Mulheres da Bíblia

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Isbela Fonseca dos Santos

Mulheres da BĂ­blia

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Dedicatória D

edico esta obra primeiramente a Deus, fonte de minha inspiração.

Ao meu querido esposo, Pr. Divino Gonçalves dos Santos, filhos, genros, noras, netos e bisnetos, pelas orações e incentivo.

Ao Pr. Dr. Manoel Ferreira, nosso mui digno presidente da CONAMAD por seu grande apoio; aos diretores da Editora Betel que me ofereceram uma coluna no Jornal “O Semeador” e pela idéia de editar este livro. Às irmãs em Cristo, Lenice, Priscila e Ana Beatriz que também colaboraram na digitação. E, em especial, à irmã Raimunda Freitas, que com carinho e muita paciência digitou noventa por cento dos artigos, para a edição deste livro; e também à igreja de Taguatinga, que de um modo geral, me apoiou neste projeto; e aos demais que, de alguma forma, me ajudaram na compilação desta obra.

Isbela Fonseca dos Santos

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MULHERES DA BÍBLIA

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Índice

1. Eva (Mãe de todos os viventes) ............................................. 7 2. A Mulher de Noé (Fiel e companheira) .......................... 11 3. Sara (Mulher de Abraão) .................................................. 13 4. Agar (Mulher sofredora) ....................................................... 17 5. A Mulher de Ló (Materialista e indolente) ........................ 21 6. Rebeca (Bela e corajosa)....................................................... 25 7. Raquel (Abençoada por Deus) ........................................... 29 8. Tamar (Ansiosa e preocupada) ............................................ 33 9. Mulher de Potifar (Calculista e infiel) ................................ 37 10. Joquebede (Mãe de Moisés) ............................................. 41 11. Zípora (Mulher de Moisés) ............................................... 45 12. Miriã (Irmã de Moisés) ...................................................... 47 13. Raabe (Um instrumento de Deus) ................................... 51 14. Débora (Juíza exemplar) .................................................... 55 15. Dalila (Mulher traidora) ..................................................... 59 16. Rute (Mulher virtuosa) ....................................................... 61 17. Ana (Mãe de Samuel) ......................................................... 65 18. Mical (Mulher de Davi) ...................................................... 67 19. Abgail (Esposa sábia) ......................................................... 71 20. Rispa (O que excede ao amor de uma mãe) ................. 75 21. A Rainha de Sabá (Uma mulher em busca da sabedoria) ...................................................................................... 77 22. A Viúva de Sarepta (Mulher de fé) ............................... 79 23. A Rainha Jezabel (A princesa que se tornou rainha) ..... 81 24. A Viúva da Botija de Azeite (Mulher de fé e obediência) .................................................................................... 85 25. A Sunamita (Mulher hospitaleira) .................................... 89 26. Bate-Seba (Mulher imprudente) ...................................... 93 27. A Moça Anônima (A serviço de Deus)......................... 95

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28. A Rainha Atalia (Vítima do seu próprio mal) ............. 97 29. Hulda (A profetisa) ........................................................... 101 30. A Rainha Ester (Exaltada por Deus) ........................... 103 31. A Mulher de Jó (Mulher impaciente) ............................ 107 32. A Mulher Sábia (Exemplo de caráter cristão) ............ 111 33. A Sulamita (Mulher amada) ........................................... 113 34. A Mulher do Fluxo de Sangue (Mulher perseverante) ............................................................................................. 117 35. Herodias (Mulher de Herodes) ...................................... 121 36. A Mulher Cananéia (Exemplo de perseverança) ...... 125 37. A Mulher e o Vaso de Alabastro (Exemplo de demonstração de amor) .......................................................... 129 38. A Mulher de Pilatos (Mulher conselheira) .................. 135 39. Maria Madalena (Libertada por Jesus) ........................ 141 40. A Mãe dos Filhos de Zebedeu (Preocupada com o futuro) .......................................................................................... 145 41. A Oferta da Viúva Pobre (Exemplo de devoção) ... 149 42. Maria - Mãe de Jesus (Mulher bem-aventurada) ....... 153 43. Isabel (Mãe de João Batista) ........................................... 161 44. Ana, a Profetisa (Mulher de vida consagrada) ........... 165 45. A Viúva de Naim (Consolada por Jesus) ................... 169 46. Mulheres que Serviam a Jesus (Com seus bens) ..... 173 47. A Mulher Samaritana (Alcançada pela graça de Deus) ............................................................................................ 177 48. A Mulher Adúltera (Perdoada por Jesus) ................... 181 49. Marta (Irmã de Lázaro) ................................................... 185 50. Safira (Mulher de Ananias) .............................................. 191 51. Dorcas (A discípula dedicada) ........................................ 195 52. Maria - Mãe de João Marcos (Mulher de oração) .... 199 53. Lídia (Vendedora de púrpura) ........................................ 203 54. Priscila (Valiosa cooperadora) ........................................ 207 55. Febe (A cooperadora de Paulo) ..................................... 211 56. Eunice (Mãe de Timóteo) ............................................... 215 Bibliografia ..........................................................................219

