Revista Petro & Química n°387

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Editorial

Ano XLI - nº 387 - 2021

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Química é parte da solução das mudanças climáticas no 387

Petro & Química


Cast Sumário

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Petro & Química

Nº 266 | 2021

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Controle & Instrumentação


Editorial

A narrativa do setor rumo ao net zero O ambiente de preços de energia em alta soa um pouco como uma vingança da velha economia, onde os nobres esforços para avançar em direção a um mundo mais limpo, alimentado por energias renováveis, estão sendo frustrados por jogos de palavras e, mais recentemente, um conflito armado, envolvendo gás e gasoduto. Um mundo mais ‘verde’ talvez evitasse esse tipo de coisa. E parece que os governos não leram a introdução do relatório especial da ORF – Observer Research Foundation – sobre geopolítica e transição energética, que deixa bem claro que é importante ter humildade, pois, os governos devem ‘confrontar sua interdependência energética entre si: mais uma vez, apesar do crescimento recorde da capacidade de energia renovável, e crescente financiamento, países da União Europeia estão profundamente conscientes de sua dependência de importações de gás natural – seja da Rússia, Noruega, ou dos EUA. E mesmo apesar de seu próprio xisto doméstico e produção convencional de petróleo e gás, os EUA continuam a importar hidrocarbonetos de países, como Canadá, Colômbia e Arábia Saudita (e cerca de 5% da Rússia, até a data de fechamento desta edição). Da mesma forma, mesmo apesar das tensões comerciais, esses recursos ainda unem China e Austrália’. Ou seja, a geopolítica permanece no coração do cenário energético em mudança. E o inverso também é verdadeiro. O World Energy Transitions Outlook da IRENA – Agência Internacional de Energia Renovável – vê os sistemas de energia baseados em energias renováveis instigando mudanças profundas, que repercutirão nas economias e sociedades, com a ‘trajetória para 1,5°C, criando até 122 milhões de empregos, relacionados à energia, em 2050, mais que o dobro dos 58 milhões atuais, onde a energia renovável sozinha será responsável direta por mais de um terço de todos os empregos em energia, empregando 43 milhões de pessoas em todo o mundo, apoiando a recuperação pós-Covid, e o crescimento econômico de longo prazo’. Os serviços de captura e armazenamento de carbono (CCS) – uma das principais apostas globais – para grandes emissores industriais podem equilibrar-se nos próximos 10 anos, se a emissão de uma tonelada de carbono custar cerca de 100 euros, por tonelada. Some-se a isso a eliminação gradual do carvão e a limitação dos investimentos em petróleo e gás, facilitando uma transição gerenciada, bem como a adoção de soluções de tecnologia, política e mercado, colocando o sistema global de energia no caminho certo. A transição energética, vista pelos segmentos de petróleo, gás, química e petroquímica, é o centro desta edição, e corrobora o tanto que a sustentabilidade pode fazer girar a economia. No tempo presente, porque os investimentos estão acontecendo. E ainda que os ganhos sejam pouco visíveis, é imprescindível que cada um faça sua parte, porque, se existe algo que é comunitário, mesmo que alguns não queiram ou não aceitem, é o planeta. No fechamento desta edição, ainda não se tinha resolvido o impasse Rússia-Ucrânia. A ômicron era dominante no estado de SP. Mas o mundo também discutia a transição energética e a descarbonização, mantendo o firme propósito de escrever uma narrativa onde todos alcancemos o net zero, a saúde e a paz. Boa leitura O editor Colaboraram: assessorias de imprensa

Próxima Edição: ESG, Descomissionamento e Soluções da indústria química/petroquímica. www.editoravalete.com.br DIRETOR RESPONSÁVEL Waldir Rodrigues Freire DIRETORIA editoravalete@editoravalete.com.br

ASSINATURAS comercial@editoravalete.com.br DEPTO. COMERCIAL/ANÚNCIOS publicidade@editoravalete.com.br FINANCEIRO financeiro@editoravalete.com.br

ENDEREÇO Rua Siria,. 90 Pq. São Jorge São Paulo - SP CEP: 03086-040 Tel/Fax: (11) 2292.1838 / 3798.1838

REDAÇÃO Teresinha Cehanavicius Freire - Diretora redacao@editoravalete.com.br ISSN: 0101-5397

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Sumário

Índice Matéria de capa – Química é parte da solução das mudanças climáticas

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Petróleo & Gás Matéria de capa – Setor narra a transição energética em andamento

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Empresas 24 thyssenkrupp vai instalar planta de hidrogênio verde para a Shell no porto de Rotterdam 24 Operações de todas as unidades da Voith são climaticamente neutras, a partir de 1º de janeiro de 2022 25 O progresso global da eficiência energética está se recuperando – mas não com a rapidez necessária para cumprir as metas climáticas internacionais 26 Avanços e oportunidades no gerenciamento de resíduos industriais 26 Explorando técnicas de pesquisa remota para estaleiro 27 Ocyan encerra três desafios da terceira edição do Ocyan Waves 28 Aston Martin Cognizant Formula One Team e Aramco firmam uma parceria de longo prazo 29 High Performance Materials da LANXESS é independente 29 Ørsted e Basf assinam contrato de compra de energia eólica offshore 30 Parceria para desenvolver novas tecnologias para uso de gás marinho rico em CO2 30 VW Caminhões e Ônibus promove economia circular 32 Unipar investe em projeto sustentável para ampliação de capacidade de produção 32 Shell, Prooceano e Marinha inauguram servidor de alto desempenho no Rio de Janeiro 33 thyssenkrupp é “Zero Aterro” no Brasil 33 Continental implementa reciclagem de 50 t/a de polietileno 34 Air Liquide e Basf recebem apoio do Fundo Europeu de Inovação para projeto conjunto de CCS 35 Total Eren lança estudo para projeto de hidrogênio verde de grande escala 36 EPE publica Atlas da Eficiência Energética Brasil 2021 – Relatório de Indicadores 36 Equinor intensifica investimento em fusão 37 Tereos e Porto Commodities realizam primeira exportação de açúcar pelo porto de São Francisco do Sul/SC 37 Mais de 1.000 plantas usam membranas Evonik 38 Fugro quer reduzir pegada de carbono com tecnologias remotas 38 Braskem e Cosan alavancam economia circular e neutralidade de carbono

Seções 6 10 24 49

Agenda/Gente Jornal Empresas & Negócios Produtos e Serviços

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74 Eneva encerra negociações para aquisição do Pólo Urucu 74 TotalEnergies e Veolia aceleram produção de biometano 75 Arrecadação com royalties e participação especial foi recorde em 2021 76 CMA CGM Group e o Shanghai International Port Group acordaram abastecimento de GNL 76 ANP aprova edital e contratos da Chamada Pública para a contratação no Gasbol 77 ANP prorroga prazo para empresas realizarem investimentos em PD&I 77 Oferta Permanente: aprovadas as inscrições de mais nove empresas 78 A TotalEnergies reforça a sua posição em energia solar para edifícios 78 ExxonMobil adquire participação de empresa de biocombustíveis 79 Produção de petróleo e gás natural no Brasil atingiu patamar mais alto da série histórica em regime de partilha de produção 80 Sistema de produção submarino para Mero 4 80 Wärtsilä vai fornecer usinas flexíveis de balanceamento térmico 81 Terminais aquaviários com resolução revisada e audiência públicas 81 PXGEO conclui aquisição do OBN da linha de base 4D da Bacia de Santos 82 Royal Dutch Shell simplifica estrutura 82 Shell marine na era digital 83 Intensificação dos planos eólicos offshore coreanos 83 Shell inicia eletrolisador de hidrogênio na China 84 Equinor e bp avançam na energia eólica offshore para Nova York 85 Potencial do gás é promissor em meio a mudanças nas políticas 86 Wilson Sons investe no mercado de apoio portuário 87 Total Eren comissiona 160 mw de capacidade eólica no Brasil 88 Produção de gás natural sobe, e registra novo recorde 89 Bolívia preside a 23ª Reunião Ministerial do Fórum dos Países Exportadores de Gás


Editorial

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Agenda / Gente

2022

março

maio

World Hydrogen 2022 Summit & Exhibition 08 a 10 de março https://www.world-hydrogen-summit.com/

OTC 22 02 a 05 de maio – Houston www.2022.otcnet.org

Expo Postos & Conveniência 08 a 10 de março – SP www.expopostos.com.br

GAS ANALYSIS 17 a 10 de maio – França www.gasnanalysisevent.com

9º Congresso Brasileiro Inovação na Indústria 09 e 10 de março – SP www.congressodeinovacao.com.br

DPSF – Digital Pipeline Solutions Forum 18 a 19 de maio – evento digital www.clarion.org/DPSF/

Agrifutura 12 e 13 de março – SP fdomiciano@sp.gov.br

Expo Defense 19 a 20 de maio – Florianópolis-SC www.scexpodefense.com.br

ESG Fórum 16 e 17 de março – São Paulo – SP www.dialogia.com.br/produto/esgaovivo/

Brasmin Feira Mineração 24 a 26 de maio – Goiânia-GO www.brasmin.com.br

AOG 22 20 a 23 de março – Argentina www.aogexpo.com.ar

Feimec 2022 03 a 07 de maio – SP www.feimec.com.br

Future Digital Twin 29 a 30 de março – evento digital www.futureoilgas.com/future-digital-twin

junho

Bio 360 Expo 30 e 31 março – França www.bio360expo.com FIEE – Feira Internacional da Industria de Elétrica, Eletrônica, Energia, Automação e Conectividade 29 de março a 01 de abril – SP Expo https://www.fiee.com.br/pt-br/o-evento.html

6ª ABM Week 7 a 9 de junho – São Paulo https://www.abmbrasil.com.br/por/evento/abm-week-6edicao

abril

Digital Twin Conference 11 e 12 de maio – USA www.digital-twin-conference.com

Brazil Oil & Gas Summit 05 e 06 de abril – RJ www.im-vr.com/brazil-summit

19. Fenaf- Feira de Fundição 13 a 16 de junho – SP www.fenaf.com.br

Interplast 05 a 08 de abril – Santa Catarina www.interplast.com.br

Brasil Investment Forum 14 e 15 de junho – evento digital www.brasilinvestmentforum.com

Energy I Mining Summit 22 26 e 27 de abril – Bogotá www.in-vr.co/colombia-energy-summit

Fispal Tecnologia 21 a 24 de junho – SP www.fispaltecnologia.com.br

Future Downstream 27 a 28 de abril – United Kingdom www.future-downstream.com

julho

Agrishow 25 a 29 de abril – Ribeirão Preto -SP www.agrishow.com.br

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Argenplás 06 a 09 de junho – Argentina www.argenplas.com.br

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Metalurgia 2022 05 a 08 de julho – Joinville-SC www.metalurgia.com.br


Agenda / Gente

agosto

Intermach 13 a 16 de setembro – Joinville-SP www.intermach.com.br

13ª. MecShow 02 a 04 agosto – ES www.mecshow.com.br

Rio Oil & Gas 26 a 29 de setembro https://www.riooilgas.com.br/

Fenasucro & Agrocana 16 a 19 de agosto – Sertãozinho-SP www.fenasucro.com.br

outubro

setembro

K´22 19 a 26 de outubro – Alemanha www.k-online.com

AOG Patagônia 07 a 09 de setembro – Argentina www.aogpatagonia.com.ar OGAD – Automation and Digitalization Conference 2022 12 a 14 de setembro – evento digital www.ogad-conference.com 33ª. Fenasan – Feira de Saneamento 13 a 15 de setembro – SP www.fenasan.com.br

EXPO IAS 2022 – Conferência do Aço 25 a 27 de outubro – Argentina www.siderurgia.org.ar/conf22/

novembro Digital Transformation 2022 01 e 02 de novembro – evento digital www.digital-transformation-conference.com

Veja o Mundo de uma Nova Maneira As câmeras termográficas Hikmicro da série M ajudam você a encontrar possíveis problemas, como: • Detectar rapidamente motores e componentes mecânicos superaquecidos em equipamentos; • Encontrar vazamentos de oleodutos e gasodutos a tempo, reduzindo perdas e evitando possíveis perigos; • Realizar inspeções preventivas, e muitas outras tarefas de manutenção. Outras vantagens: Detector Hikmicro VOX Ponteiro Laser Foco Manual

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Software gratuito Hikmicro Analyzer

Detector altamente sensível que oferece uma visão térmica distinta do alvo. Ajuda a mostrar a posição do ponto central no objeto. O ajuste manual do foco permite ver objetos claramente em diferentes distâncias. O software gratuito da Hikmicro oferece maneiras flexíveis de analisar imagens capturadas e gerar relatórios. no 387 Petro & Química

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Agenda / Gente

Gente

a responsabilidade pelas divisões de Monômeros, Materiais de Performance, Petroquímicos e Intermediários. Ela continuará a ser responsável pela região Europa.

Foi publicado (31/01), no Diário Oficial da União (DOU), decreto do Presidente da República, com os nomes dos três servidores que integrarão a lista de substituição da ANP, a partir de 31/01/2022, por um período de até dois anos: Luiz Henrique Bispo (superintendente de Conteúdo Local), e Cláudio Jorge de Souza (superintendente de Dados Técnicos), e Marina Abelha (superintendente de Exploração). Segundo a Lei 9.986/2000, com redação dada pela Lei Geral das Agências (Lei nº 13.848/2019), devem ser selecionados três nomes entre os servidores das agências reguladoras, ocupantes dos cargos de superintendente, gerente-geral ou equivalente hierárquico, para atuarem como substitutos, em caso de vacância na diretoria do órgão. Para cada vaga na lista, a Agência deve indicar três nomes, para escolha e designação pelo Presidente da República. Luiz Henrique Bispo, Cláudio Jorge de Souza e Marina Abelha fazem parte da lista tríplice, encaminhada pela ANP à Presidência da República, em setembro de 2021. Na ocasião, foram encaminhados os nomes de nove servidores escolhidos pela Diretoria Colegiada, divididos em três listas tríplices, para o Presidente da República selecionar três para compor a lista tríplice final. Cada servidor que integra a lista tríplice poderá atuar como substituto, por até 180 dias, ou até a posse do diretor que exercerá mandato fixo, mediante indicação e nomeação pelo Presidente da República, após aprovação pelo Senado Federal. Há três diretorias vagas na ANP, no momento (II, III e IV). Nos próximos dias, serão publicadas no DOU as portarias com a convocação dos substitutos e as diretorias pelas quais responderão. A lista tríplice anterior foi composta por José Gutman (superintendente de Governança e Estratégia), Marcelo Castilho (superintendente de Desenvolvimento e Produção), e Raphael Moura (superintendente de Segurança Operacional e Meio Ambiente). A Diretoria Executiva da Basf decidiu mudanças nas responsabilidades em dois Boards que entrarão em vigor em 1º de março de 2022, e estão estruturados da seguinte forma: Saori Dubourg (Ressort IV) assumirá 8

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Michael Heinz (Ressort V), baseado em Florham Park, Nova Jersey, assumirá a responsabilidade pelas divisões de Soluções Agrícolas, Produtos Químicos para Cuidados e Nutrição e Saúde. Ele continuará sendo responsável pelas regiões América do Norte e América do Sul. A Siemens Gamesa Renewable Energy nomeou Jochen Eickholt, membro do conselho executivo da Siemens Energy, como CEO. Eickholt assumirá as rédeas da Siemens Gamesa em 1º de março, substituindo Andreas Nauen. Jochen Eickholt ingressou no conselho executivo da Siemens Energy em janeiro de 2020, onde é responsável pelos negócios de geração de energia e aplicações industriais, bem como ÁsiaPacífico e China. Durante uma carreira de mais de 20 anos na Siemens, Eickholt ocupou vários cargos de gerenciamento sênior, incluindo CEO da Siemens Mobility, e presidente e sócio-gerente das empresas do portfólio da Siemens. Ele estudou engenharia elétrica no RWTH Aachen na Alemanha, e no Imperial College of Science, Technology and Medicine, em Londres. Depois de se formar em engenharia, obteve seu doutorado no Fraunhofer Institute for Production Technology. Apesar dos desafios atuais, o Conselho de Administração continua convencido das perspectivas de longo prazo e do potencial de criação de valor da Siemens Gamesa. Com uma carteira de pedidos de mais de € 33 bilhões, liderança no crescente mercado Offshore, e um forte negócio de serviços, a empresa está bem-posicionada para o sucesso futuro. A prioridade continua sendo o turnaround da unidade Onshore. Arkema anuncia Carlos De Lion como novo presidente Brasil


Agenda / Gente e Cone Sul São Paulo. O executivo, que se reportará ao vice-presidente executivo de RH e Comunicação, Thierry Parmentier, tem a missão de contribuir com o processo de crescimento da operação brasileira. Carlos De Lion acumula quase 18 anos no Grupo Arkema, somando duas passagens duradouras pela companhia, ambas em posições estratégicas para o negócio. O executivo está na empresa desde 2013, quando retornou como Gerente de Marketing de Coating Resins e, em 2019, tornou-se Gerente Geral da Coatex, para o Brasil e América do Sul. Em sua primeira passagem, entre 2000 e 2009, atuou como gerente de produtos das unidades de negócios de Monômeros Acrílicos, PMMA, Flúor Químicos e Solventes/ Derivados de Cloreto. Após 32 anos de colaboração ao Grupo Arkema, Eric Schmitt deixa a companhia.

A Petronas Lubrificantes Brasil anuncia mudanças no corpo diretivo da empresa: a partir de janeiro de 2022, Luiz Sabatino, após 5 anos como CEO Brasil, assumirá novos desafios, e passará a exercer a função de CEO Américas para a divisão Industrial. Sabatino tem no currículo experiências e competências em diversas organizações, onde destacam-se cargos executivos em empresas como: Blue Star Line, Shell, Coca-Cola, Visa Vale, entre outras. Em seu lugar, assume, como CEO Brasil, Rogério Lüdorf, que está na organização nos últimos 8 anos, e recentemente ocupava a Diretoria de Excelência Comercial e Marketing Américas. Lüdorf tem atuação executiva em empresas multinacionais, como: Shell, Deloitte, além de passagem pelo Comitê Olímpico Rio 2016, bem como sócio-diretor em consultoria estratégica. Destacase por sua expertise nas áreas de: Marketing, Comercial, Finanças Corporativa, Operações, Planejamento Estratégico e Governança.

As alterações na organização se alinham com a visão dos desafios de mercado atuais e futuros da Petronas Lubricants International (PLI). A Petrobras aprovou a dispensa de Nicolás Simone e elegeu Juliano de Carvalho Dantas para o cargo de Diretor Executivo de Transformação Digital e Inovação, a partir de 01/01/2022. Juliano de Carvalho Dantas cursou Engenharia mecânica pela UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte), é pósgraduado em Gerenciamento de Projetos pela FGV, concluiu o Advanced Management Program (AMP) pelo INSEAD, e obteve o diploma de Master of Science in Management (Sloan Fellow) pela escola de negócios de Stanford (GSB). Atua na Petrobras há 18 anos, tendo ocupado diversas funções gerenciais nas áreas de projeto e construção de Poços, Elevação e Escoamento, Gestão de Ativo de produção, Recursos Humanos e estratégia de Suprimentos em Óleo & Gás, sempre com foco em inovação e tecnologia. Atuou também em criação de novos modelos de negócios em energia e empreendedorismo em mobilidade. Desde novembro de 2020, ocupava o cargo de Gerente Executivo do Centro de Pesquisas, Desenvolvimento e Inovação (CENPES). A indicação do Diretor Executivo foi objeto de prévia análise pelo Comitê de Pessoas do Conselho de Administração da Petrobras. O executivo Marcos Marinho Lutz assume o cargo de CEO do Grupo Ultra. Lutz, que também é acionista do Grupo Ultra, passa a ser o principal executivo da companhia, liderando a preparação do Grupo para um novo ciclo de crescimento, apoiado nos negócios da Ipiranga, Ultragaz e Ultracargo, e com um olhar para oportunidades geradas pela transição energética. O executivo é formado em Engenharia Naval pela Universidade de São Paulo (USP), e possui MBA em marketing, operações e logística pela Northwestern University – Kellogg School of Management. Ele iniciou a carreira no Grupo Ultra, em 1994, como trainee, e permaneceu até 2003, tendo chegado a presidente da Ultracargo. Passou pela CSN, como diretor de infraestrutura e energia, e foi CEO da Cosan S.A., entre 2009 e 2020. Frederico Curado, CEO até então, passa a integrar o conselho de administração do Grupo, como vice-presidente.

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Jornal

Setor portuário movimenta 1,2 bilhão de toneladas de cargas, em 2021

O setor portuário brasileiro, formado pelos portos públicos e terminais privados, movimentou 1,210 bilhão de toneladas em 2021 – o que representa um crescimento de 4,8%, em relação a 2020, de acordo com o levantamento feito pela ANTAQ e Painel Estatístico Aquaviário. Pelo levantamento, em relação aos perfis de carga, houve crescimento na movimentação de granel sólido, de granel líquido, de contêineres e de carga geral. A movimentação de contêineres, por exemplo, registrou incremento de 11%, se comparada com a de 2020. Foram 133,1 milhões de toneladas. A participação de contêineres, na movimentação total do setor portuário, foi também de 11%.

Em relação às principais cargas movimentadas, o minério de ferro continua sendo o maior destaque em quantidade. Foram 370,4 milhões de toneladas, movimentadas em 2021: um aumento de 4%, em comparação com 2020 (356,1 milhões de toneladas). O Terminal de Ponta da Madeira/MA foi a instalação que mais movimentou minério de ferro no Brasil. No ano passado, foram 182,3 milhões de toneladas. A ANTAQ divulgou também a expectativa de movimentação portuária para os próximos anos. Para 2022, estudos apontam que a movimentação alcançará 1,239 bilhão de toneladas, um crescimento de 2,4% em relação a 2021; pelos próximos quatro anos, a Agência prevê a manutenção do viés de alta na movimentação portuária; em 2026, a expectativa é que o setor portuário nacional movimente 1,402 bilhão de toneladas, contra 1,360 bilhão de toneladas, em 2025. A navegação de longo curso transportou 853,4 milhões de toneladas, em 2021 – crescimento de 5,4% em relação a 2020. O estudo da ANTAQ mostra que 51% do que o Brasil exporta por esse tipo de navegação vai para China. Nas importações, os principais parceiros comerciais são os Estados Unidos (24%), China (11%), Rússia (7%) e Argentina (6%). A navegação de cabotagem transportou 288,3 milhões de toneladas, em 2021 – crescimento de 5,6%, em comparação com 2020. As principais cargas transportadas foram: petróleo 10

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(49%), derivados de petróleo (16%), e contêineres (13%). A movimentação de derivados de petróleo e de contêineres registrou alta de mais de 15%, no período.

A navegação interior registrou um transporte de 65,2 milhões de toneladas, o que significou uma redução de 6,1%. As principais cargas transportadas pelos rios brasileiros foram soja e milho, que registraram queda de 0,5% e 38,7%, respectivamente. A Região Norte foi responsável por 74% da movimentação de cargas, seguida pela Região Sul (19%), Centro-Oeste (6%) e Sudeste (1%). Em relação aos portos públicos, Santos/SP se manteve na liderança. O porto movimentou 113,3 milhões de toneladas, no ano passado, um decréscimo de 0,9%, em comparação com 2020. Itaguaí/RJ apareceu na segunda posição, com 51,7 milhões de toneladas, um incremento de 11,9%. No terceiro lugar, Paranaguá/PR, que movimentou 51,6 milhões de toneladas, com um decréscimo de 0,9%, em 2021, se comparado com 2020. Em relação aos terminais de uso privado, o Terminal Marítimo de Ponta da Madeira (MA) foi a instalação que mais movimentou em 2021, com 182,4 milhões de toneladas (4,7%). O Terminal de Tubarão/ES ficou em segundo lugar, com 64,139 milhões de toneladas (+14,2%). Em terceiro, apareceu o Terminal Aquaviário de Angra dos Reis/RJ. A instalação movimentou 64,085 milhões de toneladas, em 2021, com incremento de 6,4%, em comparação com 2020.


Jornal

Descarbonização no transporte de mercadorias e passageiros A Quantron é membro do Fórum Alemão de Transportes, desde janeiro de 2022, e, com a nomeação do novo Ministro dos Transportes, Volker Wissing, FDP, está trilhando um caminho claro para alcançar a neutralidade climática. Wissing enfatizou que o setor de transporte deve dar uma grande contribuição para a neutralidade climática. Como pioneira e impulsionadora da inovação para a mobilidade elétrica no transporte de passageiros, transporte e carga, a Quantron AG fornece os caminhões, ônibus e vans, isentos de emissões, necessários a isso. Para descarbonizar o transporte de carga o mais rápido possível, a Quantron AG está convertendo veículos existentes e usados da tecnologia diesel para acionamentos elétricos livres de emissões. Isso lhes dá uma segunda vida útil, agora ecologicamente correta, por assim dizer, e, portanto, dá uma contribuição fundamental para a proteção do clima e a gestão de recursos, no setor de transporte. Prof. Dr.-Ing. Raimund Klinkner, presidente do Comitê Executivo do Fórum Alemão de Transporte (DVF), reconheceu esse compromisso: a abordagem de repotenciação da Quantron AG, de converter veículos comerciais movidos a diesel para tecnologias de acionamento sem emissões, permite que o transporte de caminhões e ônibus seja alterado para acionamentos neutros. “O tempo é um fator essencial para o equilíbrio climático”, explica Klinkner, razão pela qual, diante das ambiciosas metas climáticas do novo governo federal, “o foco não deve ser apenas nos veículos novos, mas também nas frotas existentes”. Para o Presidente da Comissão Executiva do Fórum Alemão de Transportes “uma ‘reequipação’ das frotas de veículos existentes é uma medida muito sensata”. A Quantron recebeu prêmio “European Transport Prize for Sustainability 2022”.

Michelin avança na descarbonização do transporte marítimo

@Divulgação

A Michelin e a Companhia Marítima Nantaise – MN – assinaram um acordo de parceria, para testar a vela de asa em condições reais de operação, na navegação marítima comercial. Um navio porta-contêineres ro-ro será equipado com o sistema wing sail, no segundo semestre de 2022 e, a partir do final do ano, duas rotas semanais entre Espanha e Grã-Bretanha vão operar com um protótipo de asa, com uma superfície de 100 m², no navio “MN Pélican”. A solução Wing Sail Mobility (WISAMO) é um sistema automatizado, telescópico e inflável de vela, que pode ser instalado em navios mercantes e embarcações de recreio. A solução inovadora é o produto de um empreendimento colaborativo entre a área de Pesquisa & Desenvolvimento da Michelin. Graças a esta instalação, o projeto entrará na fase de desenvolvimento industrial da nova tecnologia. Se os testes forem conclusivos, o acordo de parceria pode abrir portas para testes, usando uma vela de asa maior, marcando um grande passo para a descarbonização do transporte marítimo. A vela inflável aproveita o vento, fonte de propulsão gratuita, universal e inesgotável. Seu design revolucionário permite que um navio reduza o consumo de combustível e, assim, tenha um impacto positivo no meio ambiente, reduzindo as emissões de CO2. Ao todo, o sistema pode melhorar a eficiência de combustível de um navio em até 20%. O sistema pode ser instalado na maioria dos navios mercantes e embarcações de recreio, e usado em todas as rotas de transporte marítimo. Especialmente adequado para navios ro-ro, graneleiros e petroleiros, pode ser utilizado como equipamento original em embarcações novas, ou adaptado em navios já em serviço. Testes em veleiro já estão em andamento, para o desenvolvimento técnico da solução, e, até o final de fevereiro de 2022, a WISAMO passará por uma segunda fase de testes mais extensos, com condições marítimas de inverno.

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Jornal

24 jovens ativistas monitoram os compromissos climáticos apresentados por líderes globais

Principais consultores de fusões e aquisições

A lacuna entre onde estamos nos caminhos para a descarbonização, que as nações apresentaram, e os caminhos que a ciência nos diz necessários, se quisermos manter o teto de aquecimento planetário de 1,5 graus, é enorme. Na Cop26, quase 200 países e partes concordaram com planos de descarbonização. O caminho para o Net Zero inclui a eliminação progressiva da energia do carvão, a eliminação dos subsídios aos combustíveis fósseis, a redução do desmatamento, o incentivo ao investimento em energias renováveis, o foco em políticas de adaptação para países ricos e em desenvolvimento, e o trabalho conjunto para entregar. Mas a COP26 acabou. “A Planet Classroom tem o prazer de continuar nossa colaboração com o Movimento POP. Desde 2016, o POP tem desempenhado um papel fundamental, no enfrentamento do enorme desafio para a ação contra as mudanças climáticas e na proteção dos ecossistemas da Terra. Seus jovens líderes internacionais têm amplo conhecimento sobre os problemas e soluções das mudanças climáticas, e estamos ansiosos para mostrar seus esforços, enquanto buscam garantir que os líderes mundiais cumpram suas promessas climáticas”, disse Cathy Rubin, cofundadora da Planet Classroom. “No Movimento POP, pretendemos aproveitar o talento e a determinação dos jovens inspirados pelo conhecimento em escala global. Este programa progrediria apenas com a força de nossos parceiros, garantindo o compartilhamento de informações. Se quisermos proteger este planeta e seus ecossistemas, para a sobrevivência de todas as espécies e o bem-estar das gerações futuras, precisamos de todas as mãos no convés, e do envolvimento ativo de indivíduos e organizações com ideias semelhantes. Estamos honrados em continuar nossa parceria com o Planet Classroom”, disse o Dr. Ash Pachauri, Mentor Sênior, Movimento POP. “Diariamente, uma enxurrada de estudos acadêmicos, relatórios e notícias nos dizem que o ecossistema da Terra está em perigo. Eles alertam ainda sobre que precisamos mais do que apenas informações para enfrentar a crise climática, proteger o meio ambiente, e promover uma maneira sustentável de vida. Precisamos de ação. A educação desempenha um papel fundamental na conscientização e na sensibilidade sobre o meio ambiente. Ela deve fornecer o conhecimento e as habilidades fundamentais, para identificar e resolver os desafios ambientais, e moldar atitudes e comportamentos que levem à ação individual e coletiva”, disse Andreas Schleicher, Diretor da OCDE para Educação e Competências.

O JP Morgan e o Citi foram os principais consultores financeiros de fusões e aquisições (M&A) no setor de petróleo e gás, para 2021, em valor e volume, respectivamente, de acordo com o banco de dados de transações financeiras da GlobalData. A empresa de dados e análises observa que o JP Morgan assessorou 29 negócios, no valor de US$ 81,3 bilhões, que foi o valor mais alto, entre todos os consultores monitorados. Enquanto isso, o Citi liderou em termos de volume, tendo assessorado 30 negócios, no valor de US$ 54,2 bilhões. Um total de 1.799 negócios de M&A foram anunciados no setor, durante 2021. De acordo com o relatório da GlobalData, ‘Global and Oil & Gas M&A Report Financial Adviser League Tables 2021’, o valor do negócio para o setor aumentou 16,4%, de US$ 287,9 bilhões, em 2020, para US$ 335 bilhões, em 2021. Aurojyoti Bose, analista líder da GlobalData, comenta que o JP Morgan foi o único consultor a ultrapassar US$ 80 bilhões em valor de negócios em 2021, superando seus pares por uma margem significativa, em termos de valor. “Também deu forte concorrência, em termos de volume, e ficou aquém de um acordo para o primeiro lugar por essa métrica. Enquanto isso, o Citi e o RBC Capital Markets foram as únicas duas empresas a atingir a marca de 30 negócios, em 2021. O Citi aconselhou menos a grandes negócios, por isso, a terceira posição por valor; o JP Morgan também ocupou a terceira posição, em volume.” O Goldman Sachs ocupou a segunda posição, em valor, com 12 negócios no valor de US$ 57,3 bilhões, seguido pelo Citi. O Barclays ocupou a quarta posição, em valor, com 17 negócios, no valor de US$ 43,3 bilhões, seguido pelo RBC Capital Markets, com 30 negócios, no valor de US$ 35 bilhões. O RBC Capital Markets ocupou a segunda posição em termos de volume, seguido pelo JP Morgan. Jefferies ocupou a quarta posição, em volume, com 27 negócios, no valor de US$ 16,4 bilhões, seguido por Perella Weinberg Partners, com 18 negócios, no valor de US$ 26,3 bilhões.

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Ação de conscientização e reciclagem coleta 16,6 toneladas de materiais

A estação sustentável, instalada na Praça Cayru, no Comércio, em Salvador/BA, no mês de dezembro, arrecadou 16,6 toneladas de materiais recicláveis, que foram direcionados para a cooperativa de reciclagem do Subúrbio Ferroviário, a Cooperguary, e gerou quase 30 mil reais em renda, para 30 famílias. A ação Braskem Recicla foi realizada pela startup SOLOS, com patrocínio da Braskem e apoio da Prefeitura de Salvador. No local, moradores e turistas puderam participar de uma experiência sustentável, e descartar corretamente seus resíduos recicláveis. A iniciativa, que completou a terceira edição, teve como destaque a interatividade do público, que pôde participar de um jogo de perguntas e respostas sobre sustentabilidade, e também com a exposição sobre aplicações inovadoras do plástico, como os produtos com embalagens I’m green, feitas a partir da cana de açúcar, matéria-prima 100% renovável. A estação recebeu os mais diversos tipos de resíduos de turistas e moradores, como plásticos, papel, papelão, óleo de cozinha, eletrônicos, eletrodomésticos, metais e vidro. Além disso, a iniciativa contou com um sistema de coleta porta a porta, nos estabelecimentos comerciais e residenciais, através de caminhões, cedidos em parceria com a Limpurb, e do triciclo, pilotado por uma cooperada. O Braskem Recicla, iniciativa que começou em Salvador em 2020, está também em outras regiões do país, já tendo sido realizado nos estados do Rio Grande do Sul e São Paulo, e com previsão de mais quatro edições, em 2022. No total, o projeto conseguiu gerar um impacto de 39 toneladas de materiais direcionados para reciclagem, R$ 100 mil em geração de renda para cooperativas de reciclagem, e 800 mil pessoas sensibilizadas com o conteúdo sobre economia circular e reciclagem.

Nova Norma API Descreve a Estrutura para o Programa de Gestão da Integridade em Instalações de Dutos O American Petroleum Institute (API) anunciou a publicação da primeira edição da norma que fornece uma estrutura para que os operadores de dutos desenvolvam um programa abrangente de gestão da integridade de instalações de dutos, de modo a fortalecer a eficiência, prevenir incidentes, e reduzir ainda mais a emissão de gases do efeito estufa. “As instalações de dutos são um componente crítico da infraestrutura americana, fornecendo uma maneira segura, confiável e eficiente de fornecer a energia necessária aos consumidores”, disse a vicepresidente sênior do API para Serviços Globais da Indústria, Anchal Liddar. “Esta norma fornece um meio para que os operadores construam um programa resiliente de gestão da integridade das instalações, o que é vital para garantir maior segurança aos trabalhadores da indústria, comunidades e o meio ambiente.” A API RP 1188, Hazardous Liquid Pipeline Facilities Integrity Management, 1ª edição, foi desenvolvida sob o programa de acreditação para desenvolvimento de normas do American National Standards Institute, descrevendo um ciclo planejar-fazer-verificar-agir, para realizar a avaliação e a melhoria contínuas do programa de integridade das instalações de dutos. Essa é considerada a melhor abordagem, e é usada para impulsionar a melhoria operacional contínua, como em outras normas API, assim como a norma API RP 1173, Pipeline Safety Management Systems. A API RP 1188 abrange a gestão da integridade de todos os componentes contendo pressão, usados diretamente no transporte ou armazenamento de líquidos perigosos, dentro de uma instalação de dutos de líquidos, e é aplicável a operadores de dutos e inspetores de gestão da integridade. O API realizará um Workshop Virtual sobre Integridade das Instalações de dutos em 19 de janeiro de 2022, que abordará como a API RP 1188 pode ser aplicada para melhorar os programas de integridade das instalações dos operadores de dutos. O API representa todos os segmentos da indústria de petróleo e gás natural, e possui sede nos Estados Unidos. Possui mais de 600 empresas membros, que produzem, processam e distribuem a maior parte da energia nos Estados Unidos. O API foi fundado em 1919, como uma organização de desenvolvimento de normas. Nos seus primeiros 100 anos de existência, o API desenvolveu mais de 700 normas para aprimorar a segurança operacional e ambiental, a eficiência e a sustentabilidade da indústria. no 387

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Estudos da EPE sobre Hidrogênio Para contribuir para a estratégia nacional de hidrogênio de baixo carbono, a EPE iniciou o desenvolvimento de uma série de estudos, voltados à melhor compreensão das perspectivas para produção de hidrogênio, através de diferentes fontes. Nesse sentido, foi elaborada pela EPE, em 2021, a Nota Técnica sobre Hidrogênio Cinza, que aborda a rota tecnológica de produção de hidrogênio, a partir de reforma a vapor de gás natural, e inclui alguns dos principais aspectos econômicos, logísticos e tecnológicos. Paralelamente, foi estabelecida uma cooperação técnica entre a EPE e o Brasil Energy Programme BEP do governo britânico, no âmbito da qual foram desenvolvidas duas Notas Técnicas: uma sobre Hidrogênio Azul, e outra sobre Hidrogênio Turquesa. Tais documentos envolvem as rotas tecnológicas de produção de hidrogênio a partir de gás natural, com captura e sequestro de carbono (hidrogênio azul), e a partir de pirólise de metano, sem emissão de CO2, com formação de coque (hidrogênio turquesa), respectivamente, avançando na compreensão dos custos e potencialidades para a produção de hidrogênio de baixo carbono, no Brasil. @frontier-economics

Ambas as iniciativas seguem o escopo do Programa Nacional de Hidrogênio (PNH2), cujas diretrizes têm como eixos temáticos, dentre outros, o planejamento energético e a cooperação internacional. Destaca-se que, embora a parceria esteja centrada exclusivamente no hidrogênio de baixo carbono, por ser o elemento de comum interesse às partes, as demais iniciativas nacionais têm a neutralidade tecnológica por princípio, e avaliam também outras rotas tecnológicas, que se apresentam promissoras, e que oferecem oportunidades para descarbonização, quando examinadas sob uma perspectiva ampla. Nesse sentido, a publicação dos estudos se insere em um conjunto de ações governamentais para desenvolver a economia do hidrogênio no Brasil, onde todas as rotas de produção e insumos merecem atenção, principalmente aquelas vias tecnológicas neutras ou de baixo carbono, que contribuam para uma maior descarbonização da economia brasileira no futuro. 14

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Chevron Phillips Chemical conclui as primeiras vendas de Polietileno Circular Alcançando um marco significativo em seus esforços para fortalecer a economia circular de plásticos, a Chevron Phillips Chemical (CPChem) anunciou as primeiras vendas comerciais de seu polietileno circular Marlex Anew. Usando tecnologia de reciclagem avançada para processar óleo de pirólise, uma matéria-prima feita de resíduos plásticos difíceis de reciclar, a CPChem cumpre o compromisso de colocar um produto de polietileno circular, totalmente certificado, para o mercado. “Estamos entusiasmados em adicionar o Polietileno Circular Marlex Anew ao nosso portfólio, e disponibilizar este produto aos clientes. Aprimorar a sustentabilidade de nossos produtos é um dos principais foco da CPChem. O preenchimento dos primeiros pedidos de nosso polietileno circular é uma prova tangível do nosso trabalho, para acelerar a mudança para um futuro sustentável”, disse Benny Mermans, vice-presidente de sustentabilidade da CPChem. A CPChem já começou a fornecer Polietileno Circular Marlex Anew, e está trabalhando para expandir ainda mais os volumes de produção. Desde que anunciou o lançamento de seu programa avançado de reciclagem, em outubro de 2020, a CPChem foi certificada pela International Sustainability & Carbon Certification (ISCC) PLUS, um sistema de certificação de sustentabilidade, reconhecido mundialmente. A empresa também escalou os volumes de produção, e assinou contratos de fornecimento de matéria-prima de longo prazo com vários produtores de matérias-primas, de alta qualidade. Além de estabelecer uma rede de fornecedores, a CPChem trabalhou com a Chevron, para processar com sucesso o óleo de pirólise na Refinaria Pascagoula, da empresa, em um teste certificado em escala comercial. Como resultado, isso permite que a CPChem obtenha matéria-prima derivada de resíduos plásticos, para produzir Polietileno Circular Marlex Anew. Além disso, a CPChem está avaliando futuras oportunidades de colaboração com a Chevron, para reforçar os esforços relacionados à sustentabilidade de ambas as empresas, e apoiar a meta de produção anual da CPChem, de 1 bilhão de libras de polietileno circular Marlex Anew, até 2030. “A Chevron apoia os esforços contínuos da CPChem, em iniciativas relacionadas à sustentabilidade. A quantidade de óleo de pirólise usada no teste equivale a converter aproximadamente 2 milhões de jarros de leite de um galão em matéria-prima. Este é um grande passo para ajudar a atender à crescente demanda dos clientes por polímeros circulares”, disse Chris Cavote, presidente de fabricação da Chevron.


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Maersk acelera metas para zerar emissões de carbono até 2040

A A.P. Moller – Maersk anunciou novas metas sustentáveis, que devem alinhar a empresa com os critérios da iniciativa Science Based Targets – SBTi (Metas Baseadas na Ciência, em tradução livre) para limitar o aquecimento global a 1,5°C. As metas incluem um compromisso social de ação imediata, de modo a gerar impacto ainda nesta década, firmando um compromisso de fornecer cadeias de suprimentos “net zero” – ou seja, capazes de eliminar as emissões de carbono –, até 2040. Isso vai além dos esforços anteriores para reduzir as emissões relacionadas à frota oceânica, pois, abrange agora todas as emissões diretas e indiretas em todo o negócio da Maersk. “Como fornecedor global de serviços logísticos de ponta a ponta em todos os modais, é um imperativo estratégico para a Maersk estender o objetivo de zerar a emissão de carbono em todos os negócios. A ciência é clara e devemos agir agora para obter progressos significativos nesta década. Essas metas marcam nosso compromisso com a sociedade e com os clientes, que exigem cadeias de suprimentos neutras em carbono”, diz Soren Skou, CEO da A.P. Moller – Maersk. Metas tangíveis de curto prazo, para 2030, foram definidas para garantir um progresso significativo na redução das emissões diretas da Maersk, já nesta década. Isso inclui uma redução de 50% nas emissões, por contêiner transportado, na frota da Maersk Ocean, e uma redução de 70% nas emissões absolutas de terminais totalmente controlados. Dependendo do crescimento do negócio oceânico, isso levará a reduções absolutas de emissões, entre 35% e 50%, em relação à linha de base de 2020. “Nossas metas atualizadas e cronogramas acelerados re-

fletem um caminho muito desafiador, mas viável, para a emissão zero, impulsionado por avanços em tecnologia e soluções. O que é necessário, portanto, é uma rápida expansão, para a qual nos esforçaremos para alcançar, em estreita colaboração com clientes e fornecedores, em toda a cadeia de suprimentos”, diz Henriette Hallberg Thygesen, CEO do departamento de Fleet & Strategic Brands da A.P. Moller – Maersk. Conforme recomendado pela SBTi, ao longo da década, o grupo dinamarquês irá além das metas alinhadas a 1,5°C, e investirá na construção de um portfólio de soluções climáticas naturais, que resultarão em uma redução aproximada de 5 milhões de toneladas de CO₂, por ano, até 2030. Para maximizar o progresso em direção a cadeias de suprimentos net zero em 2040, foram estabelecidas metas para 2030, que visam à variedade de ofertas de produtos verdes, junto a soluções, como o Emissions Dashboard da Maersk e o ECO Delivery. As ações buscam reforçar a Maersk como um fornecedor líder do setor de soluções de cadeia de suprimentos verdes, e abrangem negócios marítimos, aéreos, de logística de contrato (armazéns e depósitos) e da cadeia de frio. Esses produtos utilizarão tecnologias e soluções verdes, para garantir que eles forneçam reduções reais de emissões na cadeia de suprimentos. Cobrir as emissões indiretas significa que as metas também contemplam as emissões de serviços de transporte terrestre, e construção de embarcações fornecidos por terceirizados. Enfrentar esse desafio exigirá ampla visualização de dados e estreita colaboração com fornecedores regionais de produtos e serviços,, em toda a área de negócios da Maersk.

