Revista Encontro 157

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NAMORADOS LOCAIS EM BH PARA UM JANTAR ROMÂNTICO À LUZ DE VELAS

COPA BARES PARA ASSISTIR AOS JOGOS E RECEITAS COM VÁRIOS SOTAQUES

Junho de 2014 | Ano XIII | Nº 157

A VITÓRIA DO MENINO DE PERNAS ALEGRES

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O jogador Bernard, de 21 anos, o caçula da seleção brasileira: “Antes da convocação, fiquei uma semana sem dormir”

Baixinho, franzino, descartado duas vezes pelo Cruzeiro e pelo Atlético, Bernard superou preconceitos e desconfianças para se tornar uma das maiores promessas desta Copa

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NESTA EDIÇÃO

26 38 42 48 50

ENTREVISTA Linguista francês fala sobre discurso político NEGÓCIOS Bufês de festa de BH lançam selo de qualidade DIVERSÃO Festas juninas em BH e gente que adora o balancê PET Saiba o que fazer se seu cão sofre com barulhos PERFIL Thiago Reis: sucesso no rádio e na televisão

66 72 92 102 106

CONSTRUÇÃO Mudanças no comando da MRV: transição tranquila CIDADE Ginásio do Mineirinho precisa de melhorias DEZ PERGUNTAS PARA Professor da UFMG diz que vivemos um apagão VEÍCULOS Nissan abre fábrica e aposta em compactos CULTURA Ex-alunos de Guignard e a influência do mestre

60

COMPORTAMENTO Namoro a distância: amor sem fronteiras

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20 25 32 36 96 100 104

Especial namorados 56

COLU NAS

GASTRÔ Lugares à luz de velas para um clima romântico

VITRINE Sugestões de presentes para eles e para elas

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18 22 112 210

NO PODER Copa e.... DEU O QUE FALAR "Eu fui um babaca" RETRATOS DA CIDADE Rotina de protestos GENTE FINA Livre e leve VIDA DIGITAL A Google vai dominar o mundo? COLUNA DE DIREÇÃO Mudança para Londres ENCONTRO INDICA Exposição inaugura Casa Fiat no CCPL NA MESA Apoio aos produtores NA SOCIEDADE Entre amigos NA SOCIEDADE/ ESPECIAL COPA A seleção delas

ARTIGOS ARISTÓTELES DRUMMOND Sabedoria e responsabilidade de Minas SÍLVIO MITRE Dignidade e competência JOSÉ JOÃO RIBEIRO A mamãe no cinema francês LEILA FERREIRA Não, eu (ainda) não tenho WhatsApp

Arquivo pessoal

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NESTA EDIÇÃO

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Especial meio ambiente 76 80 84

MINEIRÃO Maior estádio do Brasil iluminado pela energia solar SUSTENTABILIDADE Projetos de grandes empresas contra os impactos ambientais EDUCAÇÃO Ações educativas que ajudam a conscientizar cidadãos

114 124 134 136 144

ARTES PLÁSTICAS Mateus X. Henrique, um artista e suas fases CAPA Bernard, o baixinho que promete brilhar na Copa CORRIDA 9a Encontro Delas/Molico coloriu a lagoa Seca SAÚDE Mulheres também sofrem com a queda dos cabelos MODA Verde, amarelo, azul e branco inspiram looks BELEZA Saiba quais cílios postiços combinam com seu rosto

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DECORAÇÃO Pufes: eles são versáteis, charmosos e muito práticos COPA DO MUNDO Sugestões de bares para ver e torcer pelo Brasil em BH GASTRÔ Uma seleção de receitas que unem ingredientes e sabores BOTECAR Festival de botecos de raiz, novidade que veio para ficar SOCIEDADE Festa dos sonhos

Foto capa: Rafael Ribeiro/ CBF/Divulgação

Renato Cobucci/Imprensa MG

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NO PODER | BERTHA MAAKAROUN bmaakaroun@editoraencontro.com.br

COPA E... Com todos os olhos voltados para os gramados e as ruas, as convenções partidárias para a indicação dos candidatos ao Palácio do Planalto e aos governos estaduais enfrentarão forte concorrência pela atenção do eleitor. Em 14 de junho, o PSDB nacional formalizará o primeiro lance, confirmando em São Paulo a candidaCáudio Cunha

tura ao Palácio do Planalto do senador e presidente da legenda Aécio Neves. Em Minas, no mesmo dia, os cinco partidos que apoiam a candidatura de Fernando Pimentel (PT) ao governo de Minas – PT, PMDB, PROS, PCdoB e PRB – farão as convenções. Nos campos, Inglaterra e Itália estreiam. Paulo Filgueiras/EM/D.A. Press

Rodrigo Clemente EM D.A. Press

...CAMPANHAS Já a presidente Dilma Rousseff (PT) será indicada para concorrer à reeleição em convenção partidária do PT, em Brasília, agendada para 21 de junho, quando jogarão Alemanha e Argentina. Data ainda mais concorrida é a escolhida pelo PSB do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos. Se o Brasil se classifi car em primeiro lugar na chave, jogará as oitavas de final em Belo Horizonte em 28 de junho, primeiro dia da convenção nacional socialista. Se a

seleção ficar em segundo, terá jogo no dia seguinte, 29, em Fortaleza, segundo dia da convenção socialista. Para tentar evitar a concorrência, o PSDB de Minas se antecipou: marcou para o dia 10 a convenção partidária que formalizará a candidatura de Pimenta da Veiga (PSDB) ao governo de Minas, do vice Dinis Pinheiro (PP) e de Antonio Anastasia (PSDB) ao Senado. Nesse mesmo dia, também se reunirão as principais legendas da coligação de 19 partidos.

VERDES EM GUERRA Depois da aposentadoria por invalidez do deputado federal Antônio Roberto, abriu-se guerra entre os suplentes do partido pelos últimos meses de mandato na Câmara dos Deputados. O primeiro da lista, subtenente Gonzaga, já tomou posse, mas está com problemas: filiou-se no ano passado ao PDT. O PV representou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo o mandato.

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O segundo da lista de suplentes, Raul Belém, além de estar agora filiado ao PP, elegeu-se prefeito de Araguari e não pretende trocar dois anos e meio na prefeitura por seis meses de mandato de deputado federal. O terceiro da lista, Reinaldo do Galo, migrou para o PTdoB. Resta ao quarto suplente, Denilson Teixeira, que teve 14.650 votos, esperar a cadeira.

SONHO MEU... Tilden Santiago (PSB), ex-embaixador do Brasil em Cuba no governo Lula e segundo suplente de Aécio Neves (PSDB) no Senado Federal, está certo de que poderá assumir o mandato pelos próximos meses, caso o tucano decida se licenciar para correr o país em campanha ao Palácio do Planalto. O primeiro suplente, Elmiro Nascimento (DEM), é candidato a deputado federal e já avisou: só assumirá a cadeira se for em definitivo.

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CARTA DO EDITOR revistaencontro.com.br

Diretor-Presidente

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Diretor-Geral/Editor Editoras-Chefes Editor Colaborador Editor Adjunto de Suplementos Redação

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André Lamounier Neide Magalhães Kátia Massimo Fábio Doyle Sergiovanne Amaral Ana Cláudia Esteves Daniela Costa Marina Dias Marina Santos Rafael Campos Amanda Aleixo Edmundo Serra Roger Simões Antônio de Pádua Bruno Schmitz Gustavo Paiva Júnior Oliveira Luciano Garbazza Roney Simões

Editor de Fotografia Cláudio Cunha Fotógrafos Eugênio Gurgel Secretaria de Redação Jaqueline Dias Nayara Fagundes Revisão Lílian de Oliveira Gerente Financeira Anneth Faria Gerente Administrativa Solange Rabelo Gerente Comercial Laila Soares Departamento Comercial Agata Utsch Andreza Braga Myrta Lobato Shyrlei Roque Assistente Comercial Marketing e Eventos

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ANDRÉ LAMOUNIER - DIRETOR/EDITOR redacao@revistaencontro.com.br

Hora de trocar figurinhas (e torcer pelo Brasil!)

Até que ponto Copa do Mundo e eleições são temas que se misturam? O desfecho do mundial de futebol pode influenciar os resultados eleitorais? O tema divide opiniões. Há uma corrente que acredita na tese de que, quando a presidente Dilma Rousseff declarar ofi cialmente aberta a Copa do Mundo de 2014, ela estará também dando o pontapé inicial da grande partida que disputará em outubro. A petista, como é sabido, será candidata à reeleição e terá, do outro lado do gramado, como principais adversários Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). Essa tese aposta que, se Bernard (capa desta edição – em belíssima matéria) e companhia ganharem o hexacampeonato, uma onda de otimismo tomará conta do país. Se perderem, contudo, um tsunâmi de problemas represados virá à tona. Os dois cenários, projetam os defensores dessa teoria, têm capacidade para influenciar o humor das urnas. Não obstante, há outra corrente que acredita inexistir correlação direta entre a bola e o voto. Para essa turma, trata-se de um mito a suposta influência do torneio nas urnas. Pelo sim, pelo não, fato é que Dilma sonha em estar no seleto quadro de governantes que foram anfitriões da Copa do Mundo e conseguiram ver o próprio país levantar o caneco. Mas, o intento da presidente já começou frustrado. Para evitar a repetição das contundentes vaias ouvidas na abertura da Copa das Confederações, em junho do ano passado, Dilma decidiu não fazer discurso no jogo inaugural da Copa, limitando-se a um protocolar “Declaro abertos os jogos”. A fim de dirimir dúvidas, o banco suíço UBS, para avaliar sua estratégia de investimento no país, resolveu fazer uma pesquisa inédita sobre o tema futebol e política, cujos resultados são alvissareiros. O estudo, divulgado no mês passado, atesta de forma cabal não haver relação direta entre os resultados nos campos e fora dele, nas urnas. Trata-se de ótima notícia para a grande maioria dos brasileiros que quer, de fato, torcer pelo Brasil, mas sem culpa. Também no álbum da política brasileira, figurinhas repetidas não servem mais. Devem ser trocadas. Razão pela qual a candidatura Cláudio Cunha do senador mineiro Aécio Neves cresce a olhos vistos, notadamente junto a quem “bate o tambor”, ou seja, às classes mais esclarecidas. Banqueiros e empresários que apoiaram a dupla Lula-Dilma têm se manifestado de forma cada vez mais incontida e contrariamente à reeleição. Era o óbvio. Afinal, a crônica das denúncias de corrupção e dos maus investimentos deste governo é tão vasta que conseguiu dinamitar a popularidade da presidente, sustentada à custa dos bilhões enterrados no Bolsa Família. Está na hora de mudar o Brasil. Primeiro, vamos ganhar a Copa. Depois, eleger candiDamasceno, Marina Dias e Bruno Schmitz: datos que sejam, verdadeiramente, padrão Renan eles pensaram na capa, marcaram o craque e driblaram os adversários. Gol de placa Fifa. Ronaldinho Fenômeno que o diga... ❚

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Os astronautas da Apollo 8 foram as primeiras pessoas a verem o lado negro da Lua com os próprios olhos. O Speedmaster Co-Axial em cerâmica negra [ZrO2] saúda o espírito pioneiro que os levou a um lugar onde jamais o ser humano havia estado e presta uma homenagem aos cronógrafos Speedmaster Professional usados por todos os astronautas da Apollo.

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Ótima matéria, que revela que há cesarianas demais acontecendo. Elas podem até ser mais rápidas e práticas para os médicos, mas acredito que o processo do parto natural, sem cortes ou anestesias, é a forma mais harmônica para que a criança venha ao mundo.

Confesso que fiquei mesmo emocionada quando li as histórias dos casais que optaram por parto normal. Sempre sonhei ser mãe, mas também sempre tive medo desse momento. No entanto, depois dessa matéria, eu me senti mais encorajada a rejeitar a cesárea, caso tenha condições.

Recebi uma revista no setor que trabalho, foi a primeira vez que li e adorei! Parabéns! Tive orgulho, de verdade, de ser mineira.

Pedro Santos Fonseca Sete Lagoas/MG

ELES ESTÃO VOLTANDO I Não sou especialista em direito, mas liminar não pode ser cassada? Essa liminar que garante o uso de calçadas para artesanato é de 2012, o que será que o jurídico da Prefeitura de BH está esperando? Por que a prefeitura não corre atrás da Justiça nesse caso? Acho que todos têm direito de trabalhar, mas regras são necessárias, senão, essa cidade vira uma bagunça maior. E calçada livre é o mínimo que o cidadão necessita para andar por aí. Francisco de Assis Cardoso Belo Horizonte/MG

ELES ESTÃO VOLTANDO II É facil resolver esse problema: convide esses hippies para fazerem suas barracas, exposições, seja lá onde vendem os produtos, na calçada da porta do magistrado que concedeu essas liminares; encha bastante as ruas de suas casas, aí veremos se eles vão continuar cedendo liminares. Marco Aurelio Souza de Maia Belo Horizonte/MG

ELES ESTÃO VOLTANDO III A prefeitura deve agir o mais rápido possível, antes que essa doença se alastre novamente em BH. Antonio Santos Belo Horizonte/MG

Eliane Maria da Costa Belo Horizonte/MG

Maria de Lourdes Afonso Silva Belo Horizonte

ELES ESTÃO VOLTANDO IV

É uma pena ver a praça Sete toda tomada por esse comércio. Antonio Macedo Belo Horizonte/MG

ELES ESTÃO VOLTANDO V

A LEVEZA DO TRAÇO II Ótima reportagem focando este incomparável artista que muito dignifi ca as artes plásticas do nosso estado. Acompanho sua carreira há tempos, tenho obras dele, e fi co feliz de Encontro ter reconhecido seu talento!

Acho um verdadeiro absurdo a prefeitura permitir o comércio nas ruas.

Manuella Teixeira Belo Horizonte/MG

Hugo Celso Coelho Viçosa/MG

ARTIGO BOTECANDO Muito bom ver a gastronomia de Minas receber o seu merecido reconhecimento. Parabéns pelo artigo, deputado Agostinho Patrus! Dalva Paiva Belo Horizonte/MG

A LEVEZA DO TRAÇO I

Nossa vida é, toda ela, uma dádiva do criador, da natureza e do ambiente e das pessoas que estão à nossa volta. São presentes da vida e lições de aprendizado constante. Ao ler e reler em Encontro o que foi publicado sobre meu trabalho, me senti presenteado. Minha gratidão à toda a equipe. Mauro Silper Belo Horizonte/MG

Fale com a Revista ENCONTRO: Comentários sobre o conteúdo editoral da Encontro, sugestões e críticas a matérias: R. Haiti, 176, 3° andar - Sion - CEP : 30.320-140, Belo Horizonte, MG | E-mail : cartas@revistaencontro.com.br. Cartas e mensagens devem trazer o nome completo e o endereço do autor. Por razões de espaço ou clareza, elas poderão ser publicadas resumidamente. PARA ANUNCIAR: R. Haiti, 176, 3° andar - Sion - CEP: 30.320-140 - Belo Horizonte, MG | Tel: (31) 2126-8000 | Fax: (31) 2126-8008 RELEASES: redacao@revistaencontro.com.br | Fax: (31) 2126-8781 | ASSINATURAS: Tel: (31) 2126-8770

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ENCONTRO DIGITAL | ROLOU NA REDE MESSI SONDOU CASA EM LAGOA SANTA?

Renata Caldeira

O grande craque argentino Lionel Messi, do Barcelona, chegou a sondar uma mansão de 2 mil m2 às margens da lagoa, para se hospedar com a família e convidados durante o mundial da Fifa. Leia a matéria na íntegra em: http://goo.gl/HDQfdj Cláudio Cunha

REMÉDIO PROIBIDO Produzido na França, o Glucantime, remédio específico para tratar leishmaniose em cães, tem importação proibida pela Anvisa. Leia a matéria na íntegra em: http://goo.gl/NsftPj

PROJETO IDEAL DA MALHA METROVIÁRIA DE BH Arquiteto mineiro analisou a topografia e a demanda de deslocamento da população para criar um mapa de como deveria ser o metrô da capital. Leia a matéria na íntegra em: http://goo.gl/AqEUsr

AS MATÉRIAS COM MAIOR REPERCUSSÃO NAS REDES SOCIAIS

ENTOS COMPARTILHAM

Arquiteto mineiro cria projeto ideal para o metrô de BH

TUITADAS

1,1 mil

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Leishmaniose tem tratamento, mas medicamento é proibido no Brasil

670

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Conheça a mansão que deve abrigar Lionel Messi durante a Copa

429

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Jair Rodrigues ajudou a carreira de Clara Nunes

163

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Mineiro vira soldado do Exército americano

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TE ENCONTRO

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Todo mês, vamos lançar um desafio aos nossos leitores. Tire uma foto diretamente do celular, publique no Instagram e compartilhe com a hashtag #revistaencontro. Se sua foto for escolhida, ela será impressa na próxima edição da revista e no portal da Encontro na internet, www.revistaencontro.com.br Em comemoração ao mês do namorados, o primeiro tema será: “A vida é feita de encontros”. Para você se inspirar, veja a foto produzida pela fotógrafa Jô Moreira especialmente para essa seção.

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ARTIGO | ARISTÓTELES DRUMMOND adrummond@editoraencontro.com.br

Sabedoria e responsabilidade de Minas O entusiasmo que o nosso país desperta em todos nós, pelas qualidades de seu povo, suas potencialidades – características tão positivas na fraternidade entre classes e raças –, retardou o cair da ficha de que existe um movimento organizado (e azeitado) para corroer nossos valores e nossas conquistas. Há semanas, o jurista paulista Yves Gandra Martins, a quem podemos chamar de um ilustre brasileiro, deu corajosa entrevista na TV, denunciando parte dessas manobras que visam distorcer valores culturais de nosso povo. Protegidos pelas montanhas e com forte lastro em valores cívicos, religiosos e morais, esses movimentos são ainda tímidos em Minas, mas esperam prosperar no decorrer da campanha eleitoral que se inicia. O ex-governador Aureliano Chaves disse, certa vez, que na história não se pode “tapar o sol com a peneira”. Outro ex-governador, Francelino Pereira, quando presidente da Arena, fez a pergunta que ecoou de norte a sul do Brasil: “Que país é esse?”. E Tancredo Neves, em famoso discurso, quase que intuindo que logo depois iria nos faltar, pediu que “não nos dispersemos”. Para não taparmos o sol com a peneira, temos de admitir que vivemos, no Brasil, grave crise na qualidade de nossos homens públicos, da formação de uma sociedade conformada com a corrupção e a fraude, em todas as suas camadas sociais. Também se nota comportamento que foge aos padrões da cordialidade e do decoro, com sistemática campanha procurando acirrar diferenças sociais, econômicas e raciais, e exaltar diferenças de opção sexual. No comportamento de nossos políticos, nunca na história foram registrados de forma tão escancarada, envolvendo a função pública, formalmente, relacionamentos extraconjugais de personalidades. Muito menos se flagrou, comprovadamente, ato aético de se receber de entidades privadas, mesmo que de representação classista, por serviços não prestados e em valores inadmissíveis, no caso de os mesmos terem sido prestados. O afrouxamento da vigilância da sociedade e a tolerância permitiram que o delito não fosse questionado. Diante desse quadro de retrocesso cultural, ético e moral, da destruição de valores da cordialidade, da fraternidade multirracial, do respeito aos direitos das diferentes classes sociais, inclusive no processo do desenvolvimento econômico, de uma legislação demagógica, quem pretende gerar empregos pensa duas vezes. E é o caso de se repetir a pergunta do ex-governador: “Que país é esse?”. Diante dessa realidade pouco animadora, que anula todo o otimismo dos avanços na economia, no agronegócio, na tecnologia, entra Minas com sua tradição de participar de maneira decisiva nos momentos mais graves da nacionalidade, desde sempre e se espera que para sempre. O Império encontrou nos homens públicos mineiros seus mais preciosos quadros; a República viveu seus melhores momentos com a presença mineira, que

“Nota-se um comportamento que foge aos padrões da cordialidade e do decoro, com sistemática campanha procurando acirrar diferenças sociais, econômicas e raciais”

foi decisiva no desenvolvimento, na ordem e nos exemplos de eficiência de seus políticos. Forneceu, nos últimos 50 anos, alguns dos melhores ministros de diferentes governos, como Pedro Aleixo, Murilo Badaró, Ibrahim Abi Ackel, João Camilo Pena, José Israel Vargas, Eliseu Resende, Paulo Paiva, Paulo Haddad, José Hugo Castelo Branco, Alisson Paulinelli, Arlindo Porto, José Aparecido de Oliveira e tantos outros que ganharam o reconhecimento nacional. O brado de Tancredo, por fim, do “não nos dispersemos” é mais do que atual. O Brasil olha para Minas com esperança, terra em que o trato da coisa pública ainda é marcado pela austeridade e o bom senso, os valores da população preservados. É preciso dizer não à perda de qualidade na cordialidade, no respeito a valores da família, da prosperidade pelo mérito, pelo trabalho, da justiça pelos fundamentos legais e morais. Por tal, não vamos tentar tapar o sol com a peneira, vamos responder que país é esse e o que queremos e, por fim... homens e mulheres de bem, não nos dispersemos! z

*Aristóteles Drummond é jornalista e escreve bimestralmente na Encontro

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ENTREVISTA | PATRICK CHARAUDEAU ficiente: é preciso se organizar para ter um peso e influenciar o poder político. A população que se manifestou foi acusada de não ter foco. Como vê essa questão da falta de um discurso comum?

Há um jogo constante entre as duas partes. Da parte dos políticos, eles sempre tendem a dizer que as pessoas não sabem exatamente o que querem, que são confusas, que há muitos movimentos, etc. Isso é parte do jogo, é natural, e em qualquer país é assim. Da parte do povo, é preciso pensar que, se querem uma influência, que os políticos ou çam as reivindicações, é necessário ter organização e objetivos comuns para que se tenha força. Nesse contexto, há figuras diferentes. Há o cidadão, que é a pessoa consciente de suas responsabilidades, da participação no jogo político pelo voto e pela vigilância. Há, ainda, a figura do militante, que é uma pessoa pertencente a um grupo determinado e, além de pensar, age: organiza manifestações, distribui cartazes, etc. Existe aí um paradoxo: ao agir em função de suas convicções, o militante é extremamente fiel a sua “voz interior”, mas não pensa muito nas consequências, no que o impede de fazer alguma coisa. Já o cidadão pensa nas consequências, mas perde um pouco em convicção. É um paradoxo. Mas o que na vida não é? Nesse sentido, qual seria a postura ideal do governo para responder à ânsia da população?

A questão central é saber se o poder político deve responder à demanda social, se ela se justifica. Quando o presidente socialista [François] Mitterrand chegou ao poder, em 1981, em sua campanha, prometeu abolir a pena de morte, que existia na época. Foi feita uma pesquisa para ver o que a maioria pensava sobre o tema. Viram que 67% eram contra a abolição, e, apesar disso, ela foi feita. Nesse caso, não se respondeu à demanda social. Já no caso do Brasil, sei que um ponto muito sensível é a questão da corrupção, e a demanda social é no sentido de que governantes corruptos sejam processados, deixem o poder. A responsabilidade do governo, nesse caso, é responder à demanda social. 30 |Encontro

Nós nos esquecemos de que todo jogo político, de persuasão e de sedução, passa pela linguagem. Uma sociedade se constrói com relações, que é algo próprio do ser humano” Então, é algo complicado. Mas no caso brasileiro, pelo que vejo, moralmente, pode-se dizer que é preciso tentar responder a essa demanda social de transparência, de honestidade do político. A atuação da polícia foi criticada nas manifestações. Disseram que foi violenta, por um lado, e, por outro, que fez pouco, porque houve que bradeira. Qual é o lugar da repressão policial em um governo democrático?

É uma questão delicada. Às vezes, os policiais devem, sim, interferir. Outras vezes, é preferível que não. Para mim, o fundo desse problema é educativo e de formação. Não se pode dar responsabilidades a um policial se ele não tem uma formação adequada, para saber, por exemplo, em que casos intervir e de que maneira. Deve-se pensar que o mundo policial, como o militar, é de regras e de obediência cega. Então, a respon sabilidade é dos líderes. O impulso do policial é sempre o de enfrentar. Se não lhe é dada uma formação para saber se controlar, restringir, avaliar a situação e de que maneira intervir, irá enfrentar. Lembro aqui que uma sociedade não pode viver sem polícia, pois ela é, idealmente, a garantidora da ordem social. A questão é como formar essa gente, para que todas as suas intervenções se façam a favor do povo – o que até pode ser, eventualmente, uma intervenção violenta, caso as pessoas sejam violentas. Mas a favor do povo. Imagino que será complicado durante a Copa, quando haverá, certamente, provocadores. Qual é a relação do marketing com a política?

É preciso considerar que, na ação política atual, com milhões de pessoas muito diferentes, é útil ter gente especializada em estudar, analisar os movimentos sociais, com ferramentas de pesquisa, para auxiliar os políticos. E os governantes não têm apenas um conselheiro [como o conselheiro de comunicação], mas vários, e deve fazer a síntese de tudo aquilo que foi levantado para decidir como agir. Posso dizer que, qualquer que seja o conselheiro, e por mais esperto que seja, todos dependem da personalidade do político. No caso brasileiro, isso é muito emblemático. Lula tem carisma, e carisma não se constrói, vem da pessoa. Depois, pode-se refinar, acrescentar, mas o que se chama de carisma, essa força do indivíduo, de sua personalidade, isso é próprio de uma pessoa. Lula tem, Dilma não tem. Isso não quer dizer que esta última não possa governar, mas é verdade que ter carisma tem uma vantagem, que pode ser usada para o bem ou para o mal: quem tem carisma leva o povo consigo mais facilmente. A questão é: levar para onde? z

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Samuel Gê

CRISE E DIREITOS Em momentos de crise econômica, as cortes constitucionais devem manter a proteção aos direitos sociais, apesar da pressão dos governos para cortes orçamentários e nas políticas públicas, que sustentam os direitos sociais. Reunida pela primeira vez em Ouro Preto, esta é a conclusão da Comissão de Veneza – órgão consultivo do Conselho da Europa sobre questões constitucionais, do qual o Brasil é membro ativo. “As crises econômicas não devem empobrecer os direitos sociais, mas fazer concretos os direitos conquistados”, consi-

dera a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia Antunes Rocha, que integra, ao lado do presidente do STF, Joaquim Barbosa, o quadro de especialistas independentes da comissão. Para Cármen Lúcia, mesmo em tempos de crise econômica, são centrais os direitos à saúde, à educação e à segurança pública. Representantes de cortes de 20 países participaram do evento. Nele foi aprovada a proposta de criação de uma comissão na América Latina nos moldes em que hoje funciona a Comissão de Veneza. Gladyston Rodrigues EM D.A Press

MADE IN GERMANY A Alemanha quer recuperar a sua presença na cultura e na economia mineira, que já foi mais intensa, quando Mannesmann, Pohlig-Heckel, Ferteco Mineração, entre outras empresas, estavam sob o controle do capital alemão. Este é o projeto de Victor Sterzik (à frente), desde 2011 cônsul honorário em Minas Gerais. Na área de tecnologia, representantes do órgão aeroespacial alemão Deutsche Luft-um Raumfahrt (DLR), que já estiveram em Minas há dois anos, irão retornar nos próximos meses, de olho em parcerias tecnológicas e no projeto Aerotrópolis para o aeroporto internacional de Confins. Para o encerramento do ano oficial da Alemanha em Minas, o embaixador da Alemanha, Wilfried Grolig, percorreu, ao lado da mulher, Cristina Grolig, diretora de Cultura e Mídia do Ministério para Assuntos Exteriores da Alemanha, Irmgard Maria Fellner, o Circuito Cultural Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, para avaliar a estrutura dos museus. Há interesse em trazer à cidade exposições de peças e obras de arte abrigadas nos museus alemães.

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DEPOIS DA PRESIDÊNCIA A unificação física dos prédios da segunda instância em Minas foi, segundo o presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), Joaquim Herculano, um dos projetos que considera mais importantes em sua gestão. Depois da reforma do antigo prédio da Oi – declarado de utilidade pública, o Tribunal de Justiça passará a funcionar, já no ano que vem, na Afonso Pena 4.001. “O edifício da Raja Gabaglia abrigará 50 varas de primeira instância que não cabem no Fórum Lafayette e estão espalhadas em diferentes imóveis alugados”, afirma. Aos 65 anos, Joaquim Herculano ainda não decidiu se seguirá na carreira até a aposentadoria compulsória, aos 70 anos. Ele concluirá o mandato à frente da presidência do TJMG, passando o cargo, no próximo 30 de junho, ao desembargador Pedro Bitencourt Marcondes para o mandato 2014-2016. Joaquim Herculano já foi presidente do antigo Tribunal de Alçada de Minas Gerais e do Tribunal Regional Eleitoral de Minas.

Gladyston Rodrigues EM D.A Press

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ARTIGO | SÍLVIO CARVALHO MITRE

Azeredo: dignidade e competência Não me cabe julgar méritos compatíveis à ação da Justiça, que é rigorosamente soberana, mas, como a política é o “governo da opinião”, segundo C. Bini, e pelo lastro de amizade ter autorizado conhecer um homem íntegro em todas as suas funções públicas, valho-me justo do direito de opinião para honrar o nome de Eduardo Azeredo. Com toda certeza abalado na medula do seu ser pelo episódio de uma acusação carente de comprovação, o que de foro íntimo o levou à renúncia de seu mandato de deputado federal em 19 de fevereiro, Azeredo manifestou-se, todavia, com toda sua honradez e idoneidade, contra as razões pelas quais foi denunciado num famigerado “mensalão mineiro,” que nunca existiu senão na vontade de revanchistas políticos. Em que pese nessa extensão um erro original, este sim, merecidamente já levado à Justiça ante a necessidade de moralização da coisa pública, a veemência com que se acusa e se cobra de Azeredo uma pena indevida faz lembrar Napoleão III, quando este proferiu que “em política é preciso curar os males e nunca vingá-los”. Eduardo Azeredo é por demais probo e idôneo para ter cometido ato contra Minas ou o país. E sabe-se que, por vingança degenerativa de um equívoco, “uma guerra política é aquela em que todos atiram pelos lábios”. A índole científica do mineiro fá-lo-ia confessar que errou, a exemplo da iniciativa dos grandes homens, desde que tivesse na consciência o peso abrupto de ter cometido crime contra seu próprio povo. Nunca foi esse o caso de Eduardo Azeredo. Não justificaria o embasamento de uma Ação Penal 536, a mau contraste paralelo com a Ação 470, um filho de Renato Azeredo que, por seis vezes, teve o pai por escola parlamentar. Tampouco seria esse homem honrado, sério e de ilibada vida pública capaz de confrontar-se com a ilegalidade, as instituições democráticas, os princípios dos Poderes da República e do PSDB e com os de ordem de caráter que regem a cidadania, o político responsável, o pai de família e o ser humano a serviço de sua gente. Minha convivência com ele, amical e política, foi estreitada quando me honrou com a escolha de vir a ser o secretário de Estado da Habitação em seu governo (1995-1998) e mantida com máxima transparência depois, ao atuar como senador e deputado federal. Presidente e/ou superintendente de importantes empresas de processamento de dados do estado, prefeito de Belo Horizonte, governador do estado, senador e parlamentar, Azeredo não comprometeria sua vida pessoal por atos inglórios de uma performance política escusa e vexamosa que viesse a torná-lo indigno da história de Minas, de sua família, dos seus amigos tucanos, de cujo partido foi um dos fundadores. Suas ações políticas, respeitadas por todos, foram amplamente reco nhecidas dentro e fora do país, a exemplo da Unesco, órgão das Nações Unidas. Por ter conseguido diminuir a mortalidade infantil através da Lei Robin Hood, foi distinguido com o prêmio Criança e Paz, concedido pelo Fundo das Nações Unidas para Criança e Adolescente, da Unicef. Um homem cujas dignidade e competência espelham a grandeza do estado que governa não pode, a bel prazer ou ato falho, se dar ao revés

“A índole científica do mineiro fá-lo-ia confessar que errou, a exemplo da iniciativa dos grandes homens, desde que tivesse na consciência o peso abrupto de ter cometido crime contra seu próprio povo. Nunca foi esse o caso de Eduardo Azeredo” do capricho de fazer por melhorar o mundo com mentiras, falcatruas, farsas e maledicências, que a má política fabrica para se vingar dos bons exemplos. Como governador, Eduardo Azeredo garantiu a base política para a integração Brasil e mercado internacional, reproduziu com força própria o legado de FHC e professou os princípios da equidade como requisito fundamental para o fortalecimento das políticas públicas. Suas últimas emendas, para 2014, apresentadas com determinação no Congresso, previam a liberação de recursos para as áreas de saúde, educação, cultura, agricultura, defesa, Codevasf, urgência para a defesa digital, a lei do airbag e da meia-entrada. Não eram apenas boas as intenções de um político, mas ações defendidas por um legítimo representante do povo brasileiro em pleno exercício de sua função pública para a qual foi conscientemente eleito. Eduardo Azeredo é um brasileiro digno de minha inteira confiança, de todo o meu respeito, porquanto sua vida só tem bons exemplos para dignificar a nação brasileira. z

(*) Médico, ex-deputado estadual, ex-secretário de Estado da Habitação

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DEU O QUE FALAR | FERNANDA NAZARÉ

“Eu fui um babaca” ALEXANDRE MATTOS, diretor do Cruzeiro, ao pedir desculpas para a bandeirinha Fernanda Uliana, depois de dizer que ela havia sido escalada para apitar o clássico Atlético e Cruzeiro só por ser “bonitinha” (e deveria é posar para a Playboy). Pegou mal!

“Ela errou como erram todos. Pelo menos enfeitou, é bonita” ALEXANDRE KALIL, presidente do Atlético-MG, sobre a mesma bandeirinha, Fernanda Uliana

“É a passagem no purgatório para se chegar ao paraíso” RAMON VICTOR CESAR, presidente da BHTrans, tentando apaziguar os ânimos dos descontentes com o caos no trânsito em consequência da implantação do Move em BH. Não colou

“Somos colegas de trabalho, amigos, não” ÍSIS VALVERDE, atriz mineira negando ter sido pivô da separação de Cauã Reymond e Grazi Massafera

“Era falta de vivência, amores, cores e sabores” PRISCILA FANTIN, atriz, depois de se recuperar de uma crise de depressão em consequência de excesso de trabalho e falta de tempo para conviver com amigos e familiares que moram em BH, onde foi criada

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ENTREVISTA | PATRICK CHARAUDEAU Fotos: Samuel Gê

“LULA TINHA CARISMA. DILMA NÃO TEM” Linguista francês, referência mundial em análise do discurso político, compara o debate eleitoral no Brasil a duelos do século XVIII e diz que o político carismático leva o povo para onde quiser – para o bem e para o mal 26 |Encontro

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MARINA DIAS

Política pode representar muitas coisas. Pode-se pensar nela como convívio entre os diferentes, o exercício do poder, a ciência do Estado. Para o linguista francês Patrick Charaudeau, uma das maiores referências mundiais da análise do discurso, a política é um jogo. Nele, cada um tem seu papel e suas estratégias, sendo que todo o processo, inevitavelmente, passa pela linguagem, que é a forma de compartilhar valores, persuadir, seduzir, ofender. É como se discutem ideias, transformam-se imagens. É uma forma de entender o que se passa na delegação de poder, na troca de representantes, nas campanhas políticas. Pesquisador do discurso político, Charaudeau considera que o carisma é algo nato, que nenhum marqueteiro no mundo consegue criar, apenas refinar. Sorte de Lula, azar de Dilma, de acordo com o linguista. Apesar disso, garante que a qualidade não é necessária para governar, mesmo sendo uma vantagem competitiva. De fala mansa e português fluente, o estudioso concedeu entrevista a Encontro em sua mais recente visita ao Brasil, em maio, quando participou de eventos da Associação Mineira dos Pesquisadores de Análise do Discurso Político e do Cefet-MG. Na conversa, falou, ainda, sobre o perigo do populismo. “O discurso populista é um grande risco, porque faz o povo sonhar com coisas impossíveis”, diz. “A consequência perigosa é tirar a confiança do povo nos políticos.” ENCONTRO – No livro O Discurso Político, o senhor afirma que “o governo da palavra não é tudo na política, mas a política não pode agir sem a palavra”. Pode explicar melhor? PATRICK CHARAUDEAU – Muitas

vezes, nós nos esquecemos de que todo jogo político, de persuasão e de sedução, passa pela linguagem. Uma sociedade se constrói com relações, com laços feitos pela linguagem, que é algo próprio do ser humano. E ela não existe somente para se expressar, mas também para tentar persuadir, construir uma imagem de si mesmo

e falar dos valores. No campo político, o jogo de delegar poder aos representantes passa por defender ideias, persuadir e seduzir. Afinal, o objetivo é chegar e se manter no poder, o que supõe afastar ou destruir o adversário. Então, a linguagem serve para chamar o povo, mas também para dizer “eu sou o melhor que o outro, que não vale nada”. Ela pode ser usada “para o mal”, para dizer coisas depreciativas que tirem a credibilidade dos rivais. A linguagem é central no jogo político.