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Eva

Mãe de todos os viventes - Gn 2.18-24

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epois do Senhor Deus ter formado o homem, sentiu que este andava triste, apesar de muitos animais ao seu redor com belos pêlos e aves de lindas plumagens. O homem não achava entre estes um ser que tivesse suas características. Foi então que o Senhor Deus notou a necessidade de arranjar-lhe uma companheira.

Então disse o Senhor Deus: “Não é bom que o homem esteja só, far-lhe-ei um adjutora que esteja como diante dele”.

A mulher criada, recebeu o nome de Eva, que quer dizer: vida. Apesar do grande significado do seu nome, Eva não se valorizou, logo cedendo com a maior facilidade às astúcias de Satanás. Notando que era tentador comer da árvore, pois era atraente aos olhos e desejável para alcançar inteligência, colheu o fruto, comeu e deu também a seu marido.

Com muita curiosidade queria conhecer o bem e o mal.

Nesse episódio, vemos a curiosidade de Eva com desejo de ver, de informar-se, pois a tentação procura colocar dúvida com relação à Palavra de Deus. Eva foi despertada pela curiosidade, a desconfiança e a dúvida com referência a Deus no tocante sua retidão. Apesar do Senhor Deus tê-los advertido

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que morreriam se comessem do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. Satanás assevera que ao contrário de morrerem, o casal seria como Deus, conhecedores do bem e do mal. Essa tríplice dúvida, trouxe-lhes incredulidade, que por turno se desfecha na desobediência.

Com a consciência despertada para o pecado e esse consumado, em conseqüência vem a vergonha, que os leva a tentativa de esconder-se, revelando sentimento de culpa.

A impertinência reinava no coração de Adão e Eva, por isso procuravam lançar a culpa, um sobre o outro, quando Eva disse que a serpente a enganou, e ela comeu do fruto, e Adão disse: “A mulher que me deste por companheira, me deu da árvore, e eu comi” (Gn 3.13).

Logo após a concepção do pecado, os olhos de ambos foram abertos e perceberam que estavam nus e coseram folhas de figueira, e fizeram aventais para se cobrirem de sua nudez.

Essa atitude de Adão e Eva, de se cobrirem com folhas, era tão falha como o desejo de desculpar-se pelo pecado. Eva ao ser enganada fez pecar também, Adão, fazendo-o perder a oportunidade de ter uma vida regulada, somente cultivando e guardando o jardim.

Pois quando o Senhor Deus formou o homem do pó da terra, soprando em suas narinas o fôlego da vida, o homem passou a ser alma vivente. E para conservar, sendo alma vivente, precisava da ajuda da natureza. “E plantou o Senhor Deus um jardim no Éden, da banda do Oriente e pôs ali o homem que tinha formado” (Gn 2.8).

E do solo fez brotar toda sorte de vegetais: árvores frondosas, agradáveis à vista e boas para a alimentação; o rio que saía do Éden dividia-se em quatro outros rios, para regar o jardim, a abundância de ouro puro, (obélio), a pedra de ônix (semipreciosa), formada de ondas diversamente coloridas.

EVA

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Enfim, era o paraíso das delícias, mas havia também ali a árvore da vida, no meio do jardim, que representava a “imortalidade”. E a árvore do conhecimento do bem e do mal, que pela primeira vez, representava a Lei de Deus para o homem.

