Revista Encontro 177 by Editora Encontro

ENCONTRO | ANO XIV | Nº 177

❚ ESTÉTICA TRATAMENTOS E OUTRAS DICAS PARA SE LIVRAR DA CELULITE

❚ ENTREVISTA MÉDICO DIZ: "HÁ EXCESSO DE PREOCUPAÇÃO COM A MICROCEFALIA"

Fevereiro de 2016 | Ano XIV | Nº 177

www.revistaencontro.com.br

ISSN 1679-0146

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A estilista Camila Faria, iniciante, e a blogueira Carol Rache, praticante convicta da meditação: “Estou mais paciente”, diz Camila

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EM BUSCA DA MENTE SÃ FEVEREIRO DE 2016

Em busca da

Cresce o número de pessoas em BH que se rendem à meditação. Especialistas afirmam que a pratica melhora a concentração, além de reduzir o estresse e a ansiedade

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NESTA EDIÇÃO Victor Schwaner

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ENTREVISTA Especialista em medicina fetal fala sobre casos de microcefalia CIDADE Igrejas históricas estão sendo restauradas CURIOSIDADE Nomes mais escolhidos em 2015 COMPORTAMENTO Técnicas a laser para retirada de tatuagem

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COLU NAS

BELEZA Cuidados para evitar celulite SAÚDE Água de coco natural e da caixinha PET Animais de estimação também entram na medida certa EDUCAÇÃO Importância de dosar atividades extras para as crianças

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NO PODER Sucessão à vista DEU O QUE FALAR “Se você jogar mais um copo aqui, eu vou meter o pé e o show acaba” RETRATOS DA CIDADE Um oásis urbano GENTE FINA Para o alto e avante

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COLUNA DE DIREÇÃO Toro na arena

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ENCONTRO INDICA Maroon 5 em BH NA MESA A cerveja também é artesanal NA SOCIEDADE De volta para casa

ARTIGOS 16 74 130

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ARISTÓTELES DRUMMOND Vaticano e Israel JOSÉ JOÃO RIBEIRO Os lucros de uma catástrofe LEILA FERREIRA A diarista ucraniana

Capa: Pedro Nicoli

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NEGÓCIOS Banco Semear espera bons resultados VEÍCULOS Lista europeia aponta os melhores de 2015 ARTES PLÁSTICAS Artista mineiro explora a paisagem urbana

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CAPA Mineiros aderem à meditação MODA A vez das cores neutras

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RESTAURANTES Opções de estabelecimentos com mesas ao ar livre EVENTOS Desfile Carmen Steffens

DECORAÇÃO Quadros dão toque especial aos ambientes

GASTRÔ Deliciosas sobremesas sem chocolate para a quaresma

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CARTA DO EDITOR revistaencontro.com.br

Diretor-Presidente

Álvaro Teixeira da Costa

KÁTIA MASSIMO / EDITORA-CHEFE Diretor-Executivo Vice-presidente de Negócios Corporativos Diretor de Publicidade Diretor Jurídico

Diretor-geral/Editor Editora-Chefe Editores Colaboradores Redação

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Editor Estagiário Repórter multimídia Impressão Distribuição Para Assinar Para Anunciar Atendimento ao Leitor

Geraldo Teixeira da Costa Neto Josemar Gimenez Rezende Mário Neves Joaquim de Freitas

André Lamounier Kátia Massimo Fábio Doyle Neide Magalhães Aline Gonçalves Daniela Costa Geórgea Choucair Marina Dias Rafael Campos Carolina Daher Gui Torres Amanda Aleixo Edmundo Serra Roger Simões Antônio de Pádua Gustavo Paiva Heitor Antônio Júnior Oliveira Ana Luiza Kennedy Nayara Fagundes Lílian de Oliveira Solange Rabelo Laila Soares Agata Utsch Andreza Braga Shyrlei Roque Roberta Magalhães Cristiane de Marco Natália Santos Nicole Fischer André Lima Jaqueline Souza Editora Encontro

João Paulo Martins Bruna Sales Marcelo Fraga Plural Vip (31) 2126-8770 (31) 2126-8000 (31) 2126-8000

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redacao@revistaencontro.com.br

O ano, enfim, começou É tradição no Brasil dizer que o ano se inicia efetivamente após o carnaval. Passadas as férias e os festejos de Momo, é hora de olhar para frente e começar a colocar em prática os planos profissionais e pessoais. Mas a realidade não é tão simples assim, especialmente agora. Com os cenários econômico e político pouco favoráveis, somados à expectativa do que virá com as eleições municipais, é unânime pensar que 2016 não será um ano fácil. Por outro lado, há os que defendem que os momentos de crise oferecem oportunidades de repensar os negócios e também as condutas. Tudo porque somos obrigados a sair da zona de conforto e buscar novos caminhos, que possam dar respostas mais satisfatórias aos problemas. Independentemente de acreditar ou não nessa teoria, o que temos visto neste ciclo de incertezas é que as pessoas estão à procura de iniciativas que as fortaleçam em corpo e espírito para enfrentar o que virá. Na dúvida do que, de fato, vai ocorrer nos próximos meses, a saída tem sido cuidar mais da alimentação, da saúde física e do equilíbrio mental. Isso explica por que cada vez mais a meditação tem se tornado opção. A matéria de capa desta edição mostra exatamente esse movimento em locais públicos da cidade, em casa e até no trabalho. Sim, existem empresas que já começam a estimular a prática, assim como escolas Brasil afora. No Espírito Santo, por exemplo, a meditação entrou na grade curricular de algumas escolas públicas. As crianças meditam pelo menos uma vez por semana, para aprender a lidar com emoções, além de melhorar a concentração, conter a ansiedade, etc. Pedro Nicoli Neste caso, a grande novidade não é a prática da meditação em ambiente escolar – isto já é feito, informalmente, há tempos. Mas o reconhecimento de que cabe à escola desenvolver não apenas competências cognitivas, mas também emocionais. Educar preparando integralmente para um futuro incerto. Como o zica vírus, a dengue e a chikungunya também andam atormentando a tranquilidade de todos, contribuindo para aumentar o grau de incertezas, na entrevista deste mês ouvimos um especialista em medicina fetal para analisar os recentes casos de microcefalia. Ele discorda de cientistas e médicos que afirmam que o zica vírus é a causa da malformação de bebês. A intenção não é polemizar sobre o tema, mas abrir espaço para lançar novas luzes na discussão. Esse é o papel da imprensa, especialmente em momentos de O engenheiro Henrique Rocha, um dos entrevistados dúvida. Estamos fazendo a nossa parte. ❚ da matéria de capa: pausa para meditação no trabalho

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FALE COM A ENCONTRO | CARTAS@REVISTAENCONTRO.COM.BR (31) 2126-8000

MINEIROS DE 2015 I

Em tempos de crise econômica, é importante divulgar histórias de pessoas que conseguiram boas conquistas em 2015. Parabéns pela diversidade dos escolhidos! Leandro Marques Belo Horizonte (MG)

MINEIROS DE 2015 II

Adorei a seleção dos mineiros destacados na revista. Mostrou que o nosso estado é rico de sucesso em muitas áreas, do esporte à política, economia e educação Rodrigo Ribeiro Belo Horizonte (MG)

MINEIROS DE 2015 III

É curioso observar como algumas pessoas fazem do limão uma limonada. As histórias dos mineiros relatadas na revista mostram que muita gente consegue superar os obstáculos de um ano de crise Rosa Monteiro Belo Horizonte (MG)

ENTREVISTA/ MARLISE MATOS

A diferença salarial entre homens e mulheres no Brasil é uma disparidade. O potencial feminino é mesmo desperdiçado neste país. Uma pena! Marluce Dias Sete Lagoas (MG)

BH DE VÁRIOS CLIMAS

Eu não consigo perceber temperaturas mais amenas na capital. Fui outro dia à praça do Papa, no Mangabeiras, e senti calor do mesmo jeito. A cidade está um forno! Rodrigo Saraiva Belo Horizonte (MG)

NÃO ALIMENTE OS POMBOS

Fiquei surpresa com a informação de que as fezes dos pombos podem trazer danos à saúde. Tenho o hábito de alimentar essas aves em minhas caminhadas diárias. Vou ficar mais atenta

AU AU, QUE CALOR!

Tenho dois poodles, o Bidu, de 7 anos, e o Bill, de 4. Notei que estavam sofrendo com o calor neste início de ano. Depois de ler a reportagem, troquei o horário de passeio da manhã para a noite. Acho que fez bem a eles!

Lígia Costa Belo Horizonte/MG

Regina Vasconcellos Belo Horizonte/MG

SALVE, AMULETOS

Vou precisar mesmo de muitos amuletos para enfrentar 2016. Comprei algumas pulseiras com olho grego e não tirei desde o início do ano. Tomara que me tragam sorte

Cláudia Ferraz Belo Horizonte (MG)

MALA NA MEDIDA CERTA

Sou exagerada na hora de arrumar as malas. Sempre levo mais roupas do que preciso e carrego peso desnecessário. Os “truques” me ajudaram na organização da bagagem de férias

HARMONIZA COM O BRASIL

Quem diria... Eu nunca poderia imaginar que vinho combina com moqueca, feijoada e galinha ao molho pardo. A matéria quebrou tabus e serve para abrir nossa cabeça para novas experiências na culinária Helice Oliveira Belo Horizonte (MG)

COLUNA GENTE FINA

Adorei saber que o Menino Maluquinho vai virar filme. Esse garoto travesso fez parte da minha infância. Agora estou ansiosa para cruzar com ele nas telinhas!

Danielle Rios Nova Lima/MG

Helen Couto Belo Horizonte (MG)

Fale com a Revista ENCONTRO: Comentários sobre o conteúdo editorial da Encontro, sugestões e críticas a matérias: R. Haiti, 176, 3° andar - Sion - CEP : 30.320-140, Belo Horizonte, MG | E-mail : cartas@revistaencontro.com.br. Cartas e mensagens devem trazer o nome completo e o endereço do autor. Por razões de espaço ou clareza, elas poderão ser publicadas resumidamente. PARA ANUNCIAR: R. Haiti, 176, 3° andar - Sion - CEP: 30.320-140 - Belo Horizonte, MG | Tel: (31) 2126-8000 | Fax: (31) 2126-8008 RELEASES: redacao@revistaencontro.com.br | Fax: (31) 2126-8781 | ASSINATURAS: Tel: (31) 2126-8770

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ARTIGO | ARISTÓTELES DRUMMOND adrummond@editoraencontro.com.br

Vaticano e Israel Muito preocupante que em torno da ação radical da ala terrorista do islamismo seja desenvolvido certo movimento antissemita, com forte inspiração nos países de governos com viés esquerdista, que estão sempre contra as posições dos EUA. O mundo, apesar de chocado com os atentados ocorridos na França, não deu ainda a resposta clara e dura que a situação exige para que o mundo tenha mais paz. Agora a crise entre o Irã e a Arábia Saudita reforça a tese de que foi um erro do presidente Obama acertar seus ponteiros com os iranianos, que não devem cumprir nada do prometido. Tudo vem se juntar ao erro maior que foi a aproximação com Cuba, sem a contrapartida da libertação de presos políticos e alguma reparação aos americanos que tiveram seus bens em Cuba confiscados, inclusive modestos apartamentos de férias. Uma das acusações feitas à existência do Estado de Israel é a de se tratar de um país confessional, e não laico, embora seja habitado por seguidores de outras religiões, sem nenhum tipo de reservas. Em Jerusalém, temos o Santo Sepulcro, dos cristãos, e Mesquita muçulmana. Terra prometida para os judeus, Terra Santa para os cristãos. A restrição feita à identidade do país com o judaísmo não vale para os países do Golfo ou o Irã ligados ao islamismo. E mais: Israel é a única democracia da região. Neste 11 de fevereiro, comemorou-se mais um aniversário do Estado do Vaticano, nação independente dentro de Roma, criado em 1929 pelo histórico Tratado de Latrão, que terminou com as relações tensas entre a Igreja e a Itália. Foi um momento importante e marcou a história universal, o papa Pio XI e o rei Victorio Emmanuele, cujo bisavô havia confiscado as terras papais e rompido com a Igreja. Logo depois, o governo italiano, muito popular na época, mandou recolocar o crucifixo nas salas de aulas e repartições públicas. O então primeiro-ministro proclamou São Francisco de Assis o maior dos santos italianos e decretou feriado em seu dia. Nunca se fizeram restrições à criação do Vaticano, saudado em todo o mundo com entusiasmo. Natural que Israel seja alvo do respeito universal e, amanhã, um Estado Palestino, longe de Israel, se possível. O Brasil tem fortes vínculos com os povos daquela região, inclusive na formação da nacionalidade, especialmente do final do século XIX para cá. São Paulo chegou a ser a segunda cidade libanesa, embora os sírio-libaneses estejam espalhados em todo o país, assim como os judeus, sendo que estes também através dos chamados cristãos-novos, vindos de Portugal desde o descobrimento. Não podemos nem devemos tomar partido, compactuar com os radicais. No Brasil, a convivência é fraterna, embora nos últimos 20 anos se procure estimular, com objetivos políticos, núcleos de muçulmanos. Seria um erro ignorar que nossas melhores tradições na formação

“O mundo, apesar de chocado com os atentados ocorridos na França, não deu ainda a resposta clara e dura que a situação exige para que o mundo tenha mais paz.”

do povo brasileiro, multirracial e muitirreligioso, vêm sendo solapadas por ações desagregadoras, via cotas, reservas indígenas de dimensões exageradas e gerando conflitos no campo, na manifesta simpatia pelos movimentos que inquietam o mundo e sofrem condenação de nossos mais leais parceiros através da história. As restrições ao nome do embaixador nomeado de Israel foi uma grande infelicidade. Uma tentativa de importar as disputas políticas de outra região e que não encontram eco na nossa sociedade. Vale lembrar que o Estado de Israel foi criado pela ONU, sendo naquele momento presidente da Assembleia o estadista brasileiro Oswaldo Aranha. Não bastassem nossos problemas na economia, incluir polêmica desnecessária não é nada aconselhável. ❚

*Aristóteles Drummond é jornalista e escreve bimestralmente na Encontro

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SUCESSÃO À VISTA

FIO DA NAVALHA Em cenário de retração econômica, a situação fiscal do Estado é tão grave que o déficit de 8,9 bilhões de reais, apurado em 2015 – 314% superior ao saldo negativo registrado em 2014, de 2,16 bilhões de reais –, irá se repetir este ano, empurrando as projeções otimistas de equilíbrio para 2017. Por um lado, a receita total foi de 76,154 bilhões de reais – aí incluídos os recursos de quase 5 bilhões de reais dos depósitos judiciais, que reforçaram o caixa no ano passado; por outro, a despesa contabilizada foi de 85,119 bilhões de reais. Segundo o secretário de Estado da Fazenda, José Afonso Bicalho, foram fatores preponderantes para o desequilíbrio a queda acentuada na arrecadação de ICMS, a redução das transferências da União e a dolarização da dívida do estado. Bicalho considerou a situação “insustentável” para qualquer gestão. “É um grande dilema que teremos de reverter para conseguir equilíbrio”, desabafa.

É esperada disputa acirrada para todos os cinco cargos de direção do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, na segunda quinzena de abril, com posse marcada para 1º de julho, quando se encerram os mandatos da atual administração. Há dois candidatos confirmados para a presidência: Herbert Carneiro, que já presidiu a Amagis, e o corregedor-geral Antônio Sérvulo. Outros possíveis nomes são do segundo-vice-presidente, Kildare Carvalho, e do desembargador Doorgal Gustavo Borges de Andrada, da 4ª Câmara Criminal. Integram o colégio eleitoral os 128 desembargadores da ativa que compõem o tribunal pleno. Pedro Marcondes Bittencourt encerrrá o mandato à frente da instituição, mas seguirá, pelos próximos dois anos, na presidência do Conselho dos Tribunais de Justiça do Brasil, para o qual foi eleito ano passado. Cláudio Cunha

ADEUS ÀS COXINHAS Fonte de escândalos em todos os legislativos do país, o sistema de livre aquisição com a chamada verba indenizatória, que seria, em tese, de “custeio” dos mandatos de parlamentares, mudou na Câmara Municipal de Belo Horizonte. O total de 80% dos gastos com veículos, combustíveis, telefonia móvel e correios – que somaram cerca de 5,9 milhões de reais, dos 7,38 milhões de reais destinados à rubrica no ano passado – foram licitados. E estão em curso certames para a aquisição de serviços de gráfica e de material de escritório. A economia prevista pelo presidente Wellington Magalhães (PTN) é de 30%. A reboque da mudança de custeio dos mandatos, que retira da gestão dos gabinetes 15 mil reais ao mês, até então reembolsados mediante a apresentação de notas fiscais, foi cortado o direito ao escritório parlamentar, lanches e refeições. Frango, mexerica, biscoito recheado, croissant, coxinhas, bolo, broinhas, dezenas de quilos de canjica, queijo de minas e outros itens excêntricos vinham sendo comprados pelos vereadores da capital com a verba indenizatória.

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NOVO RELATOR Em substituição ao deputado federal mineiro Leonardo Quintão (PMDB) – que se afastou da influência do presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na disputa interna da bancada pela eleição da liderança nacional –, Laudívio Carvalho (PMDB-MG) é o novo relator do Código de Mineração. Como são muitos os interesses envolvidos, a nova proposta, que tramita desde 2013, tornou-se cabo de guerra entre mineradoras e ambientalistas. Não sai do lugar.

É LETRA Com a janela de oportunidades para mudança partidária aberta pela minirreforma eleitoral, o vereador Daniel Nepomuceno (PSB), que também é presidente do Clube Atlético Mineiro, continua no páreo. O prazo de filiação partidária para candidatos não apenas encolheu-se de um ano para seis meses, como também, em março, poderão migrar de legenda, sem arriscar-se a perder o mandato. Assediado pelo PSD, PHS e outros partidos, Nepomuceno, que andava desanimado com a política, decidiu que vai concorrer à reeleição. Para bom entendedor, basta um pingo... Leandro Couri/EM/DA Press

Divulgação

DETENTAS SUPREM MATERNIDADE Trinta e quatro detentas lactantes do Centro de Referência à Gestante Privada de Liberdade estão reforçando o suprimento de leite da Maternidade Sofia Feldman. Elas coletam o excedente da amamentação de seus filhos em uma unidade do centro, especialmente equipada e, uma vez por semana, a equipe do hospital busca os potes e respectivos formulários com informações sobre a saúde das doadoras. O leite passa pela Maternidade Odete Valadares, onde é pasteurizado, antes de ficar disponível no Sofia Feldman para o consumo de bebês do CTI da instituição.

DUROU POUCO Não demorou mais de cinco dias a decisão do presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 3a Região, Júlio Bernardo do Carmo, de suspender os pagamentos mensais de auxílio-moradia e auxílio-alimentação, nos valores respectivos de 4.377,77 reais e 799 reais, aos cerca de 300 juízes substitutos, titulares e desembargadores da Justiça do Trabalho no estado. Os dois polêmicos benefícios, que estão dependurados em decisão liminar de 2014 do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux, consumiram, em 2015, cerca de 15,280 milhões de reais e se somam aos salários recém-reajustados dos magistrados: em 2016, um desembargador passou a ganhar 35.378 reais – 90,25% do salário do ministro do STF. O cancelamento no TRT de Minas havia sido feito em 15 de janeiro, entre outros, por falta de dotação orçamentária. Mas, ao mesmo tempo que o presidente da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 3a Região, Glauco Rodrigues Becho, apresentou recurso administrativo contra a suspensão do pagamento, o governo federal cedeu à pressão dos Poderes “atingidos”: editou a Medida Provisória 711, com aporte suplementar de 419,4 milhões de reais, para manter de pé a “mãozinha” às carreiras. FEVEREIRO DE 2016

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DEU O QUE FALAR “Se você jogar mais um copo aqui, eu vou meter o pé e o show acaba” NALDO, cantor, durante show de carnaval em Lambari (MG), que teve início após as 4 horas da manhã e revoltou o público. Entre vaias e xingamentos, o artista saiu do palco fugindo da chuva de copos e latinhas

“Sou machista. Não estou atrás de direitos iguais” ANA PAULA, BBB 16, polemizando mais uma vez em discussão sobre desigualdade de gênero

“Ela pode até tentar, mas no fundo é igual melancia. É verde por fora, mas continua vermelha por dentro” CAIO NARCIO (PSDB-MG), deputado federal, sobre Marina Silva Bruno Cantini/Atlético-MG

“A massa atleticana contagia. Todas as vezes que joguei foi muito difícil. Estou feliz de estar deste lado” ROBINHO, JOGADOR, recém-contratado do Galo, justificando o que pesou no acerto com o clube mineiro

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“Sou uma preta lacradora, inteligente e cotista que entrou em letras no seu lugar” LORENA CRISTINA BARBOSA, de 20 anos, cotista da UFMG, rebatendo outra jovem que criticou o sistema de cotas. O comentário viralizou na internet

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ENTREVISTA | HEVERTON PETTERSEN Fotos: Cláudio Cunha

"Não estou convencido de que o zika vírus cause microcefalia" 22 |Encontro

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Especialista diz que as evidências de que o zika vírus seja o responsável pela malformação fetal são fracas e acredita que a reação ao caso esteja exagerada

estou convencido disso, especialmente considerando as estatísticas, a forma como têm sido apresentados os dados, as provas. E também comparando a zika com outras doenças infecciosas das quais temos conhecimento. Esses questionamentos não me deixam acreditar nesse episódio da forma como está sendo mostrado. Quais são os principais problemas dos dados a que temos acesso?

