SUPERAÇÃO: O MENINO QUE SOFRIA COM ATÉ 20 CONVULSÕES DIÁRIAS E GANHOU VIDA NOVA GRAÇAS A MEDICAMENTO DERIVADO DA MACONHA Dezembro de 2014 | Ano XIII | Nº 163
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A VITÓRIA ISSN 1679-0146
DO FUTEBOL
MINEIRO
Equipes bem montadas, estádios modernos, planejamento e liderança. Com essa receita, Atlético e Cruzeiro transformaram o futebol mineiro no melhor e mais emocionante do Brasil
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NESTA EDIÇÃO Rodrigo Mendes/Mineral
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ENTREVISTA Deputado Mário Henrique Caixa fala sobre futebol e política CIDADES Hipercentro de BH fica mais moderno e bonito DESENVOLVIMENTO Aerotrópole abre as portas de Minas para o mundo SAÚDE Quem é o menino que ganhou vida nova com o Canabidiol VELOCIDADE Corridas em carros turbinados viram hobby
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PET Festa também virou moda para os xodós NEGÓCIOS Bandeira MartPlus cede espaço para Epa Plus DEZ PERGUNTAS PARA Diretor da Vivo fala sobre planos da empresa VEÍCULOS Sucesso no Primeiro Mundo, carro elétrico patina no Brasil
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ARTES PLÁSTICAS O espírito sempre inquieto e criativo de Yara Tupynambá CULTURA Circuito da Praça da Liberdade atrai visitantes de todo o país CAPA Times mineiros dão show de bola em campeonatos nacionais e internacionais RÉVEILLON Os melhores lugares para festejar o ano-novo em BH MODA Combine peças sofisticadas com casuais para brilhar nas festas
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NESTA EDIÇÃO
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PRESENTES Especialistas indicam opções para agradar de verdade COMPORTAMENTO Conheça exemplos de pessoas que realizam boas ações de Natal DICAS Roupas, sapatos e acessórios descolados para completar seu look DECORAÇÃO Objetos natalinos para deixar a sua casa mais bonita NOVIDADES Brinquedos e produtos para alegrar o dia a dia de seu pet
COLUNAS 22 24 32 34
NO PODER Em articulação DEU O QUE FALAR “O perigo é a gente começar a acreditar que é mesmo imortal” RETRATOS DA CIDADE E o Villa Rizza, hein? GENTE FINA Talento precoce
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VIDA DIGITAL Entregas colaborativas em 24 horas COLUNA DE DIREÇÃO Mais conteúdo ENCONTRO INDICA Espetáculo infantil NA MESA Apenas cervejas especiais NA SOCIEDADE Papai Noel chegou
Alexandre Rezende
RECEITAS Sugestões dos chefs e bons vinhos para harmonizar com a carne de porco CERVEJAS Especialíssimas, elas são achampanhadas e feitas para brindar SOBREMESAS Doces para dar requinte e água na boca nas festas de fim de ano
ARTIGOS 20 90 226 12 |Encontro
ARISTÓTELES DRUMMOND Cordialidade à prova JOSÉ JOÃO RIBEIRO A odisseia de Nolan LEILA FERREIRA O Havaí era aqui
186 Fotos capa: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press e Alexandre Guzanshe /EM/D.A Press
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CARTA DO EDITOR revistaencontro.com.br
PARA OS
ANDRÉ LAMOUNIER DIRETOR/EDITOR
ATLETICANOS
redacao@revistaencontro.com.br
"Nós somos campeões dos campeões" Todo atleticano que se preze é supersticioso. Tem lá suas manias. Eu não sou diferente. E foi assim que fui ao Mineirão, para ver a final da Copa do Brasil entre o Galão da Massa e o time de azul. Eu estava com o mesmo tênis, o mesmo jeans e, claro, o mesmo manto sagrado de todos os jogos anteriores. Diz-se que no Brasil futebol é religião. Pelo sim, pelo não, antes de o jogo começar, rezei. O Galo entrou em campo. Com ele, não apenas a massa alvinegra. Estavam também torcedores de quase todos os times do Brasil. “Os brasileiros adotaram o Galo”, disse Levir Culpi. Não foi apenas a forma ofensiva de jogar, leve e rápida, que atraiu adesões. Foi também a paixão fanática dessa torcida. As viradas épicas. “Somos o orgulho do esporte nacional.” Começa a partida. O time entra com postura de campeão, altivo. Só dava Galo. “Lutar, lutar, lutar.” E a freguesia? Ixi... – só tremia. A festa era linda. Imagine ver cerca de 2 mil atleticanos calarem juntos (movidos pela vontade e pela fé) outros 40 mil celestes. A superioridade do Galo era patente. Duro era aceitar a deslealdade de Dagoberto. Gente, o que é aquilo?
O cara bate sem dó – e ainda dissimula. E o pobre coitado do Donizete (pura raça) é quem leva a fama. Ainda no primeiro tempo, sai o gol. Tá-tá-tá-tá-Tardelli. Tinha de ser ele. Era justo que o gol fosse do matador, do nosso “Robben melhorado” (para lembrar Fred Melo Paiva). A torcida era só êxtase. “Jogamos com muita raça e amor.” No segundo tempo, o que se via era o Galão em cima, perdendo gol, chutando bola na trave. “Pelos gramados do mundo pra vencer.” Foi um baile no salão de festas. Um desfile de um time que sabe jogar com inteligência – e coração. Fim de jogo. “Honramos o nome de Minas.” Início da festa no salão. Vencemos na casa do rival e depois de todas as manobras (baixas) da diretoria cruzeirense. “Galo forte e vingador.” Foi a quarta vitória consecutiva do Galo sobre o freguês. “Vencer, vencer, vencer.” Lembrei-me de uma das frases célebres (mais uma) de Kalil: “Um freguês tão fiel não é freguês, é cliente”. O triunfo do “Eu acredito” é também o triunfo de todo brasileiro de bem, honesto, que trabalha e luta. “Eu acredito” no Brasil! “Eu acredito” nos brasileiros! “Eu acredito” que os corruptos do petrolão serão punidos! “Eu
a-cre-di-to”. “Esse é o nosso ideal.” Em 2013, o Galo venceu a mais espetacular de todas as Libertadores. Neste ano, o Galo venceu a mais emocionante e competitiva de todas as Copas do Brasil. Há semelhanças entre o Galo de hoje e o Cruzeiro? Sim. São times fortes, organizados, bem dirigidos, técnicos e velozes. A diferença fundamental reside num ponto: o Galo é uma nação que tem alma. “O nosso time é imortal.” Os jogadores têm alma, os dirigentes têm alma e a torcida (ah, essa torcida) é a mais apaixonada do Brasil. Torce com alma e com o coração. “Uma vez até morrer.” Depois do jogo, pelo rádio, ouvi as lamentações dos perdedores: “o calendário é desumano”, “nosso time estava cansado”. Ora essa! Vocês afinaram. O time do Cruzeiro vai entrar para a história: mas como quem tentou mudar o dicionário da língua portuguesa – cansaço não é, nem nunca será, sinônimo de tremedeira. Numa alegria esfusiante (“Vibramos com alegria nas vitórias”), eu e a torcida do Galo cantamos juntos, num só coro, numa só voz: “(Péééén), eu sei que você treme…” P.S.: Ignorem o texto ao lado. Não vale a pena ler.
Diretor-Presidente Álvaro Teixeira da Costa
Diretor-Geral Édison Zenóbio Diretor-Executivo Geraldo Teixeira da Costa Neto Vice-presidente de Josemar Gimenez Negócios Corporativos Rezende Diretor de Publicidade Mário Neves Diretor Jurídico Joaquim de Freitas
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Diretor-Geral/Editor André Lamounier Editoras-Chefes Neide Magalhães Kátia Massimo Editor Adjunto Paulo Paiva Editor Colaborador Fábio Doyle Redação Aline Gonçalves Ana Cláudia Esteves Daniela Costa Geórgea Choucair Marina Dias Rafael Campos
Estagiária de Jornalismo Editor de Arte Subeditor de Arte Equipe de Arte
Amanda Aleixo Edmundo Serra Roger Simões Antônio de Pádua Bruno Schmitz Gustavo Paiva Júnior Oliveira Luciano Garbazza Roney Simões Editor de Fotografia Cláudio Cunha Fotógrafos Eugênio Gurgel
Assistente de Fotografia Estagiária de Fotografia Secretaria de Redação Revisão Gerente Financeira Gerente Administrativa Gerente Comercial Assistente Comercial
Isadora Faria Bruna Sales Nayara Fagundes Lílian de Oliveira Anneth Faria Solange Rabelo Laila Soares Roberta Magalhães
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CARTA DO EDITOR
PARA OS
EDMUNDO SERRA EDITOR DE ARTE
CRUZEIRENSES
eserra@revistaencontro.com.br @revistaencontro.com.br
Constelação de conquistas históricas Sou um cruzeirense nascido em 1971, contrariando a tendência daquele momento, que hoje completa 43 anos do campeonato brasileiro do Atlético Mineiro. Aliás, com exceção da “Taça picolé”, sempre tive a impressão de que foi o ano de surgimento do Atlético, pois, desde a minha infância até 2003, o “mantra chorado” mais usado pelos atleticanos era: sou campeão brasileiro, e vocês? Poderia me valer do extenso e invejável currículo com uma constelação de conquistas das quais poucos foram ou são capazes para rebater, mas prefiro usar o “retrovisor do Fábio” para vê-los a alguns vários anos-luz (e títulos de expressão) de distância. Se bem que nesse caso é necessária uma luneta. Dito isso, prefiro me espelhar na coerência de um respeitado Levir em reconhecer nossa regularidade e superioridade e na serenidade do profissional Marcelo Oliveira em enaltecer os méritos de ambos os lados para, em primeiro lugar, extravasar o orgulho de ser mineiro (o que não se restringe ao futebol) e, então, aproveitar minhas poucas linhas de oportunidade para agradecer à instituição Cruzeiro, que me forjou seu torcedor à base de títulos, não de palavras. Brincadeiras fazem parte do futebol,
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claro. Mas deixo as baboseiras e asneiras sem limites para os que nenhum argumento possuem. Exemplo de respeito herdado de uma família com torcedores de ambos os lados e retratados na quarta-feira, 26 de novembro, exemplarmente pelas duas torcidas. O que visível e coerentemente por alguns é visto como desgaste natural de um time vitorioso acostumado a decisões seguidas, outros tentam, em sonho, passar a ideia de ser “medo”. Respondo: de lá, ainda criança, quando meu amado tio Cubú (capitão Alfredo Serra) me levava ao Mineirão, para cá, vi o quanto trememos. Foram duas Supercopas eliminando sete times argentinos, calando a Bombonera, sob o título de time mais temido da América do Sul, reiterado também com a conquista da Recopa sobre o River Plate após vitória de 3 a 0, no jogo de volta, na Argentina. Vi Sorin sangrando raça comemorar a Sul/Minas. Vi a muralha Dida e Marcelo Ramos fazendo pão de queijo da potência Parmalat (Palmeiras) em pleno Palestra. Isso depois de Grêmio e antes de São Paulo se curvarem ao Cru... zei... rô.. ôô... ôô. Vi um Ronaldo fenômeno de 16 anos empenar o adversário e esperá-lo levantar quase que com dó, para seguir o
Editor de Novas Mídias Editor do site Repórter multimídia Estagiários
Alysson Lisboa Neves João Paulo Martins Fernanda Nazaré Heitor Antônio Marcelo Fraga
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lance e repetir a jocosa cena. Vi a justiça ser feita ao maestro Alex e sua orquestra com o melhor futebol de 2003, coroado com uma das duas únicas Tríplices Coroas do mundo, essa estrelada. Vi – ah se vi – de perto um ano de 2005 e 2006 maravilhoso. E o que dizer de 2011? 6 lembram? Eu vi, eu ri. Quem tremeu? Somos, sim, uma torcida exigente, que grita para torcer, mas também para cobrar, porque estamos mal-acostumados a vitórias. Não é, Rogério? Meu fanático primo/irmão. Saudades dos tempos de Comando Azul. Mas soubemos reconhecer o esforço desse Time de Guerreiros que lutou, na verdade, bem ou mal, consigo mesmo e com uma gestão amadora de calendários e suas respectivas competições. Obrigado, Cruzeiro de Gilvan, pela seriedade e responsabilidade, pela história de glória, pelo Bi-tetra que encantou o país e calou o eixo do privilégio (Rio-São Paulo), reinventando o futebol nacional e despertando a atenção do exterior. Eu estava no Gigante da Pampulha, “tremendo”, e tenho cá minhas dúvidas onde estava, cheio de coragem e convicção, o diretor atleticano de Encontro. Meu único receio agora? Ser demitido. Vamos falar de vôlei? (risos). ❚
TIRAGEM
72.000 EXEMPLARES
TIRAGEM E CIRCULAÇÃO AUDITADA PELA
ENCONTRO É UMA PUBLICAÇÃO MENSAL DA ENCONTRO IMPORTANTE LTDA. BELO HORIZONTE. RUA HAITI, 176, 3° ANDAR - SION 30320-140, BELO HORIZONTE - MG FONE: (31) 2126-8000 EMPRESA FILIADA À
CONFORME RELATÓRIO EM NOSSO PODER.
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FALE COM A ENCONTRO | CARTAS@REVISTAENCONTRO.COM.BR (31) 2126-8000 AS NOVAS LIDERANÇAS (I)
Precisamos mesmo renovar a política e a forma de pensar e atuar. Espero que essa nova geração de políticos consiga, de fato, resgatar a confiança da população nos nossos representantes. Só com ideias novas, compromisso e vontade de fazer vamos conseguir mudar o país. Gabriela Ramos Costa Ibirité/MG
AS NOVAS LIDERANÇAS (II)
Sempre achei Encontro agradável e eventualmente ficava entretido com algumas histórias e temas com os quais me identificava, seja por ser “bem belohorizontino”, seja porque percebia alguma sinergia com o que estava vivendo no trabalho, em casa, etc. Na última edição, li de forma despretenciosa, como sempre faço, mas me deparei com uma revista moderna, agradável, com reportagens interessantes que mexem com a gente. Percebo fortemente a preocupação em colocar os textos, os temas, a diagramação, as histórias, etc. acima da linha mediana que a nossa sociedade vive. Parabéns! Alexandre Guimarães Belo Horizonte/MG
SORRIA, VOCÊ ESTÁ SENDO VIGIADO! (III)
Eu não tenho nada com a bebedeira dos outros. Saio de madrugada, aos sábados, em viagem, já passei por cada uma... paro até em sinal verde. Divertir-se tomando álcool é coisa de gente sem alegria de viver, de fazer, de construir.
SORRIA, VOCÊ ESTÁ SENDO VIGIADO! (I)
Legal, né?! Mas, interessante... por que a polícia nunca pensou nisso para coibir os assaltos nas saídas de bares? Ou para coibir extorsões de “flanelinhas”? Ou para diminuir o roubo de carros? (Aliás, alguém já ouviu falar que algum policial evitou que algum carro fosse roubado, por estar “disfarçado”, em áreas sabidamente de grande incidência destes delitos? Eu não.) Enfim, por que a polícia não pensou em fazer isso para coibir a criminalidade, e não para punir pessoas honestas em pequenas infrações? Marcelo Ferreira Belo Horizonte/MG
SORRIA, VOCÊ ESTÁ SENDO VIGIADO!(II)
Deveria haver uma lei tão linha-dura como a Lei Seca para corruptos.
Luciano Santos Belo Horizonte/MG
Reinaldo Ferreira Tavares Belo Horizonte/MG
SORRIA, VOCÊ ESTÁ SENDO VIGIADO! (IV)
Por que a polícia não é tão efetiva para acabar de uma vez por todas com a venda de carteiras de habilitação? Duvido que um embriagado mate mais no trânsito do que esses “rodas-duras” e os “carteiras-compradas”. Christiano Alves Meireles Belo Horizonte/MG
SHAKE NÃO FAZ MILAGRE
Indico o goji berry com chá verde, em cápsulas. Funcionou muito bem para mim, é um suplemento termogênico que ajuda a queimar as gordurinhas da barriga, é muito bom! Maria Creusa De Oliveira Martins Rio Negro/PR
Fale com a Revista ENCONTRO: Comentários sobre o conteúdo editorial da Encontro, sugestões e críticas a matérias: R. Haiti, 176, 3° andar - Sion - CEP : 30.320-140, Belo Horizonte, MG | E-mail : cartas@revistaencontro.com.br. Cartas e mensagens devem trazer o nome completo e o endereço do autor. Por motivo de espaço ou clareza, elas poderão ser publicadas resumidamente. PARA ANUNCIAR: R. Haiti, 176, 3° andar - Sion - CEP: 30.320-140 - Belo Horizonte, MG | Tel: (31) 2126-8000 | Fax: (31) 2126-8008 RELEASES: redacao@revistaencontro.com.br | Fax: (31) 2126-8781 | ASSINATURAS: Tel: (31) 2126-8770
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ENCONTRO DIGITAL | ROLOU NA REDE Google Earth/Reprodução
CERVEJA FAZ BEM? Segundo nutricionista, tomar um copo americano da bebida por dia pode ajudar a prevenir problemas cardíacos. Leia a matéria na íntegra em: http://goo.gl/UaLgcZ
TERRENO EM DISPUTA A área da Chácara Jardim América, na região Oeste de BH, está gerando discussão entre moradores, que querem preservá-la, e uma construtora. Leia a matéria na íntegra em: http://goo.gl/4ukzqa
"QUEREM FAZER UM SOCIALISMO DE QUINTA CATEGORIA NO BRASIL"
TE ENCONTRO
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O próximo desafio: Encontro Natal. Tire uma foto com o tema, publique no Instagram e compartlhe com a hashtag #encontronatal. Se a sua foto for escolhida, ela será impressa na próxima edição da revista Encontro. Partipe!
O cineasta e jornalista Arnaldo Jabor, em palestra na Associação Mineira de Design, critica o governo de Dilma Rousseff e as denúncias de corrupção. Leia a matéria na íntegra em: http://goo.gl/knjpGX
A foto vencedora do tema #pordosolencontro foi do @carlosdrummond
A partir de agora, as informações sobre os canais digitais de Encontro podem ser acessadas em um único lugar.
AS MATÉRIAS COM MAIOR REPERCUSSÃO NAS REDES SOCIAIS
ENTOS COMPARTILHAM
1,2 mil
Disneylândia da cerveja? Uma cerveja por dia faz bem à saúde, diz nutricionista
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Chácara Jardim América vira disputa entre moradores e construtora
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“Eles querem ter controle da economia, da liberdade de expressão e da máquina pública”
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Multas de trânsito com até 900% de aumento já estão em vigor
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ARTIGO | ARISTÓTELES DRUMMOND adrummond@editoraencontro.com.br
Cordialidade à prova A cordialidade mineira, tão falada e parte de nossa história política, cujas diferenças nunca chegavam a extremos, será colocada à prova nesta primeira troca de poder de um partido para outro. Totalmente oposto e com forte cunho na divergência ideológica. No passado, quando a UDN de Milton Campos passou o Palácio da Liberdade para o PSD de JK, não houve caça às bruxas. O mais respeitado entre os udenistas, Pedro Aleixo, era amigo fraterno dos pessedistas JK e Francisco Negrão de Lima. Nos anos 1980, depois de sucessivos governadores indiretos – como Rondon Pacheco, Aureliano Chaves, Francelino Pereira, todos da UDN, e Francelino, presidente nacional da Arena do regime militar –, o eleito foi Tancredo Neves. E nem os funcionários do Palácio dos Despachos perceberam a mudança. Hélio Garcia, o vice que viria a assumir quando Tancredo se desincompatibilizou, vinha da UDN e da Arena. Respeito e admiração nunca encontraram obstáculo nas diferenças partidárias. Tanto que o grande biógrafo dos udenistas Milton Campos e Bilac Pinto foi o exemplar pessedista Murilo Badaró. Aécio Neves foi o primeiro governante jovem, que chegou à política com o país já democratizado, com pluripartidarismo e uma generosa e abrangente anistia visando à união nacional. Seu avô Tancredo foi eleito no Colégio Eleitoral como nome de consenso nacional, tendo como vice José Sarney, que vinha de presidir o PDS de apoio ao governo militar. O pai, Aécio Cunha, foi um político respeitado e muito estimado por todos. Vinha do antigo PR de seu pai, Tristão da Cunha, e foi da Arena e do PDS. Em 1986, foi companheiro de chapa de Itamar Franco, derrotados por Newton Cardoso. Por isso, foi com naturalidade que Aécio Neves integrou seu primeiro mandato com o prefeito do PT e hoje governador eleito Fernando Pimentel e formaram uma frente única para a eleição de Marcio Lacerda, numa união que beneficiou o povo da capital. Faz e fez política de resultados para o estado, coerente com a maneira mineira. Pesquisas feitas na recente eleição chegaram a apontar que parte do eleitorado julgava que Aécio e Pimentel estavam juntos na eleição, agravado pela confusão com o nome do candidato tucano, Pimenta da Veiga. Detalhes de uma campanha eleitoral. Agora, o governador eleito, Fernando Pimentel, numa entrevista à imprensa, lembrou suas boas relações com o senador que concorreu contra sua amiga e correligionária no pleito presidencial. Tudo indica que Minas se encaminhará mais para o trabalho e menos para a política menor das retaliações. E o governador, certamente, terá de usar da sua autoridade para conter ímpetos de aparelhamento de parte de seus correligionários. Para isso, conta com os aliados do PMDB e do PR, que possuem bons quadros e experiência administrativa. O Estado precisa consolidar um processo de modernização de sua economia, com a agricultura diversificada, a industrialização em quase todos os seus quadrantes, fugindo da dependência da mineração e da siderurgia, sujeitas a alterações ao sabor dos humores da economia. E
“Aécio Neves foi o primeiro governante jovem, que chegou à política com o país já democratizado, com pluripartidarismo e uma generosa e abrangente anistia visando à união nacional”
os trabalhos de busca de reservas atrativas de gás natural chegam a um ponto bem próximo da avaliação final de seu potencial. Tensões na área política, institucional ou no meio rural só podem prejudicar a marcha para o progresso que não deve ser interrompida. Os prefeitos serão os primeiros a sentirem o ambiente de colaboração com o governo estadual. Alguns já se manifestaram, lembrando a experiência positiva vivida pelo governador eleito quando prefeito da capital. O importante é que a paz, a ordem e o crescimento unam as forças vivas da mineiridade, sejam elas políticas, empresariais, sindicais ou intelectuais. O retrocesso na economia pune primeiro os menos favorecidos, que supostamente são os alvos das melhores intenções do governo que se iniciará no dia 1º de janeiro. ❚
*Aristóteles Drummond é jornalista e escreve bimestralmente na Encontro
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NO PODER | BERTHA MAAKAROUN bmaakaroun@editoraencontro.com.br
AMIZADE BRASIL-ITÁLIA O governo italiano acaba de condecorar José Eduardo de Lima Pereira, presidente da Casa Fiat de Cultura, por seu destaque na promoção das relações de amizade e colaboração entre Brasil e Itália. Ele recebeu a condecoração de Ufficiale della Stela d’Italia das mãos do ministro da embaixada italiana no Brasil, Filippo La Rosa. Antes conhecida como Stella della Solidariettà Italiana, a Ordine della Stella d’Italia foi criada após a Segunda Guerra Mundial, em reconhecimento aos italianos no exterior ou estrangeiros que contribuíram para a reconstrução da Itália.
EM ARTICULAÇÃO 1 O vice-governador eleito, Antônio Andrade (PMDB), está à frente das articulações junto à Assembleia Legislativa para a formação da base de sustentação do governo Fernando Pimentel (PT). “Só não conversamos com o PSDB, o PP e Democratas, que integram o núcleo da administração de Alberto Pinto Coelho (PP)”, afirma ele, que pretende consolidar uma base de 55 parlamentares. “Serão dois blocos de deputados em apoio ao governo: o da coligação, formado pelo PT, PMDB, PROS, PCdoB e PRB; e o independente, que tem à frente o PSD e conta com PV, PDT e PR, além das outras legendas pequenas”, afirma. Essas siglas estão hoje na base do governo mineiro e do governo federal. O líder do governo na Casa será o deputado estadual Durval Ângelo e no comando da oposição estarão João Leite (PSDB) e Gustavo Corrêa (DEM). Wallace Martins/CB D.A. Press
Eugênio Gurgel
EM ARTICULAÇÃO 2 Antônio Andrade também articula a eleição da Mesa Diretora da Assembleia da próxima legislatura. Os deputados Adalclever Lopes (PMDB) e Paulo Guedes (PT) são os dois nomes indicados pelo PMDB e pelo PT para a presidência. O acordo entre as duas principais legendas de sustentação ao novo governo é de revezamento nos dois principais cargos da Mesa: a presidência, que faz a pauta e dirige; e a primeira-secretária, que administra e cuida do orçamento legislativo de R$ 1 bilhão ao ano. Não há consenso, contudo, em relação a quem será o presidente primeiro.
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ÁGUA PELO RALO Em meio à crise hídrica brasileira, o professor do Departamento de Engenharia Sanitária da Universidade Federal de Minas Gerais Leo Heller, de 59 anos, assume este mês, na Organização das Nações Unidas (ONU), a relatoria para o Direito à Água e Saneamento, por um mandato de três anos. Heller substitui a portuguesa Catarina Albuquerque no papel de “fiscalizar” os recursos hídricos e o seu uso no mundo. Das autoridades brasileiras, o especialista cobra planejamento. Da população, ele considera fundamental a mudança de cultura e comportamento. Velhas práticas como “lavar” o passeio ainda são frequentes. A troca dos equipamentos domésticos para evitar as perdas no sistema de distribuição de água é também medida necessária, considera ele. O desperdício de água no país varia de 323 a 452 litros a cada ligação por dia, segundo o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS).
Paulo Filgueiras/D.A. Press
EDUCAÇÃO NA TRANSIÇÃO Marco Antônio Rezende Teixeira (E) e Helvécio Magalhães (D), que representam o governo Fernando Pimentel (PT) na comissão de transição, já têm o caminho legal para evitar os transtornos decorrentes da Lei 100/2007. Considerada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF), vence em abril de 2015 o prazo para que o governo de Minas exonere do quadro de servidores da educação os 98 mil designados efetivados pela lei. “Os professores que terão de sair em abril poderão ser designados, de tal forma que não haverá prejuízo à continuidade das aulas”, explica Helvécio Magalhães. O governo eleito também tem uma agenda no Supremo Tribunal Federal (STF), que ainda não julgou os embargos declaratórios propostos pela Advocacia Geral do Estado e pelo Sindicato dos Professores. Esses embargos pedem para que sejam modificadas as modulações de efeitos. Se o prazo para o desligamento desses professores, em abril do ano que vem, for estendido por cinco anos, estima-se que 70% dos efetivados terão se aposentado. Paulo Filgueiras/D.A. Press
TROCA NO COMANDO Há mais de dois anos trabalhando a sua base de apoio na Câmara Municipal de Belo Horizonte, o vice-presidente Wellington Magalhães (PTN) entra em vantagem na briga pela presidência da Mesa, no próximo dia 12. Além do apoio do prefeito Marcio Lacerda (PSB) e de seu líder Preto (DEM), Magalhães fechou o mês passado com a promessa de adesão de 26 dos 41 vereadores. Na última eleição na Casa, o atual presidente, Leo Burguês (PTdoB), venceu uma disputa apertada com apenas 21 votos. Para enfrentar Magalhães, as bancadas do PT e do PCdoB lançaram o vereador Juninho Paim (PT), que, em seu primeiro mandato, desponta como promessa de nova liderança. Esperam o apoio de Leo Burguês, desgastado em seu segundo mandato à frente da Câmara, e de outros vereadores que não estão satisfeitos com o encaminhamento da sucessão na Casa.
Juarez Rodrigues/D. A Press
Ramon Lisboa/D.A. Press
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DEU O QUE FALAR | FERNANDA NAZARÉ Paulo de Araújo/CB/D.A Press.
“O perigo é a gente começar a acreditar que é mesmo imortal” ZUENIR VENTURA, escritor mineiro, que passou a ocupar a cadeira de Ariano Suassuna na Academia Brasileira de Letras
“Que auê por causa de uma noitada de cantoria e pisco sauer com os amigos! A vocês, ofereço um brinde!” LETICIA SABATELLA, atriz mineira, flagrada segurando garrafa de bebida e deitada no asfalto. As fotos causaram polêmica na internet
“Democracia é você ter liberdade para defender a asneira que quiser” IRAN BARBOSA, deputado estadual (PMDB), no Twitter, sobre as manifestações que pediram intervenção militar no governo federal
“Estou igual a cachorro que caiu do caminhão de mudança. Perdido!” DARI SILVA, pai de Jô, dizendo não acreditar no afastamento do filho do time do Galo
“O Lula é malandro, nunca foi comunista, só respondia: ‘Sou torneiro mecânico” ARNALDO JABOR, durante palestra em BH
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ENTREVISTA | MÁRIO HENRIQUE DA SILVA Fotos: Pedro Nicoli
“EU NÃO VOU
AGUENTAR!”
O locutor, que se tornou conhecido pelo bordão "caixa!" e por se emocionar nos jogos do Galo, está em estado de graça com o título do time. O sucesso que faz com a torcida lhe rendeu 130 mil votos para deputado estadual nas últimas eleições
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PAULO PAIVA
Mário Henrique da Silva, o Caixa, ainda estava sonolento no fim da manhã de 27 de novembro. Pudera! Atleticano fanático, deputado estadual, locutor da rádio Itatiaia e o mais talentoso narrador “oficial” dos jogos do Galo em atividade, Caixa (o bordão “caixa”, utilizado por Mário Henrique na hora do gol, acabou incorporado a seu nome) ainda estava em estado de graça com o título da Copa do Brasil, que seu time do coração havia conquistado na noite anterior contra o arquirrival Cruzeiro. Caixa narrou o jogo com a emoção de sempre, realizou sua resenha esportiva e depois, como de costume, foi comemorar a conquista com amigos no Bolão (bar tradicional no bairro Santa Tereza, região Leste de BH), onde devorou um “rochedão” – prato composto de arroz, feijão, bife, ovo, fritas e farofa. A comemoração estendeu-se madrugada adentro, no ritmo da festa alvinegra. Caixa é um fenômeno sob vários aspectos. Sua paixão pelo Atlético conquistou a torcida e rendeu-lhe 130 mil votos nas eleições deste ano e o posto de segundo deputado estadual mais votado de Belo Horizonte pelo minúsculo PCdoB. A votação maciça – que surpreendeu até ao locutor – deu-lhe a certeza de que chegou à política para ficar (sempre ao lado do Galo) e cacife para voos mais altos. Seu nome está cotado tanto para compor o secretariado do governador eleito, Fernando Pimentel (PT), quanto para disputar a Prefeitura de Belo Horizonte em 2016. Nesta entrevista a Encontro, Caixa fala sobre seu trabalho na Itatiaia, a criação de seus bordões, o aprendizado com Wily Gonzer (também narrador dos jogos do Galo, a quem sucedeu) e, é claro, sobre política. ENCONTRO - Como foi a emoção de narrar o jogo que deu ao Atlético o título de campeão da Copa do Brasil? MÁRIO HENRIQUE CAIXA - Foi uma
emoção muito grande! Foi mais um momento histórico na minha vida! Sou locutor dos jogos do Galo desde 2009. Nesse período, já tive a felicidade de
narrar os títulos da Taça Libertadores (2013), Recopa (2014) e agora a Copa do Brasil, outro título inédito. Estou muito feliz e sei que a torcida também está. O rival (Cruzeiro) já tinha quatro Copas do Brasil e não podíamos deixá-lo distanciar-se ainda mais. Qual narração foi mais emocionante? A da Copa do Brasil ou da Taça Libertadores?
A da Libertadores, sem dúvida, pelo grau de dificuldade e pela forma como foi conquistada. A final da Copa do Brasil foi mais tranquila para o Atlético. Não teve tanta dificuldade e desespero como na Libertadores.
QUEM É MÁRIO HENRIQUE DA SILVA, 42 ANOS ORIGEM Três Pontas, Sul de Minas FORMAÇÃO Graduado em Comunicação Social pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (Uni-BH) CARREIRA Radialista da Itatiaia há 22 anos. Foi assessor de gabinete do então secretário de Estado de Esportes e Turismo João Pinto Ribeiro, de 1995 a 1996. Tornou-se locutor oficial da Itatiaia para os jogos do Clube Atlético Mineiro em 2009. Assumiu uma cadeira na Assembleia Legislativa em 2013 e agora foi reeleito com mais de 130 mil votos
A ideia de gritar ‘caixa’ na hora do gol nasceu numa roda de amigos, num fim de semana, trocando ideias e tomando uma cervejinha”
Como deputado estadual , o sr. saiu de 25 mil votos em 2010 para os atuais 130 mil, ou seja, praticamente quintuplicou sua votação. Foi a torcida do Galo que elegeu o locutor Caixa?
Comecei a narrar os jogos do Atlético em 2009, quando Willy Gonzer (ex-locutor oficial do Galo na Itatiaia) se aposentou. Disputei a eleição de 2010, fiquei na suplência e acabei assumindo a vaga de Carlin Moura (eleito prefeito de Contagem em 2012). Trabalhei bastante nesse período. Obviamente, tivemos uma participação grande da torcida do Atlético nesta votação, o que muito me orgulha. Na campanha, fiz um trabalho forte de panfletagem no estádio Independência, rodei a região metropolitana de BH, fiz corpo a corpo na praça Sete, praça da Estação, estações de metrô. E, quando o ouvinte te vê, te reconhece, ele fica satisfeito. Esse corpo a corpo foi o meu diferencial. A votação expressiva o pegou de surpresa?
