ESPECIAL EDUCAÇÃO
ENCONTRE A ESCOLA CERTA PARA SEU FILHO: RAIO-X DAS 18 INSTITUIÇÕES DE ENSINO MAIS PROCURADAS DE BH Setembro de 2014 | Ano XIII | Nº 160
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O que fazem, como vivem e o que pensam as mulheres de alguns dos principais jogadores de futebol mineiros – e como elas podem mudar uma partida
As
Marília, Linda e Diane, respectivamente, mulheres de Éverton Ribeiro, Diego Tardelli e Ricardo Goulart, os três jogadores convocados por Dunga para a seleção: elas não levam vida de madames, são empreendedoras, determinadas e sabem lidar com a fama dos maridos
mulheres dos nossos craques ENC160CAP_capa.indd 1
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nesta edição
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ntrevista E Para especialista, redução da idade penal não diminuiria a violência ÚSICA M Com nova geração de músicos, chorinho ganha força na capital
Bike Belas trilhas que atraem amantes da magrela
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ENCONTRO DELAS Corrida feminina chega a sua 10ª edição
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bem-estar Ainda dá tempo de ficar em forma para o verão
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COLU NAS
SAÚDE Dicas para evitar olheiras e tratar rugas
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no poder De olho nas obras e programas
et p Homeopatia pode até salvar a vida dos animais erfil p Perto dos 80 e esbanjando vitalidade, dentista dá outra guinada na carreira
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deu o que falar “O retorno de José Genoino ao regime de prisão domiciliar é a derrota final do soberbo Joaquim Barbosa”
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retratos da cidade No meio da avenida, um parque
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Veículos Carros que estacionam sozinhos começam a rodar pelas ruas
ente fina g Novos Mares
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vida digital Nem foi preciso o GoogleMaps
rtes plásticas a Pintora mineira explora tradições indígenas
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coluna de direção Pré-estreia
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encontro indica Com 12 horas de shows, Natura Musical traz Fernanda Takai e Nação Zumbi
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na mesa Delivery de detox
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na sociedade De novo, entre os melhores
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ARTIGOS
cláudio de moura castro Mesmice ou inovação?
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j osé joão ribeiro A falta do gênio indomável
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leila ferreira Haja paciência
154 Dvulgação
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nesta edição
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irco c Artistas ensinam a trabalhadores lições de prevenção de acidentes
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tendência Macacão volta com força total para a estação do calor
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capa Saiba quem são e como vivem as mulheres dos craques de Atlético e Cruzeiro moda Estilo blasé na passagem do inverno para o verão
vitrine Opções de peças e acessórios para retomar a rotina de treinos
decoração Jardins verticais levam o charme da natureza até para espaços apertados
Especial Educação
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Gastrô Receitas coloridas na estação das flores
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lourdes Maioria dos moradores vê com bons olhos movimentação do bairro
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os melhores de bh Vibração na noite de premiação de Encontro Gastrô 2014
Foto capa: Rafael Ribeiro/ CBF/Divulgação
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sustentabilidade Alunos contam como colocam em prática as lições aprendidas em sala
116 83
ESCOLAS Perfil de instituições e dicas de especialistas para ajudar a escolher o melhor colégio
enem Entenda como é a prova e confira dicas de alunos e professores
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intercâmbio Estudar e trabalhar fora do país conta (e muito) para o crescimento
Renato Cobucci/Imprensa MG
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NO PODER | BERTHA MAAKAROUN bmaakaroun@editoraencontro.com.br
DE OLHO NAS OBRAS E PROGRAMAS BH foi dividida em 40 territórios – que integram os 487 bairros da capital mineira –, não necessariamente vizinhos, mas com características demográficas semelhantes. O objetivo é criar indicadores sociais que contribuam para um planejamento participativo regionalizado e, sobretudo, ajudar o prefeito Marcio Lacerda (PSB) no acompanhamento de mais de 55 mil intervenções realizadas pela Prefeitura de Belo Horizonte nos últimos cinco anos. Numa “sala de situações”, Lacerda “percorre”, com ajuda do georeferenciamento, território a território: verifica as demandas da população, o que foi aprovado no Orçamento Participativo, o que foi feito, o que está para ser feito. Com as informações na mão, ele se municia para conversar com a própria equipe. E quando vai pessoalmente às regiões, dá notícia de tudo.
Fotos: Cláudio Cunha
INTERLOCUÇÃO COM OS PODERES Entre as várias ações para a modernização que vêm sendo implementadas no Judiciário mineiro, o presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, Pedro Bittencourt, quer ampliar a interlocução com o Executivo, o Legislativo e o Ministério Público. Nesse sentido, acaba de incorporar à sua equipe a advogada Raquel Starling, com ampla experiência na função. Raquel já fez trabalho semelhante no Conselho Nacional de Procuradores Gerais de Justiça, no colégio dos presidentes das Assembleias Legislativas, no Senado Federal e, mais recentemente, na chefia de gabinete da Secretaria de Estado de Defesa Social.
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VICE À MINEIRA Menos de um ano depois de ter concluído o biênio à frente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), aaministra ministraCármen CármenLúcia Lúcia Antunes Rocha assume a vice-presidência do Supremo Tribunal Federal (STF). “Prometo ser uma vice mineira”, avisa. Para quem não entendeu: uma vice presente, mas discreta. discreta. Cármen Cármen Lúcia foi nomeada para a corte em 2006, na vaga aberta com a aposentadoria do ministro Nelson Jobim. Ela assumirá a presidência do STF em setembro de 2016, ao final do mandato de Ricardo Lewandowski.
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CARTA DO EDITOR revistaencontro.com.br
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Diretor-Geral/Editor Editoras-Chefes Editor Colaborador Editor Adjunto de Suplementos Redação
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André Lamounier Neide Magalhães Kátia Massimo Fábio Doyle Sergiovanne Amaral Aline Gonçalves Ana Cláudia Esteves Daniela Costa Marina Dias Marina Santos Rafael Campos Amanda Aleixo Edmundo Serra Roger Simões Antônio de Pádua Bruno Schmitz Gustavo Paiva Júnior Oliveira Luciano Garbazza Roney Simões Cláudio Cunha Eugênio Gurgel Bruna Sales Jaqueline Dias Nayara Fagundes Lílian de Oliveira Anneth Faria Solange Rabelo Laila Soares Agata Utsch Andreza Braga Marcela Viana Myrta Lobato Shyrlei Roque Roberta Magalhães Cristiane de Marco Natália Santos Nicole Fischer André Lima Jaqueline Souza Thiago Henrique Editora Encontro
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CONFORME RELATÓRIO EM NOSSO PODER. ENCONTRO É UMA PUBLICAÇÃO MENSAL DA ENCONTRO IMPORTANTE LTDA. BELO HORIZONTE. RUA HAITI, 176, 3° ANDAR - SION 30320-140, BELO HORIZONTE - MG FONE: (31) 2126-8000 EMPRESA FILIADA À
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ANDRÉ LAMOUNIER - DIRETOR/EDITOR redacao@revistaencontro.com.br
Um mestre novinho em folha Foi durante uma aula de dentística, cadeira da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), cujo titular era o professor Fernando Carvalho, em 1991. Ele era uma espécie de sumidade para os alunos. Despertava certo fascínio não apenas pelo conhecimento e pela qualidade das aulas que proferia, mas, sobretudo, pelo impressionante sucesso profissional que gozava na odontologia. Ia para a faculdade de carro importado (um feito à época). No fundo, o sonho de cada um dos alunos ali era um dia alcançar o professor Fernando, notadamente no que tange às realizações profissionais. Eu era um desses alunos. Estava inquieto e decidi chamar o professor para uma conversa. Não me adaptava com a odontologia. Acostumado a receber alunos interessados em se tornar assistentes do bem-sucedido doutor, Fernando Carvalho foi receptivo. Não esperava, contudo, que a conversa derivasse para outra direção. Disse a ele: “Professor, este curso não é para mim. Não tenho vocação para ser dentista. Minha família insiste para que eu conclua o curso. Gostaria de ouvir seus conselhos”. Fernando Carvalho, aparentemente surpreso, volta-se para mim e diz: “Você deve ir atrás daquilo que acredita. Não existem profi ssões, mas profi ssionais. Busque ser o melhor que puder, mas naquilo que deseja”. Saí da escola radiante. Enfi m, alguém compreendia minha inquietação. Mais: senti-me motivado a buscar meu caminho. Foi a última vez que fui a uma aula naquela faculdade. Depois de novo vestibular, no semestre seguinte já cursava jornalismo, na mesma UFMG. Não existem profi ssões, mas sim profi ssionais. Nunca mais me esqueci da frase, tampouco de seu autor. Passados 23 anos, voltei a rever o professor Fernando Carvalho. Até hoje uma referênSamuel Gê cia na profi ssão e um exemplo de vida. Dessa vez, o motivo de nosso encontro era a reportagem que segue na página 58 desta edição. Às vésperas de completar 80 anos, ele decidiu demolir seu consultório e fazer outro novinho. Perguntei-lhe o motivo. Fernando respondeu: “Preciso mostrar para meus clientes que estou com tudo”. Ele me contou também a seguinte história: “Recebi, nesses dias, a visita de um colega de profi ssão que veio me contar que decidiu se aponsentar depois de 35 anos de odontologia. Hoje ele tem perto de 60 anos de idade. Eu (Fernando) disse a ele: ‘Pois eu, aos 80, decidi recomeçar do zero’”. Foi a segunda lição que recebi de Fernando O professor e dentista Fernando Carvalho: Carvalho. Valeu, mestre, sou seu seguidor. ❚ “Não existem profissões, mas sim profissionais”
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FALE COM A ENCONTRO | CARTAS@REVISTAENCONTRO.COM.BR (31) 2126-8000 OS BAMBAMBÃS DA DECORAÇÃO DECORAÇÃO (I) Interessante saber que o sucesso profissional não vem fácil para ninguém. Os decoradores que hoje são reconhecidos por aqui tiveram de suar muito a camisa antes de conquistar a fama. Gostei de saber. Parabéns pela matéria.
OS BAMBAMBÃS DA DECORAÇÃO (II) Valorizar pessoas que construíram carreira em nosso estado e contribuem para valorizar o nome de Minas também fora daqui é sempre uma iniciativa que merece aplausos. É o caso dos decoradores C mineiros, que são, realmente, de grande qualidade. Só espero que a fama não encareça o preço desse M tipo de serviço, que deve estar acessível a todos Y que gostam de morar bem.
Andrea Coura Nova Lima/MG
SÓ FALTA O MENU (I) Acabei de voltar do Pátio, tive uma experiência excelente levando o meu bulldog inglês pela primeira vez! Todos os lojistas foram atenciosos e até pediram para tirar foto com ele! Izabela Carvalho Belo Horizonte/MG
ERRAMOS ENCONTRO GASTRÔ/ O MELHOR DA CIDADE 2014 No Guia de Restaurantes da edição, na página 208, onde aparece Eloi Bistrô Art Cuisine (rua Marquês de Maricá, Santo Antônio, 3243-6820), o horário de funcionamento correto é: de quarta a sábado, das 19h à 0h. Na página 192 (júri da categoria Alta Gastronomia), a jurada Cláudia Travesso (foto), empresária do ramos de decorações, casada com David Travesso Neto, é mãe de 3 filhos (e não de 2, como consta na edição): Fernanda Machado Travesso, de 29 anos; Felipe Machado Travesso, de 27; e Paula Machado Travesso, de 26.
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Álvaro Mário Bittencourt Belo Horizonte/MG
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SÓ FALTA O MENU (II) CMY
O Pátio é superpreparado emocionalmente K para receber cães! Ivana Cunha Belo Horizonte/MG
INTEGRAIS DE VERDADE? Valeu a pena! Necessitamos muito de sermos alertados para nossa segurança! Muito agradecida! Maria da Conceição Duarte Tibães Belo Horizonte/MG
Gláucia Rodrigues
Na Carta do Editor, à página 12, a legenda correta do prato (foto) do restaurante Taste-Vin é: Lapin à la Moutarde (Coelho ao Molho de Mostarda Dijon), e não Galinha d’Angola Grelhada e Batata Dauphinoise, como foi publicado. Mineral Image
Fale com a Revista ENCONTRO: Comentários sobre o conteúdo editorial da Encontro, sugestões e críticas a matérias: R. Haiti, 176, 3° andar - Sion - CEP : 30.320-140, Belo Horizonte, MG | E-mail : cartas@revistaencontro.com.br. Cartas e mensagens devem trazer o nome completo e o endereço do autor. Por razões de espaço ou clareza, elas poderão ser publicadas resumidamente. PARA ANUNCIAR: R. Haiti, 176, 3° andar - Sion - CEP: 30.320-140 Belo Horizonte, MG | Tel: (31) 2126-8000 | Fax: (31) 2126-8008 RELEASES: redacao@revistaencontro.com.br | Fax: (31) 2126-8781 | ASSINATURAS: Tel: (31) 2126-8770
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Trabalho e compromisso com Minas Gerais.
COLIGAÇÃO TODOS POR MINAS: PSDB / PP / DEM / PSD / PTB / PPS / PV / PDT / PR / PMN / PSC / PSL / PTC / SD
COLIGAÇÃO MINAS SEGUE EM FRENTE: PV / PPS / PDT – CNPJ: 20.567.274/0001-74 CNPJ REVISTA: 04.889.743/0001-15 – TIRAGEM: 72.000 EXEMPLARES – VALOR: R$ 7.640,00
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Na Educação - Conseguimos implantar IFETS, CEFETS e Campus Universitários que preparam milhares de jovens para um novo Brasil. Na Assistência Social - Uma das experiências mais comoventes que tive na vida foi ver dignidade nos olhos das pessoas que moram nas diversas comunidades em que conseguimos levar água tratada. No Meio Ambiente - Sou presidente da comissão que elabora a nova Lei da Mineração, que vai assegurar uma atividade ambiental equilibrada e contrapartidas sociais efetivamente relevantes. Vamos com isto garantir mais de um bilhão de reais por ano para Minas e nossos municípios. Salvação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos Tenho orgulho de ser considerado o Deputado Federal que evitou a falência e o fechamento das Santas Casas e hospitais filantrópicos, garantindo o atendimento a milhões de brasileiros. Conheça melhor o nosso trabalho, visite: www.gabrielguimaraes1311.com.br
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ENCONTRO DIGITAL | ROLOU NA REDE Divulgação
FRUTINHA PERIGOSA Nutricionista explica que a carambola é um “veneno” para quem tem problemas nos rins. Leia a matéria na íntegra em: http://goo.gl/QLXsmE Free images/Divulgação
SHOW CONTRA O PRECONCEITO
Conheça a história do animador de festa Luis Otávio, ex-bancário, casado, com duas fi lhas, e que trabalha como a drag queen Lulu Show. Leia a matéria na íntegra e veja a galeria de fotos em: http://goo.gl/KjqgIY
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TE ENCONTRO
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O próximo desafio: O próximo desafi o:Meu bichinho é o bicho! Tire foto do seu animal de estimação, publique no Instagram e compartilhe com a hashtag #encontropet. Se sua foto for escolhida, ela será impressa aqui na próxima edição da revista Encontro. Participe!
CONFLITO EM GAZA Entenda o confronto entre israelenses e palestinos sob o ponto de vista de um jornalista mineiro Leia a matéria na íntegra em: http://goo.gl/5zNvB2
A foto vencedora do tema Gastrô foi de Isabela Guadanini @isabelaguadanini
AS MATÉRIAS COM MAIOR REPERCUSSÃO NAS REDES SOCIAIS
ENTOS COMPARTILHAM
Hétero, casado, tem duas filhas e é drag queen
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Beber cerveja moderadamente e regularmente ajuda o coração
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Toxina da carambola pode levar à morte, diz especialista
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Alceu Valença e Orquestra Ouro Preto lançam CD e DVD
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Conheça a musa fitness Bella Falconi
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Apenas dois adoçantes no mercado não fazem mal, diz nutricionista
SIGA A ENCONTRO
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ARTIGO | CLAUDIO DE MOURA CASTRO ccastro@editoraencontro.com.br
Mesmice ou inovação? A maioria das pessoas, ao se deparar com algo errado ou com uma inconveniência, tem o bom senso de se conformar, vivendo em paz suas vidas. Há outras que não aceitam a limitação. Com isso, infernizam suas próprias existências e mais as dos outros. Mas é essa segunda casta que inventa, que apronta, que transforma o mundo. Trata-se da curiosa tribo dos inovadores. Certamente, sua distribuição geográfica não é ao acaso. Concentram-se nos lugares em que são reconhecidos e estimulados. Também não é por acaso, são lugares bem-sucedidos e ricos, pois a inovação é peça-chave do progresso. Daí a importância de criar o clima que favorece a inovação. Consiste em valorizar tais vocações, bem como criar o caldo de cultura e os incentivos para que prosperem. A Revolução Industrial inglesa não foi feita por cientistas ou burocratas. Foi a vitória dos mecânicos criativos, tentando ganhar dinheiro. Esse DNA foi herdado e capitalizado pelos Estados Unidos. T. Carlyle afirmou que os gênios são produzidos pelas mesmas leis da oferta e demanda que determinam a produção de algodão ou melaço. Por isso, não é por acaso ser Caruso italiano, T. A. Edison americano e Pelé brasileiro. Aparecem os gênios cujos traços a sociedade valoriza. Mas não somos caso perdido. Amaro Lanari criou um escritório de patentes na Usiminas e passou a premiar as melhores ideias. Em três anos, de zero patentes, a empresa passou a registrar mais do que todas as outras estatais reunidas. Só metade dos inventos vinha das linhas dos laboratórios e um terço dos inventores nem sequer tinha curso universitário. Ou seja, a criatividade brasileira está latente, à espera de oportunidades. Falando de inovação, vêm à mente a bomba atômica ou a viagem à lua. Mas esse é um engodo sério, pois as grandes inovações são apenas o coroamento de milhares de pequenos avanços. A primeira locomotiva de Stephenson (1830) era pouco mais do que o somatório das mil patentes que utilizava. Um smartphone usa 250 mil patentes. Ou seja, os grandes saltos são produto do cumulativo das pequenas inovações. Sem os avanços antecedentes, os grandes não são possíveis. Sem o trabalho paciente e criativo de humildes fabricantes de lentes, a astronomia estaria pouco além da Idade Média e os micróbios de Pasteur seriam devaneio de cientista louco. Santos Dumont inovou no tecido dos seus balões, reduziu o peso da estrutura, dominou a dirigibilidade e conseguiu um motor mais leve. Sem isso, não chegaria ao 14Bis. Está equivocada uma sociedade que pouco faz para estimular as microinovações, por não se julgar incapaz das grandes. É preciso promover e cultivar o inconformismo, diante de coisas que funcionam mal, de processos complicados, de entraves com objetos do cotidiano. Para cada grande avanço, há milhares de pequenas soluções, engenhocas ou dispositivos que facilitam a vida das gentes. A nossa volta estão inventos, ao alcance de qualquer um de nós. O reles clipe de papel recebeu mais de 100 patentes, durante um perío-
“A Revolução Industrial inglesa não foi feita por cientistas ou burocratas. Foi a vitória dos mecânicos criativos, tentando ganhar dinheiro” do de um século. A cada ano, cria-se um novo canivete. Alguém pegou uma carretilha, dessas usadas para espichar o crachá até o leitor magnético, e prendeu um lápis na ponta do cordão. Com isso, o carpinteiro pode ter o lápis pendurado à cintura, puxando para usar. E os parafusos caídos nos confins de um motor de automóvel? Simples, uma antena telescópica com um ímã na ponta! Finalmente, alguém se lembrou das dificuldades de subir na caçamba de uma camionete picape. Basta uma reentrância na lateral, servindo de estribo. Senti frio nas mãos dirigindo a minha moto durante os invernos. A nova tem um aquecedor no punho. Por que tanto tempo até ser inventado? Tais exemplos – e milhares de outros – sugerem que há um número infinito de equívocos e ineficiências, implorando a atenção dos inconformados criativos. Vários estudos decifram o parto da inovação. É o famoso Eureka de Arquimedes, dentro do banho? Nada disso, é a alternância entre a luta renhida para resolver o problema e a imaginação vagando sem rumo aparente. O Eureka é o fim de uma longa labuta, quando a cabeça funciona mais livre, sem as ordens do dono. ❚
*Claudio de Moura Castro é economista, pesquisador em educação e autor de diversos livros. Escreve bimestralmente na Encontro
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Gladyston Rodrigues/EM/D.A. Press
BOLSO VAZIO 1 Inseguros quanto às regras futuras do financiamento de campanhas, os empresários empurraram só para a véspera das eleições a decisão de abrir os cofres para financiar as campanhas dos candidatos à Assembleia Legislativa e à Câmara dos Deputados. A choradeira é generalizada. Na primeira declaração de contribuições de campanha apresentada à Justiça Eleitoral, oito federais não lançaram nenhuma entrada de recursos em suas campanhas. Em média, os parlamentares que concorrem arrecadaram, no primeiro mês de campanha, apenas R$ 119 mil – pouco menos de 2% do gasto médio previsto, de R$ 6,4 milhões. Cristina Horta/EM/D.A. Press
PERDAS À VISTA Pelo menos duas cadeiras a menos na Câmara dos Deputados. Esse é o resultado esperado pelos líderes do PSB em Minas com a desistência de Alexandre Kalil, presidente do Clube Atlético Mineiro, de concorrer a deputado federal. Havia expectativa de que, com a sua candidatura, a legenda, que hoje tem dois deputados federais na bancada mineira – Júlio Delgado e Stefano Aguiar, mas que elegeu efetivamente apenas Delgado em 2010 –, elegesse quatro parlamentares. Stefano Aguiar era o primeiro suplente do PSC e filiou-se ao PSB após a renúncia, em julho do ano passado, do deputado federal Mário de Oliveira (PSC). Tulio Santos/EM/D.A. Press
BOLSO VAZIO 2 Se for preciso lançar mão do próprio patrimônio para pagar as contas de campanha, para a maioria dos parlamentares candidatos a deputado federal a situação ficará difícil. Os 49 que disputam gastarão quase três vezes mais que o patrimônio médio por eles informado à Justiça Eleitoral. Apenas três têm, em tese, bens suficientes para cobrir as suas despesas de campanhas. O mais rico, Leonardo Quintão (PMDB), tem bens declarados que somam R$ 17,89 milhões, dos quais R$ 2,6 milhões em espécie. Da mesma forma, Bonifácio Andrada (PSDB) e Mauro Lopes (PMDB), que informam patrimônio de R$ 9,05 milhões e R$ 6,6 milhões, respectivamente, e estimam gastar entre R$ 5 milhões e R$ 7 milhões na caça ao voto.
ELEIÇÃO NA INTERNET O advogado especialista em direito eleitoral digital Alexandre Atheniense acaba de lançar o Manual do Direito Eleitoral Digital, que responde a uma centena de perguntas sobre o uso da rede durante as eleições, considerando o Marco Civil da Internet. Apesar de incorporado às campanhas desde 2002, o tema da propaganda eleitoral na internet – assim como outros espinhosos, como as reformas política, tributária e previdenciária – até hoje ainda não foi abordado pela legislação. No vácuo deixado pelo Congresso Nacional, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tem ditado, por meio das resoluções publicadas antes das eleições, as normas para a criação de sites e conteúdos que podem ser veiculados. “O Legislativo tem deixado parte de sua tarefa constitucional – criar as leis – nas mãos do TSE”, diz Alexandre Atheniense. SETEMBRO DE 2014
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DEU O QUE FALAR | FERNANDA NAZARÉ “Qualquer coisa, a gente pode resolver de outro jeito, lá fora” WAGNER MESSIAS SILVA (DEM), vereador conhecido como Preto, durante discussão com Iran Barbosa (PMDB) na Câmara Municipal de BH. Enquanto projetos se acumulam sem votação, a casa vira ringue...
“O retorno de José Genoino ao regime de prisão domiciliar é a derrota final do soberbo Joaquim Barbosa” ARNALDO GODOY (PT), vereador de Belo Horizonte, provoca o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal pelo Twitter
“Estreei no teatro beijando homem, em 1969. E foi em BH, centro da tradição, família e propriedade”
“Onde comprou essa escrava?”
JOSÉ MAYER, ator, que sempre incorporou o papel de galã e agora vive um homossexual em novela global, explicando que não tem qualquer dificuldade em interpretar o personagem
COMENTÁRIO RACISTA – um dos muitos – postado no perfil do Facebook de M., 20 anos, negra, que divulgou uma foto com o namorado L., 18 anos, branco, ambos de Muriaé, Zona da Mata mineira. Com a enxurrada de ofensas, o perfil acabou sendo desativado e a Polícia Civil passou a investigar o caso. Inacreditável! Zé Paulo Cardeal/TV Globo/Divulgação
“Não vou desistir. Tem muita gente que acha que é fácil, mas atrás desse artista existe um ser humano. Estava cansado, me precipitei. Peço perdão” GUSTAVO LIMA, pop star do sertanejo, esclarecendo declarações nas redes sociais sobre o possível fim da carreira
*Colaboraram Amanda Aleixo e Sergiovanne Amaral
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ENTREVISTA | MARIO ELKIN RAMÍREZ ORTIZ
“Reduzir a maioridade
não é a solução” Especialista em adolescência é contra a redução da idade penal. Para ele, fatores como falta de autoridade dos pais e uso indiscriminado da internet é que estimulam a violência JOÃO POMBO BARILE
Uma das maiores autoridades latino-americanas em comportamento adolescente, o colombiano Mario Elkin Ramírez Ortiz, doutor em psicologia pela Universidade de Buenos Aires (Argentina), diz que a violência na sociedade atual vem crescendo, principalmente, pela falta de referência dos jovens, já que pais ou responsáveis não exercem autoridade sobre as novas gerações. Além disso, o uso descontrolado da internet, a valorização do consumismo e a falta de ideologia fazem com que os jovens se sintam atraídos pelo poder e pelo dinheiro fácil. “Para muitos, o caminho do estudo e do trabalho parece muito longo e trabalhoso”, diz. O especialista esteve em Belo Horizonte, em agosto, para participar de fórum sobre violência promovido pela Faculdade de Medicina da UFMG. Em entrevista a Encontro, ele contou ainda como a sua cidade natal, Medellín, na Colômbia, que tinha um dos maiores índices de criminalidade e tráfico de drogas do mundo, na década de 1980, conseguiu reverter esse quadro. “A violência começou a cair quando mudamos a mentalidade de todos e a população passou a gostar da cidade”, diz. ENCONTRO - O senhor sempre diz que a violência atrai jovens, sobretudo homens, em todos os países do mundo, sejam eles
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Fotos: Samuel Gê
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países ricos ou pobres. Por que isso acontece? MARIO ELKIN - Estudei mais detida-
que consiga dar sentido a suas vidas. A fascinação que eles têm pela violência, pelas armas – como já disse –, acontece porque os jovens não têm um lugar para dar sentido a sua própria existência.
mente essa questão na Colômbia. Mas isso também vale para o Brasil ou para a França, onde, aliás, participo de alguns grupos de pesquisa. O que acontece nesses três países? Primeiro, uma atração dos jovens pelo dinheiro fácil do crime, pela compra de aparelhos eletrônicos, roupas de marca, carros, joias... Mercadorias que eles acreditam que os diferenciará dos demais. Mas não é só isso. Com o crime eles ganham um prestígio que, de outra forma, nunca teriam. As meninas, por exemplo, adoram garotos que andam armados nas comunidades. Adoram meninos que ameaçam e matam. Querem ter filhos com eles. Pensam que, dessa maneira, também serão respeitadas no seu meio. Aí entra a questão do consumismo incitando a violência?
A crise de autoridade dos pais, que, muitas vezes, não conseguem ter a mínima ascensão sobre os fi lhos, também é um fator relevante?
QUEM É
Também. Para os jovens de hoje, o caminho do estudo e do trabalho parece muito longo e trabalhoso. E que não vale a pena. Querem algo mais fácil. Muitos que começam a fazer o pequeno tráfico de droga visam exatamente isto: um dinheirinho para comprar um computador ou uma roupa de marca.
MARIO ELKIN RAMÍREZ ORTIZ, 53 ANOS
Com o aumento da criminalidade no Brasil, o debate em torno da redução da maioridade penal volta à ordem do dia. Um projeto, no Senado brasileiro, quer reduzir a maioridade penal de 18 para 16 anos nos casos de crime hediondo, tráfi co de drogas, tortura e terrorismo. Como o senhor vê essa questão?
Sociologia pela Universidad Autónoma Latinoamericana, Colômbia
Essa questão, tanto aqui como na Colômbia ou na França, que são os países que eu conheço melhor, vira e mexe volta à tona. No meu país, depois que a maioridade foi reduzida de 18 para 16, o que aconteceu? Os traficantes começaram a recrutar meninos ainda mais jovens. Hoje, na Colômbia, temos criminosos de 10 e até de 9 anos. Respondendo objetivamente: para mim, essa não é a solução. Qual é a solução? Eu não tenho. O que eu posso dizer, à luz da psicanálise, é que esses jovens precisam ser assistidos. Utilizando a psicanálise, ou não, esses jovens precisam de alguém
CARREIRA Professor do Departament o de Psicanálise da Universidade de Antioquia, Colômbia Autor, entre outros, dos livros Psicanálise com Crianças e Dificuldades de Aprendizado; Atualidade da Agressividade na Psicanálise; Psicanalistas na Frente de Batalha; e Ensaios de Psicanálise Aplicada ao Social Membro da Associação Mundial de Psicanálise em Paris Membro da Nova Escola Lacaniana em Medellín
ORIGEM Medellín, Colombia
FORMAÇÃO Filosofia pela Universidade de Antioquia, Colômbia
Mestre em psicanálise pela Universidade Paris VIII, França Doutor em psicologia pela Universidade de Buenos Aires, Argentina
Este é mesmo outro problema sério: os adolescentes, hoje, não acreditam mais nos valores de seus pais. Ou melhor, da mãe, já que a maioria é criada por elas. Em vez de acreditarem nos valores da família, a maioria vive hoje guiada por uma lógica da turma, sem nenhuma ideologia, é claro. Mas tais valores são definidos pelo grupo. Sobrou muito pouco espaço para os valores transmitidos pela família. É claro que precisamos ter cuidado com um tipo de educação que permite tudo. O psicanalista Jacques Lacan dizia muito sabiamente: “Mãe santa, filho perverso”. Não saber dizer não, e ser cúmplice do fi lho, pode ser mesmo muito perigoso na personalidade de um indivíduo. É preciso saber dar limites. E, aqui, atenção: não importa se quem vai exercer essa autoridade será a mãe, o pai, a avó, o avô ou o irmão mais velho. É preciso apenas que, na família, alguém exerça uma autoridade amorosa, muito diferente do autoritarismo. E que não admita que o filho possa fazer tudo. Então o excesso de liberalismo já está institucionalizado?
Talvez sim. Não se esqueça de que, durante a infância, somos cruéis. A criança é cruel. E a sociedade, com o tempo, encarrega-se de canalizar essa crueldade para outros lugares, como o esporte e a cultura. Aos poucos são construídos diques contra essa agressividade infantil, como a moral, a vergonha e o pudor. Com a cultura contemporânea, inegavelmente, há um declínio das instituições. Nossas instituições já não têm, hoje, mais capacidade para controlar essas pulsões. O senhor acha que o uso indiscriminado da internet no mundo contemporâneo difi culta o controle dessas SETEMBRO DE 2014
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ENTREVISTA | MARIO ELKIN RAMÍREZ ORTIZ nimos, instituições que tentam recuperar viciados em internet. A coisa já virou patologia. Mas preste atenção: não estou, com isso, dizendo que o problema seja da internet. Não. O problema é como utilizamos. Podemos usá-la para educar, mas também para produzir novas patologias. Ela em si não é um mal. Sou otimista com o futuro da internet.
pulsões nas crianças e adolescentes?
Sem dúvida. Com a chamada globalização, o controle dessas pulsões se tornou mais difícil. E podemos constatar isso dando uma olhada no que está o tempo todo exposto na internet. O que ela, afinal, nos oferece? O gozo total. Com sociedade de pedófilos, masoquistas, anoréxicos, alcoólatras, drogados. A internet não foi criada para regular essas tendências, essas pulsões. Pelo contrário: ela as promove. Todos esses sintomas que vemos nos jovens atuais são promovidos na internet. Se você fizer uma pequena pesquisa na rede, vai encontrar cenas horríveis como a de crianças torturando animais e até de uma turma botando fogo na professora.
Será que em países como o Brasil ou Colômbia não são as diferenças sociais que explicam melhor o porquê da violência? O senhor acha mesmo que a psicanálise pode explicar nossa violência urbana?
E por que tudo isso acontece?
Porque não existe uma repressão a essa crueldade infantil. Pelo contrário: há um gozo adicional que, além de torturar o animal ou maltratar o professor, consiste ainda em filmar e jogar no YouTube. Não basta apenas o ato cruel. É preciso também torná-lo público. Dou mais um exemplo: existem hoje reality shows, com grande audiência em alguns países, não sei se no Brasil, onde as pessoas acompanham cirurgias. Operações invasivas, nas quais o sujeito é reduzido a um mero pedaço de carne. E por que isso acontece? Porque vende, porque dá Ibope. Quer dizer: o simples fato de existirem pessoas que se interessam por esse tipo de programa já demonstra que hoje já estamos constituindo forma de relações que não estão interessadas em construir valores e em reprimir essas pulsões. Então o uso sem controle da internet incita a violência?
O que acontece é que vivemos hoje um período de grande mudança. E que é irreversível: cada vez mais diminui a distinção entre vida privada e vida pública. Antes da internet, a coisa era muito dividida. A vida privada começava na porta da casa e a vida pública começava da porta para fora. Existia o fora e o dentro. Hoje não. Com a internet, tudo isso foi posto em xeque: a vida privada se tornou pública. Com o Facebook, por exemplo, não existem mais fronteiras. E, a partir daí, sua imagem, seu corpo 28 |Encontro
No meu país, depois que a maioridade foi reduzida de 18 para 16 anos, o que aconteceu? Os traficantes começaram a recrutar meninos ainda mais jovens. Hoje, na Colômbia, temos criminosos de 10 e até de 9 anos não são mais privados. Quando você publica sua foto, ou faz seu comentário e explicita suas preferências, isso se torna automaticamente público. Paradoxalmente, por outro lado, a internet acaba aumentando a solidão, pois quem está on-line renuncia ao bar, ao café, ao parque, ao cinema. E quais são os maiores riscos em relação a esse excesso?
É claro que, em excesso, isso pode ser perigoso. Hoje, nos EUA, já existem, da mesma maneira que os alcoólicos anô-
Antes de me formar psicanalista, tive formação em sociologia. E também pensava o fenômeno da violência de maneira sociologizante. Mas um dia, durante uma pesquisa de campo, um jovem de uma favela colombiana me disse uma frase que nunca mais esqueci. Ele me disse: “Eu vivi toda essa violência que o senhor vive estudando. Dos meus 40 colegas de classe, sou o único sobrevivente. Sabe por quê? Porque, enquanto meus colegas se tornaram bandidos ou traficantes, eu me tornei um líder comunitário”. Naquele dia, percebi que a sociologia não poderia explicar por que as pessoas optam pelo crime. Todas elas não tiveram escolas nem oportunidades. Mas nem todas optaram pelo crime. Sua cidade, Medellín, já foi considera da uma das mais violentas do planeta, nos anos do traficante Pablo Escobar, década de 1980, quando imperava os cartéis de droga. Como vocês venceram a violência?