MARINA DIAS

O especialista em medicina fetal Heverton Pettersen, diretor da clínica de medicina reprodutiva Origen, de BH, é uma voz destoante de cientistas brasileiros e estrangeiros que acreditam que o zika vírus seja a causa da malformação de bebês – um surto identificado no Brasil no ano passado. Especialista em medicina fetal pelo Kings College, de Londres, ele também questiona se, de fato, há aumento significativo na incidência. Isso apesar de haver mais de 3.670 crianças sob investigação em todo o território nacional, até a primeira quinzena de fevereiro, além de 404 confirmados. Em 2014, foram 147 casos reportados da doença. Segundo ele, ainda é cedo para fazer qualquer afrmação, pois muito pouco se conhece sobre a doença. Além disso, explica que o número de casos notificados de microcefalia são superestimados, ainda mais levando-se em conta que, até esse episódio, não era obrigatório notificar o sistema de saúde quanto a malformações. “Não estou dizendo que devamos ignorar o que está acontecendo, mas ainda há poucas evidências científicas”, afirma. ENCONTRO – Por que o senhor acha precipitado dizer que o zika vírus esteja causando aumento no número de crianças nascidas com microcefalia no país? HEVERTON PETTERSEN – Eu não

QUEM É HEVERTON PETTERSEN, 49 ANOS ORIGEM Brasília, DF FORMAÇÃO Graduado em medicina pela UFMG, com residência em ginecologia e obstetrícia. Especialista em medicina fetal pelo Kings College de Londres CARREIRA Diretor técnico de medicina fetal da clínica de medicina reprodutiva Origen, de BH, e editor científico da Revista Brasileira de Ultrassom

Bom, tudo começou com um relato de zika na região Nordeste, onde muitas pacientes teriam sido contaminadas. Mas qual o critério para se dizer que aquela paciente teve zika? Como identificar o doente, se os testes sorológicos estão começando a chegar no Brasil agora, e o outro teste disponível, o PCR [proteína Creativa], só é eficaz nos primeiros cinco ou seis dias, quando o vírus ainda está presente no corpo? O critério seria principalmente os relatos de sintomas da doença durante a gravidez...

Mas são sintomas de praticamente todas as viroses. Além disso, acredita-se que a zika gera sintomas em poucos dos infectados, cerca de 20%. Então quer dizer que o cenário pode ser muito mais grave do que se pensa? Nossa amostragem, então, seria cinco vezes pior? Afinal, só agora começaram a surgir formas de detectar se o paciente teve ou não o vírus. E o que a comparação com outras doenças infecciosas revela?

Não temos teste, não sabemos o índice de transmissão, e a taxa divulgada de microcefálicos está superestimada”

Não se sabe de uma malformação fetal que tenha ocorrido devido a uma picada de mosquito que tenha transmitido um vírus, seja ele qual for. Quantos casos de dengue tivemos no Brasil nos últimos 10 anos? Quantas grávidas tiveram dengue, febre amarela? E esses bebês não nasceram malformados por causa dessas doenças. Aí pode-se contestar: “mas pode surgir um vírus que tenha tido uma mutação a tal ponto que realmente seja causador de uma doença desse tipo”. Tudo bem, é uma hipótese. No entanto, será algo realmente inédito na medicina. FEVEREIRO DE 2016

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ENTREVISTA | HEVERTON PETTERSEN O senhor também fala de taxa superestimada de diagnósticos de microcefalia...

Não. Se a doença fosse extremamente rara, aí, sim, encontrar o vírus no líquido amniótico seria difícil e, portanto, uma prova mais concreta. Mas suponhamos que os diagnósticos estejam todos corretos, ou seja, que toda essa população teve infecção por zika. Não vai ser novidade encontrar inúmeros bebês com diagnóstico positivo para o zika. Isso porque 30% a 40% dos vírus, de forma geral, atravessam a placenta. Se você tem gripe, também vai achar o agente causador no líquido amniótico. Então, em 1 mil grávidas infectadas com zika, por essa estatística, 300 a 400 vão ter positivo na placenta. Mas nem todos esses bebês têm malformações. Aí pode-se perguntar: “será que a associação com outros vírus, como o da dengue, potencializa o efeito dele?”. É algo que precisa ser pesquisado. Por isso se fala que se conhece pouco. Ainda não se sabe.

Sim, pois o critério para o diagnóstico inicial é o diâmetro da cabeça das crianças ser menor que 32 cm. Mas, veja bem, 3% dos bebês normais têm diâmetro menor do que esse, estando dentro da curva de normalidade. Além disso, a incidência de microcefalia na população, independentemente do agente causador – seja ele deficiência nutricional, uso de drogas na gestação, outros vírus, etc. –, é de três a cada 10 mil nascimentos. Essa estatística é europeia, pois, no Brasil, as malformações não eram obrigatoriamente notificadas no sistema de saúde, então não são tão claras. Pode dar algum exemplo?

Em Pernambuco, foram aproximadamente 150 mil nascimentos em 2015. Segundo as estatísticas, 4.500 dessas crianças teriam perímetro abaixo da medida, mas não seriam microcefálicas. A expectativa é de que 45 delas tenham microcefalia de fato, de acordo com a estatística europeia. Também é preciso considerar – e os próprios cientistas dizem – que, quando se está levantando alguma ocorrência na sociedade, tornando obrigatória sua notificação, o número de casos aumenta em torno de 2/3. Assim, são muitas variáveis, e aí os casos sob investigação ultrapassam em 20 vezes a expectativa. Deles, quantos realmente são microcefálicos? A associação do vírus com a microcefalia começou com a observação de muitos casos da doença em um mesmo local. Já não seria uma evidência de que a incidência está aumentando?

Aumentou ou mais casos estão sendo reportados? Tivemos 3,5 milhões de nascimentos no Brasil no ano passado. Teoricamente, temos em torno de 120 mil crianças com circunferência cefálica abaixo do padrão, mas ainda dentro da normalidade. Então, quando começarmos a olhar no Brasil inteiro, ainda vão aparecer vários diagnósticos. Mas a doença microcefalia, independentemente do agente, ocor24 |Encontro

Como outros vírus causam microcefalia?

Eu acho que nós vamos pagar o maior mico científico do país daqui a alguns anos, quando levantarmos os números de verdade – e não esse alarde de tantos microcefálicos” re em três em cada 10 mil, ou seja, esperam-se mais ou menos 1.200 crianças. O fato de o vírus ter sido encontrado no líquido amniótico não é prova suficiente da relação de causalidade?

Vírus responsáveis por rubéola, herpes e o citomegalovírus, nós sabemos que, dependendo da época da gestação, podem acometer a criança com destruição de tecido cerebral importante. Alguns casos podem ter microcefalia, mas a maioria do padrão de doença destrutiva do cérebro não é. Claro que, com a destruição do tecido, pode haver crescimento menor, que pode ser taxado de microcefálico. No entanto, a microcefalia clássica é o pouco desenvolvimento do tecido cerebral, principalmente da parte anterior do cérebro. Então, para essa hipótese ser verdadeira, até a característica do vírus teria de ser diferente, seria muita coisa nova surgindo num agente para que isso seja a causa. Dessa forma, não estou convencido: não temos teste, não sabemos o índice de transmissão, e a taxa divulgada de microcefálicos está superestimada. Para mim, a associação ainda é fraca do ponto de vista científico. Qual seria uma hipótese mais plausível?

O que pode ocorrer é uma mutação do vírus. Mas, mesmo assim, tem de

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ENTREVISTA | HEVERTON PETTERSEN ser muita novidade dentro do campo de infecção, de transmissão de doença, de diagnóstico. Tem de ser tudo muito novo. Eu acho que nós vamos pagar o maior mico científico do país daqui a alguns anos, quando levantarmos os números de verdade – e não esse alarde de tantos meninos microcefálicos, dos quais acredito que 90% sejam normais e não terão nada em termos de saúde.

mos, nove foram abortados, não há como saber se eram microcefálicos. E não foi feita investigação do vírus no tecido cerebral dessas crianças. Volto a dizer: não acho que devamos ignorar o que está acontecendo, mas, da forma como está sendo feito, acho que está exagerado. Acredita na hipótese sobre a vacina de rubéola ser a causadora da microcefalia em alguns dos casos no Nordeste?

Então há um erro no critério de diagnóstico?

Não. Tivemos campanha de vacina de rubéola no início dos anos 2000. Foram 25 milhões de pessoas vacinadas, 80 milhões de mulheres vacinadas na América, na gravidez. Teoricamente, não se usa vacina de vírus atenuado em gestantes, mas foi feita a campanha, algumas delas depois descobriram que estavam grávidas. E não achamos nenhuma criança acometida.

É claro que é preciso ter um critério, e esse da medida é simples, porque qualquer pessoa pode ajudar na identificação, em qualquer canto do país. Então ele tem uma grande vantagem no sentido de rastreamento, mas vai gerar muito falso positivo. Como confirmar ou descartar o diagnóstico de microcefalia?

Um pediatra, neurologista ou especialista em imagem pode avaliar. É preciso fazer uma tomografia, uma radiografia, para verificar o tecido cerebral, que pode estar danificado, se for um processo infeccioso, ou, se for um caso de microcefalia clássica, verifica-se o pequeno desenvolvimento do cérebro, mas sem danos. Se houver uma doença de malformação cerebral, vai haver sequelas decorrentes disso. Então o ideal seria o acompanhamento da criança; não só do tamanho da cabeça, mas o desenvolvimento neurológico e clínico dela. Não é um diagnóstico simples. Alguns critérios às vezes se sobrepõem, e alguns dos bebês vão precisar de acompanhamento maior para conclusão.

Acho que a mulher deve ter planejamento familiar, mas não com essa neurose do jeito que está"

Entendo a orientação, pois ainda se conhece muito pouco sobre a doença. Mas acho que ela deve ser mais focada nesses locais onde há muitos casos. Para o Brasil todo, é diferente. Eu compreendo, também, a política de governo, mas, na minha opinião, pesaram muito. Não estou dizendo que o combate ao mosquito deve ser abandonado. Mas porque tenho mais medo da dengue. Qual orientação o senhor tem dado às gestantes?

A suspeita de o primeiro trimestre de gestação ser o período mais crítico é plausível?

teria um número gigante de casos desse jeito.

Sim, se o vírus acomete o feto num período muito precoce, ainda de formação dessas células, então sim. Existe uma teoria plausível. Mas sabemos também que cerca de 40% das microcefalias são de origem genética. Nós conhecemos muitos agentes causadores da doença, e é pouco provável que uma doença nova na população

Como avalia o fato de terem revisado os números na Polinésia Francesa, onde houve surto de zika, e terem verificado crescimento nos casos de microcefalia?

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Como avalia reação do governo e de especialistas que orientaram publicamente as mulheres a não engravidar? A própria Organização Mundial de Saúde (OMS) decretou o caso como sendo de emergência mundial e orienta mulheres a evitar a gravidez.

Aí voltamos à questão metodológica. Os casos só foram descritos após a declaração de estado de emergência no Brasil e, dos 18 casos, quando analisa-

O cuidado deve ser tomado, sim. Como sempre. Uso de repelente, roupas compridas quando for a algum lugar com possível presença do mosquito. Pois há zika, há dengue, há chikungunya. E para as mulheres que tinham planos de engravidar?

Acho que a mulher deve planejar sua vida, deve ter planejamento familiar. Mas não com essa neurose do jeito que está. z

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RETRATOS DA CIDADE | RAFAEL CAMPOS rcampos@revistaencontro.com.br Fotos: Leo Araújo

OÁSIS URBANO

O Parque Ecológico e de Lazer do Caiçara, na região Noroeste, está completando duas décadas. Contudo, são poucos os que o conhecem. A área verde de 11,5 mil metros quadrados, que fica praticamente no meio do bairro, é um convite à contemplação da mata com espécies nativas como cedro, ingá e jequitibá. Na pequena trilha cercada por um corrimão, o público pode acompanhar o curso do córrego Cascatinha, afluente do córrego Engenho Nogueira, da bacia do rio das Velhas e rio São Francisco. A dica é deixar se levar pelo som das águas. O espaço oferece ainda decks de madeira para quem busca descanso e sossego. Há brinquedos para a criançada, quadra poliesportiva e aparelhos de ginástica. Vale a visita.

ENFIM, UMA DATA PARA ABRIR O PORTÃO Os moradores do bairro Santa Tereza, enfim, estão satisfeitos com a ida da Fundação Municipal de Cultura (FMC) para o espaço do antigo mercado distrital do bairro. Há sete anos fechado, o destino dos 6,7 mil metros quadrados esteve nas mãos de uma escola automotiva, mas a comunidade rechaçou a ideia. Agora, gerido pelo município, a ideia é de que o galpão, depois de passar por uma reforma, abrigue restaurantes, feiras, exposições de artes e cursos da Escola Livre de Artes. A obra será tocada pela iniciativa privada, por meio do Programa Adote um Bem Cultural. Reuniões estão sendo realizadas no espaço com os representantes do bairro. A previsão é de que os portões sejam abertos definitivamente em 2017.

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PRAÇA DA IGREJINHA Os moradores e frequentadores da Pampulha têm mais uma boa opção para caminhar, pedalar ou simplesmente descansar, contemplando o famoso espelho d’água. A praça Dino Barbieri, que fica em frente à igreja São Francisco (igrejinha da Pampulha), está pronta depois de um ano e sete meses em obras. A grande mudança é que o trecho da avenida Otacílio Negrão de Lima, que passava em frente à igreja, foi desviado para perto do Parque Guanabara. Assim, a praça foi praticamente “anexada” à igrejinha. O ponto negativo é que o imóvel no centro da Dino Barbieri, que é de atendimento ao turista, não foi contemplado na reforma. Ele continua lá, feio e inoperante. Segundo a PBH, a obra já foi licitada e aguarda ordem de serviço.

À PROCURA DE UM SALVADOR “Salvamos o Niemeyer.” Essa é a frase que a professora Celina Albano pretende estampar numa faixa, assim que conseguir o aporte de 2,5 milhões de reais para restaurar o edifício residencial, que fica na Praça da Liberdade – aquele em curvas –, desenhado pelo arquiteto que dá nome ao prédio. “Mas está difícil”, diz Celina, fundadora da Associação Pró-Cultura e Promoção das Artes (Appa), à frente do projeto de reforma. Ela está nessa luta há três anos e, se não obtiver êxito até dezembro, terá de reapresentar o projeto, que foi aprovado pela Lei Rouanet. É pra lá de visível a necessidade de uma reforma. A pintura está descascando, há azulejos faltando, pichações nas paredes e infiltrações. Quem poderá salvá-lo?

Samuel Gê

HAJA CALOTA Todo cuidado é pouco para os motoristas que passam pelas principais vias da cidade. São muitos buracos pelo caminho. É o que acontece na avenida Tereza Cristina, no Padre Eustáquio, e avenida Mário Werneck, no Buritis. Nessa última, agentes da PBH estão tapando os buracos, mas na avenida Sebastião de Brito, no bairro Dona Clara, na Pampulha, a situação é diferente. As intensas chuvas de verão castigaram o asfalto. De acordo com moradores e comerciantes, o problema é recorrente e o conserto dura até o próximo período chuvoso. Na altura do número 1.217, por exemplo, pelo menos três aberturas obrigam os condutores a desviarem, pois do contrário é dor de cabeça na certa. Segundo a prefeitura, não há previsão de recapeamento da via, mas o serviço de tapa-buraco é constante. Haja paciência! FEVEREIRO DE 2016

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GENTE FINA | GUI TORRES gtorres@editoraencontro.com.br Denis Medeiros

PARA O ALTO E AVANTE A ultramaratonista Fernanda Maciel, nome conhecido das corridas de longa distância, desafiou seus limites neste mês. A belo-horizontina estava determinada a ser a primeira mulher a subir e descer o cume do Aconcágua, a montanha mais alta das Américas, em menos de um dia. Há um ano ela já havia tentado a façanha, sem sucesso. Desta vez, iniciou duas subidas, mas, com a grande quantidade de neve e até avalanches de rochas, voltou à base. Só no dia 3 de fevereiro é que cumpriu o desafio, em 14 horas. No total, os 6.962 metros de altura somam 90 quilômetros, percurso que, quando feito em grupos, pode levar até 18 dias. “É um lugar com dificuldades que o torna muito especial para mim”, diz. “A pressão atmosférica, por exemplo, é maior que no Everest.” Vivendo atualmente na Espanha, ela vem ao Brasil quatro vezes ao ano. Por aqui, o ambiente perfeito para os treinos é o vilarejo de Lapinha da Serra, o segundo ponto mais alto da Serra do Cipó, onde construiu uma casa. “Melhor lugar para me desconectar e correr, sem hora para voltar.” Marcelo Maragni/Divulgação

PREVENIR PARA NÃO REMEDIAR Desde que chegou a BH para estudar medicina, há mais de 10 anos, Wesley Schunk só desviou da vocação para participar da 11ª edição do Big Brother Brasil. Passados os minutos de fama, ele não pensou duas vezes em retomar as rédeas da carreira. De lá para cá, dedicou-se à residência médica em nefrologia no hospital Biocor até integrar o corpo clínico da especialidade, atividade que encerrou em janeiro. A decisão veio depois da alta procura por seu consultório com foco em medicina preventiva e envelhecimento saudável, aberto há um ano, no Vila da Serra. “Pensei durante seis meses para fazer essa escolha, mas de fato estou mais engajado em promover a saúde que tratar doença”, diz. Com o corpo esculpido por treinos seis vezes por semana, o médico dá sua receita de saúde: “Não como nada que seja industrializado, que contenha glúten, leite e derivados.”

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UM NOVO TEMPO

Alexandre Rezende

O semblante sério de Luiz Claudio Silva é só um estilo para posar diante das lentes. Na verdade, o estilista tem motivos para dar boas risadas. Sua marca, a Apartamento 03, deu uma guinada em 2015. Abriu a primeira loja na badalada rua Bela Cintra, em São Paulo, e foi o melhor desfile da última temporada do São Paulo Fashion Week, segundo um grande jornal paulista. “Nunca tive a menor intenção de ser aquele estilista que faz o melhor desfile, tem a melhor coleção, eu sempre quis era fazer benfeito”, diz. Este ano também promete. Ele acaba de se mudar para um espaço maior, está com a produção dobrada e retornará à passarela mais importante do país em abril. Luiz também pretende tirar do papel a ideia antiga: a de desenvolver uma linha de roupas masculina e infantil. Samuel Gê

DE BEM COM O ESPELHO A maternidade fez mudar – e muito – os ideais de Bella Falconi. “Antes eu pesava todas as minhas refeições, contava as calorias, calculava os macronutrientes. Hoje, minhas prioridades mudaram”, conta ela, que passou o mês de janeiro de férias na capital. A eterna musa fitness também voltou a comer chocolate, passou dos 9% de gordura corporal para 15%, trocou as horas diárias de musculação em busca de hipertrofia por treinos mais leves e aulas de muay thai. “Estou confortável na minha pele e nunca imaginei que isso fosse acontecer depois de passar por tudo que passei para chegar ao corpo que tinha”, diz. Na nova fase, ela quer mostrar mais seu lado “cabeça”. Além de estar escrevendo um livro que reúne sua história de vida, volta ao Brasil em março para palestrar sobre maternidade saudável e já pensa em um novo ciclo de bate-papos que aborda o tema motivação.