Sim. Eu queria ter 50 mil votos e ser o mais votado do partido. Mas percebi que tinha feito um trabalho para mais de 50 mil. Então, esperava entre 60 mil e 70 mil votos. Na apuração, quando saiu a quarta parcial, eu tinha 52 mil votos e quase desmaiei de emoção. Fiquei muito feliz, porque estava reeleito. Em certo momento, percebi que passaria de 100 mil. E, quando chegamos a 130 mil, foi uma emoção enorme. É Caixa! (risos). DEZEMBRO DE 2014
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ENTREVISTA | MÁRIO HENRIQUE DA SILVA Como o sr. define o perfil do seu eleitor? Quem é a pessoa que vai às urnas para votar no Caixa?
e disse: “Oswaldo, vou começar a gritar ‘caixa’ na hora do gol. O que o você acha?”. Ele era um chefão linha-dura, mas estava num dia bom e deixou. Gritei ‘caixa’ e deu certo. Hoje, sou mais conhecido como Caixa do que como Mário Henrique (risos)... As pessoas pedem para que eu narre gol toda hora. No dia do jogo com o Flamengo (semifinal da Copa do Brasil, vencida pelo Atlético por 4 a 1), saí do Mineirão à 1h30, cheguei ao Bolão às 2h para comer um macarrão e curtir a vitória, e um rapaz se levantou da mesa e pediu: ‘Caixa, narra o gol do Luan de novo!’. Eu falei: “Mais um?”. Mas acabei narrando (risos).
Eu tenho o voto de torcedor e tenho o voto político. Na minha cidade (Três Pontas, no Sul de Minas), a torcida é muito dividida. Três Pontas é muito próxima do estado de São Paulo e do Rio. Tem atleticano, flamenguista, corintiano, vascaíno. Mesmo assim, eu tive 57% dos votos lá, ou mais de 16 mil votos. Esse foi um voto político, que representa tudo que tenho feito pela cidade. Então, entendo que minha condição de ídolo da torcida do Atlético ajudou muito, mas tive também o voto político, pelo qual trabalhei. O voto de celebridade vem uma vez só. Está aí o Marques (ex-jogador do Atlético, ídolo da torcida e deputado estadual que não foi reeleito) para mostrar isso.
O sr. realmente sente toda a emoção que chega ao ouvinte na hora do gol?
Quando veio sua paixão pelo Galo?
Eu nasci atleticano. Meu pai é atleticano, minha mãe é atleticana. Tenho três irmãs e sou o caçula. Infelizmente, não consegui evitar que as duas irmãs mais velhas virassem cruzeirenses (risos). Mas o Galo é minha paixão desde criança. Eu tinha um tio, já falecido, que levava todos os sobrinhos para assistir aos jogos do Galo na TV da casa dele. Na Assembleia, eu brinco com o João Leite (deputado e ex-goleiro do Atlético) que eu, desde criança, já o assistia jogando e ele era meu ídolo. Mas eu jamais poderia imaginar que me tornaria radialista, trabalharia em uma emissora como a Itatiaia e ainda narraria os jogos do meu time. Isso é que é vencer na profissão. Sou um vencedor. Como o sr. se tornou o locutor oficial dos jogos do Atlético?
Tenho 22 anos de Itatiaia. Fiquei 17 anos na fila para isso e fui um grande concorrente do Willy Gonzer, mas um concorrente leal. Tive o Willy como um ídolo o tempo todo. Eu nunca quis prejudicá-lo ou fazer qualquer tipo de fofoca ou intriga para assumir o posto. Fiquei esperando e, se tivesse de esperar mais, esperaria. Quando o Willy se aposentou, assumi a missão de narrar os jogos do Galo. Emmnuel Carneiro (dono da Itatiaia) falou conosco certa vez que em time que está ganhando não se mexe – 28 |Encontro
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Meu pai é atleticano, minha mãe é atleticana. Infelizmente, não consegui evitar que duas irmãs mais velhas virassem cruzeirenses” mas o time envelhece. Então, fico muito feliz em narrar os jogos do Galo. Hoje, alguns gols narrados por mim têm meio milhão de acessos na internet. Não há coisa que pague isso. E o bordão “caixa”? Como nasceu?
Numa roda de amigos, num fim de semana, trocando ideias e tomando uma cervejinha. Eu virei para eles e disse: vou começar a falar “caixa” na hora do gol. Eles disseram que não daria certo. Mas eu insisti. Disse que todo mundo gritava gol e que eu gostaria de gritar outra coisa. E aí falei com o Oswaldo Faria (comentarista esportivo já falecido e chefe de redação da Itatiaia). Cheguei para ele
Sim, é muito real. Vem realmente de dentro para fora. Não ensaio nada em casa. É o desenho do lance, é a hora que sai o gol, é a emoção que você está sentindo, que a torcida está cantando, é muito daquele momento ali. Meus bordões também são criados na hora. O “Ta Ta Ta Tardelli”, dos gols do Diego Tardelli (atacante do Atlético), nasceu na hora do jogo?
Sim. Saiu naturalmente. Foi um jogo em 2009 no Torneio de Verão no Uruguai, e eu gritei: “Caixa! Tardelli! Ta Ta Ta Tardelli”. Vi que tinha ficado bom e aprimorei. O mais famoso agora, que é o “eu não vou aguentar”, nasceu em um jogo contra o Palmeiras no ano retrasado. E eu falei: “O Atlético está jogando muito bem e estou achando que o Palmeiras não vai aguentar”. E hoje isso acabou virando referência para tudo. As pessoas mandam Twitter para mim dizendo “Caixa, meu patrão está muito chato, acho que não vou aguentar” (risos). E quando o Atlético perde, eu sinto isso na pele também, porque as pessoas falam “Ô, Caixa, o Galo não aguentou, hein?”. Qual foi o gol mais emocionante que o sr. narrou?
Foi no jogo entre Atlético e Olímpia, na final da Libertadores no ano passado. O gol de Leonardo Silva (o segundo do Atlético, que levou a disputa para os pênalties). Lembro que ainda disse: “Ô, meu Deus... tem de ser tão sofrido assim?”.
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ENTREVISTA | MÁRIO HENRIQUE DA SILVA Qual sua opinião sobre o presidente do Atlético, Alexandre Kalil, que costuma se envolver em polêmicas com certa frequência?
Pimentel em Brumadinho, na região metropolitana de BH se eu estava de carro em Bocaiuva (Norte de Minas)? Não fiz nenhuma viagem de avião ou helicóptero na campanha. Então, se não estive mais ao lado dele, foi porque eu estava cuidando da minha campanha. Mas o fato é que eu não estive do outro lado.
O Kalil é o Kalil com todo mundo. Esse jeitão dele de comandar deu certo, porque o Atlético está numa fase vitoriosa, acaba de conquistar títulos inéditos. Acredito que seja o melhor presidente que o Atlético já teve. Ele tem uma forma truculenta de administrar, mas é o estilo dele. Depois da decisão da Copa do Brasil, ele nos disse que considerava sua missão cumprida (o mandato de Kalil terminou no começo de dezembro). Espero que o Daniel Nepomuceno (novo presidente do Galo) consiga dar continuidade a esse trabalho.
O sr. considera que a campanha de Pimentel, então, poderia ter ajudado mais a sua?
A que o sr. atribui a atual fase vitoriosa do futebol mineiro, com Cruzeiro e Atlético conquistando os principais títulos brasileiros de 2014?
À organização dos clubes mineiros fora do campo, que vem recebendo elogios de todo o Brasil. O Kalil fez um trabalho fantástico no Atlético. O Gilvan Tavares (presidente do Cruzeiro) vem realizando outro trabalho muito bom. E isso está sendo ótimo para Minas Gerais. A votação expressiva que o sr. recebeu já está provocando especulações sobre seu futuro político. Seu partido integrou a coligação do governador eleito, Fernando Pimentel (PT). Fala-se que o sr. poderia ser chamado para o secretariado. Há essa possibilidade?
Normalmente, o partido que ajuda a vencer uma eleição ajuda também a governar. Então, meu nome está cotado, até mesmo pela votação que tive. E na reunião do partido falou-se até mesmo numa pré-candidatura à Prefeitura de BH. São coisas que temos de analisar com muita calma e frieza, porque não é o momento agora de deixar a ansiedade tomar conta. É momento de reflexão. O partido está conversando com a liderança do PT, mas são questões das quais eu não fugiria. Tenho capacidade para estar à frente desses projetos. Estou na política para ficar. Alguns setores do PT dizem que o sr. não teria se engajado de fato na cam-
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Estou sendo vítima de uma caça às bruxas pelo PT de forma injusta. Estão confundindo o respeito que sempre tive pelas pessoas” panha de Fernando Pimentel. Isso realmente ocorreu?
Têm saído algumas informações desencontradas sobre isso. Veja: o PCdoB esteve na base da coligação do Pimentel. Minhas peças publicitárias foram com o Pimentel. Duvido que alguém tenha uma placa ou uma faixa minha com algum candidato do PSDB. E não tem porque não existiu. Se eu não pude me empenhar mais na campanha do Pimentel, foi por questões partidárias. Meu partido é pequeno. Fazer campanha no PCdoB é duro. Eu fiz jantares de adesão para fazer santinhos e tocar a campanha. Então, por exemplo, como eu poderia estar com
Acho que sim. Só que chega o último mês da campanha e todo mundo começa a ficar meio apavorado, correndo atrás das suas coisas. Então, não sei até que ponto o PT diria: nós temos de ajudar o Caixa. Por isso, não culpo ninguém, porque o Pimentel também estava cuidando da campanha dele, que também não era fácil. Ele estava enfrentando Aécio Neves (ex-governador, senador e candidato à Presidência pelo PSDB) e Anastasia (ex-governador e candidato eleito ao Senado). O chato disso é que depois da campanha começa uma caça às bruxas sem necessidade. Eu tenho certeza de que Fernando Pimentel, inteligente como é, sabe das dificuldades que eu tive. O sr. está sendo vítima de uma caça às bruxas?
De certa forma, sim. E injustamente. Acho que confundiram a relação de respeito que tenho pelas pessoas com campanha política. Tenho muito respeito, por exemplo, pelo Dinis Pinheiro (deputado estadual e candidato a vice na chapa derrotada de Pimenta da Veiga ao governo de Minas). Eu fui visto com ele, mas sem boton, fora de campanha. Ele é presidente da Assembleia e fui visitá-lo como deputado que sou. Tenho muito respeito pelo Anastasia, fui ao Palácio várias vezes, e Anastasia me ajudou a melhorar o hospital de Três Pontas, me ajudou na questão das estradas do Sul de Minas. E tenho respeito pelo senador Aécio Neves, que foi governador do estado por oito anos. Uma coisa é você respeitar as pessoas, mesmo que estejam do outro lado, e outra é você estar do outro lado pedindo voto. São duas coisas distintas. z
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RETRATOS DA CIDADE | RAFAEL CAMPOS rcampos@revistaencontro.com.br
E O VILLA RIZZA, HEIN? Está fechado. Numa região valorizada, na avenida do Contorno, esquina com rua do Ouro, na Serra, o casarão carece de um projeto permanente e que valorize sua história. O imóvel foi erguido na década de 1930 a pedido do major Antônio Zeferino da Silva para homenagear
a sua neta, Rizza Porto Guimarães. Tombada em 1993, a casa abrigou restaurantes, cafés e serviu de espaço para festas. A Petrobras é a
proprietária do terreno desde 2005, quando abriu um posto de gasolina temático para homenagear a música mineira, que não vingou. Segundo a empresa, o futuro do espaço segue indefinido. É, pelo visto, a estatal não está mesmo com cabeça para isso.
Alexandre Rezende
NO MEIO DO CAMINHO, UMA CABEÇA
Alexandre Rezende
Se você pensa que já viu de tudo em matéria de arte, eis que surge uma cabeça de dois metros de altura à espera de seu chiclete mastigado. É dessa forma que o artista canadense Douglas Coupland está interagindo com o público ao redor do mundo. A Cabeça de Chiclete, feita de espuma e fibra de vidro com estrutura de aço, é o autorretrato do artista plástico e faz parte do projeto Ciclo – Criar com o Que Temos. Para alegria dos baleiros da região, ela ficará exposta até 19 de janeiro, entre o prédio projetado por Niemeyer e o CCBB, na praça da Liberdade.
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Léo Araújo
NÃO ALIMENTE OS PEIXES A bela praça das Águas, no Parque das Mangabeiras, o maior da cidade, não esteve tão bela assim nas últimas semanas. E o motivo, segundo a administração da área verde, é o excesso de alimentos arremessados às carpas ornamentais pelos visitantes, apesar da proibição. A atitude
acelerou a proliferação de algas no espelho d’água, envenenando muitos peixes. A gerência do parque não teve alternativa senão retirar os peixes e aproximadamente um milhão de metros cúbicos de água para fazer a limpeza. Fica o alerta, já que é difícil educar os peixes. Alexandre Rezende
UM OÁSIS NA ZONA SUL O simpático Parque Mata das Borboletas, no Sion, região Centro-Sul, está aos poucos ganhando cara nova. As atenções estão voltadas para o lago artificial, que ganhou 50 cm de profundidade. Com isso, a qualidade de vida dos peixes e o clima do ambiente melhora-
ram. A Fundação de Parques Municipais informou que um jardim com quaresmeiras, ipês, pau-brasil e ingás será cultivado ao redor do espelho d’água. Tudo para consolidar o espaço de 35 mil m2 como ponto de descanso e meditação em meio ao cinza dos edifícios.
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GENTE FINA | ANA CLÁUDIA ESTEVES aesteves@revistaencontro.com.br
Samuel Gê
TALENTO PRECOCE Tudo começou como uma brincadeira, quando, aos 13 anos, a estilista mineira Carola Santini ajudava a avó a desmanchar costuras erradas. Mal sabia ela que começava, ali, a traçar seu futuro profissional. Um ano depois, a jovem já vendia, pelo Orkut, suas primeiras criações. Daí em diante, não parou mais. Após desenhar para marcas consagradas como Barbara Bela e Iorane, aos 20 anos, Carola acaba de lançar sua marca própria, a Moni Collen. “Não quero ser mais uma entre tantas no ramo”, diz Carola. “Quero ter um produto exclusivo.” A jovem foi escolhida, em setembro, como uma das nove estilistas revelação do Brasil por um júri de peso, como Ronaldo Fraga e Alexandre Herchcovitch.
ESSE FILME VALE UM DIAMANTE
JC Martins
O cineasta mineiro Helvécio Ratton, de 65 anos, teve uma ideia literalmente brilhante para marcar o lançamento do seu filme O Segredo dos Diamantes. Ele vai sortear um colar de ouro e diamante entre o público que assistir ao longa-metragem, que está em cartaz nos cinemas desde 18 de novembro. A ideia surgiu durante as filmagens, quando Ratton ganhou uma pedra preciosa de uma mineradora parceira do trabalho. A designer carioca Carla Abras tratou de transformá-lo na joia que vai fazer a alegria de algum sortudo. O projeto foi viabilizado pelo presidente do Sindijoias, Raimundo Vianna, que ficou impressionado com a produção. “Esse filme vale um tesouro”, brinca Ratton, entusiasmado.
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Alexandre Rezende
GASTRONOMIA NO SANGUE Depois de se dedicar por 14 anos ao magistério, a mineira Fernanda Peluso, aos 38 anos, deu uma reviravolta em sua vida profissional. Ela concluiu o curso de gastronomia no Senac BH e já entrou para a equipe do restaurante da família, o italiano Provincia Di Salerno. “É um grande orgulho, por estar representando um nome já consagrado”, diz Fernanda. “Mas tenho o desafio de inovar.” Como consultora gastronômica – na prática, vai auxiliar diretamente seu tio, o chef de cozinha Remo Peluso –, Fernanda tem como função selecionar diretamente os ingredientes, treinar funcionários e renovar a apresentação dos pratos.
Paulo Márcio
CHATA TAMBÉM PELO CELULAR Prestes a completar os cinco anos de seu blog, o Chata de Galocha, a mineira Lú Ferreira, de 29 anos, está ampliando seus horizontes. Ela vai lançar, neste mês, um aplicativo de celular com dicas e opiniões sobre locais para se divertir. “As leitoras sempre me pedem sugestões. Quero fazer isso de forma mais prática, e então optei pelo celular”, diz. Conhecida por sua exigência e gosto apurado, ela criou o blog para expressar suas “chatices” a respeito de lugares e serviços. Aos poucos, foi incorporando posts de moda e beleza, suas grandes paixões. Mas as opiniões da blogueira não não se restringem à capital mineira. Ela conta também suas experiências – boas e ruins – nas viagens mundo afora.
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Avenida Paraná
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ANTES (detalhe): congestionamentos e pouco espaço para os pedestres
DEPOIS: via foi totalmente remodelada, com exclusividade paras linhas do Move
A nova cara do “centrão” Samuel Gê
Impulsionada pelas obras do Move, vias importantes do hipercentro de BH, como as avenidas Paraná e Santos Dumont, ganham ares de modernidade e já podem figurar como novos cartões-postais da cidade 36 |Encontro
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Em um dos vários jardins da avenida Santos Dumont, os operadores de telemarketing Darlen dos Santos Gonçalves, de 20 anos, Bruna Jaqueline da Silva, de 24, e Cristina de Sá Rocha, de 37, descansam durante o horário de almoço. Na avenida Paraná, a promotora de vendas Aline de Souza, de 25 anos, segue em direção ao trabalho pela calçada central da via. Já Vera Lúcia Morais, de 63 anos, aposentada, aguarda a chegada de uma amiga sentada em um dos bancos de concreto da rua Rio de Janeiro. Tais cenas seriam surreais em um passado bem recente, no qual o hipercentro de Belo Horizonte não era tão convidativo assim. Inúmeras linhas de ônibus, comércio irregular e desorganizado, além da sensação de
tumulto formavam o cenário da região. É, o “centrão” da capital mineira está bem mudado. Geraldo Sávio Paiva, de 59 anos, é proprietário há 20 anos de uma loja de calçados na rua Rio de Janeiro, entre as ruas Tamoios e Goitacazes. Por isso, conhece bem o antes e o depois da requalificação pela qual a via passou em 2007. “As vendas até aumentaram. Antes, era muito confuso, por causa de ambulantes e toreros”, diz Geraldo, que também mora no quarteirão há 28 anos. Não são apenas os pequenos lojistas que comemoram a nova fase do hipercentro. Há 23 anos na região, o Shopping Cidade – com acesso pelas ruas São Paulo, Goitacazes, Rio de Janeiro e Tupis – também está nesse bolo. A fachada do prédio ganhou
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CIDADE | REVITALIZAÇÃO
Paulo Filgueiras/D.A. Press
Avenida Santos Dumont
ANTES (detalhe): aspecto cinza e nada agradável para motoristas e pedestres
DEPOIS: nem parece a mesma via. Corredor está mais limpo e convidativo até para um passeio
Samuel Gê
PARA LEMBRAR Confira as principais intervenções no hipercentro
2005
2007
Obras de requalificação da praça 7 de Setembro: os quatro quarteirões ganharam nova iluminação e estruturas de convivência para os pedestres
Obras de requalificação da rua Rio de Janeiro entre Tamoios e avenida Augusto de Lima: calçadas foram ampliadas, nova iluminação e sinalização
2006
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Obras de revitalização da rua Carijós: instalação de novas redes de drenagem e de esgoto; recuperação das calçadas, com acessibilidade
Obras para instalação das estações do Move nas avenidas Paraná e Santos Dumont: vias exclusivas para as linhas de ônibus, com calçada central para os pedestres
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novo layout para acompanhar as melhorias no entorno. “Investimos R$ 30 milhões em 2008. E o retorno foi muito positivo, pois trouxe conforto e mais segurança aos nossos clientes e demais pedestres”, diz Carolina Vaz, gerente de marketing do shopping. Outras duas vias representam bem a nova atmosfera da região central: as avenidas Santos Dumont e Paraná. Quem não se recorda dos congestionamentos, sobretudo, em horários de pico, a sujeira e a confusão provocada pelo comércio irregular nessas vias? Hoje, a cena é bem diferente. Os corredores ganharam cara nova para receber as estações do Move. Resultado: vias mais limpas e agradáveis até para um passeio. Quem compartilha dessa avaliação é a professora de matemática Maria de Fátima Gonçalves, de 45 anos. Ela mora na rua da Bahia e aproveitou a folga do trabalho para ir ao Centro Cultural da UFMG, na avenida Santos Dumont. “Antes, tinha até medo de passar por aqui, pois era muito cheio de gente e os criminosos aproveitavam para agir”, afirma. Afinal, está, de fato, mais seguro caminhar pelo hipercentro? Para o major Gedir Rocha, subcomandante do 1ª Batalhão da Polícia Militar, responsável pela área central, sim. “As ruas e avenidas revitalizadas receberam nova iluminação e ficaram mais limpas. Somado a isso, temos a ajuda das câmeras do Olho Vivo. São ações integradas que ajudaram a diminuir a criminalidade na região”, diz. Para o militar, quando órgãos públicos, como a prefeitura, Polícia Militar e a sociedade organizada se juntam, as ações dão resultado.
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CIDADE | REVITALIZAÇÃO Juarez Rodrigues/D.A Press Samuel Gê
Rua Rio de Janeiro
ANTES : lugar era ponto de comércio irregular e de qualidade duvidosa
DEPOIS: lugar ganhou acesso para cadeirantes, jardins e espaços de convivência
As intervenções na área central foram iniciadas em 2005, quando a prefeitura entregou a reforma da praça Sete, incluindo os quatro quarteirões fechados que cercam o famoso Pirulito. As obras fizeram parte do Programa Centro Vivo, que chegou com a proposta de trazer de volta os moradores para o centro. Foi o caso de Vera Lúcia Morais, que se mudou para a região e hoje não a troca por nada. “Além de ter tudo perto, aproveito as novas opções culturais, como o Sesc Palladium e o Cine Brasil”, diz. O movimento esperado de retorno dos moradores ao centro já pode ser notado, segundo Leonardo Castro, secretário municipal adjunto de Planejamento Urbano. De acordo com Castro, o emblemático edifício conhecido como “Balança Mas Não Cai”, na avenida Amazonas com rua Tupis, representa esse cenário. “Está sendo concluído o processo para o prédio se transformar em hotel”, revela o secretário. O objetivo da PBH é fazer com que a região central da cidade tenha vida noturna. “Vamos trazer a vivaci40 |Encontro
Samuel Gê
Comerciante Geraldo Sávio: “As vendas até aumentaram. Antes era muito confuso, por causa de ambulantes”
dade de outras áreas, como Lourdes e Santo Agostinho, também para o hipercentro”, diz. O mercado imobiliário também se aqueceu na região. Cássia Ximenes, vice-presidente da Câmara do Mercado Imobiliário e Sindicato das
Empresas do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (CMI/Secovi-MG), acredita que os negócios na região se tornaram promissores. “A valorização é real. Ultrapassa a casa dos 20%”, diz. “A partir das melhorias e de outras que estão por vir, posso afirmar com tranquilidade que os investidores do hipercentro vão conseguir o retorno esperado.” Para Vitor Diniz, presidente da Associação dos Moradores e Amigos da Região Central (Amarce), o centro voltou a ser valorizado. Contudo, ainda há muito o que fazer. “A praça da Rodoviária, por exemplo, merece uma revitalização, que pode acontecer se o projeto do Centro Administrativo da PBH sair mesmo do papel”, afirma. Outra preocupação do morador é com os prédios abandonados, que acabam atraindo atividades ilícitas. Para Diniz, finalmente, o centro, com 18 mil moradores, passou a fazer parte também do crescimento e melhorias da cidade. “O hipercentro é palco não só da vida de seus moradores, mas sim de todo cidadão mineiro”, diz. z
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CIDADE | DESENVOLVIMENTO
Salto para o futuro Governo do estado conclui plano estrutural que pode conectar região metropolitana de BH ao mundo e impulsionar economia mineira
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GEÓRGEA CHOUCAIR
Imagine a Linha Verde cortada por eixo do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e rodeada por prédios suntuosos, indústrias de alta tecnologia, hotéis, shopping centers e condomínios residenciais. Parece sonho? Ainda é – mas pode se tornar realidade em duas décadas. O plano estrutural que dá o pontapé inicial para a consolidação planejada do Vetor Norte acaba de ser concluído pelo governo estadual, e o Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, será o motor da nova economia mineira. O projeto, que envolve 39 municípios, foi idealizado em várias etapas (foram dez anos de estudos) e traça
a estratégia econômica que prepara a região metropolitana de Belo Horizonte para os próximos 20 anos. Trata-se da aerotrópole, ou cidade aeroportuária. O termo, criado pelo professor norte-americano John Kasarda, propõe a criação de uma cidade planejada, com alta mobilidade urbana, indústrias de ponta, lazer e logística de distribuição ao redor de um grande aeroporto – no caso mineiro, Confins. A outra âncora da aerotrópole será o aeroporto da Pampulha, planejado para ser o polo de aviação regional e executiva da região Sudeste. “Ter no intervalo de 20 minutos dois aeroportos conectados internacionalmente cria uma sinergia inédita no
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Leandro Couri/D.A. Press
Gladyston Rodrigues/D.A. Press
Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte: ideia é consolidar o local como polo de aviação regional no país
Visão do aeroporto de Confins, na RMBH: local e seu entorno serão o principal coração da futura aerotrópole de Minas Gerais, que será a primeira da América do Sul
Brasil”, afirma Luiz Antonio Athayde, subsecretário de Investimentos Estratégicos da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede). A tendência da nova economia é a instalação de empresas próximas do aeroporto, de forma a reduzir prazos de fornecedores e entrega ao consumidor final. Os estudos da aerotrópole de Belo Horizonte foram ancorados em consultorias internacionais e trouxeram algumas conclusões importantes: o século XXI terá uma economia baseada no uso da conectividade massiva e na aviação; a movimentação do comércio mundial pelo ar saltará de 40% para 55% em 2020 e o tráfego anual de passageiros no mundo passará de 4,9 bilhões para
cerca de 13 bilhões em 2030. “Temos de preparar a região metropolitana de Belo Horizonte para que seja ponto global. É preciso que ela esteja estruturada para se conectar por via aérea com o resto do mundo. Esse é o nosso tíquete para o futuro”, diz Athayde. Qual é o impacto de tudo isso? O planejamento da aerotrópole prevê elevação do Produto Interno Bruto (PIB) da região metropolitana de US$ 60 bilhões para US$ 160 bilhões. Os pilares da chamada nova economia estão nos setores aeroespacial, de logística e distribuição, eletrônicos, ciências biológicas e médicas, agronegócio, automotivo e equipamentos pesados, moda e têxteis. Os passos iniciais para o desenvolvimento da aerotrópole foram dados em 2003, com a decisão do governo de retornar os voos nacionais para o aeroporto de Confins e lutar para incrementar os internacionais. Na época, Confins transportava anualmente 364,9 mil passageiros. Neste ano, deve fechar com 10,6 milhões e, em 2020, a previsão é de 16 milhões de passageiros. Junto à localização estratégica no país e ao plano de expansão da capacidade, Confins ganha força para se tornar o principal hub (ponto de conexão) com o mundo. O centro da aerotrópole está planejado para as cidades de Vespasiano e São José da Lapa, onde se conectam
importantes eixos viários, que serão rodeados por núcleos e serviços avançados de suporte às atividades do aeroporto. Em Lagoa Santa, está em implantação o Centro de Tecnologia e Capacitação Aeroespacial (CTCA), polo voltado para escolas e empresas do setor aeronáutico, como a Embraer. Importante parque agroindustrial e centro de transportes multimoldal, que vai servir de eixo logístico para os mercados de Brasília e da região Centro-Oeste, está em planejamento em Sete Lagoas, o que vai permitir melhor operação entre as empresas instaladas, os clientes e os fornecedores. Em fase final de construção, uma fábrica de semicondutores vai estimular o nascimento de polo de empresas do setor de microeletrônica e tecnologia da informação (TI) em Ribeirão das Neves. O novo corredor com o mercado de São Paulo será criado através de Contagem, com parque logístico e centro de transporte multimodal. A Vila Artística, conceito turístico usado em várias regiões do mundo, vai reunir atrativos e eventos ligados à arte, cultura e turismo, atraindo a instalação de hotéis, resorts, escolas, lojas e restaurantes nas proximidades de Inhotim, em Brumadinho. Em Nova Lima, ao sul da lagoa dos Ingleses, está sendo idealizado o parque logístico, que promete servir de conexão para o mercado do Rio de Janeiro, DEZEMBRO DE 2014
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CIDADE | DESENVOLVIMENTO O QUE É AEROTRÓPOLE Região de grande importância econômica, na qual o ponto central é o aeroporto de grande porte. Ela é rodeada por polos de indústrias e áreas residenciais, além de serviços e lazer
ÁREA ABRANGIDA PELO PROJETO
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SAÍDA PARA SERRA DO CIPÓ
SAÍDA PARA BRASÍLIA
Parque Logístico Norte (Sete Lagoas)
Região metropolitana de BH e seu entorno (
Área de estudo
ONDE FICA
Corredor da Aerotrópole
municípios)
Centro Aeroespacial e Defesa (Lagoa Santa)
Aeroporto de Confins
CENTRO DA AEROTRÓPOLE
Plataforma Logística
Centro de TI e Microeletrônica (Ribeirão das Neves)
Aeroporto Internacional Tancredo Neves (Confins)
Parque Logístico Oeste (Contagem)
Número de habitantes
Aeroporto da Pampulha
ATUAL Rodoanel
Corredor Boulevard da Aerotrópole Corredor do Rodoanel (Sabará) Corredor Ecoturístico
5,9 milhões
Corredor Logístico
Vila Artística (Brumadinho)
SAÍDA PARA OURO PRETO
Parque Logístico Sul (Brumadinho)
PREVISTO ATÉ 2033
SAÍDA PARA RIO DE JANEIRO
8 milhões
SAÍDA PARA SÃO PAULO
Perspectivas de impacto na economia até 2033 Investimentos em infraestrutura
PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB) ANUAL
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US$ 58,2 bilhões
R$ 24 bilhões
Crescimento da renda per capita
R$ 136 bilhões
Crescimento da receita com novos negócios
R$ 280 bilhões
PIB anual
US$ 160 bilhões
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proporcionando às empresas maior acesso aos clientes, fornecedores e matéria-prima. O projeto da aerotrópole tem o aval da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). “Vai alavancar a competitividade da indústria mineira. Os setores da nova economia precisam de logística avançada, que está sendo preenchida pelo aeroporto internacional e industrial”, afirma Marcos Mandacaru, chefe do escritório de prioridades estratégicas da Fiemg. Com o aeroporto industrial, diz, Minas passa a ter condições diferenciadas para atração de empresas de tecnologia, sobretudo aquelas que importam componentes para agregar valor e exportar o produto final. “O aeroporto é o equipamento que a aerotrópole precisa para deslanchar”, afirma Mandacaru. De olho na região, o grupo Alphaville Urbanismo vai construir o segundo empreendimento na aerotrópole, dessa vez em Confins. “Temos muita confiança em todo o entorno. Acredito que será uma região de grande desenvolvimento econômico”, afirma Cláudia Yassuda, diretora de negócios do Alphaville. O projeto está em fase de estudo ambiental e a previsão é de lançamento em 2016. O novo condomínio será erguido numa área de 3 milhões de m² e receberá R$ 200 milhões em investimentos. A obra do condomínio de Vespasiano, que consumiu R$ 69 milhões de investimento, será entregue no primeiro trimestre de 2015, em área total de 873 mil m², com 545 lotes residenciais e 15 comerciais. “Os lotes foram todos comercializados no dia do lançamento”, diz Yassuda. A aerotrópole, na avaliação da executiva, já é uma
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Cláudio Cunha
Luiz Antônio Athayde, subsecretário de Investimentos Estratégicos: “Ter no intervalo de 20 minutos dois aeroportos conectados internacionalmente cria uma sinergia inédita no Brasil”
realidade. “Está acontecendo. Muitas empresas estão se instalando ali. A chance de dar certo é grande”, diz. Em novembro, foi inaugurado o novo Centro de Engenharia e Tecnologia da Embraer em Minas Gerais (Cete-MG), no bairro Horto, em Belo Horizonte, com investimentos de R$ 2,5 milhões. A área do escritório aumentou de 700 m² para 1,5 mil m². O número de postos de trabalho cresceu de 100 para 200. O centro é o único no Brasil fora da sede da empresa, em São José dos Campos, em
São Paulo. “O mais valioso é o fato de estarmos retendo capital humano e gerando produto de valor agregado aqui”, afirma Athayde. Apesar de grandioso, especialistas apontam algumas falhas no projeto, como a ausência de diálogo com as prefeituras. A arquiteta urbanista Janaína Marx, pesquisadora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), acaba de concluir sua dissertação de mestrado, intitulada Produção de novas centralidades na região metropolitana de Belo Horizonte. Ela tem algumas críticas ao planejamento da aerotrópole. “Apesar de ser um projeto que pode trazer benefícios para a região, minha visão é de que faltou comunicação com as prefeituras. O estado só tem feito contato com os municípios que vão fazer parte direto da aerotrópole”, diz Janaína. Na avaliação da pesquisadora, a falta de diálogo pode levar alguns municípios a perderem oportunidades de investimentos. “Não adianta desenvolver o Vetor Norte e o fluxo de negócios continuar sendo em Belo Horizonte”, afirma. O plano do governo, contudo, é intensificar, a partir de agora, o contato com as prefeituras, com informações estratégicas para que entre 2015 e 2016 Belo Horizonte seja reconhecida como primeira aerotrópole da América do Sul. “Estamos revisando os estudos para oferecer aos prefeitos base de planejamento para que possam ter visão prospectiva de desenvolvimento de seus terrenos e orientem seus planos diretores”, afirma Athayde. O fato é que, se todo sonho precisa de um primeiro passo para se tornar realidade, o da aerotrópole mineira está dado. ❚
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SAÚDE | SUPERAÇÃO
Nova chance para viver Portador de rara deficiência, Benício, de 6 anos, tinha até 20 convulsões por dia. Com o uso de medicação derivada da maconha e importada pelo pai de forma ilegal, as crises foram controladas. Agora, ele consegue sorrir e brincar, apesar das graves sequelas da doença ZULMIRA FURBINO
Fazia um calor sufocante e o céu estava limpo em Belo Horizonte na segunda-feira de carnaval de 2011. Para quem decidiu não sair da cidade, aquele era um dia de descanso ideal. Dava para andar calmamente pelas ruas vazias e silenciosas, que ainda não haviam sido sacudidas pelos desfiles dos blocos carnavalescos. Contrastando com a tranquilidade daquele dia, o médico mastologista Leandro Cruz Ramires da Silva, então com 50 anos, vivia um dos momentos mais difíceis de sua vida. Seu filho Benício, de 3 anos – carinhosamente chamado de Beni –, fora inter48 |Encontro