Nos anos em que Pablo Escobar mandou na Colômbia, eu morava em Paris. Era estudante, muito jovem, tinha só 23 anos. Só voltei para a Colômbia mais tarde, com 31 anos, em 1990. Escobar, naquele momento, mantinha uma guerra contra o Estado. Tinha grande poder econômico e corromperia quase toda a classe política. Ele tinha tanto dinheiro que um dia teve uma ideia: pagar, sozinho, toda a dívida externa do país. Em troca, teria o direito de mudar a Constituição colombiana. Para ele, o tráfico de cocaína deveria ser legalizado. Seu argumento era simples: assim como
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Não existe repressão à crueldade infantil. Pelo contrário. Com a internet, há um gozo adicional que, além de torturar o animal ou maltratar o professor, consiste ainda em filmar e jogar no YouTube a lei seca nos EUA foi modificada e os americanos passaram a vender álcool legalmente, o mesmo poderia ser feito na Colômbia. Só que com a cocaína. Felizmente, nem toda a classe política colombiana estava comprada pelo dinheiro dele. E ele acabou derrotado. Alguns políticos colombianos começaram a encarar o problema do narcotráfico...
Exato. Na Colômbia, naqueles anos, começamos a perceber que o problema não estava nem no consumidor nem no produtor. O usuário de droga não deveria ser punido, já que é um doen-
te. Nem o produtor, o camponês, que prefere plantar a folha de coca simplesmente porque, economicamente, é mais interessante do que plantar, digamos, feijão. Percebemos que o problema estava no narcotraficante. A violência vinha dele. Era ele quem corrompia a classe política. Como você sabe, não existe democracia onde existe corrupção. O sonho de Escobar era chegar a ser presidente da República. Mas a sociedade colombiana reagiu, não aceitou isso. No começo foi difícil, e muitos candidatos que defendiam leis para punir traficantes foram assassinados. Mas, em 1993, Escobar foi morto por autoridades colombianas, e começou então a mudança. Hoje, é claro, ainda existem narcotraficantes por lá, mas não são tão poderosos nem tão grandes como Escobar. O que acabou acontecendo é que o centro do tráfico foi deslocado de Medellín para o México. Hoje, os mexicanos vivem um problema muito parecido com o que vivíamos nos anos 1980 e 1990. Mas foi uma mudança lenta?
Começou, sobretudo, quando Sergio Fajardo se tornou prefeito de Medellín. O mais sintomático é que a mudança não começou na classe política, mas de gente que vinha de fora dela. Fajardo era professor de matemática e não fazia, até então, política. No início, ele dizia uma coisa muito simples, até banal: vamos transformar Medellín na cidade mais educada do mundo. Começou então a construir bibliotecas e colégios de qualidade dentro das favelas. Além disso, melhorou o transporte. Com a transformação urbana, a população começou a gostar mais da cidade. As pessoas começaram a se sentir donas da cidade e, logicamente, preocupadas em conservá-la. Queriam fazer de Medellín um lugar bom para viver. A violência começou a cair quando mudamos a mentalidade de todos e a população passou a gostar da cidade. Depois de três prefeitos, pouco a pouco, a violência foi caindo. Uma mudança, claro, lenta e que acontece até hoje. Mas constante. Não estou dizendo que hoje não temos problemas. Claro que temos. Mas hoje já não somos mais a cidade mais violenta do mundo. z
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RETRATOS DA CIDADE | RAFAEL CAMPOS rcampos@revistaencontro.com.br Samuel Gê
PARA PRESERVAR
NO MEIO DA AVENIDA, UM PARQUE
Os bairros Havaí, São José, Estoril e Buritis, na região Oeste, cresceram sendo cortados pelo córrego Cercadinho. Com o passar dos anos, em certos trechos, como o da rua Pedro Paulo Laborne, no Buritis, o curso-d’água se transformou em bota-fora e esconderijo para criminosos. Para quem já estava cansado de reclamar da situação, uma boa notícia: a proposta de transformar o córrego num corredor ambiental foi aprovada durante a 4ª Conferência Municipal de Políticas Urbanas e, agora, segue para a Câmara Municipal. “A ideia é conectar as áreas verdes com a margem do córrego, recuperando a mata ciliar e requalifi cando o meio ambiente”, diz Paulo Gomide, um dos diretores da Associação dos Moradores do Buritis.
O canteiro central da avenida José Cândido da Silveira, no Cidade Nova, região Nordeste, é um dos bons lugares da cidade para corridas ou caminhadas. O que pouca gente sabe é que no espaço, registrado ofi cialmente como Parque Linear José Cândido da Silveira, repleto de árvores e com aparelhos de ginástica, dentro de alguns meses haverá outra atração: uma ciclovia será implantada por lá, entre a avenida Cristiano Machado e a rodovia MG-050, com aproximadamente 3,5 km. A obra está dependendo apenas do aval da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Vem aí mais uma pista para os amantes das magrelas. Samuel Gê
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shoppingcidade.com.br Eugênio Gurgel
UM PAPA PASSOU POR AQUI A praça da Liberdade, na região Centro-Sul, transformou-se em um circuito cultural, com museus e espaços dedicados à arte e ao conhecimento. Contudo, um edifício da década de 1930, do arquiteto italiano Rafaello Berti, mantém-se ali um pouco apagado, talvez por não ser tão badalado quanto os seus “colegas” de praça. Com o nome de Palácio Cristo Rei, o imóvel, que fica na esquina com avenida Brasil, é uma referência na acolhida e hospedagem de bispos, padres e outros religiosos que chegam a BH. Um dos hóspedes ilustres foi o papa São João Paulo II, durante visita à capital mineira, em 1980.
NOVO ESPAÇO NA PRAÇA A praça da Estação, agora Zona Cultural de Belo Horizonte, vai abrigar o Centro de Referência da Juventude (CRJ), no início do próximo ano. As obras estão avançadas. Lá, jovens de 15 a 29 anos, inseridos ou não em programas da prefeitura, terão disponível uma série de atividades. O prédio de 6 mil m², com dois pavimentos, terá auditório, teatro de arena, salas multiuso, cozinha industrial, estúdio de música e uma área para a prática de atividades físicas. Vai valorizar ainda mais a praça.
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GENTE FINA | ANA CLÁUDIA ESTEVES aesteves@revistaencontro.com.br Barbara Dutra/divulgação
NOVOS MARES Após a maternidade, a empresária Erika dos Mares Guia (dir.), de 42 anos, voltou ao trabalho mais serena e pronta para realizar mudanças em sua marca, a Mares. Depois de se afastar para se dedicar ao filho Marco, que nasceu há seis meses, a empresária aproveitou o distanciamento da rotina de trabalho para repensar algumas estratégias de cabeça mais tranquila, denegócio. negócio.Com Coma a cabeça mais tranquila, acabou percebendo que era necessário, por exemplo, reposicionar a grife no mercado. Suas coleções, que eram vendidas em suas duas lojas físicas, distribuídas em 60 multimarcas brasileiras, agora passam a ser comercializadas exclusivamente em seus pontos de vendas e importadas para os Estados Unidos. Quem veste Mares sai ganhando com a mudança. “Dessa maneira, poderei atender minhas clientes de ainda mais personalizada.” Mares apresentou sua coleção para o verão 2015 em um evento que contou com a presença da empresária e it girl Helena Bordon.
Paulo Márcio
VISÃO ALÉM DO ALCANCE Saiu de BH a peça que pode ajudar a solucionar o quebra-cabeça que se tornou o caso envolvendo a morte do candidato à Presidência da República Eduardo Campos, vítima de um acidente aéreo no mês passado, em Santos, no litoral de São Paulo. A Polícia Federal comprou, na capital, um scanner 3D que permite visão de todo o cenário do acidente, que pode capturar, com precisão milimétrica, os destroços do avião e os imóveis atingidos no choque. O Laser Scanner tem tecnologia alemã e foi trazido ao Brasil por Rogério Baeta Neves, de 41 anos, diretor executivo da CPE, empresa mineira de distribuição de geotecnologias. Com a ajuda do aparelho disponibilizado por Baeta, mesmo após a cena ser alterada, será possível simular o percurso da aeronave antes da queda. Esse mesmo equipamento, utilizado no país desde 2007, ajudou na apuração do incêndio da boate Kiss. “Acreditei na precisão e modernidade dessa tecnologia e fico satisfeito que o scanner possa ajudar em casos como esse.”
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Rogério Sol
ELE É MULTIMÍDIA A fala pausada e serena do fotógrafo Rodrigo Câmara, de 36 anos, esconde um profissional inquieto, que não se contenta com o óbvio. Colhendo os louros da curadoria da exposição Senna na Cabeça e no Coração, na qual capacetes do eterno ídolo brasileiro foram estilizados, o belo-horizontino está contando os dias para sua próxima empreitada. No importante Museu de Arte Moderna de Nova York, o MoMA, ele vai ocupar três salas com uma intervenção cenográfica. Prevista para janeiro de 2015, será sua primeira exposição fora do país. Câmara também é quem assina o cenário dos shows da turnê de Paula Fernandes e é grande parceiro do estilista Ronaldo Fraga – para quem desenvolve cenários. “Procuro mostrar o meu melhor. Meu trabalho é pura doação”, diz. (Rafael Campos)
Arquivo Pessoal
EM DOSE DUPLA A mineira Vivaz tem uma carta na manga para a próxima temporada. Além da coleção de moda festa, sempre impecável, a grife passa a oferecer looks para ocasiões informais. Quem assina a nova linha Vivaz Trendy são as irmãs Camila e Isabela Faria, de 29 e 22 anos, que desenvolveram peças para serem usadas em coquetéis e baladas. Vestidos curtinhos, bem jovens e modernos, em tecidos como couro, sarja e detonada e guipir, são os curingas da coleção. “Criamos a linha Vivaz Trendy porque gostaríamos de ter mais oportunidades para usar a marca. O desejo de grandes amigas ao nosso redor era o mesmo, por isso incluímos vestidos mais descolados, despretensiosos e sem muito bordado.”
Rogério Sol
MUSICALMENTE FALANDO A trajetória do DJ e produtor mineiro Anderson Noise, de 45 anos, coincide com a evolução da cena eletrônica no Brasil. Quando a década de 1980 era dominada pelo rock, Noise, ainda adolescente, foi ousado ao começar a tocar acid house, uma das vertentes da house music. O começo da carreira foi difícil, mas ele nunca se abateu com os tomates que lhe foram jogados. Perto de completar 30 anos de pick ups, o DJ já se apresentou em mais de 33 países, lançou 55 singles e EPs, dois DVDs e nove compilações em CD. Além disso, sua gravadora, a Noise Music, é responsável por 63 produções em 15 anos de mercado. Seu último CD, o Hotel Chilli Pepper Vol. 1, reúne sucessos de techno, selecionados para tocar no conhecido hotel paulista que leva o mesmo nome da produção. “Filtro o que a música eletrônica apresenta de melhor no mundo inteiro e produzo sets com o perfil do lugar onde o som vai tocar. Prezo, claro, pela qualidade e mantenho a minha identidade musical.” SETEMBRO DE 2014
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CIDADE | MÚSICA Samuel Gê
O músico Alzier Vinicius, no Bar Pedacinhos do Céu: o local tornou-se referência em BH para quem gosta do ritmo musical
O choro que alegra BH Idolatrado na década de 1930 e esquecido na década de 1960, o estilo supera as armadilhas do tempo e ganha força nas noites da capital mineira DANIELA COSTA
Foi no quintal da casa dos amigos, nas reuniões feitas despretensiosamente no boteco da esquina, nas serestas e nos lendários saraus em família, que a primeira música popular instrumental tipicamente brasileira nasceu. O chamado choro, também conhecido como chorinho, surgiu no Rio de Janeiro em meados do século XIX, mas criou raízes em todo o Brasil, especialmente em Minas Gerais. “O choro em Belo Horizonte está ligado à história do rádio. Os pri38 |Encontro
meiros conjuntos regionais surgiram na década de 1930 em função da procura das emissoras por novos talentos”, diz o jornalista, radialista e cantor Acir Antão, que há 42 anos veicula um programa de choro e samba na rádio Itatiaia. “O mineiro realmente gosta de chorinho. Antes mesmo do sucesso nas rádios, os músicos já se reuniam em suas casas, em bairros afastados, para tocar nas rodas.” Ao som da tradicional trinca de flauta, violão e cavaquinho, os chorões conquistaram sucesso nacional com-
pondo quadrilhas, tangos, polcas, xotes, maxixes e marchas inspiradas na música europeia, africana e indígena. Com a chegada de Alfredo da Rocha Vianna Filho, o lendário Pixinguinha, que com sua inconfundível flauta e saxofone tornou-se o principal compositor do gênero no país, o choro ganhou novas proporções. Uma de suas mais famosas canções, intitulada Carinhoso, teve diversas releituras. Todas enlevadas pela melodia dos famosos versos: “Meu coração, não sei por quê, bate feliz quando te vê...”.
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Alexandre Rezende
Frequentadores do Bar du Pedro, no bairro Santa Tereza, a nutricionista Silvana Simonini e o agropecuarista Marcello Campos: “Hoje é difícil encontrar lugares para ouvir música de qualidade”, diz Silvana
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Na capital mineira, Belini de Andrade foi o compositor-intérprete que mais choros fez, enquanto Waldir Silva foi o primeiro a conquistar destaque nacional. Outro compositor de renome é Geraldinho Alvarenga, de 56 anos, autor da canção Belo Caso de Amor. A música foi feita em homenagem a Belo Horizonte em parceria com o cantor Paulinho Pedra Azul. “O chorinho é harmônico, melódico, histórico. É a base do samba, do forró e de diversos gêneros musicais genuinamente brasileiros. Sua qualidade garante a existência da boa música”, diz Belini. Com cadeira cativa nos bares da cidade, o choro se mantém firme ao longo do tempo, mesmo após perder a preferência dos ouvintes na década de 1960. Um dos bares pioneiros, Pedacinhos do Céu, foi fundado em 1996 pelo músico e compositor Alzier Vinícius dos Santos, de 52 anos, no bairro Caiçara. A casa de choro mais tradicional da capital já recebeu ilustres visitantes, entre eles políticos e artistas. “Recebi até o título de cidadão honorário por conta do traba-
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cidade | MúSICA Geraldo Goulart
Para curtir Lugares que tocam choro em BH em vários dias da semana Segunda-feira Bar do Salomão, bairro Serra, a partir das 18h30 Quarta-feira Bar da Dalva Botequim, no Funcionários, a partir das 18h Quinta-feira Bar Clube da Esquina, Funcionários, a partir das 19h30 Bar do Bolão, Padre Eustáquio, a partir das 19h Bar do Salomão, Serra, a partir das 18h30 Bar du Pedro, Santa Tereza, a partir das 19h Pedacinhos do Céu, Caiçara, a partir das 21h Sexta Feira Bar Opção, Caiçara, a partir das 20h Mosteiro Bar, Savassi, a partir das 19h Pedacinhos do Céu, Caiçara, a partir das 21h Sábado Bar Opção, Caiçara, a partir das 20h Pedacinhos do Céu, Caiçara, a partir das 21h
No Bar do Salomão, o compositor Geraldinho Alvarenga (à frente, à esq.) se reúne com as novas gerações: “O choro é a base do samba, do forró, e de diversos gêneros musicais genuinamente brasileiros”
Domingo Cartola Bar, Caiçara, a partir das 19h Feijoaria, Dona Clara, a partir das 14h (só no primeiro domingo do mês) Status Café Cultura e Arte, Savassi, a partir das 10h
lho realizado no bar. É um orgulho para mim”, diz Alzier. No Bar do Bolão, no bairro Padre Eustáquio, o Clube do Choro, que tinha encerrado suas atividades em 1989, junto com o bar Beco do Choro – primeira casa a tocar exclusivamente o gênero musical na cidade –, foi reativado em 2006, reacendendo a tradição das rodas de choro. “O bar já foi inaugurado com o chorinho. Meu pai, Raimundo (Bolão), tinha um conjunto regional. Até hoje
anos, que há quatro meses toca violão no local. Frequentadores do bar, a nutricionista Silvana Simonini, de 46 anos, e o agropecuarista Marcello Campos, de 43 anos, apoiam o resgate da boa música. “Hoje é tão difícil encontrar lugares para ouvir música de qualidade que acho incrível esse movimento do chorinho”, diz Silvana. Seus adeptos garantem: “Tal omo Pixinguinha nunca será esquecido, o choro nunca vai morrer”, diz Geraldinho Alvarenga. z
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temos o prazer de receber excelentes músicos, entre eles o Zito do Pandeiro”, diz Haroldo Reis. A paixão pelo choro é transmitida de bar em bar e, além de veteranos, atrai o público jovem, que faz questão de prestigiar os grupos regionais. “As rodas sempre abrem espaço para outros músicos darem a famosa canja. Foi assim que comecei a participar do grupo no Bar du Pedro, no bairro Santa Tereza”, diz o músico Diogo Gonçalves, de 29
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Emagrecimento com balão gástrico: Muito além da estética
O EMAGRECIMENTO ATRAVÉS DO BALÃO GÁSTRICO ATUA SIGNIFICATIVAMENTE NO RESGATE DA AUTO-ESTIMA E BEM-ESTAR, ALÉM DE AUXILIAR NA PREVENÇÃO DE QUADRO DEPRESSIVO QUE PODE SER POTENCIALMENTE NOCIVO AO ORGANISMO Necessidade de aprovação e reconhecimento, carência, rejeição, sentimento de abandono e dependência, são alguns dos sintomas de baixa auto-estima que, muitas vezes, resulta em depressão. O uso do balão gástrico, ganha cada vez mais adeptos. Com a indicação adequada, este recurso é importante aliado no combate aos problemas relacionados à obesidade, recuperação estética e elevação da auto-estima em virtude da perda em média de 20% do peso total em 6 MÉDICO RESPONSÁVEL Dr. Leonardo Salles de Almeida CRM: MG-35183
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EQUIPE MULTIDICIPLINAR: PSICOLOGIA Daniela Pietro Sona - CRP/MG 19989 Raquel Costa de Paiva - CRP/MG 26903 Flavia Guimarães Romanach - CRP/MG 20819
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NUTRIÇÃO Ana Francisca dos Reis - CRN/MG 5222 Fernanda Guide da Veiga - CRN/MG 2695 Raquel Cristina Mendes - CRN/MG 11827
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Loucos por
A empresária e ciclista Carolina Lanna: “Esse esporte é maravilhoso. Não há rotina e consigo ver minha evolução”
trilha Alexandre Rezende
Minas é considerado paraíso para quem ama pedalar em meio à natureza. O que não falta são aventureiros que desbravam o estado sobre duas rodas RAFAEL CAMPOS
Nas veias do ultramaratonista Guilherme Falci Bonésio, de 36 anos, o sangue não corre, pedala. Ao revelar os detalhes da última aventura, quando percorreu 780 km ao lado do amigo Pedro Ferolla, na África do Sul, há dois anos, ele não esconde a emoção. “Nossa! Sem palavras”, diz, depois de um suspiro, como se estivesse ainda no cenário da Cape Epic, competição de mountain bike mais almejada do mundo, com duração de oito dias. Bonésio não só superou o grande desafio, como não pensa duas vezes para repeti-lo. Histórias desse episódio não faltam. Segundo ele, em um trecho da ultramaratona de Cape Epic, o vento contrário estava tão forte que ele e Pedro não conseguiam 42 |Encontro
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ultrapassar 15 km/h na descida. Eles não conversavam, com medo de que alguém desistisse. Ainda assim, foram a primeira dupla brasileira a cruzar a linha de chegada. “Com um detalhe: ao mesmo tempo que o ex-piloto de Fórmula 1 Alain Prost, que também participou da prova”, conta. Essa confiança toda tem um motivo: o ciclista explora as trilhas de Minas, que oferecem desafios e paisagens para todos os níveis de dificuldade e gostos. “Quem pedala aqui, pedala em qualquer lugar do mundo”, diz Pedro. E ele não está só. Uma verdadeira legião de admiradores da modalidade sobre duas rodas está sendo formada em Minas. Em busca de mais qualidade de vida ou adrenalina, o ciclismo é o esporte da vez. Cidades como Moeda, Brumadinho, Itabirito, Ouro Preto, Sabará, Raposos, Caeté, Santa Luzia, Mariana, Rio Acima e Nova Lima, incluindo o distrito de São Sebastião das Águas Claras, conhecido como Macacos, estão entre os lugares preferidos dos ciclistas, sobretudo, dos que moram em BH. “Há trilhas muito técnicas, mas há caminhos planos para iniciantes, os chamados estradões”, conta Bonésio. Um dos principais atletas da modalidade mountain bike do país, o ciclista Hugo Prado Neto também se esbalda nas possibilidades que o relevo mineiro tem a oferecer. Morador do Belvedere, ele elege a trilha Perdidas, em Nova Lima, como uma das mais desafiadoras. “Se não somos o estado com as melhores trilhas do país, seguramente estamos entre os três primeiros, junto com a região de Campos do Jordão (SP) e Petrópolis (RJ)”, explica Hugo, fundador da OCE, empresa de consultoria esportiva que realiza treinamento para quem pretende seguir a modalidade. Hugo e Guilherme Bonésio são sócios da Giro Sport Center, loja especializada de bikes localizada no Sion. Para Hugo, o número de praticantes tende a aumentar. “É uma verdadeira febre. Observo que as pessoas estão procurando mais bikes, e não é para andar em volta da lagoa Seca, e sim na terra.” É o caso da família do empresário Thiago Menezes, de 30 anos, que mora no bairro Vila da Serra, em Nova Lima. “Mando o estresse para longe”, diz Thiago. A mulher, Danielle, e os filhos Maria Eduarda, de 9 anos, e Gianlucca, de 13, 44 |Encontro
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Thiago Menezes, a mulher, Danielle, e os filhos Maria Eduarda e Gianlucca: família que pedala unida Alexandre Rezende
Hugo Prado Neto (esq.) com o sócio Guilherme Bonésio (dir.), ambos donos da Giro Sport Center: “Quem pedala aqui pedala em qualquer lugar do mundo”, diz Bonésio
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ESPORTE | BICICLETA também participam dos passeios, sobretudo, nos fins de semana. Três vezes por semana, Thiago acorda por volta das 5h, pega a bike e sai para a trilha. “Volto lá pelas 7h30 e vou trabalhar. É ótimo”, conta. O empresário também é daqueles que não se importa em cruzar o oceano para participar de desafios. Já foi para África do Sul, Alemanha, Áustria e acabou de voltar do Canadá. Competir é o verbo favorito da empresária Carolina Lanna Amaro Prates, de 37 anos. Ela está se preparando para enfrentar uma das provas mais difíceis do país, o Iron Biker Brasil, que acontece entre os dias 19 e 21 de setembro, em Mariana, região central do estado. São esperados 1.200 atletas no trajeto de 140 km de trilhas. “Esse esporte é maravilhoso. Não há rotina e consigo ver minha evolução a cada pedalada”, diz Carolina, que costuma andar na região do condomínio Alphaville, em Nova Lima, junto com o marido, também adepto da magrela, Alexandre Prates. Sexo frágil? Que nada! “Em minha primeira ultramaratona, no Canadá, pedalei 40 km por dia”, diz Carolina. O trabalho de Leonardo Alves Rocha, de 44 anos, mais conhecido como Leo Bike, é a prova do aumento da procura pelo esporte. “As pessoas começaram a pedir para treinarem comigo. Agora, trabalho de terça-feira a domingo dando aulas. Já teve dia em que comecei às 6h e terminei às 22h”, explica. Leo explica que o seu treinamento é direcionado à técnica, já que é mais
Teste de fogo: 21ª edição do Iron Biker Brasil acontece de 19 a 21 de setembro e deve atrair 1.200 ciclistas, dispostos a percorrer 140 km de trilhas na cidade histórica de Mariana
VAI PEDALAR? Conheças as principais lojas especializadas de BH CICLOGIRO Rua Major Lopes, 14, São Pedro (31) 3281 6833 GIRO SPORT CENTER Rua Haiti, 134, Sion (31) 2552 2515 IKENFIX Av. Luis Paulo Franco, 500, loja 26, Belvedere (31) 3286 8199 INTERTRILHAS Rua Tomé de Souza, 587, Funcionários (31) 3264 3232 TRIP AVENTURA Av. Prudente de Morais, 239, Cidade Jardim (31) 3292 7229
complicado para o iniciante aprender sozinho. “Tem muita gente que pedala durante um ano, ganha habilidade e já acha que é o campeão mundial, mas não é assim.” Leo, geralmente, concentra os treinamentos com seus alunos na área do condomínio Retiro das Pedras. Segundo ele, além das ótimas “pistas”, o lugar oferece um visual de tirar o fôlego. Apesar da dificuldade de algumas trilhas em meio à natureza, Leo Bike acredita que esse ambiente ainda está longe de oferecer os mesmos riscos do asfalto. Por isso, ele não aconselha nenhum de seus alunos a praticar o speed, modalidade em que se transita por rodovias. “Ainda falta muito respeito aos ciclistas por parte dos motoristas”, diz. Animado para começar? Prepare a magrela, os itens de segurança e bom pedal!
Divulgação
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EQUIPE-SE PARA SE AVENTURAR Quer começar a pedalar e curtir paisagens de tirar o fôlego? Fique atento ao tipo de bike e aos equipamentos necessários. E, é claro, quanto você vai desembolsar, em média, com a aventura 1. Bicicleta (modelo de entrada) R$ 2.400 KHS
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2. Sapatilha R$ 249 Da matta
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3. Faróis e sinalizadores R$ 79 (conjunto) Kombat 4. Pneu ideal R$ 89 (trilha) Kenda
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5. Bomba de ar R$ 71,50 Giyo 6. Luvas R$ 59 Da matta 7. Capacete R$ 129 Da Matta
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8. Câmara de ar R$ 23 CST 9. Kit de remendo R$ 8 Vipal
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10. Mochila de hidratação R$ 209 Camelbak
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11. Garrafa de água R$ 15 Camelbak
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12. GPS de alta precisão R$ 1.399 Garmin, Cateye
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13. Bermuda R$ 89 Da matta 14. Blusa R$ 95 Da matta
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15. Carboidrato em gel R$ 3 Exceed ❚
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Imagens ilustrativas Fontes: Giro Sport Center e Fuji Bike
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BEM-ESTAR | CORRIDA
Atletas participantes da nona edição da prova, realizada em maio: esbanjando energia e animação
Corrida nota 10! Aliando saúde, bem-estar e beleza, a Encontro Delas/Circuito Molico chega a sua décima edição. Confira algumas dicas para antes e depois da prova 48 |Encontro
MARINA SANTOS
No dia 28 de setembro, mulheres de todas as idades tomarão as ruas do Belvedere, deixando o bairro nobre da capital ainda mais charmoso. A tradicional corrida Encontro Delas/Circuito Molico completa a décima edição e, para aquelas que não querem ficar de fora, a preparação é fundamental. Alguns cuidados simples, como se alongar e se aquecer antes, podem melhorar o desempenho, além de prevenir lesões. Segundo orienta o professor de corrida da Companhia Athletica, Marcos Marin, durante o aquecimento, o ideal é fazer exercícios dinâmicos, que movimentem as articulações, em vez dos alongamentos estáticos. É válido também correr em ritmo mais leve do que aquele que a atleta vai fazer durante o percurso pra valer. “Ao final, é interessante dar de três a cinco estímulos de velocidade, próximos ou um pouco acima da velocidade almejada durante a prova, com distâncias que variam entre 100 e 200 metros”, diz. O dia anterior pode ser de descanso, mas isso varia de acordo com cada pessoa. Para quem deseja se exercitar, o importante é não
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Alexandre Rezende
RECEITA PARA DAR ENERGIA O açaí é uma fruta deliciosa e com muitos benefícios, como o perfil de carboidratos. Por isso, é boa opção para obter energia para a prática de atividades físicas ou para recarregar as baterias depois de um treino puxado. Selecionamos uma receita que, além de saborosa, vai lhe proporcionar força extra. AÇAÍ E GUARANÁ Por Sheila Oliveira, da Cozinha Experimental Nestlé INGREDIENTES • 1 polpa de açaí congelada (100 g) • 1 colher (sopa) de xarope de guaraná • 2 colheres (sopa) de leite em pó MOLICO® Total Cálcio • 3 gotas de adoçante MODO DE PREPARO • Em um liquidificador, bata 1 xícara (chá) de água gelada com a polpa de açaí, o xarope de guaraná, o leite em pó MOLICO® e o adoçante. Preferencialmente, utilize a polpa do açaí sem que esteja derretida para obter uma vitamina ainda mais cremosa. • Rendimento: 1 porção
Eugênio Gurgel
Bolsa em tecido assinada pelo estilista Rogério Lima compõe o kit: corredoras recebem também outros mimos
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abusar, com atividades moderadas. Deve-se estar atento também à alimentação. “Jantares pesados podem inclusive prejudicar a noite de sono anterior à corrida”, diz Marcos. Antes da largada, um café da manhã reforçado dará energia suficiente para a prova. “Mas não se deve comer nada de diferente daquilo que se está habituado”, alerta o especialista. Finalizada a corrida, alguns cuidados ajudam na recuperação. Hidratação, reposição energética com alimentos que incluam carboidratos e proteínas, compressas de gelo ou choques térmicos, que alternem estímulos quentes e frios, podendo ser feitos até mesmo no chuveiro, e uso de calças ou meias de compressão com elevação das pernas por meia hora são algumas dicas de Marcos para o pós prova. z
CONFIRA DATAS E HORÁRIOS Day Care: dia 27, das 9h às 18h Corrida: dia 28, com largada às 9h. Início das atividades a partir das 7h30 Local: Lagoa Seca, Belvedere Percurso: 6 km Inscrições: www.encontrodelas.com.br
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BEM-ESTAR | ESTÉTICA Samuel Gê
Projeto
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A poucos meses da chegada do calor intenso, ainda dá tempo de entrar em forma e ficar na medida para encarar as roupas mais decotadas A secretária Eliane Martins Nogueira fez a opção pela corrida: “Praticar esporte me traz disposição e muita felicidade”
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DANIELA COSTA
A estação mais fria do ano vai embora, mas deixa, para alguns, um saldo negativo na balança. E nada melhor do que uma nova estação para renovar as metas e, é claro, perder algumas medidas. Para isso, a regra é uma só: aliar a boa alimentação à prática de atividades físicas. “Comece trocando os alimentos que são fonte de gordura por opções mais saudáveis. As frituras podem ser substituídas por grelhados, assados ou cozidos. Os carboidratos, por versões integrais. E evite jejuns prolongados, fazendo refeições a cada três horas”, diz a nutricionista Alcimara Macieira, da Clinlife. Segundo ela, as dietas mais eficientes são aquelas que se adéquam ao estilo de vida de cada um. Seguir regimes radicais é perda de tempo. O ideal é fazer boas escolhas e em pequenas quantidades, priorizando as proteínas magras e incluindo as gorduras boas no cardápio, tais como castanhas e azeite. “O consumo tanto de açúcar quanto de sal deve ser reduzido ao máximo, para evitar sobrepeso e retenção de líquido. Já a ingestão de água deve ser abundante”, diz. No jantar, as refeições devem ser moderadas, com opções de saladas coloridas, carnes magras e carboidrato integral. Frutas e vegetais estão liberados. A consultora Lorena Silva Amaral, de 24 anos, descobriu que não adianta apenas malhar. “Alcancei minhas metas somente depois que incluí alimentos saudáveis à minha dieta. Hoje minha alimentação é extremamente balanceada.” Para aqueles que não curtem levantar peso na musculação, existem várias outras maneiras para fugir do sedentarismo. Uma delas, as aulas de dança. É só escolher o ritmo e se preparar para perder muitas calorias. A endocrinologista e metabolista Flávia Pieroni explica que os exercícios aeróbicos são a melhor opção para a queima de gordura. “Na dança, por exemplo, o esforço físico realizado é de baixa ou moderada intensidade. Com isso, o consumo de oxigênio permanece estável e automaticamente ocorre a aceleração do metabolismo e perda calórica”, explica Flávia. Alguns ritmos, como a zumba, chegam a queimar 400 calorias por aula. Além disso, os movimentos aeróbicos me-
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A dançarina Alessandra Quintino e o marido, Wedney Paranhos: “A dança é a melhor forma de praticar atividade física se divertindo”, diz ela
Samuel Gê
A consultora Lorena Silva Amaral descobriu que não adianta apenas malhar: “Alcancei minhas metas somente depois que incluí alimentos saudáveis à dieta”
lhoram frequência cardíaca, postura, equilíbrio e coordenação motora. A dançarina Alessandra Quintino, de 37 anos, do Studio A2 Artur Assunção, descobriu cedo esses benefícios. “Desde os 17 anos trabalho profissionalmente com a dança, exercitando ao mesmo tempo musculatura, força e flexibilidade. É a melhor forma de praticar atividade física se divertindo”, diz Alessandra. Aqueles que preferem não se aventurar nos ritmos da dança podem praticar a corrida de rua, esporte que tem agradado aos mineiros. Além de queimar gordura, aumenta a resistência física, melhora a respiração, fortalece o coração e ainda libera a endorfina, hormônio do prazer. “O ideal é começar praticando caminhadas leves. E, só depois que melhorar o condicionamento físico, apostar nas corridas, sempre observando os intervalos necessários para o repouso da muscula-
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tura”, explica o educador físico Alexandre Hermes de Azevedo. Há um ano a secretária Eliane Martins Nogueira, de 30 anos, pratica o esporte e desde que participou pela primeira vez da Volta Internacional da Pampulha não parou mais. “Agora, já me preparo para a meia Maratona do Rio, em 2015. Praticar esporte me traz disposição e muita felicidade”, diz Eliane. Outra opção para aqueles que dispõem de pouco tempo é o Treinamento Intervalado de Alta Intensidade (HIIT), também conhecido como Classhiit, que consiste em um circuito de exercícios e movimentos funcionais. “O objetivo é treinar o corpo de forma integral, alternando os grupos musculares e alcançando um alto gasto calórico com treinos de apenas 20 minutos”, explica Felipe Ricardo, personal da Academia Companhia Athletica. Então, pronto para encarar o desafio? z
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SAÚDE | DERMATOLOGIA
A pele na região dos olhos requer cuidados especiais para evitar olheiras, rugas e bolsas. Especialistas dão dicas para quem quer manter um semblante descansado
Mais firme,
Sgutterstock/Divulgação
lisa e bonita
MARINA SANTOS
Se os olhos são como janelas da alma, é melhor cuidar bem das molduras. Sujeita a ressecamento, danos causados pela ação solar, irritações decorrentes do uso de maquiagem, além do próprio desgaste com a passagem do tempo, a pele na região dos olhos demanda cuidados e produtos especiais. “É a pele mais fina que temos no corpo”, diz a dermatologista Rachel Guerra. Por ser muito sensível, ela sofre diariamente com agressões externas e até mesmo com o movimento natural da musculatura. Entre as queixas mais frequentes, estão o aparecimento de linhas de expressão, inchaço e olheiras. Como explica Rachel, são três os fatores principais que provocam o envelhecimento da pele: o cronológico, o consumo de cigarro e a exposição à radiação solar. “Se usar filtro solar diariamente, a pessoa elimina um fator muito importante.” A exposição ao sol também pode facilitar o aparecimento das chamadas rugas dinâmicas, principalmente em quem tem olhos claros. Em função da fotossensibilidade, a pessoa contrai mais a musculatura dos olhos e esse movimento de franzir ajuda a criar ou acentuar marcas na pele, o que pode ser evitado com o uso de
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óculos escuros com proteção ultravioleta, orienta Rachel. Pessoas de pele mais clara ainda estão mais susceptíveis a terem as chamadas “olheiras por transparência”. Nesse caso, a pele da região é tão fina e clara que os vasos sanguíneos ficam mais evidentes, deixando um aspecto arroxeado na pálpebra inferior. Por outro lado, fototipos mais escuros também têm suas desvantagens. Indianos e árabes, por exemplo, costumam ter um acúmulo de melanina na região dos olhos, explica a dermatologista. Um cuidado simples e que é válido para todo tipo de pele é a hidratação. Além do efeito de embelezamento, renovando o viço da pele, hidratar é importante para deixá-la mais resistente à ação de agentes externos, como maquiagens e substâncias que podem gerar alergia. Rachel explica que o hábito de coçar os olhos, gerando fricção na área, pode aumentar as olheiras. Para evitar irritações e alcançar os efeitos desejados, deve-se estar atento à qualidade dos produtos. Segundo a cosmetóloga da Adcos BH Aline Araújo, por ser a pele mais fina que temos, a região dos olhos requer produtos específicos. “O cosmético deve ter um peso molecular menor, para garantir sua penetração”, diz. Além disso, é importante que sejam oftalmologicamente testados. A especialista explica que há no mercado cosméticos com ativos de despigmentação, que ajudam a clarear a pele; ação antiedema, que reduz o inchaço; cosméticos à base de peptídeos, que diminuem a contração muscular e amenizam linhas de expressão; vitamina C, que estimula a produção de colágeno; entre outros com ação calmante e terapêutica. E os tratamentos domésticos não devem ser descartados. Como explica a esteticista Carina Campos, as chamadas “receitas da vovó”, que incluem antigos truques como usar compressas de água gelada ou chá de camomila, são ações paleativas. “Elas produzem o chamado ‘efeito cinderela’. Funcionam, mas é temporário, com ação de poucas horas”, diz. A vantagem é que não têm contrain-
MITOS E VERDADES Saiba o que funciona ou não na hora de cuidar da pele da região dos olhos COMPRESSAS DE ÁGUA FRIA
A prática funciona, pois ajuda na contração dos vasos sanguíneos, deixando-os menos aparentes e diminuindo o inchaço das pálpebras
CHÁ DE CAMOMILA
A camomila tem efeito calmante na pele e o resultado é melhor ainda se o sachê estiver gelado
RODELAS DE PEPINO
PEELING
O alimento possui propriedades adstringentes, o que ajuda a combater a oleosidade da pele. Mas as rodelas só serão úteis para amenizar olheiras caso estejam em temperatura baixa, agindo, assim, contra a vasodilatação e deixando edemas menos visíveis
Se a olheira é causada por excesso de pigmentação, esse recurso pode ser útil. Hoje existem métodos mais eficazes, como o laser e a luz pulsada, que solucionam o problema em menos sessões. Se são olheiras resultantes de má circulação naquele local, é o caso de recorrer a massagens e cosméticos Fontes: dermatologista Rachel Guerra e esteticista Carina Campos
dicação, podendo ser usadas todos os dias. Outra dica válida é aplicar os cremes massageando a pálpebra inferior de dentro para fora. “Esses movimentos são feitos na drenagem linfática para descongestionar a região, melhorando a circulação sanguínea”, conta Carina, o que atenua o aspecto de cansaço, vindos com o estresse ou após uma noite maldormida. Pouco sono, problemas respiratórios e estados gripais também podem resultar em olheiras. “Pacientes sujeitos a congestão vascular, que sofrem de doenças como sinusite ou rinite, por exemplo, podem ter olheiras por
hemossiderina, pigmento que resulta da degradação do sangue na pele”, explica a dermatologista Rachel Guerra. A dificuldade circulatória é ainda responsável pelo aparecimento das bolsas na região dos olhos. Segundo a médica, alimentação balanceada, ingestão adequada de água e boas horas de sono certamente são ótimas aliadas para a conquista de uma pele saudável e bonita. Também deve-se investir em cremes e cuidados domésticos desde a juventude. Com o passar do tempo, a medicação vai sendo incrementada. O melhor mesmo é prevenir. z SETEMBRO DE 2014
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PET | SAÚDE Paulo Márcio
Homeopatia para os xodós Os animais de estimação também podem ser tratados com medicamentos alternativos. Veterinários garantem que dão resultados e podem até salvar vidas DANIELA COSTA
Há quatro anos, quando ganhou de presente do marido o yorkshire Nicolas, a arquiteta Marta Felicíssimo não sabia a luta que teria pela frente. Logo nos primeiros dias em sua nova casa, o filhotinho parou de comer e já não conseguia ficar em pé sozinho. Levado ao veterinário, o diagnóstico não poderia ser mais desanimador. “Foi detectado que ele era portador de uma doença incurável, conhecida como megaesôfago. E a única solução seria a eutanásia”, lembra Marta. A doença pouco comum ocorre quando o esôfago é mais largo do que deveria e faz com que o órgão pare suas funções. Inconformada com a notícia, a arquiteta buscou ajuda nos tratamentos não convencionais. Foi quando descobriu que a homeopatia poderia salvar a vida de Nicolas. “Durante três meses, eu lhe dava o medicamento junto ao alimento, de duas em duas horas”, conta a arquiteta. Hoje, Nicolas está completamente 54 |Encontro
A arquiteta Marta Felicíssimo quase perdeu o yorkshire Nicolas: “Durante três meses eu lhe dava o medicamento, de duas em duas horas”
curado e se recupera de um acidente em que machucou a patinha. “Nesse caso, também estou utilizando medicamento homeopático”, diz Marta. O uso da medicina homeopática para tratar os animais é cada vez mais co mum. Sem contraindicações, os medicamentos não oferecem risco à saúde. “Ao agir, o medicamento homeopático provoca uma reação em todo o organismo, sendo capaz de tratar tanto alterações físicas quanto emocionais e comportamentais”, diz o veterinário Denerson Ferreira Rocha, da Clínica Vida Animal.
