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ISSN 2238-1686 Volume 4 Número 1 Janeiro / Março 2015
© Editora Ponto Ltda. A Revista Brasileira de Dicas em Odontologia é dirigida à classe odontológica e a profissionais de áreas afins. Destina-se à publicação de artigos de investigação científica no formato de dicas, relatos de casos clínicos e de técnicas, e revisões da literatura de assuntos de significância clínica, com periodicidade trimestral. Nenhuma parte desta revista poderá ser reproduzida. Todas as matérias publicadas são de exclusiva responsabilidade de seus autores. As opiniões nelas manifestadas não correspondem necessariamente às opiniões da Revista. Os serviços de propaganda são de responsabilidade dos anunciantes.
Diretoria Luiz Narciso Baratieri Élito Araújo Sylvio Monteiro Júnior Mauro Amaral Caldeira de Andrada Edson Araujo Guilherme Carpena Lopes Design Gráfico Emmanuel Fontes fontes@editoraponto.com.br Gerente Fernando Cesar Araújo fernando@editoraponto.com.br Financeiro Marcelo Vieira marcelo@editoraponto.com.br Revisor Giovanni Secco secco.giovanni@gmail.com
A Revista é uma publicação da Editora Ponto Ltda. Servidão Vila Kinczeski, 23, Centro / 88020-450 Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. Mais informações: www.editoraponto.com.br editoraponto@editoraponto.com.br www.facebook.com/EditoraPonto @EditoraPonto (55 48) 3223 9150 / 3222 6038 0800 704 40 18 Data de impressão: 27/02/2015
2 3
v.4, n.1, 2015
Dicas. - - v. 3, n. 2 (abr./jun. 2014)-. - - Florianópolis: Ponto, 2014v. : il. ; 23 cm
Trimestral ISSN 2238-1686
Coordenação
Editor-Chefe Ronaldo Hirata (ILAPEO-PR) Editores Assistentes Oswaldo Scopin de Andrade (SENAC-SP) Sidney Kina (São Leopoldo Mandic-SP) Editores Associados Alessandro Loguercio (UEPG) Alexandre Moro (UFPR) Cristian Higashi (UEPG) Luiz Narciso Baratieri (UFSC) Sylvio Monteiro (UFSC) Walter Rosa do Nascimento Jr (ILAPEO-PR)
CORPO EDITORIAL Adilson Yoshio Furuse (USP-Bauru) Alessandra Reis (UEPG) André Malmann (UFSM) André Reis (UNG) Antonio Sekito (UFRJ) Carlos Francci (USP-SP) Carolina da Luz Baratieri (UFSC) Cassius Carvalho Torres Pereira (UFPR) Christian Coachman (Clínica privada) Claudio Pinho (Integrato) Daniel Kherlakian (EAP APCD-Central) Dario Adolfi (Spazio Education) Dudu Medeiros (Fotógrafo profissional) Eduardo Achôa (Consultor) Eduardo Miyashita (UNIP) Eduardo Rocha (UNESP-Araçatuba) Ewerton Nocchi Conceição (UFRGS)
Gilberto Borges (UNIUBE) Guilherme Carpena Lopes (UFSC) Henrique Nakama (Trihawk) Ivan Yoshio (Funorp USP-RP) Ivete Sartori (ILAPEO) João Carlos Gomes (UEPG) Jose Arbex Filho (Clínica privada) José Carlos Garófalo (CETAO-SP) Jose Carlos Martins da Rosa / Marcos Alexandre Fadanelli (Clínica Rosa Odontologia) José Carlos Romanini (Laboratório Romanini) José Roberto Moura (Clínica privada) Julio César Joly / Robert Carvalho da Silva / Paulo Fernando de Carvalho (Grupo implantePerio) Junio Santos (UFSC) Jussara Bernardon (UFSC) Katia Cervantes Dias (UFRJ) Luiz Alves Ferreira (Laboratório Luiz Alves Ferreira) Marcelo Giannini (UNICAMP) Marco Masioli (UFES) Marcos Celestrino (Laboratório Aliança) Mario de Goes (UNICAMP) Mario Groismann Messias Rodrigues (Clínica privada) Murilo Calgaro (Studio) Osmir Batista de Oliveira Junior (UNESP-Araraquara) Paula Mathias (UFBA)
Paulo Kano (Instituto Paulo Kano) Raphael Monte Alto (UFF) Renato Miotto Palo (NAP-SP) Roberto Caproni (Grupo Caproni) Sanzio Marcelo Lopes Marques (IEO-BH) Sergio Bernardes (ILAPEO) Victor Clavijo (Clínica privada) Vinicius Di Hipolito (Anhanguera-Uniban) Walter Miranda Jr. (USP-SP) CORPO INTERNACIONAL Angelo Putignano (Itália) August Bruguera (Espanha) Beatriz Gimenez (Espanha) Daniel Edelhoff (Alemanha) Emanuele Clozza (Itália) Farhad Vahid (EUA) Gustavo Vernazza (Argentina) Jordi Manauta (Itália) Mário Jorge Silva (Portugal) Mauricio Peña Castillo (Colômbia) Paulo Guilherme Coelho (EUA) Sascha Jovanovic (EUA) Silas Duarte (EUA) Tetsuji Aoshima (Japão) Touradj Ameli (EUA) Vicenzo Musella (Itália) Walter Devoto (Itália) You Nino (Japão)
Sumário
6
EDITORIAL / Ronaldo Hirata editor-chefe
em:
14
IMPLANTODONTIA / Daniel Ochoa, Wendy Wang, Takanori Suzuki
18
ESTÉTICA / Adilson Yoshio Furuse, Sidney Kina
22
LEITOR / Roberto César do Amaral, Pedro Henrique Cabral Oliveira, José Augusto Rodrigues, André Figueiredo Reis
28
EVENTOS E EDUCAÇÃO CONTINUADA / Sylvio Monteiro Junior
30
ENDODONTIA 1 / Cristian Higashi, Antonio Setsuo Sakamoto Júnior, Rodrigo Ehlers Ilkiu, Ronaldo Hirata
36
DENTÍSTICA 1 / Rose Yakushijin Kumagai, Marco Antônio Xambre de Oliveira Santos, Leandro Aires Bertramelo, William Kabbach, Ronaldo Hirata
42
PRÓTESE / João Malta Barbosa, Kimberly McGregor, João Caramês
44
TECNOLOGIA / Valter Flávio Scalco, Thiago Dias Oliveira Ottoboni
48
FOTOGRAFIA / Brasilio Wille
56
DENTÍSTICA 2 / Wilmer Fabián Sepúlvida Navarro, Beatriz Elena Arana Correa
58
PUBLICAÇÃO / Giovanni Secco
60
ENDODONTIA 2 / Patrick Baltieri
8 10
MADô: aos olhos de kina e hirata / Sidney Kina GERAÇÃO POWER POINT / Lucas Silveira Machado, Caio César Pavani, Laura Molinar Franco, Fabio Martins Salomão, Renato Herman Sundfeld
4 5
v.4, n.1, 2015
40
E AÍ? / Ricardo Lenzi
66
GAPS: FECHANDO ESPAÇOS / Oswaldo Scopin de Andrade, Marcelo Giannini
70
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Editorial
SENSEI Ronaldo Hirata Editor-Chefe ronaldohirata@ronaldohirata.com.br www.ronaldohirata.com.br
Este editorial faço como uma homenagem e um
de mim um aluno sempre irritante, mas intrigan-
agradecimento a um professor que tive em mi-
te. Jovem rebelde, diria minha mãe. Mas um tipo
nha especialização, que, como muitos dos me-
apenas irritante, diriam muitos professores.
lhores, nem sempre é dos mais conhecidos (e
Entretanto, Ricardo Massaki foi, na verdade,
reconhecidos).
