volume 1
nĂşmero 1
janeiro / março 2012
3o. Congresso Internacional da Revista Clínica 1 a 4 de maio de 2013
Costão do Santinho
Florianópolis
Santa Catarina
Brasil
www.editoraponto.com.br
editor-chefe
Luiz Narciso Baratieri • Trimestral • Papel couché, com alto padrão de impressão • Artigos Clínicos • Artigos de Pesquisa • Coluna do Kina • Anota Aí! • Visão Clínica • Novas Tendências • A Última Palavra Sobre... • Clavijo & Kabbach - a Coluna
a revista n.1 da Odontologia
n. 29
ano 8
www.editoraponto.com.br
|
0800 704 4018
© Editora Ponto Ltda. A Revista Brasileira de Dicas em Odontologia é dirigida à classe odontológica e a profissionais de áreas afins. Destina-se à publicação de artigos de investigação científica, relatos de casos clínicos e de técnicas, e revisões da literatura de assuntos de significância clínica, com periodicidade trimestral. Nenhuma parte desta revista poderá ser reproduzida. Todas as matérias publicadas são de exclusiva responsabilidade de seus autores. As opiniões nelas manifestadas não correspondem, necessariamente, às opiniões da Revista. Os serviços de propaganda são de responsabilidade dos anunciantes. A Revista é uma publicação da Editora Ponto Ltda. Servidão Vila Kinczeski, 23, Centro / 88020-450 Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. Mais informações: www.editoraponto.com.br revistaclinica@revistaclinica.com.br (55 48) 3223 9150 / 3222 6038 0800 704 40 18 Data de impressão: 15/01/2012
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Dicas. - - v. 1, n. 1 (jan./mar. 2012)-. - - Florianópolis: Editora Ponto, 2012v. : il. ; 23 cm
Trimestral
Revisor Giovanni Secco gsecco@th.com.br
2 3
v.1, n.1, 2012
Coordenação Editor-Chefe Ronaldo Hirata (ILAPEO-PR) Editores Assistentes Oswaldo Scopin de Andrade (SENAC-SP) Sidney Kina (São Leopoldo Mandic-SP) Editores Associados Aguinaldo Farias (UFPR) Alessandro Loguercio (UEPG) Alexandre Moro (UFPR) Cristian Higashi (UEPG) Luiz Narciso Baratieri (UFSC) Sylvio Monteiro (UFSC) Walter Rosa do Nascimento (ILAPEO-PR)
Corpo Editorial Alessandra Reis (UEPG) André Malmann (UFSM) André Reis (UNG) Antonio Sekito (UFRJ) Cassius Carvalho Torres Pereira (UFPR) Christian Coachman (Clínica privada) Claudio Pinho (Integrato) Daniel Kherlakian (EAP APCD-Central) Dario Adolfi (Spazio Education) Dudu Medeiros (Fotógrafo profissional) Eduardo Achôa (Consultor) Eduardo Miyashita (UNIP) Eduardo Rocha (UNESP-Araçatuba) Ewerton Nocchi Conceição (UFRGS) Gilberto Borges (UNIUBE) Guilherme Carpena Lopes (UFSC) Henrique Nakama (Trihawk)
Ivan Yoshio (Funorp USP-RP) Ivete Sartori (ILAPEO) João Carlos Gomes (UEPG) Jose Arbex Filho (Clínica privada) Jose Carlos Martins da Rosa / Marcos Alexandre Fadanelli (Clínica Rosa Odontologia) José Carlos Romanini (Laboratório Romanini) José Roberto Moura (Clínica privada) Julio César Joly / Robert Carvalho da Silva / Paulo Fernando de Carvalho (Grupo implantePerio) Junio Santos (UFSC) Jussara Bernardon (UFSC) Katia Cervantes Dias (UFRJ) Luiz Alves Ferreira (Laboratório Luiz Alves Ferreira) Marcelo Giannini (UNICAMP) Marco Masioli (UFES) Marcos Celestrino (Laboratório Aliança) Mario de Goes (UNICAMP) Messias Rodrigues (Clínica privada) Murilo Calgaro (Studio) Osmir (UNESP-Araraquara) Paula Mathias (UFBA)
Paulo Kano (Instituto Paulo Kano) Rafael Miotto Palo (NAP-SP) Raphael Montes Alto (UFF) Roberto Caproni (Grupo Caproni) Sergio Bernardes (ILAPEO) Victor Clavijo (Clínica privada) Vinicius di Hipolito (Uninove) Walter Miranda Jr. (USP-SP) CORPO INTERNACIONAL August Bruguera (Espanha) Beatriz Gimenez (Espanha) Daniel Edelhoff (Alemanha) Farhad Vahid (EUA) Gustavo Vernazza (Argentina) Mário Jorge Silva (Portugal) Mauricio Peña Castillo (Colômbia) Paulo Guilherme Coelho (EUA) Silas Duarte (EUA) Tetsuji Aoshima (Japão) Touradj Ameli (EUA) Vicenzo Musella (Itália) You Nino (Japão)
Sumário
6 em:
16
IMPLANTODONTIA / José Carlos Martins da Rosa, Marcos Alexandre Fadanelli, Ariádene Cristina Pértile de Oliveira Rosa
20
Estética / Rafael Calixto
24
economia / Eduardo Achôa
28
ética E LEGISLAÇÃO / Cristian Mendez Alcantara
30
Eventos e Educação Continuada / Sylvio Monteiro Junior
32
Empresa / Raphael Vieira Monte Alto, Graziela da Silva Conceição
48
CONSULTÓRIO / Suelena Morais
50
ortodontia / Juliana Romanelli
54
Prótese / Fabio Hiroshi Fujiy, Victor Clavijo, Murilo Calgaro
58
adesão / André Figueiredo Reis
62
fotografia / Marco Masioli
8
4 5
EDITORIAL / Ronaldo Hirata editor-chefe
v.1, n.1, 2012
MADô: aos olhos de kina e hirata / Sidney Kina
12
GERAÇÃO POWER POINT / Alessandro D. Loguercio
38
caso clÍnico / Nelson Geovane Massing, Paula Cristine Ghiggi, Luis Rafael Calixto
68
gaps: fechando espaços / Julio Cesar Joly e Oswaldo Scopin de Andrade
70
NORMAS PARA PUBLICAÇÃO DE ARTIGOS
Li mais uma vez uma coluna fantástica escrita por
os textos, sim, eram bons; na minha época, as revistas...
Ronaldo Hirata Editor-Chefe
Editorial
Stephen Kanitz (http://www.kanitz.com.br/veja/o_po-
ronaldohirata@ronaldohirata.com.br www.ronaldohirata.com.br
der_da_validacao.asp), chamada “O Poder da Valida-
Acredito do fundo do coração que esta revista, DICAS,
ção”. Na verdade, lembro-me dela a cada novo projeto
pode ajudar clínicos gerais em seus consultórios, ten-
que inicio, posso dizer, por insegurança pessoal. Kanitz
do como exemplo emocional o meu pai em seu consul-
nos diz em seu texto: todos somos inseguros, e a segu-
tório (dentista até o ano passado). Acredito que uma
rança não depende somente de nós mesmos, como eu
revista como esta poderia ter tirado o meu pai da sua
costumo acreditar, mas também da validação de ou-
rotina estática, parada no tempo. Óbvio que ele foi para
tros. Necessitamos da resposta também dos outros,
mim um exemplo de várias outras características pro-
como um artista precisa de conexão com o público.
fissionais, mas esta obra o teria ajudado em sua prática e o ajudaria a ter um final de profissão mais confor-
Mas sempre que termino a leitura de Kanitz percebo
tável. Uma revista científica também poderia ser algo
que busco, na verdade, a certeza de que eu realmente
fantástico para ele, mas estaria longe demais da sua
acredito nisso, no projeto, no que estou fazendo e tra-
rotina. E foi bem isso que o fez estar à margem de to-
balhando, independentemente dos conselhos. Todos
dos os acontecimentos da Odontologia, marginalizado.
sabem que não sou habilidoso em seguir conselhos. Isso faz dos meus projetos grandes viagens sem rumo
Entendo que, às vezes, pensamos muito nas informa-
definido, somente com a certeza de que serão tão di-
ções para nós mesmos, respondendo com os nossos
vertidos quanto árduos. Entretanto, preciso da respos-
artigos às nossas próprias dúvidas. Damos aulas e di-
ta de outras pessoas nesses projetos.
tamos cursos para suprir a nós mesmos, o que acaba acontecendo sem que percebamos. Mas o foco não
A cada investimento que faço, acho que repito várias
somos nós, e sim a maioria da classe profissional; o
vezes a ideia para mim mesmo; tento, obviamente, me
que escrevemos somente valerá se tiver alcance. De-
convencer; normalmente consigo. O segundo passo é
vemos viabilizar a linguagem de textos e de cursos
sempre convencer outros, e isso é mais penoso.
para a maioria. Perdoe-me a sinceridade!
Esta nova revista e projeto veio, em parte, do convite
O meu objetivo maior, e acredito que também o é entre
do professor Baratieri, o que torna a responsabilidade
todos os envolvidos nesta revista, é tornar acessíveis
maior do que aparenta. Vem ao encontro da filosofia
informações corretas e verdadeiras. O corpo editorial
do meu livro lançado em 2010, chamado propositada-
foi convidado (ou convencido?) a também acreditar
mente TIPS (dicas em inglês). Esse livro veio discutir
nesta nova viagem. Fizemos uma opção ao determinar
um pouco o conceito tradicional da informação escrita,
a abordagem desta revista. Volto ao início do editorial:
uma vez que ele mostra um caminho direto ao essen-
temos as nossas inseguranças e, ao finalizar o primei-
cial, algo mastigado, segundo alguns, ou o “macete”,
ro número, isso bate mais forte, mas, com certeza, será
segundo outros. Acho que ele vem ao encontro da for-
uma grande e árdua viagem, na qual espero contar
ma atual de busca por informação, em tempos de inter-
com você.
net e facebook, da invasão de informações variadas e
Crença sempre foi o meu forte.
falta de tempo para absorver todas. Prefiro ceder e tentar entender a mudança, em vez de falar: no meu tempo 6 6 7
v.1, n.1, 2012
Oss e grande abraço
Bretas
3M ESPE
Criando soluções, melhorando seu dia a dia
A 3M ESPE tem reputação mundial em criar produtos inovadores para o mercado odontológico, facilitando o dia a dia nos consultórios. Graças ao contato permanente com dentistas de todo o mundo, ela está sempre um passo à frente, antecipando necessidades na busca de soluções, como o primeiro adesivo de frasco único (AdperTM Single Bond) e o primeiro cimento resinoso autoadesivo universal (RelyXTM U100/Unicem). Tudo com o mais alto padrão de desempenho e confiança, o que a levou a ser reconhecida no Brasil como “Top Of Mind 2011” em materiais de prótese e restauração dentária na pesquisa do Instituto Synovate*. Conheça as soluções 3M ESPE e garanta o máximo em qualidade, facilidade e inovação no seu consultório. * Pesquisa realizada entre 09/12/10 e 26/01/11.
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MADô
*
aos olhos de kina e hirata
por Sidney Kina
Cirurgião-dentista, Maringá-PR www.sidneykina.com.br
Preparos dentários com finalidade protética adesiva Classicamente, o preparo dentário com finalidade protética é definido como um “desgaste
2. características de solidez ou resistência estrutural dos materiais restauradores; e
tária, atualmente o desenvolvimento da ciência das restaurações dentárias tem enfoque sobre
seletivo da estrutura dentária por meio de ins-
3. princípios de retenção e estabilidade.
três princípios: preservação máxima dos tecidos
trumentos selecionados (pontas diamantadas e
Dessa forma, podemos observar que sempre
dentários, desempenho biomecânico “tooth-like”
instrumentais diversos), com a intenção de criar
deve existir um equilíbrio entre o preparo dentá-
e princípios estéticos (cada vez mais acurados),
espaços adequados à instalação de uma futura
rio (espaço para futura restauração) e a espes-
que convergem para a atual filosofia biomiméti-
restauração protética”. A partir dessa definição,
sura mínima para realizar a restauração. Deve-
ca. Por isso, a demanda crescente nos estudos
várias técnicas de preparo dentário estão des-
-se entender que desgaste dentário é diferente
e desenvolvimento de restaurações adesivas,
critas na literatura, todas objetivando determinar
de preparo dentário e que o máximo de preser-
a qual possibilita, de certa forma, a conjugação
estratégias adequadas para o “desgaste seleti-
vação da estrutura dentária durante o desgaste
desses princípios. Entretanto, essa nova filosofia
vo” correto das estruturas dentárias. Muito em-
seletivo é o mínimo necessário para garantir a
traz mudanças significativas na forma de pensar
bora as técnicas sigam as preferências pessoais
solidez estrutural do material restaurador (Fig.
a odontologia restauradora. Uma das primeiras
de cada autor, todas as técnicas de preparo den-
A-D).
e importantes implicações está na forma de tra-
tário convergirão para o mesmo ponto: controlar
No entanto, movido pelo entendimento da in-
balhar os preparos dentários com finalidade pro-
a direção e a quantidade de desgaste dos teci-
ter-relação dos tecidos dentários, em que um
tética.
dos dentários, onde os princípios norteadores
tecido duro – como o esmalte – relaciona-se
A inclusão de restaurações adesivas no arsenal
compreendem sempre os mesmos aspectos e
com um tecido flexível – como a dentina –, de-
odontológico trouxe um ganho formidável para
regras:
terminando um desempenho mecânico ótimo
recuperar, de forma biologicamente aceitável, as
1. preservação máxima das estruturas dentá-
durante a mastigação, num estreito equilíbrio
estruturas dentárias. Em verdade, essa estraté-
entre as partes que compõem a estrutura den-
gia de aderir estruturas umas às outras combina
rias sadias; 8 9
*Mado em japonês significa “janela” v.1, n.1, 2012
Situação clínica inicial. Dentes posteriores (14 ao 16) com restaurações MOD de resina composta com fraturas de borda e percoladas. Observe também grau de desgaste em superfície indicando alguma atividade de atrição (A). Para a restauração desses elementos, recuperando forma e função, um tratamento com coroas totais com estruturas de zircônia foi proposto. Observe os preparos dentários “clássicos” para essas restaurações. Espaços periféricos médios na ordem de 1,5 mm, término chanfrado com média de 1,2 mm e espaços interoclusais entre 1,5 mm e 2,0 mm. Com angulações médias no terço cervical entre 2º e 5º, compreendendo uma área de retenção mecânica friccional (B). Restaurações cerâmicas com subestruturas de ZrO₂ (Sistema LAVA™, 3M ESPE) e blindagem com cerâmica de (nano)fluorapatita injetada (IPS e.max® Zr Press, Ivoclar Vivadent) sobre modelo rígido (C). Situação clínica final (Infraestruturas: Laboratório Inovare, Araçatuba-SP. Blindagem: José Carlos Romanini, Londrina-PR) (D).
A
B
C
D
qualidades intrínsecas dos diferentes materiais.
paros dentários com princípios de retenção/
Podemos observar, então, que a mudança da
Sobretudo, a adesão permite, de forma especial,
estabilidade e espaços mínimos para rigidez es-
resistência intrínseca do material restaurador
a transmissão de energias tencionais por entre
trutural não são necessariamente obrigatórios;
para uma resistência adesiva, assim como dos
os materiais ligados e, assim, mesmo materiais
permitem-se preparos dentários muito mais
princípios de retenção mecânica (geométrica)
friáveis, como as cerâmicas dentárias, podem ser
conservadores quando comparados aos prepa-
no preparo dentário para a fixação por adesão,
utilizados em espessuras extremamente finas,
ros convencionais. Dessa forma, a orientação
conduz a uma contemplação da regra universal
com riscos mínimos de fratura, desde que este-
para a confecção dos preparos dentários para
de preservação máxima das estruturas dentá-
jam corretamente ligados aos tecidos dentários
restaurações protéticas adesivas segue princí-
rias sadias. Assim, o preparo dentário com finali-
subjacentes. Essa abordagem, além de proteger
pios norteadores diferentes das regras clássicas
dade protética adesiva toma outras característi-
as estruturas cerâmicas, devolve a mecânica da
de preparo dentário, que compreendem:
cas e preocupações. A primeira é o fator espaço,
estrutura dentária, uma vez considerada a simili-
1. a regra universal de preservação máxima das
determinado pela relação entre cor do preparo
tude de suas propriedades físicas com o esmalte dentário (abordagem “tooth-like”). Entretanto, o ganho mais significativo, certamente, está no custo biológico. Nesse tipo de abordagem, pre-
estruturas dentárias sadias; 2. características de solidez ou resistência adesiva dos materiais restauradores; e 3. princípios de retenção e estabilidade adesiva.
dentário e cor da restauração pretendida, e não pela necessidade de solidez estrutural. O desenho geométrico para retenção e estabilidade, substituído agora por princípios de adesão, de-
termina preparos sem um desenho comum ou
sível e seu uso mais amistoso. De qualquer for-
standard, cuja preocupação estará centrada so-
ma, ainda são muitos os caminhos a ser explora-
bre o eixo de inserção da restauração. O eixo de
dos, e acreditamos sinceramente que estamos
inserção, por sua vez, será realizado a partir da
só começando.
Referências
5. Manso AP, Silva NR, Bonfante EA, Pegoraro TA, Dias RA, Carvalho RM. Cements and adhesives for all-ceramic restorations. Dent Clin North Am. 2011 Apr;55(2):311-32, ix. Epub 2011 Mar 9.
1. Bazos P, Magne P. Bio-emulation: biomimetically emulating nature utilizing a histo-anatomic approach: structural analysis. Eur J Esthet Dent. 2011;6(1):8-19.
6. Marcushamer E, Tsukiyama T, Griffin TJ, Arguello E, Gallucci GO, Magne P. Anatomical crown width/ length ratios of worn and unworn maxillary teeth in Asian subjects. Int J Periodontics Restorative Dent. 2011 Sept-Oct;31(5):495-503.
área da estrutura dentária a ser recoberta pela restauração, e definido pela rota que menos necessite degaste dentário. As Figuras de E a Z demonstram situações clínicas que exemplificam esses conceitos. Enfim, este texto desenvolve apenas o início de um raciocínio para a execução de restaurações
2. Kina S. Equilibrium. São Paulo: Artes Médicas; 2009. v. 1.
cerâmicas adesivas, demonstrando alguns elementos que auxiliam a situar a abordagem bio-
3. Kina S, Bruguera A. Invisível: restaurações estéticas cerâmicas. Maringá: Dental Press; 2007. v. 1.
mimética, explorando suas possibilidades e, especialmente, tornando sua técnica mais aces-
E
F
G
H
10 11
v.1, n.1, 2012
4. Magne P, Belser U. Restaurações adesivas de porcelana na dentição anterior: uma abordagem biomimética. São Paulo: Quintessence; 2003.
7. Scopin O, Hirata R, Kina S. Sistemas adesivos: aplicação clínica e conceitos atuais. In: Dib LL, Saddy MS, organizadores. Atualização clínica em Odontologia. São Paulo: Artes Médicas; 2006. v. 1, p. 341-56.
Situação clínica inicial. Restaurações metalocerâmicas nos incisivos centrais, incisivos laterais e caninos restaurados com resinas compostas. Observe a estética comprometida pela retração gengival expondo a linha cervical das restaurações protéticas, além de forma e cor deficientes entre os elementos dentários. Para harmonização desse arranjo dentário foi proposta a substituição das restaurações metalocerâmicas por restaurações livres de metal (uma vez que o substrato dentário mantém vitalidade e cores adequadas), compondo com laminados cerâmicos nos incisivos laterais e caninos (E). Após a remoção das coroas metalocerâmicas. Observe o desenho dos antigos preparos dentários (F). Preparos dentários prontos (11 e 21). Como a restauração proposta pode ser totalmente aderida à superfície dentária, manteve-se o desenho básico dos preparos dentários, apesar da falta de retenção mecânica (pelo excesso de inclinação axial). Observe que, se tentarmos uma área de retenção mecânica na região cervical, uma quantidade significativa de estrutura dentária sadia precisará ser removida (regra universal de preservação máxima das estruturas dentárias sadias) (G). Situação clínica final. Coroas e laminados cerâmicos em IPS e.max Press/e.max Ceram (Ceramista José Carlos Romanini, Londrina-PR) (H).
I
J
K
Situação clínica inicial. Paciente com ampla destruição dentária por corrosão ácida. Observe a dissolução da estrutura dentária pela atividade ácida, entretanto sem sinais clássicos de atrição. Para a restauração deste caso foram sugeridas restaurações de coroas totais para proteção de toda a estrutura coronal dentária, porém com restaurações adesivas para “economia” de estrutura dentária (I). Preparos dentários para coroas totais adesivas. Observe que, neste caso, quanto aos preparos, não há preocupação em determinar espaços mínimos para solidez estrutural das restaurações. Dessa forma, preparos subgengivais (para proteção da situação ácida) foram realizados, porém com chanferetes com média de 0,5 mm para menor desgaste dentário na convergência oclusal (eixo de inserção). Observe também que no preparo dentário do 16 uma caixa mesial foi mantida sem a necessidade de uma restauração de preenchimento. O importante, nesse caso, é que a caixa faça composição com o resto do preparo, de forma a permitir um eixo de inserção para a restauração (J). Restaurações monolíticas de cerâmicas de dissilicato de lítio (IPS e.max Press HT, Ivoclar Vivadent). Observe a translucidez determinada pela cerâmica e pela espessura mínima da restauração (regra universal de preservação máxima das estruturas dentárias sadias) (K). Vistas externa e interna da restauração cerâmica do 16. Observe o desenho interno da restauração cerâmica. Nas restaurações adesivas as diferenças de espessura do material cerâmico não determinam pontos de estresse significativos após a adesão (L). Situação clínica final (Ceramista José Carlos Romanini, Londrina-PR) (M).
L
M
GERAÇÃO
Power Point Alessandro D. Loguercio
Professor dos cursos de graduação em Odontologia e pós-graduação em Odontologia [Mestrado e Doutorado] da Universidade Estadual de Ponta Grossa-PR aloguercio@hotmail.com
Odontologia baseada em evidências* Artigo: Four-year degradation of total-etch adhesives bonded to dentin. De Munck J, Van Meerbeek B, Yoshida Y, Inoue S, Vargas M, Suzuki K, Lambrechts P, Vanherle G. J Dent Res. 2003 Feb;82(2):136-40.
A presença de esmalte na periferia da cavidade é realmente importante (Fig. A)? Qual a melhor estratégia de união em uma cavidade sem esmalte? A maioria dos estudos publicados na literatura
2ª) Se existe diferença entre adesivos que usam
odontológica é de natureza laboratorial, e a qua-
o condicionamento ácido total (convencionais)
se totalidade realmente carece de algum signifi-
de 2 passos ou simplificados e de 3 passos na
cado clínico. Esse não é o caso do estudo publi-
longevidade de união à dentina. No Brasil, os ade-
cado pelo grupo do Prof. Bart Van Meerbeek, da
sivos convencionais simplificados são os mais
Universidade Católica de Leuven, na Bélgica, no
utilizados, em detrimento dos precursores, de
periódico Journal of Dental Research, em 2003,
3 passos, ou seja, que tinham primer e bond em
com o seguinte título: Degradação da união a
frascos separados. Esse foi o primeiro estudo a
dentina de adesivos do condicionamento total
comparar essas duas diferentes estratégias de
após 4 anos em água. Dessa forma, o estudo
união com uma avaliação tão longa (4 anos).