Especializado em homeopatia, ele ex plica que, diferentemente dos remédios alopáticos, a homeopatia não age por ação química, mas sim por meio de estímulos físicos determinados para cada espécie. “Costumo brincar dizendo que a homeopatia é muito parecida com os gatos. Só não gosta deles quem não os conhece de verdade”, diz Denerson. Criada em 1796 pelo médico alemão Samuel Hahnemann, a homeopatia tem como princípio básico que qualquer mal que atinja o corpo é resultado de um desequilíbrio da energia vital.
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A pedagoga Andrea Lopes da Silva com o gato Milk Shake: até o vermífugo é natural Alexandre Rezende
A professora Paula Andrea de Oliveira com a cadelinha Serena e o cão Neguinho: todos tratados com a homeopátia
SEM CONTRAINDICAÇÃO Como a homeopatia pode ajudar os pets Controla a ansiedade e diminui a irritação Controla infestação de pulgas, carrapatos, bernes e vermes Ajuda na cicatrização de lesões de pele e ferimentos infectados Trata dermatites, dermatoses e dermatomicoses Trata todos os tipos de diarreias Previne e trata problemas urinários e renais Estimula o desenvolvimento corporal e fortalece o sistema imunológico Fonte: Real H Nutrição e Saúde Animal
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Para curá-lo, é preciso restaurar esse equilíbrio. “Dessa forma, a saúde é restabelecida com o uso de substâncias do reino vegetal, mineral e animal, diluídas e dinamizadas”,explica a veterinária especializada em homeopatia Teresa Cristina Alves Brini Motta, da Clínica Cães e Amigos. Seja em humanos seja em animais, trata todos os tipos de doença, desde as mais simples, como dermatites, a diagnósticos graves, como o câncer. “Em alguns casos, fazemos uso dos medicamentos alopáticos associados com os homeopáticos, para otimizar o tratamento”, diz Teresa. O resultado tem sido positivo, até mesmo para afastar pulgas e carrapatos, controlar o estresse e a ansiedade, entre outros problemas comuns entre os animais. Há dois anos, a pedagoga Andrea Lo pes da Silva trata seus animais – seis cães e um gato – somente com homeopatia. O primeiro foi o Ringo, boxer de 10 anos que devido à baixa imunidade teve papilomatose (verrugas) na boca. Já o gato Milk Shake, de 2 anos, só faz uso de vermífugos naturais. “Não tenho dúvida nenhuma de que a homeopatia funciona”, diz Andrea. A professora Paula Andrea de Oliveira também não duvida. Conseguiu curar uma cadelinha com sarna dermodéstica, outra com epilepsia e, agora, trata Serena, vira-lata de 4 anos que tem problemas de coluna. O Neguinho, vira-lata de 8 anos, também já não sofre com pedras nos rins. “Já tem quase um ano que ele não tem crises e a Serena está melhorando”, diz Paula. Segundo a veterinária Teresa Cristina, a homeopatia pode ser utilizada em qualquer enfermidade, pois o que é levado em conta é o paciente, e não a doença. Nos casos terminais, a medicação traz alívio. O aposentado Geraldo Magela de Souza viu sua cachorrinha ressuscitar. “Há cinco anos minha Pituxinha – poodle toy de 15 anos – esteve tão doente, com problemas cardíacos e tumor no útero, que todos os veterinários a desenganaram”, conta. Apesar de ter tido na sequência pro blemas renais e tumor no intestino, a cachorrinha está ativa e com boa qualidade de vida. Geraldo está convicto: “Se não fosse a homeopatia, já teríamos perdido a Pituxinha.” z
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Informe Publicitário Alexandre Rezende
Felipe Félix, Raphael Tolentino e Lourenço Roldão, diretores da Live: parceria renovada em um dos maiores eventos de decoração de Minas
Movida por desafios
Live Automação confirma sua postura de vanguarda e é destaque na Casa Cor pelo segundo ano consecutivo
Pioneirismo, inovação e ousadia. Estas, sem dúvidas, são marcas inconfundíveis da Live Automação. Às portas de completar sua primeira década de existência, a empresa mineira não para de dar provas de seu arrojo. Depois da parceria com a Lider Interiores e a presença da Decora Lider, uma das mais importantes mostras de decoração e design de interiores do Brasil, a Live irá patrocinar, pelo segundo ano consecutivo, a edição mineira da Casa Cor. E não se trata de qualquer edição. Em 2014, a Casa Cor completa 20 anos em Minas Gerais. Para celebrar a data histórica, o local foi definido com cuidado especial. A escolha recaiu sobre uma das áreas mais bucólicas do Estado, em meio
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a matas e córregos: o Eco-Resort e Residence Service Vila Gaya, na estrada para o distrito de São Sebastião das Águas Claras, também conhecido como Macacos, em Nova Lima. O evento começa no dia 15 de outubro e vai até o dia 18 de novembro. “Nosso trabalho é contínuo, não existe acomodação. Por isso, não titubeamos em patrocinar novamente a Casa Cor, e nosso desejo é que esta parceria continue por muito tempo”, diz o diretor comercial da Live, Lourenço Roldão. “Além de solidificarmos nossa marca, é a oportunidade de demonstrar atenção com arquitetos parceiros, com quem já temos uma relação sólida, marcada pela confiança”, completa o empresário, que destaca a presença de profissionais como Ângela Roldão, Lena Pinheiro, David Guerra, Cícera Gontijo, Flávia Zambelli e Estela Netto, dentre outros. Na Casa Cor de 2013, a Live ergueu, em parceria com o arquiteto Carico, uma luxuosa sala de cinema, inspirada nas grandes mansões europeias e norteamericanas e com capacidade para 13 pessoas. Este ano, a empresa cuidará de dois lofts, projetados pelas arquitetas Ângela Roldão e Flávia Zambelli. “Desta
vez, teremos dois ambientes sob nossos cuidados, onde vamos mostrar todo o conceito de integração por meio de áudio e vídeo high-end. Essa otimização de espaços menores é uma tendência no mercado da arquitetura e nosso objetivo é mostrar como adequar o melhor uso da tecnologia nesses lugares”, explica Lourenço. A manutenção no foco e a constante busca por desafios é que faz da Live não apenas uma empresa, mas um conceito em termos de automação e Home Theater que se consolidou como referência em seu setor no mercado nacional. Se a Casa Cor já era conhecida como a mais completa mostra de arquitetura, decoração e paisagismo das Américas, a presença da Live garante o toque que faltava em tecnologia e automação de áudio, vídeo, iluminação e segurança.
Showroom - Tel: (31) 3335-5335 Rua Santa Catarina, 1424 - Lourdes www.liveautomacao.com.br
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perfil | odontologia Samuel Gê
O dentista Fernando Carvalho no novo consultório que acabou de construir, todo em preto e branco, cores de seu time do coração – o Galo: “Queria um espaço amplo e moderno, nada de mesinha de negócios para fazer orçamento”
Ele é o mais “novo” dentista da cidade Perto de completar 80 anos, o dentista Fernando Carvalho, um dos mais bemsucedidos da capital, decidiu inaugurar novo consultório. "Estava na hora de recomeçar a minha vida profissional"
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Marina Dias
Por que algum profissional, em sã consciência, botaria abaixo seu consultório perfeitamente bem conservado e construiria um todo renovado? E isso aos quase 80 anos de idade? Foi a pergunta que um colega de clínica fez ao dentista Fernando de Carvalho Oliveira, quando conheceu a nova sala do especialista, inaugurada no início deste ano, depois de um mês de intensas reformas. A resposta do dentista – que, diga-se de passagem, tem veia de filósofo – inspira a reflexão de qualquer pessoa que tenha uma carreira: “Senti vontade de provar, não para os outros, mas para mim mesmo, que eu estava em tempo de recomeçar”, diz. Mas recomeçar agora? – insistimos com curiosidade jornalística. Sincero,
Fernando explica que, após mais de 50 anos de carreira e de ter tido quase 40 anos de atividade acadêmica, está no auge de seu conhecimento e experiência e ainda se sente útil para as pessoas. “Eu, como professor de técnica, aprendi o caminho. Na minha idade, aprendi os atalhos. Não vejo por que, logo quando descobri o que me facilita o trabalho e dá mais qualidade aos pacientes, deveria parar”, explica. Assim, inspirado pela vontade de recomeçar, quis marcar a nova etapa com um novo consultório, já que o anterior tinha pouco mais de 40 anos de existência (idade do Grupo Odontológico Mangabeiras, onde ele e outros 20 profissionais, inclusive dois de seus três filhos, atuam). Queria um espaço mais amplo e moderno, onde pudesse conversar de forma confortável com os
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Samuel Gê
A filha Maria Luiza Oliveira, que foi aluna do pai na Odontologia da UFMG: “Ele sempre cobrou competência. Era exigente, mas com um propósito” Roberto Rocha
Maria Cristina Valle e Letícia Valle, filha e neta de Fernando, ambas arquitetas: “Meu pai sempre foi moderno, de vanguarda”, diz Maria Cristina Cláudio Cunha
“Essa decisão foi condizente com tudo o que ele sempre falou e fez na vida: acreditar no amanhã”, disse o ex-aluno e colega de profissão, Francisco Gama, sobre a recente reforma do consultório
pacientes – nada de “mesinha de negócios para fazer orçamento”, como ele mesmo diz. Para a renovação, chamou sua filha, a arquiteta e vice-presidente da construtora Caparaó, Maria Cristina Valle. Ela, ao lado da própria filha, a também arquiteta Letícia Valle, deixou a sala apenas com as quatro paredes externas e bolou um projeto diferente, com o que há de mais moderno em termos de materiais e de design: a sala tem a iluminação toda em LED, materiais e acabamentos importados e da mais nova geração, teto acústico e automação no escritório. Trocou também o equipamento; foi o primeiro no estado a comprar a mais moderna cadeira alemã existente no mercado. “Meu pai nunca teve nem revista velha na sala de espera. Sempre cuidou muito do aspecto profissional, da aparência, inclusive do consultório”, diz Maria Cristina, que fez a reforma do espaço em 30 dias. “Ele sempre foi moderno, de vanguarda”, completa. Única filha que não seguiu a profissão do pai (ao contrário de Maria Luiza Oliveira e Fernando de Carvalho Oliveira Junior), ela diz que a forma como Fernando conduz sua carreira pode ser levada para qualquer profissional, já que é um exemplo de vida, de como usar a idade com sabedoria. A neta, muito próxima do avô, fez questão de participar da obra e conta que o consultório ficou todo preto e branco, já que Fernando é atleticano fanático e conselheiro do clube alvinegro. Os netos, aliás, costumam acompanhá-lo ao campo, onde vai para assistir a todos os jogos do Galo – um de seus prazeres, assim como criar curiós e degustar vinhos. Outra paixão do dentista são frases. Algumas, ele repete sempre, pois as tem como mantras. Três estão, inclusive, escritas nas paredes de seu consultório, entre elas, uma que lhe foi ensinada por um de seus professores da faculdade de odontologia, a quem Fernando uma vez perguntou o que deveria fazer para ser um dentista tão bom quanto ele. “Faça a coisa comum de maneira incomum”, foi a resposta que Fernando recebeu e que se transformou em um lema de vida. “Você deve exercer sua setembro de 2014 Encontro | 59
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perfil | odontologia Fotos: Samuel Gê
Discursando como patrono da turma de odontologia da UFMG em 1993: a filha Maria Luiza estava entre os graduandos
Em seu antigo consultório: exatos 27 anos antes da reforma total que fez no espaço
Fernando Carvalho com o mais novo equipamento de seu consultório, uma moderna cadeira de origem alemã: ele foi o primeiro no estado a adquiri-la
profissão como se daquilo dependesse a paz do universo, como se dez pessoas melhores que você o estivessem observando”, explica ele. E é o que o dentista tem seguido desde então, preocupando-se especialmente com três pontos que, segundo ele, todo profissional de sua área deve alcançar. O primeiro é a técnica: por ser a mercadoria do dentista, deve ser dominada com maestria. O segundo é a confiança, a ser conquistada, já que o objeto de trabalho do dentista é a boca, o corpo, algo sagrado e da maior intimidade das pessoas. Por fim, a empatia, importante porque um paciente nunca aceitará um trabalho desse nível de quem não goste. Exigentíssimo com a aparência e com a apresentação pessoal, Fernando troca de roupa de manhã e na hora do almoço, quando passa em casa. Está sempre arrumado e com seu uniforme tradicional de trabalho, a guayabera (camisa de origem cubana de quatro bolsos) branca, impecavelmente passada. Quando era professor do quarto período de odontologia na UFMG – fase em que os alunos passam do ciclo bá
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Com o filho Fernando Júnior: ele seguiu a carreira do pai
sico para aulas específicas da área –, ele tomava para si a obrigação de ensinar aos estudantes a conduta de um profissional, algo que passava, inclusive, pela exigência de boa apresentação. O item valia até pontos na nota final. “Ele nos ensinava a nos portarmos como profissionais em relação ao paciente. Por isso, dizia que deveríamos estar vestidos de acordo, de banho tomado, homens de barba feita, mulheres de cabelo preso. Ressaltava a importância da postura por respeito ao paciente”, explica a filha Maria Luiza Oliveira, que foi aluna do pai na UFMG e hoje é também professora do curso. “Sempre cobrou que fôssemos muito corretos e competentes na prestação de trabalho. Era exigente, mas com um propósito.” Foram as aulas do doutor Fernando, aliás, que convenceram o hoje colega de trabalho Francisco Gama a continuar na odontologia. Quando entrou na faculdade, Francisco ficou desmotivado e pensou em cursar veterinária, sua segunda opção de graduação. Contudo, ao começar a disciplina com o professor Fernando, teve certeza de que queria mesmo a primeira escolha. “Sua aula
me encheu de brio. Ele era um professor fantástico, cheio de vida e de valores para passar para seus alunos. Fiquei orgulhoso do curso que estava fazendo, foi um marco na minha vida”, diz Francisco. Agora, ele vê o recomeço do antigo mestre como uma sacudida, para não se correr o risco de cair na mesmice, mesmo quando se tem quase 80 anos. “Eu não esperaria nada diferente dele. Essa decisão foi condizente com tudo o que sempre falou e fez na vida: acreditar no amanhã”, diz Francisco. A obstinação de Fernando vem de longa data. Baiano de Jacobina, que veio para BH com a família ainda menino, pôs na cabeça que faria odontologia (na época, não era uma profissão prestigiada como a medicina, a engenharia ou o direito) e nunca mais parou de se dedicar à profissão. Quando se formou, em 1958, já logo emendou uma especialização em odontologia restauradora e, porque queria se manter na academia, trabalhou como voluntário por oito anos na universidade. Foi nessa época também que se casou com Anna Luiza Oliveira, com quem está há 53 anos, tem três filhos e
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perfil | odontologia Samuel Gê
Com a mulher, Anna Luiza, com quem Fernando está casado há 53 anos: “Ele é uma pessoa de hábitos simples, é muito ponderado e tem um caráter sem igual”, diz ela
sete netos. Luiza conta que o marido já era atleticano fanático naquela época, mas o que chamou sua atenção mesmo foi a conduta moral irrepreensível e a formação espiritual do dentista. “Ele é uma pessoa de hábitos simples, é muito ponderado e tem um caráter sem igual”, diz Anna Luiza. Ainda na década de 1960, prestou concurso, passou em 1º lugar entre 400 inscritos e começou a atuar como dentista do extinto Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Comerciários (IAPC). Lá teve a oportunidade de trabalhar com pacientes excepcionais carentes, que eram atendidos sob anestesia geral. Dedicou-se a esse público por 25 anos, tempo em que serviu no instituto, e, até hoje, atende alguns desses pacientes de graça, em seu consultório. Foi também nos anos de 1960 que foi nomeado professor na UFMG (em 1991 ele se tornaria professor titular) e abriu seu primeiro consultório. Em 1970, ele e outros colegas fundaram o Grupo Odontológico Mangabeiras, onde atua até hoje. Uma de suas pacientes de longa data, a economista e professora universitária Patrícia Carvalho Brandão Ataíde Ribeiro, de 53 anos,
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Crédito
A professora Patrícia Carvalho, sua paciente desde os 17 anos, e o filho, Bernardo, também atendido pelo dentista: “Ele não se acomodou com tempo”, diz Patrícia
frequenta seu consultório praticamente desde o início, quando ela tinha 17 anos. Sua mãe, Dona Maria José, já era paciente antes disso e, hoje, seu filho, Bernardo, também é atendido pelo dentista. “Doutor Fernando transmite confiança e cumplicidade. É de uma ética e eficiência ímpar, e, principalmente, não se acomodou com o tempo”, diz Patrícia. Oriundo de um tempo em que não havia prevenção no Brasil, o doutor em dentística faz parte da geração que passou a desenvolver ações preventivas no país. Com a redução da incidência de cáries e, consequentemente, de tratamentos para resolver esse tipo de problema, a estética começou a ganhar espaço e Fernando introduziu as resinas compostas na prática brasileira, no intuito de tirar as obturações feitas de metais e usar aquelas brancas, da cor do dente. Especialista em odontologia estética, fundou também a Sociedade Brasileira de Reabilitação Oral, em 1979, da qual foi presidente. Para o amigo e colega de profissão Heloisio Rezende Leite, mestre e especialista em ortodontia, Fernando é uma inspiração constante; foi ele, inclusive,
que estimulou Heloisio a investir ainda mais na educação e fazer uma especialização fora do país. “Além do profissionalismo, ele tem muito carinho e dedicação ao ensino. É um exemplo de perseverança para conseguir aquilo que se quer”, afirma. A inquietude e o amor à profissão realmente saltam aos olhos de quem convive com Fernando. Quando decidiu prestar concurso para professor titular na UFMG, em 1991, já tinha 30 anos de atividade universitária, ou seja, tempo suficiente para se aposentar pela instituição. Quando passou, ficou mais oito anos lecionando antes de finalmente encerrar seus trabalhos por lá. Já na clínica, diz que só vai parar quando estiver velho – o que, segundo ele, será “em cerca de 20 anos”. Seus cursos, que costuma ministrar em todo o país (e pelos quais nunca cobrou), também continuam de pé. Foi convidado, por exemplo, para ministrar um curso de restauração em um congresso nacional no mês que vem. “Sinal de que também acham que não estou ficando velho”, diz, com bom humor. Ou então, professor Fernando, eles também descobriram que você recomeçou – e com tudo. z
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VIDA DIGITAL | ALYSSON LISBOA alisboa@editoraencontro.com.br
NEM FOI PRECISO O GOOGLE MAPS Cláudio Cunha
Servindo de inspiração para os empreendedores mineiros: Google é a marca mais valiosa do mundo e está avaliada em US$ 158,8 bilhões
Mantida sob sigilo, a nova casa do Google em Belo Horizonte ocupará quatro andares do edifício em uma área de quase 5 mil m2
MENOS CARROS, MAIS AMIGOS Unir tecnologia e criatividade para reduzir o número de automóveis na cidade. Esse foi o propósito do arquiteto André Henrique, dono da Visual Virtual, quando criou o Zumpy, uma rede social de caronas. Irritado com a demora no trânsito até o trabalho, André projetou um aplicativo que permite que amigos que façam a mesma rota – de trabalho ou lazer – entrem em contato e combinem de ir no mesmo carro. O serviço não é cobrado, mas existe uma moeda virtual (v-money) que pode ser trocada por descontos em uma rede de parceiros como cinemas e restaurantes. Quanto mais solidário for, mais moedas acumula. Como é uma rede que conecta pessoas conhecidas, é bastante segura. Então, quer uma carona?
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O boato está confi rmado. O Google alugou quatro andares (do 14º ao 17º) do edifício Boulevard Corporate Tower, empreendimento localizado acima do Shopping Boulevard, no Santa Efi gênia, região Leste da capital. Ainda não há data para a mudança, mas é provável que o Centro de Engenharia e Pesquisas, que já tem escritório na capital, divida o espaço com outras áreas da empresa. Ancorado pelo shopping, o edifício foi inaugurado no ano passado. Moderno, tem nove elevadores, heliporto e já atrai multinacionais como a finlandesa Outotec. Com isso, Belo Horizonte entra definitivamente no mercado com foco em tecnologia, movimento iniciado com as startups do bairro São Pedro, região conhecida como San Pedro Valley. Investidores e jovens nerds, cada vez mais, procuram a cidade para começar seus negócios e, com um vizinho ilustre como o Google, inspiração é o que não vai faltar. Será que podemos esperar a visita de Larry Page, presidente da empresa, nos próximos meses? Thiago Mamede
André Henrique (ao volante), diretor da Visual Virtual: "Dar carona também é um ato de amizade"
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APPS
JOGOS VICIANTES
DELIVERY QUE FAZ BEM Uma gastrite aguda fez o empresário Kléber Novartes procurar uma nutricionista, mas ele não conseguia encontrar os produtos prescritos pela profissional. Da necessidade surgiu uma boa ideia de negócio, batizada de Delivery do Bem. O site de comida saudável entra no ar neste mês e promete muito mais que um serviço de entrega. Com suporte do Sebrae e Fumsoft, o
empreendimento recebeu aporte de R$ 140 mil e vai trabalhar com pequenos agricultores para garantir a qualidade e procedência dos produtos. As entregas serão realizadas com bicicletas e motos elétricas, uma forma de manter o "DNA ecológico” do serviço. No site será possível acompanhar o consumo de calorias e compartilhar a informação com médicos e nutricionistas. Fred Magno/Divulgação
2048 No game, que é uma espécie de Candy Crush de números, você deve juntar pares até somar 2048. É muito simples e também viciante.
PIANO TILES
Bruno Amantea, diretor administrativo, Kleber Novartes, diretor de produtos ponto com, Fernando Baltazar, chef, e Marcello Cardoso, diretor de TI: Delivery do Bem integra tecnologia e comida saudável
Para jogar, você deve dedilhar as teclas negras de um piano. A dica é usar os dois polegares, para não perder tempo. Quanto mais rápido você for, melhor.
MINAS NO VALE Quatro empresas mineiras estão de malas prontas para viagem ao Vale do Silício na Califórnia, Estados Unidos, no início deste mês. Elas foram selecionadas pelo Sebrae e pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) e vão participar de uma rodada de negócios. Ao todo, 30 empresas brasileiras estão envolvidas no projeto. Leandro Mesquita (foto), di-
retor da startup Zase, de Itajubá, não esconde a ansiedade de mostrar seu aplicativo, que funciona nos moldes do Dotz e Foursquare, a investidores estrangeiros e tentar parcerias. "Espero fazer bons contatos para alavancar o negócio", completa Leandro. Outra empresa que está embarcando é a Qeepme, de Belo Horizonte. O aplicativo, batizado de Canguru, tem apenas seis meses de vida, mas já tem 1,3 mil gestantes cadastradas. Com ele, é possível fazer o acompanhamento pré-natal, unindo médicos e pacientes. Outras duas empresas, de Uberlândia, vão apresentar o Replay4me, um aplicativo educacional, e a MahaGestão, um app para mensurar o nível de maturidade da gestão de empresas e identificar falhas nos processos. Aos mineiros, boa sorte!
TIMBERMAN Você é um lenhador e deve cortar a árvore no menor tempo possível e ainda desviar dos galhos. Parece bobo, mas quem começa não consegue parar.
Você conhece algum aplicativo legal? Envie sugestão para a gente. Thalita Cruz/Zase
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O MELHOR LUGAR PARA SUA FESTA Gálli Eventos, inaugurado em agosto: localizado na Orla da Lagoa da Pampulha, o espaço diferencia-se pela sofisticação
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Requinte e tecnologia de ponta fazem do Gálli o espaço ideal para eventos e comemorações em Belo Horizonte Jean Assis
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ode ser um casamento ou um baile de debutante; aniversário ou evento corporativo. Quando se pensa em uma comemoração, seja ela qual for, o menor detalhe faz enorme diferença. Uma questão, entretanto, é sempre primordial e vem à tona logo no início do planejamento: onde será a festa? Escolher bem o espaço para receber amigos e convidados é meio caminho andado para o sucesso. Foi exatamente a busca pelo lugar ideal que levou as irmãs Flávia, Thaís e Lívia Galliac a ingressarem no ramo de eventos. Dez anos atrás, após exaustiva procura por onde comemorar o aniversário de dois anos da irmãzinha Duda, elas perceberam a carência de espaços de qualidade na capital. Foi quando nasceu a Let’s Go Festas, primeira empresa da família no setor. O sucesso da Let’s Go e a expertise adquirida em quase uma década deu às irmãs a confiança necessária para expandirem sua atuação. No último mês de agosto, elas inauguraram o Gálli Eventos, projetado desde o início para aliar requinte e modernidade. Localizado na orla da Lagoa da Pampulha, uma das áreas mais nobres de Belo Horizonte, o Gálli Eventos tem capacidade para receber até 300 convidados. Com acabamento refinado, o espaço diferencia-se pelo luxo de seu mobiliário. Destaque para os três lustres fixos, cada um com 500 cristais. Segundo Thaís, “nos salões tradicionais, é tudo muito simples. Nós não queremos isso para nossos clientes. Nossa festa mais básica já encanta a todos”. Responsável pela decoração nos eventos organizados pela empresa, Thaís comenta a preocupação em unir glamour e inovação. “Optamos por ir além dos tradicionais arranjos com flores e buscamos o que de mais moderno existe em termos de aparato tecnológico para nossas festas”. No Gálli, os clientes contam com uma projeção mapeada, feita de maneira personalizada para cada festa e exibida nas paredes do salão, além do fun step, piso interativo que alterna seu cenário de acordo com os passos recebidos. O esmero das irmãs Galliac, contudo, vai além das questões físicas e tecnológicas. “No Gálli, nossos clientes são convidados em suas próprias festas”, ressalta Thaís. “Oferecemos todos os serviços para que eles não se preocupem com nada, apenas com a diversão”, completa. A equipe de trabalho, por exemplo, depois de rigorosa seleção prévia, passa por uma reciclagem a cada seis meses. Além disso, as irmãs monitoram cada festa por meio de um circuito interno de câmeras, atentas para que tudo saia a contento. Se a decoração é da alçada de Thaís, formada em Design de Interiores, Flávia, com especialização em Pedagogia Empresarial, é responsável pelo departamento administrativo e Lívia, como psicóloga, cuida dos recursos humanos das empresas. A divisão de tarefas e a confiança plena entre as irmãs é o que garante o sucesso. “Nossos maiores incentivadores, nossos pais, nos ensinam que para ter qualidade no nosso trabalho é preciso muita dedicação e, principalmente, harmonia familiar. Dessa forma, tudo se encaixa naturalmente”, pondera Thaís. E com esse espírito de arrojo e cuidado permanente com a satisfação dos clientes, a empresa já é sinônimo de excelência em eventos em Belo Horizonte.
Av. Otacílio Negrão de Lima, 6464, Bairro Bandeirantes BH - MG (31) 3047-9110 / (31) 9255-0159
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COLUNA DE DIREÇÃO | FÁBIO DOYLE fdoyle@editoraencontro.com.br Fotos: Divulgação
PRÉ-ESTREIA Renegade, o SUV compacto que será o primeiro veículo a ser produzido na nova fábrica da Fiat Chrysler em Pernambuco, será mostrado em outubro, na íntegra e com todos os detalhes, no Salão do Automóvel de São Paulo. A inauguração da fábrica está prevista para janeiro/fevereiro de 2015
e o lançamento comercial do Renegade será em abril do mesmo ano. Tamanha antecedência tem explicação: fazer com que consumidores com planos de comprar um SUV agora aguardem a chegada da novidade. Enquanto isso, o lançamento do Cherokee está previsto para 10 e 11 deste mês.
FROTA X ESTRUTURA VIÁRIA
SÓ COM LEI
Interessante pesquisa da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP) aponta que a frota de veículos no país cresceu nos últimos anos a uma proporção acima do aumento da estrutura viária. De 2003 a 2012, enquanto a frota teve incremento de 92%, a extensão de ruas e avenidas subiu 16%. O estudo comparou dados de 438 municípios com mais de 60 mil habitantes. Está aí a explicação dos congestionamentos cada vez maiores nos grandes centros e que já chegam ao interior do país. Isso sem falar na falta de investimentos para melhorar os transportes públicos.
No Brasil, itens de segurança de automóveis precisam de lei impositiva para que a indústria os instale nos carros que fabricam. Foi assim com o airbag e o ABS e parece que assim também será com o sistema Isofi x, de fi xação de cadeiras para crianças. O único carro nacional que já vem com Isofix é o VW up!. Isso porque a solução já veio no projeto original do modelo, desenvolvido na Alemanha. Lá todos os carros têm Isofix e não foi preciso de lei obrigando a instalação do sistema. Da mesma forma, na Europa, airbag e ABS não dependeram de legislação para que integrassem a lista de série de todos os automóveis.
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NOVO C E NOVOS PREÇOS A quinta geração do Mercedes Benz Classe C chegou ao mercado brasileiro. O sedã mais vendido da poderosa alemã passou por um marcante trabalho de reestilização que o deixou rejuvenescido, sem no entanto perder a postura clássica que marca a personalidade de todos os carros com a estrela de três pontas. A meta é atrair consumidores que, mesmo mais jovens, têm preferência pela BMW. O preço agora começa em R$ 138.900 para a versão de entrada (C 180 Avantgarde) e atinge R$ 189.900 para a topo de linha (C 250 Sport). Com isso, acabou a facilidade de comprar um Classe C por pouco mais de R$ 100 mil, preço de venda das derradeiras unidades da quarta geração do sedã. Vamos aguardar agora a estratégia para o CLA, sedã do segmento um degrau abaixo do C, mas que até então era vendido aqui por preços mais salgados, já que a oferta para o Brasil se limita a duas versões superiores: o CLA 200 (R$ 150.500) e o CLA 45 AMG (R$ 289.900). A promessa era de que, após a chegada do novo Classe C, versões mais básicas do CLA serão acrescentadas à lista disponível no Brasil.
TRASEIRA FELIZ
CORRENDO ATRÁS
Brasileiros adoram traseiras. São incontáveis os modelos que fracassaram em vendas por terem uma traseira mal resolvida. Nesse aspecto, o novo Fox, que a Volkswagen acaba de lançar, não corre risco. A diferença ficou por conta das lanternas, maiores em comparação ao modelo anterior e em posição horizontal. O novo conjunto ótico passa a ser duplo e dividido entre a lateral do veículo e a tampa do porta-malas, mantendo a assinatura visual noturna, padrão da marca no mundo (Volkswagen Night Appearance).