um sensei. Me deixava quebrar a cara para que
Lembro-me das longas discussões que tínha-
aprendesse. Mesmo assim, muitas das vezes
mos. Eu costumava discordar de quase tudo o
provei que eu tinha razão em parte dos casos, e
que se ensinava. Até hoje não estou certo se por
provava clinicamente. Eu era um obcecado por
rebeldia ou burrice (ou provavelmente ambas).
odontologia; ele era mais sábio, queria ver até
Muitas dessas vezes discordava pelo simples
onde conseguiria ir com minha obsessão.
exercício de buscar a explicação e obrigar os ou-
Reproduzo a seguir um texto que Massaki me
tros a defender sua posição. Tenho este grande
mandou anos depois de haver me conhecido
defeito de ser às vezes intolerante com a pregui-
(talvez mais de 15 anos depois). Como ele sem-
ça de se pensar.
pre acreditava que seus erros de português e
Às vezes acho que tinha necessidade de dizer
pontuação eram parte da arte, como um haikai,
que era alguém e que tinha ideia própria; por
que compreende não somente o texto mas o de-
outras, eu realmente achava que os outros es-
senho que o mesmo faz no papel, mantenho-os.
tavam errados. De qualquer forma, tudo isso fez
6 6 7
v.4, n.1, 2015
“Professor Hirata. ontem um jovem em busca de seu sonho. dos defeitos, lembro-me da sua teimosia, de querer achar que aquilo que pensava, sempre estaria certo. por isso, na sua ‘afoites’, muitas das vezes se deu mal. dentre suas qualidades, a determinação e o ‘achar’ que pode mais, não somente em ‘sonhos’, mais na sua realização concreta. muitos o acham arrogante... não sei... os que conhecem não... observando, escutando, enxergando, consegue assimilar o que pode melhorar, uma qualidade grande, pois ESCUTA, OBSERVA (ASSIMILA), ENXERGA, e faz. um ex aluno que começou igual a todos, e que como todos, errou, acertou, consertou e aprimorou em busca constante de suas realizações, de coisas simples, que são as mais complexas! enfim... é um brasileiro, descendente de japoneses, que não desiste nunca!”
Massaki sam, agradeço os anos e as palavras. Espero que o vento leve todos os problemas que tivemos, que leve as dificuldades que a vida nos criou. Que ajude nossos próximos alunos a crescerem mais que nós, que tenham sabedoria a partir dos nossos erros. Que a felicidade nos encontre nos momentos mais inesperados, ainda lúcidos, ainda rebeldes, ainda inconformados. Saúde. Oss e um grande abraço!
Madô
*
aos olhos de kina e hirata
por Sidney Kina
Clínica privada, Maringá-PR www.sidneykina.com.br
(Re)Aprendendo Imagine um bufê: sobre a mesa uma infinidade
meiro, sirva-se do que você conhece e realmen-
opacidades/luminosidades; o escâner, o CAD
de pratos, uma variedade de frios e quentes.
te gosta e confia, porém não se deixe tolher das
(computer-aided design) e o CAM (computer-ai-
Fascinado pelos pratos, você se atira sobre eles:
novidades. Experimente algumas coisas novas,
ded manufacturing); a comunicação e a imagem
quer experimentar de tudo. Ao final, confuso com
logicamente com moderação. Ao experimentar,
digital; entre outros e outros...
o emaranhado de sabores, não recorda mais o
a regra é simples: combine as novidades com o
Infelizmente, não existe um curso que nos pre-
que lhe caiu melhor e, enfadado, parece que nada
que você já tem no prato. Lembre-se: uma boa
pare para isto ou para o que venha a surgir no fu-
mais lhe apetece. Em odontologia restauradora,
comida combinada inadequadamente perde
turo, mesmo porque o futuro nem foi inventado.
parece que vivemos uma situação semelhante.
muito – às vezes tudo – de suas virtudes. Por-
O escritor Jim Harris em seu livro “O Paradoxo do
Vivemos um dilema. Novas técnicas, tecnologias
tanto, ao experimentar, veja se realmente a com-
Conhecimento” apresenta uma solução interes-
e, em especial, novos materiais, com caracterís-
binação é válida ao seu paladar e se, de alguma
sante: “o único curso que me ajudará a vencer no
ticas – ou promessas – cada vez melhores, têm
forma, traz benefícios à saúde e também lhe traz
futuro, será um que me ensine como aprender a
surgido a todo instante. Numa profusão insana,
o prazer de degustar. Entender novas tecnolo-
aprender”. O que me parece lógico. O analfabe-
temos hoje mais de uma centena de materiais
gias e materiais é exatamente isso. O grande de-
to não é mais quem não sabe ler ou escrever. É
ofertados nos bufês das dentais e catálogos.
safio será encontrar o equilíbrio entre o conheci-
aquele que não está disposto a aprender, desa-
Diante deste cenário, por vezes, nos sentimos
do e o novo, entre o risco e a oportunidade – algo
prender o que aprendeu e reaprender novamen-
perdidos e, por que não dizer, oprimidos por tanta
como avançar com prudência. Quase sempre,
te. Sigamos em frente!
diversidade e novidades ofertadas. O que fazer?
trata-se de escolher aqueles cuja aproximação
Absorvê-las todas? Impossível. Abandonar no-
é feliz, cada um tornando mais eficaz, mais se-
Para saber mais:
vas tecnologias (e suas promessas), fechando
guro, mais econômico, mais rápido, mais simples
os olhos para os novos e convidativos materiais?
e menos invasivo, simplesmente pela presen-
Inútil. O conhecimento e o desenvolvimento tec-
ça do outro. Casamentos sublimes, como, por
nológico não podem ser abafados.
exemplo, as cerâmicas vítreas com os cimentos
1. Jim Harris. The Learning Paradox: Gaining Success and Security in a World of Change, 2nd Edition Hardcover – May 11, 2001. 2. Sidney Kina. Editorial: Aprender a Aprender. R. Dental Press de Estética, v.2, n.2, p.3, abr./maio/jun. 2005.
Vejamos, então, o que as boas regras nos ditam
resinosos; o titânio e o osso; as turbinas e o LED
em situações como a de comer em um bufê? Pri-
(light emitting diode); as resinas e as diferentes
8 9
*Madô em japonês significa “janela” v.4, n.1, 2015
GERAÇÃO
Power Point Lucas Silveira Machado
Cirurgião-dentista, Faculdade de Odontologia de Araçatuba - UNESP, Araçatuba-SP Especialista em Dentística, Faculdade de Odontologia de Araçatuba - UNESP, Araçatuba-SP
Odontologia baseada em evidências* Artigo: Clinical trial evaluating color change and tooth sensitivity throughout and following in-office bleaching. Machado LS, de Oliveira FG, Rocha EP, dos Santos PH, Briso AL, Sundefeld ML, Sundfeld RH. Int J Periodontics Restorative Dent. 2013 MarApr;33(2):209-15. Avaliação clínica da alteração de cor e da sensibilidade do clareamento de consultório. Machado LS, de Oliveira FG, Rocha EP, dos Santos PH, Briso AL, Sundefeld ML, Sundfeld RH. Int J Periodontics Restorative Dent. 2013 Mar-Apr;33(2):209-15.
Mestre e Doutor em Dentística Restauradora, Faculdade de Odontologia de Araçatuba - UNESP, Araçatuba-SP Pós-Doutorando em Dentística, Faculdade de Odontologia de Araçatuba - UNESP, Araçatuba-SP lucassilveira1@yahoo.com.br
Caio César Pavani
Graduando em Odontologia, Faculdade de Odontologia de Araçatuba - UNESP, Araçatuba-SP
Laura Molinar Franco
Introdução
Cirurgiã-dentista, Faculdade de Odontologia de Araçatuba - UNESP, Araçatuba-SP
Agentes clareadores à base de peróxido de hi-
sam influenciar na veracidade dos resultados.