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CNI lança ‘Perfil Setorial da Indústria’ A CNI – Confederação Nacional da Indústria – lançou a ferramenta digital interativa ‘Perfil Setorial da Indústria’, disponível no portal da entidade. Os usuários poderão acessar estatísticas oficiais, previamente selecionadas, para a Indústria Extrativa, a Indústria de Transformação e a Indústria da Construção. Nos setores que compõem essas indústrias, os dados estarão agrupados segundo grandes temas econômicos, tais como: produção; mercado de trabalho; comércio exterior; tributos; custos; inovação e investimento. Pela plataforma, é possível criar rankings e comparativos entre os setores e os indicadores disponíveis, além de calcular a evolução dos números, ao longo da série histórica, no recorte que o usuário preferir. “Os números não deixam dúvidas, quanto à relevância do

@Divulgação

setor industrial para o Brasil. Ele é responsável por 20% do PIB e 20% dos empregos formais no país, 69% das exportações brasileiras de bens e serviços, 69% dos investimentos empresariais em P&D, e 33% da arrecadação de tributos federais”, comenta o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade. O Perfil Setorial da Indústria foi desenvolvido pelas Gerências de Estatística e de Análise Econômica da CNI, com base em dados oficiais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Receita Federal, Ministério da Economia, e da própria Confederação Nacional da Indústria (CNI). A série histórica varia conforme o indicador, e a plataforma é atualizada na medida em que as pesquisas são renovadas.

Aker BP e Accenture se unem em fábrica de dados na nuvem @pixawbay

A Accenture está trabalhando com a Aker BP, para que esta se torne uma empresa orientada por dados, construindo uma base e uma fábrica de dados baseadas em nuvem, para melhorar suas operações: a Aker BP lançou o projeto para acelerar seu objetivo de digitalizar todo o ciclo de vida de suas operações para reduzir custos, melhorar a produtividade, e reduzir sua pegada de carbono. Muitas empresas de petróleo e gás só conseguiram usar uma fração dos dados que geram e possuem, com informações bloqueadas em áreas funcionais, com diferentes aplicativos legados, tornando-as inutilizáveis em suas organizações. Uma base de dados moderna pode ajudar a superar barreiras comuns de valor, que podem incluir acessibilidade e confiabilidade de dados. Com base em sua tecnologia, inovação e experiência em gerenciamento de dados de petróleo e gás upstream, a Accenture foi selecionada pela Aker BP, para desenvolver uma solução de fábrica de dados em colaboração com a Cognite e a Aker BP. A Cognite, uma empresa de software industrial, aplicou seu software Cognite Data Fusion na Aker BP, para implementar mais rapidamente a transformação, liberando e contextualizando dados em silos de TI e tecnologia operacional. “Este projeto é fundamental para nossa visão de ser a em16

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presa líder em exploração e produção de petróleo e gás offshore. Estamos ansiosos para trabalhar em estreita colaboração com a Accenture e a Cognite, pois, criamos uma cultura de inovação e experimentação, para construir a base de dados com alto grau de automação. Todas as três empresas compartilham uma abordagem semelhante de gerar valor, por meio de tecnologias digitais, o que beneficiará muito este projeto”, disse Per Harald Kongelf, vice-presidente sênior de melhorias da Aker BP. Gerenciada como uma fábrica, a base de dados será focada na entrega de resultados de negócios em escala, com automação e inovação, cronogramas de entrega previsíveis e controles de qualidade. Novas formas de trabalho serão habilitadas por este modelo, incluindo ágil e DataOps. “Ao aplicar automação, inovação e tecnologia, a equipe do projeto pode fornecer dados mais confiáveis, para ajudar a melhorar as operações da empresa. A Aker BP estará mais bem posicionada para aproveitar os serviços nativos da nuvem e fluxos de trabalho mais eficientes, que promovem maior eficiência e colaboração”, disse Sven Erik Skjæveland, diretor administrativo e líder da Nordic Energy da Accenture. Outros objetivos incluem explorar os padrões e formatos de dados do Open Group OSDU Forum, para poços e dados sísmicos.


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Unidade de testes de emissões oferece soluções mais sustentáveis

Helicóptero voa com combustível 100% sustentável

A Evonik reforçou sua posição de liderança na gestão de emissões na indústria do poliuretano, com uma nova e sofisticada unidade de testes de emissões de espuma em spray em seus laboratórios em Allentown, Pensilvânia (EUA). Com o seu foco inovador em ‘emissões zero’ e soluções aditivas mais favoráveis ao meio ambiente, este mais recente marco reitera o compromisso da Evonik em apoiar a indústria de espumas de poliuretano em spray (SPF), no cumprimento de suas metas de sustentabilidade, sem afetar o seu crescimento. Por se tratar de um produto ‘verde’ com excelentes propriedades termoisolantes, os edifícios construídos com SPF, que usam os aditivos da Evonik, podem reduzir de maneira significativa o consumo de energia e, em consequência, diminuir a sua pegada de carbono. Levando em conta que a perda energética das construções chega a 40%, em razão de vazamentos de ar nos telhados e paredes, a SPF oferece, além de excelente desempenho térmico, a prevenção do vazamento de ar, mediante a vedação de frestas. Segundo a Spray Foam Coalition do American Chemistry Council, até US$ 33 bilhões em custo de energia poderiam ser poupados, por na,,o se os 113 milhões de lares dos Estados Unidos usassem o isolamento com SPF – que é mais eficaz que os materiais isolantes alternativos, como a fibra de vidro ou a lã mineral, o que contribuiu para que a indústria das espumas de poliuretano da América do Norte registrasse um crescimento de dois dígitos, nos últimos anos. Os testes de emissões se tornaram muito mais sofisticados, na medida em que os regulamentos ambientais e de segurança de trabalho ficaram bem mais restritivos. Além dos benefícios ambientais da redução dos gases do efeito estufa, produtos com emissões baixas ou zeradas, hoje, são uma exigência industrial, a fim de encurtar o tempo de reentrada de trabalhadores e a reocupação dos edifícios após a aplicação. As novas instalações de testes de emissões ajudarão os clientes da Evonik a estabelecer protocolos formais de medição e testes, em cumprimento às normas ambientais atuais e de emissões futuras, além dos padrões da American Society for Testing Materiais (ASTM). Outra característica importante da nova unidade de testes é a câmara fria, que permite realizar testes com sprays, a temperaturas extremamente baixas, de até 0°F, para avaliar a capacidade de adesão do produto em condições de frio intenso. Esses testes mais severos em baixa temperatura permitem imitar as condições reais em qualquer época do ano, ajudando a acelerar o tempo de desenvolvimento da formulação, e a melhorar o desempenho do produto.

Um Airbus H225 realizou o primeiro voo de helicóptero com combustível de aviação 100% sustentável (sustainable aviation fuel, SAF) acionando um dos motores Safran Makila 2. O voo, que ocorreu na sede da Airbus em Marignane, França, marcou o início de uma campanha de voo com o objetivo de avaliar o impacto do SAF não misturado nos sistemas de helicópteros, com o objetivo de certificar o uso de misturas deste tipo que ultrapassam o limite atual de 50%. “Embora todos os helicópteros Airbus sejam certificados para voar com uma mistura de até 50% do SAF combinado com querosene, a ambição da nossa empresa é ter seus helicópteros certificados para voar com 100% deste combustível, dentro de uma década. O voo de hoje é um primeiro passo importante em direção a esse objetivo”, disse Stefan Thome, Vice-Presidente Executivo de Engenharia e Diretor Técnico da Airbus Helicopters. A campanha de voo, que segue testes anteriores de SAF não combinados, realizados pela Safran Helicopter Engines em sua fábrica em Bordes, França, proporcionará uma compreensão mais aprofundada dos desafios técnicos associados ao uso de SAF 100%. O helicóptero de teste H225 voou com um combustível não misturado derivado de óleo de cozinha usado, fornecido pela TotalEnergies, que oferece uma redução líquida de 90% de CO2, em comparação com o combustível de aviação normal. “O SAF é um pilar importante da estratégia de descarbonização da Airbus Helicopters, porque fornece redução imediata de CO2 sem impacto negativo no desempenho do helicóptero. Agradeço aos nossos parceiros Safran Helicopter Engines e TotalEnergies, por sua importante colaboração para tornar o voo de hoje uma realidade. Uma maior cooperação entre todas as partes interessadas da indústria é essencial para superar os desafios associados à ampla implementação de SAF, e para fazer um progresso real na redução das emissões de CO2 da indústria da aviação,” acrescentou Thome. Para impulsionar a implantação de biocombustíveis, a Airbus Helicopters lançou um Grupo de Usuários SAF, dedicado à comunidade de asas rotativas. A empresa também começou a usar SAF para treinamento e voos de teste, em suas unidades na França e na Alemanha. no 387

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Déficit em produtos químicos é recorde em 2021 O déficit em produtos químicos foi recorde em 2021: ultrapassa US$ 46,2 bilhões, e consolida a Ásia como região com maior desequilíbrio comercial setorial. O Brasil importou US$ 60,7 bilhões, em produtos químicos, em 2021, valor total pago pela aquisição das mais de 60,5 milhões de toneladas, marca inédita nas importações feitas pelo país, ao longo de toda a série histórica de acompanhamento da balança comercial setorial pela Abiquim (desde 1989). Na comparação com os resultados de 2020, foi registrada uma expressiva elevação, de 46,7%, no valor monetário das importações, acompanhada de importante elevação de 17,4%, nas quantidades físicas adquiridas, pressionando a indústria nacional, e deslocando os produtos brasileiros no próprio mercado doméstico. Quando comparadas com as 37,5 milhões de toneladas de 2013, ano em que havia sido registrado, até então, o maior déficit no histórico da balança comercial de produtos químicos, de US$ 32,0 bilhões, observa-se um aumento de 61,3%, sobretudo em produtos químicos orgânicos e para o agronegócio, e um vertiginoso crescimento de 105,5% das importações originárias da Ásia (excluído o Oriente Médio), ao passo que o crescimento médio das importações de todas as demais origens foi de 31,6%, consolidando tal região geográfica como principal fornecedora de produtos químicos para o Brasil (importações de US$ 17,6 bilhões), e com a qual se registra o maior desequilíbrio comercial setorial (déficit de US$ 16 bilhões). As exportações brasileiras de produtos químicos, por sua vez, de US$ 14,5 bilhões, em 2021, tiveram um crescimento de 32,3%, na comparação com o ano anterior, em grande medida, resultado devido ao aumento de 18,7% dos preços médios, e à retomada de vendas aos países vizinhos, em especial do Mercosul, os quais, em 2020, tiveram severos impactos econômicos com a pandemia de Covid-19. Em termos de quantidades físicas, foram movimentadas 16,3 milhões de toneladas para os mercados de destino, aumento de 11,5%, mas acompanhado de reduções consideráveis nos volumes exportados de cloro e álcalis (-43,0%), de aditivos de uso industrial (-6,7%) e de resinas termoplásticas (-4,5%), comprovando o firme compromisso da indústria química brasileira em priorizar a manutenção de suprimento no mercado interno, tanto nos momentos mais críticos da Pandemia, quanto de retomada da economia. O déficit na balança comercial de produtos químicos totalizou o recorde de US$ 46,2 bilhões, em 2021 – superando recentes estimativas da própria Abiquim –, valor 51,8% superior ao total de 2020, de US$ 30,5 bilhões, e 44,4% maior do que aquele de 2013, recorde anterior, de US$ 32,0 bilhões. Avaliando-se as trocas comerciais 18

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com os principais blocos econômicos regionais, em 2021, o Brasil foi superavitário apenas em relação aos países vizinhos e históricos parceiros comerciais, do Mercosul e da Aladi, respectivamente saldos comerciais de US$ 1,4 bilhão e de US$ 615 milhões. Entretanto, foram novamente registrados resultados estruturais negativos expressivos, em relação à União Europeia e ao Nafta (América do Norte), que, somados, ultrapassaram um déficit agregado de US$ 20,4 bilhões, além do mencionado crescente desbalanceamento com a Ásia (o déficit com essa região se amplia, de US$ 4,3 bilhões, em 2010, para US$ 16 bilhões, em 2021).

Para o presidente-executivo da Abiquim, Ciro Marino, o ano de 2021 é emblemático em demonstrar que o País precisa garantir segurança jurídica ao investidor, pois, só assim as oportunidades de mercado se transformarão em uma agenda de atração de capital produtivo. “O Brasil tem domínio técnico e expertise empresarial de produção de diversos itens, que poderiam ter sua capacidade instalada aumentada, ou voltarem a ser fabricados no país, diminuindo a dependência externa em várias cadeias produtivas. Na contramão disso, a Medida Provisória editada no último dia de 2021, extinguindo, de imediato, o Regime Especial da Indústria Química (REIQ), cria um ambiente de insuportável insegurança jurídica, uma vez que o Congresso Nacional aprovou, em meados do ano passado, a manutenção do REIQ até 2025 e, assim, ameaça mais de 85 mil empregos no país. A indústria brasileira, sobretudo a química, é um ativo estratégico para o Brasil, e deve ser amparada por políticas públicas consistentes, perenes e de Estado, especialmente em matérias econômicas e comerciais. Do contrário, progressivamente veremos unidades industriais se deslocarem para mercados que levam a sério seu setor produtivo e, com elas, empregos e renda que serão decisivos para o Brasil, nesse momento de retomada econômica”, destaca Marino.


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O INDAC agora é ILAC

O INDAC – Instituto Nacional para o Desenvolvimento do Acrílico – passou a se chamar ILAC – Instituto Latino-Americano do Acrílico. A mudança é fruto do trabalho de integração das empresas do setor de acrílico na América Latina, e tem como objetivo inicial a troca de informações e conhecimento sobre aplicações finais e processamento do acrílico em cada um dos países que participam ou vierem a participar do grupo. @Divulgação Segundo Marcelo Thieme, presidente do ILAC, o trabalho feito pelo INDAC nos últimos 20 anos mostra que a troca de conhecimento tende a promover de maneira natural a ampliação do uso do acrílico em diferentes projetos e aplicações. Assim, por meio deste canal que se abre, os transformadores brasileiros terão acesso a informações de produtos e projetos feitos fora do país. “Essa é uma integração importante, porque nos permitirá trocar experiências com empresários de outros países, que possuem mercados mais maduros e já mais adaptados à forte concorrência asiática, como Argentina e Colômbia, por exemplo”, explica Thieme. Na prática, isso é o que o Instituto já faz, desde 2001, quando foi fundado. Assim, o Instituto segue com o objetivo de promover o uso correto do acrílico, além de difundir o conhecimento das suas propriedades e aplicações. O que muda agora é seu alcance. Além das 30 empresas brasileiras associadas, entre elas: Acriresinas, Actos, Acrilaria, Acrílico Design, Acrilmarco, Acrimax, Acrinox, Acriplanos, Art Cryl, Brascril, Bold, Campion, Castcril, Cristal e Cores, CutLite, Day Brasil, Emporium, Inkcryl, Menaf, Mitsubishi, Osvaldo Cruz, Proneon, JR Laser, Sheet Cril, Tronord, Tudo em Acrílico e Unigel, juntam-se ao quadro, as empresas Paolini, da Argentina, e Formaplax, da Colômbia. A adesão da Plastiglas, do México, empresa que faz parte do grupo Unigel, está sendo estudada, e pode acontecer já no próximo ano, acredita Thieme. @Divulgação Além da falta de conhecimento dos especificadores, diz Antonio Paolini, presidente da Paolini da Argentina, a busca por preços mais baixos também afeta as empresas do segmento em todo o mercado latino-americano. Em um breve comparativo entre Brasil e Argentina, por exemplo, ele comenta que em ambos os mercados, por questões econômicas, os clientes procuram os materiais transparentes mais baratos possíveis para seus projetos. E isso acontece em detrimento da qualidade ou da vida útil desses produtos. Na prática, acontece ainda que os produtores de chapas instalados na região tenham de competir com a importação de chapas de baixíssima qualidade, ou mesmo com for-

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necedores de outros materiais plásticos como PS, PET, PC e, em menor medida, PETG. “Precisamos continuar trabalhando para que os processadores, clientes e usuários finais entendam as diferenças e a melhor maneira de tratar e manter o acrílico”, afirma Paolini. O executivo argentino vê com otimismo essa integração das empresas do setor por meio do ILAC, principalmente no que diz respeito à defesa do mercado regional, face a importação de produtos acabados da Ásia. “Compartilhar informações sobre nossos negócios, aplicações e sermos capazes de trabalhar juntos é um passo muito importante. Desta forma, podemos juntos aumentar os mercados, e defendê-los das importações do Sudeste Asiático. Por lá, eles têm vantagens de custo de matérias-primas e custos de mão-de-obra, além da escala de produção, o que faz com que nossos clientes daqui se sintam tentados a importar”, explica Paolini. A Argentina que, como o restante do mundo, vem sofrendo com as consequências da Pandemia, fechou o ano com uma comercialização de chapas acrílicas bem abaixo das 2.000 toneladas. Isso representa um encolhimento de 50% do seu mercado tradicional. Entre as principais aplicações por lá, estão as divisórias de ambientes e outros itens ligados à decoração e mobiliário. Em seguida, vem o mercado de construção civil, seguido de comunicação visual. Demandas por banheiras e box de banheiros feitos em acrílico, além de iluminação, também são fortes no país. Já no Brasil, é o mercado de comunicação visual quem lidera o consumo do acrílico, seguido de longe pelo segmento moveleiro. É em diferenças como essas que podem, por exemplo, estar o segredo de novos negócios para os dois países. “Para o mercado brasileiro, oprincipal benefício estará em aprender como deixar um pouco de lado a visão de preço, e partir para o desenvolvimento de novas aplicações. Apostar no requinte e em segmentos ainda menos explorados, mas com alto potencial comercial, como o da construção civil, assim como fazem Argentina e México é um caminho”, adiciona Thieme. @Divulgação Para Sandra Cavalcante, gerente de contas das Américas do Sul e Central, da Mitsubishi Chemical, a integração do mercado, por meio de um agente fomentador, pode abrir caminho, não apenas para a troca de experiências sobre produtos, mas também servir de alicerce e ponto de partida para uma aproximação, inclusive comercial dos países. “Esse movimento permitirá incrementar a troca de detalhes como o das boas práticas de uso, fabricação e cuidados com o acrílico. Outra modalidade a ser considerada é Zona de Livre Comércio, que consiste na eliminação das barreiras tarifárias e não-tarifárias, que incidem sobre o comércio entre os países constituintes”, comenta a executiva.


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2º Prêmio Plástico Sul de Inovação e Sustentabilidade Repetindo o resultado de 2020, a Termotécnica conquistou dois troféus Ouro, no 2º Prêmio Plástico Sul de Inovação & Sustentabilidade. Nesta edição, a companhia foi premiada nas categorias “Novos Aditivos e/ou Biomateriais”, com a nanotecnologia patenteada Safe Pack Antiviral e Antibacteriana, e “Logística Reversa – Transformador”, com o Programa Reciclar EPS. “Em mais um ano desafiador, nossas estratégias para superar a crise vêm trazendo resultados que estão sendo muito comemorados. Nosso portfólio de produtos, nossa atuação sustentável e de inovação empreendedora estão sendo reconhecidos pelos clientes e pelo mercado”, afirma o presidente da Termotécnica, Albano Schmidt. Na Categoria Novos aditivos e/ou biomateriais, a empresa conquistou o 1º Lugar, com o Safe Pack, EPS antiviral e antibacteriano: com a Pandemia, surgiram novas preocupações e necessidades de segurança sanitária durante o manuseio de produtos. Pensando na segurança das pessoas durante o processo logístico, a Termotécnica desenvolveu o Safe Pack, EPS antiviral e antibacteriano, que oferece alta proteção contra vírus e bactérias, inclusive o coronavírus. “Pensando em toda a cadeia de produção, transporte, armazenamento e consumo de alimentos, medicamentos, vacinas, e até das embalagens de eletrodomésticos que são entregues nas casas das pessoas, essa ação do Safe Pack Antiviral e Antibacteriano tem inúmeras e importantes aplicações no mercado”, constata Albano Schmidt. A eficiência do Safe Pack foi comprovada com reconhecimento internacional pela norma JIS Z 2801 para bactérias. Além disso, a ISO 21702-2019 também confirmou a proteção contra vírus do tipo envelopados, como hepatite B (HBV), hepatite C (HCV), influenza A (H1N1), ebola e herpes (HSV). Os resultados foram: 99,9% de proteção contra bactérias, 99% para herpes vírus simples humano (HSV-1) e 90% para coronavírus (Ccov*). Desta forma, se uma pessoa contaminada manipular ou espirrar sobre uma embalagem em EPS Safe Pack, no lugar de o vírus permanecer por dias sobre a superfície, ele pode ser reprimido em um curto espaço de tempo. Na categoria Logística Reversa – transformador, a empresa alcançou o 1º Lugar, com o Programa Reciclar EPS, que já tinha sido reconhecido no 26º Prêmio FIESP de Mérito Ambiental, com menção honrosa na categoria médias e grandes empresas.

Antecipando-se à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), desde 2007, a Termotécnica coleta, recicla e reintroduz o material pós-consumo no mercado. Esta ação visionária é resultado de parcerias, pesquisa, dedicação, investimentos para a busca de soluções sustentáveis, que têm demonstrado para a sociedade que o EPS é 100% reciclável, e deve ser reaproveitado. Ao quebrar paradigmas, além de reforçar seu compromisso ambiental, a empresa valoriza o insumo dando destinos mais nobres que o aterro, mantendo-o em seu mais alto nível de utilidade. Essa prática de economia circular permeia a gestão integrada da Termotécnica, que começa no desenvolvimento do produto, e a cada ano vem se fortalecendo com o Programa Reciclar EPS. EPS é um excelente exemplo de que o plástico pode conviver em harmonia com o desenvolvimento sustentável. O produto não representa riscos à saúde e ao meio ambiente, é composto por 98% de ar, e é 100% reciclável, com baixo consumo de água e energia. Não contamina o solo, o ar e a água; não utiliza CFC e HCFC, e não gera danos à camada de ozônio. O programa reciclar EPS é responsável pela reciclagem de 1/3 do EPS disponível no mercado, segundo dados da Plastivida e Abiquim (Maxiquim, 2012). Em 2021, já são mais de 44 mil toneladas de EPS recicladas. Mais de 300 cooperativas no país são parceiras do programa, captando e selecionando EPS. Internamente, a empresa conta com cerca de 100 funcionários diretos, atuando no reprocessamento deste material. E esse processo ajuda a gerar renda para aproximadamente 5.000 famílias.

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Usina Coaf conclui safra e paga CBios A Coaf – Cooperativa dos Fornecedores de Cana de PE – termina a 7° safra na unidade industrial em Timbaúba, com previsão da moagem superior à segunda revisão para cima: ao invés de 750 ou 780 mil toneladas de cana, 800 mil. A usina sucroenergética também se prepara para a quitação do Crédito de Descarbonização (CBios) dos seus fornecedores de cana – é a primeira e uma das poucas no Brasil que paga 100% dos

CBios aos canavieiros. Alexandre Andrade Lima, presidente da Coaf, se reuniu com o consultor Carlos Xavier, para organizar o pagamento dos CBios. O dirigente lembra que a Coaf funciona em regime de cooperativa aberta, ou seja, mais canavieiros interessados podem tornar-se novos cooperados, solicitando na secretaria do órgão, e aguardando a análise da diretoria.

Novo terminal rodoferroviário ampliará competitividade da indústria Foi lançada a pedra fundamental do Terminal Rodoferroviário de Fertilizantes de Uberaba (TFER), um projeto multimodal integrado, fruto de uma parceria entre a VLI, a Construtora Terraço, e a Link Logistic Group. O objetivo é ampliar a competitividade das indústrias de fertilizantes de Uberaba, dando mais um passo para consolidar a região como um dos maiores centros produtores do país. O novo projeto possui investimentos combinados previstos na casa de R$ 130 milhões. Todos os anos, saem da região de Uberaba cerca de 7 milhões de toneladas de açúcar, milho, soja e farelo, com destino ao Porto de Santos. “Com essa nova operação, os trens descerão carregados com grãos, e retornarão com fertilizante, gerando economia na operação logística, e aumentando a competitividade do setor produtivo para o agronegócio”, afirma Juliano Silva, diretor de logística da Link. Para Juliana Telles, gerente comercial de Fertilizantes da VLI, a parceria exemplifica o compromisso da companhia com o desenvolvimento de estratégias singulares para atender às necessidades de cada cliente e localidade. “O fomento à industrialização do triângulo mineiro é uma prioridade para a VLI e o novo terminal ampliará ainda mais a competitividade da cadeia agro, na região”. O TFER integrará o Distrito Industrial da cidade com o Porto de Santos. A solução logística trará ainda mais competitividade aos produtores de fertilizantes locais, que poderão ampliar a participação no mercado brasileiro do agronegócio. Uberaba é hoje o segundo maior distrito produtor de fertilizantes do país. Além de otimizar os fluxos logísticos, o projeto propor-

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ciona mais segurança ao transporte das cargas e menor emissão de CO2, uma vez que a ferrovia é modal mais eficiente e sustentável para longas distâncias. O terminal, que terá capacidade de movimentar 1 milhão de toneladas, ampliará ainda os investimentos e a expansão do agronegócio em Minas Gerais, atendendo à crescente demanda da região do Triângulo Mineiro, além de ajudar na distribuição de fertilizantes por todo país. @Divulgação

A ideia é que 40% do transporte seja feito por meio dos trilhos. Para atingir essa marca, o governo federal espera que sejam investidos mais de R$ 90 bilhões, por meio da MP 1065 /2021. “Hoje, 62% do transporte no Brasil é feito por meio de rodovias, 21% por ferrovias, 13%, por água e 4% distribuídos pelos demais modais de transporte. A Link sempre teve o DNA ferroviário. A maior parte dos projetos dos nossos terminais é rodoferroviária, e o plano é expandir essa atuação nos próximos anos, oferecendo soluções mais sustentáveis e econômicas aos produtores nacionais”, completa Silva.


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Primeira entidade gestora de sistemas de logística reversa de embalagens formada pela indústria Foi lançado, durante evento realizado na Fiesp, o Instituto Rever, associação sem fins lucrativos, focada na gestão de resíduos sólidos e de logística reversa, em âmbito nacional. A entidade, fruto da parceria da indústria com operadores de resíduos – incluindo associações e cooperativas de catadores que realizam a coleta, a triagem, o beneficiamento e a comercialização de materiais recicláveis – passa a assumir as ações institucionais e operacionais que a Fiesp vinha exercendo, desde a concepção do Sistema de Logística Reversa, em 2018. Cinquenta entidades e mais de 2 mil empresas estão associadas ao Instituto. De novembro de 2018 a agosto de 2021, mais de 260 mil toneladas de massa foram certificadas, e mais de R$ 16,5 milhões foram investidos, no estado de São Paulo. Com o lançamento do Rever, empresas de todo o país, incluindo São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Amazonas e Rio Grande do Sul (estados já contemplados pelo Instituto), poderão receber assistência e suporte para atingir, de forma competitiva, suas metas de logística reversa. A Fiesp atua no gerenciamento de resíduos sólidos domiciliares, desde as discussões dos Projetos de Lei que resultaram na Política Estadual de Resíduos Sólidos, em 2006, e na Política Nacional (PNRS), e seus respectivos regulamentos, em 2010. Desde então, a entidade vem trabalhando em conjunto com sindicatos e associações, na busca por soluções custo-efetivas ao cumprimento das obrigações contidas na PNRS. Essas ações foram intensificadas a partir de 2015, quando a então Secretaria do Meio Ambiente de São Paulo publicou a Resolução n.

45/2015, vinculando o cumprimento da meta de recolhimento de 22% das embalagens colocadas no mercado por cada empresa. “A partir de então, intensificamos parcerias para estruturar uma modelagem que pudesse atender as necessidades e os regramentos no âmbito do estado de São Paulo, e firmamos dois termos de cooperação técnica, um com a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais, e outro com a startup Eu Reciclo, para esboçarmos um projeto piloto do nosso sistema de logística reversa de embala@Ayrton Vignola/Fiesp gens em geral, baseado na emissão dos certificados de reciclagem”, explicou Nelson Pereira dos Reis, diretor titular do Departamento de Desenvolvimento Sustentável (DDS) da Fiesp e do Ciesp. Em 2018, foi assinado um termo de compromisso com a Secretaria de Meio Ambiente (SMA) e a Cetesb, para a implementação do sistema de logística reversa das embalagens no estado de São Paulo, dando a segurança jurídica necessária ao licenciamento ambiental para as empresas associadas à entidade. No decorrer da operacionalização desse sistema, por forte demanda dos sindicatos e das associações para implementação deste sistema em outros estados, foi verificada a necessidade de criação de uma entidade gestora que tivesse atuação nacional. “Foi então que concebemos o Rever, a primeira entidade gestora de sistemas de logística reversa de embalagens no país, focada no fortalecimento da indústria de reciclagem e no engajamento de todos os elos da cadeia, desde os catadores e as empresas de limpeza urbana, até os municípios e as empresas recicladoras”, contou Reis.

Inovações Eletrostáticas

SISTEMA DE ATERRAMENTO ATIVO: monitor portátil TERRALIGHT e garra ativa TERRACLAMP

TERRALIGHT

O novo monitor de aterramento TERRALIGHT, da Eltex, funciona a pilha. Isso o torna portátil, prático e econômico. Outra vantagem do monitor de aterramento TERRALIGHT é sua certificação e aprovação para uso em áreas classificadas EX Zona 0 e Zona 20. A nova garra de aterramento TERRACLAMP, da Eltex, tem indicação luminosa. O Led verde só acende quando a condição segura de aterramento é, de fato, atingida. Além disso, ela é ainda mais ergonômica e tem alta pressão de força. Seus mordentes extremamente afiados ultrapassam com facilidade espessas camadas de sujeira ou tinta. Conheça mais sobre esses dois produtos Eltex. Juntos, eles garantem o aterramento eletrostático eficiente nas operações com substâncias inflamáveis.

TERRACLAMP

Representante exclusivo no Brasil: Knapp Representações Ltda Calçada das Bétulas, 97 no 387 PetroCentro & Química 23 Comercial Alphaville 06453-045 Barueri/SP (11) 4195-0728 knapp@uol.com.br www.eltex.com


Empresas & Negócios

thyssenkrupp vai instalar planta de hidrogênio verde para a Shell no porto de Rotterdam A thyssenkrupp Uhde Chlorine Engineers assinou um contrato com a Shell para o projeto “Hydrogen Holland I”, no porto de Rotterdam, Holanda. Com o projeto, a thyssenkrupp vai desenvolver, produzir e instalar uma planta de 200 MW, com base em seu módulo de eletrólise de água alcalina de 20 MW, de larga escala. O trabalho de construção dos eletrolisadores deve começar no primeiro semestre de 2022. A decisão final de investimento da Shell para construir o ‘Holland Hydrogen I’ está prevista para 2022, com o início da produção programada para 2024. “Estamos ansiosos para apoiar a construção de um importante hub de hidrogênio na Europa Central, e contribuir para a transição da Europa para a energia verde”, disse o Dr. Christoph Noeres, Head de Hidrogênio Verde da thyssenkrupp Uhde Chlorine Engineers. “Com o nosso tamanho de módulo padrão de larga escala, fortaleceremos ainda mais a estratégia de hidrogênio da Shell. A parceria combina perfeitamente nossa excelência em engenharia com a competência da Shell.”

O centro das instalações do projeto “Hydrogen Holland I” será em uma área de dois hectares, equivalente ao tamanho de três campos de futebol. O hidrogênio verde será produzido para a indústria e o setor dos transportes, sendo toda a eletricidade proveniente do parque eólico offshore Hollandse Kust (Noord), com garantias de origem de energia limpa. O hidrogênio pode ser transportado por meio de um duto com cerca de 40 km de extensão, que vai da usina até o Parque de Energia e Produtos Químicos da Shell, em Rotterdam.

Operações de todas as unidades da Voith são climaticamente neutras, a partir de 1º de janeiro de 2022 A Voith alcançou uma ambiciosa meta de sustentabilidade: já no início de 2022, a empresa zerou as emissões de CO2 de todas as suas unidades, tornando-se “net zero”. Com isso, as operações do Grupo serão climaticamente neutras, a partir de janeiro deste ano. Com essa conquista, a Voith confirma seu pioneirismo na descarbonização da indústria. Todas as unidades mundiais da Voith realizaram enormes esforços para alcançar essa grande conquista. O aumento da eficiência energética e a priorização de fontes renováveis de energia foram fatores essenciais para o Grupo atingir suas metas de redução de emissões de CO2. Desde o ano fiscal de 2011/12, a Voith reduziu o seu consumo elétrico em 28%. Além disso, o Grupo vem priorizando o uso de eletricidade, gerada a partir de fontes renováveis. Até o início do ano fiscal de 2021/22, a Voith havia aumentado a proporção de energias renováveis em sua matriz elétrica para 87% (comparado com 44% no ano anterior). Além disso, as unidades da Voith cada vez mais geram energia solar e hidrelétrica: a autoprodução de eletricidade da empresa atualmente é de cerca de 6 GWh/a. Por fim, as emissões de CO2 ainda inevitáveis para a empresa são voluntariamente mitigadas por compensações de carbono.

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A Voith também ajuda seus clientes a reduzir suas pegadas de carbono, e alcançar metas de sustentabilidade e proteção climática. “Desenvolver tecnologias sustentáveis para as gerações futuras está no DNA da Voith. Hoje, alcançamos nosso objetivo de uma produção climaticamente neutra. Isso demonstra claramente a enorme capacidade de realização da equipe da Voith”, ressalta o Dr. Toralf Haag, CEO do Grupo Voith. “Nossos clientes também podem contar com essa força. Oferecemos toda a nossa experiência, para ajudá-los a cumprir suas metas de proteção climática.” Segundo análise da TÜV, os produtos da Voith já estão reduzindo mais emissões de CO2 do que elas produzem – de acordo com o relatório, os produtos da Voith evitam quase 3 milhões de toneladas de emissões de CO2, por ano, comparado com os 2,2 milhões de toneladas que eles geram. O Grupo está empenhado em reduzir ainda mais a pegada de carbono dos seus produtos, ao longo de toda a sua vida útil, nas instalações dos clientes.


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O progresso global da eficiência energética está se recuperando – mas não com a rapidez necessária para cumprir as metas climáticas internacionais Uma rápida expansão de tecnologias e soluções que impulsionam o uso mais eficiente de energia em toda a economia é necessária, para manter as promessas climáticas globais ao alcance, de acordo com um novo relatório da IEA – International Energy Agency –, que insta os governos a liderar a mobilização do aumento necessário no investimento. O progresso global em eficiência energética recuperou este ano o seu ritmo pré-pandemia, mas isso já estava bem aquém do que seria necessário, para ajudar a colocar o mundo no caminho certo para atingir zero emissões líquidas até meados do século, de acordo com Energy Efficiency 2021 , relatório anual de mercado da IEA sobre o tema. O investimento anual total em eficiência energética em todo o mundo precisa triplicar, até 2030, para ser consistente com um caminho para atingir emissões líquidas zero até 2050, conforme estabelecido no Roteiro para Zero Líquido da IEA, até 2050. A mais recente avaliação global da AIE sobre tendências de mercado e políticas de eficiência energética destaca a necessidade urgente de uma implementação mais forte de políticas de energia limpa – com eficiência energética em seu núcleo – a fim de alcançar as metas climáticas internacionais. Esta é a primeira atualização do relatório do mercado de eficiência energética da IEA, desde que uma série de novos compromissos de gastos destinados a apoiar a recuperação econômica foram anunciados pelos governos, ao longo de 2021. O relatório vem logo após o final da Conferência sobre Mudanças Climáticas COP26 em Glasgow, cuja declaração final pedia especificamente a rápida ampliação das medidas de eficiência energética, reconhecendo seu papel fundamental na descarbonização dos sistemas energéticos. “Consideramos a eficiência energética o ‘primeiro combustível’, pois, ainda representa a forma mais limpa e, na maioria dos casos, mais barata de atender às nossas necessidades energéticas. Não há caminho plausível para emissões líquidas zero, sem usar nossos recursos energéticos com muito mais eficiência”, disse Fatih Birol, diretor executivo da IEA. “Uma mudança radical na eficiência energética nos dará uma chance de combater os piores efeitos das mudanças climáticas, criando milhões de empregos decentes, e reduzindo as contas de energia.” O relatório observa que os governos ampliaram os programas de eficiência de emprego intensivo existentes, mas também destaca que o potencial substancial para a criação de empregos permanece inexplorado. Por exemplo, espera-se que os investimentos em eficiência energética de edifícios – um impulsionador bem estabelecido de empregos na construção – aumentem 20%, em 2021, em comparação com os níveis pré-pandemia. Mesmo com esse nível recorde de gastos, o relatório detalha como mais 4 milhões de empregos podem ser adicionados, até 2030, aumentando ainda mais os gastos em edifícios eficientes,

eletrodomésticos e outras medidas, alinhadas com o Cenário de Emissões Zero Líquidas da IEA, até 2050. Após seu pior ano em uma década em 2020, quando a Pandemia de Covid-19 deslocou o centro da atividade econômica dos serviços para a indústria, a taxa de melhoria na intensidade energética global – um indicador chave de quão eficientemente a atividade econômica mundial usa energia – deverá recuperar, em 2021, para 1,9%. Isso está de acordo com a taxa média anual de melhoria nos últimos 10 anos, mas bem abaixo dos 4% necessários, entre 2020 e 2030, no caminho da AIE @AIE para emissões líquidas zero, até 2050.

Como a eficiência energética oferece algumas das ações mais rápidas e econômicas para reduzir as emissões de CO2, as medidas de eficiência de carregamento antecipado em estratégias líquidas zero serão cruciais para fechar a lacuna entre as ambições climáticas e as tendências atuais. O relatório deste ano examina mais de 40 marcos de eficiência energética, mapeados no IEA Roadmap to Net Zero, até 2050, que podem aumentar a eficiência, e ajudar a reduzir as emissões.

Além de políticas de eficiência energética bem desenvolvidas, como padrões de eletrodomésticos – que, em alguns países, evitaram o uso de eletricidade equivalente à geração total de energia eólica e solar – o relatório também destaca o papel cada vez mais importante das tecnologias digitais no futuro da eficiência energética. A rápida aceitação de dispositivos conectados digitalmente está ajudando a expandir a escala e o escopo dos benefícios da eficiência energética, e pode proporcionar uma transição de energia limpa mais barata, fácil e econômica. no 387

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Avanços e oportunidades no gerenciamento de resíduos industriais A Allonda, empresa de engenharia com foco em soluções sustentáveis, está desenvolvendo uma nova pesquisa de mercado sobre o avanço no gerenciamento de resíduos sólidos. O levantamento pretende atingir indústrias de diferentes segmentos, como alimentos e bebidas, mineração, química e petroquímica, papel e celulose, óleo e gás, portos e hidrovias, entre outros. “Os resíduos devem deixar de ser um custo operacional, e passarem a gerar novas oportunidades de negócios. A pesquisa permitirá que se desenhe um interessante panorama sobre o que as empresas têm feito a esse respeito”, diz Leo Cesar Melo, CEO da Allonda. Melo conta que a pesquisa vem para atualizar os resultados obtidos com o levantamento realizado em 2020. “Sabemos que

cuidar dos resíduos gerados é um tema prioritário para a maior parte da indústria e, como os desafios e oportunidades estão em constante mudança, é necessária uma atualização em 2021, voltada para o planejamento de 2022”, justifica o CEO. A pesquisa anterior, que contou com a participação de 68 executivos de corporações de diferentes setores, revelou que só quatro, em cada 10 empresas, tinham metas de aterro zero; 79% ainda não possuíam tecnologia de rastreamento de resíduos; para 50%, logística reversa ainda não era uma realidade; e o desperdício de matéria-prima, água e energia eram as principais perdas econômicas no processo produtivo. “É preciso que se entenda quais são as demandas e lacunas do mercado de gerenciamento de resíduos, para buscar caminhos que possibilitem mais eficiência às empresas, que as ajudem a acelerar, nesse movimento de mudança”, conclui o CEO da Allonda.

Explorando técnicas de pesquisa remota para estaleiro @Nakilat

Um projeto pioneiro, desenvolvido conjuntamente entre ABS – American Bureau of Shipping e Nakilat – Keppel Offshore & Marine Ltd. (N-KOM), examinará como as técnicas desenvolvidas pela ABS para seu programa do setor de pesquisa remota de embarcações em serviço pode ser aplicado a vistorias e inspeções no estaleiro. As tecnologias de inspeção remota serão aplicadas a seis pesquisas de classe para este teste, para testar como elas podem ser usadas, para otimizar a programação e minimizar o tempo de inatividade das embarcações nos estaleiros. O projeto examinará como as técnicas remotas podem ser realizadas na inspeção de liberação do leme; inspeção de desgaste do tubo de popa; inspeção de abertura do plugue do leme; teste de válvula de segurança de caldeira; inspeções de ajuste antes da soldagem, e inspeção visual final da solda de itens não críticos. “Como um dos principais estaleiros do Oriente Médio, a N-KOM está comprometida em fornecer serviços e soluções 26

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de valor agregado para nossos clientes. Nesse espírito, trabalhamos em estreita colaboração com a ABS, para desenvolver a técnica de inspeção remota que aumentaria nossa eficiência operacional durante o processo de reparo e manutenção da embarcação. Isso nos permitirá atender aos requisitos de inspeções de classe, e cumprir nosso compromisso de entrega aos clientes, mantendo nosso compromisso de fornecer serviços seguros, com economia de tempo e de qualidade,” disse o CEO da NKOM, Damir Glavan. “Estamos assumindo nossa liderança no levantamento remoto de embarcações operacionais, e aplicando essa experiência e conhecimento ao estaleiro. Juntamente com nossos parceiros, estamos comprometidos com o avanço da segurança e eficiência para aumentar as pesquisas, após a construção com a aplicação das mais recentes técnicas digitais. O potencial dessas tecnologias é significativo e, embora comecemos com esses seis itens iniciais de pesquisa, ao longo do tempo, à medida que a abordagem for comprovada, podemos expandir o escopo”, disse Patrick Ryan, vice-presidente sênior de engenharia e tecnologia global da ABS.


