ALÉM DO BAILE
ACADEMIA DO FUNK Para mostrar a importância do gênero em meio à história e cultura afro-brasileira, a dançarina Renata Prado ensina não só a quem quer aprender o rebolado, mas quer levar o funk para dentro da escola de forma pedagógica POR NINA RAHE
uando o funk virou sensação na periferia de São Paulo, nos anos 2000, a dançarina Renata Prado, na época adolescente, lembra que frequentava bailes de segunda a segunda. “Peguei esse momento do boom do funk na capital”, diz. Moradora do Itaim Paulista, na zona leste de São Paulo, foi nas festas de rua que ela aprendeu a dançar. “Na periferia não tem muita opção de lazer e, quando tem, a gente se diverte. Foi muito orgânico”, conta. Mas antes de se tornar dançarina profissional, ela alimentou o sonho de cursar economia até perceber que sua vocação estava na área de pedagogia, na qual tem tido a oportunidade de pensar o 38 J.P MAIO 2021