UM OLHO NA BOLA, OUTRO NO PRATO Eugênio Gurgel

Mesmo vivendo do outro lado do mundo desde que foi contratado pelo Shandong Luneng, da China, Diego Tardelli não tira o olho do Brasil, especialmente da capital mineira. O jogador, que teve duas passagens pelo Atlético Mineiro, entre 2009 e 2014, acaba de investir uma bolada no ramo da gastronomia. Ele é o nome por trás da filial do badalado restaurante Paris 6, que deve abrir as portas por aqui em abril. A ideia da abertura foi dada pelo próprio atacante a Isaac Azar, criador do bistrô, que topou a sociedade de pronto. A novidade, que ficará no Pátio Savassi, foi fechada depois de uma reunião rápida em novembro, quando Tardelli passava férias no Brasil. “Eu não tenho experiência nenhuma nesse tipo de negócio, mas existem pessoas bem profissionais por trás disso”, conta. “Por enquanto, eu não volto para BH, mas está tudo sendo planejado para o meu futuro ser aí.” FEVEREIRO DE 2016

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CIDADE | IGREJAS Fotos: Rogério Sol

Igreja de São José Data: 1900 Funcionamento: segunda a domingo, das 5h30 às 21h; terça fecha às 18h Rua Tupis, 164, centro Fachada principal da igreja de São José, que remonta aos primeiros anos de BH: dois anos para voltar com as pinturas originais. No detalhe, o interior da igreja, também restaurado

Templos históricos Em restauração, paróquias da Boa Viagem e São José chamam a atenção pela beleza arquitetônica. Junto com a capela do Rosário e basílica de Lourdes, representam importantes patrimônios da cidade

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RAFAEL CAMPOS

Quem aprecia a imponente e charmosa igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem, no quarteirão das ruas Timbiras, Sergipe, Alagoas e Aimorés, no bairro Funcionários, nem suspeita que o lugar foi o marco zero de Belo Horizonte. Ali, há aproximadamente 300 anos, uma humilde capela foi erguida para abrigar uma imagem de Nossa Senhora, vinda de Portugal. O lugar passou a ser parada obrigatória de tropeiros que viajavam do sertão baiano em direção às cidades mineiras. Essa tradição transformaria o precário templo em ponto de devoção. Com o passar dos anos, não apenas viajantes, mas uma cidade inteira se aglomerava em seu entorno. Tanto que, mais tarde, Nossa Senhora da Boa Viagem acabou recebendo o título de padroeira da capital mineira. A capelinha deu lugar a uma nova igreja entre 1788 e 1793, segundo o livro Catedral – Um Santuário de Adoração, de João Victor Ferreira, depois demolida para a construção da atual, que está sendo restaurada desde o ano passado. Diante de tanta história, é natural que as obras reservem surpresas. “A igreja tem mais de cinco camadas de tinta. Ela

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CIDADE | IGREJAS Denis Medeiros

ENTENDA A IMPORTÂNCIA DE CADA UMA Saiba o que significam alguns títulos conferidos às igrejas

Basílica Nossa Senhora de Lourdes

Por que basílica? A Igreja de Nossa Senhora de Lourdes foi elevada a basílica menor em 1958, título conferido pelo papa Pio XII. É considerada basílica menor a igreja que apresenta qualidade artística e se caracteriza como centro de concentração da coletividade. As basílicas maiores estão em Roma, na Itália: como a de São Pedro, de São Paulo Extramuros, arquibasílica de São João de Latrão e basílica de Santa Maria Maior. Em BH, existe apenas outra basílica menor, a de Santo Cura D’Ars, no Prado

Por que santuário? Em 1936, a partir do II Congresso Eucarístico Nacional, e por esforços de dom Cabral, primeiro arcebispo de BH, a igreja da Boa Viagem passou a sediar o Santuário de Adoração Perpétua ao Santíssimo Sacramento, que já existia no Rio de Janeiro e em São Paulo. Assim, fiéis passaram a visitar o lugar durante 24 horas, em sinal de fé e adoração Por que capela curial? Por se tratar de uma pequena igreja, com apenas um altar. É ligada diretamente à Cúria e é caracterizada por não ser sede de nenhuma paróquia

já foi cinza e azul-claro, por exemplo. A cor original se aproxima do ouro colonial, semelhante ao tom dos prédios da praça da Liberdade”, diz Marcelo Carlos da Silva, pároco, reitor e diretor das obras sociais do Santuário Arquidiocesano de Adoração Perpétua – Nossa Senhora da Boa Viagem), nome atual. A Boa Viagem tornou-se catedral provisória (veja definição no quadro) em 1923, quando dom Antônio dos Santos Cabral foi nomeado primeiro arcebipo da cidade. O bastão será passado para a futura catedral Cristo Rei, em construção no bairro Juliana, região Norte, que deverá estar concluída em 2021. 36 |Encontro

Data: 1923 Funcionamento: segunda a domingo, das 7h às 20h Rua da Bahia, 1.596, Lourdes

A previsão é de que as obras do santuário durem cinco anos e contemplem melhorias na parte elétrica, telhado, incluindo o restauro das 140 torres, piso, pintura interna e externa. O governo estadual liberou 100 mil reais para as obras, no final do ano passado. “A igreja será um cartão-postal ainda mais belo da cidade”, diz o pároco Marcelo Carlos. Belo também é o adjetivo que os belo-horizontinos e turistas estão usando diante da fachada principal da igreja de São José, no centro. Ela foi restaurada e as cores originais voltaram à cena. Os trabalhos tiveram início há dois anos, mas o restauro e melhorias internas

Basílica de Lourdes: templo foi elevado a basílica menor em 1958

começaram em 2012. “Foram necessários mais de 4 milhões de reais. Tudo angariado junto à comunidade”, afirma o vigário paroquial Flávio Santos Campos. A partir de junho, será iniciado o restauro das laterais da igreja, erguida em 1900. O trabalho deverá ser concluído em 18 meses e vai demandar mais de 1 milhão de reais. Outras duas relevantes igrejas ainda não têm projetos de restauração, mas são igualmente importantes na história da cidade. A capela curial de Nossa Senhora do Rosário, na rua São Paulo, esquina com avenida Amazonas, foi a primeira a ser criada na então novíssima

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CIDADE | IGREJAS Gláucia Rodrigues

Catedral da Boa Viagem

Santuário de Nossa Senhora da Boa Viagem: linhas neogóticas dão imponência ao templo. Interior (no detalhe) terá de volta as cores originais

Capela Curial de Nossa Senhora do Rosário

Data: 1923 Funcionamento: segunda a domingo, das 6h às 22h; 22h às 6h (Adoração Noturna) Rua Sergipe, 175, Funcionários

capital mineira, em setembro de 1897. Como a cidade ainda não contava com uma igreja matriz, lá eram realizadas as principais celebrações da cidade. A matriz atual, a igreja de São José, só abriu as portas em 1904. “Desde a sua abertura, a capela do Rosário se tornou um templo democrático”, diz o monsenhor Geraldo Calixto, há 21 anos à frente da capela. “Ri38 |Encontro

Rogério Sol

Data: 1897 Funcionamento: segunda a domingo, das 8h às 19h30 Rua São Paulo, 759, centro

cos e pobres se encontram aqui.” A basílica de Nossa Senhora de Lourdes, no bairro de mesmo nome, também foi inaugurada em 1923. Não por acaso, sua arquitetura recebeu a mesma influência da catedral da Boa Viagem: o imponente e sofisticado estilo neogótico. Mais conhecida como igreja de Lourdes, passou a receber, sobretudo

Capela de Nossa Senhora do Rosário: Primeiro templo católico de BH, acabou espremida entre prédios e pelo crescimento da cidade

na primeira metade do século XX, as famílias mais tradicionais da cidade. Isso pode ser explicado por estar próxima do principal centro do poder do estado, o Palácio da Liberdade. “As missas dominicais eram um desfilar de belos vestidos”, diz Maria da Glória Vargas Ramos, de 84 anos, que há 50 participa dos trabalhos na paróquia. z

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IBRRA Saúde

Diagnóstico ajuda na busca por embriões sadios

Ibrra/Reprodução

Conheça o método que auxilia a reprodução assistida e evita que graves doenças genéticas cheguem a uma nova geração Em diversos campos da medicina, os avanços em técnicas e tecnologias promovem o aprimoramento de tratamentos e de procedimentos diagnósticos ou preventivos. Na medicina reprodutiva, um desses métodos inovadores é o Diagnóstico Pré-implantacional (DPI), que tem se mostrado forte aliado na prevenção de transferência de embriões que possuam graves doenças hereditárias. Após a coleta e fertilização do óvulo pelo espermatozoide fora do corpo da mulher, o DPI é realizado. O procedimento consiste na retirada de células do embrião, por meio de técnicas microcirúrgicas, para analisar a composição genética (cromossômica ou gênica). A ideia do processo não é observar as características do embrião, como cor dos olhos ou sexo, mas sim a presença de doenças que fazem parte do histórico familiar ou são mais recorrentes quando observados outros fatores, como idades dos pacientes envolvidos no procedimento. Dessa forma, e por meio de uma varredura genética, é possível determinar se o embrião tem anomalias. Diferentes técnicas são utilizadas nesse procedimento e avaliam se as células indicam a presença: – de uma doença monogênica, ou seja, uma falha ou mutação em um gene, como é o caso da fibrose cística (enfermidade que afeta pulmões, fígado e pâncreas, por exemplo); – de alterações cromossômicas numéricas, como as que causam a síndrome de Turner (que pode originar uma variedade de problemas, como má-formações cardíacas) e a síndrome do X frágil (cuja consequência pode ser a debilidade intelectual). – de problemas na estrutura de um cromossomo do embrião, o que ocorre se um fragmento está trocado de lugar ou ausente. Dessa maneira, o processo permite concluir se o embrião é, de fato, sadio. O DPI é indicado para pacientes que têm histórico familiar de doenças hereditárias; para homens com alteração severa no sêmen; e mulheres em idade avançada, já que a grande maioria apresenta baixa qualidade dos óvulos.

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Após a formação do embrião fora do corpo da mulher, são usadas técnicas microcirúrgicas durante o procedimento que identifica anomalias e doenças hereditárias

Também é sugerido a casais com histórico de abortos recorrentes e com falhas em tratamentos de reprodução assistida. Nesses casos, os pacientes geralmente formam embriões anormais, o que diminui as chances de gravidez. A análise e seleção de embriões através do DPI permitem transferir ao útero materno somente aqueles sadios, aumentando a probabilidade de gravidez e de nascidos vivos. Embora os resultados sejam controversos e variados, frente aos diferentes motivos de indicação médica, com o uso da técnica, observa-se um aumento na taxa de implantação dos embriões e uma redução dos casos de gravidez múltipla. A equipe médica do IBRRA Medicina Reprodutiva realiza o procedimento DPI quando indicado para o diagnóstico precoce de alterações cromossômicas e doenças genéticas. “Oferecer tecnologia médica de excelência faz parte do nosso trabalho”, garante o médico Bruno Scheffer, responsável pelo instituto.

Tem dúvidas sobre a reprodução assistida? Envie sugestões de temas para a próxima edição pelo e-mail ibrra@ibrra.com.br Responsável técnico: Dr. Bruno Scheffer CRM-MG 31 394 Esse texto é meramente cientifico, não sendo seu objetivo o questionamento ético e/ou religioso

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COMPORTAMENTO | CURIOSIDADE

Meu nome é Davi Os nomes bíblicos estão entre os mais registrados em BH no ano passado, tanto para meninos quanto para meninas GEÓRGEA CHOUCAIR

O pequeno Davi é o primeiro filho do casal Luciana Kelly Lisboa Almeida e Érico Porthos de Almeida. Ele nasceu em outubro do ano passado e o nome foi escolhido no quinto mês de gestação. A chance de ele ter coleguinhas com o mesmo nome é grande, pois centenas de mães e pais em Belo Horizonte tiveram a mesma ideia. Davi liderou a preferência nos registros de 2015. Foi escolhido para 1.042 bebês da capital, seguido de Miguel, João, Davi nasceu em outubro e recebeu o nome mais registrado entre os meninos da capital: “Somos encantados com a história do rei Davi”, afirma a mãe, Luciana Kelly

2 F Victor Schwaner

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Classifi MG Nº

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Arthur e Bernardo. O levantamento, feito pelo Sindicato dos Oficiais de Registro Civil do Estado de Minas Gerais, mostra que nomes bíblicos estão no topo da preferência para meninas também. Maria lidera, em nomes simples e compostos, com 1.246 registros, seguido de Ana. “Há grande número de evangélicos na capital. E eles preferem os nomes bíblicos”, diz Maria Candida Baptista Faggion, oficial do Registro Civil do 2º Subdistrito de Belo Horizonte. É o caso dos pais Luciana e Érico, admiradores de salmos atribuídos ao rei de Israel Davi, personagem bíblico que é referência entre os cristãos. David ou Davi vem do hebraico e significa amado. “Somos encantados com a história dele”, afirma Luciana. A devoção também levou a pequena Maria Teresa, de 5 meses, a receber o nome. “Queríamos um nome santo para a nossa filha”, afirma a mãe, a enfermeira Poliana Elias Pires de Holanda. “E ficamos felizes de outras pessoas também escolherem Maria para seus bebês”, diz. Nomes de jogadores de futebol, ar-

Alexandre Rezende

Maria Teresa, de 5 meses, com a mãe, Poliana Holanda: “Queria um nome santo para a minha filha”

tistas e personagens de novelas também costumam entrar para o topo da lista em determinadas épocas, segundo a oficial Maria Candida. Cauã, por exemplo, aparece no ranking dos 50 mais registrados em Belo Horizonte em três formatos em 2015: Kauan, Kauã e Cauã. A moda pode ser influenciada pelo estrelato do ator global Cauã Reymond. O jogador da seleção brasileira de futebol David Luiz também ganhou diversos xarás nos cartórios da capital no ano da Copa do Mundo. Na hora de escolher o nome, no entanto, é preciso ficar atento à sonoridade e grafia. “Muita gente quer colocar o sobrenome de alguém para homenagear. Mas, se for de outra família, não pode”, observa Maria Candida. Ela também lembra que há dispositivo na lei que permite aos oficiais não registrar nomes que possam expor seus portadores ao ridículo. Quer se divertir com alguns exemplos que já foram parar na Justiça? Abikeila, Jurreverson, Todt, Iolo, Latoya Lorraine e Haynnar Tukiara Natacha. Sim, os pais insistiram nos nomes, mas os oficiais negaram. ❚

NOVO SHOW TODO AMOR DO MUNDO

APRESENTA

Lançamento do CD e LP

27 DE FEVEREIRO

04 E 05 DE MARÇO NÃO RECOMENDADO PARA MENORES DE 12 ANOS

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Av. Nossa Senhora do Carmo, 230

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ESTÉTICA | TATUAGEM Victor Schwaner

Os arrependidos

A recepcionista Jéssica Oliveira removeu tatuagem colorida que tinha atrás da orelha: “Mantenho apenas uma no tornozelo e não pretendo fazer outras”

agradecem

Fazer tatuagem é um sonho, mas retirá-la pode se transformar em um transtorno. Tratamentos a laser são mais rápidos e seguros. A eficácia, no entanto, vai depender de cada caso 42 |Encontro

DANIELA COSTA

Um ato impensado na adolescência, em um momento de rebeldia, e o seminarista Jean Vitor Fernandes, de 20 anos, tomou uma decisão da qual se arrependeu. A pequena tatuagem feita no pulso com a imagem de uma caveira, quando contava apenas 15 anos, tornou-se um transtorno em sua vida. “É como se fosse uma âncora me prendendo ao passado e me impedindo de seguir em frente”, diz. Mesmo ainda muito jovem, ele afirma que encontrou a sua verdadeira

vocação e se prepara para sua ordenação na Igreja Católica. “Essa tatuagem não condiz com minhas crenças atuais”, afirma Jean Vitor. Assim como ele, muitas são as pessoas que por impulso ou modismo decidem gravar alguma imagem no corpo. O que muitos nem pensam nessa hora é que voltar atrás é algo complicado. Embora existam tratamentos para clarear os pigmentos da tinta utilizada, o processo é doloroso, demanda tempo, custa caro e deixa marcas na pele. Os especialistas da área alertam: antes de op-

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ESTÉTICA | TATUAGEM tar por fazer um desenho definitivo, é preciso pensar muito. Jean se prepara para realizar a segunda sessão a laser e ainda precisará de pelo menos mais três para apagar de vez o símbolo que tanto o incomoda. No seu caso, por ser uma tatuagem pequena e de apenas uma cor, a remoção será total. O mesmo não acontece com tatuagens grandes e coloridas. As cores verde, vermelha e azul são as mais difíceis de serem removidas. “O laser reconhece o pigmento e despigmenta a tatuagem. No entanto, existe um momento em que não funciona mais. Além disso, se a pele do paciente tiver sido machucada e passado por um processo de cicatrização, essa marca permanecerá”, explica o médico Luiz Diniz, dermatologista da Clínica da Pele. Em relação a outros métodos, os lasers para a remoção de tatuagem são mais seguros e eficazes. “A remoção a laser de tatuagem obedece à teoria da fototermólise seletiva, que consiste na destruição de alvos específicos na pele, como a melanina, limitando o dano térmico e protegendo os tecidos ao redor, evitando queimaduras”, explica o médico Bruno Vargas, dermatologista da Clínica Inovatto. Contudo, para que o resultado seja satisfatório, é preciso considerar o tipo de pele, a qualidade do pigmento utilizado e os cuidados após sua retirada. Peles negras, que são naturalmente mais pigmentadas, estão mais sujeitas a manchas. Os motivos que contribuem para bater aquele arrependimento após a realização de uma tatuagem são vários. Os mais comuns são desenhos malfeitos, realizados com tinta de má qualidade, quando o sonho de ter uma arte perfeita estampada no corpo se perde em meio a terríveis borrões. Uma das causas mais frequentes é o desejo de se livrar de nomes de amores passados. “A busca pela beleza do corpo é mutável, o que provoca mudanças de opinião a respeito de desenhos ou mensagens anteriormente realizadas”, diz a dermatologista Joana Barbosa Alves de Sousa, da Lumina Laser. Há quatro anos, a recepcionista Jéssica Paula de Oliveira, de 23 anos, tatuou uma pimentinha vermelha bem atrás da orelha. Com o desejo de fazer concurso público e já insatisfeita com o desenho, decidiu remover a tatuagem. “Era muito colorida e me incomodava. Na época ficou muito escura”, diz. Após algumas sessões a laser, nem se lembra mais daquele pequeno incômodo. “Mantenho apenas uma que tenho no tornozelo e não pretendo fazer outras”, diz. z 44 |Encontro

PARA APAGAR O que os tratamentos a laser oferecem CUSTO DE CADA SESSÃO A partir de 250 reais (varia de acordo com o tamanho e a cor da tatuagem) DURAÇÃO DE CADA SESSÃO 25 minutos, em média QUANTIDADE DE SESSÕES NECESSÁRIAS Varia de acordo com o desenho a ser retirado e a reação da pele ao tratamento. Em média, são necessárias de três a 11 sessões, com intervalos mínimos de 30 dias MANCHAS OU BORRÕES Podem ocorrer em cores fortes como verde, vermelho e azul

REAÇÕES NA PELE Após a aplicação do laser, a pele pode apresentar coloração esbranquiçada e a região ao redor ficará avermelhada e um pouco inchada, sintomas que desaparecem em poucos dias Manchas claras no local da aplicação podem ocorrer ocasionalmente, principalmente em pacientes de pele mais escura ou bronzeados Infecções no local são raras, mas podem acontecer

CONTRAINDICAÇÕES Gravidez Portadores de doenças graves e imunossupressoras Fontes: especialistas consultados Gustavo Andrade

O pequenino desenho de caveira feito no pulso se tornou um pesadelo na vida do seminarista Jean Vitor Fernandes: “Não condiz com minhas crenças atuais”

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SAÚDE | ESTÉTICA Samuel Gê

A empresária Sabrina Oliveira, de 28 anos, livrou-se do incômodo: “Eu me dediquei às aulas de musculação aliadas ao muay thai e boxe. Ganhei tanto em estética quanto em saúde”

XÔ,

CELULITES Para se livrar dessa assombração que assusta principalmente as mulheres, não existe milagre. É preciso aliar dieta balanceada à malhação. Confira as dicas

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Fotos: Pedro Nicoli

DANIELA COSTA

De repente, você observa que a aparência do seu glúteo não está legal e depara com furinhos que até então não existiam. É o indício de que a tão inconveniente celulite se instalou e com ela aquela pontinha de insegurança e baixa autoestima. Os primeiros sinais são quase invisíveis. No começo, surgem pequenas depressões na pele, que podem ou não evoluir para o efeito casca de laranja, geralmente acompanhado de flacidez. Eclética, a celulite (que recebe o nome científico de lipodistrofia ginoide) atinge mulheres de perfis variados e, sem nenhuma cerimônia, deixa marcas desagradáveis, especialmente nas coxas, nos quadris e nos glúteos. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, o incômodo é compartilhado por oito em cada 10 mulheres após a puberdade, sendo mais incidente em peles claras. Já os homens raramente sofrem com o problema, exceto quando apresentam algum desequilíbrio hormonal. Para quem quer se ver livre dessa assombração, o jeito é correr atrás do prejuízo. Mas prepare-se. A tarefa exige muito esforço e disciplina. O passo inicial é manter o nível de gordura corporal baixo, o que requer mudar o cardápio. “A boa alimentação reduz a inflamação da pele, melhora a circulação sanguínea e favorece a eliminação de substâncias tóxicas”, explica a nutricionista Hanna Vita. É imprescindível resistir à tentação dos doces, massas, pães, bolos e biscoitos, mesmo que isso signifique abolir o brigadeiro da sobremesa, substituir o pãozinho francês por pequenas porções de castanhas e a macarronada por alface. Lembre-se: a causa é nobre. A dica é consumir alimentos com baixo índice glicêmico e ricos em fibras. “Eles são absorvidos de forma mais lenta pelo organismo, dando mais sensação de saciedade e evitando o ganho de peso”, diz Hanna. O próximo passo é vencer o sedentarismo e fortalecer a musculatura. Como não existe mágica, o jeito é arregaçar as mangas e encarar as

A personal trainer Carla Beatriz Lima, de 37 anos, faz musculação, exercícios aeróbicos e cuida da dieta: “Não sofro com a celulite”

Triatleta, Leonardo Rodrigues, de 40 anos, vê outras vantagens em malhar os glúteos: “Faz com que as demais musculaturas ajam com maior potência”

atividades físicas. O que pouca gente sabe é que a região dos glúteos é a responsável pela estabilização pélvica e da coluna vertebral. “Além de acabar com a flacidez e diminuir as marcas da celulite, o fortalecimento da região ajuda a manter a postura correta, evita desníveis, queda de quadril, mantém o alinhamento dos joelhos e do corpo como um todo”, explica Marcello Rebouças Guerra, educador físico da academia Runner. O triatleta Leonardo César Mendonça Rodrigues, de 40 anos, precisa de estabilidade física total para correr, pedalar e nadar. “A musculatura dos glúteos sustenta o quadril e a coluna, e faz com que as outras musculaturas ajam com maior potência, o que melhora o meu desempenho nas provas”, diz. Alguns dos exercícios que fortalecem o quadril podem ser praticados em casa, entre eles, o agachamento. “Sem dúvida, é a atividade mais eficaz para trabalhar os glúteos e a praticamos até mesmo sem perceber. Quando subimos e descemos escadas, quando nos sentamos ou levantamos, já estamos nos exercitando”, diz Luzana Rodrigues da Mota, educadora física da Companhia Athletica. Outros exercícios mais elaborados devem ser feitos FEVEREIRO DE 2016

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SAÚDE | ESTÉTICA OPERAÇÃO TAPA-FURINHOS Saiba o que é e como combater a celulite O QUE É? Alteração causada pelo acúmulo de gordura, água e toxinas nas células, em regiões como coxas, quadris e nádegas

QUE ESTÁGIOS ATINGE Nível 1 - só aparece quando a pele é tensionada Nível 2 - a pele apresenta alterações superficiais, sem grandes depressões

ATIVIDADES FÍSICAS INDICADAS

Nível 3 - a pele ganha aspecto irregular, estilo casca de laranja Nível 4 - pele com lesões abundantes e bem marcadas. Pernas pesadas e doloridas

TRATAMENTOS MAIS COMUNS Drenagem linfática – elimina líquidos acumulados nos tecidos Massagem modeladora - atua tanto sobre o sistema linfático quanto sobre as placas de gordura Creme anticelulite - promove a quebra da gordura local, melhora a microcirculação e estimula a produção de colágeno

PRINCIPAIS CAUSAS Predisposição genética Dieta rica em gordura Metabolismo lento Sedentarismo Alterações hormonais Tabagismo Estresse Desidratação

com acompanhamento profissional, para não resultar em problemas de saúde como torsões e lesões. Há quatro anos, a empresária Sabrina Oliveira, de 28 anos, tinha o corpo magro, mas ficava incomodada com o glúteo pequeno. Para piorar, 48 |Encontro

Exercícios aeróbicos – 30 minutos diários de caminhada, corrida ou natação, entre outros, ajudam na queima de calorias, redução de gordura e prevenção da celulite

Exercícios com pesos – De três a quatro vezes por semana para construir massa muscular. Treinos indicados: agachamentos, levantamentos, extensão de quadril e suas variações. Caminhar e subir escada também auxiliam

mesmo pesando apenas 48 quilos, distribuídos em 1,61 metro de altura, tinha alto percentual de gordura corporal e se incomodava com a celulite. Hoje está com 60 quilos, mas exibe um corpo definido. “Eu me dediquei às aulas de musculação aliadas ao

muay thai e boxe, além de melhorar a alimentação. Ganhei tanto em estética quanto em saúde”, diz. Segundo a personal trainer Carla Beatriz Costa Lima, de 37 anos, a região dos glúteos é a que mais acumula gordura, especialmente na mulher.