nado na unidade de terapia intensiva (UTI) de um grande hospital local. O pai vivia momentos de aflição e expectativa, que ninguém jamais pôde imaginar. Benício dera entrada no hospital com um quadro de convulsões graves e espasmos, que levavam a paradas respiratórias, e não respondia à medicação. Naquela situação, a única esperança para salvar sua vida era uma anestesia geral. Apenas assim, ele poderia ser entubado e respirar com a ajuda de aparelhos. Contudo, os profissionais da UTI perderam o acesso à veia da criança e ninguém, nem o pediatra de plantão, conseguia recuperá-lo. O único anestesista no hospital estava atendendo outra emergência. Para receber nas veias o anestésico Propofol – o mesmo que, em excesso, matou Michael Jackson –, o garoto precisaria da habilidade de um cirurgião vascular. Foi aí que alguém resolveu apelar para o pai da criança, que era coordenador do serviço de mastologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e responsável pelo controle de mamografias da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). Caso o médico não encontrasse um colega apto a realizar o procedimento, seu filho iria morrer. A vida de Benício estava, naquele momento, nas mãos do pai, primogênito de uma família de quatro filhos, que deu mostras de que queria seguir pelos caminhos da medicina ainda muito cedo. A mãe de Leandro, a relações públicas Regina Cruz Ramires, de 74 anos, lembra que, quando ele tinha 9 anos, o pai queria muito lhe dar um au-
torama – brinquedo que era a sensação do momento – de presente de Natal. As outras opções seriam um telescópio ou um microscópio. “Meu marido estava louco para comprar o autorama, mas o Leandro quis o microscópio”, conta a mãe. “Caímos para trás.” Vinte e cinco anos depois de formado, o garoto que recolhia insetos numa caixa de sapatos cheia de furos para em seguida dissecá-los e estudá-los no aparelho tornou-se um dos profissionais mais respeitados da mastologia mineira. Naquela tarde de carnaval, o celular de Leandro tocou por volta das 16h30. Ao ouvir o interlocutor do hospital, do outro lado da linha, seu coração disparou. Era feriado. Onde encontraria um cirurgião vascular na cidade para socorrer seu filho? Decidiu ele mesmo salvá-lo. “Saí a mil por hora para fazer a punção da veia de Beni. Quando cheguei lá, estava mais calmo. Achei que seria dificílimo, mas deu tudo certo. Benício foi entubado, recebeu a medicação para indução do coma e parou de convulsionar”, lembra. Um alívio para todos. Logo depois, no entanto, o mastologista desabou: “Vomitei e chorava sem parar”, relembra. “Esse é um piano que só conhece quem carrega.” Na avaliação do cardiologista e clínico-geral Sálvio de Morais Elias, a situação vivida por Leandro Ramires foi de estresse máximo. “Fazer procedimentos dessa natureza no próprio filho é desesperador. Era tudo ou nada. Foi uma atitude heroica”, diz Sálvio. Só em novembro de 2011, nove meses depois da grave crise, veio o diag-
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O médico Leandro Ramires com o pequeno Benício: “Outro dia, dei-lhe banho, coloquei-o na cama e, de repente, ele disse ‘papai’. Está começando a expressar essa palavra e a ganhar personalidade. Antes, isso era apenas um sonho”, diz Leandro
nóstico da doença. Leandro Ramires soube que seu filho – fruto de uma relação passageira, criado apenas por ele, e que já apresentava alto grau de autismo – era portador da síndrome de Dravet, uma forma severa de epilepsia na infância, que atinge apenas uma a cada 20 mil pessoas e mata 80% dos portadores antes que completem os 6 anos de vida. “O prognóstico da doença é péssimo, já que não existem adultos vivos com essa síndrome”, explica o pai de Benício. A primeira convulsão ocorreu aos 5 meses. Na época, o mal foi atribuído a uma febre alta. Não se passaram dois meses e elas recomeçaram para valer, chegando, no auge, a nove crises por hora, somente no período noturno. “No melhor controle, eram entre cinco e seis ao dia, que geravam entre três e quatro emergências médicas semanais”, diz Leandro. Ao longo de quase seis anos, foram incontáveis as idas aos hospitais da cidade, onde raramente havia um neurologista pediátrico. Por não serem especialistas, os atendentes, em geral, não sabiam reconhecer as crises do garoto, que variavam desde convulsões, que o faziam se debater inteiro, a manifestações mais discretas, como paralisia de um lado do rosto, que era até mais danosa e arriscada. “Eles me davam a pulseirinha azul e eu enlouquecia e tinha de avisar que meu filho poderia sofrer uma parada respiratória a qualquer momento. Benício chegou a rodar em todas as 26 ambulâncias da Unimed na capital”, lembra Leandro. “O menino sobreviveu graças à dedicação do pai. Ele inDEZEMBRO DE 2014
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SAÚDE | SUPERAÇÃO Arquivo Pessoal
veste tudo no filho. É estudioso e muito consciente do que faz”, diz o ginecologista Benito Ceccato, colega de clínica e de doutorado e mestrado na UFMG. No Brasil, calcula-se que mais de 600 mil pessoas sofram formas de epilepsia sem tratamento. Entre as que são crianças, 30% desenvolvem uma derivação de difícil controle (mais de três crises por mês, durante três meses, mesmo tomando três tipos de anticonvulsivantes). No fim de 2009, com um ano e meio de idade, Benício ingeria quatro anticonvulsivantes diariamente e tinha, em média, mais de 20 convulsões em 24 horas. Chegou a tomar 25 comprimidos diários, sem sucesso, já que os espasmos continuavam. “Nesse ponto, comecei a estudar alternativas e descobri que nos Estados Unidos as crianças com epilepsia já eram tratadas com o Canabidiol”, explica Leandro. O problema é que nos EUA elas usam o extrato de maconha medicinal produzido por cultivadores locais, e no Brasil isso é proibido. “Não havia como trazer para cá”, diz Leandro. Em uma noite de abril de 2014, um domingo, Ramires pôs Benício na cama e sentou-se em frente à TV. A tarefa de fazer o filho dormir era desgastante. A criança tinha um sono tão agitado que o lençol precisava ser amarrado na cama de pequenas dimensões, ideal para contê-lo durante a noite. De madrugada, Beni acordava gritando, muitas vezes com febre de 41 graus. Um bruxismo acentuado dificultava ainda mais a travessia da noite. Leandro se acomodou no sofá. De repente, o programa Fantástico, da Rede Globo, começa a exibir uma reportagem sobre Anny Fischer, a garotinha de 5 anos portadora da síndrome CDKL5, um problema genético raro que causa epilepsia grave. Anny chegou a sofrer 50 convulsões em uma semana, tomou coquetéis de anticonvulsivos comercializados no Brasil, mas só melhorou depois de usar medicação à base de Canabidiol (CBD). “Entrei no site e deixei um recado para a mãe de Anny (Katiele). Foi ela quem me ensinou o caminho das pedras para conseguir a medicação”, diz Leandro. Em seguida, um amigo de infância, que vive nos EUA, enviou o 50 |Encontro
Diego, com o pai e o irmão Benício: ele ajuda a cuidar do irmão mais novo durante a semana, enquanto Leandro trabalha Raimundo Sampaio DF-DAPress
Anny, a primeira a ganhar na Justiça o direito de usar o Canabidiol, entre os pais, Katiele e Norberto Fisher. Katiele foi quem ensinou a Leandro o caminho das pedras para conseguir a medicação
“Sou obrigado a ser um desobediente civil. Se não fizer isso, meu filho morre”, diz Leandro Cláudio Cunha
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SAÚDE | SUPERAÇÃO produto pelo correio (os dois usam código para se referir à substância sem serem explícitos). A pasta de cor escura vem da Califórnia numa seringa plástica, que o amigo acomoda num pacote de massinhas coloridas. Em seguida, é despachada para o Brasil. Usando como referência pesquisas norte-americanas, o médico calculou a dosagem a ser ministrada no filho. “Na primeira vez que Benício tomou a medicação, seu sono foi tão profundo que tive medo de que tivesse morrido. Eu o cutuquei a noite inteira para ver se estava respirando”, conta. Estava tudo bem. No dia seguinte, o garoto acordou descansado e bocejando. Foi a primeira vez que ele dormiu uma noite inteira. Lindo, carinhoso e bem cuidado, Benício está com 6 anos. No apartamento dos avós paternos, ele recebeu a reportagem de Encontro com um abraço. “As convulsões deixaram sequelas. Meu filho não fala. Seu desenvolvimento psicomotor foi extremamente prejudicado. Agora ele está começando a interagir”, explica o pai. Apesar de não ser religioso, Leandro revela que antes do Canabidiol houve um momento em que pensou que, “se existe um Deus”, ele deveria levar seu filho, que estava sofrendo demais. “Outro dia, dei-lhe banho, coloquei-o na cama e, de repente, ele disse ‘papai’. Está começando a expressar essa palavra e a ganhar personalidade. Antes, isso era apenas um sonho”, diz. Hoje, o médico é um dos principais ativistas da liberação do uso da maconha medicinal no Brasil. Ao lado de outros militantes, tornou-se figurinha carimbada no Conselho Nacional de Politicas sobre Drogas (Conad), na Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas (Senad), do Ministério da Justiça, e no Congresso Nacional. Defende a maconha terapêutica e a regulamentação do cultivo medicinal da planta no país, além do fim da burocracia para a importação do extrato rico em Canabidiol (CBD) – a produção nacional não é capaz de atender milhares de cidadãos brasileiros que, como seu filho, têm nas substâncias derivadas da Cannabis sativa a única esperança de retomar um mínimo de normali52 |Encontro
Eugênio Gurgel
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Composto que tem como base o Canabidiol: nos EUA, a seringa custa US$ 499. O medicamento chega ao Brasil, se autorizado pela Anvisa, sobretaxado em 60%, o que eleva o preço para US$ 800
Leandro com a mãe, Regina Ramires, e Benício: ela orgulha-se de o filho ter escolhido o caminho da medicina e da evolução no tratamento do neto
dade em suas vidas. É o caso de quem sofre de epilepsia severa, câncer, Aids, esclerose múltipla, dores crônicas e náuseas e vômitos provocados por quimioterapia. Ao se envolver nas campanhas e participar do chat Repense, que tem como objetivo discutir o uso da maconha medicinal, Leandro conheceu várias pessoas que também dependem da droga, como Juliana Paolinelli. Ela sofre de espondilolistese, uma anomalia congênita que leva a convulsões e dores terríveis, só controladas pelo Sativex, o primeiro medicamento aprovado no mundo (2005) com uma base de Cannabis (CBD e THC). Hoje, são parceiros na militância pela regulamentação da maconha medicinal no país e pelo de-
senvolvimento de pesquisas que levem à produção de medicamentos seguros. “É um longo caminho a percorrer”, diz Juliana. Atualmente, mais de 20 nações no mundo autorizam o comércio de medicamentos à base de maconha, entre eles Inglaterra, Israel, Canadá, Estados Unidos (Califórnia e Colorado), Espanha e Uruguai. “Leandro é incansável. Até conhecê-lo, eu não acreditava que existiam homens assim no mundo. Cuida do filho com uma dedicação que não é comum encontrar por aí”, diz Juliana. Além de Benício, Leandro é pai de Diego, de 19 anos, de outra relação. Diego – que vive com o pai desde 1 ano de idade – fica durante a semana com Leandro e passa os fins de semana com
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SAÚDE | SUPERAÇÃO Cláudio Cunha
a mãe. “Quem tem os quadrinhos dos primeiros desenhos que o Diego fez quando criança, quem tem as fotos dependuradas na parede é o Leandro. Quem conhece cada um dos amigos é ele”, diz a amiga Juliana. O músico Beto Bruck, amigo de longa data e de muitos shows e viagens, também é testemunha da determinação e luta do médico. “Chegou um momento em que eram tantas as crises e tantos os socorros de emergência, que senti que o Leandro estava morrendo junto com o filho. Ele sabia que o Beni não iria aguentar por muito tempo. Foi aí que surgiu o Canabidiol”, diz Beto. Entusiasmado com a melhora do filho – hoje, as crises, que chegavam a duas dezenas, em 24 horas, são de no máximo duas ao mês, e facilmente controláveis –, Leandro Ramires passou a ajudar muitas crianças Brasil afora. Ele auxilia pais que vivem situação parecida com a sua. Apoiou, por exemplo, a produção de Ilegal, documentário que mostra a realidade das mães que, para salvar a vida dos filhos, lutam contra o preconceito, a burocracia e o tempo. Também já foi ao Senado Federal defender o uso da maconha medicinal. Toda segunda-feira, ao longo de duas horas, orienta gratuitamente pacientes adultos que sofrem de múltiplas doenças cujos efeitos são minimizados pelo uso de medicações derivadas da Cannabis. Em meados de novembro, defendeu o uso terapêutico da maconha e o fim da burocracia para a importação do extrato rico em Canabidiol junto ao Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas, no Ministério da Justiça, em Brasília. Nos Estados Unidos, uma seringa da Canabidiol custa US$ 499. Como substância vetada pela Anvisa, mesmo com autorização de importação, o medicamento chega ao Brasil sobretaxado em 60% – o preço sobe para US$ 800. Além disso, há mais taxas no momento de retirar o produto. Isso sem falar nos riscos de, muitas vezes, uma mercadoria destinada a determinado estado ir parar na outra ponta do país. A medicação de Benício já aterrissou em Curitiba, por exemplo. “O alto preço faz com que somente pessoas de posse tenham acesso à substância, e a burocracia leva 54 |Encontro
O músico Beto Bruck acompanhou a batalha do amigo pela sobrevivência do menino: “Eram tantas as crises e tantos os socorros de emergência, que senti que o Leandro estava morrendo junto com o filho” Eugênio Gurgel
A amiga Juliana Paolinelli, que também usa medicamento à base de cannabis: “Leandro é incansável. Até conhecê-lo, eu não acreditava que existiam homens assim no mundo”
muitas delas a continuarem trazendo o produto de forma ilegal para o Brasil. Sou obrigado a ser um desobediente civil. Se não fizer isso, meu filho morre. O desafio agora é oferecer a maconha medicinal com continuidade”, diz o mastologista. O garoto que trocou um autorama por um microscópio jamais se arrependeu de sua opção. Ainda mais depois de conseguir salvar a vida do filho incontáveis vezes: no hospital, no sítio, no saguão do prédio, no carro, em pleno trânsito. Como mastologista, diz que já viveu situações difíceis, como, em função de um câncer, ser obrigado a retirar, de uma vez, uma mama e um braço de uma paciente. Apesar disso, garante que nada do que que viveu na medicina foi tão desafiador quanto acompanhar e cuidar da doença do filho. “Por causa das condições do Beni, fui obrigado a abandonar o consultório, que era bastante movimentado. Hoje, ele tem uma cuidadora durante o dia enquanto trabalho no hospital, mas à noite é por minha conta”, explica. Se abriu mão do autorama tão facilmente quando criança, o mesmo não aconteceu com o telescópio. Já adulto, Leandro começou a frequentar o Observatório Astronômico da UFMG, na Serra da Piedade. Chegou a tatuar um homem de mãos dadas com um menino pequeno, ambos de costas, observando um céu estrelado, na parte de dentro do braço esquerdo. No direito, tatuou a constelação de Órion, que, para ele, representa Benício. Foi uma forma de escrever na própria carne, com um toque de poesia, todo o amor que traz na alma pelos dois filhos. Agora, no horizonte dele, além de estrelas, existe o sonho de tornar acessível para crianças e adultos de todas as classes sociais e de todo o Brasil os medicamentos derivados da Cannabis sativa, que comprovadamente alimentam a dignidade e a vida de pacientes que sofrem de várias doenças. Em dezembro, Leandro vai ao Rio participar da fundação de uma associação brasileira de maconha medicinal. A luta está apenas começando, mas ele está pronto para enfrentar, sem medos, os golpes que ainda estão por vir. A maior batalha, ele já venceu. z
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COMPORTAMENTO | HOBBY
DANIELA COSTA
Na garagem dos irmãos Ivan Resende, músico, de 33 anos, e Fernando Resende, publicitário, de 35 anos, carros comuns são proibidos. Atualmente, o espaço abriga um Ford Mustang GT motor V8 de 240 cv e um Ford Maverick motor V8 de 250 cv de potência. “Desde a adolescência, nosso hobby preferido é turbinar as máquinas para sentir a adrenalina das pistas de corrida”, diz Ivan. Paixão que custa caro. Só nos dois carros atuais da dupla já foram investidos cerca de R$ 50 mil em mecânica. A dedicação pelo automobilismo começou cedo, quando Fernando, com apenas 14 anos, e Ivan, então com 12 anos, compraram seu primeiro Dodge Charger R/T 1977 laranja. Na época, o investimento custou a venda de todos os seus jogos eletrônicos e uma longa economia da mesada, mas eles garantem que valeu a pena. “Desde então, não paramos mais. Na sequência vieram um Dodge Magnum 1979, um Dart Cupê 1976, um Chevrolet Opala seis cilindros, entre outros modelos. Todos de alta potência”, conta Fernando. O que os motiva? Ouvir o ronco bravo do motor, sentir o cheiro do pneu queimado no asfalto, ver a fumaça na pista e se deixar levar pela adrenalina que ferve nas veias. Nas competições de arrancada que acontecem toda segunda quinta-feira do mês no autó58 |Encontro
Os irmãos Ivan e Fernando Resende: “Desde a adolescência, nosso hobby preferido é turbinar as máquinas para sentir a adrenalina das pistas de corrida”, diz Ivan
Pura adrenalina PARA VOAR LOCAL DAS DISPUTAS: Mega Space ENDEREÇO: avenida das Indústrias, 3000, Distrito Industrial II - Santa Luzia CONTATO: (31) 2102-4800 www.megaspace.com.br
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A paixão por carros e pela velocidade motiva mineiros de todas as idades a investir em veículos turbinados para disputar corridas amadoras circuitos da Grande BH. O esporte é caro e emocionante
Fotos: Alexandre Rezende
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COMPORTAMENTO | HOBBY Fotos: Alexandre Rezende
Aos 19 anos, Erick Jean Duarte Chang já tratou de comprar um carro e turbiná-lo: “Sem dúvida, carros e velocidade me atraem muito, uma paixão que vou levar comigo a vida toda”, diz
Dirceu Barbosa Junior, administrador: “Desde criança assistia às corridas de Fórmula 1. Senna era meu ídolo”
Diogo Martins Duarte, agropecuarista: “Para mim, correr é um esporte que traz emoção e adrelina pura”
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dromo do Mega Space, em Santa Luzia, competidores de todas as idades e com os mais variados modelos de carros se realizam na pista. Para eles, fundamental mesmo é extravasar. Além de ser o ponto de encontro dos amantes da velocidade, o local funciona como válvula de escape. “Temos competidores com mais de 60 anos de idade e outros que acabaram de completar 18. Muitos se esquecem até mesmo de seus problemas de saúde”, diz Celso Camargo, responsável pelo marketing da casa. Por lá, é comum ver carros antigos, como um Fiat 147 turbinado, competir com modelos do ano. No final, quem faz o melhor tempo nos 201 metros, com média de dez segundos e velocidade que gira em torno de 180 km/h, vence a disputa. Na última edição do ano, realizada em novembro, o campeão do segundo semestre na categoria Turbo Tração Dianteira (TTD) foi o administrador de empresas Dirceu Barbosa Junior, de 23 anos. O Audi A3, 2.0 TFSI esporte de 300 cv completou o trajeto em 9,6 segundos. Sua inspiração é antiga. “Desde criança assistia às corridas de Fórmula 1 com o meu pai, e meu ídolo sempre foi o Ayrton Senna”, diz. Segundo ele, os investimentos no carro já giram em torno de R$ 15 mil. Com um verdadeiro “haras” na garagem – sua BMW 328i tem motor 2.0 turbo e 360 cv –, o agropecuarista Diogo Matias Duarte, de 23 anos, também não economiza na hora de turbinar a máquina. Chip de potência para melhorar o desempenho, filtro de ar esportivo e rodas especiais foram apenas algumas das alterações feitas e que já lhe custaram R$ 10 mil. “Para mim, correr é um esporte que traz emoção, adrenalina pura. Saio de Pará de Minas, cidade onde moro, só para vir competir na pista”, justifica. Mal tirou a carteira de motorista e o técnico em eletrônica Erick Jean Duarte Chang, de 19 anos, já tratou de comprar um carro e turbiná-lo. O Golfe GTI, motor 1.8 turbo, 200 cv, foi modificado para ter seu torque e potência aumentados. Além disso, cerca de R$ 18 mil já foram investidos em rodas, suspensão, iluminação e motor. “Sem dúvida, carros e velocidade me atraem muito, uma paixão que vou levar comigo a vida toda”, diz. ❚
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PET | NOVIDADE
Festa animal!
Alexandre Rezende
Os modismos entre donos de bichos de estimação parecem não ter limites. A nova onda é comemorar o aniversário dos animais com eventos sociais DANIELA COSTA
Comidas especiais, perfumes, bebidas, roupas, tratamento de gente... O modismo e as novidades entre os donos de bichinhos de estimação parecem não ter fim. Os proprietários garantem que têm bons motivos, mas os especialistas alertam sobre os perigos de uma excessiva humanização dos animais. Enquanto isso, a nova onda agora são as festas de aniversário, com direito a convite personalizado e petiscos próprios. “Mesmo vivendo tão pouco, os animais transformam nossas vidas de tal maneira, ensinando-nos novas vertentes do amor e da gratidão, que cabe a nós usufruir cada momento ao seu lado da melhor maneira possível”, diz a professora Ana Carolina Araújo da Silva, de 29 anos. Todos os dias quando chega em casa após o trabalho, seu fiel companheiro, o poodle Nounours, espera-a com ansiedade e só se aquieta depois de receber muito carinho. A relação de afeto entre os dois é tão grande que em março Ana decidiu comemorar o primeiro ano de vida do cãozinho de maneira inusitada. “O Nounours é tão querido por nossa família que decidimos fazer uma festa de aniversário para homenageá-lo”, diz. Natural da França, foi lá que o marido de Ana, Gael Que62 |Encontro
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A advogada Vanessa da Costa Lopes (primeira à esquerda) teve uma ideia especial ao comemorar o aniversário do maltês Théo. “Pedi que cada convidado nos presenteasse com pacotes de ração para doarmos aos animais de rua”
meneur, comprou a roupinha de marinheiro usada pelo mascote na ocasião. Os convites feitos com o slogan ‘Traga o seu dono” foram encomendados pelos sogros. Já a funcionária pública Jaqueline Alvarenga de Paula, de 45 anos, caprichou na decoração de aniversário de 1 ano do pequenez Pitoco. “Ele entrou no salão em um caminhãozinho, ao som de Elvis Presley e usando uma de suas fantasias. Como não gosta muito de roupas, uso somente em ocasiões especiais”, diz. Considerados verdadeiros membros da família, os pets conquistam
espaço cada vez maior na vida de seus donos. Alguns já estão habituados a tratamentos diferenciados, com direito ao uso de roupas, perfumes e acessórios. A dúvida que fica é qual o limite para não exagerar na dose – questão que já preocupa os especialistas. “Toda expressão de amor é válida, mas tendo sempre o cuidado de respeitar a natureza de cada espécie. Humanizar é justamente desrespeitar os limites do animal”, diz o veterinário Amaury Carabetti Diniz. Em se tratando de celebrar mais um ano de vida do bichinho de estimação, a sugestão é apenas tomar alguns
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PET | NOVIDADE CUIDADO: O LIMITE É RESPEITAR A CARACTERÍSTICA DE CADA ESPÉCIE
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A humanização dos animais pode gerar problemas comportamentais, entre eles, agressividade, ciúmes e dependência excessiva do dono.
O bufê deve ser específico para cada espécie. Em geral, é composto por ossinhos, bifinhos, palitinhos e patês
O anfitrião deve conhecer bem o comportamento do seu pet e dos convidados para evitar brigas
Os proprietários convidados devem ser informados sobre qual será o cardápio, já que muitos pets sofrem de distúrbios hepáticos, renais, cardíacos e alérgicos
Em geral, gatos não vão a festa de cães e vice-versa, a não ser que já estejam bem acostumados Música alta e estourar bombas, balões geram estresse e medo nos animais
É indicado que todos os animais estejam vacinados, vermifugados e com proteção antipulgas e carrapatos Fonte: especialista consultado Thiago Mamede
Ana Carolina e o poodle Nounours: “Os animais transformam nossas vidas”, diz
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cuidados. Entre eles, conhecer bem o temperamento do animal e dos convidados, para evitar brigas, e escolher um cardápio adequado. “É de praxe que o anfitrião alerte aos donos sobre os alimentos que serão servidos, pois podem ser impróprios para alguns, especialmente aqueles que sofrem de doenças crônicas”, orienta o veterinário. O empresário Fabiano Loures, de 29 anos, também comemorou o aniversário do buldogue francês Obi-Wan Kenobi em grande estilo. “No cardápio tinha salgados para os donos e petiscos para os pets. Foi um momento de muita des-
contração. Valeu a pena”, diz. A festa de aniversário de 1 ano do maltês Théo teve decoração azul e branca com bolo de três andares e plaquinhas no bufê identificando os petiscos que eram para pessoas e os que eram para os pets. Dona do animal, a advogada Vanessa da Costa Lopes, de 34 anos, teve uma boa ideia. “Em um momento tão especial, eu não poderia deixar de pensar nos animais de rua que passam por tantas necessidades. Por isso, pedi que cada convidado nos presenteasse com pacotes de ração para doarmos. Foi uma alegria dupla”, garante. z
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NEGÓCIOS | VAREJO
Depois de investir em lojas sofisticadas, grupo DMA decide reposicionar seus negócios e transformar parte dos supermercados MartPlus em Epa Plus. A ordem agora é vender barato PAULA TAKAHASHI
O cliente tem sempre razão. Que o diga o DMA, segundo maior grupo de supermercados de Minas Gerais, oitavo maior do país e dono das bandeiras Epa, MartPlus e Via Brasil. Atento às mudanças do mercado e, principalmente, ao desejo do cliente, o grupo vem realizando, discretamente, uma mudança estratégica na Zona Sul de Belo Horizonte. Desde outubro, as lojas com bandeiras MartPlus vêm cedendo lugar às do Epa Plus. No fim de novembro, a mudança chegou às lojas da avenida Nossa Senhora do Carmo, bairro São Pedro, e avenida do Contorno, no bairro São Lucas. Quem passou nesses locais na manhã de 24 de novembro pôde observar que a logo azul do MartPlus havia sido substituída pela vermelha do Epa Plus. Antes, a troca já havia sido feita nas lojas dos bairros Cidade Jardim, Sion, Santa Lúcia e Anchieta. Agora, das oito antigas lojas MartPlus, restam apenas duas: as do Belvedere e Santo Agostinho. Mas elas também podem mudar. “O cliente é quem vai dizer se vamos manter o MartPlus nessas unidades ou não”, diz Roberto Gosende, diretor de marketing do Grupo DMA. A ação foi uma verdadeira virada no posicionamento de mercado e promete alavancar o faturamento do grupo. Para se ter uma ideia, em pouco mais de um mês as quatro lojas que já haviam mudado a bandeira registraram 68 |Encontro
Fotos: Samuel Gê
A vitória do preço baixo
Roberto Gosende, diretor de marketing do grupo DMA, em frente à loja da avenida Nossa Senhora do Carmo: “Percebemos que mesmo as pessoas com poder aquisitivo alto da Zona Sul não estão dispostas a pagar mais caro por produtos do dia a dia”
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NEGÓCIOS | VAREJO Fonte: DMA
O GRUPO DMA
CIDADES ONDE ESTÁ PRESENTE ES Vitória, Serra, Jacareípe, Vila Velha, Guarapari, Linhares e Cariacica
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lojas* MG
ES
MG Belo Horizonte, Contagem, Betim, Ibirité, Ribeirão das Neves, Santa Luzia, Sabará, Nova Lima, Vespasiano, Itaúna, Nova Serrana, Conselheiro Lafaiete e Sete Lagoas
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lojas
FATURAMENTO (R$) 3,0 BILHÕES *Até o fim do ano
2,800
bilhões
2,450
2,5 BILHÕES
bilhões
11 mil
Previsão
2,0 BILHÕES 1,5 BILHÕES
Funcionários
1,0 BILHÕES
Cerca de
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10 mil
itens vendidos
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RAIO-X DO SETOR EM MG CRESCIMENTO (em percentuais)
4,93% em 2013 2,5% em 2014* 2,5% em 2015* INVESTIMENTO (R$) 300 milhões em 2013 340 milhões em 2014* 300 milhões em 2015* FATURAMENTO (R$) 26,9 bilhões em 2013 27,7 bilhões em 2014* ** em 2015*
NOVAS LOJAS
REFORMAS
45 em 2013 85 em 2014* 70 em 2015*
58 em 2013 65 em 2014* 75 em 2015*
TOTAL DE LOJAS
6.885 em 2013 6.970 em 2014* 7.040 em 2015*
(*) Projeção (**) Estimativa depende do resultado de 2014 Fonte: Associação Mineira de Supermercados (Amis) e Associação Brasileira de Supermercados (Abras)
EMPREGOS 200 MIL
150 MIL
100 MIL
166 mil
156 mil
(10 mil novos empregos)
2013
2014
(8 mil novos empregos)
174 mil
(8 mil novos empregos)
50 MIL
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2015
aumento de 40% no faturamento. O resultado é justificado pela inversão da estratégia de vendas, antes focada na oferta de serviços e agora direcionada para o preço baixo. “O MartPlus estava competindo com outras redes de supermercados que possuem uma identidade mais voltada para a oferta de serviços do que de preço. Todos brigando pelo mesmo cliente e com o mesmo posicionamento”, diz Gosende. A saída para se diferenciar da concorrência foi dada pelo próprio cliente. “Fizemos um levantamento e vimos que mesmo as pessoas com poder aquisitivo alto que vivem na Zona Sul não estão dispostas a pagar mais caro por produtos do dia a dia”, afirma Gosende. De olho nessa parcela de consumidores que não estava sendo atendida pelos supermercados da região e, muitas vezes, tinha de se deslocar para outros bairros para fazer as compras, surgiu a estratégia de levar a tradição de 54 anos do Epa para as áreas nobres, dominadas pelo conceito gourmet. “Nós estamos seguindo esse novo comportamento das classes A e B e apostando que as pessoas não querem jogar dinheiro fora”, explica o diretor de marketing. A aposta deu certo, como mostra o aumento do faturamento já no primeiro mês. Além disso, o fluxo de pessoas dobrou. “Sabíamos que a mudança daria resultado, mas não esperávamos esses números num espaço de tempo tão curto”, diz o executivo. Atraídos pelo conceito de preço baixo, já tradicional da marca Epa, os frequentadores do entorno, que antes não cogitavam a possibilidade de fazer as compras do mês no supermercado, notaram a diferença. Ao todo, 900 novos itens estão disponíveis para atender às exigências do público que quer economizar. E não foram apenas as gôndolas que ganharam cara nova. Alguns serviços também mudaram. No açougue, as carnes cortadas e embaladas foram substituídas pelo açougueiro. As áreas de padaria e hortifrúti ganharam mais espaço. Gosende garante que a preocupação agora é atender o cliente em sua demanda diária. “Se pudermos atender esse consumo especial (de alto valor agregado) estamos à disposição. Temos
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NEGÓCIOS | VAREJO segurança de que esse é o caminho. As pessoas da Zona Sul também gostam de pagar preço justo”, afirma. Com a forte aceitação nas primeiras lojas, a unidade do São Lucas e a loja conceito da avenida Nossa Senhora do Carmo foram as últimas a passarem pela mudança de marca na segunda quinzena de novembro. O MartPlus ainda mantém sua bandeira nas lojas dos bairros Belvedere e Santo Agostinho. “Mas acreditamos que a tendência seja a de implantarmos a bandeira Epa Plus também nessas lojas, em função da demanda do consumidor”, diz o diretor. Gosende garante que essa reestruturação não significa o fim do MartPlus. “Temos muita coisa para fazer no ano que vem. Se no decorrer do trabalho for necessário abrir um MartPlus e sentirmos que o cliente quer isso, vamos abrir”, garante o executivo. O que se sabe até agora é que, das 15 lojas previstas para serem inauguradas em Minas Gerais em 2015, a maioria levará a bandeira Epa Plus. “Mas essa definição é muito mais próxima da data de abertura”, afirma o diretor. Sem grandes projetos de expansão em 2013 e no primeiro semestre de 2014, o grupo reagiu no segundo semestre. Já abriu seis unidades e outras duas (Ouro Preto e João Monlevade) serão inauguradas ainda neste mês. Dos 15 empreendimentos previstos para 2015, é possível que 11 deles sejam na capital mineira. “Ficamos um pouco parados nos últimos dois anos por conta de uma reestruturação muito grande no sistema de gestão da empresa, com a implementação do SAP (ferramenta de gestão)”, diz o diretor de marketing. “Agora conhecemos nossa empresa de ponta a ponta. Temos uma gestão moderna e atualizada que vai permitir esse crescimento com segurança e solidez”, diz. Ainda há muito espaço para crescer. “Existem grupos fortes no interior, mas acreditamos que podemos dividir mercado, porque eles não conseguem atender uma grande cidade sozinhos. E há regiões onde eles não estão presentes e podemos entrar. Vamos avaliar de acordo com o potencial de mercado”, antecipa Gosende. Ou seja, mais uma vez, a palavra final será dada pelo cliente. z 72 |Encontro
Fotos do interior do Epa Plus da Nossa Senhora do Carmo: mais marcas nacionais e 900 itens novos para o cliente que prioriza a economia
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DEZ PERGUNTAS PARA | CHRISTIAN GEBARA
Diretor da operadora de celular fala sobre projetos para Minas e diz que, com a compra da GVT, empresa entra na briga pelo cobiçado mercado de TV por assinatura, internet e telefonia fixa PAULA TAKAHASHI
Líder no mercado mineiro, com mais de 8,4 milhões de clientes, a telefônica Vivo está à frente do programa da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) para expansão do serviço de internet para áreas rurais. Até março de 2016, levará 3G para 692 distritos. Também está mexendo com as concorrentes ao anunciar mudanças pioneiras no modelo de negócio do setor, como cobrar internet acima do limite da franquia contratada e o lançamento de planos simplificados para clientes de todo o Brasil. Protagonista da última aquisição no setor – a gigante da telefonia móvel comprou a GVT –, a Vivo deixa claro seu interesse em entrar na disputa por uma fatia do mercado de combos, com a oferta integrada de telefonia móvel, fixa, TV por assinatura e banda larga. Em Belo Horizonte para participar do Vivo Open Air, o diretor executivo de marketing e vendas da empresa, Christian Gebara, falou com Encontro sobre os planos de expansão da internet 3G e 4G, do foco na qualidade do serviço e sobre a importância de Minas para os negócios. 1 | ENCONTRO - A Vivo é a responsável por executar o Programa de Universalização do Acesso aos Serviços de Telecomunicações do Estado de Minas Gerais, o Minas Comunica II, que deve beneficiar mais de 1 milhão de pessoas. Como está o andamento desse programa?