QUEM É PATRICK CHARAUDEAU, 60 ANOS ORIGEM Pau, França FORMAÇÃO Estudos superiores em linguística hispânica e linguística geral e doutorado em linguística pela Sorbonne, na França CARREIRA Professor em universidades como Lyon 2 e Paris 13. Fundou o círculo de análise do discurso da Universidade Federal de Minas Gerais, é responsável por diversos programas de cooperação internacional em análise do discurso. É professor emérito da Universidade Paris 13, bem como pesquisador do laboratório de comunicação política pelo Centro de Pesquisa Científica da França

No Brasil, sei que circula um discurso de que todos os políticos são corruptos, são maus. Não é o mesmo que dizer que existem maus políticos”

O discurso maniqueísta, de demonizar o adversário, ainda é predominante na disputa política?

Deve-se partir da observação de que o discurso político, por definição, não pode não ser demagógico. Se tomarmos essa palavra no sentido original, ela quer dizer ir a favor do povo, dar a impressão de que se vai na mesma direção do povo. Nesse sentido, o esquema geral do discurso político é o seguinte: primeiramente, o político diz ao povo que a situação não está boa; segundo, diz que essa situação é por culpa dos adversários; terceiro, propõe uma maneira de fazer política para melhorar a situação; quarto: diz “sou o herói, o líder”. Agora, pode existir um excesso desse discurso, que é o que se chama de populismo. É quando, nessa situação que não está boa, coloca-se a população como vítima dos responsáveis, os responsáveis como os culpados (como “o mal”) e o líder como sendo “a voz do profeta”. Por que o discurso populista é problemático?

O discurso populista é um grande risco, porque faz o povo sonhar com coisas impossíveis de se alcançar imediatamente. A consequência perigosa é tirar a confiança do povo nos políticos. No Brasil, sei que circula um discurso de que todos os políticos são corruptos, são maus. Não é o mesmo de dizer que existem maus políticos. O discurso populista é grave por tirar do povo a relação de confi ança que é necessária em um regime democrático. Os franceses são pessoas que preJUNHO DE 2014

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Encontro | 27

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ENTREVISTA | PATRICK CHARAUDEAU zam o debate. Quais são as diferenças entre eles e os brasileiros em relação ao que esperam de um embate político?

descobrem-se coisas novas, há uma exploração geral e depois surgem as tentativas de regulação.

Tocamos aí em algo que é a diferença cultural, a maneira como, em um grupo social, se concebe a relação com o outro. Vindo de fora, eu vejo que, no Brasil, a maneira de se relacionar não tem nada a ver com a francesa. Parece que todo mundo está sempre alegre, com um sorriso no rosto, que todos se amam. Sabemos que não é assim, mas essa é a impressão. E isso quer dizer que, a priori, não se espera, do outro, uma contradição, pois seria uma espécie de agressão pessoal (e acho que isso é uma característica da América Latina). Não fi z pesquisas sobre isso no Brasil, mas já ouvi pessoas discutindo sobre opiniões políticas, e parece que é como no século XVIII, um duelo. Na França, é um prazer poder contradizer. Isso tem muita incidência para um povo na maneira de construir sua opinião coletiva. Em outros países, já fiz estudos de comparação de como as pessoas “brigam” em debates. Na Espanha – onde também há essa coisa de Idade Média, em que, quando um contradiz o outro, tira-se a espada e chama-se para o duelo – a briga é paralela. Nenhum dos dois debatedores finalmente contra-argumenta. Desenvolvem argumentações paralelas, mas não se contradizem.

Quais foram suas impressões sobre manifestações populares, tais como as que ocorreram no ano passado no Brasil?

Como as redes sociais influenciam o discurso político?

Esse é o grande mistério agora, e está sendo muito estudado. Comenta-se muito a respeito, mas sem se saber exatamente como funciona. O que se pode dizer globalmente é que, nessa situação, a comunicação é feita com pessoas desconhecidas. E o que é esse tipo de comunicação com um anônimo? Foi feita uma experiência em que as mesmas pessoas se expressavam, sobre o mesmo tema, em duas situações distintas: uma em presença de outras pessoas e outra por chat. Percebeu-se que o discurso era completamente distinto, porque, quando se comunica com gente anônima, não se tem consciência de uma responsabilidade de se controlar. Quando estamos em presença de um 28 |Encontro

As manifestações são momento de mostrar a força do contrapoder, mas isso não basta: é preciso se organizar para ter um peso e influenciar o poder político” público, nós nos controlamos. Essa característica das redes sociais tem vantagens e desvantagens. Para o bem, é possível descobrir coisas ocultas sobre o mundo político, coisas que as pessoas normalmente não diriam. Para o mal, é a questão do rumor, que não se sabe de onde veio e se é possível acreditar nele, o que pode gerar difamações e humilhações às quais as pessoas podem até não resistir. O fato é que estamos em uma época de transição, em que não se pode controlar tudo que se passa na internet. Mas não sou pessimista. Esse é o modo como a sociedade funciona:

O que predomina, nesses casos, é o contexto cultural. A primavera árabe, por exemplo, não tem a ver com o que se passou no Brasil ou na França, na questão do casamento de homossexuais. São contextos distintos culturalmente, historicamente, e a psicologia social do povo não é a mesma. Mas eu vejo um ponto comum: o que caracteriza um bom regime democrático é a possibilidade de expressão do contrapoder. Se não se pode expressá-lo, já não é um regime democrático. No momento em que passa o poder aos representantes, o povo também tem direito à vigilância. Pensemos na democracia ateniense: tudo bem que era uma situação diferente, pois eram apenas 4 mil pessoas reunidas, mas elas se reuniam 48 vezes ao ano, o que dá uma média de quatro vezes ao mês. Cada vez, se os representantes não faziam o prometido, afastavam essa gente. Isso já não é possível no nosso contexto, com milhões de pessoas. Mas o que fica dessa experiência é o direito à vigilância. Isso porque o pacto de delegação de poder é com base no princípio da confiança – confia-se que essa pessoa vai defender as ideias que eu também defendo. Mas sabe-se que a confiança é algo frágil. Então, coletivamente, cabe esse processo de vigiar. E esse é o lugar do contrapoder. E as manifestações seriam essa forma de vigilância?

O contrapoder tem distintas formas de se manifestar: pode ser por meio de organizações mais ou menos institucionalizadas (associações de defesa de categorias sociais, sindicatos, etc.) e também por protestos na rua. É preciso, contudo, lembrar que o povo tem sua responsabilidade. As manifestações são o momento de mostrar a força do contrapoder, mas isso não é su-

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RETRATOS DA CIDADE | RAFAEL CAMPOS rcampos@revistaencontro.com.br

ROTINA DE PROTESTOS Nos últimos meses, os belo-horizontinos têm convivido com protestos quase que diariamente. O resultado são vias congestionadas, com motoristas e passageiros estressados. E os protestos tendem a se espalhar pela cidade, como aconteceu em maio. Foram registradas marchas nas ave-

nidas Cristiano Machado, Nossa Senhora do Carmo, Amazonas, além da tradicional, Afonso Pena, bem em frente à prefeitura de BH ou na praça Sete. No mês da Copa do Mundo, principalmente, quando o calendário de protestos será intensificado, vale se informar antes de sair de casa. Edesio Ferreira/EM/D.A Press

MOTORISTAS ESPERTINHOS

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A cena é comum na avenida Nossa Senhora do Carmo, na região Centro-Sul. Os motoristas de ônibus, não satisfeitos com a pista exclusiva, invadem sem cerimônias a faixa dedicada aos veículos menores. A via possui radares que flagram os espertinhos que querem ganhar tempo na pista dos coletivos, contudo, não há a mesma punição para os ônibus. De acordo com o Batalhão de Trânsito, os coletivos devem sempre trafegar pela direita, do contrário, podem ser multados. Mas parece que os motoristas de coletivos não estão preocupados com isso, já que a fiscalização é deficiente.

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LUZ NA LAGOA SECA Boa notícia para os amantes das corridas, caminhadas ou pedaladas noturnas na orla da lagoa Seca, no Belvedere. O lugar vai ganhar nova iluminação. Trata-se de uma antiga reivindicação dos moradores e frequentadores, que não se sentiam seguros

diante da escuridão de alguns pontos da lagoa. Segundo a Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), órgão da prefeitura responsável por obras na cidade, a Cemig está elaborando o projeto, que deve sair do papel ainda este ano.

A gente te mostra o caminho.

Maria Tereza Correira/EM/D.A.Press

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NOVO PISCINÃO Olhe bem a paisagem da foto acima. Daqui a alguns anos ela ,pode estar muito diferente. Trata-se de uma área localizada entre as avenidas Tereza Cristina e Silva Lobo, às margens da Via Expressa, no bairro Calafate, região Noroeste, que já foi cotada para abrigar a nova rodoviária de BH. Agora, ela vai se transformar em uma bacia de detenção de água da chuva, apelidada de piscinão do Calafate.

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Na prática, algo similiar à lagoa da Pampulha. Segundo a prefeitura, ela terá capacidade de reter 600 milhões de litros, o que pode evitar o transbordamento do ribeirão Arrudas, que há anos provoca transtornos à região em períodos de chuva. Já foi dada a largada para a desapropriação dos imóveis, mas, tradicionalmente, a prefeitura terá de enfrentar a resistência de alguns moradores.

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GENTE FINA | ANA CLÁUDIA ESTEVES aesteves@revistaencontro.com.br Rogério Sol

LIVRE E LEVE Com mais de 70 kg e trabalhando como modelo plus size, ela já era sucesso e chegou a fotografar oito catálogos em uma mesma coleção. Agora, a jovem Vittória Lapertosa prova que não importa o peso quando se tem talento. Após perder 20 kg em menos de seis meses e entrar para a vertente fashion no mundo da moda, ela é, atualmente, o maior faturamento da Agência Mega Models BH. De beleza incontestável, aos 22 anos, Vittória já fotografou catálogos para marcas como Fruta Cor, Cosh e Patogê, e foi escolhida por Glória Kalil para estrelar um editorial que vai ao ar no site Chic. Para fechar com chave de ouro, ela também assumiu a campanha de Dia dos Namorados do Shopping Diamond Mall. “Esse trabalho é uma verdadeira realização profissional. Confesso que tive medo dessa nova fase, já que as mulheres gordas nem sempre se assumem a ponto de modelar para tamanhos maiores. Agora a concorrência é muito maior.”

A VEZ DELA A belo-horizontina Nathy Faria está entusiasmada com a repercussão do seu mais novo videoclipe, da música Deixa Dançar, gravado em Paris, França. A cantora, que aceitou o convite do amigo e rapper francês Corsi-K para uma dobradinha franco-brasileira, é mais um exemplo da efervescente cena musical independente de BH. Há seis anos seguindo carreira solo, Nathy, que esteve à frente da banda mineira Bala Black, já se apresentou na Argentina, México, França e Portugal, onde se aprimorou em aulas de canto. Neste ano, foi uma das representantes mineiras na Midem, principal feira da indústria fonográfica, realizada em Cannes, também na França. Suas referências musicais passeiam por vozes consagradas como Aretha Franklin, Lauryn Hill, além de Bob Marley e Tim Maia. Iniciando a produção do segundo álbum, Nathy quer mostrar a que veio. “É nessa fase que o artista se consolida. Não posso perder o que já sou”, diz. Para esse trabalho, que deve ser lançado no fim do ano, a black music deve predominar. Vem coisa boa por aí! (Rafael Campos)

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Luiza Ferraz

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Cláudio Cunha

Guto Muniz/divulgação

ELE ESTÁ COM CRÉDITO

DE TRAINEE A PRESIDENTE

A partir de junho, o economista mineiro Matheus Cotta de Carvalho vai encarar um novo desafio. Ex-presidente do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), cargo que ocupou desde fevereiro de 2011 por indicação do então governador Antonio Anastasia, passará a diretor executivo do Banco Votarantim. “É um banco muito importante para o sistema fi nanceiro nacional, com atuação mais ampla”, diz. Pela experiência nos últimos anos, as expectativas são as melhores. Segundo Matheus, sua principal preocupação à frente do BDMG foi desburocratizar o atendimento. “Antes, atendíamos 2 mil novos clientes por ano. Para 2014, são esperados 8 mil . Desejo fazer o mesmo pela organização Votarantim.” (Marina Santos)

PLIM, PLIM!

De eletricistra trainee a um dos principais nomes de uma multinacional gigante no mercado. Assim pode ser defi nida a carreira de Guilherme Bastos Alvarenga, de 43 anos, que está de malas prontas para Londres. É lá que ele vai assumir o cargo de presidente na divisão de mineração da sueca Hexagon, líder global no fornecimento de sistemas de metrologia, design e soluções de visualização. A trajetória profissional do mineiro é curiosa. Ele fundou a empresa Devex (de software para mineração) e a vendeu para a Hexagon no final de 2013. Foi convidado para continuar como presidente executivo da mesma empresa. Agora, tornou-se chefe da companhia em Londres e vai comandar mais de 700 funcionários, que atuam em mais de 80 países. “É um desfio para não deixar ninguém entendiado”, afirma.

“Na TV ou no cinema, o que faço é teatro.” Foi ao ler o que a rainha da dramaturgia Fernanda Montenegro falou sobre sua própria carreira que a atriz mineira Inês Peixoto encontrou a melhor forma para descrever a nova fase de sua vida profissional. Com formação no teatro e ligada ao Grupo Galpão há 22 anos, ela vive, em sua primeira novela, Meu Pedacinho de Chão, a personagem Dona Tê, no horário das seis da Rede Globo. A experiência acumulada nos palcos ajuda na hora de atuar em frente às câmeras, mas sempre há um pouco de ansiedade. “A sensação de trabalhar na televisão é muito prazerosa e repleta de surpresas. Nunca sabemos o que vai ao ar ou para onde estava direcionada a câmera do diretor”, diz. Morando no Rio de Janeiro, Inês sente saudade de casa, mas em compensação tem uma conterrânea no set de gravação – a atriz Teuda Bara, que também integra o Galpão, interpreta Mãe Benta na mesma novela.

Nitro/Divulgação

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GASTRONOMIA | NEGÓCIOS Paulo Márcio

Confiança selada

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João Teixeira Filho, presidente do Sindbufê: “Vamos identificar, para o consumidor, as empresas que oferecem os melhores serviços, as que são mais seguras e confiáveis”

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Quebra repentina do Buffet Tereza Cavalcanti deixa um rastro de prejuízos para centenas de pessoas e preocupa empresários do ramo, que temem retração dos negócios. Para tranquilizar os consumidores e garantir a confiabilidade das empresas, setor prepara lançamento de selo de qualidade

PAULO PAIVA

Foi como se tivesse caído uma bomba no mercado. O fechamento, na calada da noite, do Buffet Tereza Cavalcanti, em Belo Horizonte, no mês passado, deixou cerca de 500 clientes na mão. Muitos, que já haviam pago festas e eventos antecipadamente, tiveram prejuízos de milhares de reais – cada evento é estimado em R$ 50 mil. Casamentos cuidadosamente planejados tiveram de ser adiados, causando transtornos inimagi náveis aos consumidores. E a semente da desconfiança voltou a rondar o setor, formado por aproximadamente mil estabelecimentos na Grande BH, que respondem por um giro anual de cerca de R$ 400 milhões. Preocupado, o Sindicato dos Bufês de Belo Horizonte e Região Metropolitana (Sindbufê) anunciou que vai lançar, em agosto, um selo de qualidade para os bufês filiados. “Vamos identificar, para o consumidor, as empresas que oferecem os melhores serviços, as que são mais seguras e confiáveis”, diz o presidente da entidade, João Teixeira Filho, um dos proprietários do Buffet Célia Soutto Mayor. O trabalho para a certificação começou em abril, por meio da empresa Seatech. “Todos os estabelecimentos associados ao sindicato foram auditados em processos como produção, higiene e gestão. Vamos analisar também seus fornecedores, insumos utilizados e práticas de sustentabilidade”, garante. Entre os donos de bufês em Belo Horizonte, há consenso de que a quebra do Tereza Cavalcanti, que não era filiado ao Sindbufê, deveu-se à má gestão do Cláudio Cunha

Marcella Faleiro, proprietária do tradicional Buffet Faleiro, há 60 anos em atividade: “O mercado vai se afunilar. Só os bons ficarão”

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GASTRONOMIA | NEGÓCIOS FLORES E FESTAS Mercado de bufês na Grande BH 1.000

Número de estabelecimentos: Faturamento:

R$ 400 milhões anuais

Média de eventos/mês dos bufês tradicionais:

50 R$ 50 mil

Preço médio de eventos:

O que o selo vai monitorar Manipulação de alimentos Higiene Gestão do negócio Fornecedores Insumos Práticas de sustentabilidade

Validade do selo Terá que ser renovado anualmente Fonte: Sindbufê *Veja no site: empresas que são filiadas ao Sindbufê e que serão as primeiras a serem certificadas com o selo de qualidade Divulgação

Agnes dos Mares Guia, do bufê Garni: “O selo é uma iniciativa muito importante para se manter a confiança nos estabelecimentos instalados na região”

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negócio. Os empresários lembram que, muitas vezes, ex-funcionários de empresas do setor decidem abrir o próprio estabelecimento, mesmo sem qualquer conhecimento de gestão ou administração, o que coloca em risco o sucesso do empreendimento. Várias dessas empresas funcionam de maneira informal. “E, quando acontece um fato como esse do Tereza Cavalcanti, as pessoas acabam generalizando. Ou seja, a quebra de um bufê, mesmo que ele não tenha qualquer tradição, afeta todo o setor”, diz Teixeira Filho. A iniciativa ganha contornos ainda maiores quando se lembra que a capital mineira está se tornando polo nacional de turismo de negócios e gastronomia – e que, portanto, eventos de grande porte serão cada vez mais comuns. Por isso, o lançamento do selo é elogiado por empresários que atuam no ramo e já têm um nome consolidado. “É uma iniciativa muito importante para se manter a confiança nos estabelecimentos instalados na região”, diz Agnes Gabriela dos Mares Guia Farkasvolgyi, uma das proprietárias do bufê Bouquet Garni. “Aliás, o simples fato de um bufê ser fi liado ao sindicato já é um atestado de qualidade”, reforça. O Garni, um dos mais tradicionais da capital mineira, realiza média de 40 eventos mensais. “O caso do Tereza Cavalcanti foi um choque no mercado”, diz Marcella Faleiro, proprietária do Buffet Faleiro, em atividade há mais de 60 anos e pioneiro do setor na capital mineira. “Na hora de contratar um bufê, muita gente só olha o quesito preço. Agora, estão vendo que confiabilidade e qualidade também são fundamentais. O mercado vai se afunilar. Só os bons ficarão”, aposta. Na primeira fase de implantação do selo, as empresas terão de alcançar uma pontuação mínima de 60% na avaliação de seus processos. “Mas, como o selo tem de ser renovado anualmente, espera-se um crescimento contínuo da qualidade ano a ano”, garante Teixeira Filho. A implantação do selo de qualidade também está sendo recebida com satisfação por autoridades estaduais e municipais, focadas na consolidação de Belo Horizonte como polo gastronômico e de eventos empresariais. “Iniciativas como essas são de grande relevância para que Minas Gerais se posicione cada vez mais como o estado da gastronomia, seja no sabor e na variedade de produtos, seja na tradição de suas receitas, seja no profissionalismo de seus prestadores de serviços”, diz o secretário de Estado de Turismo e Esportes, Tiago Lacerda. Para o presidente da Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte (Belotur), Mauro Werkema, “a certificação dos bufês, por meio de um selo de qualidade, é iniciativa benéfica para todos, atestando a boa preparação alimentar, a qualidade do serviço e outros fatores que distinguem e qualificam a atividade”. A secretária de Estado de Cultura, Eliane Parreiras, engrossa o coro, lembrando que a gastronomia é uma das mais importantes vertentes culturais de Minas, a ponto de já estar incluída na Lei de Incentivo à Cultura. “A gastronomia mineira é consagrada em todo o país e no exterior, o que fortalece esse traço da nossa identidade cultural. O selo signifi ca mais uma chancela na qualidade dos bufês mineiros. Também é uma forma de profissionalização e estímulo ao segmento, já que as empresas são avaliadas com base nos quesitos boas qualidades sanitárias e de gestão”, diz. Como se vê, o selo é digno de uma boa festa. ❚

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DIVERSÃO | FESTA JUNINA Samuel Gê

Eles adoram o balancê! A empresária Patrícia Nogueira (sentada), os parentes José Ricardo Tavares e Giuliane Nogueira, e os amigos Matheus Horta e Lilian Duarte se preparam para a próxima edição da Festa Junina do Capão: “É uma tradição passada de geração a geração”, diz Patrícia

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O arraiá mineiro está de volta e promete reunir damas e cavalheiros dos quatro cantos da capital. Confira quem são os mais apaixonados pelas festas de São João DANIELA COSTA

Olha a cobra! É mentira... Olha a chuva! Já passou... Nas festas juninas de Belo Horizonte e região, o que não falta é quadrilha, fogueira, quentão e o ritmo acelerado da sanfona. O jeans e a camiseta dos rapazes dão lugar ao traje caipira com muito xadrez, calça pula-brejo, botina sem meias e a tradicional barbicha. As moças abusam dos vestidos estampados e das tranças

compridas. Já a temida garrucheira do pai da noiva põe medo até nos convidados. “Sem dúvida, é uma festa bem original, enraizada em nossa cultura, e que nos traz um doce saudosismo da infância”, diz Helder Mendonça, de 49 anos, proprietário do Forno de Minas e um dos mais animados. A festa em homenagem a São João, São Pedro e Santo Antônio é mesmo uma das preferidas do público mineiro. Tradição que segundo a presidente do Instituto Gil Nogueira, Patrícia Nogueira, de 51 anos, é transferida de pai para filho. “Os meus avós se casaram em 23 de junho de 1927 e desde então essa paixão pela festa junina é passada de geração a geração.” A família cresceu e há 29 anos não abre mão de fazer sua própria comemoração, a Festa Junina do Capão. O sucesso é tanto que hoje recebe cerca de 700 convidados por ano. “Só parentes são 120 pessoas, e todos colocam a mão na massa para deixar tudo perfeito no dia do evento”, conta Patrícia. Toda a renda arrecadada é destinada às obras sociais realizadas no instituto. A advogada Lilian Duarte Bicalho, de 43 anos, e o amigo

Matheus Horta, músico, de 33 anos, não perdem uma só edição. “Além da festa, que é pura alegria, é muito bacana ver que ainda existem pessoas que dão continuidade às tradições familiares”, diz Matheus. Em se tratando de arraiá caipira, o tecladista do Skank, Henrique Portugal, também tem suas preferências. “Sempre frequento a festa do Clube Serra Del Rey. Além de muito bem organizada, é o ponto de encontro de vários amigos meus.” O diretor de marketing da Nike, Luis Alexandre Rodrigues, de 48 anos, ex-jogador de vôlei do Minas Tênis Clube, e a mulher, Daniela Braga, empresária, de 42 anos, preferem fazer sua própria festa. “Nós nos casamos em 14 de junho de 2003 e por isso decidimos que a cada cinco anos de matrimônio comemoraríamos com uma festa típica”, conta Alexandre. Apesar de atualmente morarem no Rio de Janeiro, o evento é realizado na capital mineira e reúne personalidades do país inteiro. “São em média 150 convidados, a maioria vestidos a caráter. É uma forma divertida de renovarmos nossos laços e matar a saudade da terrinha”, diz Daniela. Carlos Olimpia

A cada cinco anos de casamento, Alexandre Rodrigues e Daniela Braga (com o filho Leonardo), reúnem os migos para comemorar a união em animada festa junina: famosos como Galvão Bueno são presenças garantidas

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DIVERSÃO | FESTA JUNINA AS MELHORES FESTAS DE SÃO JOÃO Fotos: Divulgação

29º FORRÓ DO CAPÃO

ARRAIÁ DO PIC

A tradicional festa junina do Capão já se prepara para receber aproximadamente 700 convidados e virar a noite com muito forró, quadrilha e as saborosas comidas típicas. Por lá, as modinhas da roça não vão faltar, e os moderninhos também vão se divertir ao som do DJ Aum e Banda Gárgulas

Ao som dos Paralamas do Sucesso, DJ Aum e de hits sertanejos, o arraial do PIC vem com a proposta de inovar. Com sistema all inclusive e a campanha “É chic ter chauffer”, o clube incentiva o uso do táxi. A decoração da festa é assinada pelo designer Amadeu Scarpelli

Data: sábado, 14 de junho, a partir das 21h Local: Fazenda do Capão – rua Serra Nevada, 780, Morada da Serra – Sabará Informações: (31) 3324-6008/www.ign.org.br

Data: sábado, 7 de Junho, a partir das 20h Local: Clube Pampulha Iate Clube Rua Ilha Grande, 555, Pampulha Informações: (31) 3516-8282/www.pic-clube.com.br

Zuleika de Souza/Correio Braziliense/D.A Press

ARRAIAL DO CLUBE CHALEZINHO A 11ª edição da festa junina do Clube Chalezinho traz como atrações a dupla sertaneja Rick & Ricardo, a banda Dois Elementos, Du Monteiro e o DJ Siman. A noite promete ser bem caipira, com direito a muitas delícias servidas em regime open food e open bar Data: sexta-feira, 6 de junho, a partir das 23h Local: Clube Chalezinho – alameda da Serra, 8, Seis Pistas Informações: (31) 3286-3155 www.clubechalezinho.com

ARRAIÁ DO MINAS TÊNIS CLUBE Em ritmo de Copa do Mundo, a festa junina do Minas Tênis Clube vai ser decorada nas cores verde e amarelo, e promete surpreender mais de 20 mil pessoas. Além dos shows de Sérgio Reis e Renato Teixeira, apresentam-se as bandas Menina do Céu, Via Láctea, Alumas e Chaparral. E a diversão vai rolar solta na boate Sub17 Data: sexta-feira, 27 de junho, a partir das 20h Local: Minas Tênis Clube – av. Bandeirantes, 2.323, Mangabeiras (Minas II) Informações: (31) 3516-1000/www.minastenisclube.com.br

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DIVERSÃO | FESTA JUNINA AS MELHORES FESTAS DE SÃO JOÃO Zuleika de Souza/Correio Braziliense/D.A Press

CAMARIM NUTREAL JUNINA Na festa junina do Camarim, não vão faltar canjica, quentão, pipoca, churrasquinho e o melhor: tudo liberado. As pick-ups ficam sob o comando dos DJs Alex (Delega) e Michael Lara e os shows, por conta das duplas sertanejas Vitor e Guilherme, e Fred e Thiago Data: sábado, 14 de junho, a partir das 16h Local: Nutreal – Condomínio Lagoa do Miguelão – alameda dos Bem-te-vis, 5 – Nova Lima Informações: (31) 3879-3274

FESTA JUNINA DO OLYMPICO Ao som de muito samba e dos sucessos de Renato Teixeira, a festa junina do Clube Olympico traz um repertório recheado também de sucessos da MPB, além dos embalos do Lounge Jovem com DJs. Outra atração é a tradicional quadrilha com a participação dos atletas do clube Data: sábado, 7 de junho, a partir das 18h Local: Clube Olympico – rua Professor Estevão Pinto, 783, Serra Informações: (31) 3073-9111

FESTA JUNINA CHEVALS 2014 Quadrilha, comida típica, open bar e um arraiá com uma explosão de luzes, cores e balões iluminados. A animação fica por conta das duplas sertanejas Rick e Ricardo, Alan e Alex e dos DJs Ric Barreto (forró) e Vavá (ritmos variados). Data: sábado, 7 de junho, a partir das 17h Local: Centro Hípico Chevals – rua Atlas 465, Vale do Sol, Nova Lima Informações: (31) 2127-4404/www.juninachevals.com.br ❚

FORRÓ DA MONTANHA Na festa junina do Clube Serra Del Rey, o frio da montanha é aquecido pelo calor humano. O quentão é garantido, e um bufê completo com comidas típicas também. A alegria fica a cargo das bandas Stonedays, Stratégia e DJ Aum Data: 6 de junho, a partir das 21h30 Local: Clube Serra Del Rey – rua das Araras Serra da Moeda – Nova Lima Informações: (31) 3581-1688/www.serradelrey.com.br

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ODONTOLOGIA INTEGRADA

Clínica Odontológica Clarus oferece tratamentos específicos e complementares para quem busca dentes bonitos e saudáveis

D

iz a sabedoria popular que sorrir é o melhor remédio para curar os males da alma e encarar, com vigor, os desafios que surgem diariamente. Além disso, boa parte das doenças que afetam o organismo são originadas, costumeiramente, por infecções orais. Por isso, cuidar da saúde bucal significa não apenas ter um belo sorriso, mas também proteger o próprio corpo. É preciso ter muito cuidado na hora de

buscar a solução mais adequada para manter a saúde da boca, pois muitas vezes, um único tipo de ação pode não resolver o problema completamente ou prolongar o tratamento. Para corrigir todas as falhas, é necessário contar com profissionais gabaritados e que perpassem todos os ramos da odontologia. “A integração entre profissionais é fundamental. O trabalho de um completa o do outro, nos ajudamos constanteSamuel Gê

mente”, explica Dr. Eduardo Mascarenhas Soares. Com 21 anos de uma carreira de sucesso, ele é diretor clínico da Clarus, referência em cuidados com a saúde bucal em Belo Horizonte. “Contamos com a experiência de vários dentistas que, em um mesmo espaço, exercem as várias especialidades odontológicas, o que dá mais segurança aos nossos pacientes”, completa. Implantes, próteses, ortodontia, odontologia restauradora, clareamento dental, tratamentos de canal, cirurgia e prevenção são alguns dos serviços praticados na Clarus. A clínica se esforça em oferecer aos seus pacientes o que de mais novo existe não apenas em equipamentos, mas, principalmente, no desenvolvimento de seus profissionais. “Buscamos nos manter sempre atualizados e em constante troca de conhecimento”, explica Dra. Juliana Pedrosa Rodrigues, diretora clínica da Clarus e especialista em Dentística. A clínica dedica especial atenção à odontologia estética e aos implantes dentários, solucionando queixas como ausências dentais por perdas ou agenesias, dentes desalinhados, com formas atípicas ou com espaços (diastemas). “Com a evolução dos implantes dentários foi possível solucionar muitos problemas de maneira mais satisfatória, aliando conforto para os pacientes e agilidade na resolução dos casos clínicos”, diz a especialista. Uma preocupação da clínica é a realização dos atendimentos dando atenção diferenciada a cada paciente. “Clinicamente, cada caso é único e cada pessoa tem uma necessidade de atenção diferente. Quando explicamos o seu tratamento de maneira detalhada, o paciente se sente mais seguro e satisfeito” explica Dr. Eduardo. O objetivo é corrigir os problemas bucais de maneira individualizada, permitindo sorrisos mais bonitos e saudáveis, confirmando a missão da Clarus de unir beleza, qualidade de vida e bem-estar para seus pacientes.

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PET | BARULHO Samuel Gê

Com a audição muito mais aguçada que a dos humanos, os pets sofrem com fogos de artifício e buzinas e podem até ficar doentes. Durante Copa do Mundo, eles precisam de cuidados especiais

A estudante Michelle Hallais e os cães Lola, Nina e Kira: “Vamos assistir os jogos juntinhos. Com amor e carinho, não há medo que resista”

Colo para protegê-los 48 |Encontro

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DANIELA COSTA

Fogos de artifício, cornetas, apitos, buzinas e, claro, uma multidão de vozes gritando ao mesmo tempo. Nos jogos da Copa do Mundo, a euforia é certa e o barulho também. O que para as pessoas é uma maneira de comemorar, para os animais de estimação é uma verdadeira tortura. Com a audição quatro vezes mais aguçada que a dos humanos, os pets sofrem profundamente com o excesso de ruídos, e até mesmo animais saudáveis podem vir a óbito. “O excesso de estresse por conta do barulho pode provocar edema pulmonar agudo, extremamente fatal”, diz a veterinária Simone Paulino, da Clínica Pet Zoo. O pânico é tanto que o índice de animais desaparecidos nesses períodos é grande. Assustados e tentando se proteger, alguns fogem e acabam sendo atropelados. Para evitar tantos transtornos e garantir o bem-estar dos animais, algumas técnicas podem ser utilizadas. Fazer uma boa caminhada com o cão antes do jogo ajuda a relaxar e a deixá-lo mais tranquilo. Em casa, a recomendação é verificar se todas as portas e janelas estão trancadas, para evitar fuga, especialmente dos gatos. Criar ambientes aconchegantes, com alguns esconderijos do tipo cabanas ou casinhas acolchoadas ajuda a abafar o ruído externo. Também contribui ligar a televisão ou colocar uma música suave. “Também

aconselhamos retirar móveis de vidro e objetos pontiagudos que possam resultar em acidentes”, diz Ceres Faraco, veterinária da Comac (Comissão de Animais de Companhia do Sindan). Além de redirecionar o foco do animal com petiscos e brincadeiras, a presença do dono é muito importante para lhe transmitir segurança. Caso isso não seja possível, o ideal é deixar roupas com o cheiro do proprietário junto a ele. Para aqueles que aguardam muitas visitas, a dica é associar a presença de estranhos a coisas positivas. Nos dias que antecederem os jogos, peça a amigos para visitá-lo levando agrados para o seu bichinho. Em alguns casos, o uso de calmantes é recomendado, mas somente com orientação do especialista. A recomendação é dar preferência para os medicamentos homeopáticos e fitoterápicos, como os florais. “Os calmantes são indicados para reduzir o estresse de animais muito ansiosos e agitados. Mas o seu uso deve ser moderado”, diz o veterinário Manfredo Werkhauser, da Clínica São Francisco de Assis. Ansiosa pela Copa, mas também preocupada com os seus três cãezinhos – Lola (pretinha SRD de 8 meses), Nina (SRD de 4 anos) e Kira ( weimaraner de 5 anos) –, a estudante Michelle Hallais, de 22 anos, sabe bem o que fazer para proteger seus animais de estimação. “Vamos assistir os jogos juntinhos. Com amor e carinho, não há medo que resista”. z

RISCOS E CUIDADOS O que o excesso de barulho pode provocar no seu pet e o que fazer para que fiquem menos assustados CUIDADOS Não deixar o pet em ambientes com altura elevada como sacadas ou lajes, próximo a portões com lanças e vidro, e nem presos a correntes para não se enforcarem. Na hora do pânico ele pode tentar fugir e se machucar Os pets precisam se sentir seguros para perder o medo, por isso o ideal é abrigá-los em locais onde possam se esconder e se possível, não deixá-los sozinhos O ouvido humano pode captar sons que estão numa faixa de vibração entre 20 e 20.000 ciclos por segundo, enquanto que os cães alcançam sons entre 18 e 40.000 ciclos por segundo. O uso de algodão para tapar o ouvido dos animais abafa um pouco o ruído

Sabemos da importância que ele tem para você e sua família. Assim, buscamos sempre os melhores e mais modernos tratamentos da medicina veterinária para o bem-estar de seu melhor amigo.

O uso de calmantes é indicado, mas somente com orientação médica GRUPOS DE RISCO Animais idosos, cardíacos, epilépticos e com baixa imunidade O QUE PROVOCA Edema pulmonar agudo (fatal), taquicardia, convulsão, pânico, trauma

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PERFIL | COMUNICAÇÃO

Thiago, do Itapoã Ele quase foi jogador de futebol, mas acabou virando repórter. Hoje, Thiago Reis é um requisitado garoto-propaganda e um fenômeno do rádio e da TV com o bordão Seu Nome, Seu Bairro

MARINA DIAS

“Thiago Reis está aqui. Escondam o almoço!” Essa foi a reação bem-humorada de um dos funcionários de Encontro quando viu o repórter esportivo chegando à redação para a entrevista deste perfi l. A brincadeira faz referência ao programa da TV Alterosa Bola na Área, veiculado aos sábados, na hora do almoço. Nele, Thiago visita estabelecimentos comerciais, conversa sobre futebol e, ao final, sempre prova o prato que é carro-chefe do lugar. A ida de Thiago para a TV (ele também tem um quadro semanal no Jornal da Alterosa), há pouco mais de cinco anos, foi a grande responsável pelo reconhecimento que o repórter tem hoje nas ruas – a exemplo da brincadeira que escutou ao chegar à sede da revista. A telinha foi quem deu cara à voz. Mas essa voz, animada e firme, já era antiga conhecida de todo mineiro amante de futebol. Afinal, Thiago Reis é Seu Nome, Seu Bairro, bordão que já repete há dez anos em suas transmissões de pré e pós-jogo na rádio Itatiaia, quando conversa com torcedores sobre como foi a partida.