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Ocyan encerra três desafios da terceira edição do Ocyan Waves A Ocyan concluiu mais uma fase da edição de 2021 do seu o programa de inovação Ocyan Waves. Três startups foram selecionadas, para seguir com as soluções, depois de participarem do Pitch Final, realizado em dezembro, em que os projetos pilotos foram apresentados. As startups escolhidas nesta etapa passam a ser fornecedoras da companhia, ou até parceiras de desenvolvimento de soluções conjuntas, a serem oferecidas ao mercado, por meio da Diretoria de Inovação e Novos Negócios da empresa. O Ocyan Waves 2021 foi a terceira edição do Programa de inovação aberta, que apresentou nove desafios, propostos pelas áreas internas da companhia. O objetivo era encontrar soluções, com o apoio dos empreendedores, dos quais seis deles tiveram chamada aberta para inscrição de startups; dois foram executados por startups que participaram de edições anteriores; e um foi pilotado por uma startup da Noruega, convidada para o projeto. A Ocyan ouviu as apresentações finais da Goepik (PR), BR Hommed (SP), Confirm 8 (SP) e ConditionAll (Noruega). Já as startups LZ Energia (PR), Pix Force (RJ) e Vidya (PR) fizeram as atualizações de status de seus pilotos, que seguem em teste, no primeiro trimestre deste ano. “Conduzir nove desafios em cronogramas não sincronizados foi um passo importante e desafiador nesta edição do Programa. Desafiamos nosso nível de maturidade em inovação e com o relacionamento com startups, com times muito mais preparados e engajados com o tema, além de levar o programa para um novo patamar com os desafios de codesenvolvimento”, afirma Patrícia Grabowsky, gerente de Inovação da Ocyan. A BR Hommed apresentou sua solução para realizar telemedicina no acompanhamento de atestados, e consultas clínicas e motivadas. O objetivo é eliminar a necessidade de deslocamento dos colaboradores até Macaé/RJ, aumentando a agilidade do processo, e reduzindo custos logísticos e demais riscos de segurança atrelados. Foram realizados 119 atendimentos durante o piloto, totalizando 1.111 minutos de videoconsulta. Na pesquisa de satisfação, 100% dos integrantes ouvidos, disseram que desejam ser atendidos dessa forma novamente. O projeto final da Confirm 8 atende ao desafio de “Levantamento de campo eficiente”, que busca uma solução para agrupar os levantamentos de forma sistematizada, com padrões de relatório preestabelecidos, que possam ser acessados por todo o time em tempo real. Durante o piloto, a quantidade de relatórios realizados, por dia, aumentou, de 0,8 para 1,43, e, com a utilização do sistema, a necessidade de revisão dos documentos foi eliminada. A ConditionAll respondeu ao desafio “Monitoramento

de válvulas”, com uma proposta de solução para otimizar o tempo da equipe de bordo, trazer maior assertividade no monitoramento de válvulas, e possibilitar manutenções mais inteligentes. O nível de assertividade do equipamento para detecção de vazamentos foi de 100%, atendendo todos os requisitos de segurança da operação, e a solução apresenta uma melhoria de 90%, em comparação com o método atual. A edição de 2021 do Ocyan Waves possibilitou que a equipe de inovação, junto com as áreas demandantes dos desafios trabalhassem com projetos com cronogramas diferentes, dependendo do nível de complexidade da busca de startups e de soluções. A LZ Energia buscou fazer frente ao desafio de “Redução do consumo de diesel e emissão de gases dos moto geradores”. A startup tem uma solução para reduzir o consumo de diesel e a emissão de gases do efeito estufa, nas operações de uma plataforma de perfuração offshore, e fornecer dados para otimizar a operação, reduzindo custos e, principalmente, o impacto ao meio ambiente. A Pix Force respondeu ao desafio “Inspeção inteligente de drops”. A ideia é atacar o problema, provocado pelo fato de as inspeções serem realizadas pelo olho humano, com risco de objetos caírem das partes elevadas das sondas. O desafio “Inspeção de sistemas com isolamento térmico” foi enfrentado pela Vidya, com uma solução que permita inspecionar 100% das áreas dos ativos com isolamento térmico, sem a necessidade de remoção deste ou a realização de trabalho de espaço confinado nos casos de inspeção de vasos. O programa Ocyan Waves atrai startups de diversos estados brasileiros, com expertise em diferentes segmentos, e não apenas no setor de óleo e gás. As startups Delfos e Vidya, por exemplo, que apresentaram seus resultados em agosto do último ano, foram contratadas como fornecedoras e possuem outros contratos vigentes, resultado de soluções apresentadas em edições anteriores do Ocyan Waves. “O sucesso das edições realizadas até agora, e a maturidade alcançada pela Ocyan com o projeto de inovação, já levou a empresa a iniciar o planejamento para uma quarta edição do Ocyan Waves”, comemora Patrícia Grabowsky. no 387

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Aston Martin Cognizant Formula One Team e Aramco firmam uma parceria de longo prazo

A Aston Martin Cognizant Formula One Team e a Aramco anunciaram uma parceria de longo prazo, que impulsionará o desenvolvimento de motores de combustão interna altamente eficientes, combustíveis sustentáveis de alto desempenho, lubrificantes avançados, e a implantação de materiais não metálicos em veículos. Além da pesquisa e desenvolvimento conjuntos, a colaboração inclui direitos de patrocínio da equipe, um acordo de licenciamento, bem como direitos exclusivos de marca, e endosso para combustíveis e lubrificantes da Aramco. Como resultado, a equipe será conhecida como Aston Martin Aramco Cognizant Formula One Team. A aliança complementa o status da Aramco, como patrocinador estratégico global da Fórmula 1 – o principal evento de automobilismo do mundo, com mais de 1,9 bilhão de fãs, em todo o mundo. Os esforços conjuntos de P&D apoiarão os esforços feitos pela equipe para atingir a meta da Fórmula 1, de ser totalmente movida a combustíveis sustentáveis, até 2025. Além disso, a parceria se concentrará no desenvolvimento e comercialização de tecnologias de motores eficientes em combustível para veículos rodoviários, e no desenvolvimento de motores híbridos mais eficientes no automobilismo. “Estamos no esporte para vencer, por isso, estou muito feliz em receber um parceiro incrível da estatura da Aramco, que aprendi, com este processo, que tem uma quantidade tremenda de propriedade intelectual e capacidade técnica, a qual sei que ajudará muito nossa equipe a atingir nossos objetivos de vencer campeonatos mundiais de Fórmula 1. Nossa parceria histórica demonstra a escala de nossa ambição de tornar nossa equipe em uma força pioneira e vencedora na Fórmula 1, e mostrar a sustentabilidade e o desempenho dos produtos da Aramco,” disse Lawrence Stroll, presidente da Aston Martin Aramco Cognizant Formula One Team. “A parceria reflete os esforços da Aramco para 28

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reduzir as emissões nas indústrias automotiva e de transporte global. Nossa ambição é fornecer combustíveis e lubrificantes premium para o setor automotivo global, e nossa parceria com a equipe da Aston Martin ajudará a aumentar a conscientização sobre nossos produtos de alta qualidade. É uma aliança que aproveita nosso compromisso compartilhado com a excelência e a inovação em engenharia, e tem o potencial de fornecer resultados vencedores, dentro e fora da pista”, afirmou Mohammed Al Qahtani, vice-presidente sênior de downstream da Aramco. “Vencer na Fórmula 1 é montar e gerenciar os ingredientes certos da maneira ideal. A Aramco é uma empresa inovadora, cuja experiência em ultra alta tecnologia fará uma contribuição muito real, e extremamente valiosa, para melhorar o desempenho e proporcionar o sucesso futuro da equipe Aston Martin Aramco Cognizant Formula One,” disse Martin Whitmarsh, CEO do Grupo da Aston Martin Performance Technologies. “Estamos muito animados em colaborar com um nome tão renomado na indústria automotiva para avançar a tecnologia do automobilismo. Com nossa experiência combinada, temos o potencial de melhorar o desempenho do motor, e reduzir as emissões, ajudando a reduzir a pegada de carbono do esporte e, eventualmente, da indústria automotiva,” disse Ahmad Al Khowaiter, diretor de tecnologia da Aramco.


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High Performance Materials da LANXESS é independente A empresa de especialidades químicas Lanxess irá transferir sua unidade de negócios de High Performance Materials (HPM) para uma estrutura corporativa legal independente. A unidade HPM é uma das principais fornecedoras de plásticos de alto desempenho. Os materiais são usados principalmente nas indústrias automotiva, elétrica e eletrônica. A eletromobilidade, em particular, é um campo de aplicação promissor para os plásticos da Lanxess, que são usados predominantemente em carrocerias de automóveis, carcaças de baterias, e infraestrutura de carregamento. “O mercado global para novas formas de mobilidade está desenvolvendo-se de forma dinâmi-

ca, e se reorganizando estrategicamente – criando muitas alianças e parcerias inovadoras. Para aproveitar ao máximo as oportunidades de crescimento nesse mercado, e poder atuar com flexibilidade, criaremos uma estrutura jurídica separada para a unidade de negócios”, disse Hubert Fink, membro da Diretoria Global da Lanxess. A companhia começará a implementação desse novo modelo no primeiro semestre de 2022. O portfólio da unidade de negócios HPM inclui os plásticos de engenharia poliamida e tereftalato de polibutileno, além de compósitos de fibras termoplásticas. A unidade de negócios é caracterizada pela alta integração de seus processos produtivos.

Ørsted e Basf assinam contrato de compra de energia eólica offshore A Basf e Ørsted concluíram um contrato de compra de energia (CPPA) a preço fixo, por 25 anos, da produção de 186 megawatts do planejado Parque Eólico Offshore Borkum Riffgrund 3 de Ørsted no Mar do Norte alemão. O parque eólico offshore terá uma capacidade total instalada de 900 megawatts, e entrará em plena operação comercial em 2025. Ørsted obteve recentemente a aprovação de planejamento da Agência Marítima e Hidrográfica Federal Alemã (BSH). Com este CPPA, as duas empresas analisarão onde os interesses de ambas as empresas podem se igualar no futuro, para apoiar a redução de emissões na indústria química. O contrato de compra de energia ajudará a cobrir as crescentes necessidades de eletricidade de tecnologias de baixa emissão para a Basf, e é um passo em direção à ambição da Basf de se tornar neutra em carbono, até 2050. Como o acordo durará 25 anos, é o CPPA mais longo já anunciado para a energia eólica offshore, e um passo importante para permitir que Ørsted tome a decisão final de investimento em Borkum Riffgrund 3, prevista para o final de 2021. Borkum Riffgrund 3 foi o primeiro parque eólico offshore de grande escala, do mundo, a ser premiado com uma oferta zero. Isso foi possível devido a vários fatores de custo, incluindo a instalação de tecnologia de turbina eólica de última geração, condições locais muito favoráveis, e altas velocidades do vento, e acordos de compra de energia, para estabilização de receita com parceiros industriais, como a Basf. “Este contrato de fornecimento com Ørsted é outro passo importante para garantir energia renovável adicional para a Basf”, diz o Dr. Martin Brudermüller, Presidente da Diretoria Executiva da Basf

SE. “A Basf quer reduzir suas emissões de CO2 em 25%, até 2030, em comparação com 2018. Para atingir essa meta ambiciosa, teremos de substituir grandes quantidades de energia fóssil por energia renovável, nos próximos anos. A Ørsted pode fornecer as quantidades adicionais necessárias, através da construção de novos parques eólicos para nos apoiar em nossa transformação de energia.” Mads Nipper, CEO da Ørsted, afirmou que “Na luta comum contra as mudanças climáticas, são parceiros como a Basf que farão a diferença. O setor químico tem um caminho desafiador para a descarbonização, mas também dará uma das maiores contribuições. Por esse motivo, países como a Alemanha devem responder à enorme demanda por eletricidade renovável, disponibilizando urgentemente mais leito marinho para projetos eólicos offshore, e aumentando suas ambições de implantar fontes de energia renovável em grande escala, como a energia eólica offshore. A energia eólica offshore no Mar do Norte e no Mar Báltico é uma fonte abundante de eletricidade verde, que pode ser liberada por meio de políticas mais claras e ambiciosas. Com nossa visão de um mundo que funciona inteiramente com energia verde, “Ørsted e Basf compartilham a visão de que tecnologias inovadoras de emissão zero, como a eólica offshore de grande escala, podem desempenhar um papel significativo nas reduções de emissões na indústria química”, dizem os CEOs, Brudermüller e Nipper. A Basf está trabalhando na ampliação de tecnologias de baixa emissão para dimensões industriais. Nesse caminho, além de 2030, a Basf espera implementar tecnologias como métodos livres de CO2 para a produção de hidrogênio e steam crackers aquecidos eletricamente, o que aumentará significativamente a demanda da Basf por energia renovável. no 387

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Parceria para desenvolver novas tecnologias para uso de gás marinho rico em CO2

A Basf assinou acordo de desenvolvimento conjunto com a China BlueChemical Limited Company e a Wuhuan Engineering Co., Ltd., para promover o desenvolvimento de baixo carbono, e a utilização de recursos de gás marinho. No Parque Industrial Dongfang, da província de Hainan, a China BlueChemical extrai grandes quantidades desse gás natural offshore no Mar da China Meridional. O gás marinho, ao contrário do gás natural comercial, contém altas concentrações de CO2, e precisa da remoção desse CO2 para ser usado em aplicações de larga escala a jusante. O processo de separação de CO2 do gás natural, não só aumenta o consumo de energia, mas também contribui para a perda de rendimento e emissões diretas de carbono. Essas questões limitam o desenvolvimento sistemático e a utilização de gás natural com alto teor de CO2. A Basf aproveitará sua ampla experiência no desenvolvimento de catalisadores, e colaborará com as duas empresas para resolver esses desafios. Por meio de inovação técnica na reforma de catalisadores, projeto de reator especial, e desenvolvimento de tecnologia de processo relacionada, a solução melhorará a eficiência energética do processo. As parcerias promoverão o desenvolvimento de baixo carbono e a utilização dos recursos de gás marinho e, finalmente, alcançarão um processo comercial economicamente competitivo e ecologicamente correto. “Combinando as vantagens de nossa capacidade de de-

senvolvimento de petróleo e gás no Mar da China Meridional e a experiência da Basf em tecnologia de catalisadores, esperamos aproveitar a oportunidade para estabelecer uma boa parceria estratégica, para o desenvolvimento cooperativo de pegada verde e de baixo carbono, usando gás marinho.” disse Wang Weimin, presidente da China BlueChemical Limited Company. “Com nossa pesquisa e desenvolvimento de processos superiores, bem como recursos de prática de engenharia, a Wuhuan concluirá as tarefas de projeto e pesquisa com qualidade garantida. Por meio de nossos esforços conjuntos, podemos resolver efetivamente os desafios da exploração de petróleo e gás, ricos em CO2, e da utilização de recursos em larga escala de CO2”, disse Cheng Lachun, presidente da China Wuhuan Engineering Co., Ltd. “Com nosso desenvolvimento de produtos, aumento de escala e capacidades de produção, os catalisadores da Basf podem contribuir significativamente para a melhoria da eficiência energética do processo, e eficiência de carbono para utilização de gás natural marinho. Por meio de nossos esforços conjuntos, pretendemos desenvolver um processo comercialmente viável para a utilização de gás marinho, com uma pegada de CO2 substancialmente reduzida. Consideramos isso um passo importante para atingir nossa meta mútua de neutralidade de carbono, em condições economicamente competitivas”, disse o Dr. Detlef Ruff, vice-presidente sênior de catalisadores de processos da Basf.

VW Caminhões e Ônibus promove economia circular A VWCO firmou acordo com a UERJ – Universidade do Estado Rio de Janeiro – em que assume o compromisso de promover cada vez mais a economia circular. Na prática, isso significa que a empresa vai incrementar a eficiência de uso, e reaproveitamento de recursos e serviços, pensando no ciclo de vida de seus produtos, desde a criação. “Estamos alinhados aos pilares de sustentabilidade de todo o GRUPO TRATON, e vamos focar nossos esforços em ações que estimulem os princípios de regenerar, compartilhar, otimizar ao máximo, reutilizar, adotar compostos mais sustentáveis, e também novas tecnologias, com menor impacto ambiental”, descreve Marco Saltini, diretor de Relações Institucionais e Sustentabilidade da VWCO. A montadora já é uma referência nesta prática. Além de toda a abordagem na fabricação de seus veículos, um exemplo recente é a criação do e-Con-

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sórcio, em que trata todo o ciclo de desenvolvimento do VW e-Delivery de forma a acelerar a adoção de uma mobilidade mais sustentável. A parceria com a UERJ vem para complementar e enriquecer esse trabalho, associando o conhecimento acadêmico a práticas consolidadas, sobre como avançar na circularidade dos processos e produtos da VWCO. A iniciativa se desenvolve no âmbito do projeto UERJ Circular, e o primeiro passo consistiu num seminário ministrado pela universidade, aberto a todos os colaboradores, com o objetivo de propagar essa cultura ainda mais pela empresa. A próxima fase será a realização de um workshop para a identificação de oportunidades estratégicas, orientadas para a economia circular, considerando a circularidade, desde o design na conceituação de projetos, até o fim da vida útil dos produtos, e além.


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Unipar investe em projeto sustentável para ampliação de capacidade de produção

A Unipar Sul investirá aproximadamente R$ 100 milhões, para instalação de um novo eletrolisador para produção de cloro e soda cáustica, e também implantação de um forno de ácido clorídrico. “Este é um projeto de expansão de capacidade sustentável com captura de carbono. Ele usará energia renovável limpa, para produzir cloro, soda cáustica e gerar hidrogênio verde que, por sua vez, será usado como insumo na produção de ácido clorídrico. Além do uso de energia renovável limpa em todo o processo de produção, este projeto tem mais um benefício ambiental, que é o calor gerado pela reação na produção de ácido clorídrico, e será aproveitado para a produção de vapor para uso na unidade. Substituindo o consumo de gás natural, e reduzindo em mais de 2 mil toneladas, por ano, a emissão de carbono” explica Rodrigo Cannaval, Diretor Executivo de Operações da Unipar. Com início estimado da operação no 2º semestre de 2023, o projeto de expansão está em linha com a estratégia da Unipar, que tem como objetivo o crescimento sustentável em todas as dimensões: financeira, ambiental, responsabilidade social, saúde, segurança, relações institucionais, comunicação e governança. O projeto de expansão sustentável será realizado na planta industrial de Santo André, em São Paulo, aumentando a capacidade produtiva de cloro e soda cáustica em aproximadamente 15%, na localidade, e a produção de ácido clorídrico

em 15% da Unipar, no Brasil. A capacidade instalada da Unipar para produção de cloro, soda e ácido clorídrico no Brasil chegará a 545 mil toneladas/ano, 615 mil toneladas/ano e 755 mil toneladas/ano, respectivamente. A nova produção de cloro será direcionada para o processo de transformação para ácido clorídrico, viabilizando a entrada de mais 90 mil toneladas para o mercado. O ácido clorídrico é utilizado para atender, principalmente, os segmentos de saneamento (tratamento de água), com importante dimensão social, além de outros, como siderurgia e mineração, indústria de alimentos, biodiesel, química e petroquímica, mas também em novas aplicações, como no setor sucroenergético, para a produção de açúcar e álcool. A Unipar também reforçará a oferta de soda, vendendo o produto diretamente ao mercado, atendendo indústrias como as de produtos de limpeza e higienização, papel e celulose, entre outras. Outro benefício do investimento para expansão da produção e novos equipamentos em Santo André será em ganho de eficiência operacional nas manutenções da unidade de VC, na mesma planta industrial. Ela passa a operar mais dias no ano, tendo impacto positivo na produtividade. O movimento de expansão orgânica está em linha com a estratégia baseada na ampliação da excelência operacional em suas três fábricas – Cubatão e Santo André, em São Paulo, e Bahía Blanca, na Argentina. Este movimento visa a expandir a produção. A companhia mantém seu foco também de buscar alternativas de crescimento por aquisições green field, parcerias e novos negócios.

Shell, Prooceano e Marinha inauguram servidor de alto desempenho no Rio de Janeiro

@ Centro de Comunicação Social da Marinha

Foi inaugurado o Servidor de Alto Desempenho Apollo K 6000, adquirido através de uma parceria entre Shell, Prooceano e Marinha do Brasil, no projeto Sistema de Planejamento e Apoio à Decisão em Operações de Busca e Salvamento (SPAD-SAR). O equipamento ficará no Centro de Hidrografia da Marinha, em Niterói/ RJ, e ajudará em previsões meteorológicas e oceanográficas, e na identificação de objetos à deriva no mar, promovendo mais agilidade e segurança em operações de navegação. Com capacidade para mapear diariamente 60 mil produtos diferentes, o servidor possibilitará melhor acompanhamento da movimentação desses objetos, através de técnicas de modelagem computacio-

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nal de partículas e algoritmos de alto desempenho, facilitando o início do processo de busca e salvamento no mar. O projeto, viabilizado por meio da cláusula de investimentos em Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação, da Agência Nacional de Petróleo (ANP), envolve um aporte estimado de R$ 7 milhões, e será integralmente executado no Brasil, em um prazo de três anos.


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thyssenkrupp é “Zero Aterro” no Brasil Em novo avanço para tornar suas operações cada vez mais sustentáveis, a thyssenkrupp anuncia a obtenção do título de “Zero Aterro” para mais uma fábrica no Brasil. Após o alcance desse reconhecimento pela unidade Metalúrgica Campo Limpo, em Campo Limpo Paulista/SP, a divisão Springs & Stabilizers, localizada em São Paulo/SP, também chega a esse marco, em que 100% de seus resíduos sólidos são reciclados ou reaproveitados, e deixam de ser destinados a aterros sanitários. Para eliminar a disposição dos resíduos em aterros, a equipe de Meio Ambiente trabalhou no mapeamento, reaproveitamento e reclassificação de resíduos, além da destinação de entulho para fabricação de tijolos, de madeira, para geração de biomassa, e de resíduos para coprocessamento. “A thyssenkrupp busca sempre tornar as atividades operacionais o mais sustentável possível, para contribuir com a preservação do meio ambiente. Essa iniciativa contribui, não apenas para eliminar a disposição de resíduos nos aterros, mas também possibilitar que o resíduo seja reaproveitado na forma de

matéria-prima e, assim, completar o ciclo de vida útil dos insumos, favorecendo o desenvolvimento do negócio de forma responsável”, explica Sergio Savazzi, CEO da unidade Springs & Stabilizers, da thyssenkrupp, no Brasil. Com esse novo modelo de gestão de resíduos, a empresa segue executando ações que, além de contribuir com a economia circular, também ajudam a reduzir significativamente as emissões de gases de efeito estufa. Até 2030, a meta global da thyssenkrupp é a de diminuir em 30% a geração direta de CO2 relacionada aos processos produtivos e à energia utilizada. Quando dispostos em aterros sanitários, os resíduos geram biogás, por meio de decomposição da matéria orgânica. Composto principalmente por CO2 e metano, esse biogás, quando liberado na atmosfera sem tratamento, causa grande impacto no aquecimento global. Segundo especialistas, o setor de saneamento é uma grande fonte de produção de gás metano no Brasil, com o equivalente a 90MtCO2eq por ano, o que representa 5% das emissões brasileiras.

Continental implementa reciclagem de 50 t/a de polietileno A Continental segue trabalhando de forma consistente nas metas, para tornar seus negócios eco eficientes em todos os níveis da cadeia de valor. Com isso, além das medidas energéticas, a companhia colocou em prática um projeto na planta de Macaé/RJ, para reciclar 50 toneladas de polietileno, por ano. Este processo de reciclagem gera diminuição no desperdício de resíduos, e ainda traz vários outros benefícios, como ausência da necessidade de locais de armazenamento do produto, já que a reciclagem possibilita um reuso instantâneo; economia de gastos para a eliminação dos resíduos, e também contribui pra reduzir o preço final dos produtos manufaturados com o material. Como pode ser produzido a partir do álcool etílico, o polietileno recebe o nome de “plástico verde”, e é quimicamente o polímero mais simples. Devido à sua alta produção mundial, é também o mais barato, sendo um dos tipos de plástico mais comuns. Alinhada com as diretrizes do Acordo de Paris, tratado ambiental chancelado pela Organização das Nações Unidas, a Continental pretende reduzir em 20% o consumo de energia das suas instalações pelo mundo, gerando uma economia de, pelo menos, 1TWh, até 2030. Atualmente, a companhia já consome 17% menos energia do que a média das demais indústrias por tonelada métrica – unidade de medida equivalente a 1.000 kg – de pneus produzidos.

“É extremamente gratificante anunciar mais um projeto que beneficia o meio ambiente. Não economizamos recursos para provar que a indústria pode ser protagonista nas medidas de combate às mudanças climáticas, por meio das ideias inovadoras dos nossos colaboradores. A Continental desenvolveu uma medida que favorece a companhia, ao mesmo tempo que pensamos em um futuro melhor para todos”, afirma Arnd Simonetti, diretor de Compras para a América do Sul, e Coordenador de Sustentabilidade da Continental no Brasil.

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Air Liquide e Basf recebem apoio do Fundo Europeu de Inovação para projeto conjunto de CCS A Air Liquide e a Basf planejam desenvolver a maior cadeia de valor transfronteiriça de Captura e Armazenamento de Carbono (CCS) do mundo. O objetivo é reduzir significativamente as emissões de CO2 no cluster industrial do porto de Antuérpia. O projeto conjunto “Kairos@C” foi selecionado para financiamento pela Comissão Europeia, através do seu Fundo de Inovação, como um dos sete projetos de grande envergadura, entre mais de 300 candidaturas. Kairos@C será desenvolvido em conjunto pela Air Liquide e Basf, em sua unidade química de Antuérpia. Ao evitar 14,2 milhões de toneladas de CO2 nos primeiros 10 anos de operação, contribuirá significativamente para a meta da UE de se tornar neutra em relação ao clima, até 2050. Além de combinar a captura, liquefação, transporte e armazenamento de CO2 em larga escala no Mar do Norte, o projeto inclui várias tecnologias inovadoras. Notadamente, para a captura do CO2 das plantas de produção, a Air Liquide utilizará sua tecnologia patenteada Cryocap e, para a secagem do CO2 , a Basf aplicará sua solução Sorbead. O projeto está previsto para entrar em operação em 2025. Kairos@C está abrindo caminho para as próximas fases de redução de carbono no Porto de Antuérpia. O projeto também estará conectado a infraestruturas compartilhadas de transporte e exportação de CO2 , incluindo um terminal de liquefação e exportação de CO2 inédito, que será construído no âmbito do “Antwerp@C”, um consórcio que visa a reduzir pela metade as emissões de CO2 no Porto de Antuérpia, até 2030. A Air Liquide e a Basf são membros fundadores da Antwerp@C. “Em linha com seus objetivos de sustentabilidade, que incluem alcançar a neutralidade de carbono, até 2050, a ambição da Air Liquide é contribuir ativamente para o surgimento de uma sociedade de baixo carbono. A transição energética exige enfrentar projetos complexos, e unir forças dos setores público e privado, para tornar esses projetos em uma realidade. Estamos muito satisfeitos que o projeto Kairos@C tenha sido selecionado pelo Fundo de Inovação, e contribuirá para os objetivos climáticos da UE, graças em particular a algumas tecnologias inovadoras da Air Liquide. A Air Liquide e a Basf estão engajadas em uma parceria estratégica no porto de Antuérpia há mais de 50 anos, e este projeto inovador abre um novo capítulo de nossa cooperação para o desenvolvimento de

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uma indústria mais sustentável.” declarou Benoît Potier, Presidente e CEO da Air Liquide. “A Basf quer reduzir suas emissões de CO2 em 25%, até 2030, em comparação com 2018, e atingir zero emissões líquidas de CO2, até 2050. Para atingir essas metas ambiciosas, devemos usar todas as tecnologias disponíveis. Especialmente para nosso site Verbund, em Antuérpia, devido à sua localização privilegiada no Porto de Antuérpia, com acesso direto ao mar, o CCS é uma solução atraente para reduzir as emissões de CO2 dos processos de produção em escala industrial, em um prazo relativamente curto. Portanto, Kairos@C pode se tornar mais um passo importante, em nosso caminho para a neutralidade climática,” disse Dr. Martin Brudermüller, Presidente da Diretoria Executiva da Basf SE O Fundo Europeu de Inovação é um dos maiores programas do mundo, para promover tecnologias inovadoras de baixo carbono para descarbonizar a indústria europeia. Receber este financiamento é um marco essencial na tomada de decisão final de investimento, e no início da execução deste projeto.


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Total Eren lança estudo para projeto de hidrogênio verde de grande escala

A Total Eren anunciou o início de estudos para o desenvolvimento de um projeto de hidrogênio verde em grande escala, denominado “H2 Magallanes”, que totalizará até 10 GW de capacidade eólica instalada, a ser localizado próximo à comuna de San Gregorio, na região de Magalhães, sul do Chile. O projeto está inserido no objetivo do Chile, de figurar entre os líderes globais na produção de hidrogênio verde por eletrólise, com uma meta de 25 GW, até 2030. Com um dos melhores recursos solares e eólicos do mundo, o Chile figura entre os países mais promissores para desenvolver hidrogênio verde competitivo, seja para uso local, ou exportação para os mercados americano, asiático e europeu. Neste contexto, a Total Eren assegurou grandes terrenos na região de Magalhães que se beneficiam das melhores condições de vento onshore, do mundo, bem como de acesso

direto ao mar. O Projeto H2 Magallanes consistirá em até 10 GW de capacidade eólica instalada, juntamente com até 8 GW de capacidade de eletrólise, uma planta de dessalinização, uma planta de amônia (NH3), e instalações portuárias para transportar a amônia verde para os mercados nacional e internacional. A meta consiste em realizar estudos, a fim de lançar o projeto em 2025, com o horizonte de produção de hidrogênio, em 2027. No âmbito do projeto, em novembro de 2021, a Total Eren assinou um acordo de colaboração com a Universidade de Magallanes, instituição pública de renome, com grande experiência nas áreas de Engenharia e Estudos Ambientais e Sociais. Esta parceria público-privada será centrada em três pilares principais: Estudos Ambientais e Sociais, Educação e Pesquisa e Desenvolvimento. Além do Chile, a Total Eren está trabalhando em vários projetos de hidrogênio verde de grande escala em todo o mundo. Fabienne Demol, Vice-Presidente Executiva e Head Global de Desenvolvimento de Negócios da Total Eren, declarou: “Estamos muito satisfeitos em apresentar este projeto de hidrogênio verde em grande escala, uma iniciativa pioneira, que temos o orgulho de lançar oficialmente em Punta Arenas, no Chile. Gostaríamos de agradecer aos Ministérios de Energia e Educação do Chile, à Universidade de Magallanes, ao nosso acionista TotalEnergies, por seu apoio contínuo e visão ambiciosa para a implantação do hidrogênio verde em todo o mundo, bem como às nossas equipes no Chile e na França, que são fundamentais para o desenvolvimento deste projeto. Estou ansiosa para iniciar a construção, para contribuir com o objetivo do Chile de se tornar um destino importante para investimentos em hidrogênio verde na América Latina, bem como para atender às necessidades de nossos clientes em todo o mundo”. no 387

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EPE publica Atlas da Eficiência Energética Brasil 2021 – Relatório de Indicadores O documento tem por objetivo principal o monitoramento do progresso da eficiência energética no Brasil, através de uma análise de indicadores. Em 2020, foi publicado o primeiro “Atlas da Eficiência Energética no Brasil – Relatório de Indicadores” – com a análise até o ano 2018. Este documento atualiza e complementa, de forma mais sintética, o primeiro relatório com dados até o ano 2020, consolidando o quinto ciclo de trabalho da EPE na elaboração do banco de dados de indicadores de eficiência energética. A nova edição do Atlas da Eficiência Energética possui

um capítulo especial sobre o Transporte rodoviário de Cargas, e a comparação do caso brasileiro com países selecionados. Trata-se de mais um resultado da cooperação entre a EPE e a Agência Internacional de Energia – IEA. Esse capítulo apresenta a evolução do transporte rodoviário nacional e sua relevância para a matriz energética do país. O Brasil é comparado com outros países, através de indicadores chave, com exemplos de tecnologia, e opções de políticas para melhorar a eficiência energética, e mitigar as emissões do setor.

Equinor intensifica investimento em fusão

@Ole Jørgen Bratland / Equinor ASA

A Equinor Ventures (EV) está aumentando seu investimento em Commonwealth Fusion Systems (CFS), levantando mais de US$ 1,8 bilhão, para comercializar energia de fusão. A fusão é o processo que libera energia fundindo dois ou mais átomos mais leves, normalmente hidrogênio, em um maior. Isso requer alta temperatura, alta densidade e confinamento suficiente. A energia de fusão tem o potencial de desempenhar um papel global material na descarbonização da energia. Ele oferece geração de energia e calor de carga básica segura, despachável, livre de emissões, geograficamente flexível, e independente de recursos com materiais de entrada prontamente disponíveis. “Até 2050, a Equinor pretende tornar-se uma empresa net-zero, fornecendo a energia que o mundo precisa, sem contribuir para o aquecimento global. A energia de fusão tem o potencial de ser um divisor de águas, fornecendo energia limpa em escala. A tecnologia é promissora, e queremos fazer parte da jornada do CFS para amadurecer a tecnologia e o potencial de mercado. Nossa participação na captação de recursos do CFS representa nosso maior investimento de risco, até o momento”, diz Carri Lockhart, vice-presidente executiva de Tecnologia, Digital e Inovação da Equinor. A Equinor Ventures (EV) é o braço de capital de risco da Equinor, com mandato para implantar USD 750 milhões, ao longo de 5 anos, para investir em tecnologias e empresas promissoras. A EV fez seu primeiro investimento na startup CFS, sediada nos EUA, em 2020, e o investimento total na CFS constitui cerca de 10% do mandato de US$ 750 milhões. “Acreditamos que as startups desempenharão um papel vital no desenvolvimento de novas cadeias de valor industrial e tecnologias, que podem acelerar a transição energética para um futuro de baixo carbono. Os investimentos de risco nos dão uma visão de novas cadeias de valor, que podem ter um potencial significativo de construção de negócios futuros”, diz Lockhart. 36

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@Gretchen Ertl, CFS/MIT-PSFC

Teste bem-sucedido do ímã supercondutor de alta temperatura (HTS) mais forte do mundo.

Em setembro, a CFS anunciou o teste bem-sucedido do ímã de fusão supercondutor de alta temperatura (HTS) mais forte do mundo. Está programada uma rodada de financiamento para construir, comissionar e operar a SPARC, a primeira máquina de fusão de energia líquida comercialmente relevante do mundo. Além disso, permitirá que a empresa comece a trabalhar na ARC, a primeira usina comercial de energia, que inclui o desenvolvimento de tecnologias de suporte, o avanço do projeto, a identificação do local, e a montagem de parceiros e clientes para o futuro da energia de fusão. O dispositivo SPARC visa a demonstrar a energia líquida da fusão até 2025 e, acredita o CFS, abre caminho para a primeira usina de fusão comercialmente viável, no início de 2030. “O mundo está pronto para fazer grandes investimentos em fusão comercial, como parte fundamental da transição energética global. Esse grupo diversificado de investidores inclui um espectro de capital de empresas de energia e tecnologia a capitalistas de risco, fundos de hedge e doações universitárias, que acreditam no impacto que a fusão terá, à medida que procuramos soluções em larga escala para descarbonizar”, diz Bob Mumgaard, CEO da CFS.


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Tereos e Porto Commodities realizam primeira exportação de açúcar pelo porto de São Francisco do Sul/SC A Tereos realizou, em parceria com a Porto Commodities, a primeira exportação de açúcar pelo porto de São Francisco do Sul/SC. A iniciativa veio em linha com a visão da empresa, de sempre buscar novas possibilidades de parcerias com terminais, para aumentar a eficiência logística. Com a fila de espera dos navios para atracar no porto de Paranaguá/PR aumentado a cada dia, a companhia encontrou a oportunidade de ampliar as alternativas de exportação, e mitigar custos com despesas portuárias e de estadia, com economia de R$ 2 milhões, em somente um embarque. O navio da operação transportou uma carga de mais de 19 mil toneladas de açúcar ensacado, com destino à África. Como foi o primeiro embarque de açúcar ensacado realizado pelo terminal, o projeto contemplou intensas negociações entre as partes envolvidas, assim como apoio de colaboradores da Tereos no próprio terminal, para acompanhamento de todo o processo de contratação de transporte rodoviário, recepção, armazenamento e elevação da carga para o navio. “O resultado de sucesso da operação permite que a companhia tenha um novo canal de exportações e, também, para o mercado de forma geral. Na Tereos temos o pensamento

@Divulgação

de buscar soluções disruptivas, e essa iniciativa, além de contar com novos parceiros e pontos de escoamento diferentes que auxiliam a empresa a reduzir o tempo de espera em filas portuárias, otimiza as operações”, explica Gustavo Segantini, diretor comercial da Tereos. Para a Porto Commodities, o projeto foi um desafio que resultou em diversas aprendizagens. O grupo buscou atender, em tempo recorde e da melhor for@Divulgação ma possível, as necessidades da Tereos. “Foram semanas de pesquisas e reuniões junto ao cliente, fornecedores e parceiros, para que tudo desse certo. O sucesso da operação se deu pelo total comprometimento de todos os envolvidos durante todo o processo”, explica Luiz Oliveira, diretor operacional da Porto Commodities. A Tereos já havia realizado projetos semelhantes em anos anteriores – em 2019, com o terminal Sepetiba TECON, no porto de Itajaí/RJ, e em 2020, com a GBT Terminais, no porto de Santos/SP.

Mais de 1.000 plantas usam membranas Evonik Desde o lançamento do produto, em 2011, até o final de 2021, a Evonik forneceu membranas para separação de gás a mais de 1.000 plantas de referência, no mundo inteiro. Em apenas uma década, a empresa se transformou em líder tecnológico de reconhecimento global em membranas poliméricas SEPURAN, para a separação eficiente de gás. O Grupo está experimentando uma forte demanda em aplicações nos setores de biogás, nitrogênio, hidrogênio e gás natural – o que pediu ampliação das capacidades produtivas existentes no parque químico austríaco de Schörfling am Attersee. “Tendo desenvolvido e erguido a indústria do biogás em estreita cooperação com nossos parceiros, estamos colocando as nossas membranas

SEPURAN em exigentes aplicações dos setores de nitrogênio, hidrogênio e gás natural”, diz Dr. Iordanis Savvopoulos, responsável pela linha de produtos Fibres, Foams and Membranes, na Evonik. “Há pouco menos de um ano, celebramos a 500ª planta de referência em biogás; o próximo sucesso de mercado, para todo o portfólio de membranas, nos propicia um impulso importante para um crescimento adicional”. A Evonik é a única fabricante mundial totalmente integrada de membranas altamente seletivas para separação de gás. As membranas da Evonik permitem separar gases como metano (CH4), nitrogênio (N2) ou hidrogênio (H2) de misturas de gases. O material básico – o polímero de alta performance – é produzido na unidade vizinha, em Lenzing.

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Fugro quer reduzir pegada de carbono com tecnologias remotas A Fugro está construindo um centro de operações remotas (ROC) em seu site, localizado na província de Newfoundland and Labrador, Canadá. O hub de comunicações ultramoderno está programado para ser concluído no quarto trimestre de 2022, e complementará a rede global de ROCs da Fugro, que possibilita a conclusão de operações por meio de tecnologias remotas e autônomas. Para os clientes da Fugro no leste do Canadá, isso significará uma entrega mais segura, eficiente e sustentável, de geodados marinhos e servi-

ços relacionados. O St. John’s ROC está sendo financiado, em parte, pelo Fundo de Assistência à Recuperação da Indústria de Petróleo e Gás Offshore de Terra Nova e Labrador, um programa dos governos provincial e federal. Além de construir o hub de comunicações, a Fugro atualizará seus equipamentos em ativos de clientes offshore, selecionados para facilitar os serviços remotos. A Fugro também oferecerá seus serviços remotos e autônomos a clientes que não são do setor de petróleo e gás.

Braskem e Cosan alavancam economia circular e neutralidade de carbono As empresas do Grupo Cosan e a Braskem criaram uma parceria, para realizar iniciativas em prol de um futuro mais sustentável para o Brasil. As companhias assumiram o compromisso conjunto de alavancar a economia circular e neutralidade de carbono – essencial para a sustentabilidade de todo o ciclo de produção e consumo –, por meio de diversas ações, que contribuam de forma efetiva na agenda contra as mudanças climáticas. Os esforços e investimentos serão focados em ações que possam ter seus impactos positivos mensurados. Em conjunto, a Braskem e a Cosan – junto a suas empresas Raízen, Compass, Comgás, Moove e Rumo – conduzirão iniciativas para reduzir as emissões de carbono, diminuir o consumo de energia e o uso de recursos naturais, e promover a disseminação de boas práticas ambientais e sociais, que já são adotadas pelas companhias. Um exemplo disso, é a cadeia de produção do plástico verde, proveniente da cana-de-açúcar, uma matéria-prima renovável, e que evita a emissão de 3kg de CO2 para cada kg de plástico fabricado. Outro, é a agenda de inovação, que vem sendo conduzida pelas empresas para substituir insumos fósseis por matérias-primas renováveis, na produção de químicos. Uma frente da parceria, que terá início imediato, é a de ressignificar o destino de parte dos resíduos gerados em corridas de ruas, patrocinadas pela Cosan. As duas empresas estão conduzindo um projeto para recolher, nos eventos esportivos, copos plásticos, que serão reciclados e transformados em lixeiras, que serão doadas para escolas públicas, gerando impacto social positivo. A primeira ação já aconteceu, e foram coletados 850 kg de copos de polipropileno, quantidade que será transformada em mais de 500 lixeiras. “A busca por um futuro mais sustentável requer mudanças fundamentais na forma como toda a sociedade, incluindo o setor empresarial, opera e direciona suas ações. No Grupo Cosan, sabemos da nossa responsabilidade de ajudar a impulsionar o Brasil, como protagonista na agenda ambiental, e fazemos isso ajudando nossos clientes de diferentes setores

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a descarbonizarem suas operações e atividades. Essa parceria é uma iniciativa muito promissora, e esperamos que possa incentivar cada vez mais a promoção de outras do tipo, que têm potencial de aumentar a escala e o impacto do investimento empresarial em soluções climáticas”, afirma Luis Henrique Guimarães, CEO da Cosan. “A Braskem já é uma referência em seus compromissos, em relação à economia circular de carbono neutro, um conceito que associa a mitigação das mudanças climáticas ao desenvolvimento econômico, e a um melhor uso de recursos naturais, priorizando insumos mais duráveis, recicláveis e renováveis. Nós e a Cosan vínhamos construindo um relacionamento forte em algumas frentes comerciais. A partir de agora, essa história ganha um novo capítulo: o que, antes, era uma sinergia comercial, passa a ser uma sinergia de propósito. Estamos estabelecendo um compromisso conjunto com as pessoas e o planeta, e iremos somar esforços e investimentos para impulsionar projetos de impacto positivo, contribuindo para a agenda de desenvolvimento sustentável”, reforça Roberto Simões, CEO da Braskem. Nos últimos cinco anos, a captura de carbono da relação comercial entre o grupo Cosan, por meio do fornecimento de etanol da Raízen, e a Braskem foi de 2,4 milhões de toneladas, o que equivale à plantação de quase 17 milhões de árvores. Com a continuidade da parceria entre as empresas na frente comercial, a expectativa é de, nos próximos cinco anos, capturar mais de 3 milhões de toneladas de CO2, o que equivale a mais de 21 milhões de árvores plantadas.


Especial

Maersk disponibiliza dados meteorológicos do oceano em domínio público A A.P. Moller – Maersk vai liberar todas as observações históricas e futuras sobre o clima oceânico para domínio público. Dessa forma, os dados poderão ser utilizados de forma gratuita pela comunidade científica, em todo o mundo. Os dados coletados pelos navios da Maersk, desde 2012, aumentam os dados meteorológicos oceânicos disponíveis publicamente em 28%. O objetivo é auxiliar a pesquisa climática e as previsões meteorológicas, fornecendo dados dos oceanos, onde a cobertura de dados ao nível do solo é pequena, e a maioria vem de observações de satélite, que possui limitações. “As tripulações e embarcações da Maersk coletam observações meteorológicas há anos, e estamos orgulhosos por podermos compartilhar esses dados e ajudar os pesquisadores a obter uma melhor compreensão do impacto das mudanças climáticas”, afirma o chefe de Padrões Marítimos da Maersk, Aslak Ross.