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A Vivo parte pra briga CHRISTIAN GEBARA - O objetivo é levar internet 3G para 692 distritos de 359 municípios mineiros. Há áreas rurais com cerca de 300 habitantes onde as pessoas não tinham nenhum acesso ao serviço. Seguindo esse plano, já chegamos a 183 distritos e, até o final do ano, serão 340. A meta é atingir os 692 até março de 2016. Com isso, cobriremos praticamente o estado inteiro. É um serviço acessível com oferta de entrada de R$ 6,90 por semana e direito a 100 minutos de voz, SMS ilimitado dentro da rede Vivo e 75 MB de internet por semana. Com isso, temos consciência de que vamos mudar a estrutura da comunidade à qual estamos chegando. 2 | A operadora também tem planos para conexão dentro das escolas. Como está o projeto?
Minas Gerais será o segundo estado contemplado com essa iniciativa. Parte dela faz parte da obrigação prevista na implantação do 4G, mas vamos além. A intenção é não só conectar 4 mil escolas rurais à internet até 2016, como também disponibilizar equipamentos como tablets para os professores. Também vamos desenvolver treinamentos para que eles apliquem a tecnologia no dia a dia da escola. O projeto está em andamento e já temos piloto em seis cidades do vale do Jequitinhonha. 3 | Ainda falando sobre conexão, a empresa está investindo forte no 4G, inclusive, com campanhas publicitárias. Qual o planejamento de expansão dessa tecnologia?
Cláudio Cunha
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Começamos a oferecer o serviço na Copa das Confederações e, de cara, já disponibilizamos nas cidades-sede e também em São Paulo. Desde então, já chegamos a 111 cidades no Brasil e atingimos a maior cobertura entre as concorrentes. Em Minas, o 4G já está disponível em seis municípios e, até o fim do ano, chegaremos a mais quatro. Atualmente, Belo Horizonte, Contagem, Ipatinga, Juiz de Fora, Sete Lagoas e Uberlândia já têm, e os próximos a serem lançados são Betim, Pouso Alegre, Poços de Caldas e Varginha. 4 | Como está sendo estruturada a oferta de planos com internet 4G e como vem se comportando a demanda dos clientes?
A internet móvel é a raiz das nossas ofertas em todos os segmentos de clientes. Acreditamos que é por aí. Começamos a oferecer pacotes focados no pós-pago e hoje grande parte da venda de planos nesse mercado tem 4G. A partir daí, fomos derivando para outros segmentos de clientes. Agora estamos chegando ao pré-pago e Controle e vamos aumentar o portfólio de planos com o lançamento de opções com mais franquia de dados, uma demanda cada vez maior dos clientes. 5 | A Vivo foi a primeira a anunciar alterações na cobrança da internet pelo celular. Agora, quem exceder a franquia de dados contratada terá de pagar. Por que adotaram essa estratégia de mercado?
No procedimento anterior, os clientes compravam o limite máximo da franquia de dados e, depois que excedia, reduzíamos a velocidade. O problema é que eles passavam a ter uma experiência muito ruim com o serviço sem entender o porquê. Achavam apenas que a internet da operadora não estava funcionando. Vimos que a tendência mundial não é fazer mais isso e, sim, cobrar por pacotes adicionais de internet, para que o cliente continue navegando na velocidade que quer. Ele é avisado de que está chegando ao limite e, quando o ultrapassa, são oferecidas possibilidades de pacotes. Se ele não quiser, é simplesmente bloqueado e pode continuar usando o aparelho conectado à rede wi-fi.
6 | Como está sendo implantada essa nova política de cobrança?
Começamos em 6 de novembro com os clientes dos planos pré-pago e Controle em Minas Gerais e Rio Grande do Sul. 7 | Em termos de mercado, a Vivo deu um grande passo rumo à oferta de combos com a compra da GVT. O que vai mudar a partir dessa aquisição?
Não podemos dar muitos detalhes sobre esse assunto porque a operação ainda não foi aprovada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O que posso dizer é que existe uma perspectiva de uma empresa líder em serviço móvel se unir a uma empresa que tem uma plataforma de serviços fixos em vários estados. Claro que a perspectiva futura é positiva, mas por enquanto somos duas empresas separadas.
A tendência mundial é cobrar por pacotes adicionais de internet para que o cliente continue navegando na velocidade que ele quer”
8 | A qualidade do serviço de telefonia móvel é um dos maiores calcanhares de aquiles do setor. A Anatel está colocando em vigor o Regulamento Geral de Direitos do Consumidor de Serviços de Telecomunicações (RGC) justamente para mudar esse cenário. Como a Vivo tem se adaptado às novas regras impostas pela agência reguladora?
Estamos seguindo 100% todos os requerimentos que são feitos pela Anatel. Corremos para atender à explosão dos dados e uso dos smartphones, mas as
pessoas querem usar cada vez mais e com um nível de tolerância muitas vezes baixo. Elas querem que o serviço funcione em todos os lugares e, às vezes, esbarramos em legislações municipais e não conseguimos colocar antena onde queremos. É um serviço que tem certa complexidade e é difícil satisfazer 100% dos clientes todo o tempo. De qualquer forma, vários indicadores mostram que estamos na liderança entre os menos reclamados. É o nosso desafio do dia a dia, e nosso planejamento gira em torno disso. 9 | A empresa tem dito que pretende fazer uma revolução na oferta de planos, justamente buscando mais transparência na contratação dos serviços. Como isso vai funcionar?
Nossos planos foram acomodando todas as necessidades apresentadas pelos clientes, como franquia de DDD, pacote de SMS, voz e dados. Chegou um momento em que tínhamos mais de 70 planos pós-pago, cada um com uma característica. Isso gera dificuldade tanto para o nosso vendedor explicar para o cliente todos os detalhes quanto para o consumidor ter entendimento claro do que está pagando. Tomamos uma decisão de simplificar. No Plano Controle, passaremos a ter apenas três planos. No pós-pago, vamos lançar cinco planos. De cara, todos eles terão voz de Vivo para Vivo, SMS e ligações para Vivo Fixo, todos esses serviços ilimitados. O que vai diferenciar um do outro são os minutos para ligar para outras operadoras e a franquia de dados. Esses novos planos vão começar a ser comercializados com o lançamento do iPhone 6. Isso também é qualidade e transparência. 10 | Qual a importância de Minas para o planejamento da Vivo?
Pela força que temos no estado, é evidente que Minas é prioritário para nós. Muitas das coisas novas que fazemos, testamos aqui. Além de o estado conseguir representar a diversidade do Brasil em muitos aspectos, temos aqui uma posição difícil de encontrar em outro lugar, considerando a quantidade de revendas, lojas e a forte presença da marca. z DEZEMBRO DE 2014
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VIDA DIGITAL | ALYSSON LISBOA alisboa@editoraencontro.com.br
ENTREGA COLABORATIVA ATIVA EM 24 HORAS Miguel Torres e Luis Loaiza oaiza são equatorianos e vieram a Belo elo Horizonte para participar do programa do governo de Minas de aceleração de startups, o Seed. eed. Em maio de 2014, tiraram um sonho do papel e, seis meses depois, surgiu a hippify, que já atrai a atenção de grupo de investimento Shippify, alemão, além de prêmios de reconhecimento. A proposta? Criar uma comunidade verificada de entregadores (shião motoboys e taxistas ppers) para produtos do varejo. São que, em 24 horas, fazem o trabalho de entrega de produtos que hoje pode levar pelo menos sete dias. O Shippify usa a dinâmica conhecida como economia colaborativa. Conversando com motoboys e taxistas, Miguel e Luis perceberam que esses profissionais poderiam usar o tempo vago para complementar a renda. “O porta-malas dos taxistas quase sempre está desocupado. Entre uma corrida e outra, eles podem realizar entregas, reduzindo muito o tempo entre a compra e a chegada do produto”, completa Miguel. Recentemenamsung e deve ente, a empresa fechou parceria com a Samsung trar de vez nos sites de comércio eletrônico.
APLICAÇÃO O lojista instala a função de entrega do Shippify diretamente no seu site de comércio eletrônico Os motoboys e taxistas interessados em realizar as entregas fazem um cadastro no Shippify
PACOTES Todas as entregas são rastreadas em tempo real. Assim, é possível controlar as encomendas o tempo todo e detectar alguma irregularidade
Samuel Gê
COMUNIDADE Os entregadores (motoboys e taxistas) buscam os pacotes nas lojas, sob demanda
ENTREGA Realizada no prazo máximo de 24 horas, por meio da comunidade de entregadores, os produtos chegam à casa do cliente
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APPS
Cláudio Cunha
DE ONDE VEM TANTA ENERGIA? Qual o maior problema apontado hoje pelos usuários de smartphone? A durabilidade da bateria, não é mesmo? Pensando nisso, a Motorola lançou, em outubro, o Moto Maxx, prometendo 40 horas de autonomia do aparelho longe da rede elétrica. O segredo é a bateria com 3900mAh. Para se ter uma ideia, o novo iPhone 6 Plus tem 2915mAh. Outro diferencial do Moto Maxx é sua excelente câmera de 21MP, que filma em 4K. Com acabamento em náilon balístico de alta resistência, o telefone também é resistente a água. Será que a bateria cumpre o que promete? Confira o teste realizado por Encontro.
TEMPO TOTAL DE DURAÇÃO DA BATERIA 35 horas e 55 minutos
100% 12h20 do dia 6 de novembro
O celular foi utilizado de maneira regular com as funções Bluetooth e rede wi-fi ligadas. Foram produzidas dezenas de fotos e um vídeo, bem como o uso frequente do WhatsApp, Facebook e e-mail
12h40 do dia 7 de novembro
Além das funções do dia anterior, foram tiradas novas fotos, produzido um vídeo de 5 minutos e o YouTube foi utilizado por 20 minutos
10%
Foi mantida a mesma rotina de uso, mas não foram produzidos mais vídeos
27%
17h45 do dia 7 de novembro
0% 0h15 do dia 8 de novembro
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A bateria chega ao fim, mas o carregador gera uma carga de 60% em apenas 15 minutos. Um alívio na hora do aperto
Conclusão: Apesar de ter durado quase 4 horas a menos do que foi prometido, a bateria é realmente o grande diferencial do produto. Preço sugerido do celular no Brasil: R$ 2.199
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COLUNA DE DIREÇÃO | FÁBIO DOYLE fdoyle@editoraencontro.com.br Pedro Bicudo/Divulgação
MAIS CONTEÚDO A Renault investe no crescimento em vendas do Fluence. Para galgar alguns degraus no ranking dos sedãs médios, a linha 2015 ficou mais completa em conteúdo, fornecendo de série recursos não disponíveis em seus principais concorrentes. Entre eles, sensor de luminosidade,
sensor de chuva, piloto automático, walk away closing, luzes diurnas de LED para a versão de entrada, seis airbags, faróis de xênon e controle de estabilidade para a versão top. Na planilha comparativa, ela se esqueceu de colocar que não oferece as borboletas de troca de marchas
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atrás do volante, item que faz parte do pacote de alguns concorrentes. Os líderes desse segmento são o Toyota Corolla (26% das vendas até outubro), Honda Civic (24%) e Chevrolet Cruze (10%). O Fluence está em nono lugar, com 3,38%, segundo dados da Fenabrave.
Divulgação
O último mês de 2014 começa com o lançamento da pedra fundamental da fábrica brasileira da Jaguar Land Rover, que será construída em Itatiaia (RJ). O encontro deverá ser comandado pelo CEO da Jaguar Land Rover, Ralf Speth, que anunciará a produção do Discovery Sport no Brasil a partir do primeiro semestre de 2016. A fábrica representou investimento de R$ 750 milhões, será voltada apenas para o mercado brasileiro e terá capacidade de 24 mil unidades por ano.
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FAMA NA BERLINDA
TRISTE REALIDADE Já são híbridos, com motor elétrico e a combustão, todos os ônibus double decker que circulam em Londres. Ao observador da eficiência em transportes públicos, é só fazer uma visita à capital da Inglaterra para saber como estamos atrasados na fundamental questão do transporte de massas. Nossa dependência do transporte individual tem uma longa
e tortuosa estrada a seguir para que soluções de desincentivo ao uso de automóveis sejam colocadas em prática. Não há como fugir dessa dura realidade. Antes disso, é preciso acabar com os nós burocráticos, a falta de visão do poder público e a ganância inescrupulosa dos empresários do ramo, principais entraves ao desenvolvimento do setor.
Empresa especializada em serviços automotivos em São Paulo divulga pesquisa que contradiz a fama do Toyota Corolla e Honda Civic de carros com baixo custo de assistência técnica por não “quebrarem”. Segundo levantamento da empresa Caçula de Pneus, o Corolla “é o carro de luxo mais atendido em sua rede de mais de 30 oficinas”. O segundo lugar da lista ficou com o Honda Civic, como “o veículo que mais necessitou dos serviços de alinhamento, balanceamento, cambagem, troca de pneus e outros”. A pesquisa foi realizada levando em consideração os “dez carros de luxo que mais realizaram serviços de manutenção ao longo do ano de 2014” em todas as oficinas da rede.
Daimler AG/Divulgação
FAMÍLIA CRESCE Uma nova e completa família com seis versões do Smart (foto) chegará ao mercado (europeu) dentro de poucas semanas. Com as versões do fortwo (único da marca vendido no Brasil) equipado com motor de
60 hp e o Smart forfour, que além deste oferece o propulsor de 90 hp, no futuro o consumidor poderá escolher entre seis diferentes versões do Smart. A linha 2015 do carrinho urbano já pode ser encomendada
com preços que, na Europa, começam a partir de 10.335 euros (aproximadamente R$ 35 mil). As entregas começam em janeiro de 2015. Para o consumidor brasileiro, a edição Brasil do Smart custa R$ 53 mil. DEZEMBRO DE 2014
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VEÍCULOS | SUSTENTABILIDADE Fotos: Divulgação
Os carros elétricos ainda não emplacaram no Brasil. Especialistas garantem que, enquanto não houver políticas públicas específicas, o uso do modelo ficará restrito a empresas e órgãos governamentais
Só falta a FÁBIO DOYLE
Automóvel plugado em garagem de residência na Europa: no Brasil, essa é uma realidade ainda distante
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Oferta de automóveis híbridos, movidos com motor a combustão e elétrico, ou totalmente elétricos, já é realidade no mundo, principalmente na Europa, nos EUA e Japão. Aqui no Brasil, apesar de atrasada em relação aos países desenvolvidos, a tecnologia já existe e, a partir de agora, a expectativa é de que caminhe a passos mais largos. O veículo elétrico é uma opção de transporte que não polui, é mais silencioso, econômico e de baixa manutenção, além de ter impostos reduzidos. De acordo com dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), até agosto foram licenciados 558 veículos elétricos no Brasil. O número vem crescendo – eram menos de 100 em 2012 –, mas ainda é inexpressivo se comparado com o total da frota tradicional, que em 2013 recebeu 3,7 milhões de veículos novos. Segundo levantamento da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), 7 milhões de veículos elétricos – leves
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Carro sendo abastecido em posto de eletricidade na Dinamarca: viabilidade dos modelos no Brasil depende de infraestrutura e menos impostos; na foto abaixo, detalhe do carregador europeu
a a tomada e pesados – circulavam no mundo no ano passado. O maior mercado está no Japão, onde 11% da frota é movida a eletricidade. Nos Estados Unidos, essa parcela é de 4%. No Brasil, atualmente, 3 mil carros elétricos estão em circulação, ou cerca de 0,04% da frota. Douglas Wittmann, doutorando do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (USP), explica que em diversos países os governos oferecem incentivos fiscais para quem se propõe a utilizar o carro elétrico. Os principais consistem em redução tributária, bônus para aquisição, menor tarifa de licenciamento, estacionamento gratuito e taxa de energia reduzida para a recarga. No Brasil, os veículos elétricos têm isenção de IPVA em sete estados – Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Sergipe e Rio Grande do Sul – e alíquota diferenciada em São Paulo, Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul. Além das vantagens ambientais, o custo do quilômetro rodado com carro elétrico também é menor em relação ao
movido a combustão. Estudo da CPFL Energia mostra que, para rodar com carro usando etanol, gasta-se aproximadamente R$ 0,19 por quilômetro rodado. Com veículo movido à eletricidade, esse valor cai R$ 0,05. No Brasil, o principal obstáculo para a comercialização de carros elétricos é o preço, ressalta Wittmann. “Embora, para efeito comparativo, o custo de combustível se situe em torno de 10% de um veículo similar a combustão, o custo operacional só consegue se equilibrar a partir de utilizações da ordem de 3 mil km por mês. Isso se explica porque boa parte das vendas ocorre para a classe empresarial – frotas, táxis, entre outros –, e não para o cidadão comum. O segundo fator é a falta de estrutura para reabastecimento. Em todo o país, existem apenas 50 locais com carregadores”, explica. Diante da série de obstáculos e falta de estrutura, os carros puramente elétricos são, por enquanto, usados apenas por empresas e frotistas. A Renault, por exemplo, vendeu 70 carros elétricos para empresas como FedEx e Natura, bem como órgãos governamentais. Parte da frota dos Correios é composta pelo Kangoo Z.E. (emissão zero), enquanto a Prefeitura de Curitiba (PR) usa os compactos Zoe e Twizy. Em iniciativa que acompanha a da Fiat, com a produção de carro elétrico em Itaipu, a Renault assinou parceria semelhante para iniciar a produção do Twizy no mesmo local. O primeiro carro elétrico a ser vendido para o consumidor individual no Brasil é o i3, da BMW, que há menos de três meses o lançou no Brasil ao preço de R$ 226 mil. Outros que aguardam sua vez no mercado brasileiro são o Audi A3 E-Tron e o Chevrolet Volt. Porém, enquanto a opção dos veículos 100% elétricos não se tornar prioridade como política pública e a infraestrutura adequada não for implantada no país, a alternativa fica no meio do caminho, com híbridos como o Ford Fusion (R$ 128 mil), o Toyota Prius (R$ 120 mil) e o Lexus CT 200H (R$ 134 mil). Ou seja, sem incentivos, infraestrutura de recarga e preços menos salgados, os carros elétricos vão chegar ao Brasil – mas numa velocidade menor que a desejável. z DEZEMBRO DE 2014
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ENCONTRO INDICA | JOÃO POMBO BARILE Nana Moraes/divulgação
TEATRO | ESPETÁCULO INFANTIL Depois do sucesso no eixo Rio-São Paulo, Luana Piovani traz a BH a peça Mania de Explicação. Com direção de Gabriel Villela e trilha de Raul Seixas, o espetáculo conta a história de Isabel, uma menina que desconstrói o significado de palavras para reconstruí-las à sua maneira. As apresentações do musical infantil acontecem nos dias 12 e 13 de dezembro, no Grande Teatro do Sesc Palladium (rua Rio de Janeiro, 1.046, centro). Os ingressos custam a partir de R$ 25, na bilheteria do teatro. Por que ir: Em sua quarta produção infantil, Luana repete a bem-sucedida parceria com Gabriel Villela, depois do espetáculo O Soldadinho e a Bailarina, e agrada a crianças dos 8 aos 80 anos.
Joana França/divulgação
ARTES PLÁSTICAS | EXPOSIÇÃO O centenário do ready-made do artista plástico Marcel Duchamp inspira a exposição Ciclo – Criar com o Que Temos, que acontece no Centro Cultural Banco do Brasil (Praça da Liberdade, 450, Funcionários) até 19 de janeiro de 2015, com entrada franca. Vista por cerca de 400 mil pessoas em São Paulo, a mostra reúne trabalhos antológicos de 13 artistas de diferentes gerações e nacionalidades. Por que ir: As obras dos 13 artistas, feitas com os mais diversos materiais, como câmaras de pneus, palitos de dente, dejetos eletrônicos e veículos, é uma bela homenagem ao artista francês, que mudou os rumos das artes plásticas no século XX.
MÚSICA | SHOW I
Diogo Carvalho/divulgação
A dica é para quem gosta de rock nacional. Os paulistanos do Ira! se apresentam na cidade, dia 12 de dezembro, às 22h, no Chevrolet Hall (av. Nossa Senhora do Carmo, 230, Savassi). Depois de uma longa pausa de sete anos, o grupo, liderado pelo guitarrista Edgar Scandurra e pelo vocalista Nasi, faz grande turnê por todo o país e não deixa de passar pela capital mineira, onde tem uma legião de fãs. Ingressos a partir de R$ 30, à venda na bilheteria do ginásio ou no site premier. ticketsforfun.com.br. Por que ir: O show, que reúne os maiores sucessos dos 34 anos da banda, emociona do início ao fim.
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LITERATURA | EXPOSIÇÃO A exposição Quase Poema – Cartas e Outras Escrituras Drummondianas fica em cartaz até 18 de janeiro de 2015 na Casa Fiat de Cultura (Praça da Liberdade, 10, Funcionários). A mostra, com entrada franca, reúne cartas e escritos de Carlos Drummond de Andrade endereçados à mãe e alguns familiares. Esta é a primeira vez que o acervo do Instituto Moreira Salles, do Rio de Janeiro, é apresentado com o material do Memorial Carlos Drummond de Andrade, de Itabira. Por que ir: Nas cartas enviadas à mãe, o poeta mineiro revela-se um filho carinhoso. A mostra é uma excelente chance de conhecer um pouco da intimidade de um dos maiores poetas brasileiros de todos os tempos e que sempre foi muito discreto e arredio. ção
ulga Memorial CDA/div
LITERATURA | LIVRO O que move o escritor? Para responder a essas e outras questões, nasceu o projeto Ofício da Palavra. Todos os meses, desde 2006, no Museu de Artes e Ofícios, o jornalista e escritor José Eduardo Gonçalves promove um encontro do autor com o seu público. Agora, o melhor desses encontros literários pode ser lido em Ofício da Palavra (editora Autêntica, R$ 29,90). No volume, depoimento de autores como Luiz Ruffato, Milton Hatoum, Ferreira Gullar, Cristovão Tezza e Silviano Santiago. Por que ler: Uma excelente maneira de entender o processo de criação de 11 escritores brasileiros.
Marcos Hermes/ divulgação
MÚSICA | SHOW II No mesmo 12 de dezembro, outro programa imperdível para os roqueiros de todas as idades: a banda Sepultura se apresenta, às 22h, no Music Hall (av. do Contorno, 3.239, Santa Efigênia). O mais importante grupo de metal brasileiro de todos os tempos, o Sepultura volta à cidade onde, há mais de 30 anos, os integrantes tocaram juntos pela primeira vez. No show, o grupo promete mostrar, além dos clássicos, as canções do novo álbum: The Mediator Between Head and Hands Must Be the Heart. Os ingressos, que custam a partir de R$ 40, podem ser adquiridos no site www.ingressorapido.com.br. Por que ir: O Sepultura tem uma presença de palco como poucas bandas do planeta.
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CULTURA | ARTES PLÁSTICAS Fotos: JC Martins
Yara Tupynambá e seu trabalho mais recente: temática se relaciona com a geografia de Minas Gerais e as paisagens observadas pela artista
Gênio indomável Aos 82 anos, a artista plástica Yara Tupynambá relembra o tempo em que enfrentou os militares, fala do atual projeto de retratar a natureza de Minas e acredita que o artista tem de ir aonde o povo está 86 |Encontro
AMANDA ALEIXO
Belo Horizonte, década de 1960. Na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), os alunos encaram o regime militar com gritos de ordem, reuniões secretas e medo. Nesse cenário sombrio, a artista mineira Yara Tupynambá, professora da Escola de Belas Artes, dependura-se mais uma vez no andaime fixado na Reitoria da universidade para finalizar a obra Inconfidência Mineira. Encomendado por Gérson Boson, reitor deposto pelos militares, o painel, de 40 m de largura e 4 m de altura, conta a história da luta humana pela liberdade. Faltava apenas uma frase para que Yara terminasse o trabalho, que já se estendia por dois anos, quando a “cassação acadêmica” de Boson veio a público.
“No dia em que eu estava dependurada lá para escrever a frase de Boson, os militares tomaram o campus e assumiram a Reitoria. Lá em baixo, onde eu estava trabalhando, eles me encaravam com metralhadoras nos ombros”, relembra a artista em seu ateliê no bairro Vila Paris, Centro-Sul de Belo Horizonte. Com muito medo, Yara voltou para casa e decidiu, aconselhada pelo pai, cumprir sua palavra e pintar a máxima de resistência à ditadura: “Condição primeira para a cultura é a liberdade”. “Voltei no outro dia e pintei essas palavras com as mãos tremendo. Os militares ficaram no meu pé durante uma semana, mas não passou disso”, conta. Hoje, aos 82 anos de idade, Yara Tupynambá carrega o mesmo espírito corajoso e inquieto demonstrado na
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CULTURA | ARTES PLÁSTICAS defesa pela liberdade. E nem pensa em se aposentar. Uma das poucas alunas vivas de Alberto da Veiga Guignard, ela se empolga ao falar de seu último projeto: telas que retratam a natureza botânica de Minas Gerais, inspiradas no cenário visto no Centro de Arte Contemporânea Inhotim. O interesse por pintar a natureza segue, intacto, há quatro anos. A artista montes-clarense se embrenhou nas matas e reservas naturais do estado, como o vale do Tripuí e a mata do Jambreiro, para documentar o que viu com exatidão. A série Reservas Ecológicas de Minas Gerais reúne 14 telas em acrílico e segue o mesmo sucesso internacional das outras criações da artista. Cinco telas foram para fora do país, unindo-se às 2,5 mil telas que Yara tem espalhadas pelo mundo. Durante a carreira, Yara produziu 103 painéis e murais, espalhados pela cidade e em outros lugares do país, já rodou o mundo com exposições e foi sala especial na Bienal de São Paulo. Enquanto anda de um lado para o outro em seu ateliê – rico em cores e decorado por vasos de barro e telas de outros pintores –, ela defende que o artista tem de estar onde o público está. Por isso, não mediu esforços para criar o painel O Circo, que ocupa, desde 2012, o Teatro da Cidade. “A grande função do artista é fazer com que as pessoas cresçam espiritualmente. Por isso, precisamos estar onde as pessoas estão. Meus painéis me aproximam do público”, explica. A artista, que documentou a história de Minas Gerais em sua obra, também dedica seu tempo para lecionar arte. “Quero ensinar a meus alunos que a arte é o lenitivo da alma. Ela não serve para nada, mas é tudo, porque eleva o espírito e faz com que as pessoas reflitam sobre a vida”, afirma. É com esse entendimento que a artista se tornou universal sem perder a essência de sua identidade. Segundo ela, sua obra fala de sua pequena aldeia: Minas Gerais. “Essa terra é a minha pequena aldeia. Em meu trabalho vagueiam, sempre, as
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Trabalho da série Jardim Botânico: tela aquarelada foi inspirada no Centro de Arte Contemporânea Inhotim e plantas do próprio jardim da artista
lembranças de minha infância e adolescência, que vivi em pequenas e poéticas cidades do interior”, explica. É nessa aldeia que a mineira luta para que a cultura seja vivenciada por todos. Por isso, ela se uniu a outros artistas para viabilizar a criação do Museu Mineiro, onde as exposições agrupariam obras de artistas do estado. “Eu vejo que Belo Horizonte ainda é uma cidade com pouca cultura. Acredito que esses museus do Circuito Cultural mudarão esse perfil daqui a 10 ou 15 anos”, explica. Para Yara, sua missão como artista está longe de acabar, mesmo com alguns dos objetivos alcançados. Um deles atraiu sua dedicação por toda a vida. “Queria manter vivo o ideal da década de 1960 – o mesmo pintado sob metralhadoras. Acredito que consegui”, afirma. O segundo é comum ao de outros artistas: estar em um meio que compreenda a arte. “Nesse aspecto, nós não tivemos essa percepção por completo. Uma pequena parcela da população percebe o que é cultura”, diz. Com essas ambições e mais viva do que nunca, Yara Tupynambá mantém o espírito jovem e promete não deixar o pincel e a luta pela expansão cultural. Os apreciadores do seu traço e técnica agradecem. z
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NAS TELAS | JOSÉ JOÃO RIBEIRO jribeiro@editoraencontro.com.br
A odisseia de Nolan Quem acompanha a filmografia do cineasta Christopher Nolan está habituado com seus delírios, que são carregados por doses generosas de megalomania. Em sua grande aparição com o revolucionário Amnésia (2000), Nolan já dava recados de que um dia conseguiria, com árduo esforço e talento, ser uma espécie de referência em Hollywood. Sua trilogia de Batman, que ele preferiu denominar O Cavaleiro das Trevas, provou a excelência do seu imaginário infinito, sempre compartilhado com o irmão, o roteirista Jonathan Nolan. O segundo tomo da saga, o melhor produto da dupla até aqui, ainda estabeleceu uma brilhante maestria no trato com o elenco, no exemplo radical do mergulho transformador e definitivo de Heath Ledger interpretando o vilão Coringa. Em 2010, com A Origem, Chris Nolan escalou um surtado Leonardo DiCaprio para dar segmento a um roteiro inusitado através de viagens dentro de níveis e das profundezas dos sonhos. A alucinação parecia ser a vertente que resumiria a obra desse corajoso diretor. Hoje, homem de cinema, produtor respeitado e, enfim, referência no mundo do entretenimento, Christopher Nolan
desvirtua todas as expectativas com o ousado Interestelar (Interstellar), uma assumida homenagem ao seu maior ídolo, o gênio Stanley Kubrick, e a obra-prima absoluta 2001, Uma Odisseia No Espaço, que acaba de completar 45 anos em plenitude. Na história, extremamente complexa, a Terra aparece como um planeta exaurido, prestes a esgotar todos os recursos possíveis para garantir a sobrevivência humana. Nesse contexto, o ex-astronauta Cooper (Matthew McConaughey, cada dia melhor) se transforma em um fazendeiro, a profissão mais importante em tempos que beiram uma iminente extinção, com a procura para desenvolver o plantio de alimentos que resistam às pragas impostas por uma madrasta natureza. Após uma tempestade de areia, Cooper e sua filha Murph (vivida na primeira fase pela garotinha Mackenzie Foy) descobrem uma célula escondida do que restou da Nasa, onde Cooper reencontra seu velho guia e professor Brand (Michael Cane), que dirige uma missão, com o objetivo de achar novas galáxias e planetas propícios para a salvação do homem. As experiências do passado falam mais alto e Cooper não pensa duas ve-
zes antes de abandonar a família (além da menina, vivem juntos na fazenda o sogro, interpretado por John Lithgow, e o filho Tom, papel, em primeiro plano, entregue ao jovem ator Timothée Chalamet), para comandar a segunda fase da missão, que entrará numa espécie de buraco negro ou fenda espacial, capaz de transportar para novos planos galácticos, onde outras naves já foram à procura dessas possibilidades para, quem sabe, com grande êxito, transportar toda a humanidade refém do esgotamento terrestre. Em uma jornada em que as leis da física comprometem bastante a compreensão, Cooper é capaz de se manter jovem em planetas onde as horas representam décadas na Terra. Nessa lógica, Matthew McConaughey se torna pai dos contemporâneos Jessica Chastain e Casey Affleck, magistrais em cena, na representação da dor criada pelo vácuo paterno. Em Interestelar, nesse terreno, Christopher Nolan é mais bem-sucedido do que no fundamental objetivo de maravilhar com a tecnologia e seus recursos afins, inclusive com o resgate da grande dama Ellen Burstyn, em uma participação emblemática e pra lá de afetiva. z
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Arena de arte e cultura Com 12 espaços em funcionamento, o Circuito Cultural Praça da Liberdade consolida-se como o maior complexo do segmento do país. Já recebeu mais de 3,5 milhões de visitantes em menos de cinco anos 94 |Encontro
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Fotos: Cláudio Cunha
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Jovens, idosos, casais, solteiros, estudantes, turistas. Gente que respira cultura e gente que nunca entrou num museu. A diversidade de público que o Circuito Cultural Praça da Liberdade atrai é proporcional à variedade de opções que oferece em 12 espaços culturais em funcionamento (e outros cinco em fase de implantação) no entorno da Praça da Liberdade. Desde 2010, quando foi implementado, contabiliza mais de 3,5 milhões de visitantes – entre eles, 200 mil estudantes que participaram de visitas educativas guiadas; centenas de exposições, mostras e espetáculos de toda ordem e pelo menos R$ 200 milhões investidos pela iniciativa privada e governo mineiro, por meio de moderno modelo de gestão conjunta. Os números não deixam dúvidas de que o Circuito caiu nas graças dos mineiros e turistas, inclusive estrangeiros, e se consolidou como um dos mais importantes e diversificados conjuntos dedicados à cultura, às artes e às ciências do país. O projeto nasceu com a missão de oferecer opções culturais interativas e abertas ao público, em uma área de grande valor simbólico, histórico e arquitetônico da capital mineira. Com a transferência da sede do governo de Minas Gerais para a Cidade Administrativa, no bairro Serra Verde, surgiu a
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CULTURA | CIRCUITO PRAÇA DA LIBERDADE Cláudio Cunha
Eliane Parreira, secretária de Estado de Cultura, fala sobre o caráter democrático do projeto: “O Circuito está aberto a todos, de forma gratuita”
oportunidade. Os antigos prédios das secretarias passaram por um processo de restauração, com investimento do estado e de grandes empresas privadas, e viraram museus. Hoje, os 12 espaços abertos ao público têm entrada gratuita (confira a seguir o que cada um oferece). Outros cinco espaços estão em processo de implantação: a Casa do Automóvel, o Centro de Ensaios Abertos (Cena), o Centro Cultural Oi Futuro, a Escola de Design da Universidade Estadual de Minas Gerais (Uemg) e um centro de referência da música. O circuito é cogerido pelo Instituto Sérgio Magnani, desde junho de 2012, por meio de parceria firmada com o governo de Minas Gerais. Algumas das instituições são administradas por empresas privadas, que realizam investimentos para a preservação do patrimônio histórico e artístico e ma96 |Encontro
Leo Lara/Divulgação
Cristiana Kumaira, gerente executiva do Circuito, comemora os mais de 1 milhão de visitantes só em 2014: “Isso é maravilhoso”
nutenção dos prédios. Segundo a secretária de Estado de Cultura, Eliane Parreiras, essa gestão compartilhada é o diferencial do projeto. “Trata-se de uma experiência democrática e inclusiva, em que prédios antigos, que constituem um rico patrimônio arquitetônico de Minas e que antes eram usufruídos apenas pela burocracia estadual, foram abertos a toda a população”, diz Eliane. Segundo ela, a cessão dos espaços que integram o Circuito a parceiros da iniciativa privada tem uma série de exigências, como benfeitorias e conservação dos imóveis. “Além disso, os gestores têm de, obrigatoriamente, assumir medidas que visam garantir maior democratização de acesso a toda a população, como entrada gratuita, programação artística a preços acessíveis, horário estendido durante um dia da semana e desenvolvimento de ação educativa em cada espaço”, diz Eliane.
