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AVALIAÇÃO

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UNIT 5 5

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Por vezes, a avaliação é vista simplesmente como a atribuição de notas aos/às estudantes. A função da avaliação, entretanto, não se restringe a constatar um certo nível do/a estudante, mas, ao contrário, informar, fundamentar e orientar a ação pedagógica. A avaliação inclui o acompanhamento crítico de todo o processo educativo, desde o planejamento à implementação, sob a perspectiva dos diversos participantes (professores/as, estudantes e outros membros da comunidade escolar). Além disso, é fundamental

“construir e aplicar procedimentos de avaliação formativa de processo ou de resultado que levem em conta os contextos e as condições de aprendizagem, tomando tais registros como referência para melhorar o desempenho da escola, dos professores e dos alunos;” (BRASIL, 2018, p. 17)

Dessa forma, pode-se compreender melhor o processo de ensino-aprendizagem e propor ajustes para aperfeiçoá-lo continuamente. Conforme Luckesi (1999, p. 81),

“(...) a avaliação não seria tão-somente um instrumento para aprovação ou reprovação dos alunos, mas sim um instrumento de diagnóstico de sua situação, tendo em vista a definição de encaminhamentos adequados para a sua aprendizagem.”

Outras perguntas podem ser utilizadas de acordo com a realidade de cada turma. As respostas podem ser discutidas utilizando-se uma das técnicas de trabalho em grupo aqui sugeridas, com as duplas, que se transformam em grupos de quatro até formarem o grupo da turma toda. Outra possibilidade de dinâmica é as perguntas serem respondidas por escrito por cada estudante e entregues ao/à professor(a), que faria um levantamento das possíveis regras e as apresentaria, em aula posterior, para discussão com toda a turma. As regras definidas em conjunto seriam registradas e afixadas no mural da sala de aula para que possam estar sempre visíveis. Ao longo das aulas, recomenda-se avaliar regularmente se as regras estão sendo seguidas e se precisam ser reformuladas ou ampliadas.

Sugerimos que, logo no início do ano letivo, seja conduzida uma avaliação diagnóstica para melhor caracterizar o contexto educacional e o perfil dos/as estudantes, por meio de um levantamento de necessidades, expectativas, possibilidades e limitações. Essa avaliação deve buscar mapear conhecimentos, habilidades, atitudes e valores que o/a estudante detém ao chegar à sala de aula e pode ser realizada, por exemplo, por meio de questionários individuais sobre o que cada estudante pensa sobre o aprender inglês e sobre sua própria proficiência nesse idioma. Discussões em grupos a respeito de experiências prévias de aprendizagem da língua inglesa e da presença da língua inglesa no mundo, com acompanhamento do/a professor(a), também podem ser utilizadas para fins de avaliação diagnóstica, assim como as atividades das seções English All around the World e Tips into Practice da Unit 0 . Tais informações ajudarão a identificar as áreas e os conteúdos que precisam ser mais trabalhados e, assim, aprimorar o planejamento pedagógico e melhor adaptá-lo à realidade local.

Ao longo do processo educativo, são recomendadas avaliações formativas para se obter uma melhor compreensão tanto das estratégias de aprendizagem dos/as estudantes quanto dos procedimentos de ensino adotados. A avaliação formativa corresponde a “avaliar os estudantes no processo de ‘formar’ suas competências e habilidades com o objetivo de ajudá-los a continuar aquele processo de crescimento”

(BROWN, 2004, p. 6; tradução dos autores ). Ao final de cada uma das etapas do curso, são indicadas avaliações somativas para verificar os resultados atingidos. De acordo com Brown (2004, p. 6),

“A avaliação somativa objetiva medir, ou resumir, o que um estudante apreendeu e geralmente ocorre no final de um curso ou unidade de instrução. A somatória do que um estudante aprendeu implica olhar para trás e fazer um balanço de quão bem esse estudante alcançou objetivos, mas não indica necessariamente o caminho para o progresso futuro.” ( tradução dos autores )

No tocante à avaliação somativa, cumpre destacar também o papel de exames de larga escala na avaliação da proficiência dos/as estudantes. Esses exames, que podem ser aplicados em nível municipal, estadual ou nacional, são úteis para fornecer subsídios para direcionar os esforços políticos e econômicos com vistas à melhoria do ensino e da aprendizagem. Dentre eles, destaca-se o exame do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA) da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), organização econômica intergovernamental que visa estimular o progresso econômico e o comércio mundial.