“E ordenou o Senhor Deus ao homem dizendo: De toda árvore do jardim comerás livremente. Mas da árvore da ciência do bem e do mal, não comerás, porque no dia em que dela comerdes, certamente morrerás” (Gn 2.16,17).

Mas o casal do Éden sem o menor temor, lançou mão do fruto proibido e comeu-o, trazendo grande transtornos para toda humanidade, pois a desobediência gera o pecado, e este gera a morte.

Todavia, a mulher prevendo o futuro, achou mais fácil abandonar todas essas coisas oferecidas por Deus, e aceitar a proposta de Satanás. E ainda o mundo continua na mesma atitude de Eva, preferindo as bolotas do mundo à uma vida santa e pura.

Muitas mulheres, por sua desobediência, fazem seus maridos perderem o ministério, bens materiais e às vezes até a vida, tudo porque não vigiam, não buscam a Deus e fazem os mesmos tomarem decisões irrefletidas, como Jezabel.

Algumas são levadas por orientações de pessoas sem temor de Deus e quando menos esperam, estão no fundo do poço, tudo por não obedecer a voz de Deus. Eva é o nosso primeiro exemplo, oremos a Deus, para que nunca sigamos os maus exemplos.

Apesar da desobediência de Adão e Eva, Deus prometeu que da semente da mulher nasceria um, que esmagaria a cabeça da serpente, isso foi mostrado, quando Deus fez vestimentas de peles para cobrir a nudez do casal, e para se obter peles, precisava um cordeiro ser morto, e isso aconteceu no Calvário, quando Deus em Cristo reconciliou consigo o mundo.

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AMulher de Noé Fiel Companheira - Gn 7.7; 8.18

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lguém me despertou a curiosidade para falar sobre a mulher de Noé. Ao incluí-la entre as mulheres de bons exemplos da Bíblia, pensei: “Como Senhor, se na Bíblia não tem nenhuma referência sobre ela?”

Foi então que, ao analisar a sua personalidade, notei que realmente ela é um grande exemplo para nós, pois possuia a virtude da paciência e pôde vencer qualquer obstáculo. Tal virtude consiste em suportar dores, infortúnios, tribulações e grandes problemas com resignação. Por isso, podemos colocála na lista das mulheres de bons exemplos da Bíblia.

Pensando bem, parece-me que não houve mulher mais paciente, de acordo com a Bíblia, do que a mulher de Noé.

Primeiro, por estar ao lado de Noé enquanto ele pregava e advertia as pessoas para que cressem em Deus, se arrependessem, e fossem salvas da destruição que o dilúvio vindouro causaria. Sua paciência é novamente colocada em prova quando vê, por ordem de Deus, entrar na Arca toda espécie de animais, limpos e imundos, grandes e pequenos, dos mais lindos aos mais asquerosos, que somavam-se a toda espécie de répteis que se roçam sobre a terra. Enfim, todo tipo de

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inseto. Mesmo com os três compartimentos que compunha a Arca, não foi fácil para ela suportar tanta sujeira, visto que mulher gosta muito de limpeza, e como se não bastasse ouvir berros, relinchos, latidos, piados, rosnados, grunhidos, balidos, coaxar de sapos, cacarejar de galinhas, o trinar de pássaros, cada um com sua variedade de canto, enfim, tudo que implica as vozes dos animais, e o urubu mal cheiroso por natureza. Salvo se havia algum meio, para se despejar toda sujeira nas águas do dilúvio. Creio que não, senão a Bíblia relataria. Considerando todas essas difíceis circunstâncias de suportar, notamos que a mulher de Noé era de uma paciência significativa! Mas os homens sempre estão no comando, e quem cuida da limpeza são as mulheres. Apesar de não conhecermos seu nome, todavia nos deixou um exemplo de fé, coragem e paciência. Porque fazendo-se a soma dos períodos os quais se fala das águas subindo e descendo até que a superfície da terra secasse, notamos que o dilúvio durou por 371 dias, pois ela suportou tudo isso durante mais de um ano.

Então, verdadeiramente são exemplos dignos de serem imitados: o da mulher de Noé e o de suas três noras.

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Sara

Mulher de Abraão - Gn 16.1-16

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arai acompanhou Abrão, quando Deus lhe mandou sair de sua terra em direção à Canaã, peregrinando por Siquém até o carvalho de Moré.