1
testou as hipóteses a seguir. 1ª) Se a presença de uma margem de esmalte
O que foi feito?
realmente é importante na proteção da degrada-
Geração Power Point: termo usado por Özcan em seu editorial se referindo-se a tendência atual de cursos com muitos casos antes/depois e fotos artísticas de face, mas pouca informação técnica e científica. * Özcan M. A geração Power Point. Clínica. 2010;6(4). Do original: Özcan M. The Power Point generation. J Adhes Dent. 2010;2(2):87. Agradecimento: Quintessence Publishing Co. Ltda., detentora dos direitos autorais.
12 13
v.1, n.1, 2012
ção da união à dentina. Apesar de haver o con-
Molares humanos foram restaurados com os
ceito clássico de que a união ao esmalte é dura-
seguintes adesivos: Single Bond e Optibond Solo
doura e de que a união à dentina é muito difícil de
(simplificados), e Scotchbond Multi-Uso, Opti-
ser executada e de ser preservada ao longo do
bond DC (3 passos) e resina composta. Depois,
tempo, em praticamente todos os tipos de cavi-
em parte deles, a borda de esmalte foi removida
dade temos apenas uma pequena borda de es-
e, em outra parte, foi mantida. A seguir foram ar-
malte. Se esse esmalte, mais que proporcionar
mazenados em água por 4 anos. Como controle,
união duradoura, ocasionar proteção à dentina
dentes restaurados foram testados imediata-
subjacente, seu papel será ainda mais relevante,
mente.
e este foi provavelmente o primeiro estudo que
O teste de resistência de união utilizado para to-
testou esse fator.
dos os grupos foi o de microtração, que requer o
A
B
fatiamento dos dentes em espécimes em formato pequeno (Fig. B).2 Apesar de esses espécimes serem, clinicamente, muito diferentes de um dente, bem como a forma de armazenagem utilizada (água), recentes estudos demonstraram direta correlação entre esses espécimes armazenados por 6 meses em água e o desempenho clínico de sistemas adesivos em restaurações
C
de lesões cervicais não cariosas, em relação tanto à descoloração marginal quanto à perda de retenção.3,4
Quais foram os resultados (parte 1)? A Figura C resume os resultados desse estudo. Observe que, quando a margem de esmalte estava presente, a redução da resistência de união foi pequena, entre 5% e 20%, e semelhante entre os materiais adesivos testados. Contudo, quando não havia margens de esmalte, a degradação foi sempre maior (entre 14% e 60%). Isso é indicativo de que margens em esmalte podem ter um efeito de proteção da união, sendo menos importante o tipo de sistema adesivo.
Cavidade Classe II com esmalte na caixa proximal (A). Desenho esquemático do delineamento experimental1 (B). Resultados adaptados de DeMunck e cols.1 (C).
O que isso significa (parte 1)?
Quais foram os resultados (parte 2)?
A existência de esmalte na periferia da cavidade
Já quando observamos os resultados na ausên-
retarda o ingresso de fluidos externos e de bac-
cia de esmalte (Fig. C-D), como em uma cavi-
térias do ambiente oral, ocasionando assim uma
dade Classe V ou Classe II com a caixa proximal
desaceleração do mecanismo de degradação
em dentina, por exemplo, o uso de adesivos de 2
da interface dentina-resina.5 Quando a margem
passos ocasionou os piores valores de degrada-
não tem esmalte, a presença de fluidos ocasiona
ção, com taxas ao redor de 60%. Sendo assim,
um aumento da degradação, que ocorre da peri-
em casos em que não há uma borda com esmal-
feria para o centro da restauração. Outro fator
te, o uso de adesivos de 3 passos proporciona
que merece menção é o fato de que cavidades
melhores resultados; portanto, esses materiais
com esmalte, em geral, são cavidades de menor
deveriam ser a primeira escolha.
6
tamanho quando comparadas a cavidades sem esmalte, e o tamanho cavitário tem direta relação com a longevidade de restaurações adesivas.7
O que isso significa (parte 2)? Isso se deve à natureza hidrofílica dos sistemas adesivos simplificados, que leva a maior sorção de água e, consequentemente, a maior degradação do polímero. Adesivos convencionais de 3 passos têm em sua composição um bond separado, que, genericamente, é um frasco de um adesivo com monômeros hidrofóbicos, portanto menos susceptíveis à degradação.8 Contudo, mesmo que a degradação tenha sido menor para os adesivos de 3 passos, ela não foi igual entre os materiais utilizados. O adesivo Optibond DC teve um percentual de redução menor quando comparado com o Scotchbond Multi-Uso. Isso é uma constante na literatura e foi recentemente
D
confirmado por uma meta-análise da literatura laboratorial9 e também por uma revisão de estudos clínicos.10 Conclusão Ter uma borda de esmalte é fundamental. Na ausência de esmalte, deve-se usar adesivos convencionais de 3 passos (Fig. D).
14 15
v.1, n.1, 2012
Referências 1. De Munck J, Van Meerbeek B, Yoshida Y, Inoue S, Vargas M, Suzuki K, et al. Four-year water degradation of total-etch adhesives bonded to dentin. J Dent Res. 2003;82(2):136-40. 2. Pashley DH, Carvalho RM, Sano H, Nakajima M, Yoshiyama M, Shono Y, et al. The microtensile bond test: a review. J Adhes Dent. 1999;1(4):299309. 3. Heintze SD, Thunpithayakul C, Armstrong SR, Rousson V. Correlation between microtensile bond strength data and clinical outcome of Class V restorations. Dent Mater. 2011;27(2):114-25. 4. Heintze SD, Rousson V. Pooling of dentin microtensile bond strength data improves clinical correlation. J Adhes Dent. 2011;13(2):10710.
5. Carvalho RM, Manso AP, Geraldeli S, Tay FR, Pashley DH. Durability of bonds and clinical success of adhesive restorations. Dent Mater. 2012; 28(1):72-86. 6. Loguercio AD, Uceda-Gomez N, Carrilho MR, Reis A. Influence of specimen size and regional variation on long-term resin-dentin bond strength. Dent Mater. 2005 Mar;21(3):224-31. 7. Da Rosa Rodolpho PA, Donassollo TA, Cenci MS, Loguércio AD, Moraes RR, Bronkhorst EM, et al. 22-Year clinical evaluation of the performance of two posterior composites with different filler characteristics. Dent Mater. 2011;27(10):955-63. 8. Breschi L, Mazzoni A, Ruggeri A, Cadenaro M, Di Lenarda R, De Stefano Dorigo E. Dental adhesion review: aging and stability of the bonded interface Dent Mater. 2008;24(1):90-101. 9. De Munck J, Mine A, Poitevin A, Van Ende A, Vivan Cardoso M, Van Landuyt KL, et al. Meta-analytical review of parameters involved in dentin bonding. J Dent Res. 2012, aceito para publicação. 10. Perdigão J. Dentin/enamel bonding. J Esthet Restor Dent. 2010;22(2):82-5.
Tetric N-Family Tetric N-Collection Um completo sistema restaurador nano-otimizado ®
Tetric N-Collection ®
Tetric N-Ceram | Tetric N-Flow | Tetric N-Bond
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Compósito moldável nano-otimizado Compósito nano-híbrido, fotopolimerizável e radiopaco para procedimentos restauradores diretos. Uso Universal - Para restaurações anteriores e posteriores.
Tetric N-Flow
Compósito fluido nano-otimizado Compósito fluido nano-híbrido fotopolimerizável e radiopaco. Ideal para imobilização de dentes com mobilidade, restaurações pequenas, selamento de fissuras, restaurações classe V, restaurações anteriores classe III e IV, camada inicial de restauração classe I e II, cimentação adesiva de restaurações translúcidas em cerâmica e compósito e reparo de resina e cerâmica.
MEV Imagens s Radiopacidade Sensibilidade à luz (ISO 4049) • Nano-fillers complete the finely tuned filler • Nano-colour pigments are responsible for the technology. They are the basis for the material’s MEV Imagens 250 %Al • Nano-fillers complete the finely tuned filler - reduced shrinkage material's unique chameleon 200 400 technology. They are the effect basis for the material’s -- reduced low shrinkage stress 150 shrinkage 300 low shrinkage wear ensures • The nano-modifier -- low stress optimum stability and 100 200nm Partículas 700 nm Partículas 500 Pré-Polímeros -- low fast and easy polishability MEV Imagens excellent sculptability •wear Nano-fillers complete the finely tuned filler 50 100 -- fast highand gloss Partículas 700 nm Partículas 500 nm Pré-Polímeros technology. They are the the material’s easy polishability MEV Imagens • Nano-fillers complete the basis finelyfor tuned filler 0 s N-Ceram Radiopacidade Sensibilidade à luz (ISOGrandio* 4049) pré-polímeros completam fistick nalmente athe tecnologia de preenchimento dos 0 Tetric Tetric N-Ceram Filtek Z250* Grandio* -technology. reduced Filtek Z250* •OsThe material does notshrinkage to instruments - high gloss They are the basis for the material’s • Nano-colour pigments are responsible for the polímeros. Estes são os benefícios dos materiais: 250s R&DSensibilidade %Al -- low shrinkage stress Fonte: Ivoclar Vivadent AG, à Schaan, March 2007 Radiopacidade luz (ISO 4049) reduced shrinkage - Baixa contração material's unique chameleon effect for the -- low 200 400 • Nano-colour pigments are responsible low wear shrinkage stress 250 %Al Partículas 700 nm Partículas 500 nm Pré-Polímeros - Baixo estresse de- fast contração and easy polishability 150 300 - low wear chameleon effect material's unique 200 400 - Baixo•desgaste -- high gloss The nano-modifier ensures optimum stability and Partículas 700 nm Partículas 500 nm Pré-Polímeros fast and easy polishability 100 200 150 300 - Polimento rápido e fácil s Radiopacidade Sensibilidade à luz (ISO 4049) excellent sculptability high gloss • The nano-modifier ensures optimum stability and 50 100 Radiopacidade da Tetric N-Flow I • Nano-colour pigments are responsible for the 100 200 •- Alto Thebrilho optimum partner for Tetric N-Ceram 250s %Al Radiopacidade Sensibilidade à luz (ISO 4049) excellent sculptability Os nano-pigmentos são osdoes responsáveis peloare camaleão. material's unique chameleon effect 400 500200 1000 Tetric N-Ceram Filtek Z250* Grandio* Grandio* %Al • The material not stick toefeito the instruments • Nano-colour pigments responsible for the 250Tetric N-Ceram Filtek Z250* O nano-modifi cador garante uma ótima estabilidade e uma excelente 300 • Noticeably good handling: materialeffect demonstrates material's uniquethe chameleon 0150 R&D Ivoclar Vivadent AG, Schaan, March 2007 200Fonte: 400 0 Tetric N-Ceram Filtek Z250* Grandio* Tetric N-Ceram Filtek Z250* Grandio* • The material does not stick to the instruments • The nano-modifier ensures optimum stability and adaptação na cavidade. 100 200 excellent wetting behaviour, even in areas that are 150 300 Fonte: R&D Ivoclar Vivadent AG, Schaan, March 2007 excellent sculptability O material não•fica pegajoso ao instrumento. The ensures stability and 50 100 hard to reach. Atnano-modifier the same time, it isoptimum stable, if 100 200 excellent sculptability 0 required • The 50 1000 Tetric N-Ceram Filtek Z250* Grandio* Tetric N-Ceram Filtek Z250* Grandio* material does not stick to the instruments
Tetric N-Bond
Tetric N-Bond é um sistema adesivo monocomponente nano otimizado e fotopolimerizável para usar em combinação com a técnica do condicionamento total Etch.
Substituição de amálgama: Dr. R. Yoshida / Brasil.
Tetric N-Ceram
Filtek Z250*
Grandio*
Radiopacidade da Tetric N-Flow I Fonte: R&D Ivoclar Vivadent AG, Schaan, March 2007
• Integrated nano-fillers for homogeneous layer formation and penetration into dentinal tubules, which leads to improved adhesion to the tooth Pré-polímeros integrados formam uma camada structure and fewer postoperative sensitivities homogênea e penetram dentro dos túbulos dentinários, o que
Filtek Z250*
Grandio*
***
GrandioRadiopacidade Filtek Supreme Palfique Flow* Flow* Estelite LV*
Tetric Tetric X-Flow* 200 N-Flow 300 EvoFlow 0 TetricAG, Schaan, X-Flow* 100Fonte: Tetric R&D Ivoclar Vivadent March 2007 200 EvoFlow N-Flow
40
Tetric N-Ceram
Radiopacidade da Tetric N-Flow I
100
MPa
0
Radiopacidade
Radiopacidade da Tetric N-Flow I
• Noticeably good handling: the material demonstrates inclusive em áreas de difícil acesso. required excellent wetting behaviour, in areas that are 0 Tetric X-Flow* • Noticeably good handling: theeven material demonstrates %Al Tetric • Excellent radiopacity hard to reach. At the same time, it is stable, if are EvoFlow N-Flow Excelente radiopacidade. excellent wetting behaviour, even in areas that 400 %Al Fonte: R&D Ivoclar Vivadent AG, Schaan, March 2007 required • Excellent radiopacity hard to reach. Atonly the sameseconds time, it is stable, if • Polymerization 300 400 Sua polimerização é possível within em apenas 10 ten segundos.** possible** required %Al • Excellent within radiopacity 200 • Polymerization only ten seconds possible** 300 400 100 • Excellent radiopacity 200%Al • Polymerization within only ten seconds possible** 400 0300 • Polymerization within only ten seconds possible**
Sistema Adesivo nano-otimizado
Fonte: R&D Ivoclar Vivadent Schaan, March 0 Radiopacidade daAG,Tetric N-Flow I 2007
• The optimum partner • The material doesfor notTetric stick N-Ceram to the instruments %Al • Excellent radiopacity • The optimum partner for Tetric N-Ceram O melhor aliado da Tetric N-Ceram. • Noticeably good handling: the material demonstrates400 • Polymerization within only ten seconds excellent wetting behaviour, even inpossible** areas that are 300 • Noticeably good handling: the material demonstrates Excelente e perceptível manipulação: •toThe optimum partner for Tetric N-Ceram hard reach. At the same time, it is stable, if are 200 wetting behaviour, even in areas that O materialexcellent demonstra um excelente comportamento deN-Ceram escoamento required •toThe optimum partner Tetric 100 hard reach. At the same for time, it is stable, if
Radiopacidade ***
Radiopacidade
***
Radiopacidade Grandio Filtek Supreme Palfique Flow* Flow* Estelite LV* Grandio Filtek Supreme Palfique Flow* Flow* Estelite LV*
1000Fonte: R&DTetric Tetric X-Flow* Ivoclar Vivadent AG, Schaan, March 2007 Grandio Filtek Supreme Palfique 0
Tetric EvoFlow
EvoFlow Esmalte
N-Flow Dentina
Venus Flow* Venus Flow* Venus Flow* Venus Flow*
N-Bond Forte N-Flow e Tetric N-Ceram Flow* – Uma Flow*Equipe Estelite LV*
TetricIvoclar Vivadent TetricAG, Schaan, X-Flow* Fonte: R&D March 2007
Gradia Direct LoFlo*
Venus Flow*
Grandio Filtek Supreme Palfique Flow* Flow* Estelite LV*
2
*) Not registered trademarks of Ivoclar Vivadent AG **) If*)the light or a AG curing light with a light intensity > 1100 mW / cm2 is usesd Nothigh-performance registered trademarks of bluephase Ivoclar Vivadent 2 ***)**) Minimum radiopacity as defined by Willems et al. 1991 J. Dent. 19:362-365 the high-performance bluephase or a curing *) NotIfregistered trademarkslight of Ivoclar Vivadent AG light with a light intensity > 1100 mW / cm is usesd ***) Minimum radiopacity as defined by Willems et al. 1991 J. Dent. 19:362-365 **) If*)the lightofbluephase or a curing light with a light intensity > 1100 mW / cm2 is usesd Nothigh-performance registered trademarks Ivoclar Vivadent AG If the high-performance light bluephase or a et curing light with a light intensity > 1100 mW / cm2 is usesd ***) **) Minimum radiopacity as defined by Willems al. 1991 J. Dent. 19:362-365 2424-7400 ***) Minimum radiopacity as defined by Willems et al. 1991 J. Dent. 19:362-365
*** Gradia Direct LoFlo* *** Gradia Direct LoFlo*
Gradia Direct LoFlo* Gradia Direct LoFlo*
Fonte: R&D Ivoclar Vivadent AG, Schaan, March 2007 conduzem uma melhor adesão a estrutura dental e diminui a 35 •sensibilidade Ethanol-based for easy application in one layer and pós operatória. • Integrated nano-fillers for homogeneous layer 30 improved stability because thereinto is nodentinal premature formation and penetration tubules, 25 •o etanol Integrated nano-fillers for homogeneous Possui como solvente, sua aplicação é fácil, feita emlayer uma evaporation as with acetone-based adhesives which leads to improved adhesion to the tooth Tetric N-Bond e Tetric N-Ceram – Uma Equipe Forte • Integrated nano-fillers into for homogeneous layer formation and penetration dentinal tubules, 20 MPa única camada e sua estabilidade é melhorada, pois não há evaporação structure and fewer postoperative sensitivities formation and penetration into dentinal tubules, 40 which leads tocom improved to the tooth Dentina • acontece Integrated nano-fillers for homogeneous layer Esmalte Tetric N-Bond e Tetric N-Ceram – Uma Equipe Forte como adesivos adhesion a base de acetona. 15 MPa •prematura For direct and indirect restorations which leads to penetration improved adhesion to thetubules, tooth Tetric N-Bond e Tetric N-Ceram – Uma Equipe Forte formation and intosensitivities dentinal 35MPa structure and fewer postoperative 40 Dentina 10 Esmalte structure andto fewer postoperative sensitivities • Ethanol-based for easy application in one layer and 40 Dentina which leads improved adhesion to the tooth Esmalte Tetric N-Bond e Tetric N-Ceram – Uma Equipe Forte 30MPa • Consistently high bond strength for clinical success 5 35 35 improved stability because there is in noone premature structure andeasy fewer postoperative sensitivities 40 • Ethanol-based for application layer and Dentina Esmalte 25 • Ethanol-based for easy application in one layer and evaporation as with acetone-based adhesives 0 30 30 improved stability because therethere is no 35 Optibond Solo Plus*/ Prime&Bond NT*/ Adper Single Bond Plus*/ improved stability because is premature no premature 20Tetric N-Bond/ 25 •tolerant Ethanol-based forwetting easy application in moist one layer and • Technique – Good of dry & 25 Tetric XRV Herculite* Spectrum TPH* Filtek Z350* evaporation as with acetone-based adhesives 30 N-Ceram evaporation as with acetone-based adhesives 15 R&D Ivoclar Vivadent AG, Schaan, March 2007 improved stabilityrestorations because there is no premature • For direct and indirect surfaces Fonte: 20 20 25 evaporation as with acetone-based adhesives 10 Restauração anterior: • For direct Substituição de ionômero de vidro:15 15 Restauração anterior: • For and directindirect and indirect restorations restorations 20 • Consistently high bond strength clinical success Dr. A. Özo Dr. for E. Mahn / Arábia Saudita. Dr. Ratnadeep Patil / Índia. 10 10515 • For direct and indirect restorations 0 *) Not registered trademarks of Ivoclar Vivadent AG • Consistently high bond strength for clinical success 5 • Consistently high bond strength for clinical success 5 10 Tetric N-Bond/ Optibondor Solo Plus*/ Prime&Bond NT*/ Adper **) If the high-performance light bluephase a curing light with a light intensity > 1100 mW Single / cm is Bond usesd Plus*/ • Technique tolerant – Good wetting of dry & moist N-Ceramas defined byXRV Herculite* Spectrum TPH* Filtek Z350* 05 Tetric radiopacity Willems et al. 1991 J. Dent. 19:362-365 • Consistently high bond strength for clinical success ***)0 Minimum Tetric N-Bond/ Optibond Solo Plus*/ Prime&Bond NT*/ Adper Single Bond Plus*/ Tetric Optibond Solo Plus*/ Prime&Bond NT*/ Adper Single Bond Plus*/ • Technique tolerant – Good wetting of dry & moist surfaces Fonte: R&DN-Bond/ Ivoclar Vivadent AG, Schaan, March 2007 Tetric N-Ceram XRV Herculite* Spectrum TPH* Filtek Z350* • Technique tolerant – Good wetting of dry & moist 0 Tetric N-Ceram XRV Herculite* Spectrum TPH* Filtek Z350* Optibond Solo Plus*/ Prime&Bond NT*/ Adper Single Bond Plus*/ surfaces tolerant – Good wetting of dry & moist Fonte:Tetric R&DN-Bond/ Ivoclar Vivadent AG, Schaan, March 2007 • Technique surfaces Fonte: R&D Vivadent AG, Schaan, March 2007 TetricIvoclar N-Ceram XRV Herculite* Spectrum TPH* Filtek Z350* surfaces Fonte: R&D Ivoclar Vivadent AG, Schaan, March 2007
Para maiores informações: cac@ivoclarvivadent.com.br Alameda Caiapós, 723 - Centro Empresarial Tamboré - 06460-110 - Barueri / SP - Tel: *Todas as imagens neste folheto são ilustrativas
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A complete nano-optimized restorative system
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DICAS DE IMPLANTODONTIA
Reposição cirúrgica e protética de um incisivo central superior com indicação de exodontia. Parte I. Posicionamento ideal do implante em alvéolo pós-exodontia
Por que é importante?
• Pinça atraumática de Bakey (Schwert, Alema-
A exodontia deve ser realizada da forma menos
• Pote Dappen metálico
invasiva possível, com o objetivo de preservar a
• Alveolótomo Mini-Friedmann (Schwert, Alema-
nha)
integridade dos tecidos ósseo e gengival. Com
nha)
isso, haverá previsibilidade maior da estabilidade
• Condensador ósseo (Schwert, Alemanha)
do nível gengival.
• Porta-agulha micro de 18 cm (Schwert, Alema-
1
O correto posicionamento tridimensional do implante (vestibulopalatal, mésio-vestibular e apicocoronal) é importante para a manutenção da
nha) • Pinça de tecido Micro-Cushing (Schwert, Alemanha)
saúde peri-implantar no longo prazo. O posicio-
• Tesoura Goldmann-Fox (Schwert, Alemanha)
namento ideal, além de uma função adequada,
• Tesoura de microcirurgia (Schwert, Alemanha)
permite a obtenção de um volume adequado de
• Motor completo para a instalação do implante
tecido gengival nas regiões proximais e vestibu-
• Implante (de preferência com formato cônico e
2
lar, o qual é fundamental para uma aparência natural da restauração protética final.
