz anejo de ra Estilo: Sert ntou: o, se aprese i & Fabian Com que já Reis, César Menott ró ro io rg e Xo Daniel, Sé itãozinho Thiago, Ch Thaeme e ABE: E QUEM S OPINIÃO D

que a levaram para abrir o show no Caldas Country, um dos maiores festivais da música sertaneja do Brasil. A rotina não é fácil. Para conciliar os compromissos musicais com o lazer, Virgínia conta com a ajuda da família. “Faço aula de canto em Belo Horizonte, quinzenalmente; pratico hipismo e ensaio as canções todos os dias. Se não fosse o apoio dos meus pais, tudo seria mais difícil”, diz. Mesmo assim, a cantora não desanima e planeja cursar veterinária. “Música e animais são minhas paixões. Por isso, quero trabalhar com as duas possibilidades”, diz. Vinícius Terra, outro talento musical do interior mineiro, já consegue conciliar a graduação no curso de direito com a agenda de shows. Aos 17 anos, ele tem um álbum que une composições próprias a outras letras consagradas no meio musical. Nascido em Simonésia, pequeno município do Leste de Minas, Vinícius fi cou mais popular depois de uma apresentação no programa Raul 156 |Encontro

“SS em edm úvd id aé ,ú um vaida, é uma grande pro messa para o sert anejo” Fotos: Clá

udio Cunh

a

César Menot ti e Fabiano

Gil, do SBT, e realiza shows semanais no interior do estado e no Espírito Santo. Ele conta que é difícil adaptar a rotina e fi car longe da família nos fi m de semana, mas tudo compensa em razão do carinho do público. “A agenda de shows é cansativa, mas é tudo que eu sempre quis fazer. Os fãs têm tanto carinho comigo que já tenho até fã-clube no Piauí”, conta. A dupla Thaeme e Thiago, que acabou de gravar novo DVD com participação de Lucas Lucco e Fernando e Sorocaba, anima-se ao falar do rapaz. “Vinícius está pronto para decolar. Além de uma grande voz, ele tem muito carisma. Agora é cair na estrada e mostrar esse

talento para todo o Brasil”, diz Thiago. A aposta do rapaz de Simonésia é divulgar as composições próprias – são mais de 50 – nos shows que faz pelo Sudeste. “Levo desde modão até o arrocha. Mas não abro mão de cantar minhas composições. Isso ajuda a criar uma identidade do meu trabalho junto ao público”, explica. Letras e arranjos próprios também regem o trabalho dos irmãos Lucas Magalhães e Vitor Magalhães – de 14 e 10 anos, respectivamente. O interesse pela música começou há seis anos, quando Victor e Leo, dupla favorita dos irmãos, lançou o CD Ao Vivo em Barretos. Os meninos gostaram tanto do álbum que, além de cantar todas as músicas, aprenderam a tocar violão e passaram a imitar os ídolos de Ponte Nova (MG) em todos os eventos da família. “No casamento da nossa prima, cantamos uma música deles, pegamos gosto pelo palco e não paramos mais”, conta Lucas, primogênito e primeira voz da dupla. Depois de aprender violão, os irmãos exploraram outros instrumentos e hoje sabem de tudo um pouco. Vitor, que assume o violão e a segunda voz durante as apresentações, faz questão de dizer que o talento facilitou o aprendizado musical. “Na época que o Lucas estudava violão, eu ficava ao lado dele tentando aprender alguma coisa. O

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ARTIGO | LEILA FERREIRA lferreira@editoraencontro.com.br