Tudo isso tem motivado o público: “Gosto daqui porque tem tudo num lugar só: cultura, história, arquitetura, cafés e público diferenciado”, diz a biomédica Patrícia Leão, visitante assídua. A esteticista Danielle Anderson destaca a qualidade das atrações. Após morar em Torino, na Itália, ela conta que sentiu falta de opções culturais na volta a Belo Horizonte. “Aqui, encontrei pessoas que falam e entendem de artes”, diz. Cristiana Kumaira, gerente executiva do Circuito e presidente do Instituto Cultural Sergio Magnani, comemora: “Só neste ano, superamos 1 milhão de visitantes. Isso é maravilhoso”, diz. “Mostra que o público descobriu o circuito.” Para Carlos Nagib, gerente geral do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), a programação de qualidade é mesmo um diferencial. Ele cita, por exemplo, as mostras Elles: Mulheres Artistas na Coleção do Centro Pompidou
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CULTURA | CIRCUITO PRAÇA DA LIBERDADE Fotos: Samuel Gê
A estudante Indaiá Gomes, que participou de visita guiada ao MM Gerdau: “Pretendo estudar geologia e aqui deu para entender a profissão”
e Visões na Coleção Ludwig, a última a ocupar o espaço e com público de quase 120 mil visitantes. Em 14 meses, o CCBB recebeu mais de 660 mil visitantes. “São importantes nomes da arte contemporânea mundial em BH”, diz Nagib. A Casa Fiat de Cultura foi o último espaço a se integrar ao Circuito, em junho, e já recebeu mais de 100 mil visitantes. “Existe um encantamento de quem passa por aqui”, diz Ana Vilela, gestora de cultura do espaço. Em grande parte das instituições, a proposta pedagógica também vem ganhando relevância. O Espaço UFMG do Conhecimento, o MM Gerdau – Museu das Minas e do Metal e o Memorial Minas Gerais Vale são museus voltados para a ciência e a tecnologia que geram conteúdo amplamente utilizado por estudantes, valendo-se de modernos recursos tecnológicos e da interatividade para serem atraentes aos jovens. 98 |Encontro
A biomédica Patrícia Leão (em pé) e a esteticista Danielle Anderson são frequentadoras assíduas: “O público é diferenciado”, diz Patrícia
“Os museus guardam memória importante de uma sociedade. No caso de Minas Gerais, o potencial minerador e a qualidade das reservas são também uma forma de cultura, e o MM Gerdau é o guardião dessa memória”, diz Helena Mourão, gerente desse museu. Helena explica que, para trazer à luz o conteúdo e educar o olhar das pessoas para diferentes expressões culturais, o museu precisava ser atraente ao segmento jovem e despertar vocações. “Por isso, humanizamos o conteúdo. São personagens que apresentam as atrações e interagem com o público”, diz ela. Gestor do Memorial Minas Gerais Vale, Wagner Tameirão observa que, dos cerca de 302 mil visitantes que a instituição recebeu entre 2012 e agosto de 2014, 69 mil vieram por meio de programas educativos. “Pensamos uma programação que desse a ideia de ‘museu vivo’. Hoje conseguimos receber instituições
com um repertório bem maior, com recortes que a escola deseja ver, com maior mediação e qualidade”, diz Tameirão. É o caso de Indaiá Gomes de Jesus, de 19 anos, índia da etnia pataxó, natural de Bertópolis, no vale do Mucuri. Indaiá acompanhou um grupo de jovens aprendizes a uma visita guiada ao MM Gerdau em novembro e diz que a experiência valeu para toda a vida. “Não conhecia museu e achei muito interessante. Pretendo estudar geologia, ser mineradora, e aqui deu para entender como é a profissão”, diz a estudante. Indaiá e seus colegas estavam acompanhados da pedagoga Camila Lima de Souza do Nascimento, da ONG Centro Integrado Empresa Escola, voltada para a inserção de jovens com idades entre 14 e 24 anos no mercado trabalho. “O Circuito é o lugar do conhecimento e uma oportunidade para os jovens”, diz Camila.
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Arquivo Público Mineiro Quer ver de perto documentos que registram a história de Minas? Vá até o Arquivo Público Mineiro (APM), instituição cultural mais antiga de Minas, que completará 120 anos em 2015. O Arquivo é responsável por recolher, guardar, preservar e disponibilizar para acesso os documentos produzidos pelos órgãos do Poder Executivo estadual, assim como arquivos pessoais de interesse público recebidos por doação. Milhares de registros da história de Minas, que remontam aos períodos colonial, imperial e republicano, podem ser encontrados no APM. Todos os cidadãos podem consultar o acervo, na sede da instituição ou via internet, pelo Sistema Informatizado de Acesso ao APM (SIAAPM), onde parte desses documentos já está disponível. O Arquivo disponibiliza ao público, ainda, biblioteca especializada em história de Minas Gerais e arquivologia, com mais de 20 mil títulos – aproximadamente 2,5 mil obras raras e preciosas de elevado valor histórico e cultural, publicadas entre os séculos XVI e XX.
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Fotos: Samuel Gê
O que ver: Documentos, fotos, mapas, vídeos e livros raros que registram a história de Minas Endereço: Avenida João Pinheiro, 372 – Funcionários
Funcionamento: Segunda a sexta-feira, das 9h às 17h Entrada: Gratuita
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Job: 37021 -- Empresa: Ogilvy RJ -- Arquivo: 64042716 AA Brazil-Revista Encontro-205x275-Erivelton Paixao-05-12-14_pag001.pdf ENC163ESP_circuitocultural_ADs.indd 101 Registro: 159582 -- Data: 16:26:25 19/11/2014
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Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa Comemorando 60 anos em 2014, a Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa recebe, por ano, cerca de 400 mil pessoas e já ultrapassa a marca dos 100 mil usuários cadastrados. O prédio sede, projetado por Oscar Niemeyer e inaugurado em 1961, abriga os setores infantojuvenil, braile, periódicos, coleções especiais, além do teatro José Aparecido Oliveira. No prédio Professor Francisco Iglesias, anexo, funcionam os setores de empréstimo domiciliar, além de sala para pesquisa na Internet com wi-fi gratuito e salas de estudos. A biblioteca tem acervo de mais de 550 mil títulos entre livros, materiais audiovisuais, revistas e jornais – correntes e históricos. Entre os destaques, a Coleção Mineiriana, que reúne a produção intelectual mineira ao longo de séculos. Destaque também para os 6 mil títulos em braile e 1,2 mil audiolivros. A Luiz de Bessa oferece ainda extensa programação cultural, que inclui rodas de leitura, lançamentos de livro, visitas programadas, exposições, palestras e encontros com autores.
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Fotos: Samuel Gê
O que ver: Coleções especiais e hemeroteca histórica; livros, infantojuvenis, em braile e periódicos Exposição 60 Anos Colecionando o Saber, que conta a trajetória da biblioteca e destaca preciosidades do acervo, até 20 de fevereiro de 2015
Endereço: Praça da Liberdade, 21 Funcionamento: Segunda a sexta, das 8h às 18h; sábado, até as 12h Entrada: Gratuita
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Casa Fiat de Cultura Responsável por realizar 16 grandes exposições, com mais de 700 mil visitantes, a Casa Fiat de Cultura transferiu-se em junho para as novas instalações, no antigo Palácio dos Despachos, edifício que integra o conjunto arquitetônico e histórico da Praça da Liberdade. O prédio passou por revitalização e recebeu investimentos para adequá-lo à tecnologia museológica de padrões internacionais. Importante espaço para discussão e exposição das artes no Brasil, a Casa Fiat de Cultura destaca-se pelo valor histórico, artístico e educativo de sua programação, com mostras inéditas e acervos dos mais importantes museus e coleções do Brasil e do mundo. A exposição de inauguração da nova sede, Barroco Itália Brasil – Prata e Ouro na Casa Fiat de Cultura, foi um dos sucessos da temporada, com público de mais de 100 mil pessoas. No local, os visitantes podem conferir o Café Frau Bondan e a Livraria da Casa.
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Fotos: Samuel Gê
O que ver: Exposições, palestras, sessões de cinema e atividades educativas. Destaque para o painel Civilização Mineira, de Portinari, no hall. Exposição QuasePoema – Cartas e Outras Escrituras Drummondianas, que mostra cartas inéditas de Carlos Drummond de Andrade endereçadas à mãe, com textos originais, fotografias
e documentos raros. Até 18 de janeiro Endereço: Praça da Liberdade, 10 Funcionamento: Terça a sexta, das 10h às 21h; sábado, domingo e feriado, das 10h às 18h Entrada: Gratuita
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Cefar Liberdade Ambiente de criação, experimentação e reflexão, o Cefar Liberdade é voltado para o ensino da música. É uma extensão do Centro de Formação Artística da Fundação Clóvis Salgado, localizado no Palácio das Artes. Oferece cursos livres, técnicos profissionalizantes e de extensão, destinados à capacitação, qualificação, aperfeiçoamento e atualização de crianças, jovens e adultos nas áreas de teatro, dança e música. Apesar de localizado na rua Sergipe, integra o conjunto de edificações históricas da Praça da Liberdade. Possui 570 m2 e dispõe de salas de aula com tratamento acústico, salas para aulas individuais e coletivas, vestiários e espaços de convivência.
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O que ver: Circuito Música e Liberdade, projeto mensal com apresentação de grupos musicais e artistas convidados. Realização de palestras, pequenos recitais, workshops, oficinas
Funcionamento: Segunda a sexta-feira, das 9h às 20h Entrada: Gratuita
Endereço: Rua Sergipe, 884 – Funcionários
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Centro Cultural Banco do Brasil O CCBB, inaugurado em agosto de 2013, no prédio da antiga Secretaria de Segurança Pública do Estado de Minas Gerais, logo se tornou um dos principais espaços da cultura na capital mineira, graças à programação para todos os públicos. Tem 1.200 m² de área expositiva, teatro com 264 lugares, sala multiuso, salas do Programa Educativo, dois cafés, livraria e área administrativa. São 8.000 m² abertos ao público e mais 4.000 m² que ainda serão inaugurados em uma próxima fase, o que coloca o CCBB Belo Horizonte entre os maiores espaços culturais do país. Em pouco mais de um ano de funcionamento, já recebeu mais de 700 mil visitantes. Desde a inauguração, realizou mais de 100 projetos, entre patrocínios e cessões de espaço.
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O que ver: Exposições, artes cênicas (teatro, dança), cinema, ideias (palestras, debates, seminários, etc.), música e programa educativo. Em cartaz, até janeiro do ano que vem, duas exposições: Bracher – Pintura e Permanência, até 12 de janeiro; e Ciclo – criar com o que temos, até 19 do mesmo mês.
Endereço: Praça da Liberdade, 450 Funcionamento: Quarta a segunda-feira, das 9h às 21h Entrada: Gratuita; espetáculos: R$ 10 (inteira)
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Centro de Arte Popular – Cemig Localizado no prédio do antigo Hospital São Tarcísio, foi inaugurado em março de 2012. É um espaço de divulgação do trabalho dos artistas populares de Minas. A exposição permanente apresenta ao público 360 peças que retratam as diferentes expressões de arte criadas pelo homem, ao longo do tempo, em todas as regiões de Minas Gerais. Isso inclui desde as manifestações dos primeiros habitantes da região, com as pinturas rupestres, até os grafismos urbanos contemporâneos. O acervo é composto por fotos, vídeos, esculturas em madeira, cerâmica, instalações, peças de festas religiosas, ex-votos pintados, oratórios, santos e pinturas populares de artistas como GTO, Artur Pereira e Dona Isabel.
O que ver: Exposições itinerantes e de longa duração e atividades do programa educativo. A exposição Família Julião fica até 15 de fevereiro e reúne cerca de 40 peças, como castiçais e presépios, feitos em madeira pela família Julião, da região de Prados (MG) Endereço: Rua Gonçalves Dias, 1.608 Funcionamento: Terça, quarta e sexta das 10h às 19h; quinta, das 10h às 21h; sábado, domingo e feriado, das 10h às 19h Entrada: Gratuita
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CULTURA | CIRCUITO PRAÇA DA LIBERDADE Fotos: Samuel Gê
Espaço do Conhecimento UFMG O museu alia ciência e arte, explorando e instigando a curiosidade sobre teorias, tecnologias e práticas científicas. A partir do Terraço Astronômico, Planetário e ambientes expositivos, o percurso aberto aos visitantes leva a muitas das visões e possibilidades do conhecimento pesquisadas na universidade. O intuito é estimular a construção de um olhar crítico, o que justifica a programação diversificada. A instituição é fruto de parceria entre a operadora TIM, a UFMG e o governo de Minas.
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O que ver: Exposições, cursos, oficinas, debates e Planetário. A exposição ¡MIRA! Artes Visuais Contemporâneas dos Povos Indígenas reúne trabalhos de artistas indígenas de cinco países da América Latina – Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador e Peru –, até 4 de janeiro de 2015. A exposição permanente Demasiado Humano, que ocupa quatro andares, é resultado de pesquisas realizadas na UFMG em diferentes áreas do conhecimento: astrofísica, paleontologia, genética, arqueologia, antropologia, literatura, linguística, história e ecologia. A curadoria é de Patrícia Kauark Leite.
Endereço: Praça da Liberdade, 700 Funcionamento: Terça a domingo, das 10h às 17h; quinta, até as 21h. Planetário: de terça a domingo, das 13h às 17h (quinta, até as 20h) Entrada: Gratuita (exposições); R$ 6 e R$ 3 (Planetário)
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Horizonte Sebrae – Casa da Economia Criativa É uma iniciativa do Sebrae Minas em parceria com o governo de Minas para proporcionar ao empreendedor acesso fácil a informações sobre leis, projetos e ações voltados ao fortalecimento dos diferentes segmentos da economia criativa, termo usado para definir as atividades que tenham a criatividade como principal ativo de negócios. O espaço, inaugurado em janeiro de 2014, faz parte da estratégia do Sebrae Minas para organizar a demanda de empreendedores, que ainda precisam desenvolver a sustentabilidade de seus empreendimentos, adquirir independência dos recursos do estado, profissionalizar a gestão e buscar a longevidade de seus negócios.
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Fotos: Samuel Gê
O que ver: Palestras, cursos e outros serviços de orientação e capacitação gerencial Endereço: Rua Santa Rita Durão, 1.275
Funcionamento: Segunda a sexta-feira, das 9h às 18h Entrada: Gratuita; cursos sob consulta
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CULTURA | CIRCUITO PRAÇA DA LIBERDADE Fotos: Samuel Gê
Memorial Minas Gerais Vale História, cultura e tradições de Minas são mostrados em espaços interativos e surpreendentes. Inaugurado em 2010, foi desenvolvido com base no conceito de “museu de experiência”, com exposições que utilizam arte e tecnologia de forma intensa e criativa. Mais que conhecer, o público vivencia e interage com o espaço. A tecnologia utilizada em todas as salas torna o museu uma fonte inesgotável de informação – são 56 horas de conteúdo. Ocupa prédio onde funcionava a Secretaria da Fazenda, construído em 1897.
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O que ver: Exposições permanentes, onde o visitante passeia pelos sertões de Guimarães Rosa, reflete sobre os temas que inspiraram Carlos Drummond de Andrade, admira a arte contemporânea de Lygia Clark e aprecia o trabalho de Sebastião Salgado, além de conhecer os elementos que constituem a identidade mineira. Até 18 de janeiro, apresenta a exposição Monumento Vidraça Monumento Ruína, de Daniel Bilac. Até 21 de dezembro, o visitante também pode conferir a exposição
de figurinos da ópera Rigoletto, concebidos pela argentina Sofia di Nunzio para a ópera encenada em outubro, no Palácio das Artes. Endereço: Praça da Liberdade, s/nº, esquina com rua Gonçalves Dias Funcionamento: Terças, quartas, sextas e sábados, das 10h às 18h; quintas, até 22h; domingos, das 10h às 16h Entrada: Gratuita
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CULTURA | CIRCUITO PRAÇA DA LIBERDADE
MM Gerdau - Museu das Minas e do Metal
Fotos: Samuel Gê
Com 18 salas e 44 atrações, o museu guarda importante acervo sobre mineração e metalurgia. Usa recursos tecnológicos para destacar, de forma lúdica e interativa, a importância dos metais e minerais no cotidiano das pessoas. Além disso, marca a relação entre a história e as expressões culturais de Minas Gerais com a riqueza de seus recursos naturais. Ocupa o antigo prédio da Secretaria de Estado da Educação, inaugurado em 1897. O que ver: A exposição permanente conta com vários totens e equipamentos interativos, como o elevador que simula uma descida em mina na companhia de dom Pedro II. Em dezembro, a programação Toda Quinta e Muito Mais... contempla atividades em homenagem ao aniversário de dom Pedro II e ao Dia Nacional da Astronomia, comemorados no dia 2. Endereço: Praça da Liberdade s/nº, Prédio Rosa Funcionamento: Terça a domingo, das 12h às 18h; quinta, até as 22h Entrada: Gratuita
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CULTURA | CIRCUITO PRAÇA DA LIBERDADE Samuel Gê
Museu Mineiro A criação do Museu Mineiro foi determinada por lei do Senado Mineiro em 1910 e sua implantação ocorreu em 1982, com o propósito de preservar, pesquisar e difundir os registros da cultura mineira. O acervo conta com cerca de 2,6 mil peças, entre pinturas históricas, achados arqueológicos, mobiliário, conjunto de moedas e de armas. Em fins da década de 1970, somaram-se aproximadamente 187 imagens sacras e equipamentos litúrgicos, datados dos séculos XVIII e XIX, que compõem a coleção Geraldo Parreiras. O acervo da Pinacoteca do Estado – pinturas, gravuras e esculturas –, que se localizava no Palácio da Liberdade, foi incorporado à instituição.
O que ver: Imagens sacras e equipamentos litúrgicos em prata e ouro. Exposição de longa duração Colecionismo Mineiro
Funcionamento: Terça, quarta e sexta, das 10h às 19h; às quintas, até 21h; sábados, domingos e feriados, das 12h às 19h
Endereço: Avenida João Pinheiro, 342
Entrada: Gratuita Frederico Torres / Divulgação
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FNAC BH e INSTITUTO MÁRIO PENNA ORGANIZAÇÃO FILANTRÓPICA QUE LUTA CONTRA O CÂNCER DESDE 1971
APRESENTAM A EXPOSIÇÃO
A exposição traz ilustrações da artista Júlia Fontes (Cartões de Natal Mário Penna) e fotos do dia a dia dos pacientes retratadas pelo fotógrafo Miguel Castello. O natal por essência traz consigo o sentimento de solidariedade e amor ao próximo. E hoje, sua solidariedade pode refletir no tratamento oncológico de amanhã.
Abertura 02 dez 2014
Encerramento: 15 jan 2015
Horário 11h
Local
Galeria Fnac BH Shopping
Os cartões de Natal Mário Penna estarão à venda. A verba será destinada ao Instituto Mário Penna. Participe desta boa ação.
REALIZAÇÃO:
APOIO:
oito criativa
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FUNDAÇÃO ASSISTENCIAL
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CULTURA | CIRCUITO PRAÇA DA LIBERDADE
Palácio da Liberdade Desde julho de 2013, o Palácio da Liberdade – sede histórica do governo de Minas Gerais e antiga residência oficial dos governadores – está aberto à visitação pública. Construído em estilo eclético com influência neoclássica, foi inaugurado em 1897, tornando-se palco de decisões políticas e sociais que marcaram a história do povo mineiro. A museografia do espaço apresenta a exposição permanente Palácio da Liberdade – Memórias e Histórias, com projeto assinado pelo curador e designer Marcello Dantas. Para garantir que a experiência seja enriquecedora, o Palácio da Liberdade conta com visitas orientadas em um percurso com duração média de 50 minutos. O espaço interno tem capacidade de atendimento de até 300 pessoas por dia. A visitação aos jardins do palácio é livre. z
Samuel Gê
O que ver: Instalações internas e jardins históricos do Palácio da Liberdade Endereço: Praça da Liberdade, s/nº
Funcionamento: sábado e domingo, das 10h às 15h Entrada: Gratuita Claudio Cunha
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Informe Publicitário
COMER BEM PARA VIVER BEM
Eugênio Gurgel
Plano alimentar concebido pela empresa Capim Santo revoluciona e dissemina uso de alimentos Detox em Belo Horizonte
D
iz a sabedoria popular: “somos o que comemos”. A capacidade física e intelectual do ser humano está intrinsecamente ligada à sua alimentação. Infelizmente, contudo, já há algumas décadas que a sociedade tem dado pouco valor a isso. Come-se muito mal, esta é a verdade. O homem e a mulher modernos não dão o valor necessário para aquilo que ingerem no seu dia a dia. Produtos industrializados e repletos de agrotóxicos, excesso de açúcares e gorduras, ausência de vitaminas e nutrientes indispensáveis e uma série de substâncias prejudiciais compõem uma dieta considerada normal atualmente. É para combater essa prática maléfica que nasceu a empresa Capim Santo, que com pouco mais de três meses de vida, já tem revolucionado a maneira de comer corretamente em Belo Horizonte. Criada pelas sócias Letícia Henriques e Ana Cristina Dias Ballesteros, a empresa criou um programa de alimentação detox que aposta em produtos quase sempre orgânicos, livres de glúten, açúcar, lactose e proteína animal e não industrializados. “Ainda existe um desconhecimento muito grande sobre o que vem a ser alimentação detox”, revela Letícia, formada em Gestão de Negócios na Alimentação. Muita gente, aliás, pensa que é simplesmente uma dieta, como muitas dessas que surgem todos os dias, mas Letícia explica: “Detox é uma técnica de nutrição funcional, feita por meio da escolha correta dos alimentos, que ajuda o organismo a eliminar, naturalmente, toxinas e substâncias prejudiciais que mantemos acumuladas no corpo”. O programa elaborado pela Capim Santo dura cinco dias – de segunda a sexta – e pode ser renovado quinzenalmente. Os alimentos são entregues a
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Sócias Letícia Henriques e Ana Cristina Dias Ballesteros
domicílio diariamente e contemplam várias refeições, para que os adeptos possam comer a cada três horas: desjejum, lanche da manhã, almoço (entrada, prato principal e sobremesa), lanche da tarde 1, lanche da tarde 2, jantar e ceia, além de sucos variados. Tudo fresquinho e bastante saboroso, o que garante a rápida aceitação de quem experimenta o cardápio pela primeira vez. “Nenhum de nossos produtos é industrializado. Além disso, 70% de nosso cardápio é crudívero, ou seja, composto de alimentos vivos e manipulados em uma temperatura de até 40 graus, preservando nutrientes e enzimas”, diz Letícia. “Queremos que as pessoas comam aquilo que realmente faz bem”, resume a empresária, que atende a grupos de 20 clientes por semana, com lotação garantida em todas as turmas. Ainda que muitos pensem que detox serve somente para emagrecer, o verdadeiro foco da Capim Santo é aumentar a
qualidade de vida das pessoas por meio da alimentação. “Nosso objetivo é com a saúde, emagrecer é consequência”, sintetiza Ana Cristina. A seriedade e a dedicação da empresa para com o bem estar de seus clientes garantem o sucesso do empreendimento, que mal nasceu e já se tornou referência na capital mineira.
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As taças são nossas Estádio novos, organização fora do campo e escolhas acertadas de técnicos e atletas fizeram dos dois grandes times mineiros os melhores do futebol brasileiro
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RENAN DAMASCENO
Se a abertura do Mineirão, em 5 de setembro de 1965, foi um divisor de águas para o futebol mineiro, com o Cruzeiro conquistando o título da Taça Brasil no ano seguinte sobre o Santos de Pelé e o Atlético sagrando-se campeão brasileiro pouco depois, em 1971, a reinauguração do Gigante da Pampulha, em 21 de dezembro de 2012, foi o renascimento para os grandes clubes do estado. Atlético e Cruzeiro amargaram resultados inexpressivos nos dois anos em que o estádio ficou fechado para reformas, visando à Copa das Confederações (2013) e Copa do Mundo 2014. Mas, desde de que o Mineirão foi reaberto, o Galo ergueu duas taças continentais, as inéditas Libertadores e Recopa Sul-Americana, e a Raposa sagrou-se bicampeã do Brasileiro. Cada um venceu um estadual e, para consagrar o melhor momento da história do futebol mineiro, o clássico estadual decidiu um troféu nacional pela primeira vez, no mês passado. O Galo triunfou por 2 a 0 no Independência e por 1 a 0 no Mineirão, angariando mais um título inédito para a sala de troféus da sede de Lourdes. “Ficou de bom tamanho para o futebol mineiro, que está na ponta do futebol brasileiro, com as equipes mais organizadas”, disse o técnico do Atlético, Levir Culpi, que conquistou seu segundo troféu da Copa do Brasil – o primeiro foi justamente no Cruzeiro, em 2000. “Possivelmente, são os dois melhores times do Brasil, que vêm jogando o melhor futebol”, disse o técnico do Cruzeiro, Marcelo Oliveira, que começou a carreira como jogador e técnico no arquirrival. A decisão que parou Belo Horizonte no fim do mês passado coroou dois anos de fortes emoções para os minei-
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O Cruzeiro comemora o título do Brasileirão com duas rodadas de antecedência (ao lado), enquanto o Galo vibra com a Copa do Brasil (abaixo): pelo segundo ano consecutivo, futebol mineiro se destaca no país e no exterior
ros. Não bastassem as emoções com Cruzeiro e Atlético, Minas foi palco de alguns dos jogos mais marcantes – para o bem ou para o mal – da história recente da Seleção Brasileira. No Mineirão, o time de Felipão superou o Uruguai, por 2 a 1, nas semifinais da Copa das Confederações, abrindo caminho para o título. Na Copa do Mundo, foi no gramado do Gigante que o Brasil superou o Chile nos pênaltis, com direito a bola no travessão de Júlio César no último minuto da prorrogação, e foi goleado pela Alemanha por 7 a 1, na pior, mais vergonhosa e acachapante derrota de sua centenária história. Tantos jogos importantes fizeram os mineiros registrarem recordes: a vitória do Atlético sobre o Olímpia, por 2 a 0 (4 a 3 nos pênaltis), na decisão da Libertadores, em 24 de julho de 2013, registrou a maior renda da história do futebol brasileiro: R$ 14.176.146. Das cinco maiores rendas, três foram no Mineirão. O bom momento de Atlético e Cruzeiro se explica não só pelas reformas do Mineirão e Independência, mas também pela ousadia de diretores nos bastidores e pelo esforço dos jogadores em campo. Ronaldinho Gaúcho alçou o Atlético a um novo patamar, trabalho que se seguiu após sua saída. No Cruzeiro, a montagem do elenco foi cirúrgica. Hoje, o técnico Marcelo Oliveira tem em mãos um dos grupos mais qualificados do país, tanto que utilizou 30 atletas para levar o clube celeste ao tetracampeonato. Os títulos e as emoções fazem os torcedores cruzeirenses e atleticanos projetarem voos mais altos para 2015, quando os dois times vão disputar juntos, pela segunda vez consecutiva, a Copa Libertadores. Não é exagero, portanto, sonhar com novas conquistas mineiras. z
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Marcos Michelin/EM/D.A Press
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CAPA | FUTEBOL Juarez Rodrigues/EM/D.A Press
A saída de Ronaldinho Gaúcho gerou incertezas na equipe. Mas a chegada de Levir Culpi e a velha raça alvinegra foram decisivas para que o Galo mantivesse a trajetória vitoriosa
O time que se
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CAMPEÃO DA COPA DO BRASIL Fotos: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press
Em 28 de julho, quando o Atlético anunciou a rescisão do contrato de Ronaldinho Gaúcho, a pergunta do torcedor alvinegro era se haveria vida após a saída do ídolo, responsável por conduzir o clube a duas taças continentais inéditas: a Copa Libertadores em 2013 e a Recopa Sul-Americana neste ano, ambas vencidas com aquela dose de sofrimento que o atleticano conhece bem. Agora, a pergunta está respondida. Não só houve vida, como a rotina de vitórias foi mantida – e ampliada – no fim do mês passado com o título inédito da Copa do Brasil, conquistado sobre o arquirrival Cruzeiro, na primeira vez em que o clássico mineiro decidiu um campeonato nacional. Se 2013 foi o ano da libertação do Galo, a temporada 2014 foi da ratificação das glórias, provando que o Atlético se firmou de volta no patamar de cima do futebol brasileiro. Mais do que sobreviver sem Ronaldinho Gaúcho, o Atlético conseguiu um feito que parecia impossível, quando Paulo Autuori foi demitido em abril, após eliminação nas quartas de final da Copa Libertadores: reinventar-se ao longo da temporada. Nos 23 primeiros jogos do ano com Autuori, o Galo venceu 11, empatou nove, perdeu três e deixou escapar o título estadual para o Cruzeiro, em dois empates sem gols. Além disso, os jogadores pareciam se arrastar em campo e Ronaldinho já não apresentava nem lampejos de genialidade. A chegada de Levir Culpi, de volta ao país após sete anos no Japão, recolocou a equipe nos trilhos. Com respaldo da diretoria, o paranaense de 61 anos não teve medo de bater de frente com medalhões do grupo – como o próprio Gaúcho, Diego Tardelli e Jô –, além de abrir espaço para jovens como Jemerson e Carlos, titulares na decisão da Copa do Brasil. De quebra, ainda revelou o talento de Dodô. Aos poucos, o Galo driblou adversidades, como lesões do capitão Réver e afastamento de Jô, Emerson Conceição e André por indisciplina, e recuperou o brio.