No estúdio da Rádio Itatiaia, onde começou a carreira, há 12 anos, e está até hoje, Thiago Reis brinca: “Eu queria ficar próximo do campo, que era minha paixão. Teria de ser gandula, árbitro ou jornalista. O último pareceu o melhor”

Thiago Mamede

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JC Martins

De tanto sucesso, o bordão já virou marca patenteada e nome da agência de publicidade que cuida de sua imagem. Isso já estava se tornando necessário, pois, além do trabalho como repórter do rádio e da TV, começou a receber convites para ser garoto-propaganda e mestre de cerimônias – ele não revela o cachê (sinal de que é alto). Atualmente, o belo-horizontino de 29 anos tem sido visto nas propagandas do BRT-Move, da Prefeitura de BH. Mas nem a rádio, nem a TV, nem os outros trabalhos, muito menos a fama, eram parte dos planos do jornalista, nascido e criado no bairro Santa Amélia – mas morador, desde que se casou com Alessandra Reis, há um ano e meio, do vizinho bairro Itapoã, na região da Pampulha. Thiago, aliás, nunca fez planos para o futuro. “Na minha vida, as coisas vão acontecendo como devem acontecer”, diz, lembrando-se tanto das boas oportunidades quanto dos perrengues pelos quais já passou. Aficionado por bola desde os 6 anos, ele chegou a jogar nos juniores do América, seu time de coração, e do Atlético. Talvez seu único sonho na vida, até hoje, tenha sido se tornar jogador profissional. Atacante e bem-humorado, quando perguntado se é canhoto ou destro, diz que bate bem com as duas, sem cair. “Como todo bom centroavante”, diz. Apesar do talento, confirmado por amigos e colegas de trabalho – foi, inclusive, o responsável pelo primeiro gol do novo Mineirão, marcado na partida de reinauguração, com a imprensa mineira –, foi dispensado do Galo quando tinha 16 anos, e isso quebrou seu coração. Desistiu de se tornar jogador profissional, traumatizado com o fato de ter sido privado de seu maior sonho. Chateado e sem ocupação, foi daí que seu pai, vizinho e amigo do radialista Mauro Naves, pediu-lhe que conseguisse um emprego para o filho. “Ele achou que eu fosse conseguir uma vaga em uma loja, um supermercado. Nunca imaginou que fosse ser na rádio”, diz Naves, que chamou Thiago para trabalhar no plantão do esporte. Por R$ 20 ao dia, o garoto ouvia as outras partidas – além daquela transmitida – e deixava o narrador a par do que

Thiago entrevista torcedores em jogo do campeonato mineiro de 2014, entre Atlético e América: ele já se acostumou com o grande assédio de pessoas que querem participar do programa a cada partida Arquivo pessoal

Thiago comemora gol em jogo da imprensa mineira, partida de reinauguração do Mineirão, em 2013: ele foi o primeiro a balançar as redes do novo estádio

acontecia nos demais jogos. Seu talento para a comunicação e o conhecimento sobre futebol fizeram com que a rádio lhe oferecesse uma bolsa para cursar uma faculdade. E foi por isso que escolheu o jornalismo. “Eu queria ficar próximo do campo, que era minha paixão. Teria de ser gandula, árbitro ou jornalista. O último pareceu o melhor”, diz, no habitual tom de brincadeira. Assim, foi trilhando seu caminho no rádio: estagiário, redator, produtor, até chegar à reportagem. E foi aí que se destacou de verdade: quando se

candidatou ao trabalho que ninguém queria fazer, a conversa com o torcedor no pós-jogo, intervalo entre o fim da partida e início das coletivas, em que há uma lacuna na programação. No início, os torcedores criticavam dirigentes, jogadores e técnicos sem ao menos falar o próprio nome. “O Emanuel [Carneiro, presidente da Itatiaia] diz que a única vez que presidentes do Cruzeiro e do Atlético se uniram pelo mesmo objetivo foi para pedir minha demissão”, brinca. Surgiu, então, o desafio de fazer com que as JUNHO DE 2014

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PERFIL | COMUNICAÇÃO pessoas se identificassem no ar. Difícil, pois havia o complicador de serem torcedores exaltados, principalmente quando o jogo tinha sido um fiasco. “Tentei primeiro pedir o nome e a profissão, mas o primeiro torcedor que entrevistei era um ex-presidiário, que ficou ofendido, começou a reclamar, a chorar. Não deu certo”, diz. O bairro surgiu como alternativa, e a frase deveria ser falada logo de início, senão a pessoa já emendava o comentário e nunca chegava a dizer seu bairro. Então, veio a sacada: Seu Nome, Seu Bairro. “Ninguém gostava de fazer essa cobertura. Thiago fez, e diferen te de todo mundo. De fato, ele tem o dom da comunicação. Do ponto de vista individual, ele é, hoje, o maior fenômeno do rádio esportivo mineiro”, diz Milton Naves. O contato com os torcedores trouxe inúmeras histórias curiosas para a bagagem do jornalista. Ele gosta de se lembrar das mais engraçadas, por ver a vida de forma otimista. Faz questão de contar a ocasião em que um torcedor, em vez de criticar ou elogiar seu clube, quis saber quem tinha roubado seu bife. “Ele falou que tinha comprado um tropeiro, deixado no balcão para comemorar um gol e, quando se virou novamente, a carne não estava mais no prato”, conta. A partir daí, como é muito comum no programa, as pessoas se engajaram na causa do torcedor, que não tinha dinheiro sequer para ir embora do estádio, e fizeram uma va quinha que rendeu cerca de R$ 400. “Várias vezes, torcedores ofereceram carona para quem não tinha como voltar para casa durante a transmissão, e já houve até contratação: o ex-presidiário da primeira entrevista foi chamado para ser zelador de um prédio, por um dentista que estava perto dele, ouvindo sua história.” Muitas de suas amizades, ele fez durante as coberturas. Uma delas foi com Lenir da Rocha, conhecida como Leni da Sombrinha, por ter usado jus tamente o objeto para bater em um juiz, quando era coordenadora de mascotes do Atlético. Aos 70 anos de idade e apoiadora incondicional do Galo, ela já participou de várias entrevistas feitas por Thiago, tanto que virou amiga 52 |Encontro

Divulgação

Emanuel Carneiro, presidente da Itatiaia, foi um dos que perceberam o talento de Thiago para a comunicação: “Foi uma aposta que a Itatiaia fez e acertou” Thiago Mamede

A pedido do pai de Thiago, de quem é vizinho, o radialista Milton Naves conseguiu o primeiro emprego do repórter: “Ele achou que a vaga seria em uma loja, um supermercado. Nunca imaginou que seria na rádio”

dele. “Ele é extremamente atencioso e carinhoso com todos que querem falar com ele, tanto de BH quanto do interior de Minas. Por isso, sua audiência é tão grande”, diz Leni. Já o médico anestesista Roberto Pires de Moraes, que também conheceu Thiago nas entre vistas de pós-jogo, até o chamou para o aniversário de 15 anos de sua filha. “Comecei a dar entrevistas logo no início. Nós nos conhecemos assim”, conta ele, que caracteriza a cobertura do repórter como divertida e bem-humorada – “tal como o próprio Thiago”. Apesar de a carreira de comunicador não ter sido planejada, hoje, depois de 13 anos de Itatiaia, ele não se imagina fazendo outra coisa. Até admite ter sen-

tido vontade de ser psicólogo, na época do vestibular, mas não investiu no ramo. Até isso, de certa forma, concretizou-se, já que Thiago oferece uma espécie de divã aos torcedores que participam de seus programas. Torcedores dos três times de BH têm igual espaço em seu ‘consultório’, já que ele cobre partidas das mais diversas. Na hora das entrevistas, chegam a ficar 3 mil a 4 mil pessoas em seu entorno, interessadas em abrir seus corações e liberar o verbo. Hoje, passou a ser acompanhado por um segurança, para evitar empurra-empurra ou agressões – apesar de garantir que isso nunca aconteceu, fora uma copada de cerveja que levou, logo no início da carreira.

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PERFIL | COMUNICAÇÃO Samuel Gê

“Thiago Reis com a mulher, Alessandra, e o filho, Bernardo: “O pouco tempo livre que tem, ele passa com a família”, diz ela

“Ele tem o respeito de torcedores de todos os times, por sua credibilidade como repórter. É a grande revelação do jornalismo esportivo dos últimos anos”, diz o superintendente do América, Alexandre Faria. A fama reverbera no mundo virtual. A página do Seu Nome Seu Bairro no Facebook tem mais de 10 mil curtidas, e seu perfil no Twitter – onde posta viciadamente –, quase 80 mil seguidores. Para o chefe, Emanuel Carneiro, seu lado alegre e facilidade de conversar com o público foram o que lhe chamou a atenção. “Ele se mostrou à vontade com o papel, é aceito por todas as torcidas e se dá bem com jogadores e técnicos. Foi uma aposta que a Itatiaia fez e acertou”, diz.

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Recém-papai de Bernardo, de 7 meses, Thiago tem uma rotina atribulada e só consegue organizar sua agenda quando sai a escala da rádio. Ele faz cobertura do dia a dia dos times e acompanha até a venda de ingressos, além de apresentar o programa Bola Premiada aos domingos. Tem ainda as participações na TV e seus compromissos como mestre de cerimônia e garoto-propaganda. Segundo sua mulher, Alessandra, ele quase não para em casa: “Mas o pouco tempo livre que tem, ele passa com a família”, diz Alessandra. Sobre o futuro, Thiago reitera que não faz planos: “O que vier será de bom grado. Vamos esperar a escala sair.” ❚

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Dia dos Namorados. Um presente para sair da rotina com seu amor.

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ESPECIAL NAMORADOS | RELACIONAMENTO Christian Franz

Romance sem fronteiras

A psicóloga Isabela Ribeiro e o marido, o holandês Ronald Santing: “Senti muita solidão na ausência dele. É muito frustrante ver a pessoa pela tela, sem poder tocá-la”, diz Isabela

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O namoro a distância pode, sim, sobreviver por longo tempo, apesar da saudade. Conheça histórias de casais que são exemplo de que vale a pena DANIELA COSTA

Quatro anos atrás, a belo-horizontina Isabela Dias Ribeiro, de 25 anos, desembarcava na estação de trem da cidade de Leiden, na Holanda. A então estudante de psicologia carregava consigo muitas malas e planos em relação ao período que viveria ali. Também incertezas e dúvidas sobre uma cultura que em nada lhe era familiar. Em meio à confusão da chegada, eis que, surpreendentemente, um rapaz lhe oferece ajuda. Mal sabia que esbarrava com aquele que se tornaria o seu

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grande amor. “Era o meu primeiro dia na cidade e eu estava perdida, à procura de táxi”, conta. Como o transporte demoraria a chegar e sua nova casa não ficava longe da estação, o rapaz sugeriu que fossem a pé. “Ele levou as minhas malas e até entrou para conhecer os moradores. Todos pensaram que nos conhecíamos há muito tempo”, diz Isabela. Dali em diante, ela e o jornalista holandês Ronald Santing, de 29 anos, não se separaram mais. Mesmo após o retorno dela para o Brasil, um ano depois, o namoro permaneceu firme. “A Isabela voltou à Holanda em julho de 2011 e em outubro vim para o Brasil, quando ficamos seis meses viajando”, conta Ronald. Mas veio, novamente, a tão temida hora da despedida. Ronald voltou para a Holanda, e o casal passou a se comunicar via Skype e WhatsApp. “Senti muita solidão durante a ausência dele. É muito frustrante ver a pessoa em uma tela e não poder tocá-la. Por isso, precisávamos nos encontrar pelo menos a cada três meses, para não nos distanciarmos demais um do outro”, diz Isabela. No ano passado, o jornalista voltou ao Brasil, para curtir o carnaval.

Foi aí que o casal tomou uma importante decisão: ele se mudaria definitivamente para cá. “Eu morava em BH e depois fui para São Paulo, cidade onde moramos atualmente. Acabamos de completar cinco meses de casados”, diz Isabela. Mas, combinemos, nem tudo são flores nos relacionamentos a distância. Lidar com a insegurança sobre o futuro da relação, a ausência constante do parceiro e a solidão requer determinação e compromisso. “A grande vantagem desse tipo de relacionamento é que os desgastes do dia a dia são adiados para um segundo momento. Por outro lado, há o risco de se criar um amor muito idealizado, surreal”, explica o psicólogo Luiz Cláudio de Araújo. Para ele, é preciso estar preparado para conviver com sentimentos contraditórios e vencer as tentações. “O que vai sustentar essa relação é o vínculo forte existente entre os parceiros”, diz. Comprovando que o amor realmente não tem fronteiras, a médica Juliana Barbosa Cançado, de 54 anos, namora há seis o engenheiro Marco Grillo, suíço de 56 anos, que conheceu pela internet. Mas o casal encontrou a solução para manter

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ESPECIAL NAMORADOS | RELACIONAMENTO Arquivo Pessoal

A médica Juliana Cançado e o suíço Marco Grillo se encontram, a cada três meses, em algum lugar do mundo: “Não temos rotina, vivemos um verdadeiro conto de fadas” Arquivo Pessoal

A veterinária Mariana Wagner está de casamento marcado com o lutador de MMA Fernando Paulon: “Costumo dizer que já tivemos várias luas de mel”, diz Mariana

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acesa a chama da paixão. “Como ele continua morando na Suíça e eu, em BH, a cada três meses sorteamos no mapa um lugar do mundo para nos encontrarmos. Nada poderia ser mais romântico”, diz Juliana. Acostumados a fugir do convencional, o primeiro encontro do casal aconteceu em uma partida do Milan, em Milão (Itália). O detalhe é que ela estava com seu casal de filhos gêmeos e ele, com os três filhos. “Foi um verdadeiro encontro familiar”, brinca. Mesmo sem previsão para ficarem defini tivamente juntos, Juliana não desanima. “Brincamos muito, rimos muito e aproveitamos todos os momentos como se fossem os únicos. Não temos rotina, vivemos um verdadeiro conto de fadas”, diz. A veterinária Mariana Wagner, de 31 anos, sabe a força que tem um verdadeiro amor. Há 12 anos juntos, ela e o namorado, Fernando Paulon, de 36 anos, lutador de MMA, estão acostumados a driblar a saudade. Eles se conheceram de maneira inusitada: “Fui comprar um lanche e um rapaz pediu meu telefone. Quando cheguei em casa, percebi que informei o número errado”, relembra Mariana. Duas semanas depois, passando pela Savassi, parou para ver uma roda de capoeira e adivinhe quem estava lá? “Não acreditei que era ele. Foi obra do destino.” A partir daí, namoraram por três anos, até que, por conta da profissão, ele se mudou para o Rio de Janeiro. Na época, o casal conseguia se ver apenas uma vez ao mês. “Senti muito, porque antes nos encontrávamos todos os dias, mas sabia que era o melhor para ele”, diz Mariana. O que ela não sabia é que a distância se tornaria ainda maior. Cinco anos depois, Fernando foi convidado a trabalhar em Viena, na Áustria, onde está há quatro anos. “A saudade é imensa, mas, como somos muito presentes na vida um do outro e fazemos questão de participar de tudo, conseguimos levar bem essa situação.” Para ela, a distância torna cada encontro, cada momento juntos, ainda mais especial. “Costumo dizer que já tivemos várias luas de mel.” Uma das maneiras que Fernando encontrou para lembrar à amada todo o seu amor é lhe enviando pelos cor reios os bombons de que ela tanto gosta. E a história promete ter final feliz. “Vamos nos casar no ano que vem, quando me mudarei para Viena. Olhando para trás, tenho a certeza de que faria tudo de novo”, diz Mariana. z

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O amor está no ar ANA CLÁUDIA ESTEVES

O amor é o maior presente que se pode dar e receber na vida. É cumplicidade, respeito e admiração. Um sentimento completo e verdadeiro. Por isso, aproveite o Dia dos Namorados para surpreender quem você ama. Selecionamos boas sugestões de presentes para ele ou para ela. ❚ SANDÁLIA MEIA PATA Arezzo R$ 239 (31) 3223-9344

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CINTO BICOLOR Villa Vittini R$ 89 (31) 3288-3915 Fotos: Claudio Cunha e divulgação

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ESPECIAL NAMORADOS | GASTRÔ

Para curtir Selecionamos cinco bares com espaços intimistas, à luz de velas, ideais para namorar o ano todo DENISE NIFFINEGGER

Capital dos bares e botecos, descontraídos e animados, Belo Horizonte também oferece ótimas opções para quem prefere um clima a dois, com menos agitação. Alguns restaurantes da cidade não dispensam cuidado especial com os casais, público exigente que tem, cada vez mais, procurado um recanto sossegado e intimista para curtir em boa companhia. Há opções para todos os gostos: jantar à luz de velas, bons vinhos, tri-

BISTRÔ VILA RICA

a dois

lha sonora especialmente selecionada e uma bela vista para a cidade. O certo é que, atentos ao gosto dos clientes, os proprietários estão investindo em de coração, ambientação aconchegante e construção de espaços diferenciados. Foi o que fez Antônio Abrahão, proprietário do bistrô árabe Casa de Abrahão. Três nichos podem ser reservados pelos casais que querem ter mais privacidade. Os espaços são muitos disputados e já serviram de cenário para pedidos de namoro, casamento e renovação de votos.

No Pellegrino, a inovação ficou por conta da adega, local ideal para quem quer levar aquela conversa ao pé do ouvido e degustar um bom vinho. Já no restaurante DiVino, é a área da lareira a primeira a ser procurada pelos casais. Para aqueles que não veem a hora de desfrutar um momento a dois, não é preciso esperar pelo Dia dos Namorados, data mais aguardada pelos românticos de plantão. Os empresários do ramo garantem que estão preparados para agradar aos casais durante o ano todo. No restaurante Maharaj, especiaJ.C. Martins

Construído numa charmosa vila gastronômica na Pampulha, o restaurante é conhecido pelo ambiente romântico, com iluminação à luz de velas, carta de vinhos e mesas para casal na ruela da vila. Avenida Fleming, 900 | Ouro Preto, Pampulha | Tel.: (31) 8586-9946 www.grupovilarica.com www.facebook.com/bistrovilarica

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Samuel Gê

PIZZA SUR

J.C. Martins

CASA DE ABRAHÃO Almofadas no chão, cortinas semiabertas, mesas baixas e velas dão o tom decorativo ao bistrô árabe, criando um clima intimista.

As velas acesas dentro de garrafas viraram marca do local. A pizza de morango com chocolate faz sucesso entre os casais, que costumam optar pelo aconchegante quintal da unidade do Cruzeiro.

Rua Dois, 29 | Recanto da Serra (próximo à portaria 2 do Retiro do Chalé) | Tel: (31) 3575-6094 www.bistroarabe.com

Rua Vitório Marçola, 146 | Cruzeiro | Tel.: (31) 3285-4203 www.facebook.com/PizzaSurBH

Samuel Gê

Thiago Mamede

PACÍFICO BAR CAFÉ

DIVINO RESTAURANTE O espaço preferido pelos casais é a lareira localizada no mezanino, área disputada em noites mais frias. Para acompanhar, filé em crosta de parmesão. Mesas de madeira de demolição decoradas com arranjos florais completam o tom rústico e charmoso do restaurante.

São apenas 11 mesas no salão e 12 banquetas altas no balcão lateral. Decoração rústica e trilha sonora selecionada. A fondue de filet é muito solicitada no Dia dos Namorados. Rua Pains, 33 | Sion | Tel.: (31) 3225-1558 www.pacificobarcafe.com.br

Avenida Quinta Avenida, 144 (loja 6) | Vale do Sol | Nova Lima | Tel.: (31) 3541-4272 | www.divinorestaurante.com.br Alexandre Rezende Alexandre Rezende

MAHARAJ A atmosfera do restaurante oriental promete levar os casais a uma verdadeira viagem pela Índia. A decoração, a música e a culinária local são fielmente retratadas, transportando os clientes para o universo indiano. Rua Paraíba, 523 | Funcionários | Tel: (31) 3055-3836 www.maharaj.com.br

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ESPECIAL NAMORADOS | GASTRÔ Roberto Rocha

ANELLA

J.C. Martins

OSTERIA DEGLI ANGELI

As massas de fabricação própria conquistam os paladares mais aguçados. Com clima europeu, a casa tem áreas interna e externa. Regiões de penumbra geradas pela iluminação e um aconchegante sofá decoram o ambiente.

Ambiente rústico e cenário romântico são marcas dessa cantina, onde o casal pode jantar à luz de velas. O espaço é apropriado para quem quer um pouco mais de tranquilidade e privacidade.

Avenida Guilhermino de Oliveira, 325 | Santa Amélia, Pampulha | Tel: (31) 3441-8748 www.anella.com.br

Rua Francisco Deslandes, 156 | Anchieta Tel: (31) 3281-7965 www.osteriadegliangeli.com.br

Roberto Rocha

PELLEGRINO

FLORES RESTAURANTE Muito procurado por casais que querem comemorar datas especiais, o restaurante tem ar de bistrô, com música ambiente, clima intimista e iluminação romântica. Rua Oriente, 609 | Serra | Tel: (31) 3227-6760 www.floresrestaurante.com.br

lizado em culinária indiana, a proposta de imersão na cultura do país asiático atrai os que querem fugir da rotina. Já os mais tradicionais podem contar com o clima romântico do Pizza Sur e Pacífico Bar Café. Neste ano, o 12 de junho vai marcar também o início da Copa do Mundo, 64 |Encontro

Alexandre Rezende

A área aberta é ideal para jantares românticos ao pé das árvores e do jardim suspenso de orquídeas. Na área fechada, os casais podem saborear um dos 120 vinhos da casa na adega, que comporta até 20 pessoas. Rua Laranjal, 459 | Anchieta | Tel: (31) 2526-1085 www.pellegrinorestaurante.com.br

da qual BH é uma das cidades-sede. A boa notícia é que os restaurantes surgem como opção para quem não gosta de futebol ou para uma comemoração dupla. No Bistrô Vila Rica, a chef Érika Chami preparou um menu especial para a ocasião. Apresentações musicais vão esquentar o clima. A combinação

de jantar completo e boa música também é a aposta da Osteria Degli Angeli. No Flores Restaurante, a chef Samira Lyrio garante cardápio mais elaborado. Maharaj e Anella vão trabalhar com menus completos, enquanto no restaurante DiVino as mesas serão decoradas com velas. z

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Informe Publicitário Samuel Gê

Em pé: Felipe, Leonardo e Raphael; sentados: Tiago e Lourenço

TECNOLOGIA E SOFISTICAÇÃO MARCAM DECORA LIDER EM 2014

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ropiciar conforto, comodidade, tranquilidade e bem-estar para seus clientes, nos lugares em que eles desejarem, seja em casa, apartamento, no campo ou na praia ou mesmo em ambientes profissionais, como escritórios, lojas e empresas. Essa é a missão da Live Automação, empresa mineira que já se tornou referência em todo o país quando o assunto é implementar o que de melhor e mais atual existe em termos de Home Theaters, automação, áudio, vídeo e segurança. Próxima de comemorar sua primeira década de atuação, a Live Automação inovou mais uma vez. Depois de ser um dos destaques da Casa Cor em 2013, este ano a empresa negociou uma parceria com a Lider Interiores, referência quando se fala em fabricação de móveis de alto padrão no país, e estará presente no Decora Lider, considerada uma das mais importantes mostras de decoração e design de interiores do Brasil. “Para nós, é de uma importância ímpar estar ao lado da Lider em um projeto como esse. Afinal, trata-se de uma das mais tradicionais e respeitadas empresas de Minas Gerais e que tem posição já consolidada no mercado nacional”, garante o diretor comercial da Live, Lourenço Roldão. “Com

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essa parceria estratégica, iremos nos posicionar em todos os espaços do Decora Lider que lidem com áudio, vídeo e automação, inclusive com vendedores sempre presentes na loja, o que nos deixará mais próximos do público consumidor final”, explica. A primeira edição do Decora Lider aconteceu em 1999. De lá para cá, mais de 190 mil pessoas já visitaram a mostra em todo o país. Em Belo Horizonte, a exposição será lançada no dia 12 de junho, no Ponteio Lar Shopping, com 19 espaços criados por 26 dos principais arquitetos e designers de interiores do país, como Pedro Lázaro, Estela Netto e Luciana Savassi. Destes espaços, a Live estará presente em nove: loft, sala de jantar, home theater, home office com sala de reunião, sala de estar com bar do chef, quarto do casal, espaço da jovem moderna, home theater do jovem casal e casa de fim de semana. “A Lider já possui expertise na venda de sofás e outros móveis. A parceria com a Live dará mais vida à loja, criará maior ambiência. O consumidor passará a ter mais experiências com a qualidade que a Live garante em termos de imagem, som e automação”, garante Tiago Nogueira, gerente de marketing da empresa. Para ele, “será um relacionamento entre as marcas que trará muitos ganhos para ambas as partes”.

NOVO SHOWROOM Além de estar presente no Decora Lider, a Live Automação promete ainda mais novidades para 2014. Este ano, a empresa irá inaugurar um novo showroom, que será instalado na Praça Marília de Dirceu, uma das regiões mais nobres de Belo Horizonte. “Não vamos antecipar muito sobre como será o novo espaço, queremos fazer uma surpresa para amigos e colaboradores. Mas, posso garantir, será algo que irá ficar não apenas na história da Live, que vai comemorar 10 anos de vida em 2015, mas de toda a capital”, promete Roldão. Essas ações, estrategicamente pensadas e calculadas, só reafirmam a ousadia e o arrojo da Live Automação, marcas da empresa desde seu nascimento. Nada mais natural para quem desejava se firmar como símbolo em Minas Gerais e, em tão pouco tempo, já expandiu seus horizontes e é um verdadeiro norte no segmento em todo o Brasil.

Showroom - Tel: (31) 3335-5335 Rua Santa Catarina, 1424 - Lourdes www.liveautomacao.com.br

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NEGÓCIOS | CONSTRUÇÃO Fotos: Cláudio Cunha

Em time que está ganhando...

Eduardo Fischer, 40 anos, e Rafael Menin, 33, sobrinho e filho do ex-presidente, no comando da gigante da construção: transição tranquila

...também se mexe 66 |Encontro

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A MRV, maior construtora do país, bate recorde histórico de vendas e troca o comando executivo. O fundador, Rubens Menin, fica como conselheiro e estrategista. Na presidência da companhia, dois novos nomes PAULO PAIVA

Foi uma transição tão suave e tranquila que talvez poucos tenham percebido. Mas aconteceu. A MRV Engenharia e Participações, maior construtora e incorporadora residencial do país, realizou mudanças em seu alto comando no fim de março. A empresa tem agora dois presidentes: Rafael Menin e Edu ardo Fischer, filho e sobrinho, respectivamente, do fundador, ex-presidente e principal referência da construtora, Rubens Menin. Rubens, por sua vez, assumiu a presidência do Conselho Administrativo da empresa. Fiel ao seu estilo empreendedor, não será um conselheiro ao estilo tradicional. Além de desempenhar as funções institucionais do cargo, ca berá a ele definir as estratégias de negócios, bater o martelo final nas decisões e dirimir eventuais divergências entre os dois presidentes. “Rubens entendeu que era a hora certa para a MRV fazer esse movimento de transição”, diz Rafael. Decisão tomada, a primeira providência da empresa foi contratar uma consultoria para auxiliar no processo e assegurar que tudo ocorresse de maneira tranquila e sem riscos para as operações. “A transição teria de preservar os pilares básicos da MRV: o DNA, que é a nossa identidade – somos uma empresa que tem donos, que são os guardiões das

Rubens Menin, fundador e ex-presidente, acaba de assumir o Conselho Administrativo da MRV: a construtora responde por 70% dos contratos do programa federal de habitação Minha Casa, Minha Vida

boas práticas de governança corporativa –; nossos valores; e a visão de longo prazo, fundamental nesse ramo de negócios”, explica Rafael. “Para que não houvesse rupturas, entendemos que era importante ter no comando pessoas que conhecem a companhia, que têm a cultura MRV. E optamos pelo caminho da copresidência, de dois presidentes”, afirma Eduardo. O novo tripé de comando da MRV, com Rubens Menin na presidência do Conselho de Administração e dois presidentes que cuidarão de áreas geográficas distintas (Rafael é responsável por Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo e regiões Nordeste e Centro-Oeste, e Eduardo por São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Espírito Santo), foi visto com tranquilidade pelo mercado – até porque, na prática, a empresa já funcionava assim, quando os dois primos eram diretores executivos regionais e, posteriormente, assumiram cargos de vice-presidentes. “Já era uma mudança amplamente esperada pelo mercado. Rubens Menin continua próximo das operações. Rafael e Eduardo já faziam um trabalho muito organizado e estão altamente

preparados para assumir o comando da empresa. Eles estão no negócio há muito tempo”, diz Daniel Castro, sócio da DLM Invista, empresa especializada em gestão de investimentos no mercado. “E esse formato, com dois presidentes, ficou bastante interessante”, completa. De fato, os dois novos presidentes conhecem a empresa como a palma das mãos. Ambos são engenheiros e entraram na construtora como estagiários – Rafael, de 33 anos, está há 14 na MRV; Eduardo, de 40, está ali há 21. “O fato de eu e Rafael estarmos no negócio há muito tempo faz uma diferença absur da nesse mercado”, diz Eduardo. Os dois presidentes assumem o comando da construtora em momento estratégico: a MRV tem apresentado resultados de encher os olhos (confira quadro). No primeiro trimestre deste ano, as vendas somaram R$ 1,5 bilhão, com a construção de 10.734 unidades, volume 40% superior a igual período do ano passado. Foi o melhor primeiro trimestre da história da MRV, num momento em que o mercado de construção civil está em marcha lenta. Focada no segmento de habitações econômicas, a MRV detém 70% dos JUNHO DE 2014

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NEGÓCIOS | CONSTRUÇÃO RAIO-X DA EMPRESA A MRV fechou 2013 com o melhor resultado em 35 anos de história Receita:

Lucro líquido:

R$ 3,9 bilhões

R$ 423 milhões

Vendas contratadas:

Unidades construídas no ano:

R$ 5 bilhões

40 mil

(alta de 27% em relação a 2012)

220 mil

Clientes ativos:

70% Participação de mercado no programa Minha Casa, Minha Vida (Fonte: MRV)

(52% maior que em 2012)

120 cidades, em 10 estados

Atuação:

e Distrito Federal

POSIÇÃO NO RANKING DE HABITAÇÃO POPULAR 1 MRV Engenharia 7,5 mil* 4,5 mil* 2 Cyrela 4,3 mil* 3 Direcional 3,9 mil* 4 Gafisa 3,0 mil* 5 Brookfield 2,9 mil* 6 Tecnisa 2,8 mil* 7 CasaAlta 2,7 mil* 8 Even 2,1 mil* 9 Norcon Rossi 1,9 mil* 10 Grupo Via *área construída em m² (Fonte: ITC (Inteligência Empresarial de Construção)

Léo Drumond/Nitro

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contratos do programa federal de habitação popular Minha Casa, Minha Vida (MCMV), que responde por 85% dos negócios da empresa. Tais números não caíram de graça no colo da companhia. O segmento popular sempre foi o foco da MRV, que detém ampla experiência na construção de moradias destinadas à nova classe média. Isso, segundo Rafael Menin, explica, em parte, o sucesso da companhia: quando outras construtoras, como Gafisa, Cyrela, Rossi e Even, entraram no ramo econômico atraídas pelo MCMV, a MRV já nadava de braçada no segmento. Resultado: com dificuldades para compreender o mercado, muitas colheram frustrações e maus resultados. “Quem não era dessa praia saiu do ramo”, diz o consultor Daniel Castro. Melhor para MRV, que vem surfando soberana nas ondas das construções econômicas. Os dois presidentes têm agora novo – e grande – desafio: atingir a meta estabelecida por Rubens Menin, de fazer com que a MRV construa 70 mil unidades por ano. Preferem não falar em prazos, mas têm certeza de que o alvo será atingido. O estilo de trabalho de ambos, de colocar o pé na estrada e conhecer os canteiros de obras, favorece a missão. “Um executivo que ficasse sentado em um escritório da avenida Brigadeiro Faria Lima (centro comercial e financeiro da cidade de São Paulo) não tocaria nosso negócio, mesmo se fosse bom de planejamento, análise e orçamento”, diz Rafael Menin. “Aprendemos desde cedo com o Rubens que temos de ir à obra, botar o nariz lá e sentir o cheiro do negócio. Essa é nossa característica. Estamos o tempo todo na estrada, pondo a mão na massa”. Os novos gestores também têm consciência do tamanho da empresa e de sua importância na economia e na vida dos brasileiros. A MRV tem hoje 220 mil clientes ativos, com uma média de 3,2 pessoas por apartamento. Numa conta básica, isso significa que 700 mil pessoas moram ou vão morar numa unidade da MRV – ou um a cada 300 brasileiros. “Para a nova classe média, somos uma grife”, resume Rafael. Haja mão na massa. ❚

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CIDADE | REFORMAS Fotos: Rogério Sol

Potencial desperdiçado: quatro vezes o tamanho do Maracanãzinho, o ginásio da Pampulha necessita de reformas para ser melhor aproveitado

Um ginásio esquecido Inaugurado em 1980, Mineirinho sofre com uma série de problemas que afasta público, produtores de espetáculos e federações esportivas. O que a torcida quer saber é quando as melhorias sairão do papel

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RAFAEL CAMPOS

Dois irmãos. O mais velho teve sorte. Ganhou roupa nova e agora recebe todos os holofotes. Ficou bonito, realmente. O caçula parece ter sido jogado para escanteio. Inaugurado em 1980, com o status de maior da América Latina, o ginásio Jornalista Felipe Drummond, o Mineirinho, carece de melhorias estruturais e internas. Que o diga o Campeonato Mundial de Clubes de Vôlei, disputado em maio. Foi uma correria para ajustá-lo às necessidades do torneio, vencido pela equipe russa do Belogorie Belgorod. Às vésperas de ser entregue à Fifa, quando se transformará em vila de hospitalidade para receber convidados especiais como Mick Jagger, Bono Vox e o príncipe Harry, Encontro visitou o ginásio e constatou que, por dentro, ele não anda tão badalado assim. Presença de lonas, problemas no piso, ausência de cadeiras nas arquibancadas e infiltrações. Nos bastidores, a palavra refor-

ma sempre é levantada, contudo, ainda na esfera dos projetos. O que deve sair em breve são intervenções na fachada e cobertura. Resta saber quando o Mineirinho ganhará cara nova. Rogério Romero, secretário Adjunto de Esportes do estado, informa que o edital para contratação do projeto de reforma e modernização está sendo finalizado e deve ser publicado em breve, mas sem data de início dos trabalhos. “As obras estruturais (fachada e cobertura) aguardam retorno de parecer técnico do Ministério dos Esportes”, afirma. O ginásio chegou a ser contemplado no primeiro projeto de reforma do Mineirão, contudo, devido aos altos custos, a ideia teve de ser adiada. O Mineirinho foi construído para fortalecer o esporte especializado no estado, exemplo do que o Mineirão fez com o futebol. Começou a ser erguido em 1973, como continuidade ao projeto do Centro Esportivo Universitário (CEU) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), obra que só foi

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OS 10 MAIORES PÚBLICOS DO MINEIRINHO

(*)93.069

16 a 18/8/1994 Evento Religioso

28.131

12/9/1981 Festival de Música Sertaneja

(**)33.415

28 e 29/5/1994 Brasil X Grécia (Vôlei masculino)

25.713

8/8/1999 Atlético MG X Rio/Mécimo (Futsal)