O estado da paixão É preciso se apaixonar. Que seja por alguém, por um lugar, uma causa, uma coisa – não importa. Mais que o objeto, o que importa é a própria paixão. Já sei: apaixonar-se é correr riscos. Qualquer pessoa mais avisada costuma ter na ponta da língua uma lista básica de motivos para temer (e se defender) desse sentimento extremo. Afinal, a paixão desestabiliza, põe o bom senso para correr, é surda aos apelos da razão. Quem se apaixona vira refém do que sente e a última coisa que quer é que alguém pague o resgate – apaixonados que se prezem desejam continuar presos. Preferem o espaço apertado e os sobressaltos do cativeiro à amplidão calma da vida sem paixão. Porque, verdade seja dita, quem se apaixona está sujeito a sofrer (muito), mas também vive momentos de felicidade intensa. E isso, como diria aquele comercial do cartão de crédito, não tem preço (ou tem?). Apaixonados riem sem motivo aparente, ficam mais tolerantes com tudo e com todos, aceitam as vontades nem sempre justas do universo. A pele melhora a olhos vistos. Os cabelos recuperam o antigo brilho. E a vida, ah, a vida... De repente, o roteiro mudou. Por quanto tempo, não se sabe. Pode durar um ano, uma semana, um começo de primavera – a paixão não tem compromisso com o “para sempre” – mas, enquanto dura, deixa o apaixonado em um estado único de arrebatamento. Ele se sente vivo, mais vivo do que nunca, e é essa sensação da vida quase entornando, a vida a ponto de derramar, que faz com que os apaixonados não queiram abrir mão da paixão. Nem depois de sofrer. Nem depois de tudo terminar. Quando o bom senso volta à ativa, o sofredor proclama: “Paixão, nunca mais!”. Mas basta uma brisa, uma esquina, um minúsculo acidente de percurso, e ele se vê outra vez às voltas com as noites em claro e o coração desgovernado. Porque nós, por mais que afirmemos o contrário, precisamos das paixões. Não tem que ser paixão por alguém. Desejo, atração, 50 tons de cinza, “só penso nele”, “estou louco por ela” – essa é apenas uma das possibilidades, e a mais complicada delas. Há outras, com a mesma capacidade de mudar rotinas ameaçadas pela falta de significado e oxigenar cotidianos encharcados pelo tédio. Há quem se apaixone por uma causa: ajudar o próximo, por exemplo. Quem ajuda encontra sentido para dias que pareciam mortos, acorda em estado de contentamento. É a paixão sem grades, residindo em casas amplas, de portas abertas. Também existe o apaixonar-se por livros, pelo esporte, a culinária, a dança, a música, os bordados, as viagens, o trabalho – e cada uma dessas possibilidades, se estamos apaixonados por ela, nos faz esquecer tudo, sentir que a vida deixou de ser burocrática, ficar infinitamente mais leves. “A existência do homem adulto não encerra senão monotonia”, afirma a escritora portuguesa Agustina Bessa-Luís. “A paixão não procede das pessoas”, argumenta, “mas de algo a que elas têm de obedecer para não cumprirem apenas uma vida sem impulso e sem fantasia”. Para acres-

“Sempre achei que é preciso abrir espaço para o que nos faz esquecer, ainda que por instantes, os limites implacáveis da condição humana, o quanto somos frágeis e pequenos” centar impulso e fantasia à vida, minha grande aliada sempre foi a literatura. Hoje, além dela, recorro às séries policiais da TV – uma paixão pouco nobre, podem dizer, mas intensa. Depois de Law & Order, Criminal Minds e Homeland, agora estou absolutamente apaixonada por 24 Horas, que tenho visto com a sofreguidão dos viciados. Passo os dias esperando a hora de me encontrar com os personagens Jack Bauer e Tony Almeida. E, quando estou acompanhando as aventuras da CTU (Unidade Antiterrorismo dos Estados Unidos), a casa pode cair, o telefone tocar, o mundo acabar, que não dou notícia. Bobagem? Para alguns, sim. No nosso cotidiano movido a eficácia e pressa, há quem desaprove esses devaneios. Mas faço parte do outro time. Sempre achei que é preciso abrir espaço para o que nos faz esquecer, ainda que por instantes, os limites implacáveis da condição humana, o quanto somos frágeis e pequenos. Apaixonar-se, que seja por um lugar, uma pessoa real ou um personagem de ficção, é driblar nossa precariedade, sentir que, mais do que nunca, estamos vivos e suspender o tempo. Não é pouca coisa – definitivamente. z *Leila Ferreira é jornalista, escritora e palestrante

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