Partindo dali para Betel, onde armou sua tenda, edificou um altar e invocou o nome do Senhor. Mas por causa da fome naquela terra, Abrão desceu ao Egito, e na viagem disse a Sarai, sua mulher: “Ora, bem sei que és mulher formosa, e vendo-te os egípcios, logo vão dizer: é sua mulher, e me matarão e te pouparão a vida. Portanto, peço-te por favor, digas que és minha irmã e assim me pouparão a vida, e minha alma possa viver por amor de ti”. E, justamente, foi isto que aconteceu.

Logo que entraram no Egito, os egípcios ficaram encantados com a beleza de Sarai, apesar de seus sessenta e cinco anos. E os princípes de Faraó, mais que afoitos gabaram-se diante de Faraó, pelo que rapidamente a mulher foi trazida para o harém do monarca, como era costume da terra.

Aqui Sarai falhou ao ser conivente com a mentira de Abrão, confirmando ser ele seu irmão. Quanto transtorno!

Quanto constrangimento sofreu Sarai por causa de uma meia mentira!

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Ora, sendo Abrão tratado por Sarai até de senhor, era claro que um pedido seu não era um pedido, era uma ordem, apesar dele ter lhe suplicado, para que em todo lugar que eles fossem, dissesse que ele era seu irmão. Pois qual a esposa que ama seu marido, que não se sacrifica por ele? Só que Sarai como serva de Deus, não devia ter mentido, mesmo sendo para livrar sua integridade física diante do rei, pois mentir é pecado.

Mas como Deus os amava, veio logo em socorro deles, ferindo a Faraó e sua casa com grandes pragas. Assustado, Faraó adverte ao patriarca: “Que é isto que me fizeste? Por que não me disseste que ela era tua mulher?” Caso semelhante se deu também em Gerar. Abrão nega que Sarai é sua mulher. E desta vez é o rei Abimeleque que desperta sua atenção para a beleza física de Sarai. Mais uma vez Deus livra Sarai de ser maculada. O Senhor aparece em sonhos ao rei, e lhe faz ameaças da mulher que tomara, pois ela era casada com Abrão.

Apesar disto não constituir impedimento matrimonial na legislação da época. E, por outro lado, ela era de fato irmã de Abrão por parte de pai. Por isso podia casar “meio irmão” com “meia irmã”.

Foi o que aconteceu com Abrão, mas o rei temeroso com o aviso de Deus, sem demora, mandou trazer Sarai a Abrão e lhe disse: “Fiz isto porque me disseste: é minha irmã. Porém Deus não me permitiu tocá-la”. E a Sarai disse: “Dei mil moedas de prata a teu irmão, será isto compensação por tudo quanto se deu contigo. E perante todos, estás justificada”.

O dinheiro era reparação pela vergonha e dano causado a pessoa de Sarai. Foi um gesto de bom caráter do rei para reabilitar Sarai, atestando que ela permaneceu fiel ao marido, tirando-lhe a culpa e encerrando o caso perante a sociedade.

Depois das provas vieram as promessas de vitória. Deus mudou o nome de Abrão para Abraão – pai de grande multi-

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dão. Mudou o nome de Sarai para Sara, que quer dizer princesa. E disse a Abraão: “Porque eu a hei de abençoar e te hei de dar a ti dela um filho; a abençoarei, e será mãe das nações; reis de povos sairão dela. Então caiu Abraão sobre o seu rosto, e riu-se, e disse no seu coração: A um homem de cem anos há de nascer um filho? E conceberás Sara na idade de noventa anos?” (Gn 17.16,17). E riuse Sara também consigo, num retrospecto do seu estado físico e de seu marido. A promessa de uma gravidez inviável era mesmo motivo de riso. E disse o Senhor a Abraão: “Por que se riu Sara? Haveria coisa alguma difícil para o Senhor? Daqui a um ano, neste mesmo tempo voltarei a ti, e Sara terá um filho”.