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RENAN DAMASCENO
Os heróis na conquista inédita da Copa do Brasil: time conseguiu virar jogos considerados impossíveis, como contra o Corinthians e o Flamengo, e bateu o arquirrival Cruzeiro na final
Diego Tardelli, destaque do elenco atleticano: movimentação constante, decisivo em todos os jogos e gol na última partida
“O título da Copa do Brasil foi resultado do espírito de superação e amadurecimento profissional”, explica o goleiro Victor, um dos líderes do grupo. “O Cruzeiro pode ter elenco qualificado, mas mais coração que o Atlético não tem”, disse o ídolo ainda no gramado do Mineirão, com a taça prateada em mãos. Para o torcedor que achava que a conta com o cardiologista já estava paga após campanha da Libertadores, o Atlético voltou a abusar da dramatici-
dade para chegar ao título da Copa do Brasil. Depois de passar pelo Palmeiras, com dois triunfos, o Atlético fez o raio cair no mesmo lugar duas vezes, diante do Corinthians e do Flamengo. Nas duas ocasiões, o Galo perdeu por 2 a 0 fora de casa e precisou tirar a diferença no Mineirão. Em ambas, sofreu gol primeiro no Mineirão – mas conseguiu fazer 4 a 1 com gols depois dos 40 minutos do segundo tempo. Edcarlos, de cabeça, eliminou o Corinthians. Luan, que fez gols em todas as fases decisivas do torneio, empurrou para as redes do rubro-negro, expurgando um demônio histórico do currículo alvinegro. Faltava a cereja do bolo. Às 23h58 de 26 de novembro de 2014, ao apito final do árbitro Luis Flávio de Oliveira, enfim, o Galo quebrava mais um tabu ao conquistar um título nacional 43 anos depois do Campeonato Brasileiro de 1971. Para chegar a seu segundo troféu, o alvinegro teve de superar equipes que, juntas, somam nada menos que 34 taças de Brasileiro e Copa do Brasil. Autor do gol do título, Diego Tardelli, que já balançou as redes do Cruzeiro nove vezes vestindo a camisa do Galo, não fez cerimônias ao eleger seu troféu preferido. “Trocaria todos os títulos por este. A sensação é melhor que na Libertadores. Ganhar do Cruzeiro é gostoso demais.” ❚ DEZEMBRO 2014
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CAPA | FUTEBOL
Campeão da Copa do Brasil 2014 PRINCIPAIS VIRADAS
4x1
4x1
Depois de levar um gol logo no início, o Galo pressiona o Corinthians, faz quatro e festeja vaga nas semifinais ironizando dança de Mano Menezes
Com gols no fim do segundo tempo, o Atlético goleia o Flamengo, consegue o improvável 4 a 1 e a vaga na final. Luan é novamente um gigante
CAMPANHA COPA DO BRASIL 2014 Jogos
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Vitórias
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4
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Casa
Fora
8
2
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4
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JOGOS Cruzeiro Atlético Atlético Flamengo Atletico Corinthians Atlético Palmeiras
0 2 4 2 4 2 2 0
x x x x x x x x
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Atlético Cruzeiro Flamengo Atlético Corinthians Atlético Palmeiras Atlético
MARCOS ROCHA lateral-direito Único jogador mineiro do Atlético na final da Copa do Brasil 2014
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MAIOR PÚBLICO 41.352 Atlético 4x1 Flamengo 05/11/2014
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CLÁSSICOS NO ANO
7 JOGOS | 4 VITÓRIAS | 3 EMPATES
2x0 1 0 No último jogo da final e podendo até perder por um gol, Galo ganha por 1 a 0, fatura título inédito e evita Tríplice Coroa do arquirrival
CURIOSIDADES Gols marcados
Gols sofridos
14
6
Vitórias consecutivas
Jogos sem perder
3
3
Melhor série de vitórias
Sofreu gols em
3
jogos
Marcou gols em
6
jogos
4
jogos
Perdeu apenas
1 dos últimos
5
jogos
ÚLTIMA DERROTA Flamengo 2 x 0 Atlético - 30/10/2014
MAIOR VITÓRIA EM CASA Copa do Brasil de 1991 Atlético 11 x 0 Caiçara
ARTILHEIROS Luan 5 Dátolo 2 Guilherme 2 Carlos 1 Tardelli 1 Edcarlos 1 Jemerson 1 DEZEMBRO DE 2014
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Levir Culpi 61 anos, técnico do Atlético
“O Atlético virou o segundo time dos brasileiros” Em sua quarta passagem pelo Atlético, Levir Culpi levou o time a duas conquistas Sul-Ameriinéditas em seis meses: Recopa Sul-Ameri cana e Copa do Brasil. Mas o caminho não foi fácil. De volta ao futebol brasileiro depois de sete anos no Japão, Levir precisou reconstruir um time desgastado, batendo de frente com medalhões – chegou a afirmar em entrevistas que foi um dos responsáveis pela saída de Ronaldinho Gaúcho – e apostando nos jovens. Com postura enér enérgica e crítica em relação à organização do futebol do país, o paranaense conquistou a confiança do grupo e da torcida atleticana. Em entrevista logo após o título, o treina treinador falou da temporada e, apesar de não confirmar permanência, mostrou-se ba balançado a continuar no comando do Galo para a Copa Libertadores do ano que vem. 1) EN ENCONTRO – Como o sr. define o atual momento do futebol mineiro?
LEVIR CULPI – Desde o ano passado, Minas polariza o futebol e agora conquis conquistou mais títulos. Quem gosta de futebol sabe o que é bom e, neste momento, é bom estar aqui em Minas. A divisão dos títulos (cada equipe conquistou um título nacional) ficou boa para o futebol minei mineiro, que está na ponta no país, com equipes mais organizadas. 2) Acredita que seu trabalho está sen sendo reconhecido? Rodrigo Clemente/EM/DA Press
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Sim. Aonde a gente vai, o Atlético virou
uma espécie de segundo time dos brasileiros. Acho que na Copa do Brasil todo mundo estava torcendo por nós. 3) O que significou a conquista da Copa do Brasil?
Futebol é rivalidade. O Cruzeiro teve pela frente o Atlético e, em clássico, tudo fica parecido. Mas não é por esta vitória que vamos nos considerar o melhor time do Brasil. O Atlético jogou com a alma que guia o Atlético. Só quem está aqui dentro sabe o fanatismo, uma coisa inexplicável. Por isso, foi um título justíssimo. 4) Qual sua opinião sobre o técnico do Cruzeiro, Marcelo Oliveira?
O Marcelo montou um time alto e forte fisicamente, tocador de bola, que é a escola do Cruzeiro. Eles conquistaram mais um título nacional. É um mérito do Marcelo. 5) Quais são os planos para a próxima temporada?
Vou deixar a vida me levar para onde ela quiser. Não sei o que fazer. Estou em estado de embriaguez, feliz, só quero dividir o momento com as pessoas que me ajudaram. Sobre o Atlético, nós já deveríamos estar pensando na pré-temporada, mas aqui no Brasil é assim, fica tudo para o último jogo. Se eu perdesse, seria provável que eu não ficasse. O Atlético precisa ver quem vai sair, quem vai ficar, para se planejar. O Cruzeiro já está pronto. Precisamos acordar rápido. z
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CAPA | FUTEBOL “Deixo uma Copa do Brasil e uma vaga na Libertadores. Tenho certeza de que terei um lugar, mesmo que pequeno, no coração dessa torcida. Esse é meu salário, o que ganhei no Atlético” ALEXANDRE KALIL
Paulo de Araújo/CB/D.A Press.
“Esse grupo veio para quebrar paradigmas na história do clube” GOLEIRO VICTOR
“Quando vi aquele clima dentro do CT, eu falei: ‘Eles não vão escapar de novo’ ALEXANDRE KALIL
“O Cruzeiro é um time mais regular, mais bem montado, digamos assim. Mas o Atlético é mais coração, já está no DNA aqui do pessoal, nas partidas decisivas, nas partidas com emoção” LEVIR CULPI
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CAMPEテグ DA COPA D
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A DO BRASIL 2014
NO ALTO
Victor Edcarlos Jemerson Leonardo Silva Levir Culpi NO MEIO
Alex Silva Pedro Botelho Douglas Santos Marcos Rocha Maicosuel Rafael Carioca Dodô EMBAIXO
Pierre Leandro Donizete Josué Dátolo Marion Diego Tardelli Guilherme Luan Carlos
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CAPA | FUTEBOL
A “família” Oliveira As características do técnico tetracampeão ajudaram a consolidar um clima especial no Cruzeiro, marcado pela união dos jogadores e pelo espírito de solidaridade entre o grupo
RENAN DAMASCENO
Três palavras foram repetidas como mantra ao longo da temporada que marcou o incontestável tetracampeonato brasileiro do Cruzeiro: família, trabalho e Deus. A equipe do futebol que encantou o Brasil, líder desde a sexta rodada e campeã com duas de antecedência, também ficou conhecida pelo comportamento fora das quatro linhas e pelo discurso de paciência e disciplina em contraposição à eufórica torcida, que tinha certeza do troféu muito antes daquela tarde de domingo, 23 de novembro, quando o time celeste venceu a chuva e o Goiás por 2 a 1, pela 36ª rodada do Brasileiro, para levantar a segunda taça consecutiva, a quarta da sua história (feito obtido em 1966, 2003 e no ano passado). A postura adotada pelo Cruzeiro –
que em três anos ressurgiu de um quase rebaixamento, salvo com goleada por 6 a 1 sobre o Atlético, para o topo do futebol brasileiro – reflete a personalidade de alguns de seus líderes: o ponderado técnico Marcelo Oliveira, que soube administrar um grupo de 30 jogadores ao longo do Brasileiro com total controle e liberdade para mudar as peças quando necessário; o goleiro Fábio, líder em campo e um dos responsáveis pela religiosidade do grupo; o volante Tinga, que, mesmo ausente por lesão, é uma espécie de guru para os mais jovens; e o presidente Gilvan de Pinho Tavares, que conseguiu conter o assédio de clubes europeus por suas principais estrelas e turbinou o programa de sócio-torcedor (que hoje conta com 66 mil associados). É um grupo tão entrosado que até o discurso é afiado. Quando Encon-
Alexandre Guzanshe/EM/DA Press
O jeito mineiro e tranquilo de Marcelo Oliveira vem sendo decisivo para as conquistas do time celeste desde o ano passado
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DEZEMBRO DE 2014
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TETRACAMPEÃO BRASILEIRO
8
6
5
4
3
2
1
DISPUTA DE RECORDES
Rodadas na liderança
109
68
Rodadas consecutivas como líder
32
27
775
747
Gols marcados (até 36ª rodada)
2014
2006
GOLEADORES DE 2014
Ricardo Goulart 15 gols
Marcelo Moreno 14 gols
Éverton Ribeiro 5 gols
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1966 / 2003 / 2013 / 2014
TÍTULOS BRASILEIROS
tro perguntou ao goleiro Fábio sobre o segredo do sucesso da equipe, o craque não titubeou. “O Marcelo nos dá oportunidade de fazer as reuniões, não só antes dos jogos, mas no dia a dia. É uma família.” “Ele abre espaço para conversa e ouve bastante. De fácil acesso e ponderado. Sabe lidar com jogadores”, concorda o zagueiro Leo. “É um grupo muito família, que se apoia, ajuda. Dentro de campo, quem entra e quem sai mantém a mesma postura”, reforça o volante William Farias. O respeito entre os atletas e a confiança no treinador culminaram em recordes que atestam a superioridade: pela primeira vez, um time liderou o campeonato por 32 rodadas consecutivas, ultrapassando a barreira de 100 rodadas na ponta desde 2003. Até o jogo do título, o Cruzeiro havia balançado as redes 775 vezes na era dos pontos corridos, 28 a mais que o segundo colocado, o São Paulo, que detém dois recordes que os mineiros ainda correm atrás: número de vitórias (231 a 227) e somatória total de pontos (812 a 774), ambos até a 36ª rodada. O desafio para a próxima temporada será manter o grupo. O Real Madrid manifesta interesse pelo volante Lucas Silva, uma das joias reveladas na Toca da Raposa, que deve partir para a Espanha até o meio de 2015; Marcelo Moreno, emprestado pelo Grêmio, ainda não acertou sua permanência e os armadores Éverton Ribeiro e Ricardo Goulart, novidades da Seleção Brasileira no retorno do técnico Dunga, serão bastante cobiçados. Henrique tem contrato até o fim deste ano, mas deve permanecer, ao contrário de Samudio e Borges, que a diretoria vai procurar para conversar. Dos 30 atletas da campanha do tetra, apenas seis chegaram este ano – Willian Farias, Marcelo Moreno, Marquinhos, Samudio, Manoel e Marlone. O clube deve manter a política de contratações pontuais. Marcelo Oliveira, que vai renovar o contrato, já afirmou que pretende utilizar juniores como Alex, Eurico e Judivan. Eles terão a dura, porém satisfatória, missão de manter o Cruzeiro na crista da onda. ❚
Encontro | 139
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CAPA | FUTEBOL
TETRACAMPEÃO BRASILEIRO A REGULARIDADE DE UM CAMPEÃO Gráfico indicativo de pontos rodada a rodada, comparando as campanhas do Cruzeiro de 2013 e 2014* do início ao título
3
7
7
4
3
4
4
1ª
2ª
3ª
10
13
7
8
9
4ª
5ª
6ª
16
16
15
12
7ª
8ª
19
39
36
25
22
18
18
9ª
10ª
21
11ª
29
28
30
24
25
25
12ª
13ª
14ª
42
33 37 28
15ª
31
16ª
43
40
34
17ª
18ª
19ª
RODADA
A campanha de 2013
12
23
77
gols marcados
37
vitórias
jogos consecutivos sem derrota, sendo
7
11
empates
5x0 em cima do Goiás
vitórias
8
gols sofridos
Maior goleada
1
derrotas
empate
A EVOLUÇÃO DE UM CRAQUE Os números de Ricardo Goulart, um dos destaques do Cruzeiro nas campanhas vitoriosas de 2013 e 2014 GOLS
FINALIZAÇÕES
DRIBLES
CONVOCAÇÕES
10
28
18
0
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46
49
46
49 43
50 49
53 52
56
53
59
56
59
59
56
56
62
59
62 60
74
68
65
67
70
76
75
75
76
37ª
38ª
75
73
64
61
46
O COMANDANTE Marcelo Oliveira atualmente é o técnico que há mais tempo está no comando da mesma equipe no futebol brasileiro
129
Desde
dezembro de 2012
jogos
20ª
21ª
22ª
23ª
24ª
25ª
26ª
27ª
28ª
29ª
30ª
31ª
32ª
33ª
34ª
35ª
36ª
*Dados referentes à campanha de 2014, baseados até a 36ª rodada do Campeonato Brasileiro
A campanha de 2014
64
gols marcados
36
gols sofridos
12
23
vitórias
jogos consecutivos sem derrota, sendo
7
9
empates
Maior goleada
5x0
em cima do Figueirense
vitórias
6
3
derrotas
empates
LEGENDA Dados referentes ao ano de 2013 Dados referentes ao ano de 2014
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GOLS
FINALIZAÇÕES
DRIBLES
CONVOCAÇÕES
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31
23
2
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Marcelo Oliveira
59 anos, técnico do Cruzeiro
“O título nacional é resultado de muito trabalho” Apesar da derrota na decisão da Copa do Brasil, Marcelo Oliveira tem motivos para comemorar 2014. No mês passado, o mineiro de Pedro Leopoldo entrou para o seleto grupo de treinadores que conseguiram o bicampenato brasileiro consecutivo, comemorou o nascimento do primeiro neto, Lucca, e chegou à terceira decisão da Copa do Brasil em quatro anos. Com o nome escrito na história do Cruzeiro, Marcelo parte para sua terceira temporada no clube sonhando em conquistar o título da Libertadores. Em entrevista na Toca da Raposa, dois dias após a decisão da Copa do Brasil, o treinador falou do desejo de permanecer no Cruzeiro e do planejamento para o ano que vem. 1) ENCONTRO – Como o sr. define o atual momento do futebol mineiro?
MARCELO OLIVEIRA – Cruzeiro e Atlético são dois clubes de tradição, de torcidas imensas, presentes e fiéis. As estruturas físicas estão entre as melhores do Brasil e são administrações seguras, equilibradas e ousadas nas contratações. A categoria de base forneceu para os clubes bons jogadores e, a partir disso, os resultados apareceram. 2) Acredita que seu trabalho está sendo reconhecido? Rodrigo Clemente/EM/DA Press
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Tenho sido bem recebido em todos os lugares fora daqui. A impressão dei-
xada ao longo de dois anos é a melhor possível. 3) O que significou a conquista do Brasileirão?
É resultado de dois anos de trabalho, boa orientação e de sintonia entre diretoria, comissão técnica e jogadores. Neste ano, conquistamos dois títulos: um de forma invicta e outro com antecedência, com sequência de vitórias e números expressivos. Foi um ano muito bom, graças ao trabalho da diretoria, do diretor de futebol Alexandre Mattos, sempre dinâmico, e da comissão técnica comprometida. 4) Qual sua opinião sobre o técnico do Atlético, Levir Culpi?
Conheço muito bem o Levir e ele é uma grande pessoa. É um treinador que agrega muito, aglutina e treina muito também. 5) Quais são os planos para a próxima temporada?
Vamos conversar sobre meu contrato nos próximos dias. Em relação à Libertadores, precisamos ter carinho e aplicação para preparar um time forte, aproveitando a experiência deste ano. Felizmente, o Campeonato Mineiro é mais enxuto e permite um pouco mais de tempo para preparação. Não é ideal, mas satisfaz nosso planejamento. z
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CAPA | FUTEBOL
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CAPA | FUTEBOL “É uma emoção muito grande. Eu nunca tinha visto isto na vida. A torcida sempre grita o nome dos atletas e também gritou o nome do presidente. É o trabalho de toda uma diretoria e toda uma comissão técnica, que está há dois anos seguidos buscando e conquistando bons resultados” GILVAN TAVARES
“A torcida deu um exemplo ao Brasil e ao mundo de civilidade, paixão e fidelidade”
“Ser coroado neste triênio com dois títulos brasileiros e uma final de Copa do Brasil não é para todo mundo. É para poucos clubes do Brasil. Então nos dá muita alegria”
IM
E
GILVAN TAVARES
CA
MARCELO OLIVEIRA
Paulo de Araújo/CB/D.A Press.
“Sinto muito orgulho de fazer parte dessa história. Dois anos consecutivos campeão brasileiro não é para qualquer time, aliás, somos mais que um time, somos uma família” RICARDO GOULART
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TETRACAMPEÃO B
NO ALTO
Fábio Bruno Rodrigo Dedé Manoel Leo Samudio Egídio Ceará Mayke Marcelo Oliveira NO MEIO
Júlio Baptista Tinga Willian Farias Lucas Silva Nilton Éverton Ribeiro Marlone EMBAIXO
Borges Marcelo Moreno Willian Ricardo Goulart Dagoberto Alisson Marquinhos
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O BRASILEIRO 2014
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ESPECIAL NATAL | PRESENTE
Escolhido a dedo
Em dúvida sobre o que dar de Natal? Nomes de referência em literatura, cozinha, decoração e outros temas dão sugestões de presentes pra lá de especiais
Rogério Sol
Faca do chef Para quem gosta de cozinhar Eugênio Gurgel
“Mais do que curinga na cozinha, ela é a extensão do braço do chef. Quem realmente gosta de gastronomia, vai saber apreciar” Eduardo Maya,
chef e professor de gastronomia
SUGESTÃO: algumas das mais exclusivas são as organic knives da marca ORK, totalmente artesanais e produzidas em Sete Lagoas (MG). São anatômicas, têm bom corte e são feitas de materiais sustentáveis, como madeiras de árvores tombadas por tempestades. Sob encomenda, o interessado pode escolher o modelo da peça e a madeira para o cabo ONDE ENCONTRAR: encomendas pelo site www.organicknives.com ou no empório de produtos alimentícios artesanais De-lá (www.produtosdela.com.br) PREÇO: R$ 300 (médio)
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MARINA DIAS
O Natal se aproxima, os shoppings começam a ficar cada vez mais lotados e bate aquela preguiça de enfrentar multidões para achar o presente ideal. Uma boa dica é ir às compras já com ideia do que se pretende encontrar. Mas isso pode não ser fácil, principalmente se você quer dar alguma lembrança especial e que tenha a ver com o gosto de seus familiares e amigos. Por isso, Encontro convidou nomes de destaque em seis categorias para você não errar na escolha. De amantes de livros até quem curte decoração, passando pelos interessados em cozinha e em tecnologia, há de tudo um pouco — sem esquecer as crianças, é claro. Boas compras!
Obra da escritora Al i ce Munro Para quem gosta de ler Paulo Marcio
“Ganhadora do Nobel de Literatura em 2013, a canadense tem uma visão de mundo peculiar e revela de forma surpreendente e delicada, em seus contos, o cotidiano de personagens simples e de vida comum” Olavo Romano,
presidente da Academia Mineira de Letras Samuel Gê
SUGESTÃO: O premiado livro O Amor de uma Boa Mulher (Companhia das Letras, 2013), publicado originalmente em 1998. Série de pequenos contos, é uma boa mostra da literatura de Munro ONDE ENCONTRAR: Livraria Ouvidor (31) 3221-7473 PREÇO: R$ 55
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ESPECIAL NATAL | PRESENTES
Escul t ura Para quem gosta de decoração
Fotos: Alexandre Rezende
"É um presente pessoal e que ninguém esquece — nem quem deu, nem quem ganhou. Além disso, esculturas podem ser encontradas nos mais diversos tamanhos, então cabem em qualquer espaço. As menores, aliás, são um mimo, como devem ser os presentes de Natal" Jacqueline Salomão, designer de interiores
SUGESTÃO: esculturas em madeira do artista mineiro Sérgio Machado, que dá forma a pequenas cadeiras de vários modelos e épocas diferentes. Feita em um único bloco de madeira esculpido, está disponível em diferentes tamanhos e tons, o que significa que combina com qualquer ambiente. As versões pequenas são um charme e ficam lindas sozinhas ou em conjunto — ou seja, quanto mais se ganha, melhor! ONDE ENCONTRAR: Dotart Galeria de Arte (31) 3261-3910 PREÇO: a partir de R$ 400
Divulgação
Smartwatch Para quem gosta de tecnologia "Nova sensação em termos de gadgets, o relógio inteligente evita que o usuário precise olhar o celular toda hora para conferir e-mails, mensagens e outras funções, pois é integrado com o aparelho"
Dênis Medeiros
Vitor Peçanha,
cofundador da startup Rockcontent
SUGESTÃO: Lançado no mês passado no Brasil, o Moto 360, da Motorola, é o primeiro smartwatch que realmente se parece com um relógio, por possuir tela redonda. O sistema Android Wear ainda é muito novo, mas vários recursos são muito úteis para você não ficar tirando o celular do bolso o tempo todo ONDE ENCONTRAR: Fastshop - (31) 3888-5656 PREÇO: R$ 799
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Assinatura de caixinha deParabrincadeiras as crianças Rodrigo Cabido/Divulgação
SUGESTÃO: assinaturas do Box Joanninha para alegrar as crianças durante todo ano. Mensalmente, a criança receberá em sua casa uma caixa temática com diversas atividades, proporcionando brincadeiras novas todos os meses ONDE ENCONTRAR: assinaturas pelo site www.boxjoanninha. com.br
”A proposta do serviço é que, mensalmente, a criança receba em casa uma caixa temática com atividades manuais para construir a brincadeira em família. O presente incentiva a criatividade, a imaginação, a autoestima e a curiosidade dos pequenos" Flávia Pellegrini e Miriam Barreto,
editoras do blog Na pracinha
Vinho de sobremesa Para quem gosta de vinhos Alexandre Rezende
"Vinhos são sempre ótimos presentes, e os de sobremesa, perfeitos para serem oferecidos e bebidos no Natal, já que combinam com o cardápio do fim de ano" Júlio Anselmo,
consultor sobre vinhos
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ESPECIAL FIM DE ANO | COMPORTAMENTO
Minha boa ação de Natal
Thiago Mamede
Carolina Dias 44 anos, professora de inglês e tradutora - Belo Horizonte, MG
Você deve se sentir no lugar do outro, tentar entender pelo que estão passando. E, principalmente, deve deixar as pessoas saberem que você está ali para dar amor”
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Cláudio Cunha
Conheça pessoas que, cada uma a sua maneira, levam alegria, carinho e presentes para comunidades carentes todo fim de ano, propiciando uma verdadeira celebração natalina a centenas de famílias MARINA DIAS
Subindo as estradas de terra vermelho-ferro, para além das pirambeiras e dos caminhos cortados por riachos. Depois dos relevos, das colinas, das cidades. Aonde não chega luz e não passa carteiro, e onde o chão é de terra batida. Lá existe Papai Noel? Não se veem renas nem trenó. Enfeites de Natal e árvores decoradas são raridade, coisa para poucos. Não há shoppings com adornos enormes, com trenzinhos e bonecos de neve. Mas os moradores já sabem: todo ano ele vem – e chega de jipe. É assim, sobre quatro rodas com muita tração, que não apenas um, mas mais de 40 Bons Velhinhos – entre homens, mulheres, jovens, adultos – chegam aos rincões destas Minas para levar a alegria do Natal a comunidades de difícil acesso, aonde carros de passeio não chegam. Em seus veículos 4x4, lotados de brinquedos, mantimentos e alegria, carregam um pouco do espírito de final de ano para mineiros que, antes do grupo Solidariedade 4x4, tinham desistido de acreditar em Papai Noel. “É essa felicidade que mostram ao receber um brinquedo novo, uma cesta de Natal, itens de necessidade básica. Coisas às quais eles não costumam ter acesso. Fica claro no olhar, no sorriso das pessoas, que aquilo está fazendo a diferença”, conta o advogado Sérgio Rosi, um dos membros do grupo e apaixonado por jipe desde a juventude. Rosi faz parte de um time de pesso-
Sérgio Carneiro Rosi 39 anos, advogado Santos, SP
Sinto sensação de missão cumprida quando vejo um pai de família apontar para nós e dizer que o verdadeiro Papai Noel é aquele comboio que passa por ali”
as que, todos os anos, vira Papai Noel durante alguns dias. Gente que se prepara meses para, em dezembro, levar um pouco de alegria e solidariedade a milhares de pessoas que, sem a iniciativa, talvez nunca soubessem o que é o Natal. Encontro ouviu alguma dessas pessoas para mostrar o que fazem. Santista de nascimento mas mineiro de coração, Rosi conta que os jipeiros passavam sempre pela região de Itabira, Santa Maria e Cabeça de Boi durante seus passeios e percebiam,
no final de ano, que os moradores não tinham símbolos ou um significado profundo do Natal. “Quisemos materializar isso”, explica ele, que foi convidado a participar do Solidariedade 4x4 em 2012, pelo fundador do grupo, o advogado Ivan Mercedo, e logo aceitou a proposta de recolher doações de brinquedos, material escolar, fraldas e outros itens, e usar seu jipe para ajudar no transporte até a região. Todo dezembro, são dois dias de viagem, saindo sábado logo cedo e chegando de volta a BH no domingo à noite, muitas vezes sob chuvas torrenciais, comuns nesta época. No trajeto, os mais de 40 carros param em pequenas comunidades para entregar os presentes, mas também passam pelas casas isoladas no caminho. Comunicam-se por rádio para saber quantas são as pessoas e quais são as necessidades locais, para que os jipes que contenham esses mantimentos possam parar por lá. “Sabemos que não é suficiente, mas é uma contribuição, e com foco especial na simbologia do Natal, na essência genuína da criança e dos sonhos”, explica o advogado. Em outra comunidade isolada, Manja Léguas (distrito de Piranga, Minas Gerais), as crianças não conseguiam enviar suas cartinhas ao Papai Noel, pois não há correio por lá. Seus pedidos ficavam sem destino, assim como o sonho de ganhar uma bola nova, calçado DEZEMBRO DE 2014
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ESPECIAL FIM DE ANO | COMPORTAMENTO Divulgação
do tamanho certo para quem cresceu de um ano para o outro, material escolar. Desde 2006, a empresária Hélida Mendonça, que tem uma fazenda a 3 km dali, encarna o papel de carteira e promove o elo entre os alunos da escola municipal do distrito — já chegaram a 140 alunos — e seus padrinhos, que atendem aos pedidos dos pequenos, escritos de forma educada e esperançosa em cada cartinha. No Dia das Crianças, quando os estudantes visitam a fazenda de Hélida para brincar e passear, levam as correspondências, e a empresária trata de listá-las, dividi-las e entregá-las para familiares, amigos e colegas de trabalho. “Todos já sabem e gostam de ajudar. Esse tipo de ação não precisa ser feito sozinho. É importante envolver as pessoas próximas”, afirma. É ela, ainda, quem recebe os presentes e os leva até a escola — junto, claro, com o Papai Noel. “A comunidade é isolada e até pouco tempo não tinha nem energia elétrica. Papai Noel era algo distante. Quando ele chega, vejo nos olhos dos pequenos que eles ficam refletindo sobre como é que o Bom Velhinho chegou lá”, afirma. A empresária já ajudava a escola an156 |Encontro
Thássia Naves 26 anos, blogueira Uberlândia, MG
O que me motiva a realizar ações sociais é que, com um pouco de esforço que nós fazemos, conseguimos resultados que mudam a vida dessas pessoas”
teriormente e faz trabalhos em outras datas, além do Natal. Sempre em seu aniversário, pede como presente agasalhos e calçados para as crianças, bem como brinquedos e livros. Foi ela a responsável pela biblioteca e pela brinquedoteca da
instituição. O Natal é uma – talvez a mais especial – de suas ações. “As pessoas precisam ter a humildade de ajudar com o que podem”, reflete. “E o Natal é época de amor, de solidariedade”, diz. Mas não é preciso atravessar montanhas para encontrar pessoas para quem a esperança de fim de ano precisa de renovação e de incentivo. Pode ser ao lado da sua casa. E a forma de ajudar pode estar bem ali, em frente a seus olhos. Foi ao perceber isso que a blogueira de moda Thássia Naves começou, no ano passado, um bazar beneficente na época do Natal na sua cidade, Uberlândia. A it girl, dona de um dos armários mais invejados do país, doou, este ano, 1 mil peças de seu guarda-roupa para o evento, além de uma bolsa da marca Fendi, que foi leiloada no bazar. Também pediu um brinquedo novo como “ingresso de entrada” de cada um dos 6 mil participantes. Os presentes e a quantia são destinados à Casa do Menor Nova Canaã, onde a avó da fashionista é voluntária há anos. “Minha avó ajuda a instituição, cresci acompanhando sua trajetória. Ela sempre fez questão de passar para os filhos e netos os valores de solidariedade, isso sempre
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Você nunca vai se esquecer desse dia. Nem seus convidados. “Nosso casamento, repleto de alegrias e emoções, só foi possível com a ajuda de excelentes fornecedores. E o Buffet Célia Soutto Mayor merece um grande destaque. Recebemos, durante e após a festa, elogios ao cardápio, à qualidade do atendimento, às delícias servidas. Realmente, foi tudo perfeito. Uma festa que superou nossas expectativas!” Marcela Lourenço Machado e Paulo Victor Cardoso Filho. Casados em 27 de setembro de 2014 na Casa Tua
souttomayor.com.br facebook.com/BuffetCeliaSouttoMayor souttomayor.com.br/blog
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ESPECIAL FIM DE ANO | COMPORTAMENTO Alexandre Rezende
fez parte do meu dia a dia”, afirma Thássia, para quem a sensação de poder ajudar o próximo é indescritível. “Uma pequena ação pode mudar muito a vida dessas pessoas. Recomendo a todos que ajudem como puderem, com pequenas doações ou ações no dia a dia. Qualquer ajuda é válida”, diz. Nesse mesmo espírito, o jogador de futebol Gilberto Silva encontrou uma forma bem futebolística de ajudar a sua terra, Lagoa da Prata. O pentacampeão mundial em 2002 é responsável pelo projeto Lagoa da Prata Solidária, partida beneficente que será disputada no dia 20 de dezembro no estádio municipal José Bernardes Maciel. A primeira e única edição foi em 2011, quando foram arrecadadas sete toneladas de alimentos. Lares carentes e instituições filantrópicas do município mineiro foram beneficiados. “Estou louco para me recuperar, pois quero estar em campo no dia 20”, avisa Gilberto, atualmente em tratamento de uma lesão no joelho. Jogadores profissionais, amadores, ex-atletas e artistas estão sendo confirmados no evento, e espera-se a arquibancada de 2.450 lugares lotada, sendo que o ingresso são 2 kg de alimentos não 158 |Encontro
Thais Machado Silveira (na foto, ao meio, com as amigas Carolina, Monique, Ana Carolina e Valéria), 34 anos, analista de sistemas Belo Horizonte, MG
As instituições que visitamos abrigam pessoas que às vezes não são priorizadas. É importante haver pessoas que separem um tempo para se dedicar a elas, dar carinho”
perecíveis. Uma empresa, aliás, já doou sete toneladas de açúcar para esta edição. “Pode parecer pouco, mas essa ação faz grande diferença na vida das pessoas. E na minha também”, diz o jogador. De fato, não é raro ouvir quem se envolve em trabalhos sociais dizer que mais recebem do que doam quando realizam esse tipo de ação. Segundo o doutor em psicologia Yuri Elias Gaspar, professor da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, a dedicação ao trabalho voluntário é uma maneira de ampliar círculos de relacionamento, criar novas amizades, mas também de afirmar concretamente o que é valor para si. “É quando a pessoa pode descobrir quem ela é, compartilhar ideais, quebrar preconceitos e barreiras sociais, relativizar diferenças entre classes, rever valores, afirmar sentidos novos e ajudar aqueles que mais necessitam — inclusive a ela mesma”, diz Yuri, para quem a ajuda ao próximo é a possibilidade de realmente sermos seres humanos. “Ao ajudarmos o outro, ajudamos a realizar a nossa humanidade”, afirma. Para quem já tem campanhas e ações voluntárias como parte do calendário, é de praxe que os projetos
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ESPECIAL FIM DE ANO | COMPORTAMENTO de Natal comecem a ser pensados no início do segundo semestre. No caso da analista de sistemas Thais Machado, isso é rotina em sua vida há quase dez anos. Contudo, neste ano, ela esteve ocupada com a construção de sua nova casa e a organização do casamento até setembro — quando, teoricamente, já deveria ter começado os preparativos de sua campanha de Natal. “Achei que não daria tempo desta vez, mas meu marido foi meu maior incentivador, mesmo sabendo que dividiria o tempo de construir minha nova família com a dedicação ao projeto”, afirma ela, que recolhe doações e as entrega, a cada ano, a instituições diversas. “Não vejo o que faço como obrigação, mas como compromisso. O que recebo na vida é pouco perto do que faço uma vez por ano. Sinto que preciso retribuir”, diz. Neste ano, as doações serão entregues a uma creche em Contagem, cujos alunos, em sua maioria, são filhos de pais separados com casos na Justiça por falta de pagamento de pensão. Thais e os amigos que organizam o projeto recolhem doações que vão para a instituição (alimentos, produtos de limpeza, etc.), mas também brinquedos e kits de higiene pessoal para os alunos. Fazem questão de que os presentes sejam etiquetados com os nomes das crianças, chamadas uma a uma para recebê-los. “Não são presentes genéricos, são nominais, e isso muda tudo. Vemos que os pequenos se sentem especiais”, conta. Thais, bem como muitos que organizam ações de Natal, escolhem esta época do ano porque é quando pessoas que não se envolvem em voluntariado costumam estar mais dispostas a ajudar. “Nós precisamos de doações, e esta é uma época em que pessoas ficam mais comovidas, o que é favorável para nós, que precisamos dessa ajuda”, afirma. Do ponto de vista cultural, segundo Yuri Elias Gaspar, o fim de ano é um momento que nos solicita ficar diante do tema do sentido da vida, o que pode explicar o maior envolvimento com as causas sociais. “São momentos que nos provocam a perguntar o porquê da existência, solicitam-nos rever a nossa posição diante da realidade, convocando-nos a tomar uma posição construtiva, 160 |Encontro
Alexandre Rezende
João Paulo Guerra 24 anos, advogado Belo Horizonte, MG
Nessas ações, aprendemos a dar valor para o que temos e a partilhar com quem precisa. Afinal, não custa nada separarmos tempo e o que pudermos doar para ajudar”
JC Martins
Hélida Mendonça 53 anos, empresária João Pinheiro, MG
Tento ajudar o ano todo, mas o Natal tem um significado especial. É o renascimento. São as pessoas pensando que, apesar dos pesares, existem fraternidade e amor”
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ESPECIAL FIM DE ANO | COMPORTAMENTO Lindomar Rodrigues/Divulgação
que afirme valores que enalteçam o humano”, explica. O advogado João Paulo Guerra, que organiza, com amigos da turma Sindicato dos Brothers, várias edições ao ano do Pagode Solidário, faz uma versão especial do projeto no Natal. Ele posta no Facebook, para os participantes, as sugestões de presentes que as crianças das instituições ajudadas pediram nas cartinhas. “A ideia do tema natalino é para que a turma se preocupe com qualidade, mais que quantidade”, explica. Segundo João Paulo, muitas pessoas têm boas intenções, mas entendem de forma errada como funciona a doação. “Por mais que as pessoas queiram ajudar, às vezes confundem as coisas e fazem uma limpa no guarda-roupa”, diz. “Por isso pegamos as doações e fazemos uma triagem antes de levar às instituições. Dá trabalho, mas não vamos repassar objetos em mau estado”, afirma. O primeiro Pagode Solidário teve presença de 150 pessoas e o último, de Natal, 400, com recolhimento de 300 brinquedos, que atenderam a 130 cartinhas. Para mostrar que Natal não é sinônimo de consumo, há pessoas focadas 162 |Encontro
Gilberto Silva 38 anos, jogador de futebol Lagoa da Prata, MG
Enxergo essa ação como um bônus de vida. Sei que não custa nada ajudar quem precisa. E faz diferença na minha vida”
em levar alegria para crianças e adultos neste fim de ano pensando também na sustentabilidade. Uma delas é a professora de inglês e tradutora Carolina Dias. Fundadora do grupo Carinhólogos Solidários, que distribui abraços na porta de hospitais, ela já fez viagens de palhaço com o lendário médico norte-americano Patch Adams e visitou sua
fundação nos Estados Unidos, o Instituto Gesundheit. Assim, Carolina sabe mais do que ninguém como levar amor e carinho ao coração do próximo – sem que, para isso, precise comprar brinquedos e presentes novos. Neste ano, ela fez uma rifa de um jaleco de Patch e de uma camisa do instituto. Com o dinheiro, comprou fita, fuxico e outros materiais, com os quais os Carinhólogos customizaram mais de 100 bonés para homens, mulheres e crianças, que serão presenteados a pacientes de câncer em quimioterapia, e garrafas de vidro e de plástico decoradas, para distribuir para idosos de asilos de BH. “Não queremos incentivar o consumismo, e sim a sustentabilidade. O importante é saber que você está lá para dar amor onde precisarem”, diz ela, que anda para cá e para lá com seu nariz de palhaço. “O Patch diz que o nariz é o distintivo vermelho da coragem. Nunca me imaginei palhaça, mas hoje não me imagino não sendo”, afirma. Realmente, Papai Noel não é coisa de imaginação. z (Colaboraram Amanda Aleixo e Rafael Campos.)