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Cuidados com a alimentação O QUE DEVE SER EVITADO Açúcar refinado, doces, arroz branco, batatainglesa e alimentos feitos com farinhas refinadas como macarrão, pão francês, bolos e biscoitos OS INDICADOS PARA PREVENÇÃO E TRATAMENTO Boro: vegetais folhosos escuros, algas, frutos do mar e rabanete. Mantém a organização das fibras elásticas, diminui o inchaço e acúmulo de água Silício: aveia, cevada, avelã, feijão, banana, alho, aspargo, cebola. O mineral estimula a produção de colágeno e mantém a elasticidade e firmeza da pele Enzimas: bromelina (presente no abacaxi) e papaína (presente no mamão). Possuem ação anti-inflamatória Alcachofra: tem ação diurética e auxilia na eliminação de substâncias tóxicas do organismo Centella asiática (chá): tem ação anti-inflamatória Chá verde: tem ação anti-inflamatória, antioxidante e termogênica Frutas vermelhas: morango, framboesa, amora, cranberry, mirtilo, goji berry e açaí. Possuem ação antioxidante e eliminam os radicais livres que danificam os tecidos Óleo de linhaça: tem ação anti-inflamatória Castanha-da-índia: melhora a microcirculação Gengibre: acelera o metabolismo e tem propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes Água: responsável pelo transporte de substâncias no organismo e pela eliminação das toxinas Fontes: especialistas consultados

Mãe de uma filha de 10 anos, ela conta o segredo da boa forma. “Muito treino e dedicação. Faço musculação e exercícios aeróbicos, e mantenho dieta equilibrada. Não sofro com a celulite.” O dermatologista Everson Rezeck ressalta que o combate aos furinhos

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requer tratamentos conjuntos e permanentes. “Não existe cura definitiva, e sim um controle do nódulo celulítico. Por isso, para evitar o efeito rebote, os cuidados com alimentação e atividade física devem ser contínuos”, diz o médico. ❚

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SAÚDE | NUTRIÇÃO

Da caixinha também vale? A água de coco caiu nas graças dos que não querem ganhar uns quilos a mais, mas suas versões ainda geram dúvidas ALINE GONÇALVES

É ideal para quem pratica esportes, é indicada por nutricionistas para quem quer perder peso e até minimiza os efeitos da ressaca. Versatilidade poderia ser o sobrenome da água de coco, cujos benefícios, graças à riqueza de mineiras (potássio, sódio e magnésio) e ao baixo teor de açúcar, são assegurados por especialistas. Por outro lado, praticidade é seu ponto fraco. Imagine, no dia a dia, levar aquela “bola pesada” na marmitinha do lanche? Foi por causa disso e para estender a vida útil da bebida que empresas investiram em versões engarrafadas e em caixinha. Com as mudanças, ficou fácil manter a água de coco na rotina, mas os novos formatos despertam dúvidas. Segundo especialistas, por mais que as indústrias digam que não há diferenças,

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VANTAGENS EM CONSUMIR PONTOS POSITIVOS É indicada para hidratar quem teve perda rápida de água, como atletas É recomendada para grávidas, crianças e idosos Sugere-se, em geral, o consumo entre 200 ml e 600 ml por dia Tem calorias reduzidas FIQUE ATENTO Não substitui a água normal Tomada em grandes quantidades diárias, pode desregular a quantidade dos minerais do corpo Diabéticos, hipertensos e pessoas com problemas renais devem consumi-la sob orientação médica Fonte: Conselho Regional de Nutrição MG

as opções em caixinha não são iguais ao produto obtido direto do fruto verde, apesar de apresentarem pontos positivos. “Sempre há uma perda de nutrientes no processo de industrialização, mas, no caso da água de coco, os produtos em caixinha, em geral, mantêm características saudáveis. O problema é que essas versões podem conter corantes, antioxidantes, acidulantes e aromatizantes não tão benéficos. Alguns, inclusive, desencadeiam processos alergênicos e distúrbios gástricos em pessoas com sensibilidade”, explica a nutricionista Márcia Braga, do Conselho Regional de Nutricionistas de Minas Gerais. Assim, caso não seja possível consumir a água extraída na hora do coco verde, a sugestão são os engarrafados (água de coco refrigerada), disponíveis em diferentes supermercados de BH, cuja durabilidade é de cerca de dois dias. Já a água de coco disponível em embalagens Tetra Pak aparece como terceira opção, e é preciso ficar atento ao rótulo. Desde 2009, uma instrução normativa da Anvisa regulamenta as boas práticas para as indústrias que processam o produto. Por isso, a confiabilidade na descrição das informações da embalagem é segura. Ao lê-las, é preciso observar os ingredientes incluídos na composição e se a água de coco foi reconstituída. “A perda de nutrientes do produto nesse tipo é agravada”, explica Márcia. “Isso porque a água de coco reconstituída passa por um processo de evaporação e concentração”, diz. O que significa que ela foi transformada em uma pasta ou um pó concentrado, e, depois, adicionada água e sacarose para voltar ao estado líquido adocicado. Ainda assim, a nutricionista não tem dúvidas de que a água de coco é boa alternativa de bebida para quem busca uma vida saudável. “Até a reconstituída é melhor que um refrigerante ou aqueles sucos com mais néctar que fruta”, diz. ❚

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Segurança em primeiro lugar

Rogério Sol

Especialistas em Endoscopia Digestiva e Cirurgia Bariátrica, Henrique Eloy e Dewey Guimarães explicam os cuidados fundamentais nos tratamentos com balão gástrico Graças a sua versatilidade e à possibilidade de aplicação sem intervenção cirúrgica, o método do balão gástrico tem se firmado como uma das principais alternativas nos tratamentos para a perda de peso. Indicado para pacientes com sobrepeso ou obesidade, o método oferece resultados rápidos sem necessidade de internação, por meio da inserção de um balão de silicone no estômago, que ajuda a reduzir o apetite e a provocar sensação de saciedade. “É um procedimento seguro e rápido, mas que não deve ser realizado de maneira irresponsável, sem os cuidados médicos adequados”, diz o cirurgião e endoscopista Henrique Eloy. Ao longo dos anos, essa atenção redobrada à segurança do paciente se tornou característica marcante da Clínica Endogastro, onde o Dr. Henrique coordena os tratamentos de emagrecimento, em parceria com o também cirurgião e endoscopista Dewey Guimarães. Com mais de 20 anos de atuação, a clínica ocupa, hoje, posição de referência em tratamentos com balões gástricos em Belo Horizonte, e comemora a marca de mais de 1.300 procedimentos realizados com sucesso. Para o Dr. Dewey, o princípio fundamental desse tipo de procedimento está no cuidado com a preparação e orientação do paciente. “Antes do procedimento, encaminhamos os pacientes a um psicólogo e a um nutricionista, e pedimos todos os exames pré-operatórios”, afirma. Além de contar com profissionais dessas áreas em seu próprio corpo clínico, a Endogastro dispõe de especialistas em endocrinologia, gastrenterologia clínica, cirurgia bariátrica e cirurgia plástica. Outro cuidado relacionado à segurança do paciente é a realização dos procedimentos somente em blocos cirúrgicos, com presença de anestesista e enfermeiros. Com isso, diminui-se o risco de alguma complicação não

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prevista, ainda que estas sejam muito raras no método do balão. No caso da Endogastro, esses procedimentos são realizados no hospital ULC pertencente ao complexo hospitalar do Lifecenter e contam com a presença de dois especialistas em balão gástrico e cirurgia. “Essas precauções oferecem mais conforto tanto para o paciente como para nós, médicos”, acredita Dr. Dewey. Após a inserção do balão, o acompanhamento é feito em consultas mensais ou bimestrais, durante seis meses ou um ano, a depender do modelo de balão escolhido. Mas o sucesso do tratamento, como bem lembra o Dr. Henrique, não depende somente dos médicos ou do método: “A colocação do balão vem atrelada a mudanças nos hábitos alimentares e, muitas vezes, à recomendação de atividades físicas. Por isso o comprometimento do paciente com o tratamento é absolutamente fundamental”.

Av. Bernardo Monteiro, 890 – Sala 1001/ Santa Efigênia Tel: (31) 3222-6422 / (31) 3222-2295 Dr. Henrique Eloy Bueno Câmara - CRM-MG 16945 Dr. Dewey José de Almeida Guimarães – CRM-MG 18138

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PET | SAÚDE Samuel Gê

Juan e Sofia, da raça west highland, fazem 30 minutos de esteira, duas vezes ao dia: “A família toda mudou de comportamento”, diz a advogada Cristiana Guimarães

Pet na medida certa A obesidade de animais requer cuidados, a fim de prevenir sérios problemas de saúde. Saiba como evitá-la DANIELA COSTA

No início, os quilinhos a mais dos cães da advogada Cristiana Aguiar Guimarães, da raça west highland white terrier, não a incomodavam. Quando saía à rua para passear, sempre ouvia comentários sobre como eram “fofinhos”. Só percebeu a gravidade da situação quando Juan, com apenas 3 anos de idade, teve dificuldades para andar. “Ele começou a mancar e o veterinário constatou que o problema era o sobrepeso”, diz. A notícia trouxe mudanças consideráveis 54 |Encontro

tanto na rotina dos peludos quanto dos donos. Para entrarem na medida certa, petiscos e outras guloseimas foram abolidos do cardápio. Nada de um pedacinho de pão para o dono e outro para o cachorro. A ração também foi adequada para a opção light. Além do passeio habitual, os dogs começaram a praticar 30 minutos de esteira, duas vezes ao dia. “Fizemos uma mudança de comportamento na família toda para recuperar a saúde deles”, diz Cristiana. O esforço foi recompensado. Juan já perdeu três quilos e Sofia, com um quilo a menos, recuperou a silhueta. A obesidade nos animais é um problema grave. Estima-se que, no Brasil, 30% dos cães e 25% dos gatos sejam obesos. A veterinária Ana Beatriz Mourão Carvalhaes, especialista em nutrição animal, alerta que um dos grandes vilões da boa forma dos pets é o carboidrato. “O excesso contribui para a estocagem de gordura. Para não correr o risco, deve-se

estar atento à qualidade da ração ou do alimento oferecido”, diz. O aumento de peso traz vários riscos à saúde, entre eles, o surgimento de diabetes, problemas cardiorrespiratórios, lesões articulares e ortopédicas. “São doenças que reduzem consideravelmente a expectativa de vida dos pets. Por isso, é muito importante detectar a origem do problema e tratá-lo”, explica a veterinária Marina Pellegrino, endocrinologista do Hospital Veterinário da UFMG. “Já atendi um gato que pesava mais de 10 quilos. Ele comia por dia a quantidade de alimento indicada para um cão labrador adulto”, diz Marina. Em se tratando dos bichanos, outro agravante é a dificuldade de fazê-los se exercitar, ainda mais quando vivem em apartamento. “Os cuidados devem ser redobrados com os gatos castrados, pois têm tendência natural a engordar”, diz Márcia Moller, veterinária especialista em felinos da Clivet. A dica é utilizar brinquedos varia-

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PET | SAÚDE DE OLHO NA BALANÇA Fatores que mais contribuem para a obesidade nos pets Falta de atividade física Excesso de carboidrato na alimentação Castração Doenças como hipotireoidismo

Pastor-alemão: tendência à displasia coxofemural Golden retriever, labrador e rottweiler: precisam de exercícios diários e dieta equilibrada para manter a forma

GRUPO DE RISCO Fêmeas, animais castrados e idosos RAÇAS COM MAIS TENDÊNCIA Beagle: tendência a formar lipomas e tumores benignos relacionados ao acúmulo de gordura Boxer: pré-disposição ao hipotireoidismo Dachshund: com a coluna alongada, o excesso de peso significa dores e desgaste ósseo Bulldogue Inglês e Pug: a obesidade aumenta o cansaço e dificuldade para respirar

CONSEQUÊNCIAS DA OBESIDADE Risco aumentado em cirurgias Maior pressão sobre o coração, pulmões, rins e articulações Agravamento de doenças articulares, como a artrite Desenvolvimento de problemas respiratórios Desenvolvimento de diabetes Aumento da probabilidade de desenvolver tumores Baixa do sistema imunológico Problemas gastrointestinais Samuel Gê

A porquinha-da-índia Ariel (na balança) e o hamster Gasparzinho estão de dieta: “Poucos gramas a mais fazem muita diferença para a espécie”, diz o massoterapeuta Alessandro Silva Campos

dos para estimulá-los a se exercitar. E não são apenas os cães e gatos que sofrem para manter a boa forma. Outros animais de estimação considerados exóticos também. Na casa do massoterapeuta Alessandro Silva Campos, a balança é consultada toda semana. E qual não foi sua surpresa quando observou que em poucos dias Ariel, porquinha-da-índia de 1 ano, estava com 200 gra56 |Encontro

Arquivo pessoal

A veterinária Marina Pellegrino e o gato obeso que pesava mais de 10 quilos: “Ele comia por dia a quantidade de alimento indicada para um cão labrador adulto”

mas acima do peso. “Parece brincadeira, mas isso faz muita diferença para a espécie”, explica. Para chegar a exatos 1,1 quilo, o jeito foi regrar a ração, o capim e o feno, e colocá-la para se exercitar brincando com os coleguinhas em casa mesmo – ele tem pelo menos 20 roedores. “Assim, eles correm e queimam calorias”, diz Alessandro. Outro que entrou na mira da balan-

ça foi o pequeno Gasparzinho, hamster que, no auge dos 60 gramas, também precisou emagrecer. “No caso dele, aumentei as atividades na rodinha.” Mas os especialistas alertam. Dietas por conta própria não fazem bem para a saúde nem de gente nem de bicho. Portanto, antes de iniciar qualquer tratamento para redução de peso do seu animal, o ideal é consultar um especialista. z

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EDUCAÇÃO | ATIVIDADES

Os irmãos Lucas, de 8 anos, Júlia, de 4, e Felipe Monteiro, de 3, na aula de equitação: na agenda da turminha tem ainda natação, judô e balé

Sem exageros Equitação, judô, balé, natação. Importantes para a formação física e mental das crianças, as aulas extracurriculares são bemvistas por educadores. Desde que não impeçam os pequenos de brincar 58 |Encontro

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CAROLINA DAHER E MARINA DIAS

A cada semestre, a administradora Bruna Testa Monteiro, de 38 anos, faz uma verdadeira ginástica para organizar a agenda diária de seus três filhos. Lucas, de 8 anos, faz judô, natação e equitação. Júlia, de 4 anos, não tem judô, mas faz aulas de balé. Já o caçulinha, Felipe, de 3 anos, acompanha os mais velhos na piscina e nas aulas em cima do cavalo. O trio ainda estuda em tempo integral, das 8h às 17h40. “É importante que eles façam atividades bacanas em vez de passarem horas na frente da TV”, diz Bruna. O videogame, que fica no quarto do primogênito, raramente é ligado. Para não sobrecarregar as crianças, o balé e o judô acontecem nas dependências da escola. Já equitação e natação são realizadas apenas uma vez a cada sete dias. “Para o conforto deles, contratei uma professora que dá aulas na piscina do meu prédio à noite”, diz. “Assim evito que eles se desloquem e fiquem mais cansados.”

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Victor Schwaner

Samuel Gê

Felipe Diniz, de 7 anos, começou o inglês aos 3 e não gostou: Hoje, sua única atividade é o futebol, duas vezes por semana

Mas Bruna faz questão de deixar claro: as crianças não são obrigadas a cumprir uma agenda tão cheia. Elas gostam mesmo das atividades extras. A única imposição da mãe foi a natação. “É uma questão de sobrevivência, segurança. Se não quiserem seguir, tudo bem. Só precisam aprender a nadar”, explica. Neste momento, a administradora achou melhor investir em esportes do que em línguas estrangeiras, por exemplo. “A escola cumpre esse papel de prepará-los para o mercado de trabalho. Então procurei outras experiências para eles”, completa. Manter-se ocupado é importante, inclusive para os pequenos. As aulas extracurriculares os ajudam a entender o que é disciplina, responsabilidade e, principalmente, a importância de se socializar. Entender seu papel em um grupo é fundamental para o desenvolvimento físico e mental para qualquer pessoa.

Mas, calma, tudo a seu tempo. Excesso de atividades não é coisa de criança. Na ânsia de oferecer o melhor, alguns pais exageram. É essencial ter sempre em mente que meninos e meninas precisam ter horas livres para brincar. É o que diz a psicóloga e psicopedagoga Carolina Maciel Horta. “Criança não é adulto, não pode ficar sobrecarregada de responsabilidades”, diz. Segundo ela, cerca de 40% dos pacientes que chegam ao seu consultório têm sintoma de estresse. “Cansaço excessivo, choro fácil, irritabilidade ou agressividade são sintomas de que as coisas não estão bem”, afirma. Aí é hora de colocar o pé no freio e rever as prioridades. A blogueira Lê Diniz, de 40 anos, colocou o filho, Felipe, no inglês aos 3 anos. Arrependeu-se. Percebeu que ele não gostava de ir às aulas e respeitou o tempo do menino. O cursinho ficou para mais tarde. Foi para a natação e,

no fim do ano passado, trocou a piscina pelo futebol. Hoje, aos 7 anos, é sua única atividade extracurricular. “Mais do que isso, acho um exagero. Agora, com o início da escola, ele começa a ser avaliado com provas. E o Felipe precisa ter tempo de ser criança”, diz. Para ela, alguns pais ficam ansiosos para que os pequenos falem muitas línguas, sejam os melhores da turma. “Acho que o mais importante nesta fase da vida é que a criança aprenda a ter responsabilidade. Tem de dar conta da atividade que se propôs. Não adianta fazer mil coisas e não conseguir se concentrar ou ficar extremamente cansada”, diz. Às sextas-feiras, a agenda de Felipe é livre. É dia de convidar um amiguinho para brincar em casa ou fazer programas em família. “Não se pode esquecer que a criança aprende brincando. Não é tempo desperdiçado”, diz Lê. Para facilitar a vida corrida dos pais, FEVEREIRO DE 2016

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EDUCAÇÃO | ATIVIDADES

O skate é um dos esportes que Arthur Avellar Cezílio, de 7 anos, pratica: apesar da agenda cheia, ele faz só o que gosta Pedro Nicoli

NO RITMO CERTO Atividades adequadas para cada faixa etária ATÉ 2 ANOS É o momento de a criança descobrir as coisas ao seu redor. É quando aprende a se socializar, por isso a importância de interagir com outras crianças. Não é recomendada nenhuma atividade extra nesse período, apenas brincadeiras 3 A 5 ANOS Normalmente, é quando a criança começa a frequentar a escolinha. As brincadeiras passam a ser mais organizadas. É preciso investir na fantasia. Além da escola, o ideal é que os pequenos tenham uma atividade extra, que deve ser mais lúdica, como música e natação. É nessa fase também que elas começam a mostrar interesse por determinadas áreas. E as aulas extracurriculares podem ajudá-las nessa experimentação A PARTIR DOS 6 ANOS A exigência escolar se torna maior, aumentando também as responsabilidades. Os horários devem ser organizados para evitar estresse. É importante ter uma hora específica para realizar a tarefa de casa e os trabalhos escolares. Atividades extras em grupo, como futebol, balé e inglês, são recomendadas. Nesse período de alfabetização, muitos pais “esquecem” que os filhos ainda são crianças e exageram nas atividades. É preciso lembrar que os pequenos precisam ter tempo livre para brincar A PARTIR DOS 12 ANOS A escola é a prioridade e exigirá cada vez mais dedicação. Ensine aos adolescentes a organizar seu tempo. As atividades extracurriculares devem ocupar no máximo três horas diariamente, incluindo aí o momento de realizar as tarefas de casa. É importante que os jovens façam atividades que lhe tragam prazer, como tocar um instrumento e praticar um esporte Fonte: psicopedagoga e psicóloga Carolina Maciel Horta