Obras em Angra 3

Em evento fechado nas instalações da Eletronuclear, foi assinado contrato com o consórcio formado por Ferreira Guedes, Matricial e Adtranz, que permite a retomada das obras da usina nuclear Angra 3. Segundo a estatal de energia nuclear, a construção foi paralisada em 2015, com 65% das obras concluídas, e R$ 7,8 bilhões gastos. As empresas integrantes do consórcio foram as vencedoras da licitação para contratar os serviços no âmbito do Plano de Aceleração do Caminho Crítico da unidade, informou a Eletronuclear. O consórcio escolhido foi anunciado em julho do ano passado. Superadas as etapas de recurso, as companhias passaram por avaliação de compliance (governança), bem-sucedida. O consórcio inicia a fase de mobilização do canteiro de

Além disso, as observações podem dar uma visão mais precisa de como as condições do oceano ao nível da superfície e a interação com a atmosfera evoluíram, desde 2012. “A mudança climática é, sem dúvida, um dos maiores desafios que a comunidade global está enfrentando. Definimos uma estratégia para zerarmos as emissões de carbono até 2040, mas também nos comprometemos, como parte de nossa estratégia ESG, a contribuir com a ciência, por meio dos dados coletados de nossas embarcações. Essa tem sido uma oportunidade de ter as observações meteorológicas digitalizadas”, acrescenta Aslak Ross. Os dados, que consistem em mais de 9 milhões de observações, serão compartilhados por meio do Global Ocean Observing System – GOOS (Sistema Global de Observação do Oceano –, em tradução livre), administrado em conjunto pela UNESCO e pela Organização Meteorológica Mundial (OMM). O GOOS coleta observações meteorológicas oceânicas, e fornece informações para previsões meteorológicas. Com todas as 300 embarcações de propriedade da Maersk compartilhando dados várias vezes ao dia, estima-se que mais de 7 mil observações serão feitas diariamente. Algumas embarcações, por sua vez, estão fornecendo dados em tempo real para serviços meteorológicos em todo o mundo. Em colaboração com o Serviço Meteorológico Nacional da Alemanha, a Maersk instalou estações meteorológicas automatizadas, em vários de seus navios. Essas são estações de medição calibradas, que coletam uma maior variedade de dados com maior qualidade, otimizando ainda mais a contribuição para a previsão do tempo e para a ciência climática.

@abdan

obras, e pretende retomar em breve a construção da usina. Segundo a Eletronuclear, a conclusão da superestrutura de concreto do edifício do reator de Angra 3 é uma das principais medidas previstas no Plano de Aceleração do Caminho Crítico da unidade. Será feita também parte importante da montagem eletromecânica, que compreende o fechamento da esfera de aço da contenção e a instalação da piscina de combustíveis usados, da ponte polar e do guindaste do semipórtico. Mais adiante, haverá nova licitação para contratar a empresa, ou consórcio, que finalizará as obras civis e a montagem eletromecânica da usina, por meio de contrato de EPC – o cronograma das etapas previstas ainda não foi divulgado. no 387

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Especial

Projeto estuda como transformar CO2 de algas e bactérias em bioetanol e plástico verde

Agregado de cianobactérias em fonte de água limpa Capturar dióxido de carbono (CO2) de algas e bactérias, e gerar produtos de alto valor agregado, como biocombustível e plástico verde, de forma natural e sustentável. Investigar essas possibilidades é o objetivo do projeto Captura de CO2 bioassistida e conversão em bioprodutos, realizado no âmbito do Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI), financiado pela Shell do Brasil e pela Fapesp – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo.

Agência Fapesp, Christian Fischer/Wikimedia Commons

Agência Fapesp, Christian Fischer/Wikimedia Commons

“O termo ‘captura de CO2 bioassistida’ designa que o processo é feito sem aditivos químicos, e de forma natural, por via biológica. No nosso caso, utilizamos dois microrganismos que fazem fotossíntese, que são as microalgas e as cianobactérias”, explica a coordenadora-geral do projeto, a bióloga Elen Aquino Perpetuo, professora do Instituto do Mar da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), campus Baixada Santista. Em relação às microalgas, a ideia é que, além delas capturarem e fixarem CO2, sua biomassa possa ser fermentada em reatores para a produção de bioetanol, também conhecido como etanol de terceira geração. “Biocombustíveis provenientes dessas biomassas têm atraído muita atenção, visto que algas podem ser cultivadas com CO 2 e luz solar, utilizando água salgada ou salobra em 40

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terras não cultiváveis, além de não apresentarem lignina em sua composição. Para a produção de etanol de terceira geração é crucial expor os componentes intracelulares da alga e, para isso, utiliza-se a hidrólise. A parede celular nas algas é a principal estrutura, que deve ser despolimerizada para extração dos polissacarídeos. Ao longo da conversão, os polissacarídeos serão divididos em monômeros, para que aconteça a fermentação e a conversão em etanol”. As microalgas que serão utilizadas no experimento, a exemplo da Parachlorella kessleri, foram coletadas em áreas de mangue. “O mangue é um ambiente com alto teor de matéria orgânica, e também de poluição antrópica. Por causa disso, essas microalgas são extremamente resistentes e bem adaptáveis a qualquer situação, o que favorece a pesquisa”, observa a especialista. De acordo com Elen, além dos mangues, as microalgas podem ser encontradas em oceanos e rios, bem como podem ser cultivadas em criadouros artificiais. “Já existem fazendas de microalgas no Rio Grande do Norte e Paraíba”, conta. Um dos desafios do projeto é como produzir grandes volumes de bioetanol, por meio das microalgas. “Sabemos que o processo biotecnológico funciona muito bem numa escala piloto, reduzida, de 100 litros, por exemplo, mas quando se fala na produção de milhares de metros cúbicos, ainda não sabemos como será o resultado”, diz Elen. A equipe do projeto investiga quais espécies de microalgas são capazes de acumular maior concentração de carboidrato. “Esse carboidrato será hidrolisado e inserido em um reator de grande porte. Queremos descobrir se isso vai possibilitar a geração de biocombustível de qualidade e em escala industrial”, prevê a pesquisadora.


Especial Os pesquisadores estudam também a possibilidade de utilizar a vinhaça (resíduo poluente gerado pela produção de etanol de cana de açúcar) como meio de cultivo de microalgas. “O descarte da vinhaça é motivo de dor-de-cabeça para o setor sucroalcooleiro, em função do alto custo. Sem contar que o resíduo costuma ser utilizado como adubo na fertirrigação de lavouras, com risco de atingir os lençóis freáticos e provocar danos ambientais. O objetivo é conseguir agregar valor à vinhaça por meio das microalgas, o que seria positivo para as usinas e para o meio ambiente”, explica Elen. A pesquisadora não esconde o entusiasmo pelo resultado que pode ser gerado a partir dos experimentos com microalgas. “É uma técnica barata, que pode gerar um combustível verde, não-derivado de petróleo e, portanto, menos poluente e independente das reservas fósseis. Mas não apenas isso: estamos falando também de um produto brasileiro, livre das oscilações do mercado internacional que impactam no bolso do consumidor final”. Outra frente do projeto, comandada pelos professores Renato Sanches Freire e Cassius Vinicius Stevani, ambos do Instituto de Química (IQ) da USP, busca potencializar a produção de biopolímeros por meio de cianobactérias, organismos fotossintéticos que apresentam, ao mesmo tempo, características de algas e bactérias. Ao serem submetidas a condições de estresse em meio de cultura com excesso de luz, as cianobactérias capturam CO2, e produzem, em seu interior, grânulos de polihidroxibutirato (PHB), um tipo de bioplástico.

“A natureza é muito sábia. Em condições extremas, como limitação de nutrientes, sobretudo nitrogênio, e excesso de CO2, as cianobactérias criam uma reserva de ‘gordura’ para sobreviver, a exemplo do que fazem os ursos em período de hibernação. Esse grânulo de reserva das cianobactérias tem as mesmas características de um polímero e, ao ser extraído, se assemelha a um plástico-filme”, relata a pesquisadora. “A meta do projeto é modificar geneticamente cianobactérias do gênero Synechocystis sp., para que ela consiga acumular ainda mais esses biopolímeros”, explica Elen. A produção de PHB ainda engatinha no país, e hoje acontece apenas em uma fábrica no interior de São Paulo, onde é feito a partir do substrato da cana-de-açúcar, e não da captura de CO2. “Toda a produção é exportada para a Europa, onde esse plástico costuma ser utilizado em próteses ortopédicas. Como esse plástico é biodegradável, as próteses têm baixo índice de rejeição pelo corpo”, explica Elen. Um dos desafios para a expansão do uso do PHB é o custo elevado. “Hoje ele é considerado um plástico nobre, que vale cinco vezes mais do que plásticos de origem fóssil, como o das garrafas PET. Para o mercado interno, é um valor muito alto. Porém, a meu ver, as vantagens ambientais superam os outros custos envolvidos. O PHB é um plástico biodegradável, que não vai ficar por muito tempo na natureza, ao contrário dos plásticos de origem fóssil. Precisamos de políticas públicas que estimulem pesquisa e inovação, bem como ofereçam incentivos fiscais para essas empresas verdes”, conclui Elen.

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Especial

Demanda interna de químicos alcança melhor nível histórico em 2021 O ano de 2021 ficará marcado pelos excepcionais volumes demandados de produtos químicos de uso industrial no mercado brasileiro. A demanda interna, medida pelo consumo aparente nacional (CAN) – produção mais importação menos exportação –, cresceu 20,5%, entre 2020 e 2021, alcançando o melhor resultado na série histórica, desde 1990. Porém, oportunidades que poderiam ter sido convertidas em investimento, gerando valor e renda para o Brasil, não foram aproveitadas, e as importações acabaram por se beneficiar dessa alta, passando a ocupar 46% de todo o mercado interno, no ano passado, contra 7%, no início dos anos 1990. Nesse período, o déficit cresceu de cerca de US$ 1,5 bilhão, em 1990, para o recorde de US$ 46 bilhões, em 2021. Segundo Fátima Giovanna Coviello Ferreira, diretora de Economia e Estatística da Abiquim, a falta de competitividade, e a consequente descontinuidade de diversas linhas de produção nos últimos anos, justificam o nível elevado de penetração das importações sobre a demanda, e o desempenho atípico da produção e do uso da capacidade instalada.

instalada encerrou 2021 com média de 72%, mesmo patamar registrado no ano anterior, mantendo a ociosidade em um nível elevado e preocupante, para os padrões de operação em processo contínuo do setor químico. O índice de preços no mercado interno subiu 62,25%, acompanhando as oscilações no mercado internacional. Para a diretora da Abiquim, a química possui papel relevante na indústria nacional, sendo geradora de empregos de qualidade e bem remunerados, e propulsora de uma longa cadeia na economia. “Olhando para o futuro, com o aumento da produção de óleo e gás no Brasil, a indústria química tem o potencial de se tornar ainda mais importante, especialmente pelo seu papel fundamental e estratégico, também para a cadeia de refino. Muitos países desenvolvidos, com disponibilidade de óleo e de gás, buscam a química para agregar valor aos seus recursos naturais, mitigando riscos inerentes às modificações no mercado de combustíveis”, afirma Coviello. Ela lembra que o Pré-sal tem um potencial de produção enorme, e parte dessa riqueza é da União. “Cabe uma decisão muito importante ao governo brasileiro, que é a de definir entre ser exportador de commodities ou de bens acabados, que trazem muito mais valor ao País. Não só isso, também são urgentes a reforma tributária, a reforma administrativa, a solução de deficiências logísticas e outras, que têm como objetivo a redução do custo Brasil, e a eliminação das distorções que impõem custos ao país, que não são compatíveis com os que se praticam no mercado internacional”, alerta a executiva.

O índice de vendas internas recuou 0,47%, em 2021, se ressentindo das fortes pressões de custos internos do ano passado, associadas as matérias-primas básicas do Principais indicadores do Relatório de Acompanhamento Conjuntural (RAC), da Abiquim setor, como o gás natural, que alcançou níveis muito altos, no segundo semestre de 2021, e a energia elétrica, além dos custos mais elevados da logística nacional e internacional. O índice de produção subiu 5,04%, e a capacidade 42

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@Abiquim


Especial

O-PAS: O Padrão dos Padrões

Adriano Marcelo Corteze – Luciano Botto Nova Smar S/A

O Open Group é um consórcio global que possibilita o cumprimento dos objetivos de negócios por meio de padrões de tecnologia. Diversifica mais de 800 organizações, que incluem clientes, fornecedores de sistemas e soluções, fornecedores de ferramentas, integradores, acadêmicos e consultores em vários setores. Dentre eles, alguns como o automotivo, médico, aeroespacial e, inclusive, o setor de automação industrial. O Open Group vem liderando o desenvolvimento de padrões e certificações de tecnologia aberta e neutra para fornecedores. “Para Roberto Severo, Country Manager do The Open Group no Brasil, os padrões abertos sempre foram extremamente importantes para o desenvolvimento sustentável de qualquer solução, pois, são baseados não somente em boas práticas do mercado, mas também na experiência das empresas inseridas nas diversas verticais. Há anos, a Nova SMAR se envolveu com o Fórum OPAF (Open Process Automation Forum | The Open Group Website), do The Open Group, com sua vasta experiência no setor de automação, e, desde então, vem contribuindo definitivamente, junto à comunidade, no desenvolvimento do padrão O-PAS, segundo as diretrizes definidas pelo Fórum, em consenso com as maiores empresas do setor no mundo todo. No Brasil, o The Open Group promove uma série de eventos sobre padrões abertos, sendo o mais recente em novembro passado (http://opengroup.com.br/evento2021), sempre com o patrocínio da Nova SMAR, e apresentações de Libânio Souza, presidente da companhia, a quem Roberto apelidou de Mr. OPAF no Brasil”

OPAF - Open Process Automation Forum Focado no desenvolvimento de uma arquitetura de controle de processo baseada em padrões, aberta, segura e interoperável, o fórum é um grupo baseado em consenso de usuários finais, fornecedores, integradores de sistemas, organizações de padrões e acadêmicos. Ele aborda questões técnicas e de negócios para automação de processos. O fórum é formado pelos seguintes subgrupos: grupo técnico, grupo de negócios, grupo de certificação, grupo de arquitetura. Estes grupos em paralelo conduzem reuniões semanais, e apresentam seus resultados em eventos mensais para todo fórum.

O PADRÃO O-PAS A iniciativa para o desenvolvimento deste padrão partiu da necessidade identificada por grandes usuários finais extremamente relevantes, como a Exxon Mobil, que conseguiu despertar renomadas empresas da área de TI, a grande maioria dos fornecedores de sistemas de automação e controle, além de entidades acadêmicas. Desta forma, muitas tecnologias, disponíveis e muito utilizadas no mundo de TI, como, por exemplo, a orquestração de sistemas/aplicações e a segurança cibernética, estão sendo incorporadas a este padrão, e isso representará uma grande revolução em vários aspectos, como na capacidade, flexibilidade, segurança e facilidade de uso dos sistemas. Os pilares do O-PAS são sua plataforma distribuída, modular, extensível e escalável; sua arquitetura interoperável, aberta e baseada em pa-

drões; segurança incorporada; e um ambiente de usuário menos complexo e muito mais produtivo. Tais atributos permitirão que modificações em sistemas possam ser implementadas com menor custo e sem necessidade de paradas, o que impulsionará os benefícios reais do poder e produtividade da transformação digital. Ou seja, teremos a capacidade de fazer inovações rápidas, iterativas e baseadas em dados para as operações da planta a uma fração do custo anteriormente possível. Dentre as principais tecnologias adotadas pela norma O-PAS para suportar a interoperabilidade entre sistemas temos OPC UA, AML (Automation Markup Language), blocos funcionais e tecnologias de orquestração, como Redfish. A arquitetura unificada do OPC permite a comunicação segura e efetiva, tanto de controle quanto de supervisão, entre dispositivos e aplicações de diferentes fabricantes. O AML, por sua vez, permite que ferramentas de software de diversos fabricantes troquem (exportem e importem) configurações umas com as outras, através do uso de arquivos padrão, sem a necessidade de retrabalhos de engenharia. Os blocos funcionais permitem que estratégias de controle sejam distribuídas, em parte ou no todo, entre os mais variados dispositivos de hardware. E, finalmente, as tecnologias de orquestração industrial como Redfish, utilizadas já há décadas pela área de TI (Tecnologia da Informação) foram adotadas para trazer todos os seus benefícios e facilidades também para a área de TO (Tecnologia de Operação), com destaque para o gerenciamento automatizado de sistemas e facilidade de uso. Tais tecnologias permitem que tarefas, que eram tradicionalmente executadas manualmente, sejam feitas de modo totalmente automático, incluindo a configuração automática de novos equipamentos para substituição de equipamentos em falha, a automatização da manutenção de aplicativos e da infraestrutura de software, e a autorrecuperarão da infraestrutura digital, para manter operações contínuas, caso um dispositivo de hardware ou aplicação de software entre em falha por um motivo qualquer. Desta forma, tais tecnologias permitem que seus usuários desfrutem de maior flexibilidade, maior abertura e maior interoperabilidade, ao mesmo tempo em que passam a ter mais segurança e confiabilidade. A Coalisão de Automação de Processos Abertos é um conglomerado de empresas, que estão se unindo para divulgar e promover a utilização do padrão O-PAS. Até o momento, o COPA, que se iniciou em maio de 2021, é composto por dez empresas, que são elas: Supermicro, ETP – Enterprise Transformations Partners, Phoenix Contact, Nova Smar S/A, Sthal, Yokogawa, Codesys, CPLANE.ai, AS Rock Industrial e CSI. Através do COPA, no dia 9 de novembro de 2021, foi feito a primeira demonstração global do COPA Quickstart, primeiro sistema comercialmente disponível utilizando o padrão O-PAS (https://copacontrol. org/pt/). “Segundo Libanio Carlos de Souza – Diretor Presidente da Nova Smar, o O-PAS irá modernizar os sistemas de controle de automação com a introdução das tecnologias avançadas do setor de tecnologia da informação, e o COPA é o grupo de pioneiros que irão espalhar esta novidade aos quatro cantos do planeta.” no 387

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Matéria de Capa

@PaulinaCFMG

Química é parte da solução A COP26 – Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, de 2021 – completou um conjunto de regras do Acordo de Paris, então, todos os 198 países que participaram do evento estão obrigados a informar, detalhadamente, as emissões de gases de efeito estufa (GEE), até 2024, permitindo elaborar planos de redução mais efetivos. Ficou decidido que os países desenvolvidos devem dobrar, em 2025, os recursos destinados para a adaptação às mudanças climáticas. Uma série de tratados paralelos sobre florestas, carvão, transporte e metano aconteceram para tentar reduzir as emissões em 2,2 milhões de toneladas de CO2. Esta COP tornou possível a criação de um regime de comércio estruturado entre países, regulamentando a compra de “autorizações” de emissão de carbono, para ajudar a alcançar as metas climáticas: a comercialização entre os países não será taxada, mas os créditos entre projetos do setor privado ou de organizações não governamentais (ONG) terão cobrança de 5%, destinada a fundos para financiar as nações mais pobres a se adaptarem às mudanças climáticas. Porém, o texto final recuou em relação ao uso do carvão: o termo “eliminação progressiva do uso desenfreado” da fonte energética, presente nos primeiros rascunhos, foi trocado por “redução”, abrindo a possibilidade da utilização do produto poluente. António Gutierres, secretário-geral da Organização das Nações Unidas, declarou que os avanços “são passos importantes, mas não suficientes”. A COP-27 acontecerá no Egito, em 2022, e terá como foco principal a criação de um

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mecanismo de financiamento de perdas e danos. As mudanças climáticas estão causando perturbações perigosas e generalizadas na natureza, e afetando a vida de bilhões de pessoas, em todo o mundo, apesar dos muitos esforços. Pessoas e ecossistemas menos capazes de lidar com isso estão sendo os mais atingidos, afirmam os cientistas no último Relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), divulgado em fevereiro. “Este relatório é um alerta terrível sobre as consequências da inação. Isso mostra que a mudança climática é uma ameaça grave e crescente, ao nosso bem-estar e uma vida saudável. Nossas ações, hoje, moldarão como as pessoas se adaptam, e a natureza responde,” disse Hoesung Lee, presidente do IPCC. O mundo enfrenta vários riscos climáticos inevitáveis nas próximas duas décadas, com aquecimento de 1,5°C, com impactos severos, alguns dos quais irreversíveis. Os riscos para a sociedade aumentarão, inclusive para infraestrutura e assentamentos costeiros de baixa altitude. O aumento das ondas de calor, secas e inundações já está excedendo a tolerância de plantas e animais, levando à mortalidade em massa de espécies, como árvores e corais. Esses extremos climáticos estão ocorrendo simultaneamente, causando impactos em cascata cada vez mais difíceis de gerenciar, e que estão expondo milhões de pessoas à insegurança alimentar e hídrica aguda, especialmente na África, Ásia, América Central e do Sul, em Pequenas Ilhas e no Ártico. Para evitar maiores perdas, ações ambiciosas são necessárias, e cortes rápidos e mais profundos nas emissões de


Matéria Matéria de de Capa Capa

das mudanças climáticas gases, porque o progresso nas melhorias tem sido desigual, e há crescentes lacunas, entre medidas tomadas e o que é necessário para lidar com os riscos crescentes, segundo o novo relatório – e essas lacunas são, como era de se esperar, maiores entre as populações de baixa renda. O relatório do Grupo de Trabalho II do IPCC (AR6), que será concluído este ano, reconhece a interdependência do clima, da biodiversidade e das pessoas, e integra ciências naturais, sociais e econômicas mais fortemente do que as avaliações anteriores. Os cientistas apontam que as mudanças climáticas interagem com tendências globais, como o uso insustentável de recursos naturais, urbanização crescente, desigualdades sociais, perdas e danos de eventos e a Pandemia, comprometendo o futuro. A avaliação do IPCC mostra claramente que enfrentar esses desafios envolve todos – governos, setor privado, sociedade civil – trabalhando juntos, para priorizar redução de riscos, equidade e justiça na tomada de decisões e no investimento, conciliando diferentes interesses, valores e visões de mundo. Poucos acreditariam que essa conciliação é possível, mas o fracasso em alcançar o desenvolvimento resiliente e sustentável ao clima resultará em um futuro bem abaixo do ideal – para ser eufemista – para as pessoas e a natureza. Há uma janela estreita para a ação. A mudança climática é um desafio global, que exige soluções locais. O Relatório afirma claramente que o Desenvolvimento Resiliente ao Clima já é um desafio no atual nível de aquecimento, e se tornará mais limitado, se o aquecimento global exceder 1,5°C (2,7°F); em algumas regiões, será impossível, se o aquecimento global exceder 2°C (3,6°F). Esta descoberta sublinha a urgência na equida-

de e justiça, no financiamento adequado, transferência de tecnologia, políticas de compromisso e parcerias. A NASA e outras agências governamentais dos EUA já projetam que o aumento da altura do oceano, nos próximos 30 anos, pode ser igual ao aumento total observado nos últimos 100 anos: o relatório Cenários de Elevação do Nível do Mar Global e Regional para os Estados Unidos de fevereiro, conclui que o nível do mar ao longo das costas dos EUA aumentará, entre 25 a 30 centímetros, em média, acima dos níveis atuais, até 2050. Este relatório apoia estudos anteriores, e confirma que o nível do mar continua a subir a um ritmo alarmante, colocando em risco comunidades em todo o mundo. A ciência é indiscutível, e uma ação urgente é necessária para mitigar uma crise climática que está em andamento. Uma força-tarefa da NASA desenvolveu suas projeções de aumento do nível do mar no curto prazo, com base em uma melhor compreensão de como os processos que contribuem para o aumento dos mares – como o derretimento de geleiras e camadas de gelo, bem como interações complexas entre oceano, terra e gelo – afetarão a altura do oceano. Mas qualquer um pode simular, ao longo do tempo e com diferentes intensidades, essa mudança, através de uma ferramenta de mapeamento on-line. E a cadeia de petróleo e gás – que engloba química e petroquímica, tão presentes no nosso dia-a-dia – é a mais cobrada. “Há muito tempo, a química não é percebida como vilã do clima, ao contrário, a química é provedora de soluções para a diminuição de emissões inclusive para outros setores. Hoje, se fala muito sobre emissões, gases de efeito estufa (GEE), equipamentos, indústrias de um modo geral, produtos utilizados, mas não especificamente sobre a química.

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Matéria de Capa Na minha visão, a química, talvez há 40/50 anos, respondia com o conhecimento que tinha à época, e vem reposicionando-se. Naturalmente, ela conhece melhor os impactos das atividades, de forma geral, sobre o clima, sobretudo com relação às mudanças climáticas. Hoje, a indústria química não só tem cuidado de si própria, controlando as emissões e o uso de energia, maximizando eficiência, e investindo em tecnologia – como resultado de esforços de décadas, com o programa que a Abiquim coordena, o Responsible Care, que é chamado nacionalmente de Programa Atuação Responsável – como ela também contribui enormemente para os demais setores industriais,” afirma Ciro Marino, Presidenteexecutivo da Abiquim – Associação Brasileira da Indústria Química. Um bom exemplo é a contribuição de plásticos na indústria automotiva, onde ele é responsável por uma redução extraordinária no peso do veículo, o que leva a uma melhora, não apenas no rendimento do próprio veículo, como também nos itens relativos ao consumo de energia, quer seja energia elétrica, diesel, gasolina ou álcool. Automóveis mais leves comprometem muito menos o meio ambiente, consumindo menos, e assim reduzindo suas emissões. São contribuições indiretas da química. Ela atua ainda nos catalisadores veiculares para abatimento de emissões nocivas, inclusive de gases de efeito estufa. @CNI

A Química como solução para o desenvolvimento sustentável foi tema do “Brazilian Industry Day”, organizado pela CNI – Confederação Nacional da Indústria – e pelo Ministério do Meio Ambiente, durante a 26ª Conferência das Partes da Convenção – Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima onde Ciro Marino deu um panorama do setor, e destacou que a indústria química é invisível aos olhos dos consumidores – 96% dos segmentos industriais utilizam como fornecedor insumos da indústria química E, se passarmos da indústria automotiva para a agricultura, há muitas técnicas utilizando, por exemplo, a plasticultura, que são as irrigações específicas. Na produção de laranja, é possível abater o consumo de água em até 60%, envolvendo produtos químicos. Quando bem administrados e com menor uso de água também, vão impactar indiretamente no menor uso de fertilizantes, e menor uso de agroquímicos para controle de pragas. Então, existe um trabalho interligado que, para o meio ambiente, é extremamente positivo. Já na construção civil, com a utilização dos produtos químicos, se produzem estruturas mais leves, que requerem 46

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menos aço, menos concreto. Também contribuem para um melhor isolamento térmico e acústico dos imóveis, desencadeando consequentemente em um menor consumo elétrico, quer seja no aquecimento ou na refrigeração. Os produtos químicos também estão presentes na produção de energia solar e eólica. Sem a química, não existe placa de energia solar e sequer existiriam os geradores porque eles são pintados, têm vernizes. Ou seja, têm uma série de componentes na sua construção, que envolve químicos. E, quando se fala em energias alternativas, há biomassa com a qual é possível trabalhar, por meio de processos químicos na produção de biometano, assim como o biodiesel e até o etanol, um produto bastante interessante do ponto de vista energético. “Existem alternativas energéticas para o futuro, como o hidrogênio. O Brasil já está construindo algumas plantas de hidrogênio verde, cuja matéria prima basicamente é água, e pode ser produzido, utilizando-se de energia limpa como a eólica e/ou solar. Esse hidrogênio, além da função de molécula, pode ser aproveitado como matéria-prima na fabricação de amônia verde, que por sua vez, pode dar origem a nitrogenados – que são os fertilizantes verdes. Essa pode ser uma rota interessante. É preciso ainda avaliar a possibilidade de utilização desse hidrogênio como energético. Ou seja, há um campo muito extenso para desenvolvermos, no futuro, nessas áreas, e, seguramente, pesquisa, tecnologia, inovação, assegurado por uma indústria química forte e competente, estarão por trás de todos esses desenvolvimentos” comenta o presidente da Abiquim.A transição para um mundo movido a um peso menor de hidrocarbonetos é algo que não ocorre igualitariamente no mundo inteiro, mas a química pode dar destino a esses hidrocarbonetos, que não seja a queima ou a energia; muitos desses hidrocarbonetos para a indústria química são matérias-primas. “Nós podemos, como setor, absorver os produtos gerados, hoje, pelas refinarias de petróleo que, logicamente, não tenham impacto inadequado para questões climáticas ou meio ambiente. Esses hidrocarbonetos, convenientemente transformados, podem facilitar a utilização de uma série de outros produtos pela indústria, de forma que essas indústrias impactem menos no meio ambiente. Num futuro próximo, a transformação de hidrocarbonetos em produtos químicos, inclusive, com captura de CO2 durante o processo produtivo e reutilização como matéria-prima, é uma das opções que já está sendo considerada pelas petroleiras. A química pode ser a solução para a continuidade da exploração de petróleo e gás, mesmo em um mundo com expressiva mudança no perfil de consumo energético”, destaca Ciro Marino. E já existem tecnologias para essa transição – que já está ocorrendo. Basta avaliar a participação da energia renovável não hidrelétrica na matriz energética do país. Além de


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Matéria de Capa o Brasil já possuir a matriz energética mais limpa do mundo, tem potencial de elevar essa participação, por conta das suas vantagens comparativas, que se destacam em relação a outros países. “Para o Brasil, acredito que os projetos mais adequados, além de continuar investindo em hidrelétrica, sejam os de energia eólica, solar e até mesmo o de hidrogênio verde, a partir da eletrólise com energia renovável. E não vejo o quesito dinheiro ou vontade de investir como um limitante. Acredito que os maiores problemas que o Brasil enfrenta hoje para que esses investimentos caminhem com maior agilidade são insegurança jurídica, falta de previsibilidade e falta de uma estratégia governamental que nos dê uma melhor visão de futuro”, comenta Ciro Marino. O presidente da Abiquim destaca que uma das vantagens dessa transição energética para uma economia de baixo carbono, ou desfossilização, que alguns tratam como descarbonização de forma indevida, pois, não existe vida sem carbono, é que aumentou a necessidade de pesquisa e inovação. “Temos casos que chamamos de simbiose entre indústrias. Uma indústria, no passado, que usava um hidrocarboneto (que pode ser gás natural, por exemplo, ou um óleo pesado qualquer) teria forçosamente uma emissão de gases de efeito estufa (GEE) nas suas chaminés. Só que nós temos uma série de indústrias químicas, que consomem estes gases de efeito estufa como matéria prima, contribuindo para circularidade de insumos e recursos. Esta simbiose, portanto, se está dando da seguinte forma: uma empresa que necessita a queima como energético que gera GEE, acaba sendo associada a uma determinada empresa, que usa esse carbono como matéria prima, sem que ele vá diretamente para a atmosfera. Só para reforçar, a indústria química fornece basicamente para todos os setores da economia – construção civil, automotivo, têxtil, farmacêutico, toda parte de fertilizantes (agroquímica). São apenas alguns exemplos. E o setor químico, por sua vez, está aqui justamente para poder trabalhar através dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, já definidos num padrão mundial. Vale saber que, para cada um desses objetivos, a indústria química tem o seu fator de contribuição”, afirma Ciro Marino.

Para Abiquim, tecnologia e inovação estão no centro das soluções ambientais A Abiquim promoveu o 6º Seminário Abiquim de Tecnologia e Inovação, em outubro, em ambiente virtual, com mais de 500 inscritos, e a participação de lideranças industriais, convidados estrangeiros, membros do governo e representantes do setor de pesquisa. Sob o tema A inovação e a química como soluções para o desenvolvimento sustentável, Andreas Förster, diretor executivo da Dechema (Sociedade Alemã para Engenharia Química e Biotecnologia), Márcio Rebouças, especialista em inovação e tecnologia da Braskem, e Silvio Vaz Júnior, pesquisador da Embrapa, apontaram que as inovações 48

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químicas, ligadas à captura de carbono, já são realidade, e serão responsáveis por uma parte significativa da redução de emissões, almejada para as próximas décadas. E que há muitos desafios tecnológicos, regulatórios e econômicos a serem superados, e a cooperação entre indústria, universidades e governo é fundamental nesse caminho. Förster explicou que, na Alemanha, sob o contexto do Green Deal da Comissão Europeia, a indústria química estabeleceu metas ambiciosas para alcançar a neutralidade em carbono. “Nesse sentido, não bastam melhorias incrementais, mas o desenvolvimento de novas tecnologias, e temos focado na produção e novos usos do hidrogênio, na gestão 4.0 de recursos hídricos e na economia circular. Os desafios são imensos, principalmente na questão da matriz energética, que deve ser renovável, e na questão do investimento, que deverá vir das empresas e dos governos.” Rebouças focou sua apresentação nas tecnologias de CCUS, ainda em desenvolvimento. “A contribuição das CCUS para a redução de emissões crescerá nas próximas décadas, e no setor químico pode representar em torno de 20%.” São muitas as possibilidades de transformação do CO2 em matérias-primas em estudo, uma delas pela Braskem, em parceria com a Universidade de Illinois. “Nós estamos investigando rotas por eletrocatálise, para a produção de etileno a partir de CO2 capturado de processos industriais.” A Embrapa trabalha com um sistema de captura por absorção química do CO2 emitido por usinas termoelétricas, para sua transformação em corretivo de solo. O carbono é convertido em nanocarbonatos que, adicionados à lignina (subproduto da indústria de papel e celulose), produzem nanocorretivos, que têm a capacidade de encapsular moléculas de agroquímicos e, portanto, promover sua liberação controlada. O projeto foi iniciado em 2019, em parceria com a Eletrobras, com financiamento de 7,7 milhões de reais, e deve ser concluído no final de 2022. Compromissos firmados e muito trabalho são o dia a dia da Indústria Química para que o planeta alcance o Net Zero em tempo... tic tac tic tac


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Planta dedicada a treinamentos e atualização tecnológica

A Planta Didática Smar é dedicada a treinamentos e atualização tecnológica, em malhas de controle de automação de processos industriais. Representa, de forma simples e objetiva, a operação de diversas malhas de controle, que podem ser implementadas em uma planta industrial Está disponível nas mais modernas tecnologias: HART FOUNDATION fieldbus e PROFIBUS PA; é de fácil instalação, manutenção e operação; possui forma compacta, com estrutura leve, feita em alumínio; tem flexibilidade para configuração dos dispositivos; reproduz a realidade industrial com a mais alta tecnologia disponível no mercado; completa, com as principais variáveis de medição de uma planta real; malhas de controle, previamente, fornecidas pela Smar; permite a criação de outras estratégias de malhas de controle; é indicada para aprendizes e profissionais do ramo de Controle e Automação; possui tanques e tubulação feitos em Aço Inox; tem painel frontal de acionamento e comando; e permite uma ou mais estações remotas de supervisão. Os novos kits didáticos da Smar são disponibilizados em FOUNDATION fieldbus, PROFIBUS DP e PROFIBUS PA (podendo ter PROFIBUS DP+PA, no mesmo kit didático), HART e WirelessHART. Um dos grandes diferenciais é a possibilidade de fazer a comunicação entre as diferentes tecnologias – os novos kits didáticos funcionam como Mini Plantas Didáticas.

Petronas lança fluidos de veículos elétricos

A Petronas Lubricants International, braço global de fabricação de lubrificantes da Petronas, conquistou mais um marco na inovação da tecnologia de fluidos, com o lançamento da nova geração do Petronas Iona para Veículos Elétricos (VE) – em seu Centro Global de Pesquisa e Tecnologia, em Turim, Itália. O lançamento, com o tema Accelerating Efficiency, Revolutionising e-mobility, representa uma jornada contínua, em direção às tecnologias e tendências mais recentes do mundo da mobilidade elétrica. De acordo com a publicação mais recente do Global EV Outlook 2021, o mercado global para todo o tipo de veículos foi significativamente afetado pelas repercussões econômicas da Pandemia de Covid-19. Enquanto os registros de veículos convencionais caíram, as vendas globais de veículos elétricos tiveram um crescimento de 70%, em 2020. A linha Petronas Iona pretende ajudar o mundo a acelerar o caminho para um futuro sem carbono, otimizando a eficiência energética, a segurança e o desempenho de veículos elétricos, com soluções avançadas de fluidos VE. A segunda geração do Petronas Iona foi projetada para dar resposta a diversas exigências dos sistemas de acionamento elétrico e dos eixos, incluindo o controle de atrito e desgaste, bem como o gerenciamento térmico para gestão de temperatura, a fim de maximizar o desempenho, eficiência energética e confiabilidade de veículos elétricos de alto desempenho. Essa iniciativa está alinhada com o compromisso da PLI com a sustentabilidade, anunciado em 2018, em que 75% de seus investimentos em Pesquisa e Tecnologia seriam destinados à redução de emissões, para apoiar a meta maior de carbono zero, até 2050.

Posicionador de Válvulas

O VVP10 é um posicionador inteligente da Vivace, e foi projetado para trabalhar com acionadores de válvulas lineares ou rotativas, proporcionando precisão e controle, com alta disponibilidade e confiabilidade. Permite fácil instalação e comissionamento, e é adequado para vários tipos de válvulas, independentemente do tipo e do tamanho. Os posicionadores VVP10 estão disponíveis nas tecnologias HART 7 / 4-20mA e PROFIBUS PA. O modelo HART possui em seu modelo padrão o retorno de corrente 4-20 mA, para indicar a posição real controlada. O VVP10 possui modelos com sensores de pressão, interruptores de fim de curso (limit switches), saídas digitais (para alarmes e válvula de segurança), e diagnósticos avançados, que ajudam a predizer eficientemente a necessidade de manutenção. As respectivas bibliotecas DTM para os equipamentos HART e Profibus-PA podem ser encontradas no site da Vivace.

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Conversor de Sinal Analógico para PROFIBUS-PA

O VAP11 é um conversor analógico para montagem em painel (trilho DIN), que permite que até 3 canais de entrada, com sinais 4-20 mA (ou 0-20 mA) ou 0-5 V, possam ser convertidos para Profibus-PA. O usuário pode configurar cada canal para funcionar com corrente ou tensão, o que garante grande versatilidade de aplicações ao VAP11. Pode ser configurado através de ferramentas disponíveis no mercado, baseadas em EDDL e DTM, ou localmente, usando uma chave magnética.

Conexões enfrentam o desafio da transição energética

Embora os projetos de energia verde sejam críticos para a descarbonização, muitos fornecedores lutam para equipar adequadamente seus empreendimentos com tecnologia confiável. Buscam soluções projetadas adequadamente, que garantam a segurança e integridade dos ativos, o que inclui conexões de tubulação e revestimento à prova de gás, em condições adversas, criadas pelas aplicações de baixo carbono. O desafio então é desenvolver e qualificar soluções em tempo hábil. A Vallourec conhece as tecnologias de baixo carbono, apoiando projetos geotérmicos há mais de 30 anos, soluções que agora disponibiliza para o mercado de petróleo e gás, como suas conexões premium VAM. Os especialistas do Vallourec Research Center for Connections desenvolveram e testaram as conexões VAM em condições variadas, para garantir, por exemplo que as conexões VAM sejam à prova de hidrogênio: com apoio de parceiros, a Vallourec comprovou que a VAM 21 permanece estanque ao gás, com misturas de 5% a 100% de hidrogênio, e 95% de nitrogênio, conseguindo uma forma de validar o VAM 21 para poços de armazenamento de hidrogênio. O VAM 21 e sua versão compatível de alto torque VAM ® 21 HT são a última geração de conexões T&C premium avançadas. Tão forte quanto o tubo, e totalmente validadas em relação à API RP 5C5:2017 / ISO 13679:2019 CAL-IV em toda a linha de produtos, seu design inovador provou ser extremamente confiável em campo, qualquer que seja a aplicação, mesmo a mais crítica.

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Nova poliamida de alto desempenho com base reciclada

A Solvay introduziu a nova família de compostos de poliamida de alto desempenho (HPPA) Omnix, com base em um mínimo de 33% de conteúdo reciclado, a partir de resina reciclada PIR/PCR, que é altamente segura, e tem um processo controlado pelo fornecedor. A inovadora tecnologia Omnix ReCycle HPPA segue o roteiro One Planet de sustentabilidade da Solvay, para melhorar continuamente a pegada ambiental e a circularidade de seu portfólio de produtos. O perfil exclusivo de desempenho e sustentabilidade desse produto oferece uma solução de material atraente para proprietários de marcas e fabricantes, que buscam aumentar o conteúdo reciclado em seus produtos, sem comprometer a estabilidade dimensional, alta rigidez, resistência ao impacto e processabilidade. O conteúdo reciclado do Omnix ReCycle economiza recursos e resulta em uma pegada de carbono significativamente menor, em comparação com o HPPA virgem, mostrando assim um potencial de aquecimento global (GWP, na sigla em inglês) 30% menor. Ao mesmo tempo, ele tem um ajuste ideal para substituir poliamidas (PA) de baixo desempenho, bem como metais. Em eletrodomésticos, por exemplo, ele oferece maior durabilidade do que os polímeros de poliamida PA6 ou PA66 padrão. Isso ajuda os OEMs a reduzir devoluções por quebras e danos, ao mesmo tempo em que atende à crescente conscientização dos consumidores quanto à longevidade e menor impacto ambiental, em suas escolhas de produtos. Com sua excelente aparência de superfície, o novo HPPA, com base reciclada, também pode eliminar a necessidade de pintura, o que aumenta seus benefícios gerais de sustentabilidade, e facilita a reciclagem no fim da vida útil de aplicações, em uma economia de plásticos cada vez mais circular. Outra intenção alvo é a resistência ao desgaste para componentes internos leves em transporte e automotivo. O Omnix ReCycle da Solvay pode ser processado em equipamentos de moldagem por injeção padrão, incluindo o uso de moldes aquecidos a água. Após a amostragem e aprovação bem-sucedidas por clientes selecionados, o novo material HPPA sustentável está disponível comercialmente em todo o mundo. O novo Omnix ReCycle da Solvay combina as excelentes propriedades mecânicas do HPPA semiaromático virgem com melhor fluxo, menor absorção de água e um excelente acabamento superficial. Omnix é uma marca registrada da Solvay.


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Calibrador universal de processo – segurança intrínseca

O MCS-12-IS é um calibrador, que possibilita a medição e geração dos sinais utilizados em Instrumentação e Controle de Processos. É intrinsecamente Seguro para uso em áreas classificadas, atmosferas explosivas, grupo IIC, Zona 0 / Ex ia IIC T4 Ga, que é o grupo do hidrogênio e do acetileno. Desenvolvido e fabricado no Brasil pela Presys, em caso de manutenção, não precisa retornar ou esperar por peças dos Estados Unidos, Europa etc. O conserto é feito aqui, rapidamente, sem perder a segurança intrínseca do instrumento. Portátil e compacto, ideal para uso em campo, apresentando níveis de desempenho somente comparáveis a padrões de laboratório. Comunica-se com o Software de Calibração ISOPLAN em ambiente Windows, fornecendo um verdadeiro Sistema de Calibração Assistida por Computador com capacidade de documentação. ISOCAL MCS-12-IS é um instrumento de elevada exatidão, com características de alta estabilidade, em relação a mudanças de temperatura e manutenção das especificações, com o passar de longos períodos de tempo. A entrada Probe calcula as temperaturas baseadas em tabelas internacionais padronizadas, nas escalas IPTS-68 e ITS-90, e também possui algoritmos internos, que calculam as temperaturas utilizando coeficientes Callendar-Van Dusen, provenientes de uma calibração de um sensor. Possui itens úteis que permitem seu uso em campo e em bancada. O calibrador também incorpora conceitos de calibração automática via computador, tais como emissão de relatórios e certificados, gerenciamento automático de tarefas, organização e arquivamento de dados, para abranger os requisitos de procedimentos de qualidade.