Mestre em Dentística Restauradora, Faculdade de Odontologia de Araçatuba UNESP, Araçatuba-SP
drogênio a 35%, associados ou não a uma fonte
Sendo assim, o objetivo do trabalho foi avaliar a
ativadora de luz, têm sido aplicados como alter-
sensibilidade dental, a alteração e a manutenção
nativa ao clareamento caseiro com peróxido de
de cor de elementos dentais quando submeti-
carbamida.1 Porém, evidências científicas têm
dos ao clareamento de consultório, com um pro-
demonstrado que o uso de fontes de luz é ques-
duto à base de peróxido de hidrogênio a 35% não
tionável, destacando, entre outros motivos, que
fotocatalisado.
Fabio Martins Salomão
Cirurgião-dentista, Faculdade de Odontologia de Londrina - UEL, Londrina-PR Mestre em Dentística Restauradora, Faculdade de Odontologia de Londrina - UEL, Londrina-PR Especialista em Prótese Dentária, Faculdade de Odontologia de Araçatuba - UNESP, Araçatuba-SP
Renato Herman Sundfeld
Professor Titular do Departamento de Odontologia Restauradora, Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP, Araçatuba-SP Mestre e Doutor em Dentística, Faculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP, Araçatuba-SP
Geração Power Point: termo usado por Özcan em seu editorial para referir-se à tendência atual de cursos com muitos casos do tipo “antes/depois” e fotos artísticas de face, mas com pouca informação técnica e científica. * Özcan M. A geração Power Point. Clínica. 2010;6(4). Do original: Özcan M. The Power Point generation. J Adhes Dent. 2010;2(2):87. Agradecimento: Quintessence Publishing Co. Ltda., detentora dos direitos autorais.
10 11
v.4, n.1, 2015
seu emprego parece ser apenas uma estratégia de marketing.2 A aplicação de um produto clare-
O que foi feito?
ador à base de peróxido de hidrogênio, que não exige ativação com fontes de luz, tem sido outra
Fizeram parte desta pesquisa clínica 22 pacien-
opção de técnica clareadora, mas que precisa
tes com faixa etária compreendida entre 18 e
ser investigada, principalmente quanto a seus
30 anos de idade que desejavam clarear seus
efeitos na alteração de cor e sensibilidade den-
dentes. Todos os voluntários encaixavam-se nos
tal.
critérios de inclusão inerentes à pesquisa, assim
Este estudo, in vivo, utilizou uma metodologia do
como nas questões éticas. De acordo com um
tipo split-mouth, ou boca dividida, por acreditar
sorteio aleatório, os voluntários tiveram suas he-
que esse delineamento metodológico minimize
miarcadas superiores direita e esquerda subme-
ou até elimine a interferência de fatores que pos-
tidas a tratamento placebo ou clareador, caracte-
rizando um delineamento do tipo split-mouth, ou
A
de boca dividida (Fig. A). Uma das hemiarcadas foi submetida à aplicação do clareador à base de peróxido de hidrogênio a 35% (Whitegold Office, Dentsply, Petrópolis, RJ, Brasil), enquanto a outra recebeu a aplicação de um placebo (Fig. A). O gel clareador foi aplicado em toda face vestibular e permaneceu em contato com a superfície dental pelo tempo de 45 minutos consecutivos, sendo realizadas quatro sessões de clareamento em cada paciente, com um intervalo de 7 dias entre elas. Foi avaliada a alteração de cor, mensurada previamente ao início de cada sessão e imediatamente após a aplicação dos materiais e da remoção do isolamento absoluto do campo operatório; e a sensibilidade foi mensurada durante e até 24 horas após a aplicação da técnica clareadora.
Imagem do delineamento realizado. Aplicação em boca dividida do agente clareador e do placebo (A).
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DICAS DE IMPLANTODONTIA
Fabricação de guias radiográficas com duas radiopacidades para o posicionamento ideal do implante
Por que é importante?
Como fazer?
Restaurações implantossuportadas previsíveis
Dica de Confecção
exigem determinação da posição da prótese
Para iniciar este procedimento, um modelo é fa-
definitiva e de seus tecidos moles circundantes.
bricado a partir de um molde de alginato, incluin-
Guias radiográficas podem representar os resul-
do o site de restauração do implante, a fim de
tados finais dos procedimentos que precisam
construir um enceramento (Fig. B).
ser executados quando uma tomografia compu-
O modelo é então marcado nas superfícies ves-
tadorizada de feixe cônico (cone beam, CBCT) é
tibulares com grafite 0,5, para determinar a po-
avaliada durante o processo de planejamento do
sição vertical do implante 3 mm abaixo da JAC
tratamento.
planejada, e na face oclusal, no centro da futura
A utilização de materiais de duas radiopacidades
coroa (Fig. D).
diferentes (uma representando a substituição
Depois disso, guias de enceramento da coroa
do dente ausente, e a outra para os tecidos mo-
planejada foram confeccionadas para ajudar a
les substituídos após a extração de dentes) per-
determinar o perfil de emergência futuro (isso
mitirá uma estimativa clara da posição da junção
depende do nível de atrofia da crista (Fig. E-F).
amelocementária (JAC) e da espessura desejada da crista necessária ao planejar implantes. Esse método fornece informações sobre a quantidade de osso que precisa ser regenerado
OCHOA, Daniel
ou compensado por restaurações dentogengi-
DDS University of San Martin De Porres, Peru
vais após a instalação do implante guiado pela
Resident - New York University - Department of Periodontology and Implant Dentistry - USA
quantidade de tecidos moles e duros.
dod218@nyu.edu
O que é necessário?
WANG, Wendy BDS University of London – Reino Unido
• Resina bisacrílica (Luxatemp, DMG)
MSc University of London – Reino Unido
• Silicone de registro de mordida (Blue-Bite HP,
MClinDent University of London - Reino Unido Resident - New York University - Department of Periodontology and Implant Dentistry
Henry Schein) • Adesivo de moldeira para PVS • Folhas de acetato com espessura de 0,20 mm
SUZUKI, Takanori
• Cera de modelagem dental
DDS The Nippon Dental University School of Life Dentistry in Tokyo - Japão PhD The Nippon Dental University School of Life Dentistry in Tokyo - Japão Assistant Clinical Professor - New York University - Department of Periodontology and Implant Dentistry - EUA
14 15
v.4, n.1, 2015
A
B
D
F
C
E
Visão extraoral 3/4 do dente ausente (36) (A). Visão oclusal do sítio do 36 (B). Planejamento da posição do implante com radiografia periapical do sítio do 36 (C). Visão oclusal do planejamento da posição do implante no modelo de diagnóstico (D). Visão oclusal do enceramento do dente 36 sem tecido mole (E). Visão vestibular do enceramento do dente 36 sem tecido mole (F)
DICAS DE ESTÉTICA
Cimentos veneer Até quando empregá-los?