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a maioria das escolas disponibiliza em seu próprio espaço físico atividades especializadas. É o caso da Vila da Criança, no Sion. Os 210 alunos da educação infantil têm a chance de fazer futebol, música, balé e judô no contraturno das aulas regulares. “Para as crianças também é uma vantagem, pois elas estão em um espaço que dominam e sabem a quem recorrer caso precisem de ajuda”, afirma a coordenadora pedagógica, Eulália Morais. O Sistema Batista tem a Escola de Esportes e Línguas dentro da sua unidade, no Floresta. “Poder fazer tudo em um único lugar tem como vantagem a segurança, além da otimização do tempo”, diz o coordenador de esportes do colégio, Daniel Claber Simões. Para ele, o esporte deve ser um aliado, e não um peso na vida dos meninos. “Criança precisa de rotina, mas essa não pode ser maçante ou pesada demais. Os pais precisam estar sempre atentos se não estão cobrando muito”, diz. Não existe contraindicação para as atividades extracurriculares, desde que sejam ministradas na dose certa. A especialista em políticas de educação infantil Lívia Fraga Vieira, professora da UFMG, afirma que muitos pais planejam a trajetória escolar e profissional dos filhos quando eles mal saíram das fraldas. “Com o olhar fixo no futuro, muitos estão fazendo com que as crianças deixem de viver a infância”, diz. Para a especialista, as aulas extracurriculares trazem diversos benefícios, mas não podem substituir o tempo com a família. “A convivência é a chave. O que se espera é que os pais deem atenção e acompanhe a vida de seus filhos”, afirma. “O investimento afetivo é essencial para o desenvolvimento.” O dia a dia de Arthur Avellar Cezílio, de 7 anos, é agitado. Durante as manhãs, ele faz futebol, judô e skate. Às terças e quintas à noite, volta para a quadra e faz futebol na própria escola, depois das aulas. “Ele pratica esporte desde os 3 anos. Não acho que fique sobrecarregado, pelo contrário, ele é uma criança centrada, além de ser ótimo aluno”, afirma a mãe, a funcionária pública Adriana Avellar, de 42 anos. Dentista por formação, Adriana abriu mão da carreira e prestou concurso público para ter mais tempo para ficar ao lado das crianças – ela também é mãe de Alice, de 3 anos. Como trabalha só meio período, ela pode acompanhar as aulas extracurriculares.” O Arthur faz o que gosta e seus limites são respeitados”, diz. ❚

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NEGÓCIOS | BANCO

Semear para colher Família Azevedo retoma comando total do Banco Semear e espera bons resultados para 2016, com crédito focado no consumidor final Samuel Gê

GUI TORRES

Em uma ampla sala de reuniões em um dos prédios do Grupo Seculus, na avenida Afonso Pena, o empresário Élcio Azevedo é firme na definição do que considera a número um entre as condicionantes para se erguer um banco. “Credibilidade”, diz. “Sem isso não é possível manter esta instituição.” É assim que ele, com o aval dos oito irmãos e ao lado de herdeiros, faz o banco Semear crescer a passos largos. Quando foi fundado, em 2006, depois de alguns anos atuando como financeira, o negócio era só mais um dentro do conglomerado de 10 empresas administradas pelo grupo Séculus. Mas não demorou para passar a ocupar o posto de terceiro projeto mais importante da família Azevedo, ficando atrás da Seculus da Amazônia, de relógios, e da Gran Viver, de loteamentos. A ideia nasceu para dar destino ao bom fluxo de capital da empresa, que nasceu aqui em 1960. Com maior foco em CDC (Crédito Direto ao Consumidor), mas também atuando em outros produtos, o banco ganhou impulso graças a parcerias com lojas de eletrônicos de pequeno ou médio porte que precisavam de um banco para ceder crédito para as compras parceladas. O formato cresceu, até que o Semear se juntou à Eletrosom, uma rede de varejo com quase 200 lojas espalhadas por Minas, Goiás, Mato Grosso, Bahia, Distrito Federal, Tocantins e Espírito Santo. A parceria virou sociedade e 50% da composição acionária do banco ficou com a marca, entre 2013 e agosto de 2015, quando a instituição financeira readquiriu 100% do controle. “Encontramos o caminho ideal para o banco”, diz o vice-presidente do Semear, Roberto Azevedo. 62 |Encontro

Roberto Azevedo, vice-presidente, e Élcio Azevedo, acionista: “Numa crise como esta, estamos conseguindo avançar”, diz Élcio

A nova forma de concessão de crédito deu uma guinada. O Semear passou a firmar parceria no CDC com poucos grupos, mas que possuem ampla rede de lojas no país, e assim agregou clientes como as gigantes Mundo Novo, Schumann e Grupo Leolar. “Redes pequenas estão mais suscetíveis a crises econômicas”, explica Élcio. “E com essa nova conduta, começamos a atuar nas mais diferentes praças do país e estamos, por exemplo, em Ma-

RAIO-X DA INSTITUIÇÃO Fundação: nasceu como financeira em 2002 e, após quatro anos, depois de incorporar o extinto banco Emblema, ganhou o nome de Semear Carro-chefe: CDC (Crédito Direto ao Consumidor) em parceria com grandes redes de varejo em todo o país Lucro líquido em 2015: R$ 8,5 milhões Número de contratos de CDC em 2015: 700 mil

rabá (Pará), Imperatriz do Maranhão (Maranhão) e Arapongas (Paraná).” Segundo ele, diversos bancos já investiram nesse segmento, mas poucos resistiram, o que abriu um vácuo para que o Semear ganhasse espaço e estudasse o setor, que, na visão dos dirigentes, segue em alta. “O CDC é um produto delicado de ser trabalhado, mas temos vocação e tecnologia para isso, o que vai nos permitir colher os frutos a partir deste ano. O importante é que numa crise como esta estamos conseguindo avançar”, diz Élcio Azevedo. O cenário que proporcionou o pulo do gato é mesmo favorável. Segundo pesquisa nacional realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em 2015, 79% dos brasileiros parcelam suas compras. O ramo de eletrônicos, no qual atua o grupo, é o segundo preferido para diluir a dívida. E os números do Semear não deixam mentir: querem lucrar 12 milhões de reais neste ano, quase 5 milhões de reais a mais que no turbulento 2015. ❚

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informe jurídico

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Uma nova exigência ao empreendedor nacional Adoção de mecanismos de compliance visam prevenir o envolvimento de empresas em práticas criminosas, bem como a responsabilização penal indiscriminada de dirigentes No mundo contemporâneo, em que as relações sociais, políticas e econômicas tornam-se cada vez mais complexas, também os riscos se encontram cada vez mais presentes no cotidiano. Essa realidade atinge também o setor empresarial, sobrecarregado pela alta tributação, por crises econômicas, políticas e, não raro, pelo descaso governamental. Não bastasse tudo isso, o empresariado ainda se vê acuado pela crescente expansão de leis penais tributárias, econômicas e financeiras, as quais muitas vezes desconsideram a complexidade de várias atividades. Neste cenário de insegurança e inflação legislativa, ganha relevância o instituto do compliance criminal: um procedimento empresarial de organização interna cuja finalidade é prevenir tanto o envolvimento da empresa em práticas criminosas, quanto a responsabilidade penal do empresário. Isto ocorre por meio da criação de mecanismos internos que assegurem o cumprimento das normas reguladoras do setor. Busca-se, assim, impedir que a empresa seja envolvida em crimes relacionados à sua área de atuação, como os previstos na Lei de Licitação, Lavagem de Capitais, Cartel, dentre outros, preservando, dessa maneira, a imagem institucional. Além disso, a ideia é que se evite uma responsabilização penal indiscriminada dos dirigentes do negócio, delimitando-a àqueles que possuíam, de fato, o dever de assegurar o cumprimento das normas. Longe de ser apenas uma opção ético-jurídica, o compliance é, para algumas empresas, uma obrigação legal. No Brasil, com a edição da Lei n. 12.683/12 e a criação do COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), passou-se a exigir a adoção de deveres de compliance por parte de várias empresas, especialmente das que realizam grandes transações imobiliárias, ou que movimentam elevados recursos financeiros e valores mobiliários.

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Rogério Sol

Advogado Sanzio Nogueira acredita que a necessidade de medidas de compliance veio para ficar

Nesse sentido, percebe-se um interesse estatal em fazer com que as próprias empresas se tornem responsáveis pela fiscalização de certas atividades econômicas, já que, caso elas notem alguma manifestação “suspeita”, são obrigadas a comunicar aos órgãos competentes. Portanto, a adoção de mecanismos de compliance por parte das empresas passa a ser, seja por opção preventiva, seja por imposição legal, uma realidade que veio para ficar, e a qual passará a se fazer cada vez mais presente no mundo empresarial.

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COLUNA DE DIREÇÃO | FÁBIO DOYLE fdoyle@editoraencontro.com.br Fotos: Divulgação

TORO NA ARENA Os lançamentos da indústria automobilística neste ano foram inaugurados pela FCA – Fiat Chrysler Automobile, com a apresentação, neste mês, da picape Toro. Montada sobre a plataforma do Jeep Renegade e fabricada na unidade industrial de Pernambuco, a caminhonete de porte médio da Fiat chega para enfrentar, principalmente, a Renault Oroch, sua concorrente mais direta, que foi introduzida no mercado em outubro de 2015. O segmento de picapes grandes (onde está inserida a Oroch e a Toro, segundo critérios da Fenabrave) representou 4,85% dos emplacamentos totais em 2015 (automóveis e comerciais leves) e 5,12% em 2014. A recém-chegada Oroch fechou o mês de dezembro último já em terceiro lugar no segmento, atrás da GM/S10 e Toyota/Hilux. Essa briga promete!

PEDAL ATIVO Na eterna busca pela redução do consumo de combustível, a última da Bosch é um pedal de acelerador ativo que emite uma vibração para alertar o motorista quando está pisando além do necessário. Em conjunto com o sistema de navegação ou com uma câmera que reconhece os sinais de trânsito, a inovação emite um sinal de alerta tátil aos condutores se, por exemplo, eles estão se aproximando de uma curva perigosa em alta velocidade. Segundo o fabricante, essa nova solução pode gerar redução do consumo em até 7%. Entre os efeitos “colaterais” da nova tecnologia, além de evitar acidentes, a redução das emissões de CO2 é ressaltada. Alguns carros da atualidade já trazem sinalizadores no painel de instrumento para informar aos motoristas sobre o melhor momento para mudar a marcha. Na prática, o pedal avisa ao motorista o momento em que a curva de economia e aceleração se cruzam. A Bosch busca agora interessados na indústria automobilística para o seu pedal ativo. O webspecial com detalhes sobre o pedal de acelerador conectado pode ser acessado em www. bosch-gaspedal.com.

SUA PERSONALIDADE TEM COR (I) Não é novidade que as cores que cada um prefere revelam a sua personalidade, e isso é marcante na hora de escolher a cor do carro. A Ford Europa quis ir mais fundo nessa analogia e acaba de divulgar um estudo sobre o tema. Uma revelação é de que, em muitos casos, há grandes diferenças de personalidade entre homens e mulheres que escolhem a mesma cor de veículo. Foram entrevistadas 204 pessoas, de 25 a 65 anos, no Reino Unido, por meio do método NEO PI-3, um instrumento de avaliação da personalidade. Para mostrar qual a cor de veículo mais combina com cada pessoa, a marca disponibilizou questionário on-line que traz também algumas descrições de personalidade (https://www.playbuzz. com/fordeurope/car-colour-personality-quiz).

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CÉU DE ESTRELAS A Jaguar Land Rover ultrapassou a Nissan Motor em 2015 e se tornou o maior fabricante de automóveis do Reino Unido. A produção em suas três fábricas do Reino Unido aumentou 9%, passando a 489.923 carros. Já a produção da Nissan em sua única fábrica britânica, em Sunderland, registrou queda de 4,7%, totalizando 476.589

unidades. Os dados são da associação de fabricantes e revendedores de veículos de lá. Os dias de sorte voltaram para a Jaguar Land Rover depois que foi vendida pela Ford para a Tata Motors, da Índia, em 2008. No ano passado, as vendas da montadora cresceram 24%. Contribuíram também para o bom resultado o lançamento de vários

produtos e a expansão das unidades industriais para fora de sua base britânica. Além da fábrica brasileira que entra em operação neste ano, há a fábrica da China, inaugurada em 2014, e uma nova unidade está planejada para 2018, na Eslováquia. A meta do grupo é atingir vendas de 850 mil unidades até 2020.

SAIU DA GAVETA

SUA PERSONALIDADE TEM COR (II) Mulheres que preferem carros pretos, muitas vezes, se veem como criativas e centradas na realização de tarefas, podendo ficar descontentes rapidamente se as coisas não acontecem como querem. Já os homens fãs dessa cor de automóvel se definem com desorganizados, distraídos e dependentes de outros para completar projetos. Por sua vez, homens que gostam de carros azuis seguem mais a emoção do que a razão quando tomam decisões. Já as mulheres buscam harmonia nos relacionamentos, evitam conflitos e têm grande força de vontade. Homens que dirigem carros azul-escuro são mais conservadores. Os que preferem carros vermelhos são organizados, metódicos e objetivos. Já o público masculino que gosta de carros da cor prata tem maior controle emocional. Vermelho e preto são, tradicionalmente, cores esportivas e as duas juntas fazem uma combinação arrojada, ideal para quem gosta de fortes emoções.

No ano passado, ele andou meio esquecido, meio colocado de lado. O compacto A1 Sportback agora volta a merecer a atenção da Audi e inaugura as novidades de 2016 da marca no Brasil, com novas versões: Ambition e Atraction. As mudanças estão no design interno e externo e em ganho de potência. A versão Attraction, que custa a partir de 107 mil reais, ganhou 3 cv em relação ao A1 anterior, agora com 125 cv. A Ambition (a partir de 125 mil reais), por sua vez, vem equipada com motor 1.8 Turbo FSI de 192 cv de potência, capaz de impulsionar o hatch de zero a 100 km/h em 6,9 segundos. Ambas serão oferecidas no Brasil com câmbio de dupla embreagem e sete marchas. O A1 Sportback ficou 2 cm maior no comprimento e recebeu novos detalhes no visual, além de lanternas de LED. Outra novidade é a introdução do sistema Audi Drive Select, oferecido na versão Ambition 1.8. O motorista pode utilizá-lo para alterar as características do motor e do câmbio S Tronic entre três modos: auto, eficiência e dinâmico.

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VEÍCULOS | AVALIAÇÃO

O SUV XC90 da Volvo foi o mais bem avaliado entre todos que passaram pelo crivo do Euro NCAP

Segurança é o que i Na lista dos melhores carros de 2015 do Euro NCAP, entre os cinco com melhor desempenho, três estão disponíveis no mercado brasileiro

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FÁBIO DOYLE

Não há nada melhor para a imagem de um automóvel do que ser condecorado com estrelas do Euro NCAP, o instituto europeu independente (sem ligações com as montadoras) que avalia, com rigor e competência técnica, a segurança dos modelos vendidos no mercado europeu. Agora, há também o seu similar no Brasil, o Latin NCAP, voltado para os carros da América Latina. A cada início de ano, a indústria e o mercado esperam com ansiedade a lista dos carros Best in Class do EuroNCAP, que escolhe os melhores entre todos os veículos avaliados durante o ano. Em 2015, foram mais de 40. Entre os melhores, três são vendidos no Brasil e um deles passará, inclusive, a ser montado em território brasileiro, mais precisamente na fábrica da Jaguar Land Rover, no Rio de Janeiro.

O melhor entre os SUVs – utilitários esportivos – grandes e o que conseguiu o melhor desempenho entre todas as categorias avaliadas em 2015, pelo Euro NCAP, foi o Volvo XC90. A marca sueca conseguiu 97% de aprovação – cinco estrelas – em relação à segurança e proteção do passageiro adulto, e o total de 100% pelo conjunto de tecnologias de segurança assistida que equipa o modelo. O Mercedes-Benz GLC está na lista de vencedores como o melhor SUV compacto de 2015. Já na categoria de sedãs familiares grandes, houve empate de dois: o Jaguar XE – que é vendido no Brasil e deverá ser aqui montado – e o Toyota Avensis, que não é comercializado no País. Por oferecer todo o equipamento de segurança como itens de série, o Jaguar XE foi premiado com “honra” pelo instituto europeu. Entre os modelos acessíveis ao con-

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Fotos: Divulgação

O Jaguar XE recebeu boas notas e foi premiado com “honra” pelo instituto europeu de segurança

O Mercedes-Benz GLC entrou na lista de 2015 como o melhor SUV compacto

e importa Jaguar XE 2.0 diesel ‘Prestige’, RHD

Mercedes-Benz GLC 220d- 4MATIC ‘Exclusive’

Volvo XC90 D5 ‘Momentum’, LHD

4 portas

5 portas

2015

1.569 kg

1.845 kg

2.040 kg

Sedã

SUV

Ocupante adulto

92%

95%

97%

Ocupante criança

82%

89%

87%

Pedestre

81%

82%

72%

Assistência de segurança

82%

71%

100%

Modelo testado Carroceria Ano de lançamento Peso

Categoria

★★★★★ Desempenho nos testes (*)

sumidor brasileiro, consta da lista de premiados pelo Euro NCAP o Suzuki Vitara, que terminou quase empatado com o Honda Jazz, este ainda desconhecido no Brasil. O representante da Honda ganha, no entanto, devido ao trabalho mais desenvolvido que executa na estratégia de sistema avançado de segurança. Os carros de marcas alemãs, suecas, japonesas e britânicas dominam entre os melhores. Para 2016, haverá novos desafios. O Euro NCAP introduz avaliações voltadas para a segurança dos pedestres, o AEB Pedestrian systems. Alguns carros, principalmente os que estão nos segmentos Premium, já usam essa tecnologia e deverão ser bem pontuados. ❚

(*) Os carros são avaliados nos mais diversos aspectos relativos à segurança. A nota máxima é representada por cinco estrelas, quando o carro atinge determinado percentual de acertos, que varia de acordo com o nível de evolução do sistema na indústria automotiva e a sua eficácia nos testes. No caso dos três modelos desta reportagem, todos receberam a avaliação máxima de cinco estrelas

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ENCONTRO INDICA | NEIDE MAGALHÃES MÚSICA | SHOWS INTERNACIONAIS A banda norte-americana Maroon 5 se apresenta na Esplanada do Mineirão (Pampulha), dia 11 de março, às 22h, com ingresso a partir de 300 reais. Comandada pelo vocalista Adam Levine, o grupo de Los Angeles está em turnê com o quinto álbum (V) e no Brasil passa por mais cinco capitais além de BH (SP, Rio, Porto Alegre,

Salvador e Fortaleza). No setlist, novos sucessos como Maps, Animals e Sugar, além de hits indispensáveis – This Love, She Will Be Loved e One More Night – são aguardados pelos fãs. Informações e ingressos: www. ticketsforfun.com.br. Outra atração internacional é o Iron Maiden, dia 19 de março, também na Esplanada do

Mineirão. Bruce Dickinson e sua turma fazem o show de lançamento de The Book of Souls, álbum duplo que a banda acabou de lançar. Informações e ingressos: www.livepass.com.br. Por que ir: Para começar de fato a temporada 2016 de shows com duas boas atrações estrangeiras, que têm, cada uma a seu modo, sua legião de fãs. Kevin Winter/divulgação

Andreia Bueno/divulgação

ARTES CÊNICAS | CAMPANHA A Cia. de Dança do Sesiminas une teatro e dança na montagem Pica-Pau-Rei na Estrada Real, com sessões de 27 de fevereiro a 6 de março, no Teatro Sesiminas (rua Padre Marinho, 60, Santa Efigênia), aos sábados e domingos, às 16h, na programação da Campanha de Popularização do Teatro e da Dança. Ingressos a 5 reais (postos do Sinparc) e 12 reais (inteira) e 6 reais (meia), na bilheteria. Informações: (31) 3241-7181. A coreografia e a direção artística são assinadas por Cristina Helena. Por que ir: Primeiro espetáculo do grupo voltado para o público infantil e primeira participação da Cia. Sesiminas na campanha, é boa opção de lazer para a família toda.

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Rômulo Fialdini/divulgação

ARTES PLÁSTICAS | EXPOSIÇÃO A retrospectiva Iberê Camargo: Um Trágico nos Trópicos abre o calendário 2016 de grandes exposições em BH, depois de passar por São Paulo, Rio e Brasília. Até 28 de março, 40 desenhos, 32 gravuras, 49 pinturas e 10 matrizes poderão ser vistos no Centro Cultural Banco do Brasil (Praça da Liberdade, 450), de quarta a segunda, das 9h às 21h, com entrada gratuita. O gaúcho Iberê Camargo (1914-1994) é um dos grandes nomes das artes plásticas no Brasil de todos os tempos e deixou acervo de mais de 7 mil obras, entre desenhos, gravuras e pinturas. Com curadoria de Luiz Camilo Osorio, a mostra é dividida em duas etapas: dos anos 1950 aos 1970, e de 1980 ao início da década de 1990. Por que visitar: As 134 obras – como a pintura Ciclistas (1989) – reunidas na exposição do CCBB são oportunidade imperdível de conferir um trabalho genial.

BsAs/divulgação

Tomas Rangel/divulgação

ARTES CÊNICAS | DANÇA O espetáculo argentino Tango... Viaje al Sentimiento estará em cartaz nos dias dias 17 e 18 de março, às 21h, no Cine Theatro Brasil Vallourec (praça Sete, centro). Com coreografias assinadas pelos diretores do Festival Argentina Tango Salón, o musical pretende mostrar a essência do ritmo que é um símbolo do país sul-americano. Os ingressos custam de 70 (meia) a 160 reais (inteira). Por que ir: Para assistir à performance de bailarinos como Maxi Copello e do cantor Guillermo Galvé, acompanhados de orquestra. Com direito a boas coreografias para clássicos como El Dia que me Quieras, Por una Cabeza e Volver.