30.954

17/2/1990 Titãs

24.595

4/10/1981 Show Tia Dulce / Bozo / Patotinhas

30.774

28.409

6/12/1992 Xuxa

16/9/1990 Xuxa

24.433

23.951

14/3/1981 Roberto Carlos

18/10/1981 Show Popular Rede Globo

* Público total em três dias de evento (média de 31.023) ** Público total em dois dias de jogos (média de 16.707) Fonte: Secretaria de Estado de Esportes

possível a partir de convênio firmado entre a Ademg e a UFMG, proprietária do terreno de 93 mil m². A construção foi paralisada e retomada em 1977. Três anos depois, o Mineirinho foi inaugurado. Quem está na torcida para que o espaço seja, enfim, revitalizado é Ricardo Raso, engenheiro responsável pelo Mineirinho. “Ele era moderno em 1980, mas hoje as coisas deixam de ser modernas muito rapidamente”, diz Ricardo, que foi estagiário da construção. Ele conhece bem cada detalhe do ginásio e até curiosidades, como a quantidade de sacos de cimento utilizados. “Foram 280 mil, enquanto no Mineirão foram 320 mil”, afirma o também superintendente de Gestão de Espaços Esportivos do estado. Para a esperada reforma, não serão necessários tantos sacos de cimento, já que a estrutura do Mineirinho, tombada pelo patrimônio, será preservada. Entretanto, há muito o que ser consertado ou adequado às normas atuais. Para se ter ideia, a cabine

POR DENTRO DO MINEIRINHO GINÁSIO POLIESPORTIVO JORNALISTA FELIPE DRUMMOND Local: Avenida Antônio Abrahão Caram, 1.001, São Luiz Ano de fundação: 1980 Capacidade: 19.392 pessoas (já foi de aproximadamente 30 mil pessoas, mas foi reduzida devido a novas normas de segurança) Medidas: 144 m de diâmetro e 32 m de altura. Equivale a um prédio de 13 andares

de imprensa teve de ser improvisada para os eventos de vôlei deste ano, usando-se o modelo das estruturas do Mineirão. Os problemas não param por aí. Por estarem danificadas, algumas cadeiras foram retiradas, por isso, há lacunas nas arquibancadas. Para Teodomiro Mattos Bicalho, assessor técnico do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do estado (Crea-MG), o momento agora pede calma. “Não adianta correr ou optar por paliativos. É importante verificar todos os problemas, fazer uma inspeção minuciosa e só depois elaborar projetos executivos, montar o orçamento e estabelecer um cronograma”, afirma. Apesar de todo esse detalhamento, surpresas podem surgir durante a obra, sobretudo, numa edificação com mais de 30 anos. De templo dos esportes especializados, na década de 1980, o Mineirinho passou a ser um bom espaço para feiras e formaturas, mas alguns esportes ainda têm o ginásio como casa. É o caso do jiu-jítsu. Lá, são realizadas JUNHO DE 2014

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CIDADE | REFORMAS PROBLEMAS EM TODA PARTE Aquele que já foi considerado o maior ginásio da América Latina agora enfrenta o abandono. Identificamos alguns problemas na antiga estrutura, que precisam de intervenções urgentes. Confira quais são eles:

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Foto 1) Sem acabamento: nas paredes irregulares, faltam pintura e sinalização. Mesmo com um bebedouro, a área não é utilizada e pode confundir torcedores em caso de emergência Foto 2) Sujeira e riscos: além de piso e escada sem revestimento, há tempos não é feita uma faxina Foto 3) Apertadinhos: há pouco espaço entre os assentos e faltam cadeiras na arquibancada Foto 4) Teto de lona: paliativas, elas são usadas para controlar iluminação e proteger a torcida da chuva, mas não suportam fortes tempestades ou vendavais

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(3)

(2)

competições estaduais, desde a construção. “Onde posso colocar mais de 900 competidores de uma vez só?”, é o que questiona Adair Alves de Almeida, presidente da Federação Mineira de Jiu-Jítsu. O ginásio possui ainda 40 salas para uso das federações esportivas, porém, apenas 12 continuam em funcionamento, como judô, arco e flecha, basquete e levantamento de peso. De um lado, o tamanho de 54.092 m² (quatro vezes o Maracanãzinho, no Rio de Janeiro) joga a favor, de outro, contra. “Os produtores de shows pensam da seguinte forma: é melhor dividir o público em dois dias num espaço menor do que no Mineirinho, que é muito grande e pode dar a sensação de que o show está vazio”, diz Ricardo Raso, engenheiro responsável pelo ginásio. Carlos Aberto de Deus, diretor da BHZ Eventos, conhece bem como é produzir um show no Mineirinho. Foi ele quem trouxe, por mais de 20 anos, o cantor Roberto Carlos para se apresentar no ginásio, inclusive, na inauguração, em 1980. “Ainda inacabado, diga-se de passagem”, afirma Carlos, que teve que se virar para que o público e o cantor não sofressem tanto com os percalços. “O Mineirinho sempre foi um problema para os produtores de shows. Já tive de transformar vestiários em camarins, colocar tapetes nas cadeiras para melhorar a acústica e até controlar o acesso de pessoas sem ingresso, já que o ginásio tinha várias entradas clandestinas”, afirma. Carlos Alberto lembra que foi convidado a produzir o show do violonista e compositor holandês André Rieu, que aterrissou em BH em abril do ano passado, mas não aceitou. “André Rieu no Mineirinho não dá”, diz. O espetáculo acabou sendo produzido pelo paulista Manoel Poladian. Mesmo com todos esses problemas, o vizinho do Mineirão coleciona recordes de público (veja info) em sua história. Um deles foi em 1990, quando, em um só dia, mais de 30 mil pessoas assistiram ao show dos Titãs. Olhando para o ginásio, o ex-nadador e atual secretário-adjunto de Esportes do estado, Rogério Romero, diz-se aliviado, já que pelo menos os projetos estão sendo encaminhados para a tão desejada reforma. “Isso aqui tem um potencial enorme”, diz. Então, estamos na torcida! z

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ESPECIAL MEIO AMBIENTE | COPA

Energia que vem de cima Usina solar do Mineirão está em funcionamento há dois meses e é destaque com a Copa do Mundo. Saiba como ela pode ajudar a tornar o espetáculo de futebol ainda melhor 76 |Encontro

ELIONICE SILVA

O jogo entre Colômbia e Grécia, no dia 14 de junho, no Mineirão, marca a entrada da capital no roteiro de competições da Copa do Mundo 2014 e demonstra, ainda, que o país está dando passos decisivos para aderir à geração de energia elétrica a partir dos raios solares. Está em funcionamento, desde abril, a usina solar fotovoltaica implantada pela Cemig em parceria com a Minas Arena

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Lucia Sebe/Imprensa/MG

Renato Cobucci/Imprensa MG/divulgação

A Arena da Pampulha tem a maior usina solar fotovoltaica do Brasil: raios solares convertidos em energia elétrica

Usina no teto do estádio: capaz de produzir energia para abastecer 1.200 residências mensalmente

COM A FORÇA DO SOL

(*) Megawatt-pico Fonte: Cemig

Os maiores estádios com cobertura solar do mundo Rodrigo Lima/Nitro Imagens

no teto do estádio, atualmente a maior do gênero no Brasil, com potência de 1,42 MWp (megawatt pico). Estima-se que, até o fim do século XXI, 70% da energia utilizada no mundo terá origem na luz solar. Diferentemente da solar térmica, usada no aquecimento de água nas residências, a energia solar fotovoltaica converte os raios solares diretamente em energia elétrica. A gigantesca estrutura da usina do Mineirão tem 5.910 painéis solares

Fotos: Divulgação

Mineirão

Stade de Suisse

Gillette Stadium

Belo Horizonte (Brasil) 1,42*MWp (1,6 GW ano)

Berna (Suíça) 1,34 MWp

Massachusetts (EUA) 1MWp

Verona

Arena Pernambuco

Solar Toyo Ito

Verona (Itália) 1 MWp

Recife (Brasil) 1 MWp

Taiwan (China) (1,15 GW ano)

Maracanã

Wesserstadium

Pituaçu

Rio de Janeiro (Brasil) 400 KWp

Bremen (Alemanha) 400 KWp

Salvador (Brasil) 400 KWp

Badenova Stadium

Nuremberg

National Indoor Stadium

Freiburg (Alemanha) 290 KWp

Nuremberg (Alemanha) 140 KWp

Pequim (China) 100 KWp JUNHO DE 2014

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ESPECIAL MEIO AMBIENTE | COPA em 11.500 m² na área útil da cobertura. Segundo o superintendente de tecnologia e alternativas energéticas da Cemig, Alexandre Bueno, os desafios foram grandes devido à arquitetura do estádio. “A fachada é tombada pelo Patrimônio Histórico e a instalação dos painéis não poderia interferir nela. Portanto, a inclinação dos painéis e sua montagem foram feitas de tal forma a não serem visíveis a partir do solo”, diz. Os custos totais do empreendimento são de 3,7 milhões de euros, mais de R$ 11 milhões. A Minas Arena fica com 10% da energia gerada. Quando o estádio não estiver em uso, a energia será distribuída aos bairros vizinhos – o total de 1 MW de energia, injetado na rede da Cemig, pode abastecer 1,2 mil residências por mês. Outro projeto em curso da companhia é a Usina Solar Fotovoltaica de Sete Lagoas, na região Central de Minas, que já tem cerca de 40% das instalações concluídas. Será a maior da América Latina, com 15 mil painéis fotovoltaicos e potência de 3 mil MW. A energia solar fotovoltaica começou a ser utilizada nos Estados Unidos e na Europa há cerca de dez anos, mas as tecnologias e os equipamentos só ficaram disponíveis no mercado há cinco. “Esses produtores estão de olho na expansão do mercado brasileiro”, afirma o professor da Escola de Engenharia Elétrica da UFMG Selênio Rocha Silva. Entre os fabricantes, estão Estados Unidos, Europa e China. Há 30 anos trabalhando com pesquisas de energia alternativa, principalmente com a eólica, o professor acabou sendo levado para a solar fotovoltaica pelo mercado. Silva participou, na condição de olheiro, do sistema instalado no Mineirão, integrando a equipe de comissionamento, que examina a instalação final, antes de a usina entrar em ação. Selênio Silva também trabalha no projeto de Sete Lagoas. Segundo ele, o que o governo brasileiro tenta, no momento, “é criar um modelo de negócios que torne a energia solar fotovoltaica mais uma opção para diversificar a matriz energética, ainda concentrada na eletricidade gerada em hidrelétricas”, diz. E o meio ambiente agradece. z 78 |Encontro

OS NÚMEROS DA ENERGIA Como a energia solar fotovoltaica tem mudado o setor Até o fim do século XXI, 70% da energia utilizada no mundo deverá ser de origem fotovoltaica Em 2030, 25% da energia consumida será de origem solar, e pelo menos 50% da energia necessária deverá ser proveniente de fontes renováveis 8% das usinas fotovoltaicas (UFVs) do mundo deverão estar instaladas nas Américas do Sul e Central Em 2025, o Brasil deverá ter gerado 60 mil empregos com a instação de UFVs Nas usinas movidas a luz solar, cada megawatt produzido demanda a geração 10 empregos e de 33 empregos para cada megawatt instalado Fonte: Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) Paulo Márcio

Para o professor da UFMG Selênio Rocha Silva, o caminho é investir no negócio: alternativa de produção de energia no Brasil, que ainda é dependente das hidreléticas

4 CAMINHOS PARA O FUTURO O que o Brasil precisa fazer para expandir o uso da energia elétrica proveniente do sol Incentivar a pesquisa e a inovação tecnológica Criar mercado consumidor

Estabelecer indústrias de células solares e de módulos fotovoltaicos Estabelecer indústrias de silício grau solar e grau eletrônico Fonte: Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE)

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Especial Meio Ambiente | Sustentabilidade

Desafios à frente Empresas extrativistas tentam minimizar os impactos ambientais causados por suas atividades com projetos de recuperação nas regiões em que atuam. Mas ainda é preciso avançar mais

Pedro Rocha Franco

A era do lucro a qualquer preço está no passado. Desenvolver é preciso. Mas, sem o alinhamento entre crescimento e sustentabilidade, as empresas podem ver o lucro esvair-se devido à maior cobrança do mercado consumidor. Do reuso da água consumida na operação à redução da emissão de gases poluentes, uma série de práticas classificadas como sustentáveis está na agenda da iniciativa privada para reduzir o impacto causado ao meio ambiente. É quase unânime a necessidade de tratar o tema com relevância: 92% das empresas afirmam que a sustentabilidade deve ser prioridade, segundo pesquisa da Fundação Dom Cabral com 400 companhias brasileiras. No ano passado, por exemplo, o reuso de água nas operações da Petrobras equivaleu ao volume necessário para abastecer uma cidade de 600 mil

habitantes. Ao todo, 24 bilhões de litros foram reutilizados pela estatal em suas atividades, o que representa 11% da demanda total. E mais: até o ano que vem, deve haver considerável incremento nesse volume com a entrada em operação de novas unidades de reuso. O volume de água que deixará de ser captado subirá para 35 bilhões de litros por ano. Na Refinaria Gabriel Passos, em Betim, uma tecnologia pioneira na empresa permite que os efluentes sejam usados depois de um processo de dessalinização (eletrodiálise reversa). Em 2013, a unidade economizou oito vezes mais que em 2012, totalizando 3,2 bilhões de litros. O processo deve ser adotado por outras duas refinarias no Paraná e em São Paulo. O marco inicial da discussão sobre sustentabilidade foi a ECO-92, conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre meio ambiente que reuniu representantes de mais de 170 países no Agência Petrobrás/Divulgação

Estação de Tratamento e Reuso de Água da Petrobras: refinaria de Betim economizou, em 2013, oito vezes mais que no ano anterior

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Márcio Leão/divulgação

Brasil. A professora de engenharia de produção do Ibmec Bernadete de Souza Santos vê ainda longo caminho a ser percorrido: “As grandes empresas são as mais cobradas. O governo tem uma fórmula de cobrar das pequenas por meio das grandes. Se houver fiscalização e as subsidiárias não tiverem o processo adequado, as duas são penalizadas”, diz. Bernadete, que também é mestre em ciências biológicas, ressalta que o trajeto inclui a introdução da educação ambiental no dia a dia dos indivíduos. Em Minas, berço do extrativismo mineral no Brasil, o desafio é ainda maior devido aos impactos causados pelo tipo de atividade. Paradoxalmente, são também essas empresas as que apresentam as melhores práticas. O estudo da Fundação Dom Cabral (FDC) reforça relatório do Massachusets Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos. Em ambos, os setores com maior impacto são os mais bem avaliados. Segundo a Dom Cabral, os melhores programas englobam empresas ligadas a três setores: papel e celulose, mineração e química e petroquímica. “A mineração tem o estigma do impacto, mas a ocupação é de 0,5% do território nacional e gera recurso social e financeiro importante”, afirma o gerente de meio ambiente da Vale, Rodrigo Dutra Amaral. Exemplo de projeto desenvolvido pela mineradora para mitigar o impacto é a preservação de áreas verdes. Números da companhia indicam que a área ocupada pela mineração é quase três vezes menor que a área protegida pela Vale. Em Minas, são 37 mil hectares de área de conservação no Quadrilátero Ferrífero. Em ação conjunta com o Sindicato da Indústria Mineral do Estado de Minas Gerais (Sindiextra), a Vale financia ONGs para a contratação de brigadistas para combater incêndios florestais. Com bases em Itabira, Nova Lima, Itabirito, Barão de Cocais e Mariana, eles lutam para evitar a queima de matas. “No ano passado registraram-se muitos focos, mas sem incêndios de grandes proporções”, afirma Amaral. Os brigadistas atuaram no combate a 522 ocorrências no período citado, ajudando a diminuir o impacto. No período chuvoso, eles trabalham na educação ambiental, em comunida-

Casa erguida com os tijolos feitos com resíduos de mineração: um dos produtos desenvolvidos pela Samarco

Mais sustentável Percentual de reuso da água de algumas grandes companhias em MG, que pode variar de acordo com o tipo de atividade e o volume captado por cada uma delas ArcelorMittal

98,28%

Samarco

90%

Petrobras

11%

Vale

75% Fontes: empresas

Esforços unidos De olho nas oportunidades geradas pelos números sustentáveis, a Samarco criou a gerência de Tecnologia e Ecoeficiência com o intuito de desenvolver soluções sustentáveis. Um dos desafios do setor é reaproveitar subprodutos gerados no beneficiamento do minério de ferro. Em vez de ter de destiná-los às barragens de rejeito, eles são usados como matérias-primas para outras indústrias. Dois produtos já são fabricados em escala comercial e um terceiro está em estudo. A ecomadeira, desenvolvida em parceria com a Ecoblock, e os blocos intertravados são feitos, respectivamente, a partir da lama e do material arenoso retirados do minério. Os blocos podem ser usados na construção civil, mantendo a durabilidade de produtos tradicionais, enquanto a madeira é usada para fabricar móveis. A empresa já procura parceiro para viabilizar a produção comercial do tijolo feito com os subprodutos da atividade. Em testes, alunos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) construíram uma casa com os tijolos para testar resistência, durabilidade e qualidade. Resultado: aprovado. junho de 2014 Encontro | 81

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Especial Meio Ambiente | Sustentabilidade Samuel Gê

des no entorno das áreas preservadas. A Associação Mineira de Defesa do Meio Ambiente (Amda) é uma das ONGs parceiras da Vale. A superintendente executiva da entidade, Maria Dalce Ricas, explica que o objetivo é combater e prevenir focos nas áreas da empresa, mas não há restrição para que as equipes de brigadistas extrapolem tais limites em caso de incêndio. Os brigadistas integram o planejamento do sistema Previcêndio, coordenado pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Semad), o que permite ao Estado investir em outras áreas. “Quando se tem a brigada mobilizada há vigilância e rapidez no combate ao incêndio”, afirma Maria Dalce. Outros parceiros da Amda são Usiminas, Gerdau e AngloGold Ashanti. No Parque Estadual da Serra do Intendente, a Anglo American mantém projeto idêntico em parceria com a Semad. Os investimentos permitem reforçar as equipes de monitoramento da base de Curvelo, a 170 km de BH, além da produção de material de divulgação de campanha e da realização de palestras e seminários para a comunidade. Em 2011, a queimadas atingiram 1,26 mil hectares, enquanto em 2012, somente 11,52 hectares. A explicação para as empresas de mineração e de outros dois setores ocuparem o topo do ranking de ações sustentáveis, segundo o professor e coordenador do Núcleo de Sustentabilidade da FDC, Heiko Hosomi Spitzeck, tem motivo claro. Ele traça um paralelo com o método de aprendizado infantil, em que “as crianças se tornam responsáveis de dois jeitos: pelo amor e pela dor”. O especialista afirma que, devido às relações conflituosas, muitas vezes existentes, há também maior rigor com esse tipo de empresa, o que pode ser percebido, entre outros, na concessão de licenças ambientais por parte do poder público. A transformação de resíduos uniu também a Cemig e a ArcelorMittal em um projeto que busca gerar energia elétrica a partir da queima da fumaça que vem da produção de carvão vegetal. As empresas importaram da Itália uma turbina a gás capaz de sintetizar o calor em eletricidade. A unidade, em construção em Martinho Campos, na região Central de Minas, é o projeto-piloto. A proposta é para que, no futuro, o

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Para o professor Heiko Spitzeck, coordenador do Núcleo de Sustentabilidade da FDC, é preciso fiscalizar melhor: mudança de leis e regulamentações para melhorar o desempenho sustentável das empresas Divulgação

Projeto-piloto da parceria Cemig-ArcelorMittal, em Martinho Campos: geração de energia por meio da fumaça produzida pelo carvão vegetal

mecanismo seja usado por pequenas e médias empresas que produzem resíduos industriais. As companhias poderão gerar energia a partir de seus próprios resíduos e até mesmo negociar a energia. “Esperamos viabilizar essa inovação para que, futuramente, em escala industrial, possa beneficiar as usinas do grupo ArcelorMittal, com a geração de até 30 megawatts”, afirma o diretor-geral da ArcelorMittal BioFlorestas, Maurício Bicalho de Melo. Não à toa, pela pesquisa da Dom Ca-

bral, o segundo fator que mais força a implementação de medidas sustentáveis nas empresas é a mudança de leis e regulamentações, atrás somente da cobrança feita pelos clientes. A entrada em vigor da Lei de Resíduos Sólidos é um exemplo, segundo Spitzeck. Apesar de ser quase unânime que ações sustentáveis melhoram a reputação da empresa (91%), é possível verificar certo descompaso na adoção, de fato, de tais medidas: 59% das empresas têm metas para produtos e serviços sustentáveis. z

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especial meio ambiente | educação

Em prol da Projetos transformam cidadãos em agentes multiplicadores de ações, como plantar mais árvores e cuidar das florestas

Samuel Gê

natureza

Marcelo Fiuza

Cearense radicado em BH há 19 anos, José Valci da Mota retornou certa vez ao sertão para uma missão bem pessoal: cuidar da cerca viva e do jardim do sítio onde cresceu, no município de Morrinhos. “Morei na roça, colhendo verdura, cuidando da mata. Voltei lá para refazer a cerca e o jardim, que está lindo, com árvores que eu mesmo plantei quando menino”, diz o empresário. Na cidade grande, José manifesta esse mesmo amor à natureza tratando da vegetação da praça em frente ao restaurante que possui no bairro Barro Preto, bem perto de casa. Um dos 300 voluntários do programa municipal Adote o Verde, que incentiva cidadãos e empresas a cuidarem de jardins e canteiros da cidade, ele gasta cerca de R$ 4.700 por ano, com insumos e mão de obra. Um jardineiro é contratado para a poda bimestral e o manejo das mudas. Do aguar diário, José é quem cuida: “Meto a mão na terra, jogo água, dou manutenção. Vale o esforço. Se todos fizessem esse tipo de investimento, BH ficaria ainda mais bonita”, diz o comerciante. A mesma preocupação em garantir um amanhã sustentável, adotan

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A estudante Izabela Sathler e seu ipê-amarelo, em Brumadinho: “Devemos muito ao planeta em que vivemos e com boas atitudes conseguimos mudar alguma coisa”

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O Museu das Minas e do Metal ganha uma nova fase e um novo nome. O início de uma transformação para você e todos os mineiros.

O Museu das Minas e do Metal agora é MMGerdau – Museu das Minas e do Metal. A Gerdau acredita na transformação por meio da cultura, da preservação do patrimônio e de ações sociais que contribuam para o desenvolvimento sustentável das comunidades. É por isso que também apoia mais de 170 projetos voltados para o crescimento das regiões em que atua em Minas Gerais. O MMGerdau – Museu das Minas e do Metal é a prova de que é possível transformar o passado em futuro, sem perder a história e as origens de um verdadeiro patrimônio histórico e cultural do Estado.

www.gerdau.com

/gerdau

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/gerdausa

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especial meio ambiente | educação do hoje atitudes concretas pelo local em que vive, tem Izabela Sathler, de 17 anos, que milita em uma ONG de educação ambiental e cuida da horta da escola enquanto observa crescer o ipê-amarelo que plantou na porta de casa, no ano passado, em Brumadinho, na Grande BH. Izabela é uma dos mais de 200 estudantes da rede pública que participaram do Programa Jovens Agentes Ambientais, promovido pelo Instituto Inhotim desde 2008. Alguns se tornaram bolsistas da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) e trabalharam no centro de arte contemporânea e jardim botânico nas áreas de curadoria botânica, educação ambiental, gestão ambiental e monitoria. Outros participaram de intervenções nos jardins de suas escolas ou estão se profissionalizando em cursos técnicos ligados à área ambiental. “Acho que devemos muito ao planeta em que vivemos e, com boas atitudes, conseguimos mudar alguma coisa, não tudo. Se cada pessoa tiver consciência de seus atos, o

Gualter Naves/Light Press

Programa da Accor, na serra da Canastra, em parceria com ONG Nordesta Reflorestamento e Educação: 340 mil mudas plantadas e 55 nascentes recuperadas

TRÊS PERGUNTAS PARA | Laura Neres Coordenadora do Núcleo de Educação Ambiental do Inhotim fala sobre projeto em Brumadinho Qual é o conceito do programa Jovens Agentes Ambientais e como será a ampliação do projeto?

Nosso desejo e compromisso é auxiliar na construção de uma nova geração, mais responsável, engajada e mais consciente ambientalmente. Por isso, investimos muita energia nos programas com foco na juventude. Nós, do Inhotim, acreditamos muito na força jovem, no poder de engajamento e de transformação a partir da organização e envolvimento da juventude nos assuntos socioambientais locais. A abrangência geográfica do JAA Brasil é o atendimento de jovens de cidades com até 3 mil km de distância do Instituto Inhotim. Especificamente duas turmas patrocinadas pela Pirelli contemplarão estudantes da cidade de São José do Rio Preto (SP). O plano de trabalho do programa permite que outras cidades sejam contempladas futuramente, incluindo outros municípios de Minas Gerais, além de Brumadinho, onde o JAA existe desde 2008. Como atrair e manter a atenção dos jovens?

No programa, durante três meses, desenvolvemos e reforçamos conceitos e práticas que incluem o engajamento e o protagonismo juvenil no contexto local. Assim, ao participar do programa, o jovem tem a oportunidade também de ampliar o olhar, a reflexão e o nível de criticidade sobre as demandas que o cerca para além das questões de conservação da biodiversidade. O programa alcança seus objetivos?

A maior conquista desses jovens que são formados em Inhotim é eles continuarem agentes transformadores, ativos no seu tempo, cidadãos participativos de sua sociedade com foco no aumento da qualidade de vida do espaço que habitam. Rossana Magri/divulgação

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especial meio ambiente | educação Thiago Fernandes/divulgação

Alfabetização ecológica A Vallourec Florestal, subsidiária da multinacional francesa do setor de aços tubulares, cultiva eucalipto e fornece carvão vegetal para os fornos da siderúrgica em Minas Gerais. Ao mesmo tempo, desenvolve projetos de educação ambiental em escolas públicas das regiões influenciadas pela indústria. A diferença para outros programas similares é que a Florestal busca ampliar o alcance pedagógico da ação focando os professores, que recebem capacitação para trabalharem o tema em sala de aula. Paralelamente, a empresa mantém a reserva ambiental da serra do Cabral, no maciço do Espinhaço, na região de Buenópolis, no Sul de Minas. Neste ano, estima-se que 10 mil estudantes e 400 educadores de 56 escolas de dez cidades mineiras serão atingidos pelo programa. Cerca de 2,4 mil exemplares de uma cartilha em seis volumes serão distribuídos para professores. Também um concurso visa estimular a se aplicar na escola um dos conceitos desenvolvidos pelo material, o de pegada ecológica – o quanto de recursos naturais determinado produto ou atividade consome em seu ciclo produtivo. “Vamos premiar, com TV e datashow, a instituição que melhor analisar sua pegada ecológica. Cada professor vai discutir com os alunos se a escola reduz o consumo de água ou tem coleta seletiva, além de questões sociais, como respeito à diversidade cultural e religiosa”, explica Regis Mendonça Pereira, coordenador de Meio Ambiente da Vallourec Florestal. Segundo ele, o programa já alcança um de seus principais objetivos, que é de envolver a sociedade na defesa do meio ambiente. “Muitas escolas começaram a trabalhar com coleta seletiva, outras nos solicitaram lixeiras, percebemos que começou um movimento nas comunidades”, diz.

meio ambiente pode melhorar”, afirma a estudante da 3ª série do ensino médio. Para Izabela, a formação em Inhotim foi um divisor de águas. “Antes, eu não tinha interesse algum em ecologia, mas o Jovens Agentes Ambientais é muito mais do que educação ambiental, é uma formação como pessoa, para a vida. Decidi que vou cursar ciências biológicas”, conta. Em 2013, a iniciativa ganhou o patrocínio da Pirelli, multinacional fabricante de pneus, e foi ampliada. Após um projeto piloto em Araras (RJ) e Cavalanti (GO), neste ano, o agora denominado Jovens Agentes Ambientais Brasil será levado também para São José do Rio Preto (SP). Diretor de assuntos corporativos da Pirelli na América do Sul, Mário Batista explica que a decisão de investir no Jovens Agentes Ambientais e no Inhotim em Cena – outro programa do centro, este voltado para a cultura – se deve à necessidade de “contribuir para o Brasil”. “Fomentar a cultura e o respeito ao meio ambiente são duas premissas da Pirelli nas comunidades em que está inserida. Com esses dois projetos, que trazem ao museu, respectivamente, artistas de grandeza nacional e formas criativas de conviver com a natureza, acreditamos que podemos plantar nossa semente no sentido de fazer a diferença”, afirma Batista. Em alguns casos, é preciso mudar antigos hábitos. No vale do Rio Doce, cafeicultores estão aprendendo a conciliar o manejo de uma cultura que tradicionalmente esgota a terra com a conservação de áreas remanescentes de mata atlântica – um dos biomas mais ameaçados do planeta e de João Carlos Martins

Vista da serra do Cabral, em Buenópolis, no Sul de MG: reserva florestal é tema de programa educativo

José Valci, com a mulher, Maria, e os filhos: ele cuida de um jardim no Barro Preto, fazendo sua parte para deixar BH mais bonita

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R E S P E I T O A O M E I O A M B I E N T E É U M D O S N O S S O S VA L O R E S . Á G U A L I M PA E T R ATA D A É O N O S S O C O M P R O M I S S O .

A CBMM tem um grande respeito pela natureza e principalmente pela água que utiliza. Localizada em Araxá, a companhia recircula hoje 95% da água usada em seus processos de produção. Investindo continuamente em tecnologia e controle de qualidade, a CBMM espera alcançar a marca de 98% nos próximos dois anos. Esse é um compromisso com o meio ambiente e com o futuro. CBMM. Aqui tem nióbio.

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especial meio ambiente | educação que Minas é líder em derrubada, segundo relatório recente da ONG SOS Mata Atlântica. O know-how vem do Manual de Adequação Ambiental em Fazendas de Café na Região de Mata Atlântica, guia de reflorestamento que resulta de pesquisa realizada em polos cafeeiros de Minas e de São Paulo pelo Instituto Terra, organização sem fins lucrativos criada há 15 anos pelo fotógrafo Sebastião Salgado. Financiada pela torrefadora italiana illycaffè e distribuída gratuitamente aos agricultores, a obra tem como desafio desenvolver modelos para uso e ocupação da terra que aliem conservação ambiental, produção agrícola e desenvolvimento econômico, como destaca Alessandro Bucci, diretor de compra da illycaffè. “O desafio pode ser superado com pequenos passos, como o cuidado com a reserva legal que cada propriedade deve respeitar, em condições adequadas para as plantas se desenvolverem”, diz. Para os cafeicultores, esse “saber fazer sustentável” pode resultar também em

economia. “Ao preservar as nascentes de rios e a biodiversidade da minha propriedade, por exemplo, eu combato melhor os inimigos naturais do cultivo do café e consigo evitar um prejuízo para a minha produtividade. Os produtores agrícolas precisam ter essa visão”, ensina o cafeicultor Virgolino Adriano Muniz. Infelizmente, muitos agricultores ainda não têm a mesma percepção que Virgolino, como afirma Neuza Falco Galvão, presidente da ONG Nordesta Reflorestamento e Educação, que atua na serra da Canastra para tornar a população mais preparada e consciente sobre o desenvolvimento sustentável da região caracterizada pelas muitas nascentes, como a do rio São Francisco. “O maior desafio está em conscientizar o produtor sobre a importância da conservação da natureza, visto que a grande maioria não compreende o processo de regeneração e recuperação ambiental, e não consegue visualizar os benefícios que traz para a qualidade de vida no campo.

Isso se deve, em grande parte, a questões culturais do sistema de produção rural, que está adaptado a fazer uso intensivo dos recursos naturais, muitas vezes de forma inadequada”, explica. A Nordesta é financiada pela rede hoteleira Accor, que patrocina o plantio de mudas de 82 espécies nativas nas áreas de proteção ambiental na serra da Canastra. Maior operadora hoteleira do mundo, a Accor desenvolve uma campanha simples, porém eficiente e de alcance mundial em defesa do meio ambiente, o Programa Plant for the Planet. Ela estimula os hóspedes de seus 3,6 mil hotéis em 92 países a reutilizarem as toalhas durante a estadia e assim pouparem água. Parte da economia com a lavanderia é destinada ao plantio de árvores. Já foram plantadas cerca de 340 mil mudas e recuperadas 55 nascentes na serra da Canastra. Em todo o mundo, o projeto já financiou o plantio de mais de 3,5 milhões de árvores desde 2009, o que representa mais de 2 mil novas árvores por dia. z

Plantação de café na área da mata atlântica, no vale do Rio Doce: illycaffè e Instituto Terra desenvolvem programas para ajudar a preservar o bioma

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DEZ PERGUNTAS PARA | Carlos Barreira Martinez

“Já vivemos um apagão” Especialista da UFMG diz que racionamento de energia é realidade e que o governo está protelando um desastre Rafael Campos

Com o risco iminente de racionamento de energia elétrica no Brasil, o professor da Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e doutor em planejamento de sistemas energéticos Carlos Barreira Martinez, coordenador do Centro de Pesquisas em Hidráulica e Recursos Hídricos (CPH), vê a situação hoje como pior do que na época do racionamento, em 2001. “O agravante é que o país é muito maior, o setor elétrico envelheceu, as máquinas são mais velhas e boa parte das empresas do setor elétrico se transformou em empresas de negócios”, diz. “A situação (de apagão) já existe e estamos simplesmente protelando um desastre.” Segundo ele, a conjuntura é reflexo de “desmandos cometidos há mais de uma década” e, mais uma vez, quem vai pagar caro é a sociedade. “O país não pode viver jogando”, diz. 1 | ENCONTRO - É fato que não choveu no verão, estamos iniciando o tradicional período de seca e os níveis dos reservatórios estão baixos. Corremos mesmo o risco de racionamento, como muito tem se falado, a exemplo do que aconteceu em 2001? CARLOS BARREIRA MARTINEZ - Sim,

corremos o risco de racionamento. O

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JC Martins

problema não é apenas a baixa fluência de vazão nas usinas hidrelétricas. Isso existe e faz parte do setor elétrico. Essa situação que vivemos atualmente é o somatório dos desmandos cometidos há mais de uma década. É o fruto de um trabalho que não foi feito, ou foi feito de maneira equivocada. Sabíamos que os reservatórios estavam baixos, que existia uma ação predatória sobre a reserva de energia hidráulica, mas apostamos que choveria, e não choveu. O jogador joga, ganha ou perde. E, quando ganha, esbanja. Foi o que fizemos no passado. O país não pode viver jogando. 2 | Onde erramos, de novo?

Erramos ao longo dos últimos 30 ou 40 anos. O modelo de gerenciamento das empresas de energia é difícil de ser mantido, pois a ingerência política dentro delas é muito forte, insana. A hora de pagar o preço chegou. E a sociedade é quem vai pagar caro. O retribuição virá em forma de racionamento e de aumento de preços, já que a energia é um insumo básico para que a economia seja alavancada. A produção industrial corre risco de sofrer um problema sério, o que trará impacto ao Produto Interno Bruto (PIB). O ano de 2015 será muito difícil, do ponto de vista de energia elétrica e de petróleo. Os preços terão de subir e, se não subirem, as empresas vão quebrar. 3 | O senhor disse recentemente que “já vivemos um apagão”. O que quis dizer exatamente?

A situação já existe e estamos simplesmente protelando um desastre. Suponhamos que o Brasil seja um avião com quase 300 pessoas que levantou voo na Malásia para ir à China. Até cair no oceano, provavelmente, a maior parte das pessoas não sabe o que está acontecendo. O país está indo para uma rota de

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DEZ PERGUNTAS PARA | Carlos Barreira Martinez colisão e a maior parte das pessoas não percebeu que a situação é complicada. A atual conjuntura é muito parecida com o que aconteceu no início dos anos 2000, com um agravante, o país é muito maior, o setor elétrico envelheceu, as máquinas são mais velhas e boa parte das empresas do setor elétrico se transformou em empresas de negócios. 4 | Planejamos mal, ou não houve planejamento?

Não houve planejamento. Se não mudarmos o modelo, vamos pular de crise em crise, sistematicamente. A interferência política tem de diminuir, os técnicos do setor elétrico precisam ter mais voz. O que se avizinha é o caos completo, desabastecimento de energia elétrica e de petróleo, consequentemente, um colapso no sistema de transporte. É um crime que se comete no Brasil, com a população, que sofre com aproximadamente 40 mil mortes a cada ano nas estradas. Não é apenas o setor elétrico que sofre com a falta de planejamento. Isso tudo é um sintoma, não é uma causa. A própria inflação é um sintoma do desgoverno. É duro para uma pessoa como eu, com certa idade, constatar que o Brasil ainda não consegue se livrar de uma herança colonial, quase que feudal. Continuamos com os problemas do passado. 5 | Na sua avaliação, existe algum risco de haver um apagão durante a Copa do Mundo?

