Revista Poder | Edição 109

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scolas de idiomas, soluções de pagamentos, comida mexicana, marcas esportivas, produtos naturais e cosméticos: a diversidade de negócios da família de Carlos Wizard Martins mostra que para crescer é preciso abraçar o diferente. Curioso é que se Carlos é hoje um comprador quase compulsivo de empresas, no começo ele não queria saber de jogar esse jogo – foram seus filhos, Charles e Lincoln, que o convenceram a fazer a primeira aquisição: uma pequena rede de escolas de inglês de Campinas. Felizmente, foi cabeça aberta o bastante para perceber na diferença de mentalidade dos primogênitos um poderoso ativo para os negócios. Estava mais do que certo! Outro empresário que também nunca gostou de mesmice é o norte-americano naturalizado brasileiro Peter Rodenbeck. Responsável por trazer ao Brasil empresas como McDonald’s, Outback e Starbucks, sua vida poderia ser completamente outra se, desde os tempos da universidade, não gostasse de espichar o pescoço para ver o que acontecia a sua volta. Foi o encantamento com a língua portuguesa, que ouviu pela primeira vez em Harvard, onde cursou história latino-americana, que o trouxe para o Rio de Janeiro há 50 anos. Não que encarar o diferente seja fácil. Mas ele encarou. E como os tempos são de inclusão, na Fundação Getulio Vargas, em São Paulo, uma das universidades mais tradicionais e elitizadas do país, a convivência de alunos de alto poder aquisitivo com outros que chegaram lá por meio de cotas tem gerado conflitos. O que é muito bom, porque, no futuro, com certeza, o resultado vai ser um pensamento ainda mais original sobre os problemas brasileiros – uma das especialidades da FGV, aliás. Enquanto isso, clicado por Maurício Nahas, o ator Julio Andrade, no ar na série global Sob Pressão, reza pela cartilha da diversidade e incentiva o filho a enxergar o mundo de vários jeitos. Nós também – tanto que convidamos o tarólogo André Mardouro para ver o que as cartas dizem sobre os caminhos e descaminhos da política nacional. Depois de tentar decifrar o país, por que não tentar descobrir também o que é felicidade? Convocamos sete especialistas para responder a essa pergunta (quem não gosta de spoiler deve parar de ler este texto aqui). O resumo da ópera? Já que estamos na vibe de surpreender, Odair José, cantor popular nos anos 1970, tinha total razão quando cantava: “...felicidade não existe, o que existe na vida são momentos felizes...”. Está esperando o que para aproveitar?

G L A M UR AM A . C O M


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