MÚSICA | SHOWS NACIONAIS O calendário musical no Chevrolet Hall traz boas opções para todos os gostos. Fechando fevereiro, dia 27 tem Nando Reis acompanhado apenas de seu violão no show de lançamento do CD e LP Ao Vivo – No Recreio – Volume 1, gravado em São Paulo, no ano passado. Em março, dias 4 e 5, é a vez de o Roupa Nova comandar a festa na casa de shows, com o repertório do novo disco, Todo Amor do Mundo. Dia 18, quem sobe ao palco é a dupla Victor & Leo, com o espetáculo da turnê Irmãos, baseado no novo DVD e que traz novos cenário, palco, estrutura e iluminação. No dia seguinte, 19 de março, o cantor, compositor e instrumentista Djavan, que completou 40 anos de carreira em 2015, lança em BH o 23º CD, Vidas pra Contar, de canções inéditas. Todos os shows começam às 22h. Informações: 4003-5588. Por que ir: Para curtir as novas músicas desses artistas consagrados na MPB – todos estão com trabalhos novos na praça – e os sucessos que têm sempre seu lugar. FEVEREIRO DE 2016

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CULTURA | ARTES PLÁSTICAS Fotos: Cláudio Cunha

O artista plástico Estevão Machado em seu ateliê: “Sempre quis que minha arte conversasse com a cidade e se difundisse no espaço urbano”

A arte do cotidiano Por meio da pintura, o artista plástico Estevão Machado eterniza, nas telas, imagens reais da paisagem urbana

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DANIELA COSTA

A caneca de cor amarela sobre a pia da cozinha, a toalha amarela pendurada no box do banheiro. Lembranças que o artista plástico Estevão Machado, de 57 anos, guarda com carinho da infância. Filho de número seis, como costuma dizer, cresceu na companhia de sete irmãos dos quais a mãe cuidava de um jeito bem peculiar. Para se certificar de que os filhos tinham cumprido com seus deveres, cada uma das crianças era identificada com uma cor. Assim, se a caneca de cor vermelha não estivesse na pia, era porque alguém

não tinha tomado café da manhã. Ou, se a toalha verde não estivesse no banheiro, certamente um dos filhos não havia tomado banho. A cor que marcou a infância de Estevão foi o amarelo. Em um de seus trabalhos, intitulado O Quintal Amarelo, ele traz desenhos com cenários dos tempos pueris, acompanhados por poemas de autoria própria. O menino sabido, nascido em Belo Horizonte, cresceu ouvindo causos sobre o avô famoso, o escritor mineiro Aníbal Machado. E foi em um de seus livros, João Ternura, que se inspirou para compor algumas obras. No trecho intitulado

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mais n

CULTURA | ARTES PLÁSTICAS Divulgação

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Quadro Véu, da série Buraco Branco: pinturas realistas, produzidas em telas de 16 metros quadros, entre elas a imagem da mãe do artista quando tinha apenas 17 anos

(com Fátima Mirandda Mateus Henriques e Luiz Jahnel) FOTOGRAFIA (com Flávia Bertinato) HISTÓRIA DA ARTE (com Yara Tupynambá) FIGURA HUMANA (com Luiz Jahnel) ANÁLISE DA OBRA DE ARTE (com Luiz Flávio) ATELIÊ LIVRE (com Orlando Castaño) I NF O OR M A ÇÕES E CONTAT

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Quadro Bubuia: a série traz a exuberância da natureza e remete à ligação do artista com seus antepassados

“Reino de Bubuia”, o autor descreve um lugar imaginário, surreal, que foi transportado pelo neto para o universo da pintura. “Nessa série, trago a exuberância da natureza e percebo a ligação com meus antepassados. É o reencontro com minhas origens”, diz Estevão. De volta ao túnel do tempo, deparou com um retrato da mãe quando contava apenas 17 anos de idade. Anos depois, já em 2012, criou o projeto Buraco Branco e o reproduziu em larga escala, com 16 metros quadrados. “Sempre me interessei pela pintura realista, em grandes proporções. E não poderia deixar de fazer essa homenagem a minha mãe”, diz. Formado em design, por vários anos trabalhou no ramo publicitário. Somente em 2004, quando os filhos ingressaram na faculdade, decidiu se dedicar exclusivamente à arte. “Lar-

guei tudo para abrir o meu ateliê. O engraçado é que eu nunca tinha pintado. Até então, fazia apenas desenhos à mão. Esse foi o meu grande desafio”, diz. Por dois anos se dedicou a estudar algumas técnicas, até descobrir na pintura feita com tinta a óleo a sua verdadeira vocação. “Depois de ter encontrado o meu caminho, queria que minha arte conversasse com a cidade e se difundisse no espaço urbano”, afirma. Foi quando teve a ideia de criar o projeto Você Está Aqui?. A série consiste em retratos de pessoas desconhecidas, flagradas nas ruas da capital mineira, e mostra um pouco da realidade urbana. Dois anos depois, em 2006, seu projeto Lírica Urbana Provisória trouxe 22 pinturas-identidades de personagens anônimos. “Aluguei cerca de 120 painéis para expor as imagens nos pontos de ônibus, além de fazer instalações nos muros da estação rodoviária de Ouro Preto e na plataforma do metrô de BH.” Cada quadro foi nomeado com o nome do passageiro e a linha de ônibus que utilizava. A partir daí, um novo momento surgiu em sua carreira. O artista começou a pintar paisagens sem figuras humanas. Segundo ele, os cenários tinham de ser apresentados de forma real, sem os engodos do Photoshop. Essa foi a proposta apresentada no projeto Shopping, lançado em 2009. Além de artista plástico, Estevão se descobriu poeta. Com a obra O Rio no Bolso, conquistou, em 2015, o primeiro lugar na categoria poesia no Concurso Nacional de Literatura Prêmio Cidade de Belo Horizonte. “Costumo dizer que minhas telas são desenhos, contos, quase poemas”, diz. Atualmente, dedica-se à realização da exposição do projeto Bubuia e à publicação do livro premiado. Para o artista, os louros do seu trabalho se devem muito a uma figura importante em sua vida. “Quando criança, minha mãe apontava para cada filho e dizia qual seria sua profissão. Naquela época, ela já me via como artista e nunca cerceou minha criatividade. Sem dúvida, foi essa liberdade de escolha que me trouxe até aqui”, diz. ❚

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NAS TELAS | JOSÉ JOÃO RIBEIRO jribeiro@editoraencontro.com.br

Os lucros de uma catástrofe Depois do espetacular e inacreditável documentário Trabalho Interno (Inside Job), de 2010, premiado com o Oscar em sua categoria, o cinema americano devia uma caprichada ficção que retratasse a terrível crise econômica mundial de 2008, que teve sua origem na inadimplência do mercado de hipotecas estadunidense. Baseada em fatos reais, a produção A Grande Aposta (The Big Short), do diretor Adam McKay, preenche esse espaço flertando com o gênero documental e injetando sarcasmo, humor e todo absurdo que o episódio atrai. Indicado com louvor a cinco prêmios da Academia, inclusive ao Oscar de melhor filme, o longa-metragem mergulha no ritmo e na narrativa pop, lembrando um pouco a recente obra-prima O Lobo de Wall Street, do mestre Martin Scorsese e seus habituais saltos no escuro. Em todo caso, A Grande Aposta tem seus méritos próprios. O filme, com produção de Brad Pitt, cada dia mais poderoso em Hollywood, consegue ser atraente e didático, em suas mais de duas horas de projeção, falando de um assunto complicado e cheio de terminações econômicas – o porre do “economês” –, que escapam da compreensão da grande maioria dos espectadores. Para atingir esse objetivo, o diretor Adam McKay selecionou uma fantástica trilha sonora, repleta de hits sugestivos, além de escalar figuras famosas e influentes, que interrompem a história para, em função da fluidez, explicar, sempre olhando diretamente para a câmera, o mistério e as consequências trazidas pelos tais conceitos econômicos. Uma ótima sacada, que imprime a pegada de documentário, na mistura do real e da farsa, no notável trabalho de roteiro e edição. Uma catástrofe contemporânea contada como ópera bufa. Com o ápice da crise em 2008, a produção acompanha a coragem de figuras reais que conseguiram prever a grande 74 |Encontro

Divulgação

A grande aposta tem Brad Pitt dos dois lados: como produtor e em papel de destaque no filme, ao lado de outros nomes consagrados

falência do modelo de investimento, criado ainda na década de 1980, em que os bancos e financeiras empregavam astronômicos recursos, com base no dinheirinho que o cidadão norte-americano gastava para pagar a compra da casa própria. Com estudos dos crescentes níveis de inadimplência e na realidade de cinematográficos condomínios virando verdadeiras cidades fantasmas, alguns visionários profissionais do mercado de ações e, até mesmo, funcionários de grandes bancos apostaram contra a corrente, enxergando o revés, e ganharam fortunas fabulosas quando a bolha estourou. A galhofa de A Grande Aposta tem três frentes em um elenco magistral, só de gigantes. A começar por um estupendo e divino Christian Bale, na pele de um controlador de investimentos totalmente fora dos padrões, sempre de bermuda, camiseta e chinelo, fechado em sua sala, tomada pelo som do mais puro

rock metal. Seu incrível trabalho valeu indicação de melhor ator coadjuvante ao Oscar. Nas outras duas pontas da comédia estão atores consagrados e grandes promessas dos estúdios. Exemplo de um caricato e autoritário Ryan Gosling, em estado de graça. Sempre nauseado por todo o contexto da iminente tragédia financeira, Steve Carell surpreende no melhor trabalho de sua carreira. E sem esquecer, é claro, o engajado Brad Pitt, que cede grande espaço para seus colegas, mas arrasa na cena em que faz um desabafo sobre a terrível crise, que o deixará muitíssimo mais rico. Porém, a cena que define a excelência do filme acontece quando Steve Carell confronta uma lacônica e assustada Melissa Leo interpretando a representante de uma famosa agência de risco. Toda a irresponsabilidade com a vida de milhões de seres humanos em um diálogo seco, arrasador e patético. z

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CAPA | COMPORTAMENTO

A nova onda

zen

É cada vez maior em BH o número de adeptos da meditação individual e em grupo, que buscam melhor qualidade de vida. A prática é recomendada por especialistas

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MARINA DIAS

Cansada de considerar estresse e ansiedade parte normal do dia a dia, e procurando viver a vida de forma mais plena – quem não quer? –, a estilista Camila Faria, de 31 anos, finalmente tomou uma decisão que já vinha ensaiando há alguns meses. Sentou-se no chão, de pernas cruzadas, fechou os olhos e, sentindo-se ainda tímida com a situação (“até parece que isso vai funcionar”), começou o exercício: inspira, expira. Inspira, expira. Lembrou-se da orientação de sentir o ar entrando mais frio e saindo quente das narinas, enquanto evita se en-

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Pedro Nicoli

Grupos de BH se reúnem em locais públicos da cidade, como a praça do Papa: atividades abertas a quem se interessar

Rogério Sol

gajar nos pensamentos que vierem. Inspira, expira. Logo vem à cabeça a importante reunião de trabalho do dia seguinte. “Foco”, ela mesma intervém. Inspira, expira. Inspira, expira. Será que vai conseguir fazer isso todo dia? “Falta tempo e disciplina”, reflete. Já corta o raciocínio. Inspira, expira. Quanto tempo será que se passou? Dá uma espiada de rabo de olho no relógio: “Só um minuto?”. Já se vão três meses desde os pri-

“Se passo por uma situação estressante, um dia tumultuado, medito onde eu estiver. Deixa o dia mais leve”, diz a empresária Stael Lasmar

meiros dias de meditação de Camila, mas não é difícil se lembrar das experiências iniciais. Aliás, para muita gente que já tentou se aventurar pelo caminho da meditação, a primeira vez (e segunda, terceira...) costuma funcionar mais ou menos assim. Afinal, num mundo movido pela velocidade de informação e que exige cada vez mais rapidez de raciocínio, parece até antinatural dedicar-se a acalmar o pensamento, dando um descanso para a mente. Mas é isso mesmo que a meditação, qualquer que seja sua vertente e filosofia, propõe: foco no momento presente, pois é nele que vivemos: não no passado, que já se foi, nem no futuro, que ainda não chegou. Desde que se iniciou na prática, a estilista já se percebe mais paciente, mais presente, mais inteira, “sem pensar em mil coisas, ao mesmo tempo que estou fazendo outra”, explica. E olha que ainda está na fase de meditar por 15 minutos por dia, ou algo próximo disso (nada perto das horas a fio que se costuma imaginar dos gurus). “Ainda estou no começo, mas já percebo mudanças”, afirma. Assim como Camila, Belo Horizonte está cheia de iniciantes no mundo da meditação, praticada em casa, em templos budistas, em aulas de ioga, em praças públicas ou em grupos que combinam encontros pelas redes sociais. É difícil hoje não ter um conhecido que me-

dite ou não ter visto alguém se aventurando no mantra “Om” na praça da Liberdade, do Papa ou outros espaços. A tendência foi percebida por Carol Rache, blogueira de BH conhecida pela experiência com ioga e meditação – e a principal incentivadora de Camila, de quem é amiga há 10 anos, em sua iniciação à prática. Além das amigas, as seguidoras da it girl nas redes sociais, onde fala sobre a experiência e conta sobre seus retiros (o último foi na Amazônia, em janeiro), são algumas das novas entusiastas. “Recebo feedback das seguidoras pedindo mais informações e agradecendo pelas dicas. Mesmo porque, meditar é de graça e pode ser feito em qualquer local. É muito democrático”, diz. “Muitas delas dizem que a vida mudou depois de começarem a meditar. E realmente muda”, afirma. Que o diga a gerente de financiamento Juliana Ferraz de Abreu, de 29 anos. No final de 2014, ela teve uma crise de ansiedade e síndrome do pânico que a levaram, entre outras coisas, a passar noites em claro. Depois de uma visita ao psiquiatra, começou um tratamento para depressão e passou a tomar medicamento para dormir. Ainda sem conseguir melhorar de vez, e já no ponto de tentar qualquer caminho alternativo, decidiu fazer uma aula experimental de ioga, na qual havia uma sessão de mediFEVEREIRO DE 2016

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CAPA | COMPORTAMENTO PASSO A PASSO PARA COMEÇAR Local: escolha um lugar confortável e, de preferência, silencioso. Apesar de momentos meditativos poderem ser realizados ao longo de todo o dia, parar a rotina e fazer uma sessão diária é importante

A primeira dica é: comece. Não adianta ficar só no plano das ideias. Só é possível virar um praticante se você, de fato, praticar

Tempo: Não se exija demais e seja flexível. A duração não precisa – nem deve – ser contadinha no relógio. Nas primeiras vezes, aliás, a orientação é começar com poucos minutos (que é, normalmente, o tempo que se consegue ficar no exercício)

Para quem não pretende seguir uma corrente específica, mas apenas combater a ansiedade e o estresse e ter um momento para si

Dinâmica: Meditação é uma prática muito pessoal e subjetiva. Não há certo e errado. Com o tempo, encontre seu próprio caminho, com a forma que for mais produtiva e confortável para você. Mas saiba que disciplina é necessária, tanto para a prática ser diária quanto para não desistir no meio do exercício, quando a mente se desviar

Posição: Não é preciso ficar sentado na posição de lótus. Procure uma posição confortável, mesmo que recostado, mas mantenha a coluna alinhada. Os olhos, de preferência, semiabertos

Mas e os pensamentos? Pensamentos surgirão, isso faz parte do processo. O exercício é não se apegar ou julgar qualquer pensamento. Quando vierem, reconheça que isso aconteceu e retorne a atenção para a respiração, sem dar continuidade àquela linha de pensamento

O que fazer? Uma forma tradicional e simples de começar é focando a atenção na respiração. As táticas são várias: sentir o ar entrando e saindo do nariz, perceber o movimento da barriga enquanto se respira ou até contar as respirações (exemplo: sempre até quatro, contando sempre na hora de expirar) Fontes: especialistas consultados

tação. Gostou tanto que nunca mais largou o curso. Com a prática da meditação, em que ela entoa um mantra e se concentra na respiração, ela controlou a ansiedade, está mais focada e com menos medo de lidar com o dia a dia. Além disso, não precisa mais de remédio para dormir. “Se eu tivesse 80 |Encontro

começado a meditar antes, garanto que eu nunca tinha teria chegado a esse ponto”, afirma. “Agora, digo que, se correr o bicho pega, se ficar o bicho come, se meditar o bicho some.” Além da aula três vezes por semana e da meditação diária (duas vezes ao dia) em casa, Juliana já participou

da meditação da lua cheia – evento que é promovido por diferentes grupos na cidade e acontece uma vez por mês, no primeiro dia dessa fase lunar. “Acho que a prática deveria ser incentivada não só nos espaços públicos da cidade, em que ela já vem crescendo, mas também em escolas, hospitais e

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CAPA | COMPORTAMENTO Rogério Sol

Juliana Ferraz abandonou os remédios para dormir: “Digo que, se correr o bicho pega, se ficar o bicho come, se meditar o bicho some”

outros ambientes que podem ser estressantes e agitados. Não tem nada igual”, diz. Mas por que os praticantes reportam essa sensação de momento presente, de contato consigo mesmo e maior concentração? Apesar de haver muitas vertentes da meditação e propostas variadas, elas costumam ter em comum a orientação para que o praticante se concentre em algo específico, como objeto, respiração e mantra, ou que deixe seus pensamentos surgirem, mas sem se apegar a eles. A ideia é evitar aquela corrente em que um pensamento leva a outro, que leva a outro, e no final já se começa a imaginar o que teria acontecido em situações passadas se as atitudes fossem diferentes e levassem a outro futuro. Em resumo: o intuito é manter-se no presente. “Temos a tendência de aumentar problemas, fazer tempestade em copo d’água e focar mais no que é difícil ou ruim. É preciso perceber esse movimento e não se envolver em energia negativa. E a meditação ajuda no processo”, afirma a vice-presi82 |Encontro

dente da Associação Mineira de Yoga (Amyoga), Dinorah Rumin Penha. Segundo o abade Mokughen, fundador do Templo Zen das Alterosas, a meditação zazen, praticada pelos budistas, quer dizer exatamente “sentar-se concentrado”. O intuito da prática, então, seria justamente focar no agora e religar-se a sua natureza interna. “A prática de meditação começou há 2.500 anos. Desde então, tem trazido benefícios para quem se propõe a tentar. E sem contraindicações”, afirma. Além dos benefícios mais subjetivos e difíceis de medir, como a maior facilidade para relativizar problemas, evitar entrar no círculo vicioso da negatividade e aceitar-se melhor, já há efeitos comprovados cientificamente e muitos outros sendo pesquisados no momento. “Pesquisa-se meditação desde a década de 1970, nos mais respeitados centros científicos do mundo, e há efeitos perceptíveis no organismo”, diz o psiquiatra Frederico Porto. “É uma prática que desenvolve a meta-atenção, que é uma percepção que normalmente não se tem. Isso re-

duz a ansiedade, melhora a concentração, o controle emocional e tem sido inclusive indicada como recurso de saúde”, afirma. Segundo ele, a aceitação científica que a prática vem ganhando é um dos motivos pelos quais a meditação tem se popularizado cada vez mais. Além disso, sua desvinculação da religião (com práticas como a mindfulness, que não faz parte de nenhuma vertente espiritual) permitiu a adesão de pessoas sem religião ou ligadas a outras crenças. Porto explica que há três formas de abordar a meditação, sendo uma mais ligada à espiritualidade, quando se fala mais sobre compaixão, iluminação; uma relacionada à medicina, que envolve impactos na saúde; e outra ligada à performance, mais voltada à tomada de decisões e controle emocional, muito procurada por executivos e atletas. Como alguns dos resultados envolvem aspectos positivos até para a produtividade no ambiente de trabalho, já existem empresas incentivando a prática em horário de expediente. O

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CAPA | COMPORTAMENTO engenheiro de produção Henrique Rocha, de 29 anos, fez um curso de meditação transcendental pago, em parte, pela empresa onde trabalha. Hoje, medita duas vezes por dia, em sessões de 20 minutos – uma delas costuma ser logo antes do almoço, na sala de reuniões. “Na primeira semana, já tive boa disposição, estava menos impaciente e menos estressado”, afirma. “E esses efeitos geram ganhos profissionais, como mais facilidade de lidar com clientes e com situações-limite”, diz. Outras nove pessoas da empresa estão fazendo o curso no momento: sinal de que tem dado certo. Os espaços de meditação da cidade também estão em alta. No centro de raja ioga Brahma Kumaris, em BH, as duas turmas de janeiro tiveram mais do dobro de inscrições que o esperado (passaram de 40 alunos por curso). Responsável pela realização do Medita BH – que fez sucesso no ano

A blogueira Carol Rache viaja para retiros em todo o país e é uma estimuladora dos iniciantes: “Recebo feedback das seguidoras pedindo mais informações e agradecendo pelas dicas”

BOM PARA O CORPO E A MENTE Existem vários tipos de meditação, mas, no geral, focam as seguintes propostas: Concentração A atenção deve ser voltada para algo específico, como a respiração, um som ou imagem. Por meio desse treinamento de retorno ao mesmo objeto de atenção, a mente desenvolve a capacidade de ficar calma e estabilizada Consciência aberta Objetiva abrir a mente a um estado amplo de consciência, sem focar em algo específico, observando as experiências, sem julgá-las ou reagir a elas. O exercício, então, é de estar presente independentemente do que acontecer. Costuma ser metaforizada como um rio em que objetos flutuam As meditações podem também ser uma mistura das duas propostas