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ESPECIAL NATAL | MODA
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Fotos Eugênio Gurgel e divulgação
POLO LISTRADA Klus R$ 198 (31) 3286-4598
CHINELO DE BORRACHA Klus R$ 59 (31) 3286-4598
o ho!
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ANA CLÁUDIA ESTEVES
Bom gosto e, claro, carinho todo especial não podem faltar na hora de escolher o presente de Natal. Encontro selecionou algumas opções da moda feminina e masculina, entre roupas e acessórios, para diferentes ocasiões e estilos. ❚
CINTO TRESSÊ Klus R$ 119 (31) 3286-4598
BERMUDA Zak R$ 199 (31) 3299-2300
PORTA-IPAD PORTA PORTAIPAD VR R$ 169 (31) 3288-3197 DEZEMBRO DE 2014
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ESPECIAL NATAL | DECORAÇÃO
Noite feliz ANA CLÁUDIA ESTEVES
Para celebrar o Natal, enfeite sua mesa com os tons da festa. Vermelho, verde, dourado e branco imprimem os mais belos adornos que decoram e completam a beleza de um jantar tão especial. ❚ PORTA-GUARDANAPOS Casa Futuro R$ 12 (31) 3309-5255
ARGOLA PARA GUARDANAPOS Domi R$ 33 (31) 3227-2068
PORTA-CONDIMENTOS Casa Futuro R$ 19 (31) 3309-5255
JOGO AMERICANO La Ville R$ 16,80 (31) 3235-8200 APARELHO DE JANTAR MARBLERED NORITAKE Tool Box R$ 1.879 (31) 3286-6317
JOGO COM 2 CAÇAROLAS DE CERÂMICA STAUB Tool Box R$ 159 (31) 3286-6317
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PETISQUEIRA DUPLA LACE La Ville R$ 119 (31) 3235-8200
PETISQUEIRA SIS La Ville R$ 119 (31) 3235-8200
PETISQUEIRA DUPLA Domi R$ 37 (31) 3227-2068
JOGO AMERICANO FLORAL Casa Futuro R$ 23 (31) 3309-5255
JOGO TAÇA ANTIQUE - 6 PEÇAS Domi R$ 218 (31) 3227-2068
SALADEIRA ANGELS VISTA ALEGRE Tool Box R$ 328 (31) 3286-6317
Fotos: Claudio Cunha, Dafne Lourenço, Claudiane Bozzi, Anderson Lana e divulgação
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Diversão para quatro p DANIELA COSTA
Brincar de ser feliz é a atividade preferida dos pets. Em sua maioria, eles não perdem a oportunidade de exercitar a mordida mastigando os chinelos de seus donos, testar sua força e resistência disputando alguns cobertores que encontram no varal ou fazer aquela festa com o enchimento das almofadas do sofá. Para que essas brincadeiras inocentes sejam exceção, e não a regra, o ideal é presenteá-los com mimos que os distraiam e, ao mesmo tempo, desenvolvam sua saúde física e mental. O ato de brincar ajuda no controle da ansiedade, estresse e irritabilidade dos animais, além de evitar o desenvolvimento de distúrbios de comportamento. Lembrando que, para garantir a segurança do seu pet, o brinquedo deve ser adequado à idade e ao tamanho dele. O seu melhor amigo agradece. ❚
PATO MALUCO Pimp My Pet – R$ 33,90 (31) 3267-7496
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Fotos: Roberto Rocha / Denis Medeiros / Alexandre Rezende
COMEDOURO DE LOUÇA Pet Dog Dog – R$ 180 (31) 3286-9816 SAPO BOLA Pimp My Pet – R$ 30,90 (31) 3267-7496
o patas TÚNEL PARA GATOS Pet Dog Dog – R$ 149 (31) 3286-9816 COLEIRA LUYDE Pet Dog Dog – R$ 90 (31) 3286-9816
BOLA LANÇADOR Dog’s & Cat’s Shop – R$ 61,7 (31) 3224-8525
ARRANHADOR LABIRINTO Dog’s & Cat’s Shop – R$ 131,05 (31) 3224-8525
BOMBINHA PRETA Dog’s & Cat’s Shop – R$ 33,65 (31) 3224-8525 DEZEMBRO DE 2014
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ESPECIAL NATAL | RECEITAS
Harmonização Branco, tinto ou rosé. A carne de porco combina bem com qualquer tipo de vinho. Basta escolher a receita certa
perfeita
EDUARDO TRISTÃO GIRÃO
Aquela regra básica (embora discutível) do mundo do vinho manda combinar tintos com carnes vermelhas e brancos com carnes brancas. Mas, em relação à carne de porco, fica sempre a dúvida. Como combiná-la? Pensando nos dilemas e prazeres que esse “problemão” traz ao leitor na ceia de Natal, pedimos a cinco chefs de Belo Horizonte para criar receitas especialmente para a ocasião, utilizando diferentes cortes suínos. Os pratos foram harmonizados com
vinhos de importadoras da cidade, e as sugestões de rótulos não deixam dúvida: brancos, rosés e tintos podem ser ótimas companhias à mesa nesse caso. Não há diretrizes infalíveis para orientar esses casamentos enogastronômicos, prevalecendo o gosto pessoal. Uma costeleta, por exemplo, pode ser perfeitamente escoltada por um branco estruturado, quando a guarnição é dominada por múltiplos sabores de frutas secas. De forma geral, tintos leves e médios são boas apostas, bem como brancos mais “sérios” e com maior teor de açúcar residual. E os rosés podem funcionar como curinga. A ordem é experimentar. Tim-tim! Fotos: JC Martins
Costeletas de porco no leite de amêndoa com cuscuz de frutas secas (6 pessoas) Por Hendres Almeida (China), chef do Gomide INGREDIENTES 1 lombo de porco com 8 costelas e capa de gordura (2 kg a 2,5kg) 60 ml de azeite de oliva 4 ou 5 dentes de alho cortados ao meio 1 ramo grande de alecrim fresco 1 echalote com as folhas ou 1 cebola roxa com suas folhas verdes 1 l de leite de amêndoa (comprado pronto) Raspas de dois limões Suco de um limão 30 g de sal Cuscuz 200 g de cuscuz 200 ml de água fervente
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2 cebolas pequenas 40 g de passas pretas 40 g de passas brancas 4 damascos secos picados 40 g de pistache 6 dentes de alho amassados 100 ml de azeite Sal e pimenta-do-reino a gosto Cheiro-verde a gosto MODO DE PREPARO Preaqueça o forno 200° C. Tempere a carne com o sal. Em uma panela grande bem quente, coloque o azeite e doure o lombo dos dois lados. Em seguida, coloque o alho e as folhas verdes, deixando que essas últimas murchem. Disponha em um tabuleiro
as folhas já murchas e o alho e, por cima, ponha a carne. Adicione o leite de amêndoa e leve ao forno. Deixe assar por uma hora. Passado esse tempo, retire do forno, regue com o suco de limão e volte com o lombo para o forno por mais 25 a 30 minutos. Fatie apenas na hora de servir. Para o cuscuz, acrescente água fervente aos grãos, mexa bem e cubra com um pano de prato. Leve uma panela ao fogo com o azeite, deixe esquentar um pouco, coloque o alho, deixe dourar e, em seguida, coloque a cebola, deixando murchar. Em seguida, misture os ingredientes restantes, deixando por último o cheiro-verde.
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Somontes Encruzado 2012 Casta típica da região portuguesa do Dão, a encruzado dá origem a brancos fora do comum. Não por acaso, há especialistas que a consideram melhor que a chardonnay, uva tida como a rainha dos vinhos brancos. Esse rótulo tem equilíbrio notável de fruta e acidez, com muita finesse. É firme e mostra notas de damasco, nectarina, frutas brancas e algum carvalho. Onde encontrar: Premium Wines | R$ 87
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2 Marc Sorrel CrozesHermitage Blanc 2010 Produzido na região francesa do Rhône, esse branco é feito com a uva marsanne. Tem média acidez e boa complexidade. O aroma e o paladar são marcados por referências a laranja-da-terra, damasco seco, grapefruit e nozes, além de um sutil toque de carvalho. Persistente, enche a boca com sua riqueza de sabores. Onde encontrar: Premium Wines | R$ 180
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ESPECIAL NATAL | RECEITAS Alexandre Resende
Pernil de porco com molho de ora-pro-nóbis, batatas na manteiga de ervas e farofa com banana (6 pessoas) Por Raoni Ribeiro, chef da Mercearia 130 INGREDIENTES 2 jarretes de aproximadamente 600 g (cada um) 500 g de batatinha baby (miúda) 300 g de farinha de mandioca amarela do Pará 4 cabeças de alho picado 8 cebolas roxas picadas 1 molho de ora-pro-nóbis 4 bananas-caturras maduras picadas em rodelas 1 maço de alecrim picado 1 maço de tomilho picado 2 maços de salsinha picada 12 folhas de louro 1 l de vinho branco seco 100 ml de manteiga de garrafa 100 g de manteiga com sal 100 ml de azeite extravirgem 2 colheres (sopa) de sal grosso Pimenta-do-reino preta moída a gosto Sal fino a gosto
MODO DE PREPARO Jarret Com a ponta da faca, fure a carne em oito pontos intercalados, esfregue o sal grosso, a pimenta-do-reino, a cebola picada, metade do azeite, vinho branco, louro, 1/3 do alho picado, metade do alecrim e do tomilho. Coloque o jarret em um refratário, cubra com um plástico filme e deixe marinar na geladeira por seis horas. É interessante virar a carne de duas em duas horas para que absorva melhor o tempero. Transfira todo o preparo para uma assadeira, cubra com papel-alumínio e leve ao forno preaquecido a 180° C, por aproximadamente duas horas e meia. Aqueça uma panela de fundo grosso com a outra metade do azeite, doure a carne assada, adicione toda a marinada e finalize com metade da manteiga com sal até obter a textura preferida. Ferva em fogo baixo, adicione o ora-pro-nóbis, tampe a panela e desligue o fogo. Farofa de banana caturra Aqueça a manteiga de garrafa em uma frigideira em fogo baixo, refogue a outra metade do alho picado, adicione a banana, tempere com sal e finalize com a farinha, deixando a farofa bastante úmida e homogênea. Batatinha miúda Asse as batatinhas no mesmo forno que a carne por 20 minutos. Deixe-as esfriar e aperte-as levemente com as mãos para estourar a pele, permitindo que o tempero entranhe melhor. Aqueça outra panela ou frigideira com o restante da manteiga, refogue a outra parte das ervas e tempere com sal e pimenta-do-reino a gosto.
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Lamblin Bourgogne Rouge AOC 2011 Opção para os que não abrem mão dos tintos na hora da ceia, esse pinot noir da região francesa da Borgonha é leve e conta com boa acidez, o que o torna bom para o prato. No nariz, frutas
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Château Rives Blanques Cuvée de Odyssée Chardonnay 2012 Esse branco da região francesa do Languedoc (Limoux) é feito com uvas chardonnay colhidas à mão nos melhores vinhedos da vinícola. Estagiou por seis meses em barricas de carvalho francês,
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vermelhas e pretas (morango, cereja, groselha, mirtilo) que evoluem para compota, musgo, cogumelo, notas apimentadas e de caráter animal. O tanino e o frutado estão em equilíbrio, preservando elegância e leveza. Onde encontrar: Casa do Vinho | R$ 75
tornando-se maduro, amanteigado e com notas de frutas frescas (maçã e nectarina) – o carvalho é bem integrado. Um rótulo com bom corpo, estrutura, acidez equilibrada e final de boca que sugere amêndoa. Onde encontrar: Casa do Vinho | R$ 99
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ESPECIAL NATAL | RECEITAS Fotos: Eugênio Gurgel
Costela de porco crocante com tropeiro de feijão-andu (6 pessoas) Por Leonardo Paixão, chef do Glouton
INGREDIENTES 6 kg de costelinha de porco 2 cebolas grandes 4 galhos de salsão 1 cenoura grande 1 alho-poró 1 molho de funcho 1 pimentão vermelho 1 garrafa de vinho branco seco (750 ml) 500 ml de suco de laranja 500 ml de caldo escuro de galinha 250 ml de molho de soja Tropeiro 500 g de feijão-andu fresco 100 g de farinha de mandioca 100 g de bacon picado 1 cebola picada finamente 3 dentes de alho picados 3 colheres (sopa) de azeite Salsinha e cebolinha picadas
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MODO DE PREPARO Tempere a costelinha com sal e pimenta-do-reino. Pique os legumes, faça uma cama com eles na assadeira, coloque a carne por cima e cubra com os líquidos, deixando sempre a pele sobrar para fora. Cubra com papel-alumínio e asse por 4 horas a 200°C. Feito isso, retire o papel e asse mais 30 minutos para secar bem a pele. Após assadas, desosse com cuidado as costelinhas. Deixe esfriar e coloque em um tabuleiro com outro tabuleiro por cima e um saco de sal fazendo peso. Gele por 12 horas. Passe o resto do caldo de cocção e legumes por uma peneira e aperte bem. Leve esse líquido ao fogo e reduza até ficar com o ponto de glace (molho líquido, mas mais consistente). Para o tropeiro de andu, cozinhe o feijão em uma panela com água e sal a gosto até que fique al dente. Escorra e reserve. Em outra panela, salteie o bacon com o azeite. Adicione a cebola e o alho. Adicione o feijão e a farinha. Corrija o tempero. Para finalizar, retire a costela da geladeira, porcione da maneira desejada e aqueça no forno a 220° C por 15 minutos. Sirva com o molho, o tropeiro de feijão-andu e decore com salsinha e cebolinha.
Chianti Rufina 2012 O tinto Chianti é um clássico italiano, e esse rótulo é elaborado principalmente com a uva sangiovese (95%), com pequena participação da colorino (5%). Depois de passar 12 meses em barricas
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Vale da Raposa Reserva 2012 Nem só de vinho do porto é feita a região lusitana do Douro, como fica claro nesse tinto elaborado com uvas de vinhedos de pelo menos 20 anos. As castas selecionadas são touriga nacional e tinto cão, com estágio de sete meses em barricas
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de carvalho francês de segundo e terceiro uso, ele ganha cor rubi intensa e aromas de cereja fresca, violeta, defumado e especiarias. Equilibrado na boca, prima pela estrutura. Onde encontrar: Enoteca Decanter | R$ 79,80
de carvalho francês e, posteriormente, mínimo de três meses em garrafa. Ao nariz, apresenta notas delicadas de framboesa, cereja, violeta e tabaco. Macio, tem taninos e acidez bem integrados e leve tostado no final de boca. Onde encontrar: Enoteca Decanter | R$ 77,30
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ESPECIAL NATAL | RECEITAS Fotos: Alexandre Resende
Pernil glaceado com geleia de damasco e arroz com castanhas variadas torradas (10 pessoas) Por chef Jaime Solares, da Borracharia Gastropub INGREDIENTES 1 pernil com osso de cerca de 8 kg 6 l de vinho branco seco 4 ramos de alecrim 1 cabeça de alho 2 cebolas 2 cenouras 1 talo de salsão 2 folhas de louro Pimenta-do-reino e sal a gosto 4 cravos 250 g de geleia de damasco Arroz 1 kg de arroz 50 g de castanha-do-pará quebradas 50 g de amêndoas quebradas 50 g de castanha-de-caju quebradas Manteiga com sal
MODO DE PREPARO Pernil: na parte do pernil onde há a gordura, faça cortes perpendiculares formando um padrão xadrez. Em um recipiente grande, coloque o pernil, a cabeça do alho cortada ao meio, o salsão e a cenoura cortados em pedaços grandes, as duas cebolas com os cravos fincados nelas, os ramos de alecrim, as folhas de louro, o vinho branco, sal e pimenta-do-reino. Se necessário, complete com água até cobrir o pernil. Deixe a carne nessa marinada por 24 horas, virando a cada seis horas. Feito isso, dispense metade da marinada e complete com água até cobrir novamente o pernil. Leve ao fogo, em uma panela grande, e deixe cozinhar por cinco horas. Desligue o fogo e deixe esfriar. No dia seguinte, retire o pernil da panela e seque-o bem com papel-toalha. Pincele a geleia de damasco nos cortes feitos no pernil e leve ao forno preaquecido a 200° C. Deixe por mais uma hora, retirando o pernil a cada dez minutos e pincelando com a geleia de damasco. Arroz: prepare o arroz como de costume e, à parte, em outra panela, coloque uma colher (sopa) de manteiga, deixe derreter, espumar e começar a adquirir um tom amarronzado. Desligue o fogo e acrescente todas as castanhas, mexendo sem parar para torrá-las. Em seguida, misture-as ao arroz já pronto. Dica: o pernil pode ser servido quente ou frio (com mais geleia de damasco para acompanhar).
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Mezzacorona Moscato IGT Dolomiti 2013 Os vinhedos que dão origem a esse branco italiano ficam numa pequena área próxima ao belo Lago de Garda. É feito exclusivamente com a uva
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Mabilia Rosé DOC Ciró 2013 Esse rosé italiano homenageia princesa que viveu na Calábria no século 11, motivo pelo qual uma de suas principais características é a elegância. Produzido unicamente com a uva gaglioppo,
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moscato giallo e caracterizado por intensa cor amarela e aromas florais (gardênia) e de frutas como damasco e maracujá. Ao paladar, apresenta sabores de doce de laranja-da-terra, frutas cristalizadas e mel. Onde encontrar: Casa Rio Verde | R$ 59,90
é um vinho pouco ácido e bastante frutado, com um quê de geleia a se apresentar ao nariz, bem como cerejas e rosas. Na boca, a sensação é de pouco tanino. Tem cor brilhante. Onde encontrar: Casa Rio Verde | R$ 69,98
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ESPECIAL NATAL | BEBIDAS Fotos: Cláudio Cunha
Cerveja para brindar Rótulos do estilo bière brut, feitos pelo método champenoise (o mesmo do champanhe), são boas opções para celebrar o novo ano
ALINE GONÇALVES
O balde com gelo, as taças flute, a garrafa delicada esperando o suave estouro. Parece o ritual de abrir uma garrafa de champanhe, mas quem preferir pode também optar por um brinde diferente no fim do ano, sem que se perca nenhum desses charmosos detalhes: com cervejas. Produzidas pelo método champenoise, há opções nacionais e importadas para quem não abre mão da bebida com cevada ou quer surpreender os convidados.
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Eisenbahn Lust Origem: Eisenbahn/Brasil Álcool: 10,5% Preço médio: R$ 90 Características: possui aroma frutado e paladar refrescante. Apresenta perlage fino e numeroso com espuma cremosa. É ideal como aperitivo ou acompanhando entradas e sobremesas. Harmoniza com ostras, sushi e sashimi, sobremesas e pratos delicados, além de queijo parmesão, gouda, gruyère, gorgonzola, roquefort, entre outros. Deve ser servida refrigerada entre 2° C e 4 ° C
Após passarem pelo tradicional processo de fermentação, essas cervejas, do estilo bière brut, vão para um segundo momento, em adegas. “Todas são feitas a partir de uma cerveja comum. Já engarrafadas, passam por uma refermentação com leveduras de champanhe. Por vários meses, ficam inclinadas e são giradas aos poucos, diariamente, até que as leveduras se movam para o bico (em um processo chamado rémuage). No fim, a levedura é retirada e a garrafa recebe a rolha”, explica o beer sommelier do Haus München, Artur Dias. Segundo ele, no processo de maturação, os sabores (variáveis de acordo com a receita) se equilibram e o líquido se torna mais transparente. “A cerveja feita por esse método é normalmente dourada, translúcida, com aromas frutados e florais, além de gosto adocicado e seco”, diz. A beer sommelière Lícia Costa, da Gusto Distribuidora de Cervejas Especiais, explica que quem experimenta uma cerveja do tipo pela primeira vez pode estranhar o sabor, já que praticamente não existe amargor. “Assim como o espumante, há certa picância e sensação de borbulhas”, diz. E é exatamente por causa do método que os preços são mais elevados. “A garrafa de 750 ml é quase dez vezes mais cara que a de 600 ml”, diz. “Além disso, é uma cerveja sensível, cujo transporte precisa ser cuidadoso.” Hoje, há quatro principais opções comercializadas em BH. A belga Deus, da Bosteels, é a mais antiga, lançada em 2002. A Infinium, fruto de uma parceria entre as cervejarias Samuel Adams (EUA) e Weihenstephaner (Alemanha), tem o preço médio mais alto: R$ 200. Da produção nacional, a Lust, desenvolvida pela Eisenbahn, de Blumenau, Santa Catarina (comprada pelo grupo Schincariol, adquirido pelo Brasil Kirin), é a mais barata: custa em torno de R$ 90. Já a Brut, da mineira Wäls, é a mais fácil de se encontrar na capital. Anteriormente, era possível também achar rótulos da belga Malheur, mas a importadora da marca, a Tarantino, informou que há seis meses não traz unidades. Sócio da Wäls, José Felipe Carneiro explica que um dos diferenciais da empresa é manter todo o processo da Brut na própria fábrica – são cinco mil garrafas por ano. “Normalmente, as cervejas são refermentadas em vinícolas. Como não temos esses locais aqui perto, reinventamos o método”, diz. “O rémuage é feito manualmente, duas vezes por dia. Depois, congelamos o bico a –27° C para retirar as leveduras.” E pensar que a Brut Wäls nasceu de uma aposta entre os irmãos
Weihenstephaner/ Samuel Adams Infinium Origem: Weihenstephaner/ Samuel Adams; Estados Unidos/Alemanha Álcool: 10,5% Preço médio: R$ 200 Características: de cor dourada pálida, aroma picante, cítrico e frutado (com notas de maçãs frescas, mangas, damascos e peras), possui delicadas bolhas. Feita somente com os grãos maltados, água, lúpulo e levedura, sem nenhum outro aditivo. Ideal para ser consumida junto a pratos com caranguejo ou sushi
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ESPECIAL NATAL | BEBIDAS CERVEJAS BIÈRE BRUT Conheça mais sobre o método de produção Receita: não há um padrão. A belga Malheur, por exemplo, já usou cerveja escura para produzir um rótulo Processo: depois de prontas no método convencional, são incluídas leveduras de champanhe nas cervejas; engarrafadas, passam por nova fermentação, em adegas Hora de girar: rémuage é o nome dado ao processo (manual ou não) de rodar as garrafas inclinadas de cabeça para baixo, com a intenção de que as leveduras se depositem no gargalo Dégorgement: é a retirada das leveduras após o resfriamento do gargalo da garrafa Rolhagem: etapa final, onde é incluída a “gaiola”. É feita depois da adição manual de uma espécie de licor ou da própria cerveja para repreenchimento da garrafa Não se confunda: há muitos rótulos com rolha no mercado, não necessariamente produzidos por esse método – o item pode ter função de aprisionar o gás, comum em cervejas belgas, ou decorativa
Wäls Brut Origem: Wäls/Brasil Álcool: 11% Preço médio: R$ 120 Características: tem coloração dourada e translúcida, aromas que remetem ao vinho branco e notas cítricas, especialmente de abacaxi. Perlage fino e duradouro. Sugere-se consumi-la com ostras, queijos especiais, peixes, lagosta e salada de folhas e frutas, refrigerada entre 5° C e 7° C
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e sócios: José Felipe foi desafiado por Tiago Carneiro durante uma degustação de cervejas do estilo. “Depois desse dia, em 2009, fui para França e fiquei quase um mês estudando”, diz. A cerveja leva um ano e três meses para ficar pronta – 12 meses a mais que a Wäls Trippel, da qual se origina. Um pouco mais antiga, a Eisenbahn Lust é produzida desde 2006 e leva nove meses para ficar pronta – a cervejaria de Santa Catarina também faz a Lust Prestige, encontrada apenas no e-commerce. “As garrafas descansam por três meses nas caves. Elas são enviadas para uma vinícola, mas por questões estratégicas não divulgamos o local”, explica o gerente de marketing de Cervejas Especiais da Brasil Kirin, Leonardo Gayer, que também não informa o número de unidades produzidas por ano. Independente do rótulo escolhido, a beer sommelière Lícia Costa ensina que essas bebidas combinam com pratos leves, frutos do mar ou frango, além de sushis e sashimis. “Sempre em receitas pouco condimentadas”, diz. É certo que as cervejas produzidas pelo método champenoise harmonizam bem com celebração. Então, saúde! ❚
Deus Origem: Bélgica e França/ Bosteels Álcool: 11,5% Preço médio: R$ 150 Características: possui cor dourada com minúsculas bolhas e aroma de maçãs frescas, hortelã, tomilho, gengibre, pimenta-da-jamaica e pera. É cremosa e com acabamento seco. Sugere-se consumi-la com aperitivos, depois do jantar ou para acompanhar sobremesas e pratos delicados, sempre refrigerada entre 2° C e 4° C
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Rua Ouro Fino, 452, Lojas 04, 05 e 06. Mercado do Cruzeiro.
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ESPECIAL NATAL | SOBREMESA Samuel Gê
Red cake
O Bouquet Garni, bufê das chefs e sócias Agnes Farkasvölgy e Karen Piroli, traz novidades sazonais a cada ano, incluindo doces, pratos e entradas Sugestão: Red Velvet Cake (recheio de brigadeiro de pistache, cobertura de chocolate branco e biscoito de Natal) Até quando encomendar: 12 de dezembro R$ 240 (serve 15 pessoas) (31) 3465-0101
Um doce de Natal Refeições festivas pedem uma sobremesa especial. As sugestões de especialistas agradam até àqueles com restrições alimentares
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ALINE GONÇALVES
Há entre cozinheiros profissionais e amadores um consenso: preparar sobremesas não é tarefa fácil. É preciso ter mão boa para doce e paciência de sobra, sobretudo no caso do uso de forno ou freezer. Quem não nasceu com dotes pode recorrer às encomendas no fim de ano, deixando a parte mais trabalhosa da
festa a cargo de especialistas. Em confeitarias, chocolaterias ou mesmo em restaurantes é possível encontrar de tudo um pouco: tortas com ingredientes tradicionais da época, doces clássicos de países como Portugal e Itália, até opções veganas, sem glúten ou sem lactose. Encontro buscou dez lugares que mesclam clássicos e novidades. Confira o que os especialistas prepararam para valorizar a ceia.
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JC Martins
Torta de nozes As irmãs Riza e Raiza Torres fundaram a Cupcakes e Etc. em setembro de 2013. Como começaram exatamente atendendo encomendas de amigos, especializaram-se no segmento. Nesta época, além dos bolinhos decorados com temas natalinos, oferecem tortas doces Sugestão: torta de nozes com marshmallow e massa de pão de ló (pode ser feita com farinha integral) Até quando encomendar: duas semanas de antecedência R$ 100 (serve 30 pessoas) (31) 3371-0778 Denis Medeiros
Toucinho do céu
A Doces de Portugal, tradicional loja de doces da terrinha, aceita encomendas de todas as suas famosas guloseimas, mas, para o Natal, as tortas são mais indicadas Sugestão: Toucinho do Céu (torta de amêndoas recheada com ovos moles) Até quando encomendar: ao menos 24 horas antes da festa; R$ 160 (serve 20 pessoas) (31) 3261-5772
Alexandre Resende
Cone de chocolate e rocambole de nozes A Confiserie Du Chocolat, eleita melhor chocolateria por Encontro Gastrô – O Melhor da Cidade 2014, sob o comando de Cynthia Géo, faz doces por encomendas e apresenta linha especial no fim de ano Sugestão: rocambole de nozes e cones recheados com brigadeiro e doce de leite Até quando: 16 de dezembro R$ 80, o rocambole (serve 15 pessoas); e R$ 18, o cone (unidade) (31) 3297-8976
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ESPECIAL NATAL | SOBREMESA Eugênio Gurgel
Arroz doce sem glúten O restaurante Deli Fresh Food, da chef Juliana Muradas, é ponto de encontro de vegetarianos e pessoas preocupadas com uma alimentação saudável. Oferece opções de doces sem glúten, sem lactose e para veganos Sugestão: arroz doce com castanhas-portuguesas ou creme de abacate com cacau, hortelã e frutas cristalizadas. As duas não têm glúten e a segunda é vegana. Podem ser feitas com açúcar e leite condensado diet. Até quando encomendar: dois dias de antecedência do evento; R$ 75 cada um (serve seis pessoas) / (31) 3267-4945 JC Martins
Bolo puro chocolate
A Doce que Seja Doce tem como confeiteira Luana Drumond, com passagens pela pâtisserie dos extintos restaurantes Café de la Musique BH e Belo Comidaria. Recentemente, ela desenvolveu uma linha exclusiva de sobremesas para a Casa Easy Ice Sugestão: Torta de puro chocolate belga ou Cheesecake de maracujá Até quando encomendar: três dias antes do evento R$ 89 (serve 20 pessoas) encomendas@docequesejadoce.com.br
JC Martins
Torta de maçã e taça de abacaxi O bufê Célia Soutto Mayor tem mix de produtos para a época natalina, com opções tradicionais ou mesmo para diabéticos Sugestão: Torta quente de maçã com amêndoas ou taça de abacaxi com calda de chocolate (diet) Até quando encomendar: não há prazo máximo, mas o bufê pode recusar pedidos – algo que já aconteceu em outros anos R$ 85, a torta (serve 15 pessoas); R$ 8, a taça de abacaxi (unidade) (31) 3526-3131
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Selo Casa Rio Verde. Transforme seu presente em um momento único.