FURUSE, Adilson Yoshio Mestre e Doutor em Dentística pela FOB-USP Professor Assistente, Departamento de Dentística, Endodontia e Materiais Odontológicos, Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo, Bauru-SP
KINA, Sidney Mestre em Clínica Odontológica pela FOP-UNICAMP Doutor em Prótese Dentária pela UNESP/Araçatuba
18 19
v.4, n.1, 2015
Por que é importante? As cerâmicas apresentam posição de destaque
fotoativados para a cimentação de facetas, pois
na odontologia restauradora por suas caracte-
o possível efeito atenuador na fotopolimerização
rísticas universalmente reconhecidas, como sua
do cimento causado pela espessura, opacidade
alta resistência de superfície, estabilidade de cor,
e cor dos materiais cerâmicos não pode ser ig-
propriedades ópticas e biocompatibilidade. Por
norado.
isso, no caso de dentes anteriores, estes mate-
Um dos principais aspectos relacionados às ca-
riais têm sidos empregados rotineiramente para
racterísticas dos materiais à base de resina é a
modificações de forma, cor, textura e função,
quantidade de polimerização ou o grau de con-
muitas vezes com mínimo ou nenhum desgaste
versão das cadeias monoméricas em políme-
de estruturas dentárias em técnicas minima-
ros.10 O grau de conversão é importante porque
mente invasivas. Entretanto, para que haja su-
características como resistência, estabilidade
cesso clínico imediato e no longo prazo, as res-
de cor e biocompatibilidade dependem dele,2,6,8
taurações cerâmicas devem estar firmemente
já que a reação de polimerização de materiais
aderidas ao substrato dentário. Assim, apesar de
à base de resina é inerentemente autolimitante
as suas propriedades físico-químicas serem im-
e não atinge 100%.4,10 Um maior ou menor grau
portantes e superiores em relação à maioria dos
de conversão está relacionado a fatores como
materiais restauradores estéticos, o sucesso clí-
a fonte de luz empregada para fotoativação, a
nico depende do material empregado na cimen-
irradiância emitida pelo aparelho, o tempo de ir-
tação, bem como da sua correta manipulação e
radiação, a composição do material a ser polime-
seleção. Os cimentos utilizados para cimentação
rizado e, no caso de uso de materiais à base de
de cerâmicas podem ser ativados através da re-
resina para a cimentação de peças protéticas,
ação química entre uma pasta-base e uma pasta
a atenuação da luz causada pela cerâmica.1,4,5,7
catalizadora; ativados por reação dupla ou dual,
Apesar de haver evidências de que cimentos
na qual ocorre a reação ativada pela luz mais a
veneer polimerizam satisfatoriamente mesmo
reação química entre a base e o catalizador, ou
quando cerâmicas mais opacas e espessas são
ainda ativada exclusivamente pela luz. Estes úl-
empregadas,3,9 pode haver dúvidas quanto à efe-
timos, também chamados de cimentos do tipo
tividade da fotoativação dependendo da situa-
veneer, são os materiais de eleição para a ci-
ção clínica. Por isso, questiona-se até que ponto
mentação de facetas cerâmicas, pois a ativação
pode-se empregar um cimento veneer sem que
unicamente pela luz oferece maior estabilidade
seu grau de polimerização seja comprometido.
de cor, além de facilidade técnica pelo controle
Assim, o presente trabalho tem por finalidade
do tempo operatório. Entretanto, estas vanta-
sugerir uma forma simples de avaliação clínica
gens clínicas não deveriam ser consideradas as
visual empregando pastas try-in para determi-
únicas determinantes na escolha de cimentos
nar se as facetas cerâmicas a serem cimenta-
Como fazer? das se apresentam como obstáculo a ponto de
Algumas vezes, durante a prova estética das
ção cerâmica para adequada fotopolimerização
comprometer a transmissão de luz através de
restaurações laminadas cerâmicas com as pas-
do cimento veneer. Quando isto ocorre, uma for-
seu corpo, o que poderia diminuir acentuada-
tas try-in para escolha da cor do agente cimen-
ma clínica simples de checar esta possibilidade
mente a fotoativação de cimentos veneer.
tante, observamos que as pastas transparentes
é a utilização das pastas try-in com as cores de
e de luminosidade intermediária acabam não
luminosidades extrema opostas: entre a mais
tendo influência na cor da restauração. Esta si-
clara e a mais escura (Fig. A-B).
tuação pode nos deixar em dúvida em relação à
Quando utilizamos as cores de luminosidade
transposição da luz pela estrutura da restaura-
extrema, podemos – ou não – perceber visual-
O que é necessário? • Cimento veneer com kit de pastas try-in
A
B
Diferentes pastas try-in que podem ser combinadas para checar a translucidez da restauração. Na figura: Pastas try-in do Rely X Veneer (3M Espe), cores B0.5T e A3T; pastas try-in do Variolink Veneer (Ivoclar Vivadent), cores -3 e +3; pastas try-in do Allcem Veneer (FGM), cores A3 e E-Bleach M (A). Pastas try-in do Variolink Veneer (Ivoclar Vivadent), cores -3 e +3. Observe na figura a diferença da luminosidade (B).
DICAS DO LEITOR
Utilização de matriz seccional e compósito SDR: como otimizar as restaurações em dentes posteriores
Por que é importante? O desenvolvimento de novas tecnologias nas partículas de carga e na matriz monomérica dos
ma de chama F e FF
compósitos permite melhorias nas propriedades
• Dique de borracha (Madeitex)
mecânicas e redução significativa nas tensões
• Arco de Young, pinça porta-grampo e grampo
de contração de polimerização das resinas com-
nº 26
postas. Novos materiais foram desenvolvidos
• Sistema de matrizes seccionadas com anel
com o intuito de facilitar a prática clínica diária
separador e cunhas plásticas flexíveis (Palo-
e otimizar os resultados obtidos. Nesse con-
dent Plus, Dentsply)
texto, já está à disposição no mercado nacional uma resina composta de baixa viscosidade com
• Sistema adesivo convencional de 2 passos XP Bond (Dentsply)
a propriedade de autonivelamento na cavidade,
• Resina composta Surefil SDR Flow (Dentsply)
pelo bom escoamento e ótima adaptação às pa-
• Resina composta TPH3 (Dentsply)
redes da cavidade a ser restaurada, com baixa
• Pinça Muller e papel articular Accufilm
tensão de contração, que pode ser polimerizada
• Borrachas
em incrementos de 4,0 mm. Esse material tem
(Dentsply)
como diferencial técnico a facilidade de inser-
AMARAL, Roberto César do
• Pontas diamantadas para acabamento em for-
ção como incremento único, sem os problemas
de
polimento
Enhance
Pogo
• Pasta diamantada para polimento Prisma Gloss (Dentsply)
Doutorando em Dentística, Universidade Guarulhos (UnG, Guarulhos-SP)
gerados pela contração de polimerização de um
Mestre em Dentística, Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG-PR)
grande volume de resina composta, e sem os
Professor de Dentística Restauradora da Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNOESC – Joaçaba-SC)
problemas causados pelo baixo grau de conversão das regiões mais distantes da fonte de luz.
Cavidades amplas e profundas proporcionam dú-
OLIVEIRA, Pedro Henrique Cabral
Portanto, com esta dica destacamos a técnica
vida quanto à longevidade clínica da utilização de
Doutorando em Dentística, Universidade Guarulhos (UnG, Guarulhos-SP)
restauradora em um dente posterior, cujo com-
resinas compostas de uso direto. O uso do com-
Mestre em Dentística, Universidade Guarulhos (UnG, Guarulhos-SP)
pósito de baixa tensão de contração, aliado a um
pósito SDR com a técnica de incremento único
novo sistema de matrizes seccionais, permite a
permite o preenchimento da cavidade em até 4,0
otimização do procedimento restaurador com
mm sem os problemas gerados pela tensão de
resultados extremamente satisfatórios.
contração de polimerização.1-3 Esse fato foi com-
RODRIGUES, José Augusto Mestre e Doutor em Clínica Odontológica pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) Professor dos programas de Mestrado e Doutorado em Odontologia da Universidade Guarulhos (UnG, Guarulhos-SP)
Como fazer?
provado recentemente em um estudo clínico que
O que é necessário?