Bicos sopradores de íons / pistola

Você pode remover facilmente até mesmo as menores partículas de poeira na produção, para aumentar a qualidade de seus produtos com os bicos de sopro de íons / pistolas da Eltex. Dispositivos de sopro de íons para descarga e remoção de poeira de componentes altamente sensíveis. Picos de emissão envolvidos pela corrente de ar criam uma nuvem de descarga densa de íons. Disponível como jato plano / jato redondo / jato pontual ou bico jato plano compacto, ou como pistola. A pistola sopradora de íons PR36, com bico easyCLEAN, possui cabo de mola e mangueira dupla em espiral para manuseio ergonômico. Voltagens disponíveis: 115 V, 230 V, 24 V DC High-voltage generation, Non-EX. Possui várias geometrias e conexões.

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Produtos amigos do clima tem o primeiro isocianato sem CO2

A Basf expande o portfólio de diisocianato de metileno difenil (MDI), e apresenta com Lupranat ZERO (Emissão Zero, Origem Renovável), o primeiro isocianato aromático neutro em gases de efeito estufa. A Lupranat ZERO tem pegada de carbono do produto Cradle-to-Gate1, 2 (PCF) contábil de zero; isso significa que, em seu caminho até deixar o portão da fábrica da Basf para o cliente, todas as emissões de gases de efeito estufa relacionadas ao produto e o carbono de base biológica ligado a ele não carrega CO2. As emissões zero até o portão de fábrica são alcançadas sem certificados de compensação. Em vez disso, as matérias-primas renováveis são usadas no início da cadeia de produção química, e alocadas por meio de um processo de balanço de massa. Além disso, as energias renováveis são usadas para o processo de fabricação com certificados de energia verde (por exemplo, certificados de energia renovável). A verificação do cálculo PCF do Lupranat ZERO pela TÜV Nord foi concluída com sucesso. O Lupranat ZERO estará disponível no segundo trimestre de 2022. 1

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Consideração Cradle-to-Gate, de acordo com a ISO14067, incluindo assimilação de biogenes. O PCF do berço ao portão considera todos os processos, desde a extração de recursos, passando pela fabricação do pré-produto e fabricação do produto final, até o ponto em que o produto sai da empresa. Os PCFs da BASF são calculados de acordo com a ISO 14067:2018, a norma ISO para pegada de carbono. Isso é baseado nos princípios e requisitos gerais das normas ISO ISO 14040:2006 e ISO 14044:2006 para avaliações de ciclo de vida.

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O que uma bomba pode fazer, com a pioneira bomba elétrica de diafragma ARO

A ARO, a marca em que você confia há quase 100 anos, está anunciando a próxima evolução na tecnologia de bombas de fluidos, ao lançar sua Bomba Elétrica de Diafragma EVO Series. Esta bomba combina características nunca antes disponíveis em uma bomba, oferecendo a versatilidade de uma bomba de diafragma e a eficiência e capacidade de controle de tecnologias de deslocamento positivo. Faça o download do folheto para saber mais sobre as Bombas Elétricas de Diafragma EVO Series, e veja como elas podem melhorar sua produtividade no transporte de fluidos.

Transferência de custódia

Os medidores mássicos Coriolis de fabricação Metroval utilizam-se deste princípio físico para medir, diretamente em massa, a vazão de líquidos ou gases, sem a necessidade de compensação de pressão, temperatura, viscosidade ou densidade. Diversas opções de materiais e construções permitem sua aplicação em uma ampla gama de processos. Possuem aprovação de modelo pelo Inmetro para medição fiscal e transferência de custódia. • Família de sensores SMT, com vazão de 1 kg/min a 17.300 kg/min; • Conexões de ½” a 10” de diâmetro; • Temperatura de processo de -20°C a +120°C (Versão NT) – Standard; • Temperatura de processo de -20°C a +210°C (Versão ET) – Opcional; • Calibração em laboratório acreditado (ISO-17025) pelo INMETRO; • Diagnóstico de funcionamento integrado; • Medição de Vazão Mássica, Vazão Volumétrica, Densidade e Temperatura; • Medição de concentração em °Brix, °Baumé e °INPM (Selecionáveis); • Aprovado para uso em medição fiscal e transferência de custódia, conforme OIMLR117 classe 0,3, e Portaria INMETRO nº 064-2003. • Tecnologia digital de alta performance, compacto, auto drenante, medição de massa, densidade e volume, baixa perda de carga


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Setor narra a transição energética em andamento no 387

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@Equinor Hywind Tampen floating wind farm Gullfaks platform

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Setor narra a transição energética em andamento

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onsiderado o vilão do clima, o setor de óleo e gás mundial vem aumentando investimentos e presença, nas diversas frentes renováveis. As petroleiras europeias anunciaram rapidamente seu alinhamento ao Acordo de Paris, privilegiando energias renováveis, enquanto as petroleiras americanas focaram na captura e estocagem de carbono – até para estender a vida das fontes fósseis. Porém, de maneira geral, em todo o mundo, as cadeias de energias renováveis estão sendo impulsionadas por essas mesmas petroleiras, que possuem muitos ativos de óleo e gás em desenvolvimento. Países em todo o mundo se têm comprometido a atingir emissões líquidas zero de gases de efeito estufa (GEE). Porém, o que seria necessário para cumprir com os diversos acordos ambientais? E no que isso implicaria? A McKinsey analisou a transformação econômica que uma transição acarretaria: as mudanças na demanda, gastos de capital, custos e empregos, até 2050, para setores que produzem cerca de 85% das emissões totais, foram estimados, bem como as mudanças econômicas para 69 países, incluindo o Brasil. E chega à conclusão de que, mesmo que todos os compromissos net-zero e promessas climáticas 54

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fossem cumpridos, pesquisas sugerem que o aquecimento não seria mantido em 1,5°C, acima dos níveis pré-industriais, aumentando as chances dos impactos significativos das mudanças climáticas. Além disso, a maioria desses compromissos ainda precisa ser apoiada por planos detalhados ou executados. E nem a execução seria fácil: resolver a equação net-zero não pode vir separado da busca pelo desenvolvimento econômico e crescimento inclusivo. Ou seja, a transição exigiria mudanças significativas para: energia, indústria, mobilidade, construções, agricultura, silvicultura, e outros usos do solo e resíduos. Isso significa abordar dezenas de questões complexas, incluindo: qual é a combinação apropriada de tecnologias que precisa ser implantada para alcançar reduções de emissões, mantendo-se dentro de um orçamento de carbono, limitando custos e entregando os padrões de desempenho exigidos? Onde os gargalos da cadeia de suprimentos e da infraestrutura são mais prováveis de ocorrer? Que oportunidades e riscos isso criaria para empresas e países? Entre outras. E a McKinsey procura responder a algumas destas questões, baseada numa análise de um cenário hipotético de 1,5°C, onde se preveem gastos de capital em ativos físicos


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para sistemas de energia e ocupação do solo na transição net-zero, entre 2021 e 2050, de cerca de US$ 275 trilhões, ou US$ 9,2 trilhões, por ano, em média, um aumento anual de até US$ 3,5 trilhões, em valores de hoje. O exercício, nesse cenário, imagina que a transição pode resultar em um ganho de cerca de 200 milhões e uma perda de cerca de 185 milhões de empregos, diretos e indiretos, em todo o mundo, até 2050, o que significa que, embora a transição crie oportunidades, setores com produtos ou operações de alta emissão – que geram cerca de 20% do PIB global – enfrentariam efeitos substanciais na demanda, custos de produção e emprego. Nessa mesma análise, países com PIB per capita mais baixo e produtores de recursos de combustíveis fósseis têm maior exposição na transição. Para ajudar a ilustrar como a transição net-zero pode ocorrer de forma diferenciada em todo o mundo, a McKinsey definiu seis arquétipos de países, de acordo com a natureza e magnitude da sua exposição, em todos os setores e comunidades. No arquétipo de uso intensivo da terra, por exemplo, foram agrupados países, como Brasil, Argentina, Bolí-

via, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, entre outros. Nesses países, os setores agrícola e florestal, juntos, representam parcelas significativas do PIB (mais de 5%), empregos (mais de 10%) e estoque de capital (mais de 5%). Então, eles precisariam equilibrar as necessidades de uso da terra com a proteção das florestas, apoiar comunidades cujos meios de subsistência deles dependem. A contribuição de outros setores, como produção de combustíveis fósseis, energia e indústria para PIB, empregos e estoque de capital, também é considerável para alguns países do arquétipo, como o Brasil, que também poderiam, portanto, estar expostos a problemas descritos para outros arquétipos da análise, como produtores de emissões, produtores de recursos de combustíveis fósseis, entre outros. Mas, com seus estoques de capital natural, esses países têm potencial de crescimento em setores, como energia renovável, minerais necessários para a transição, e manejo florestal; projetos de reflorestamento e florestamento podem gerar créditos de carbono e serviços ecossistêmicos. no 387

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@Abeeólica/Flavia Valsani

Para Élbia Gannoum, presidente da Abeeólica, falar de transição energética, no caso do Brasil, é fácil. Já temos uma matriz elétrica e energética com participação de renováveis, acima da média mundial. “No caso da elétrica, por exemplo, temos 83% de renováveis, enquanto a média global é de cerca de 25%. Na matriz energética, temos 46%, e a média mundial está ao redor dos 15%. E seremos cada vez mais renováveis. Temos um dos melhores ventos do mundo, para geração de energia eólica em terra; em alguns anos, teremos eólicas offshore, nosso potencial solar é enorme, a biomassa cresce com solidez, e temos a possibilidade de aproveitar o gás natural do Pré-sal para gerar energia. Nosso desafio não é, portanto, gerenciar escassez de recursos naturais limpos, como é o caso de tantos países, que precisaram investir bilhões em políticas de desenvolvimento de renováveis. Nosso desafio é gerenciar sua abundância para produção de energia, tirar de cada um deles o melhor possível, protegendo a natureza, e trazendo retornos sociais e econômicos para a sociedade. Nossa responsabilidade, quando miramos o palco mundial das discussões sobre aquecimento global, é gigantesca. E eu estou falando apenas do recorte das fontes de energia. Se falarmos de florestas e de outros recursos naturais, a responsabilidade brasileira é ainda maior”. “O mundo passa por mudanças aceleradas. No con-

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texto das fontes de energia, essa necessidade é cada vez mais urgente, o que tem colocado o processo de transição energética no centro do debate global. No caso do Brasil, temos a vocação para a produção de energéticos menos poluentes, e um enorme potencial para nos tornarmos uma das referências globais, em energias renováveis e em economia de baixo carbono. As energias solar e eólica crescerão em participação na matriz energética nacional. Isto auxiliará na melhoria do ambiente regulatório, na elevação das fontes de financiamento, na redução de custos, e na consolidação da demanda. No perfil da matriz energética brasileira, temos o desenvolvimento dos biocombustíveis avançados, que serão fundamentais no processo da transição, principalmente para atender o mercado de transporte com o diesel verde, bioQAV e etanol. Além disso, energéticos oriundos da biomassa, biogás e o hidrogênio verde serão produtos cada mais demandados. No caso do hidrogênio, o uso industrial já está razoavelmente consolidado; entretanto, o seu uso energético ainda tem como principal desafio a redução dos custos, para se tornar mais competitivo em relação às outras fontes. E o PNE 2050 traz o hidrogênio como parte da estratégia energética brasileira, recomendando o estímulo ao seu uso, para descarbonização de diversos setores e o aprimoramento de questões regulatórias re-


Matéria de Capa @IBP/Andre Luiz Melo

lacionadas à segurança, infraestrutura de transporte, armazenamento e abastecimento”, afirma Eberaldo de Almeida Neto, presidente do IBP. De fato, o Brasil tem sido exemplo mundial na construção de mix energético sustentável, com mais de 85% da matriz elétrica oriunda de fontes limpas e renováveis, e 48% de renovabilidade em sua matriz energética total, com muitas oportunidades de investimento nas diversas fontes renováveis. O próprio Ministro Bento Albuquerque participou da COP26 – Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima para falar sobre essas oportunidades. @MME

E é exatamente porque possui essa abundância de fontes que se pode entender o processo de transição energética como uma oportunidade. Élbia Gannoum pondera que, conforme nossa matriz, já altamente renovável, for se expandindo, vai comportar a participação crescente de renováveis, mudando o mix de recursos naturais que utilizamos para gerar energia. O peso das hidrelétricas, por exemplo, nosso grande recurso renovável, tende a ir diminuindo, conforme forem crescendo eólica, solar, biomassa e, num futuro bem próximo, parques híbridos, novas tecnologias de armazenamento, eólica offshore, gás natural e hidrogênio. No caso da matriz energética, o uso de biocombustíveis vai fazendo esse caminho de renovabilidade, assim como a tendência de eletrificação de parte da frota. Mas, apesar de todas as ações para atenuar as mudanças climáticas, para os analistas da S&P Global Platts Analytics, as emissões de CO2 devem aumentar 2,5%, em 2022, alcançando novos níveis recordes. O que significa que, até o final deste ano, há riscos significativos para as agendas de políticas ambientais domésticas – por conta das eleições – ainda que vários líderes tenham prometido na COP26 fortalecer as metas de emissões para 2030. Destaque-se que a COP 26 não contou com a presença oficial das petroleiras. Para Elbia Gannoum, a COP foi fundamental. “Duas semanas antes, o Conselho Global de Energia Eólica e mais de 90 líderes globais de eólica tinham lançado um alerta: as instalações de eólica precisam aumentar quatro vezes os níveis atuais, para que a fonte possa fazer seu papel de ajudar os países a atingir o net zero, até 2050, e as projeções que temos hoje de crescimento desta fonte oferecem menos da metade do necessário. Terminada a COP26, o alerta era ainda mais claro, não apenas do ponto de vista da eólica,

mas de todas as renováveis: sim, estamos na direção correta, mas a transição energética precisa ser muito mais rápida. E, apesar de alguma crítica pontual ao acordo final, há razões para comemorar o resultado da COP, do ponto de vista das energias renováveis”. O Brasil, após a Crise Energética de 2001, começou a apostar fortemente numa matriz elétrica e energética mais diversificada, como forma de reduzir a dependência das hidrelétricas, e novas fontes ganharam espaço. A eólica, por exemplo, é a segunda fonte da matriz elétrica, ocupando 11% da matriz, e chegando a abastecer 20% do país durante os meses da chamada “Safra dos Ventos”, no segundo semestre. E isso foi possível, em primeiro lugar, porque o avanço tecnológico significou redução de custos, algo que se nota com destaque nas fontes eólicas e solar. Também foi importante o papel do financiamento do BNDES e de outros bancos de fomento, além das recentes decisões de grandes fundos de investimentos e bancos, de não mais financiarem combustíveis fósseis. Isso tem um impacto positivo muito forte para a transição energética, especialmente no caso de países que ainda dependem de fontes fósseis. E aí chegamos em um ponto delicado da transição energética: a disparidade de níveis de desenvolvimento entre os países. Uma das maiores dificuldades de se discutir transição energética vem da necessidade de se conjugar uma compreensão global do problema, mas sem perder as especificidades regionais. A conclusão é clara: financiamentos precisam ser facilitados para a transição para fontes renováveis, nos países em desenvolvimento que não possuem condições de fazê-la com recursos internos. E isso deve ser prioridade. Neste ponto, houve grande avanço, porque a COP26 deixou a certeza de que os grandes financiadores, não apenas estão convencidos de que precisam destinar recursos para países menos avançados na transição energética, como deixou muito claro que o sistema financeiro não seguirá financiando combustíveis fosseis. No Acordo Final – documento redigido na COP 26 –, houve pressão por uma mudança no texto: no trecho sobre abandono gradual do uso de carvão e subsídios a combustíveis fósseis, ao invés de se comprometer a acelerar a “eliminação”, a versão final do acordo fala em acelerar a “redução gradual” dessas fontes altamente poluentes de energia. “Apesar de todo o investimento da China em renováveis, o país ainda é muito dependente de combustíveis fósseis, e o carvão representa 57% da sua matriz; o petróleo 20%; gás natural 8,2%, hidrelétricas 8,1%, renováveis 5,4% e nuclear 2,2%. Mas, a demanda por energia na China é algo gigantesco. Com o tamanho da economia deles, mesmo com uma queda de crescimento – para uma economia de US$14 trilhões – só em eletricidade, capacidade de geração de energia, a China precisa adicionar, a cada ano, o que o Brasil tem de capacidade instalada,

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Matéria de Capa cerca de 180 GW. É um processo que está acelerando-se, mas vai demandar algum tempo. Eles estão investindo num processo de tornar a produção e uso do carvão mais sustentável, e reduzir danos...”, comenta a diretora executiva do Conselho Empresarial BrasilChina (CEBC), Cláudia Trevisan. A dependência da China por petróleo vai continuar por algum tempo – eles estimam alcançar o pico de consumo de petróleo por volta de 2030, e então começaria a cair. O petróleo é o segundo produto na pauta de importação da China, só perde para semicondutores. Sua dependência de petróleo importado é de 73%, então o país terá que equilibrar a questão da necessidade de crescimento com suas metas ambientais. Em 2021, algumas províncias não alcançaram as metas, e tiveram de racionar energia, o que impactou negativamente o crescimento, e levou a discussões sobre a busca de maior equilíbrio entre descarbonização e crescimento – que é uma questão sensível para toda a sociedade.

“Entre eliminar e reduzir, há muita diferença, mas avalio que o acordo firmado é um divisor de águas, ao mencionar tão claramente os fósseis, e indicar um caminho para isso. Voltei da COP26 com uma certeza muito forte, de que temos a capacidade de aumentar a velocidade da transição energética, porque senti um envolvimento muito grande das empresas e das entidades de financiamento. Um outro assunto me faz comemorar: o avanço do mercado de carbono. Os países participantes da COP26 concordaram sobre como o comércio global de carbono funcionará para acelerar a ação climática. A regulamentação do mercado de carbono era um ponto em que eu estava bastante focada, acompanhando, porque é um passo crucial, e será uma ferramenta fundamental para a transição energética. É, de fato, muito complexo conjugar interesse de países tão distintos, porém, se a ideia é salvar o planeta 58

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para as próximas gerações, não há milagre: todos terão de se esforçar. Neste sentido, o acordo final da COP26 até pode ter tido um sabor agridoce com a mudança de última hora, mas o setor privado, os bancos e fundos de investimentos mostraram estar trabalhando com um engajamento cada vez maior, para garantir uma transição energética numa velocidade mais rápida, e também de forma mais justa”, afirma Elbia Gannoum.

Quanto às diferentes visões e possibilidades de aplicação de tecnologias e metas, a FGV, em seu estudo sobre petropolítica, à luz da discussão sobre a transição para uma economia de baixo carbono na recém-realizada COP26, destaca os desafios que implicam relativa cautela entre os países produtores de combustíveis fósseis. Em resposta à COP26, o 182º Encontro da OPEP, realizado em 1º de dezembro, apontou que as incertezas sobre a indústria do petróleo não deveriam considerá-la um pária energético, diante do crescimento de 28% da demanda de energia para o horizonte de 2045, e da pobreza energética que ainda reside em muitos países em desenvolvimento, sobretudo na África (OPEC, 2021). A agenda global sobre a transição energética e o futuro da indústria de óleo e gás também esteve na pauta da 41ª Sessão do Conselho de Ministros da Organização dos Produtores de Petróleo Africanos (APPO), realizada em 14 de dezembro, onde foi rechaçada a “atual transição unilateral imposta pelos países desenvolvidos”, que utilizaram abundantemente os combustíveis fósseis para se industrializarem, e agora defendem seu abandono, colocando em risco a industrialização africana – processo intensivo em energia – e o financiamento de pesquisa, tecnologia e capitalização mais eficiente e sustentável dos recursos de


Matéria de Capa óleo e gás no continente, que somam 125 bilhões ciedade, o que precisamos é de tecnologia para tornar de barris de petróleo, e 500 trilhões de metros possível a descarbonização. O setor de carvão no cúbicos de gás natural, em reservas provadas mundo começa a iniciar sua curva de aprendiza(OPEC, 2021c; APPO, 2021). Tanto o papel do, rumo à transição energética, usando tecnoda OPEP quanto da APPO sobre a transilogia de ponta já testada e em funcionamento, ção energética não condiz, entretanto, com falta ao Brasil criar o seu planejamento para a negação das mudanças climáticas, mas incorporação dessas soluções, e até desenvolver com a busca de soluções sustentáveis mais sua tecnologia própria, que possa ser exportável abrangentes e inclusivas, capaz de garantir a outros países”, afirma o presidente da Associaa resiliência econômica e social pós-pandemia ção Brasileira do Carvão Mineral (ABCM), Fernando (OPEC, 2021). Além disso, a inclusão da distribuiZancan. ção de energia para todos, especialmente com o fato de que Some-se a esse cenário a alta dos preços de energia no quase dois terços da população africana não têm acesso a mundo inteiro. A S&P Global Platts Analytics vê a necesqualquer forma de energia moderna; o que pode se aprosidade de políticas que equilibrem melhor a necessidade de fundar, sem o devido planejamento energético e o aproveiadicionar fornecimento de eletricidade com zero carbono, tamento das riquezas para atender uma demanda de energia com o custo da despachabilidade/disponibilidade de ener40% maior, em 15 anos, e o dobro da atual população, em gia renovável muitas vezes intermitente: o foco será como @ANP/RWBfotos três décadas (APPO, 2021). os formuladores de políticas veem a troca entre a prioPara o diretor-executivo da UNICA – União rização da transição energética, ou o fornecimento da Indústria de Cana-de-Açúcar –, a Confeconfiável de energia. Mas, qual energia? rência do Clima em Glasgow reforçou a urRodolpho Saboia, Diretor-Geral da ANP, gência de medidas para reduzir as emissões pondera que o mundo está mergulhado nessa de poluentes que agravam o efeito estufa e, temática da transição energética. “A tendência consequentemente, o aquecimento global. mundial é de crescimento das fontes de ener“É consenso, entre as nações do mundo, que gia renováveis, como hídrica, eólica, solar, parte do enfrentamento a esse desafio passa, hidrogênio verde, dentre muitas outras opções. necessariamente, pela descarbonização do seE cada país encontrará seu próprio caminho, de tor de transportes, responsável por quase 25% das acordo com sua capacidade competitiva e vocação”. emissões. O uso de etanol como combustível automotivo O Brasil já é um país privilegiado nesse sentido, pois, é uma das soluções viáveis, que está sendo replicada por as diversas políticas públicas adotadas, ao longo do temoutros países. E nós a temos aqui no Brasil há mais de 40 po, permitiram que 48,4% de sua matriz energética primáanos. Nas últimas duas décadas, o uso do etanol evitou que ria seja composta de fontes renováveis, enquanto a média mais de 580 milhões de toneladas de CO2 fossem lançados mundial é de 13%. O Brasil também se destaca entre as na atmosfera, contribuindo para a saúde de milhões de pesgrandes economias, em termos de geração de energia elétrisoas e do meio ambiente”. ca a partir de fontes renováveis: 84,8%. É o segundo maior Definida na COP26 a forma como tratar o carvão mineprodutor e consumidor de biocombustíveis, que responde ral, esse foi o primeiro setor no Brasil a definir uma legislapor cerca de 30% da nossa matriz de transporte. ção específica para promover a transição energética, rumo A ANP continua trabalhando para fomentar os investia um futuro de baixo carbono, após a sanção presidencial mentos em biocombustíveis, e para inserir os combustíveis do Projeto de Lei 712/19, aprovado no Congresso Nacional avançados na matriz de combustíveis do país, por meio da em dezembro do ano passado. A legislação, que também regulação, como por exemplo, recentemente, ao regulameninstitui subvenção econômica às concessionárias do servitar o diesel verde, entre cujas rotas está incluído o HVO. ço público de distribuição de energia elétrica de pequeno É uma tendência mundial, a implantação de biorrefinarias porte, cria o Programa de Transição Energética Justa (TEJ) que possibilitarão a produção, em conjunto com o HVO, para a região carbonífera do Estado de Santa Catarina, a de bioquerosene de aviação, também já regulamentado pela maior do país em capacidade de geração de energia, a partir Agência, além de nafta e propano verdes. do carvão mineral, em torno das operações do Complexo Rodolpho Saboia lembra ainda que “é preciso ter claTermoelétrico de Jorge Lacerda. A região passa a ter, como reza de que o Brasil e o mundo ainda demandarão petróperspectiva, ser uma nova indústria, com baixa pegada de leo e gás natural durante as próximas décadas, no mínimo. carbono, até 2040, seguindo os compromissos assumidos Mesmo no cenário de emissões líquidas zeradas em 2050, pelo país em Glasgow, na Escócia. a Agência Internacional de Energia ainda vislumbra par“Descarbonizar significa reduzir e neutralizar a emisticipação do petróleo e o gás natural na matriz energética são de carbono, e não a eliminação de fontes de energia mundial, de cerca de 20%. Não podemos esquecer do taque têm sido por séculos a base de desenvolvimento da somanho do desafio da transição energética. Há necessidade

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de vultosos investimentos, que, atualmente, estão inadequados, tanto para atender as metas de transição energética no longo prazo, quanto para atender as necessidades de curto prazo da sociedade, gerando volatilidade nos preços dos energéticos e inflação. Atingir as metas de Paris, requer um aumento no investimento anual em energia limpa para quase US$ 4 trilhões, até 2030, conforme estimativas da Agência Internacional de Energia (IEA). O desenvolvimento tecnológico ainda é um gargalo, pois, quase metade das tecnologias que permitirão o net zero, em 2050, estão hoje em fase de demonstração ou prototipagem. Indústrias de base, de uso intensivo em energia, e transportes de longa distância, ainda não enxergam substitutos rápidos ao petróleo, que sejam comerciais, ao ponto de serem adotados em larga escala”. O Diretor-Geral da ANP também pontua que as fontes renováveis mais utilizadas, como a solar e eólica, são intermitentes, o que ainda gera a necessidade de uso de combustíveis fósseis, como o gás natural, para garantir a segurança energética. “Sabemos que a equação entre segurança energética e ambições climáticas não é simples. Precisamos combater as mudanças climáticas, mas também a pobreza energética. O Brasil continuará atraindo investimentos para a produção de petróleo e gás, que gera empregos, renda e arrecadação para a sociedade brasileira. Ao mesmo tempo, a indústria está comprometida com a descarbonização do setor. É preciso que a sociedade se conscientize de que a transição energética requererá esforços de todos, e de que a mudança deve ser puxada pela queda da demanda por combustíveis fósseis, a ser acompanhada pela redução da oferta. As atuais crises no setor de energia, no mundo, indicam que o inverso não funciona”. O Brasil tem alto índice de aproveitamento de gás, com baixo flaring (menos de 3%). A Petrobras, que opera mais de 90% da produção de óleo e gás no país, aumentou mais de 40% sua produção, desde 2009, sem aumentar as emis60

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sões absolutas. As reservas do Pré-sal são ativos globalmente competitivos, no cenário de transição energética, com baixo custo e baixas emissões de GEE. O país está desenvolvendo seu mercado de gás, por meio de nova legislação, e a produção de gás do Brasil tem potencial para dobrar, até 2030. Sem contar que a indústria de petróleo e gás tem as habilidades, infraestrutura e capital para ajudar a desbloquear soluções de net zero, como CCS. No Brasil, quando se fala em energia, todos os olhos focam a Petrobras, que se tem mostrado comprometida com a transição para uma economia global de baixo carbono. “Buscamos produzir energia acessível para a sociedade, com uma operação segura, eficiente, de baixo custo, e com menos emissões. A companhia planeja seus investimentos considerando que o Acordo de Paris terá sucesso, e que a temperatura será mantida abaixo de 2oC, com ambição de 1,5oC. Como detentora de reservas relevantes, a Petrobras tem como prioridade continuar a fornecer o petróleo e o gás que a sociedade precisa, de forma competitiva e ambientalmente responsável, enquanto se prepara para o futuro, buscando a neutralidade em carbono das suas operações, e as possibilidades de diversificação rentável, ancorada nas competências que a empresa possui”, afirma a Petrobras, que, em seu Plano Estratégico 2022-2026, reforçou sua agenda de sustentabilidade, e anunciou investimentos de US$ 2,8 bilhões no período, para fortalecer seu posicionamento de se manter entre @Banco de Imagens da Chevron

Injeção de poços de CO2 da planta de gás natural liquefeito de Gorgon, na Austrália, projeto que incorpora o maior sistema de CCS do mundo, projetado para capturar emissões de carbono.


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Fonte: Petrobras

as empresas líderes na produção de petróleo descarbonizado do mundo. Esses investimentos serão destinados à descarbonização das operações, incluindo a criação de um fundo dedicado, que poderá ser usado para o desenvolvimento de soluções, estudos e implantação de projetos-piloto, que mitiguem as emissões de carbono; à produção de uma nova geração de combustíveis, mais modernos e sustentáveis, como, por exemplo, diesel renovável e bioquerosene de aviação; e à pesquisa e desenvolvimento (P&D), mantendo um amplo portfólio de P&D em soluções de baixo carbono e renováveis modernas, para adquirir competências que poderão permitir uma futura diversificação. Mas não para por aí. A Petrobras está avançando na análise de possíveis novos negócios, que possam reduzir a exposição e a dependência das fontes fósseis e, ao mesmo tempo, sejam rentáveis, garantindo a sustentabilidade da companhia, no longo prazo (estratégia de diversificação rentável). O Plano Estratégico 2022-2026 prevê a criação de uma governança de aprovação para entrada em novos negócios, focados em diversificar o portfólio da empresa, priorizando negócios relacionados ao segmento de energia, ou de novos produtos que não estejam previstos no atual plano estratégico. A Chevron acredita que o futuro da energia é uma energia com baixo carbono, e está trabalhando para ser líder na produção eficiente de energia tradicional, com baixo teor de carbono – em alta demanda hoje, e que certamente irá permanecer em alta, nos próximos anos. “Nossa estratégia global é a de combinar nossos projetos tradicionais de óleo e gás com projetos de baixo carbono, que estão desenvol-

vendo-se rapidamente, e que alavancam nossas capacidades, ativos e relacionamentos com clientes. E este futuro já começou. Temos trabalhado para reduzir a intensidade de carbono de nossas operações, com foco em metano, queima e gestão de energia. Nosso plano global estabelece metas de intensidade de carbono para 2028, que resultarão em uma redução de 35%, em relação à 2016, e estabelece nossa aspiração para que, em 2050, tenhamos emissões líquidas zeradas (net zero) para escopo 1 e 2, na exploração e produção. Alcançar a aspiração net zero para exploração e produção, em 2050, exigirá colaboração e formação de novas parcerias, para o desenvolvimento contínuo de tecnologia, política, regulamentos e mercados de compensação de emissão. A Chevron aplica uma abordagem disciplinada, para reduzir as emissões de carbono observando todo o espectro de suas atividades – desde a revisão de suas práticas operacionais, até a padronização do design e implantação de novas tecnologias. Além disso, pretendemos desenvolver linhas de negócios de baixo carbono em combustíveis renováveis; hidrogênio; captura, utilização e armazenamento de carbono; compensações e outras oportunidades emergentes de negócios de baixo carbono”, comenta a Chevron. “A energia que tiver menos emissões de gases de efeito estufa, e que gerar menos impactos ambientais, é a energia do futuro. Não se busca apenas uma fonte de energia, mas ampliar e diversificar a matriz energética. Atualmente, ocorre um grande avanço das tecnologias para a produção de hidrogênio verde, dos biocombustíveis e das usinas solares e fotovoltaicas. Também acompanhamos o desenno 387

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Matéria de Capa rolar do avanço das baterias, inclusive baterias d’água, que contribuem com segurança energética para as fontes intermitentes, e de formas de captura de carbono que compensem as emissões. Nesse caminho, existem formas de redução das emissões nas plataformas de petróleo e na indústria do gás natural que são relevantes e indispensáveis para essa transformação”, comenta mestra Renata Beckert Isfer, fundadora da Petres Energia, exsecretária de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, e Consultora Jurídica da mesma pasta, mestre em Direito, Políticas Públicas e Desenvolvimento Econômico na Uniceub. Co-criadora do movimento “Sim, elas existem”, que busca a igualdade de gênero na Administração Pública e do Programa de Mentoria “EmpodereC”. E não há quem não faça eco à necessidade de se reconhecer que o futuro pertence a um mix de energias com baixo impacto ambiental. Guilherme Perdigão, diretor de Renováveis e Soluções de Energia da Shell Brasil e Shell Energy, afirma que, “como empresa de energia integrada, a Shell analisa a energia que abastecerá o futuro, considerando todas as fontes disponíveis, e avaliando tendências, cenários e projeções. A demanda por energia tem aumentado em todo o mundo – no Brasil, por exemplo, cresceu a uma taxa aproximada de 5% ao ano, nos últimos 10 anos. Ao mesmo tempo, a descarbonização se impõe, e o Acordo de Paris é um reflexo disso. Em 2021, a Shell lançou a estratégia Powering Progress, para fornecer mais soluções de energia mais limpa. Através dela, a Shell se comprometeu publicamente em ser uma empresa de energia com zero emissões líquidas, até 2050. A estratégia orienta nossas ações para acelerar a transição às emissões líquidas zero, com propósito e lucrativamente, em linha com a demanda da sociedade, e está baseada em 4 pilares: respeitar a natureza, impulsionar vidas, atingir emissões líquidas zero, e gerar valor aos acionistas”. Cláudia Trevisan, diretora executiva do Conselho Empresarial Brasil-China, também acredita que as energias do futuro são várias, não há uma saída única nessa transição. “É inevitável falar de energias renováveis, como eólica, solar, o hidrogênio verde, biomassa, bio óleo, sem esquecer que o etanol ainda é importante para a redução de emissões. E não podemos deixar de lado todo o processo de eletrificação da frota – carros, ônibus e caminhões. Essa transição, embora tenha metas e datas estabelecidas para um futuro próximo, está acontecendo agora. Esse futuro sustentável está sendo desenhado, mas pedaços dele já são realidade, hoje”. Cláudia lembra que o dead line que as nações se impuseram é em meados desse século, quando Europa e EUA têm seus compromissos de zerar suas emissões líquidas de 62

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carbono. “2030 está aí! Os países já vão ter de cumprir uma meta ambiciosa de redução de emissões, que não é possível de ser alcançada, sem a transição energética. A previsão da China é de alcançar a neutralidade de carbono em 2060, mas os chineses também estabeleceram outras metas para 2030, como a mobilidade elétrica, uma vertente importante nesse processo de transição energética, e que vem tendo uma transformação muito rápida”, destaca Cláudia. Recentemente, o banco UBS divulgou relatório em que estima que 40% dos carros vendidos em 2030, no mundo, serão elétricos; a Comissão Europeia definiu 2035 para o fim da venda de carros a combustão na UE; e, na China, esse processo de eletrificação da frota está crescendo rapidamente – ano passado, a venda de veículos elétricos (new energy vehicules) subiu 170%: eles venderam 3 milhões desses veículos, que é mais do que o Brasil vendeu de todos os veículos – 1,97 milhão de unidades, em 2021). Com isso, a participação de veículos de novas energias na frota da China subiu para 15% – em 2019, 45% de carros elétricos e 99% dos ônibus elétricos em circulação, no mundo, estavam na China. Acreditando na eletrificação como caminho para uma matriz energética mais limpa e acessível, a Shell Energy comercializou globalmente mais de 255 TWh, em 2020, e tem acesso a uma capacidade de 5,6 GW de energia por fontes renováveis, que se encontra em expansão. O BNDES tem um longo histórico de apoio ao desenvolvimento das energias renováveis no Brasil. Nesse sentido, a visão do banco para o futuro é de geração de energia renovável, liderada pela expansão das fontes de eólica e solar que melhor conjugam atributos de competitividade econômica, sustentabilidade e velocidade de implantação. Esta expansão renovável se dará em um ambiente de contratação livre, que será estendido a todos os consumidores de energia elétrica, e permite o encontro de desenvolvedores de projetos com tecnologias sustentáveis e competitivas, investidores e consumidores comprometidos com a sustentabilidade, e alinhados com os princípios da agenda ESG. E novas tecnologias serão necessárias para substituir a utilização de combustíveis fósseis. Combustíveis de baixo carbono, como o hidrogênio, terão papel de destaque nesse futuro, ao lado dos biocombustíveis e do aproveitamento de recursos energéticos distribuídos. E, para que o país siga no caminho da transição, é importante avançar na agenda de modernização do marco regulatório do setor elétrico, que precisa acompanhar os avanços tecnológicos e os novos desafios, impostos pelas mudanças de paradigma em curso (descentralização, digitalização e descarbonização). Além disso, é preciso aprofundar as


Matéria de Capa zenamento de Captura de Carbono) e compensações estão no centro dessa estratégia, e são uma parte importante da solução para os desafios de atender à crescente demanda por energia acessível e confiável, observando as questões relacionadas às mudanças climáticas. Esses negócios apoiam os esforços da Chevron para reduzir suas emissões de GEE, e devem também se estabelecer como oportunidades de negócios de alto rendimento. Para alcançar suas metas de transição energética, aumentou a alocação de capital para US$ 10 bilhões, até 2028 – recursos que se concentram em ações e investimentos, para atingirmos nossa meta de emissão de carbono líquida zero (net zero), até 2050, e desenvolver outros negócios de baixo carbono. A Chevron acredita que alcançar um futuro de baixo carbono em escala requer parceria e colaboração de todo o sistema energético. Portanto, com este objetivo, trabalha em conjunto com empresas de setores essenciais, que ajudaram a construir nossa sociedade moderna, como transporte, agricultura e manufatura, para desenvolver combustíveis renováveis. Hidrogênio, diesel renovável e combustível de aviação sustentável são algumas das pesquisas que a Chevron está desenvolvendo, para reduzir a intensidade de carbono desses produtos. A ambição em torno do desenvolvimento de hidrogênio está em destaque, com projetos anunciados no banco de dados de ativos da Platts Analytics chegando a 29 milhões de toneladas, até o final de 2021. Os anúncios de projetos foram sustentados por uma lista crescente de estratégias nacionais de hidrogênio em todo o mundo, que forneceram metas ambiciosas, e estruturas de incentivo para nova capacidade de produção. Embora a realização de metas de produção de hidrogênio, mesmo de curto prazo (exemplo: a meta da União Europeia de 6 GW de capacidade de produção de hidrogênio verde, até 2024), não seja totalmente determinada apenas em 2022, os desenvolvedores se beneficiarão, se puderem mostrar que os projetos podem ser concluídos dentro do prazo e do orçamento em 2022. A capacidade de produção em vários caminhos diferentes está programada para entrar em operação em 2022, variando, de um projeto de maior escala usando biogás e gás de aterro sanitário, a eletrolisadores de pequena escala, combinados com energias renováveis. No entanto, a S&P Global Platts Analytics não espera que projetos de hidrogênio azul em grande escala (gás natural + captura de carbono) se tornem operacionais em 2022. “A coisa mais óbvia nesse contexto de transição energética nas próximas duas décadas é o gás natural (GN) substituindo o carvão mineral, e os óleos pesados nas térmicas, o que traz muitas vantagens ambientais no curto prazo. E o GN tem boa infraestrutura instalada, sua produção nacional é grande – apesar de ainda precisarmos importar. Em um planejamento mais amplo, o GN pode suprir as intermitências de outras renováveis, além de ser excelente fonte para produção em grande escala de hidrogênio. É necessário pensar formas mais eficientes de produção e transporte”, reflete o Professor Dr. Julio Romano Meneghini, diretor científico do Research

Center for Greenhouse Gas Innovation (RCGI),, que frisa que muito da solução depende de políticas públicas. “Para chegar a carbono zero é preciso criar oportunidades. Como os incentivos fiscais, criados nos EUA para cada tonelada de CO2 que for armazenada de forma permanente, uma política chamada Q45, que gera abatimento de impostos e um mercado próprio.” Cláudia Trevisan reforça a importância das tecnologias e dos financiamentos e incentivos. “Toda a questão da ESG tem feito as empresas colocarem a sustentabilidade no centro das suas decisões estratégicas, e na busca da redução de suas emissões em várias frentes, como usando energias renováveis nas suas instalações, e buscando a eletrificação de suas frotas. É um processo. O Brasil está dando passos para isso, e um bom exemplo é o hub do hidrogênio verde e que reúne o governo estadual, o setor privado e academia, os três atores fundamentais para se ter um ambiente de inovação. E essa é uma questão central na estratégia chinesa, que eles destacaram, em 2013, com o Made in China 2025, em que a questão de novas energias já era coloca como uma prioridade – a China responde por 31% das emissões globais, ainda que a emissão per capta seja bem menor que de outros países desenvolvidos. Mas eles não veem a transição energética apenas como uma maneira de reduzir as emissões, mas também como um motor de desenvolvimento e crescimento; como uma oportunidade de criar outras indústrias”, pontua Cláudia. Foi o que aconteceu com a energia solar: a China investiu em energia solar, e fez com que os preços dos painéis fotovoltaicos caíssem em todo o mundo. Está buscando destacarse também em eólica, e com os veículos com novas fontes de energia. Os EUA reagiram e destacaram o papel dos veículos elétricos, destinando vultosos investimentos para esse setor.