O setor elétrico, apesar de todas as dificuldades das últimas décadas, de todo o desmonte, é altamente competente. O Operador Nacional do Sistema (ONS) é muito competente. Ele tem condições de setorizar o país e fazer com que os locais dos eventos não sofram com a falta de energia. Faltar energia elétrica durante uma partida, só se for um acidente, e acidente pode acontecer em qualquer lugar. O sistema será monitorado para que não ocorram problemas. Isso é feito no mundo inteiro. 6 | Até que ponto o aumento do consumo nos últimos anos pode ser responsável pela crise do setor elétrico?

A culpabilização da vítima é um dos maiores problemas que temos num país subdesenvolvido. Estamos tentando culpar quem não tem culpa. A população

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não tem nenhuma condição de regular tarifa, ela paga aquilo que lhe é cobrado. Os gerentes das empresas têm salários polpudos, existem técnicos, assessores e presidentes muito bem pagos para isso. A população não tem culpa nenhuma. Algumas pessoas, pontualmente, desperdiçam, mas isso existe no mundo inteiro. Esse problema de desabastecimento é de falta de planejamento. O país não está sendo planejado para o futuro, está sendo planejado para o momento. Não adianta falar que a população é culpada porque lava a calçada com água, deixa a lâmpada acesa ou usa ar-condicionado. Claro que a racionalização do consumo é bem-vinda, mas ninguém fala que o grande consumo de energia no transporte, por exemplo, se dá pelo trânsito caótico nas grandes cidades.

O que se avizinha é o caos completo, desabastecimento de energia elétrica e de petróleo, consequentemente, um colapso no sistema de transporte 7 | A energia no Brasil é cara?

Não. Os impostos que incidem é que são muito caros, e as taxas são absurdamente altas. 8 | Qual é a situação das nossas usinas hidrelétricas?

Não ampliamos o setor elétrico como deveríamos. O modelo de leilão é furado. Quando se faz a licitação de uma usina hidrelétrica, a princípio, ela já deveria ter todos os estudos ambientais feitos. O empreendedor já deveria saber quais são os custos da mitigação dos impactos ambientais. O Estado está muito mais preocupado em arranjar empregos com salários muito bem pagos para que pessoas fiquem dentro de escritórios com ar-condicionado, em vez de colocá-las no campo para levantar todas essas condições. Se isso fosse feito, o empreendedor saberia quanto custaria o impacto

ambiental, quanto tempo teria de retorno, qual seria o impacto, um mapeamento completo de tudo. Hoje acontece o inverso. Ele ganha a licitação e começa a construir, só que trava. É o caso de Belo Monte, Jirau e Santo Antônio. O empreendedor acaba sendo o bandido da história, mas na verdade o Estado é que não fez o que deveria ter sido feito. 9 | Está no portal do governo federal: “Potencial hidrelétrico brasileiro está entre os cinco maiores do mundo”. Estamos trabalhando no limite ou muito abaixo do esperado?

O Brasil sempre acha que é o maior do mundo. Só não é maior do mundo no autoconhecimento. É uma falácia. Ele é muito grande, mas impossível de se explorar ou muito caro de se explorar diante do modelo que existe. Temos o pré-sal, mas veja a profundidade em que ele está. E tem outra coisa, se no mercado internacional o petróleo cair de preço, a Petrobras quebra. Nós só temos uma chance de o pré-sal dar certo: é o petróleo ser caro no mundo inteiro. 10 | O que o senhor tem a dizer sobre as energias alternativas, que alguns ambientalistas alardeiam como a “salvação da pátria”. Até que ponto elas são, de fato, viáveis?

O nome “energia alternativa” diz tudo, ela é alternativa. A eólica é uma opção que existe, mas no Brasil sofre com a sazonalidade de ventos. Ao contrário do que muitos imaginam, não é isenta de impacto ambiental. Ela tem impacto visual, sonoro e causa problemas com rotas migratórias de aves. Já a energia solar tem duas vertentes, uma térmica, que é a partir do aquecimento solar de água, muito usada, e a conversão fotovoltaica, mas é inviável do ponto de vista econômico. A energia fotovoltaica é importante e interessante para sistemas de telecomunicações, de emergência, mas para sistema de potência não é viável. Temos a energia de biomassa, bagaço de cana, que é possível de ser explorada, mas não é usada devido a uma questão de legislação. A nossa legislação ainda restringe a geração descentralizada de energia. Seria algo interessante, mas ainda é algo à margem do processo. Na verdade, temos é que utilizar todas as energias disponíveis. z

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25 DE MAIO. UM DIA PARA COMEMORARMOS A FORÇA DA INDÚSTRIA.

O Sistema FIEMG comemora esta data ao lado dos empresários, dos trabalhadores e de todos que compartilham do objetivo constante de fazer da nossa indústria um exemplo de desenvolvimento, inovação e competitividade. A indústria é a razão da nossa existência. Torná-la cada vez mais forte é o nosso compromisso.

www.fiemg.com.br

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VIDA DIGITAL | alysson lisboa alisboa@editoraencontro.com.br

A Google vai dominar o mundo? Ou já dominou? Comprar empresas de tecnologia virou quase uma obsessão para a Google. A última compra dá a ver para onde caminha a maior empresa de tecnologia do planeta. O software Word Lens, que roda também no Google Glass, foi criado pela startup Quest Visual, comprada pela Google, no início do mês passado, por valores não revelados. O impressionante aplicativo permite a tradução simultânea de palavras, em diversos idiomas, apenas apontando a lente da câmera para os textos. Como mágica, palavras em russo, italiano, alemão, francês, inglês, português e espanhol são convertidas em tempo real. O

aplicativo pode ajudar muito o turista na tradução de placas e avisos. Imagina na Copa! Encontro realizou um teste com o software e está claro que há muito para ser melhorado, mas nada que um bom time de engenheiros da empresa não possa resolver em pouco tempo. A Google, líder no setor de tecnologia, foi avaliada, no mês passado, em R$ 350 bilhões, segundo dados da Millward Brown Optimon. O que mais ela quer?

Cláudio Cunha

Ainda na versão beta, o aplicativo traduz as palavras como em um passe de mágica. Um ótimo aliado em viagens internacionais

Startups voando alto

Dudu Macedo/Divulgação

O Demoday, evento realizado pelo Seed – Programa mineiro de Desenvolvimento do Ecossistema de Empreendedorismo e Startups, reuniu investidores e startups aceleradas por meio do programa. Entre as atividades do dia, duas novidades foram anunciadas. A primeira delas é que os empreendedores estrangeiros que queiram continuar desenvolvendo seus projetos legalmente em Minas terão visto permanência no Brasil. Outra ação anunciada foi a parceria do BDMG que aprovou o fundo de investimentos Brasil Aceleradora de Startups em parceria com a Microsoft. Assim, as empresas sediadas no estado podem receber novos aportes financeiros para continuarem os projetos de crescimento. As medidas foram anunciadas pelo diretor do Escritório de Prioridades Estratégicas do Governo de Minas, André Barrence.

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APPS Divulgação

Briga no streaming O Netflix, aplicativo para assistir a filmes on-line, que ganha cada dia mais adeptos, está enfrentado uma ameaça “pirata”. O Pop Corn Time, cópia quase fiel do Netflix, briga com dois diferenciais muito sedutores. O primeiro é a vasta gama de filmes e séries recentes, uma antiga demanda dos clientes Netflix. Além disso, o aplicativo é gratuito. Isso mesmo. Você pode assistir a filmes sem gastar um tostão. O Netflix cobra de seus assinantes R$ 17,90 por mês. Mas fique atento, o aplicativo pode instalar malwares em seu computador ou infestar seu smartphone com vírus e outras pragas virtuais. Fica a dica!

Fifa 2014

LG/d iv

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LG quer impressionar Qual o melhor smartphone? Essa pergunta está cada vez mais difícil de ser respondida. As gigantes Samsung, Apple, Motorola e LG não param de lançar novidades. Quem sai ganhando com isso é o consumidor. No dia 27 do mês passado, a LG lançou o G3. Entre as inovações está o foco a laser da câmera e a resolução de tela de 5,5 polegadas de 2560x1440, chamada de QHD. Cada pixel é 44% menor que uma tela Full HD. O aparelho terá opções de cores, além do preto e branco. A janela redonda proporcionada pelo smart cover evita que você abra o aparelho para algumas ações simples, como tirar uma foto ou conferir suas mensagens.

Velho mundo novo Sucatas de tecnologias antigas e um amontoado de ideias em 40 obras de 30 artistas do Brasil e do exterior. A exposição Gambiólogos 2.0 – A Gambiarra nos Tempos do Digital questiona o uso da tecnologia e incentiva o reaproveitamento de sucatas de produtos. Para o curador Fred Paulino, o coletivo busca uma relação com tecnologias antigas e analógicas. Entre os participantes, destaque para nomes famosos, como Cao Guimarães, Farnese de Andrade e Bispo do Rosário. A obra Ujino, do Japão, explora o universo criativo com aparelhos

Trinity-Ujino/ Divulgação

de uso doméstico e seus sons. Em outra galeria, está sendo realizada a instalação work-in-progress, que mostra parte do acervo acumulado desde 2008 pelos artistas Fred Paulino, Ganso e Lucas Mafra. A exposição fica em cartaz no Oi Futuro (av. nida Afonso Pena, 4.001, Mangabeiras ), de 10 de junho a 17 de agosto. De terça-feira a sábado, das 11h às 21h. Aos domingos, das 11h às 19h. Entrada franca.

O Fifa 14 da Electronic Arts ganha versão mobile com atualizações para acompanhar a Copa do Mundo. Serão seis novas disputas semanais apresentando jogadores, seleções e uniformes autênticos. Grátis App Store, Google Play e Windows Phone

Copa do Mundo de 2014 O aplicativo é bem completo e mostra, além dos jogos da Copa, os outros amistosos internacionais. É possível conferir a tabela e o ranking das seleções. Grátis App Store e Google Play

OneFootball Brasil O aplicativo permite acompanhar notícias do torneio por meio de RSS, além do horário, resultados e estatísticas. É possível também colocar alarme para informar sobre jogos específicos. Grátis App Store, Google Play e Windows Phone JUNHO de 2014 Encontro | 97

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www.ce mig.co m .br

Nos últimos 10 anos, a Cemig, uma empresa do Governo de Minas, vem diversificando sua área de atuação. Pensando no futuro, investiu em energias renováveis, como a solar e a eólica, em programas de eficiência energética, na distribuição de gás natural, nas telecomunicações e em soluções em TI. Hoje, a Cemig é o maior grupo integrado de energia do Brasil. Um grupo de alcance global, com acionistas em mais de 40 países e há 14 anos no Índice Dow Jones de Sustentabilidade. Presente em 23 estados brasileiros, no Chile e no dia a dia de 30 milhões de consumidores. E o mais importante, presente na vida e no orgulho de quem mais precisa: com a isenção do imposto estadual, a Cemig e o Governo de Minas garantem tarifa reduzida para metade das famílias mineiras – número recorde no Brasil. Porque, para a Cemig, crescer não é só ficar maior. Crescer é aproximar.

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COLUNA DE DIREÇÃO | FÁBIO DOYLE fdoyle@editoraencontro.com.br

Mudança para Londres I

Fotos: Divulgação

A Fiat Chrysler está de mudança. Vai transferir sua sede para fins de impostos para o Reino Unido, onde terá escritório com cerca de 50 pessoas. O CEO da Fiat Chrysler, Sergio Marchionne, o chairman do Grupo Fiat, John Elkann, e o CFO (chefe financeiro), Richard Palmer, terão escritórios em Londres. Para amainar os ânimos e temores, a fabricante informa que a abertura da sede britânica não reduzirá o pessoal nem fechará o escritório central da Fiat, em Turim (Itália), e a base principal da Chrysler em Auburn Hills, Michigan (EUA). A inauguração será antes do fim do ano. Ao transferir sua sede fiscal para o Reino Unido, o novo grupo passa a pagar 20% de impostos corporativos em 2015, em vez de 31,4%, na Itália, e 35%, nos Estados Unidos.

Mudança para Londres II A nova localização da matriz é tema de debates acalorados nos dois lados do Atlântico. A Fiat foi criada e tem sua sede em Turim há 115 anos e é o maior empregador não governamental da Itália. A Chrysler, por outro lado, foi salva da falência com dólares dos contribuintes em 2009. A atitude da Fiat Chrysler levou o senador democrata Carl Levin, de Michigan, a apresentar projeto de lei que torna mais difícil a mudança da sede fiscal de empresas dos Estados Unidos após passarem por processos de fusão. Pelo menos 14 empresas norte-americanas fizeram ou têm planos de fazer isso, divulgou a Bloomberg.

A vez das bikes O mundo está mudando, o carro cai de seu pedestal e a indústria automobilística precisa se adaptar aos novos tempos, que indicam novas soluções e padrões para a mobilidade urbana. O veículo de transporte individual da vez volta a ser a bicicleta. Não é por outro motivo que as montadoras com visão de longo prazo investem nessa área e lançam bikes com suas marcas e alto nível de sofisticação. Uma delas é a Daimler, que acaba de lançar a bicicletas Smart (mesmo nome do seu carrinho subcompacto) com soluções tecnológicas dignas de um Mercedes-Benz.

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Mustang chega via terceiros Já que a Ford Brasil não vai importar o novo Mustang e o mercado sinaliza que há espaço para ele, o importador independente Direct Imports, de São Paulo, não perdeu tempo e divulga que “é a primeira importadora de carros brasileira credenciada (por um revendedor Ford de Miami) para realizar o pedido direto nas concessionárias dos EUA”. Com sede também em Miami, a agência acredita que a maior procura recaia sobre a versão GT V8, com motor 5,0 litros e 420 cv, com preços no Brasil a partir de R$ 210 mil. O Mustang 2015 foi apresentado no final do ano passado. O carro traz ar nostálgico, porque faz referência ao primeiro modelo, lançado há 50 anos, e tem linhas modernas com o novo DNA da marca, já presente em modelos como o sedã Fusion e o compacto Fiesta. O Mustang é comercializado com três opções de motorização: 3,7 V6, com 300 cv; 2,3 EcoBoost de 305 cv; e 5,0 litros V8, com a potência superior a 420 cv. As três opções podem ser combinadas com transmissão automática ou manual.

Novo Jimny Talvez o menor SUV compacto do mercado, o Suzuki Jimny ganha agora uma nova versão, a 4Sport 2015. O jipinho é fabricado (ou montado) no Brasil (em Itumbiara, GO) desde novembro de 2012. A nova versão, agora com airbag duplo e ABS – itens obrigatórios desde janeiro –, passou por plástica sutil, recebendo novos para-choques e estribos laterais. Leve, o SUV compacto da Suzuki pesa 1.060 kg, tem motor em alumínio movido a gasolina, 1.3L (DOHC), 16 válvulas, 85 cv e relação peso/potência de

12,47 kg/cv. Off-road de verdade, o carro tem 15 combinações de marcha entre as três opções de uso de tração: 2WD, com tração nas rodas traseiras; 4WD, com tração nas quatro rodas; e 4WD-L (reduzida), que dobra o torque nas quatro rodas e permite enfrentar os obstáculos mais desafiadores no fora de estrada. O menor e mais leve entre os SUVs, o Jimny está longe de ser o mais barato. Seu preço, dependendo da versão de acabamento, varia entre R$ 59 mil e R$ 63 mil.

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Veículos | Mercado Fotos: Divulgação

O hatchback compacto New March da Nissan inaugurou a fábrica da empresa no Brasil: meta é ser a líder entre as japonesas no país

Hatch crucial A Nissan inaugurou fábrica no Rio de Janeiro com a produção do compacto New March, apostando no bom desempenho do segmento dos hatchbacks no país Fábio Doyle

Para estar entre os primeiros do ranking dos que mais vendem automóveis no Brasil, é preciso investir no segmento dos compactos. Por ter tradição e produtos como Uno e Palio nessa faixa de mercado, a Fiat é a atual líder em vendas.

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Foi graças ao Gol, o mais vendido, que a Volkswagen foi por muitos anos a primeira no ranking. E não é por outra razão que, para inaugurar seu novo e impressionante complexo industrial em Resende, no Rio de Janeiro, com capacidade para 200 mil unidades por ano, a japonesa Nissan dá o chute inicial na linha de produção com o compacto hatch March. O próximo será o Versa, um sedã médio que chega como produto nacional no segundo semestre. O plano é atingir 5% de participação no mercado brasileiro em 2016 e ser a líder entre as marcas japonesas aqui presentes com produção local, anunciou François Dossa, presidente da Nissan do Brasil. Se antes, ao se falar de carros compactos, o que vinha à mente eram veículos pequenos, simples e baratos, hoje a oferta e procura por esse tipo de automóvel estão mais complexas e atingem não apenas

os consumidores que, com limitações orçamentárias, compram seu primeiro carro, mas também aqueles com maior poder aquisitivo, que buscam meios de locomoção ágeis, práticos para o dia a dia no trânsito urbano das grandes cidades, mas não abrem mão de sofisticações nos campos do conforto, da segurança e do design. Ao apresentar a estratégia para o March fabricado no Rio de Janeiro, Tiago Castro, gerente de marketing e produto da Nissan do Brasil, lembrou que no Brasil os hatches compactos representam 45% das vendas de automóveis no país. Nessa fatia da pizza, estão nada menos que 25 modelos em busca de compradores e que podem ser subdivididos em três categorias. A primeira é a de entrada, com carros mais baratos e menos equipados, cujo principal comprador são os frotistas – locadoras e empresas que necessitam de carros

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O up!, da Volkswagen, com motor de três cilindros e várias opções de conforto e segurança, é uma amostra da evolução dos hatchbacks compactos

No alto da pirâmide do segmento de compactos: o Fiat 500 comprova que há espaço para carros pequenos com estilo e sofisticação

pequenos e baratos para suas atividades –, seguido pelos que compram seu primeiro automóvel. Segundo Castro, essa categoria representa 23% das vendas dos hatches pequenos. Desse universo, segundo análise da Nissan, fazem parte sete modelos: os Fiat Mille e Palio Fire, os Volkswagen up! e Gol G4, o Chevrolet Celta, o Ford Ka e o Renault Clio. A segunda é a categoria que Castro chama de mainstream. Representa 70% das vendas do segmento dos hatches pequenos e é composta por dez modelos que são mais bem supridos em equipamentos, motorização e itens de conforto em relação aos de entrada. São eles os Fiat Novo Uno e Novo Palio, os Volkswagen Fox e New Gol, os Chevrolet Onix e Agile, o Fiesta Rocam, o Renault Sandero, o Toyota Etios e o Hyundai HB20, além do Nissan New March, que agora chega ao mercado como produto nacional. Por último, com 7% de participação no segmento dos hatches compactos, estão os mais sofisticados e caros da categoria que Castro chama de “outros”. Dela fazem parte sete modelos: os Fiat Punto e Cinquecento (ou 500), o Volkswagen Polo, o Chevrolet Sonic, o Ford New Fiesta, o Citroën C3 e o Peugeot 208. A importância do segmento de compactos no mercado automobilístico é indiscutível. Os dados de emplacamentos da Fenabrave, a associação dos revendedores do setor, mostram, porém, que nos últimos dez anos, enquanto o crescimento nas vendas de carros de passeios e comerciais leves foi de 171,54%, o de hatches compactos foi de 83,56%. Ou seja, o crescimento do mercado como um todo foi bem maior. Em 2003, a participação dos hatches compactos, com 12 modelos em oferta, representava 62% do mercado, enquanto em 2013, com 25 modelos, essa participação foi de 42,3%. Logo, segundo os números divulgados pela Fenabrave, a importância dos hatches compactos perdeu força nos últimos dez anos. Os hatches compactos ainda lideram a indústria automobilística no Brasil, mas já não são o segmento que mais cresce. Os sedãs médios, segmento a que pertence o Versa, próximo do Nissan a ser aqui fabricado, assumiram esse papel. z JUNHO de 2014 Encontro | 103

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ENCONTRO INDICA | joão pombo barile Giulio Archinà/divulgação

ARTES PLÁSTICAS | EXPOSIÇÃO I Nos 200 anos da morte de Aleijadinho, Belo Horizonte recebe exposição que vai entrar para a história das artes plásticas da cidade: Barroco Itália Brasil – Prata e Ouro na Casa Fiat de Cultura. Realizada pela Casa Fiat de Cultura, tem curadoria italiana de Giorgio Leone e Rossella Vodret e brasileira de Angelo Oswaldo. A mostra marca a inauguração, em 9 de junho, da nova sede da Casa, no Circuito Cultural Praça da Liberdade, no prédio onde funcionou o Palácio dos Despachos. A exposição mostra 40 esculturas, sendo 20 em prata, de museus e coleções da Itália (como este San Giovanni Battista, obra de Nicola Avitabile, em prata e cobre, com plataforma de madeira, de 1717-1719), e mais 20 obras policromadas de artistas do barroco mineiro e brasileiro. No grande encontro da arte dos dois países, serão exibidos trabalhos dos ourives italianos Domenico Antonio Ferro, Domenico Capozzi, Filippo Del Giudice, Tommaso Treglia e Michele Pane e dos brasileiros Aleijadinho, Mestre Valentim e Mestre de Piranga. “A mostra sintetiza uma de nossas intenções permanentes, que é fazer com que sejamos um portal de ligação entre as culturas brasileira e mundial. O nosso barroco não é um fenômeno isolado. Ele se insere em um conceito artístico e histórico mais amplo, com manifestações diferenciadas, que se integram em uma matriz comum”, destaca o presidente da Casa Fiat de Cultura, José Eduardo de Lima Pereira. A entrada da exposição, que fica em cartaz até 7 de setembro, é franca. De terça a sexta, das 10h às 21h, e aos sábados, domingos e feriados, das 14h às 21h. Por que ir: Dificilmente, teremos outra oportunidade de ver tantas joias barrocas num mesmo lugar. Imperdível.

museu | futebol

Frederico Haikal/divulgação

A Copa do Mundo é o tema da programação especial de férias do Museu dos Brinquedos (av. Afonso Pena, 2.564, Funcionários), com espaços temáticos para crianças e adultos, entre 13 de junho e 11 de julho. Jogos, brincadeiras, oficinas, partidas de futebol estão no roteiro de atividades. Há também apresentação de teatro de bonecos com o grupo Aldeia, com intervenções sobre a cultura dos países participantes do mundial de futebol. Entrada a R$ 10. Por que ir: O museu tem exposição permanente e é ótimo programa para crianças de todas as idades, inclusive as bem pequenas.

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Gustavo Baxter/Alicate/divulgação

literatura | livros Para quem gosta de futebol, a primeira dica é Deuses da Bola: 100 Anos da Seleção Brasileira, dos jornalistas João Carlos Assumpção e Eugenio Goussinsky. Publicado pela editora Editora Dsop, o livro (400 páginas, R$ 49,90) reúne histórias apaixonantes da seleção canarinho. E se você é do tipo que não vai ficar o mês todo colado na TV, então mergulhe de cabeça no novo livro de crônicas de Humberto Werneck, Sonhos Rebobinados. Publicado pela Arquipélago, o volume (232 páginas, R$ 35), reúne as melhores crônicas escritas pelo escritor mineiro nos últimos anos. Por que ler: Os dois livros, cada um no seu quadrado, prendem o leitor do início ao fim.

cinema | adaptação

Lilo Clareta/divulgação

Mais uma obra do escritor mineiro Fernando Sabino chega às telonas neste mês: O Menino no Espelho. Dirigido por Guilherme Fiúza Zenha, o longa traz no elenco Mateus Solano, Regiane Alves, Gisele Fróes, Ricardo Blat e Lino Facioli no papel principal. Lino, que é brasileiro e mora em Londres, ficou conhecido por sua atuação na série Game of Thrones, da HBO. O Menino no Espelho, que foi gravado em Cataguases (MG) e recria a Belo Horizonte dos anos 1930 de maneira impressionante, promete emocionar o espectador do início ao fim. Por que ver: A história do menino sonhador Fernando, que já encantou várias gerações, é contada por Fiúza de maneira delicada e poética. Ótimo programa para as crianças dos 8 aos 80 anos.

Maurício Aires/divulgação

música | show O inigualável Jorge Ben Jor faz única apresentação no Clube Chalezinho (av. Mário Werneck, 530, Buritis). No show, que acontece dia 11 de junho, às 17h, na véspera da abertura da Copa do Mundo, na programação especial do Albano’s para o mundial de futebol, o músico toca clássicos que abordam a paixão pelo esporte, como Fio Maravilha, País Tropical e Umbabarauma. Os ingressos do primeiro lote podem ser adquiridos no Albano’s do Sion (rua Pium-i) e do Lourdes (rua Rio de Janeiro), ou no Clube Chalezinho. Os valores são R$ 90 (feminino) e R$ 120 (masculino). Por que ir: Um dos maiores artistas do mundo em atividade, um show de Jorge Ben Jor não tem descrição. Só indo.

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cultura | arte Reprodução João Carlos Martins

O artista com as alunas Amarilis Coelho, Maria Helena Andrés e Edith Bhering: foto do acervo de Maria Helena

Guignard Os herdeiros do mestre Mais de meio século depois da morte do pintor fluminense, que a partir dos anos 1940 escolheu Minas para viver, sua influência ainda pode ser sentida na obra de alguns de seus ex-alunos João Pombo Barile

A exposição de Wilma Martins no Centro Cultural Minas Tênis Clube é um dos mais importantes acontecimentos do calendário das artes plásticas de Belo Horizonte em 2014. A mostra, que vai até 22 de junho e comemora os 60 anos de carreira da artista mineira, reúne cerca de 140 obras e não deixa dúvida sobre a genialidade dessa belo-horizontina. A exposição explicita ainda outro importante aspecto da cultura de nossa cidade: a força que as

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Ex-alunos do pintor Roberto Rocha

A carreira de Eduardo de Paula, que começou a estudar na Escola de Belas Artes em 1958, decolou em 1961, quando foi premiado no Festival Universitário de Arte de BH. Pintor, desenhista, artista gráfico e diagramador, ele trabalhou em diversas publicações, como o Suplemento Literário do Minas Gerais. Um dos fundadores do Festival de Inverno, também ajudou na criação da Escola de Belas Artes da UFMG. “O convívio com Guignard arejou a cabeça da minha geração” Samuel Gê

Mineiro de Coqueiral, Jarbas Juarez frequentou a escola dirigida por Guignard entre 1956 e 1959. Anos depois, formou-se em jornalismo pela UFMG, onde se especializou também em artes plásticas. Trabalhou como editor gráfico da revista Alterosa e ilustrador do Suplemento Literário do Minas Gerais. Por mais de 25 anos, lecionou na Escola de Belas Artes da UFMG. “Guignard me ensinou que a beleza do desenho está na espontaneidade. E que só se consegue isso com muito, mas muito trabalho”

Maria Helena Andrés conheceu Guignard em 1944, quando começou a frequentar seus cursos durante o governo do prefeito JK. Com o tempo, acabou se tornando braço direito do mestre. Em 1961, estudou na Arts Students League de Nova York, onde foi aluna de Theodorus Stamos. É autora dos livros Vivência e Arte e Os Caminhos da Arte. “Sempre que penso em Guignard eu me lembro dele, feliz, querendo trabalhar e produzir. Acho que todos os seus alunos herdaram um pouco disso”

João Carlos Martins

Ignácio Costa/divulgação

Wilma Martins estudou, de 1953 a 1957, desenho e pintura com Guignard e Franz Weissmann. Além de pintura, desenho, gravura e ilustração com outros professores. Sua obra é considerada, por alguns críticos, uma das mais relevantes dos últimos 50 anos no Brasil. “Lembro-me sempre, com muito carinho, daqueles anos que estudei com Guignard. Eles foram mesmo fundamentais para eu ter decidido me tornar uma artista”

Roberto Rocha

Foi nos anos 1950 que Yara Tupynambá iniciou seus estudos de arte com o mestre. Mais tarde, cursou a Faculdade de Artes Visuais da UFMG, onde também foi professora. Na década de 1970, teve intensa produção de murais para residências, lojas e órgãos públicos, como o Minas – Do Século XVII ao Século XX, feito para a Assembleia Legislativa. “Com Guignard, começamos a prestar mais atenção nas coisas de Minas”

artes plásticas sempre tiveram entre nós. Somos uma usina de grandes artistas: além de Wilma, nomes como Amilcar de Castro, Farnese de Andrade e Lygia Clark se fizeram por aqui. Na formação desses quatro artistas, um nome em comum: Guignard. Todos, em algum período de suas vidas, foram alunos do mais mineiro dos fluminenses, que a partir dos anos 1940 escolheu Minas para viver. Dessa maneira, uma pergunta se torna inevitável: passados mais de 50 anos de sua morte, por onde andam os outros alunos do mestre? Ainda é possível sentir a influência de Guignard em outros artistas? “Ele foi mesmo importante para mim no início de minha carreira. Nenhum de nós ficou imune à sua influência”, diz Wilma Martins, que desde 1966 mora no Rio e foi aluna do pintor entre 1953 e 1957. Casada com o crítico Frederico de Moraes, Wilma se lembra com carinho dos primeiros anos de sua formação em Belo Horizonte. “Nossa tarefa, na época, era viajar para as cidades históricas, sobretudo Sabará e Ouro Preto, e lá desenharmos muito, sem parar”, conta. Eduardo de Paula é outro artista que se recorda com saudade do professor Guignard. Ele conta que já trabalhava como desenhista, na revista Alterosa, quando Wilma Martins o levou até a escola do Parque Municipal. “O curso que ele dava funcionava nas ‘ruínas’ do que seria mais tarde o Palácio das Artes. Lembro-me bem da primeira vez que o vi: estava vestido num terno de linho branco e, assim que cheguei, ele, que nem me conhecia, gentilmente puxou um banquinho para que pudéssemos conversar. Ele era mesmo muito gentil. Um poeta em todos os sentidos”, conta o artista, que nos anos 1960 seria o responsável por grandes capas dos números especiais do Suplemento Literário, comandado pelo saudoso contista Murilo Rubião. Talvez, quem tenha as recordações mais antigas do mestre da pintura em Belo Horizonte seja mesmo a artista plástica Maria Helena Andrés. Ela conta que conheceu o pintor ainda em 1944, quando ele acabara de chejunho de 2014 Encontro | 107

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cultura | arte

O mais mineiro dos fluminenses Alberto da Veiga Guignard, ou simplesmente Guignard, nasceu em Nova Friburgo, no estado do Rio, em 25 de fevereiro de 1896. Com apenas 11 anos mudou-se com a família para a Europa. Lá tornou-se aluno da Real Academia de Belas Artes de Munique, na Alemanha. No velho continente, passou um período em Florença e em Paris, até voltar ao Brasil, em 1929. Instalado no Rio de Janeiro, entrou em contato com o artista plástico Ismael Nery e montou ateliê no Jardim Botânico. Em 1931, participou do Salão Revolucionário e foi considerado por Mário de Andrade uma das revelações da mostra. Em 1944, a convite do prefeito Juscelino Kubitschek, mudou-se para Belo Horizonte e começou a dirigir o curso livre de desenho e pintura da Escola de Belas Artes. Permaneceu à frente da escola até sua morte, em 1962, quando, em sua homenagem, ela passou a chamar-se Escola Guignard.

Acervo jornal Estado de Minas

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gar por aqui. “Ele foi morar em uma casa que ficava na rua Piauí (no Funcionários). Eu me inscrevi para o curso dele logo que fiquei sabendo das suas aulas, que, a princípio, eram na Escola de Arquitetura da rua Paraíba”, diz Maria Helena. Mas o que a artista plástica mais aprendeu com Guignard foi seu entusiasmo pelas coisas de Minas: “Nunca vou me esquecer do dia em que fomos até a igrejinha da Pampulha, para acompanhar a pintura do Portinari”, recorda. Também para a pintora Yara Tupynambá a maior lição de Guignard foi tê-la ensinado a ver e valorizar as coisas de Minas Gerais. “Foi com ele que começamos a dar valor à nossa cultura”, diz Yara. A artista, nascida em Montes Claros e que foi sua aluna em 1955, emociona-se ao falar do antigo professor. “Ele era de uma generosidade enorme. Todo mês, depois que recebia o pagamento da prefeitura, ia até a papelaria para comprar papéis e lápis novos e os dava de presente aos alunos”, conta Yara, autora de murais importantes da cidade, como o da Inconfidência Mineira, na Reitoria da UFMG, inaugurado em 1969. Outro ex-aluno de Guignard, Jarbas Juarez, quando perguntado sobre o antigo professor, lembra-se do folclore em torno dele: “Muita gente, hoje, diz que estudou com o mestre. É até engraçado pensar como ele pôde ter tanto aluno!”, brinca. “Guignard foi mesmo uma influência fundamental para todos nós. O que eu mais levo dele? É difícil dizer: talvez o traço forte. O trabalho braçal de se fazer um desenho dezenas de vezes até conseguir encontrar o traço espontâneo.” z

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Guignard com um autorretrato, em 1961: mais de 50 anos depois de sua morte, ele é referência nas artes plásticas nacionais

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*Deputados com imóvel na RMBH.

Nos últimos três anos, a Assembleia criou novas medidas de austeridade e transparência, reduziu custos e melhorou a qualidade de vida dos cidadãos de todas as idades. Também investiu em mecanismos de aproximação com a população, para maior participação de todos, e trabalhou para diminuir as diferenças sociais no Estado. Isso porque a Assembleia de Minas é sua. É o poder e a voz do cidadão.

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assembleiademinas

ALMG

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cultura | artes plásticas Fotos: Alexandre Rezende

Retratos inquietos Artista pinta retratos com técnica de veladura e cores neutras: emoção e beleza na mesma tela

Mateus X. Henriques em seu ateliê: telas com efeitos de luz e técnica de veladura

Marina Dias

O morro do Parque Ecológico do Areião, em João Monlevade, foi a primeira paisagem que inspirou Mateus X. Henriques. Aos 10 anos, sua mãe lhe deu cavalete, tela e tintas, para que não mais colorisse as paredes da casa, primeiro suporte de sua arte. De lá para cá, não parou mais. Apaixonado pelo desenho e pela tinta, formou-se em pintura pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Com nova bagagem e inspirações, passou a produzir obras mais abstratas, minimalistas. A ideia era fazer arte sem cores fortes, de forma mais neutra, contida, mas com estilo contemporâneo. “Não queria ser datado, como aquelas obras em que se bate o olho e já se sabe de qual década é”, afirma. Sua primeira mostra de telas a óleo, Sobre Pedras e Tijolos, de 2006, rendeu elogios do crítico Walter Sebastião, do jornal Estado de Minas, em um texto cujo título era Emoção sob Controle. Para Mateus, essa é a melhor maneira de definir aquela época de seu trabalho: contenção nas emoções, expressão de forma comedida, sem exageros. As telas, com bordas brancas, camuflavam-se com a parede atrás, criando a atmosfera de arte total que procura sempre: a imersão completa do espectador na obra.