Não tem três portas, mas tem espaço para cinco passageiros, freio a disco nas quatro rodas e o estepe não ocupa espaço na caçamba. Essas são algumas compensações do novo Volkswagen Saveiro cabine dupla para enfrentar o Fiat Strada cabine dupla, sucesso de vendas que, com a criativa ideia da terceira porta, atraiu muitos compradores. O caminho da VW para chegar perto da Fiat nesse segmento é longo. De janeiro a julho, enquanto a VW vendeu cerca de 40 mil unidades da Saveiro, as vendas do Fiat Strada ficaram em torno de 80 mil unidades.
RACHA NO MINEIRÃO ESTÁ DE VOLTA Nos dias 27 e 28 deste mês, o entorno do estádio Mineirão será ocupado pelo SuperCarros (www.supercarros.com.br), que promete ser um parque de diversões para os apaixonados pelo mundo do automóvel. São várias as atividades para os visitantes, mas a mais procurada deverá ser mesmo os test-drives na carona ou direção de supercarros da Ferrari, Lamborghini e Porsche, entre outras marcas. Essa é a primeira vez que o SuperCarros vem a Belo Horizonte. A ideia nasceu no Rio Grande do Sul, que já sediou duas edições do evento, no autódromo Velopark. A expectativa é receber 30 mil visitantes. SETEMBRO DE 2014
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VEÍCULOS | TECNOLOGIA Fotos: Divulgação
O sistema park assist, que a Volvo traz com o novo XC90, oferece ré automática em uma vaga perpendicular, assim como a entrada e saída de vaga paralela
Manobras com dias contados
Na busca sem fim por soluções para dar conforto a quem dirige, a indústria incorpora em seus carros sistema autônomo de estacionamento FÁBIO DOYLE
Automóvel e tecnologia caminham lado a lado em busca de soluções que tornem o meio de transporte mais seguro e confortável, em um caminho que parece não ter fim. Entre as mais recentes soluções inovadoras está a tecnologia que facilita a vida dos motoristas, nas muitas vezes complexas manobras para estacionar. É uma solução que deixa para o carro o trabalho de verificação do espaço adequado, para que a manobra seja rápida e segura. O motorista precisa apenas posicionar o veículo, acionar o sistema, utilizar a marcha a ré e controlar os freios. 70 |Encontro
Uma das primeiras marcas a apresentar essa solução para o consumidor brasileiro foi a Audi, quando em 2011 o sistema park assist começou a ser oferecido no A3 Sportback Ambition, segundo Charles Marzanasco Filho, da assessoria de imprensa da marca no Brasil. Hoje, esse equipamento é de série no Audi A7 Sportback e opcional no Q3 Ambition, no pacote Advanced, que incorpora, além do sistema de estacionamento com câmera de ré, keyless-go, computador de bordo com display colorido, sistema de som Bose e Audi Drive Select. Para ter esse pacote no Q3 Ambition, o consumidor desembolsa o adicional de R$ 14.300, de acordo com a Audi.
Na Volkswagen, o park assist chegou ao mercado brasileiro em 2010, como opcional no SUV compacto Tiguan. A primeira geração era apenas para vagas paralelas, que hoje já evoluiu para vagas perpendiculares. O melhor é que não apenas entra nas vagas, como também sai delas, desde que o sistema tenha sido utilizado na entrada. Além do Tiguan, o pacote VW que traz o sistema é oferecido também no novo Golf e Passat. Para o Golf Highline, é item opcional com o pacote Premium, por R$ 3.962, informou Luís Felipe Figueiredo, da asses soria de imprensa da VW. Para o Passat e Passat Variant, o park assist está incluído no pacote Exclusive, por R$
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VEÍCULOS | TECNOLOGIA
O sistema de câmeras de 360 graus permite ao motorista enxergar o carro como se estivesse sobre o veículo e é obtido por quatro câmeras: a tela no painel guia o motorista passo a passo por meio de textos e animações
9.112. Já no Tiguan, o sistema faz parte do pacote Exclusive, por R$ 18.482, informou Figueiredo. Já no CC com motor V6, o Park Assist II é de série. Com a chegada da nova geração do Mercedes-Benz Classe C, a marca passa também a oferecer, nas versões C200 Avantgarde e C250 Sport, sua solução de estacionamento eletrônico com mais uma evolução: o controle do freio é também realizado de forma autônoma. Ao motorista cabe apenas a função de controlar o acelerador. Agora é a vez da Volvo, que acaba de anunciar a introdução de sua última geração do park assist na nova geração do SUV XC90. As tecnologias do IntelliSafe, nome do sistema Volvo, incluirão uma atualização do Assistente de Estacionamento, que agora oferece dispositivo de estacionamento automático em vagas perpendiculares, como as de shopping centers, bem como a comodidade de entrar e sair de vagas paralelas, automaticamente, enquanto o motorista faz o controle 72 |Encontro
da transmissão, do acelerador e do freio do veículo. O Novo XC90 também mostrará na tela central do painel uma vista aérea do carro, criada digitalmente, que cobre 360 graus do veículo. A novidade da Volvo chega ao mercado europeu junto do lançamento mundial do novo XC90, que acontece no Salão do Automóvel de Paris, em outubro. No Brasil, segundo Rodrigo Leite, da assessoria de imprensa da Volvo Cars, a chegada da nova geração do XC90 está prevista para 2015. Um sistema de park assist limitado a vagas paralelas já é oferecido no Volvo V40, lembra Leite. É um item opcional incluído no pacote high tech da Volvo. “Estudos desenvolvidos por institutos de pesquisa revelam que dois terços dos motoristas entrevistados se sentem desconfortáveis ao manobrar em pequenos espaços. Sistemas como o park assist atualizado e a visão de 360 graus do veículo tornam confortáveis, precisas e seguras essas
potenciais situações de estresse em manobras”, explica Peter Mertens, vice-presidente de pesquisa e desenvolvimento da Volvo Cars. As manobras para estacionar se baseiam na informação de sensores ultrassônicos ao redor do carro. Quando o motorista ativa o sistema em uma situação de estacionamento paralelo, como em uma rua, os sensores começam a monitorar o lado do carro em busca de vagas. Quando uma vaga mede 20% a mais que o tamanho do carro, o motorista é avisado por meio de um sinal sonoro e por mensagem no painel. No caso de vagas perpendiculares, elas devem ter a largura do carro e mais de um metro extra. As soluções do sistema IntelliSafe no Novo Volvo XC90 incluem também o Alerta de Tráfego Lateral, que monitora a traseira do veículo em uma manobra em marcha a ré. Ele alerta caso um carro seja detectado em uma área de 30 metros para cada lado, com sinal sonoro e aviso no display central. ❚
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ENCONTRO INDICA | JOÃO POMBO BARILE Rafael Arenas/divulgação
TEATRO | ESPETÁCULO A dica teatral do mês vai para a criançada. Universo Casuo é o nome do espetáculo em cartaz nos dias 20 e 21 de setembro, às 19h, no Cine Theatro Brasil Vallourec (av. Amazonas, 315, centro). Criada há cinco anos pelo protagonista de Alegria, espetáculo do Cirque du Soleil, Marcos Casuo, a montagem é uma combinação de artes acrobáticas, humor e poesia. Os ingressos, que podem ser comprados na bilheteria do teatro ou no site www.compreingressos.com, custam a partir de R$ 100. Por que ir: Visto por mais de 1 milhão de pessoas em todo o Brasil, o espetáculo agrada não só à criançada.
Bruno Senna/divulgação
MÚSICA | FESTIVAL Para quem gosta da boa música brasileira, o Festival Natura Musical, que acontece no dia 14 de setembro, é imperdível. Serão 12 horas de programação simultânea em palcos montados em três praças (JK, da Estação e da Liberdade), reunindo nomes como Ney Matogrosso, Elba Ramalho, Nação Zumbi, Fernanda Takai e Chico Lobo. Uma das novidades desta edição será o palco infantil que será montado na Praça da Liberdade e que terá shows de Érika Machado e da banda Pequeno Cidadão. Para todos os espetáculos a entrada é franca. Por que ir: Além de reunir o melhor da música produzida no país hoje, as famílias poderão aproveitar, pela primeira vez em BH, a festa Disco Baby, que há dois anos oferece experiência sensorial a bebês nas pistas de dança de São Paulo, ao som do DJ Mau Mau e de Anderson Noise.
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ARTES PLÁSTICAS | EXPOSIÇÃO I A mostra Cor, Luz e Movimento pode ser vista apenas até 28 de setembro na Galeria de Arte do Centro Cultural Minas Tênis Clube (Rua da Bahia, 2.244, Lourdes). A exposição, que já foi apresentada no Museu Histórico Nacional no Rio de Janeiro com sucesso, apresenta um pouco da obra de artistas como Ana Linnemann, Arthur Amora, Braga Tepi, Bruno Borne, Carlos Krauz, Carlos Pertius, que romperam as fronteiras entre pintura, escultura e tecnologia. Por que ir: Além de conhecer a obra de alguns dos mais significativos artistas plásticos brasileiros dos últimos 50 anos, a exposição homenageia Abraham Palatnik em uma sala especial, com 12 obras selecionadas.
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Divulgação
Studio Cerri/Divulgação
MÚSICA | SHOW Uma das mais bonitas vozes da MPB, a baiana Gal Costa faz única apresentação, dia 26 de setembro, às 21h, no Palácio das Artes (av. Afonso Pena, 1.537, centro), com ingressos entre R$ 70 e R$ 200. O show Espelho d’Água, com seleção do repertório e direção em parceria da cantora com o jornalista Marcus Preto, passeia por diversas etapas da carreira da intérprete, que canta Coração Vagabundo (Caetano Veloso), Folhetim (Chico Buarque), Sua Estupidez (Roberto e Erasmo Carlos) e Volta (Lupicínio Rodrigues), entre outras. Informações: (31) 3236-7400 Por que ir: Acompanhada do guitarrista/ violonista Guilherme Monteiro, Gal mostra toda a força de sua interpretação.
ARTES PLÁSTICAS | EXPOSIÇÃO II Que tal conhecer um pouco mais do trabalho de Candido Por tinari? Esta é a proposta da exposição Recosturando Portinari, em cartaz na Casa Fiat de Cultura (Praça da Liberdade, 10) até 26 de outubro. Com curadoria do estilista Ronaldo Fraga, a mostra conta os bastidores da restauração do quadro Civilização Mineira, pintado em 1959, que representa a mudança da capital mineira de Ouro Preto para BH. Por meio das instalações e ambientes sensoriais, o público toma contato com o passo a passo do restauro da obra de um dos principais representantes do modernismo brasileiro. A entrada é franca. Por que ir: É sempre bom ver, e rever, a obra do gênio deBrodósqui, que marcou seu nome nas artes plásticas nacionais. Divulgação
TEATRO | COMÉDIA Fica em cartaz, no Teatro Sesi Holcim (rua Padre Marinho, 60, Santa Efigênia), até 14 de setembro, a comédia Amor a Dois, com os atores Matheus Vargas e Fernanda Bontempo. O texto, de Júnior de Sousa, conta a história de um casal de namorados que se muda do interior e vive uma série de loucuras em um apartamento na capital. Informações: (31) 3241-7181. Por que ir: Com direção de Maurício Canguçu, a peça tem texto leve e divertido. SETEMBRO DE 2014
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CULTURA | ARTES PLÁSTICAS Rogério Sol
Nossa gênese
em telas
A artista plástica Clara Piquet, com o quadro Velha Yanomami, da série Terra Brasilis: “Todos nós temos sangue indígena”
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Pintora mineira que explora tradições indígenas faz sucesso dentro e fora do país MARINA SANTOS
Nossos antepassados viviam no céu, acreditam os povos indígenas Xikrin, que habitam a região amazônica, no estado do Pará. Segundo a lenda, duas crianças que caçavam tatu cavaram tanto que abriram um buraco nas nuvens e, do alto, ficaram encantadas com a beleza da Terra. Unindo fi bras, laços e cordões de toda a aldeia, confeccionaram uma longa corda, pela qual desceram para aqui morar. Nem todos quiseram vir e, segundo a lenda dos Xikrin, o brilho das estrelas são fogueiras que nossos parentes fazem lá em cima. Histórias como essa inspiraram a artista mineira Clara Piquet, conhecida dentro e fora do país por suas pinturas de motivo indigenista. Clara retrata também nossa fauna e flora, além de recriar lendas folclóricas, como a da sereia Yara, a mãe d’água. “Ela é a Vênus brasileira”, explica a artista, que pintou a metade humana tendo como referência a deusa de Botticelli. Retratista, gosta mesmo é de dedicar-se às feições humanas. Quando mais jovem, costumava reproduzir retratos 3x4 em cartolinas. Natural de Teófilo Otoni, Clara mudou-se para a capital aos 12 anos, para estudar no internato das Irmãs Marcelinas. Além de aulas de português e francês, aprendia técnicas de bordado, pintura, fazia curso de teatro e piano. Cedo, as religiosas detectaram o talento da menina e a encorajaram a seguir carreira. Assim, aos 17 anos, Clara decidiu ir para São Paulo, onde fez licenciatura em desenho e artes plásticas, conhecimento continuado depois, na faculdade de publicidade. Com experiência no mercado editorial, abriu, na década de 1970, a agência Marca – Estudos de Arte e Propaganda Ltda., à qual se dedicou por seis anos. Já de regresso às terras mineiras, optou por dar aulas de arte e publicidade e retomou o contato com as tintas, tendo Yara Tupynambá como
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A obra Monã, pintada para a exposição coletiva Cem Mona Lisas com Mona Lisa: uma versão tupiniquim da eterna musa de Da Vinci
amiga e mentora. “Foi ela quem escolheu meu nome artístico”, diz Clara. Desde 1995, quando iniciou a série Terra Brasilis, carro-chefe de sua carreira, passou a fazer quadros seguindo a proposta de retratar a origem de nosso povo. “No Brasil, não damos valor aos primeiros habitantes, mas todos nós temos sangue indígena”, explica. Clara tem mais de 50 obras, algumas espalhadas e já expostas por cidades como Londres, Roma, Madri e Miami. Seu nome ganhou repercussão a partir dos anos 2000, quando o marco dos 500 anos do descobrimento do Brasil incentivou a divulgação de seus quadros. Fez exposições na Fundação Nacional do Índio (Funai), na Câmara dos Deputados, na Biblioteca do Senado, em um shopping e em uma galeria
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de Brasília. Em 2009, integrou o time de artistas mineiros na exposição coletiva Cem Mona Lisas com Mona Lisa, quando cada pintor teve de apresentar uma versão contemporânea da obra-prima de Leonardo Da Vinci. Seu quadro, batizado de Monã – que significa responsável pela criação do Céu e da Terra, no vocabulário indígena –, recriava a misteriosa musa com um cocar na cabeça e tinta vermelha no rosto. A mostra, itinerante, teve abertura em Ouro Preto, passou por Brasília e no ano seguinte chegou a Belo Horizonte. Aos 66 anos, Clara pensa em se mudar para Miami, onde vivem seus quatro filhos. De lá, pretende dar continuidade ao trabalho. “Quero levar o Brasil comigo, representar o lugar onde nasci e a cultura do nosso povo.” z
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CULTURA | CIRCO
Papo sério no picadeiro Projeto circense conscientiza trabalhadores sobre prevenção de acidentes e qualidade de vida RAFAEL CAMPOS
“Lá vem o Hércules de novo. Eu já te disse que eu não gosto de usar esses óculos! Eles incomodam a gente”, diz um trabalhador. Sem titubear, Hércules, sim, o semideus, filho de Zeus, responde: “Isso é o que todo mundo pensa até se machucar. Ninguém aqui é deus grego para garantir que nunca vai se acidentar”. Esse diálogo surreal pode ser conferido no espetáculo Ai Meu Zeus! Os Deuses na Indústria, que faz parte do projeto itinerante Circo Sesi, do sistema Sesi/Fiemg. O objetivo é, por meio da união de teatro, dança e circo, conscientizar as pes soas sobre os riscos de trabalhar sem
equipamentos de segurança. O proje to começou em 2013 e mais de 55 mil pessoas já assistiram ao espetáculo em quase 400 apresentações gratui tas, em Belo Horizonte e no interior do estado. Durante a peça, a plateia assiste à saga de Clio para encontrar Hércules, Perseu e Aquiles e derrotar os titãs. Na trama envolvente, diálogos – como o que abriu esta matéria – são recorrentes. Além de chamar a atenção para o uso de equipamentos de segurança, os produtores do Circo Sesi querem mos trar os benefícios de cuidar da saúde. Na trama, Aquiles é o médico do trabalho e aconselha Perseu a cuidar da saúde depois de seu exame admissional. “O circo está presente há muito tempo no cotidiano do brasileiro, por isso, es colhemos trabalhar o imaginário circense em questões importantes tanto para operários quanto para a família deles”, explica Thiago Maia, gerente de cultura do Sesi. Pequenas intervenções artísticas também são realizadas em escolas públicas e em fábricas. A rotina da indústria também está
presente nas encenações. Em 2013, o espetáculo Tempos de Transformação mostrou de maneira poética a trajetó ria industrial, desde o surgimento das primeiras máquinas até os dias de hoje. “Escutamos relatos de jovens que assistiram às peças e começaram a se interes sar por esse universo. Serão os profissionais do futuro”, diz Alexandre Michalick, diretor da Academia de Ideias, responsável pela execução do projeto. A trupe do Circo Sesi, cerca de 100 pessoas, foram garimpadas no estado. Muitas delas fizeram ou fazem parte de programas sociais do estado, como o Valores de Minas. “Conseguimos trazer o que há de melhor no cenário artístico para traduzir para uma lingua gem leve e didática o mundo às vezes denso da indústria”, diz Michalick. Até o fim do ano, o Circo Sesi deve passar por 17 municípios mineiros. Em setembro, o espetáculo Ai Meu Zeus! Os Deuses na Indústria está confirmado nas cidades de Uberlândia, Uberaba, Ituiutaba e Araxá. A programação do evento está no site www. circosesi.com.br. z Guto Muniz/Divulgação
NÚMEROS DO CIRCO SESI*
390
apresentações
55.044
pessoas assistiram ao espetáculo
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indústrias atendidas
68
escolas atendidas
20.681 km percorridos
Espetáculo Ai Meu Zeus! Os Deuses na Indústria: a montagem deve passar por 17 cidades mineiras até o fim do ano
* Dados referentes ao período de março de 2013 a junho de 2014
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NAS TELAS | JOSÉ JOÃO RIBEIRO jribeiro@editoraencontro.com.br
A falta do gênio indomável Divulgação
A morte de Robin Williams estremeceu quem associava um sucesso de bilheteria com uma grande estrela no topo do pôster de qualquer filme que pretendesse resultados ambiciosos. Essa fórmula simples foi praticamente infalível nas décadas de 1980 e 1990, quando os astros puxavam os blockbusters. Foi daí que surgiram os obscenos salários, todos superiores à casa dos US$ 20 milhões. O competente Robin, mestre da comédia e dono de incrível sensibilidade, fazia parte desse seleto clubinho. Nos últimos tempos, o perfil do público mudou, fi cando mais exigente e menos devotado aos rostos conhecidos do cinema americano. Esse, talvez, tenha sido o começo do fim de Robin, vítima de depressão, uma doença que, muitas vezes, não recebe a atenção devida. A explosão do jovem ator de televisão da clássica série Mork & Mind chamou a atenção do cultuado mestre Robert Altman na escolha definitiva de quem seria o protagonista de Popeye (1980). E Robin Williams, de cara, mostrou toda a sua promissora irreverência, em uma memorável e inspirada parceria com a Olivia Palito, da sumida Shelley Duvall. Importante pontuar que, depois dessa aparição, Robin nunca mais deixou de ser alvo dos grandes diretores norte-americanos. Após o sucesso arrebatador de Bom dia, Vietnã (1987), do cineasta Barry Levinson, que lhe rendeu uma inesperada indicação de melhor ator no Oscar, Robin Williams teve de encaixar na sua agenda espaço suficiente para afetivos projetos. Sociedade dos Poetas Mortos (1989), de Peter Weir, Tempo de Despertar (1990), de Penny Marshall, e O Pescador de Ilusões (1991), de Terry Gilliam, foram sucessos marcantes de público e de crítica, lembrados pela presença magnífica e atemporal do já gigante intérprete Robin Williams. 80 |Encontro
Robin Williams em Bom dia, Vietnã (1987), filme que lhe rendeu indicação ao Oscar: o ator morreu no mês passado
Logo em seguida aconteceu o subestimado encontro com Steven Spielberg, no encantador Hook: A Volta do Capitão Gancho (1991), com roteiro brilhante de James V. Hart, em que o ator vivia o líder dos meninos perdidos e duelava com um genial Dustin Hoffman, como o melhor Capitão Gancho que o cinema já teve. O Peter Pan de Robin Williams, já envelhecido, carregado de desilusões, remete, imediatamente, à tragédia real do seu desaparecimento, que marcou o último dia 11 de agosto. Projeto bem similar à parceria com Francis Ford Coppola, em Jack (1996), sobre um garoto que envelhecia precocemente. Suas duas maiores glórias, quando deixou de ser protagonista para se transformar em uma genuína lenda de Hollywood, não podem deixar de ser lembradas aqui: primeiro, com a animação da Disney Aladdin (1992), sendo o primeiro astro a emprestar a voz, du-
blando e cantando, inclusive, no papel do Gênio da Lâmpada. Mais tarde isso tornou-se tendência. A segunda concretizou-se sob a direção do midas da pipoca Chris Columbus, quando Robin surgiu como Mrs. Doubtfire, em Uma Babá Quase Perfeita (1993), repetindo a façanha do amigo Dustin Hoffman “transformado” em Tootsie (1982). Para completar o perfil, devemos mencionar o profissional generoso e amigo dos colegas. Em Gênio Indomável (1997), Robin Williams permitia que seu nome aparecesse no topo dos créditos, de uma produção barata e independente, do subversivo diretor Gus Van Sant e, simplesmente, apresentava ao mundo os jovens e desconhecidos Matt Damon e Ben Affleck. Robin recebeu, enfim, seu merecido Oscar, como o guia do superdotado Will (Matt Damon), e hoje deixa tantas saudades de uma época, já ultrapassada, de fazer cinema. ❚
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Roberto Rocha
Emiro Barbini, presidente do Sindicato das Escolas Particulares de MG: “O colégio deve ajudar os pais na formação de cidadãos”
cas já são instrumentos inerentes à didática contemporânea, e a inovação não se limita à inserção de computadores tablets e celulares na escola. Talvez o que a modernização tenha trazido de mais importante é a metodologia colaborativa, que promove a troca descentralizada entre alunos e professores. Nas páginas seguintes, apresentamos os perfis das principais escolas particulares de Belo Horizonte. Diretores, professores e alunos destacam os valores que norteiam a filosofia de ensino, mas uma visita atenta às instituições é essencial. Neste ano, em função de falhas no sistema do Instituto Nacional
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Thiago Mamede
Maria Antônia Oliveira, educadora e coach de vestibular do Centro de Orientação Profissional: “A escola ainda é para o jovem um espaço de segurança”
de Estudos e Pesquisas Educacicionais Anísio Teixeira (Inep), orgão do Ministério da Educação responsável pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), algumas escolas não apareceram na lista de desempenho de 2012, sendo preciso recorrer a recurso para revisão das notas. Isso gerou uma série de atualizações nos rankings preparados por publicações e sites especializados, já que o Inep se limita a informar a média das notas de cada escola. Por esse motivo, as colocações no Enem divulgadas a seguir são baseadas nas notas atualizadas divulgadas pelo Inep (portal.inep. gov.br) e em ranking preparado por Encontro.
classificação do ENEM Critérios desta edição s 18 instituições que tiveram a A colocação divulgada fazem parte de um grupo de 167 escolas privadas, federais, estaduais e municipais de Belo Horizonte avaliadas pelo Inep Algumas das 18 instituições não foram avaliadas ou não tiveram a nota divulgada pelo Enem Para a classificação, foi considerada a nota média das quatro provas objetivas, excluindo a nota de redação Classificação foi baseada na última atualização fornecida pelo Inep, até o fechamento desta edição
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especial educação | escolas Samuel Gê
Enem 2012: 1º colocado/BH
Bernoulli Ensinos fundamental, médio e pré-vestibular Tudo o que é ensinado precisa ter alguma utilidade para o aluno, que não aceita mais imposição de conteúdos. O professor precisa convencê-lo da importância de cada conhecimento a ser trabalhado e o aluno precisa se dedicar à sua vida de estudante. “O respeito entre as pessoas e a alegria nas relações são os maiores valores da nossa escola. Aceitar as diferenças é algo bastante comum entre os nossos alunos e é entendido por eles que isso é a nossa obrigação como cidadão”, explica o fundador e diretor de ensino, Rommel Fernandes Domingos. Outro destaque é o material didático próprio, que possibilitou unir o conteúdo sugerido pelo MEC às crenças e visão de mundo da escola. O desempenho é medido por prova e trabalho. Esse último é mais frequente no fundamental, diminui no ensino médio e não existe mais na 3ª série, devido à proximidade do vestibular. “Sempre cumprimos a programação de trabalho a cada ano, para que o aluno não realize a progressão de série com defasagem em seu conhecimento.” As tecnologias são incorporadas ao ambiente de trabalho da escola desde que, efetivamente, agreguem valor. Unidades: Lourdes e Santo Agostinho Rua Gonçalves Dias, 3.172 - Santo Agostinho (31) 3029-4900 | www.colegiobernoulli.com.br
Fundação: 2003 Linha pedagógica: convencional, com aulas expositivas em que o professor explica o conteúdo programado e responde às dúvidas dos alunos Mensalidades: de R$ 1.019 (ensino fundamental) a R$ 1.459 (3ª série do ensino médio) Número de alunos: 1.200
Número de professores: 60
Alimentação: cantina com nutriconista. Há opção de almoço Atividades extracurriculares: não informado
Infraestrutura: laboratórios, quadra, auditório, salas de artes e teatro, complexo poliesportivo externo. Os alunos da 3ª série estudam em sede exclusiva Diretor: Rommel Fernandes Domingos, engenheiro mecânico-aeronáutico Pontos positivos, segundo o diretor: ambiente favorável à formação do aluno como cidadão, proposta pedagógica que possibilita ao aluno desempenhar bem suas funções, excelente relação entre alunos e professores setembro de 2014 Encontro | 86
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Do conhecimento à espiritualidade, o Marista inspira atitude. Marista, minha missão começa aqui.
No Marista, a arte faz parte do aprendizado. Aqui, a formação envolve atividades culturais, esportivas e a espiritualidade. A tecnologia conecta o conhecimento e a solidariedade ensina a cuidar das pessoas e do planeta.
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INSCRIÇÕES ABERTAS www.marista.edu.br/domsilverio
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especial educação | escolas Rogério Sol
Enem 2012: 2º colocado/BH
Santo Antônio
Fundação: 1950
Educação infantil, ensinos fundamental e médio
Linha pedagógica: humanista-cristã, que busca formar um cidadão autônomo, atento ao outro, à justiça, paz e ao meio ambiente
Na era da comunicação, a escola tem de ser polo de irradiação do conhecimento. É com essa missão que o Colégio Santo Antônio prioriza sua função de educação formal, baseada na pedagogia franciscana, para formar cidadãos conscientes, autônomos, comprometidos com o outro e com a justiça, a paz e o meio ambiente. Para o coordenador pedagógico, Olavo Campos, a tradição e a excelência acadêmica da instituição permitem que se destaque entre as melhores escolas do país, com aprovação nas melhores universidades. “Diversas famílias têm várias gerações com passagem pelo colégio. A comunidade escolar é muito elogiada pelo acolhimento aos novos alunos e pela manutenção dos vínculos com os ex-alunos”, diz. A direção tem o constante desafio de estimular os alunos para a pesquisa e ter ações programadas para atualização do corpo docente. Daniel Teixeira, de 17 anos, aluno da 3ª série do ensino médio, percebe o estímulo para que os alunos se esforcem, principalmente por meio de provas com alto grau de dificuldade. “Não é, porém, o tipo de escola que se limita ao conteúdo curricular.” Rua Pernambuco, 880 - Funcionários (31) 2123-9300 | www.colegiosantoantonio.com.br
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Mensalidades: de R$ 872 (educação infantil) a R$ 1.246 (ensino médio) Número de alunos: 2.948
Número de professores: 135
Alimentação: cantinas com nutricionista e cursos de orientação sobre dieta saudável. Há opção de almoço Atividades extracurriculares: alemão, orquestra, coral, aula de instrumentos, xadrez, judô, ginástica, dança e futsal Infraestrutura: duas bibliotecas, quatro auditórios e cinco laboratórios Diretor: Vicente da Silva Lopes, religioso franciscano com mestrado em filosofia Pontos positivos, segundo o diretor: formação pedagógica, cultural e espiritual, boa relação entre os alunos, dedicação das coordenações e dos professores
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Leo Araujo
Enem 2012: 3º colocado/BH
Coleguium
Fundação: 1987
Educação infantil, ensinos fundamental e médio
Linha pedagógica: ensino forte e disciplina rígida
Quatro valores norteiam o Coleguium: estudo, ética, disciplina e meritocracia. “É o que temos a oferecer por acreditarmos que são os valores fundamentais para a formação e sucesso dos nossos jovens”, explica o diretor, Virgílio Machado. Ele acredita que é dever da escola cuidar da formação acadêmica dos alunos, podendo apoiar as famílias na formação de valores. Entretanto, os que optam pela escola precisam se dedicar ao máximo, mesmo em momentos cansativos. “Esse compromisso com o estudo será um aprendizado fundamental para a vida do aluno”, diz. O compromisso com ensino de qualidade e formação humanística sólida prepara os alunos tanto para competitividade dos grandes vestibulares nacionais quanto para as adversidades do mundo contemporâneo. Com um dos melhores desempenhos nacionais no Enem, Virgílio explica que o Coleguium é uma grande escola, mas com o acolhimento que só as pequenas instituições podem oferecer. Há opção de ensino médio integral. nidades: 13 em BH, além de Nova Lima, U Lagoa Santa e Conceição do Mato Dentro Rua Ludgero Dolabela, 127 - Gutierrez (31) 3490-5000 | www.coleguium.com.br
Mensalidades: de R$ 750 (infantil) a R$ 1.300 (3ª série do ensino médio) Número de alunos: 5 mil (nas 16 unidades)
Número de professores: 400
Alimentação: pode-se levar de casa, respeitando-se algumas regras, ou contratar o fornecimento da escola. Também há opção da cantina com nutricionista e almoço para alunos do período integral Atividades extracurriculares: aulas de futsal, judô, ginástica rítmica e teatro. Há ainda equipes acadêmicas de física, biologia e matemática Infraestrutura: varia de unidade para unidade
Diretor: Virgílio Machado, graduado em história Pontos positivos, segundo o diretor: estrutura de grande instituição com o aconchego das pequenas escolas, pioneira no estado no ensino adaptativo, ensino de qualidade em vários pontos da cidade setembro de 2014 Encontro | 89
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especial educação | escolas Rogério Sol
Enem 2012: 4º colocado/BH
Santo Agostinho Educação infantil, ensinos fundamental e médio A proposta ultrapassa a instrução, sendo as cinco dimensões do ser humano – crítico-transformadora, transcendental, pessoal, comunitária e ecológico-cósmica – prioridade do modelo educativo. Segundo o diretor, Francisco Angel Morales Cano, é preciso atuar na formação humana, tirando o aluno de uma visão individualista para uma visão comunitária. Isabella França Cordeiro Guimarães, de 16 anos, aluna da 2ª série do ensino médio, conta que todos são estimulados a crescer academicamente, respeitando suas limitações. “Além desse suporte e estímulo acadêmico, há uma preocupação no âmbito social, com projetos solidários que permitem contato com diferentes realidades. Foi importante na construção dos meus valores.” Com investimentos contínuos em modernização – para ser uma escola tradicional, mas antenada –, o colégio oferece a possibilidade de o aluno desenvolver habilidades e competências em ambientes diversificados. Também é grande o investimento na formação dos docentes, nos aspectos técnico e humano. Unidades: BH, Contagem e Nova Lima Avenida Amazonas, 1.803 - Santo Agostinho (31) 2125-6888 | www.santoagostinho.com.br
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Fundação: 1934 Linha pedagógica: toda a prática é norteada e iluminada pela filosofia e espiritualidade de Santo Agostinho Mensalidades: de R$ 912 (educação infantil) a R$ 1.320 (3ª série do ensino médio) Número de alunos: 3.570
Número de professores: 168
Alimentação: duas cantinas com nutricionista. Nada de frituras, refrigerantes e guloseimas. Há opção de almoço Atividades extracurriculares: escola de esportes, balé, grupo de dança folclórica, flauta, orquestra, teatro e voluntariado Infraestrutura: quadras de esporte, piscinas, laboratórios de química, física, biologia e informática, salas multimídia, capela, salas de artes e música, enfermaria Diretor: Francisco Angel Morales Cano, formado em filosofia e teologia Pontos positivos, segundo o diretor: tradição, qualidade de ensino, equilíbrio entre ensinar, educar e formar
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KUBITSCHEK PLAZA HOTEL Um pedacinho de Minas no coração de Brasília No centro da capital, próximo aos seus principais monumentos, está o hotel que abriga uma sobremesa centenária. Tradição na família do presidente JK, com o pudim Kubitschek é amor à primeira mordida. De receita exclusiva, essa e outras delícias mineiras você só encontra no Diamantina Restaurante. No Kubitschek Plaza Hotel é assim: você até esquece que está a quilômetros de casa.