comparou a técnica Bulk-Fill com a inserção da resina na cavidade da forma tradicional, técnica
REIS, André Figueiredo Mestre e Doutor em Clínica Odontológica pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e University of North Carolina (EUA) Professor dos programas de Mestrado e Doutorado em Odontologia da Universidade de Guarulhos (UnG, Guarulhos-SP)
22 23
v.4, n.1, 2015
• Canetas de alta e baixa rotação, contra-ângulo multiplicador de velocidades • Pontas diamantadas para remoção do amálgama # 1046, 1012, 1014
incremental.1 Sem dúvida um dos pontos mais críticos em restaurar a face proximal de dentes posteriores com envolvimento da crista marginal é a obtenção de
um bom ponto de contato. Devido à característi-
envolvimento do ponto de contato, como no pre-
do amálgama deve ser feita com uma ponta dia-
ca de baixa viscosidade, que permite excelente
sente caso, na substituição de uma restauração
mantada em forma de carretel # 1046, sob cons-
adaptação nas caixas proximais, aliada à facili-
de amálgama por resina composta.
tante irrigação. Devido ao formato, essa ponta
dade técnica de manipulação, a resina composta
A substituição da restauração de amálgama deve
ativa remove com eficácia e rapidez o material e
Surefil SDR Flow favorece a confecção de restau-
ocorrer com o campo operatório devidamente
minimiza a possibilidade de exposição acidental
rações em preparos de maiores dimensões com
isolado com o dique de borracha, e a remoção
da polpa em cavidades mais profundas.
A
B
C
D
E
F
Aspecto inicial do caso. A paciente apresentava restauração extensa classe II ODV insatisfatória e lesão de cárie ativa na face mesial (A). Aspecto após o isolamento absoluto (B). Aspecto do preparo cavitário. Devido à extensão da lesão de cárie na face mesial, a cavidade se tornou uma classe II MODV (C). Inserção da matriz Palodent Plus (D). Após a inserção da matriz, são colocadas cunhas plásticas flexíveis de diferentes tamanhos, para melhor adaptação (E). Aspecto das cunhas e matrizes em posição (F).
DICAS DE EVENTOS E EDUCAÇÃO CONTINUADA
Há aproximadamente 40 anos sou professor de logia da Universidade Federal de Santa Catarina.
4. O estudante tem o direito de conhecer o pro-
Avaliação de desempenho de graduandos
Desde o primeiro dia de atividade como professor
cesso de aprendizagem e de avaliação para
sempre tive uma preocupação maior: ENSINAR.
se empenhar na superação de suas dificulda-
Mas meus pares me lembraram rapidamente
des.
Dentística no Curso de Graduação em Odonto-
Professor Titular de Dentística da Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis-SC
diversos instrumentos de avaliação, para cobrar
NOSSA DICA
de nossos estudantes os conteúdos ensinados.
Mesmo que o professor tenha de transgredir o
E com eles, meus colegas de disciplina, aprendi
sistema de avaliação vigente em sua unidade de
que a AVALIAÇÃO DEVE ORIENTAR E REORIEN-
ensino, é importante colocar em prática proces-
TAR A APRENDIZAGEM. Aprendi que a avaliação
sos de avaliação que contemplem os dois prota-
é uma importante ferramenta, que deve ser usa-
gonistas: o professor e o estudante.
principal objetivo da escola: A APRENDIZAGEM. Parafraseando todos os melhores educadores que tive a oportunidade de conhecer, a avaliação deve ser um instrumento para:
sylviomj@gmail.com
1. reorientar o educando; 2. possibilitar uma melhor aprendizagem; 3. melhorar o sistema de ensino; 4. discernir o nível de desempenho do estudante; 5. comparar as informações obtidas pelo processo com o que se faz necessário ensinar; e 6. possibilitar o planejamento das futuras atividades didáticas.
LEMBRETES PARA QUEM AVALIA 1. O professor necessita observar, planejar, replanejar e envolver todos os estudantes nas atividades de classe. 2. O professor necessita avaliar constantemente seu próprio desempenho na sala de aula. 3. O professor tem por obrigação garantir a co-
28 29
v.4, n.1, 2015
todos os estudantes.
que nós tínhamos a necessidade de recorrer a
da para fazer nossos estudantes alcançarem o
MONTEIRO JUNIOR, Sylvio
erência e a continuidade na vida escolar de
27 a 30 de abril de 2016 Akinobu Ogata (Japão/EUA) | Carlos Fernández Villares (Espanha) | Nitzan Bichacho (Israel) | Abelardo Baez (Chile) | Naoki Hayashi (Japão) Paulo Monteiro (Portugal) | Jon Gurrea (Espanha) | Pascal Magne (Suiça/EUA) | Eric Van Dooren (Bélgica) | Daniel Edelhoff (Alemanha) August Bruguera (Espanha) | Lorenzo Breschi (Itália) | Tetsuji Aoshima (Japão) | You Nino (Japão) BRASIL Cláudio Pinho | Ertty Silva | Luiz Otávio Camargo | Marcelo Calamita | Marco Masioli | Paulo Kano | Oswaldo Scopin | Ronaldo Hirata Sidney Kina | Victor Clavijo | José Carlos Romanini | Carlos Archangelo | Rafael Decúrcio | Marcelo Kyrillos | Marcelo Moreira | Luis Calicchio William Kabbach | Eduardo Santini | Andrea Melo | Tininha Gomes | Rogério Marcondes | Luiz Gustavo Barrote Albino | Dudu Medeiros
INSCRIÇÕES ABERTAS
facebook.com/CongressoClinica 0800 704 4018 | [55 48] 3223 9150 AGÊNCIA OFICIAL
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DICAS DE ENDODONTIA 1
Por que é importante? Os dentes que apresentam excessiva perda da
Evitando bolhas em cimentações de pinos intrarradiculares
HIGASHI, Cristian
estrutura coronária devem ser restaurados com
• Disco diamantado dupla face para peça de mão reta (KG Sorensen)
En-
• Cimento resinoso
tre os tipos de retentores disponíveis, os pinos
• Fotopolimerizador
o auxílio de retentores intrarradiculares.
1,2
reforçados por fibras têm sido amplamente utilizados devido a vantagens como propriedade elástica semelhante à da dentina
3,4
Como fazer?
e redução na
incidência de fraturas radiculares, demonstra-
As formas mais comuns de inserir o cimento re-
das tanto in vitro5 como em estudos clínicos,6-8
sinoso no interior do conduto no momento da
além da possibilidade de união micromecânica
cimentação do pino de fibra de vidro são: 1) colo-
com as paredes dos canais radiculares, através
car o cimento ao redor do pino e levar o conjunto
dos sistemas de cimentação adesiva.
para a região intrarradicular (Fig. A); e 2) injetar o
No entanto, a forma de inserção dos pinos no
cimento na entrada do conduto com a ponta de
interior do conduto no momento da cimentação
uma seringa, que normalmente é grossa e curta
pode favorecer a surgimento de bolhas de ar,
(Fig. B). Em ambas as técnicas o cimento é in-
que ficam aprisionadas no centro do cimento re-
serido de fora para dentro do conduto e conse-
sinoso ou entre o cimento e a parede de dentina
quentemente aprisiona uma bolha de ar em seu
radicular, ou entre o cimento e o pino, o que pre-
interior (Fig. C). Em seguida, realiza-se um movi-
Especialista em Dentística Restauradora – CETAO-SP
judica a união entre esses corpos. Dessa for-
mento de “tira-põe” com pino para dentro e para
Mestre e Doutorando em Dentística Restauradora – UEPG-PR
ma, esta dica descreve uma técnica de inserção
fora do conduto, a fim de tentar remover a bolha
do cimento no interior do conduto radicular que
aprisionada, porém, em alguns casos, devido à
visa minimizar esse problema.