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Quadro O Pescador, um dos vários retratos pintados pelo artista: tema recorrente na fase atual

Nas exposições seguintes, o suporte evoluiu. Ao desenvolver a série Pedras e Varais, continuação da primeira mostra, passou a pendurar as telas em fios, como se fossem roupas secando no varal. A relação com o espaço em volta e o estilo minimalista persistiram. Pendurando seus quadros dessa forma, expôs, individualmente, na galeria do Banco Central, em BH, em 2008. Em 2009, Mateus teve a famosa crise da tela em branco. Passou o ano inteiro sem produzir, uma vez que não conseguia manter o padrão que tinha criado para si mesmo. Apesar de ter vindo do minimalismo, tinha vontade de colocar emoções mais fortes em sua obra. “Não sabia como sair das regras que eu mesmo tinha criado”, conta. A forma de se reinventar na arte foi desenvolver temas. A série seguinte foi Panorama, com telas redondas em que pintou o céu em 360 graus – exposta na Fundação Casa de Cultura de João Monlevade. A contenção das cores ainda se manteve – segundo Mateus, o mundo ao redor é predominantemente cinza, e sua arte faz isso transparecer –, mas pinceladas mais fortes demons-

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tram finalmente a expressão que, por tanto tempo, ele conteve. Mais livre de regras, decidiu voltar ao figurativismo, resgatando o sentido original da arte que começou aos 10 anos. Assim, passou a pintar retratos, tema mais recorrente hoje em seu trabalho. Como estudioso que é, fez um curso com o artista Domenic Cretara, professor na Universidade de Chicago, e começou a pesquisar a veladura, técnica para gerar efeitos e trabalhar a luz na tela. Hoje, aos 31 anos, faz retratos variados, além de um autorretrato por ano. Neles, procura o que é desconcertante, o que incomoda. Procura a beleza na estranheza. “A principal força no meu trabalho é a inquietude”, afirma ele, que tem como inspirações o holandês Rembrandt e o brasileiro Cildo Meireles. Projetos futuros do artista incluem a exposição de telas com tema da boemia, em uma boate que será inaugurada este ano em BH, e uma mostra relacionada à realidade virtual, ainda sem data. Além de voltar para a faculdade para estudar esculturas. Agora, sem regras, o céu é o limite. z

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NAS TELAS | JOSé joão ribeiro jribeiro@editoraencontro.com.br

A mamãe no cinema francês O tradicional cinema francês, sempre se reciclando, ainda reserva agradáveis surpresas. Neste ano, já tivemos o prazer de contemplar a apoteose da musa Catherine Deneuve, no delicioso Ela Vai, todo proposto para o máximo brilho de sua protagonista. E para nós, brasileiros, um novo nome surge entre os notáveis: o do versátil ator Guillaume Gallienne, que dominou as bilheterias francesas com a comédia autobiográfica Eu, Mamãe e os Meninos (Les Garçons et Guillaume, à Table!), grande vencedor dos prêmios César deste ano. Titular da centenária escola da Comédie-Française, Guillaume, ainda nesta temporada, defende o papel do antagonista Pierre Bergé, na belíssima cinebiografia Yves Saint Laurent. Não é exagero crivar que hoje Guillaume Gallienne tem a França a seus pés. Inspirado na peça teatral escrita por ele (um monólogo), Gallienne transpôs para as telas do cinema um pedaço crucial de sua própria intimidade, com a descoberta e a aceitação de suas preferências, das suas reais qualida-

des, seus relacionamentos afetivos, até chegar à objetiva confirmação de sua identidade sexual. Tudo narrado da maneira mais leve e sutil, pois o ator, corajosamente, carrega todas as fases da interpretação, desde o menino frágil e inseguro até o final, quando do auge de perceber sua grande aptidão de mergulhar no ofício teatral, para a plena realização, vivendo outras vidas. Daí surge o grande charme do filme. Como o nosso Paulo Gustavo, inventor do fenômeno Minha Mãe É uma Peça, Guillaume Gallienne incorpora a própria mãe, uma francesa inconfundível, mãe de dois rapagões e do “deslocado” Guillaume, que desde muito cedo reconhece seu talento de imitar as afetações maternas. E esses encontros do menino com sua sarcástica progenitora, sua primeira diva, mesmo nos instantes de inconsciente, são os melhores recortes de Eu, Mamãe e os Meninos. Um único ator e dois fortíssimos personagens proporcionam, além dos risos, fartas doses de um legítimo drama e interessantes pontes para a reflexão.

Ao assumir e desnudar esse laço permanente com a mãe, de intensa personalidade, uma Jocasta, que a princípio dá corda para a sensibilidade rasgada do filho, Gallienne, que também dirige o longa-metragem, presta uma homenagem delicada a sua família, que, em grande parcela, não sabia lidar com o caçula, que adorava se travestir de Sissi, a Imperatriz. E esse círculo íntimo deve se orgulhar bastante do sucesso de Guillaume Gallienne, o grande vencedor do César 2014, com os cinco prêmios mais importantes de barbada, para o seu primeiro filme. O nome do momento na França, ainda é o parceiro/amante Pierre Bergé em Yves Saint Laurent, a sofisticada e linda cinebiografia do gênio da moda (interpretado pelo ator Pierre Niney, também saído da Comédie-Française). Defendendo o verdadeiro e fiel cérebro da Maison YSL, a constante sombra por trás do artista, Guillaume Gallienne ignora a pecha costumeira reservada ao coadjuvante, sobressaindo tanto e, por vezes, até mais que o protagonista. z

O versátil ator Guillaume Gallienne em cena na comédia autobiográfica Eu, Mamãe e os Meninos: sucesso nas bilheterias francesas Divulgação

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ESPORTE | PERFIL Gaspar Nóbrega/Vipcomm/Divulgação

O jogador Bernard chega ao mundial como elemento surpresa: “A responsabilidade é grande, mas tenho consciência de que trabalhei muito para chegar até aqui”

Um gigante

nos gramados O jogador Bernard superou preconceitos por ser baixinho, passou a ser reconhecido como um dos talentos do futebol mundial e é um dos candidatos a grande revelação desta Copa

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RENAN DAMASCENO E MARINA DIAS

Mineirão, 26 de junho de 2013, 17h15. Os 62 mil torcedores roíam as unhas depois do gol de empate do uruguaio Edinson Cavani contra o Brasil. Placar: 1 a 1. O técnico Luiz Felipe Scolari, temendo um novo “maracanazo” diante da Celeste Olímpica, olhou para o banco de reservas e perguntou aos auxiliares, Flávio Murtosa e Carlos Alberto Parreira, quem poderia entrar em campo para salvar a seleção brasileira de nova catástrofe monumental. O primeiro sugeriu o armador Lucas, o segundo, o volante Jádson, mas a decisão cabia ao comandante, que atendeu ao clamor do público mineiro e, em uma iniciativa ousada, mandou chamar logo o mais novo do grupo. Aos 19 minutos do segundo tempo, o atacante de 20 anos e apenas 1,63 m entrou em campo, agigantou-se diante dos uruguaios, colocou fogo na partida e tornou-se peça fundamental para o triunfo por 2 a 1 sobre o Uruguai na semifinal da Copa das Confederações – vitória necessária para a conquista do título em cima da Espanha, na final. Um ano, uma Libertadores e uma transferência para o gelado futebol ucraniano depois, o mineiro Bernard Anício Caldeira Duarte, nascido e criado nos campos de terra do Barreiro e nas catebasedo doAtlético, Atlético,chega chegaààCopa Copa gorias de base do Mundo como o elemento-surpresa, com sua diagonal veloz e a inconfundível “alegria nas pernas”, como definiu – e, por que não, previu – Felipão, dias antes daquela semifinal. Mesmo com a pouca idade (completa 22 anos em setembro), o ex-atleticano, hoje no Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, conquistou a confiança do treinador e da torcida brasileira, e

tira de letra o peso de ser um dos nomes mais promissores do futebol nacional. “Sei disso”, diz Bernard. “É uma responsabilidade grande, mas tenho a consciência de que trabalhei muito para chegar até aqui.” A declaração foi dada pelo jogador no fim do mês passado, em um shopping em Contagem, onde fazia uma ação promocional de um patrocinador, a Vivo. Difícil, aliás, foi chegar até ele, que passou todo o tempo espremido por centenas de fãs, grande parte adolescentes, integrantes de numerosa e histérica torcida de “Bernardetes”. “Além de ótimo jogador, é muito lindo”, disse, empolgada, a estudante Mirela Sales, de 16 anos, fundadora de um fã-clube que conta com mais de 300 garotas. Ela já foi em quatro “aparições” de Bernard para tirar fotos com o atleta e, em Contagem, furou a corrente de seguranças para abraçá-lo. “Por ele, nós fazemos tudo”, diz. Bernard, assim como Neymar, Oscar, David Luiz, entre outros, é responsável por despertar a atenção de uma ala da juventude feminina que, até pouco tempo, não sabia se os laterais eram cobrados com as mãos ou com os pés. São atletas-celebridades, que

alimentam o Instagram com a mesma frequência com que treinam, ouvem músicas da moda, têm gírias próprias e não descuidam do figurino. Mas não deixam de jogar muita bola. Em que pese a diferença de gerações, o histórico de vitórias da seleção brasileira sempre abriu brechas para heróis jovens, muitas vezes, improváveis. No primeiro título mundial brasileiro, em 1958, na Suécia, o técnico Vicente Feola perdeu o titular Mazzola, por lesão no tornozelo, para a última partida da fase de grupos, contra a União Soviética. Promoveu, então, o mineiro Pelé, de apenas 17 anos, ao time titular. O tricordiano não deixaria de vestir a camisa 10 até se aposentar da seleção, em 1971 (confira lista dos mineiros em Copas do mundo). Em 1962, quando o mesmo Pelé machucou a coxa esquerda na segunda rodada, o técnico Aymoré Moreira escolheu o botafoguense Amarildo, de 23 anos, que fez três gols, um deles na final contra a Tchecoslováquia. Não há dúvidas de que o Mundial, em si, é uma verdadeira incubadora de craques, que começam vestindo a camisa canarinha de forma tímida e se tornam gigantes do nosso futebol. Para Fotos: Cláudio Cunha

Encontro com fãs em shopping de Contagem: choro e tumulto para tirar fotos com o craque, ídolo da torcida atleticana

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ESPORTE | PERFIL

NASCIMENTO: 8/9/1992, em Belo Horizonte ALTURA: 1,63 m PESO: 57 kg POSIÇÃO: Atacante CLUBES: Democrata de Sete Lagoas (2010) Clube Atlético Mineiro (2011-2013) Shakhtar Donetsk (desde 2013) TÍTULOS: Mineiro (2012 e 2013) Libertadores (2013) Superclássico das Américas (2012) Copa das Confederações (2013) Ucraniano (2014) PRÊMIOS INDIVIDUAIS: Revelação do Brasileiro (2012) JOGOS PELA SELEÇÃO: 10 (18 convocações) GOL PELA SELEÇÃO: 1

MAIS NOVO E MAIS BAIXO Comparação com jogadores da seleção de 2014

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Bernard

Média

Júlio César

Bernard

Média

Victor

21 anos

27,7 anos

34 anos

1,63 m

1,81 m

1,94 m

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OS RESERVAS QUE ESTOURARAM Conheça alguns dos 27 jogadores mineiros que fizeram bonito em seleções

ZEZÉ PROCÓPIO E PERÁCIO Botafogo 1938 MAURO São Paulo e Santos PIAZZA Cruzeiro

1958 1962 1966 1970 Time: Santos Onde nasceu: Três Corações Participou de quatro edições da competição e é o único jogador a ter conquistado três títulos

1966 1970

2002 2006 2010

Time: Cruzeiro Onde nasceu: Belo Horizonte Primeiro jogador que atuava em um time mineiro a ser convocado para uma Copa

Times: Atlético e Arsenal Onde nasceu: Lagoa da Prata O volante foi titular absoluto no penta e em 2010; só não entrou em um jogo de 2006

1954 1958 1962

1970 1974

REINALDO Atlético Mineiro

1978

CEREZO Atlético Mineiro

1978 1982

LUIZINHO Atlético Mineiro

1982

ÉDER Atlético Mineiro

1982

FRED Lyon e Fluminense

2006

PEQUENOS NOTÁVEIS Atletas com menos de 1,70m que escreveram grandes histórias em mundiais Brasil (1958/1962) Altura: 1,67 m O atacante pernambucano abusava do vigor físico, o que lhe rendeu o apelido de Leão da Copa

Argentina (1982/1986 /1990/1994) Altura: 1,66 m Para compensar a baixa estatura e marcar gols, Maradona esbanjava habilidade

Argentina (2006/2010) Altura: 1,69 m Quatro vezes melhor do mundo, Messi honra a tradição de argentinos baixinhos e geniais

Brasil (1990/1994) Altura: 1,68 m Campeão em 1994, o Baixinho tinha a velocidade e o toque de bico de chuteira como marcas

GARR INCH A

VAVÁ DIEGO MARADONA

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Brasil (1958/1962/1966) Altura: 1,69 m O gênio das pernas tortas era tão magistral na ponta-direita que os centímetros a menos não lhe faziam falta

MESSI

ROMÁRIO

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ESPORTE | PERFIL Samuel Gê

Vizinhos da família de Bernard por 20 anos, Geraldo Delfino de Souza e a mulher, Cleide Favato, testemunharam a técnica de Bernard até nas peladas de rua: “Não tem quem faça o que ele faz”

a surpresa de muitos, Tostão foi levado à Copa de 1966, na Inglaterra, com apenas 19 anos e, quatro anos mais tarde, foi um dos maestros da melhor seleção que o Brasil já teve. Em 1994, outro cruzeirense, Ronaldo, assistiu ao tetra do banco de reservas, antes de se tornar o principal nome do futebol brasileiro nos dez anos seguintes. Em 2002, quando o mesmo Ronaldo liderava o Brasil ao pentacampeonato, Felipão convocou o jovem Kaká, de 20 anos, que se tornaria o melhor do mundo cinco anos depois. “Ser comparado a grandes jogadores que foram caçulas em suas convocações é uma honra. Vou fazer o melhor para corresponder às expectativas”, diz Ber nard, sem esconder o peso da confiança depositada nele, sobretudo por estar no coração de uma das torcidas mais apaixonadas do país, a do Atlético. “Se ele tiver as oportunidades que merece, pode fazer a diferença. Tem ve locidade, é inteligente”, diz o atacante Reinaldo, ídolo da história do Atlético, que defendeu o Brasil na Copa do Mundo de 1978, na Argentina. O presidente 118 |Encontro

Cláudio Cunha

O primo e melhor amigo de Bernard, Lucas Dayrell, acompanha a batalha do jogador franzino desde a escolinha de futebol: “Ele nunca perde a humildade e o sorriso no rosto”

do clube, Alexandre Kalil, engrossa o coro: “Bernard foi convocado por sua habilidade e velocidade. Tem uma rapidez que é rara. E tem mesmo alegria nas pernas”, diz Kalil. Apesar da pouca idade e do inegável talento, o sucesso demorou a bater a sua porta. O bambino de ouro (apelido dado pelo ídolo do futebol e comentarista esportivo Dadá Maravilha) começou a trilhar seu caminho no futebol na escolinha do Comercial Esporte Clube, do Barreiro, onde morou até o ano passado. Aos 13 anos, fez testes no Cru zeiro, que o recusou, e no Atlético, que o admitiu, mas de onde foi dispensado duas vezes depois disso. “Em razão de sua altura, ele não era colocado para jogar ou era dispensado. Mas é da personalidade dele insistir e vencer barreiras”, conta seu treinador no Comercial, Célio de Castro, que o descreveu como fominha da bola. “Tínhamos que dosá-lo. Era sempre o primeiro a chegar e o último a ir embora”, lembra. O vizinho de muro da época do Bar reiro, Geraldo Delfino de Souza, tam -

bém testemunhou sua luta e nunca teve dúvidas de que o garoto chegaria longe. “Desde que começou a jogar pelada na rua, já se via que ele tinha o dom, apesar de baixinho. Não tem ninguém que faça o que ele faz”, diz ele, morador do bairro, com sua mulher, Cleide Favato, há 21 anos – idade do jogador, que se mudou ainda bebê para a casa ao lado. Além da qualidade técnica, a perseverança e o apoio familiar foram importantes nesse caminho. Extremamente reservados, os pais do garoto, Délio e Nélia Duarte, não gostam de dar entrevista. No entanto, a inspiração para o nome do filho (o jogador de vôlei Bernard, dono do saque “Jornada nas Estrelas”) já indicava que eles tinham planos grandiosos para o rebento. Todos ao redor dos Duartes reforçam o companheirismo e a presença constante dos pais no dia a dia do jogador, que se descreve como uma pessoa-família. “Quando não está jogando futebol, gosta mesmo é de jogar pingue-pongue. Até comprou uma mesa para sua casa na Ucrânia”, conta o primo e melhor amigo, Lucas Dayrell,

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ESPORTE | PERFIL que Bernad levou para morar consigo e com os pais no país europeu. Para ele, a principal qualidade do primo é nunca perder a humildade e o sorriso no rosto, mesmo nas adversidades, como no período em que não era escalado para jogar na base do Galo. Grande amigo no futebol e colega de profissão desde os 14 anos, Fillipe Soutto, jogador do Atlético, ressalta o jeito tranquilo de ser do garoto, o que, acredita, também contribuiu para o avanço na carreira. Como em caracte rísticas físicas ele era o contrário do que os técnicos gostam, explica Fillipe, teve de ir conquistando o espaço de outras formas. “Foi mostrando sua habilidade e também sempre foi tranquilo, descontraído. Isso o ajudou a chegar aonde chegou”, diz Fellipe. Bernard é frequentemente descrito como veloz e inteligente. As características fizeram com que o garoto, que nem era certo na lista dos jogadores do infantil que passariam para o juvenil do Atlético, se tornasse o camisa 10, titular absoluto daquela equipe. O técnico do sub-17 naquele ano de 2009, Diogo Giacomini, fala que sua perspicácia para antecipar as jogadas e antever os instantes seguintes é a principal virtude para compensar a altura, pois permite que tire a bola do contato físico, evitando choques. “Além disso, tem recursos técnicos acima da média”, diz Giacomini, referindo-se a sua habilidade para girar para os dois lados com rapidez e usar bem as duas pernas. Depois de provar, nas categorias de base do Galo e no Democrata de Sete Lagoas, que tamanho não era documento, Bernard estreou nos profissionais do Atlético em 23 de março de 2011, em empate com o Uberaba, por 1 a 1, pelo Campeonato Mineiro. Lançado por Dorival Júnior, jogou improvisado na lateral direita e passou em branco em todos os 28 jogos em que entrou na temporada. Mas, revezando entre os juniores e equipe principal, foi destaque na campanha do título da Taça BH de Futebol Júnior e, com a chegada do técnico Cuca no profissional, passou a atuar no ataque, ganhando vaga de titular na reta final do Brasileiro daquele ano. A vinda de Cuca, aliás, foi crucial para a carreira do jogador, que já despertava 120 |Encontro

Júnia Garrido

Ele foi convocado por sua habilidade e velocidade”

Rodrigo Clemente E.M.-D.A. Press

Ele tem característica rara de jogar em velocidade na diagonal”

ALEXANDRE KALIL, presidente do Atlético-MG

EDUARDO MALUF, diretor de futebol do Atlético-MG

Beto Magalhaes-EM / D.A.Press

Eugênio Gurgel

Se ele tiver as oportunidades que merece, pode fazer a diferença”

Com o passar do tempo, ele foi mostrando seu tamanho”

REINALDO LIMA, ex-atacante alvinegro

DIEGO TARDELLI, atacante do Atlético-MG

a atenção de times do exterior. O treinador passou a escalar Bernard no ataque, pelas pontas, com a camisa 7, e os resultados não demoraram a aparecer. O primeiro gol foi logo na estreia do Galo no Estadual de 2012, em que completou o placar de 2 a 0 sobre o Boa: ele recebeu a bola na grande área, carregou e, no momento certo, concluiu com chute rasteiro. Ao todo, fez 15 gols em 47 jogos e foi eleito jogador revelação do Brasileiro.

Ainda em 2012, em novembro, foi convocado pela primeira vez para a seleção brasileira pelo técnico Mano Menezes, no Superclássico das Américas, em dois jogos contra a Argentina, que contavam apenas com atletas que atuavam no Brasil. Na época, o colega de clube e um dos principais ídolos de Bernard, Ronaldinho Gaúcho, declarou que via no jovem atleta um grande talento: “É uma grande alegria participar do nascimento de

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ESPORTE | PERFIL mais um craque”, disse Ronaldinho. Mas a consagração veio mesmo no ano passado. Em seu primeiro jogo no exterior como profissional, Bernard marcou três gols pelo Atlético na vitória por 5 a 2 sobre o Arsenal de Sarandí, em Buenos Aires. Caiu no gosto do técnico Luiz Felipe Scolari e, a partir daquele abril, passou a ser recorrente nas convocações do treinador, entre elas, a chamada para a Copa das Confederações. Na campanha vitoriosa, entrou em campo contra a Itália, em Salvador, e contra o Uruguai, no Mineirão. Menos de um mês depois do título da Copa das Confederações, ergueu a taça de campeão da Libertadores, o título mais importante da história do Atlético. “Bernard tem uma característica rara, que é jogar em velocidade em diagonal. Isso faz dele especial e capaz de desequilibrar o jogo”, afirma o diretor de futebol do Atlético, Eduardo Maluf, que acompanhou de perto a ascensão do atleta e participou da negociação para o time ucraniano Shakhtar Donetsk, por 25 milhões de euros (R$ 77 milhões à época), em agosto – a venda mais cara da história do alvinegro. “Além disso, é muito educado, brincalhão e de boa formação familiar. Esse carisma o torna um garoto muito especial”, completa. Extremamente grato ao time que o colocou nos holofotes, Bernard sempre diz que sua história no Galo ainda não acabou. “Sei que vou voltar, mas na hora certa”, diz. Por ora, segue no Shaktar e diz que decidirá seu futuro depois da Copa – recebeu propostas de clubes da Espa nha e da Inglaterra. No time ucraniano, briga por espaço na equipe, considerada porta de entrada para outros grandes clubes europeus. Não tem conseguido se encaixar com facilidade entre os titulares, embora tenha recebido a camisa 10 do técnico romeno Mircea Lucescu. Segundo o próprio bambino, ele não vem mostrando todo o seu futebol. Em 18 jogos, fez três gols, o último deles quase na mesma hora em que Felipão anunciou o nome do garoto do Barreiro entre os 23 que vão defender a seleção brasileira. Bernard chegou a ficar uma semana sem dormir antes da convocação. Ele conta que estava na semifinal do campeonato ucraniano (no qual se sagraria campeão dias depois) e, no intervalo do 122 |Encontro

César Grego/divulgação

Técnico na época do sub-17, Diogo Giacomini prevê uma Copa de destaque para o caçula da seleção: imprevisibilidade e qualidade técnica podem surpreender os adversários Samuel Gê

Célio de Castro, técnico da época do Comercial Esporte Clube do Barreiro, viu Bernard ser dispensado algumas vezes antes de engrenar no Atlético: “É da personalidade dele insistir e vencer barreiras”

jogo, não conseguiu saber se tinha sido chamado. Quando acabou a partida, a internet não pegava, por isso, não viu uma mensagem sequer de parabéns. Mesmo sabendo da grande possibili dade de ter sido um dos relacionados, ficou apreensivo. Ao ligar para o pai, levou um susto: “Filho, não foi dessa vez”. Ficou com a voz embargada, mas logo ouviu os gritos e risos atrás e percebeu que era uma brincadeira. “Aí, sim, fiquei aliviado e pude comemorar”, diz, com o habitual sorriso no rosto. Colega de bagunça do ônibus na época do Galo, o jogador atleticano Diego Tardelli acha que a ida para a Ucrânia não mudou nada no “molequinho”. Tardelli admite que não deu muito bola para o garoto que subia do juvenil para substituir jogadores no treino. “Com o passar do tempo, ele foi mostrando seu talento, seu tamanho. Com sua alegria de correr, vai se dar muito bem na sele ção nesta Copa”, diz. O técnico Diogo Giacomini não tem dúvidas de que Bernard será uma estrela da Copa 2014. O grande trunfo do jogador no mundial, acredita, será a imprevisibilidade. “Ele faz jogadas que os adversários não esperam”, diz. Para Giacomini, assim como na semifinal da Copa das Confederações, o bambino pode entrar para desequi librar partidas que estiverem muito marcadas, devido às táticas já estudadas por outras equipes. Se o título vier em 13 de julho, não há como escapar dos inúmeros clichês tentadoramente românticos para descrever o sabor da vitória. Naquele filme que passará por sua cabeça, estarão as dispensas, a primeira vez com a camisa da seleção, a brincadeira dos pais e amigos que esconderam dele a convocação, a dificuldade de se adaptar na Ucrânia. “Não sei o que faria se não fosse o futebol. Não me imagino fazendo nenhuma outra coisa”, diz o jogador, que, como Messi e outros baixinhos, fez tratamento para crescer. “Não adiantou muito”, brinca. Mas o talento, o sorriso no rosto e a alegria nas pernas são natos. E transformam o baixinho franzino em um gigante. Para a alegria de todos os brasileiros. z Com a colaboração de Bruno Schmitz

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BEM-ESTAR | CORRIDA Eugênio Gurgel

Largada da 9ª edição da Encontro Delas: não faltou animação para as quase 1.500 atletas que participaram da prova

Que venha a próxima A 9a edição Encontro Delas/Circuito Molico reuniu, mais uma vez, uma multidão de mulheres que esbanjou disposição durante o circuito de 6 km pelas ruas do Belvedere

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RAFAEL CAMPOS

A 9ª edição da Corrida Encontro Delas/Circuito Molico coloriu as ruas do Belvedere, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. Na orla da lagoa Seca, nos dias 24 e 25 de maio, cerca de 1,5 mil atletas, acompanhadas de amigos e familiares, tiveram um encontro com a saúde e o bem-estar. Pela frente, 6 km de percurso, com as tradicionais subidas e descidas. Mas quem disse que isso foi obstáculo para elas? A atleta do Cruzeiro Helena Pereira da Anunciação, de 25 anos, que o diga. Vinte e quatro horas depois de levantar o troféu de uma corrida de 10 km em Itabira, na região Central do estado, a corredora subiu novamente no degrau mais alto do pódio, ao completar a prova com o tempo de 22min23. “Cheguei durante a madrugada e não deu para dormir direito. Foi difícil e estou cansada, mas deu tudo certo”, diz.

O segundo lugar do pódio ficou com Cláudia Helena Dumont, de 37 anos, com o tempo de 23min37. A atleta já havia participado de outras três edições, mas considera que essa foi a que conseguiu render mais. “É um percurso muito difícil, mas conquistei um bom tempo”, diz. Sete segundos depois, Janaina Santana, de 28 anos, terminou a prova, com o tempo de 23min44, completando o pódio geral da corrida. A arquiteta Nathália Vasconcelos, de 26 anos, ficou surpresa com o seu aproveitamento. Ela foi a quinta colocada geral e quebrou o próprio recorde. “Na última prova, fiz em 26min20 e, desta vez, fechei com o tempo de 24min50”, diz Nathália, para quem a competição serve de terapia. “Amo correr, pois é a hora que esqueço de tudo.” Agora, ela inicia a preparação para a Meia Maratona Internacional do Rio de Janeiro, em agosto. Julia Renault Coelho, de 23 anos, também

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BEM-ESTAR | CORRIDA Rogério Sol

A primeira colocada geral, Helena Pereira: “Cheguei durante a madrugada e não deu para dormir direito. Mas deu tudo certo” Rogério Sol

Júlia Renault, a terceira mais rápida na categoria de 16 a 24 anos: “Comecei a competir recentemente e fiquei surpresa com o meu resultado” Rogério Sol

Nathália Vasconcelos, quinta colocada geral da prova: “Amo correr, pois é a hora que esqueço de tudo”

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só tem o que comemorar. Debutando na Encontro Delas/Circuito Molico, ela ficou em terceiro lugar na categoria de 16 a 24 anos. “Comecei a competir recentemente e fiquei surpresa com o meu resultado”, diz a advogada, que treina quatro vezes por semana na avenida Bandeirantes, também na região Centro-Sul. Para Geraldo Teixeira da Costa Neto, diretor executivo dos Diários Associados, a prova já se consolidou no calendário esportivo do estado. “É impressionante ver o amadurecimento deste evento. E o que mais me impressiona é a alegria das participantes, que ficam ansiosas para a disputa”, diz. O evento teve presenças ilustres, como a do ex-ministro das Comunicações e ex-prefeito de BH Pimenta da Veiga. “É bonito ver a grande participação de pessoas em torno do esporte”, diz o belo-horizontino, que tenta conciliar a agenda política com partidas de vôlei, futebol e caminhadas. A jogadora de vôlei Sheilla Castro, de 31 anos, duas vezes medalha de ouro com a seleção brasileira, também foi conferir a prova. “É importante ter eventos que prezam pela qualidade de vida”, diz. Para as pessoas que não são adeptas de atividades físicas, ela manda um recado: “É essencial para a saúde fugir do sedentarismo. Uma caminhada diária de 30 minutos já faz grande diferença.” Outra ilustre presença foi a do corredor Urbano dos Santos Costa, de 53 anos, sempre disposto a dar conselhos aos atletas mais jovens. “Poderíamos ter mais provas como essa na cidade. A Encontro Delas/Circuito Molico é uma competição que abrange tanto uma corredora experiente quanto aquela que está começando”, diz. Em abril, o veterano corredor disputou a tradicional Maratona de Paris. Dos 38 mil atletas que completaram os 42 km da prova francesa, Urbano foi o 865º e esteve entre os três melhores brasileiros. Para a próxima edição, as atletas po dem esperar por novidades. É o que diz Roberto Gosende, diretor de marketing do Martplus, patrocinador do evento. “A 10ª edição será um marco. Vamos ten tar fazer algo especial, uma festa muito maior. É uma promessa”, afirma. Então, que venha a próxima! Colaborou Marina Dias

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BEM-ESTAR | CORRIDA Fotos: Renata Caldeira

Fernanda Andrade e Rinaldo Silva

Cláudia Leite e Márcia Manata

Rodrigo Gosende, Natália Gosende e Roberto Gosende

Joana Mourão e Paulo Veloso

Pimenta da Veiga, Maria Cristina Valle e Geraldo Teixeira da Costa Neto

Sandra Bernardes, Vânia Bernardes e Claudia Bernardes

Flavia Menicucci e Luca Menicucci

Luana Fernandes e Danielle Gontijo

Tânia Salles e Laura Rabe

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BEM-ESTAR | CORRIDA Fotos: Eugênio Gurgel

Um dia delas... Ainda no sábado, as atletas tiveram à disposição várias mordomias para não fazer feio na pista. Massagens, tratamento de pele, unhas, dicas de saúde e bem-estar. Para muitas delas, o principal diferencial da Encontro Delas/Circuito Molico é o Day Care. Quem compartilha da opinião é a corretora de imóveis Simone Guimarães Motta, de 37 anos, participante das últimas quatro edições. “Adoro o Day Care; é tudo pensado para a mulher”, diz ela, que fez esmaltação, massagem e se divertiu com o hopping, atividade física também chamada de Kangoo Jump, na

qual as atletas utilizam botas que absorvem 80% do impacto. “Aqui a mulher se sente privilegiada”, diz a estudante de administração Gabriela Vicentini Tavares, de 20 anos, que se preparava para correr mais uma vez ao lado da mãe e contando com a torcida de Pedro Guimarães, seu namorado. A estudante de engenharia civil Renata Toneli, de 19 anos, depois de retirar o Kit, aproveitou o dia para se preparar para os 6 km. “A ideia desse dia é excelente. Falta isso nas outras corridas, nas quais só pegamos a camisa e vamos embora”, diz.

Renata Torneli

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Pedro Guimarães e Gabriela Tavares

Bruna Braga e Tatiana Rabelo

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Simone Motta

Espaço lojas Rede / L’oréal: tudo para fazer bonito na corrida

Aula de ginástica animou as corredoras

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BEM-ESTAR | CORRIDA Fotos: Cláudio Cunha

Vitor Valadares, Garcia Jr. e Henrique Valadares

Espaço Kids: diversão para a garotada

...e deles

A garotada também tem vez durante o evento. Um espaço inteiro foi reservado para eles se divertirem enquanto as mães desbravavam os 6 km da prova. A administradora de empresas Graziele Oliveira, de 36 anos, sempre leva toda a família. Os filhos, Manuela e Pedro, é claro, ficam no Espaço Kids, com apoio de monitores. “É uma corrida muito agradável. Todo mundo participa: mães, tias e avós”, diz.

Escorregador também fez a alegria das crianças

Eugênio Gurgel

Roberto Oliveira e Graziele Oliveira com os filhos Manuela e Pedro

Elas esbanjaram criatividade nos desenhos

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Informe Publicitário

EMAGRECIMENTO COM BALÃO INTRAGÁSTRICO FASE RESTRITIVA

FASE DE SACIEDADE

Duração: 2 meses em média Tempo de ação: instantâneo Efeito: náuseas e estímulo de vômito Consequências: controle da ingestão de alimentos (freio alimentar)

Duração: todo o período de permanência do balão Tempo de ação: 20 a 30 minutos Efeito: estímulo da sensação de saciedade Consequências: sensação de saciedade com pouca ingestão de alimentos e consequente redução de apetite

O método, sem cortes, ganha cada vez mais adeptos, inclusive, noivas e suas mães que querem emagrecer no período anterior ao grande dia, retirando o balão na véspera do casamento. Mas a colocação do balão é apenas um método auxiliar e deve ser utilizado como um tratamento multidisciplinar, que acontece em duas fases, quais sejam, restritiva e fase de saciedade, discriminadas abaixo:

AÇÃO HORMONAL

Provoca alterações hormonais que causam estímulos ao hipotálamo, inibindo o apetite.

AÇÃO MECÂNICA

Dificulta a passagem da alimentação fazendo uma válvula gástrica, aumentado o tempo que o alimento fica no estômago, passando de 30 minutos para 4 a 6 horas.

COMO É O PROCEDIMENTO?

Com o paciente sedado, o balão intragástrico (vazio) é inserido pela boca por meio de endoscopia, passando pelo esôfago, até chegar ao estômago, onde só então é insulflado com soro fisiológico e azul de metileno.

AÇÃO NEUROLÓGICA

O balão mantém o estômago distendido por mais tempo e estimula os receptores responsáveis por avisar ao cérebro que a pessoa está bem alimentada.

INDICAÇÕES

CONTRA-INDICAÇÕES

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- Perda em média de 20% do peso total em 6 meses. - Reversível a qualquer momento do tratamento. - Sem internações hospitalares. - Sem cortes. - Realizado por endoscopia. - Baixo custo se comparado aos outros procedimentos para perda de peso. - Acompanhamento multidisciplinar com abordagem aos múltiplos fatores da obesidade. - Ausência de desequilíbrio hormonal e bioquímico ao final do tratamento. - Pode-se repetir o procedimento para alcançar perdas de peso maiores.

BALÃO INTRAGÁSTRICO

- Cirurgia gástrica. - Dependência química. - Gastrites graves. - Úlceras gástricas. - Hérnias de hiato volumosas. - Varizes de estômago. - Tumores.

MÉDICO RESPONSÁVEL Dr. Leonardo Salles de Almeida CRM: MG-35183

VANTAGENS

ESÔFAGO

- Pacientes com IMC igual ou superior a 27. - Pós-gestacional, para mães com dificuldade na perda do peso adquirido durante a gravidez. - Pacientes com ganho de peso acima de 10% do seu peso normal e dificuldade de emagrecimento pelos métodos convencionais. - Melhoria no controle da Hipertensão e do Diabetes Tipo II em paciente obesos. - Apneia do sono em obesos. - Obesidade na adolescência. - Pré-operatório de pacientes obesos em cirurgias ortopédicas e inclusive para cirurgia bariátrica, visando reduzir os riscos cirúrgicos.

Entenda como funciona o balão no organismo

ESTÔMAGO

Titular do CBCD Titular da SBCBM Titular da Sobracil

DESVANTAGENS

- Necessita de período de estabilização após a retirada do balão com acompanhamento multidisciplinar. - Período de adaptação que dura em média 5 dias, neste período o paciente pode ter vômitos e cólica.