3
conexão interna) • Kit cirúrgico completo para a instalação do implante
O que é necessário?
• Exames radiográficos (panorâmica, periapical e tomografia computadorizada cone beam)
• Sonda milimetrada (Hu-Friedy, EUA) • Cabo de bisturi reto com lâmina 15c
da ROSA, José Carlos Martins Especialista em Periodontia pela Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas - APCD Bauru-SP Especialista e Mestre em Prótese pelo Centro de Pesquisas Odontológicas São Leopoldo Mandic - Campinas-SP Doutorando em Implantologia na Universidade Sagrado Coração - Bauru-SP
fadanelli, Marcos Alexandre Mestrando em Dentística no Centro de Pesquisas Odontológicas São Leopoldo Mandic - Campinas-SP Coordenador do Curso de Atualização em Dentística da ABO - Caxias do Sul-RS
rosa, Ariádene Cristina Pértile de Oliveira Especialista em Implantodontia pelo Centro de Pesquisas Odontológicas São Leopoldo Mandic - Campinas-SP Especialista em Acupuntura pelo Colégio Brasileiro de Estudos Sistêmicos (CBES) - Porto Alegre-RS Mestranda em Implantologia na Universidade Sagrado Coração - Bauru-SP
16 17
v.1, n.1, 2012
Como fazer?
• Minilâmina n° 69 para incisão intrassulcular prévia à exodontia (SwannMorton, Inglaterra)
A remoção atraumática do elemento dental deve
• Periótomo para realizar a luxação do dente
ser realizada mediante a utilização de lâminas
(Schwert, Alemanha) • Minialavancas para soltar o dente (Schwert, Alemanha)
15c ou 69 para incisão intrassulcular, seguida da luxação do dente por intermédio de um periótomo e minialavancas, e remoção dele com
• Fórceps atraumático (Schwert, Alemanha)
o uso de fórceps atraumático.4 Também podem
• Extratores mecânicos (BenexExtraction Kit -
ser utilizados os extratores mecânicos para a
Helmut Zepf, Alemanha) • Cureta de Lucas, para remover tecido de granulação e ligamento periodontal residual
exodontia atraumática. Após removido o dente, deve-se realizar a limpeza do alvéolo com curetas de Lucas e abundante irrigação com soro fi-
• Descolador de Molt 2-4 (Schwert, Alemanha)
siológico.
• Cinzéis retos e goivos Mini-Lexer, para a coleta
O preparo do alvéolo para a instalação do im-
de osso autógeno da tuberosidade visando ao
plante deverá ser iniciado com a primeira perfu-
preenchimento ósseo do gap entre o implante
ração em direção à parede palatina, a qual será
e o alvéolo (IDR Kit - Schwert, Alemanha)
redirecionada para a posição de inserção correta
• Martelo Hammer Mead-Teflon
do implante. Essa manobra busca a abordagem
A
G
B
C
H
D
I
E
J
F
K
Minilâmina nº 69 para a realização da incisão intrassulcular (A). Utilização do periótomo visando à luxação do dente (B). Emprego das minialavancas com movimento de ação de cunha, o qual deve ser realizado com apoio nas paredes proximais e palatina (C e D). Dente sendo removido com o auxílio de uma pinça (E). Exemplo de um extrator mecânico (Benex) para a remoção atraumática (F). Aspecto do alvéolo e tecido gengival intactos após a exodontia (G). Preparo do leito ósseo (H-J). Observe a mudança de inclinação da primeira perfuração, que se inicia buscando a parede palatina e logo muda de direção, buscando a posição de inserção correta do implante. Preparo do leito ósseo concluso (K).
L
M
O
Posicionamento ideal do implante (P-I Branemark PhilosophyTM - Amplified®) buscando a parede palatina. Observe o gap entre o implante e a parede vestibular (L). Preenchimento do gap com osso autógeno da região da tuberosidade (M). Aspecto radiográfico mostrando o posicionamento ideal nos sentidos mésio-distal e apicocoronal (N). Provisório imediato instalado (O).
18 19
v.1, n.1, 2012
N
palatina do implante, o que vai aumentar a esta-
Considerações Finais
Referências
bilidade inicial e manter a integridade da cortical vestibular. Este posicionamento vestibulopa-
Os cuidados para não injuriar os tecidos ósseo
latino é o ideal, mesmo resultando em um gap
e gengival durante a exodontia, além de possibi-
vestibular, que deverá ser preenchido preferen-
litar melhor cicatrização, resultam em um pós-
cialmente com osso autógeno coletado da tube-
-operatório mais confortável e em uma resposta
rosidade.5
biológica bastante favorável.
No sentido mesiodistal deve-se manter uma
A instalação do implante com abordagem palati-
distância mínima de 1,5 mm do implante insta-
na mostra ser a ideal. O gap resultante preenchi-
lado às raízes vizinhas, visando à manutenção
do com o osso autógeno da região da tuberosi-
do nível ósseo e dos tecidos interproximais. No
dade proporcionará um excelente volume ósseo
posicionamento apicocoronal, a plataforma do
na região vestibular. Esse volume dará suporte
implante deverá ficar posicionada a 3 mm, em
para o tecido gengival peri-implantar, o que será
direção apical, da margem gengival, o que coin-
vital para o sucesso no longo prazo da manuten-
cidirá com a crista óssea vestibular.
ção do volume e do nível gengival.
6
O desenho do implante é de bastante relevância para a obtenção de uma boa estabilidade primária. Em alvéolos frescos, os implantes cônicos ou cilíndrico-cônicos são os mais indicados. Além de serem inseridos mais facilmente no alvéolo,7 apresentam melhor adaptação ao leito receptor, fornecendo maior superfície de contato com o tecido ósseo.8 Uma excelente estabilidade primária é importante para que se possa realizar a função imediata. Torques de 30 a 35 Ncm são descritos na literatura como sendo o mínimo aceitável para que se possa fazer o carregamento imediato.9-11
1. Lendberg CJ, Bichacho N. Modified surgical/ prostheticapproach for optimal single implant supported crown. Part I. The socket seal surgery. Pract Periodont Aesthet Dent. 1994;6:11-7. 2. Mankoo T. Contemporary implant concepts in aesthetic dentistry. Part I. Biologicwidth. Pract Proced Aesthet Dent. 2003 Sept;15(8):209-16; quiz 18. 3. Saadoun AP, LeGall M, Touati B. Selectionand ideal tridimensional implant position for soft tissue aesthetics. Pract Periodont Aesthet Dent. 1999; 11:1063-72. 4. Rosa JC, et al. Restauração dentoalveolar imediata: implantes com carga imediata em alvéolos comprometidos. São Paulo: Santos; 2010. 5. Persson LG, Araujo MG, Berglundh T, Grondahl K, Lindhe J. Resolution of peri-implantits following treatment: an experimental study in the dog. Clin Oral Implants Res. 1999;10:195-203. 6. Salama H, Salama M, Garber D, Adar P. The interproximal height of bone: a guide spot to predictable aesthetic strategies and soft tissue contours in anterior tooth replacement. Pract Periodont Aesthet Dent. 1998; 10:1131-41. 7. Wheeler SL, Vogel RE, Casellini R. Tissue preservation and maintenance of optimum esthetics: a clinical report. Int J Oral Maxillofac Implants. 2000;15:265-71. 8. Gomez-Roman G, Kruppenbacher M, Weber H, Schulte W. Immediate postex-traction implant placement with root-analog stepped implants: surgical procedure and statistical outcome after 6 years. Int J Oral Maxillofac Implants. 2001;16(3):418-26. 9. Gapski R, Wang HL, Mascarenhas P, Lang NP. Critical review of immediate implant loading. Clin Oral Implants Res. 2003;14:515-27. 10. Ganeles J, Wismeijer D. Early and immediately restored and loaded dental implants for single-tooth and partial-arch applications. Int J Oral Maxillofac Implants. 2004;19(suppl.):92-102. 11. Ganeles J, Rosenberg MM, Holt RL, Reichman LH. Immediate loading of implants with fixed restorations in the completely edentulous mandible: report of 27 pacients from a private practice. Int J Oral Maxillofac Implants. 2001;16(3):418-26.
DICAS de ESTÉTICA
Protocolo de acabamento e polimento em facetas diretas
Por que é importante?
• Pasta para polimento e feltro de polimento
As restaurações diretas com resinas compostas
• Pontas diamantadas F e FF
em dentes anteriores são procedimentos que
• Escovas de carbeto de silício (Jiffy brush, Ul-
(Diamond Flex, FGM)
podem gerar dificuldades entre os clínicos e até
tradent; Astrobrush, Ivoclar)
mesmo entre especialistas na área. Isso acontece devido à necessidade de conhecimento da
Como fazer?
técnica e, principalmente, de habilidade manual para a obtenção de uma anatomia semelhante à
O protocolo de acabamento e polimento pode
do dente natural.
ser sugerido com duas fases específicas, se-
As facetas diretas são realizadas mediante a
guindo alguns princípios estéticos de anatomia
aplicação de camadas específicas para esmalte,
e proporção dental.2
dentina e efeitos incisais (quando necessário),
CALIXTO, Rafael
tendo, muitas vezes, que se aplicar também uma
Fase 1: Desgaste do excesso de material
camada de opacificador, nos casos de subs-
Nesta primeira fase devem ser usados discos
tratos dentais escurecidos. Além disso, após
de lixa ou borrachas abrasivas de granulação
o procedimento restaurador, a necessidade de
média-alta, com o objetivo de remover todo o
acabamento e polimento efetivos torna-se de
material resinoso em excesso, porém seguindo
fundamental importância para a integração de
os princípios estéticos de anatomia e harmoni-
toda a restauração com o sorriso do paciente.
zação dental. Essa fase pode ser separada em
Portanto, a criação de um protocolo passo a pas-
três itens:
so, seguindo os princípios estéticos, maximiza
a. delimitação dos planos: terços cervical, médio
esse procedimento, tornando o resultado final
e incisal. Os planos dos diferentes terços den-
mais harmônico.
tais devem ser seguidos para obter um contorno
1
Especialista e Mestre em Dentística - UNESP Araraquara-SP Doutorando em Ciências Odontológicas - UNESP Araraquara-SP Professor dos Cursos de Especialização e Aperfeiçoamento em Dentística da AORP Ribeirão Preto-SP, UNESP Araraquara-SP e ABCD Campo GrandeMS Coordenador dos Cursos de Aperfeiçoamento em Estética Integrada do ANEO Ribeirão Preto-SP e Arte e Estética com Resinas - APCD São Carlos-SP lrcalixto@hotmail.com
cervicoincisal convexo, tomando-se cuidado em
O que é necessário?
especial com o terço incisal, que deve estar levemente inclinado para a face palatina, evitando-
• Alta e baixa rotação (e/ou contra-ângulo multiplicador)
20 21
v.1, n.1, 2012
-se uma borda incisal muito grossa; b. ângulo de reflexão: é a região que delimita a
• Kit de resinas compostas com cores específi-
área plana vestibular (área de reflexão de luz)
cas de esmalte, dentina e efeitos incisal e de
das áreas de sombra nas regiões proximais. Está
opacificação (Z350XT, 3M; Empress Direct,
diretamente relacionado com o aspecto de lar-
Ivoclar; Vit-l-escence, Ultradent)
gura-altura aparente dos elementos dentais. Se
• Discos de lixa ou borrachas abrasivas (Sof-Lex
esse ângulo estiver posicionado mais perto das
Pop-On, 3M; Flexidisc, Cosmedent; Jiffy, Ultra-
proximais do dente, a região de sombra será re-
dent; Astropol, Ivoclar)
duzida, e a área plana vestibular, aumentada no
A
B
C
D
E
F
Vista aproximada do caso inicial mostrando as restaurações insatisfatórias, principalmente nos incisivos centrais, as quais se apresentam manchadas, sem polimento e com coloração inadequada (A). Após a inserção do fio retrator (Ultrapack 000, Ultradent), iniciou-se o preparo para faceta direta. Em seguida, aplicou-se o ácido fosfórico (Ultra-etch, Ultradent) no esmalte e na dentina durante 15 segundos, primer do sistema adesivo (Scotchbond Multi-Purpose, 3M ESPE) e bond do sistema adesivo (Scotchbond Multi-Purpose, 3M ESPE). Aspecto dos preparos após a aplicação do sistema adesivo (B). Aspecto após a aplicação da resina de alta opacidade nos dentes 11 e 21 (WD - Filtek Z350 XT, 3M ESPE) (C). Aplicação de uma resina de corpo para diminuição gradual da opacidade das camadas de resina. Foi aplicada uma camada cervical mais saturada (A3B - Filtek Z350 XT) e uma outra saturação para o terço médio incisal (A2B - Filtek Z350 XT). Observe, no terço incisal, as projeções de mamelos que foram confeccionadas (D). Aplicação de uma resina de alta translucidez (BT - Filtek Z350 XT) para reprodução do efeito incisal de opalescência e evidenciação do halo opaco incisal com uma resina mais opaca (A1D - Filtek Z350 XT) (E). Aplicação da última camada de resina referente ao esmalte na região cervical (A2E - Filtek Z350 XT) e região do terço médio incisal (A1E - Filtek Z350 XT). Os mesmos procedimentos foram feitos para os dentes 12 e 22, sendo aplicadas as mesmas camadas de resinas, porém sem a necessidade do mascaramento do remanescente com a resina de alta opacidade (WD). Aspecto imediato após finalização das facetas diretas dos 4 incisivos superiores (F). Primeiro passo da Fase 1 - Delimitação dos planos (terços cervical, médio e incisal). Foram utilizados discos de lixa (Sof-Lex Pop-On, 3M ESPE) para regularização deles. Observe, principalmente, a inclinação do terço incisal (G).
G
H
I
J
K
L
M
N
O
Segundo passo da Fase 1 - Ângulos de reflexão (mesial e distal). Podem ser corretamente posicionados e evidenciados com discos de lixa. O ângulo mesial geralmente é mais evidente que o distal (H). Terceiro passo da Fase 1 - Ângulos e bordas incisais. O ângulo incisal mesial, tanto no incisivo central, quanto no lateral, é sempre mais vivo que o distal, o qual se apresenta mais arredondado. Em relação à altura de borda incisal, geralmente os laterais são mais curtos que os centrais. A Figura J mostra o posicionamento do disco de lixa (Sof-Lex Pop-On, 3M ESPE) desgastando, ao mesmo tempo, os 2 centrais, para obter-se uma simetria de altura entre eles (I e J). Primeiro passo da Fase 2 - Texturização - depressões. Podem ser confeccionadas com brocas diamantadas de acabamento (séries F e FF). São duas depressões, localizadas nos terços médio e incisal (K). Segundo passo da Fase 2 - Texturização - ranhuras. Podem ser localizadas ou presentes em toda a vestibular. A utilização de brocas finas com movimentos suaves reproduz bem essa característica (L). Polimento final com disco de lixa mais fino (Sof-Lex Pop-On) (M). Aspecto final das facetas (11, 12, 21 e 22) após todo o protocolo de acabamento e polimento (N). Vista lateral mostrando a naturalidade nas restaurações (O). Harmonia e integração das restaurações (P).
22 23
v.1, n.1, 2012
P
Considerações Finais Facetas diretas com resinas compostas constituem um tratamento estético eficiente devido à melhoria das propriedades físico-ópticas, proporcionando um resultado clínico satisfatório no longo prazo.3 A simetria entre os quadrantes, o paralelismo existente entre os elementos dentais e as adequadas relações mésio-distais e cervicoincisais, bem como a harmonia estabelecida entre os dentes são atributos importantes no procedimento restaurador estético.4 O acabamento e o polimento, além de aumentar a longevidade do procedimento, proporcionam melhor resultado estético final, através da aplicação de um protocolo baseado em princípios de estética e harmonia dental. sentido mésio-distal, deixando o dente com uma
Fase 2: Texturização e polimento final
aparência mais larga. O efeito inverso acontece
Visa confeccionar pequenos acidentes anatômi-
se esse ângulo estiver posicionado mais para o
cos na face vestibular, objetivando maior natura-
centro do dente; e
lidade da restauração, para posterior polimento
c. ângulos e borda incisal: a inclinação dos ângu-
final. Pode ser dividida em dois itens:
los incisais (mesial e distal) influenciam direta-
a. texturização vertical e horizontal: visa confec-
mente no aspecto da anatomia dental. Esse grau
cionar ranhuras horizontais, as quais podem ser
de curvatura pode ser observado de acordo com
feitas com brocas em baixa rotação, e depres-
o padrão dental do paciente, sendo a curvatura
sões verticais presentes no terço médio incisal
do ângulo mesial mais viva (ou evidente) que a
da vestibular de alguns pacientes;
do ângulo distal. Além disso, deve-se verificar a
b. polimento final: procedimento realizado com
coincidência da altura da borda incisal dos cen-
borracha abrasiva ou disco de lixa de granulação
trais, e uma menor altura dos laterais em relação
fina ou extrafina, que podem ser complementa-
aos centrais (em torno de 1 mm a 2 mm).
dos com escovas de carbeto de silício ou disco de feltro associado a uma pasta de polimento.
Referências 1. Fahl Jr N, Denehy GE, Jakson RD. Protocol for predictable restoration of anterior teeth with composite resins. Pract Periodontics Aesthet Dent. 2005;7(8):13-21. 2. Fradeani M. Análise estética: uma abordagem sistemática para o tratamento protético. São Paulo: Quintessence; 2006. 3. Araujo EM, Baratieri NL, Monteiro Junior S, Vieira LC, Andrada MA. Direct adhesive restorations of anterior teeth. Part 1. Fundamentals of excellence. Pract Proced Aesthet Dent. 2003;15(3):223-40. 4. Dietschi D. Layering concepts in anterior composite restorations. J Adhes Dent. 2001;3:7180.
DICAS DE ECONOMIA
Fundamentos de uma vida financeira saudável
Os fundamentos
• Determine os seus objetivos de curto, médio e
Hoje o Brasil vive uma realidade totalmente di-
• Poupe! Pague primeiro a si mesmo.
ferente, as pessoas conseguem planejar, conse-
• Invista corretamente.
guem adquirir bens com taxas de financiamento
• Divirta-se ao longo da caminhada.
longo prazos.
razoáveis e encontram muitas opções para investir seu dinheiro.
Documente as suas despesas
A vida financeira perfeita é possível, pois, com a quantidade de informações disponíveis atual-
Muitas pessoas não dão o devido valor a essa
mente pela internet, você pode fazer as melho-
sugestão, mas o resultado dessa atitude é sur-
res escolhas na hora de adquirir um bem ou na
preendente, pois permite entender para onde
hora de investir seu dinheiro.
está indo o seu dinheiro e orientá-lo caso neces-
Mas será que esse fato não atrapalha mais do
site reduzir despesas.
que ajuda?
Existem muitas formas de documentar as des-
Muitas pessoas, ao identificarem a quantidade
pesas, desde a mais simples, como uma agenda,
de tempo que terão de dedicar à sua vida finan-
até sofisticados programas de computador.
Sócio da FS-Advisors
ceira para fazer as escolhas certas, acabam de-
Comece sem especificar muito, crie grupos
Consultor Financeiro Pessoal desde 1996
sistindo antes de começar e continuam deixan-
como despesas pessoais, despesas de casa,
Certificação Internacional em Coaching Financeiro, com o selo da Associação Espanhola de Coaching – ASESCO
do a vida os levar.
despesas com filhos, despesas com carros. Com
Palestrante Planejamento Financeiro e Investimentos
O objetivo deste artigo é mostrar alguns funda-
o tempo, procure ser cada vez mais específico.
Melhor consultor FS-Advisors 2009 e 2010
mentos que podem ser aplicados de forma sim-
Mesmo sabendo que o ideal seria anotar TODAS
ples e eficaz e que mostrarão excelentes resul-
as despesas, devemos respeitar o perfil de cada
tados financeiros.
um e encontrar um equilíbrio entre o descontrole
Não é minha pretensão criar nenhuma fórmula
e a perfeição.
mágica. Pelo contrário, meu objetivo é mostrar
O mais importante é não desistir. Muitas vezes
que algumas atitudes simples irão apresentar
você vai esquecer-se de anotar alguma despe-
um excelente resultado na sua vida financeira, e
sa. Não tem problema. Estime o valor e coloque-
aqueles que se sentirem dispostos a aprofundar
-a assim mesmo. Com o tempo esses erros vão
o seu conhecimento poderão continuar a “lapida-
diminuir.
ACHÔA, Eduardo Engenheiro Mecânico
ção da sua vida financeira”. Para isso, relacionei alguns fundamentos que se-
Gaste menos do que ganha
rão desenvolvidos ao longo deste artigo. São eles: • Documente suas despesas.
Talvez você esteja pensando: “É fácil falar! Quero
• Gaste menos do que ganha.
ver ele fazer isso com o meu salário!”.
• Contrate os seguros que serão as bases da
Tenha certeza de que, após anos cuidando da
sua vida financeira. 24 25
v.1, n.1, 2012
vida financeira de pessoas, aprendi que todos
têm problemas muito parecidos e que, apesar
te por status e assumindo dívidas de financia-
- Com um seguro de vida devidamente dimen-
de não existirem fórmulas mágicas, existem al-
mento e custos anuais maiores sem determinar
sionado, podemos garantir a educação, o confor-
gumas atitudes que ajudarão a melhorar a sua
o que realmente precisam para ser felizes.
to e até o início da vida profissional dos nossos
relação entre renda e despesas.
O resultado dessas aquisições constantes sim-
filhos, além do conforto de outras pessoas que
O mais importante é adequar o tamanho da sua
plesmente pelo comparativo social é a angústia,
dependem da nossa renda.
casa, seu carro, seu celular e outros bens que
porque sempre haverá alguém com bens melho-
Enfim, a ferramenta chamada seguro realmente
geram grandes despesas ao momento financei-
res, e as pessoas acabam se perdendo em dívi-
nos atribui o poder de prever o futuro, mas, o mais
ro que você está vivendo.
das.
interessante, é que a grande maioria das pessoas
Uma casa maior do que a sua necessidade lhe trará despesas maiores com água, luz, empre-
no Brasil não retira o seu carro da loja sem antes
Contrate as bases da sua vida financeira
gada, material de limpeza, manutenção, entre
ter contratado um seguro, mesmo sabendo que se trata de um bem que poderá ser comprado no-
outras.
Poucas pessoas entendem realmente a impor-
vamente, entretanto não contrata um seguro de
O seu carro custa aproximadamente 25% ao ano
tância dos seguros no sucesso de uma vida fi-
vida, deixando desprotegidas as pessoas que são
(seguro=5%, IPVA=4%, depreciação=10%, custo
nanceira e começam a poupar dinheiro sem
importantes para elas.
de oportunidade=6%), ou seja, um carro de R$
antes terem protegido devidamente o que já
Devemos construir as bases da vida financeira
100.000,00 custa, no mínimo, R$ 25.000,00
conquistaram.
em cima de pilares compostos de seguros, para
ao ano, e caso você o substitua por outro de R$
Talvez isso aconteça porque, psicologicamente,
não corrermos o risco de perdermos todo o nosso
40.000,00, que custa R$ 10.000,00 ao ano, eco-
o fato de ter dinheiro poupado transmita a sen-
investimento no caso de uma doença ou de um
nomizará R$ 15.000,00 ao ano.
sação de segurança e de superação.
acidente que nos tire a vida ou nos deixe inválidos.
