COZINHA DE PODER POR FERNANDA GRILO F O T O S G I O VA N N A B A L Z A N O
A O RIGI NAL Erva-doce faz bem para a saúde e não engorda. Sem falar que pode dar pitaco em quase todo tipo de receita. Só não vale confundi-la com funcho
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ifícil não pensar em um bolo de fubá recém-saído do forno com as sementinhas espalhadas na massa, quando se pensa em erva-doce. Acontece que essa planta, que tem origem no Oriente Médio, merece muito mais espaço na cozinha. Do ponto de vista nutricional, não deixa nada a desejar: é rica em carboidratos, carotenoides, vitamina C, ferro, cálcio e zinco, além de pouco calórica (apenas 17 calorias em cada 100 gramas). A versão in natura pode ser consumida do bulbo ao talo, em pratos quentes ou frios. E as sementes ainda podem ser maceradas e usada como condimento para adoçar receitas. Mas favor não confundir com funcho! Só existe um tipo de erva-doce, a Pimpinella anisum. Embora também tenha sabor puxado para o anis, o funcho tem outro nome, Foeniculum vulgare. “As sementes, folhas e flores das duas espécies são diferentes. A erva-doce tem folhas menores, que parecem as do coentro, e flores brancas. Já as folhas do funcho são finas, alongadas com aspecto rendado e as flores, amarelas”, explica Matheus Motta, nutricionista graduado pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) e coordenador de nutrição do Vigilantes do Peso. Se a ideia é apostar no clássico chá de erva-doce, vale lembrar que, além de calmante, ele ajuda na digestão e em quadros de cólicas e de enjoos – e tem efeito expectorante. n
68 PODER JOYCE PASCOWITCH