267 acomodações espaços para eventos Auditório para 220 pessoas Andares privativos Suíte presidencial
Reservas: (61) 3319.3543 | reservaskubitschek@plazabrasilia.com.br | www.plazabrasilia.com.br
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especial educação | escolas
Clareza na escolha: quando os pais acertam no projeto pedagógico e no ambiente escolar, os filhos tendem a aprender mais rápido
Em busca da escola certa Em dúvida sobre a melhor escola para o seu filho? Ouvimos especialistas em educação, pais e alunos e fizemos um raio x das 18 instituições de ensino mais procuradas de BH para ajudar na decisão
Paulo Marcio
Carolina Cotta
Belo Horizonte tem mais de 1.200 estabelecimentos de educação básica. Na rede pública, não há opção: a proximidade com a residência e a disponibilidade de vagas definem o destino do aluno. Na rede privada, no entanto, há a chance e o desafio de escolher. Localização, instalações, metodologia, desempenho… Tudo conta. A dificuldade fica em combinar a maioria dos quesitos em uma escola só. Uma das tendências em educação é a personalização. Não há, portanto, receita de escola ideal. Como alguns critérios não podem ser desconsiderados, Encontro ouviu especialistas, pais e alunos para ajudar na escolha. O resultado é um raio x de 18 escolas - duas não quiseram participar (Instituto Metodista Izabela Hendrix e Colégio Nossa Senhora das Dores) Afinal, para quem está pensetembro de 2014 Encontro | 83
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especial educação | escolas Eugênio Gurgel
Alexandre Rezende
A funcionária pública Rosane Carvalho Coelho e a filha Letícia, de 16 anos, aluna do Colégio Sagrado Coração de Jesus: “Escolhi a escola pela importância que ela dá à família e por perceber que a questão pedagógica é atendida”, diz a mãe
Juarez Dayrell, doutor em educação: “A escola tem papel importante na construção de um sujeito com postura crítica diante do mundo”
sando em procurar uma escola, é bom começar a correr atrás da vaga. Não se escolhe uma escola sem estabelecer, antes, o que se deseja dela. Doutor em educação e professor da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Juarez Dayrell ressalta o contexto social do jovem e da família. “Que projeto de ser humano os pais querem para o filho? Se consideram apenas a dimensão profissional, a demanda é uma. Se pretendem que experimente valores mais amplos, a escola é outra”, diz o coordenador do Observatório da Juventude da UFMG. Para Dayrell, na escolha, define-se o tipo de lugar e colegas com os quais o aluno vai conviver. O ambiente de ensino deve ser dinâmico e acolhedor. A tranquilidade da funcionária pública Rosane Carvalho Coelho, de 56 anos, por exemplo, é saber que a filha Letícia, de 16 anos, aluna da 2ª série do ensino médio do Colégio Sagrado Coração de Jesus, tem uma relação afetiva com a instituição desde o maternal. “Escolhi a escola pela importância que ela dá à família e por atender à questão pedagógica.” A instituição que pensa apenas em conteúdo está fora de moda. Afinal, o conteúdo hoje está nos livros, mas
processos cada vez mais personalizados e pautados na tecnologia. Para o educador Emiro Barbini, presidente do Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep/MG), não há dúvidas sobre o papel do colégio. “Ele deve ajudar os pais na formação de cidadãos, e não apenas de alunos prontos para encarar avaliações.” E é justamente nesse ponto que surgem os maiores desafios. Segundo a educadora e coach de vestibular Maria Antônia Oliveira, do Centro de Orientação Profissional (COP), o ambiente escolar é para o adolescente um espaço onde ele compartilha seus conflitos e exercita autonomia em suas decisões. É ao expor seus medos em relação ao mercado de trabalho, perda de amigos e entrada na universidade, por exemplo, que o jovem se sente mais confiante para futuras decisões. “Daí a necessidade de a escola equilibrar a preparação para o Enem com a formação integral do ser humano”, explica. No entanto, ainda é comum encontrar instituições que priorizam uma dimensão em detrimento da outra. Essa lacuna acaba trazendo grandes perdas. Há que se pensar também no papel da tecnologia. As ferramentas tecnológi-
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também na internet, na televisão e nos espaços sociais. Doutora em educação e professora da Faculdade de Educação da UFMG, Gladys Rocha sugere evitar os extremos. “A escola de hoje está em fase de transição. Com novas vias de acesso ao conteúdo, não é apenas lugar de transmissão de informação, mas, sobretudo, de aprendizagem em várias áreas”, explica. Para Gladys, não se deve transmitir aos pais a responsabilidade pela não aprendizagem, e esse é um aspecto a se considerar na escolha. Já a metodologia deve conseguir transformar a vida em conteúdo sistematizado. O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) funciona assim e trouxe avanços para a educação. Porta de entrada para as principais universidades, a prova se volta para experiências interdisciplinares. “Seria demagogia dizer que não se deve preocupar com o Enem, mas olhar para o ranking não é o mais importante e não deve ser critério de definição. Parte do que o aluno leva para o Enem vem de um conhecimento prévio. Ele chega à escola com um capital linguístico, cultural e social”, diz Gladys. É uma tendência a comunhão de formação acadêmica e humanística com
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especial educação | escolas Cláudio Cunha
Magnum
Fundação: 1994
Educação infantil, ensinos fundamental e médio
Linha pedagógica: desenvolve a capacidade para aprender, compreender e descobrir que é possível uma relação prazerosa com o saber
Escola embaixadora das ideias e dos ideais da Unesco, o Colégio Magnum tem, segundo o diretor Eldo Pena Couto, todos os ambientes preparados com o que há de mais moderno em educação, para que o professor conduza a aula com foco não apenas nos conteúdos, mas, principalmente, nas habilidades dos alunos. O resultado aparece nas boas colocações do Enem. Para o professor de química Marcus Reis, a relação dos coordenadores e supervisores é de total apoio aos docentes. O colégio também oferece um ambiente afetivo, gostoso de se trabalhar e de se relacionar, o que é estimulado o tempo todo. “A proximidade que temos com alunos e familiares e o compromisso com o processo de ensino-aprendizagem também tornam o Colégio Magnum uma escola especial para os alunos”, diz Marcus. Lucas Mendonça, de 14 anos, também destaca o bom clima da instituição. “Vivencio o relacionamento com o outro, a prática do estudo e do trabalho e a aplicação dos valores éticos ensinados pela escola, tão importantes para a minha formação.” Unidades: Cidade Nova e Buritis Rua São Gonçalo, 1.364 - Cidade Nova (31) 3429-9000 | www.magnum.com.br
Enem 2012: 5º colocado/BH (Cidade Nova)
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Mensalidades: de R$ 1.014 (educação infantil) a R$ 1.343 (3ª série do ensino médio) Número de alunos: 3.003
Número de professores: 120
Alimentação: cantina terceirizada com nutricionista. Há opção de almoço Atividades extracurriculares: Vale do Silício Magnum, Jovem Empreendedor, simulações das Nações Unidas, Programa Magnum Sustentável, ONG Mirim Infraestrutura: laboratórios, quadras para esportes e lazer, parquinho, piscinas aquecidas, ginásio poliesportivo Diretor: Eldo Pena Couto, graduado em ciências biológicas, com especialização em psicopedagogia e gestão empresarial, mestrando em administração Pontos positivos, segundo o diretor: preparação para vestibular/Enem, formação para os diversos desafios da vida, capacitação do aluno para atuar como membro ativo na sociedade
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Rogério Sol
Enem 2012: 6º colocado/BH
Loyola
Fundação: 1943
Educação infantil, ensinos fundamental e médio
Linha pedagógica: pedagogia inaciana, entrecruzada com elementos do construtivismo e sociointeracionismo
Educar com excelência acadêmica para a vivência dos valores humanos e cristãos. Com essa missão, o Colégio Loyola se consolidou como uma das mais tradicionais instituições de ensino da capital. O aluno é visto como um ser humano que se desenvolve porque se alimenta de saber (conhecimento) e sabedoria (valores), por meio de uma formação integral que considera aspectos intelectuais, espirituais, físicos, afetivos e sociais. “Espera-se do aluno compromisso e parceria no engajamento com a proposta acadêmico-pedagógica”, diz o diretor acadêmico, Roberto Mauro de Souza Tristão. Para ele, o diferencial do Loyola é o trabalho em prol da excelência acadêmica e da formação humana e cristã. Nesse sentido, a instituição investe na formação do corpo docente e de todos os colaboradores não docentes, em todos os segmentos (ligados à direção administrativa, à direção de formação cristã e à direção acadêmica), a fim de que todos os profissionais que atuam na instituição entendam que são corresponsáveis nessa proposta de formar cidadãos preparados para os desafios acadêmicos e sociais propostos pelo mundo atual.
Mensalidades: R$ 1.052 a R$ 1.440
Avenida do Contorno, 7.919 - Cidade Jardim (31) 2102-7000 | www.loyola.g12.br
Número de alunos: 2.500
Número de professores: 125
Alimentação: cantinas e restaurante terceirizados Atividades extracurriculares: esportes, música, dança, robótica, biologia marinha, astronomia ativa, estágios sociais e missão rural Infraestrutura: complexo esportivo, galerias de arte, laboratórios, salas de música e dança, capela, teatro e miniauditórios; Rancho Loyola, em Itabirito Diretor: Germano Cord Neto é membro da Companhia de Jesus, sacerdote e especialista em teologia moral e bioética Pontos positivos, segundo o diretor: formação humanista (social e artística), qualidade acadêmica, ambiente escolar
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especial educação | escolas Alexandre Rezende
Enem 2012: 11º colocado/BH
Marista Dom Sivério
Fundação: 1950
Educação infantil, ensinos fundamental e médio
Linha pedagógica: considera o estudante sujeito em sua própria aprendizagem e formação, favorecendo sua autonomia intelectual e sua realização pessoal
O aluno é visto como o condutor da sociedade futura e espera-se que seja agente de transformação da realidade e promoção do respeito a valores universais. Crescer nesse ambiente permitiu a Marcela Gallinari da Costa Torres, de 16 anos, da 2ª série do ensino médio, desenvolver preocupação maior com o mundo e construir seu caráter. “Minha história vem sendo feita aqui. Sempre levarei comigo toda a bagagem formada no meu colégio”, diz. Segundo o diretor, Paulo de Tarso Motta Ferreira, a interlocução entre o ensino e a aprendizagem ressignificou metodologias e ampliou a participação do estudante em sua formação. “Acredito na democratização e articulação entre as diversas áreas do conhecimento e na contribuição das tecnologias educacionais para a formação de um cidadão crítico, voltado para o bem coletivo.” A escola conta com equipamentos multimídia em todas as salas de aulas, o que permite ao professor recorrer a diversos recursos audiovisuais durante as explicações. Há ainda laboratórios atualizados para aulas práticas, mas o diferencial é a preparação do aluno para a vida. Rua Lavras, 225 - São Pedro (31) 2125-0300 | www.marista.edu.br/domsilverio
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Mensalidades: de R$ 1.051 (infantil) a R$ 1.337 (3ª série do ensino médio) Número de alunos: 2.200
Número de professores: 122
Alimentação: não informado Atividades extracurriculares: arte e cultura, escola de esportes em parceria com o Minas Tênis Clube, cursos a distância, atividades pastorais Infraestrutura: prédio para 3ª série do ensino médio, centro de produção de TV, laboratórios, sistema de segurança, Chevrolet Hall e Teatro Dom Silvério Diretor: Paulo de Tarso Motta Ferreira, especialista em avaliação escolar e em história do Brasil Pontos positivos, segundo o diretor: escola em que a espiritualidade, a arte, a cultura, o esporte e a excelência acadêmica são formadores de uma educação integral focada no projeto de vida do estudante
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especial educação | escolas Samuel Gê
Santa Maria
Fundação: 1903
Educação infantil, ensinos fundamental e médio
Linha pedagógica: comprometida com a melhoria da qualidade da educação
Preocupado com o respeito aos saberes e à cultura de cada aluno, o Colégio Santa Maria, atrelado à Arquidiocese de Belo Horizonte, proporciona aprendizagem e contato com diferentes formas de viver da infância até a adolescência. Para a diretora-geral pedagógica, Maria Helena Menezes Carvalho, a educação é um processo de construção da pessoa ativa, consciente, livre, responsável e única em suas qualidades e defeitos. “Somos uma instituição de educação cristã, tendo a fé nos ensinamentos de Jesus Cristo como missão de formar pessoas cada vez mais comprometidas com o bem-estar de todo o mundo.” Para isso, dispõe também de uma estrutura com recursos tecnológicos e profissionais de apoio aos professores. O resultado são interações que ajudam os alunos a trabalhar em grupo, ouvir e conviver com diferentes perspectivas de conhecimento. “A escola representa uma oportunidade para que eu possa descobrir o que eu quero ser e como me encaixo na sociedade”, defende Diana Brasil Baldo, de 16 anos, aluna da 2ª série do ensino médio. nidades: Coração Eucarístico, Nova Suíça, U Pampulha, Santa Efigênia, Floresta, Cidade Nova, Contagem, Nova Lima e Betim Rua Jacuí, 237 - Floresta (31) 3449-5500 | www.santamaria.pucminas.br
Enem 2012: 12º colocado/BH (Coração Eucarístico)
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Mensalidades: de R$ 432 (educação infantil) a R$ 890 (3ª série do ensino médio) Número de alunos: 12.142 (nas nove unidades)
Número de professores: 550
Alimentação: cantina com nutricionista. Há opção de levar o lanche de casa e a equipe nutricional promove campanhas de conscientização sobre a importância da boa alimentação Atividades extracurriculares: atividades esportivas e culturais e escola de idiomas Infraestrutura: biblioteca, auditórios, laboratórios e complexo esportivo Diretor: o colégio tem uma diretoria geral colegiada e cada unidade tem seu diretor próprio Pontos positivos, segundo a direção: educação comprometida com o saber e a formação humana, valores cristãos, ideal de priorizar a educação para a sustentabilidade
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Rogério Sol
Enem 2012: 18º colocado/BH
Santo Tomás de Aquino Educação infantil, ensinos fundamental e médio Os educadores já não são mais transmissores de conhecimento, e sim mediadores no processo de ensino-aprendizagem. Preocupada com essa nova realidade, a Escola Santo Tomás de Aquino investe em profissionais compromissados com a excelência e na exigência pela qualidade dos processos. Segundo o diretor pedagógico, Sérgio Porfírio da Silva, outro fator que se destaca é a coerência do planejamento às ações, o que garante maior segurança dos estudantes na aprendizagem. “Da educação infantil ao ensino médio, o aluno é acompanhado de perto pela equipe pedagógica.” Além da preocupação com o número de alunos em sala e com o atendimento individualizado, a escola conta com coordenação por série e supervisão por área de conhecimento. A aluna Amanda Ribeiro Macedo Andrade, de 17 anos, aluna da 3ª série do ensino médio, ressalta, ainda, que a questão da disciplina e da ordem sempre estão presentes. “Aqui, desde pequena, aprendi que, quando organizamos e planejamos algo, podemos obter os melhores resultados.” Avenida Professor Cândido Holanda, 165 - São Bento (31) 3344-1444 | www.esta.com.br
Fundação: 1954
Linha pedagógica: tradicional Mensalidades: de R$ 963 (educação infantil) a R$1.300 (3° série do ensino médio) Número de alunos: 800
Número de professores: 60
Alimentação: cantina com nutricionista. Não há opção de almoço Atividades extracurriculares: robótica, violão, balé, capoeira, futebol, vôlei e parceira com escola de língua estrangeira Infraestrutura: laboratórios de ciência e informática, biblioteca, salas multimídia e interativas, quadras poliesportivas, viveiro, parque infantil e auditório Diretora: Maria Zélia Machado Rabelo Guelman, formada em administração de empresas, com especialização em RH Pontos positivos, segundo a diretora: atendimento individualizado ao aluno e à família, número reduzido de alunos por sala, exigência acadêmica setembro de 2014 Encontro | 97
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especial educação | escolas Alexandre Rezende
Pitágoras Educação infantil, ensinos fundamental e médio Com material didático próprio, alinhado a respeitadas práticas pedagógicas, a escola modelo da Rede Pitágoras acredita que aprender a aprender é o desafio do estudante e da escola. Para a diretora, Cristina Durzi Sarsur, o conhecimento muda, a informação está disponível, mas aprender sempre é necessário e urgente. “Convivemos com uma geração que, diferente dos seus professores, aprendeu a transitar em um mundo ágil, mutante, tecnológico. Para essa geração, algumas relações são mais superficiais e distantes, e a escola deve promover e oferecer um espaço sadio de ser e conviver”, diz. Em sala de aula, os professores estão conectados o tempo todo. Segundo Magna Celene Parreiras de Assis, professora de história, isso possibilita tornar mais interessante um conteúdo muitas vezes distante da realidade do aluno. “Se surge uma curiosidade, acessamos a internet e pesquisamos na hora.” Luiza Oliveira Vasconcelos, de 18 anos, aluna da 3ª série do ensino médio, acredita que a relação escola-aluno é bem maior do que a transmissão de conhecimentos. “Os profissionais conhecem nossa história e nossa família. Além disso, recebemos a orientação cuidadosa sobre o curso que desejamos fazer. Avenida Prudente de Morais, 1.602 - Cidade Jardim (31) 2111-2100 | www.pitagorascidadejardim.com.br
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Enem 2012: 25º colocado/BH Fundação: 1966 Linha pedagógica: metodologia sociointeracionista. O aluno vivencia o aprendizado, questionando e trocando experiências e ideias Mensalidades: R$ 835 (ensino infantil) a R$ 1.299 (ensino médio) Número de alunos: não informado
Número de professores: não informado
Alimentação: cantina com nutricionista. Há opção de almoço Atividades extracurriculares: escola de esportes e sala de jogos em parceria com o Projeto MindLab (Mente Inovadora) Infraestrutura: quadras, piscina semiolímpica aquecida, salas multimídia, laboratórios de diversas disciplinas, galeria de arte, enfermaria e auditório Diretora: Cristina Durzi Sarsur, engenheira química Pontos positivos, segundo a diretora: relacionamento com as famílias e com a comunidade, inovação, preparo para o mundo do trabalho
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especial educação | escolas Paulo Marcio
Sagrado Coração de Maria Educação infantil, ensinos fundamental e médio Apoiada nos princípios de desenvolvimento dos saberes contemporâneos e em um processo educativo que estimula a criatividade, a construção da autonomia e do pensamento crítico, a proposta pedagógica do colégio garante que cada aluno seja respeitado na sua dignidade e singularidade. Segundo a diretora, Maria de Lourdes Pessoa Carloni, o objetivo é auxiliar os estudantes a transformar informação em conhecimento e a lutar por um mundo com mais justiça, paz e integridade da criação. “Nossos estudantes não são receptores passivos à espera do conhecimento pronto, mas agentes querendo sempre saber mais”, diz. Para Maria Clara Sifuentes, de 17 anos, aluna da 3ª série do ensino médio, por fazer parte de uma rede internacional, um dos diferenciais são as atividades entre as cinco escolas brasileiras e as internacionais. Em 2014, as unidades de Nova York e Medellín foram envolvidas. “Isso possibilitou uma experiência acadêmica no exterior e também que recebêssemos estudantes estrangeiros”, conta. O investimento na formação continuada do corpo docente também é destaque. Rua Professor Estevão Pinto, 400 - Serra (31) 2105-0880 l www.redesagradobh.com.br
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Enem 2012: 28º colocado/BH Fundação: 1928 Linha pedagógica: proposta construtivista sociointeracionista, cujos fundamentos se aproximam dos princípios evangélico-libertadores Mensalidades: R$ 863 (educação infantil) a R$ 1.257 (ensino médio) Número de alunos: 900
Número de professores: 60
Alimentação: cantina terceirizada, com nutricionista. Não são comercializados frituras, doces e refrigerantes Atividades extracurriculares: Mini-ONU, coral e música, além de projetos como o Retiro Jovem, Missão Jovem e Fórum Social Infraestrutura: salas multimídia, laboratório de ciências, química, física e biologia, capela, quadras, salas de música, arte e informática Diretora: Maria de Lourdes Pessoa Carloni, pedagoga com foco na área administrativa Pontos positivos, segundo a diretora: capacitação e atualização dos educadores, revitalização e modernização dos espaços físicos, excelência acadêmica da formação humana e social
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Paulo Marcio
Sagrado Coração de Jesus Educação infantil, ensinos fundamental e médio Com foco nas constantes mudanças da relação da criança e do adolescente com o conhecimento, o Colégio Sagrado Coração de Jesus acredita em um ambiente onde o aluno possa apresentar informações e questionamentos, além de participar nas decisões do projeto pedagógico. Segundo a diretora educacional, Regina Valle, o estudante é visto como uma força inovadora e criativa que ajuda a aprimorar a dinâmica escolar. “Criamos o Conselho de Alunos, que favorece o exercício da cidadania, da liderança e do protagonismo juvenil.” A escola consegue aliar um ambiente favorável para a relação entre mestres e alunos, além de possibilitar o acesso a recursos tecnológicos. Para a aluna Daniela Fernandes, de 17 anos, hoje na 3ª série do ensino médio, a liberdade de diálogo com a coordenação faz com que os alunos se sintam mais confiantes. “A escola, com seus professores, coordenadores e alunos, torna-se uma espécie de família.” Rua Professor Moraes, 363 - Funcionários (31) 3221-2388 | www.sagradocoracaodejesus.com.br
Enem 2012: 29º colocado/BH (Cidade Jardim) Fundação: 1911 Linha pedagógica: metodologia participativa, que possibilita ao aluno compreender os conteúdos e encontrar significado no que aprende Mensalidades: de R$ 797 (educação infantil) a R$ 1.291 (3ª série do ensino médio) Número de alunos: 1.200
Número de professores: 81
Alimentação: lanchonete e restaurante com nutricionista. Os pais recebem mensalmente o cardápio e podem sugerir alterações Atividades extracurriculares: aquelas que possibilitam a aplicação e a constatação dos conteúdos estudados em sala de aula Infraestrutura: laboratórios de diversas disciplinas, dança, música, teatro e artes, ginásio, salas multimídia climatizadas e lousa interativa Diretora: Regina Celi Folsta Valle, pedagoga especializada em administração escolar; educação, gestão e tecnologia educacional Pontos positivos, segundo a diretora: relações entre professores e alunos, comprometimento com aprimoramento do ensino-aprendizagem
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especial educação | escolas Samuel Gê
Enem 2012: 30º colocado/BH Fundação: 1961
Educação infantil, ensinos fundamental e médio
Linha pedagógica: tendência pedagógica liberal renovada, na qual o aluno constrói o conhecimento de acordo com as fases do seu desenvolvimento
Uma escola preocupada com a apropriação crítica do conhecimento e a formação de cidadãos ativos nas mudanças sociais e ambientais. Assim é o Colégio ICJ, fundado como Instituto Coração de Jesus, que trabalha para que o aluno aprenda por meio de experiências próprias. Segundo a diretora pedagógica, Christina Fabel, o diferencial é a atenção individualizada, proporcionada pela segmentação da coordenação pedagógica. É isso que Isabela Fonseca Novaes, de 17 anos, aluna da 2ª série do ensino médio, acredita tornar o ICJ uma extensão de casa. “A escola abraça o estudante. Por ter número menor de alunos por coordenadores, o contato é maior e eles podem ajudar mais”, diz. O Colégio ICJ oferece da educação infantil ao ensino médio e há ainda opção de horário integral bilíngue. A professora de geografia Valéria Alvarenga de Oliveira Moreira sente a atenção da direção com a eficácia no processo educativo. “A escola incentiva projetos pedagógicos que permitem ao estudante estar sempre inserido no contexto político atual, tem infraestrutura que torna o processo de aprendizagem mais dinâmico, cria espaços para o desenvolvimento de diversas relações interpessoais”, explica. Rua Olinda, 206 - Nova Suíça (31) 3332-6203 | www.colegioicj.com.br
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Foto: João Eugênio
Colégio ICJ
Mensalidades: de R$ 530 (educação infantil) a R$ 959 (3ª série do ensino médio) Número de alunos: 1.013
Número de professores: 79
Alimentação: cantina própria com nutricionista, sem venda de salgados e refrigerantes. O horário integral inclui almoço Atividades extracurriculares: robótica, programa mente-inovadora (jogos de raciocínio) e musicalização Infraestrutura: ecoparque, laboratórios de informática e ciências, oficina de ideias, salas multimídia, quadras poliesportivas Diretora: Christina Fabel, pedagoga com pós-graduação em novas metodologias de ensino Pontos positivos, segundo a diretora: tratamento personalizado às demandas pedagógicas, escola contemporânea e inovadora, preocupação com a educação ética, social e humanitária
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Nao é preciso ser bailarina para dancar Foto: João Eugênio
no palco da vida. O que é preciso Pra Mudar o Mundo?
Toda terca às 20h na TV Horizonte.
Horários alternativos: Quinta, 14h; sexta, 7h30; domingo, 6h15; segunda, 15h45; terca 6h45.
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especial educação | escolas Samuel Gê
Enem 2012: 44º colocado/BH
Escola de Formação Gerencial do Sebrae Ensinos médio e técnico O desafio diário é compartilhar teoria e prática. Com um modelo educacional que é referência em Belo Horizonte ao integrar o ensino médio ao ensino técnico em administração, desenvolvendo no aluno o comportamento empreendedor, a escola vê o estudante como um potencial transformador da sociedade. “Esperamos que os alunos se posicionem como sujeitos proativos, inovadores, que buscam informações e as compartilhem com o propósito do bem comum”, defende o diretor, Leonardo Amaral Diniz Medina. Nesse modelo, cada funcionário contribui para a formação do indivíduo produtor de conhecimento e consciente da importância de seu papel na sociedade. “Buscamos uma formação mais ampla do indivíduo, dando a oportunidade aos nossos alunos de terem contato com projetos sociais, importantes para que percebam a diversidade cultural e social.” O professor Alexandre Herculano do Vale destaca o projeto Empresa Simulada, no qual os alunos vivenciam o ambiente organizacional e toda a sua rotina por meio de uma estrutura que envolve tecnologia, sala apropriada e metodologia aprovada ao longo de sua história. Rua Maria Macedo, 998 - Nova Granada (31) 3379-9520 | www.escoladosebrae.com.br
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Fundação: 1994
Linha pedagógica: formação empreendedora
Mensalidade: R$ 1.300
Número de alunos: 350
Número de professores: 42
Alimentação: cantina terceirizada com opção de almoço Atividades extracurriculares: missão internacional e estágio obrigatório Infraestrutura: auditório, biblioteca, sala de informática, quadra, laboratórios, sala acústica com tela interativa para idiomas Diretor: Leonardo Amaral Diniz Medina, formado em administração com MBA em gestão estratégica de negócios e em gerenciamento de projetos Pontos positivos, segundo o diretor: formação empreendedora única em BH (ensino médio + técnico em administração), comprometimento dos professores e projetos institucionais (tutoria, empresa simulada e vitrine)
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Paulo Marcio
Enem 2012: 68º colocado/BH
Padre Machado Ensinos fundamental e médio Um iPad para cada aluno e um projetor 3D para cada sala. No Padre Machado, os recursos tecnológicos disponíveis são usados para educar. “Até os celulares dos alunos, tão questionados por causar dispersão em sala, são utilizados no processo”, diz o diretor, o irmão Lima Moreira. A garotada adora não ter mais livro didático de papel. “A tecnologia aqui está bem avançada”, conta Lucca Ferreira Palhares, de 16 anos, aluno da 2ª série do ensino médio, que gosta dos recursos adotados para ensinar, como a possibilidade de os professores projetarem imagens. Para Viviane Marques de Miranda, professora de biologia, todos as ferramentas ajudam na tarefa de educar com qualidade. “Podemos, por exemplo, recorrer a animações e simulações que mostram o ciclo de diversas doenças. Juntamos tecnologia e empreendedorismo, sem deixar de lado a formação de valores individuais e sociais”, explica. Por ser uma escola de orientação religiosa, há preparação para primeira eucaristia e crisma; também a promoção de um ambiente lúdico e esportivo. Avenida do Contorno, 6.475 – Savassi (31) 3263-9000 | www.padremachado.edu.br
Fundação: 1921 Linha pedagógica: filosofia zaccariana, que tem origem no fundador da congregação que mantém o colégio e objetiva a formação humana e cristã Mensalidades: de R$ 745 (6º ano do ensino fundamental) a R$ 1.010 (3ª série do ensino médio) Número de alunos: 400
Número de professores: 33
Alimentação: cantina terceirizada com nutricionista. Há opção de almoço. São dois intervalos para lanche Atividades extracurriculares: gestão empreendedora, que garantiu à escola o Prêmio Sebrae na categoria Cultura Empreendedora Infraestrutura: biblioteca, auditório, laboratórios de ciências da natureza, matemática e informática
Diretor: irmão Lima Moreira, formado em matemática e com mestrado em educação
Pontos positivos, segundo o diretor: aparato tecnológico moderno, relação mais próxima com o aluno e a família, investimento em pedagogia empreendedora setembro de 2014 Encontro | 105
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especial educação | escolas Samuel Gê
Logosófico
Fundação: 1963
Educação infantil, ensinos fundamental e médio
Linha pedagógica: pedagogia logosófica, originada na logosofia, ciência criada pelo humanista e educador argentino Carlos Bernardo González Pecotche
A preocupação vai além do conteúdo e da formação de cidadãos. No Colégio Logosófico, o aluno é visto em sua concepção biopsicoespiritual. Segundo o diretor geral, Francisco Liberato Póvoa Filho, a ênfase está na formação integral do estudante. “Além de um ensino de qualidade, que o capacite para um mundo competitivo, procura-se dar condições fundamentais para enfrentar os desafios que a vida oferece. A escola se alia à família na educação dos filhos”, explica. Professora de história, Emanuele Berenice Marques Ferreira acredita que a conduta dos mestres é importante nesse processo formativo, pois eles são exemplos do que ensinam. E por isso a instituição está atenta a seus docentes. “O Colégio Logosófico é um grande apoiador da formação continuada.” Na grade curricular, destacam-se disciplinas exclusivas como ética e cidadania, introdução às ciências humanas, atualidades temáticas e Organização Inteligente do Trabalho (OIT), além de atividades específicas para o vestibular. A seleção de conteúdo e o formato das avaliações estão baseados no Enem.
Mensalidades: de R$ 866 (educação infantil) a R$ 1.133 (3ª série do ensino médio)
Unidades: Cidade Nova e Funcionários R. Piauí, 742 - Funcionários (31) 3218-1717 | www.logosofico.com.br
Enem 2012: Não consta na classificação
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Número de alunos: 890
Número de professores: 115
Alimentação: cantina com nutricionista e almoço opcional Atividades extracurriculares: balé, basquete, circo, coral, futsal, ginástica artística, judô, piano, robótica, teatro, trabalhos manuais, violão, vôlei e xadrez Infraestrutura: laboratórios de diversas disciplinas, cozinha experimental, jardim pedagógico, ginásio coberto, sala de artes plásticas e espaço de música Diretor: Francisco Liberato Póvoa Filho, bacharel e licenciado em geociências com pós-graduação em administração e negócios e em marketing Pontos positivos, segundo os pais: atenção dispensada à formação ética, moral e humana dos alunos, além do ensino de qualidade; atenção com alunos e vínculo com a família; valorização do esforço
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especial educação | escolas Leo Araujo
Fundação Torino
Educação infantil, ensinos fundamental, médio e técnico Ciente de que a educação vive uma profunda transformação no processo de ensino-aprendizagem e de que as ferramentas tecnológicas já são instrumentos inerentes à formação contemporânea, a Fundação Torino estimula o aluno a ser cada vez mais protagonista do seu processo de aprendizagem. De acordo com o diretor didático italiano, Umberto Casarotti, a escola deve dar ao aluno condições adequadas para a construção da autonomia pessoal e de uma consciência crítica holística. A proposta pedagógica é dar a ele a possibilidade de obter, além da certificação brasileira, um diploma internacional. O professor de história e diretor didático brasileiro, Marcus Vinícius Leite, destaca o treinamento com todos os educadores a cada início de ano letivo para alinhar os objetivos e as expectativas. Para o aluno João da Matta Machado Fernandes, de 14 anos, medalha de ouro na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica, a escola trabalha muito com culturas de outros países, além da Itália e do Brasil, e o período integral faz com que os alunos estudem mais e possam aprender quatro idiomas. “A Fundação Torino será muito importante para a minha formação, pois não precisarei sair do Brasil para ter um diploma internacional”, diz. Rua Jornalista Djalma Andrade, 1.300 - Belvedere (31) 3289-4200 | www.fundacaotorino.com.br
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Enem 2012: Não consta na classificação Fundação: 1974 Linha pedagógica: alia os modelos de ensino europeu e brasileiro com ênfase na formação humanística e nas áreas linguísticas e científicas Mensalidades: de R$ 1.714 (ensino fundamental) e R$ 1.881 (ensino médio) Número de alunos: 1.200
Número de professores: 102
Alimentação: restaurante que serve almoço (com nutricionista) Atividades extracurriculares: escola de esportes (Minas Tênis Clube) com balé, capoeira, judô, ginástica artística, futsal, vôlei; coral infantojuvenil Infraestrutura: salas multimídia, laboratórios de química, física, linguística e informática, salas de artes, escola de esportes com três quadras Diretor: Umberto Casarotti, formado em história, especialista em filosofia e mestre em glotodidática Pontos positivos, segundo o diretor: escola internacional que habilita o ingresso em universidades europeias e americanas, ambiente multicultural, alto índice de aprovação em universidades do exterior e do Brasil
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especial educação | escolas Samuel Gê
Escola Americana de BH
Fundação: 1956
Educação infantil, ensinos fundamental e médio
Linha pedagógica: bacharelado internacional, que reúne diferentes linhas pedagógicas. Os alunos se formam com um diploma brasileiro e um americano
Baseada em tendências da educação, a Escola Americana de Belo Horizonte prepara crianças e adolescentes para prosperar em um mundo em constante mudança. Para a diretora, Catarina Song Chen, a escola internacional deve formar seus alunos com capacidades de pensamento analítico e criativo, de colaboração, de perspectiva global, além da facilidade de se comunicar em duas ou mais línguas. “O corpo docente internacional e altamente qualificado está continuamente engajado em cursos de aperfeiçoamento profissional”, explica. O professor de matemática Leonardo Botaro destaca o ambiente multicultural no qual todos vivem o dia a dia de forma harmônica. “Aqui, procuramos o crescimento de cada um dos nossos alunos; não apenas formando-os, mas sim criando-os para que um dia sejam cidadãos do mundo”, acredita. Steven Gia, de 17 anos, aluno da 3ª série do ensino médio, aproveita o ambiente internacional e o aprendizado em língua inglesa, chinesa, espanhola e portuguesa, que facilitam o acesso a faculdades internacionais para o aluno que tem o sonho de estudar fora. “A escola representa minha vida ou minha segunda casa, pois é onde estudo desde pequeno.” Avenida Professor Mário Werneck, 3.302 - Buritis (31) 3378-6700 | www.eabh.com.br
Enem 2012: Não consta na classificação
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Mensalidades: R$ 2.950 (em média, incluindo alimentação e material didático e escolar) Número de alunos: 310
Número de professores: 50
Alimentação: cantina com nutricionista. Lanche da manhã, almoço e lanche da tarde Atividades extracurriculares: modalidades esportivas, capoeira, balé, jazz, teatro, artes, dança de rua, música, modelo das Nações Unidas e jardinagem Infraestrutura: laboratórios de ciências e computação, biblioteca, instalações para aulas de artes, música e teatro, ginásio Diretora: Catarina Song Chen, graduada em filosofia e educação e mestre em administração escolar Pontos positivos, segundo a diretora: currículo internacional abrangente, com fluência em inglês, sucesso na aprovação de alunos em universidades brasileiras e internacionais, ambiente multicultural z
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ESPECIAL EDUCAÇÃO | SUSTENTABILIDADE
Termo amplo, a sustentabilidade é trabalhada em escolas sob a ótica do cotidiano dos alunos. Saiba o que eles pensam sobre o assunto
Para não ficar
só no discurso Samuel Gê
BÁRBARA FONSECA
Quase três décadas se passaram desde que a expressão desenvolvimento sustentável foi apresentada ao público pela ex-primeira ministra dinamarquesa Gro Brundtland. Tanto tempo depois, será que é possível dizer que a maior parte das pessoas conhecem amplamente seu significado? Ou, ainda: será que o conceito tem sido colocado em prática como deveria? Suprir as necessidades das atuais gerações sem comprometer as futuras é bem mais do que se preocupar com o meio ambiente. E é essa a ideia que os educadores têm buscado levar para as salas de aula. Com atividades que estimulem a reflexão dos alunos sobre os impactos de suas atitudes, as escolas querem transformar os jovens em agentes de mudança na sociedade. Coordenadora de programas de empreendedorismo e protagonismo estudantil do Colégio Magnum, Alessandra Caixeta acredita que o grande desafio em trabalhar sustentabilidade nas escolas é que o conceito está relacionado a uma mudança cultural. “Para muita gente, o assunto ainda é malvis-
E NA PRÁTICA?