A casa que você mora é compatível com o seu
Mas estamos sujeitos a imprevistos, como uma
rendimento, ou você é recém-casado e comprou
doença na família, um acidente que nos impeça
um apartamento de 3 quartos no bairro dos seus
de continuar trabalhando ou, ainda, uma mor-
sonhos, pois pretende ter 2 filhos daqui a seis ou
te prematura, deixando desprotegidas pessoas
Não se constrói um prédio sem antes saber
sete anos, ao invés de comprar um apartamento
que tanto amamos.
quantos andares ele terá, quantos apartamen-
menor, em um bairro mais barato, poupando a di-
Os seguros foram criados na Inglaterra pelos
tos formarão cada andar, de que tamanho será
ferença para outros objetivos?
proprietários de navios para se autoprotegerem
cada apartamento e outras muitas informações
As suas compras estão agregando valor à sua
no caso da perda de uma embarcação.
essenciais.
vida ou, na sua maioria, são compras emocio-
Acredito que, atualmente, o uso inteligente dos
Da mesma forma, não podemos construir a nos-
nais, ao invés de racionais?
seguros nos atribua o poder de praticamente
sa vida financeira sem antes determinar quais
Você precisa trocar de celular cinco vezes ao
prever o futuro, conforme podemos ver a seguir.
são os nossos objetivos, dividindo-os em curto
ano?
- Para imprevistos em saúde, temos o seguro-
prazo (até 24 meses), médio prazo (de 25 a 60
Os exemplos acima mostram que é possível eco-
-saúde ou o convênio médico.
meses) e longo prazo (acima de 60 meses).
nomizarmos de 10% a 20% mensalmente.
- Se não puder mais trabalhar, é possível prote-
Esses objetivos devem ter o maior número de
Acontece que as pessoas se comparam com os
ger-se com um seguro de incapacidade profis-
informações possível, como data, valor, cor, loca-
amigos, vizinhos e parentes, e estão constante-
sional, que garantirá valor suficiente para viver
lização, entre outras.
mente adquirindo bens mais caros simplesmen-
confortavelmente.
Essas informações servirão para determinar-
Objetivos
Divirta-se
mos as melhores ferramentas de investimento
mento e aprender a administrá-lo.
para cada um deles, mas servirão também para
Considero o TEMPO como a principal ferramenta
que saibamos por que estamos trabalhando e,
de administração de risco, ou seja, quanto menor
Você trabalha e tem o direito de se divertir.
principalmente, economizando.
o tempo que você pretende manter o seu dinhei-
Ao longo desses 15 anos de trabalho na área de
Determinar os seus objetivos de forma clara e
ro investido, mais risco terá que correr para obter
consultoria financeira pessoal, descobri que as
anotá-los fará com que o seu cérebro trabalhe
ganhos expressivos.
pessoas têm celulares sempre novos, carros
para alcançá-los sem que você perceba, e você
Ainda não encontrei alguém que goste de perder
acima do seu padrão financeiro, filhos com pares
terá a impressão de que “a natureza conspirou
dinheiro. Assim, use os mesmos períodos adota-
de tênis caros e, mesmo assim, me explicam que
para que aquilo acontecesse”.
dos para determinar os seus objetivos na hora
não se divertem porque não sobra dinheiro.
de escolher os seus investimentos, buscando
A diversão tem uma função muito importante na
minimizar as chances de perda.
construção de uma vida financeira, pois ela é o
Para prazos inferiores a 24 meses, período muito
combustível para levantarmos todos os dias e
Durante muito tempo me perguntei por que al-
curto para administrar o seu risco, adote investi-
gerar dinheiro. Por isso, sente-se com a sua fa-
gumas pessoas conseguem poupar dinheiro e
mentos com risco menor e, consequentemente,
mília, decidam em conjunto quais são as priori-
outras não, independentemente da sua condi-
menor potencial de rentabilidade, como poupan-
dades e coloque a diversão sempre em um dos
ção financeira, e descobri que o segredo estava
ça, fundos DI, fundos de renda fixa, CDBs e ou-
primeiros lugares.
na PRIORIDADE, ou seja, algumas “esperam o
tros investimentos similares.
final do mês para ver o que sobra” e, como é de
No caso de prazos superiores a 60 meses, o
se esperar, quase nunca sobra, enquanto outras
tempo ajudará muito você a minimizar o risco de
separam o dinheiro da poupança no primeiro dia
investir em ações, de forma a permitir que você
Se até hoje você delegou ao seu gerente do ban-
do mês.
obtenha os melhores ganhos com investimentos
co a função de consultor financeiro, lembre-se
Algumas crenças devem ser derrubadas, como
como fundos de ações e outras aplicações liga-
de que quem paga o salário dele é o dono do ban-
“achar que amanhã será mais fácil”, “não separar
das diretamente ao mercado acionário.
co para que ele obtenha lucro ao próprio banco.
o valor pretendido neste mês, esperando guar-
O período mais difícil para administrar risco em
Entenda que você deve atuar como técnico da
dar o dobro no próximo mês”, pois elas servem
investimentos é o que chamamos de médio pra-
equipe que cuida da saúde financeira, que nor-
como desculpa para satisfazermos os nossos
zo, ou seja, o período entre 25 e 60 meses.
malmente é composta de um planejador finan-
desejos imediatos, deixando a nossa poupança
Para esse período, uma ação eficaz é dividir o seu
ceiro independente, um banco, um contador, um
para “quando der”.
investimento entre conservadores (baixo poten-
corretor de seguros e um advogado.
cial de rentabilidade) e o mercado acionário (alto
Peça a um planejador financeiro da sua prefe-
potencial de rentabilidade), determinando pro-
rência que faça um diagnóstico da sua saúde
porções diretamente ligadas à distribuição dos
financeira e que sugira os medicamentos e tra-
Como escolher onde investir o seu dinheiro?
seus objetivos nesse espaço de tempo.
tamentos necessários para uma manutenção e
Devemos entender que todo investimento envol-
Isso que dizer que, quanto mais próximos forem
crescimento sadios.
ve risco e que esse risco está diretamente ligado
os seus objetivos, maior será o percentual que
ao potencial de ganho financeiro. Portanto, você
será investido em ferramentas conservadoras.
Poupe primeiro
Investimentos
deve entender o risco envolvido em cada investi26 27
v.1, n.1, 2012
Considerações Finais
Clareador Dental
Total Blanc Total Blanc Home
Total Blanc Office
Estojo com
Peróxido de Hidrogênio a 35%
6
seringas
Estojo para
3
pacientes
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Peróxido de Carbamida 16%
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dicas de ética e legislação
Prontuário odontológico
Por que é importante?
Como fazer?
As demandas judiciais, civis e criminais, éticas e
Não há propriamente um modelo ideal de pron-
administrativas contra cirurgiões-dentistas au-
tuário odontológico a ser seguido, mas uma boa
mentaram nos últimos anos. Em qualquer pro-
referência é o documento “Prontuário Odonto-
cesso de responsabilidade profissional contra o
lógico”, que se encontra no portal eletrônico do
cirurgião-dentista, um dos principais documen-
Conselho Federal de Odontologia (http://cfo.org.
tos a serem anexados e consultados durante
br/manuais).1 Nesse trabalho, além de importan-
um processo é o prontuário odontológico ou sua
tes e relevantes questões doutrinárias sobre o
cópia.
tema, é possível encontrar em seus anexos (1, 2, 3 e 4) sugestões de prontuários, atestados e
ALCANTARA, Christian Mendez Cirurgião-dentista e Advogado, Mestre em Administração e Doutor em Direito. Pós-Doutor em Gestão Pública – Espanha. Coordenador do Curso de Gestão Pública do Setor de Educação Profissional e Tecnológica da Universidade Federal do Paraná
O que é necessário?
contratos de prestação de serviços.
Para ter um prontuário adequado, o mais impor-
O que não é mais aceitável são aquelas fichas
tante é ter rigor e disciplina. Ele deve ser trata-
clínicas que os cirurgiões-dentistas recebiam
do como um documento importante, noção que
como brindes e que, basicamente, contavam
deve ser passada a todos que trabalhem com
com a identificação do cliente ou usuário e o
ele, como secretárias e auxiliares, além do cirur-
odontograma. Erros e rasuras também devem
gião-dentista.
ser evitados. Além disso, o preenchimento a lá-
Uma das dúvidas que aparecem nesse assunto é
pis é inadequado. Como é documento de prova,
a questão do prontuário eletrônico. Ele é prático,
o preenchimento deve ser necessariamente à
rápido e economiza espaço, sendo utilizado por
caneta, feito no mesmo dia em que os procedi-
profissionais em seus consultórios e prefeituras.
mentos foram realizados. O que não é anotado
Entretanto, é preciso lembrar que a documenta-
no mesmo dia pode ser esquecido.
ção eletrônica, regra geral, permite alterações e
O prontuário odontológico deve apresentar:
pode ser desconsiderada como meio de prova.
• identificação do cliente ou usuário contendo,
O processo de certificação digital tem avançado
no mínimo, nome, RG, CPF, correio eletrônico
muito, mas ainda é motivo de questionamentos,
e endereços. Caso o paciente seja incapaz, é
especialmente no Poder Judiciário. Então, suge-
importante constar o nome do responsável
rimos que em casos mais delicados e complexos
pelo tratamento. Em relação à capacidade civil,
o prontuário seja impresso em papel e as anota-
o profissional pode consultar os artigos 3º a
ções sejam feitas, dia a dia, à caneta.
5º do nosso Código Civil.2 Persistindo a dúvida, um advogado; • anamnese, que deve ser realizada sem pressa e de maneira aprofundada, conforme a história do paciente, o tratamento e a área de atuação do cirurgião-dentista. Graves problemas en-
28 29
v.1, n.1, 2012
volvendo profissionais e pacientes poderiam
tando sobre possíveis problemas devidos
Em relação ao tempo de guarda necessário do
ser evitados com anamneses feitas com cui-
à interrupção ou desistência do tratamento.
prontuário odontológico, não há previsão legal
dado e rigor;
O dia e o horário da ligação telefônica devem
explícita acerca do tema, tampouco consenso
• exames gerais e orais, bem como o odontogra-
ser anotados no histórico do tratamento, e a
doutrinário. Sugerimos que o prontuário seja
ma. É importante que o cirurgião-dentista sai-
mensagem eletrônica, impressa e anexada ao
guardado por cinco anos no mínimo. Em casos
prontuário eletrônico; e
mais complexos, por período indeterminado.
ba exatamente o estado inicial do paciente, ou seja, como ele “chegou” às suas mãos;
• anexos e exames complementares. Resulta-
• planos e opções de tratamento. Se for possível
dos de exames, regra geral, são do paciente.
e aceitável tecnicamente, é importante apre-
No caso de o profissional entregar esses exa-
sentar ao paciente, explicando detalhadamen-
mes, deve solicitar uma declaração do cliente
te e de forma acessível, opções de tratamen-
atestando que este recebeu os resultados.
to (três nos parece ser adequado);
Atestados e receitas de medicamentos são
3
• consentimento
esclarecido,
procedimento
documentos odontológicos importantes e de-
pelo qual o cirurgião-dentista explica de forma
vem ser impressos em duas vias ou fotocopia-
acessível e dialógica os riscos, limitações e al-
dos e anexados ao prontuário.
ternativas ao tratamento. Também devem ser expostos a previsão de custos e o tempo de
Considerações finais Referências
tratamento aproximado. Assim, o profissional respeitará princípios éticos e legais, como o da
O prontuário odontológico é um dos principais
autonomia do paciente4 e o Código de Defesa
documentos, se não o principal, da vida profis-
do Consumidor. Tão ou mais importante que
sional cotidiana do cirurgião-dentista. Deve ser
o termo de consentimento livre e esclarecido,
tratado com seriedade e rigor por toda a equi-
obrigatório em pesquisas em seres humanos,
pe odontológica: cirurgiões-dentistas, técnicos
é a efetiva compreensão da proposta ou pro-
e auxiliares em Saúde Bucal e secretárias. Seu
postas de tratamento pelo paciente ou seu
preenchimento deve ocorrer no mesmo dia em
responsável, em caso de incapaz;
que o ato odontológico foi realizado, evitando-se
5
• histórico, evolução e intercorrências do trata-
rasuras e incorreções. Assim, ele será muito útil
mento. É importante anotar cotidianamente
na clínica odontológica e em eventuais questões
as ocorrências no dia a dia do tratamento. Ao
jurídicas e administrativas.
lado, solicitar assinatura ou visto do paciente.
As informações contidas no prontuário odon-
Faltas, perfil de colaboração, orientação e con-
tológico são sigilosas e estão inclusas no de-
dições de higienização e pós-operatório tam-
nominado sigilo ou segredo profissional, com
bém devem ser observados;
implicações éticas e legais. Portanto, só devem
• desistência do tratamento por parte do pa-
estar acessíveis a quem efetivamente vai pres-
ciente. Nesse caso, deve-se telefonar ao pa-
tar assistência direta ou indireta ao paciente ou
ciente e enviar correio eletrônico a ele aler-
usuário.
1. Conselho Federal de Odontologia. Prontuário odontológico: uma orientação para o cumprimento da exigência contida no inciso VIII do art. 5º do Código de Ética Odontológica. Rio de Janeiro; 2004. Disponível em: http://cfo.org.br/wpcontent/uploads/2009/10/prontuario_2004.pdf. Acesso em: 19 dez. 2011. 2. Brasil. Lei nº 10.406, de 10 jan. 2002. Institui o Código Civil. 3. Silva M. Documentação em odontologia e sua importância jurídica. Odontologia e Sociedade. 1999;1(1-2):1-3. 4. Maluf F, Carvalho GP, Diniz Júnior JC, Bugarin Junior JG, Garrafa V. Consentimento livre e esclarecido em odontologia nos hospitais públicos do Distrito Federal. Ciência & Saúde Coletiva. 2007;12(6):1737-46. 5. Brasil. Lei nº 8.078, de 11 set. 1990. Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências. (Código de Defesa do Consumidor).
DICAS de Eventos E Educação Continuada
sas, pela motivação. Motivado, o indivíduo possui
REVISTA CLÍNICA, que será realizado de 1 a 4 de
uma atitude ativa, empenha-se no processo de
maio de 2013 no Costão do Santinho Resort e
aprendizagem e, por isso, aprende melhor. A re-
Spa, em Florianópolis, Santa Catarina, Brasil.
Participe de eventos científicos
lação entre motivação e aprendizagem é dinâmica. A motivação, aquela força interior, pode ocor-
Temos razões de sobra para dar essa dica. Res-
rer durante o processo de aprendizagem.
saltamos as seguintes.
A diversidade de informações, bem como a am-
1. Haverá uma extraordinária grade científica,
pla necessidade de conhecimento nas mais di-
programada para atender à necessidade de
versas áreas, leva-nos à constatação de que é
combinar arte e ciência; promover a saúde, a
impossível, para a chamada educação formal,
estética e a função, além de permitir que você
garantir a completa formação de um profissional.
descubra os segredos do sucesso de vários dos
A educação continuada, permanente, baseada
mais destacados formadores de opinião, cole-
no aprendizado contínuo, é condição necessária
gas, clínicos e cientistas da Odontologia mun-
para o desenvolvimento do indivíduo. É essencial
dial. São eles : Mauro Fradeani, Urs Belser, Michel
na busca da competência social e profissional.
Magne, Angelo Putignano, Francesco Manga-
Consiste na potencialização do desenvolvimen-
ni, Sillas Duarte Junior, Andreas Kurbad, Dario
to pessoal. Promove a capacitação técnica, a
Adolfi, Sidney Kina, Paulo Kano, Cláudio Pinho,
aquisição de novos conhecimentos, conceitos e
Rogério Zambonato, Julio Joly, Christian Coach-
atitudes.
man, Marcos Celestrino, Fábio Y. Hirata, Laerte B.
Na Odontologia, como em qualquer outra profis-
Schenkel, Ronaldo Hirata, Maria Luiza de Moraes
são, existem profissionais que se sobressaem
Oliveira, Jussara Karina Bernardon, Glécio Vaz,
por sua dedicação ao trabalho e, assim, superam
Maurício Watanabe, Eduardo Passos Rocha, Má-
até mesmo aqueles que possuem capacidade
rio Fernando de Góes, Renata Gondo Machado,
intelectual mais elevada. Isso acontece porque
Sheila Stolf, Silvana Batalha Silva, Patricia Perei-
esses profissionais conseguem transformar os
ra, Francisco Massola e Sylvio Angrisani, todos
Por que é importante?
seus desejos em motivação.
comprometidos em apresentar cursos inéditos.
Rubem Alves, teólogo, cronista, psicanalista,
O que é necessário?
MONTEIRO JÚNIOR, Sylvio Professor Titular de Dentística da Universidade Fedaeral de Santa Catarina Florianóplis-SC
2. Os cursos hands on permitirão que você aperfeiçoe as suas habilidades clínicas. 3. O concurso visão clínica de painéis clínicos
educador, é um dos intelectuais mais famosos e respeitados do Brasil. É dele a frase “APRENDI-
Para você que tem conhecimento da sua pró-
dará prestígio a todos os participantes.
ZAGEM É UMA FUNÇÃO DO VIVER”.
pria capacidade de trabalho e pretende alcançar
4. Na sofisticada exposição comercial você terá
Aprender pode ser definido, de forma sintética,
patamares mais elevados na nossa profissão, a
a oportunidade de testar e adquirir, a preços pro-
como o modo pelo qual adquirimos novos co-
DICA é: participe de eventos científicos cuja fina-
mocionais, os mais recentes avanços tecnológi-
nhecimentos, desenvolvemos competências e
lidade precípua seja promover o seu crescimen-
cos da indústria odontológica.
mudamos de comportamento.
to pessoal e profissional. Participe, por exemplo,
A aprendizagem é influenciada, entre outras coi-
do terceiro CONGRESSO INTERNACIONAL DA
30 31
v.1, n.1, 2012
Prestigie. Confirme a sua participação.
DICAS de EMPRESAS
Clareamento de consultório associado ao clareamento caseiro: efetividade e segurança MONTE ALTO, Raphael Vieira Doutor em Dentística pela UERJ Professor Adjunto da Disciplina de Clínica Integrada da UFF
Por que é importante? O apelo constante e crescente por uma aparên-
1. Afastador labial (FGM ou Indusbello, Brasil)
cia estética agradável vem colocando as técni-
2. Aparelho fotopolimerizador
cas de clareamento dental como um dos proce-
3. Escala de cor VITA Bleached Guide 3D-Mas-
dimentos mais utilizados dentro da odontologia
4. Pedra-pomes
são simples, preservam a estrutura dental, além
5. Barreira gengival fotopolimerizável (Nova
de promover excelentes resultados quando bem indicadas.1
nio a 35% Total Blanc Office (Nova DFL, Brasil)
sional e do perfil do paciente. Assim, podemos
7. Pincel
clarear dentes vitais por meio do clareamento
8. Sugador de saliva
caseiro supervisionado, clareamento em consul-
9. Dessensibilizante Total Blanc – fluoreto de
tório e da associação de ambas as técnicas.1,2
sódio a 2% e nitrato de potássio a 5% (Nova
A segurança e a efetividade do clareamento
DFL, Brasil).
autores. No entanto, a resposta lenta em alguns
v.1, n.1, 2012
6. Gel clareador à base de peróxido de hidrogê-
de alteração cromática, da preferência profis-
Professor do Mestrado em Clínica Odontológica da UFF
32 33
DFL, Brasil)
A escolha da técnica clareadora depende do tipo
Professor do Curso de Especialização em Implantodontia da UFF
Graduada em Odontologia pela UFF
ter (VITA, Alemanha)
estética. As técnicas para o clareamento dental
dental caseiro têm sido descritas por muitos
Conceição, Graziela da Silva
O que é necessário?
10. Placa de acetato de 0,3 mm ou de silicone de 0,5-1,0 mm
casos, associada à ansiedade por parte dos pa-
11. Gel clareador de uso caseiro – Total Blanc PC
cientes em obter dentes mais claros, remete-
a 10% ou 16%, PH a 6% ou 7,5% (Nova DFL,
-nos à necessidade de técnicas que possibilitem
Brasil)
efeitos mais imediatos.3,4 O desenvolvimento de géis mais estáveis e efetivos, e de barreiras gengivais fotopolimerizáveis
Como Fazer?
tem facilitado o procedimento de clareamento
Após exame clínico, anamnese e diagnóstico da
dental em consultório, que apresenta como prin-
alteração cromática, determinou-se o prognós-
cipal vantagem o resultado imediato.
tico, que, pela idade e grau de escurecimento,
A associação das técnicas caseira e de consultó-
se apresenta bastante favorável. Inicialmente,
rio torna-se, então, uma alternativa interessante.
realizou-se profilaxia com pedra-pomes e água,
Inicialmente, é possível realizar uma aplicação
e seleção inicial da cor (3M2) com a escala VITA
da técnica em consultório para a motivação do
Bleached Guide 3D-Master (VITA, Alemanha). A
paciente, pois ele já deixa o consultório com os
utilização dessa escala permite maior controle
dentes mais claros e continua o tratamento em
do clareamento, pois há uniformidade entre as
casa, seguindo corretamente as instruções do
distâncias das cores, as quais podem ser clara-
profissional.5,6
mente distinguidas pelo olho humano.
A
B
C
D
E
F
G
H
Aspecto inicial (A e B). Seleção da cor inicial (3M2) (C). Afastador labial, barreira gengival e batente oclusal posicionados (D). Aplicação do gel dessensibilizante (E). Aplicação do gel (F). Remoção das bolhas (G). Remoção do gel (H).
I
J
K
L
M
N
O
Resultado imediato da primeira aplicação em consultório, de 3M2 para 2M2 (I). Gel clareador selecionado. Prova da moldeira em boca (J). Aplicação do gel na moldeira (K). Aspecto após uma semana, de 3M2 para 1M2 (L). Aspecto após duas semanas de clareamento dental caseiro, de 3M2 para 1M1 (M). Após três semanas, 0,5M1 (N). Resultado final do sorriso (O-P).