Rua Fernandes Tourinho, 164, 4º andar, Savassi, BH, MG

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SAÚDE | CABELOS

Leve, solto

e sem quedas As mulheres também sofrem com a perda acentuada de cabelos, que pode levar à calvície. As causas são várias, incluindo até decepção amorosa. Mas há como prevenir DANIELA COSTA

Há quem pense que calvície é problema só de homens. Está enganado. Mulheres também podem ser surpreendidas com a queda intensiva dos cabelos. Aos 21 anos, a consultora técnica Elisângela Batista levou um susto quando notou que seu cabelo estava ficando ralo. O uso constante de produtos químicos e escovas feitas rotineiramente provocaram a queda dos fios, afetando principalmente as áreas frontal e da nuca. “Meu couro cabeludo chegou a ficar exposto”, conta ela. Para disfarçar, Elisângela cortou as madeixas pela metade e passou a usar somente rabos de cavalo e coques. “Foi realmente assustador. Até encontrar o tratamento adequado, tive uma perda considerável de cabelo, tempo, dinheiro e saúde emocional. Fiquei totalmente abalada”, diz Elisângela. Seu sofrimento só teve fim quase um ano depois, quando começou a utilizar técnicas para conter a queda. Usou medicamento aplicado diretamente no couro cabeludo, xampu anti-inflamatório, fez massagens locais, aplicações de laser e adotou dieta balanceada. “Hoje, não tenho mais falhas no cabelo”, diz. Os motivos da calvície feminina são vários (veja quadro). A mais comum é a chamada alopecia androgenética. “Esse tipo de calvície acomete principalmente os homens, por possuírem níveis de 134 |Encontro

hormônios masculinos mais elevados, mas as mulheres também são vítimas”, explica Marcela Mattos, dermatologista da Clínica Speciale. Segundo o cirurgião plástico Marcelo Pitchon, especialista em transplante capilar, pesquisas apontam que cerca de 40% a 50% das mulheres desenvolvem algum grau de calvície ao longo da vida. “É comum ocorrer após a paciente ter tido decepção amorosa, perdido algum ente querido, ter tido problemas no trabalho e até sofrido fortes agres sões físicas como em acidentes e cirur gias graves”, explica. Mas, na maioria das situações desse tipo, segundo Pitchojn, os cabelos voltam a crescer naturalmente. No caso dos produtos químicos, o uso constante só será prejudicial se danificar o couro cabeludo diretamente. “Quando apenas os fios são atingidos, os bulbos capilares não são prejudicados e o cabelo não perde sua capacidade de crescimento”, diz o especialista. Três meses após a primeira gravidez, a cabeleireira Anne Araújo, de 33 anos, surpreendeu-se. “Usava black power e ao fazer um rabo de cavalo me assustei. Tive queda considerável na região das têmporas”, diz ela. Confiante de que o problema era passageiro, não deu muito atenção ao fato. “De pois, percebi que o meu couro cabeludo estava todo à mostra”, diz. A partir daí, buscou ajuda especializada e ini-

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Samuel Gê

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PARA NÃO PERDER OS FIOS Conheça causas e tratamentos da calvície O QUE É: a calvície feminina, chamada cientificamente de alopecia feminina, é a perda gradativa dos cabelos CAUSAS: estresse, situações que tenham provocado alta carga emocional, doenças como distúrbios da tireoide, alterações hormonais, infecções graves e neoplasias TRATAMENTO: medicamento tópico no couro cabeludo, xampu anti-inflamatório, massagens locais, dieta balanceada e aplicações de laser PREVENÇÃO: alimentação balanceada, rica em nutrientes como ferro (carne e feijão), magnésio (folhas verde-escuras), zinco (peixes e frutos do mar) e aminoácidos como glicina (gelatina), arginina (melancia) e leucina (amêndoas). O consumo do flavonoide Apigenina, encontrado na salsinha, também é indicado. Dica: suco de melancia com couve, salsinha e colágeno ou gelatina

Divulgação

A consultora técnica Elisângela Batista teve calvície devido ao uso excessivo de produtos químicos e hoje faz tratamento com laser: “Fiquei totalmente abalada”

ciou o tratamento. Já na segunda gravidez, quatro anos depois, optou pela prevenção. “Ainda tomo suplementos vitamínicos e faço as massagens.” A dermatologista Simone Helena da Silva, especialista em doenças do cabelo, explica que a queda de fios após a gravidez é comum. “Por volta do quarto mês após o parto, independentemente de a mulher estar amamentando ou não, os fios cairão em consequência da alteração hormonal. A duração varia de três meses a um ano”, diz Simone. A queda de cabelo também é comum na terceira idade. “Eu sempre tive muito cabelo, mas, depois que completei 60 anos, começou a cair muito, chegando ao ponto de comprometer a minha aparência”, diz Ana Lucia de Castro Duarte, de 64 anos. Vaidosa, hoje Ana comemora o sucesso do tratamento. “Retomei minha autoestima”, diz. Uma grande aliada ao combate da queda dos fios é a dieta balanceada. Alguns alimentos, como os carboidratos e refinados, são verdadeiros vilões no processo hormonal. “O consumo de alimentos como pães brancos, doces e massas provoca excesso de produção de óleo na pele e o enfraquecimento do folículo capilar”, explica o nutricionista Felipe Vieira França. “É interessante que, no almoço e jantar, o prato seja repleto de couve, brócolis, rúcula, agrião, além de boas proteínas magras como peixes. Outra dica é acrescentar amêndoas aos lanches.” z JUNHO DE 2014

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MODA | EDITORIAL

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Saia: Blusa e cinto: Brincos e anĂŠis: SandĂĄlia:

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Atroz Mares Claudia Marisguia Laporte

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MODA | EDITORIAL

Calça: Camisa: Sueter: Bolsa: Brincos e anéis:

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Mares DBZ Íris Clemência Adô Lita Raies

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Capa: Blusa verde e calça: Suéter: Sandália:

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Vivaz Íris Clemência Atroz Laporte

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MODA | EDITORIAL

Jeans: Moletom: Pele: Sapatos: Brincos:

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DBZ Iorane Atroz Laporte Lita Raies

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Blusa verde: Ă?ris ClemĂŞncia Blusa azul do Brasil: Mares Brincos: Lita Raies

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MODA | EDITORIAL

Short: Camisa e moletom: Bolsa: Brincos e anéis: Sapatos:

Iorane Alphorria AtrozLuana Lita Raies Laporte

FICHA TÉCNICA: Foto: Edição: Stylist: Modelo: Beauty: Agradecimento:

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Rodrigo Mendes - Mineral Ana Cláudia Esteves Marcelo Brasiliense Naíme Rodrigues – Mega Models Marcela Quintino - Art & Maquiagem Arena Gregorão

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MODA | CÍLIOS

Olhar

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Em cores, tamanhos e estilos diferentes, cílios postiços valorizam a maquiagem e podem dar simetria aos olhos. Saiba qual escolher e como usar

MARINA SANTOS

Para conseguir um olhar marcante e expressivo, a máscara e o curvex nem sempre são suficientes. Nessa hora, entram em cena os cílios postiços. Esse acessório, que costumava assumir um papel secundário na maquiagem, transformou-se em item de destaque. Há quem o use não apenas em produções noturnas, mas também no dia a dia. Afinal, as vantagens com as pestanas artificiais são muitas: desde um olhar mais sexy e feminino até efeitos de simetria. “Dependendo dos cílios, pode-se aumentar a proporção dos olhos”, explica a maquiadora Fairuze Reis. É possível encontrar no mercado os mais diferentes tipos. Alguns são feitos com pê los naturais higienizados, mas os sintéticos são mais comuns. Há também aqueles em tons castanhos e acobreados, para pessoas loiras e ruivas. Porém, como esclarece Fairuze, se a intenção é valorizar o contorno dos olhos, a cor do cabelo não deve ser determinante para a escolha dos cílios. Entre opções discretas e que privilegiam um resultado harmônico, o mais importante é considerar o volume e o comprimento dos fios. “Os cílios não devem encostar nas sobrancelhas quando se abrem os olhos. É importante estar atento ao tamanho do olho e ao espaço que temos entre a pálpebra móvel (o côncavo) e a sobrancelha”, explica. Para o professor do curso técnico de maquiagem do Serviço Nacional de Apren dizagem Comercial (Senac) em Minas Gerais Gladstone

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Beauty: Fairuze Reis (Menu de Maquiagem) Modelo: Ana Jablonski (Woll Agency) Foto: Cláudio Cunha

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Fotos: Samuel Gê

MUITAS OPÇÕES

Divulgação Divulgação

Kit cílios volumosos e cola Duo R$ 50

Cílios trançados Fing’rs R$ 16,19

Cílios medianos e espaçados (acompanha cola) O Boticário R$ 22,99

Cílios em tufos MAC R$ 59

Cílios azuis Klass Vough R$ 13,50

Cola para cílios First Kiss R$ 19,50

TIPOS DE OLHOS Fique atenta ao que deve ser observado antes da escolha dos cílios, a fim de garantir efeito harmônico PEQUENOS Neste caso, o ideal é usar cílios que possuam fi os mais longos na parte central para “abrir” e enfatizar os olhos CAÍDOS

FUNDOS Mais afundados na cavidade ocular, eles criam sombra. Deve-se ter cuidado com cílios longos e preferir aqueles de fi os medianos AMENDOADOS

PROJETADOS São mais salientes e chamam a atenção. Portanto, devem-se escolher cílios médios e mais discretos ARREDONDADOS

Se os cantos externos são projetados para baixo, apostar em cílios mais densos e longos na parte externa ajuda a levantar o olhar

Extremidades bem afastadas em comparação à distância entre as linhas de cílios. Considerados o tipo ideal, eles transmitem um ar “felino” e misterioso, como se estivessem constantemente entreabertos. Recebem bem qualquer tipo de cílios

Quando a distância entre as linhas de cílios superior e inferior é grande, comparada à distância entre os cantos interno e externo dos olhos. Fios maiores no canto externo são mais indicados, para criar sensação de olhos “alongados”

Colodetti, é fundamental não perder de vista o todo para uma proposta coerente. “Os cílios devem estar condizentes com a estatura. Uma pessoa baixa com cílios muito longos não fica natural”, diz. Levar em conta as feições, mais delicadas ou angulosas, e a paleta de cores que será usada sobre os olhos também é importante. “Quanto mais clara e luminosa for a maquiagem, mais realce ganham os cílios.” No momento da aplicação, alguns cuidados valorizam a produção. “Os cílios devem ser confortáveis. É bom não colá-los muito rente ao canto interno dos olhos”, recomenda Fairuza. Se preciso, devem-se fazer ajustes. Outra dica é

não passar rímel nos fios artificiais, pois assim prolonga-se a vida útil do acessório. O delineador, antes e após, garante acabamento. “Isso evita que fique uma linha de pele entre os cílios naturais e os postiços”, explica Gladstone. Os olhos são a parte mais importante de uma maquiagem e precisam de cuidados na mesma medida. No caso dos cílios postiços, a escolha da cola pode resultar em um look bonito e duradouro ou causar desconforto e irritação. O oftamologista Sérgio Eduardo Marciano de Souza, do Hospital de Olhos Ricardo Guimarães, alerta que o acessório não deve ser usado por pessoas com lesões na pálpebra ou propensas

a alergias. Quem faz uso de lentes de contato precisa ter atenção redobrada. “Os cílios atraem mais poluição no dia a dia, e a lente, em si, já é um corpo estranho aos olhos”, explica. Embora os cílios postiços possam ser reaproveitados, é importante estar atenta à limpeza do local onde será armazenado e lavar bem as mãos ao manuseá-lo. Antes de guardá-los, deve-se remover a cola e limpar as cerdas com demaquilante ou xampu neutro. “Quanto mais repetitivo o uso, maiores as chances de contaminação e reação ocular”, afirma Sérgio. Além disso, nada de pegar emprestado. Cada pessoa deve ter seus próprios cílios. ❚ JUNHO DE 2014

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DECORAÇÃO | PUFES

Peça

curinga

PUFE DROPS Discos estofados em veludo Medida (cm): 40x45h R$ 540 (preço médio) Onde encontrar: Prodomo (31) 3541-8855

PUFE SAMPA Madeira de eucalipto reflorestada e espuma revestida por manta com detalhes de costura em matelassê Medidas (cm): 48x48x47h R$ 661 Onde encontrar: Zágora Móveis (31) 3259-4906

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Versáteis, os pufes ganham destaque na decoração com cores, formatos e materiais diversos MARINA SANTOS

PUFE BACK Em couro e quadriculado com costura ao avesso Medida (cm): 99x99x41,5h A partir de R$ 1.554 Onde encontrar: Líder Interiores (31) 3481-4909

Poucos itens de design aliam estética e praticidade como os pufes. Multifuncionais, eles servem de assento para um convidado extra, descanso para os pés ou mesa lateral, para apoiar livros e notebook. Além disso, são fáceis de transportar, podendo ser remanejados em diferentes cômodos da casa, sem comprometer a circulação. Assim, esses pequenos móveis são ideais para ambientes compactos ou para quem deseja poupar espaço. Aqueles com tampo removível ainda podem ser usados como baú. Confortáveis, alguns são um convite para o relaxamento.

PUFE GOA Estrutura em aço, trançado em malacca e amarras em couro Medida (cm): 110x40h Preço sob consulta Onde encontrar: Saccaro (31) 3284-8687

PUFE TONÊ Design de Matheus Martins, em vários revestimentos e pés em aço Medidas (cm): 1,26x0,64x0,40h A partir de R$ 1.498,93 Onde encontrar: América Móveis (31) 3286-4646 PUFE VISBY Em fibra sintética ou de alumínio Medida: 49x63h Preço sob consulta Onde encontrar: Prima Linea (31) 3286-4065

Fotos: Divulgação

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DECORAÇÃO | PUFES Na opinião do gerente da loja Maria Alice Decorações, Mário Grosso Filho, os pufes compõem bem qualquer ambiente e o que não falta são opções que seguem desde uma proposta mais neutra e sofisticada até exemplos divertidos e que dão um toque personalizado à casa. “Por ocuparem pouco espaço, muitos gostam de combinar os pufes em duplas ou trios. Encontrados nos mais diversos materiais, combinam com qualquer tipo de decoração”, diz. Para varandas e áreas externas, uma boa pedida é o seat garden. Conhecidos também como tamborete ou simplesmente banco de jardim, são geralmente feitos em madeira, cerâmica, fibra natural ou de cordas, e ajudam a criar uma atmosfera rústica e aconchegante. Encontro selecionou alguns modelos para atender a todos os gostos. z

PUFE BAÚ Tampo removível, em madeira maciça e fibra natural Medidas (cm): 41x40h R$ 299,90 Onde encontrar: Etna 0800 770 6771

GARDEN ORIENTAL Em madeira Medidas (cm): 34x55h R$ 950 Onde encontrar: Inside (31) 3296-0183 Tiago Mamede

GARDEN CERÂMICA Em cerâmica vitrificada com detalhes vazados e em relevo Medidas (cm): 30x46h R$ 1.158 Onde encontrar: Maria Alice Decorações (31) 3286-4573

PUFF RETRÔ Tecido estampado e pés de imbuia Medida (cm): 60x40h R$ 832 Onde encontrar: Di Vicenzo Casa (31) 3222-9433

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Tiago Mamede

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NA MESA | AUGUSTO FRANCO afranco@revistaencontro.com.br

APOIO AOS PRODUTORES Pense globalmente, aja localmente. Um dos pilares da sustentabilidade e desenvolvimento das gastronomias da Itália, França, Espanha e, mais recentemente, México e Peru, esta é a nova aposta do experiente Eduardo Maya, agitador gastrônomico-cultural. Afastado dos botecos há um ano, ele se dedica atualmente ao Aproxima, festival de restaurantes, cafés e sanduicherias que será realizado em BH entre 6 de junho e 10 de julho. Nesse período, os donos de 80 casas de BH – entre eles, medalhões como Veccho Sogno, Xapuri, A Favorita e Glouton – vão “adotar” produtores artesanais de queijos, galinhas, cachaças e outras iguarias. E transformar os produtos em pratos com técnica mais elaborada. A ideia, explica Maya, é fortalecer o laço entre os melhores produtos da roça e os restaurantes mais qualificados da cidade, formando uma cadeia em que todos saem ganhando. A partir de 12 de julho, os produtores adotados venderão seus produtos em uma feirinha, no Mercado Distrital do Cruzeiro, sempre no primeiro sábado do mês.

GASTRONOMIA NA PRAÇA A primeira edição, em 2013, aconteceu na aconchegante praça Marília de Dirceu, no Lourdes. Mas o espaço foi pouco para as mais de 8 mil pessoas. Neste ano, o Gastronomia na Praça, evento de rua que leva, em barraquinhas na praça, criações saborosas a preços populares – até R$ 20 – e reúne alguns dos melhores restaurantes de BH, mudou-se para a Praça do Papa. Vai acontecer dias 14 e 15 de junho. A comida será servida das 12h às 22h. Estão programadas também oficinas de gastronomia para os pequenos chefs e piqueniques temáticos no gramado. As entradas serão trocadas por alimentos e devem ser retiradas com antecedência nos postos da Belotur, com limite de dois ingressos por pessoa. Para menores de 12 anos, a entrada é gratuita. Alexandre Rezende

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TORNEIRAS DE CERVEJAS LOCAIS

NOVA CARTA DE VINHOS

Aberto há seis meses, o Grampa’s Attic, bar estilo pub localizado no São Pedro, rendeu-se recentemente às cervejas e chopes produzidos em BH e seu entorno. As nove torneiras da casa, que serviam medalhões mundiais do mundo cervejeiro como a irlandesa Guiness, darão espaço a Wäls, Falke, Küd e companhia. “Nossa opção é por servir chopes produzidos a menos de 90 km daqui, frescos. O produto tem a mesma qualidade dos importados, mas a logística é muito mais ágil, e a conta sai mais barata para o cliente”, diz o proprietário da casa, Rômulo Alvarenga Júnior. A partir deste mês, ele e a sócia Roberta Loureiro pretendem reunir cervejeiros caseiros para troca de ideias, de garrafas e pequenos concursos, sempre às terças-feiras.

São pouco mais de quatro meses de funcionamento, e o discreto Nonna Carmela, cantina italiana localizada no Lourdes, já está ampliando sua carta de vinhos. A maioria deles italianos, para combinar com pratos como o lagarto recheado ao escabeche, risotos e massas artesanais, com destaque para a excelente lasanha da casa. Os proprietários, Flávio Fantini e Matheus Ballesteros – filho de Dininho Ballesteros, dono e chef da rede de lanchonetes Bendita Gula –, revezam-se entre cozinha e salão, este com capacidade máxima para 54 pessoas. “Nossa proposta é um restaurante pequeno, intimista, de qualidade. E o público, apesar do pouco tempo de funcionamento, já nos abraçou. O movimento está muito legal”, assegura Flávio.

Rogério Sol

Samuel Gê

MAIS QUE MERECIDO O projeto Expedição Brasil Gastronômico, realização do Festival Cultura e Gastronomia de Tiradentes, que mapeou a cozinha de seis estados brasileiros, foi tão bem pensado e executado que, por si só, já merecia um troféu. E não deu outra: o livro Expedição Brasil Gastronômico, de Rodrigo Ferraz,, Guta Chaves e Dolores Freixa, ganhou um prêmio internacional. A obra ficou com o segundo lugar do Gourmand World Cookbook Awards na categoria Culinary Travel, atrás apenas do guia francês Gourmande: Mon Carnet Parisien.. A premiação, que é uma espécie de Oscar da área, aconteceu em Pequim, na China, em meados de maio, e envolveu 98 livros de 86 países. Para Rodrigo Ferraz, o Gourmand “é muito importante para referendar o grande trabalho de pesquisa que vem sendo realizado pelo Festival de Tiradentes. Representa também uma conquista para Minas Gerais e contribui para o projeto de transformar a gastronomia em uma marca do estado”. Outros livros do projeto devem vir por aí. Léo Lara/divulgação

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GASTRÔ | COPA

ONDE ASSISTIR AOS

JOGOS EM BH Bares e restaurantes bolam promoções especiais e armam-se de telões para atrair torcedores durante a Copa do Mundo. Selecionamos 10 endereços para ajudar na escolha

AUGUSTO FRANCO

Bandeiras e cornetas a postos, caras pintadas, mãos suando. Agora é hora de torcer. Pelo Brasil e por bons negócios durante a Copa. Que o movimento de torcedores dure até a finalíssima. Esse é o coro dos donos de bares e choperias de Belo Horizonte, que já decoraram suas casas e estão nos finalmentes para receber o maior número de torcedores durante o mês de confrontos. Nas duas unidades da choperia Albano’s, no Sion e em Lourdes, além dos telões e das 152 |Encontro

TVs, tem o Giro Mineiro, prato composto por porçõezinhas de frango com catupiry, linguicinha caramelizada, polenta frita, mandioquita, carne seca desfiada com cebola (R$ 36). Também no Lourdes, o Boteco da Carne prevê goleada de vendas do Lombinho Bom de Bola, tira-gosto feito com bolinhas de lombinho, que farão parte de uma série de promoções-relâmpago. Quem vai determinar as jogadas são os gerentes, que poderão liberar rodadas duplas de chope e combinações especiais para incentivar o consumo. No #camisa12, na Savassi, o esquema será

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Gonzaga Butiquim Estrutura Cinco TVs de 42 polegadas espalhadas pelo salão Por que ir? Durante as partidas do Brasil, haverá promoções dos tira-gostos da casa, caso da carne de sol com mandioca e dos chopes. A vizinhança, em um dos pontos mais movimentos de Lourdes, é ponto de encontro da juventude Onde fica? Rua Tomás Gonzaga, 578, Lourdes Tel.: (31) 2512-8578

#camisa12 Estrutura Um telão no deck, do lado de fora, e quatro TVs de 32 polegadas nas áreas internas Por que ir? Durante os jogos do Brasil – uma hora antes da partida até uma hora depois –, por R$ 70, o cliente terá direito a open bar e open food. Garçons vão circular de mesa em mesa com 10 tipos de petiscos, tropeiro completo no marmitex de alumínio, chope, água, suco e refrigerante Onde fica Av. Getúlio Vargas, 809, Savassi Tel.: (31) 3223-2356

JC Martins

um rodízio de craques do tropeiro servidos ao longo das partidas do Brasil. “Estamos esperando lotação total. Além de torresmo, mandioquinha e outros queridinhos da galera, a casa vai oferecer o craque mineiro tropeirão com ovo frito, servido em marmitex de alumínio”, diz Daneil Ballesteros, sócio da casa. A iguaria foi artilheira do saudoso Mineirão, antes de o campo se tornar Arena. A mesma opção tática adotada pelo Itatiaia Rádio Bar, com uma dife-

rença que pode deixar alguns clientes na retranca. Enquanto no primeiro o ingresso custará R$ 70 por pessoa, no bar da rádio, o preço de partida é de R$ 250. Para quem quiser mostrar os dotes futebolísticos enquanto os verdadeiros jogadores se confrontam, boa opção é o Xico da Carne. Desde o fim de maio, a casa montou, em sua unidade do Cidade Nova, uma pequena quadra de futebol sintética. Quem marca gol tem direito a promoções. Até agora,

as ações só são válidas para as crian ças. Mas, durante a Copa, os veteranos também poderão sair do banco. Se a ideia, no entanto, é continuar esquentando banco enquanto as partidas acontecem, boa pedida é o Bar Ideal, na rua Sergipe, na Savassi. “Estamos preparando uma série de promoções para os jogos, mas a nossa costela com molho barbecue e o chope já estão na nossa lista de escalação”, diz o chef e dono do estabelecimento, Marco Antônio Lopes. Agora é torcer ou torcer. JUNHO DE 2014

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GASTRÔ | COPA Samuel Gê

Bar Ideal Estrutura Cinco TVs de 42 polegadas nas paredes da casa e na varanda Por que ir? O bar fica no miolo da Savassi e oferece combinações de costela da casa com canecas geladas de chope (combos) durante os jogos. É o local ideal para ouvir o buzinaço das vitórias, sem correr o risco de ficar parado no trânsito Onde fica Rua Sergipe, 1187, Savassi Tel.: (31) 3889-1187

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Boteco da Carne Estrutura Conta com sete TVs de plasma de 42 polegadas, distribuídas no ambiente Por que ir? Durante a Copa, vai oferecer rodadas duplas de chope e colocar o prato Lombinho Bom de Bola, criado para o festival gastronômico Botecar, em promoção especial Onde fica? Rua Alvarenga Peixoto, 551, Lourdes Tel.: (31) 2555-8480

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GASTRÔ | COPA Alexandre Rezende

Maria das Tranças Estrutura

Telão na unidade da Savassi e televisões espalhadas pelo ambiente da unidade Pampulha Por que ir? Além do frango ao molho pardo, vai oferecer, ao longo dos jogos, opções de petiscos tradicionalíssimos, caso do lombo com tutu, traíra sem espinhos e carne de sol Onde fica? Unidade Pampulha Rua Estoril, 938, São Francisco Tel.: (31) 3441-3708 Unidade Savassi Rua Professor Moraes, 158, Savassi Tel.: (31) 3441-3708

JC Martins

Bar da Itatiaia Estrutura TVs em todas as paredes da casa, com direito a navegação interativa em algumas das mesas Por que ir? As mesas interativas do espaço moderno atraem, mas durante os jogos a principal diversão serão as 15 opções de tira-gostos, chope e outras bebidas liberadas. Será necessário fazer reserva com antecedência. Por pessoa, o acesso custa R$ 250. O preço varia conforme o tamanho do grupo Onde fica? Rua Pium-i, 620, Sion Tel.: (31) 2551-4844

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O LEGÍTIMO CHURRASCO E PONTO. AO SEU PONTO. O que você está esperando para ter a experiência máxima do churrasco? Faça já sua reserva no Fogo de Chão. fogodechao.com.br /fogodechaobr

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GASTRÔ | COPA Thiago Mamede

Juscelino Choperia Estrutura Telão na varanda, de frente para a lagoa, e cinco TVs dentro do salão climatizado Por que ir? O telão instalado na ampla varanda da casa permite que o cliente assista aos jogos de frente para a lagoa da Pampulha e para o Mineirão. É uma forma de estar perto da seleção, mesmo para quem não conseguiu garantir seu ingresso Onde fica? Av. Otacílio Negrão de Lima, 2.733, Pampulha Tel.: (31) 3441-1306

Alexandre Rezende

RED Sports Bar Estrutura Telão armado na varanda e 20 TVs de 42 polegadas instaladas na área interna Por que ir? Concebido para transmitir jogos de outras modalidades menos tradicionais no país, como hóquei e rugby, o bar é decorado com temática de vários esportes e oferece cardápio internacional, com iguarias como as asinhas de frango apimentadas (bufalo wings) servidas com creme de queijo roquefort

C *O c o n

Onde fica? Rua Viçosa, 250, São Pedro Tel.: (31) 3223-1987

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Bras

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Para participar, é simples: compre uma TV participante da campanha e receba o valor da compra em cheque-presente Fnac, se o Brasil ganhar todos os jogos dentro dos 90 minutos. Consulte o regulamento: fnac.com.br/ganhabrasil CAMPANHA VÁLIDA ATÉ 10 DE JUNHO, OU ENQUANTO DURAR NOSSO ESTOQUE. *O cliente que adquirir uma TV participante da campanha, terá direito ao beneficio independentemente de sorteio ou qualquer outro tipo de álea, somente se a Seleção Brasileira for campeã do Campeonato Mundial de Seleções de Futebol de Campo de 2014, e ganhar todos os jogos que disputar no período regulamentar de 90 minutos, sem considerar tempo extra ou disputa de penalidades. A ação terá término em 10 de junho 2014 ou até quando acabar o estoque disponível. Consulte a relação completa dos produtos participantes e regulamento no site Fnac.com.br/ganhabrasil.

Fnac. 60 anos no mundo. 15 anos no Brasil.

Brasília | Belo Horizonte | Campinas | Curitiba | Goiânia | Porto Alegre | Ribeirão Preto | Rio de Janeiro | São Paulo

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GASTRÔ | COPA Roberto Rocha

Xico da Carne Estrutura A unidade Cidade Nova contará com ações promocionais, telão e TVs; as unidades Barro Preto e Santa Inês terão TVs de 42 polegadas Por que ir? Na Cidade Nova, destaque para uma miniquadra com grama sintética e trave, além de atividades para as crianças. A meninada que acertar o gol ou determinados pontos da meta ganha prêmios, para elas e para os pais Onde fica? Unidade Cidade Nova Rua Dr. Júlio Otaviano Ferreira, 772 Tel.: (31) 3484-0038

Samuel Gê

Albano’s Estrutura Unidade Sion: TV de 80 polegadas, telão, mais duas TVs de 70 polegadas. Unidade Lourdes: três TVs de 46 polegadas Por que ir? Os clientes que acertarem o placar dos jogos do Brasil podem ganhar até 300 chopes. A ideia é que, durante a Copa do Mundo, o Albano’s distribua 2014 chopes. Caso haja mais de um acertador do placar no jogo, os chopes serão divididos entre eles Onde fica: Unidade Sion: Rua Pium-i, 611 Tel.: (31) 3281-2644 Unidade Lourdes: Rua Rio de Janeiro, 2.076 Tel.: (31) 3292-6221

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LF/Mercado

Chega de jogar sozinho, entre para uma grande selecão.

A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes representa o setor em todo o país. O estabelecimento associado tem mais chances de melhorar o negócio, com acesso a novos conhecimentos e mais força nas negociações com os setores público e privado, além de participar de eventos técnicos regionais, de grandes festivais gastronômicos, de programas de qualificação e de publicações editadas pela Abrasel. Em Minas Gerais ligue: 31 3282 5533.

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GASTRÔ | COPA

Mistura de sotaques Preparamos uma seleção de sabores do mundo com toques nacionais que agradam durante e depois do mundial de futebol

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Fotos: Rogério Sol

AUGUSTO FRANCO

Entre o seleto grupo de campeões mundias do futebol, o Brasil carrega, neste ano, a tríplice responsabilidade de ser anfitrião, maior campeão, em busca do hexa, e favorito por jogar em casa. Fora das quatro linhas, porém, especialmente no campo da gastronomia, a seleção canarinha aceita jogadores de todos os países. É a favor da mistura de sotaques, da cozinha-moleque, da cozinha do improviso e da alegria. Que durante os jogos pode misturar clássicos de países que já

chegaram lá, caso de Uruguai, Alemanha, França, Itália e Espanha, com temperos e ingredientes brasileiríssimos. Para esta Copa, fomos a campo e fizemos uma escalação campeã, para ser apreciada dentro ou fora de casa. Na Costelaria Monjardim, no Lourdes, a costela uruguaia, obrigatória nos fins de semana entre os hermanos, ganhou cancha na companhia da mandioca, um bolinho recheado. No restaurante Pellegrino, no Anchieta, o galeto francês, ou poulet, trocou o vinho tinto por molho de quiabo e polenta.

No Paradiso, localizado no Santo Antônio, a tradicional carne de lata espanhola recebe o apoio de torrones de mandioca e creme de banana-da-terra. Do Caiçara, onde fica o bar Dias de Graça, substituição: sai o chucrute como acompanhamento do alemão joelho de porco e entra o creme de milho. Para terminar sem prorrogações, o espaguete italiano é feito de abobrinhas e servido com pesto de hortelã e tomates no Deli Fresh Food, na Savassi. Pode apostar, com esses pratos em campo, as manifestações seguramente serão a favor.

Leonardo Marques, da Costelaria Monjardim INGREDIENTES • 2 kg de mandioca cozida • 300 g de costela bovina cozida e desfiada • 20 mL de manteiga de garrafa • 1/2 unidade de pimentão vermelho

• 1/2 unidade de pimentão verde • 1/2 unidade de pimentão amarelo • 2 cebolas médias • Óleo de cozinha para fritar • Sal a gosto

MODO DE FAZER Cozinhe a mandioca até ficar muito macia, retire os fiapos. Amasse com um garfo ou amassador e reserve. Desfie a costela previamente assada na brasa (pode ser do churrasco do dia anterior. Asse (na brasa ou em uma assadeira, no forno, com fogo brando, a 180 graus) as cebolas e os pimentões. Corte-os em cubos pequenos e adicione a costela desfiada. Leve em uma panela

com a manteiga de garrafa, mexa bem e deixe esfriar. Faça bolinhas com a mandioca, recheie com a carne e vegetais (com cuidado para que o recheio não fique demais, para que a bolinha não estoure). Leve os bolinhos ao congelador e deixe por pelo menos 12 horas (ou uma noite) antes de fritar. Frite com óleo em abundância (imersão), escorra e sirva.

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Por Marcelo Paolucci, do Restaurante Pellegrino INGREDIENTES • 1/2 galeto desossado • 100 g de quiabo • 100 g de milharina • 30 g de queijo parmesão ralado • 100 mL molho roti (molho de carne)

• 200 mL brodo de legumes (caldo de legumes) • Pimenta-biquinho a gosto • 1 gema de ovo • Sal a gosto • 2 folhas de couve • 500 mL de óleo de soja

MODO DE FAZER Galeto: tempere o galeto com sal e limão a gosto. Reserve por 1 hora. Grelhe o galeto até que fique dourado por fora e cozido por dentro. Pode ser grelhado em parrilla, grill elétrico ou panela antiaderente. Polenta: misture a milharina com o brodo de legumes e sal a gosto. Em uma panela, cozinhe por aproximadamente 30 minutos ou até que a polenta ganhe consistência firme. Em seguida, coloque-a em um aro inox ou forma redonda antiaderente de 10 x 10 cm. Abra um pequeno

buraco com a colher, coloque a gema e polvilhe com o queijo parmesão. Feito isso, leve ao forno para derreter e gratinar. Atenção ao tempo, pois a gema não deve cozinhar. Molho: em uma frigideira, salteie o quiabo, acrescente a pimenta-biquinho e o molho roti. Deixe cozinhar por 5 minutos ou até que o molho incorpore ao quiabo. Couve crocante: corte a couve em fatias finas e frite em óleo quente. Escorra o excesso de óleo em papel toalha. Serve uma pessoa.

Fotos: Alexandre Rezende

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GASTRÔ | COPA Fotos: Alexandre Rezende

Por Alexandre Ferreira Campos, do Paradiso Restaurante INGREDIENTES • 300 g de carne de lata (pernil suíno) • 1 cebola roxa pequena cortada em tiras (à juliene) • 1 colher (sopa) de melaço de cana

• 1 banana-da-terra madura e assada • Pimenta-do-reino a gosto • Sal a gosto • 1/2 queijo canastra

MODO DE FAZER Carne de lata: corte o pernil em cubos médios, reservando as partes mais gordurosas. Passe os cubos de carne rapidamente em uma frigideira preaquecida, selando todos os lados. Depois, passe a carne para uma panela grossa, em fogo brando. Acrescente caldo da própria carne, ervas e as gorduras do pernil, misturando de vez em quando, até que a gordura esteja toalmente derretida. Desligue e leve à geladeira por pelo menos 12 horas. Torrones de mandioca: cozinhe a mandioca e, em seguida, faça um purê. Tempere com sal,

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pimenta-do-reino e metade do queijo canastra. Deixe esfriar. Corte em cubos e, em seguida, frite-os em óleo quente. Aligot de bananas: asse as bananas-da-terra até fi car bem macias. Bata-as no liquidifi cador até formar uma pasta lisa. Em seguida, leve-as a panela e, assim que esquentar, acrescente o restante do queijo canastra. Misture até formar uma massa com bastante liga. Montagem: retire a carne da conserva e frite novamente. Disponha a carne de lata sobre o aligot de bananas. Para fi nalizar, decore o prato com o melaço de cana.

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GASTRÔ | COPA Fotos: Thiago Mamede

Por Juliana Muradas, do Deli Fresh Food INGREDIENTES Para o espaguete de abobrinhas: • 4 abobrinhas pequenas • 1 dente de alho picadinho • 2 colheres de azeite Para os tomates: • 1 tomate maduro, sem casca e sem sementes • 1/2 cebola

• 200 g de tomate pelatti • 2 colheres de sopa de azeite • 50 mL de água Para o pesto de hortelã: • 1 xícara de azeite • 1/2 xícara de hortelã • 1/2 xícara de nozes • 1 dente de alho • Pitada de sal

MODO DE FAZER Espaguete de abobrinhas: rale as abobrinhas, no ralo grosso, no sentido do comprimento. Numa frigideira antiaderente, esquente o azeite, doure o alho e acrescente a abobrinha. Salteie tudo rapidamente. Tempere com sal e pimenta-do-reino. Tomates: refogue a cebola e o tomate maduro no azeite. Deixe na panela por 5 minutos e

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acrescente a água. Quando secar, acrescente os pelatti, amasse e corrija o tempero. Pesto de hortelã: bata os ingredientes no processador. Se fizer maior quantidade, coloque uma pedra de gelo na hora de bater. Pode ser guardado na geladeira por 15 dias. Montagem: disponha um ninho de espaguete de abobrinhas em prato fundo. Acrescente os tomates, o pesto e sirva imediatamente.