JOÃO DA MATTA MACHADO FERNANDES, 13 anos, aluno do 9º ano da Fundação Torino
Cinco jovens de diferentes escolas da capital revelam as lições que aprenderam sobre sustentabilidade e o que fazem, na prática, para tornar o mundo um lugar melhor para se viver
“Sustentabilidade tem a ver com economia dos recursos. Acho que a mente da maioria das pessoas não está evoluída nessa questão. Vejo muita gente lavando a calçada da casa com mangueira, por exemplo. Procuro economizar sempre, aproveitando ao máximo a luz natural, por exemplo. Há vários projetos legais na escola, como o de geração de energia a partir da luz solar. Apesar de ser caro, em oito anos você recupera o que foi investido somente com a economia na conta de luz. Além disso, quando a escola produz mais energia do que consome, ela pode vender para a Cemig, por exemplo. Os professores também falam de conscientização, mas deveriam falar mais”
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Thiago Mamede
SAMUEL NOGUEIRA SILVA, 15 anos, aluno do 9º ano do Colégio Arnaldo “Vejo a sustentabilidade como qualquer ação que uma pessoa ou empresa faça levando em conta o lado social, a economia e o meio ambiente. A mais comum, e que eu faço, é a reciclagem. Procuro reutilizar papéis e garrafas PET, além de separar o lixo orgânico dos demais. Acredito que as pessoas têm tentado fazer a parte delas, mas ainda falta mais iniciativa das grandes empresas. Na escola, estudamos sustentabilidade em várias disciplinas. Pelo lado social, sei que o colégio oferece muitas bolsas, o que é uma forma de ajudar quem não pode pagar. Aqui também tem reciclagem e, no fim do ano, temos uma feira em que apresentamos trabalhos de conscientização”
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to. Você fala em ações socioambientais e é taxado de chato. Estamos falando de educação. É algo muito mais amplo do que simplesmente preservação ambiental.” A educadora ressalta, ainda, o choque entre aquilo que o aluno aprende e discute em sala de aula e a realidade de seu convívio social. “Sustentabilidade significa repensar atitudes. Muitas vezes o jovem volta para casa e o que vê não é o que aprendeu. É aí que ele se torna um agente de mudança. Ouvimos casos de filhos que acabam ensinando aos pais sobre economia de energia, água e por aí vai. Por isso é importante que as escolas trabalhem o tema”, explica. Desde 2001, a instituição desenvolve o projeto Magnum Sustentável, que conta com participação de 129 alunos do 6º ano do ensino fundamental à 3ª série do ensino médio. Em reuniões quinzenais com representantes da escola, o grupo discute ações de mobilização e conscientização. “Neste ano estamos trabalhando o tema con-
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ESPECIAL EDUCAÇÃO | SUSTENTABILIDADE E NA PRÁTICA? Thiago Mamede
Samuel Gê
JOÃO HENRIQUE VILAÇA SANTIAGO, 16 anos, aluno da 2ª série do ensino médio do Colégio Sagrado Coração de Jesus
NÁDIA ELIZA RAMOS, 16 anos, aluna do 2ª série do ensino médio do Colégio Magnum
“Sustentabilidade vai além do trabalho que as pessoas devem desenvolver pelo meio ambiente. São ações simples que geram economia de recursos, como fechar a torneira enquanto escova os dentes e reduzir o consumo de papel. Na escola, somos incentivados a ter atitudes que não comprometam o meio ambiente. Lá, temos energia solar e reservatório para captar a água da chuva. Além disso, os professores sempre trabalham o tema em sala de aula. Acho que as pessoas ainda não colaboram como deveriam. O brasileiro tem de melhorar muito, mas acredito que, com o tempo, isso vai amadurecer dentro de nós”
“Sustentabilidade é o equilíbrio de três pilares: ambiental, social e econômico. Com desenvolvimento sustentável, conseguimos encontrar equilíbrio. Geralmente as pessoas não entendem direito o termo e acham que é só meio ambiente. No Magnum, trabalhamos em todas as áreas, reciclagem de papel e visita a asilos e creches, por exemplo. Em casa, sempre fui incentivada pelos meus pais a economizar. Desde os 13 anos faço parte do Magnum Sustentável e posso dizer que é muito difícil trabalhar com a conscientização das pessoas, mas fico feliz, porque a maior parte do colégio nos apoia”
sumismo. É importante que os alunos reflitam sobre a sociedade em que vivem e vejam de que forma podem contribuir para melhorias”, diz Alessandra. Com 13 anos de atividades em todo o país, o Instituto Akatu, organização não governamental sem fins lucrativos, tem como um dos braços de atuação a difusão dos conceitos de desenvolvi mento sustentável por meio de atividades educativas. Com palestras em esco114 |Encontro
las e produção de material pedagógico (disponibilizado na internet), o Edukatu orienta educadores quanto às formas mais eficientes de abordagem do assunto. “O tema não é novo, mas por muito tempo as escolas trabalharam a sustentabilidade apenas do ponto de vista do meio ambiente. O que vemos é que a temática precisa ser tratada sob o ponto de vista do consumo consciente e como isso deve tornar a vida das pes-
soas melhor”, explica a gerente de educação do instituto, Silvia Sá. Segundo Silvia, as escolas precisam avançar no debate, com propostas de atividades que inspirem não só a conscientização, mas também a ação dos jovens. “Os alunos devem ser levados a pensar em questões como ‘Será que para ter uma vida feliz eu preciso consumir esse produto?’, ‘Para que eu preciso disso?’ ou ‘Como descartar?’. Essas
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ANA LUIZA WASHINGTON JUNQUEIRA, 14 anos, aluna do 9º ano do Colégio Santo Agostinho “Quando você entende seus atos, procura fazer o que não vai trazer consequências negativas para a comunidade. Gentileza gera gentileza, já diz o ditado. Sustentabilidade está ligada à nossa consciência. Todos os anos fazemos trabalho de campo e dessa vez o tema é sustentabilidade. Cada sala está conhecendo um lugar de BH e o meu é a Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac). O projeto é bacana porque eles reintegram o criminoso à sociedade. É um modelo diferente de prisão que eu acredito que dê mais certo. As pessoas hoje estão muito egoístas e têm que começar a olhar mais para o outro.”
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são temáticas que têm a ver com o cotidiano de todos nós”, diz. Para que tais projetos gerem resultados, a parceria com os pais e com toda a comunidade escolar, para Silvia, é fundamental. “Um dos caminhos é lançar desafios aos alunos em que os pais tenham de participar. Um exemplo é o descarte correto dos materiais. Pode-se propor a coleta seletiva. Vale lembrar, também, que não adianta falar com o filho para consumir de forma consciente se o pai não faz isso. É um trabalho de educação que envolve todos.” A educadora também ressalta que o tom alarmista deve ser evitado em sala de aula. Mais eficiente do que enfatizar a gravidade dos grandes problemas ambientais, por exemplo, seria mostrar aos alunos como pequenas atitudes no dia a dia podem contribuir para uma vida melhor. “Quando falamos com muito alarde de certas questões, passa uma sensação para as pessoas de que nada mais pode ser feito, e a intenção de se trabalhar a sustentabilidade é justamente o oposto.” z
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ESPECIAL EDUCAÇÃO | ENEM
Muito esforço, grandes recompensas Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) bate recorde de inscritos em 2014, mas ainda precisa passar por mudanças e adequações SIMONE DUTRA
A rotina de Breno Christi Cordeiro Silva começa bem cedo. Às 5h20, o estudante da 3ª série do ensino médio já está de pé e se prepara para ir à escola, onde passa a maior parte do dia, pois prefere ficar no colégio até a noite estudando o conteúdo ensinado em sala. Seu esforço, dedicação e determinação têm um motivo: o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Breno está entre os mais de 8 milhões
de estudantes que se inscreveram para fazer a avaliação do Ministério da Educação (MEC). O número recorde de inscritos, no entanto, não intimida o garoto de 17 anos. Prova disso é que vai competir por um dos cursos que exige maior nota, o de medicina. “Vale muito a pena, pois com o Enem tenho chances de ingressar na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) ou na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que usam o exame como primeira
fase do vestibular”, conta. De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Minas Gerais foi, em 2014, o segundo estado a obter maior número de inscritos, com 11,23% de participação no total, só perdendo para São Paulo, com 15,19%. Quando surgiu, em 1998, o exame não tinha toda essa força, pois foi criado apenas para avaliar o desempenho dos estudantes ao finalizarem a educação básica. A primeira Fotos: Alexandre Rezende
Breno Christi Cordeiro, de 17 anos, levanta às 5h para estudar e lutar por uma vaga em uma universidade federal: “Com o Enem, tenho chances de ingressar na UFMG ou na Unifesp, que usam o exame como primeira fase do vestibular”
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João Pedro Pujoni, de 17 anos, não se desespera com a proximidade do exame: “Manter o círculo social com amigos e familiares também é muito importante para o meu desenvolvimento”
edição contou com pouco mais de 150 mil estudantes inscritos. Hoje, segundo o MEC, o total de instituições de ensino superior que aceitam a nota do Enem em seu processo seletivo, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), passou de 54 (50 federais e quatro estaduais), em 2013,
para 67 (61 federais e seis estaduais). À medida que foi ganhando importância, o exame passou a colecionar polêmicas. Vazamento de prova e tema de redação, falhas na divulgação de gabaritos e na correção de questões, até receita de miojo e hino do Palmeiras apareceram nas redações.
Todo mundo tem um sonho. Escolhendo a escola certa fica mais fácil realizá-lo. • • • • •
88% de aprovação na UFMG em 2014*; Por três vezes a 3ª melhor escola de Belo Horizonte**; Uma das maiores redes de ensino de Minas Gerais**; Uma das 10 melhores escolas do Brasil**; Participação em todas as olimpíadas científicas regionais e nacionais, com resultados expressivos e participações nas competições esportivas realizadas em BH, conseguindo sempre posições de grande destaque.
Para o diretor e professor de matemática do Colégio Bernoulli, Rommel Fernandes Domingos, o Enem ainda precisa de ajustes. “A transparência em relação à correção da redação é fundamental. Seria importante que ela ficasse disponível no sistema”, diz. O argumento de Rommel é de que, uma vez que a maioria das universidades federais aderiu ao exame como única forma de seleção, a prova teria de ser mais coerente, com questões mais bem elaboradas, e ser um pouco menor. “Hoje o Enem vale ouro e, se uma injustiça acontecer em relação à correção, o participante pode perder boas oportunidades de ingressar em uma universidade pública.” Ainda assim, segundo o professor de história de educação da UFMG Luciano Mendes Faria Filho, o exame alcança as expectativas pedagógicas, por não se prender às pedantes pegadinhas, como acontece nos vestibulares, e por fazer com que o candidato à vaga se mantenha atualizado. “O aluno precisa ter disciplina, capacidade
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NACIONAL NO
ENEM
* Dados da Unidade Coleguium Integral ** Ranking do MEC
DO INFANTIL AO PRÉ-VESTIBULAR
PROCESSO SELETIVO www.coleguium.com.br (31) 3490-5000 Belo Horizonte Nova Lima Lagoa Santa Conceição do Mato Dentro
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INSCREVA-SE JÁ.
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ESPECIAL EDUCAÇÃO | ENEM COMO É A PROVA DO ENEM?
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questões de múltipla escolha
provas objetivas (45 questões cada uma)
redação
dias de prova
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Tempo médio para resolver cada questão
1º DIA DE PROVA
2º DIA DE PROVA
8/11/2014 (sábado)
9/11/2014 (domingo)
Abertura dos portões 12h
Abertura dos portões 12h
13h às 17h30 4h30 de duração
13h às 18h30 5h30 de duração
Ciências Humanas e Ciências da Natureza
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, Redação e Matemática
ENCARE A REDAÇÃO NUMA BOA
1 - Domínio da língua portuguesa Conhecimentos sobre todas as regras gramaticais, levando em consideração critérios relacionados a ortografia, concordância, regência e conhecimento dos fatores relacionados à semântica das palavras
2 - Compreensão da proposta da redação
LOCAL Cada aluno escolhe a cidade onde quer fazer a prova e é informado depois, quando o Cartão de Confirmação de Inscrição é entregue em casa, do local exato onde deverá comparecer Fonte: Inep (www.inep.gov.br)
Compreender a proposta e aplicar conceitos de várias áreas para desenvolver o tema no texto. Quem não compreende a proposta não é capaz de elaborar argumentos sobre ela
3 - Seleção, organização e interpretação de informações Argumentação sólida e baseada em fatos para fundamentar os argumentos escolhidos C
A CORREÇÃO: MAIS PESO MENOS PESO O MEC usa a metodologia da TRI (Teoria de Resposta ao Item) na correção das provas objetivas. Nesse sistema, o candidato é avaliado por habilidades e seu desempenho não depende apenas do número de acertos e erros, como nos vestibulares tradicionais, mas do nível de dificuldade de cada questão. Na prática, uma questão que teve baixo índice de acertos é considerada “difícil” e, portanto, tem mais peso na pontuação final. Aquelas que têm alto índice de acertos são classificadas como “fáceis” e contam menos pontos na nota final do candidato.
4 - Conhecimento de mecanismos linguísticos necessários para argumentação
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O texto é dissertativo e as ideias devem estar bem articuladas e organizadas para que haja coesão. O texto deve obedecer à estrutura de introdução, desenvolvimento e conclusão
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5 - Elaboração de solução ao problema Ao concluir o texto, o aluno deve apresentar uma solução para a problemática proposta, respeitando os direitos humanos
UN Fonte: Portal Brasil (www.brasil.gov.br)
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Fotos: Alexandre Rezende
tudos, equilíbrio emocional e saúde física”, explica. João Pedro Pujoni Facuri, de 17 anos, conta que tem bom desempenho em todos os conteúdos, mas se destaca no quesito emocional. Ele não se isola nem se descabela durante a preparação para a prova. “Manter o círculo social com amigos e familiares também é muito importante para o meu desenvolvimento”, diz. Além dos simulados que faz periodicamente, João Pedro utiliza a tecnologia a seu favor: estuda pela internet e instalou um aplicativo no telefone para treinar algumas questões. “Quando não estou na escola ou em casa, estudo pelo celular.” A estudante de produção multimídia do UniBH Agatha Martins, de 19 anos, já passou pelo teste. Ela participou do Enem em 2011 e, por meio do Programa Universidade para Todos (ProUni), conseguiu 100% de bolsa. “Estudei muito e hoje estou feliz com meu curso”, alegra-se. Para ela, o importante é deixar o nervosismo de lado e ter segurança no aprendizado. z
A estudante de produção multimídia do UniBH Agatha Martins, de 19 anos, já passou pelo teste: “Estudei muito e hoje estou feliz com meu curso”
de escrita e relacionar o aprendizado deslocar para fazer variadas provas.” da escola com o cotidiano.” Ele dá algumas dicas para os inicianOutra vantagem da avaliação é tes de plantão. “O primeiro passo apontada pelo professor de física do é conhecer bem o processo e estar Colégio Santo Agostinho, Lúcio Mar- ciente de que todas as disciplinas são cos Cardoso Júnior. “Como abrange importantes. O sucesso no exame só instituições de ensino do Brasil intei- será alcançado se três elementos esAnúncios_Campanha Processo Seletivo 2015_Revista Encontro_Setembro.pdf 1 03/09/2014 18:33:02 ro, o candidato não precisa mais se tiverem presentes: disciplina de es-
Lançamento ENSINO MÉDIO C
UNIDADE CENTRO
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INFANTIL FUNDAMENTAL MÉDIO
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PROVA
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especial educação | Intercâmbio
Aprendizado que ultrapassa fronteiras Com programas que permitem não só conhecer culturas e estudar, mas também viver experiências no mercado internacional, cursos de idiomas atraem cada vez mais profissionais e universitários Fábio Corrêa
Imagine viajar e, de quebra, acumular bagagem para a vida toda. E não, ela não vai se amontoar pelos cantos da casa. Pesar, só se for no currículo. Parece bom e é mais fácil do que você imagina. Essa vontade de conhecer lugares e agregar conhecimentos, unindo o útil ao agradável, está levando cada vez mais mineiros a se aventurar em cursos no exterior. Profissionais e universitários em busca de diferencial na carreira têm aumentado o quórum. “Os adultos que nos procuram estão no fim da graduação ou já trabalham e se sentem mal por não dominar uma língua ou não ter uma vivência no exterior”, explica Érica Alvin, de 44 anos, diretora de educação internacional do Speed System Intercâmbio de Idiomas. Segundo Érica, os países de língua inglesa são os preferidos entre os viajantes. Canadá, Nova Zelândia, Austrá
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lia e Irlanda oferecem a possibilidade de aprender a língua e, dependendo da duração do curso, o aluno ainda pode trabalhar para acumular experiência e ajudar nos custos. Também há lugar no avião para quem quer só juntar uns dólares e aprender o idioma no dia a dia. Nos Estados Unidos, há programa Work & Travel, que dispensa as aulas de inglês. Cursos de italiano, alemão, espanhol e francês também são escolhas frequentes. Mas não é só na Europa ou na América do Norte que os alunos têm encontrado boas opções. A bancária Bruna Foureaux, de 24 anos, embarca neste mês para Santiago, no Chile. Durante três semanas, ela e o namorado vão frequentar uma escola de espanhol. Por mais uma semana, o casal aproveitará para conhecer a cidade de Pucón, que abriga o vulcão Villarica. O que primeiro atraiu a atenção de Bruna foi o preço mais baixo em relação aos países de língua inglesa. “Depois, pesquisando sobre o Chile, vi que era um país superdesenvolvido, próspero e com criminalidade baixa”, conta. “Além de aprender outro idioma, já me imagino comprando
A bancária Bruna Foureaux, de 24 anos, está de malas prontas para Santiago, no Chile: “Vi que era um país superdesenvolvido, próspero e com criminalidade baixa. Além de aprender outro idioma, já me imagino vivenciando uma cultura diferente”
os produtos locais no supermercado, provando a empanada chilena, conversando com as pessoas, ou seja, vivenciando toda uma cultura diferente da nossa.” Experiências profissionais no exterior são valorizadas. Algumas pessoas optam por se especializar lá fora em áreas como gastronomia, business, marketing e moda. De acordo com Paula Starling, de 45 anos, diretora da agência Intervip, é comum que as pessoas procurem a empresa depois
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Arquivo pessoal
A ilustradora Deborah Grandinetti, de 25 anos, deixou o emprego em São Paulo para estudar animação digital em Estocolmo, na Suécia: “Morar fora, principalmente em um país tão diferente do Brasil, e conviver com profissionais incríveis do mundo inteiro foi sensacional”
de concluir a faculdade. “Algumas já concluíram o curso superior, mas descobriram que a paixão é outra”, diz. Foi assim com a ilustradora Deborah Grandinetti, de 25 anos. Depois de se formar em design gráfico pela Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg), em 2011, em Belo Horizonte, e conseguir emprego em São Paulo, Deborah sentiu que era o momento de dar uma guinada na vida profissional. “A empresa era ótima, mas eu estava fazendo algo que definitivamente não queria para o resto da vida”, conta. Ela já havia ouvido falar de um curso de animação digital em Estocolmo, na Suécia. Após entrar em contato com a escola e se candidatar, a designer foi chamada para o curso de um ano, que durou de agosto de 2013 a junho de 2014. “Aprendi muito sobre processo criativo e dinâmicas de trabalho. Morar fora, principalmente em um país tão diferente do Brasil, e convivendo com profissionais incríveis do mundo inteiro, foi sensacional.” Já para o economista Daniel Pinto Coelho, de 26 anos, o talento espor-
tivo se transformou em uma ponte para a experiência internacional. A oportunidade veio em 2007, quando, devido ao seu talento como tenista, conseguiu uma bolsa para custear em 80% as mensalidades do curso superior em economia na Universidade de Portland, em Oregon, nos Estados Unidos. Por cinco anos, diariamente, Daniel teve de dividir os treinos diários com as aulas na faculdade. De volta a Belo Horizonte, o economista não tem dúvidas sobre o que foi mais importante na vivência internacional. “Por ter conciliado o estudo com o esporte, hoje sinto que sei gerenciar melhor o meu tempo. Além disso, depois de competir como tenista por tantos anos e em um bom nível, incorporei a ideia de que o esforço a longo prazo traz recompensas. Levei essa dedicação para os estudos e para a carreira profissional.” Para Babi Vasconcelos, diretora geral da Greenwich Schools e Greenwich Tours, Daniel não é o único que levará as recompensas do intercâmbio para a vida toda. “O aluno que tem a oportunidade de estudar fora
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ESPECIAL EDUCAÇÃO | INTERCÂMBIO Patrice Tomaz/divulgação
Geraldo Goulart
Do Infantil ao Ensino Médio
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Babi Vasconcelos, diretora geral da Greenwich Schools e Greenwich Tours, diz que o aluno que faz intercâmbio se destaca no mercado de trabalho: “Ele é mais maduro e equilibrado”
Flávia Fulgêncio, diretora do GreenSystem, e Ana Maria Fulgêncio (à frente), presidente do Green Group: “Antes de escolher, o intercambista precisa avaliar o tempo de mercado da empresa, sua credibilidade e as referências”, diz Flávia.
se destaca no mercado de trabalho. Ele é mais maduro, equilibrado, tem maior capital cultural e uma visão de mundo que só se adquire vivendo em outro país”, afirma. Para quem tem pouco tempo à disposição, mas não quer perder a oportunidade de dar um upgrade nos conhecimentos, algumas agências oferecem programas diferenciados. É o caso da World Study, agência paranaense com filial em Belo Horizonte, que comercializa visitas técnicas ao Vale do Silício, em Nevada, nos Estados Unidos. A modalidade conjuga cursos diários de inglês com passeios por empresas da meca da computação. Segundo Paulo César da Silva, de 33 anos, diretor da World Study, variantes e destinos não faltam. Ele acredita ser
possível escolher desde um intercâmbio para toda a família nos Estados Unidos, matricular-se sozinho em um curso de gastronomia na França ou aprender mandarim na China. Aproveitar a oportunidade depende só da vontade do viajante. Quanto melhor a preparação, melhor o resultado da viagem. Flávia Fulgêncio, diretora da GreenSystem, garante que a dica é não ter medo e, antes de qualquer coisa, pesquisar, pesquisar e pesquisar. “Na escolha da agência de viagens, o intercambista precisa avaliar o tempo de mercado da empresa, sua credibilidade e as referências. Depois de acertar o destino, tempo de permanência, escola, tipo de acomodação, seguro viagem e outros trâmites, é só fechar a mala e embarcar”, diz. ❚
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O SESI e o SENAI, organizações privadas que fazem parte do Sistema FIEMG, dão todo o apoio que a indústria precisa para crescer. O SESI é segurança e saúde no trabalho. É esporte e lazer. São trabalhadores da indústria que ganham qualidade de vida, produzindo mais e melhor. O SENAI é a maior rede de formação profissional do Brasil. São cursos técnicos, de qualificação e aprendizagem industrial. É tecnologia para produzir e inovação para competir. É mais desenvolvimento para todos. Para a indústria. E para você. www.fiemg.com.br
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CAPA | PERFIL
Sandra Mara Silva Maciel
Jéssica da Silva Oliveira Paiva
Karin Lopes da Silva
As donas da bola
Longe dos estereótipos de dondoca ou madame, elas estão focadas em seus projetos profissionais, assessoram os maridos e têm muitas histórias para contar. Conheça as mulheres de alguns dos principais jogadores de futebol do Atlético e Cruzeiro
Daniela Figueiredo Abreu Silva
Marília Nery Gonçalves Ribeiro
Linda Vanessa Araújo Martins
Diane Monique Aguilar Goulart Fotos: Samuel Gê/Cláudio Cunha/Alexandre Rezende
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MARINA DIAS E LUDYMILLA SÁ
Um celular quebrado. O que muitos consideram uma das chatices da vida moderna – ter de levar o telefone para o conserto – foi, na verdade, o cupido do jogador de futebol Diego Tardelli e da empresária Linda Martins. A paranaense, na época com 18 anos, estava ajudando na loja de um amigo, em Balneário Camboriú, quando o atleta apareceu para comprar um celular. Foi paixão à primeira vista. Mas como transformar aquele encontro proporcionado pelo acaso em uma nova oportunidade de se verem, sem que nenhum deles desse bandeira, claro, do interesse de um pelo
outro? Que se bote a culpa na tecnologia! “Ele quebrava o aparelho só para ir à loja conversar comigo. Ficou assim uma semana inteira”, conta Linda, casada há sete anos com o atacante do Atlético-MG, convocado recentemente por Dunga para a seleção brasileira. De lá para cá, o casal já passou por muitas decisões de mudança de vida, algumas conjuntas, outras individuais. A primeira foi quando eles, já noivos, decidiram morar em Sevilha (Espanha), em 2005, ano em que Tardelli foi emprestado para o time espanhol Real Betis. Linda abandonou a carreira de atriz para acompanhar o atacante, no que seria o início da saga da família que, desde
então, já passou por São Paulo e Rio de Janeiro, além de Holanda, Rússia e Catar. Hoje, moram em Belo Horizonte. E não há uma fórmula. As viagens (constantes para muitos craques) podem ser positivas ou negativas na vida da família: um dos piores períodos de sua vida, segundo Linda, foi quando moraram na Rússia. Além de não conseguir se comunicar bem com as pessoas, ela ficava muito sozinha com os filhos (o mais novo, na época, com meses de vida) e sofria com a situação separatista da República do Daguestão, onde ficava o time em que Tardelli jogava. “As pessoas lá não têm o menor interesse em compreender outras línguas. Não Alexandre Rezende
Sandra Mara Silva Maciel, 36 anos Origem: Bandeirantes (PR)
Mulher de Fábio, do Cruzeiro
Mãe de Pablo, 9 anos, e Valentina, 3 anos
Ela poderia ter sido a atleta da família. Na adolescência, Sandra jogava basquete como pivô. Parou apenas quando entrou na faculdade de administração. Hoje está aposentada do esporte, mas é a referência para as outras mulheres de atletas em BH – afinal, está há nove anos na capital mineira, constância não muito comum no meio do futebol. Convertida à religião evangélica desde 2007, encontra-se semanalmente com outras mulheres de jogadores em reuniões de oração, que, por cinco anos, foram realizadas na casa dela. “Vejo o futebol como ministério. Gosto de dar nosso testemunho de vida, compartilhar minha experiência. Afinal, todas nós passamos pelas mesmas situações”, diz. Além disso, enxerga o seu papel como de apoio: é a responsável por ser a base dentro de casa, auxiliar, cuidar das crianças e das finanças, além de preparar o ambiente para que o marido chegue a um local tranquilo e acolhedor. “Ele é o sacerdote do meu lar”, diz Sandra.
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CAPA | PERFIL Alexandre Rezende
Jéssica da Silva Oliveira Paiva, 21 anos Origem: Santo Anastácio (SP)
Mulher de Luan, do Atlético
Mãe de Lara, 2 meses
era fácil fazer amigos”, conta. Já um dos melhores períodos, diz, foi quando moraram em Doha, no Catar, em 2012. “O país é ótimo, não tem cobranças altas de impostos, e o Al-Gharafa (time em que Tardelli jogava) bancava tudo. Além disso, Diego foi bem, foi artilheiro da Copa do Rei, chamavam-no de homem do sheik”, brinca. Mas jogador é jogador, e ela diz que Tardelli logo começou a sentir falta do Atlético e a querer voltar ao país. Então, meia-volta, volver. “Já tenho isso muito claro na minha cabeça. Não tenho dúvida, vou aonde ele for”, diz. A história de Linda ilustra bem como é a vida de 128 |Encontro
Mãe e esposa. É como se define a serena e tímida mulher do elétrico Luan. Jéssica gosta mesmo é de cuidar da casa, do marido e, mais recentemente, da filhinha de 2 meses, Lara, um bebê tranquilo e de olhos puxados. “Ela veio com a cara dele e com meu gênio”, brinca. Totalmente voltada para a maternidade, a paulista de 21 anos diz que tem planos de abrir um negócio em Sorocaba, onde a mãe vive, voltado para estética, beleza e moda. Por enquanto, contudo, está por conta da família. “Trabalho para que a casa esteja organizada quando ele chegar, com o jantar prontinho. É meu jeito, fui criada por vó”, diz Jéssica.
muitas mulheres de craques do futebol. Os privilégios, dinheiro, viagens e qualidade de vida são um (ótimo) lado da moeda, não se pode negar. Mas a solidão também é uma constante – os maridos viajam muito e trabalham nos fi ns de semana –, sofre-se com o assédio de fãs – muitas delas, saidinhas – e com a dificuldade de se dedicar a uma carreira própria. Além disso, a figura da “mulher de jogador” é carregada de preconceitos que muitas encaram como barreira para iniciar a relação, principalmente, a associação com as marias-chuteiras. Por tudo isso, engana-se quem pensa que namorar jogador é considerado
um privilégio por todas as mulheres. Karin, mulher do volante Nilton, do Cruzeiro, passou o telefone errado para o atleta quando eles se conheceram, há seis anos. “Estávamos numa festa, ele pediu meu telefone, dei um número qualquer. Não estava a fim”, conta, aos risos. Um mês depois, no entanto, ela diz que se lembrou da simpatia e educação de Nilton e mudou de ideia. “Aí pedi o telefone para uma amiga em comum e liguei. Foi quando começamos a nos encontrar”, diz a paulistana. Assumidamente ciumenta, já na segunda vez que saiu com o atleta sua braveza se revelou. Quando viu que
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CAPA | PERFIL uma mulher tinha abordado Nilton para conversar, no bar em que estavam, esperou a garota ir ao banheiro e soltou os cachorros. “Nilton disse que eu era maluca e que precisava diminuir o tom. Já melhorei muito”, diz a mãe de Giovanna, de 3 anos. Desde então, o casal está sempre junto. Karin vai a todos os jogos do marido, que não a deixou aceitar uma proposta para ser comentarista de futebol. “Eu ‘corneto’ mesmo e poderia, eventualmente, falar alguma coisa de um colega de clube. Não ia ser legal”, diz Karin. Responsável pela organização de toda a vida de Nilton, Karin conta que,
antes de eles se conhecerem, o volante não guardava dinheiro e era displicente. “Quando fomos morar juntos, ele levou um jogo de faca, uma TV e um carro financiado”, conta. Segundo ela, passaram por um processo de cortar amigos “interesseiros” do jogador e de se preocupar com as finanças, da qual ela também cuida. “Fiz um Nilton novo”, brinca. Se Karin fugiu do marido no início, Jéssica, mulher de Luan, do Atlético, decidiu namorá-lo quando não tinham dado sequer o primeiro beijo. O atleta, que jogava no Atlético de Sorocaba, passava de carro diariamente na porta da loja onde a paulista trabalhava. Galante-
ador, sempre mandava beijos e buzinava. Nada que impressionasse a menina de 17 anos, até o dia em que ele viajou com o time e não passou mais lá. “Como eu não sabia que ele era jogador e que estava viajando, imaginei que tivesse arrumado uma namorada, aí senti falta”, diz. Criada pelos avós, Jéssica é muito tradicional e quando Luan finalmente entrou na loja e perguntou se ela queria namorá-lo, mandou logo uma frase de efeito: “Só se você me der uma aliança de compromisso”. Ela queria ver se o garoto, na época com 19 anos, realmente queria algo sério. “Ele disse que tudo bem. No dia seguinte, me buscou na Cláudio Cunha
Karin Lopes da Silva, 28 anos Origem: São Paulo (SP)
Mulher de Nilton, do Cruzeiro Mãe de Giovanna, 3 anos (e grávida de 7 meses de Gabriel)
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Poucos atletas têm, mesmo com uma equipe de assessores, o acompanhamento que a ex-personal trainer e campeã paulista de boxe Karin dá ao marido. A pedido de Nilton, que não gostava que ela trabalhasse em academias, a paulistana abandonou a carreira quando começaram a namorar. Decidiu, então, dedicar-se exclusivamente à assessoria do jogador. Em todos os aspectos. É ela quem autoriza e marca entrevistas com jornalistas e aparições em programas de TV e rádio, organiza sua agenda, grava jogos dos próximos adversários do Cruzeiro, obriga Nilton a ver partidas anteriores e avaliar seu desempenho, além de comparecer a todos os jogos do time em BH, Rio de Janeiro e São Paulo. “Virei Nilton Futebol Clube. Sou rígida com ele, pois sei que tem meu auxílio em tudo. A única coisa que ele precisa fazer é focar no jogo.”
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CAPA | PERFIL Alexandre Rezende
Daniela Figueiredo Abreu Silva, 29 anos Origem: Salvador (BA)
Mulher de Leonardo Silva, do Atlético
Mãe de Lucas, 2 anos
aula”, conta. “Foi quando demos o primeiro beijo.” Não demorou muito para decidir que morariam juntos e se casaram logo depois. Quando vieram para BH, em 2013, Jéssica não se importou com a mudança e até trouxe mala e cuia dentro carro, dirigindo de Sorocaba para a capital mineira. “Como esposa, tenho de acompanhá-lo aonde ele for. Não reclamo disso e sei, inclusive, que comentários negativos podem atrapalhar o desempenho do Luan. Se mudar é bom para ele, é bom para nós”, diz a recém-mãe da pequena Lara. As mulheres de jogadores assumem, com frequência, essa postura de porto 132 |Encontro
É formada em direito, mas não teve chance de exercer a profissão na Bahia, já que, assim que se formou, começou a namorar Leo Silva e logo veio para BH, para acompanhá-lo. Por quase quatro anos, depois que chegou à capital mineira, em 2009, esteve focada na família – o filho, Lucas, teve de fazer uma cirurgia cardíaca aos 2 meses de idade – e na carreira do marido. Agora, Daniela decidiu retomar o antigo plano de ser delegada. Para isso, faz cursos preparatórios para concurso público, pós-graduação em processo civil e estuda inglês. “Por muito tempo fiquei frustrada, pensando que estava cada vez mais distante dos meus sonhos profissionais”, diz. “Mas hoje entendo que a carreira de jogador é passageira e que esse tempo era necessário. Já quanto a minha profissão, que estou retomando agora, posso me dedicar a ela para sempre.”
seguro incondicional. Isso porque, além de os parceiros terem carreiras curtas, o casal costuma morar longe de ambas as famílias e têm de se mudar de cidade sempre que o atleta troca de time. São, assim, o maior apoio dos jogadores. Contribui para isso, ainda, o fato de que esses atletas, comumente, saem de casa muito novos para tentar a vida no esporte, ficam longe da própria família e acabam se voltando para quem os acolhe na cidade onde estão, especialmente as namoradas. É o que diz a psicóloga e psicanalista Paula de Paula, professora dos cursos de psicologia e de educação física da PUC Minas. A partir daí, segundo ela, a união é natural, pois passam a
levar as companheiras em viagens e nas mudanças. “Eles querem a companhia de alguém que é familiar, que julgam que vá ser a fiel escudeira, e, se for uma mudança para outro país, até alguém com quem possam conversar em seu idioma. A mulher entra nesse lugar de apoio e aposta nisso também”, explica. Para Daniela, baiana da cidade de Salvador, mulher de Leonardo Silva, a chegada à capital mineira, após seis meses de namoro com o zagueiro, foi apenas uma das mudanças a que teve de se adaptar. Seu marido saiu do Cruzeiro, aonde chegou em 2009, para se juntar ao elenco rival, o do Atlético, em 2011. “Não é todo atleta que encara essa mudança, pois BH
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CAPA | PERFIL não é como Rio ou São Paulo, cidades que têm quatro times grandes. São apenas dois, totalmente opostos e rivais. Tínhamos medo do que poderia acontecer”, explica ela, lembrando que, na época, a decisão do jogador foi muito questionada, especialmente porque o Atlético, naquele ano, não teve bom desempenho. “Muita gente jogava na cara, dizendo que ele trocou de time para ficar na zona de rebaixamento. Mas nós, que confi amos em Deus, pensávamos que aquilo teria algum propósito”, diz. “Acreditamos que é com o trabalho que conseguimos as coisas.” Apaixonada pelo marido e pelo
filho, Lucas, Daniela se lembra de quando começou a se relacionar com Leonardo Silva, ainda em Salvador, onde ele jogava. “Eu nem andava de mão dada com ele; não queria ficar rotulada”, diz a baiana. “Isso pesou muito para mim, na época.” Referência para jogadores até mesmo de times rivais, o goleiro do Cruzeiro, Fábio, e sua mulher, Sandra, comemoraram, no ano passado, dez anos de casamento, dos quais nove em BH. Quando começaram a namorar, em 1995, ela tinha 16 anos e ele, 14. Os laços do casal e a relação com as famílias de outros jogadores se fortaleceram muito quando
encontraram a religião. “Foi algo muito bonito na nossa vida”, diz Sandra, sempre calma e de fala serena. Emocionada, ela se recorda de uma das primeiras experiências espirituais que viveram, que aconteceu depois de um jogo entre Atlético e Cruzeiro (primeira partida da fi nal do Campeonato Mineiro de 2007). A atuação de Fábio na partida foi extremamente criticada. O goleiro levou um gol de costas, fez pênalti, tomou chapéu e o time perdeu por 4 a 0. Para piorar, Fábio ainda rompeu o ligamento. Quando não apareceu no jogo seguinte, não faltaram comentários de que a lesão era Samuel Gê
Marília Nery Gonçalves Ribeiro, 24 anos Origem: Santa Isabel (SP)
Mulher de Éverton Ribeiro, do Cruzeiro
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Marília saiu cedo de casa. Aos 17 anos, deixou Santa Isabel para estudar (é formada em publicidade e propaganda) e trabalhar em São Paulo. No entanto, parou de atuar no mercado quando se casou com o meia cruzeirense Éverton Ribeiro. Atualmente, usa sua experiência para cuidar da imagem do marido. “Quando vim para cá, queria muito trabalhar. Enviei currículo para vários lugares, o Éverton tentou me ajudar, mas não consegui”, diz ela, que também faz parte do grupo Ministros da Alegria. “Na verdade, o teatro é a minha paixão. Só não fiz faculdade de artes cênicas porque meu pai odiava”, diz Marília.