34 35
v.1, n.1, 2012
P
Bolhas são formadas durante o processo clareador na interface dente-gel. Com o auxílio de uma microescova, o gel clareador foi homogeneizado removendo-se as bolhas e restabelecendo o contato dele com a superfície dental. Após 20 minutos, o gel foi removido com um sugador de saliva com a ponta cortada. Uma nova seringa foi manipulada, e uma nova aplicação de 20 minutos repetida na mesma sessão. Após a remoção do gel clareador, um gel dessensibilizante foi aplicado por 5 minutos, e o resultado imediato avaliado de 3M2 para 2M2. Seleciona-se o gel clareador caseiro, que pode ser peróxido de carbamida a 10% ou peróxido de hidrogênio a 6%. Optamos inicialmente por um produto de menor concentração (PC a 10% ou PH a 6%) e, caso não ocorra nenhuma sensibilidade na primeira semana, aumentamos a concentração (PC a 16% ou PH a 7,5%). Para a confecção da moldeira, pode-se utilizar placas de silicone de 0,5 mm a 1,0 mm ou aceFoi realizado isolamento relativo com o uso de
bilidade pós-operatória sem interferir na efetivi-
tato de 0,3 mm. As de silicone são mais confor-
um afastador labial, batente oclusal com um si-
dade do procedimento restaurador.
táveis mas menos estáveis que as de acetato. É
licone por condensação e barreira de proteção
Manipula-se o gel de uso em consultório seguin-
importante que a margem esteja bem selada na
gengival fotopolimerizável (Barreira gengival
do-se as instruções do fabricante. O gel selecio-
gengiva marginal, para evitar o extravasamento
Total Blanc, Nova DFL). O batente oclusal tem
nado apresenta-se na forma de duas seringas,
do gel e sua diluição pela saliva. Após a prova da
a função de estabilizar a oclusão do paciente e
uma de espessante e outra de peróxido com a
moldeira, todas as instruções de utilização são
evitar que ele deslize os maxilares durante o pro-
proporção adequada, sendo ambas conectáveis,
passadas ao paciente.
cedimento, podendo acidentalmente o gel tocar
o que permite uma manipulação rápida e efetiva.
Neste caso, após uma semana os dentes clare-
no lábio.
Após a manipulação, o gel deve ficar amarelo, o
aram de 3M2 para 1M2. Nesse momento, como
Um gel dessensibilizante prévio (Dessensibili-
que determina a efetividade dele.
o paciente não apresentava sensibilidade, au-
zante Total Blanc, Nova DFL) foi aplicado na face
Uma fina camada foi aplicada sobre os dentes. A
mentamos a concentração do gel clareador de
vestibular e mantido por 10 minutos. Depois, com
extensão da aplicação deve seguir pelo menos a
PC a 10% para PC a 16%. Após três semanas de
uma taça de borracha em baixa rotação, esfre-
linha de sorriso visível do paciente, no caso es-
clareamento caseiro, o profissional e o paciente
gado por 20 segundos. Estudos mostram que
pecífico do 15 ao 25.
demonstraram satisfação com a cor final, e o tra-
essa estratégia diminui a intensidade da sensi-
O gel foi mantido em posição por 20 minutos.
tamento foi finalizado.
10,11
Considerações finais Várias são as possibilidades técnicas para a realização do clareamento dental. A velocidade do clareamento dependerá da concentração do agente clareador, bem como da etiologia da alteração de cor dos dentes. O importante para o sucesso do tratamento e para a total satisfação do paciente é fazer-se um correto diagnóstico da etiologia do escurecimento, conhecer as técnicas clareadoras, assim como os materiais disponíveis, e saber adaptar tudo isso às necessidades e à rotina do paciente.1,7-9 A união da efetividade imediata da técnica em consultório com a segurança e a simplicidade da técnica caseira promove a motivação do paciente e maior controle do procedimento por parte do profissional, alcançando, assim, resultados satisfatórios com poucos efeitos adversos.6,10
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36 37
v.1, n.1, 2012
11. Tay LY, Kose C, Loguercio AD, Reis A. Assessing the effect of a desensitizing agent used before in-office tooth bleaching. J Am Dent Assoc. 2009;140:1245-51.
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CASO CLÍNICO
A importância da comunicação clínico-laboratorial na execução de unitários anteriores
Massing, Nelson Geovane Mestre em Dentística (ULBRA-RS)
INTRODUÇÃO
laboratorial, começa na fase de análise e planejamento do caso, quando todas as informações
A exigência dos pacientes por restaurações es-
preliminares como modelos, radiografias e foto-
téticas alcançou níveis nunca antes observados.
grafias são analisadas, e passa pela seleção do
Restaurações imperceptíveis, que se mimeti-
sistema restaurador mais indicado, transmissão
zem aos tecidos dentais naturais, tornaram-se
das informações relacionadas à reprodução cro-
meta quando se fala de tratamento restaura-
mática e morfológica, e cimentação do caso.2
dor estético. Nesse contexto, a restauração de
Este artigo tem como objetivo descrever passo
dentes anteriores pode ser considerada um dos
a passo, através de um relato de caso clínico, as
Mestre em Dentística (PUC-RS)
maiores desafios para os profissionais da Odon-
etapas envolvidas no protocolo clínico-labora-
Doutoranda em Dentística (PUC-RS)
tologia, desafio este que é ainda maior quando
torial para a restauração de um incisivo central
Professora do Curso de Especialização em Dentística CEOM/IMED - Passo Fundo-RS
apenas um incisivo central superior precisa ser
unitário.
Professor do Curso de Especialização em Dentística CEOM/IMED - Passo Fundo-RS Professor do Curso de Aperfeiçoamento em Estética CEOM - Passo Fundo-RS nelson@nelsonmassing.com.br
Ghiggi, Paula Cristine
Professora da Disciplina de Dentística da Faculdade Meridional (IMED) Passo Fundo-RS
restaurado. A evolução dos materiais restauradores adesi-
REVISÃO DE LITERATURA
vos como cerâmicas odontológicas, sistemas
Calixto, Luis Rafael Especialista e Mestre em Dentística (UNESP Araraquara-SP) Doutorando em Ciências Odontológicas (UNESP Araraquara-SP) Professor dos Cursos de Especialização e Aperfeiçoamento em Dentística da AORP Ribeirão Preto-SP, UNESP Araraquara-SP e ABCD Campo GrandeMS Coordenador dos Cursos de Aperfeiçoamento em Estética Integrada do ANEO - Ribeirão Preto-SP e Arte e Estética com Resinas - APCD São Carlos-SP
38 39
v.1, n.1, 2012
adesivos e agentes de cimentação permitiu a
As cerâmicas odontológicas apresentam-se
obtenção de resultados com excelente padrão
como um dos principais materiais restauradores
estético de maneira conservadora, preservando
indiretos, devido às suas inúmeras proprieda-
ao máximo a estrutura dental.1
des desejáveis, como biocompatibilidade, inér-
Quando restaurações cerâmicas são realizadas,
cia química, elevada resistência à compressão,
o planejamento e a comunicação clínico-labo-
baixa condutividade térmica, estabilidade de cor
ratorial desempenham papel fundamental para
e excelentes propriedades ópticas (cor, textura,
a obtenção de sucesso clínico no tratamento.
translucidez, opalescência e fluorescência).3
Esse trabalho conjunto, entre equipe clínica e
A utilização de técnicas adesivas associada ao
RELATO DO CASO
tratamento de superfície da cerâmica com áci-
fases distintas: uma fase cristalina, composta de
do fluorídrico e silano possibilita uma confiável
cristais de alumina e leucita; e outra fase vítrea,
união entre restauração cerâmica e elemento
composta basicamente de feldspato de potás-
Paciente de 32 anos, sexo feminino, procurou
dentário. A possibilidade de unir adesivamente
sio, vidro e óxido de alumínio. Enquanto a fase
atendimento odontológico relatando estar insa-
a cerâmica com o remanescente dental resulta
cristalina confere resistência, a vítrea proporcio-
tisfeita com a aparência estética do seu sorriso
em preparos menos invasivos e proporciona ao
na grande potencial para reproduzir as proprie-
(Fig. A-C). Ao realizar o exame clínico, verificou-
conjunto um adequado comportamento biome-
dades ópticas dos dentes naturais. Quando uti-
-se a presença de faceta direta de resina com-
cânico. Com a utilização de restaurações adesi-
lizadas como opção para a realização de facetas
posta no elemento dentário 11 apresentando cor
vas em cerâmica feldspática, pode-se devolver a
laminadas, são confeccionadas sobre modelo
e forma deficientes (Fig. D).
resistência original do elemento dental.5
refratário, com a técnica convencional de pó e
Para analisar e planejar adequadamente o caso,
As cerâmicas feldspáticas compõem-se de duas
líquido.
foram obtidas fotografias mediante um protoco-
4
Condição inicial da paciente (A). Aspecto inicial do sorriso (BC). Aspecto intraoral evidenciando deficiência de forma e cor na restauração de resina composta no dente 11 (D). Algumas imagens utilizadas no protocolo fotográfico para o planejamento do caso (E).
6
A
B
C
E
D
F
lo fotográfico que inclui desde fotos de face até imagens intraorais em vista aproximada (Fig. E). As imagens foram avaliadas e, com o software Keynote (Apple Inc., EUA), foi possível fazer a simulação do caso, prevendo as modificações a serem realizadas (Fig. F e G). Esse processo, chamado de planejamento digital, proporciona maior previsivibilidade ao caso e serve de guia
G
para a execução do enceramento-diagnóstico e para a execução do caso. Nesse momento começa a interação entre equipe clínica e laboratorial. O planejamento deve ser discutido em conjunto, para que o melhor resultado seja alcançado. A escolha do sistema restaurador mais adequado deve ser definida levando-se em consideração tanto o aspecto estético
H
quanto o aspecto funcional. Para esse caso optou-se em aliar o excelente potencial estético da porcelana feldspática com o desempenho biomecânico proporcionado pela adesividade entre a cerâmica e a estrutura dental remanescente. As informações obtidas no planejamento digital foram transferidas para um modelo de estudo mediante a realização do enceramento-diag-
I
J
nóstico (Fig. H). A partir do enceramento pode-se confeccionar uma guia de silicona que foi preenchida com material resinoso autopolimerizável, de forma a simular o resultado final. Nessa
Planejamento digital e simulação do caso utilizando o software Keynote (Apple Inc., EUA) (F-G). Modelo de estudo inicial e após enceramento-diagnóstico (H). Preparo finalizado com término em esmalte, ligeiramente intrassulcular (I). Moldagem com silicona de adição (Virtual, Ivoclar Vivadent, Liechtenstein) pela técnica de impressão simultânea (J).
40 41
v.1, n.1, 2012
fase, o planejamento deve ser avaliado levando-
K
-se em consideração o formato, o tamanho e o comprimento final do dente. A partir do enceramento-diagnóstico também se confeccionam as guias de preparo que servem de referência no momento do preparo, com o objetivo de realizar um preparo com mínimo desgaste, porém fornecendo espessura suficiente para o material cerâmico escolhido (Fig. I).7
L
Para o procedimento de moldagem optou-se por utilizar a silicona de adição (Virtual, Ivoclar Vivadent, Liechtenstein) pela técnica de impressão simultânea (Fig. J), e o afastamento gengival foi obtido com a técnica do fio duplo, realizada com fios 00 e 0 (Ultrapack, Ultradent, EUA). O fio 00 foi mantido no interior do sulco durante a moldagem, removendo-se apenas o fio 0. Para uma adequada comunicação com a equi-
M
pe laboratorial as informações relacionadas à reprodução cromática foram transmitidas por meio de fotografias com escala de cor do sorriso da paciente8 e também do remanescente dental no preparo. As fotos são utilizadas em sua configuração original, em preto e branco, e com contraste e brilho alterados (Fig. K-M).9 Dessa forma, o ceramista pode realizar um mapa cromático, que orientará o posicionamento das diferentes massas de cerâmica.
Fotografia com contraste e brilho alterados para visualizar o correto posicionamento da dentina e das áreas de translucidez (K). Fotografias com escala de cor, em cor original, com contraste e brilho alterados e em preto e branco. Essas fotografias fornecem referências de cor e caracterizações para o ceramista desenhar o mapa cromático a ser utilizado (L). Fotografia do remanescente com escala de cor para orientar a utilização de cerâmicas com maior ou menor grau de translucidez (M).
O
N
P
Q
R
S
T
42 43
v.1, n.1, 2012
U
V
X
Faceta laminada confeccionada em cerâmica feldspática (IPS Design, Ivoclar Vivadent, Liechtenstein), TPD Alexandre Santos (N). Utilização de uma pasta de teste para seleção da cor do cimento (Variolink Venner Try-In, Ivoclar Vivadent, Liechtenstein) (O). Condicionamento da superfície cerâmica com ácido fluorídrico a 9% durante 90 s (P). Limpeza da superfície cerâmica com ácido fosfórico a 35% durante 20 s (Q). Aplicação do silano por 60 s (R). Aplicação do sistema adesivo (S). Limpeza e tratamento do substrato dentário com condicionamento ácido e aplicação do sistema adesivo (T-U). Cimentação do laminado cerâmico com cimento resinoso fotopolimerizável (Variolink Veneer, Ivoclar Vivadent, Liechtenstein) (V-X).
W
Aspecto final após a cimentação do laminado cerâmico (W). Obtenção de uma restauração mimetizada aos tecidos dentais naturais (Y). Aspecto de total naturalidade, com adequada reprodução das propriedades ópticas (Z).
Y
Z
44 45
v.1, n.1, 2012
Para o presente caso selecionou-se uma cerâ-
DISCUSSÃO
formações foram obtidas: após 9 anos, de todas as restaurações, 97,8% estavam clinicamente
mica feldspática (IPS Design, Ivoclar Vivadent, Liechtenstein), utilizada sobre modelo refratá-
A partir da revolução provocada pela odontologia
aceitáveis, e apenas 1,7% defeituosas. Os auto-
rio (Fig. N). Depois de confeccionada a lâmina e
adesiva, as facetas estéticas tornaram-se mais
res concluíram que as facetas de porcelana têm
previamente à cimentação, uma pasta de teste
populares e corriqueiras nos consultórios odon-
ótimos resultados clínicos em graduação de cor,
para seleção da cor do cimento foi utilizada (Va-
tológicos. Aliados a isso, a melhora nos valores
resistência a cáries secundárias, mínima sensi-
riolink Veneer Try-In, Ivoclar Vivadent, Liechtens-
de adesão à dentina, a evolução dos cimentos
bilidade pós-operatória e mínima inflamação nos
tein) (Fig. O). Depois de selecionada a cor HV+1
resinosos e o surgimento de materiais cerâmi-
tecidos moles adjacentes.13
a faceta recebeu o tratamento de superfície com
cos mais avançados firmaram as facetas estéti-
As restaurações cerâmicas unitárias na região
ácido fluorídrico a 9% durante 90 segundos
cas como tratamento altamente estético e con-
anterior são consideradas um desafio, pois a di-
(Ultradent Porcelain Etch, Ultradent, EUA), lava-
servador.
ficuldade de harmonizar cor e forma em elemen-
gem abundante com jato de ar e água, limpeza
Os laminados cerâmicos representam uma boa
tos unitários é significativamente maior quando
da superfície condicionada com ácido fosfórico
indicação para restabelecer estética e função
comparado a restaurações múltiplas.
a 35% por 20 segundos (Ultra-Etch, Ultradent,
em dentes anteriores, principalmente por apre-
Sendo assim, a interação entre equipe clínica
EUA), aplicação do agente silano por 60 segun-
sentar princípios de biomimética, ou seja, o den-
e laboratorial na transmissão das informações
dos (Silane, Ultradent, EUA) e aplicação do siste-
te facetado comporta-se funcionalmente como
tem papel fundamental para que as característi-
ma adesivo (Fig. P-S). O substrato dentário, após
dente hígido, com relação à distribuição dos es-
cas de cor possam ser mapeadas e reproduzidas
limpeza, foi condicionado com ácido fosfórico
tresses, mostrando variações similares na flexi-
da maneira mais natural possível. Nessa etapa a
a 35% por 20 segundos (Ultra-Etch, Ultradent,
bilidade da coroa.2,5 Com essa informação, as fa-
utilização de fotografias digitais com escalas de
EUA), seguido de lavagem com jato de água e
cetas de porcelana têm a vantagem de poder ser
cor pode ser considerada uma ferramenta indis-
ar e aplicação de uma fina camada de sistema
aplicadas em situações mais abrangentes, por
pensável, principalmente quando o trabalho é re-
adesivo polimerizado por 20 segundos (Fig. T-U).
apresentarem maior resistência ao desgaste
alizado a distância, ou seja, quando o ceramista
Para cimentação da faceta usou-se um cimento
quando comparadas às facetas de resina com-
não tem contato direto com o paciente.
resinoso fotopolimerizável (Variolink Veneer, Ivo-
posta. Outra vantagem das facetas cerâmicas
O uso da escala com 4 tabletes de cores aumen-
clar Vivadent, Liechtenstein), fotopolimerizado
é inerente ao material: a porcelana traz poucas
ta as referências cromáticas para o ceramista e
por 60 segundos em cada face (Fig. V-X).
alterações adversas ao periodonto, além de ser
permite que as diferentes nuances de cores ao
O resultado final evidencia a importância de um
menos susceptível ao acúmulo de placa bacte-
longo da coroa sejam percebidas. Cabe salientar
correto planejamento e de uma adequada trans-
riana.
que a escala deve ser posicionada borda a borda
missão de informações para a obtenção de um
O sucesso clínico das facetas de porcelana pode
com a superfície incisal dos dentes anterossu-
resultado que contemple a reprodução das ca-
ser atribuído a uma ampla atenção na seleção
periores, para permitir que os dentes naturais
racterísticas ópticas dos dentes naturais nas
do caso, conservação do esmalte, preparação
tenham a mesma reflexão de luz que a escala.
restaurações cerâmicas (Fig. W-Z).
do dente, correta seleção da cerâmica para uso,
Além disso, a manipulação digital das fotografias
correta seleção dos materiais e métodos de ci-
permite que mais informações sejam transmiti-
mentação das restaurações, correto acabamen-
das. Fotografias em preto e branco possibilitam
to e polimento, bem como contínua manutenção
melhor análise de valor, e fotografias com brilho
das restaurações.12
diminuído e contraste aumentado permitem vi-
Em um estudo no qual foram avaliados resulta-
sualizar o correto posicionamento da dentina e
dos clínicos com 617 facetas, as seguintes in-
das áreas de translucidez, assim como visualizar
10
1
11
as caracterizações presentes nos dentes natu-
REFERÊNCIAS
rais.
8,9
A escolha da cor do cimento resinoso a ser utilizado é outro fator que deve ser considerado para a obtenção de sucesso na reprodução cromática do dente a ser restaurado. Com o cimento é possível modificar o valor final da restauração, principalmente quando laminados de pequena espessura e alta translucidez são utilizados. Nesse caso, faz-se necessário o uso de uma pasta simuladora ou Try-in para teste e seleção da cor do cimento resinoso.10
CONSIDERAÇÕES FINAIS A comunicação clínico-laboratorial mediante o uso de fotografias digitais e planejamento digital constitui um ponto primordial para todos os profissionais que visam planejar e restaurar com excelência dentes anteriores.
1. Araújo E. Fragmento cerâmico, uma alternativa para a realização de tratamentos estéticos minimamente invasivos. Int J Braz Dent. 2010;6(1):14-25. 2. Magne P, Belser U. Restaurações adesivas de porcelana na dentição anterior: uma abordagem biomimética. São Paulo: Quintessence; 2003. 3. Magne P, Kwon KR, Belser UC, Hodges JS, Douglas WH. Crack propensity of porcelain laminate veneers: a simulated operatory evaluation. J Prosthet Dent. 1999;81(3):327-34. 4. Calamia JR. Etched porcelain facial veneers: a new treatment modality based on scientific and clinical evidence. NY J Dent. 1983;53(6):255-9. 5. Magne P, Douglas WH. Porcelain veneers: dentin bonding optimization and biomimetic recovery of the crown. Int J Prosthodont. 1999;12(2):111-21. 6. Mclean JW, Hughes TH. The reinforcement of dental porcelain with ceramic oxides. Br Dent J. 1965 Sept; 251-67. 7. Gurel G. Predictable, precise and repeatable preparation for porcelain laminate veneers. Pract Proced Aesthet Dent. 2003;15(1):17-24. 8. Kurtzman GM. Improving shade communication. Dent Today. 2008;27(2):132-6. 9. Carmona D. Brincando com a luz: seleção de cor e técnica de estratificação para dentistas e técnicos em prótese dentária. São Paulo: Artes Médicas; 2006. 10. Cardoso PC, Decurcio RA, Lopes LG, Souza JB. Importância da pasta de prova (Try-In) na cimentação de facetas cerâmicas: relato de caso. Rev Odontol Bras Central. 2011;20(53):166-71. 11. Kourkouta S, Walsh TT, Davis LG. The effect of porcelain laminate veneers on gingival health and bacterial plaque characteristics. J Clin Periodontol. 1994;21(9):38-40. 12. Calamina JR, Calamina CS. Porcelain laminate veneers: reasons for 25 years of success. Dent Clin North Am. 2007;51:399-417. 13. Wiedhahn K, Kerschbaum T, Fasbinder DF. Clinical long-term results with 617 Cerec veneers: a nineyear reports. Int J Comput Dent. 2005;8:233-46.
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vem ser feitos para humanizar seu consultório
gem que normalmente é empregada pelo profis-
ou clínica, para torná-lo um ambiente amigo,
sional em uma primeira consulta. E a maioria dos
lembrando que cada tipo de cliente tem desejos
clientes dessa área é formada por mulheres, que
diferentes. E esses desejos devem ser usados
normalmente são bem mais sensíveis que os ho-
como guia para todos os ajustes a serem feitos
mens a todos os estímulos que as rodeiam.
na arquitetura.
Um cliente, quando chega a um local ainda não
Você precisará, então, entender um pouco mais
familiar, passa a avaliar os riscos que aquele
sobre seus clientes e o que eles desejam. Esta é
ambiente pode trazer para ele ou sua família, in-
a parte mais difícil!
conscientemente. Nessa avaliação, usa os cinco
MORAIS, Suelena
Arquiteta especializada em projetos na área da Saúde, Marketing e Ciência do Comportamento Seus projetos arquitetônicos humanizados têm por objetivo a otimização dos resultados dos consultórios e clínicas É consultora e professora do MBA Compacto de Gestão e Mercado para profissionais da Saúde do Grupo Caproni Palestrante internacional
sentidos para intuir se deve ou não acreditar no serviço que será oferecido no local. Uma cliente, por exemplo, pode até desistir de um tratamento se julgar que o sanitário da clínica está, por algum motivo, sujo, sem a manutenção adequada, ou com mau cheiro. Essa desistência pode acontecer antes mesmo de ela ter contato com o profissional que a atenderia. Um cliente pode não aceitar sua proposta de tratamento (e isso não depende somente do valor que foi passado para ele) simplesmente porque viu ou sentiu algo em sua clínica que o fez desconfiar de todo o resto! A comunicação não verbal - passada por meio dos cinco sentidos pelo local onde está sua clinica, pela fachada, pela decoração e, é claro, pelo tipo de atendimento dado pelos funcionários e por você - é responsável pela criação do ambiente amigo, que, se bem trabalhado, pode auxiliá-lo, passo a passo, na conquista do cliente.
48 49
v.1, n.1, 2012
O que é necessário?
Como fazer?
comum. Já imaginou como deve ser constrange-
Referências
dor para um cliente ter de ir ao sanitário da espeTente ver seu consultório ou clínica “com os
ra com um dique de borracha na boca, passando
olhos do cliente”. Pergunte-se: o que faria com
na frente de pessoas que ele não conhece?