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Conheça as diferentes modalidades e objetivos ZAZEN A tradução literal da palavra é “concentrar-se sentado”. Há algumas posições que podem ser adotadas, sendo a mais conhecida a de lótus (pernas cruzadas com o pé direito em cima da coxa esquerda e o pé esquerdo em cima da direita). O foco da atenção, na prática, é na região central do corpo, no umbigo. A ideia é concentrar-se no momento presente, procurando se reconectar com sua natureza interna e, em última instância, iluminar-se VIPASSANA É a meditação de insight, que procura ver a realidade com clareza. Esta prática costuma usar a concentração na respiração profunda (pelo nariz) ou concentrar nas sensações do corpo, em elementos naturais ou estados mentais e sentimentos. Não requer uma postura específica MINDFULNESS Traduzida como “atenção plena”, essa prática tem sido muito popular atualmente, inclusive no meio profissional. É considerada uma adaptação ocidental contemporânea da Vipassana, sem o treinamento contemplativo rigoroso desta. A proposta é, por meio de concentração em um elemento (a respiração, normalmente), criar um estado de consciência e de foco no momento presente. Pode ser praticada em qualquer momento do dia, não sendo necessário estar sentado MEDITAÇÃO TRANSCENDENTAL Tem o objetivo de atingir níveis cada vez mais refinados da mente até chegar à fonte dos pensamentos. Usa a concentração em um mantra individual, recebido de um professor após cerimônia de iniciação. É praticada duas vezes por dia Fonte: especialistas consultados

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Fotos: Pedro Nicoli

A estilista Camila Faria começou a meditar há três meses e se sente mais calma: “Ainda estou no começo, mas já percebo mudanças”

passado na cidade, com eventos na praça Sete, praça da Savassi, Parque Municipal e praça do Papa, dos quais participaram mais de 5 mil pessoas –, o centro já planeja novas edições em 2016, tanto na capital quanto em outras cidades do estado. A empresária Stael Lasmar, de 48 anos, é uma das que fizeram curso de meditação para iniciar-se na prática. Foi orientada quanto ao exercício em si e quanto à teoria. Para ela, um dos melhores efeitos da meditação é a possibilidade de praticá-la em momentos curtos ao longo do dia. “Se passo por uma situação estressante, um dia tumultuado, medito onde eu estiver. Deixa o dia mais leve”, diz. Apesar de ser uma experiência subjetiva, compartilhar com amigos e conhecidos também é uma forma válida de se meditar. A jornalista e hoje coach de meditação Juliana Minardi, de 32 anos, participa de um Círculo de

Reações no corpo 1

Aumento da atividade do córtex pré-frontal (ligado a funções executivas, raciocínio complexo, memória executiva, concentração)

Relaxamento dos músculos

Decréscimo da pressão arterial

Benefícios demonstrados por pesquisas científicas Redução do estresse Redução de ansiedade Redução de sintomas da menopausa e de síndrome do intestino irritável Melhora no sono Melhora da concentração Melhora da variabilidade cardíaca Também há evidências de alívio de dores crônicas, melhora de sintomas de depressão e redução do risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares Fontes: Fundação David Lynch, National Institutes of Health, American Heart Association, dos Estados Unidos

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CAPA | COMPORTAMENTO Fotos: Pedro Nicoli

O engenheiro de produção Henrique Rocha (à esq.) tem apoio da empresa onde trabalha para meditar usando a sala de reunião: já contagiou outros colegas

Segundo o abade Mokughen, fundador do Templo Zen das Alterosas, o praticante precisa focar no agora e religar-se a sua natureza interna: “É sem contraindicações”

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Meditantes que faz encontros quinzenais, muitas vezes, em espaços públicos, como a praça do Papa. Alguns dos encontros são abertos a quem tiver interesse. “Tenho percebido que as pessoas estão bem interessadas no tema. O mundo está muito agitado; os padrões de beleza, de consumo e de trabalho têm ocupado as mentes e ofuscado a visão do que realmente é importante”, afirma. É verdade que não há contraindicação para a prática, mas ela requer disciplina. Os efeitos aparecem com o tempo e enquanto a meditação é feita – os praticantes costumam dizer, inclusive, que, quando estão sem meditar, sentem falta do bem-estar que ela proporciona. Assim, é preciso achar um tempinho na agenda (nem que sejam 15 minutos) e tentar fazer disso uma rotina diária. “Mas acho que, no fundo, algumas pessoas têm é um pouco de medo de se confrontar com seus pensamentos mais profundos, pois nem sempre o que vem à tona é agradável”, diz Carol Rache. “No entanto, elas devem saber que esse é o primeiro passo para se conhecer e se perdoar. A partir daí, começam a liberdade e o amor.” Vale a pena tentar. z

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EDITORIAL | MODA

Aposte no básico MARCELO BRASILIENSE

A transição entre verão e outono e o clima instável pedem sobriedade e combinações básicas. Aposte na mistura de cores neutras, como branco, marrom e preto, e no charme da mistura de padronagens, como rendas e plissados. Uma moda atemporal para períodos de incertezas é uma ótima aposta para manter a elegância em alta.

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ร rika usa vestido Renata Campos e sandรกlia Equipage

Eduarda usa saia Renata Campos e camisa Faven

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EDITORIAL | MODA

Eduarda usa camisa lojinha, saia Butic Bardot e sandรกlia Equipage

ร rika usa vestido Cosh, sandรกlia Equipage e lenรงo de acervo

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ร rika usa camisa Alphorria, saia Cleo, sandรกlia Equipage e meias Lupo

Eduarda usa camisa Cleo, saia Alphorria, sandรกlia Equipage e meias Lupo

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EDITORIAL | MODA

Eduarda usa camisa Cleo, saia Alphorria, sandรกlia Equipage e meias Lupo

ร rika usa camisa Alphorria, saia Cleo, sandรกlia Equipage e meias Lupo

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Ă&#x2030;rika usa body Faven, bermuda Alphorria e sapato Equipage

Eduarda usa top Butic Bardot e saia Faven

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EDITORIAL | MODA

Érika usa macacão Lojinha e sapato Equipage

Eduarda usa body Lojinha, bermuda Alphorria e sapato Equipage

FICHA TÉCNICA: Foto: Styling: Make: Modelos:

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Herique Gualtieri Marcelo Brasiliense Marcela Faria Eduarda Oliveira e Érika Martins (Mega Model BH) z

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TEMOS DIVERSAS ATIVIDADES PARA VOCÊ ACABAR COM ESSA PREGUIÇA E FICAR PRONTO PARA CURTIR O VERÃO: LOW PRESSURE FITNESS (A TÉCNICA DA BARRIGA NEGATIVA), MUSCULAÇÃO, ESPORTES, LUTAS, NATAÇÃO, GINÁSTICA, DANÇAS, HIDRO, CROSSFIT E MUITO MAIS.

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DECORAÇÃO | QUADROS

Entre quatro paredes Novas formas de dispor quadros podem valorizar o ambiente, chamando a atenção para a arte

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Marcos Esteves/Divulgação

OPOSTOS QUE SE ATRAEM Apoiado sobre o longo bufê, o quadro de detalhes da igreja Nossa Senhora do Rosário, de Tiradentes, conversa com os tons neutros do ambiente. A maneira como o quadro é posicionado faz parte do conceito que os arquitetos Ivana Andrade e Bruno Vianna criaram para esta sala de visitas, que une conforto, extroversão e elegância.

Erlana Marçal/Divulgação

AMANDA ALEIXO

Eles dão o toque final na composição do ambiente, são versáteis e atendem a todos os gostos. Não importa se são aquarelas ou belas fotografias, os quadros trazem charme e requinte extra para a decoração. A arquiteta Vanessa Figueiredo ressalta que a escolha deve estar associada à intenção do ambiente. “Se o desejo é criar um espaço mais formal, opte por imagens mais sóbrias e molduras neutras. Para uma solução mais moderna e descontraída, pode-se ousar nas cores, diversidade de tamanhos e disposições”, diz. Outro ponto fundamental é a forma de disposição das telas, já que o centro da parede não é mais regra. Vale colocá-las encostadas atrás dos sofás, sobre a mobília e até mesmo montar um pequeno mosaico com cada obra. “Quando se desloca o quadro do centro de um elemento, como a cama ou sofá, cria-se dinamismo no ambiente, tornando-o mais interessante”, diz a arquiteta. Apostar na simetria – por outro lado – é sinônimo de um espaço mais clássico. No arranjo de quadros não existe regra, mas não se pode abrir mão do alinhamento de referência. A altura ideal em uma parede livre de mobiliário, por exemplo, é de 1,60 metro do piso. Outra dica é observar o batente da porta, pois não se colocam quadros acima dele. Para extrair a harmonia máxima do projeto, o arquiteto e designer de ambientes Luís Fábio Rezende alerta que a produção de telas e quadros deve ser feita após o término da decoração. “Com isso, conseguimos perceber a necessidade de texturas, cores, formatos e tamanhos diferenciados, bem como volumes de composição, para deixar o espaço uniforme e harmônico”, diz. Geralmente, os cômodos que estão mais carregados em cores necessitam de uma única tela, mais clean. Já os espaços neutros aceitam vários quadros e telas de formatos e molduras diferentes. É como se eles chamassem a atenção para si, por isso são bem-vindos. O importante é priorizar o equilíbrio. No mais, dê lugar à arte. FEVEREIRO DE 2016

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DECORAÇÃO | QUADROS

Divulgação

ENCONTRO DE ESTILOS Neste espaço de uso coletivo, o arquiteto Luís Fábio Rezende equilibrou a mistura de texturas mais contemporâneas com obras de artistas renomados. No trânsito entre o clássico e o contemporâneo, a estante de laca branca recebeu uma sequência de fotografias expostas de maneira leve e despojada, entrando em harmonia com o mobiliário e adornos.

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Jomar Bragança/Divulgação

Priscila Borella/Divulgação

ASSIMETRIA PROPOSITAL No aconchego desta sala de estar, tons claros fazem contraste à aquarela do artista José Nemer, disposta no canto esquerdo da parede. O ambiente é assinado por Estela Netto, que aposta na assimetria como forma de fugir do convencional sem perder a delicadeza do décor.

Divulgação

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DECORAÇÃO | QUADROS Fotos: Daniel Mansur/Divulgação

SEM TABUS Quebrando a neutralidade desta sala – de cores suaves e harmoniosas –, a arquiteta Vanessa Figueiredo apostou em uma obra de arte de grande apelo visual. Criada pelo artista Edson Razuk, a tela de formas geométricas impactantes foi apoiada no chão, uma forte tendência do décor. Esse tipo de uso trouxe descontração e modernidade ao ambiente. ❚

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NA MESA | ALINE GONÇALVES agoncalves@editoraencontro.com.br Victor Schwaner

A CERVEJA TAMBÉM É ARTESANAL

NOVO ENDEREÇO DA COMIDA BAIANA

O bar Salumeria Central, no Floresta, tornou-se conhecido pelos salames e queijos artesanais, mas não contava com uma carta de cervejas na mesma linha. “Desde que abrimos, há quatro anos, tínhamos vontade de incluir cervejas artesanais, porém faltava organizar a logística”, diz o empresário André Hallak. O problema foi resolvido e no fim de fevereiro será lançado menu com 20 rótulos. “Vamos priorizar as feitas em Minas, como as da Backer, Wäls e Krug Bier”, explica André, que teve auxílio do consultor Luiz Guilherme Gomes. A ideia é disponibilizar as bebidas que combinam com a época do ano. No verão, ganham destaque as pilsens e de trigo leve. Quando o frio chegar, opções mais densas e escuras terão espaço. Para harmonizar, pequenas porções de petiscos (ao estilo das tapas espanholas) serão incluídas no cardápio, elaborado pela chef Ana Motta. Vale dizer, ainda, que a carta de cervejas em formato reduzido deve chegar aos outros estabelecimentos do grupo, Pecatore e Osteria Casa Mattiazi. Denis Medeiros

Quando o viaduto Batalha dos Guararapes desabou, na Pampulha, em 2014, deixou dois mortos, vários feridos e ruas fechadas na região. Na sequência, o chef Matusalém Gonzaga, que há seis anos trabalhava por ali, viu sumir o público do restaurante de comida baiana que levava seu nome. “Ficamos 41 dias ilhados, sem entrar ninguém”, diz. “Demiti 21 funcionários.” O fechamento veio pouco depois, mas Matusalém não desanimou e, no fim de 2015, arrumou um novo cantinho para chamar de seu: um bar anexo a um posto de gasolina, no Lourdes. “A ideia é que a pessoa venha e coma uma casquinha de siri, um acarajé. É diferente de tudo que já fiz, porque é simples, pequeno”, diz. Mas ele está animado com o novo desafio. Na seção de pratos, dá para escolher entre quatro opções, incluindo bobó de camarão e polvo com risoto de palmito.

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Alexandre Rezende

OPÇÕES PARA HAPPY HOUR A culinária internacional, que faz sucesso entre os clientes do Pellegrino Restaurante, no Anchieta, continua sendo praticada no estabelecimento. Agora, porém, ela divide espaço com os petiscos, especialmente às terças, quartas e quintas, quando a casa serve sugestões tradicionais nos bares de BH. “Sempre tivemos o conceito de gastrobar, porque nós, como mineiros, adoramos um boteco. Por isso, resolvemos reforçar o nosso lado botequim, que estava meio escondido”, diz o empresário Leonardo Ximenes, sócio ao lado de Felipe Rocha. Assim, foram desenvolvidos 10 petiscos, releituras de sabores típicos e criações próprias, como o canudinho recheado com pernil e cream cheese. Segundo Leonardo, o foco da iniciativa é o cliente do happy hour, ou seja, aquele que chega cedo ao Pellegrino. Denis Medeiros

CARDÁPIO BALANCEADO Pizzaria é sinônimo de “pé na jaca” para quem está de dieta, não é? Talvez não. A Marília Pizzeria, atenta à época mais quente do ano e à turma que não quer saber de ganhar peso, lançou um cardápio especial para esse período. São entradas, pratos e sobremesa mais leves. A iniciativa ganhou corpo em parceria com a equipe da Clínica Speciale. “As pessoas que querem uma vida saudável se queixam, porque não encontram opções que se encaixem em seu esquema alimentar quando saem com amigos e familiares. Ou seja, existe demanda por esse tipo de cardápio”, diz a nutricionista da clínica, Aline Penedo. Na Marília, é possível saborear, por exemplo, uma salada que leva salmão e shiitake, ou massa sem glúten. Para outras opções, é só consultar o funcionário referência no salão, Geraldo Ferreira, e degustar sem se preocupar com a balança.

Samuel Gê

VITRINE PARA QUEIJOS A portinha na rua Antônio de Albuquerque, na Savassi, que abrigou por dois anos A Pão de Queijaria ficou pequena. A proposta de oferecer pães de queijo de diferentes terroirs, inclusive recheados, conquistou tantos fãs que os sócios Mário Santiago e Lucas Parizzi decidiram pela expansão. Já em fevereiro, a loja ao lado da sede será anexada e a capacidade interna passará de 14 para 36 lugares. Alguns setores da cafeteria também vão mudar de lugar, como o caixa. “Vamos investir ainda na ampliação do bar, o nosso gargalo, onde a operação mais travava”, diz Mário. “Com isso, queremos agilizar as demandas expressas, de café para viagem, por exemplo.” Em outro novo espaço, será montada uma espécie de vitrine, com a exposição de 150 queijos. E vem novidade no cardápio, claro. Ainda neste trimestre, o menu vai ganhar opções com a reformulação dos sanduíches vegetarianos, por exemplo, e inclusão de mais produtos típicos de Minas: até o pequi deve aparecer. FEVEREIRO DE 2016

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GASTRÔ | RECEITAS

Delícias para a quaresma O chocolate, ingrediente predileto dos doceiros, costuma ser “proibido” para alguns nesta época do ano, em que muitos aproveitam para resistir a tentações culinárias. Mas dá, sim, para substituir por outras sobremesas que também dão água na boca

ALINE GONÇALVES

Ao leite, amargo, branco, líquido ou em barra: o chocolate é uma tentação para os que gostam de doce. Não por acaso, vira e mexe, aparece associado às mais apetitosas sobremesas. A origem do ingrediente, por sua vez, aproxima-o do sagrado, já que, diz a história, ele começou a ser produzido para ser ofertado a deuses maias. Hoje, o chocolate é tão apreciado que costuma ser o alimento escolhido para privação pelos católicos que fa106 |Encontro

zem promessas e preparações durante a quaresma. Mas, mesmo os mais fiéis, não precisam ficar sem doces durante esse período. O que não falta são receitas diferentes – com ingredientes como doce de leite, mel, amêndoas e geleias – prontas para saciar os paladares mais diversos. Da cozinha do restaurante Quinto do Ouro, por exemplo, é possível finalizar a refeição com uma sugestão de inspiração indiana, que leva especiarias e pera. Na Alessa Gelato & Caffè, o sorvete, claro, é a estrela para

o recheio de um macaron diferente, à base de coco. A torta de maçã, um clássico pâtisserie, faz sucesso no Santafé, assim como outro doce tradicional, o creme brûlée, reinventado no Ephigênia Bistrô ao ser preparado com milho e doce de leite argentino. Já no Verdinho Restaurante, a dica é experimentar um cheesecake desconstruído, servido em taça com geleias. Com tantas opções disponíveis, até quem não faz jejum e continua comendo chocolate no período vai querer variar de sobremesa.

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Fotos: Cláudio Cunha

Cheesecake de taça INGREDIENTES 800 g de cream cheese 400 g de leite condensado 100 ml de licor de cassis 200 g de geleia de amora 200 g de geleia de damasco 200 g de geleia de framboesa Hortelã e amora para decorar Açúcar cristal para caramelizar

MODO DE PREPARO Na batedeira, junte o cream cheese e o leite condensado até homogeneizar. Acrescente o cassis e misture com uma espátula. Em taças, altere camadas do creme com as geleias, terminando com o creme. Leve à geladeira cobertas com plásticofilme. Antes de servir, salpique açúcar cristal e use um maçarico para cristalizar. Utilize as frutas frescas, além de hortelã, para decoração.

Por Soraya Hazana, do Verdinho Restaurante

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GASTRÔ | RECEITAS Fotos: Pedro Nicoli

Festival de macarons de coco e sorvete INGREDIENTES 150 g de coco ralado 150 g farinha de amêndoas 300 g de açúcar 3 ovos ligeiramente batidos 250 g de sorvete doce de leite Alessa 250 g de sorvete de canela Alessa 250 g de sorvete de limão-siciliano ao creme Alessa

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MODO DE PREPARO Preaqueça o forno a 180˚C. Misture o coco, a farinha, o açúcar e o ovo e forme 36 bolinhas de aproximadamente 15 g cada uma (ou seja, uma colher de sopa). Amasse-as ligeiramente antes de colocá-las no tabuleiro. Asse-as em fogo médio por 15 minutos ou até que comecem a dourar. Espere esfriar. Faça os sanduichinhos recheando as massas com sorvete (seis com doce de leite, seis com limão-siciliano ao creme e seis com sorvete de canela). Sirva imediatamente. Se preferir, os macarons podem ser conservados alguns dias em recipiente bem fechado.

Por Nicolás Terroba, da Alessa Gelato & Caffè

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GASTRÔ | RECEITAS Fotos: Cláudio Cunha

Torta de maçã INGREDIENTES 30 g de massa folhada pronta maçã verde 2 bolas de sorvete de creme Pasta de amêndoas 30 g de amêndoas 30 g de açúcar refinado 10 g de açúcar mascavo 10 g de canela Calda de caramelo 30ml de creme de leite 20 g de açúcar refinado

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MODO DE PREPARO Asse a massa folhada em forno a 180˚C por 25 minutos e reserve. Calda de caramelo Em uma panela em fogo baixo, coloque o açúcar e deixe caramelizar. Em seguida, adicione o creme de leite e mexa até reduzir. O ponto não pode ser muito grosso. Reserve. Pasta de amêndoas Coloque o açúcar refinado em uma frigideira em fogo baixo e faça um caramelo. Triture as amêndoas e adicione. Depois de pronto, tire-o do fogo e deixe esfriar. Separe o açúcar mascavo e a canela para uso em sequência.

Por Edson Lemos, chef do restaurante Santafé

MONTAGEM Fatie a maçã em finas lâminas e reserve. Na massa folhada, despeje a pasta de amêndoas e, em seguida, acrescente as lâminas de maçãs por cima. Adicione o açúcar mascavo e a canela por cima. Leve ao forno a 180º por 4 minutos. Retire a torta e cubra com a calda feita com creme de leite. Finalize com o sorvete.

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GASTRÔ | RECEITAS Fotos: Rogério Sol

Peras indianas com sorbet de tangerina e gengibre Por Helio Santos, chef do restaurante Quinto do Ouro

INGREDIENTES 4 peras 200 g de açúcar 1 l de água 1 limão 40 g de mel 80 g de manteiga Pimenta moída, canela, cravo, noz-moscada, anis estrelado, canela em pau e favas de baunilha a gosto Sorbet de tangerina com gengibre 150 g de açúcar 500 ml de água 100 ml de suco concentrado de tangerina 80 ml de sumo de gengibre

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MODO DE PREPARO Descasque as peras, corte-as ao meio e retire as sementes deixando os cabos. Esfregue um limão nas metades para não escurecerem. Prepare uma calda com a água e o açúcar. Cozinhe as peras por 12 minutos e escorra a água. Em uma frigideira, junte a manteiga e todas as especiarias. Doure as peras dos dois lados por cinco minutos cada uma. Sorbet de tangerina com gengibre Coloque todos os ingredientes do sorbet em uma panela e leve ao fogo baixo por 10 minutos. Depois, ponha a mistura na máquina de fazer sorbet até dar o ponto ou bata na batedeira e leve ao freezer por aproximadamente oito horas. Sirva as peras com o sorbet.