O cumprimento da promessa demorou mais de quatorze anos, todavia Sara continuou crendo que receberia virtude para conceber fora da idade, pois sabia que aquela promessa era Divina. Por isso é que o seu nome chegou ao Novo Testamento, onde quatro livros a ela se referem (Gl 4.22; Rm 4.19; Hb 11.11; I Pe 3.6). No livro do apóstolo Pedro é mostrado o alcance da obediência de Sara e das irmãs que atualmente se enquadram em seu exemplo, suas “filhas”. O apóstolo Pedro parece retratar a própria Sara em sua aparência, em suas roupas, em seu penteado, em seus adereços, e em sua sujeição ao marido. E acrescenta: “Como Sara”, isto é, seguindo os seus passos, imitando suas atitudes.

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Agar

Mulher sofredora - Gn 16.1-16

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gar era uma escrava egípcia, pertencente a Sara.

Então disse Sara a Abraão: “Eis que o Senhor me fez estéril, toma pois a escrava Agar, para ver se por meio dela eu poderei ter filhos. E tomou Sara, sua escrava Agar, e a deu a Abraão seu marido, por mulher”. Segundo o direito mesopotâmico, uma esposa estéril podia dar ao seu marido, uma escrava por mulher, e reconhecer como seus filhos, dessa união. Abraão, coabitou então com Agar e esta lhe deu um filho.

Mas a escrava devia continuar obedecendo sua senhora, o que não aconteceu com Agar, que logo ao perceber-se grávida, ficou muito entusiasmada, e começou a olhar com desprezo para sua senhora, pensando que seu filho seria herdeiro de Abraão. E Sara reclamou a Abraão, que maltratou muito a Agar, e por essa causa foi impelida a fugir para o deserto.

E Agar então pediu a Deus que tivesse compaixão da sua miséria. Mas um anjo a encontrou e lhe aconselhou a voltar para sua senhora, e sujeitar-se a ela. E o anjo do Senhor acrescentou: “Eis que concebeste, e terás um filho cujo nome será Ismael, que significa: Deus ouve. E farei da tua descendência uma grande nação”. Agar voltou para a sua senhora, o tempo

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foi passando, o menino nasceu e recebeu o nome de Ismael, era criado na casa de Abraão, e tudo parecia correr muito bem. Ismael era esperto e de espírito nobre.

A princípio, Sara o amava como se fosse seu próprio filho, porque o considerava o futuro sucessor de Abraão.

Entretanto, após o nascimento de Isaque, achou que não era conveniente criá-los juntos, pois sendo Ismael mais velho poderia mais tarde com a morte de Abraão, tornar-se o senhor, tomando o lugar de Isaque. E assim, as duas mulheres estavam sempre em discórdia. Mais tarde quando Ismael estava com quase quatorze anos, Abraão fez um banquete para comemorar o ato de desmamar Isaque. Agar novamente insultou Sara, e esta viu que o filho de Agar também zombava de seu filho Isaque.

Vendo Abraão que as duas mulheres não podiam conviver juntas, despediu Agar e seu filho definitivamente, a fim de conservar a paz no lar. Agar foi embora errante pelo deserto de Berseba, quando a água acabou, ela colocou o menino a distância, para não vê-lo morrer de sede, mas o menino chorou tão alto que Deus ouviu sua voz. E o anjo de Deus bradou dos céus e disse: “Toma o menino pela mão, porque farei dele uma nação”. Realmente os ismaelitas, hoje é uma grande nação, rica e poderosa. Os árabes como seus descendentes, chamam Agar de “Mãe Agar e legítima esposa de Abraão” (Dicionário Buckland). Mas a Bíblia diz o contrário. Paulo a toma como símbolo do antigo pacto. Sendo ela escrava e seus descendentes também.

Segundo a Lei, Agar representa o velho conserto feito no Monte Sinai, gerando filhos para escravidão; enquanto Sara representa o novo conserto, gerando filhos pela fé em Cristo.

Porque o filho da escrava nasceu segundo a carne, e o da livre, por promessa. Porém, o resultado de tudo isso, foi a discórdia no lar. E através dos séculos, temos presenciado as

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guerras entre judeus e árabes até os dias de hoje. Nunca se entenderam.

Quanta dor e sofrimento, quantas lágrimas para Agar, Ismael, Abraão e Sara. Esta, procurando antecipar o nascimento do herdeiro de Abraão, sendo que Deus havia prometido a Abraão um filho dos seus próprios lombos.