Perdigão reforça a posição da Shell que, como forma de acelerar a transição energética, trabalha por um futuro com mais soluções de energia mais limpa. “Também acreditamos que a eletrificação será de grande importância. E avaliamos que a transição energética só será uma realidade se a energia renovável for competitiva. Por isso, lançamos, no

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Matéria de Capa Brasil e em outras regiões do mundo, a marca Shell Energy, que incorpora em seu portifólio a comercialização de energia elétrica e de gás natural, produção de eletricidade por fontes renováveis e de baixo carbono, e produtos ambientais para nossos clientes empresariais. Para cumprir as metas de descarbonização nos próximos anos, é preciso traçar agora este caminho. No caso da Shell, o compromisso é atingir emissões líquidas zero, até 2050. Isso significa zerar, não apenas as emissões de nossas próprias atividades, mas também aquelas geradas durante o uso de nossos produtos pelo consumidor final. Este é um compromisso público assumido pelo CEO da Shell, Ben Van Beurden, em 2020”. Em 2021, a Shell assumiu a meta complementar de reduzir suas emissões absolutas em 50%, até 2030, em comparação com 2016. Globalmente, a Shell vem fazendo investimentos da ordem de bilhões de dólares anuais, na geração de energia limpa e de baixo carbono. Além das fontes renováveis – como eólica e solar – a companhia avalia que o gás natural será importante, para equilibrar a oferta e a demanda de energia, em cenário de intermitência das fontes renováveis. E também investe em produtos ambientais, como créditos de carbono, para compensar as emissões que não puderem ser evitadas ou reduzidas. “Governos e indústrias estabeleceram compromissos de redução de emissões, e estão investindo pesadamente no desenvolvimento de novas tecnologias. Além disso, o cenário que se desenha, na nossa visão, é de transições energéticas regionais, ou seja, a formação de matrizes energéticas regionais adequadas às necessidades locais de cada país ou região. As soluções adotadas para transição devem levar em consideração as potencialidades do mercado nacional, e contemplar opções custo-eficiente para a sociedade como um todo. Então, para cada país ou região, os marcos de implementação de novas fontes de energia na matriz serão realizados em momentos distintos, de acordo com as demandas locais. Mas, em razão de acordo entre governos e sociedade, há alguns marcos pré-estabelecidos. Em razão da COP26, o governo brasileiro anunciou meta de reduzir, em 50%, as emissões, até 2030. Isso demandará um aumento na oferta de fontes mais limpas, como solar, eólicas (onshore e offshore), biomassa e os biocombustíveis avançados, oriundos da indústria do petróleo, que terá papel fundamental na sustentação energética global. Por outro lado, quase metade das reduções de emissões necessárias, até 2050, no mundo, vem de tecnologias que precisam ser desenvolvidas, ou seja, ainda não estão disponíveis no mercado. A definição temporal é um processo em andamento”, pondera o presidente do IBP. “Esse futuro deveria ser para ontem. Vemos, cada dia mais, os impactos das mudanças climáticas. Por outro lado, no atual nível tecnológico que vivemos, o custo de uma transição rápida não é factível, e beira a utopia. O Boston Consulting Bank, na COP26, estimou que, para termos zero 64

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emissões em 2050, será necessário viabilizar empréstimos de até 5 trilhões por ano, enquanto a BloombergNEF apontou, em seu relatório, que foram investidos pouco mais de 500 bilhões, em 2020, muito aquém do necessário. Um ponto muito relevante é que esse custo precisa ser pago por alguém. Os consumidores não têm hoje condições de arcar com uma energia ainda mais cara, e os tesouros nacionais também não detêm essa capacidade, especialmente dos países em desenvolvimento e subdesenvolvidos. Queira-se ou não, no mundo, a energia sequer é acessível para todos os habitantes, e a fome mais uma vez se tornou um grave problema no Brasil. O fato é que temos de priorizar a transição energética, com a participação de todos os envolvidos, inclusive as indústrias de petróleo e gás natural. Com o incentivo ao avanço tecnológico para a redução do custo da redução das emissões de gases efeito estufa, creio que a humanidade tem a capacidade de encontrar saídas disruptivas para os riscos que nos afrontam”, pontua mestra Renata Isfer. No Brasil, este futuro já começou a acontecer. O país é destaque internacional, pelo elevado grau de renovabilidade de sua matriz energética, estando alguns passos à frente, na agenda da transição energética, em relação ao resto do mundo. “Precisamos utilizar todas as tecnologias que estão à nossa disposição, para reduzir impactos ambientais, sociais e econômicos, o que significa optar por fontes de energia limpas e renováveis, e tendo em conta as particularidades e vantagens competitivas de cada região ou país. Nesse sentido, estamos engajados em fortalecer o compromisso brasileiro com a sustentabilidade e a redução de emissões, seja pela descarbonização do setor automotivo, ao fornecer um combustível de baixo impacto ambiental, como o etanol, seja gerando bioeletricidade, biogás e biometano a partir da cana-de-açúcar. E, no contexto da mobilidade – central nessa transição – acreditamos que o próximo passo será a bioeletrificação dos carros. Com células de combustível, os veículos poderão gerar energia elétrica “on board”, a partir do hidrogênio contido no etanol. A redução de emissões de CO2 é um desafio global e, no futuro, teremos de dispor de todas as tecnologias, para atingir esse objetivo. Não existe só uma rota e, nesse sentido, estamos seguros de que somos parte dessa solução”, disse o diretor-executivo da UNICA, Eduardo Leão de Sousa. E, como novas tecnologias serão necessárias para substituir a utilização de combustíveis fósseis, combustíveis de baixo carbono, como o hidrogênio, terão papel de destaque nesse futuro, ao lado dos biocombustíveis e do aproveitamento de recursos energéticos distribuídos. Por isso o BNDES tem focado o seu apoio em projetos de geração de energia renovável, com foco no desenvolvimento do mercado livre. Para tanto, em seu Plano Trienal de Entregas para a Sociedade 2020-2022, que faz parte do Planejamento Estratégico do banco, está prevista como meta a aprovação de 3GW de nova capacidade instalada em energias reno-


Matéria de Capa @Repsol Sinopec

agendas de (i) eficiência energética na indústria, transportes e edificações; (ii) eletrificação dos usos possíveis de serem eletrificados; e (iii) promoção de combustíveis de baixo carbono (como o hidrogênio e biocombustíveis avançados), substituindo combustíveis fósseis mais poluentes, como óleo e carvão, levando em consideração os recursos e a experiência disponíveis no território nacional. No ano passado, o CEBC lançou um documento, chamado Sustentabilidade e Tecnologia como Bases para Cooperação Brasil-China, porque acredita que essa questão da sustentabilidade é fundamental, e vai estar cada vez mais no centro de todas as relações comerciais. “Existe um encontro de tecnologia e sustentabilidade nesse processo de transição energética, que envolve tecnologias não poluentes, e a criação das indústrias do futuro”, afirma Cláudia. A Repsol Sinopec Brasil (RSB) também aposta na inovação tecnológica como principal meio para construir modelos energéticos mais sustentáveis e competitivos, que nos fazem avançar no caminho da transição energética: nos últimos cinco anos, a RSB investiu mais de R$ 185 milhões, em projetos de PD&I. Em 2021, a RSB inaugurou a linha de Pesquisa & Desenvolvimento em Gestão de Carbono, com o projeto CO2CHEM, considerado pioneiro no país. O projeto consiste no desenvolvimento de tecnologias inovadoras de captura de CO2 para produção de hidrocarbonetos sustentáveis, ou seja, compostos químicos, produzidos através de processos

industriais, que não emitem gases de efeito estufa. Estes hidrocarbonetos podem tornar-se em combustíveis ou até em parafinas especiais, que servem para a fabricação de vários produtos, utilizados dia a dia. “Seguimos reforçando nossas linhas de investigação em tecnologias para Descarbonização, com especial foco em CCUS, hidrogênio e outras energias renováveis, como parte da nossa estratégia de P&D para os próximos anos, nos impulsionando no caminho da transição energética. Além de buscar soluções para redução das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), boa parte de nossas pesquisas está alinhada às diretrizes de sustentabilidade do Grupo Repsol, e tem promovido soluções diferenciadas para aumentar a segurança nas operações e a proteção da biodiversidade. Só em projetos com esse propósito, foram investidos, em 2021, cerca de R$ 19 milhões. Em outra frente, investimos no gás natural, combustível que possibilitará uma transição energética ordenada, para um futuro de baixas emissões”, disse José Salinero, Gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Repsol Sinopec Brasil. A Chevron acredita que o negócio de óleo e gás pode sustentar sua posição financeira, e pavimentar suas ações para redução de 35% na intensidade de carbono em exploração e produção, até 2028, em relação a 2016. Além disso, a nova empresa Chevron New Energies está focada em áreas onde a companhia acredita que pode obter vantagens competitivas, e que visam a setores da economia que não podem ser facilmente eletrificados. Hidrogênio, CCUS (Utilização e Arma-

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Matéria de Capa váveis. Além disso, foi definido como meta o apoio à expansão de 2.200 km de redes de distribuição de gás natural, considerando o seu papel como um combustível de transição, capaz de contribuir de imediato na redução de emissões, em indústrias e no setor de transportes, a partir da substituição de combustíveis mais poluentes, como o carvão e derivados de petróleo. Adicionalmente, o Banco tem se engajado nas discussões sobre o desenvolvimento da economia do hidrogênio no Brasil: foi pioneiro no apoio às inovações do setor de energia e esteve presente no desenvolvimento das novas fontes renováveis no país desde seu início. Com o hidrogênio, o banco buscará continuar cumprindo este papel de vanguarda na introdução de novas tecnologias, visando ao desenvolvimento sustentável do país.

Para o Professor Dr. Julio Romano Meneghini, diretor científico do Research Center for Greenhouse Gas Innovation (RCGI), o assim chamado grande vilão, setor de óleo e gás, é também, em parte, a solução. “As energias do futuro já estão sendo utilizadas, e estão promovendo o desenvolvimento de novas tecnologias, como a energia solar, a eólica e o hidrogênio, que ganha muito destaque, por conta do seu papel e sua relação com o gás natural (GN) e o papel fundamental que o GN tem na fase de transição energética, e vai mesmo além dela”. O Prof. Meneghini explica que, dos combustíveis fósseis, o GN é menos prejudicial ao meio ambiente, porque sua parte nobre, o metano, gás, que chega de 92% a 94% de sua composição, com a queima mais completa. Então, a primeira observação é que o GN pode (e deve) substituir os óleos pesados e o carvão mineral nas usinas térmicas existentes; depois, já tem boa infraestrutura instalada, sua produção nacional é elevada – apesar de ainda precisarmos importar GN. Então, no curto prazo, o GN pode substituir carvão e óleo e, no médio, com planejamento mais amplo, suprir as intermitências de outras renováveis, além de ser excelente fonte para produção em grande escala de hidrogênio. E aí o GN tira um pouco o estigma de vilão dos com66

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bustíveis fósseis, já que pode gerar, dependendo de como for projetado, até mesmo o chamado hidrogênio azul. O diretor do RCGI explica que o hidrogênio cinza é aquele produzido a partir do GN, com liberação de CO2, mas se a planta que produz hidrogênio a partir de metano contido no GN e, ao invés de liberar o CO2, o captura e encontra outro fim para esse carbono, gera hidrogênio azul, que se pode exportar, e utilizar para produzir energia elétrica limpa. “Aí entra o GN, não apenas para cobrir intermitências da rede, mas como fonte de hidrogênio, em particular esse hidrogênio azul. O Brasil tem possibilidades enormes, porque onde o país produz muito GN é no Pré Sal, que tem imensa capacidade de estocar o CO2 produzido, nesse processo de reforma de GN para produção de hidrogênio, e estocar próximo ao local de extração e produção!”, destaca o Prof. Meneghini. O próprio Dr Fatih Birol, da Agência Internacional de Energia (IEA), pede atenção às possibilidades do hidrogênio: “O hidrogênio está hoje desfrutando de um impulso sem precedentes. O mundo não deve perder esta oportunidade única, de fazer do hidrogênio uma parte importante do nosso futuro energético, limpo e seguro”. Prof. Meneghini lembra que o hidrogênio a partir de GN tem como subproduto CO2 que, se liberado para a atmosfera, gera hidrogênio cinza, que não tem muita vantagem para o meio ambiente; mas, se por outro processo, que, ao invés de liberar CO2 para a atmosfera, é feita a captura desse CO2, e se encontra outro fim para ele, todos ganham. E isso pode inclusive ser apenas armazenar em reservatório de oil&gas depletado, o chamado CCS (“Carbon Capture & Storage”). A região do Pré-sal brasileiro é um excelente local para a construção, por lixiviação, de cavernas para estocar quantidades enormes de CO2, e mesmo de hidrogênio. Petrobras, Shell e outras empresas já estudam as possibilidades aí – onde o RCGI desenvolveu o conceito de separar gases (CO2 e metano) nessas cavernas. Segundo o diretor do RGCI, ainda é preciso pensar e desenvolver uma série de tecnologias, para viabilizar os diversos negócios possíveis, envolvendo hidrogênio. Um ponto crítico é o transporte... “Para transportar, pode-se liquefazer o hidrogênio – a Noruega e o Japão têm desenvolvido projetos de navios para isso – mas a temperatura que o hidro-


Matéria de Capa gênio deve ser resfriado para se liquefazer está em torno de -230oC; outra forma é através da produção de amônia (NH3), a qual, em condições normais de temperatura e pressão, está no estado líquido, podendo ser facilmente transportada para posterior uso como combustível, em processos que não emitem carbono. As tecnologias estão em desenvolvimento e precisam ser otimizadas”, explica o Prof. Meneghini, quem acredita que, nas próximas três décadas, o mundo estará lidando com essas questões de uma maneira intensa. Muitos países aderiram à meta de se tornarem neutros, na emissão de GEE, em 2050, vão ter de compensar em captura, armazenamento ou outra forma, o carbono emitido – e o passivo não entra nessa conta. É um compromisso que a China e Índia não assinaram – e são os países que têm a maior demanda por aumento de energia. Suas metas estão em 2060, 2070... A meta mais conhecida é 2050, porém cada país tem seu compromisso NDC Nationally Determined Contribution perante as Nações e a COP.

@CCTV

Com metas diferentes, a China trabalha em vários projetos. A China National Offshore Oil Corporation, por exemplo, está construindo o primeiro campo petrolífero neutro em carbono do país. O projeto tem 36.000 m2, com mais de 8.000 painéis solares instalados. A usina de energia solar pode ajudar a economizar 1,72 milhão de m3 de gás natural, usado para geração de eletricidade, todos os anos. Também reduzirá as emissões de carbono em 85.000 toneladas, durante o período operacional. Preocupa, sim, o fato de que os investimentos em pesquisa estão muito aquém do necessário para o desenvol-

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Matéria de Capa vimento de novas tecnologias, para a incorporação plena de energias renováveis no dia-a-dia global. O Brasil não é exceção, aqui também se investe pouco, ainda que existam pesquisas em andamento. “Nós mesmos já fizemos o teste de conceito das cavernas em laboratório, e agora deveríamos dar continuidade para essa pesquisa, com a construção de uma caverna piloto (caverna pequena) para separação do CO2 do metano, presente no gás natural produzido no Pré-sal. Essa caverna piloto teria 50 m de altura x 15 m de diâmetro, e seria construída em domos salinos da camada de sal, localizados na região do Pré-sal. É um custo elevado, mas precisa ser feito, antes de se pensar em construir cavernas em escala real”, comenta o diretor do RCGI. Mas, há dinheiro em vários projetos e setores. Levantamento da Absolar – Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica – aponta que, em 2021, o segmento atraiu mais de R$ 21,8 bilhões, em investimentos, incluindo as grandes usinas e os sistemas de geração em telhados, fachadas e pequenos terrenos – crescimento de 49% em relação aos investimentos acumulados, até o final de 2020, no país. @Equinor Scatec - Guanizul 2A - Solar Park Argentina

A energia solar é estratégica para acelerar o desenvolvimento sustentável do Brasil. Desde 2012, a fonte solar já evitou a emissão de 12,5 milhões de toneladas de CO2, na geração de eletricidade, no país, além de economizar água nos reservatórios das hidrelétricas. A operação dos sistemas solares é silenciosa e limpa, não emitindo ruídos, nem poluentes atmosféricos ou efluentes, líquidos ou sólidos, durante seu funcionamento. Ao final da vida útil, de mais de 25 anos, os equipamentos solares também possuem alto índice de reciclagem, a exemplo dos módulos fotovoltaicos, principal componente dos sistemas. Segundo estudo da PV Cycle, entidade independente, responsável pela reciclagem de equipamentos fotovoltaicos no setor, até 96% dos módulos fotovoltaicos pode ser recuperado e reaproveitado, em novas atividades produtivas – para latinhas de alumínio, este índice é de 97%. Outra vantagem está na possibilidade de instalação de 68

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sistemas solares flutuantes, em espelhos d’água, que ajudam a reduzir, em cerca de 70%, a evaporação hídrica, segundo estudos internacionais. Por ter um dos melhores recursos solares do mundo, o Brasil também sai na frente, na produtividade dos sistemas solares. Um sistema solar instalado no território nacional produzirá, em média, 17 vezes mais energia, durante sua operação, do que aquela usada para produzi-lo. Ou seja, em menos de 1,5 ano de funcionamento, a energia gerada pelo sistema solar compensa toda a eletricidade consumida no seu processo de fabricação, um grande superávit energético. “O avanço da energia solar no Brasil, via grandes usinas e pela geração própria em residências, pequenos negócios, propriedades rurais e prédios públicos, é fundamental para o desenvolvimento social, econômico e ambiental do Brasil. A fonte ajuda a diversificar o suprimento de energia elétrica do país, reduzindo a pressão sobre os recursos hídricos, e o risco de ainda mais aumentos na conta de luz da população. E as usinas solares de grande porte geram eletricidade a preços até dez vezes menores do que as termelétricas fósseis emergenciais, ou a energia elétrica importada de países vizinhos, atualmente, duas das principais responsáveis pelo aumento tarifário sobre os consumidores”, comenta Rodrigo Sauaia, CEO da Absolar. Em janeiro deste ano, foi sancionada a lei para a geração própria de energia renovável no Brasil. Com regras claras e bem definidas, cria-se um marco legal estável e equilibrado, para o uso de fontes limpas e sustentáveis, como a solar fotovoltaica, na geração própria de eletricidade em residências, pequenos negócios, terrenos, propriedades rurais e prédios públicos. Também reforça a atratividade da tecnologia fotovoltaica para todos os consumidores brasileiros. O texto mantém as regras atuais até 2045, para os pioneiros e novos pedidos, feitos nos próximos 12 meses. Também prevê um período de transição, para quem entrar após os 12 meses, com o pagamento escalonado da Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD fio B). Além disso, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) e a Aneel – Agência Nacional de Energia Elétrica – têm 18 meses, a partir da publicação da Lei, para estabelecer as diretrizes e a valoração dos custos e benefícios da geração distribuída, a serem implementados após o período de transição. “Eu consigo vislumbrar a verdadeira potencialidade e oportunidade da transformação, que é o fato de o investimento nos recursos naturais, de forma responsável, gerar desenvolvimento econômico e social, por meio da distribuição de renda, da inclusão e da diminuição das desigualdades econômicas e sociais. É preciso dar esse pulo de raciocínio e ação: não basta gerar energia renovável que não emita CO2, é preciso que essa energia impacte positivamente a vida das pessoas. Aí começamos a falar de uma


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multiplicadores dos investimentos realizados pelas emreal transformação energética, da forma como eu a compresas, assim como o impacto dos valores pagos para arpreendo. No caso da eólica, já enxergamos muito bem isso. rendamentos de terras para colocação de aerogeradores. Parques eólicos chegam às regiões remotas do Brasil, esO estudo também fez uma comparação entre um grupo de pecialmente no Nordeste, impactando positivamente comumunicípios que recebeu parques eólicos, e outro, que não nidades, por meio de, por exemplo, empregos diretos e intem energia eólica, para avaliar o impacto da chegada diretos, e geração de renda com os arrendamentos de terras dos parques no Índice de Desenvolvimento Humano – dos pequenos proprietários, que seguem com suas criações IDHM – e no PIB municipal. No que se refere ao IDHM de animais ou plantações, já que apenas uma pequena pare PIB Municipal, os municípios que têm parques eólicela da área é utilizada para colocação dos aerogeradores. cos tiveram uma performance 20,19% e 21,15% melhor, Há também impactos de aumento de arrecadação de imrespectivamente, para estes dois indicadores. “Este é um postos que, com adequado gerenciamento público, podem resultado que mostra que a energia eólica chega, e seus significar melhorias para o município. O desenvolvimento http://abeeolica.org.br/wp-content/uploads/2020/10/ABEE%C3%B3lica_GO-Associados-V.-Final.pdf tecnológico que chega com as renováveis também significa um novo caminho de atuação profissional”, pondera Elbia Gannoum. A ABEEólica publicou, em 2020, o estudo “Impactos Socioeconômicos e Ambientais da Geração de Energia Eólica no Brasil”, realizado pela consultoria GO Associados, que quantificou os já conhecidos impactos positivos da energia eólica. O trabalho analisa, por exemplo, os efeitos no 387

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efeitos positivos multiplicadores impactam nos indicadores do município. Esta nova energia tem a capacidade de modificar, não apenas as matrizes elétricas e energéticas, o que já é algo espetacular e imprescindível; ela pode transformar também a sociedade de forma mais profunda, diminuindo desigualdades, e contribuindo para que tenhamos um futuro melhor para deixar para as próximas gerações”, afirma Elbia. “O Brasil tem um grande trunfo na mão, e se coloca em posição de vanguarda nas rotas possíveis para uma economia de baixo carbono. A experiência consolidada de nosso país com o etanol, em sua capacidade de reduzir emissões de CO2, é uma das maiores demandas do mundo. Temos uma experiência replicável em dois caminhos: por um lado, é uma maneira simples, rápida, fácil e barata de reduzir emissões. Por outro, não é necessário trocar a infraestrutura de um país, nem mudar toda a frota de uma vez. Somos exemplo para diversos países. Em 2021, o Reino Unido decidiu ampliar a mistura de etanol à gasolina, de 5%, para 10%, nível semelhante ao adotado atualmente nos Estados Unidos, e a Índia quer chegar, em 2025, a 25% de mistura, meta antecipada em cinco anos. Mais de 60 países adotam ações semelhantes. É uma tendência que segue o exemplo brasileiro, mas devemos considerar as características de cada região, e envolver a complementariedade de diferentes rotas tecnológicas”, afirma Eduardo Leão de Sousa. “No Brasil, na maioria dos casos, a energia renovável já é mais barata do que as fontes não-renováveis. Então, o impacto econômico maior, geralmente, é para a implantação de usinas (no caso de autoprodução), ou na mudança dos processos internos para o caso de compra de energia no mercado livre. No geral, o investimento retorna rapi70

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damente no próprio custo de energia, além das vantagens adicionais em sustentabilidade e ESG. A Shell Energy tem investido mundialmente em diversas fontes de energia mais limpa, para que seja possível cumprir com sucesso as metas de descarbonização que foram estabelecidas para 2030 e 2050. Somos pioneiros nos acordos de gás natural do Novo Mercado de Gás brasileiro, e, no final de 2021, anunciaram-se acordos para acesso, transporte e fornecimento de gás natural, com diferentes players. A Shell Energy também é atuante nas discussões regulatórias, para que as energias renováveis e soluções baseadas na natureza (NBS) se desenvolvam em seu pleno potencial no Brasil, além de colocar à disposição do mercado brasileiro todo o conhecimento em tecnologias energéticas adquirido, no Brasil e em outros países. Além disso, atuamos na comercialização de energia e de produtos ambientais, como créditos de carbono, para compensar emissões que não puderem ser evitadas”, conta Perdigão. Os objetivos do Acordo de Paris requerem uma profunda redução das emissões de gases de efeito estufa, e a transformação do fornecimento de energia. A Petrobras trabalha com cenários que apontam para a inequívoca transição energética, com ritmo incerto. Os riscos e oportunidades são distintos, e dependem dos mercados, das características de cada empresa, da evolução da inovação, e de políticas públicas. Mesmo nos cenários de transição mais acelerada, haverá uma demanda mundial persistente por petróleo nas próximas décadas, ainda que decrescente. Todos os projetos da companhia precisam ter viabilidade econômica no cenário de resiliência, com preço de petróleo a US$ 35/bbl, compatível com cenários de transição acelerada. E, para continuar a atuar de forma competitiva, em um cenário de


Matéria de Capa desaceleração e posterior retração da demanda, a Petrobras tem como prioridade operar com baixos custos, e com menor emissão de gases de efeito estufa. A EPE – Empresa de Pesquisa Energética – busca fazer uma ponte entre as perspectivas plurais dos diversos agentes envolvidos e interessados na transição energética, fomentando consensos e facilitando a comunicação junto aos formuladores de políticas. Porque é fundamental mapear e compreender a natureza dos interesses em jogo, para desenvolver e apresentar uma perspectiva imparcial para tomada de decisão, assim como elaborar estudos que possam apoiar a sociedade, no acompanhamento sobre a qualidade e consistência das políticas de energia. “Internacionalmente, fala-se com frequência de “sector coupling”, que é, de forma bem simples, o esforço de integrar as diferentes cadeias energéticas para viabilizar a descarbonização dos setores chamados “mais difíceis de descarbonizar”. Nesse contexto de sector coupling, insere-se a eletrificação de serviços energéticos, hoje baseados na queima de combustíveis. Penso que a economia do hidrogênio e as biorrefinarias também se encaixam nessa nova arquitetura dos sistemas energéticos. No campo da geopolítica, a energia é absolutamente central. Os níveis de dependência ou vulnerabilidade energética dos países é bastante diverso, e os preços de energia também são uma variável de complexa gestão. De fato, há países com maiores dificuldades de se engajar mais, em certos esforços de descarbonização, quando há prioridades ou crises de curto prazo a serem resolvidas, como o acesso seguro ao gás natural. O debate não é trivial. Além da descarbonização, há outro componente central da transição energética: a trans-

formação digital. A digitalização não é um fim em si mesma, mas deve ser pensada para gerar ganhos de eficiência, otimizar o uso dos recursos, reduzir custos, e compartilhar os benefícios com os diferentes atores das cadeias energéticas. A transição energética tem uma dimensão geopolítica, socioeconômica e tecnológica. Por isso, a necessidade de pensar no equilíbrio entre as questões globais e as locais, sem jamais perder de vista as estruturas e necessidades de cada país. Pela sua importância energética, o Brasil pode e deve desenvolver uma visão original sobre a sua transição energética, em razão da diversidade e abundância de recursos energéticos, pela necessidade ainda grande de desenvolvimento socioeconômico, pelo elevado nível de renováveis já na atualidade, pelas disparidades regionais e sociais. Importar um modelo de transição energética, não investir numa construção adequada ao nosso contexto político, social, tecnológico, não terá a mesma efetividade. Um exemplo interessante é o da Alemanha, que desenvolveu o seu conceito de transição, conhecido como “Energiewende”, olhando a sua sociedade, indústrias, inserção geopolítica, e, a partir disso, buscou conciliar a redução das emissões com as vantagens competitivas do país, para criar novas vantagens econômicas e competitivas. Esse tipo de grande consenso nacional, em torno da transição, é muito importante, e acho que o Brasil tem avançado solidamente. Nosso país enfrenta profunda desigualdade social e socioeconômica, e não há como simplesmente subordinar essas dimensões às discussões climáticas. Porém, acredito que é possível aliá-las, pensá-las de forma conjunta e sinérgica. Nossa agenda energética afeta outros países, afeta o mundo. Uma narrativa nacional que seja consistente, e que impul-

Estamos em uma posição privilegiada, porque trabalhamos com as grandes companhias de energia e petróleo do mundo, e elas estão no processo de se tornarem verdes. E essa história começou com toda a tecnologia de eficiência energética e controle de perdas. Se você acredita na necessidade de transição energética, deve dar todo o apoio a ideia, e trabalhar para que ela se realize, o mais rápido possível. Então, além das ações internas, de P&D, e junto aos clientes, a Emerson fez aquisições para reforçar suas soluções verdes: comprou, em 2020, a OSI-Opens Systems International, para ampliar seu portfólio de soluções em GTD e softwares de utilities. E, em 2021, comprou a Mita-Teknik, líder no negócio de automação de controle para geração de energia eólica, equipando turbinas eólicas e parques eólicos, com tecnologias para desempenho ideal, e confiabilidade insuperável. Porque o grid atual é baseado em hidrocarbonetos, mas, num futuro próximo, teremos várias fontes de energia, colocando diferentes “moléculas” no grid... em algumas frentes, já estamos vivenciando esse futuro e, em outras, as pesquisas nos aproximam cada vez mais de uma nova sociedade energética.

No caso do hidrogênio, que é uma grande promessa, ainda é preciso desenvolver a infraestrutura de produção e distribuição. Sem esquecer que toda essa transição demanda muita tecnologia e talento, para saber lidar com todas as mudanças que ela traz. O bom de trabalhar com sustentabilidade é que ninguém é contra, todos querem saber o que fazer, como fazer, como podem pessoalmente contribuir. Entre nossas primeiras metas, estava reduzir nossa pegada de carbono em 20%, em 10 anos, através de eficiência energética e uso de energias renováveis, em todas as nossas instalações – meta que já ultrapassamos –, além de engajar fornecedores e parceiros de pesquisa e desenvolvimento, na busca tecnologias que possam impactar positivamente as metas de sustentabilidade de nossos clientes. Estamos detalhando nosso design, para alcançar o NetZero, em conjunto com especialistas, para validá-lo e transformá-lo em mais que um documento, um compromisso com o planeta, comenta Mike Train, Chief Sustainability Officer da Emerson – empresa que já lançou, inclusive, um medidor Coriolis, projetado especialmente para trabalhar com hidrogênio. no 387

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Matéria de Capa sione políticas de energia com esse olhar integrado, é um ativo geopolítico para um país. Estamos construindo essa transição energética, é um processo em construção, e não existe uma fórmula pronta. Por fim, chamo a atenção para a importância do nosso diálogo com a comunidade internacional sobre energia e transição energética. O Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, tem sido muito ativo nesse

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diálogo internacional, estando presente nos mais importantes fóruns e iniciativas, mostrando a consistência e seriedade da política energética nacional. A EPE também é valiosa nesse contexto, pois, tem ajudado o país a reconhecer melhor os interesses em jogo, e a operacionalizar as agendas de colaboração, bilaterais e multilaterais, sempre com muito apoio também do Itamaraty”, resume Thiago Barral, presidente executivo da EPE.

As formas de obtenção e transformação de energia estão em grande transição, no mundo. É claro que temos de passar, dos sistemas de energia convencional, para novas tecnologias, mais sustentáveis. Isso não acontece da noite para o dia, principalmente, porque as condições de acesso à energia e infraestrutura são diferentes, em cada região do planeta. A desigualdade do fornecimento de energia é um dos maiores desafios que enfrentamos – alguns países desenvolvidos têm programas de estímulo fantásticos, financiando sua própria transição energética, enquanto ainda há 770 milhões de pessoas procurando acesso à eletricidade em outras regiões. Para garantir uma transição efetiva, deve haver um esforço de base global consistente, para enfrentar a desigualdade no fornecimento de energia. As respostas, claro, virão também das tecnologias convencionais, bem como da descarbonização dos ativos existentes. Precisamos aproveitar e manter o fornecimento confiável de energia fóssil existente, e descarbonizá-la gradualmente, inclusive com o uso de novas tecnologias, enquanto progredimos na transição para fontes renováveis. Mas, os hidrocarbonetos são parte da solução. Não haverá abordagem “one fits all” na transição energética, e o principal papel dos hidrocarbonetos, particularmente do gás, será como energia de base confiável, para reduzir as intermitências da ener-

gia eólica e solar. A grande diferença de hoje é que esses hidrocarbonetos serão previamente descarbonizados por tecnologia de captura de carbono, como Direct Air Capture, Pre-Combustion e Post-Combustion Capture. Claro que o sucesso dos projetos depende principalmente de fundos de financiamento verdes, incentivos governamentais, como crédito/taxas de emissão de carbono, assim como pressão social e dos acionistas sobre as grandes corporações, que têm definido claramente objetivos de descarbonização, de médio e longo prazo. Nesse sentido, atualmente, o mercado da sustentabilidade tem ganhado robustez financeira de forma distinta em cada região, destaque para o Brasil, com os primeiros incentivos em hidrogênio verde e RenovaBio; e Estados Unidos, com o Q45, para a Europa e China. A transição energética é um processo gradual e constante, que irá avançar com melhoria de novas tecnologias, investimentos, etc. Entretanto, é fundamental reconhecer a importância do setor de óleo e gás para o suprimento de energia confiável, em vários setores da economia. A Siemens Energy tem como foco a descarbonização e sustentabilidade do suprimento de energia, e está contribuindo ativamente com este processo a nível global, afirma Arthur Pereira, Head de Industrial Applications da Siemens Energy no Brasil.

“O Brasil é um país riquíssimo em recursos naturais. Temos fontes hídricas, eólicas, solares, gás natural, urânio e agricultura à disposição. Essa é uma das razões pelas quais o país detém uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo. O Brasil tem o potencial de ser uma grande liderança mundial na transição energética, influenciando outras economias nesse caminho, mostrando os benefícios de fontes pouco discutidas em outros países, como é o caso dos biocombustíveis, e exportando hidrogênio. Para isso, é importante que esse tema se torne prioridade para o nosso governo, e que exerçamos essa vocação brasileira” pondera Mestra Renata Isfer. Deve-se ter em mente ainda algo que una e reforce todas as ações ambientais, a contribuição e o comprometimento de cada indivíduo, sem o que todas as outras perdem impor-

tância, já que é para o bem-estar e a própria existência do ser humano que a transição energética deve ser feita. “Nós temos um grupo de percepção pública que estuda exatamente isso. Individualmente, todos devemos passar a pensar na questão de sustentabilidade de forma mais intensa. Uma maneira mais sustentável de se locomover para o trabalho; em casa, encontrar uma maneira melhor de lidar com o lixo, utilizar materiais recicláveis...E esse grupo do RCGI não é formado apenas por engenheiros, mas inclui geógrafos, advogados, psicólogos economistas, administradores ...”, comenta Dr Julio. “Esse é um ponto fundamental ... a transição não é apenas política pública, mas uma conscientização ao nível individual, para vivermos num mundo mais sustentável”, finaliza Thiago Barral.

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Eneva encerra negociações para aquisição do Pólo Urucu Apesar dos esforços envidados pelas partes durante esse processo, ao longo da negociação, não foi possível convergir para um acordo. Com isso, as partes optaram por encerrar as negociações, sem penalidades para nenhuma das partes. A Eneva iniciou sua atuação na região amazônica, com a aquisição do campo de Azulão, na Bacia do Amazonas, em 2018. Em 31 de dezembro de 2018, as reservas (2P) de gás natural do campo de Azulão eram de 3,6 bilhões de metros cúbicos (bcm), conforme Fato Relevante, divulgado em 9 de janeiro de 2019. Desde então, a Companhia ampliou sua área sob concessão na região, com a aquisição de 3 blocos exploratórios na Bacia do Amazonas e da área de Juruá, na Bacia do Solimões. Em 31 de dezembro de 2021, conforme Fato Relevante, divulgado em 27 de janeiro de 2022, as áreas sob concessão da Eneva nas bacias do Amazonas e Solimões possuíam, em

A Eneva mantém a estratégia de ampliar sua atuação na região Norte, com foco nas reservas de gás natural, mas encerrou, sem êxito, as negociações para aquisição do Pólo Urucu, junto à Petrobras.

conjunto, 7,1 bcm em reservas (2P) e 24,3 bcm em recursos contingentes (P50) de gás natural. Diante da evolução do volume de reservas e recursos contingentes sob concessão da Eneva na região amazônica, a Companhia fortaleceu ainda mais seu time dedicado a estudar alternativas logísticas para ampliação da capacidade de escoamento do gás produzido, priorizando a monetização dos volumes já conhecidos e sob sua concessão, seja por meio da destinação do gás para novas usinas termelétricas, seja por meio do desenvolvimento de rotas de comercialização.

TotalEnergies e Veolia aceleram produção de biometano A TotalEnergies e a Veolia acordaram recuperar biometano das instalações de tratamento de resíduos e águas residuais da Veolia, em operação em mais de 15 países. Os parceiros desenvolverão e coinvestirão em um portfólio de projetos internacionais, com a ambição de produzir até 1,5 terawatt-hora (TWh) de biometano por ano, até 2025. Essa produção de gás renovável a partir de resíduos orgânicos representará o equivalente à média anual consumo de gás natural de 500.000 habitantes, e evitará a emissão de aproximadamente 200.000 toneladas de CO2 por ano. O biometano produzido será comercializado pela TotalEnergies, seja como combustível renovável para mobilidade, seja como substituto do gás natural em seus outros usos. Como parte deste acordo, as duas empresas irão reunir seu know-how industrial na produção de biometano: a Veolia contribuirá com sua experiência na produção e tratamento de biogás de suas instalações, e a TotalEnergies contribuirá com sua experiência em toda a cadeia de valor do biometano. “Temos o prazer de fazer parceria com a Veolia, para promover conjuntamente a recuperação de resíduos, através da produção de biometano e, ao mesmo tempo, a economia circular, um dos pilares do desenvolvimento sustentável. O desenvolvimento do biometano faz parte da transformação

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da TotalEnergies em uma empresa multienergia, e da concretização de sua ambição de ser um player importante em energias renováveis”, disse Stéphane Michel, CEO da Gas, Renewables & Power da TotalEnergies. “Nossa parceria com a TotalEnergies está alinhada com a estratégia da Veolia, de desenvolver soluções para a descarbonização da matriz energética, principalmente do biogás, como parte do processo de transformação ecológica. Globalmente, nossos locais têm um depósito global de biogás de mais de 6 terawatts-hora de energia primária. Com este potencial de produção de biometano, bem como nosso know-how em gestão de biogás, a Veolia pretende tornar-se um dos principais players do setor, e desenvolver capacidades de produção de energia verde mais descentralizadas e locais”, disse Estelle Brachlianoff, vice-presidente responsável pelas operações da Veolia.


Arrecadação com royalties e participação especial foi recorde em 2021 A arrecadação com royalties e participação especial (PE) foi recorde, em 2021. Foram distribuídos R$ 37,6 bilhões de royalties, e R$ 36,8 bilhões de participação especial, para estados, municípios e à União. Esse valor é 65% superior ao distribuído em 2020. O aumento da arrecadação se deve, sobretudo, à elevação do preço do barril de petróleo no mercado internacional e da taxa de câmbio; contudo, destaca-se também o crescimento da produção dos campos sob o regime de partilha de produção, sujeitos à alíquota de royalties de 15%. Os royalties são uma compensação financeira devida à União, aos Estados, ao DF e aos municípios beneficiários, pelas empresas que produzem petróleo e gás natural no território brasileiro: uma remuneração à sociedade pela exploração desses recursos não renováveis. Os royalties incidem sobre o valor da produção do campo, e são recolhidos mensalmente pelas empresas produtoras de petróleo e gás natural. O valor a ser pago é obtido multiplicando-se três fatores: alíquota prevista no contrato para exploração e produção de petróleo e gás, que pode variar de 5% a 15%; produção mensal de petróleo e gás natural produzidos pelo campo, e o preço de referência desses hidrocarbonetos no mês. Os royalties são distribuídos mensalmente aos beneficiários.

@pixabay

A participação especial é a compensação financeira extraordinária devida pelas empresas que exploram campos com grande volume de produção e/ou grande rentabilidade. Para apuração da participação especial, alíquotas progressivas, que variam de acordo com a localização da lavra, o número de anos de produção e o respectivo volume de produção trimestral fiscalizada, são aplicadas sobre a receita líquida da produção trimestral de cada campo, consideradas as deduções previstas em lei (royalties, investimentos na exploração, custos operacionais, depreciação e tributos).

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CMA CGM Group e o Shanghai International Port Group acordaram abastecimento de GNL

O Porto Internacional de Shanghai e o CMA CGM Group realizaram em conjunto uma cerimônia de assinatura de acordo em um Serviço de Abastecimento de GNL no Porto de Xangai. Gu Jinshan, Presidente do SIPG, e Rodolphe Saadé, Presidente e CEO do Grupo CMA CGM, participaram da cerimônia de assinatura. A nova barcaça de bunker de GNL de 20.000 m3, implantada pelo SIPG, fornecerá aos navios bicombustíveis de 15.000 TEU da CMA CGM, com fornecimento de GNL no porto de Yangshan. A CMA CGM implantará navios bicombustíveis de 15.000 TEU em sua linha Pearl River Express (PRX), que navega da China para o porto de Los Angeles, e todos os navios estarão totalmente operacionais, até o final de 2022. Pelo acordo, a partir do final do primeiro trimestre de 2022, e por um período de 10 anos, o SIPG fornecerá o serviço de abastecimento de GNL de Operações Simultâneas (SIMOPS) para os navios da CMA CGM, que navegam da China para os Estados Unidos no porto de Yangshan, através de uma nova barca de bunker de GNL de 20.000 m3. O serviço será a primeira operação desse tipo no porto de Shanghai e China. O CMA CGM Group está comprometido em tornar o transporte e a logística em uma indústria mais sustentável, por meio da Better Ways, e se juntou à iniciativa Race to Zero das Nações Unidas, para se tornar uma empresa Net Zero Carbon até 2050, indo além da neutralidade de carbono. Para atingir esse objetivo, a CMA CGM está realizando ações concretas, adotando as melhores soluções disponíveis e, desde 2017, a CMA CGM optou por investir em navios bicombustíveis, que funcionam com gás natural liquefeito (GNL), evitando até 99% da poluição atmosférica emissões poluentes. A embarcação movida a GNL é um primeiro passo na redução das emissões de gases de efeito estufa, pois, o motor instalado nessas embarcações é capaz de usar BioLNG (-67% nas emissões de CO₂). Nos próximos anos, esses motores usarão metano sintético (incluindo e-metano). A frota “pronta para e-metano” do Grupo CMA CGM é composta por 23 embarcações, já em serviço, e um total de 44 embarcações, até o final de 2024.

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ANP aprova edital e contratos da Chamada Pública para a contratação no Gasbol

@TBG

A Diretoria Colegiada da ANP aprovou o edital e os contratos para a Chamada Pública ANP nº 03/2021, que tem como objetivo a contratação da capacidade firme disponível no Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol), para os anos de 2022 a 2026, pelos carregadores, autorizados pela Agência, interessados em contratar o serviço de transporte dutoviário de gás natural. As minutas dos documentos foram submetidas à indústria e à sociedade pela ANP, por meio da Consulta Pública nº 21/2021, para recebimento de comentários. A partir das sugestões acatadas pela Agência, a Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil S/A (TBG) elaborou as versões revisadas do edital e do contrato de serviço de transporte, que foram apreciadas hoje pela Diretoria Colegiada da ANP. Conforme a Portaria MME n° 472/2011 e a Resolução ANP n° 11/2016, a ANP é responsável pela supervisão de todas as etapas do Processo de Chamada Pública, até sua conclusão, com a assinatura do contrato de serviço de transporte pelos carregadores interessados na contratação de capacidade de transporte. Contudo, ficará a cargo do transportador autorizado (neste caso, a TBG) conduzir o processo. Com o vencimento do Contrato TCQ Brasil (Transportation Capacity Quantity) em 31/12/2019, foram liberados cerca de 18 milhões de metros cúbicos por dia de capacidade de transporte no Gasbol. Sendo assim, foi realizada a Chamada Pública ANP nº 01/2019, visando à contratação da capacidade de transporte disponível para os anos de 2020 a 2024. A Chamada Pública nº 02/2020 deu sequência ao processo de contratação de capacidade do Gasbol, abrangendo o período de 2021 a 2025, e a Chamada Pública n° 03/2021 contempla o período entre 2022 e 2026. Uma vez que não houve tempo hábil para o término do processo de chamada pública ainda em 2021, foi aprovada, pela ANP, a contratação extraordinária pela TBG. O presente processo de Chamada Pública substituirá a contratação extraordinária, também na modalidade firme, na periodicidade anual de 2022 a 2026. Com base no parágrafo único do Art. 38 da Resolução ANP n° 11, de 16 de março de 2016, a ANP publicará, no Diário Oficial da União (DOU), o aviso de aprovação do edital da Chamada Pública, a ser realizada pelo transportador de maneira indireta. Os termos do edital aprovado apenas poderão ser alterados mediante prévia e expressa aprovação da ANP. Os documentos serão disponibilizados no site da ANP, na página Chamadas Públicas.


ANP prorroga prazo para empresas realizarem investimentos em PD&I

@Petrobras

A Diretoria da ANP aprovou resolução que prorroga o prazo para a realização, pelas empresas de exploração e produção de petróleo e gás natural, de investimentos obrigatórios em pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I), relativos a 2021. O prazo original se encerraria em 30/6/2022 e, com a medida, será prorrogado por 45 dias. A medida foi tomada em virtude do agravamento da Pandemia de Covid-19 no Brasil, que trouxe novas restrições à movimentação de pessoas em determinados Municípios e Estados. Essa situação gerou impacto nos cronogramas de muitos projetos de PD&I, devido ao fechamento temporário ou comprometimento do funcionamento de instituições de ensino e pesquisa, e à redução operativa das empresas fornecedoras do setor de óleo e gás. A prorrogação por 45 dias tem o objetivo de conceder às empresas tempo hábil de efetuar os investimentos relativos a 2021, e viabilizar novas contratações. O mesmo tempo de prorrogação foi concedido aos prazos de entrega dos Relatórios Consolidados Anuais (RCA), relativos ao ano de referência de 2021, e ao prazo para aplicação do Saldo de Recursos Não Aplicados (SRN) – ou seja, investimentos obrigatórios relativos a 2020 ainda não cumpridos, apurados em 30 de setembro de 2021. As obrigações de investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação estão previstas em cláusula dos contratos celebrados entre a ANP e as empresas para exploração, desenvolvimento e produção de petróleo e gás natural. A cláusula de PD&I estabelece a aplicação de 1% da receita bruta da produção de grandes campos nessas áreas. Os valores gerados são investidos em projetos que podem ser executados pela própria empresa petrolífera, por empresas brasileiras ou por instituições credenciadas de todo o país.