1. Gigerenzer G. O poder da intuição: o inconsciente dita as melhores decisões. Rio de Janeiro: Best Seller; 2009.
Considerações Finais
2. Schmitt BH. Marketing experimental. São Paulo: Nobel; 2004.
São inúmeros os pontos que podem ser huma-
3. Lindstrom M. A lógica do consumo. Rio de janeiro: Nova Fronteira; 2009.
que ele se sentisse mais à vontade em cada ambiente da clínica e em cada situação pela qual ele passasse? Assim que conseguir uma resposta, teste uma solução.
nizados em sua clínica, o que vai depender do Exemplo 1: Coloque em sua mesa de anamne-
público que você atende, das especialidades que
se porta-retratos nos quais você apareça feliz,
oferece e até mesmo de características mais
com sua família (ou em momentos bons, como
sutis, como diferenças regionais e culturais. Mas
praticando um hobby), e um solitário, com uma
um fator não muda: todo cliente vai se sentir
flor natural. Teste e descubra como o cliente vai
muito mais bem acolhido quando você conseguir
perceber você de uma maneira melhor e como
detectar essas sutilezas que faltavam e passar a
isso vai economizar vários minutos de consulta.
oferecê-las na clínica. Ele vai se sentir mais em casa, entre amigos, com menos medo do proce-
Exemplo 2: Se você trabalha com procedimentos demorados, já deve ter percebido que os clientes gostam de se arrumar antes de saírem do consultório. Mas observe bem e descobrirá que não basta ter um espelho enorme dentro da própria sala clínica para resolver essa questão, pois mulheres não gostam de pentear os cabelos, passar um batom e ajeitar a roupa ao lado de alguém com quem não têm intimidade (pois é isso que elas querem fazer logo depois do procedimento, além, é claro, de conferir o serviço que foi feito, com calma e privacidade). A melhor maneira de resolver essa questão seria, então, disponibilizar para o uso dos clientes um sanitário na circulação interna da clínica, para que pudessem se arrumar. Perceba que esse sanitário interno também poderá ser muito útil para todos os clientes que precisarem ir ao banheiro durante o tratamento, o que você sabe que é bastante
dimento. E isso não tem preço!
4. Samara BS, Morsch MA. Comportamento do consumidor: conceitos e casos. São Paulo: Pearson Prentice Hall; 2007. 5. Botton A. Filosofia da arquitetura. Rio de Janeiro: Rocco; 2007. 6. LeDoux J. O cérebro emocional: os misteriosos alicerces da vida emocional. Rio de Janeiro: Objetiva; 2001. 7. Souza Brasil MA. Da psicoterapia analíticofenomenológico-existencial. Minas Gerais: FSB; 2008. 8. Caproni CR. Marketing aplicado à saúde. Belo Horizonte: s.ed.; 1996.
DICAS DE ORTODONTIA
Melhora da estética vermelha para próteses e implantes com “extrusão ortodôntica lenta”
Por que é importante?
O que é necessário?
As intervenções cirúrgicas têm sido cada vez
• Periodonto saudável, descontaminado
menos invasivas e com resultados cada vez
• No caso de planejamento para reabilitação
mais expressivos, mas na recomposição da pa-
protética, o remanescente radicular deve per-
pila, em especial, nada se compara à extrusão
mitir uma boa proporção coroa/raiz
ortodôntica no que diz respeito à previsibilidade.
• Para um planejamento de extração com im-
A ortodontia, desde que bem indicada e aplicada,
plante, deve haver uma inserção periodontal
pode induzir à formação dos tecidos de suporte
• Tratamento endodôntico prévio, ou previa-
tanto estética como estrutural. Essa manobra
mente combinado com o paciente, caso haja
proporciona um aspecto mais natural ao dente
necessidade
a ser reabilitado, pelo nivelamento da altura do colo gengival e pela recuperação das papilas.
Romanelli, Juliana
Especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial pela UNICASTELO
• O aparelho de eleição é fixo, convencional ou estético, preferencialmente com um bom tratamento de superfície no slot do braquete, per-
Quais as indicações?
mitindo um bom deslize do fio (Dentaurum) • Fios ortodônticos com forças leves, calibres
Mestre em Prótese Bucomaxilofacial pela FOUSP Professora Assistente no Curso de Excelência em Implantes do Instituto Implanteperio-SP
de pelo menos um terço de raiz
(ósseo e gengival), conduzindo a uma melhora
Dentes a serem restaurados ou extraídos, que
baixos (NT 0,012 ou 0,014, da Ormco)
apresentem desnível por perda ou ausência na-
• Kit de instrumentais de ortodontia, com pinça
tural de colo gengival e papilas. A extrusão orto-
de colagem de braquetes, pinça matiê, coloca-
dôntica lenta pode ser realizada em um ou mais
dor de Elastic (todos Starlet), espelho e pinça
dentes, consecutivos ou não.
clínica • Ácido fosfórico • Resina para colagem + primer (Transbond, 3M) • Afastador ortodôntico ou de fotografia (Joy) para colagem sem contaminação de saliva • Amarrilhos de latão 0,25 (GAC) ou borrachinhas de látex para fixação do fio ao braquete (GAC)
Como fazer? Estabeler o plano de tratamento e determinar se o dente em questão será mantido ou substituído por implante. Os dentes localizados a mesial e distal do elemento a ser extruído (pilares) também devem estar em boas condições de saúde periodontal, preferencialmente sem mobilidade. 50 51
v.1, n.1, 2012
A
D
B
E
C
F
Paciente com o incisivo central superior esquerdo condenado (elemento 21) apresentando perda de altura gengival nos dentes 21 e 22, com ausência de papila entre ambos. A exodontia do dente 21 sem um preparo ortodôntico prévio para a instalação do implante poderia promover uma recessão ainda maior da altura gengival, ou, na melhor das hipóteses, perpetuaria a condição desfavorável da estética vermelha (A). Radiografia periapical da região demonstrando a perda de osso interproximal (crista óssea) entre 21 e 22, além da perda óssea até o nível do terço apical da raiz do dente 21 (B). Extrusão do dente 21 com 2 mm de sobrecorreção, aparelho Equilibrium2 com slot 22 (Dentaurum), colado com resina de colagem de braquetes (Transbond TM Plus Color Change), onde foi usado o fio 0,014 Ni-Ti (Ormco) para a realização da técnica, e estabilizado com fio retangular 0,016 x 0,022 (Ormco) (C). Radiografia periapical ao final da fase de extrusão do dente 21, onde pode ser observado o aumento do tecido ósseo na região cervical (D). Instalação do implante (Nobel Biocare) após a extração do remanescente do elemento 21, em um mesmo tempo cirúrgico (E). Pós-operatório de 60 dias com prótese provisória sobre o implante onde houve a necessidade da remoção do aparelho ortodôntico para tratamento periodontal com descontaminação da área (F).
G
H
I
K
J
L
Radiografia periapical do implante instalado e do aparelho ortodôntico reinstalado para a extrusão do elemento 22 com finalidade protética, no intuito de obter melhor altura de osso interproximal entre 21 e 22 (G). Início da extrusão do elemento 22 (H). Radiografia periapical na fase inicial da extrusão do dente 22, onde tratamento endodôntico foi necessário, devido ao volume de desgaste de coroa a ser realizado ao longo do movimento ortodôntico (I). Final da extrusão do elemento 22 (J). Radiografia periapical ao final do movimento extrusivo comprovando a melhora do volume ósseo interproximal (K). Final da fase ortodôntica do tratamento, com extrusão de dois dentes, um com finalidade para implante (21), e o outro com finalidade protética (22). Visível melhora na arquitetura gengival da região (L). 52 53
v.1, n.1, 2012
Caso haja algum desses comprometimentos,
tamento endodôntico tem de ser uma hipótese
devem ser submetidos a prévio tratamento pe-
desde o começo do caso.
riodontal e esplintados a mais um ou dois dentes
Quando o objetivo for alcançado, com a devida
adjacentes, para que a resultante de forças pos-
atenção à sobrecorreção, o tratamento deve ser
sa agir somente no dente a ser extruído. O apoio
estabilizado em média por 6 meses.6,7
pode ser feito, inclusive, em implantes definitivos
O tempo total de extrusão, os intervalos entre as
ou transitórios.
consultas e o tempo de estabilização dependem
O aparelho ortodôntico deve ser instalado, com o
do tipo de periodonto e da quantidade de tecido
braquete do dente em questão posicionado mais
ósseo, ou seja, da resistência imposta pela es-
apicalmente do que os demais, com cerca de 1
trutura.8 O resultado efetivo da formação de te-
mm de diferença. A grande maioria dos trabalhos
cido ósseo pode ser verificado clinicamente pela
relata que 1,5 mm ao mês, em média, é a quan-
presença do aumento do tecido gengival e com-
tidade necessária de movimento para que o pe-
provado com acompanhamento radiográfico.
riodonto possa produzir osso de forma saudável
A finalização estética pode ser, então, realizada,
desde a região do ápice radicular à
dando preferência aos implantes imediatos se a
crista óssea. Na consulta de retorno, esse pro-
indicação for extração,6 pois favorece a manu-
cedimento deve ser repetido, e assim sucessiva-
tenção da arquitetura gengival adquirida.
e definitiva,
1-3
4
mente, até que a quantidade de tecido almejado seja produzida. Em ambos os casos (prótese ou
Considerações finais
implante), o dente deve ser extruído com uma sobrecorreção de 2 mm em média, com mais ên-
O uso da ortodontia prévia às restaurações e
fase para casos direcionados a implantes. Quan-
implantes, em especial a técnica da extrusão or-
do a extrusão ocorre com finalidade de implante,
todôntica lenta, pode ser uma terapia de eleição
a resultante de altura papilar é dada pelo nível de
para dentes com comprometimento estético.
inserção periodontal do dente, e não pela altura
Além de ser uma técnica conservadora e pre-
do implante.5
visível,6,9 apresenta pouquíssimas restrições e
Um severo controle de torque radicular deve ser
limitações de resultado. Isso pode ser o grande
feito para que a raiz não seja movimentada em
diferencial no aspecto final do trabalho realizado.
direção à tábua óssea vestibular, que pode ser reabsorvida. Não pode haver contato prematuro com o antagonista durante a extrusão. Em função disso, desgastes palatinos e incisais devem ser realizados assim que o braquete for colocado na posição apical. A quantidade de movimento a ser realizado indica diretamente o montante de desgastes, que, por sua vez, podem atingir ou ficar muito próximo à polpa. Por essa razão, o tra-
Referências 1. Van Dooren E. Immediate single implant placement after extraction in thin biotype cases: considerations for success. Quint Dental Tech. 2006;29:69-78. 2. Cuoghi OA, Bosco AF, de Mendonça MR, Tondelli PM, Miranda-Zamalloa YM. Multidisciplinary treatment of a fractured root: a case report. Aust Orthod J. 2010 May;26(1):90-4. 3. Holst S, Hegenbarth EA, Schlegel KA, Holst AL. Restoration of a nonrestorable central incisor using forced orthodontic eruption, immediate implant placement, and an all-ceramic restoration: a clinical report. J Prosthet Dent. 2007 Oct;98(4):251-5. 4. Reitan K. Clinical and histologic observations on tooth movement during and after orthodontic treatment. Am J Orthod. 1967 Oct;53(10):721-45. 5. Salama H, Salama MA, Garber D, Adar P. The interproximal height of bone: a guidepost to predictable aesthetic strategies and soft tissue contours in anterior tooth replacement. Pract Periodontics Aesthet Dent. 1998 NovDec;10(9):1131-41; quiz 1142. 6. Salama H, Salama M. The role of orthodontic extrusive remodeling in the enhacement of soft and hard Tissue profiles prior to implant placement: a systematic approach to the management of extraction site defects. Int J Periodontics Restorative Dent. 1993;13(4):31234. 7. Kan JYK, Rungcharassaeng K, Fillman M, Caruso J. Tissue architecture modification for anterior implant esthetics: an Interdisciplinary approach. Eur J Esthet Dent. 2009;4:104–17. 8. Brindis MA, Block MS. Orthodontic tooth extrusion to enhance soft tissue implant esthetics. J Oral Maxillofac Surg. 2009 Nov;67(11 Suppl):49-59. 9. López SG, Gaya MVO, Capilla MV. Esthetic restoration with orthodontic traction and singletooth implant: case report. Int J Periodontics Restorative Dent. 2005;25:239–45.
DICAS DE PRÓTESE
Utilizando dispositivos que definem o plano oclusal em reabilitações estéticas Fujiy, Fabio Hiroshi Mestrando em Prótese Dental - São Leopoldo Mandic
CLAVIJO, Victor Especialista, Mestre e Doutor em Dentística Restauradora - UNESP
Por que é importante?
• Gotejador elétrico Com a introdução de protocolos fotográficos no
• Resina bis-acrílica
dia a dia do clínico, comumente são enviadas fo-
• Silicone de condensação do tipo Zetalabor
tos de sorriso juntamente aos modelos para a
• Lâmina de bisturi
realização de enceramento-diagnóstico em rea-
Como fazer?
bilitações estéticas. As fotografias orientam o técnico em prótese dental durante a confecção do enceramento-
O primeiro passo para a definição do correto pla-
-diagnóstico, porém muitas vezes a inclinação
no oclusal será realizar uma fotografia frontal da
demonstrada do plano oclusal na fotografia in-
face do paciente com a régua de orientação Ar-
traoral, de sorriso e nos modelos de gesso não
tex (Amann Girrbach). Essa régua será fixada no
corresponde com a realidade do paciente. Des-
arco facial, posicionando-o na cavidade auricular
sa forma, o técnico realiza o enceramento-diag-
do paciente. O arco facial e a régua de orienta-
nóstico sem a orientação correta desse plano.
ção serão mantidos em posição com o auxílio
Assim, na maioria das vezes, o enceramento
das mãos do paciente, sendo a referência para o
encontra-se perfeito no modelo, mas, quando é
posicionamento ideal, onde as linhas horizontais
reproduzido na boca, atráves de um mock up, ele
permanecem paralelas à linha bipupilar dele.
encontra-se em condições inapropriadas, como
Caso o paciente possua uma inclinação do plano
linha média inclinada, longo eixo dental incorreto
oclusal ou da cavidade auricular, pode-se gra-
e plano oclusal inclinado.
duar essa inclinação com o calibrador da régua,
Para que isso não ocorra, é de fundamental im-
que se movimenta nos sentidos horário e anti-
portância a definição de corretos protocolos
-horário, alterando a inclinação da linha horizon-
para fotografias de face,1,2 bem como dispositi-
tal. Após a definição das linhas horizontais para-
vos auxiliares para a definição desse plano oclu-
lelas ao plano bipupilar do paciente, realizam-se
sal.
uma nova fotografia frontal da face e a marcação
1,2
Calgaro, Murilo Técnico em Prótese Dental - Responsável pelo laboratório do Dr. Eric Vandooren em Antwerpia, Bélgica
• Cera para enceramento-diagnóstico
da posição do calibrador da régua.
O que é necessário?
Na confecção dos modelos para o enceramento-diagnóstico, a moldagem em silicone de adição
• Máquina fotográfica SLR, lente macro de 100 mm e flash macro • Computador com programa de apresentação (PowerPoint ou Keynote) • Articulador Artex (Amann Girrbach) com réguas de orientação
54 55
v.1, n.1, 2012
deve ser realizada copiando-se ao máximo o fundo de vestíbulo e palato, para proporcionar referências visuais da arquitetura gengival e dental, além de criar suporte e estabilidade para a muralha de silicone, evitando distorções durante a confecção do mock up. Os moldes devem ser
• Silicone de adição
vazados em gesso especial, de acordo com as
• Moldeiras superiores e inferiores
recomendações do fabricante.
• Modelo de gesso
A posição demarcada no calibrador da régua
A
B
C
D
E
F
Observe que cada fotografia possui uma inclinação do plano oclusal, sendo assim de fundamental importância a criação de protocolos de fotos e dispositivos para a reprodução real do plano oclusal no modelo de gesso, para a confecção do enceramento-diagnóstico (A). Muitos realizam o enceramento-diagnóstico somente por meio de fotografias intraorais, de sorriso e modelos, sem montagem em articulador. Observe nessa imagem que o enceramento-diagnóstico e o mock up encontram-se harmônicos quanto ao plano oclusal criado (B). Porém, quando ampliamos nossa visão quanto ao plano oclusal em relação à face do paciente, observe que ele encontra-se inclinado e não paralelo à linha bipupilar, ocasionando inclinação da linha média dental, longo eixo dental e plano oclusal. A linha amarela demonstra a inclinação do plano oclusal, e a linha branca demonstra a linha paralela ao plano bipupilar. Assim, são necessários dispositivos que auxiliem a determinação da inclinação real do plano oclusal do paciente (C). Arco facial e régua de orientação em posição. Observe que o plano oclusal do paciente não possui nenhuma inclinação, portanto ela será graduada em zero (D). Articulador Artex com régua de orientação laboratorial e modelo em gesso posicionado com o auxílio de silicone pesado. O modelo foi posicionado de acordo com a inclinação encontrada no paciente e transportado com a régua de orientação laboratorial (E). Observe que o plano oclusal do modelo encontra-se paralelo às linhas de orientação da régua, de acordo com a inclinação do plano oclusal em relação à face do paciente, etapa fundamental para o êxito do enceramento-diagnóstico (F).
G
H
I
J
K
L
M
N
Através das linhas de orientação da régua, deve-se realizar linhas de orientação no modelo. Observe que há assimetria das margens gengivais dos dentes 11 e 21, sendo facilmente niveladas com o auxílio da linha criada em vermelho, orientada pela régua (G). Enceramento-diagnóstico por adição. Nesse caso será realizado um mock up para visualização da nova margem gengival e contorno dental, portanto o enceramento deve ser confeccionado acima da margem gengival do modelo, sem nenhum desgaste no gesso (H). Enceramento-diagnóstico concluído. Observa-se que as margens gengivais e bordas incisais encontram-se paralelas à linha de orientação em vermelho (I). Confecção da guia em silicone de adição para a realização do mock up. É de fundamental importância o refinamento dessa guia mediante a remoção de todo o silicone a 1 mm da margem genvival (J). Guia de silicone finalizada. Observe o refinamento da guia e a demarcação da linha média para auxílio da inserção (K). Confecção do mock up com resina bis-acrílica A2. Observe a remoção dos excessos devido ao refinamento da guia (L). Remoção da guia de silicone e perfeito contorno gengival do mock up devido à excelente adaptação da guia bem como à ausência de distorções do modelo decorrentes da moldagem em silicone de adição (M). Conferência do correto posicionamento do plano oclusal com a régua de orientação (N). Caso inicial e mock up realizado com o auxílio do dispositivo de orientação do plano oclusal (O). 56 57
v.1, n.1, 2012
será transportada para a régua de orientação
o modelo superior será fixado ao articulador. Em
ceramento-diagnóstico em relação à linha mé-
laboratorial, que é fixada no articulador, reprodu-
seguida, realiza-se a montagem do modelo infe-
dia, inclinações dos eixos dentais e plano oclusal.
zindo as mesmas dimensões e referências re-
rior ocluindo com o modelo superior, já fixado ao
Após a conclusão do enceramento-diagnóstico,
gistradas no paciente quanto ao posicionamen-
articulador.
será realizado o mock up com resina bis-acrílica
to real do plano oclusal.
Tendo a referência real do plano oclusal, o plane-
por meio de guias de silicone, que devem ser cor-
Com o auxílio de um silicone pesado, o modelo
jamento é facilitado pela confecção das linhas
tadas a 1 mm das margens gengivais sugeridas
é posicionado de acordo com as linhas horizon-
de referência horizontal no modelo superior, o
com o auxílio de lâmina de bisturi nº 11 ou 12. A
tais demarcadas na régua de orientação, e então
que facilita a visão do técnico e evita erros no en-
linha média dessa guia também deve ser demarcada, o que facilitará a inserção da guia na cavidade oral do paciente.
O
Após a finalização do mock up, será realizada um nova conferência do plano oclusal com régua de orientação.
Considerações finais A correta determinação do plano oclusal do paciente no modelo de gesso é de fundamental importância para o êxito do enceramento-diagnóstico, evitando, assim, falhas como desnivelamento de margens gengivais, linha média, longo eixo dental e plano oclusal inclinado. Evitando essas situações, o enceramento-diagnóstico1,2 torna-se muito previsível para a confecção do correto mock up.
Referências 1. Kyrillos M, Moreira M. Sorriso modelo: o rosto em harmonia. São Paulo: Santos; 2004. 2. Fradeani M. Esthetic analysis: a systematic approach to prosthetic treatment. Chicago: Quintessence; 2004.
DICAS DE ADESÃO
À medida que os conceitos relativos às técnicas e mecanismos responsáveis pela união de sistemas adesivos ao esmalte e à dentina têm se
Como evitar sensibilidade pós-operatória em dentes posteriores
O que é necessário?
sedimentado, os procedimentos restauradores adesivos vêm se tornando cada vez mais previsíveis e duradouros.1 A evolução do conhecimen-
• Turbina de alta rotação e/ou contra-ângulo multiplicador com refrigeração • Pontas diamantadas e brocas carbide em bom estado de uso
to é acompanhada da simplificação dos proce-
• Cimento de hidróxido de cálcio
dimentos adesivos. No entanto, o entendimento
• Sistema adesivo autocondicionante ou que
dos fundamentos de adesão é crucial para que haja sucesso no tratamento restaurador adesivo realizado no dia a dia do clínico.
utilize ácido fosfórico • Fotopolimerizador com no mínimo 650 mW/ cm2 de potência • Resina composta micro-híbrida, nano-híbrida
Por que é importante?
ou nanoparticulada • Espátula para inserção e adaptação da resina
Reis, André Figueiredo DDS, MS, PhD Professor Adjunto do Programa de Pós-Graduação em Odontologia da Universidade Guarulhos
Por incrível que pareça, uma das queixas prin-
composta M1.
cipais dos pacientes relacionadas aos procedimentos adesivos em dentes posteriores não diz respeito à durabilidade das restaurações. A
Como fazer?
Mestre em Clínica Odontológica, FOP-UNICAMP
sensibilidade pós-operatória é uma das maiores
Doutor em Clínica Odontológica, FOP-UNICAMP e University of North Carolina
reclamações de pacientes e ocorre logo nos pri-
A principal causa da sensibilidade pós-opera-
meiros momentos após a confecção da restau-
tória é descrita pela teoria hidrodinâmica de
ração.2 A sensibilidade pós-operatória pode ser
Brannstrom.3 A movimentação de fluido dentro
evitada facilmente, mas é importante que suas
dos túbulos dentinários pode sensibilizar as ter-
causas sejam conhecidas para que possam ser
minações nervosas da polpa, sendo percebida
evitadas. Assim, o objetivo deste texto é abor-
como dor. Dessa forma, qualquer estímulo que
dar sucintamente alguns tópicos relacionados
provoque a movimentação de fluido provocará
à sensibilidade pós-operatória em dentes pos-
sensibilidade em um dente vital. Traduzindo essa
teriores.
teoria para a aplicação clínica, restaurações adesivas que não obtiverem um selamento adequado apresentarão sensibilidade pós-operatória. A contração de polimerização pode resultar em deflexão de cúspides, o que também resultará em movimentação de fluido dentinário e consequente sensibilidade pós-operatória. Além disso, a tensão de contração gerada durante a polimerização da resina composta pode resultar na formação de fendas e microinfiltração,4 resultando também em sensibilidade pós-operatória (Fig.