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CAPA | PERFIL Samuel Gê
Linda Vanessa Araújo Martins, 29 anos Origem: Barracão (PR)
Mulher de Diego Tardelli, do Atlético-MG
Mãe de Pietra, 7 anos, e Diego, 3 anos
uma desculpa para não colocarem o jogador de novo em campo. Recuperando-se em casa, o goleiro viu um programa de TV evangélico, sentiu-se contemplado pelo que o pastor dizia e teve a sensação de que se recuperaria da lesão em dois meses e 15 dias. “Ele me chamou e disse que Deus havia falado com ele. Eu não acreditei muito, mesmo porque os médicos disseram que a recuperação demoraria seis meses”, diz Sandra. No entanto, algum tempo depois, o segundo goleiro do time se machucou e Fábio garantiu que estava bem para jogar, apesar da recomendação médica. Assim, ele voltou ao Minei136 |Encontro
Ex-atriz, Linda abandonou os palcos para acompanhar Tardelli, então seu noivo, na mudança para Sevilha, quando jogou no Real Betis, em 2005. Por gostar de artesanato e atividades manuais, estudou design e, em 2007, montou uma loja de decoração, móveis e confecção de enxoval em São Paulo, a Joli Bébé. Hoje, tem duas lojas em BH (uma em Lourdes e uma na Pampulha) e uma em Camboriú, onde mora sua família. A empresária é quem faz os projetos de ambientes para seus clientes, entre os quais, várias mulheres de outros jogadores. “Ficava sozinha quando o Diego viajava, e aí tive certeza de que precisava ter uma profissão que poderia exercer de qualquer lugar.” Por isso, conta, investiu no treinamento das equipes das lojas e optou por desenvolver projetos digitais, que envia aos clientes por e-mail.
rão em um jogo contra o Goiás. “Eu, da arquibancada, fiz as contas nos dedos. Havia passado exatamente 2 meses e 15 dias da lesão. Naquela hora, até chorei”, diz ela, com lágrimas nos olhos. “Aí não largamos mais, decidimos ter uma vida santificada.” Desde então, a fé em Deus baliza todas as decisões do casal, inclusive a de recusar o contrato de um time espanhol para permanecer no Cruzeiro. Junto a outras esposas, Sandra tem um grupo de oração que se dedica, também, a abençoar os jogadores – já até deram a volta no Mineirão, abençoando o estádio. “O meio do futebol é muito turbu-
lento, eu sentia necessidade de paz. Sofria pelo excesso de confiança e acesso fácil que os jogadores têm a tudo. Hoje sou muito tranquila, porque temos o mesmo direcionamento, zelamos por nossa família”, diz. Sandra é muito elogiada por receber bem novas famílias de atletas que vão chegando a BH. Foi assim, por exemplo, com a mulher de Éverton Ribeiro, Marília, que, apesar de formada em publicidade e propaganda, ama mesmo as artes cênicas. Sandra a indicou, então, para participar do Ministros da Alegria, grupo de teatro que faz trabalho voluntário nos hospitais Odilon Behrens e Santa
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CAPA | PERFIL Samuel Gê
Diane Monique Aguilar Goulart, 25 anos Origem: São José do Rio Preto (SP)
Mulher de Ricardo Goulart, do Cruzeiro
Casa de Misericórdia. Marília participa do grupo até hoje. Aliás, a mulher do meia do Cruzeiro, eleito craque do Brasileiro em 2013 e também convocado para a seleção de Dunga, foi das poucas que encararam um tempo de namoro a distância antes do casamento. Marília manteve sua relação com Éverton dos 17 anos até se formar na faculdade, em 2012, sendo que ela morava em São Paulo e ele, em São Caetano do Sul (SP) e no Paraná. “Em 2011, ele me pediu em casamento. Estava jogando no Coritiba e passava por um momento muito ruim. Estava sozinho, não engrenava e sofria muitas crí138 |Encontro
n d
Estudante de design de interiores, Day, como é carinhosamente chamada pelo marido, amigos e familiares, abriu mão da carreira profissional para viver em função do casamento e se dedicar aos empreendimentos da família. Mudou-se para BH, onde vive com o atacante e os dois cãezinhos da raça shih-tzu, Sophia e Kevin, há um ano e meio, logo depois da contratação de Ricardo Goulart pelo clube celeste. Desde então, tenta terminar o curso que iniciou há cerca de quatro anos. “Estou tentando, mas com essa vida cigana, de cada temporada estar em um lugar, nunca consigo terminar. Então procuro me dedicar mais aos nossos investimentos, todos aplicados na nossa cidade natal. Afinal de contas, precisamos ter um porto seguro.”
ticas. Então, decidi largar meu trabalho para acompanhá-lo. Daí, ele começou a arrasar”, diz Marília, aos risos. As redes sociais foram a maneira de os dois se comunicarem. Não muito diferente de Diane e Ricardo Goulart, artilheiro do Campeonato Brasileiro e outro convocado para a seleção do técnico Dunga. Eles, que se conheceram também novinhos (ela com 16 anos e ele com 14), passaram a usar a internet quando Ricardo saiu de São José do Rio Preto, onde nasceram, e foi para Santo André, onde o atacante começou a jogar nas divisões de base. Depois de oito meses, resolveram se casar, em 2009.
A situação do casal, que, como a de muitos atletas, era difícil financeiramente no início, começou a melhorar, segundo Diane, quando Goulart se transferiu para o Goiás. No time esmeraldino, o jogador teve o primeiro contato com a fama e despertou o interesse da diretoria celeste. O Cruzeiro, de acordo com a mulher, foi o ápice da carreira agora coroada com a convocação para a seleção brasileira. “A convocação foi uma proposta de Deus. Ele passou por tanta coisa, mas nunca desistiu. Aconteceu na hora certa para nós”, diz Diane. A torcida agradece! ❚
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Marcelo Brasiliense Ana Cláudia Esteves Marcela Quintino (Art & Maquiagem) Daniel Moreira (Mineral) Patrycja korszun (Mega Model) Marcela Quintino Aos moradores distrito de Glaura (MG)
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MODA | TENDÊNCIA
Embarque nessa jardineira
Rodrigo Mendes/Divulgação
Depois de repaginado, o macacão volta à moda e se torna o must have para a próxima estação de calor ANA CLÁUDIA ESTEVES
Feito em linho ou algodão resistente, o macacão foi criado como peça funcional própria para proteger a roupa durante o trabalho. Sua origem nos remete ao século 19 e o primeiro modelo foi feito por Lévi Strauss, inventor também da calça jeans, que viria só depois. Usado como uniforme principalmente por mecânicos, o traje deixou então as ofi cinas cheias de graxa dos Estados Unidos e foi ganhando, ao longo do tempo, exemplares em todo o mundo. Os mais tradicionais passaram a ser feitos de jeans e são denominados também jardineiras: essas marcaram época nos anos 1990, apontando um estilo um tanto quanto despojado. De volta ao topo das tendências, o macacão ganha diferentes possibilidades e está presente nas mais importantes passarelas do mundo. As novas versões saem um pouco da linha cool e, com cortes clássicos e tecidos mais refi nados, passam a ser apropriadas, também, para ocasiões mais formais. Alguns modelos, principalmente masculinos, ainda trazem a identidade ousada que a peça tinha décadas atrás. Quando usa sua jardineira jeans, o fotógrafo Daniel Moreira, de 36 anos, ainda sente que as pessoas o observam como se ele fosse um alienígena. “Eu não ligo, mas todo mundo me olha um pouco assustado”, ri e se recorda que, depois da infância, voltou a usar a peça antes da moda, por causa da profi ssão. “Buscava a praticidade de uma roupa que tivesse muitos bolsos para guardar o equipamento, mas confesso que acabou se tornando uma referência do meu estilo”, diz. O fato é que esse traje para homens pode ser ideal, já que, além de prático, não exige senso estético apurado para combinar estampas e cores diferentes, como é necessário com os eternos combos – camisa e calça ou bermuda. Já no mundo feminino, esse papel era feito pelos tradicionais 148 |Encontro
Daniel Moreira, fotógrafo, usou a peça durante a infância e incorporou-a novamente ao seu guarda-roupas: “Confesso que acabou se tornando uma referência do meu estilo”
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Rogério Sol
Marina Cunha, modelo, viu no macacão uma alternativa versátil para diferentes ocasiões: “Costumo usar tanto em festas quanto em programas mais descolados”
vestidos, que, em variados modelos, cores e estilos, são práticos e apropriados para as mais diferentes ocasiões. Ao buscar se vestir de forma mais autêntica, com peças não tão convencionais, a modelo Marina Cunha, de 24 anos, viu no macacão uma alternativa versátil. “Costumo usar tanto em festas quanto em programas mais descolados. Tenho alguns mais coloridos para o dia e um que costumo usar a noite, em eventos mais elegantes”, conta. Para a primavera/verão, as novas coleções contam com possibilidades para todos os gostos. Em tecidos como seda, jersey e couro, podem ser curtos ou longos, lisos eu estampados. E você, já escolheu o seu? z
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DECORAÇÃO | PAISAGISMO CP Paisagismo/Divulgação
Lar cheio de vida: de fácil manutenção, jardins de interiores têm sido cada vez mais usados em projetos de decoração
Cantinho verde
Anda querendo ter um espaço com plantas e flores em casa? Não é preciso muito espaço, mas dedicação e cuidado são fundamentais para manter um jardim 152 |Encontro
BETH BARRA E AMANDA ALEIXO
A regra mais importante para ter um jardim em casa, em espaços pequenos ou amplos, além de gostar de plantas, é ter disposição para cuidar delas. Profissionais podem fazer belos projetos, indicar espécies, mas crescimento e floração dependem de carinho. “Todo jardim começa com uma história de amor. Antes que qualquer árvore seja plantada ou um lago construído, é preciso que eles te nham nascido dentro da alma. Quem
não planta jardim por dentro não planta jardins por fora, nem passeia por eles”, diz o paisagista Alessandro Horta, da Max Garden, revisitando o escritor Rubem Alves. Para quem dispõe de espaço apenas dentro de casa, Alessandro Horta recomenda uma investigação prévia da luminosidade: “É preciso verificar se a luz incide só na parte da tarde ou da manhã, para iniciar a busca pelas espécies mais adequadas”, explica. E há uma carta na manga para quem, independentemente da área
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Fotos: Eugênio Gurgel
Kátia Matos, da Nativa Paisagismo: “O erro que as pessoas mais cometem na manutenção do jardim é não regar as plantas da forma certa. Cada espécie tem uma necessidade e quem cuida precisa conhecê-las”
Juliana Couto, dona da Verde Musgo, alerta para alguns cuidados básicos nos projetos: “O início de tudo é checar temperatura, umidade e risco de insolação, para que as plantas sobrevivam”
Júlia Moura/Divulgação
Passagem decorada: o corredor sem graça ganhou vida com um canteiro e vasinhos presos em suportes de madeira na parede
disponível, não quer atrapalhar a passagem, reduzir os metros quadrados disponíveis ou evitar acidentes com crianças e animais, que têm acesso fácil a vasos de plantas pelo chão do lar: os projetos verticais. “A melhor opção para evitar acidentes são os projetos verticais, que são práticos, bonitos e não exigem áreas grandes”, diz Alessandro. Ele recomenda bromélia, es patifilo e antúrio para ambientes com pouco sol, além de samambaia, peixinho, avencas e cactos. Vertical ou não, um cantinho verde exige outros cuidados além de iluminação adequada. Segundo Kátia Matos, da Nativa Paisagismo, rega e limpeza são fundamentais. “O erro que as pessoas mais cometem na manutenção do jardim é não regar as plantas da forma certa. Cada espécie tem uma necessidade e quem cuiSETEMBRO DE 2014
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DECORAÇÃO | PAISAGISMO Kátia Matos/Divulgação
Varanda cheia de frescor: o jardim vertical e as plantas em grandes vasos deixaram o clima do apartamento mais agradável
da precisa conhecê-las. Além disso, Quem não limpa seu jardim dá lugar a pragas, infestações e dificulta a respiração da espécie.” Kátia dá uma dica para quem já está encarando problema com invasores. “O óleo de nim é o extrato de uma planta que combate as pragas. Quem estiver com esse problema pode borrifar sobre a espécie uma vez por semana até que o problema acabe”, explica. A arquiteta, paisagista e decoradora Juliana Couto, que há 23 anos criou a Verde Musgo, referência no segmento de decoração de festas e eventos, avisa que espécies com flores são mais difíceis para jardins dentro de 154 |Encontro
Curuma Barros/Divulgação
Sala leve e natural: a parede verde quebra a tendência de jardins horizontais e, integrada a revestimento e mobiliários sóbrios, traz serenidade ao ambiente
casa, mas indica orquídeas, espatifilo (lírio-da-paz) e flor-de-seda. “O início de tudo é checar temperatura, umidade e risco de insolação, para que as plantas sobrevivam”, diz. Para criar o sonhado jardim integrado à decoração, ela prefere plantas de folhas como zamioculca, clusia, samambaia e aspargos, que são mais resistentes. Para a arquiteta e paisagista Marina Pimentel, da Carla Pimentel Paisagismo, projetos de jardins de interiores têm sido cada vez mais procurados. “As pessoas tem carência de espaços verdes em áreas urbanas. É fundamental ter um cantinho desses em casa, sendo ele de contemplação
ou cultivo.” Os projetos desenvolvidos pela equipe de Marina buscam trazer contemporaneidade aos ambientes, aguçando a criatividade e a imaginação de quem tem a chance de admirá-los. Não há dúvidas de que plantas tornam o ambiente mais bonito e aconchegante, além de oferecer um toque à mais para a decoração. Por isso, a escolha de cachepô, armações verticais e a disposição dos vasos no chão ou na parede devem formar uma paisagem verde harmônica. É uma forma sensível e consciente de afastar o cinza e as construções sem vida de um mundo cada vez mais urbanizado. z
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NA MESA | ALINE GONÇALVES agonçalves@revistaencontro.com.br Alexandre Rezende
DELIVERY DE DETOX Para manter a forma e a saúde é preciso praticar exercícios físicos e ficar atento ao que se come, mas pequenos “truques” podem ajudar. Os sucos detox, por exemplo, são opções para reduzir a fome exagerada e contribuir para eliminar toxinas, ensinam especialistas. Prepará-los, no entanto, pode ser difícil. Pensando nisso, a Deli Fresh Food acaba de lançar um novo serviço. Funciona assim: o cliente paga uma taxa mensal, pode escolher entre três sugestões de sucos detox (maçã com manjericão, couve e limão; abacaxi com gengibre, hortelã e couve; maçã com salsão, pepino e hortelã) – todos feitos com a consultoria da nutricionista Helyena Pinheiro– e o local da entrega. Entre 8h e 10h, de segunda a sexta, sem exceções, um entregador deixará o produto feito no mesmo dia, ao valor de R$ 7,50 por dia. Como ele irá de bicicleta, inicialmente o atendimento é limitado a endereços que fi cam “dentro” da avenida do Contorno. “Sabemos que a alimentação saudável tem de ser rotina. Estou apostando que o nosso público será majoritário de pessoas que trabalham em escritórios e não conseguem se programar”, diz a chef e empresária Juliana Muradas. Alexandre Rezende
HORA DAS PIMENTAS NACIONAIS A presença do chef peruano Pierre Sablich na cozinha do Inka é certeza de mudanças no menu da única casa a oferecer a culinária dos Andes em BH. Essa é a terceira vez que o especialista vem ao Brasil apenas com a função de atender o estabelecimento (esteve na fundação, em 2010, e na primeira reformulação, em 2011). “Há dois anos estamos com o mesmo cardápio e os clientes pedem novidades. Já posso dizer que metade do menu será alterado, ficando os pratos de mais sucesso. A carta de drinques também vai mudar”, explica. Desde que chegou à capital mineira, em agosto, ele tem visitado o Mercado Central em busca de ingredientes que possam dar corpo a suas criações. Entre as intervenções de Sablich estão a inclusão da pimenta-dedo-de-moça, que será usada como base para uma pasta servida com tiraditos e ceviches, e de guisos peruanos (pratos de longa cocção). Nessa linha, ele conta, há opções como o caucau, feito com a dobradinha, cozida por mais de três horas, e o seco de boi, marinado na cerveja preta com coentro – ambos típicos da cozinha criolla, presente na região da capital do Peru, Lima.
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Samuel Gê
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SIGA O MESTRE
ESSA MODA VAI PEGAR?
“São 38 anos em torno da carne!”, diz o chef Marcus Grossi, que comanda o Djalma Bar & Botequim. Grossi vem acumulando experiências durante esse longo período. Agora, os clientes podem aprender um pouquinho também, graças ao projeto Na Grelha Com o Chef. O misto de workshop e menu-degustação de três tempos (carnes, acompanhamentos e vinhos por um preço médio de R$ 85) ocorre às terças-feiras, às 19h, para grupos de, no máximo, 12 pessoas. Do lado de lá do balcão, o chef fala sobre intensidade adequada do braseiro, tipos de sais, formas de cortar e temperar, e exibe peças de carne angus, todas certificadas. “Explico o porquê de ela ser considerada a melhor do mundo e apresento os cortes, indicando de qual parte do boi cada um é extraído”, diz. As reservas podem ser feitas pelos telefones (31) 9109-9107 e 8466-5227.
Elas são maiores que um picolé comum (têm, em média, 120 gramas – o dobro), muitas possuem recheios, têm formato quadrado e são bem geladas. As paletas, tipo de picolé mexicano, já chegaram com tudo a cidades como São Paulo e, agora, prometem conquistar BH. Os três primeiros quiosques da marca Paleteca foram inaugurados no Boulevard Shopping, Itaú Power Shopping e Minas Shopping e o grupo familiar que os gerencia se programa para abrir novas unidades. “Conhecemos o estilo em Curitiba, onde minha irmã morava. Escolhemos a Paleteca por causa da variedade de sabores e porque as paletas são 100% naturais”, conta Euder Venâncio, que toca o negócio ao lado de Érica e Fernando Brasil. Entre as 23 opções, estão a de morango recheada com leite condensado e a de chocolate belga com brigadeiro (preço médio, R$ 9).
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GASTRÔ | RECEITAS
O sabor da estação De saladinha a sobremesa, chefs apresentam receitas coloridas e mostram que é possível fazer bonito à mesa na primavera
ALINE GONÇALVES
É só setembro começar que a esperança de ver os dias mais quentes se estende pela cidade. Com a primavera, que chega no fim do mês, flores, frutas e temperos ganham mais evidência e se desdobram em receitas criativas, saborosas e sempre muito coloridas – em verdadeiro contraponto com os pratos fortes, quentes e até gordurosos do inverno. “Mesmo as estações não sendo claramente definidas no Brasil, conseguimos nos programar para encontrarmos ingredientes”, diz o chef Fábio Pontes, do diVino restaurante. Há dez anos, ele elabora menus sazonais e antecipa uma novidade. Desta vez, um dos destaques será o atum com azeite de azedinha e paleta de legumes e brotos: bem colorido. “Os legumes apresentam boas texturas nesta épo-
Divulgação
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ca. Nesse prato eles vêm por cima, al dente. A azedinha traz picância e o atum não pode ficar seco, para destacar também o frescor”, explica. Aproveitar os produtos mais adequados da estação também é o mote da chef Marise Rache, do D’Artagnan Bistrô, que elaborou uma salada cítrica, que leva gomos de tangerina, cuja cor vibrante ajuda a atiçar o paladar. Até as massas podem entrar na brincadeira dos tons, como na sugestão do chef Remo Peluso, da Província di Salerno: o ravióli ganha caldo feito com espinafre e fica verdinho, como as folhas. Com molho ao sugo, vermelho, é ainda mais valorizado. “As massas com cores existem na Itália. Lá, há de chocolate, de abóbora, várias tonalidades. No caso dessa receita, o importante é usar uma boa farinha e sovar bem. Depois, na hora do corte, ficar atento para a espessura, que deve ser fina”, diz. Na opinião do chef Fúlvio Motta, do Verano Studio Gourmet, a louça também pode ajudar a compor um prato mais agradável aos olhos, se fizer uma boa composição com a receita. Este é o caso do dourado do mar em crosta de castanhas e creme de alho-poró, servido em prato negro e laureado com pimentas-biquinho e flores comestíveis capuchinhas, que ainda agregam sabor. “É um dos principais pratos da casa, e não conseguimos tirá-lo do menu por causa do público apaixonado. O segredo é a boa compra do pescado, que precisa ser fresquinho e alto, bonito.” Para finalizar, que tal uma sobremesa com degradê, da cozinha do Conde Bar e Restaurante? A torta mousse de laranja leva o Biscuit Joconde, que é uma base comum na pâtisserie francesa feita com farinha de amêndoas mesclada a outros itens e corresponsável pelas variações de cor, juntamente com a fruta escolhida.
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Fotos: Eugênio Gurgel
Por chef Marise Rache do D’Artagnan Bistrô
Salada cítrica da primavera INGREDIENTES MOLHO: 1 xícara de azeite extravirgem 1/4 xícara de vinagre de jerez ou de vinho branco 2 colheres (sopa) de licor de aniz ou licor de laranja 2 tangerinas – casca cortada à juliana (longitudinalmente) e sem a parte branca e o suco 1 échalote ou cebola roxa, pequena, em fatias bem finas e passadas em água quente 12 azeitonas pretas Sal marinho a gosto SALADA: 1 alface americana pequena 1 alface comum 1/2 alface roxa 12 folhas de baby agrião 8 filetes de anchova (passar na água para tirar um pouco do sal) 4 tangerinas descascadas (separar os gomos ao meio) Sal marinho a gosto MODO DE FAZER MOLHO: Misture o azeite, o vinagre, o licor, as cascas da tangerina, a cebola, e as azeitonas em uma vasilha. Reserve. SALADA: Separe as folhas das alfaces, e divida em quatro pratos ou bowls. Coloque dois filetes de anchova e 1/4 das tangerinas em cada um. Tempere cada um com o molho e coloque o baby agrião. Mexa um pouco, para que o molho envolva bem todas as folhas. SETEMBRO DE 2014
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as Fotos: Samuel Gê
Atum com azeite de azedinha e paleta de legumes e brotos Por chef Fábio Pontes, do diVino Restaurante Ingred ientes 140 g de atum (2 filés) 1/2 xícara de azeite 1 xícara cheia de folhas de azedinha 2 cenouras vermelhas 1 anis-estrelado 4 miniervilhas tortas 1 colher (sopa) de minitomate (beluga) 4 minirrabanetes 4 mininabos 2 batatas-baroa 1 xícara de brotos variados (agrião, nabo, beterraba) 1/2 xícara de creme de leite 100 mL de caldo de legumes Sal e pimenta a gosto
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MOD O DE FAZER CALD O DE LEG UMES : Em uma panela, refogue a cenoura picada com um fio de azeite (utilize o fogo baixo). Acrescente o caldo de legumes e cozinhe até que D esligue o fogo e coloque o creme de leite, misturando todos os ingredientes. Espere esfriar. Em seguida, passe pelo processador todo esse conteúdo, para que tome a forma de purê. Em uma panela, coloque anis-estrelado, tempere com sal e pimenta e, por último, o purê de baroa. C ozinhe mais um pouco até formar um purê liso e reserve. AZEITE DE AZED IN HA E LEG UMES : Processe a azedinha com o azeite, até que forme um pesto. Tempere com sal e pimenta. C ozinhe os legumes rapidamente em água quente com
sal por dois minutos, com exceção da baroa e do tomate-beluga. R etire os legumes da água quente e coloque em um bowl com água e gelo. Espere esfriar e reserve. C ozinhe a baroa at macia. R etire da água e reserve. AT UM: Tempere o atum com sal e pimenta. Grelhe rapidamente os dois lados, em fogo alto, utilizando uma frigideira antiaderente. R etire e fatie cada filé em três partes. MONT AGE M: Esquente o purê de baroa. Utilize o forno para aquecer rapidamente os legumes. C oloque o purê no prato e por cima dele disponha os legumes, os brotos e o tomate-beluga. Adicione o azeite de azedinha ao lado do atum e também por cima deles.
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Massa de ravióli verdi ao sugo Por chef Remo Peluso, da Província di Salerno
INGREDIENTES MASSA 500 g de farinha de trigo italiana 4 ovos 1/2 molho de espinafre 250 mL de água 5 g de sal RECHEIO Passas a gosto 400 g de ricota 200 g de nozes MOLHO 3 latas de 250 mL de tomate pelado 2 colheres (sopa) de manteiga com sal 2 colheres de azeite extravirgem 1 cebola média picada 1/2 colher (sopa) de açúcar
1 pitada de noz-moscada Sal, pimenta-do-reino e folhas de manjericão a gosto Queijo grana padano a gosto MODO DE FAZER RECHEIO: Misture bem todos os ingredientes. MASSA: Coloque as folhas do espinafre em água fervente por alguns segundos e escorra. Junte-as com a água, processe e peneire. Junte os itens secos e bata vigorosamente, acrescentando os ovos e o caldo do espinafre até a massa ficar homogênea. Descanse a massa na geladeira por 30 minutos. Abra-a, coloque pequenas porções do recheio e, depois, dobre-a para cortar em formato
de ravióli. Cozinhe por 8 minutos e sirva com molho ao sugo. MOLHO: Coloque os tomates com o líquido em uma tigela e esmague bem utilizando as mãos. Coloque a manteiga e o azeite em uma panela grande e refogue a cebola por alguns minutos. Junte o tomate com o líquido e cozinhe por cerca de meia hora. Adicione o açúcar, a noz-moscada, sal e pimenta. Misture tudo, espere esfriar um pouco e, em seguida, bata no liquidificador ou no mixer até a textura desejada. Volte para a panela e deixe apurar mais um pouco. Acrescente água se achar necessário. Sirva o molho sobre o ravióli e coloque folhas de manjericão e queijo grana padano por cima. Fotos: Alexandre Rezende
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GASTRÔ | RECEITAS
Dourado do mar em crosta de castanhas e creme de alho-poró Por chef Fúlvio Motta, do Verano Studio Gourmet
INGREDIENTES 10 postas de filé de dourado do mar, de aproximadamente 200 g cada um 3 unidades de alho-poró 300 mL de vinho branco seco 300 g de creme de leite fresco 3 batata cozidas e amassadas 3 unidades de palmito pupunha 200 g de pimenta-biquinho 400 g de castanha-do-pará triturada (200 g trituradas grosseiramente, 200g trituradas finamente) 100 g de farinha de milho 100 g de manteiga sem sal 50 g de queijo parmesão ralado 50 g de cebola repicada Sal e pimenta-do-reino a gosto Flores comestíveis e brotos variados 100 g de manteiga sem sal (para a crosta de castanhas)
2 unidades de limão-siciliano 1 tomilho MODO DE FAZER CROSTA DE CASTANHAS: Amasse a manteiga sem sal, a castanha triturada fina, o queijo ralado e a farinha de milho. A mistura deve ficar maleável, mas não pegajosa. Grelhe o dourado em frigideira antiaderente e coloque uma camada fina da crosta sobre o peixe. Leve ao forno preaquecido a 180°C por aproximadamente 20 minutos. O tempo vai variar conforme a altura da posta. CREME DE ALHO-PORÓ: Refogue a cebola repicada na manteiga e acrescente o alho-poró cortado em anéis. Espere soltar o excesso de líquido e acrescente o vinho branco. Deixe
reduzir pela metade e acrescente o creme de leite e as batatas. Processe em liquidificador. Confira o tempero. MANTEIGA DE LIMÃO-SICILIANO: Retire as raspas de limão-siciliano. Esprema o suco. Bata a manteiga sem sal em uma batedeira até que ela apresente textura cremosa. Inclua o suco e as raspas. Finalize com o tomilho desfolhado. SAUTÉ DE PUPUNHA: Corte o palmito em tiras finas e salteie com a manteiga de limão-siciliano, a pimenta-biquinho e as castanhas trituradas grosseiramente. MONTAGEM: Coloque o creme de alho-poró no centro do prato e a sauté de pupunha por cima. Finalize com o dourado e decore com as flores e brotos. Fotos: Eugênio Gurgel
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Fotos: Rogério Sol
Torta Mousse de Laranja Por subchef Lívia Corrêa, d’ O Conde Restaurante & Bar
INGREDIENTES
MODO DE FAZER
BISCUIT JACONDE 50 g de manteiga derretida 100 g de açúcar refinado (2) 185 g de açúcar refinado (1) 70 g de farinha de trigo 250 g de farinha de amêndoas 6 ovos 7 claras
BISCUIT JACONDE: Misture a farinha de trigo com a farinha de amêndoas e o açúcar refinado (1). Acrescente os ovos e bata até clarear. Junte a manteiga derretida fria. Bata as claras em neve e acrescente o açúcar refinado (2) até virar um merengue. Envolva essa mistura com a primeira e reserve.