Oferta Permanente: aprovadas as inscrições de mais nove empresas

A Comissão Especial de Licitação (CEL) da ANP – Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – aprovou as inscrições de mais nove empresas para a Oferta Permanente, que agora totaliza 78 inscritas. O documento oficial foi publicado no Diário Oficial da União. As empresas que tiveram suas inscrições aprovadas foram: Apoema Consultores em Óleo e Gás Ltda.; Beam Earth Limited; Blueshift Geração e Comercialização de Energia Ltda.; Federal Energia S/A; Pindorama Energia Exploração e Produção Ltda.; Petrogal Brasil S.A.; Petronas Petróleo Brasil Ltda.; Seacrest Exploração e Produção de Petróleo Ltda.; e Storengy SAS. A Oferta Permanente é uma modalidade de concessão de blocos e de áreas com acumulações marginais para exploração ou reabilitação e produção de petróleo e gás natural. Nessa modalidade, há a oferta contínua de blocos exploratórios e áreas com acumulações marginais localizados em quaisquer bacias terrestres ou marítimas. A exceção são os blocos localizados no Polígono do Présal e nas áreas estratégicas. A empresa que tiver sua inscrição aprovada pode declarar interesse em um ou mais blocos e áreas ofertados no Edital. Em seguida, com a aprovação das declarações de interesse pela CEL, tem início a um ciclo da Oferta Permanente, com a divulgação de seu cronograma, pela Comissão. Os ciclos correspondem à realização das sessões públicas de apresentação de ofertas para setores em que houve interesse. No dia da sessão pública, as empresas inscritas podem fazer ofertas para blocos e áreas com acumulações marginais em licitação naquele ciclo.

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A TotalEnergies reforça a sua posição em energia solar para edifícios Através de sua joint venture com a Amarenco, a TotalEnergies lidera o ranking CRE 41, fortalecendo sua posição no mercado de instalações solares de telhado na França. Na 13ª ronda da Comissão Reguladora de Energia Francesa (CRE), a joint venture ganhou 194 projetos, representando um total de cerca de 58 MW, ou 20% da capacidade adjudicada. A TotalEnergies ganhou mais de 250 MW de projetos solares, no total, em todas as 13 rodadas CRE 4 “rooftop solar”, desde 2017. “Desde 2017, a TotalEnergies, juntamente com a Amarenco, conquistou mais de 700 projetos solares em edifícios na França. Este desempenho único em um mercado em rápido crescimento confirma nossa posição como líder em cobertu-

ras fotovoltaicas”, diz Thierry Muller, CEO da TotalEnergies Renováveis França. “Vencendo esta nova licitação, estamos um passo mais perto de nosso objetivo, de atingir 4 GW de capacidade de geração renovável na França, até 2025. A TotalEnergies confirma o seu compromisso de ser um ator importante no desenvolvimento de energias renováveis.”

ExxonMobil adquire participação de empresa de biocombustíveis A ExxonMobil adquiriu uma participação de 49,9% na Biojet, com o objetivo de fornecer produtos de emissões mais baixas para o setor de transporte. A Biojet converterá resíduos florestais e de construção à base de madeira, em biocombustíveis e componentes de biocombustíveis de baixas emissões, além de fornecer 3 milhões de barris, por ano, para a ExxonMobil. A Biojet planeja desenvolver até cinco instalações para produzir os biocombustíveis e componentes do biocombustível. A empresa prevê que a produção comercial comece, em 2025, em uma fábrica a ser construída em Follum, na Noruega. O acordo permite que a ExxonMobil compre até 3 milhões de barris dos produtos, por ano, com base na capacidade potencial de cinco instalações. “O acordo com a Biojet avança os esforços da ExxonMobil para fornecer produtos com baixas emissões para o setor de transporte. Usando nosso acesso ao terminal de Slagen, podemos distribuir biocombustíveis com eficiência na Noruega e em países do noroeste da Europa”, disse Ian Carr, presidente da ExxonMobil Fuels and Lubricants Company. De acordo com a Diretiva de Energia Renovável da União Europeia, os biocombustíveis produzidos a partir de resíduos de madeira podem ajudar a reduzir as emissões de gases de 78

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efeito estufa do ciclo de vida em 85%, em comparação com o diesel à base de petróleo. Quando produzidos, os biocombustíveis da Biojet podem ser utilizados em veículos de passeio e caminhões pesados. Oportunidades adicionais para transporte marítimo e aviação podem desenvolver-se, à medida que o mercado de biocombustíveis de emissões mais baixas se expande. O investimento na Biojet se baseia nos esforços contínuos da ExxonMobil para desenvolver e implantar soluções de energia de baixa emissão.


Produção de petróleo e gás natural no Brasil atingiu patamar mais alto da série histórica em regime de partilha de produção A produção de óleo e gás natural em regime de partilha de produção atingiu, em novembro de 2021, o patamar mais alto da série histórica, desde 2017: média diária de 447 mil barris de petróleo, e de 1.309 mil metros cúbicos de gás natural. As informações são do Boletim Mensal de Partilha de Produção, divulgado pela Pré-Sal Petróleo (PPSA), que registrou substancial aumento nos volumes produzidos, em função do início da produção dos volumes excedentes da Cessão Onerosa de Búzios em regime de partilha. Em novembro pp, o crescimento de 26%, em óleo, e 200%, em gás, em relação ao mês anterior, está ligado especificamente a mais uma atividade de Búzios: a retomada da operação da plataforma P-76, que passou por manutenção programada em outubro.

https://www.presalpetroleo.gov.br/ppsa/conteudo/boletim_mensal-nov2021rev02. pdf

Em novembro, estavam em produção, três contratos. Do total de 447 mil bpd, 435 mil bpd vieram de Búzios, seguidos de 7 mil bpd do Entorno de Sapinhoá, e de 5 mil bpd de Tartaruga Verde Sudoeste. A Área de Desenvolvimento de Mero (Libra) não teve produção naquele mês, devido ao encerramento do primeiro Sistema de Produção Antecipada 1 (SPA-1), e mudança de locação do FPSO Pioneiro de Libra, para início do SPA-2. A média diária do total do excedente em óleo da União, em novembro, foi de 10,4 mil bpd, sendo 6,1 mil bpd do Campo de Búzios, e 4,3 mil bpd do Entorno de Sapinhoá. Em Tartaruga Verde Sudoeste, o excedente em óleo da União foi destinado à quitação do Acerto de Contas com o operador, pela redeterminação de participações realizada no Acordo de Individualização da Produção (AIP). Da produção diária de gás natural para comercialização do período, do total de 1.309 mil m³/dia, 1.115 mil m³/dia foram do Campo de Búzios, 158 mil m³/dia do Entorno de Sapinhoá, e 36 mil m³/dia de Tartaruga Verde Sudoeste. A média diária do total do excedente em gás natural foi de 120 mil m³/dia (16 mil m³/dia de Búzios e 104 mil m³/dia do Entorno de Sapinhoá). Em relação ao mês anterior, a média diária do total do excedente em gás natural da União representou uma redução de 10%, devido à parada programada do FPSO Cidade de Ilhabela, em Sapinhoá. Em Tartaruga Verde Sudoeste, o excedente em gás da União também foi destinado à quitação do Acerto de Contas com o operador oriundo da redeterminação do AIP. Desde 2017, a produção acumulada em regime de partilha de produção é de 95,6 milhões de barris de petróleo, e 343 milhões de m³ de gás natural. Do total, 11,2 milhões de barris

de petróleo, e 98,4 milhões de m³ de gás natural, são referentes à parcela da União.

@Divulgação

O início da produção dos volumes excedentes da Cessão Onerosa do Campo de Búzios, a partir de setembro último, fez a média diária da produção de óleo em regime de Partilha dar um salto histórico: a produção média dos contratos de Mero, Búzios, Sapinhoá e Tartaruga Verde Sudoeste alcançou 431 mil barris de petróleo dia (bpd). Desde novembro de 2017, quando teve início a série histórica da Partilha, o pico de produção média diária de petróleo havia sido de 65 mil bpd, o que foi superado, agora, em 563%. Do total (431 mil bpd) do mês de setembro deste ano, 418 mil bpd são de Búzios, 8 mil bpd de Entorno de Sapinhoá, e 5 mil bpd de Tartaruga Verde Sudoeste. A Área de Desenvolvimento de Mero não teve produção no mês de setembro, devido ao encerramento do primeiro Sistema de Produção Antecipada 1 (SPA-1), e mudança de locação do FPSO Pioneiro de Libra, para iniciar o SPA-2, durante o quarto trimestre de 2021. O Campo de Búzios conta com quatro navios-plataformas em produção (P-74, P-75, P-76 e P-77), 18 poços produtores em operação, e é regido por um Acordo de Coparticipação, que estabelece um percentual da produção de 26,1205% para o contrato de Cessão Onerosa, e de 73,8795% para o contrato de Partilha de Produção. Na Partilha, a produção tem a Petrobras como operadora, com as sócias CNODC Brasil (5%) e a CNOOC Petroleum (10%). Com isso, a partir de setembro, a União já passou a contar com uma produção de 5,9 mil bpd, referente ao Campo de Búzios. Soma-se a esse montante 5,4 mil bpd, referente ao contrato do Entorno de Sapinhoá, totalizando 11,3 mil bpd para a União. Com a entrada de Búzios, a produção acumulada em regime de Partilha de Produção passou a 71,2 milhões de barris de petróleo, 22,5% a mais do que o valor acumulado em agosto de 2021. A parcela acumulada do excedente em óleo da União passou a 10,5 milhões de barris de petróleo. no 387

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Sistema de produção submarino para Mero 4

@Aker

A Aker Solutions firmou contrato com a Petrobras para fornecer um sistema de produção submarino e serviços relacionados para Mero 4 – este é o quarto sistema produtivo consecutivo para o desenvolvimento do campo de Mero, uma das maiores descobertas de petróleo no Pré-sal, do Brasil. A empresa entregará um sistema de produção submarino composto por até 13 árvores submarinas verticais, projetadas para o Pré-sal, incluindo unidades de distribuição submarina, módulos de controle submarinos, e estação de controle para sistemas de controle e topside, e equipamentos relacionados. A unidade de fabricação submarina da Aker Solutions, em São José dos Pinhais, e sua base de serviços submarinos, em Rio das Ostras, realizarão a parte principal do trabalho. A obra começa imediatamente, com instalação prevista para ocorrer entre 2023 e 2025. “Estamos satisfeitos por receber mais um contrato de sistema de produção submarino do Consórcio Libra, que reforça o relacionamento de longa data, entre a Petrobras e a Aker Solutions. Ao executar e entregar este novo e importante projeto, estamos ansiosos para apoiar a Petrobras no Pré-sal, e contribuir para o desenvolvimento do Brasil. A Aker Solutions está presente no Brasil há mais de quatro décadas, e temos o compromisso de continuar prestando nossos serviços para maximizar o potencial dos seus campos da Petrobras da maneira mais segura, eficiente e sustentável possível”, disse Maria Peralta, vicepresidente executiva e chefe de negócios submarinos da Aker Solutions. 80

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Wärtsilä vai fornecer usinas flexíveis de balanceamento térmico

@wartsila

A Wärtsilä fornecerá três usinas a gás, com potência combinada de 150 MW, como resultado de um Leilão de Capacidade de Reserva, organizado pelo Ministério de Minas e Energia. As plantas serão entregues de forma rápida, e estão programadas para entrar em operação no segundo trimestre de 2022. Os pedidos foram feitos por empresas detidas por fundos administrados pelo BTG Pactual Asset Management, e estão incluídos na entrada de pedidos da Wärtsilä, no quarto trimestre de 2021. A eletricidade produzida pelas usinas de balanceamento térmico vai alimentar a rede nacional, garantindo a confiabilidade do sistema, por exemplo, durante períodos de condições climáticas adversas. Os contratos incluem um total de 16 grupos geradores de motores a gás Wärtsilä 20V34SG, flexíveis e de partida rápida. Os projetos serão entregues em regime de Engenharia, Aprovisionamento e Construção (EPC) para as usinas existentes UTE Luiz Oscar Rodrigues de Melo e UTE Viana 1, bem como uma nova usina UTE Povoação 1, todas localizadas no Espírito Santo. As usinas a gás Wärtsilä operam com gás natural, com eficiência da planta de até 50% em ciclo simples, e até 54% em modo de ciclo combinado. Sua flexibilidade inigualável é destacada pelo fato de que eles poderem atingir a potência total de saída em poucos minutos do sinal de partida, o que é um benefício essencial, em sistemas que desejam integrar níveis mais altos de energia renovável. Essas usinas flexíveis podem utilizar gás natural, GLP, combustíveis sintéticos e vários combustíveis de biogás. As usinas de energia que inicialmente funcionam com gás natural podem passar a operar com combustíveis descarbonizados sustentáveis, à medida que essas fontes estiverem disponíveis. Esse recurso à prova de futuro reduz o risco de investimentos feitos hoje, de se tornarem ativos ociosos, mais tarde. “Nossa presença no Brasil é longa e sólida. Com estes projetos, estamos nos aproximando do importante marco de 3 GW de base instalada no país, e continuamos a atender as crescentes necessidades de nossos clientes. Oferecemos a melhor tecnologia da categoria para otimização de energia. A alta eficiência dos motores Wärtsilä, com seus rápidos aumentos de potência, em questão de minutos, em vez de horas ou dias, fornecem a flexibilidade e a confiabilidade necessárias no mercado de energia atual, que tende cada vez mais para as energias renováveis”, diz Håkan Agnevall , Presidente e CEO da Wärtsilä Corporation.


Terminais aquaviários com resolução revisada e audiência públicas A Diretoria da ANP aprovou a realização de consulta pública, seguida de audiência pública, sobre a versão revisada da minuta de resolução que propõe alterações na Portaria ANP nº 251/2000. A norma trata da regulamentação do acesso não discriminatório, por terceiros interessados, aos terminais aquaviários, existentes ou a serem construídos, para movimentação de petróleo, seus derivados e de biocombustíveis. A iniciativa de propor uma minuta de resolução aperfeiçoada, que visa a simplificar o acesso aos terminais aquaviários, deve-se à grande quantidade de contribuições, críticas e sugestões recebidas sobre a proposta anterior, submetida a consulta e audiência públicas em 2020 (Consulta e Audiência Públicas nº 01/2020). A ampla participação do mercado levou a ANP a realizar workshops e reuniões individuais com os agentes econômicos, e, como resultado, a elaborar uma minuta de resolução que aperfeiçoa a versão anterior, e seguirá novamente os trâmites de consulta/audiência públicas previstos em lei. As novas regras propostas pela ANP buscam compatibi-

lizar dois pilares de políticas públicas de Estado: o incentivo de atração em investimentos portuários, e o desenvolvimento de um mercado competitivo no setor de combustíveis, a partir do amplo acesso de terceiros a instalações portuárias, o que estimula a entrada de novos atores no mercado concorrencial. Esse tema se mostra ainda mais pertinente, devido ao momento atual de abertura do mercado, e com o programa de desinvestimentos da Petrobras no downstream. O processo de revisão da Portaria ANP nº 251/2000 teve início em 2015, e contou com ampla participação da sociedade e dos agentes de mercado, com a realização de consulta prévia, em 2016, além de intensos debates de 2017 a 2019, no âmbito dos programas governamentais Combustível Brasil e Abastece Brasil.

PXGEO conclui aquisição do OBN da linha de base 4D da Bacia de Santos A PXGEO concluiu com sucesso o programa Sapinhoa 4D Baseline OBN para o consórcio BMS-9, operado pela Petrobras, nas águas profundas da Bacia de Santos, offshore do Brasil. O projeto de quatro meses, utilizando a tecnologia Manta OBN proprietária da PXGEO, foi concluído com segurança e eficiência, por volta do final de outubro de 2021, dentro do cronograma do projeto acordado. As medidas de mitigação do PXGEO Covid19 foram totalmente eficazes em todo o projeto, na prevenção da exposição ao pessoal offshore.

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Royal Dutch Shell simplifica estrutura O Conselho da Royal Dutch Shell plc (Shell) anunciou proposta de simplificar a estrutura da empresa para aumentar a velocidade e flexibilidade das ações de capital e portfólio. A simplificação visa a fortalecer a competitividade da Shell e acelerar as distribuições aos acionistas e a entrega de sua estratégia para se tornar um negócio de emissões líquidas zero. “Em um momento de mudanças sem precedentes para a indústria, é ainda mais importante que tenhamos uma maior capacidade de acelerar a transição para um sistema de energia global de baixo carbono. Uma estrutura mais simples permitirá que a Shell acelere a entrega de sua estratégia Powering Progress, ao mesmo tempo em que cria valor para nossos acionistas, clientes e a sociedade em geral”, disse o presidente da Shell, Sir Andrew Mackenzie. Pela proposta anunciada, a Shell pretende alterar sua estrutura acionária para estabelecer uma linha única de ações, mais simples para os investidores entenderem e valorizarem. A empresa também alinhará sua residência fiscal com seu país de constituição no Reino Unido. A Shell foi constituída no Reino Unido, com residência fiscal holandesa e uma estrutura de dupla ação, desde a unificação em 2005, da Koninklijke Nederlandsche Petroleum Maatschappij e da Shell Transport and Trading Company, sob uma única empresa-mãe. Não estava previsto no momento da unificação que a atual estrutura de ações A/B seria permanente. E uma estrutura convencio-

Shell marine na era digital

A Shell Marine implantou um conjunto de melhorias em seu serviço LubeMonitor, para ir além de todos os outros programas tradicionais de “monitoramento da condição do cilindro”, e se posicionar como o local ideal para todas as suas necessidades de monitoramento do motor. Ao trazer à tona uma ampla gama de informações técnicas e operacionais, o Shell LubeMonitor permite que os usuários entendam melhor o desempenho do motor do navio, garantam que ele esteja operando de acordo com as recomendações do OEM e, por fim, ajude a reduzir os custos de manutenção. Embora seus recursos tenham ficado mais sofisticados, a interface do usuário e os relatórios do Shell LubeMonitor agora são mais simples e visam a fornecer o que os usuários mais precisam. Entre suas novidades, estão insights aprimorados sobre frotas e embarcações que vão além dos relatórios tradicionais: permitindo que os usuá-

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nal de ações únicas permitirá que a Shell concorra de forma mais eficaz, permitindo aceleração nas distribuições, por meio de recompras de ações, pois, haverá um único conjunto maior de ações ordinárias que podem ser recompradas – após o início de um programa de recompra de US$ 2 bilhões em julho, a Shell anunciou que devolverá mais US$ 7 bilhões aos acionistas, após a conclusão da venda de seus ativos da Permian nos Estados Unidos; fortalece a capacidade da Shell de enfrentar os desafios da transição energética, gerenciando seu portfólio com maior agilidade; reduz o risco para os acionistas, simplificando e normalizando a estrutura de ações da Shell, em linha com seus concorrentes e a maioria das outras empresas globais. A atual estrutura de ações complexa está sujeita a restrições, e não é sustentável no longo prazo. Após a simplificação, os acionistas continuarão a deter os mesmos direitos legais, de propriedade, voto e distribuição de capital na Shell. As ações continuarão a ser cotadas em Amsterdã, Londres e Nova Iorque, com a inclusão do índice FTSE UK. É esperado que o índice AEX seja mantido. A estrutura de governança corporativa da Shell permanecerá inalterada. Sir Andrew Mackenzie disse que “a simplificação normalizará a estrutura de ações sob as jurisdições fiscais e legais de um único país, e nos tornará mais competitivos. Como resultado, a Shell estará mais bem posicionada para aproveitar oportunidades e desempenhar um papel de liderança na transição energética. O Conselho da Shell recomenda, por unanimidade, que os acionistas votem a favor da resolução proposta.”

rios comparem as embarcações desde o nível da frota até seus cilindros – tudo organizado de maneira fácil de ler (beneficiando usuários on-shore e off-shore); um guia passo a passo para engenheiros de bordo, que pode ajudar a padronizar o processo de inspeção; um recurso abrangente de inspeção do motor que permite a inclusão de medições registradas da folga do anel do pistão, revestimento do anel do pistão, desgaste da camisa – todos os dados podem ser armazenados e organizados com as fotos capturadas, para que os usuários possam voltar a elas a qualquer momento; integração com o monitoramento da condição do óleo Shell LubeAnalyst, tornando-se assim uma plataforma completa, para comparar facilmente todos os resultados da análise de óleo do seu motor. O Shell LubeMonitor aprimorado já está em mais de 300 navios, e recebeu feedback positivo.


Intensificação dos planos eólicos offshore coreanos A Equinor assinou um Memorando de Entendimento (MoU) com a Korean East-West Power (EWP), para cooperar em 3 GW de projetos eólicos offshore na Coréia do Sul. Juntos, os parceiros contribuirão para a contínua transição energética do país e para o desenvolvimento de uma indústria eólica offshore na Coréia. Hong Dong-pyo (à esquerda), diretor administrativo da Divisão de Energia Renovável EWP, Cho Sangki, vice-presidente executivo da EWP, Kim Yung-moon, presidente e CEO da EWP, Pål Eitrheim, vice-presidente executivo da Renewables Equinor, Arne Sigve Nylund, vice-presidente executivo de Projetos, Perfuração e Compras da Equinor e Jacques-Etienne Michel, diretor administrativo da Equinor Coreia do Sul. O governo coreano estabeleceu uma ambição de aumentar as energias renováveis em aproximadamente 60 GW, até 2034, dos quais 12 GW são direcionados para energia eólica offshore, até 2030. A parceria da Equinor com a EWP, uma das estatais de geração de energia da Coréia, fornece uma base forte, para que a empresa eólica offshore assuma um papel de liderança no desenvolvimento de um pipeline de projetos eólicos offshore necessários.

“A Coreia do Sul pretende se tornar um dos principais mercados globais de energia eólica offshore na próxima década. Junto com a EWP, estamos prontos para contribuir com os planos do país, no curto e no longo prazo. Queremos desenvolver o primeiro parque eólico offshore flutuante comercial na Coreia do Sul. Trabalhamos com a cadeia de suprimentos coreana há muitos anos, e conhecemos suas qualidades e capacidades. Vemos um grande potencial para alavancar nossa experiência na construção de uma nova indústria junto com a cadeia de suprimentos de classe mundial da Coréia”, diz Pål Eitrheim, vice-presidente executivo de Renováveis da Equinor. O MoU entre a Equinor e a EWP confirma a estratégia da Equinor, de acelerar o crescimento lucrativo em energias renováveis, criando valor a partir do acesso antecipado em escala em mercados atraentes, em colaboração com parceiros que compartilham sua visão e objetivos. Dadas as profundidades das águas costeiras coreanas, soluções flutuantes são necessárias para realizar as ambições de energia renovável do governo sul-coreano. A Equinor trará suas décadas de experiência eólica flutuante e tecnologia offshore para a parceria, incluindo experiência em O&M.

Shell inicia eletrolisador de hidrogênio na China Um dos maiores eletrolisadores de hidrogênio do mundo iniciou produção de hidrogênio verde em Zhangjiakou, província de Hebei, China. O eletrolisador forneceu cerca de metade do suprimento total de hidrogênio verde para veículos de célula de combustível na zona de competição de Zhangjiakou, durante os Jogos Olímpicos de Inverno, programados para começar em 4 de fevereiro de 2022. “O eletrolisador é o maior em nosso portfólio até o momento, e está alinhado com a estratégia Powering Progress da Shell, que inclui planos para construir nossa posição de liderança em hidrogênio. Vemos oportunidades em toda a cadeia de fornecimento de hidrogênio na China, incluindo sua produção, armazenamento e transporte. Queremos ser o parceiro confiável para nossos clientes de diferentes setores, pois, os ajudamos a descarbonizar na China”, disse Wael Sawan, Diretor de Soluções Integradas de Gás, Renováveis e Energia da Shell.

O projeto faz parte de uma joint venture entre a Shell China e a Zhangjiakou City Transport Construction Investment Holding Group Co. Ltd, formada em novembro de 2020. O eletrolisador de energia para hidrogênio de 20 megawatts (MW) e as estações de reabastecimento de hidrogênio em Zhangjiakou são a fase 1 do projeto. As empresas têm planos de escalar até 60 MW nos próximos dois anos, na fase 2. Levando apenas 13 meses para ser concluído, este é o primeiro projeto comercial de desenvolvimento de hidrogênio da Shell na China. Utilizando energia eólica terrestre, o projeto forneceu inicialmente hidrogênio verde para abastecer uma frota de mais de 600 veículos de célula de combustível na zona de competição de Zhangjiakou, durante os Jogos Olímpicos de Inverno. Depois disso, o hidrogênio será usado para transporte público e comercial na região de Pequim-Tianjin-Hebei, ajudando a descarbonizar seu setor de mobilidade. no 387

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Equinor e bp avançam na energia eólica offshore para Nova York Em um evento com a secretária de Energia dos EUA Jennifer Granholm, a governadora de Nova York, Kathy Hochul, e o representante dos EUA, Paul Tonko, a Equinor e a bp anunciaram a finalização dos Contratos de Compra e Venda (PSAs) com a Pesquisa de Energia do Estado de Nova York e Autoridade de Desenvolvimento (NYSERDA), para o Empire Wind 2 e Beacon Wind 1. Os PSAs estabelecem os termos sob os quais esses projetos fornecerão energia renovável local para Nova York, e injetarão investimentos econômicos significativos na economia do estado. A finalização dos PSAs conclui os contratos concedidos em janeiro de 2021, quando a Equinor e a bp foram selecionadas para fornecer energia eólica offshore ao Estado de Nova York, em uma das maiores aquisições de energia renovável nos EUA, até o momento. Uma vez concluído, o portfólio de projetos eólicos offshore ativos da Equinor e da bp (Empire Wind 1, Empire Wind 2 e Beacon Wind 1) produzirá eletricidade suficiente para abastecer cerca de 2 milhões de residências em Nova York, e ajudará a gerar mais de US$ 1 bilhão em produção econômica para o Estado de Nova York. Isso inclui investimentos em portos e infraestrutura que reforçarão a posição de Nova York como o centro regional da indústria eólica offshore – e um exemplo importante de atividade econômica impulsionada pela transição energética. Os projetos eólicos offshore na costa leste dos EUA são os principais alicerces para acelerar o crescimento lucrativo em energias renováveis, e nossa ambição de instalar 12-16 GW de capacidade renovável, até 2030. A conclusão do PSA representa um marco importante, e permite o início da execução do projeto para a parceria Equinor-bp. “O anúncio coloca a Equinor e a bp no caminho para fornecer mais de 3,3 gigawatts (GW) de energia eólica offshore para Nova York. Também oferece uma demonstração tangível e em larga escala, da incrível atividade econômica e potencial de redução de carbono, impulsionados pela transição de energia verde de Nova York. Estamos orgulhosos de ajudar a liderar o crescimento desta excitante indústria em Nova York”, disse Siri Espedal Kindem, presidente da Equinor Wind US. “A energia eólica offshore está trazendo investimentos sem precedentes para o estado de Nova York, e estamos orgulhosos de nos consolidar ainda mais como o centro eólico offshore do país. Atingir nossa meta de energia eólica offshore de 9.000 megawatts, até 2035, será um fator econômico

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essencial para o estado, e esses projetos ajudarão a transformar nosso sistema de energia, p ro p o rc i o n a n d o milhares de empregos sustentáveis para sustentar nossa crescente economia verde”, disse Doreen M. Harris, presidente e CEO da NYSERDA. “Estes são ativos de classe mundial, e nos estamos movendo com rapidez e segurança, para que eles produzam a energia que as pessoas precisam, da maneira que eles querem – ao mesmo tempo criando efeitos positivos, para as comunidades e indústrias do entorno. Esse é um passo crítico, e continuaremos trabalhando duro para entregar os projetos Empire Wind e Beacon Wind, fornecendo energia limpa e retornos estáveis, nas próximas décadas” acrescentou Felipe Arbelaez, vice-presidente sênior de energia de carbono zero da bp.

Renderização artística do conceito para o desenvolvimento do site do South Brooklyn Marine Terminal (não final)

Os PSAs acordados com o Estado de Nova York finalizam os termos sob os quais a Equinor e a bp fornecerão capacidade de geração de 1.260 megawatts (MW) de energia eólica offshore renovável do Empire Wind 2, e outros 1.230 MW de energia do Beacon Wind 1, investimentos na infraestrutura de Nova York. Os projetos incluem atualizações portuárias, para transformar o South Brooklyn Marine Terminal em uma importante instalação de preparação e montagem para a indústria, bem como uma base de operações e manutenção para os projetos. A Equinor anunciou recentemente a abertura de um escritório de projetos em Nova York localizado em Sunset Park, Brooklyn, em frente ao South Brooklyn Marine Terminal. A parceria também investirá no Porto de Albany, tornando-o na primeira torre eólica offshore da América, e instalação de fabricação de peças de transição.


Potencial do gás é promissor em meio a mudanças nas políticas À medida que o mundo dá passos decisivos sobre as mudanças climáticas, as mudanças políticas que se seguiram, e seus efeitos sobre o combustível fóssil que mais cresce no mundo, o gás natural, foram examinados em um evento realizado pelo Fórum dos Países Exportadores de Gás (GECF), em fevereiro de 2022. Intitulado ‘Gás natural no rescaldo da COP26’, o webinar contou com a participação de palestrantes de primeira classe, representando países exportadores, academia, empresas e prestadores de serviços. A primeira sessão revisou os principais resultados da COP26, incluindo possíveis impactos no setor de energia, em particular no gás natural. A segunda parte concentrou-se nas respostas do setor de gás, ao que saiu de Glasgow, em novembro de 2021, e no que pode estar nos cartões, à medida que o setor avança para a COP27. Dando o tom para uma rodada animada de discussões, S.E. Eng. Mohamed Hamel, Secretário Geral do GECF, ressaltou que a COP26 recomendou a redução gradual do consumo de carvão poderia “definitivamente beneficiar o gás natural”. “A troca de carvão para gás é a opção de mitigação menos dispendiosa, em muitos países em desenvolvimento, inclusive em países com grandes populações, e é um componentechave em suas Contribuições Nacionalmente Determinadas. No entanto, o impacto do desenvolvimento dos mercados de carbono no gás natural é uma questão mais complexa de responder”, alertou, acrescentando que “é importante considerar estas questões de forma multifacetada e holística, tendo em conta a necessidade de uma delicado equilíbrio entre os três pilares do desenvolvimento sustentável, nomeadamente o desenvolvimento econômico, o progresso social e a proteção do ambiente, ao mesmo tempo que responde à necessidade de um fornecimento de energia acessível, fiável, previsível e seguro aos utilizadores finais.” Apresentando a perspectiva dos países exportadores de gás, o Eng. Ahmed Abdrabo, Chefe Adjunto de Assuntos Ambientais do Ministério do Petróleo e Recursos Minerais do Egito, observou que o discurso atual pode levar a um financiamento sufocado para novos projetos de hidrocarbonetos, bem como novos impostos de carbono sobre todos os combustíveis fósseis. Deve-se notar que a COP27 será realizada no Egito, no final de 2022. “Temos de considerar o gás natural como o combustível fóssil mais limpo, e temos de divulgar este fato, e tentar aumentar sua pegada, desta forma”, disse o Eng. Abdrabo. Essa resiliência do gás foi destacada por Massimo Di Odo-

ardo, vice-presidente de Pesquisa de Gás e GNL da Wood Mackenzie, que afirmou que a COP26 oferece um resultado positivo para a indústria de gás. “O gás continua no caminho para ser resiliente durante a transição energética. Acreditamos que o pacote global de metano fornece uma estrutura para acelerar a redução das emissões de escopo 1 e 2, e os compromissos para reduzir gradualmente o carvão abrem o caminho para mais uso de gás nos mercados asiáticos em desenvolvimento”, disse ele. Além disso, as estruturas globais de precificação de carbono podem fornecer incentivos apropriados, para aumentar a captura e armazenamento de carbono (CCS) e hidrogênio azul, acrescentou. A evolução dos mercados de carbono foi explorada por Haege Fjellheim, Diretora de Pesquisa de Carbono da Refinitiv, que apontou a Europa como um exemplo realista de precificação de carbono em movimento. Arthur Lee, Fellow e Principal Advisor on Corporate Strategy and Sustainability na Chevron, e que também atua no conselho da International Emissions Trading Association, aprofundou-se no Artigo 6 do Acordo de Paris de 2015, para explorar seu potencial econômico e implementação desafios do gás natural. “Os benefícios potenciais da cooperação para alcançar as NDCs sob o Artigo 6 são grandes e todas as partes podem se beneficiar”, explicou Lee, acrescentando que o Artigo 6 pode facilitar a redução adicional sob o Acordo de Paris em 50%, em 2030. Tim Dixon, Gerente Geral do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento de Gases de Efeito Estufa da IEA, lançou luz sobre as perspectivas de utilização e armazenamento de captura de carbono à luz da COP26. Ele lamentou o fato de que, apesar da tecnologia comprovada, o verdadeiro potencial da captura de carbono ainda não se manifestou. “Você precisa de alguma estabilidade política, para que esses grandes projetos de capital intensivo aconteçam. Temos cerca de 27 projetos ao redor do mundo, e precisamos passar de 100, até 2035. Os meios para isso estão aí, só precisamos das políticas implementadas para estimular”, afirmou Dixon. Trazendo a perspectiva da Noruega, Ahmed Osman, gerente de desenvolvimento de negócios para o Oriente Médio da Equinor, reafirmou as ambições climáticas da empresa: “A ambição net-zero oferece novas oportunidades no setor, onde a excelência e a inovação tecnológica definirão os vencedores. Estamos mudando criando valor por meio da transição energética”, disse ele. no 387

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Wilson Sons investe no mercado de apoio portuário

Divulgação/ Wilson Sons

Com a recente recuperação da demanda e dos preços do petróleo no mercado internacional, as grandes companhias começam a avançar com novos projetos. Levantamento realizado pela Wilson Sons, maior operadora integrada de logística portuária e marítima do Brasil, mostra que 22 FPSOs devem entrar em operação no país, entre 2022 e 2026. A retomada dos investimentos também traz otimismo ao mercado de apoio marítimo. Com frota de 80 rebocadores, a maior da costa brasileira, a Wilson Sons participou este ano de mais de 20 operações para o mercado de óleo e gás, incluindo assistências a FPSOs, sondas, estaleiros e FSRUs (Unidade de Armazenamento e Regaseificação Flu- Rebocadores da Wilson Sons em operação com FPSO BW Cidade de São Vicente, em Angra dos Reis/RJ. tuante), consolidando-se como GNL da Celse (Aracajú/SE), da GNA (Porto do Açu/RJ) e referência na prestação de serviço de apoio portuário para da Petrobras (Pecém/CE), além de operações ship-to-ship no esse setor. Porto do Açu, e da participação em manobras de assistência “Nos próximos quatro anos, teremos um número aos FPSOs P-71 no Estaleiro Jurong (ES), BW considerável de plataformas entrando em Cidade de São Vicente (RJ), FPSO Carioca operação, outras sendo descomissionadas, MV30 (RJ), entre outros. novos terminais de GNL, o que traz uma séA unidade de negócios de Rebocadores da rie de oportunidades para a cadeia de forWilson Sons possui em sua estrutura a Cennecedores dessa indústria”, destaca Elísio tral de Operações (COR) e o Centro de AperDourado, diretor comercial da divisão de feiçoamento Marítimo (CAMWS). A COR, Rebocadores da Wilson Sons. por meio de sua rede própria de antenas AIS, Para atender a esses novos projetos, a monitora em tempo real os rebocadores e as companhia possui a frota mais potente da embarcações envolvidas nas operações, e está costa brasileira – 93% dos rebocadores têm em constante contato com todos os envolvidos propulsão azimutal (ASD), e quatro são es– clientes, autoridades portuárias e marítimas cort tugs – qualidade necessária para a moe praticagem. Já o CAMWS tem como princivimentação de grandes estruturas, como as pal equipamento um simulador de manobras, plataformas de petróleo. E iniciou a conscapaz de prever diferentes cenários operacionais. O simulatrução de uma série de outros seis rebocadores de alta dor é comumente utilizado por clientes do segmento de óleo potência. As novas unidades estão sendo construídas no e gás, para a preparação e testes de projetos e operações de estaleiro da Wilson Sons no Guarujá/SP e terão padrão grande porte. IMO TIER III, com redução de mais de 75% das emissões Esses diferenciais são determinantes para garantir a efide óxidos de nitrogênio, que é considerado um gás do ciência de operações tão complexas. A unidade de negócios efeito estufa. de Rebocadores da Wilson Sons é referência no mercado de Nos últimos anos, a Wilson Sons vem atuando em maapoio portuário, além de possuir status de classe mundial em nobras de apoio a plataformas, operações em terminais de segurança, com base em padrões definidos pela Du Pont, congás natural liquefeito (GNL), e operações ship-to-ship. Entre sultoria referência no setor. os projetos atendidos pela Companhia, estão os terminais de

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Total Eren comissiona 160 mw de capacidade eólica no Brasil

A Total Eren comissionou com sucesso os parques eólicos “Terra Santa” (92.3 MW) e “Maral” (67.5 MW), no Estado do Rio Grande do Norte, no Brasil. Terra Santa (92.3 MW) e Maral (67.5 MW) detêm contratos privados de compra e venda de energia (PPAs) de 20 anos com a Cemig e, em conjunto, gerarão 730 GWh por ano, o suficiente para abastecer mais de 400 mil residências. Para estes projetos, a Total Eren assinou Contratos de Fornecimento de Turbinas com a Siemens Gamesa, em 15 de outubro de 2019, para aquisição de 45 aerogeradores, com 3.55 MW de capacidade nominal. O investimento total dos parques eólicos Terra Santa e Maral chega a R$ 829 milhões (~ US$ 154 milhões). Em dezembro de 2019, a Total Eren firmou um financiamento de R$ 423 milhões (~ US$ 79 milhões), com um prazo de 22 anos, concedido pelo Banco do Nordeste (“BNB”), um importante banco de desenvolvimento brasileiro, que atua como o único credor de longo prazo da transação. Como garantia, cartas de fiança bancária foram emitidas por três bancos comerciais ativos no Brasil: Banco Sumitomo Mitsui Brasileiro S.A., Banco do Brasil S.A. e Banco Santander (Brasil) S.A. Com os complexos Terra Santa e Maral, a Total Eren contribui para um ambiente com menor emissão de carbono, e para o desenvolvimento socioeconômico do Brasil. Foram contratados, durante as obras, cerca de 1.650 trabalhadores no local, e 30 empregados permanentes foram contratados para a fase de operação e manutenção. Ativa no Brasil desde 2013, Total Eren possui atualmente o total de c. 300 MW em ativos de fonte solar e eólica em operação, e um avançado pipeline de c. 700 MW no país, com o objetivo de fornecer energia renovável competitiva para clientes privados e públicos. Além dos parques eólicos Terra Santa e Maral, a Total Eren possui três usinas solares fotovoltaicas em operação no Brasil: Dracena (90 MWp), BJL 11 (25 MWp) e BJL 4 (25 MWp).

“Estamos muito satisfeitos com o comissionamento de nossos parques eólicos Terra Santa e Maral, dois projetos incríveis que temos o orgulho de entregar para o benefício de nosso offtaker, a Cemig GT. Gostaria de agradecer às nossas equipes, por seu excelente trabalho em alcançar este marco, apesar do contexto atual relacionado à Pandemia covid-19. Olhando para o futuro, estamos confiantes de que iremos desenvolver novos projetos de energia renovável no Brasil, e avançar em nossa trajetória na América Latina nos próximos anos.” comentou Fabienne Demol, Vice-Presidente Executiva e Head Global de Desenvolvimento de Negócios da Total Eren. “Este é um marco muito importante para a Total Eren no Brasil, pois, agora finalizamos um ciclo completo, implementando usinas de energia solar e eólica no país, juntamente com a construção de uma equipe forte, para enfrentar nossos próximos desafios.” complementou Pierre-Emmanuel Moussafir, Diretor Executivo da Total Eren Brasil. no 387

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Produção de gás natural sobe, e registra novo recorde A produção de gás natural em 2021 foi recorde, tendo atingido a produção média de 134 MMm3/d, um crescimento de 5% em relação ao ano anterior, quando a média foi de 127 MMm3/d. Já a produção média de petróleo foi de 2,905 MMbbl/d, um recuo de 1,18%, na comparação com o volume de 2,940 MMbbl/d, registrado em 2020. A produção nacional, em dezembro de 2021, foi de 3,670 MMboe/d (milhões de barris de óleo equivalente por dia), sendo 2,838 MMbbl/d de petróleo e 132 MMm3/d de gás natural. A produção de petróleo reduziu 0,5% se comparada com a do mês anterior, e aumentou 4,1%, frente a dezembro de 2020. No gás natural, houve redução de 3,2%, em relação a novembro, e aumento de 4,1%, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. A produção no Pré-sal em dezembro foi de 2,709 MMboe/d, sendo 2,132 MMbbl/d de petróleo, e 91,6 MMm3/d de gás natural. No total, houve redução de 0,2%, em relação ao mês anterior, e aumento de 11,5%, em relação a dezembro de 2020. A produção teve origem em 133 poços, e correspondeu a 73,8% da produção nacional. Em dezembro, o aproveitamento de gás natural foi de 97,5 %. Foram disponibilizados ao mercado 54,4 MMm³/ dia. A queima de gás no mês foi de 3,3 MMm³/d, uma redução de 12,12%, se comparada ao mês anterior, e um aumento de 9,2%, se comparada ao mesmo mês, em 2020. Em dezembro, os campos marítimos produziram 97% do petróleo, e 84,4% do gás natural. Os campos operados pela Petrobras foram responsáveis por 93% do petróleo e do gás natural produzidos no Brasil. Destaque para o campo de Tupi, no Pré-sal da Bacia de Santos, foi o maior produtor de petróleo e gás natural, registrando 864 MMbbl/d de petróleo, e 41 MMm3/d de gás natural. A plataforma Petrobras 70, produzindo no campo de Búzios, por meio de quatro poços a ela interligados, produziu 161,175 Mbbl/d de petróleo, e foi a instalação com maior produção de petróleo. A instalação FPSO Cidade de Itaguaí, produzindo no 88

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@Divulgação

campo de Tupi, por meio de 7 poços a ela interligados, produziu 7,562 MMm³/d, e foi a instalação com maior produção de gás natural. Estreito, na Bacia Potiguar, teve o maior número de poços produtores terrestres: 952. Tupi, na Bacia de Santos, foi o campo marítimo com maior número de poços produtores: 58. Os campos de acumulações marginais produziram 418 boe/d, sendo 200,2 bbl/d de petróleo, e 34,6 Mm³/d de gás natural. O campo de Iraí, operado pela Petroborn, foi o maior produtor, com 197,9 boe/d No mês de dezembro de 2021, 273 áreas concedidas, quatro áreas de cessão onerosa e seis de partilha, operadas por 40 empresas, foram responsáveis pela produção nacional. Dessas, 61 são marítimas e 222 terrestres, sendo 13 relativas a contratos de áreas contendo acumulações marginais. A produção ocorreu em 6.247 poços, sendo 484 marítimos e 5.763 terrestres. O grau API médio do petróleo extraído no Brasil foi de 28,2, sendo 2,4% da produção considerada óleo leve (>=31°API), 92,5% óleo médio (>=22 API e <31 API) e 5,1% óleo pesado (<22 API). As bacias maduras terrestres (campos/testes de longa duração das bacias do Espírito Santo, Potiguar, Recôncavo, Sergipe e Alagoas) produziram 90,987 Mboe/d, sendo 70,733 Mbbl/d de petróleo, e 3,2 MMm³/d de gás natural. Desse total, 58,8 mil boe/d foram produzidos pela Petrobras, e 34,1 mil boe/d foram produzidos por concessões não operadas pela Petrobras, dos quais: 17.145 boe/d no Rio Grande do Norte, 15.004 boe/d na Bahia, 1.537 boe/d no Espírito Santo, 272 boe/d em Alagoas, e 208 boe/d em Sergipe.