58 59
v.1, n.1, 2012
A). Dessa forma, recomenda-se o uso de técni-
A
B
cas incrementais para inserção da resina composta na cavidade.5 Foram descritas acima as causas da sensibilidade pós-operatória resultante da movimentação de fluido dentinário. No entanto, essas não são as únicas causas de sensibilidade pós-operatória. As outras causas estão associadas à inflamação pulpar gerada durante o procedimento restaurador. O trauma gerado durante o preparo cavitário pode resultar em uma inflamação pulpar, que resultará em sensibilidade. Para evitar que isso ocorra, durante o preparo cavitário de-
C
ve-se utilizar irrigação abundante e pontas/brocas em condições de uso adequadas. Outra causa de sensibilidade está associada à utilização de sistemas adesivos que utilizam o ácido fosfórico, especialmente em dentina profunda. Os adesivos que empregam o ácido fosfórico produzem prolongamentos resinosos (tags) extensos (Fig. B). Em contato com o fluido dentinário, é possível que ocorra inibição da polimerização da porção mais profunda dos
tags resinosos. Esses monômeros não polimerizados podem entrar em contato com a polpa e gerar uma reação inflamatória.6 Em cavidades profundas, devido à alta permeabilidade pulpar, recomenda-se a aplicação de um forramento cavitário para proteção pulpar indireta, como o hidróxido de cálcio.7 A falta dessa proteção pode promover reações inflamatórias na polpa, o que pode causar sensibilidade pós-operatória. A aplicação do forramento deve ser restrita à região de dentina mais profunda, pois a aplicação nas demais regiões do preparo é desnecessária e o excesso de aplicação pode prejudicar a união da resina composta à cavidade (Fig. C). Por utilizarem um ácido mais agressivo, os siste-
A imagem de microscopia eletrônica de varredura ilustra uma cavidade Classe II que foi restaurada sem uma adequada técnica incremental. Note a formação de fenda na parede gengival da cavidade (A). A imagem de microscopia eletrônica de varredura ilustra a interface dentina-resina produzida por um adesivo que utiliza o ácido fosfórico. Note que a camada híbrida apresenta aproximadamente 5 μm e que os tags de resina são numerosos e longos. No caso de uma cavidade muito profunda, se não for realizada a proteção pulpar, a sensibilidade pós-operatória pode ocorrer devido a uma irritação pulpar causada por monômeros não reagidos (B). A figura apresenta a secção de uma cavidade Classe I em um dente pré-molar de um paciente jovem restaurada com resina composta. Note que, apesar de aparentemente ser uma cavidade rasa, a profundidade e a proximidade da polpa variam em diferentes regiões da cavidade. As imagens de microscopia eletrônica de varredura mostram que a quantidade e o diâmetro dos túbulos dentinários são maiores na dentina profunda (B). No caso da utilização de um adesivo com ácido fosfórico, é desejável que seja realizada uma proteção pulpar indireta na região de dentina profunda (apenas na área demarcada pelo círculo B), pois, caso não seja realizada, a chance de sensibilidade pós-operatória aumenta. No caso da utilização de um adesivo autocondicionante, a proteção pulpar não é necessária, pois os smear plugs são mantidos (C).
D
E
A imagem de microscopia eletrônica de transmissão ilustra a interface resina-dentina produzida por um adesivo autocondicionante de dois passos. Note que a camada híbrida produzida por esse adesivo apresenta 0,5 μm de espessura, sendo aproximadamente 10 vezes mais fina do que aquela apresentada na Figura B. Note também a presença de smear plugs, que permanecem obliterando os túbulos dentinários. A presença dos smear plugs impede que ocorra irritação pulpar resultante da penetração de monômeros não reagidos, mesmo na ausência de proteção pulpar indireta, o que resulta em menor sensibilidade pós-operatória em comparação com adesivos convencionais que utilizam o ácido fosfórico (D). A figura ilustra uma tática utilizada para que não seja excedido o tempo de 15 segundos para condicionamento ácido da dentina. Deve-se iniciar o condicionamento pelas margens de esmalte; em seguida, estende-se para a superfície dentinária. O condicionamento excessivo da dentina, além de prejudicar a durabilidade da união, pode resultar em sensibilidade pós-operatória (E).
mas que empregam o ácido fosfórico a 37% des-
dentinária (Fig. D).8
solvente.10 Assim, enquanto adesivos que utili-
mineralizam o esmalte e a dentina a uma profun-
No caso da aplicação de um adesivo que utilize o
zam etanol ou butanol necessitam da aplicação
didade cerca de 10 vezes maior que os sistemas
ácido fosfórico, é importante que seja respeitado
de apenas 1 ou 2 camadas de adesivo, os ade-
autocondicionantes
“brandos”
o tempo de 15 segundos para o condicionamen-
sivos que empregam a acetona necessitam da
(Fig. B). Os sistemas autocondicionantes for-
to da dentina, para que não ocorra um sobrecon-
aplicação de pelo menos 4 a 5 camadas para
mam uma camada híbrida de aproximadamente
dicionamento, o que pode prejudicar a união e a
que seja conseguida uma quantidade de monô-
0,5 µm, o que não resulta necessariamente em
durabilidade da restauração. Por isso, é impor-
meros suficiente para a formação de uma inter-
uma resistência de união inferior. Essa desmi-
tante sempre se iniciar o condicionamento ácido
face adequada.
neralização menos acentuada dos sistemas
pelas margens de esmalte (Fig. E).
Em resumo, para que não ocorra sensibilidade
autocondicionantes apresenta algumas vanta-
Um fato muito comum, porém pouco divulgado,
pós-operatória, podemos tomar alguns cuida-
gens para a união à dentina, como uma dentina
diz respeito ao tipo de solvente dos sistemas
dos:
apenas parcialmente desmineralizada. Assim, é
adesivos. Adesivos que empregam acetona
• durante o preparo cavitário, utilizar irrigação
comum observar a presença de “smear plugs”, o
como solvente apresentam maior proporção
que contribui na redução da sensibilidade pós-
solvente/monômeros quando comparados aos
• após o preparo cavitário, em caso de dentina
-operatória e também diminui a permeabilidade
adesivos que utilizam etanol ou butanol como
profunda, e se o adesivo a ser utilizado empre-
60 61
considerados
v.1, n.1, 2012
9
abundante;
gar o ácido fosfórico, é sempre recomendada a
O quadro abaixo lista algumas falhas que podem
proteção pulpar (apenas na região profunda);
prejudicar a união e resultar em sensibilidade
• após o preparo cavitário, em caso de dentina
pós-operatória.
profunda, os adesivos autocondicionantes são uma excelente opção e não necessitam de
Considerações Finais
proteção pulpar indireta adicional; • durante a aplicação do adesivo, é importante
A sensibilidade pós-operatória pode ser resul-
que, após a evaporação do solvente e antes da
tado de diferentes falhas desde o momento do
polimerização, toda a cavidade esteja cober-
preparo cavitário. A correta execução dos proce-
ta pelo adesivo. Lembre-se de que adesivos à
dimentos de aplicação dos adesivos e da inser-
base de acetona necessitam da aplicação de
ção da resina composta é crucial para o sucesso
mais camadas do que os adesivos à base de
da restauração e para ausência de sensibilidade
etanol ou butanol;
pós-operatória.
• durante a inserção da resina composta, a utilização de técnicas incrementais e de instrumentos adequados para permitir a correta
Agradecimentos
adaptação do compósito na cavidade favore-
Aos Profs. Drs. Elliot W. Kitajima e Francisco A.
cerão uma restauração com perfeita adapta-
Tanaka, do NAP/MEPA da ESALQ/USP, pelo su-
ção marginal e livre de fendas; e
porte técnico para a realização das MEVs apre-
• após a restauração, como em qualquer proce-
sentadas.
dimento restaurador, o ajuste oclusal é indispensável.
• Trauma durante o preparo cavitário • Contaminação do campo por isolamento deficiente • Condicionamento ácido excessivo • Desidratação da dentina após condicionamento ácido • “Overwet phenomenon” (excesso de umidade) • Não evaporação dos solventes com leve jato de ar • Aplicação insuficiente de adesivo • Fotoativação deficiente do adesivo e da resina composta • Contração de polimerização da resina composta • Falta de proteção pulpar em dentina muito profunda • Excesso de proteção pulpar Falhas que podem gerar sensibilidade pós-operatória e prejudicar o desempenho das restaurações adesivas.
Referências 1. Reis AF, Pereira PNR, Giannini M. Sistemas adesivos: atualidades e perspectivas. In: Macedo MCS, Baldacci Filho R. Organizadores. Procedimentos odontológicos. São Paulo; 2007. p. 85-116. Disponível em: http://www.apcd.org.br/ciosp/anais/ ebook.htm. 2. Casselli DS, Martins LR. Postoperative sensitivity in Class I composite resin restorations in vivo. J Adhes Dent. 2006;8(1):53-8. 3. Brännström M. The hydrodynamics of the dental tubule and pulp fluid: its significance in relation to dentinal sensitivity. Annu Meet Am Inst Oral Biol. 1966;23:219. 4. Feilzer AJ, De Gee AJ, Davidson CL. Setting stress in composite resin in relation to configuration of the restoration. J Dent Res. 1987;66(11):1636-9. 5. Reis AF, Giannini M, Ambrosano GM, Chan DC. The effects of filling techniques and a low-viscosity composite liner on bond strength to class II cavities. J Dent. 2003;31(1):59-66. 6. Teixeira HM, Do Nascimento AB, Hebling J, De Souza Costa CA. In vivo evaluation of the biocompatibility of three current bonding agents. J Oral Rehabil. 2006;33(7):542-50. 7. Costa CA, Giro EM, do Nascimento AB, Teixeira HM, Hebling J. Short-term evaluation of the pulpodentin complex response to a resin-modified glassionomer cement and a bonding agent applied in deep cavities. Dent Mater. 2003;19(8):739-46. 8. Reis AF, Giannini M, Pereira PN. Long-term TEM analysis of the nanoleakage patterns in resin-dentin interfaces produced by different bonding strategies. Dent Mater. 2007;23(9):1164-72. 9. Hashimoto M, Tay FR, Svizero NR, de Gee AJ, Feilzer AJ, Sano H, Kaga M, Pashley DH. The effects of common errors on sealing ability of total-etch adhesives. Dent Mater. 2006;22(6):560-8. 10. Reis AF, Oliveira MT, Giannini M, De Goes MF, Rueggeberg FA. The effect of organic solvents on one-bottle adhesives’ bond strength to enamel and dentin. Oper Dent. 2003;28(6):700-6.
DICAS DE FOTOGRAFIA
Por que é importante?
• Fundo preto (espelho de contraste ou cartoliA imagem, quando bem empregada, tem a ca-
Tomadas fotográficas intraorais básicas
MASIOLI, Marco Doutor em Clínica Odontológica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro Mestre em Dentística pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro Professor Associado do Curso de Odontologia da Universidade Federal do Espírito Santo Diretor Acadêmico do Programa de Atualização em Odontologia Estética da PRÓ-ODONTO ESTÉTICA Autor do Livro Fotografia Odontológica
• Um afastador em V
pacidade de convencer e substituir palavras.
nas pretas recortadas) • Espelhos para fotografias intraorais
Por isso, vem-se tornando cada vez mais importante em todos os aspectos do cotidiano. Isso
Como fazer?
ocorre porque, enquanto as palavras precisam, primeiramente, ser convertidas em linguagem
Para obter um protocolo de documentação foto-
visual, as fotografias só precisam ser avaliadas/
gráfica na clínica diária é preciso que as tomadas
julgadas. Dessa forma, com fotografias intrao-
sejam feitas da forma mais fácil possível. A falta
rais básicas, temos o aspecto geral da cavidade
de um protocolo prévio pode tornar a prática de
oral; já as fotos do sorriso enriquecem e ajudam
fotografar de difícil execução e, com isso, fazer
a entender melhor as características de cada
com que o ato de fotografar seja desencorajado.
paciente.
O objetivo deste artigo é mostrar um protocolo
Nesse contexto, a fotografia clínica pode trazer
pelo qual se podem capturar fotografias intrao-
grandes benefícios ao cirurgião-dentista, sen-
rais e de sorriso de forma simples e rápida, com
do uma arma a favor de quem souber utilizá-la.
o paciente em uma única posição: deitado.
Quando capturadas de forma correta, as ima-
Deve-se planejar a sequência fotográfica e co-
gens fotográficas podem ser usadas para diver-
nhecer o funcionamento, os recursos e as limi-
sas finalidades na Odontologia, entre as quais se
tações do equipamento fotográfico que será
pode destacar: a documentação e a avaliação de
utilizado para a captura das imagens. Com isso,
trabalhos executados; o ensino e a comunicação
planejam-se as imagens que serão capturadas
entre profissionais; a orientação aos pacientes;
e traça-se o esquema do que se vai fotografar.
o marketing; e a elucidação de demandas legais.
Antes de iniciarem-se as tomadas, explica-se para o paciente o porquê das fotografias e como
O que é necessário?
serão realizadas, já que possivelmente algumas serão feitas já na consulta inicial, e a confiança
• Câmera fotográfica digital
odontológico devem começar no primeiro mo-
uma lente macro de 100 mm e um flash circu-
mento e solidificar-se a cada procedimento, in-
lar ou de ponto
clusive no ato de fotografar.
• Cartão de memória com espaço suficiente para a captura das imagens • Baterias e/ou pilhas carregadas para a câmera e o flash
v.1, n.1, 2012
Embora as fotografias de sorriso e intraorais possam ser feitas com o paciente em diversas posições, aí vai a dica: vamos fazer todas as tomadas descritas aqui com o paciente deitado na
• Dois afastadores circulares
cadeira odontológica totalmente reclinada.
• Dois afastadores circulares recortados (recor-
Com equipamentos, acessórios e paciente pron-
ta-se um dos lados do afastador) 62 63
e a cumplicidade tão importantes no tratamento
Obs.: O ideal é ter um corpo cambiável com
tos, iniciam-se as tomadas fotográficas, das
mais fáceis (para descontrair o paciente) às
A
B
C
D
E
F
mais difíceis, considerando-se sempre os princípios básicos de iluminação, focalização e enquadramento. Na fotografia digital o enquadramento deve ser feito mais de “longe”, e os diversos recortes podem ser feitos depois, no computador, arquivando-se as imagens originais.
A sequência das fotos Sugere-se a seguinte sequência: fotos de sorriso, intraorais frontais, laterais, arco superior e, por último, arco inferior. Com o paciente deitado na cadeira e o fotógrafo atrás dela, fazem-se as fotos de sorriso frontal e lateral. O fotógrafo não precisa mover-se. Quem faz isso é o paciente. Faça muitas fotos! Com câmera digital não há gastos com filme (Fig. A-F).
G
L
M
H
I
J
K
N
O
Terminadas as fotos de sorriso, posicione um par
culares com um afastador em V (por exemplo, o
espelho de contraste e faça as fotos das faces
de afastadores circulares e peça para o pacien-
do lado direito) e faça a fotografia intraoral late-
vestibulares da bateria labial superior (Fig. P-S).
te segurá-los. Faça as tomadas frontais básicas.
ral desse lado. Troque os lados dos afastadores
Troque o espelho de contraste por espelhos
Fotografias de guia anterior e lateralidade tam-
e faça a fotografia lateral esquerda (Fig. L-O).
oclusais convencionais e fotografe as oclusais
bém podem ser feitas nesse momento (Fig. G-K).
Substitua os afastadores em uso por afastado-
dos dentes superiores. Para esta última, peça ao
Posteriormente, troque um dos afastadores cir-
res recortados, afaste o lábio superior, insira o
paciente para inspirar pela boca e expirar pelo
64 65
v.1, n.1, 2012
P
Q
R
S
nariz e insira um jato de ar no espelho para evi-
Nesse momento, o “fotógrafo” posiciona-se na
fazer fotografias das faces vestibulares dos den-
tar o embaçamento dele (Fig. T-U). Para todas as
lateral da cadeira, troca os afastadores recorta-
tes da bateria labial inferior, embora essa toma-
tomadas feitas até aqui o paciente deve perma-
dos de mão, afasta o lábio inferior e posiciona os
da não seja muito requerida (Fig. W-Y).
necer deitado na cadeira, só alterando o posicio-
espelhos oclusais convencionais para fotografar
namento da cabeça, e o “fotógrafo” permanece
as oclusais (Fig. V-X).
atrás do paciente.
Pode ainda utilizar um espelho de contraste para
T
U
Considerações Finais As principais fotografias de uso odontológico, em um primeiro momento, podem parecer complexas, porém existe a possibilidade de serem executadas de forma rápida e tornar-se rotina para o clínico geral.
Referências 1. Masioli MA. Fotografia odontológica. 2ª ed. Porto Alegre: Artmed; 2010. V
X
2. Masioli MA, Cunha DL, Damazio WQ. Fotografia digital na clínica diária. In: Macedo MCS, Baldacci RF, Coordenadores. E-book Jubileu de Ouro: procedimentos odontológicos. São Paulo: APCD; 2007. p. 1-43. 3. Masioli MA. Fotografia clínica. Parte I. Rev Dental Press Estet. 2005;2(3):122-9. 4. Masioli MA, Cunha DL, Lima MMR. Fotografia clínica. Parte II. Rev Dental Press Estet. 2005;2(4):117-31. 5. Masioli MA, Vimercati BM, Cunha DL, Colodetti H, Dardendo CS. Fotografia digital na odontologia estética: equipamentos e técnicas. Pró-Odonto – Programa de Atualização em Odontologia Estética. 1ª ed. Porto Alegre: Artmed/Panamericana; 2010. v. 4, p. 117-70.
W
Y
66 67
v.1, n.1, 2012
O Livro Oficial do 12o Congresso Internacional de Técnicos em Prótese Dentária
SUMÁRIO
VENDAS
• 252 páginas • Formato 21 x 28 cm • Capa dura • 17 capítulos, com casos comentados e ilustrados • Papel couché, com alto padrão de impressão
www.editoraponto.com.br | 0800 704 4018 FLUXO DE TRABALHO TOTALMENTE DIGITAL NA ODONTOLOGIA RESTAURADORA Luiz Narciso Baratieri
TROCA DE COROAS METALOCERÂMICAS ANTERIORES SUPERIORES Limirio de Oliveira Junior
RANÇA DO TPD Erika Cristina Leite, Raquel Lourenço Lima
VISAGISMO APLICADO À ODONTOLOGIA ESTÉTICA RESTAURADORA Bráulio Paolucci, Philip Hallawell
METALOCERÂMICA EM UMA ANÁLISE ATUAL Gustavo Ferreira, Marc Oliver Lindner
PRÓTESE DENTÁRIA REABILITAÇÃO ORAL PARA TODOS Francis Cunha Lima
METALOCERÂMICA PARA DENTES ANTERIORES Marcio Breda
TRATAMENTO DE DORES CRÔNICAS (CEFALEIA, FIBROMIALGIA, DORES ARTICULARES, DORES CERVICAIS, DORES DA COLUNA VERTEBRAL, SINUSITE) ATRAVÉS DO DISPOSITIVO INTRAORAL RFA (REGULADOR DE FUNÇÃO ARAGÃO) Wilson Aragão
REABILITAÇÃO DE MAXILAS ATRÓFICAS COM IMPLANTE ZIGOMÁTICO Daniel Morita da Silva, Gustavo Petrilli
SISTEMA ORCE - OVERDENTURE RETIDA POR CLIPES E ENCAIXES Samuel Abnadabe
OTIMIZANDO RESULTADOS DE RESTAURAÇÕES ESTÉTICAS: PROTOCOLO DO PLANO DE TRATAMENTO CLÍNICO E LABORATORIAL Milton Edson Miranda, Cristiano Soares
OCLUSÃO: ASPECTOS DA RELAÇÃO MANDÍBULA-MAXILA Emilio Carlos Zanatta
INCISIVO CENTRAL UNITÁRIO: COMO TRANSFORMAR ESSE PESADELO EM SONHO Victor Clavijo, Rodrigo Monsano
TÉCNICAS E CONEXÕES NO SISTEMA OVERDENTURE Luiz Fernando Buratto, Daniel Telles QUALIDADE DE VIDA: DESENVOLVENDO CONDUTAS DE TRABALHO PARA A SAÚDE E SEGU-
BIONATOR DE BALTERS: INDIVIDUALIZANDO A OCLUSÃO COM A FACE – UMA VISÃO TRIDIMENSIONAL Cristiane Barros André, Jefferson Vinicius Bozelli APARELHO DE PROPULSÃO MANDIBULAR FIXO: HERBST - CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E LABORATORIAIS Dirceu B. Raveli, Diego Cardoso Pendeza TRATAMENTO DA CLASSE III COM ORTOPEDIA MECÂNICA E ORTOPEDIA FUNCIONAL DOS MAXILARES Humberto A. R. Vianna, Adriana Vianna
Coluna Julio Cesar Joly
Mestre e Doutor em Clínica Odontológica na Área de Periodontia pela FOP-Unicamp, Piracicaba-SP joly@implanteperio.com.br
GAPS: fechando espaços
ODONTOLOGIA ESTÉTICA: o papel da Periodontia e nossas falhas Quando refletimos sobre o momento atual da odon-
gengival na vestibular daquele laminado cerâmico
tologia estética, parece óbvio que não há mais es-
esculpido por aquele técnico tão talentoso”.
paço para uma atuação profissional isolada, seto-
Vivemos o momento da Perioimplantodontia, pois
rizada em uma única vertente. Essa segmentação
os problemas são praticamente os mesmos ao
do conhecimento impede a visualização global das
redor de dentes e implantes, implicando apenas a
diferentes necessidades terapêuticas que talvez
mudança do substrato. Atualmente, as técnicas di-
possam ser imprescindíveis para o planejamento
recionadas à correção das discrepâncias marginais
e o tratamento. O sucesso depende do posiciona-
(recobrimento radicular e aumento estético de co-
mento de cada peça no seu devido lugar e da mo-
roa clínica) e as de aumento do volume de tecido
vimentação estratégica delas no momento ideal.
mole são importantíssimas na busca de resultados
Sem falsa modéstia, a Periodontia pode ser con-
restauradores gratificantes.
siderada uma das peças-chave desse desafiante
Todos os procedimentos plásticos são sensíveis,
“jogo de xadrez”.
portanto a adoção de qualquer protocolo terapêuti-
A visão pragmática da Periodontia, fundamentada
co depende de um planejamento criterioso, funda-
exclusivamente na prevenção e no tratamento das
mentado no entendimento de conceitos biológicos
doenças, passou a ser repaginada no momento
e de relações estéticas. É necessário que respei-
em que a Odontologia começou a valorizar a inte-
temos as reais indicações de cada técnica, indivi-
gração disciplinar na busca da excelência estética.
dualizando a sua aplicabilidade para cada situação
Apesar dos avanços dos materiais e das técnicas
clínica.
restauradoras, precisamos compreender que a
Certamente, o investimento nessa filosofia de tra-
obtenção de resultados verdadeiramente harmô-
balho torna a nossa atuação mais segura e pre-
nicos dependem do equilíbrio entre o componente
visível, minimizando as chances de problemas
dental e os tecidos moles (periodontais e/ou peri-
estéticos imediatos e, principalmente, tardios. Atu-
-implantares).
almente, a Periodontia representa um mal neces-
Afinal, “atire a primeira pedra” quem nunca se frus-
sário, porque, sem as ferramentas periodontais, os
trou com os seus próprios resultados restaurado-
planejamentos para otimização da estética do sor-
res em função de limitações periodontais! E sem-
riso tornam-se limitados e imprevisíveis. Não po-
pre erramos por pouco… “É aquele discreto halo
demos pensar em acabamento e “decoração” sem
acinzentado na cervical daquela fantástica coroa
que haja um alicerce sólido construído.
cerâmica cimentada sobre aquele pilar de zircônia em CAD-CAM”; ou “É aquela milimétrica recessão 68 69
v.1, n.1, 2012
O conceito de que a odontologia estética é multi-
E na área da Perioimplantodontia, reconstrução ós-
disciplinar já está em nossas vísceras! É parte de
sea, enxerto de tecido conjuntivo, implantes, como
nosso dia a dia!
será se a falha ocorrer? Não sabemos!