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GASTRÔ | RECEITAS Fotos: Denis Medeiros

Crème brûlée de milho verde com ‘dulce de leche’ INGREDIENTES 3 unidades de espiga de milho verde ‘in natura’ 1 xícara (chá) de leite 4 gemas 100 g de açúcar 200 g de creme de leite 200 g de doce de leite argentino

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MODO DE PREPARO Bata os grãos de milho no liquidificador com leite e passe na peneira bem fina. Acrescente o creme de leite, as gemas, o açúcar e leve a uma sopeira ao banho-maria, mexendo sempre até cozinhar e ficar no ponto de um creme grosso. Reserve e deixe esfriar.

Por Robson Viana, chef do Ephigênia Bistrô

MONTAGEM Coloque o doce de leite argentino no fundo do ramequim, acrescente o creme de milho e leve na geladeira por seis horas. Na hora de servir, polvilhe com açúcar a caramelize com maçarico e sirva imediatamente. z

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GASTRÔ | ROTEIRO Gustavo Andrade

Mesas ao ar livre Restaurantes de BH oferecem terraços e jardins para quem gosta de se refrescar naturalmente nos dias mais quentes. Selecionamos sete endereços ALINE GONÇALVES

O vento suave toca o rosto, despenteia os cabelos, aplaca o calor. Para alguns, nos dias quentes como dos primeiros meses do ano não tem nada 116 |Encontro

melhor, nem mesmo ar-condicionado. E não precisa ser à beira-mar. Basta um cantinho aberto para curtir a brisa. Melhor mesmo se for acompanhado por uma bela vista, um paisagismo bem cuidado e, claro, um bom prato, um

PARAÍSO COM JARDIM Em uma das principais ruas do bairro Santo Antônio, o quintal do restaurante Paradiso chama a atenção: quem escolhe ficar ao ar livre terá a companhia de árvores frutíferas, a exemplo de bananeiras, pitangueiras e jabuticabeiras. A elas ainda se soma o mobiliário diversificado que compõe o ambiente e traz de cadeiras coloridas a mesas rústicas. Para acompanhar: pratos da culinária internacional estão no centro do cardápio, que traz receitas de massas e carnes, com inspiração nas culinárias francesa e italiana Onde fica: rua Leopoldina, 347, Santo Antônio

petisco, bebida gelada. Sorte dos belo-horizontinos, que têm a seu dispor oferta dispersa pela cidade de estabelecimentos com espaços ao ar livre. Listamos sete sugestões de locais para quem prefere se refrescar naturalmente.

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Gláucia Rodrigues

DE FRENTE PARA A LAGOA O Hannah Asian Sushi Bar tem um terraço que faz a alegria dos apaixonados pelas obras de Oscar Niemeyer. É que o espaço está de frente para a lagoa da Pampulha. A decoração com cadeiras vermelhas completa o ambiente aberto, que possui capacidade para 24 pessoas. Para acompanhar: os combinados de sushis e sashimis costumam ser indicados ao gosto do freguês pelo chef Marcelo San, com passagem por restaurantes premiados de BH Onde fica: avenida Portugal, 2.390, loja 5, Santa Amélia

Victor Schwaner

A CARA DA REGIÃO Em um bairro chamado Cidade Jardim, haveria de ter um estabelecimento que usasse um quintal para receber os clientes. No restaurante O Conde, a parte da frente é totalmente descoberta (por vezes, há tecidos que minimizam os raios de sol) e costuma atrair casais, além de familiares que celebram datas festivas, como noivados. Para acompanhar: além das receitas com viés contemporâneo assinadas pelo chef Carlos Bruno, as bebidas reforçam o toque de frescor, como o drinque Clericot, com frutas. Onde fica: rua Conde de Linhares, 345, Cidade Jardim

Pedro Nicoli

NA CONTRAMÃO DOS EDIFÍCIOS Em meio aos prédios, eis que surge o céu. É em frente à praça Floriano Peixoto, no Santa Efigênia, em área com poucas residências, que fica a Villa Floriano. Na parte dos fundos, destaque para a fonte e o teto retrátil. O espaço tem capacidade para 100 pessoas e já recebeu até cerimônias de casamento. Para acompanhar: há pizzas clássicas como a portuguesa, e inventivas como a de Parma, shiitake e geleia de damasco Onde fica: avenida do Contorno, 3.277, Santa Efigênia FEVEREIRO DE 2016

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GASTRÔ | ROTEIRO FAZ JUS À LOCALIZAÇÃO

Samuel Gê

Quem vai ao Vale do Sol pode se encontrar com o astro que dá nome ao condomínio no quintal do Preferido do Rei. Lá existe uma área descoberta que comporta de 30 a 45 pessoas. Na decoração se destacam a cascata, as palmeiras e os móveis rústicos, que dão um clima interiorano ao ambiente. Para acompanhar: além das massas, os pratos da culinária contemporânea têm boa saída, como o camarão com geleia de tomate e o ravióli de bananada-terra com carne-seca Onde fica: avenida Quinta, 361, Vale do Sol, Nova Lima

VINTAGE MINEIRO

Denis Medeiros

O Expresso 500 funciona no terraço da residência dos donos, no Alto Caiçaras, e proporciona vista da região Oeste da cidade. Com capacidade para 20 pessoas, em dias de funcionamento normal, ou 80, para eventos fechados, o local tem paisagismo focado na sustentabilidade e no conceito vintage mineiro, com objetos dos anos 1900 até 1970 em todas as partes. Para acompanhar: os petiscos inspirados em Minas preparados pelo chef Bruno Guimarães, a exemplo do que leva polenta frita e molho de hibisco levemente picante, são o forte da casa, que recomenda reserva Onde fica: rua Frei Orlando, 500, Alto Caiçaras

FRUTAS E FLORES

Gláucia Rodrigues

Quase todo o espaço da Taberna 614 é descoberto. O terraço tem capacidade para 75 pessoas, enquanto no jardim cabem 50. Nessa segunda área, reina absoluta uma jabuticabeira, árvore que costuma abrigar os clientes que chegam cedo, tamanha a disputa pelas cadeiras dali. As flores às mesas também reforçam a cara de ambiente natural. Para acompanhar: durante o almoço, a casa serve menu executivo. À noite, funciona alguns dias do mês com cardápios temáticos, que podem homenagear, por exemplo, um país Onde fica: rua Manaus, 614, Santa Efigênia z

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NA SOCIEDADE | HELVÉCIO CARLOS hcarlos@editoraencontro.com.br

DE VOLTA PARA CASA Os dias de Regininha Reis e seu neto Kevin Gesualdo, de 17 anos, não poderiam estar melhores. Ele veio em definitivo para BH, depois de longa temporada na Alemanha, onde nasceu, e faz questão de visitar a avó diariamente. “Ela é a pessoa mais doce e gente boa que eu conheço”, derrete-se o neto. “É maravilhoso tê-lo por perto. Meu neto é educado e muito inteligente. É assim desde muito pequeno”, retribui a vovó coruja. Kevin está na 3ª série do ensino médio, fala inglês, alemão e português fluentes. Vai prestar vestibular para administração e trabalhar com a mãe, Daniela Gesualdi Doll. Em paralelo à rotina estudantil, o garoto tem carreira de modelo. Foi descoberto por um olheiro, na balada, e hoje integra o casting da Mega Model Belo Horizonte. “Ser modelo não era meu objetivo, mas topei”, conta Kevin, que morou com o pai, Ralf Doll, em Ravensburg, cidade de 50 mil habitantes a uma hora e meia de Munique. Leo Araújo

Estêvão Andrade/divulgação

DIGNA DE ESTRELA Desde 2010, o Ouro Minas não realiza mais eventos sociais de grande porte. A regra seria quebrada no dia 12 de março para celebrar os 15 anos de Estela Drumond, filha de Paulo Henrique Vieira e Érica Drumond, herdeira do hotel. A noitada estava marcada para acontecer no cinco estrelas, mas, em meados de janeiro, quando a lista extrapolou a capacidade do salão, o local da festa teve de ser mudado às pressas. Agora, será no Casa Tua, no Jardim Canadá. São 800 convidados e mais de 30 empresas envolvidas na superprodução. “Estela, na verdade, era para se chamar Estrela. Ela é o sol da minha vida e para quem eu faço absolutamente tudo que quer”, derrete-se a mãe. Três DJs da capital e um funkeiro famoso – surpresa para os convivas – animarão a pista até de manhã. (Por Gui Torres)

FESTA PARA MÍRIAM Míriam Avellar de Carvalho era uma alegria só na festa de seu aniversário, quando reuniu seus netos, os três filhos – Henrique, Valentina e Maria Carmen –, parentes e amigos, como Morena Brás e Ebe Costa. A ideia da festa foi de Henrique, com apoio da irmã, Valentina. Os presentes foram trocados por doação de material escolar destinados às obras sociais de frei Cláudio, da paróquia do Carmo. O religioso cumprimentou a aniversariante com bonito elogio por sua dedicação às obras assistenciais da paróquia. Míriam é viúva de Henri Oswaldo de Carvalho.

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EM TRANCOSO COM FHC

Arquivo pessoal

Mariel Pelli/Divulgação

Hóspede de Délio Eugênio, no condomínio Terravista, em Trancoso, o advogado Henrique Freire foi surpreendido ao dar de cara com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que estava na casa do filho dele, Paulo Henrique. “Tivemos um bate-papo informal e descontraído. De política, nada se falou, e Fernando Henrique, que é uma simpatia, diz adorar Trancoso, onde vai com frequência”, conta. O ex-presidente revelou também seu gosto gastronômico. Quando está na cidade, gosta de frequentar o restaurante Cacau, no Quadrado, e a pizzaria Maritaca.

TÊNIS BENEFICENTE A décima edição do Encontro Viabrasil de Tênis – Troféu Gil Nogueira será comemorada em grande estilo em Comandatuba. “Estamos preparando novidades para atender às expectativas dos participantes. São 10 anos de evento e o que não falta são motivos para comemorar”, afirma Patrícia Nogueira, presidente do Instituto Gil Nogueira. Os jogos serão realizados entre os dias 19 e 24 de abril. O torneio é tão disputado que as 250 vagas foram preenchidas em menos de dois meses. Serão comemorados também os 10 anos do Instituo Gil Nogueira, que tem projeto de incentivo à leitura voltado para alunos de 33 escolas públicas de Minas Gerais. Atualmente, são mais de 7 mil crianças atendidas pelo Ler é Viver. No total, mais de 37 mil crianças já foram beneficiadas.

Carlos Olímpia/Divulgação

SONHO DE MENINA Como boa parte das garotas de sua geração, Maria Helena Pires de Carvalho não vê a hora de chegar o dia de sua festa de 15 anos, marcada para março, no Ilustríssimo. “Ela sempre quis comemorar a data, especialmente depois do aniversário da irmã, Maria Laura, há cinco anos”, conta Maria Fernanda Pires de Carvalho Pereira, mãe das meninas. Todas as ideias para a produção são da debutante. “Tudo feito com os pés no chão. Meu marido e eu sempre lembramos a ela que a festa não será um evento, e sim a comemoração de seu aniversário”, completa. Seguindo a tradição, Maria Helena vai dançar a valsa com o pai, José Arthur de Carvalho Pereira Filho, e com o irmão, Pedro Henrique, além de tios, padrinhos e amigos.

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SOCIEDADE

Helena Lunardelli, Barbara Fialho, Isis Valverde, Mario Spaniol, Ana Beatriz Barros e Lala Noleto A top Ana Beatriz Barros

Top Bárbara Fialho

Carmen Steffens O desfile de outono/inverno 2016 da Carmen Steffens realizado em janeiro, no Club Ovo do Hotel Conrad, foi transmitido ao vivo pelo site da marca. As tops Ana Beatriz Barros e Bárbara Fialho brilharam no fashion show, que contou com a presença de diversos famosos na fila A, como a atriz Ísis Valverde. A grife desfilou pela primeira vez no Uruguai e levou para a passarela uma viagem ao tempo que começou nos anos 1970 e terminou no futuro, em uma mistura de tendências. Fotos: Carlos Martinez e Fernanda Calfat/Divulgação

Banda Oba Oba Samba House

Matheus Massafera e Chris Pitanguy

Leryn Franco Modelo paraguaia

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Cintia Garrido Modelo argentina

Jimena Buttigliengo – Modelo argentina

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Priscila Prete Modelo argentina

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SOCIEDADE

Iaia Resende, Patrícia Soutto Mayor e Patrícia Duque

Ana Paula Silveira e Fabiana Brito

Iaia Resende e Valéria R. Freire

Encontro com As Poderosas O ano começou animado para o grupo As Poderosas, que reúne cerca 40 empresárias do setor de eventos em Belo Horizonte. "A princípio, nossos encontros seriam realizados de dois em dois meses, mas o resultado foi tão positivo que vamos promovê-lo a cada mês", conta Patrícia Soutto Mayor, que recebeu a turma em sua casa na primeira reunião do ano. Na pauta, a troca de estratégias e ideias que também favorecem parcerias. Fotos: Samuel Gê.

Dani Cerqueira, Maria Paula, Sheilla Arrais, Patricia Berto e Juliana Freitas

Tuca Schirmer e Maria Filizzola

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Juliana Couto e Beth Ribeiro

Cláudia Verçoza, Dani Matioli, Amanda Madeira e Ludmila Wilson

Encontro das empresárias de eventos em BH

Patrícia Duque, Nani Moraes e Mônica Ferreira

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SOCIEDADE

Rodrigo Coutinho, Augusto Nunes-Filho e Luís Eguinoa

Marcus Lontra, Ângelo Oswaldo de Araújo e Augusto Nunes-Filho

No Palácio das Artes Belo Horizonte é a primeira cidade a receber a fase itinerante da mostra com obras vencedoras do Prêmio CNI Sesi Senai Marcantonio Vilaça para as artes plásticas. Em exibição no Palácio das Artes, a mostra reúne vídeos, fotografias, desenhos, instalações e objetos de Berna Reale (PA), Gê Orthof (DF), Grupo EmpreZa (GO), Nicolás Robbio (SP) e Virgínia de Medeiros (BA). O público poderá conhecer o projeto Quando Tempo Aperta, um dos vencedores do Prêmio Marcantonio Vilaça. Fotos: Duduas Profeta.

Bernardo Lessa, Ana Dourado e Guilherme Parreira

Deise Oliveira, Breno Caetano, Caroline Valentim e Cecília Toscano

Manoel Bernardes

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Karine Marques, Laura Marques e Bernardo Laje

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SOCIEDADE

Diretoria Eleita

Posse na OAB/MG

Celso Almeida, Joana Selmo e Sergio Murilo

Daniel Bueno Cateb e Gustavo Carreira Machado

Maria Inês Gonçalves e Antônio Gonçalves da Silva

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Antônio Fabrício Gonçalves é o novo presidente da OAB/MG para o triênio 2016/2018. Ele foi empossado durante cerimônia no Minascentro. A nova diretoria é composta por Helena Delamonica, vice-presidente; Sérgio Leonardo, tesoureiro; Gustavo Chalfun, secretário-geral; Charles Vieira, secretário-geral adjunto; Adriano Cardoso, tesoureiro adjunto; e Fabrício Almeida, diretor institucional. Também foram empossados 160 conselheiros da OAB mineira. Fotos: Alexandre Carvalho.

Valter Lobato, Carlos André Bittencourt e Eduardo Maneira

Marcio Lacerda e Fabrício Almeida

Antônio Fabricio Gonçalves e Marcelo Leonardo

Fernando Brant, Beatriz Brant e Paulo Roberto Medina

Ronaldo Nunes, Ludmila Nunes, Antônio Augusto e Elaine Bernardes

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SOCIEDADE

Premiação Em dezembro, o Greentours e o Espaço Club Med Belo Horizonte premiaram a supervisora de vendas Fernanda Cordeiro, por ter atingido e dobrado a meta de vendas de 2015. O prêmio? Um lindo Ônix da Chevrolet zero-quilômetro! Fotos: Renata Caldeira.

Fernanda Oliveira

Flávia Fulgêncio

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Cláudia Brauer e Ana Maria Fulgêncio

Sérgio Fulgêncio e Ana Maria Fulgêncio

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ARTIGO | LEILA FERREIRA lferreira@editoraencontro.com.br

A diarista ucraniana Vera chega como um furacão em nossa casa em São João do Estoril (Concelho de Cascais, a meia hora de Lisboa). Arranca o casaco, se queixando do calor (lá fora os termômetros marcam 11° C) e, quando pergunto a qual calor ela se refere, diz apenas: “Senhora Leila, estou acostumada com invernos de –20° C negativos. Isso aqui não é inverno”. Loira, corpo que muitas mulheres devem invejar, olhos azuis sempre realçados por maquiagem, jeans colados no corpo e botas, parece uma jovem saindo para uma tarde no shopping. Mas em 15 minutos já deu jeito na bagunça da cozinha e sobe as escadas carregando o aspirador com uma energia que nunca vi igual. Em quatro horas, deixa a casa impecável. Mas o melhor de tudo é a energia que fica – porque, por onde essa ucraniana passa, não há tempo nem alma nublada que resistam. Vinte e seis anos de idade, uma filha de três chamada Arina e morando há cinco anos em Portugal, ela deixou a Ucrânia para fugir da pobreza e da absoluta falta de perspectivas. Conta que sua mãe, com 45 anos, perdeu todos os dentes, por não poder ir ao dentista. Os alimentos tinham de ser divididos entre ela, a mãe, a avó e os irmãos em porções que raramente davam para matar a fome. E Vera decidiu que não queria ter o mesmo destino da avó e da mãe. “Queria ter filhos que pudessem ir ao dentista, ao médico, a boas escolas e nunca sentissem fome”, diz. Entrou em contato com outros ucranianos que estavam tentando a sorte em Portugal, juntou o que tinha em uma mala e chegou a Cascais pronta para superar qualquer obstáculo. Na primeira semana, já estava trabalhando como diarista. Matriculou-se em um curso de português e hoje fala a língua com fluência, ainda que com sotaque carregado. Em pouco tempo, já estava trabalhando em seis casas. Casou-se com um ucraniano, pai de Arina, separou-se e, atualmente, suspira por outro ucraniano que foi trabalhar em Paris e de vez em quando aparece para vê-la em Cascais. “Ah, senhora Leila, vou me encontrar com ele no próximo sábado. Meu coração fica batendo forte só de pensar...”, ela diz com os olhos azuis brilhando. E eu embarco nas histórias de Vera, sonho com ela enquanto faço mais um café para mim e ofereço a ela mais um chá. Conto a ela um pouco das minhas histórias e às vezes ficamos ali as duas, esquecidas de tudo. Duas mulheres tão diferentes, com idades, nacionalidades e vidas tão distintas, e, ao mesmo tempo, com sentimentos tão parecidos e sonhos tão próximos. Às vezes, quando estamos ali numa dessas conversas que só as mulheres têm, penso (e é inevitável pensar) nos refugiados que, como Vera, atravessam fronteiras em busca de um futuro que os maltrate menos que o passado que estão tentando deixar para trás. Abandonar histórias de vida, famílias, amigos, casas, amores, paisagens... Quem disse que é fácil? Quem disse que é escolha? E como decidir o pedaço do mundo que cabe ao outro e o que nos cabe? Há pouco tempo, quando estávamos acabando de montar a casa em Cascais, eu me dei conta de que, numa determinada manhã, estavam reunidas ali cinco nacionalidades. Além de Vera e eu, havia um português chamado Diamantino, uma simpatia de pessoa, casado com uma mineira de Teófilo Otoni, que tinha ido pregar uns quadros nas paredes. Logo depois chegou o funcionário de uma floricultura que cuida do nosso minijardim, um inglês chamado Adam Richardson, que foi casado com uma portuguesa, tem duas filhas nascidas em Portu-

“Abandonar histórias de vida, famílias, amigos, casas, amores, paisagens... Quem disse que é fácil? Quem disse que é escolha?” gal e, além de ser tão simpático quanto Diamantino, tem um charme à la Hugh Grant que, com certeza, está influenciando no viço das plantas. E, quando lá estávamos – uma ucraniana, uma brasileira, um português e um inglês –, chega para entregar um móvel um moldávio. Que, diga-se de passagem, era tão, mas tão bonito, que Vera e eu pensamos em propor que o móvel fosse embora e o moldávio ficasse. O fato é que, naquela manhã, cinco pessoas de países diferentes, falando línguas diferentes e carregando histórias de vida com poucos pontos de interseção se encontravam ali e se entendiam sem qualquer esforço, qualquer sensação de estranhamento ou inadequação. Voltei para o Brasil há poucos dias (a casa portuguesa é só um refúgio ocasional) e trouxe na bagagem um bilhete que Vera me deixou, acompanhando um presente de Natal. A letra linda, as palavras cheias de carinho, a capacidade de sentir esperança em condições nem sempre favoráveis, tudo isso está ali naquele pequeno parágrafo – que pode me ensinar muito. Entre outras coisas, a reinventar a vida sempre que for preciso. E é preciso quase sempre, de um jeito ou de outro. O que requer o que minha amiga ucraniana mais tem: esperança. Ou seria coragem? *Leila Ferreira é jornalista, escritora e palestrante

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Responsável Técnico: Dra. Erika Corrêa Vrandecic - CRMMG 28.946

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