Bolívia preside a 23ª Reunião Ministerial do Fórum dos Países Exportadores de Gás A 23ª Reunião Ministerial do Fórum dos Países Exportadores de Gás (GECF) foi realizada em novembro de 2021, sob a Presidência da HE Franklin Molina Ortiz, Ministro dos Hidrocarbonetos e Energias do Estado Plurinacional da Bolívia, como presidente. A reunião foi convocada por videoconferência. No contexto de preços sem precedentes de gás fraturando a estabilidade do mercado, a 23ª Reunião contou com a presença de ministros da Energia e figuras sêniores dos membros do GECF Argélia, Bolívia, Egito, Guiné Equatorial, Irã, Líbia, Nigéria, Catar, Rússia, Trinidad e Tobago, e Venezuela, além de Angola, Azerbaijão, Iraque, Malásia, Noruega, Peru e Emirados Árabes Unidos, como observadores. O Encontro levou em conta as perspectivas imediatas e de longo prazo para o gás natural, que, apesar das recentes turbulências nos mercados de energia, permanece positiva, e em curso para se tornar o principal combustível fóssil do mundo até 2050, aumentando sua participação, de 23%, hoje, para 27%. De fato, os ministros observaram que, à medida que a economia global passa sob a sombra da Pandemia do coronavírus, a consequente escassez de gás da Europa para a Ásia demonstra a necessidade de novos investimentos em gás natural como uma fonte de energia barata, abundante e flexível para alcançar a igualdade energética para todas as partes do mundo de forma sustentável. Os ministros elogiaram o maior interesse pelo gás natural na recém-concluída Conferência das Partes (COP26), onde vários líderes mundiais apoiaram o gás, como prenúncio do desenvolvimento econômico e sustentável de suas nações. Como observador da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC), o GECF havia instado a comunidade internacional em Glasgow a olhar para o gás como a solução para alcançar o equilíbrio certo entre requisitos econômicos e sociais, pós-

Covid-19 e restrições ambientais. Além disso, os deputados do GECF reconheceram que a descarbonização das economias deve ser abordada com cuidado, para a aceleração apressada do esverdeamento das economias, para que a agenda climática não se transforme em uma crise energética. Ao notar que os altos preços do gás não são do interesse dos compradores ou dos vendedores, os ministros reiteraram o papel fundamental dos contratos de gás de longo prazo, e da precificação do gás com base na indexação de petróleo/petróleo, para garantir investimentos estáveis no desenvolvimento de recursos de gás natural. Os ministros nomearam o HE Eng. Mohamed Hamel como secretário-geral do GECF, a partir de 1 º de janeiro de 2022. A Reunião Ministerial nomeou Sua Excelência Eng. Tarek El Molla, Ministro do Petróleo e Recursos Minerais da República Árabe do Egito como Presidente da Reunião Ministerial do GECF para 2022, e Sua Excelência Nikolai Shulginov, Ministro da Energia da Federação Russa, como presidente alternativo. Além disso, a Reunião Ministerial nomeou a Sra. Penelope Bradshaw-Niles, de Trinidad e Tobago, como presidente do Conselho Executivo da GECF, e o sr. Álvaro Hernán Arnez Prado, da Bolívia, como presidente suplente, pelo mesmo período. O Grupo decidiu que a 24ª Reunião Ministerial do GECF se reunirá no Cairo, República Árabe do Egito, em outubro de 2022. no 387

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Programa de CCUS da Petrobras

O programa de captura, uso e armazenamento geológico almente, nove plataformas possuem a tecnologia de CCUSde CO2 (Carbon Capture, Utilization and Storage – CCUS) EOR instalada, e esse número será ampliado com a entrada desenvolvido pela Petrobras, nos campos do Pré-sal, é o em operação de novas unidades equipadas com a tecnologia. maior do mundo em operação, em volume reinjetado anuA experiência em campo e as iniciativas de pesquisa contrialmente, e também o pioneiro em águas ultraprofundas. De buirão ainda para a evolução tecnológica e redução de custos, @André Motta de Souza / Agência Petrobras capacitando a empresa a avaliar e acordo com o relatório Global Status of CCS 2021 (Status Global do CCS desenvolver novas oportunidades 2021), a capacidade dos projetos de associadas a CCUS. CCUS em operação no mundo é de “Os petróleos não são todos 36,6 milhões de toneladas de CO2, iguais. O petróleo que produzipor ano. Em 2020, a Petrobras reinmos nos campos do Pré-sal (notajetou 7 milhões de toneladas, ou seja, damente Tupi e Búzios) está entre cerca de 19% do total. aqueles com menor emissão operaO gás dos campos do Pré-sal concional do mundo. Consumir petrótém gás natural, e também CO2, na leo produzido com menor emissão sua composição. A tecnologia de CCUS engloba a separação é uma contribuição imediata e relevante para a redução das do CO2 e do gás natural, e a posterior reinjeção do CO2 de emissões mundiais. Nos últimos 11 anos conseguimos reduvolta ao reservatório de onde saiu, onde fica armazenado. A zir praticamente à metade a emissão por cada barril de pereinjeção foi uma solução encontrada pela companhia, para tróleo produzido e nossa ambição é atender ao compromisso de não ventilar para a atmosfera o atingir a neutralidade em carbono. CO2 que está presente no gás natural. Trata-se de uma das iniO domínio da tecnologia de CCUSciativas que permitem à empresa produzir petróleo com baixa EOR é uma alavanca para reduzir emissão de carbono nos campos do as emissões de vários setores e um Pré-sal. elemento de competitividade para a A Petrobras vem aumentando, a Petrobras”, explica a gerente execucada ano, o volume de CO2 reinjetado tiva de Mudança Climática da Peem reservatórios. “Apenas nos nove trobras, Viviana Coelho. primeiros meses de 2021, foram 6,7 Atualmente, a Petrobras trabalha milhões de toneladas de CO2, o equino desenvolvimento de novas tecnologias de captura de CO2 valente a quase todo o volume reinvisando à redução do tamanho e peso das unidades de projetado em 2020. O programa tem nos cessamento nas plataformas, além da redução dos custos para permitido aumentar a eficiência da as operações. Um exemplo é a tecnologia de High Pressure produção e, com isso, reduzir a emissão de CO2 por barril Separation (separação em alta pressão) – de forma abreviada, produzido”, afirma o gerente executivo de Águas Ultra ProHISEP –, patenteada pela Petrobras e em fase de testes, pela fundas, Luiz Carlos Higa. qual o gás que sai do reservatório já é separado e reinjetado, Este resultado é fruto de desenvolvimento de um conjunto a partir de um sistema localizado no fundo do mar. Com isso, de inovações, desde tecnologias de captura até modelos matea produção do campo é ampliada e é possível alcançar uma máticos para reinjeção e armazenamento de CO2. A solução menor emissão de gases de efeito estufa para cada barril de desenvolvida pela Petrobras é pioneira pois, ao mesmo tempo óleo produzido. O teste-piloto da tecnologia será realizado na em que evita emissões, promove um aumento na quantidade área de Mero 3. de óleo que pode ser extraído do reservatório (a chamada ReAlém disso, a Oil and Gas Climate Initiative (OGCI), cuperação Avançada de Petróleo, ou Enhanced Oil Recovery associação formada por 12 empresas de petróleo, da qual a - EOR). O gás natural e o CO2 são separados na plataforma Petrobras faz parte, investe na busca por soluções de grande e a reinjeção do CO2 no reservatório é realizada de forma porte e impacto na redução das emissões de gases de efeialternada com água (tecnologia de injeção alternada de água to estufa, sendo um dos principais focos de investimentos o e gás – Water Alternating Gas - WAG), ajudando a manter a CCUS. Outra frente de atuação da Petrobras são as parcerias pressão interna e melhorando a recuperação de petróleo. com startups, universidades e centros de pesquisa globais. Na A primeira implantação foi feita em 2008 e, até setemedição de 2019, o Programa Petrobras Conexões para Inovabro de 2021, a companhia havia reinjetado um total de 28,1 ção – Módulo Startups, em parceria com o SEBRAE, seleciomilhões de toneladas de CO2 nos reservatórios. O resultado nou projeto que visa o desenvolvimento de uma membrana está em linha com os 10 compromissos de sustentabilidade da mais eficiente e de menor custo para captura de CO2 a partir Petrobras, que incluem a meta de atingir o volume acumulado do gás natural. O projeto, da startup PAM Membranas, atualde 40 milhões de toneladas de CO2 reinjetadas até 2025. Atumente está em desenvolvimento. 90

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Plano Macro Ambiental

O Plano Macro é uma proposta do Ibama - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis para otimizar os esforços e melhorar os resultados da gestão de impactos socioambientais da produção e escoamento de petróleo e gás, envolvendo as empresas produtoras de petróleo que atuam nas Bacias de Santos, Campos e Espírito Santo. Trata-se de um conjunto de estratégias para articular Programas Macrorregionais Integrados em uma mesma área de concentração de empreendimentos, permitindo que as empresas executem os projetos ambientais de forma compartilhada. Os objetivos do Plano Macro são: identificar, georreferenciar, monitorar e avaliar impactos sinérgicos e cumulativos das atividades marítimas de produção e escoamento de petróleo e gás; otimizar processos de mitigação de impactos difusos, padronizando procedimentos e induzindo a complementaridade de projetos ambientais em execução; simplificar a relação empreendedor-Ibama no processo de licenciamento ambiental das atividades de produção e escoamento de petróleo, fomentando a padronização, a articulação e o compartilhamento de informações e ações. As principais mudanças implementadas pelo Plano Macro residem na forma de se executar e integrar projetos voltados para a caracterização, avaliação, publicização e mitigação dos impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo na região abrangida por esse plano. “Ao invés de cada empresa, em cada bacia, executar os projetos definidos pelo Ibama como condicionantes de licenças ambientais de forma individualizada e sem padronização, como acontece atualmente, será possível executar projetos compartilhados entre as empresas e com metodologia padronizada, o que possibilitará a otimização de custos e a integração de resultados para a produção de análises regionais e integradas sobre fenômenos socioeconômicos associados à cadeia de produção de petróleo e gás”, explica Suseli de Marchi Santos, engenheira de meio ambiente da Petrobras (SMS/LCA/MPL-E&P/MPL-AGUP-LIBRABUZIOS). Após sua proposição em 2019 pelo Ibama, o Plano Macro teve adesão de todas as empresas operadoras que atuam nas Bacias de Santos, Campos e Espírito Santo. As empresas e o Ibama compõem um Comitê de Coordenação Interinstitucional, que é o fórum responsável pelas decisões sobre o Plano Macro. A execução do Plano Macro resultará na produção de alguns produtos, entre os quais destacam-se: banco de dados socioeconômicos para reunir os resultados de projetos de monitoramento de impactos sobre o meio socioeconômico de todas as empresas; boletins anuais para apresen-

tação integrada dos dados gerados por cada empresa nos projetos de monitoramento; anuário macrorregional de caracterização socioeconômica; portal on-line que apresentará informações sobre o próprio Plano, as empresas, os impactos socioambientais e os projetos condicionantes, entre outros temas.

O Plano Macro está dividido em 4 eixos conceituais:

Cada eixo é formado por um ou mais projetos condicionantes, que se inter-relacionam com os projetos dos demais eixos. Vale ressaltar que, em sua maioria, os projetos que compõem cada eixo já são exigidos como condicionantes de licenças. Os projetos novos referem-se exclusivamente ao monitoramento do tráfego de aeronaves e às rendas petrolíferas. Assim, a novidade trazida pelo Plano Macro está mais relacionada com a forma de organizar a execução desses projetos, visando uma articulação e integração que contribuam para a melhoria da gestão dos impactos. Em agosto de 2021 o Ibama e a Petrobras realizaram o II Seminário de Socioeconomia do Licenciamento Ambiental Federal de Petróleo e Gás, evento que apresentou propostas para caracterização de impactos socioambientais.

A etapa de execução começa em 2022 com a coleta de dados de forma padronizada entre as empresas, construção do banco de dados compartilhado e do portal on-line, definição de formas de cofinanciamento de projetos, entre outras ações.

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Petrobras inicia nova etapa de testes de produção do campo de Mero, em Libra A Petrobras e seus parceiros iniciaram (01/12) nova etapa de testes de produção do campo de Mero, no bloco de Libra, no Présal da Bacia de Santos. O objetivo é garantir a obtenção das informações necessárias para caracterização do reservatório na área de Mero 4 (área geologicamente mais complexa do campo), permitindo a otimização da malha de drenagem do Projeto Mero 4. O 3º Teste de Longa Duração (TLD) consiste na operação de um novo Sistema de Produção Antecipada (SPA) na área, o SPA 2 de Mero, operado pelo FPSO Pioneiro de Libra, cuja capacidade de produção diária é de até 50 mil barris de petróleo por dia (bpd) e 4 milhões de metros cúbicos de gás associado. O FPSO Pioneiro de Libra é a primeira unidade de projeto TLD da Petrobras equipado para reinjetar todo o gás produzido no reservatório e, assim, aumentar a produtividade do campo. Essa inovação gera grande redução das emissões de gases de efeito estufa da unidade, eliminando a queima contínua do gás associado produzido. Assim, há uma contribuição para as metas de sustentabilidade da Petrobras.

FPSO Guanabara chegou a Mero

Modec / Divulgação

O navio-plataforma Guanabara chegou ao campo de Mero, localizado no Bloco de Libra, no Pré-sal da Bacia de Santos. A plataforma, do tipo FPSO, será o primeiro sistema definitivo a operar em Mero, terceiro maior campo do Pré-sal (atrás apenas de Búzios e Tupi). Na locação, a unidade será conectada aos poços, equipamentos submarinos e fará testes finais nos próximos meses, antes de iniciar a produção, prevista para o primeiro semestre deste ano. O FPSO Guanabara foi convertido e integrado no estaleiro DSIC, em Dalian – China. Após a sua saída da China, efetuou uma parada de cerca de 2 meses no estaleiro Drydocks World Dubai (DDWD), em Dubai, onde foram realizadas atividades de comissionamento. Com capacidade de produzir até 180 mil barris de petróleo por dia (bpd) e processar 12 milhões de m3 de gás, o FPSO Guanabara será o primeiro de uma série de quatro plataformas definitivas programadas para o campo de Mero no horizonte do nosso Plano Estratégico 2022-2026. A unidade será instalada a mais de 150 km da costa, em profundidade d´água que chega a 1.930 metros, equivalente a quatro vezes a altura do Morro do Pão de Açúcar. A plataforma tem altura de 172 metros, equivalente a 4,6 92

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A Petrobras assinou em 29/11 contratos com a empresa SBM Offshore para afretamento e prestação de serviços do FPSO Alexandre de Gusmão, quarto sistema definitivo a ser instalado no campo de Mero, localizado no Pré-sal da Bacia de Santos. Os contratos seguem os mesmos parâmetros da carta de intenção assinada em agosto deste ano. A previsão é que unidade comece a produzir em 2025. O campo de Mero é o 3º maior do Présal e está localizado na área de Libra, operada pela Petrobras (40%) em parceria com a Shell Brasil Petróleo Ltda. (20%), TotalEnergies EP Brasil Ltda. (20%), CNODC Brasil Petróleo e Gás Ltda. (10%), CNOOC Petroleum Brasil Ltda. (10%) e Pré-sal Petróleo S.A. (PPSA), que exerce papel de gestora desse contrato. A previsão é que a produção do primeiro sistema definitivo de Mero (Mero 1) seja iniciada no ano de 2022, através do FPSO Guanabara, seguido por Mero 2 (FPSO Sepetiba), em 2023, Mero 3 (FPSO Marechal Duque de Caxias), em 2024 e Mero 4 (FPSO Alexandre de Gusmão), em 2025.

estátuas do Cristo Redentor e comprimento de 332 metros, ou três campos de futebol. Além disso, tem capacidade de geração de energia de 100 megawatts, suficiente para abastecer uma cidade de 330 mil habitantes. “O desenvolvimento do campo de Mero será decisivo para mantermos o ritmo acelerado da produção do Pré-sal. Além disso, reflete nossa estratégia de focar em ativos em águas profundas, que combinam reservas substanciais, elevada produtividade e resiliência mesmo em cenários de baixos preços do petróleo. Mero consagra ainda o trabalho integrado com nossos parceiros e fornecedores, além de impulsionar soluções inovadoras e sustentáveis, que ampliaram os limites tecnológicos da indústria mundial de petróleo”, disse o diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Fernando Borges. Uma dessas soluções inovadoras no desenvolvimento da produção deste campo é uma tecnologia inédita, focada na redução de emissões de gases de efeito estufa e aumento da produtividade e eficiência do projeto: o HISEP®, equipamento que irá remover ainda no leito submarino o excesso de gás rico em CO2 presente em Mero. A tecnologia é patente da Petrobras, com potencial para ampliar a produção e a eficiência do campo, além de reduzir custos e emissões de gases. A previsão é que o HISEP® entre em operação conectado à terceira plataforma definitiva programada para o campo de Mero. O Consórcio de Libra é operado pela Petrobras (40%), em parceria com a Shell Brasil (20%), TotalEnergies (20%), CNPC (10%) e CNOOC Limited (10%), tendo como gestora a Pré-sal Petróleo S.A (PPSA).


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Petrobras encerra pesquisa sísmica em Sapinhoá

No dia 26 de outubro de 2021, a Petrobras encerrou a atividade de pesquisa sísmica marítima 4D Nodes no Campo de Sapinhoá, realizada pela empresa Seabed Geosolutions do Brasil Explorações e Serviços LTDA. O campo está localizado na Bacia de Santos, a cerca de 266 quilômetros do município de Ilhabela e à profundidade mínima 2.000 metros. Esta aquisição é uma das 12 atividades da Petrobras que compõem a Pesquisa Sísmica Marítima 4D Nodes e PRM na Bacia de Santos – Cluster, todas em águas profundas.

Petrobras vence licitação para arrendamento de terminal marítimo no Porto de Santos @Ricardo Botelho/Antaq

A Petrobras venceu a licitação para arrendamento da instalação portuária para armazenamento e movimentação de combustíveis, denominada STS08A no Porto de Santos, promovida pela ANTAQ - Agência Nacional de Transportes Aquaviários (19/11), em São Paulo. A companhia ofertou R$ 558 milhões pela área e aguarda homologação do resultado do leilão para assinar o contrato de arrendamento pelo período de 25 anos. A Petrobras, por meio de sua subsidiária Transpetro, é a atual arrendatária do Terminal de Santos e, com o resultado da licitação, garante a continuidade de sua logística através desse ativo importante para o escoamento de derivados produzidos em suas refinarias localizadas em São Paulo. Conforme disposto no edital da licitação, a Petrobras realizará investimentos para melhoria da infraestrutura em geral, incluindo a construção de tancagem e novo píer.

Desinvestimento E&P em Alagoas

A Petrobras finalizou a venda da totalidade de sua participação em sete concessões denominadas Polo Alagoas, localizadas no estado de Alagoas, para a empresa Origem Energia S.A (antiga Petro+). A operação foi concluída com o pagamento de US$ 240 milhões para a Petrobras. O valor recebido no fechamento se soma ao montante de US$ 60 milhões pagos à Petrobras na assinatura do contrato de venda, totalizando US$ 300 milhões. O Polo Alagoas compreende sete concessões de produção, seis terrestres (Anambé, Arapaçu, Cidade de São Miguel dos Campos, Furado, Pilar e São Miguel dos Campos) e a concessão do campo de Paru localizada em águas rasas, com lâmina d’água de 24 metros. A produção média do polo em 2021 foi de 1,62 mil bpd de óleo e condensado e de 550 mil m³/d de gás gerando 0,81 mil bpd de LGN (líquidos de gás natural). Além dos campos e suas instalações de produção, está incluída na transação a Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) de Alagoas, cuja capacidade de processamento é de 2 milhões de m³/dia, sendo responsável pelo processamento de 100% do gás do polo e pela geração de LGN. A Origem (antiga Petro+) é uma empresa brasileira de integração energética presente em atividades de exploração, produção e comercialização de petróleo e gás natural a partir de campos terrestres e em projetos de geração de energia termoelétrica. Atualmente, a Origem opera nove concessões nas Bacias do Espírito Santo, Potiguar, Recôncavo e Tucano Sul. O fundo de investimento PSS Energy Fund, gerido pela Prisma Capital Ltda., é acionista controlador da Origem. no 387

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Projeto-piloto para reuso de água

Florestana / Divulgação

Declaração de comercialidade na Bacia de Sergipe-Alagoas

Agência Petrobras

A Petrobras desenvolve projeto-piloto para reuso de água na agricultura familiar do Rio Grande do Norte (RN), com ganhos previstos de produção, de rentabilidade e ambientais. A iniciativa foi apresentada à sociedade no último dia 13 de janeiro de 2022, no município de Ipanguaçu (RN), no campus do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN). As obras de implantação já estão em andamento. A previsão é de que o projeto comece a operar em março. Segundo o Plano de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do Rio Piancó-Piranhas-Açu, elaborado pela Agência Nacional de Águas, as atividades de Irrigação correspondem a 59,08% do volume de água captada na Bacia. O segundo maior consumo está relacionado ao Abastecimento Humano (23,54%), Pecuária e Aquicultura (10,20%) e Indústria (1,91%). Esse projeto visa a contribuir para o aumento da eficiência das práticas de irrigação e reuso de esgotos sanitários, elevando a rentabilidade das atividades agrícolas e apresentando grande potencial de economia da água utilizada. O projeto tem como centro a futura Unidade de Referência Tecnológica (URT) em fase de construção no campus do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) em Ipanguaçu. Nela, a água de reuso passará por uma Estação de Tratamento e, depois de pronta para uso, irá para um Sistema Agrícola (isto é, as áreas a serem irrigadas) utilizando diversas tecnologias, boas práticas e procedimentos para o uso mais eficiente dos recursos hídricos. A URT também disseminará junto a produtores rurais os benefícios econômicos e ambientais do reuso da água. A capacitação dos produtores contribuirá para uma produção agrícola mais sustentável e eficiente, desenvolvendo uma consciência socioambiental que conduza a processos produtivos mais sustentáveis, através da implantação de unidades demonstrativas de uso racional da água na irrigação de culturas frutíferas, árvores e arbustos na Bacia. O projeto-piloto da Petrobras de reuso de água está sendo implantado pela empresa Florestana. São parceiros na iniciativa o IFRN, Sebrae, a Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes) e o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Piancó-Piranhas-Açu. A iniciativa reflete o compromisso da Companhia no investimento em pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias para melhor uso dos serviços ecossistêmicos. 94

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A Petrobras, como operadora dos consórcios BM-SEAL-4 e BMSEAL-11 e única detentora dos direitos das concessões BM-SEAL4A e BM-SEAL-10, apresentou (30/12), à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, as declarações de comercialidade das acumulações de petróleo localizadas nas áreas dos Planos de Avaliação de Descoberta constantes dessas concessões. “Estamos viabilizando uma nova fronteira de desenvolvimento de produção de óleo e gás. Para chegar aos reservatórios com óleo de excelente qualidade, temos que superar lâmina d’água acima de 2.400 metros, o que nos traz diversos desafios para a implantação do projeto, inclusive com a adoção de novas tecnologias”, explica o diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Fernando Borges, que ressalta os resultados já alcançados. “Na fase exploratória, atingimos o recorde nacional de profundidade d’água na perfuração de um poço, com 2.990m, equivalente à altura do Pico da Neblina, ponto mais alto do Brasil”. As áreas do BM-SEAL-4 e do BM-SEAL-4A foram adquiridas em 2000, na 2ª Rodada de Licitações sob Contrato de Concessão. Já as áreas do BM-SEAL-10 e do BM-SEAL-11 foram adquiridas em 2004, na 6ª Rodada de Licitações sob Contrato de Concessão. Nas declarações encaminhadas ao órgão regulador, as denominações sugeridas para os novos campos foram: Budião, Budião Noroeste, Budião Sudeste, Palombeta, Cavala, Agulhinha e Agulhinha Oeste. A Petrobras pretende desenvolver a produção dos campos acima em dois módulos, denominados de Sergipe Águas Profundas (SEAP) I e II, que preveem a instalação de duas plataformas do tipo FPSO. A primeira plataforma, prevista para atender o módulo SEAP I, será a P-81, com início de produção em 2026, com capacidade de produzir 120 mil barris de óleo/condensado e escoar 8 milhões de m³ de gás por dia. A segunda plataforma, prevista para atender o módulo SEAP II, está em fase de planejamento de contratação e tem seu início de produção previsto para após o horizonte do Plano Estratégico 2022-2026. Os módulos SEAP I e II incluem a implantação de um novo sistema de escoamento de gás ligando os dois módulos de Produção à costa Sergipana, com capacidade de 18 milhões de m³ por dia, que está em fase de planejamento, e com início de operação previsto para após o horizonte do Plano Estratégico 2022-2026. A Petrobras é Operadora das Concessões BM-SEAL-4A e BM-SEAL-10 com 100% de participação, na Concessão BMSEAL-11 com 60%, em parceria com a IBV Brasil Petróleo Ltda. (40%), e na Concessão BM-SEAL-4 com 75%, em parceria com a ONGC Campos Ltda. (25%).


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Desinvestimento do Polo Urucu A Petrobras finalizou sem êxito as negociações junto à Eneva S.A. para venda da totalidade de sua participação em um conjunto de sete concessões de produção terrestres, denominado Polo Urucu, localizado na Bacia de Solimões, no estado do Amazonas. Apesar dos esforços envidados por ambas as empresas nesse processo, ao longo

da negociação, não foi possível convergir para um acordo em certas condições críticas, optando-se pelo encerramento das negociações em curso, sem penalidades para nenhuma das partes. Dessa maneira, a Petrobras decidiu encerrar o atual processo competitivo e avaliará as melhores alternativas para essas concessões.

Tecnologia para monitoramento remoto de plataformas Especialistas do Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes), e da PUC-Rio, desenvolveram uma ferramenta que permite ao usuário visualizar e “transitar” por toda a extensão das plataformas da Petrobras, fazer inspeções remotas e planejar intervenções preventivas, mesmo nas unidades mais distantes, como as localizadas no Présal, a cerca de 300 km da costa. A ferramenta, que otimiza o planejamento de manutenções, está disponível em 14 plataformas das bacias de Santos, Campos e Espírito Santo, e deve ser estendida a todas as plataformas em atividade até o fim de 2022. Há estudos em andamento também para a implementação em refinarias. “Essa ferramenta, desenvolvida no âmbito do Programa estratégico EF100 – que prevê tornar os sistemas de produção ainda mais eficientes permite a redução do tempo de planejamento das atividades de manutenção, que são muito importantes no calendário da operação. Obtivemos também um aumento de eficiência na execução das paradas de produção, assim como uma redução do tempo de manutenção”, relata o diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Fernando Borges. Para mapear cada unidade offshore são necessárias de 3,5 mil a 5 mil fotos, que são aplicadas sobre a planta de engenharia, permitindo a navegação imersiva, semelhante à tecnologia do Google Street View, por meio do qual se pode visualizar qualquer lugar do mundo, seja uma rua ou um museu, desde que a área tenha sido previamente fotografada por câmeras 360º. Em breve serão incorporadas novas funcionalidades à ferramenta, como busca e análise de imagens, por

André Motta de Souza / Agência Petrobras

meio de inteligência artificial; busca inteligente de informações de manutenção em bases de dados da empresa; e ainda captura de realidade (nuvens de pontos) e gamificação para treinamento de SMS, através da integração com outros componentes da solução de digital twins de integridade de ativos. “O objetivo vai além do desenvolvimento de uma ferramenta de navegação imersiva e passa pela aplicação de novas soluções para integrar a ferramenta aos nossos processos de trabalho e bases de dados da companhia, além de incluir outros métodos de imageamento dos ativos e tecnologias de inteligência artificial (IA), como deep learning, para análise de imagens e busca de informações. Grupos de Algoritmos de IA poderão nos dizer, por exemplo, onde há pontos de alta taxa de corrosão que requerem reparo e, no futuro, usaremos robôs para captura de imagens, acelerando a frequência dos registros com monitoramento em tempo real, conectado com a priorização e planejamento dos reparos”, explica o diretor de Transformação Digital e Inovação da Petrobras, Juliano de Carvalho Dantas. A tecnologia também será usada nas 15 novas plataformas que a Petrobras instalará no Brasil, até 2026, a maior carteira de novos projetos de FPSOs de toda a indústria offshore. no 387

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Operação de sistemas de recuperação de gases para reduzir emissões de gases de efeito estufa

Thiago Spada

As plataformas P-66, P-70 e P-77, localizadas nos campos de Tupi, Atapu e Búzios, respectivamente, começaram a operar com mínima queima de gás no flare, que passa a ocorrer apenas em situações excepcionais de segurança, reduzindo a emissão de gases de efeito estufa (GEE). O flare é o equipamento que tem a função de queimar o gás não aproveitado nas plataformas, de modo a descartá-lo de forma segura. A entrada em operação do sistema de recuperação de gases de flare (FGRU ou Flare Gas Recovery Unit) permite que esse gás retorne para processamento na unidade, evitando a sua queima e a consequente emissão de gases de efeito estufa. O potencial de redução de emissões com o uso do sistema nessas três plataformas é de cerca de 80 mil toneladas de CO2 equivalente por ano. Além da P-66, P-70 e P-77, a Petrobras iniciará a operação, em 2022, dos sistemas de recuperação de gases de mais oito plataformas nas Bacias de Campos e de Santos. A utilização do sistema de recuperação de gases de flare é um dos vetores da companhia para a redução das emissões de gases de efeito estufa nas atividades de produção. A iniciativa irá contribuir para que a Petrobras alcance quatro dos seus compromissos de sustentabilidade, previstos no Plano Estratégico: o de redução de 32% de intensidade de gases de efeito estufa nas operações de exploração e produção (E&P) até 2025, o de atingir zero queima de rotina em flare até 2030, o de redução de 40% na intensidade de emissões do metano no E&P até 2025 e o de reduzir as emissões absolutas de gases de efeito estufa em 25% em 2030 em relação a 2015. “Todos os novos projetos de unidades de propriedade da Petrobras já possuem o sistema de recuperação de gases por padrão e passamos a adotá-lo também na especificação de unidades afretadas. Além disso, com a revisão recente da resolução CONAMA 382, teremos uma nova geração de projetos de plataformas de alta capacidade de produção na configuração all electric, contribuindo ainda mais com a redução de emissões de gases de

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efeito estufa”, informa Carlos Travassos, gerente executivo de Sistemas de Superfície, Refino, Gás e Energia. A configuração all electric é mais eficiente e permite utilizar menos combustível para a geração de energia na plataforma, já que todos os equipamentos serão acionados por motores elétricos, a partir da energia elétrica gerada de forma centralizada. Na configuração atual, a geração de energia é descentralizada pois são também utilizados compressores que queimam gás natural como fonte de energia. “Hoje produzimos petróleo com baixa emissão de carbono graças a uma melhoria de quase 50% em nossa eficiência desde 2009. Especificamente em relação ao metano, que é um dos gases que mais contribuem para o efeito estufa, tivemos uma redução de mais de 35% nas emissões nos últimos 10 anos. O uso do sistema de recuperação de gases de flare, entre outras medidas, nos ajudará a perseguir a eficiência máxima, o mais próximo possível de zero”, destaca Viviana Coelho, gerente executiva de Mudança Climática da Petrobras. A companhia busca operar com baixos custos e baixas emissões, o que a permitirá ter competitividade para atuar em cenários de transição energética acelerada e alinhados ao Acordo de Paris.


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Maior Projeto de Monitoramento de Praias do mundo A Petrobras investe continuamente em programas ambientais e, atendendo condicionantes para licenciamento ambiental conduzido pelo IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, mantém o maior Projeto de Monitoramento de Praias do mundo, cobrindo mais de três mil quilômetros do litoral brasileiro. Para execução deste Projeto, no último ano, foram investidos cerca de R$ 120 milhões. Ao todo, foram resgatados mais de 23 mil animais debilitados ou mortos nas praias do litoral brasileiro pelo Projeto de Monitoramento de Praias (PMP). Santa Catarina, Rio de Janeiro e São Paulo foram os estados com maior incidência de animais registrados pelo projeto. Santa Catarina, por exemplo, teve quase nove mil animais encontrados debilitados ou mortos; seguido de Rio de Janeiro e São Paulo, com quase quatro mil cada. Segundo levantamento, foram 94 espécies monitoradas e praticamente a metade dos indivíduos, 10 mil eram tartarugas marinhas. No Brasil, ocorrem cinco espécies, todas ameaçadas de extinção: tartaruga-cabeçuda, tartaruga-de-pente, tartaruga-verde, tartarugaoliva e tartaruga-de-couro. De acordo com os dados obtidos em 2021, o litoral sudeste é o local com maior incidência: Rio de Janeiro (cerca de 2600), São Paulo (com mais de 1600) e Espírito Santo (aproximadamente 1500). Lembrando que regiões do Rio de Janeiro e do Espírito Santo são áreas prioritárias para a reprodução de algumas espécies. Os pesquisadores explicam que em muitos casos as tartarugas são encontradas machucadas por algum petrecho de pesca ou debilitadas por ingestão de lixo. Entre as aves marinhas, os Pinguins de Magalhães (Spheniscus magellanicus) são destaque na pesquisa, com aproximadamente 6800 animais registrados, um número 20% maior que o ano passado, quando foram registrados quase 5700 pinguins, no

Econservation

mesmo período. Outras espécies de aves encontradas pelos pesquisadores foram: gaivotas (Larus dominicanus), atobás (Sula leucogaster), bobo-pequeno (Puffinus puffinus) e fragatas (Fregata magnificens). De acordo com os dados, no Rio de Janeiro, muitos animais foram encontrados com lesão por interação com linha de pipa. O número cresceu nos últimos anos com a pandemia. Em 2021, também chamou a atenção das equipes de monitoramento o aumento de encalhe nas praias de cetáceos como baleias, golfinhos e botos. Enquanto em 2020 houve aproximadamente mil ocorrências, ao longo de 2021 foram registrados cerca der 1300 animais. A Toninha, por exemplo, espécie de cetáceo mais ameaçada no Brasil, foram resgatados mais de 500 indivíduos no último ano. Só em Santa Catarina foram aproximadamente 300 animais encontrados e mais de 200 em São Paulo. A Petrobras trabalha em parceria com diversas organizações científicas e com as comunidades locais para a realização deste projeto. Atualmente são quatro PMPs, que, juntos, constituem o maior programa de monitoramento de praias do mundo. São 10 estados litorâneos, acompanhando mais de três mil quilômetros de praias em regiões onde a companhia atua. A Petrobras investe em projetos e ações para ampliar o conheci-

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Notícias da Petrobras mento, conservação e recuperação da biodiversidade. E cada região tem sua peculiaridade. No Ceará e no Rio Grande do Norte, por exemplo, é comum avistar peixes-boi marinhos nas praias do litoral. Atualmente, 22 peixes-boi estão em reabilitação nas bases do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia Potiguar e quatro estão em cativeiro de aclimatação, para, em breve, retornarem ao seu habitat natural. Desde 2009 as equipes estão trabalhando na conscientização da população local para a preservação desta espécie, ameaçadas de extinção do Brasil. Após a reabilitação e readaptação em cativeiro de aclimatação, esses animais são soltos para o seu ambiente natural e, antes da soltura, os peixes-boi recebem um número de identificação e um equipamento que permite localizá-los. O rastreador muitas vezes chama a atenção da população e dos pescadores que, em alguns momentos, podem tentar retirá-lo do animal. Todos os animais marinhos encontrados debilitados são avaliados e, quando necessário, encaminhados para o atendi-

mento veterinário. Após a estabilização clínica, eles são reintroduzidos na natureza. Entretanto, antes da soltura, todos recebem uma marcação para possibilitar sua identificação caso retornem ao litoral brasileiro. As empresas contratadas pela Petrobras para a execução do projeto trabalham conjuntamente. Muitas vezes um animal é resgatado em uma região e transferido para soltura ou tratamento em outro estado. É o que acontece, por exemplo, com os pinguins. As solturas são realizadas normalmente no litoral de São Paulo e Santa Catarina, pois as correntes marinhas são mais favoráveis. Além disso, pela característica da espécie, o ideal é que retornam ao seu habitat em grupos, para facilitar a rota migratória. O monitoramento é fiscalizado pelo Ibama e compreende o registro, resgate, necropsia (no caso dos animais mortos), reabilitação e soltura de mamíferos, tartarugas e aves marinhas, contribuindo com as políticas públicas para a conservação da biodiversidade marinha.

Petrobras registra recorde de produção do Pré-sal em 2021 e fecha quarto trimestre com resultado positivo A Petrobras registrou o seu recorde anual de produção no Pré-sal em 2021, ao alcançar 1,95 milhão de barris de óleo equivalente por dia (boed). Esse volume corresponde a 70% da produção total da companhia, que foi de 2,77 milhões de boed no ano passado. O recorde anterior era de 2020, quando foi alcançada a marca de 1,86 milhão de boed, representando 66% da produção total da Petrobras. A produção da Petrobras no Pré-sal vem crescendo rapidamente, e o recorde registrado em 2021 representa mais do que o dobro do volume que produzimos nesta camada há 5 anos. Com a manutenção do foco de atuação nas suas atividades em ativos em águas profundas e ultraprofundas, a Petrobras continuará investindo na aceleração do desenvolvimento dos campos do Pré-sal, que possuem alta produtividade, maior resiliência a baixos preços de petróleo e mais eficiência em carbono gerando um petróleo competitivo na transição para a economia de baixo carbono. No período do Plano Estratégico 2022-26, serão investidos US$ 57 bilhões no segmento E&P, sendo 67% desse total no Pré-sal, que receberá 12 das 15 novas plataformas previstas para entrar em operação neste período e que deverá ser responsável por 79% da produção total da companhia em 2026. A Petrobras alcançou em 2021 sólidos resultados operacionais e financeiros, com destaque para o endividamento equacionado e todas as suas metas de produção de petróleo e gás cumpridas. E o resultado líquido do quatro trimestre permaneceu em patamar semelhante ao do trimestre anterior. “Os resultados operacionais e financeiros evidenciam que a Petrobras se tornou uma empresa forte e saudável. Esta é a melhor forma da companhia desempenhar seu papel social, sendo capaz de crescer, investir, gerar empregos, pagar tri98

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butos, retornar dividendos aos acionistas, incluindo a União, e contribuir efetivamente para o desenvolvimento do país”, afirma Joaquim Silva e Luna, presidente da Petrobras. Em 2021, a companhia repassou à sociedade brasileira cerca de R$ 230 bilhões em dividendos para a União e tributos aos governos federal, estadual e municipal. Quanto mais recursos a companhia gera, mais devolve à sociedade. O ano de 2021 consolidou a trajetória de recuperação financeira da companhia, após ter contraído a maior dívida corporativa do mundo. No quarto trimestre, a Petrobras alcançou uma dívida bruta de US$ 58,7 bilhões, resultando em uma relação dívida líquida/Ebitda de 1,1x. “Com a redução do endividamento, foi possível redirecionar recursos pagos como juros para investimentos. Em 2021, investimos US$ 8,8 bilhões, aumento de 9% em relação a 2020. Nos próximos cinco anos, planejamos investir mais US$ 68 bilhões, 24% acima do projetado para 2021-2025. Isso demonstra que estamos trabalhando para a Petrobras crescer de forma sustentável e rentável. E, desta forma, entregar o máximo de retorno para nossos acionistas e para a sociedade”, conclui Rodrigo Araujo, diretor financeiro e de relacionamento com investidores da Petrobras.


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Investimento recorde em manutenção de refinarias em 2021

A Petrobras bateu o recorde de investimentos em paradas preventivas de manutenção no seu parque de refino no ano de 2021, com gastos de R$ 2,3 bilhões. O valor representa um aumento de mais de 50% em relação a 2020 e mais de 20% em comparação ao recorde anterior atingido em 2019. “Investimos fortemente na cultura de prevenção e buscamos sempre a excelência em segurança. Além das paradas programas de manutenção, realizamos treinamento intensivo dos colaboradores e simulados frequentes nas nossas unidades. Nosso objetivo principal é garantir a segurança e a continuidade operacional, assim como adequar as capacidades de produção das unidades, buscando a utilização mais eficiente e segura dos ativos”, destacou Rodrigo Costa, diretor de Refino e Gás Natural da Petrobras. Mesmo com diversas paradas programadas de manutenção, a Petrobras alcançou a média de 83% de fator de utilização total (FUT) de suas refinarias em 2021, o maior índice dos últimos cinco anos, o que mostra os ganhos de eficiência na gestão das unidades. Os investimentos em prevenção também permitem que as refinarias da Petrobras sejam referência em segurança. Um dos indicadores mais usados no setor de petróleo para medir a segurança de uma unidade industrial é a taxa de acidentados registráveis por milhão de homem-hora (TAR). A média da TAR do parque de refino

André Motta de Souza / Agência Petrobras

das empresas do primeiro quartil é de 0,54, segundo o U.S. Bureau of Labor Statistics. Na Petrobras, a TAR do refino em 2021 foi de 0,36, bem abaixo do benchmark mundial. As paradas programadas são grandes intervenções nas refinarias, nas quais são realizadas a manutenção de diversas unidades industriais, com inspeções e reparos ou substituições de equipamentos, entre outras atividades, tudo de forma preventiva e planejada. Ao todo, mais de 4 mil equipamentos passaram por inspeção e manutenção nas paradas de todas as refinarias da companhia em 2021. A Petrobras planeja um desafio ainda maior para o ano de 2022, no qual estão previstos gastos da ordem de R$ 2,5 bilhões em paradas de manutenção de unidades em suas refinarias, que envolverão em torno de 4,5 mil equipamentos. Em seu Plano Estratégico 2022-2026, estão previstos US$ 6,1 bilhões em investimentos no refino nos próximos cinco anos. Serão implantados projetos para posicionar a companhia entre os melhores refinadores do mundo, em termos de eficiência e desempenho operacional, com produtos de maior valor agregado e menor emissão de carbono. Um dos projetos previstos é ampliar a capacidade de produção, especialmente de derivados de alta qualidade, como o diesel S-10. O Plano Estratégico inclui três grandes projetos de expansão: a conclusão da segunda unidade (trem) da Refinaria Abreu e Lima – Rnest, que vai elevar a capacidade de produção de diesel S-10 em 95 mil barris por dia; a integração entre a Refinaria Duque de Caxias (Reduc) e o GasLub Itaboraí, com capacidade adicional de 93 mil barris por dia de diesel S-10 e querosene de aviação (QAV) e 12 mil barris por dia de lubrificantes de maior qualidade; uma nova unidade de hidrotratamento na Replan. no 387

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