O PISA mede a capacidade dos jovens de 15 anos de usar seus conhecimentos e habilidades de leitura, matemática e ciências para enfrentar os desafios da vida real. A partir de 2025, o PISA incluirá também uma avaliação da proficiência dos jovens em língua estrangeira alinhada com o Quadro Europeu Comum de Referência para Línguas (CEFR), de modo que os resultados possam ser interpretados de acordo com os níveis de proficiência linguística já descritos na seção A coleção e o Common European Framework of Reference for Languages (CEFR) deste Manual.

Ao oferecer conteúdos e recursos para o desenvolvimento do nível A1 (iniciante) e do nível A2 (básico) ao longo dos volumes, conforme anteriormente mencionado, esta coleção já contribui para a preparação dos/as estudantes para o referido exame. Por sua vez, a indicação, neste Manual, das atividades, estratégias e competências referentes ao nível em foco contempladas nas unidades e seções do Livro do Estudante, acompanhadas dos respectivos descritores, oferece ao/à professor(a) um importante instrumento para orientar a avaliação da proficiência dos/as estudantes alinhada ao CEFR.

Fazendo uso de diferentes tipos de avaliação, o/a professor(a) pode (e deve) utilizar as informações do processo avaliativo para efetuar mudanças em sua prática. Essa, entretanto, não é uma tarefa exclusiva do/a professor(a). É fundamental levar os/as estudantes a perceberem que as avaliações podem ser muito úteis para orientá-los/as quanto a modos de tornar seu processo de aprendizagem mais produtivo. Para isso, é necessário orientar os/as estudantes a considerarem não apenas as suas notas, mas também a buscarem identificar seus pontos fortes e fracos e as possíveis formas de superar dificuldades com o apoio do/da professor(a) e dos/as colegas.

Além de incentivar os/as estudantes a se beneficiarem das informações obtidas pelas diferentes avaliações, é fundamental incluir a perspectiva deles/as desde o início do processo. O engajamento dos/as estudantes no processo avaliativo faz com que se sintam corresponsáveis por sua aprendizagem e se tornem mais autônomos. Sugerimos, portanto, que sejam criadas oportunidades para os/as estudantes refletirem sobre seu próprio processo de aprendizagem e se posicionarem em relação às práticas pedagógicas adotadas, o que pode ser feito periodicamente (uma vez por mês ou a cada dois ou três meses) por meio de conversas, questionários, relatos, entre outros instrumentos.

Para favorecer a participação dos/as estudantes no processo de avaliação contínua, conforme já mencionado neste Manual, a cada duas unidades, na última página de cada unidade de revisão, o Livro do Estudante traz a seção Thinking about Learning , que apresenta quadros para ajudar os/as estudantes a conduzirem uma autoavaliação. No quadro How well can you do this? , os/as estudantes são convidados/as a avaliarem, a partir dos itens organizados por categorias ( Reading , Grammar , Listening , Speaking , Writing ) e relacionados às duas unidades anteriores, o que já são capazes de fazer em língua inglesa ( very well , well ou not so well ). Conforme já mencionado neste Manual, esses itens são frases iniciadas por “ I can ” e, em sua maioria, baseiam-se em descritores do CEFR, o que pode orientar o trabalho com algumas habilidades, estratégias e competências previstas no CEFR para o nível de proficiência em foco e, assim, contribuir para a preparação dos/as estudantes para o exame do PISA.

O quadro What learning resources have you used in Units (...)? , também presente na seção Thinking about Learning , leva os/as estudantes a pensarem sobre os recursos de aprendizagem que têm utilizado e, indiretamente, estimula-os/as a ampliarem e diversificarem o uso de tais recursos. Finalmente, o quadro What can you do to improve your learning? incentiva os/as estudantes a planejarem sua aprendizagem, desenvolvendo sua autonomia.

Conforme já descrito neste Manual, as unidades de revisão ( Review ) trazem seções com atividades de compreensão escrita ( Reading Comprehension ) e exercícios sobre aspectos gramaticais ( Language in Use ), que também podem ser utilizados como instrumento de avaliação formativa e de autoavaliação de diferentes formas. Os/as estudantes podem fazer os exercícios em casa ou em sala de aula e, no momento da correção, o/a professor(a) poderá incentivar o envolvimento de todos na discussão sobre como chegar a respostas adequadas e como aprender com eventuais erros. Os exercícios também podem ser respondidos em folha separada a ser entregue ao/à professor(a). Pode-se ainda solicitar aos/às estudantes que indiquem os exercícios que consideram mais fáceis e mais difíceis como forma de identificar os conteúdos e habilidades que talvez precisem de explicação ou prática adicional. A partir disso, estratégias e atividades (como as sugeridas nas orientações dadas ao/a professor(a) ao longo das unidades de revisão) podem ser propostas aos/às estudantes para ajudá-los/as a superar as dificuldades encontradas em cada unidade. Essas sugestões também são válidas para a seção Atividades adicionais (fotocopiáveis) , disponível neste Manual, que traz atividades adicionais de compreensão escrita e de vocabulário. Dessa forma, o objetivo é que o instrumento de avaliação não sirva apenas para indicar o que o/a estudante não sabe, mas se torne um ponto de partida para o aprimoramento e a promoção da aprendizagem. Isso também se aplica à seção Thinking about Learning , que busca favorecer a participação dos/as estudantes no processo de avaliação e desenvolver sua autonomia e seu protagonismo.