Não há um evento sequer em que imagens mara-
A maioria dos procedimentos de vanguarda que re-
vilhosas de casos espetaculares ilustrem as pro-
alizamos hoje não tem suporte científico específico,
jeções em widescreen. Não há uma publicação
isto é, pesquisa e dados diretamente relacionados.
sequer que não tenha uma sequência de tratamen-
O que, na verdade, fazemos é interpretar os dados
to com passos altamente elaborados e documen-
disponíveis na literatura e montar uma espécie de
tados, com fotografias digitais em alta resolução.
quebra-cabeça: alguém na Suécia conseguiu su-
Quando volto ao meu consultório ou a algumas das
cesso em recobrimento radicular de dez pacientes,
clínicas das minhas atividades acadêmicas, os ca-
na Itália experimentos em ratos mostram que de-
Oswaldo Scopin de Andrade Mestre e Doutor em Prótese pela UNICAMP
Pós-Graduação em Prótese e Oclusão pela New York University - College of Dentistry
sos não são sempre assim. Verdade!
terminado material melhora a cicatrização, nos Es-
Muitas vezes, o laminado realizado por um grande
tados Unidos alguém junta os experimentos sobre
ceramista no dente que teve uma plastia gengival
implantes unitários e consegue um resultado satis-
feita por um habilidoso periodontista não está como
fatório por um ano e documenta, e pronto! Vira um
aquele caso similar publicado em periódico, nem
protocolo mundial. Na verdade, sempre foi assim,
próximo das imagens que vi no último congresso do
só que hoje, com o mundo todo conectado, tudo
qual participei. Esse cenário que ocorre comigo já
é muito rápido. Vemos uma técnica e replicamos,
me foi relatado inúmeras vezes por muitos colegas
modificamos um pouco e já está sendo realizada
de profissão, que sentem certo grau de frustração
na boca dos nossos pacientes! Tudo tão rápido que
quando finalizam algum caso que não ficou tão per-
muitas vezes não temos tempo nem para pensar
feito como imaginavam.
qual o real benefício para o nosso paciente!
Voltando à ideia multidisciplinar, do advento da pe-
Mesmo não tendo todas as respostas, a odontolo-
rioimplantodontia, da explosão da tecnologia, como
gia estética multidisciplinar continua em evidência.
então praticar a odontologia estética se tudo isso é
Eu penso que estamos no caminho certo. Temos
tão novo, tão recente, e necessitamos de tanto co-
de trilhar esse caminho com as especialidades ca-
nhecimento e habilidades em todas as áreas? Ainda
minhando juntas... não há atalhos! Se, por acaso,
não temos a resposta. Temos critérios, conhece-
usarmos um atalho, vamos ter de voltar... o caminho
mos a biologia, mas não sabemos se os resultados
deverá ser trilhado por anos, e as falhas vão apare-
dos tratamentos “recentes” serão duradouros!
cer, até encontrarmos a melhor maneira para que
Na área da odontologia restauradora, o que vem
os nossos tratamentos possam beneficiar o maior
sendo uma tendência é a preservação de estrutu-
número de pacientes. Porém, temos de “nos con-
odontologia estética sendo realizada por um maior
ra dental, preparos conservadores, manutenção do
trolar”, para evitar tratamentos desnecessários em
número de profissionais, atingindo um maior núme-
término das restaurações em esmalte, e mesmo
nossos pacientes, apenas para satisfazer o nosso
ro de pacientes, com o cuidado técnico e biológico
assim não sabemos se serão procedimentos du-
ego odontológico, a nossa vaidade estética!
que rege a nossa profissão.
radouros! Porém, sabemos de uma coisa: desgas-
A excelência não significa o melhor caso do ano,
Somos de uma área da SAÚDE. A Odontologia é uma
tando menos estrutura, temos chance de que, se a
com um sorriso impecável estampado no rosto de
ciência biológica, e dependemos de uma série de fa-
terapêutica inicialmente selecionada falhar, ainda
uma linda modelo mordendo uma fotogênica fruta
tores para obter sucesso clínico. Para o paciente e
teremos estrutura dental para um novo procedi-
tropical, onde estiveram envolvidas todas as disci-
para nós, penso que tudo isso significa longevidade
mento.
plinas da Odontologia! Imagino excelência como a
com intervenções realmente necessárias.
Coordenador dos Cursos de Pós-Graduação Lato Sensu a Nível de Especialização em Implantodontia e Odontologia Estética do Centro Universitário Senac – São Paulo-SP osda@terra.com.br
NORMAS PARA PUBLICAÇÃO DE ARTIGOS
aceitação, esta poderá estar sujeita às modificações
vendo aparecer nomes ou iniciais. Para experimentos
solicitadas pelo Corpo Editorial.
com animais, deverão ser seguidos os guias da Insti-
3) Manuscritos não aceitos para publicação serão de-
tuição dos Conselhos Nacionais de Pesquisa sobre
volvidos com a devida notificação e, quando solicitada,
uso e cuidados dos animais de laboratório.
com a justificativa. Os manuscritos aceitos não serão
12) Manuscritos deverão estar acompanhados das
devolvidos.
Declarações de Responsabilidade e de Transferência
4) Os prazos fixados para a eventual modificação do
de Direitos Autorais, assinadas pelos autores.
manuscrito serão informados e deverão ser rigorosa-
13) A primeira página do artigo corresponde à folha de
mente respeitados. Sua não observação acarretará no
rosto e deve conter somente o título em português e
Please, read the Instructions for Authors at the site
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em inglês, nomes, titulação e filiação institucional dos
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como a exatidão das citações bibliográficas serão de
14) A revista DICAS compromete-se a enviar ao ende-
A revista DICAS – Revista Brasileira de Dicas em Odon-
responsabilidade exclusiva dos autores, não refletindo
reço de correspondência do autor, a título de doação,
tologia é dirigida à classe odontológica e a profissio-
necessariamente a opinião do Corpo Editorial.
um exemplar da edição em que o seu trabalho foi pu-
nais de áreas afins. Destina-se à publicação de artigos
6) Os manuscritos deverão estar organizados sem
blicado. Separatas e artigos em PDF são oferecidos a
sobre dicas clínicas em diversas áreas da Odontolo-
numeração progressiva dos títulos e subtítulos, que
preço de mercado. Para mais informações, consulte
gia, investigação científica, relatos de casos clínicos
devem diferenciar-se pelo tamanho da fonte utilizada.
www.revistaclinica.com.br.
e de técnicas, e revisões da literatura de assuntos de
7) As datas de recebimento e de aceitação do manus-
significância clínica, com periodicidade trimestral. As
crito constarão no final dele, no momento da sua pu-
CLASSIFICAÇÃO DOS MANUSCRITOS
normas, principalmente na parte de referências da
blicação.
Os manuscritos podem ser submetidos em dois for-
revista, estão baseadas no Uniform Requirements for
8) A revista Dicas receberá para publicação manuscri-
matos, descritos a seguir.
Manuscripts Submitted to Biomedical Journals: Wri-
tos redigidos em português, inglês ou espanhol, entre-
1) Artigos no formato de Dicas
ting and Editing for Biomedical Publication, do Inter-
tanto os artigos em língua estrangeira serão publica-
Devem conter: título em português e em inglês (má-
national Committee of Medical Journal Editors (Grupo
dos em português.
ximo de 12 palavras), nomes, titulação e filiação ins-
de Vancouver). N Engl J Med. 1997;336:309-16. Essas
9) No processo de avaliação dos manuscritos, os no-
titucional dos autores, endereço completo do autor
normas foram atualizadas em outubro de 2004 e es-
mes dos autores permanecerão em sigilo para os ava-
principal (apenas na folha de rosto), palavras-chave
tão descritas no site http://www.icmje.org.
liadores, e os nomes destes permanecerão em sigilo
e keywords. Devem responder às questões: “Por que
para aqueles. Os manuscritos serão avaliados por pares
é importante?”, “O que é necessário?”, “Como fazer?”
NORMAS GERAIS
(duas pessoas) entre os consultores do Corpo Editorial.
(estas perguntas devem aparecer no corpo do texto),
1) Os manuscritos enviados para publicação deverão
10) Recomenda-se aos autores que mantenham em
considerações finais, referências efetivamente citadas
ser inéditos, não sendo permitida a sua submissão si-
seus arquivos cópia integral dos originais, para o caso
ao longo do texto (número máximo de 10), desenho
multânea a outros periódicos. Caso não sejam segui-
de extravio dos manuscritos submetidos à avaliação.
esquemático, tabelas, gráficos, legendas das figuras
das as normas da revista, o manuscrito será devolvido
11) Manuscritos que envolvam pesquisa ou relato de
(caso houver, número máximo de 15) e agradecimen-
para as devidas adaptações. A revista DICAS reserva-
experiência com seres humanos deverão estar de
tos.
-se todos os direitos autorais do trabalho publicado,
acordo com a Resolução nº 196/96 do Conselho Na-
inclusive de versão e tradução, permitindo-se a sua
cional de Saúde, ou com o constante na Declaração de
2) Artigos no formato padrão
posterior reprodução como transcrição, com a devida
Helsinki (1975, revisada em 1983), devendo ter o con-
a) Artigo de investigação científica: título em português
citação da fonte.
sentimento por escrito do paciente e a aprovação da
e em inglês (máximo de 12 palavras), nomes, titulação
2) A revista DICAS reserva-se o direito de submeter to-
Comissão de Ética da Unidade (Instituição) em que o
e filiação institucional dos autores, endereço completo
dos os manuscritos à avaliação da Comissão Editorial,
trabalho foi realizado. Quando for material ilustrativo, o
do autor principal (apenas na folha de rosto), resumo
que decidirá pela aceitação ou não deles. No caso de
paciente não deverá ser identificado, inclusive não de-
(máximo de 10 linhas), palavras-chave, significância
70 71
v.1, n.1, 2012
clínica (máximo de 10 linhas), introdução, material e
Quintessence Int. 2004 Jun;35(6):456-65.
Kidd EA. How ‘clean’ must a cavity be before restoration?
métodos, resultados, discussão, conclusões, abstract
Livro
Caries Res. 2004 May-Jun;38(3):305-13.
(máximo de 10 linhas), keywords, referências, desenho
Marzola C. Técnica exodôntica. 3a ed. rev. ampl. São
Artigo com número e suplemento
esquemático do experimento, tabelas, gráficos, agra-
Paulo: Pancast; 2001.
Fitzpatrick KC. Regulatory issues related to functional
decimentos e legendas das figuras (caso houver);
Capítulo de livro
foods and natural health products in Canada: possible
b) relato de casos clínicos e de técnicas: título em por-
Soviero C, Garcia RS. Músculos da mímica facial. In:
implications for manufacturers of conjugated linoleic
tuguês e em inglês (máximo de 12 palavras), nomes,
Oliveira MG, organizadora. Manual de anatomia da
acid. Am J Clin Nutr. 2004 Jun;79(6 Suppl):1217S-20S.
titulação e filiação institucional dos autores, endereço
cabeça e do pescoço. 3a ed. Porto Alegre: EDIPURS;
Artigo sem número e com volume
completo do autor principal (apenas na folha de rosto),
1998. p. 66-73.
Ostengo Mdel C, Elena Nader-Macias M. Hydroxylapatite
resumo (máximo de 10 linhas), palavras-chave, intro-
Sem indicação de autoria
beads as an experimental model to study the adhesion
dução, revisão da literatura, relato do caso, discussão,
Council on Drugs. List no. 52. New names. JAMA. 1966
of lactic acid bacteria from the oral cavity to hard
conclusões ou considerações finais, abstract (máximo
Jul 18;197(3):210-1.
tissues. Methods Mol Biol. 2004;268:447-52.
de 10 linhas), keywords, referências, agradecimentos e
Instituição como autor
Artigo sem número e sem volume
legendas das figuras (caso houver); e
Conselho Nacional de Saúde(BR). Resolução no
Browell DA, Lennard TW. Inmunologic status of the
c) revisão da literatura: título em português e em inglês
196/96, de 10 de outubro de 1996. Dispõe sobre as
cancer patient and the effects of blood transfusion on
(máximo de 12 palavras), nomes, titulação e filiação
diretrizes e normas regulamentares de pesquisa
antitumor responses. Curr Opin Gen Surg. 1993:325-
institucional dos autores, endereço completo do autor
envolvendo seres humanos. Brasília: O Conselho; 1996.
33.
principal (apenas na folha de rosto), resumo (máximo
Editor como autor
Artigo indicado conforme o caso
de 10 linhas), palavras-chave, significância clínica (má-
Murray JJ, editor. O uso correto de fluoretos na saúde
Collins JG, Kirtland BC. Experimental periodontics
ximo de 10 linhas), introdução, revisão da literatura,
pública. São Paulo: Santos; 1992.
retards hamster fetal growth [abstract]. J Dent Res.
discussão, conclusão, abstract (máximo de 10 linhas),
Trabalho em congresso
1995;74:158.
keywords, referências, agradecimentos e legendas das
Lorenzetti J. A saúde no Brasil na década de 80
Artigo de jornal
figuras (caso houver).
e perspectivas para os anos 90. In: Mendes NTC,
Tynan T. Medical improvements lower homicide
coordenadora. Anais do 41º Congresso Brasileiro
rate:study sees drop in assault rate. The Washington
REFERÊNCIAS
de Enfermagem; 1989 Set 2-7; Florianópolis, Brasil.
Post. 2002 Aug 12; Sect. A:2 (col.4).
As referências (estilo de Vancouver) deverão ser nu-
Florianópolis: ABEn-Seção SC; 1989. p. 92-5.
Material eletrônico
meradas consecutivamente, na ordem em que apare-
Dissertação e tese
Abood S. Quality improvement initiative in nursing
cem no texto pela primeira vez, excluindo-se, conse-
Tavares R. Avaliação da resistência de fundações
homes: the ANA acts in an advisory role. Am J Nurs
quentemente, os nomes do autores citados no texto.
de amalgama, através da tração de coroas totais
[serial on the Internet]. 2002 Jun [cited 2002 Aug
Todos os autores citados no texto, nas tabelas e nas
metálicas [dissertação]. Florianópolis (SC): Programa
12];102(6):[about 3 p.]. Available from: http://www.
figuras deverão constar nas referências, conforme a
de Pós-Graduação em Odontologia/UFSC; 1988.
nursingworld.org/AJN/2002/june/wawatch.htm.
numeração progressiva deles no texto.
Documentos legais
Foley KM, Gelband H, editors. Improving palliative
Brasil. Portaria no 569, de 1º de junho de 2000.
care for cancer [monograph on the Internet].
EXEMPLOS DE REFERÊNCIAS
Institui o Programa de Humanização no Pré-natal e
Washington: National Academy Press; 2001 [cited
De um a seis autores
Nascimento. Diário Oficial da República Federativa do
2002 Jul 9]. Available from: http://www.nap.edu/
Lodish H, Baltimore D, Berk A, Zipursky SL, Matsudaira
Brasil, 8 jun 2000. Seção 1.
books/0309074029/html/.
P, Darnell J. Molecular cell biology. 3rd ed. New York:
Material não publicado
Anderson SC, Poulsen KB. Anderson’s electronic atlas
Scientific American; 1995.
Tian D, Araki H, Stahl E, Bergelson J, Kreitman M.
of hematology [CDROM]. Philadelphia: Lippincott
Com mais de seis autores
Signature of balancing selection in Arabidopsis. Proc
Willians & Wilkins; 2002.
Liebler M, Devigus A, Randall RC, Burke FJ, Pallesen
Nath Acad Sci USA. In press; 2002.
U, Cerutti A, et al. Ethics of esthetic dentistry.
Artigo padrão
OBSERVAÇÕES ADICIONAIS
http://decs.bvs.br, ou Index to Dental Literature, e/ou
com a gramática oficial e digitados na fonte Times New
Cada revista contará com um artigo no formato padrão
Medical Subject Headings(MeSH) do Index Medicus
Roman, tamanho 12, em folhas de papel tamanho A4,
e os demais artigos no formato de dicas. Estas dicas
no site: http: // www.ncbi.nlm.nih.gov/entrez/query.
com espaço duplo e margem de 3 cm, em todos os la-
serão divididas nas seguintes áreas: dicas de eventos
fcgi?db=mesh.
dos, tinta preta e páginas numeradas no canto supe-
e educação continuada, dicas de ética e CRO, dicas de
Notas de rodapé serão indicadas por asteriscos, mas
rior direito. O limite máximo para o tamanho do artigo
estética, dicas de empresas, dicas de prótese, dicas de
devem ser evitadas ao máximo.
será de 20 folhas (incluindo a folha de rosto). Deve-se
consultório, dicas de ortodontia, dicas de dentística,
Evitar citar comunicação verbal; porém, se necessário,
encaminhar também cópia do documento utilizando-
dicas de implantodontia, dicas de economia, dicas de
mencionar o nome da pessoa e a data de comunicação
-se o editor Word for Windows 98 ou editores compatí-
adesão, dicas de fotografia, dicas de marketing, dicas
entre parênteses, no texto.
veis, em disquete 1.44 Mb ou CD.
de endodontia, dicas de prótese laboratorial, dicas de
Para os artigos no formato de dicas, quando houver,
Para artigos no formato de Dicas
consultório, entre outras.
serão aceitas no máximo 15 ilustrações, incluindo fi-
Os artigos submetidos à revista deverão ser encami-
Quando a submissão do artigo for para o formato de
guras, desenhos esquemáticos, tabelas, gráficos e/ou
nhados em 3 cópias impressas, redigidos de acordo
dicas, os autores devem indicar em qual das áreas ci-
quadros.
com a gramática oficial e digitados na fonte Times New
tadas anteriormente desejam publicar.
As ilustrações (fotografias e desenhos) deverão ser
Roman, tamanho 12, em folhas de papel tamanho A4,
A referência comercial dos equipamentos, instrumen-
designadas como figuras. Todas as figuras deverão
com espaço duplo e margem de 3 cm, em todos os la-
tos e materiais citados deve ser composta respectiva-
ser fornecidas em slides originais, ou digitais com boa
dos, tinta preta e páginas numeradas no canto supe-
mente de modelo, marca e país fabricante, separados
resolução (300dpi). Todas as figuras, tabelas, gráficos
rior direito. O limite máximo para o tamanho do artigo
por vírgula e entre parênteses.
e quadros deverão estar com suas legendas e ser ci-
será de 8 folhas (incluindo a folha de rosto). Deve-se
Nas citações diretas e indiretas deverá ser utilizado o
tados no texto e nas referências (quando extraídos de
encaminhar também cópia do documento utilizando-
sistema numérico. Quando apresentados por número
outra fonte). A Comissão Editorial reserva-se o direito
-se o editor Word for Windows 98 ou editores compatíveis, em disquete 1.44 Mb ou CD.
sequencial, colocar hífen; quando aleatório, colocar vír-
de, em comum acordo com os autores, reduzir quan-
gula.
do necessário o número de ilustrações. A montagem
As citações indiretas (texto baseado na obra de um
das tabelas deverá seguir as Normas Técnicas de
Todos os artigos deverão ser registrados, preferencial-
autor) deverão ser apresentadas no texto sem aspas
Apresentação Tabular (IBGE, 1979). Não utilizar nas
mente por Sedex, e encaminhados à:
e com o número correspondente da referência (autor)
tabelas traços internos verticais e horizontais. As ta-
sobrescrito. Exemplo: Nossos resultados de resistên-
belas e os gráficos deverão ser fornecidos junto com o
Revista Dicas
cia de união ao esmalte estão de acordo com a litera-
disquete ou CD do artigo, no formato digital gerado por
Rua Vila Kinczeski 23, Centro Florianópolis, CEP
tura.12
programas como Word, Excel, Corel e compatíveis. As
88020-450
As citações diretas (transcrição textual) deverão ser
fotografias deverão ser fornecidas em slides originais
apresentadas no texto entre aspas, indicando-se o nú-
ou digitais com boa resolução (300dpi). É necessário
CHECKLIST
mero correspondente da referência e a página da cita-
também submeter 3 cópias coloridas (6 fotografias
Declarações de Responsabilidade e de Transferência
ção, conforme exemplo: “Os resultados deste trabalho
por folha) impressas em papel couché. No caso da
de Direitos Autorais assinada por todos os autores.
mostraram que os cimentos [...]”.12:127
submissão de slides, estes deverão vir em folhas de
Três cópias impressas incluindo figuras em papel cou-
Os títulos das revistas serão abreviados conforme
arquivo de slides, numerados, com as iniciais do pri-
ché.
consulta ao Index to Dental Literature ou aos sites:
meiro autor e com o seu posicionamento (lado direito,
CD ou disquete contendo todo o manuscrito.
http://ibict.br e/ou http://www.ncbi.nlm.nih.gov/entrez/
esquerdo, superior e inferior) na moldura do slide.
query.fcgi?db=PubMed. Colocar no máximo 4 descritores (palavras-chave
APRESENTAÇÃO DOS MANUSCRITOS
identificando o conteúdo do manuscrito). Consultar
Para artigos no formato Padrão
a lista de Descritores em Ciências da Saúde (DECS)
Os artigos submetidos à revista deverão ser encami-
elaborada pela Bireme e disponível na internet no site:
nhados em 3 cópias impressas, redigidos de acordo
72 v.1, n.1, 2012
Realização de reparos simples em restaurações anteriores
HIRATA, Ronaldo
Por que é importante? Reparos em resinas compostas são cada vez mais comuns, uma vez que a resistência de união a estrutura dental se encontra em um padrão altamente satisfatório, em especial na presença de margens em esmalte. Uma vez que as resinas necessitam uma constante manutenção, e a adesão sobre o esmalte dental em casos de recontorno cosmético são efi cientes, a remoção total da resina composta será um procedimento cada vez menos comum. O reparo de restaurações sem a remoção total da resina anterior será a tendência para os procedimentos de rotina.
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