A Bíblia assim se refere: “que é melhor obedecer do que o sacrificar”.

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AMulher de Ló Materialista e indolente - Gn 19.26

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ma esposa que não considerou a graça de Deus implorada, em oração, por Abraão, tio de seu marido.

Sodoma, antes da catástrofe, era uma linda cidade em uma campina verde e bem regada pelo rio Jordão. As negociações comerciais prosseguiam, normalmente, em Sodoma e Gomorra. Ninguém tinha a mínima idéia de que o juízo de Deus estava prestes a chegar. Não obstante os subúrbios da cidade estarem tranqüilos, Sodoma estava agitada com a notícia de que dois homens estranhos vieram visitar Ló e sua família.

E será que a mulher de Ló não sabia que aqueles homens eram anjos de Deus, enviados em socorro de Ló, seu marido, e que o patriarca Abraão com insistência rogava a Deus que tivesse misericórdia de Sodoma e Gomorra? Mas, para isso, precisava encontrar pelo menos cinco justos na cidade, o que não aconteceu.

Os homens de Sodoma e Gomorra eram corrompidos e perversos e a vida ali, era uma grande depravação em relação a idolatria, homossexualismo, lesbianismo, etc. Parece incrível, mas tudo isto não parecia preocupar a mulher de Ló.

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Porém, uma coisa certamente a preocupou: quando seu marido deixou o lar e a família para negociar com a multidão enfurecida, ofereceu suas próprias filhas em troca dos dois homens.

Mesmo assim, os sodomitas revoltaram-se contra Ló, mas os anjos feriram de cegueira àqueles homens. Essa intervenção dos anjos, salvou a vida de Ló.

Depois desse milagre, parece que ela creu nas palavras de seu marido que lhe falava da salvação de Deus. Talvez ainda conseguiram dormir algumas horas antes do amanhecer. Mas ao raiar do dia, os dois anjos acordaram-lhes ordenando-lhes que saíssem da cidade o mais depressa possível, levando-os pela mãos. Mas essa mulher ainda hesitante olhava, com pesar, para casa que, com certeza, era uma confortável mansão.

Viver naquela cidade, morar naquela casa era muito bom, Ló era um homem conceituado na cidade, suas filhas estavam noivas e iam se casar. Tudo na vida corria sem nenhuma perturbação.

Parece que a mulher de Ló era natural de Sodoma, pois o seu coração estava muito arraigado naquela cidade. Na Bíblia nada nos diz, se ela foi ou não, serva do Deus de Abraão.

Mas que Ló lhe falara que Abraão era o pai dos crentes, disso estamos certos.

Porém, Deus não suporta mais os pecados de Sodoma e Gomorra. Ele queria salvar Ló com sua família, pois ainda o considerava um homem justo, mas sua esposa rejeitou a salvação de Deus.

De repente, um dos anjos, agarrou em sua mão, levou-a para fora de sua casa e disse-lhe: “Escapa-te por sua vida, não olhes para trás de ti, e não pares nesta campina”. Ela tinha se afastado de Sodoma, mas, seu coração se inclinava para lá.

A MULHER DE LÓ

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Subitamente, caiu uma chuva de fogo e enxofre sobre Sodoma e Gomorra. E, a mulher de Ló olhou para trás e ficou convertida numa estátua de sal.

Apesar de Ló estar na maior aflição para sair de Sodoma, ela estava totalmente insensível, não crendo no aviso de que Deus destruiria Sodoma.

Sem nada notar do que estava acontecendo ao seu redor, mesmo sendo levada pelas mãos dos anjos e avisada para não olhar para trás, mesmo assim, olhou.

A situação dessa mulher, indica a dureza de coração conseqüente da sua incredulidade. Demonstrando ser os desejos relativos a luxúria perdida, bem mais fortes do que o desejo que a salvação, gratuitamente, oferecida pelo Senhor lhe podia despertar.

A mulher de Ló foi citada por Jesus (Lc 17.28-33), como exemplo para advertir-nos quanto a sua vinda.

A vigilância é a concentração nas coisas de Deus, muito ao contrário do espírito da mulher de Ló.

Que Deus nos ajude a estarmos vigilantes, quanto a vinda do Senhor Jesus Cristo, para que Ele não nos apanhe como uma estátua de sal.

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