Além das unidades de revisão e da seção Atividades adicionais (fotocopiáveis), a avaliação pode incluir, a critério do/a professor(a), a realização de outras atividades propostas nas unidades principais (por exemplo, atividades da seção Writing), atividades extras sugeridas em notas para o/a professor(a) ao longo do livro, projetos interdisciplinares (Projects) e outros trabalhos em grupo, como os desenvolvidos na seção Working Together, assim como a aplicação de testes e provas, que oferecem uma medida mais objetiva de aprendizagem.

Cumpre destacar ainda que o quadro Think about it! , apresentado ao final de cada projeto interdisciplinar, traz perguntas em português para ajudar os/as estudantes a refletirem sobre as diferentes etapas de desenvolvimento do projeto, incentivando uma postura de avaliação e autoavaliação contínuas. Ao serem convidados/as a avaliar o projeto desenvolvido, os/as estudantes são incentivados/as a compartilharem suas impressões sobre o impacto do projeto neles/as mesmos/as, na escola e na comunidade, além de falar sobre o que aprenderam com o desenvolvimento do projeto e como podem utilizar esse conhecimento em suas vidas.

Os trabalhos realizados ao longo do curso (incluindo atividades de aula e de casa, projetos, anotações etc.) podem ser agrupados em uma pasta, criando um portfólio da produção de cada estudante. O portfólio é um instrumento de avaliação que pode ajudar a compreender melhor o percurso de aprendizagem do/a estudante e, tendo em vista que requer organização e reflexão, pode estimular uma postura mais autônoma por parte dos/as estudantes.

No caso do uso de testes e provas, recomendamos desencorajar nos/as estudantes uma possível postura de preocupação excessiva apenas com o que acreditam ser necessário para obter uma boa nota. A utilização de diversas formas e instrumentos de avaliação (tais como observação da participação dos/as estudantes em aula, autoavaliação, trabalhos em duplas ou grupos, portfólios etc.) pode ajudar a evitar esse tipo de comportamento e levar os/as estudantes a compreenderem a avaliação como um processo contínuo e fundamental para sua aprendizagem.

Para uma avaliação abrangente, é preciso considerar também a perspectiva do/a professor(a), que deve avaliar tanto os resultados do seu trabalho quanto o processo de ensino-aprendizagem e seus métodos de ação. Para tal, sugerimos que o/a docente experimente observar suas aulas e fazer anotações que possam ajudá-lo/a a refletir sobre sua própria prática e, se for o caso, transformá-la. Em suas anotações, o/a professor(a) pode descrever tudo o que acontece e é dito em sala de aula e também registrar seus comentários e reflexões pessoais. A partir da observação e descrição de suas aulas, o/a docen - te pode confrontar sua prática com os pressupostos teórico-metodológicos que deseja adotar e, se for o caso, buscar modificar essa prática para aprimorá-la. Conversas com outros/as professores/as podem ser úteis para trazer novas perspectivas e contribuir para aprofundar esse processo de reflexão e reconstrução. Um(a) professor(a) pode, inclusive, assistir a aulas ministradas por um(a) colega e ambos/as refletirem juntos/as sobre essas aulas.

É importante que o/a professor(a) busque superar a falta de tempo, o grande volume de trabalho e até mesmo o receio de se expor e se autoavaliar para assumir a postura de professor(a)-pesquisador(a), que busca investigar e compreender melhor sua própria prática à luz de fundamentação teórica relevante para identificar não apenas limitações, mas principalmente possibilidades de reconstrução. Para que o/a profes -

Refletindo Sobre A Pr Tica Pedag Gica

sor(a) tenha o embasamento necessário e se sinta mais seguro/a para avaliar seu contexto de atuação, incentivamos a leitura e a discussão de textos teóricos em grupos de professores/as como parte de um projeto de formação continuada do/a professor(a). A seção Sugestões de leituras e recursos digitais deste Manual traz indicações de textos e sites que podem ser úteis nesse processo de formação e na prática pedagógica.