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GASTRÔ | COPA : Fotos: Roberto Rocha

Por Ronaldo Avelar, do bar Dias de Graça INGREDIENTES • 200 g de joelho de porco defumado • 1 cebola média (50 g) • 2 dentes de alho (30 g) • 200 g de milho verde debulhado

• 50 mL água • 50 mL de leite • 100 g queijo coalho • Sal e pimenta a gosto

MODO DE FAZER Joelho de porco: tempere o joelho de porco com o sal, a pimenta e o alho. Deixe marinar por uma hora. Cubra com papel-alumínio. Coloque para assar em forno preaquecido a 200º, por 30 minutos. Tire o papel-alumínio e deixe mais 10 minutos. Musseline de milho: bata o milho com a água no liquidificador. Coe com ajuda de um pano e reserve. Numa panela, refogue alho e cebola e adicione o caldo do milho, tempere com sal e pimenta e deixe cozinhar até atingir a textura desejada. Use o queijo coalho para decorar. ❚

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GASTRÔ | BOTECAR Samuel Gê

Primeira edição do Botecar reuniu bares tradicionais da cidade: resgate de receitas típicas de Minas e atendimento de primeira

Gosto de quero mais Donos de bares e botequeiros comemoram sucesso do Botecar. A vibração se estendeu para a festa de encerramento, que premiou os três melhores da cidade, entre 55 participantes 172 |Encontro

GEÓRGEA CHOUCAIR

Muito samba no pé e celebração entre os convidados marcaram o encerramento do Festival Botecar, que contou com a participação de 55 bares e botecos de Belo Horizonte em concurso do melhor tira-gosto, entre os dias 9 de abril e 10 de maio. A festa, realizada em 18 de maio, no Gaia Eventos, reuniu mil pessoas, entre donos dos botecos, familiares, imprensa e organizadores. O sucesso do primeiro ano do festival deixou um desejo de quero mais por parte dos botequeiros e donos dos bares participantes. A festa de encerramento se transformou em grande congraçamento entre os donos de botequins. A ani-

mação aumentou mais quando Thiago Reis, da TV Alterosa, e Geraldo Teixeira da Costa, diretor-executivo do jornal Estado de Minas, anunciaram os grandes vitoriosos: o Bar Estabelecimento, no bairro Serra, foi o primeiro colocado com o tira-gosto A Taça do Mundo É Nossa. O segundo lugar foi conquistado pelo tradicional Bar do Careca, do Cachoeirinha, com o Língua Show de Bola. O terceiro lugar ficou com o Curin Bar, no Santa Mônica, com o Solanáceas da Vovó. “Cada dono de bar levou seus amigos e familiares para torcer e houve muita vibração com a divulgação das colocações”, conta Antônio Lúcio Martins, organizador do Botecar. A votação dos vencedores aconteceu

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VENCEDORES DA PRIMEIRA EDIÇÃO DO FESTIVAL Olívio Cardoso Filho, do Bar Estabelecimento, primeiro colocado; Orcírio Gonçalves, do Bar do Careca, segundo colocado; Marcílio Furtado, do Curin Bar, terceiro colocado Fotos: Samuel Gê

ao longo dos 31 dias de festival. Os frequentadores dos bares deram um voto popular, com nota de zero a 10. Os jurados técnicos – formados por grupo eclético, como professores de universidade de gastronomia e frequentadores de botecos – complementaram a nota. A cédula de votação pedia nota única para o tira-gosto, atendimento, temperatura da bebida e higiene do ambiente. “O nosso objetivo foi avaliar a vibração do ambiente de forma mais ampla, e não apenas item por item”, diz Martins. A vontade de res gatar as delícias dos tira-gostos de Minas Gerais foi alcançada com criatividade pelos participantes da novidade gastronômica, que buscaram oferecer comida boa e atendimento próximo da freguesia. Muitos bares fizeram alusão à Copa do Mundo em seus pratos, como foi o caso do Bar do Antônio (Pé de Cana), com o Mineirão no Prato; do Autêntico’s Bar, com Cafu; do Bar da Cida, com o Pé na Copa; e do Bar da Ana, com Hexa Suado. A intenção, claro, é continuar atraindo clientes durante as partidas do mundial de futebol, entre junho e julho. O Botecar reuniu alguns dos mais tradicionais estabelecimentos de Belo Horizonte, caso do Patorroco, no Prado; Bar da Lora, no Mercado Central; Bar do Zezé, no Barreiro; Bar do Véio, no Caiçara; e Bartiquim, no Santa Teresa. Houve ainda espaço para casas como Armazém Medeiros e Boteco da Carne. Alguns foram estreantes no mapa dos botecos de BH, como o Art no Espeto Mineiro e o Bar do Kaká. O formato dos tira-gostos foi discutido com a participação dos donos dos bares, que não tiveram ingredientes – e valores – predefinidos. O preço máximo dos tira-gostos foi de R$ 29,90, caso do Tilápia Grelhada padrão Fifa, do Gabiroba Butiquim, no Minas Brasil; e do Sensações em Verde e Amarelo, do Escritório da Cerveja, no Planalto. Alguns pratos saíram ainda mais em conta. Foi o caso do da Berinjela Recheada e Empanada, do Curin, no Santa Mônica, no valor de R$ 8,50. O Botecar contou com o apoio da revista Encontro, TV Alterosa e do jornal Estado de Minas. JUNHO DE 2014

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GASTRÔ | BOTECAR

Fotos: Samuel Gê

GARÇOM

Chefia Camarada foi novidade I novação do Botecar, o Chefia Camarada, concurso para eleger o melhor garçom ou garçonete, arrancou sorrisos dos convidados presentes, quando a garçonete Jussara (Jú), do Bar da Cida, no Floramar, subiu ao palco por ter vencido, com mais de 10 mil votos. Jussara é garçonete do bar há oito anos e se emocionou ao ganhar o prêmio. “Chorei um pouco. É a primeira vez que meu trabalho foi reconhecido em concurso. Foi muito prazeroso”, diz. O diferencial de Jussara é a alegria e atenção que dispensa aos clientes. Está sempre disposta a atender bem. A premiada ganhou um troféu e uma TV de 40 polegadas. Jussara já atuou em ramos diversos: teve loja de roupas, foi secretária e trabalhou em distribuidora de bebidas. “Mas o que mais gostei foi de ser garçonete. É bom, você conhece pessoas diferentes”, diz. No bar da Cida, há uma peculiaridade: todas as garçonetes são mulheres. Participaram da premiação todos os garçons dos 55 bares do Botecar. Para votar no mais “amigo”, o cliente precisava entrar no site do evento (www.botecar.com.br) e fazer a escolha.

Bem ao estilo mineiro

Bufê de pratos típicos

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O local do encerramento, o Gaia Eventos, tem ambiente diferente do tradicional. Localizado a poucos minutos do centro de Belo Horizonte, tem 8 mil metros quadrados, com área fechada e aberta com muito verde e belezas naturais. Na decoração, feita pelo Bem Me Quer e Frederico Clemente, foi explorada a estampa de chita, além de pimenteira e ervas nos arranjos de mesa, muitas almofadas e engradados de cervejas Ambev com decorações temáticas. Os comes e bebes ficaram por conta do bufê Meet Grill, com pratos típicos de boteco. Foram servidas carnes grelhadas (como contrafilé, filé de peito de frango, linguicinha de frango e pernil, salsichão recheado com muçarela e fígado acebolado). De petiscos, os convidados saborearam bolinho de feijão, mandioquinha, minipastéis, jiló, cebola, tomate, cheiro-verde e molhos diversos, como barbecue e mostarda. Nas guarnições, macarrão à Moda Meet, polenta à bolonhesa, tropeiro Grill e fritada mineira. De bebida, cerveja Brahma, refrigerante, água, cachaça digníssima e espumante Rio Sol.


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Animação de sobra

Fotos: Samuel Gê

Música diversificada e muita animação ajudaram a brindar a festa de encerramento do Botecar. Logo no início do evento, por volta das 15h, o grupo de samba e choro Camafeu levantou o público com repertório amplo. “Várias pessoas caíram no samba”, afirma Patrick Lommez, produtor do Camafeu. O evento foi especial para o grupo, que teve boa receptividade e ganhou diversos seguidores nas redes sociais depois do show. Às 18h, foi a vez do grupo de samba Trem dos Onze. No intervalo das bandas, o DJ Denis Rodrigues animou a festa com ritmos variados. ❚

Comemoração Botecar

Comemoração Botecar

Leopoldo Siqueira

Comemoração Botecar

Trem dos Onze e Leopoldo Siqueira

Show da banda Camafeu

Patrocinadores

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na sociedade | helvécio carlos hcarlos@editoraencontro.com.br

Entre amigos Dani Guimarães tem um motivo a mais para comemorar seu aniversário. Neste ano, a economista, que protagonizou festas memoráveis na cidade, celebra a data em ritmo de Copa do Mundo, dia 22, em área reservada do Chalezinho. O encontro está marcado para as 20h30, logo após o último jogo do dia, entre Estados Unidos e Portugal. A pista será animada por Rick e Ricardo, dupla sertaneja que faz o maior sucesso entre a moçada. Dani optou por comemorar seus 25 anos planejando todos os detalhes da celebração, seguindo o mesmo espírito festivo da mãe, Claudia Guimarães.

Odilon Araújo/divulgação

Dupla linda e dinâmica Chris e Izabelle Drulla não se desgrudam. Da vida em família às atividades comerciais, as irmãs são inseparáveis e apaixonadas pelo que fazem. “Nós nos complementamos. Ao amor de irmãs acrescentamos cumplicidade e amizade”, derrete-se Chris, casada com Tancredo Neto e mãe de Daniel e Estela. “Quando eu levanto voo, ela me chama de volta. E ela é ousada onde sou conservadora. Temos confiança absoluta uma na outra”, acrescenta Izabelle, mãe de Dado, de seu casamento com Flávio Carneiro. As irmãs se dedicam agora à criação de um ateliê com atendimento exclusivo para mulheres. Até na escolha do novo projeto, fica clara a sintonia entre as duas. “Na infância, brincávamos de fazer roupas para as nossas bonecas com nossa mini máquina”, diverte-se Chris.

Carlos Olimpia/divulgação

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Eugênio Gurgel

Encontro de estrelas Ídolos do Barcelona, separados na Copa do Mundo pelas seleções em que atuam, Neymar, do Brasil, e Messi, da Argentina, podem ter um encontro rápido em BH. Wallace Soares, que tem amigos em comum com os dois atletas, e sua mulher, Flávia, já estão preparados para receber as estrelas do futebol mundial em sua casa, no Belvedere. Tudo vai depender da passagem do Brasil para as oitavas de fi-

nal, cujo jogo está marcado para o Mineirão. O encontro na casa de Wallace deve repetir a animação do último evento organizado pelo empresário para receber Neymar, que passou por aqui, no ano passado, na Copa das Confederações. Se por um motivo ou outro os jogadores não aparecerem, o pai de Neymar e parentes do atacante estão confirmados como hóspedes de Walace e Flávia. Arquivo Pessoal

No teatro, com Sarkozy Fã da cantora francesa Carla Bruni, Renata Araújo aproveitou sua temporada em Nova York com o marido, Gustavo Paulino, para ver a apresentação da cantora no The Town Hall. Renata só não esperava ficar cara a cara com o ex-presidente francês Nicolas Sarkozy, ex-marido de Carla, no hall do teatro. “Ele foi muito sim-

pático. Pedi uma foto para o Brasil e ele quis saber de onde éramos. Disse que de Minas Gerais, terra do futuro presidente do Brasil”, conta, bem-humorado, Gustavo Paulino. Sarkozy foi recebido com aplausos. Viu o show na plateia. A expectativa é de que em outubro Carla Bruni venha a Belo Horizonte com a mesma turnê.

Casamento na Pampulha Depois da Copa do Mundo, a vida social volta a se movimentar. E em setembro o casamento que promete ser um dos mais elegantes do ano será o de Roberta Assumpção e Gregório Lovaglio Rossi. A festa vai reunir familiares e amigos na casa dos pais dela, Mauro Raso Assumpção e Sandra Moyses Assumpção, na Pampulha. A casa é uma das mais belas dos anos 1970, projetada por Luiz Lanza. Roberta, sem dúvida, será lembrada como uma das noivas mais elegantes da cidade. O vestido do grande dia será de Vera Wang, e a noite promete ser inesquecível. Um dos detalhes que chamará a atenção é a escolha musical. A trilha sonora da celebração ficará a cargo do duo formado por Patrícia Lobato e Renato Mota, mais o octeto de cordas e oboé sob regência do maestro Eliseu. Gregório é filho de Leila L. Rossi e Paulo Rossi.

De olho no associado Administrar um clube como o Pampulha Iate Clube não é nada fácil. Especialmente em uma época em que os grandes condomínios oferecem conforto e facilidades, mantendo os condôminos em casa. Levar o associado de volta ao clube para curtir tudo o que ele tem a oferecer é uma das grandes preocupações do novo presidente do PIC, Antônio Eustáquio da Rocha Soares. Sem citar números de uma possível evasão do associado, o novo presidente garante que sua gestão será marcada “pela busca constante da excelência nos serviços prestados e a satisfação dos sócios, pontos fundamentais para o processo de fidelização com o clube”. O PIC é, para o novo presidente, um exemplo do que há de melhor na capital mineira. Frequentador do clube desde a juventude, foi lá que conheceu sua mulher, Moema Starling de Barros Soares, e criou os filhos Fernanda e Felipe. junho de 2014 Encontro | 181

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na sociedade | helvécio carlos especial copa

hcarlos@editoraencontro.com.br Fotos: uefa.com

ESPANHA CASILLAS

ESPANHA s. ramos

ESPANHA piquÉ

ESPANHA azpilicueta

BRASIL maxwell

INGLATERRA GERRARD

PORTUGAL M. VELOSO

ESPANHA jesús navas

HOLANDA sneijder

ESPANHA F. TORRES

A seleção delas Os jogadores bonitões que vão desfilar pelos gramados dos estádios brasileiros durante a Copa do Mundo, de 12 de junho a 13 de julho, já chamam a atenção das mulheres. Para montar a seleção do sonho delas, a coluna convidou duas modelos, Marina Cançado (dir.) e Deborah Lima, ambas da Woll Agency. Cada uma escalou seus jogadores e, com base na indicação das duas, montamos um único time que, pelo menos para a torcida feminina, não fará feio. As modelos tiveram liberdade não só na escolha, como também nas variações táticas para os times. Convocados por Marina: para goleiros Joe Hart (Inglaterra), Casillas (Espanha) e Oréstia Karnezis (Grécia); para zagueiro, Piqué (Espanha); volante, Miguel Veloso (Portugal); atacantes, Fernando llorente (Espanha), Cristiano Ronaldo (Portugal) e Robin van Persie (Holanda); lateral, César César Azpilicueta (Espanha); armadores, Niko Kranjcar (Croácia) e Jesús Navas (Espanha); Deborah Lina (esq.) escalou como goleiro Casillas (Espanha); zagueiros, Sérgio Ramos (Espanha) e Piqué (Espanha); laterais, Daniel Alves (Brasil) e Maxwell (Brasil); volante, Gerrard (Inglaterra); armadores Sneijder (Holanda) e Lampard (Inglaterra). Como atacantes, Sérgio Aguero (Argentina), Fernando Torres (Espanha) e Cristiano Ronaldo (Portugal). Leandro Ribeiro Imaging/divulgação

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PORTUGAL c. ronaldo

Tom Andrade/divulgação

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sociedade | festa

Amigas reunidas na praia durante luau

Festa dos sonhos

Marcelo e Gabriela Cohen pararam a Ilha de Comandatuba (BA) para comemorar, em grande estilo, o aniversário das gêmeas Sofia e Vitoria Sergiovanne Amaral Imagine fazer parte de uma lista de 120 amigas convidadas para passar um fim de semana em uma ilha paradisíaca, ainda por cima com tudo pago? Junte a isso a presença de atores famosos e um desfile de moda. Parece um sonho, não é mesmo? Pois foi assim que o casal Marcelo e Gabriela Cohen comemorou o aniversário das filhas Sofia e Vitoria. Como a família é judaica, aos 12 anos, as gêmeas celebram o bat mitzvah, e são consideradas maduras para assumir os ensinamentos judeus. Para toda a família, tão marcante quanto a data foi a celebração, que durou três dias, de 16 a 18 de maio, no Transamérica Ilha de Comandatuba (BA),

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um dos mais luxuosos resorts do Brasil. As amigas de Sofia e Vitoria, a maioria do Colégio Loyola, onde estudam, foram levadas de avião até lá. “Até uma amiga de Miami e outra de Maringá apareceram”, comentou Vitoria. Para delírio das meninas, a consultora de moda Ana Cury e a grife Spezzato promoveram o desfile Fashion Weekend Kids. A passarela estava livre para todas. A atriz global Sophia Abrahão desfilou de mãos dadas com Sofia e Vitoria. À noite, a banda Fuzz, dos filhos e de um sobrinho do ator Marcello Novaes, que também estava lá, animou um luau. “Não conhecia a banda, mas gostei muito. O Marcello Novaes é muito simpático”, disse Sofia. Empresário do setor de turismo (ele

é dono da agência de viagens Belvitur), Marcelo Cohen e a mulher, Gabriela, não pouparam esforços para que tudo ficasse marcado na memória das filhas e de seus convidados. “Acho que realizamos o sonho de várias meninas ao mesmo tempo”, disse ele. Em vez de presentes, as gêmeas pediram às amigas que fizessem doações para a Creche Nossa Senhora da Paz, onde fazem um estágio voluntário pelo Loyola. No fim das contas, Gabriela, a mãe coruja que levou até uma pediatra na viagem, ficou emocionada. “Foi como uma festa na ilha da fantasia.” A diferença, neste caso, é que de fantasia não teve nada. Foi tudo realidade. Pelo menos para as 120 amigas privilegiadas.

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Fotos: Liliana Queiroz

Sofia Cohen, Gabriela Cohen, Vitoria Cohen e Marcelo Cohen

Gabriela Cohen, Suzana Cohen, Ana Cohen, Marcelo Cohen, Vitoria Cohen, David Cohen e Sofia Cohen

Sofia Cohen, Sophia Abrah達o e Vitoria Cohen

Show da Banda Fuzz

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sociedade | festa

Gabriela Mendonça e Vitoria Cohen

Marcello Novaes e Izadora Graça

Marcela Paz, Fernando Paz, Vitoria Cohen, Paula Paz e Gabriela Paz

Daniela Pessoa, Patricia Henriques e Gabriela Cohen

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Sofia Cohen e Luisa Cadaval Rocha

Boate Luau

Isabela Lamounier, Eliane Lamounier e Fernanda Lamounier

Recreação Comandatuba

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SOCIEDADE

Unidade exclusiva

Osvaldo Cypriano e Daniel Miranda

Laura Brum, Evaldo Rios e Raquel Brum

A Bel Lar inaugurou nova loja no bairro Santa Lúcia, região Sul de Belo Horizonte. A loja tem 2.100 m2, sendo 1.050 m2 de loja e 1.050 m2 de estacionamento, e, aproximadamente, 30 novos funcionários. A expectativa da empresa é registrar crescimento de 30%, ainda no segundo semestre de 2014. A Bel Lar está presente no mercado desde 1967, com atuação especializada em revestimentos, louças, metais e acessórios, e materiais exclusivos, nacionais e internacionais. A empresa tem mais duas unidades, uma na avenida Pedro II, no bairro Carlos Prates, e outra na BR-381, KM 5,3, em Betim. Fotos: Renata Caldeira.

Evaldo Cypriano e Rosana Patrícia Cypriano Saliba

Paulo Henrique Vasconcelos, Bárbara Garcia, Daniel Marques e Silvério Vilela

188 |Encontro

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Carla Menezes e Paola Duarte

Bruna Sanson e Ângelo Coelho Filho

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Fabio Ramalho, Janete Marinho, Goretti Gonçalves, Mara Lacotix e Débora do Espírito Santo

Gian Luca Malagoni, Gabriel Bertolacci e Regina Ramires

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SOCIEDADE

Bodas Cerca de 750 convidados participaram do casamento de Gabriella Coscarelli e Alberto Sollero no Morro do Chapéu. A cerimônia, no final de tarde, foi realizada na praca da Contemplação e a recepção, na sede do condomínio. A pista ficou animada até as 3h da manhã, com show de Gabriela Pepino, Banda M7 e o DJ Rodolfo Brito. Gabriella é filha de Jandira Mourão Coscarelli e Giambattista Antonini Coscarelli. Alberto, de Ludmilla Eva Lima Sollero e José Maurício Balbi Sollero. Fotos: Dudua’s Profeta.

Alberto Sollero e Gabriela Coscarelli

Jandira e Gian Coscarelli

Ludmila e José Maurício Sollero

Angélica Sollero Rodrigues, Alberto Sollero e Gustavo Rodrigues

Luiza Guerra e Marcelo Mendes

190 |Encontro

Thiago Moreira e Paloma Navarro

Bruna Paz e Gianino Coscarelli

junho de 2014

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Foto: Click EstĂşdio

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SOCIEDADE

Alberto Pinto Coelho, Léo Burguês, Henrique Braga, Dinis Pinheiro e Professor Wendel

Personalidade política O presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Dinis Pinheiro, foi homenageado pela Câmara Municipal de Belo Horizonte com o título de Personalidade Política 2013. Na sede do Legislativo municipal, recebeu também diploma de honra ao mérito em reconhecimento aos relevantes serviços prestados aos mineiros e à capital mineira. A autoria do projeto foi do vereador Professor Wendel. Fotos: Dudua’s Profeta.

Gustavo Corrêa e Elaine Matozinhos

Ana Paula Pimenta da Veiga e Gisele Camargos

Agostinho Patrus Filho, Jayme Nicolato e Adriano Bernardes

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SOCIEDADE

Carmen Vianna e Lincoln Meirelles

Jantar de casamento

João Aroeira e Aline Vianna

Ricardo Guimarães e Claudia Guimarães

194 |Encontro

Os noivos Aline Vianna e João Luiz Aroeira decidiram comemorar o casamento de forma inusitada. Em vez da festa após a cerimônia, os noivos optaram por oferecer um jantar para convidados uma semana depois das bênçãos recebidas na igreja Nossa Senhora Rainha. A cerimônia foi restrita aos pais dos noivos. Aline é filha de Lincoln Meirelles Ribeiro dos Santos e Carmen Viana dos Santos. O noivo, de André Medrado Aroeira e Lúcia Menicucci Aroeira. Fotos: Renata Caldeira.

Anna Marx e Mateus Aroeira

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Daniela Pedrosa e Fernando Pedrosa

Wilma Aloeira, Mônica Aloeira, Sílvio Aloeira e Rozilene Aloeira

Iris Ramadas e Roberta Vasconcellos

Adriana Jardim e Elton Bernardes

Isabella Chaves Lamego e Leonardo Lamego

Matheus Mendes e Fabiana Quick

Paulo Veloso e Joana Mourão

André Medrado Aroeira, Lucia Aroeira e Maria Aroeira

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SOCIEDADE

Emi Vieira, Rogério Reis e Marcelo Campos

Gustavo Giacchero, Eduardo Casademont, Ana Paula Diniz e Flávio Morais

Menu harmonizado O enólogo Eduardo Casademont, da vinícola argentina Las Moras, participou de encontro com enófilos promovido pela Enoteca Decanter. No jantar harmonizado com sete vinhos da vinícola, os convidados conheceram mais sobre os processos de produção, uvas e os rótulos da Las Moras. Fotos: Renata Caldeira.

Filipe Brum e Solange Brum

Áurea Nascimento e Marília Milagres

SOCIEDADE

Cirino Alberto Goulart, Roberta de Mesquita Ribeiro, Carina Piacenza e Fernando Orlan Pires Resende

Júlio César dos Santos Esteves, Andréa Abritta Garzon e Lincoln Portela

Homenagem Em solenidade comemorativa da Semana da Defensoria Pública, a Defensoria Pública do Estado de Minas Gerais (DPMG) agraciou 41 personalidades com a Medalha do Mérito em três designações: Grande Colar do Mérito, Medalha de Honra e Comenda do Mérito. Homenageado com o Grande Colar do Mérito, o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, deputado Dinis Pinheiro, foi o orador oficial da cerimônia. Na ocasião, foi realizada também a inauguração oficial das Unidades I e II da Defensoria Pública. Fotos: Dudua’s Profeta. 196 |Encontro

Dinis Pinheiro e Christiane Procópio

Renata Vilhena e Leonardo Lima

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SOCIEDADE

Forró do Mídia Por causa da Copa do Mundo, o Forró do Mídia, promoção tradicional do grupo Diários Associados para o mercado publicitário, foi antecipado para a segunda quinzena de maio, no Restaurante Xapuri. Quem esteve presente curtiu o bar de drinks da Cachaça Vale Verde, a promoção do Kit Multimídia do jornal Estado de Minas, assinatura digital e impressa, com tablets e smartphones da Self Shop Celulares, Turismo de Experiência Clube A oferecido pela Empresa de Turismo Libertas e a ação que distribuiu prêmios da Suggar e da Rio Sol. A banda Fator R3 animou a pista de dança. Na saída, foi oferecido, pelo Jolie Buffet, um delicioso bem-casado. Fotos: Dudua’s Profeta. Michele Fraga, Camila Tavares e Isabela Monteiro

Benny Cohen e Laura Lima

Conceição Baeta, Mário Neves, Jane Ávila e Regis Souto

Helô Fernandes

Natália Salum e Paloma Resende

Lucas Fonda e Lúcio Perez

Marilia Coutinho, Fernanda Alves de Deus e Andreia Zuqui

198 |Encontro

JUNHO DE 2014

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SOCIEDADE

Com requinte clássico

Gisele Mascarenhas Soares e Dário Cardoso

Inspirado no bom gosto musical de Zélia Mascarenhas Soares, o casamento de sua filha, Gisele Mascarenhas Soares com Dário Cardoso, ganhou detalhe inusitado. A recepção foi transformada em um verdadeiro baile de máscaras, com direito a performance de tenor interpretando trechos de O Fantasma da Ópera. Os convidados entraram no clima com a distribuição de máscaras venezianas. Cerimônia e recepção reuniram cerca de 400 convidados no Chateau Belvedere, que recebeu decoração do Recanto das Flores. O pai de Gisele é Sebastião Vieira Soares. Os pais do noivo são Dário Pedro Cardozo e Maria Emy Cardoso. Fotos: Renata Caldeira.

Dário Pedro Cardozo, Emy Maria Cardozo, Dário Cardoso, Gisele Mascarenhas Soares, Sebastião Vieira Soares e Zélia Mascarenhas Soares

Izabella Lima, Simone Cotta e Cynthia Cotta

Mirian Carrazza Abras, Joyce Pereira Lamego, Maria Heloisa Souza Lima e Maria de Luz Carvalho

200 |Encontro

Matheus Mascarenhas, Terezinha Mascarenhas, Ana Cláudia Mascarenhas e Alexandre Mascarenhas

Andréa Bessone, Branca Bessone, Valentina Bessone e Adriana Bessone

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Ana Cristina Mascarenhas, Lito Mascarenhas, Gisele Mascarenhas Soares e Dário Cardoso

Ricardo Las Salas, Maria José Melo, Gernan Guimarães e Roziane Cardozo

Eliane Fajioli e Nazareth Azevedo

Gilvanice Resende Monteiro Pereira e Marilu Siqueira

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Ângela Peres e Pedro Soares

Arilma Peixoto e Ana Luiza Peixoto

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SOCIEDADE

Debutante Foi um sucesso a festa de 15 anos de Sofia Cunha Mafra, no salão do Minas I. Filha de Márcia e do cirurgião plástico Marcus Mafra, a aniversariante e o irmão, Henrique, brindaram os convidados com bela performance no teclado. Os 400 convidados dançaram ao som do DJ Vitor Sobrinho e do baterista Hugo Soares. A decoração ficou por conta da Âmbar Produções, de Gustavo Maia. Fotos: Tião Mourão/ Divulgação. Marcus Vinícius Mafra, Sofia Mafra, Márcia Mafra e Henrique Mafra

Meire Cunha, Israel Oliveira e Vitória Cunha de Oliveira

Bernardo Cunha, Zulma Cunha, Marcio Cunha e Leonardo Cunha

Johnny Mafra, Sonia Mafra, José Mario Mafra, Patricia de Salvo e Thiago Mafra

Henrique Mafra, Raul Mafra e Augusto Mafra

Camila Jardim e Bruna Maria

Fausto Mafra e Naly Mafra

202 |Encontro

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SOCIEDADE

Clésio Barbosa e Patrícia Soutto Mayor

Farid e Alessandra Choucair

Lançamento de livro Minas Gerais – Fazendas e Sabores do Leite, livro de Clésio Barbosa e Patrícia Soutto Mayor Assumpção, foi lançado durante coquetel no Palácio da Liberdade. Além de mostrar a importância econômica e social do leite, e, a produção do queijo mineiro, a obra conta histórias de produtores rurais. Setenta receitas tradicionais e contemporâneas da cozinha mineira dão tempero especial a publicação. Fotos: Dudua’s Profeta.

Oswaldo Sampaio, Ilma Corrêa e Célia Soutto Mayor

Luciana, Horácio e Glória Dias

Ana Mota, Ana Pinho e Tânia Antunes

Roberta Mirra e Moema Parreira

Nicolle Cota, Paula Marques e Ângela Marques

junho de 2014 Encontro | 203

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SOCIEDADE

Pimenta da Veiga, Carlos Andre Mariani Bittencourt, João Pinto Ribeiro, Lizete, Antonio Augusto Anastasia, Celia e Alberto Pinto Coelho

Homenagem a Anastasia Cinquenta e três anos bem comemorados. Assim que o ex-governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, retornou de uma breve viagem que fez à Itália, foi recebido pelo casal João Pinto Ribeiro e Lizete Ribeiro, que ofereceu um grandioso jantar para comemorar o aniversário do amigo de antiga data. Centenas de convidados foram recebidos na requintada recepção na mansão do casal. Entre eles, estavam o governador Alberto Pinto Coelho e o prefeito Marcio Lacerda. Outros políticos, empresários e amigos também participaram da homenagem a um dos maiores políticos brasileiros. Fotos: Marcos Vieira/EM/D.A Press.

Marcio Lacerda e Regina Lacerda

Mauricio Campos, Vera Bernardes e Manoel Bernardes

Virginia e Saulo Wanderley

Jacques Rodrigues e Terezinha Geo Rodrigues

Ângela Gutierrez, Henrique Salvador, José Salvador, Anna Marina e Álvaro Teixeira da Costa

204 |Encontro

Robson Andrade, Misabel Derzi e João Tufic

Samy Chafic, Maria Clara Franqueira e Rogeria Torres

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SOCIEDADE

Tiradentes em Cena No dia 16 de maio, Tiradentes virou reduto de atores de todo o país. A abertura da 2ª edição de festival de teatro Tiradentes em Cena movimentou a cidade. Com programação gratuita, turistas e moradores puderam conferir peças de vários gêneros durante toda a semana. Para o encerramento, no dia 24, foi apresentada a montagem inédita do texto O País do Desejo do Coração, de Willian Blake, dirigida por Matheus Nachtergaele. Logo após, Bibi Ferreira fechou a mostra com o show Bibi – Histórias em Canções, apresentado em praça pública. Fotos: Marlon de Paula/ Divulgação, Kleyton Guilherme/ Divulgação e Divulgação.

Peça O País do Desejo do Coração

Akin Garragar, Rodrigo Rosado, Aline Garcia, Lozano Raia e Silvana D'Lacoc

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Bibi Ferreira

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SOCIEDADE

Norah Lapertosa

Carol Costa e Fábio Drummond

Roberta Lobato

Festa no buteco Foi um sucesso a 3ª edição do evento Uma Tarde no Buteco, na lagoa dos Ingleses, em Nova Lima. Muita gente bonita foi prestigiar a festa, que aconteceu em 24 de maio em um tradicional boteco montado na orla da lagoa. A dupla Zezé di Camargo e Luciano esbanjou simpatia e, em duas horas de show, cantou os grandes sucessos da carreira. O palco 360 graus foi outra atração. O evento foi produzido pela Tim Soier Promoções e teve o apoio da casa Woods. Fotos: Eugênio Gurgel, Thiago Poncherello/Divulgação e divulgação. Paulo Menin, Rodrigo Gutierrez, Flávio Gutierrez, Felipe Tiradentes e Guilherme Alemão

Frederico Maia, Julia Gutierrez e Ramiro Maia

208 |Encontro

Victor Pecoraro, Tim Soier e Mauricio Noviello

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ARTIGO | LEILA FERREIRA lferreira@editoraencontro.com.br

Não, eu (ainda) não tenho WhatsApp Hoje meu dia começou bem... “bem” entre aspas, devo esclarecer. E estou pensando seriamente em terminar meu casamento com o Facebook, que, tecnicamente, ainda deveria estar em período de lua de mel. Motivo? O mais clássico de todos: incompatibilidade de gênios. Na verdade, o namoro durou pouco. Mal tivemos tempo de nos conhecer. Influenciada por todos que diziam “Você tem que ter Facebook!”, ou “Você precisa ter Facebook!” ou ainda “Como assim?! Você não tem Facebook?!”, acabei sucumbindo diante de tantos pontos de exclamação e interrogação e entrei para o “clube dos que têm Facebook”. Durou pouco o encantamento. Paixão nunca houve, o que é de se esperar em qualquer casamento de conveniência. Mas havia a euforia da novidade, a possibilidade de acompanhar tantas vidas, tantos fatos, de estar em contato com tanta gente. Só que euforia passa logo. E aí vem o danado do cotidiano, prova de fogo para todo e qualquer casamento. Comecei estranhando o conteúdo do que era postado: fotos das torradas do café da manhã ou do soro tomado no hospital, declarações de amor para o marido que eu só imaginava acontecer na intimidade, o inventário minucioso das atividades do dia (“estou no aeroporto”, “saindo para o supermercado”, “vou dormir”), enfim, não era o que eu imaginava. Mas fui ficando. Afinal, em meio ao festival de irrelevâncias, havia postagens interessantes, engraçadas, fotos ótimas, textos que valiam a pena ler – além do contato com pessoas queridas, que nunca é demais. Só que, aos poucos, uma sensação de desconforto começou a tomar forma. Tentei entender e vi que uma das causas era o excesso de felicidade. Famílias muito felizes, viagens muito divertidas, jantares perfeitos, filhos e netos maravilhosos... e eu só me encolhendo, ao comparar tudo aquilo com minha absoluta incompetência existencial. Participei de um encontro da minha turma de ginásio em Araxá (em comemoração a algumas décadas de formatura) que foi das coisas melhores, mais emocionantes que já vivi. Mas os meses de preparação para a festa, com as 40 colegas trocando mensagens pelo Facebook, acabaram comigo. As fotos dos filhos (que eu não tive), dos netos (que não tenho), das casas felizes, dos sorrisos serenos... Ah, que sensação de ter feito tudo errado na vida... Aí você pode pensar: “Mas o Facebook é assim mesmo, uma seleção dos melhores momentos. A realidade é diferente. Será que ela não entende?...”. Entendo. Sei que são as regras do jogo, que faz parte dessa história mostrar o lado mais ensolarado da existência. Mas não adianta. Fico balançada assim mesmo. Outro fator que contribuiu para a sensação de desconforto: a impossibilidade de dar atenção a todo mundo. Atingi o tal limite dos cinco mil amigos estipulado pelo Facebook e fiquei sem saber o que fazer com as novas solicitações de amizade. “É só excluir alguns amigos da sua lista”, me disseram. Como assim? Apagar, deletar, marcar

“O problema agora é assumir, ter coragem de nadar contra a corrente sem se sentir completamente antiga, inadequada, ultrapassada” com um X para a fila andar? Não, isso não faço. Não quero ofender ou ma goar ninguém. Aí deixo de atender os candidatos a amigos e acabo ofendendo ou magoando pessoas do mesmo jeito. De novo, são as regras do jogo. É, tá certo... mas tá esquisito, como dizia a velha frase pichada nos muros de Belo Horizonte na década de 1980. Mas o problema maior mesmo é que, com cinco mil amigos, fica absolutamente impossível dar às pessoas a atenção que elas esperam e merecem. Você tenta e obviamente não consegue. E aí acontece o que aconteceu hoje: o dia mal havia começado e uma amiga virtual me passou um sabão público, dizendo que continuaria me admirando como escritora, mas que, como pessoa, eu a havia decepcionado profundamente, porque não respondi suas mensagens. Pedi desculpas, também publicamente, desliguei o computador e cheguei à conclusão de que o ciberespaço não é mesmo minha praia. O problema agora é assumir, ter coragem de nadar contra a corrente sem se sentir completamente antiga, inadequada, ultrapassada. Porque as cobranças não param. “E o WhatsApp? Como assim?! Você não tem WhatsApp?!”, tenho ouvido com frequência. “Nunca diga nunca”, adverte o ditado. Por enquanto, não senti a menor vontade de ter o tal do WhatsApp. Mas, para não morder a língua depois, prefiro responder “Ainda não”. Influenciável como sou, nunca se sabe. z *Leila Ferreira é jornalista, escritora e palestrante

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