polimerização do cimento resinoso, após tirar o
Mestre e Doutor em Dentística Restauradora – UEPG-PR Coordenador do Curso de Especialização em Dentística Restauradora – ILAPEO-PR cristianhigashi@gmail.com
SAKAMOTO JÚNIOR, Antonio Setsuo
ILKIU, Rodrigo Ehlers
9
10
Mestre e Doutorando em Dentística Restauradora – UnG-SP Professor do Departamento de Odontologia – UNOESC – Joaçaba-SC
pino do conduto não se consegue mais inseri-lo,
O que é necessário?
e ele fica aquém da área preparada. Ao contrário, se esse movimento não é realizado, na maioria
HIRATA, Ronaldo
• Pino de fibra de vidro
das vezes a bolha fica aprisionada no interior do
Mestre em Materiais Dentários – PUC-RS
• Seringa para insulina de 1 mL com bico slip 100
conduto e pode ser observada na radiografia fi-
Especialista em Dentística Restauradora – UFPR-PR Doutor em Dentística Restauradora – UERJ-RJ Professor Assistente e Pesquisador Associado do Departamento de Biomateriais e Biomimética da New York University College of Dentistry – NY Coordenador do Curso de Especialização em Dentística Restauradora – CETAO-SP Autor do livro TIPS – Dicas em Odontologia Estética
U.I./cc – 13 x 0,45 mm – 26 G ½ (Descarpack) • Agulha grossa para injeção intramuscular 1,20 x 40 mm (18G x 1 ½”) (BD PrecisionGlide)
situação é realizar a inserção do cimento de dentro para fora do conduto. Atualmente, existem
• Caneta marcador permanente para retropro-
pontas misturadoras com extensão alongada
• Peça de mão reta
v.4, n.1, 2015
Uma maneira muito simples para contornar essa
• Régua milimetrada jetor
30 31
nal da restauração (Fig. D).
que permitem a realização dessa técnica, entretanto, na maioria das vezes, têm custos ele-
A
B
D
C
Cimentação de pino de fibra com cimento resinoso ao seu redor (A). Inserção do cimento no conduto radicular com uma seringa de ponta larga (B). Imagem de bolha em um corte perpendicular ao longo eixo do conduto com um pino cimentado (C). Radiografia ilustrando a presença de bolhas após a cimentação de um pino de fibra no interior do conduto (D).
DICAS DE DENTÍSTICA 1
Por que é importante? Apesar dos grandes avanços na qualidade dos
Utilização de materiais restauradores com liberação de flúor KUMAGAI, Rose Yakushijin
Especialista em Dentística Restauradora – CETAO-SP Mestranda em Dentística Restauradora – UNG-SP
Assistente do Curso de Especialização em Dentística Restauradora – CETAO-SP rose-kumagai@uol.com.br
materiais restauradores, há ainda característi-
Aluno do Curso de Especialização em Dentística – CETAO-SP
BERTRAMELO, Leandro Aires
Aluno do Curso de Especialização em Dentística – CETAO-SP
Ultradent)
cas que são inerentes a resina composta con-
• Sistema adesivo autocondicionante com flúor
vencional como a tensão de contração de poli-
de 2 passos (ex.: FL Bond II, Shofu, Kyoto, Ja-
merização. Na fase pós-gel, essa tensão pode resultar em falhas na interface dente-restauração, fraturas de esmalte, deflexão de cúspides e microtrincas; resultando no aumento da possibilidade de sensibilidade pós-operatória, infiltrações e cárie secundária.1 O flúor já está bem documentado na literatura como um agente anticariogênico.2 Materiais adesivos com liberação de flúor foram desenvol-
SANTOS, Marco Antônio Xambre de Oliveira
• Ácido fosfórico a 35-37% (ex.: Ultra-Etch 35%,
vidos e introduzidos no mercado com intuito de ter uma ação inibitória contra cárie secundária decorrentes de trincas de esmalte ou microinfil-
pão) • Fotopolimerizador • Kit de resina composta com flúor (ex.: Beautifil II, Shofu, Kyoto, Japão) • Corantes branco, ocre e marrom escuro (ex.: Kolor Plus, Kerr; Tetric Color, Ivoclar Vivadent) • Pincel com ponta fina (ex.: Hot Spot Design, Pincel n. 1, Cosmedent) • Espátulas para resina composta (ex.: Brunidor 26/30 e M1, Cosmedent; espátula de cor verde e de cor rosa, Oraltech) • Gel hidrossolúvel (ex.: gel de glicerina) • Materiais para acabamento e polimento (ex.:
trações na interface dente-restauração.3
discos Sof-Lex Espiral para acabamento e po-
Segundo o fabricante dos materiais utilizados
limento, 3M Espe; Broca H48L, Komet; escova
(Shofu Inc., Kyoto, Japão), a carga do material
de carbeto de silício Astrobrush, Ivoclar Viva-
libera/recarrega flúor, como o tradicional ionô-
dent)
KABBACH, William
mero de vidro, enquanto que as características
Mestre em Dentística Restauradora – UNESP Araraquara-SP
estéticas, facilidade de polimento e biocompati-
Doutor em Dentística Restauradora – UNESP Araraquara-SP
bilidade são mantidos. Devido a essa tecnologia,
Professor do Curso de Especialização em Dentística Restauradora – CETAO-SP
esses materiais diferenciam-se dos compôme-
Após o isolamento absoluto, realiza-se o preparo
ros e dos cimentos de ionômero de vidro modifi-
do dente a ser restaurado.
cados por resinas.4
Em seguida, é aplicado o ácido fosfórico durante
Colunista da Revista Clínica (Editora Ponto)
HIRATA, Ronaldo
Professor Assistente e pesquisador associado do Departamento de Biomateriais e Biomimética da New York University College of Dentistry – NY
20-30 segundos em esmalte, para o condicio-
O que é necessário?
Mestre em Materiais Dentários – PUC-RS Doutor em Dentística Restauradora – UERJ Professor do Curso de Pós-Graduação lato sensu em Odontologia Estética – SENAC-SP Ministrador dos cursos do projeto www.KinaScopinHirata.com.br Autor do livro Tips – Dicas em Odontologia Estética
36 37
v.4, n.1, 2015
namento seletivo do mesmo, tomando cuidado para que o ácido não entre em contato com a
Coordenador do Curso de Especialização em Dentística Restauradora CETAO-SP Especialista em Dentística Restauradora – UFPR
Como fazer?
• Material para isolamento absoluto (arco de
dentina. Lava-se por 30 segundos e seca-se,
Ostby; lençol de borracha, por ex. Madeitex;
sem que a dentina se desidrate.
pinça perfuradora; grampo compatível; pinça
Imediatamente após, aplica-se o primer ácido
Palmer; fio dental)
por 10 segundos e realiza-se a secagem com
• Escova de Robinson e pedra-pomes
leve jato de ar por 5 segundos. O bond com flúor
A. Aspecto inicial do dente a ser restaurado (ele-
é aplicado logo em seguida, de forma vigorosa e
cido a camada de resina composta referente ao
ativa e este é fotopolimerizado por 10 segundos.
esmalte, seguida de sua polimerização, também
Inicia-se então a inserção da resina composta
por 10 segundos a cada incremento.
B. Condicionamento seletivo do esmalte.
referente à camada de dentina, em incrementos
Ao finalizar a restauração, é colocado sobre o den-
C. À esquerda, primer. À direita, bond.
de até 2mm fotopolimerizando cada incremento
te uma generosa quantidade de gel de glicerina
D. Aspecto e coloração dos itens: superior es-
por 10 segundos. Deixar espaço suficiente para a
hidrossolúvel e polimeriza-se por 40 segundos.
camada referente ao esmalte. Nesse momento,
Lava-se a glicerina e dá-se início ao acabamento
E. Aplicação do primer ácido.
são utilizados os corantes para a caracterização
e polimento com o uso de broca multilaminada,
F. Aplicação do bond com flúor.
do dente e após a polimerização destes, é acres-
discos e escova de carbeto de silício.
mento 46).
querdo, primer; inferior direito, bond.