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ESPECIAL NATAL | SOBREMESA Divulgação
Lace cakes Especializada em doces finos, a Leclanté Pâtisserie reformula seu mais famoso docinho, o lace cake, que ganha rendinhas de açúcar na cores da época (vermelho, verde e dourado, por exemplo) Sugestão: lace cakes, minibolos feitos à base de farinha de amêndoas, com recheio de ganache de chocolate belga, podem levar pistache e avelã Até quando encomendar: 15 de dezembro R$ 6,90 (a unidade)/ (31) 3223-9189
Eugênio Gurtel
Avalanche natalina
Fundado em 2010, o Meet Buffet é comandado pelo chef Gladson Bezerra, também do Porcão. Para esta época, a sobremesa sugerida chama atenção pelo formato, que lembra uma árvore natalina Sugestão: Avalanche Natalina, doce servido em taça com chocolate, caramelo, morango e chantilly. É finalizado com fios de ovos, bombons e physalis Até quando encomendar: um dia antes do evento; R$ 150 (serve 15 pessoas) (31) 3293-8787
Eugênio Gurgel
Tiramisù Especializado em culinária internacional, o restaurante Patuscada oferece sobremesas clássicas em seu menu preparadas pelo chef Clóvis Viana, e muitas estão disponíveis para festas e eventos Sugestão: tiramisù Até quando encomendar: uma semana antes do evento; R$ 150 (serve 10 pessoas) (31) 3213-9296 z
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NA MESA | ALINE GONÇALVES agoncalves@editoraencontro.com.br Samuel Gê
APENAS CERVEJAS ESPECIAIS “Queremos cervejas da nossa região e com diferenciais”, diz o empresário Fernando Urbano, do Faz de Conta. O restaurante fica em Nova Lima, um dos principais polos cervejeiros do estado. Urbano, então, correu atrás de parceiros e, desde outubro, comercializa garrafas da VM Beer. “Produzimos dois mil litros por mês”, diz o sócio da cervejaria, Alfredo Figueiredo, que entre 1999 e 2013 elaborou opções apenas para consumo caseiro. No Faz de Conta é possível encontrar os quatro rótulos permanentes da marca, incluindo um do estilo India Pale Ale e outro American Pale Ale. A ideia é expandir o número de opções ou criar uma carta de bebidas rotativa, que deverá ser alterada bimestralmente.
VIAGEM INSPIRADORA
Alexandre Rezende
Os que não dispensam uma sobremesa ganharam outro motivo para ir ao restaurante Udon. Aliás, cinco novos pretextos, já que esse é o número de sobremesas que a casa lançou no último mês, com destaque para o bolo búlgaro com sorvete de creme e a opção diet da torta de limão-siciliano e coulis de frutas vermelhas. Além disso, o local apresenta, na lista de novidades, um combinado, alguns drinques e quatro pratos-sugestão. Muitas das ideias surgiram depois da ida do empresário João Emílio Soares para os Estados Unidos, quando realizou workshop no afamado restaurante Nobu. “Viajei apenas para trazer coisas para o restaurante, mas alguns pratos também surgiram das minhas conversas com o chef da casa, Lair Rodrigues”, diz.
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Alexandre Rezende
CULINÁRIA E FUTEBOL A fim de trazer mais diversão a BH, o empresário Lucas Montandon, de 25 anos, uniu-se aos amigos Vinícius Gregório, Leandro Prado e Bruno Jardim. Juntos, eles acabam de inaugurar, no bairro Prado, o Camarote da Bola – um espaço criado para reunir partidas de futebol, um pouco de arte, música e boa culinária. “A ideia é fazer com que as pessoas desfrutem do serviço exclusivo que encontram em camarotes também na hora de acompanhar os jogos dos times mineiros”, diz. E eles não param por aí. Previsto para 2015, o mais novo projeto do quarteto será o Circuito Belo-Horizontino de Espetos, uma espécie de festival de espetos, com a participação de vários bares da cidade. (Por Ana Cláudia Esteves) Alexandre Rezende
MAIS HAMBÚRGUERES NO MENU Novos hambúrgueres e molho à escolha do cliente: é assim que o mês de dezembro começa no Applebee’s. “Temos um público fiel ao nosso hambúrguer, que é produzido aqui. Recebemos a carne moída in natura e temperamos, pressionamos”, explica o empresário Mauro Pinhel. O Bacon Cheeseburger traz 200 gramas de carne, além de queijo, alface, tomate, picles, bacon e cebola roxa em pão levemente tostado. Já o Bacon Cheeseburguers Slides é composto por três mini-hambúrgueres cobertos por queijo americano e bacon. Nesses e em qualquer outro sanduíche é possível, agora, escolher o molho de preferência, já que as opções fixas não existem mais. Nessa seção, aliás, há uma novidade: o Garlic Aioli, combinação de maionese, coentro, pasta de alho, parmesão e suco de limão fresco. Alexandre Rezende
NOVO ESPAÇO E SABORES A Inventiva Sorvetes vai comemorar aniversário de quatro anos, neste mês, com a conclusão de sua ampliação: a capacidade passará de 18 para 30 pessoas, enquanto o número de sabores na vitrine saltará de 16 para 32 – todos disponíveis no sistema self service. A reforma, que durou um ano, foi feita por etapas, já que a casa dos pais do empresário Carlos Sia (onde a sorveteria está instalada) também precisou de adequações. Agora, a minifábrica, que ficava no andar de cima da loja, virou escritório; a produção foi para a cozinha e parte do quintal virou área de convivência. “Abrimos um janelão onde a pessoa pode se sentar: quero que os clientes se apropriem do espaço”, diz Carlos.
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DIVERSÃO | RÉVEILLON
Hora de celebrar! Para tornar a noite de réveillon inesquecível, nada como escolher o lugar certo e começar o ano com o pé direito. O que não falta são opções para festejar a data
DANIELA COSTA
“A vida deveria ser uma celebração contínua, um festival de luzes por todo o ano. Somente então você pode se desenvolver, você pode florir...”, dizia o filósofo indiano Osho. Em um ano, são aproximadamente 365 dias, 5 horas, 49 minutos e 12 segundos para tentar. Mas, se ainda
assim o tempo não for suficiente, no réveillon a contagem regressiva para um novo ano é o momento em que as possibilidades se renovam e a esperança revigora os ânimos. E é claro que um evento tão marcante requer uma comemoração especial. Pensando nisso, selecionamos as opcões mais animadas para entrar o ano com toda a energia. Confira.
MINAS TÊNIS CLUBE A tradicional queima de fogos do Minas Tênis Clube promete iluminar a capital mineira e celebrar o ano novo em grande estilo. São seis ambientes com programação e decoração diferenciadas. No cardápio, coquetel de entrada, ceia e um saboroso café da manhã. Tudo no sistema open bar e open food. Atrações: Orquestra Anos Dourados, banda Black Diamond, banda Dib Six, Banda Via Lactea e RP 2000 Endereço: av. Bandeirantes, 2.323, Mangabeiras Horário: a partir das 21h Ingresso: a partir de R$ 160 Informações: (31) 3516-2000
Orlando Bento/Divulgação
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IATE TÊNIS CLUBE
Fernando Hiro/Divulgação
Um dos mais belos complexos arquitetônicos da capital mineira, o Iate Tênis Clube comemora a virada do ano com sua tradicional queima de fogos e vista privilegiada para a lagoa da Pampulha. Em espaços distintos e planejados, os convidados podem optar pela pista, espaço premium ou camarote, todos com sistema open bar, além da opção de mesa com entrada, jantar, sobremesa e café da manhã. Atrações: Cristiano Araújo, Bartucada e Sunga de Pano Endereço: av. Otacílio Negrão de Lima, 1350, São Luiz Horário: a partir das 22h Ingresso: a partir de R$ 110 Informações: (31) 3281-2737
Divulgação
ESPAÇO PROVÍNCIA Em sua edição especial de cinco anos, o réveillon Viva La Vida traz um line up recheado de artistas e serviço premium, all inclusive e all night. O bufê é completo, com direito a mesa de frios e frutas, jantar, sobremesa, café da manhã. Atrações: Sweet Sound live Vocal, DJs Vinícius Amaral, Felipe Campos e Maurício Maoli, banda Chevette Hacht, Bateria Ala Show Cidade Jardim, Encontro sertanejo com Yuri Vieira, Henrique e Leo, Danilo Bottrel Endereço: rua Walpoli 75, Jardim Canadá, Nova Lima Horário: a partir das 22h Ingresso: a partir de R$ 170 Informações: (31) 9337-0995 www.reveillonvivalavida.com.br
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MIX GARDEN A decoração de réveillon promete realçar ainda mais a beleza do amplo salão erguido com madeiras de demolição e dos jardins que o circundam. É nesse ambiente que o Mix Garden celebra mais uma vez a virada do ano, com atrações variadas, entre elas a dupla sertaneja Rick e Ricardo. Com direito a open bar e open food, com rodízio de pizza, massas, doces e uísque oito anos. Atrações: Rick & Ricardo, banda Putz Grila, grupos Sunga de Pano e Tô de Cara, além de DJs convidados Endereço: rua Projetada, 65, Jardim Canadá, Nova Lima Horário: a partir das 23h Ingresso: a partir de R$ 160 Informações: (31) 4141-2929 DEZEMBRO DE 2014
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DIVERSÃO | RÉVEILLON NA MATA CAFÉ
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O réveillon de despedida do Na Mata Café, que se prepara para mudar de endereço em 2015, vem para fechar o ano com chave de ouro. A comemoração traz queima de fogos e um amplo serviço open bar e open food ao som das batidas da música eletrônica e da música sertaneja. Atrações: DJs Louis e Julio Guedes, dupla sertaneja Tarso e Thalles Endereço: rua Marília de Dirceu, 56, Lourdes Horário: a partir das 21h Ingresso: R$ 200 Informações: (31) 3654-1733
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ESPAÇO MEET PORCÃO Em mais uma edição do réveillon Alegria, o Porcão promete fazer jus ao nome da festa. No sistema open food e open bar, o tradicional rodízio Porcão é composto por bufê japonês, mesa de antepastos, petiscos finos e bebidas variadas. Para fechar a festa com muita energia, um saboroso café da manhã. Atrações: Samba de Empório, Nego Henrique e dupla sertaneja Denis e Renan Endereço: av. Raja Gabaglia, 2.985, São Bento Horário: a partir das 21h Ingresso: a partir de R$ 190 Informações: (31) 8516-7360 / 8402-8180 www.porcao.com.br
PAMPULHA IATE CLUBE PIC PAMPULHA
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O réveillon amarelo e branco do Pic Pampulha, com projeto de decoração do mestre Amadeu Scarpelli, traz conforto e sofisticação à virada do ano. No cenário, lounges, dois palcos e aparadores estrategicamente dispostos para garantir a excelência do serviço all inclusive. Atrações: Banda Saideira de Diamantina, banda Putz Grila e DJ Eduardo AUM Endereço: rua Ilha Grande, 555, Pampulha Horário: a partir das 21h Ingresso: a partir de R$280 para sócios e R$ 320 para não sócios Informações: (31) 3516-8282
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DIVERSÃO | RÉVEILLON OURO MINAS HOTEL
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Em um dos hotéis mais luxuosos e badalados da capital mineira, a festa de fim de ano promete requintado bufê de entradas, pratos principais e sobremesas. A trilha sonora fica por conta da banda Dib Six e DJ Cimar. Atrações: Dib Six e DJ Cimar Endereço: av. Cristiano Machado, 4.001, Ipiranga Horário: a partir das 21h Ingresso: a partir de R$ 370 Informações: (31) 3429-4321
VIRADA DE BOTECO
Marcus Brina/Divulgação
Novidade em Belo Horizonte, o réveillon Virada de Boteco, realizado pelo Escritório da Cerveja e Pimenta com Cachaça, recria o ambiente de botecos para comemorar a passagem do ano. No cardápio, o sistema open bar e open food traz bufê com tira-gosto de boteco e miniespetos de carne. Entre as opções de bebida, está a tradicional cachaça de Minas. Atrações: DJ Alisson Quintão, bandas Chevette Hatch e Credence Cover Endereço: Espaço Gaia – Av. Dom João VI, 925, Palmeiras Horário: a partir das 22h Ingresso: a partir de R$ 200 Informações: (31) 9367-3767
CHALEZINHO
Bruno Soares/Divulgação
A Veuve Clicquot Möet Henessy, um dos maiores complexos de luxo do planeta, desembarca no réveillon do Clube Chalezinho para uma virada regada a muito glamour em meio à tradicional decoração branca e dourada, ambientes cobertos, lounge ao ar livre, shows pirotécnicos e duas pistas de dança. No cardápio, ceia completa regada a champanhe. Na pista, os embalos do DJ Siman e seus convidados prometem tornar o momento inesquecível. Atrações: DJ Siman + convidados Endereço: av. Mário Werneck, 530, Buritis Horário: a partir das 22h Ingresso: a partir de R$ 190 Informações: (31) 3286-3155 www.clubechalezinho.com.br z
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Do coffee break ao coquetel para acionistas.
Seja qual for o seu evento, ele merece um tratamento 5 estrelas. No Ouro Minas, um encontro para duas pessoas ou dois mil convidados contam com a mais completa estrutura e uma equipe pronta para cuidar de todos os detalhes. Tudo isso com o conforto e a excelência de quem realiza mais de mil eventos por ano. Ligue e consulte. Reservas: 0800 031 4000
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MODA | EDITORIAL
Camiseta de malha sobreposta: Vestido rosé: Cinto de renda: Joias:
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horizontes ANA CLÁUDIA ESTEVES
Para as comemorações de fim de ano, mescle a sofisticação da moda festa com peças curingas e casuais. Conhecida como normcore, essa é a nova tendência que identifica não só uma forma mais casual de se vestir, mas também uma atitude autêntica de viver a vida, sem se preocupar com os padrões estabelecidos pela moda. Os tons sóbrios retratam as cores da cidade em uma estação que promete altas temperaturas, dias chuvosos e clima incerto.
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MODA | EDITORIAL
Vestido usado como saia: Camiseta regata: Cinto e blusa de couro usada como colete: Joias:
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MarĂlia Pitta Forum Luz da Lua Manoel Bernardes
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Vestido nude: Blusa degradê sobreposta: Cinto nude: Joias:
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Marília Pitta Forum Íris Clemência Recoder
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MODA | EDITORIAL
Vestido usado como saia: Vestido prata sobresposto: Cinto: Joias:
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Alphorria Barbara Bela Luz da Lua Anima
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Vestido: Colete: Colares: Brincos e anel:
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Ă?ris ClemĂŞncia Luz da Lua Recoder Manoel Bernardes
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MODA | EDITORIAL
Vestido bordado: Jaqueta de couro: Sandália prata: Joias:
Íris Clemência Luz da Lua Equipage Recoder
FICHA TÉCNICA Styling: Edição: Fotos: Beauty: Modelo: Agradecimento:
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Marcelo Brasiliense Ana Cláudia Esteves Rodrigo Mendes (Mineral) Marcela Quintino (Art & Maquiagem) Jéssica Fonseca (Mega Model) Grupo Séculus
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NA SOCIEDADE | HELVÉCIO CARLOS hcarlos@editoraencontro.com.br Paulo Márcio
PAPAI NOEL CHEGOU I Criatividade, paciência e bom gosto são palavras de ordem para quem está à espera do bom velhinho. Vale tudo na decoração. Algumas são verdadeiras obras de arte, como a maquete reproduzindo uma vila com direito a montanhas, trenzinho, pequenas casas, fontes, papais-noéis, neve e tudo que a imaginação de Sandra Vianna Matos conseguiu criar em mais ou menos quatro semanas de muito trabalho. O cenário, um retângulo de 3 m2, foi montado na mesa da sala de estar, para alegria dos netinhos Gabriel, de 2 anos, e Matheus, de 9 meses. A casa, que fica na Vila Alpina, encanta também os amigos de Sandra, que além da maquete tem uma coleção de papais-noéis capaz de encher os olhos dos visitantes. Alexandre Rezende
ENCONTRO SURPRESA COM AMAL Por essa Elaine Freire e Geraldo Magela Freire não esperavam. Durante almoço no restaurante Fuller’s Ale & Pie, em Londres, onde passaram temporada de férias, ficaram lado a lado com Amal Alamuddin, que, além de advogada – como Geraldo e seus filhos –, é mulher do ator George Clooney. Quando estava se preparando para deixar a mesa, Glenda se apresentou: “Com licença, Amal, não queríamos incomodá-la, somos uma família brasileira de advogados, grandes admiradores de seu trabalho”. Amal, simpática, respondeu: “Muito obrigada pelas palavras, você foi atenciosa”. Muito mais que a simpatia e o corpo em forma – ela comeu apenas salada e sopa –, o que chamou a atenção foi o diamante no anel da sra. Clooney. “Inacreditável”, resumiu Glenda.
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PAPAI NOEL CHEGOU II Mãe de João Marcelo, de 5 anos, e Luís Eduardo, de 3 anos, Duda Recoder está com a árvore de Natal pronta desde meados de novembro. “Sempre fiz questão que os meninos aproveitassem ao máximo esta época do ano. É importante para a família”, diz a empresária, que mantém a empolgação com a festividade, herdada da mãe. Duda conta que sempre procura novidades para sua árvore, mas não abre mão de gnomos, fadas e duendes.
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ADMIRAÇÃO MÚTUA Rogério Fernandes e Paulo Gustavo se encontraram rapidinho, na passagem do ator por Belo Horizonte com a temporada do espetáculo 220 Volts. “Ele me convidou e fui cumprimetá-lo no camarim”, conta Rogério, que estava acompanhado de sua mulher, Ana Tereza Carneiro. “Quis levá-lo à galeria, mas com duas apresentações nas três noites que esteve na cidade foi impossível”, justifica o artista plástico descoberto por Paulo Gustavo no Instagram. A admiração pelo trabalho do artista plástico foi imediata. Pouco tempo depois de navegar por sua página na rede social, o humorista entrou em contato. “Paulo é supertranquilo. Foi prazeroso trabalhar para ele”, diz Rogério. Arquivo pessoal
PAPAI NOEL CHEGOU III Tatiana Abadjieff é apaixonada por esta época do ano e capricha na decoração de seu apartamento duplex, no Santo Agostinho. “Desde a infância, sempre gostei do Natal, mas o apreço pela decoração é herança que guardo da minha avó e de minha mãe”, conta ela, que para montar a sua árvore de Natal de 2,4 m de altura, com a ajuda de uma especialista, gastou nove horas. “Tenho um quarto somente para guardar o material de Natal, embalado e mantido em caixas para preservar todas as peças”, diz. A tradição dos Abadjieff com Natal é tão forte que a mãe de Tatiana, Lourdes, de 83 anos, guarda um papai-noel que ganhou no seu primeiro aniversário. “E todos os anos ele está lá, na árvore da mamãe”, diz Tatiana, com orgulho.
DE VOLTA A BH Morando há cerca de 20 anos na capital maranhense, a empresária mineira Natália Assis Carvalho oficializará sua união com Bruno Miguel Santos Duailibe, em Belo Horizonte. Apesar de os pais dela, Maria Aparecida e Romeu Carvalho, estarem morando em São Luís, os laços de família e amizade continuam fortes na capital. A cerimônia religiosa está marcada para 23 de maio do ano que vem, na igreja de São José – uma das joias da arquitetura da cidade –, seguida de recepção na Casa Tua. O noivo é filho de Natália Assis Carvalho e Bruno Miguel Santos Duailibe. Arquivo pessoal
SÍLVIO, VOCÊ EXISTE! Foi em clima descontraído o encontro entre Fernanda Gontijo, Sílvio Santos e Tiago Abravanel, nos bastidores do SBT, logo após a transmissão do Teleton, maratona beneficente da emissora paulista. “Sílvio é uma simpatia e superatencioso. Posou para foto e ainda bateu papo. É um querido”, derreteu-se Fernanda, que ao ver o dono da emissora, em carne e osso, disparou: “Sílvio, você existe!”. Amiga de Tiago Abravanel, neto do apresentador, ela está a seu lado desde a estreia de Eclético, espetáculo que marcou a estreia dele como cantor. Em Belo Horizonte, onde também fez apresentação no Marista Hall, Tiago foi recebido pelos pais de Fernanda, Eliane Gontijo e Gladston Tameirão, para jantar no apartamento onde moram, na Serra. DEZEMBRO DE 2014
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SOCIEDADE
Almoço O Grupo Tracbel recebeu a visita do vice-presidente mundial da Volvo e Chairman da Volvo Construction Equipment, Hakan Karlsson. O encontro foi realizado nas dependências da empresa e, na sequência, foi oferecido almoço com clientes do Grupo Tracbel, no restaurante Xapuri. O objetivo da visita foi promover aproximação do mercado brasileiro de equipamentos e reafirmar o interesse e os investimentos da multinacional sueca no Brasil. Fotos: Dudua’s Profeta.
Roberto Stanislau, Flávio Barbosa e Luiz Gonzaga de Magalhães
Alexandre Flatschart, Luiz Gustavo Rocha e Gabriel Barsalini
Camilo Farace e Enrique Ramirez
Sílvio Barbosa e Rodrigo Diniz
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Paulo Thiago Miranda, Braulio Autran e Ian Diamantino
Afrânio Chueire, Jorge Salum, Marco Aurélio e Luiz Gonzaga de Magalhães
Ricardo Abrão e Luiz Gustavo Rocha de Magalhães
Francisco Costa e Gabriel Barsaline
Hakan Karlsson e Afrânio Chueire
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SOCIEDADE
Halloween at the Mason’s
Rebeca Mason e Ted Mason
Foi um sucesso a festa “Halloween” organizada por Edward Munson Mason II em seu apartamento no Condomínio Olympus. O anfitrião convidou cerca de 120 amigos para encontro inspirado em uma das tradições da cultura norte-americana. Os convidados seguiram à risca o pedido de Edward e todos compareceram fantasiados e se divertiram ao som do DJ Felipe Rhommel. Fotos: João Viegas/Divulgação e Dudua’s Profeta.
Bruna Orsini, Flavia Diniz , Barbara Dutra, Flavia Melo, Paula Gomide
Tim Chen, Fernando Pedrosa, Max e Robert Barbosa
Tomaz Gomide, Bruno Gomide, Cláudia Narcisio e Ted Mason
Pedro Hermanny, Luciana Hermanny, Cristiano Silesio e Bruna Orsini
Joao Guilherme Diniz, Miguel Safar, Cristiano Caetano e Cristiano Silesio
Rebeca Mason, Melissa Berto, Cláudia Suplicy e Debora Amorim
Ana Maria Mello Vianna, Ângela Lara, Marcela Tostes, Triciane Wanderley Caetano e Cláudia Narcisio
Rodrigo Mascarenhas, Marcelo Valadares, Mauro Queiros, Hermano Macielo e Ted Mason
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Gabriel Guimarães e Bárbara Dutra
Roberta Bhering e Júlio Salazar
Juliana Carvalho e Carolina Wentling
Cláudia Suplicy e Rebeca Mason
Ted Mason
Convidados
Luciana Procópio e Rebeca Mason
Cássia Barbosa e Robert Barbosa
Rebeca Mason e Leandro Rallo
Braulio Campos Júnior e Aline Sanabio
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SOCIEDADE
Em ritmo de samba Lucas Couto comemorou seus 37 anos em clima de descontração e animação. No salão do prédio onde mora, no Santo Agostinho, reuniu cerca de 150 convidados, entre familiares e amigos. O encontro começou às 13h e foi até a noite com apresentação da bateria da escola de samba Cidade Jardim, do sambista Fabinho do Terreiro e duas passistas. O bufê foi de Célia Soutto Mayor. "Como há um bom tempo não comemorava meu aniversário, decidi fazer uma festa para rever os amigos de várias fases da minha vida", disse o aniversariante em tom de animação. Fotos: Alexandre Carvalho.
Silvio Meneguetti e Cellina Normandia Meneguetti
Lucas Couto e Márcio Azevedo
Daniel Nepomuceno, Lucas Couto e Isabella Nepomuceno
Reinaldo Borges e Fernanda Camargos
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Marlene Couto, Dayanne Couto, Lucas Couto e Antônia Couto
Ângela Normandia, Laura Mesquita, Alexandre Mesquita e Mayra Normandia
Giovani Rodrigues, Natália Couto, Rod Lima e Geraldo Martuchelli
Natália Couto, José Maria de Sousa e Thays Sousa
Nazareth Teixeira e Geraldo Teixeira da Costa Neto
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SOCIEDADE
Denise Bernardes e Vivian Vidal Carvalho Silva
Emanuelle Carvalho, Roberto Carvalho e Patricia Mertens
Bruno Fernandes e Gabriela Jardim
Moda sustentável A loja Tiê Moda Ecológica já está funcionando no coração da Savassi, em Belo Horizonte. Fabricante, distribuidora de roupas, calçados, bijuterias e acessórios com materiais reciclados e matérias-primas ecológicas, a marca desenvolve pesquisas que têm ótimos resultados. Um deles é a utilização do poliéster
Isabella Grossi e Daniel Prado
Lúcia Matoso e Sônia Matoso
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contido na garrafa PET, com excedentes da indústria do algodão, na produção de tecido confortável. A fibra de bambu também dá origem a uma malha rica em qualidades térmicas, com excelente permeabilidade, maciez e que tem, inclusive, propriedades bactericidas. Fotos: Renata Caldeira.
Ismael Sant’Ana e Bruna Miranda
Emanuelle Carvalho, Enzo Carvalho e Bruno Carvalho
Adê Scalco e Marina Paiva
Bruno Sales, Joana Coelho e Rafael Godoy
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SOCIEDADE
Inauguração com estilo A Aramis Menswear inaugurou, no fim de novembro, sua primeira loja em Belo Horizonte, no Diamond Mall. Com mais de 45 lojas em todo o país e 20 anos de mercado, a marca oferece um mix completo, que vai do social – alfaiataria de corte impecável e matéria-prima ímpar – ao casual, com diversas opções de jeans, polos e camisetas. O estilo contemporâneo da Aramis está presente no guarda-roupa de homens estilosos e bem-sucedidos. Visite a loja no Diamond Mall e conheça mais sobre a marca em www.aramis.com.br. Fotos: Renata Caldeira.
Henri Stad e Richard Stad
Guilherme Netto e Fábio Torres
Márcia Perigolo e Andrea Monteiro
Guilherme Morandi e Odilio Heidenreich
Valdir Farias e Samuel Duarte
Marcos Nobre e Eduardo Olszewski
Robson Junior e Ricardo Ferreira
Davi Leite e Gustavo Brito
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Carlos Barroso, Edgard Bessa, Larissa Mendes e Walter Freitas
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Os ritmos da viola caipira valorizando a cultura. Sábado, às 12h30
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SOCIEDADE
Premiados pela Amide Em quatro categorias, o Prêmio Amide de Decoração premiou os vencedores em encontro no Ilustríssimo. David Guerra, Andrea Ker Bacha e Graziela Nicolai foram as três colocadas na categoria apartamento. Beth Crego, Ana Paula Rohlfs e Ana Paula Paolinelli, na categoria Casa. Na categoria Comercial foram premiadas Eduarda Correa, Beth Nejm e Thaysa Godoy. E, por último, na categoria Mostra, Cícera Gontijo, Denise Vilela e Andrea Buratto. Fotos: Renata Caldeira.
Augusto Drummond e Laura Rabe
Andreia Zuqui e Cícera Gontijo
Leopoldo Martins e Beth Nejm
Ricardo Carvão, Amarilis Dolabela e David Guerra
Anaíne Pitchon, Rodrigo Aguiar e Graziella Nicolai
Bruno Costa, Renato Rocha, Tânia Salles e Pedro Barros
Wania Caparelli, Angélica Bernardes e Claudia Bernardes
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Sandra Corrêa, Ana Lucia Rodarte, Myrna Porcaro e Andréa Buratto
Ana Paula Paolinelli e Pedro Bethonico
Sérgio Pereira e Andreia Zuqui
Eduarda Corrêa e Ana Paula Rohlfs
Denise Vilela e Ricardo Sobreira
José Eduardo Haddad e Sandra Corrêa
Ildeu Koscky e Kátia Lage
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ARTIGO | LEILA FERREIRA lferreira@editoraencontro.com.br
O Havaí era aqui Últimos dias de 2014. Inacreditável: o ano que não vimos passar acabou. Hora de comemorar mais um réveillon, uma perspectiva que deixa muitos em estado de euforia e outros com vontade de se mudar para outro planeta. Sim, porque há quem não ache a menor graça nas celebrações de final de ano. Festas que vão até o amanhecer, abraços efusivos, champanhe, fogos de artifício. Tudo isso exige um estado de espírito e uma disposição física que muita gente está longe de sentir. E, quando o corpo quer repouso e a alma pede silêncio, passar a noite brindando (muitas vezes com estranhos) e distribuindo abraços em série (muitos deles em estranhos) tem tudo para não ser uma opção. Mas há quem insista. Para não ser o desmancha-prazeres da família ou da turma de amigos, a pessoa vai em frente. Não é preciso dizer que raramente dá certo. Falo com a experiência de quem acumula um histórico impressionante de réveillons equivocados – um deles no Havaí. E, antes que você pergunte se é possível um réveillon dar errado no Havaí, a resposta é: dependendo do estado de espírito de quem viaja para lá, sim. Meu astral estava muito mais para as paisagens da Islândia (com direito a trilha sonora da Björk) do que para os dias ensolarados e as camisas estampadas de Honolulu. Mas ignorei os sinais. E é aí que mora o perigo. Meu companheiro e eu comemoramos a noite do 31 num bar lotado de turistas, de onde se podia ver dezenas de barcos passando – também lotados de turistas. Os que estavam em terra firme acenavam para os que estavam nos barcos e vice-versa. À meia-noite, uns poucos fogos de artifício, alguns gritos alcoolizados e, pouco depois, quase todos se dirigiram para o ponto de táxis. Logo entendemos o motivo da pressa. A fila dava a volta no quarteirão e praticamente não havia carros. Ficamos quase duas horas esperando, sentados no chão e, quando finalmente conseguimos chegar ao hotel, não deu para dormir, porque os hóspedes bêbados não fizeram um segundo de silêncio. A vontade era de estar no Brasil, de preferência em Minas, de preferência em Araxá, porque, quando se está triste como eu estava naquele final de ano, o que a gente quer mesmo é ficar em casa. Mas no dia seguinte, felizmente, fomos para Maui, deixando para trás a alegria compulsória de Honolulu e do ano-novo, e minha tristeza, diante da beleza absurda e selvagem das paisagens, teve o bom senso de se recolher. O Havaí é apenas um exemplo de réveillon que deixou a desejar. Outros vieram: uma festa em Barcelona com um conjunto tocando músicas da Xuxa; um jantar melancólico num hotel de Casablanca, no Marrocos, dividindo a mesa com 12 estranhos; uma noite de chuva torrencial debaixo de uma marquise em Copacabana... Isso sem falar na época em que eu trabalhava como repórter de TV e era obrigada a cobrir os bailes dos clubes em Belo Horizonte, com conjuntos tocando New York, New York e maridos bêbados me puxando pelo braço e repetindo: “Filma minha mulher! Filma minha mulher!”. Por sorte, vez ou outra aparece um réveillon que nos lava a alma – como o que passamos em Hanói, no Vietnã. Debaixo de uma chuva fina,
“Réveillon é uma experiência subjetiva e indissociável do nosso estado de espírito. O cenário pode ajudar, a companhia, nem se fala, mas é preciso ouvir o que a alma está pedindo” uma multidão se reuniu na praça principal da cidade e virou o ano ao som de um DJ descolado e uma banda pop da Dinamarca. Comportadíssimos, os vietnamitas acompanhavam tudo com ar de encantamento. A sensação era de paz – e, claro, de estranhamento: o palco com luzes piscando, a vocalista da banda interpretando hits do pop americano, o DJ com um repertório que poderia embalar qualquer rave – nada disso se parecia com a imagem que a gente tem do Vietnã. Por isso mesmo, era fascinante. A meia-noite chegou sem alarde: nada de fogos de artifício – por motivos que parecem óbvios – e nenhum abraço. Milhares de olhares impenetráveis se despediram de 2011 como se estivessem acolhendo com reservas a cultura que chega ao Vietnã de hoje, sem se despedir por completo do passado. E que passado... Impossível não se emocionar. O fato é que réveillon é uma experiência subjetiva e indissociável do nosso estado de espírito. O cenário pode ajudar, a companhia, nem se fala, mas é preciso ouvir o que a alma está pedindo - seja em Hanói seja em Araxá. Se ela quiser agito, se jogue. Mas, se seu Havaí for aqui, melhor não embarcar. Feliz 2015! z *Leila Ferreira é jornalista, escritora e palestrante
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A nossa família cresceu para o dia a dia da sua ser mais gostoso.
Além dos produtos que você já conhece, a família Porto Alegre acaba de ganhar novos integrantes: Leite Semidesnatado, Creme de Leite e o delicioso achocolatado Alegrinho, pronto para beber em embalagens de 1 litro e 200ml. Prove e comprove que a nossa qualidade vem de família.
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