Em resumo, sugerimos a utilização, em diferentes momentos do curso, de uma variedade de instrumentos e formas de avaliação que levem em consideração as perspectivas dos/as diferentes participantes e incluam informações tanto sobre o produto quanto sobre o processo de aprendizagem. Recomendamos, ainda, que a avaliação seja conduzida de modo a propiciar o aperfeiçoamento da prática educacional tendo em vista o contexto em que está inserida.

A avaliação deve ser um processo contínuo que oferece informações para o aperfeiçoamento do processo de ensino-aprendizagem. As perguntas a seguir podem ajudar você a refletir sobre os processos avaliativos em seu contexto de atuação docente.

• Como a avaliação é compreendida em seu contexto de atuação? Ela serve apenas para medir os resultados da aprendizagem ou ajuda professores/as e estudantes a identificarem possibilidades de mudança para o aprimoramento do processo de ensino-aprendizagem? Que estratégias e instrumentos poderiam ser adotados em sua prática pedagógica para ampliar as funções do processo avaliativo?

• Como os/as estudantes participam do processo avaliativo em sua escola? Como são (ou poderiam ser) orientados/as a usarem informações obtidas pelas diferentes avaliações para tornar seu processo de aprendizagem mais produtivo? Como são (ou poderiam ser) convidados/as a refletirem sobre sua própria aprendizagem e sobre as práticas pedagógicas adotadas?

• Você acredita que buscar compreender melhor sua prática pedagógica à luz de fundamentação teórica relevante é um instrumento importante para sua formação continuada? Que recursos e estratégias poderiam ser utilizados para ajudar você a avaliar criticamente sua atuação docente e, se for o caso, transformá-la?

ATIVIDADES ADICIONAIS (FOTOCOPIÁVEIS)

Nesta seção, sugerimos atividades adicionais (fotocopiáveis) referentes a cada duas unidades principais. As atividades trazem textos de diferentes gêneros discursivos sobre temas relacionados às unidades com questões de compreensão textual e de vocabulário (como inferência lexical e compreensão de grupos nominais). A partir desses textos, o/a professor(a) pode, a seu critério, propor aos/às estudantes novas discussões sobre assuntos já abordados, incluindo novas perspectivas sobre os temas e estabelecendo relações de intertextualidade com textos apresentados nas unidades. As atividades podem ser reproduzidas e distribuídas aos/às estudantes para serem realizadas individualmente ou em duplas, em casa ou na escola, a critério do/a professor(a). Elas também podem ser utilizadas como instrumentos de avaliação da aprendizagem dos/as estudantes. Logo após as atividades aqui sugeridas, apresentamos seu gabarito comentado, com orientações para o/a professor(a).

SCHOOL:

TEACHER:

STUDENT:

Read the following quotes and do exercises 1, 2 and 3.

Text 1

“I remember the first time I heard a teenager say ‘LOL.’ Just what? But it means ‘laugh.’ Why don’t you just laugh? What are you doing?”

(J. K. Rowling)

Text 2

“I have an amazing crew, so it makes life so much easier. It’s fun being around a bunch of my BFFs on the road.”

(Jacob Whitesides)

Text 3

“I’m always afraid that I’m being unprofessional, yet I continue to sign all my e-mails ‘xoxo.’”

(Lena Dunham)

CLASS:

DATE:

1. Write down an example of Internet slang used in the first quote (Text 1). What does it mean?

2. Write down an example of Internet slang used in the second quote (Text 2). What does it mean?

3. Write down an example of Internet slang used in the third quote (Text 3). What does it mean?

Read the following text and do exercises 4, 5 and 6.

Text 4

Universal Declaration Of Human Rights

(...) Article 1

All human beings are born free and equal in dignity and rights. They are endowed with reason and conscience and should act towards one another in a spirit of brotherhood.

Article 2

Everyone is entitled to all the rights and freedoms set forth in this Declaration, without distinction of any kind, such as race, colour, sex, language, religion, political or other opinion, national or social origin, property, birth or other status.

Furthermore, no distinction shall be made on the basis of the political, jurisdictional or international status of the country or territory to which a person belongs, whether it be independent, trust, non-self-governing or under any other limitation of sovereignty.

Article 3

Everyone has the right to life, liberty and the security of person.

(...)

4. According to the text, everyone has the same rights no matter how different you are from other people. Find a fragment from the text that supports this statement and write it down.

5. In “should act towards one another in a spirit of brotherhood”, what does the modal verb should express?

Choose a, b or c a) Obligation. b) Probability. c) Recommendation. a) Everyone may be free. b) Everyone must be free. c) Everyone might be free.

6. In each item, focus on the modal verb in bold in order to choose the correct statement that refers to the text.

Read the following headlines and do exercises 7, 8 and 9

Text 5 www.reuters.com/article/us-northkorea-rights-idUSKCN1J312Z

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