A
B
C
D
E
F
Coluna
E aí?
Além do conhecimento técnico-científico, o profissional de hoje também se depara com a necessidade de aprimorar seus conhecimentos administrativos, para que possa desenvolver sua carreira e negócio. Esta coluna destina-se à discussão de temas relacionados à gestão e ao marketing de consultórios e clínicas odontológicas, porém não vamos aqui aprofundar temas e conceitos, mas sim, de modo bem pragmático, propor algumas soluções para os problemas que mais acontecem no dia a dia. Desse modo, convidamos o leitor a enviar suas perguntas para nossa redação (fontes@editoraponto.com.br), para que possamos responder às questões de seu interesse.
Sei que devo planejar minha carreira, mas por onde começo? E aí?
A cada ano que se inicia temos o desejo de fa-
Isso pode ocorrer por vários motivos de força
zer planos! Interessante como os planos sempre
maior... falta de recurso momentâneo, espera de
precisam de inícios pontuais. Comprovamos isso
um momento mercadológico mais propício ou
em frases como:
mesmo superação de problemas ou situações pessoais como o nascimento de um filho ou a
Começo na segunda!
construção de uma casa. Porém, dos motivos
No próximo mês...
dependentes apenas da boa vontade do empre-
Os planos para o ano que vem são:
endedor, posso visualizar duas boas razões para
Depois das férias eu decido.
essa protelação: falta de vontade verdadeira, ou seja, deseja os resultados mas não gosta nem
40 41
v.4, n.1, 2015
São frases que com certeza já pronunciamos ou
um pouco do trabalho para chegar lá - resumin-
ouvimos de alguém que estava aflito e pressiona-
do, preguiça -; e inaptidão para o empreendedo-
do por algum tipo de necessidade ou desejo de re-
rismo.
alização e sabia que precisava colocar logo suas
Mas há aqueles que não planejaram e, portan-
ações em prática se quisesse realmente desfru-
to, não agiram porque não sabiam por onde co-
tar dos prazeres e benefícios dos resultados.
meçar. Têm as ideias, até visualizam de alguma
Mas parece que essas frases são mais utilizadas
forma possibilidades (têm visões), mas não con-
para jogar a ação para o futuro do que realmente
seguem planejar as etapas de ação, pois, como
planejá-lo e em muitos, muitos casos, as ações
possuem poucas informações do mercado, sen-
jamais ocorrem, o que torna as frases carentes
tem-se inseguros em confiar em suas percep-
de crédito.
ções. E nisso estão certos, porque, na maioria
das vezes, até suas ideias precisam de peque-
Que em 2015 tenha vontade e determinação, e
nas lapidações.
que planeje profissionalmente suas ações!
Sendo assim, o planejamento é a única forma de determinarmos um começo e um meio para
Abraços e bons negócios!
a caminhada. Já o fim não somos nós que determinamos. De forma bem simples e objetiva, comece enumerando suas competências ou descrevendo seu negócio, depois comece a pesquisar o mercado (livros, sites, reportagens, youtube... o que for) e observe quais são os públicos não atendidos em suas necessidades, quais são as maiores reclamações sobre um formato de prestação de serviço ou mesmo o que seduz as pessoas consumidoras dele. Então procure criar um elo entre esses dois itens. Automaticamente você criará um ponto de intersecção entre você e o mercado, e daí você estará perto de uma boa ideia de negócio, que, quem sabe, pode ser o sonho de sua vida.
Ricardo Lenzi Consultor de Gestão e Marketing em Saúde Sócio-proprietário do Altera – Centro de Inteligência em Serviços ricardo@alteracis.com.br
DICAS DE PRÓTESE
Adaptação de restaurações metálicas e cerâmicas: um material, duas cores MALTA BARBOSA, João Residente, Advanced Education Program in Prosthodontics, New York University College of Dentistry, EUA Advanced Program for International Dentists em Prostodontia, New York University College of Dentistry, EUA Diploma em Implantologia, Columbia University College of Dental Medicine, EUA Diploma em Dentisteria Estética, Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz, Portugal Mestrado Integrado em Medicina Dentária, Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz, Portugal Membro do Departamento de Reabilitação Oral, Instituto de Implantologia, Lisboa, Portugal
Por que é importante?
Como fazer?
A utilização de materiais elásticos como meio de
I. Preparar porções iguais de pasta-base e cata-
avaliação de assentamento de restaurações fixas
lisadora (Fit Checker AdvancedTM) (Fig. A).
é uma técnica descrita há mais de 20 anos. Vantagens para a utilização desse material in-
II. Incorporar o pigmento violeta presente no
cluem:
marcador intraoral na pasta-base, através da
• simplicidade;
realização de movimentos circulares, até obter
• vividez;
uma mistura homogênea (Fig. B).
• limpeza;
Nota. A activação do pigmento pode ser feita
• aparência e “leitura” agradáveis;
com água ou álcool. Recomenda-se a utilização
• precisão; e
da menor quantidade possível de solvente para
• eficácia.
que não interfira nas propriedades do material.
Materiais de cor branca foram originalmente utilizados pelo contraste que possibilitavam com a
III. Misturar a pasta-base (pigmentada) com a
superfície interna de restaurações metalocerâmi-
pasta catalisadora e aplicar na restauração de
cas. Contudo, com o desenvolvimento e aumento
acordo com as indicações do fabricante (Fig. C).
da utilização de materiais cerâmicos, surgiu a necessidade de inclusão de pigmentos que contrastem com a base branca do material restaurador.
O que é necessário? • Fit Checker AdvancedTM (GC, America)
jmb1023@nyu.edu
• Marcador intraoral
MACGREGOR, Kimberly Fellow, Advanced Program for International Dentists em Prostodontia, New York University College of Dentistry, EUA Advanced Program for International Dentists em Prostodontia, New York University College of Dentistry, EUA Mestrado Integrado em Medicina Dentária, Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz, Portugal
CARAMÊS, João Professor Catedrático, Faculdade de Medicina Dentária, Universidade de Lisboa, Portugal Professor Assistente do Departamento de Periodontologia e Implantologia, New York University College of Dentistry, EUA Coordenador do Curso de Especialização em Implantologia, Faculdade de Medicina Dentária, Universidade de Lisboa, Portugal Diretor Clínico, Instituto de Implantologia, Lisboa, Portugal
42 43
v.4, n.1, 2015
• Base de mistura • Espátula
A
B
C
Considerações finais
Referências
A incorporação de pigmentos em meios elásti-
o objetivo de incorporar o pigmento presente no
cos, comercialmente disponíveis, para verifica-
aerossol, aumenta potencialmente o risco de
ção de assentamento de restaurações indiretas
obter maior espessura final, o que pode compro-
está descrita na literatura.
meter a precisão da avaliação do assentamento
Uma técnica semelhante à anteriormente apre-
da peça restauradora.
sentada também foi publicada, a qual incorpora
A técnica apresentada permite incorporar o pig-
o pigmento presente num aerossol (Occlude,
mento presente nos marcadores intraorais (clo-
Pascal Co, Bellvue, Wash) em um meio elástico
reto de hexametilpararosanilina) num material
branco (Fit CheckerTM, GC Dental, Tóquio, Japão).
elástico de verificação de assentamento de cor
Contudo, um estudo recente verificou que o ae-
branca.
rossol produz uma camada de espessura supe-
Esta dica poderá ser útil sempre que não esteja
rior ao limite de 25 μm imposto pelas normas ISO
disponível um material de verificação pigmenta-
para materiais de cimentação com base aquosa.
do.
