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Setor portuário movimenta 1,2 bilhão de toneladas de cargas, em 2021
O setor portuário brasileiro, formado pelos portos públicos e terminais privados, movimentou 1,210 bilhão de toneladas em 2021 – o que representa um crescimento de 4,8%, em relação a 2020, de acordo com o levantamento feito pela ANTAQ e Painel Estatístico Aquaviário. Pelo levantamento, em relação aos perfis de carga, houve crescimento na movimentação de granel sólido, de granel líquido, de contêineres e de carga geral. A movimentação de contêineres, por exemplo, registrou incremento de 11%, se comparada com a de 2020. Foram 133,1 milhões de toneladas. A participação de contêineres, na movimentação total do setor portuário, foi também de 11%.
Em relação às principais cargas movimentadas, o minério de ferro continua sendo o maior destaque em quantidade. Foram 370,4 milhões de toneladas, movimentadas em 2021: um aumento de 4%, em comparação com 2020 (356,1 milhões de toneladas). O Terminal de Ponta da Madeira/MA foi a instalação que mais movimentou minério de ferro no Brasil. No ano passado, foram 182,3 milhões de toneladas. A ANTAQ divulgou também a expectativa de movimentação portuária para os próximos anos. Para 2022, estudos apontam que a movimentação alcançará 1,239 bilhão de toneladas, um crescimento de 2,4% em relação a 2021; pelos próximos quatro anos, a Agência prevê a manutenção do viés de alta na movimentação portuária; em 2026, a expectativa é que o setor portuário nacional movimente 1,402 bilhão de toneladas, contra 1,360 bilhão de toneladas, em 2025. A navegação de longo curso transportou 853,4 milhões de toneladas, em 2021 – crescimento de 5,4% em relação a 2020. O estudo da ANTAQ mostra que 51% do que o Brasil exporta por esse tipo de navegação vai para China. Nas importações, os principais parceiros comerciais são os Estados Unidos (24%), China (11%), Rússia (7%) e Argentina (6%). A navegação de cabotagem transportou 288,3 milhões de toneladas, em 2021 – crescimento de 5,6%, em comparação com 2020. As principais cargas transportadas foram: petróleo 10
Petro & Química
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(49%), derivados de petróleo (16%), e contêineres (13%). A movimentação de derivados de petróleo e de contêineres registrou alta de mais de 15%, no período.
A navegação interior registrou um transporte de 65,2 milhões de toneladas, o que significou uma redução de 6,1%. As principais cargas transportadas pelos rios brasileiros foram soja e milho, que registraram queda de 0,5% e 38,7%, respectivamente. A Região Norte foi responsável por 74% da movimentação de cargas, seguida pela Região Sul (19%), Centro-Oeste (6%) e Sudeste (1%). Em relação aos portos públicos, Santos/SP se manteve na liderança. O porto movimentou 113,3 milhões de toneladas, no ano passado, um decréscimo de 0,9%, em comparação com 2020. Itaguaí/RJ apareceu na segunda posição, com 51,7 milhões de toneladas, um incremento de 11,9%. No terceiro lugar, Paranaguá/PR, que movimentou 51,6 milhões de toneladas, com um decréscimo de 0,9%, em 2021, se comparado com 2020. Em relação aos terminais de uso privado, o Terminal Marítimo de Ponta da Madeira (MA) foi a instalação que mais movimentou em 2021, com 182,4 milhões de toneladas (4,7%). O Terminal de Tubarão/ES ficou em segundo lugar, com 64,139 milhões de toneladas (+14,2%). Em terceiro, apareceu o Terminal Aquaviário de Angra dos Reis/RJ. A instalação movimentou 64,085 milhões de toneladas, em 2021, com incremento de 6,4%, em comparação com 2020.