PATÊ A DÉCOR 50 g de claras 50 g de açúcar refinado 50 g de manteiga derretida 35 g de farinha de trigo 15 g de cacau em pó
PATÊ A DÉCOR: Misture a farinha com o cacau, o açúcar e a manteiga. Acrescente as claras em neve e, em seguida, envolva tudo. Coloque no freezer para consolidar. Depois, despeje em um tapete de silicone (produto vendido em lojas de confeiteiros) e trabalhe com espátula com dentes ou régua fazendo riscos (não use garfo, pois pode danificar o tapete). A massa ficará com aproximadamente 1 cm de espessura e alguns espaços vagos se formarão. Coloque no freezer novamente e deixe consolidar. Despeje a massa de Biscuit Jaconde pronta
MOUSSE DE LARANJA 500 mL de creme de leite fresco 250 mL de suco concentrado de laranja 197 mL de leite condensado 8 g de gelatina incolor 50 mL de água
sobre os riscos/linhas vagas feitos no tapete. Espalhe bem a massa. Coloque o tapete em uma forma e asse a 180ºC até dourar. MOUSSE DE LARANJA: Hidrate a gelatina em água e reserve. Misture o leite condensado com o suco de laranja. Bata o creme de leite sem deixar atingir o ponto de chantilly (quando começar a chegar ao ponto, pare). Dissolva a gelatina e acrescente à mistura de leite condensado. Por último, envolva tudo ao creme de leite batido. MONTAGEM: Corte a mistura de Biscuit Joconde com Patê a Décor em tiras do tamanho exato do aro, colocando-o na parte interna da parede desse item. Depois, acomode a mousse na parte interna vazia do aro. Leve para o freezer por aproximadamente 4 horas. Retire o aro quando tiver certeza da consolidação, já que a mistura de Biscuit Joconde com Patê a Décor deve adquirir o formato desse. Decore e sirva. z SETEMBRO DE 2014
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GASTRÔ | OPINIÃO Samuel Gê
Aprovados pela maioria
Dias movimentados, noites badaladas: bairro da região Centro-Sul concentra 60 estabelecimentos, entre bares e restaurantes
Pesquisa encomendada pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes mostra aceitação de moradores do bairro de Lourdes para estabelecimentos gastronômicos
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ALINE GONÇALVES MARCELO ALMEIDA
Abrir a porta de casa e caminhar pouquíssimos quarteirões até chegar ao restaurante predileto. Encontrar os amigos e tomar uma cervejinha sem preocupação em ter de esperar táxi por horas. Quem mora em Lourdes, um dos bairros mais valorizados da região Centro-Sul de BH, sabe como é essa rotina, mas também reconhece que ela pode trazer desconfortos. Para tentar comparar os prós e contras de viver em uma área afamada por estabelecimentos de excelência, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-MG) realizou uma pesquisa inédita e o resultado surpreendeu: 85% dos entrevistados, moradores do bairro, consideram positivo ter bares e restaurantes perto de casa. “Tomamos a iniciativa de ouvi-los porque sempre somos questionados em relação à per-
manência desses locais e precisávamos entender o que as pessoas realmente acham. Usamos métodos legais e leais, ajudados por empresas respeitadas”, diz o diretor da Abrasel, Fernando Júnior. O estudo utilizou duas metodologias: qualitativa (entrevistas individuais em domicílio) e quantitativa (questionários semiestruturados). Uma equipe foi a campo entre os dias 27 de junho e 5 de julho e ouviu 206 pessoas. Segundo o levantamento, os principais motivos apontados por quem tem uma visão positiva dizem respeito à possibilidade de não precisarem enfrentar trânsito ou dirigirem após ingerir bebida alcoólica Os que são contra citam o barulho. O estudo teve desenvolvimento da Loggia e trabalho de campo da Expertise. “Sou frequentadora assídua dos estabelecimentos do Lourdes. Vou por causa da comodidade e porque gosto de tomar uma cerveja deixando o carro na garagem”, diz a universitária Ale-
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Alexandre Rezende
Fernando Júnior, diretor da Abrasel-MG: “Sempre fomos questionados em relação à permanência desses estabelecimentos e precisávamos entender o que as pessoas que lá vivem realmente acham”
ENTENDA A PESQUISA Veja alguns detalhes do estudo sobre o que pensam os moradores do bairro de Lourdes a respeito dos bares e restaurantes da região FASE QUALITATIVA: 6 PESSOAS OUVIDAS Foram entrevistados uma juíza, um sociólogo, um empresário, um designer, um aposentado e uma consultora. O aposentado foi contra os bares, a consultora mostrou-se indiferente e os demais, favoráveis. Pais que têm filhos ainda morando em casa mostraram-se tranquilos ao saber que estão nos estabelecimentos da região e que não usarão o carro se beberem
FASE QUANTITATIVA: 200 pessoas ouvidas (109 mulheres e 91 homens)
PONTOS POSITIVOS APONTADOS
8% 23%
35% 26%
Diversas opções de entretenimento e o bairro fica “animado” Proximidade de casa e ausência de riscos com a Lei Seca Ponto de encontro de pessoas bonitas, amigos e propício para fazer novas amizades Diversas opções de alimentação, produtos e serviços de qualidade 2/3 dos entrevistados consideram a movimentação um ponto positivo, pois melhora a segurança do bairro, uma vez que as ruas estão iluminadas, com a presença de manobristas e blitze de trânsito
15% 85%
PONTOS NEGATIVOS APONTADOS
mostraram-se favoráveis aos bares e restaurantes
mostraram-se desfavoráveis aos bares e restaurantes
Poluição sonora
5% 9%
Bagunça Aglomeração
86%
Realizada entre 27 de junho e 5 de julho, 206 pessoas ouvidas no total (todas acima de 18 anos e moradoras do bairro há mais de cinco anos)
ne Salviano. Durante os almoços, ela ganha companhia da mãe, com quem divide apartamento na rua Álvares Cabral, há nove anos. “Nossa casa anterior (no Alípio de Melo, região Noroeste) foi assaltada e decidimos nos mudar. Os estabelecimentos ajudam a manter o ambiente seguro”, diz. Segundo a Abrasel, a variedade é outro atrativo, já que há cerca de 60 estabelecimentos na região. Nascida no bairro, a fisioterapeuta Carolina Saliba aproveita os locais com amigos e familiares – ela costuma ir se manalmente. “Gosto por causa do atendimento que é muito bom”, diz ela, que também mora na rua Álvares Cabral. O diretor da Abrasel-MG, Fernando Júnior, acredita que a relação entre clientes e empreendedores tem melhorado. “A maior lei que existe é oferta e procura. Se criam em Lourdes é porque há público. Fizemos um acordo com os moradores e tem sido cumprido”, diz. O acordo a que ele se refere foi realizado em 2011 entre a Associação dos Moradores da Praça Marília de Dirceu e Adjacências e definiu que os bares e restaurantes retirem as mesas das calçadas a partir das 23h30, nos dias de semana, e à 1h, às sextas, sábados e vésperas de feriado. “As reclamações diminuíram muito. Tínhamos, em média, 80 solicitações mensais para fazer cumprir a Lei do Si lêncio no bairro. Hoje, com o acordo, são apenas dez ou 12 reclamações”, explica o presidente da Amalou, Jefferson Rios. O empresário Alfredo Gordon, dono de um apartamento na rua Bárbara Heliodora, ressalta que os bares geram até pouco transtorno, mas são os fre quentadores com motos e carros com descargas abertas os responsáveis pelo barulho. “E reclamar não adianta nada. A fiscalização ainda é falha”, diz. A Pre feitura de BH, por sua vez, informa que são feitas fiscalizações periódicas. Em 2013, foram registradas mais de 7 mil reclamações pelo telefone 156. Das 5 mil vistorias realizadas, 521 autuações foram geradas. Mas, como educar costuma ser o método mais eficiente, Fernando garante que a Abrasel continuará agindo. “A pesquisa nos ajuda a entender melhor o bairro. Sabemos que ainda ocorre barulho, mas continuaremos desenvolvendo campanhas sobre isso.” z SETEMBRO DE 2014
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ESPECIAL GASTRÔ | O MELHOR DA CIDADE 2014
Eles são os Em festa na Serraria Souza Pinto, vencedores da 12ª edição de Encontro Gastrô – O Melhor da Cidade 2014 comemoraram os títulos. Publicação elegeu os 38 melhores estabelecimentos e profissionais, escolhidos por 50 jurados e votação popular
No topo: os melhores do setor gastronômico em 2014 foram anunciados durante evento, realizado na Serraria Souza Pinto
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os campeões
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especial gastrô | o melhor da cidade 2014 Vencedores da Encontro Gastrô 2014 Todos os premiados na edição, por áreas e categorias
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Grande noite da gastronomia em Minas
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De cafezinho com pão de queijo a pratos com ingredientes locais e técnicas refinadas, Minas Gerais se consolida, a cada dia, como uma potencial região gastronômica no país. Reconhecer, premiar e estimular o setor são alguns dos objetivos da Encontrô Gastrô – O Melhor da Cidade, publicação da revista Encontro e Diários Associados, que pela 12ª vez condecorou estabelecimentos e profissionais. “A cada ano, o prêmio está maior e melhor, o que significa que o evento e a revista caíram no gosto do mineiro”, diz o diretor-presidente dos Diários Associados, Álvaro Teixeira da Costa. A festa na qual foram revelados os eleitos foi realizada na Serraria Souza Pinto, no dia 26 de agosto, e teve mais de 1.500 convidados. Os grandes vencedores foram escolhidos por um júri com 50 formadores de opinião e internautas. A votação foi dividida em três grandes categorias: Lanches e Guloseimas, Diversão e Restaurantes. Essa última ainda conta com três setores: Sabores Regionais, Boa Mesa e Alta Gastronomia. Foram entregues 38 placas aos mais votados, além
de uma de chef hors concours a Ivo Faria, do restaurante Vechhio Sogno - eleito como Melhor Chef por cinco vezes, entre 2005 e 2009, ele não compete com os demais (tal critério só existe para profissionais). Pelo quarto ano consecutivo, o restaurante Taste-Vin, comandado pelo chef Rodrigo Fonseca, foi o grande premiado, sendo eleito o Melhor Restaurante de BH. A casa ainda venceu como Melhor Francês e Melhor Carta de Vinhos. Por fim, Denis Marconi, que há 12 anos trabalha no estabelecimento, consagrou-se Melhor Sommelier pela quinta vez consecutiva, tornando-se também hors concours. “Não trabalhamos com o foco de ser o melhor, mas com dedicação e empenho buscando fazer com qualidade”, disse Rodrigo Fonseca. “Acho que o meu segredo é escolher o vinho de acordo com o que o cliente quer, e não o mais caro”, explicou Marconi. Uma das surpresas da premiação, o chef Leonardo Paixão, do Glouton, faturou um título que desde 2010 também estava nas mãos de Fonseca: o de Melhor Chef. A casa que comanda ainda foi eleita Melhor Cozi-
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O governador de Minas Gerais Alberto Pinto Coelho entrega a placa de Melhor Restaurante de BH para o chef Rodrigo Fonseca, do Taste-Vin: estabelecimento conquista título pela quarta vez, e ainda faturou como Melhor Francês e Melhor Carta de Vinhos. Na foto ainda estão Thomaz Fonseca, Laura Motta, Simone Motta, Ana Luiza Castro e Maria Fernanda Castro
nha Contemporânea. “Parece que foi tudo rápido (o restaurante tem menos de dois anos), mas consegui o posto de melhor chef porque respiro cozinha, passo 80 horas por semana nela e amo isso”, disse. O governador de Minas Gerais, Alberto Pinto Coelho, reforçou que o setor gastronômico é ponto turístico de interesse no Esta-
do. “Essa iniciativa da revista Encontro e dos Diários Associados é muito louvável e traz como consequência o aprimoramento da nossa gastronomia, que já é muito apreciada”, explicou. “O que a revista mostra como melhor, é realmente o que temos de melhor: é quase uma bíblia”, disse o vice-prefeito de BH, Délio Malheiros, que o acompanhava. z
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especial gastrô | PREMIAÇÃO
Consagração e glamour Do palco, a apresentadora Laura Lima conduziu a cerimônia que revelou os melhores do ano por Encontro Gastrô- O Melhor da Cidade 2014. O ex-ministro e ex-prefeito de BH, Pimenta da Veiga, entregou os prêmios da categoria Lanches e Guloseimas. O Verdemar fez bonito e levou para casa o título de Melhor Padaria. “Lutamos para ter tudo fresquinho, e é um prazer enorme ver o reconhecimento”, disse o superintendente industrial da empresa, Edward Soares. Os vencedores na seção Diversão receberam a homenagem das mãos de Rodrigo Cabaleiro, gerente regional de marketing da Ambev. O Dorival Bar e Parrilla faturou como Melhor Bar/Botequim, e duas casas do chamado Circuito do Rock, gerenciado por três sócios, ficaram no alto do pódio em Pra Dançar e Pra Paquerar: Circus Rock Bar e Jack Rock Bar. “Ano passado ficamos perto, mas não conseguimos. Agora, a felicidade veio em dobro”, disse o empresário Gustavo Jacob.
O diretor-executivo dos Diários Associados, Geraldo Teixeira da Costa Neto, entregou os prêmios da seção Boa Mesa, mesma função que coube ao diretor da Revista Encontro, André Lamounier, na seleção dos Sabores Regionais. Como o de Melhor Cantina/Província, venceu a Província di Salerno. “Nunca pude vir à festa, porque sempre viajo para a Itália. Desta vez, vim e ganhei”, disse o chef Remo Peluso. O diretor-presidente dos Diários Associados, Álvaro Teixeira da Costa, entregou as placas aos melhores da Alta Gastronomia. Por fim, os profissionais agraciados receberam os títulos do governador Alberto Pinto Coelho e ainda levaram de presente uma máquina multibebidas Tres, do grupo Três Corações. “Esta vitória não é só minha: é de toda equipe”, disse, emocionado, o Chef Revelação, Simone Biondi, do restaurante Est! Est!! Est!!!.
André Lamounier, Remo Peluso e Marcello Peluso
Fernando Areco e Álvaro Teixeira da Costa
Gustavo Jacob, Rodrigo Cabaleiro e Carlos Velloso
Geraldo Teixeira da Costa Neto e Pedro Martins
Cynthia Géo e Pimenta da Veiga
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Fotos: Samuel Gê e Eugênio Gurgel
Philippe Watel, Alberto Pinto Coelho e Silvana Watel
Geraldo Teixeira da Costa Neto e Edmar Roque
Robson Freitas
André Lamounier e Nelsa Trombino
Alberto Pinto Coelho e Ivo Faria
Leonardo Paixão
Simone Biondi
Denis Marconi
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especial gastrô | O EVENTO
Celebração concorrida Prestigiada por autoridades e convidados de diversos segmentos da sociedade, a festa contou com diferentes espaços e sabores. Enquanto experimentavam um dos itens do Buffet Célia Soutto Mayor, com destaque para os canapés preparados com pães Vale do Sol, ou do espaço Padaria Artesanal Verdemar, era possível provar espumantes e vinhos da Rio Sol, cervejas Bohemia ou drinques preparados por profissionais do Senac – feitos com cachaça Salinas. Em área montada pelo Shopping Boulevard, havia quitutes, como algodão doce e pipoca. O jantar ainda trouxe massas da Forno de Minas e, para finalizar, era possível degustar os doces do Rullus Buffet.
Estande da Padaria Verdemar
Tânia Salles e Georges Perona Daniel Malard e Christiane Procópio
Délio Malheiros e Mário Neves
Geraldo Teixeira da Costa Neto, Mario Valadares, Álvaro Teixeira da Costa e Guilherme Machado
Adori Garcia e Rodrigo Ferraz Fotos: Cláudio Cunha, Dudu'as Profeta, Eugênio Gurgel, Geraldo Goulart, Renata Caldeira e Samuel Gê
172 |Encontro
setembro de 2014
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Lucas Couto e Lucas Fonda Angélica Bernardes, Wânia Caparelli, Cláudia Bernardes e Cristiane Bernardes
Laila Faria e Ana Clara Mourthe
Álvaro Teixeira da Costa, Pimenta da Veiga e Alberto Pinto Coelho
Nadim Donato e Renata Donato
Olavo Laucas e Tatiana Laucas
Anely Bispo e Marana Bispo
Renata Vilhena e Luiz Antônio Athayde
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especial gastrô | O EVENTO Fotos: Cláudio Cunha, Dudu'as Profeta, Eugênio Gurgel, Geraldo Goulart, Renata Caldeira e Samuel Gê
Entrega de kits Gastrô
Ana Luiza Kennedy e Anna Carolina Braun
Estande da HappyCall
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NA SOCIEDADE | HELVÉCIO CARLOS hcarlos@editoraencontro.com.br
DE NOVO, ENTRE OS MELHORES Pela segunda vez consecutiva, o escritório Silva Freire Advogados está na lista das 250 pequenas e médias empresas que mais cresceram no país, ocupando o primeiro lugar entre todos os escritórios de advocacia no Brasil. Entre empresas de BH, está em terceiro lugar no ranking, atrás apenas da Forno
de Minas e da Conartes Construtora. “Temos um crescimento contínuo desde 2010, fato considerado raro quando se leva em conta o pequeno crescimento de nossa economia no mesmo período”, comemora Glenda Silva Freire, que ao lado dos irmãos Luis Felipe Silva Freire (dir.) e Henrique Silva Freire (esq.) está à fren-
te do escritório, fundado pelo pai, Geraldo Magela Silva Freire. “Esse crescimento foi alcançado, em parte, pelos resultados da área private do escritório, já que temos metodologia única e exclusiva para lidar com grandes ações (aquelas com valores que ultrapassam R$ 1 milhão), algo inédito no Brasil”, diz a advogada. Eiji Matsunaga/Divulgação
Lee Clower/Divulgação
NASCE UMA ESTRELA Filha de um brasileiro, Rodrigo Alvares Nardoni, de BH, e de uma bielo-russa, Elena Nikolaevna Karpouchenka Malishevskaya, de Minsk, a menina Naya Silva, de 9 anos, tem DNA ideal para o mundo da moda. Ou não estão brasileiras e russas no topo da cadeia desse universo? Brincadeira ou não, fato é que a garota vem chamando a atenção em Nova York, onde mora com os pais. Depois de participar de editorial na revista italiana Vogue Bambine, Naya pode ser vista na campanha mais recente da H&M, uma das marcas de fast fashion mais importantes. Gisele Bündchen, por sinal, fez parte do hall de modelos que transformaram as campanhas da marca em grande sucesso.
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SETEMBRO DE 2014
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DE LONDRES A DUBLIN
SONHO DE MENINA
Flávio Verdolin de Araújo e Isabella Gasbarro Araújo, Nelson Alvarenga e Roberta Correa, Ana Cristina Pimenta e Luiz Flávio Valle Bastos retornaram de cruzeiro entre Londres e Dublin. Voltaram encantados com Edimburg, na Escócia, mesmo com a cidade cheia de turistas acompanhando festival de música. Roberta e Nel-
Como a maioria de suas amigas, Gabriela Santos Soares sempre pensou no dia da comemoração de seus 15 anos, com valsa e todos os detalhes de uma tradicional festa de debutante. “Ela é romântica e sempre imagina o dia em que dançará com o pai”, conta a mãe da menina, Patrícia Avelar dos Santos. Ela e o marido, Cyro Cruz Soares, prometem realizar o sonho da filha transformando a noite em data inesquecível. A valsa será tradicional, com o pai; os avós, Afonso Santos e José de Abreu Soares; o padrinho de batismo, Bruno Avelar Santos, e de consagração, José Carlos Neves, além de cinco primos e cinco amigos. O encontro está marcado para 27 de setembro, no Ilustríssimo.
son Alvarenga são apaixonados por cruzeiros, mas anteciparam o retorno por outra paixão. A fi lha do casal, que ficou em Belo Horizonte, não abriu mão de comemorar o aniversário da mãe no dia exato, pouco antes do fim da viagem de navio. Pediu para voltarem antes. Roberta atendeu ao pedido tão carinhoso e teve a certeza de ter recebido seu melhor presente.
Mariel Pelli/Divulgação
Arquivo pessoal Arquidiocese de BH/Divulgação
EMOÇÃO REAL Acostumado com o movimento de romeiros de todo o estado, o Santuário Nossa Senhora da Piedade recebeu visita do príncipe herdeiro do trono imperial brasileiro, dom Bertrand de Orleans e Bragança. Apreciador da arte sacra, católico e muito devoto, ele quis ver de perto a imagem do século 18 de Nossa Senhora da Piedade, de Aleijadinho, em fase de restauração, em ateliê montado no santuário. Emocionado diante da padroeira de Minas Gerais, dom Bertrand guardou silêncio e fez preces ajoelhado diante da imagem. O príncipe, encantado também com as belezas da paisagem, aproveitou para conhecer as delícias da culinária mineira como o queijo Frei Rosário e os biscoitos produzidos no local. Em outubro, a imagem de Nossa Senhora da Piedade será devolvida ao altar da Ermida da Padroeira, completamente restaurada. A capela também passa por obras de revitalização.
ON THE ROAD SOBRE DUAS RODAS Depois de três meses debruçados em mapas e de olho no serviço de meteorologia, os casais Marcelo Gaio e Hilma Nogueira da Gama Gaio; Jane Sousa Lima e Flávio Almeida de Lima, além de César Eduardo Dias Costa, seguiram para uma viagem, no mínimo, emocionante. A bordo de suas Harleys, seguiram para o deserto do Atacama. De acordo com o planejamento, o percurso diário, sempre durante o dia, será de 700 km. “Nos últimos meses estudamos condições das estradas, localização de postos de abastecimento, além da preparação das motos e documentação. Os hotéis já estão reservados também”, conta Hilma, que, ao lado do marido, já está acostumada a esse tipo de aventura. SETEMBRO DE 2014
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SOCIEDADE
Marcelo Terto, Roney Torres, Gustavo Machado, Jaime Villela, Rúsvel Beltrame, Marco Antônio Romanelli e João Lúcio Pinto
Posse Marcelo Terto e Telmo Lemos Filho
Com o auditório da OAB/MG completamente tomado, a nova diretoria da Associação dos Procuradores do Estado de Minas Gerais, a APEMINAS, tomou posse formalmente no último dia 4 de setembro, em solenidade na sede da Ordem dos Advogados do Brasil, em Belo Horizonte. A entidade será dirigida no próximo biênio (2014/2016), pelo procurador do Estado, Gustavo Chaves Carreira Machado. Autoridades dos três poderes e da advocacia estiveram presentes ao evento. Fotos: Dudua’s Profeta.
Luiz Cláudio Chaves, Gustavo Chaves Carreira Machado e Patrus Ananias
João Lúcio Pinto, Marco Antônio Romanelli e Roney Torres
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Daniel Cabaleiro, Gustavo Chaves Carreira Machado e Jaime Villela
Jaime Villela, Gustavo Chaves Carreira Machado e Luiz Cláudio Chaves
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João Lúcio Pinto, Marcelo Terto e Alberto Magno Mendes
Karina Lara e Wendell de Moura Tonidandel
Marcelo de Castro, Danilo de Castro, Caio Pereira e Ivan Luduvice
Adriano Dutra, Gilvan de Pinho Tavares e Jaime Villela
Cássio Malta Scuccato, Guilherme Cruz, Helena Delamônica, Sérgio Murilo Braga e José Agostinho Rocha
Renan, Maria Elisa, Mário Lúcio, Fernanda, Pedro, Gustavo Carreira Machado e Clarice Castro
Barbara Brandão e Yonne Curio
João Lúcio Pinto, Daniel Bueno Cateb, Leonardo Vidigal e Marconi Bastos Saldanha
Gustavo Chaves Carreira Machado e Gustavo Enoque
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SOCIEDADE
Antes de abrir as portas do restaurante Tokyo Sushi para os clientes, Flávio Bibiano e Fabiano, da dupla César Menotti & Fabiano, receberam 80 convidados no novo estabelecimento, na região da Pampulha. “Focamos na culinária japonesa em geral e em um ambiente aconchegante, onde a pessoa pode passar horas se divertindo”, disse Fabiano. O projeto arquitetônico da casa é de Marcus Harada e Adriana Coelho. E a cozinha fica sob o comando do sushiman Luciano Rocha, que mostrou algumas delícias na festa de inauguração. Fotos: Renata Caldeira
LF/Mercado
Inauguração na Pampulha
Flávio Bibiano e Fabiano
Karen Bibiano, Flávio Bibiano, Fabiano e Marília Gabriela Ferreira
Fabiano, Carlos Bibiano, Flávio Bibiano e Luciano Rocha
Giba Lara, Dayse Andrade e Carlos Bibiano
Ana Carolina Tiusa, Allan Ferreira e André Paulani
Fábio Lacerda, Simone Lacerda, Theo Menotti, César Menotti, Karen Bibiano, Flávio Bibiano, Marília Gabriela Ferreira e Fabiano
César Menotti, Fábio Lacerda, Elsi Silva e Fabiano
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LF/Mercado
Feijão Solidário e Feliz Boa música, gente bonita e a deliciosa feijoada mineira Participe e contribua com a Jornada Solidária do Estado de Minas, programa social dos Diários Associados, que em 50 anos de atuação já beneficiou mais de 2,5 milhões de crianças e 10 mil instituições. Compre sua camiseta-convite e venha se divertir, em 2013 mais de 300 pessoas lotaram o Espaço Meet de alegria e solidariedade. • Dia: 21 de setembro de 2014 • Horário: das 13h às 18h • Local: Espaço Meet Porcão - Av. Raja Gabaglia, 2.671 - São Bento • Convite: R$ 180,00 Patrocínio:
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SOCIEDADE
Boda A servidora pública federal Paula Gontijo, filha de Paulo e Liliane Gontijo, e o advogado Rafael Lage, filho de Luiz Flávio Guerra Lage e Fátima Angelini e sócio do promissor escritório Lage & Portilho Jardim, casaram-se no último dia 2 de agosto. A cerimônia ocorreu na tradicional igreja de Lourdes e a recepção, no novo salão do Minas Tênis Clube I. Ao som dos Beatles e de música sertaneja, a festa invadiu a madrugada. No dia seguinte, os noivos seguiram para lua de mel nas Ilhas Maldivas. Fotos: Dudua’s Profeta.
Paula Grossi Fernandes Gontijo de Oliveira Lage e Rafael de Oliveira Lage
Luiz Flávio Guerra Lage, Fátima Angelini de Oliveira, Liliane Grossi Fernandes Gontijo e Paulo Gustavo Machado Gontijo
Daniel Jardim e Sharla Jardim
Paula e Rafael cercados pelas daminhas e pajem
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Gustavo e Fernanda Grossi Fernandes Gontijo
Jacqueline Amédée Perét e Jaqueline Grossi Fernandes Carvalho
Fábio Martins e Luciana Angelini Lage
Paula Gontijo Lage, Maria Aparecida Grossi Fernandes, Rafael Lage e Conceição Abritta
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SOCIEDADE
Novidade gastronômica O casal Wanderson Costa e Nélia Ferreira acabam de realizar mais um sonho com a abertura de novo restaurante. "Nosso interesse sempre foi pela cozinha italiana e agora conseguimos agregar uma pizzaria ao Saatore, no bairro Palmares. O novo empreendimento, aberto há poucos dias, deve seguir mesma trajetória de sucesso do Saatore de Lourdes, inaugurado há 16 anos, e do Saatore da Pampulha, que funciona há um ano. Fotos: Renata Caldeira.
Raphael Ferreira e Letícia Braga
Nelia Ferreira, Fernanda Ferreira Costa e Wanderson Costa
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Em clima de rock A Festa de 15 anos de Nicolle Moreira, na Casa Tua, produzida pelo cerimonial Happy Eventos, foi inspirada na Premiação World Music AWards 2014. O convite criado pela Pin up em formato de catálogo, onde a garota fez varias produções caprichadas, já remetia aos convidados o tema da festa, para que todos já entrassem no clima. Nicolle era destaque como campeã da edição do premio. Entre as fotos do convite, destaque para o registro de Nicol¬le com Britney Spears durante show da cantora norte¬-americana em Las Vegas. O debut de Nicole foi animado pelos DJ Vítor Sobrinho, MC Naldo, MC Bigode e o baterista Hugo Soares. Nicolle é filha de Adriana Moreira e Márcio Túlio Almeida. Fotos: Dudua’s Profeta.
Miller Castro, Gabriel Mikalael e Francisco Castro
Nicolle Moreira
Márcio Túlio, Maria Fernanda, Nicolle, Adriana, Michelle e Viviam Almeida
Márcio Túlio de Almeida, Alcimar Souza, Bruno Ribeiro e Giliard Soares
Adriana Moreira e Márcio Túlio de Almeida
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Isabela Victor, Marcela Giannetti, Carolina Espada, Michelle Almeida e Isadora Araújo
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Mirtha Fleitts e Carolina Fleitts
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SOCIEDADE
Abhinay Khowala, Ashok Tomar (embaixador da Índia), Élson de Barros Gomes Jr. e Leonardo Ananda Gomes
Jantar indiano Dois anos depois de assumir a Embaixada da Índia no Brasil, o embaixador Askoh Tomar está de volta a sua terra natal para assumir novo posto no governo indiano. Antes de deixar o Brasil, porém, ele foi recebido pelo cônsul da Índia em Minas Gerais, Elson de Barros Soares Júnior, com jantar de despedida. O encontro, no condomínio Ouro Velho, reuniu representantes dos governos brasileiro e indiano. Fotos: Renata Caldeira.
Maria Celeste Guimarães e José Marcos Vieira
Renata Vilhena, Lucas Patrus e Marcela Patrus
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Fernanda Machado e Brenna Gomes
Ana Flávia Patrus e Breno Patrus
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SOCIEDADE
Amor de primas Amanda e Laura são primas com pouca diferença de idade, apenas 20 dias. E a amizade é longa, perdura há 15 anos. Por isso, as garotas decidiram comemorar o aniversário em conjunto no Automóvel Clube. Na hora da valsa, elas se revezaram dançando com os pais, os avós, os padrinhos. Cada uma dançou ainda com os melhores cinco amigos. A surpresa maior veio para as meninas com os anéis de brilhantes oferecidos de presente pelos pais. Amanda é filha de Fernando Meira Ribeiro Dias e Andrea Miranda da Rocha Dias. Laura, de Luiz Claudio Miranda Rocha e Carla Cadaval Rocha. Fotos: Eugênio Gurgel.
Amanda Dias, Laura Miranda e familiares
Camila Mendes e Julia Rennó
Vanessa Tavares, Carolina Gama e Júlia Peron
Rebeca Drummond e Camila Paiva Lucas Kallil, João Lucas, Guilherme Amaral e Henrique Martins
Célia Lopez e Geovana Maurício
Isa Amaral e Vitória Cunha
Larissa e Luiza Colares
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SOCIEDADE
Primeiro aniversário Com o tema Jardim das Borboletas, Gislaine Rodrigues Ferreira, apresentadora do Tempo, da Rede Globo Minas, e o empresário Isnard Orlando Fernandes Araújo comemoraram o primeiro aniversário de Fernanda Rodrigues Araújo, filha do casal. Um dos destaques foi o convite, um CD com hinos cristãos, idealizado pela mamãe da aniversariante em parceria com a decoradora Bel Albano. “A primeira música (Aos Olhos do Pai, do Diante do Trono) foi a mesma canção que ouvi no momento do parto”, recorda Gislaine Rodrigues. A lembrancinha da festa foi uma minicalanchoé (flor da felicidade) em um vasinho de louça ocean. Fotos: Léo Araújo.
Gislaine Rodrigues Ferreira, Fernanda Rodrigues Araujo e Isnard Orlando Fernandes Araujo
Artur Almeida e Sara Mourão
Aline Aguiar e Moacir Junior
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Isabella Metzker e Julia Metzker
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SOCIEDADE
Glamour dos anos 1920 A comemoração do aniversário de 15 anos de Beatriz Muzzi foi inspirada no filme The Great Gatsby, que ganhou duas versões para o cinema em 1974 e 2013. Os convidados foram surpreendidos com a recepção ao som de jazz executado pela banda Happy Feet. Na hora da valsa, a aniversariante recebeu do pai, João Muzzi, um anel da Tiffany, joalheria ícone dos anos 1920. Fotos: Dudua’s Profeta.
Bruna Tolentino, Nicole Nunes e Nicolle Moreira
João Muzzi, Beatriz Muzzi e Virginia Muzzi
Isabela Nicolai, Júlia Reis e Nathalia Moraes
Arthur Rohlfs, Pedro Neto e Danilo Milagres
Ricia Moura
Clara Lanza e Laura Cotta
Catarina Fram e Daniel Carvalho
Aline Rocha, Clara Brenck e Gabriela Machado
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SOCIEDADE
Luxo Para marcar o lançamento da coleção Heritage, a Manoel Bernardes ofereceu coquetel na butique Montblanc, que faz parte do Complexo de Luxo da Manoel Bernardes, no piso Mariana do BH Shopping. A coleção resgata os primeiros sucessos e realizações pioneiras da Montblanc, além de homenagear a história da marca. O evento, para convidados, apresentou também lançamentos da Montblanc em artigos em couro. Fotos: Renata Caldeira.
Paulo Bernardes, Marcello Pino, Andréa Bernardes e Alain dos Santos
Ana Paula Carrossi, Mauricio Carvalho e Cida Feitosa
Heloisa Pelluci e Ivani Borges
Alessandra Alkmim e Marco Antonio Gonçalves
Ana Leticia Mattos, Ana Magalhães e Helena Branquinho
Sônia Miranda, Wenderson Souza Lima e Emira Souza Lima
Denise Frasão e Stanley Frasão
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SOCIEDADE
Beleza O empresário Guerra Filho recebeu amigos, clientes e imprensa para o coquetel de inauguração da sua quinta franquia da Adcos Cosmética de Tratamento, no Pátio Savassi. Localizada no 2º piso do mall, a loja, de 43 m2, apresenta todo o portfólio de produtos Adcos, direcionado ao consumidor final, composto por mais de 200 itens, que contemplam cuidados para o corpo e a face. O investimento do empresário se deve também à posição que a Adcos BH ocupa, liderando o primeiro lugar em vendas no ranking nacional da marca desde 2010. Fotos: Alexandre Carvalho.
Ricardo Maeski, Margarete Oliveira e Loiane Andrade
Luciana Rubia, Dialandy Pereira e Erica Rubia
Juliano Melo e Gabriela Valadão
Beatriz Guerra, Pedro Guerra, Catia Guerra, Guerra Filho e Luiza Guerra
Sula Costa, Bruna Chamom, Nilceia Elizabete e Paola Geovani
Anyelle Magnani, Michelle Espirito Santo, Paula Martins e Caroline Alcântara
Maria Lucia Renault, Ingrid Faulstich e Luciane Vilela
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BH NO RITMO DO JAZZ. Mais uma vez a capital mineira foi palco do I Love Jazz. Nos dias 8, 9 e 10 de agosto, o festival reuniu
Eliane Parreiras e filha.
atrações nacionais e internacionais, atraindo uma multidão para a Praça do Papa. E os convidados dos Diários Associados curtiram os shows de pertinho em dois espaços exclusivos: Camarim Clube A e Lounge Guarani Nota Jazz. Dois lugares especiais onde puderam desfrutar de buffet open bar e open food, sorteios, degustação de produtos e muito mais. Tudo isso acompanhado pelo som de um bom jazz.
Taryn, Marcelo Costa e Sol Costa.
Fotos de Marcos Vieira e Fábio Gomes
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Henrique, Letícia e Geraldo Teixeira da Costa Neto.
Alexandre Maciel e Marina Godinho.
Ana Carolina Caetano e Joyce Reis.
Andrea e Rodrigo de Castro.
Bruno Saldanha e Esther Couto.
Cristiano Lopes, Larissa Lopes, Marina Rossi e Paula Araujo.
O No
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Flavia Louzada, Ewerton Vieira e filho.
Izabela Vargas, Leticia Lourenço e Julia Molinar.
Junea Chiai e Juliana Cunha.
Kaka Moreira e Décimo Mazzocato.
Renata Mello e Adriano Bernardes.
Sergio Alexandre e Andreia Zuqui.
Danielle Nunes, Tania Costa e Beatriz Barcelos.
Rádio Oficial:
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ARTIGO | LEILA FERREIRA lferreira@editoraencontro.com.br
Haja paciência Nunca imaginei que iria sentir saudades de uma velha geladeira. Pois aconteceu. Depois de anos convivendo com uma Brastemp, que nunca me desapontou a não ser pelo tamanho modesto, resolvi partir para um modelo maior (e inteligente), segundo o vendedor. Uma geladeira que só faltava falar – até que um dia ela falou. Em sua língua, mas falou. Foi no terceiro dia de nossa convivência, ou seja, em plena lua de mel. Eu tinha acabado de chegar do supermercado e, enquanto guardava os produtos na minha nova Brastemp, um alarme disparou. Um apito insistente, que eu não conseguia descobrir de onde vinha, ou melhor, vinha da geladeira, mas causado por quê? Quanto mais o alarme insistia, mais nervosa eu ficava e mais abria a porta da Brastemp, tentando entender o que estava acontecendo. Até que a ficha caiu: o alarme estava soando justamente porque a porta estava aberta. E aí fiquei sabendo que minha nova Brastemp me dá apenas dois minutos para guardar todas as compras. Depois de dois minutos com a porta aberta, ela perde a paciência e sinaliza de forma veemente que meu tempo acabou. É este o mundo em que vivemos: um lugar onde nem as geladeiras esperam mais. O mundo do instantâneo, do expresso, da vida em aceleração constante, onde não há tempo a perder e onde a paciência acabou virando uma virtude mais ameaçada de extinção do que o mico-leão-dourado. Ninguém suporta mais esperar. Tudo tem de ser “para ontem”, como se participássemos de uma gincana enlouquecida, sem regras e sem critérios, em que a única coisa que importa é correr – e passar por cima de tudo e de todos que ousam ser lentos. Furar filas em aeroportos, bancos ou estacionamentos virou rotina. Interromper as pessoas, idem. Há poucos dias eu estava em uma loja quando uma cliente se aproximou e, sem pedir licença, começou a falar com a vendedora que estava me atendendo, como se eu não existisse. Havia outras vendedoras disponíveis, mas ela queria aquela vendedora, naquele momento, e esperar, esse verbo cada vez menos conjugado, estava fora de cogitação. Assim estamos todos, ou quase todos. No caixa do supermercado, empurramos nossos produtos para que o cliente da frente ande logo. Na fila do restaurante self-service, mesma coisa. Temos vontade de estapear quem se demora mais de três segundos diante de cada opção de prato. E a manicure que para de pintar nossas unhas para conversar com a colega? A pausa não chega a um minuto, mas basta para nos irritar profundamente. O prato que demora no restaurante, o computador que logo hoje resolveu ficar lento, o trânsito que não anda, a massa que não cozinha, a faxineira que não chega, o esmalte que não seca... parece que tudo conspira contra nossa urgência. E nós, que não sabemos (não suportamos) mais esperar, ficamos em estado de irritabilidade permanente. Pensar que pouco tempo atrás esperávamos dias por uma carta e agora aguardar cinco minutos pela resposta de um e-mail nos tira do sério. Um interurbano podia levar quatro horas para ser completado – e a gente esperava. Agora ficamos transtornados porque o sinal do celular cai no
“Vida a dois requer contar até cem várias vezes por dia, e ninguém quer perder tempo”
elevador, atrasando em dez segundos nossa comunicação. O celular, aliás, não pode esperar nunca. Temos de atendê-lo dentro dos aviões, na sala de espera dos médicos, nos velórios e no cinema. Afinal, pode ser algo urgente, como aquela vendedora avisando que a promoção vai começar ou aquele amigo querendo marcar um jogo de tênis. Nem o amor espera mais. A conquista tem de ser instantânea. Demorou? Melhor partir para outra. Deu certo? Agora o desafio é enfrentar os problemas da convivência. Não é à toa que muitos casamentos acabam antes que os convidados da festa acabem de pagar os presentes. Vida a dois requer contar até cem várias vezes por dia, e ninguém quer perder tempo. Talvez seja hora de pisar no freio e exercitar o autocontrole. Possivelmente, o maior desafio de quem busca a tão falada qualidade de vida nos dias de hoje seja o reencontro com a calma que a espera exige, o reaprendizado da paciência. Viver à beira daquele ataque de nervos, pela incapacidade crônica de esperar, nos transforma em pessoas desagradáveis e pouco gentis (o que compromete a qualidade dos nossos relacionamentos) e nos deixa mais próximos das doenças. As geladeiras podem não entender o alcance do que está em jogo. Mas nós, seres humanos, sim. E olhe que não somos nenhuma Brastemp. z *Leila Ferreira é jornalista, escritora e palestrante
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