Assim, a combinação desses dois materiais, com
1. Arakelian A. A technique for seating castings. J Prosthet Dent. 1982;48(3):357. 2. Rissin L, Wetreich G. Utilization of elastomeric materials to evaluate the accuracy of cast restorations prior to cementation. J Prosthet Dent. 1983;49(4):585-6. 3. Keys LG. An alternate method of verifying the seating of all-ceramic restorations. J Prosthet Dent. 2002;87(4):411. 4. Jahangiri L, Estafan D. A method of verifying and improving internal fit of all-ceramic restorations. J Prosthet Dent. 2006:95(1):82-3. 5. Kious AR, Myers ML, Brackett WW, Haywood VB. Film thickness of crown disclosing material and its relevance to cementation. J Prosthet Dent. 2014 [Epub ahead of print].
DICAS DE TECNOLOGIA
Por que é importante?
Como fazer?
Nos anos 80, houve uma grande mudança nos
Surge neste momento uma nova técnica para
processos de restaurações dentais. As antigas
remoção seletiva de materiais restauradores
ligas metálicas foram substituídas pelas resinas
como resina, porcelana e amálgama, que utiliza
de cor similar à dos dentes, graças ao advento
o processo de fluorescência para diferenciação
dos adesivos dentais. Além da estética, a técni-
dessas estruturas, que, quando irradiadas com
ca adesiva tem com principal vantagem o menor
luz UV num comprimento de onda específico,
desgaste da estrutura dental.
tornam-se de cor diferente da do dente, poden-
A partir de então, milhões de pessoas no mundo
do-se, assim, evitar o desgaste de dente sadio
todo optaram pela troca das restaurações me-
(Fig. A1-A2).
tálicas escuras pelas resinas compostas foto-
Esse sistema inédito mundialmente foi apresen-
ativadas, que, ano a ano, melhoraram em muito
tado ao mercado odontológico no Congresso In-
em termos de cor e resistência, tendo ficado tão
ternacional de Odontologia de São Paulo, CIOSP
similares aos dentes naturais a ponto de ser im-
2014, pela empresa Gnatus, com o nome comer-
possível identificar os limites. No entanto, toda
cial de Cobra Led Ultra Vision, que contou com
restauração tem sua vida útil e precisará, um dia,
pesquisas desenvolvidas no Instituto de Física
ser substituída.
da USP, em São Carlos, Brasil.
Especialista e Mestre em Dentística Restauradora - Unopar-PR
A questão agora é: como saber onde é dente e
Essa nova tecnologia baseia-se no emprego
Especialista em Periodontia - Unopar-PR
onde está a restauração? Se não se consegue
de dois LEDs com diferentes comprimentos de
Clínica Particular - Londrina-PR
visualizar exatamente até onde se deve des-
onda, um na cor branca e outro na ultravioleta,
gastar, com certeza poderá ser removido dente
que, através de uma chave seletora, permite ao
sadio, e o princípio inicial que a técnica adesiva
operador mudar a fonte de luz (Fig. B1-B2).
preconiza, ou seja, de evitar desgaste excessivo,
No mercado odontológico há inúmeros fabri-
torna-se conflitante.
cantes que empregam diferentes quantidades
Tecnologia para remoção seletiva de materiais restauradores e cárie
SCALCO, Valter Flávio
OTTOBONI, Thiago Dias Oliveira Especialista em Dentística Restauradora - Unopar-PR Professor do Curso de Atualização em Estética Avançada e Imersão em Resinas Compostas - Instituto IPPO - Balneário Camboriú-SC
e componentes fluorescentes, por isso há tam-
Clínica Particular - Blumenau-SC
O que é necessário?
bém grande variação no índice de fluorescência emitido por esses materiais restauradores, com-
• Preparos: caneta de alta rotação Cobra Led Ultra Vision (Gnatus) e pontas diamantadas
parados ao esmalte e à dentina dos dentes naturais (Fig. C-D). Dentina: a dentina possui a característica de fluorescência três vezes maior que o esmalte, sendo, portanto, o maior responsável por essa característica nos dentes naturais.
44 45
v.4, n.1, 2015
A1
A2
B1
B2
C
D
DICAS DE FOTOGRAFIA
Documentação científica visual de próteses e peças anatômicas
WILLE, Brasilio Fotógrafo profissional Professor de fotografia Palestrante Cursos de fotografia Odontológica Consultor técnico e de desenvolvimento de produtos fotográficos www.wille.com.br brasilio@wille.com.br Fabricante: Mako (pedro@mako.com.br)
48 49
v.4, n.1, 2015
Por que é importante? O registro preciso e sistemático de trabalhos é
cotidiana. E agora, mais que nunca, com a entrada
fundamental na comunicação e relacionamento
no mercado de câmeras e monitores com maior
com o mundo profissional e tecnológico. Torna-se
resolução, o trabalho, quando explora luzes e
de grande importância nos trabalhos conjuntos
sombras, faz surgir os detalhes, as texturas, a
entre clínicas e laboratórios de próteses, para
translucidez, a cor e transparências na imagem.
que possam seguir um protocolo padronizado e
O conjunto da câmera e luzes, no qual se pode vi-
realizar com agilidade as imagens.
sualizar os efeitos (luz, sombras e brilhos) antes
Mudar paradigmas do tempo em que se usava
de cada click, traz para a odontologia uma nova
filmes é um desafio, pela resistência dos mitos
forma de olhar o paciente. A iluminação faz o sor-
e por desconhecimento do processo digital usa-
riso se destacar na face (Fig. B).
do atualmente. Com novos ares e novos rumos
A captura fotográfica bem feita traduz a habilida-
surgiu uma infinidade de opções, agora com vi-
de e a qualidade do trabalho executado. Pode-se
sualização do que teremos na imagem final (luz,
adotar um protocolo internacional de registro de
sombras e brilhos) (Fig. A).
imagens ou criar o seu particular.
A sensibilidade e a inteligência visual são
Imagens podem ser usadas como documentos e
ferramentas
como material de divulgação e marketing.
da
observação
e
da
prática
A
B
DICAS DE DENTÍSTICA 2
Melhorando a fotopolimerização
Por que é importante?
O que é necessário?
A fotopolimerização é um dos passos mais im-
• Fita adesiva
portantes da restauração, e os tempos recomen-
• Tira de poliéster
dados pelos fabricantes são baseados na extre-
• Ponta do fotopolimerizador
midade da ponta do aparelho, tão perto quanto
• Dentímetro
possível, da superfície da resina. Porém, em situações clínicas cotidianas, esse posicionamento
Como fazer?
e essa distância são frequentemente difíceis ou impossíveis de ser alcançados ou padronizados.1
É muito fácil. Basta colocar sobre a ponta ativa
Por exemplo, a distância entre a ponta de cús-
do fotopolimerizador uma tira de poliéster, a uma
pide e a base da caixa de interproximal de um
distância padronizada de 1 mm, para se conse-
dente posterior pode ser superior a 7 mm, uma
guir polimerizar o material com a ponta o mais
distância que vai reduzir de forma significativa a
próximo possível, sem correr o risco de encostar
intensidade da luz disponível para a fotoativação
no material a ser polimerizado. Isso resultará em
da resina. Como resultado, será obtida uma resi-
uma melhor polimerização, com maior grau de
na composta subpolimerizada e com piores pro-
conversão do material resinoso.
1
SEPÚLVEDA-NAVARRO, Wilmer Fabián Professor do Programa de Odontologia. Universidade Santiago de Cali Colômbia
Mestre em Odontologia pela Universidade Estadual de Ponta Grossa-PR
ARANA-CORREA, Beatriz Elena
Professora do Programa de Odontologia. Universidade Santiago de Cali Colômbia Mestre em Odontologia pela Universidade Estadual de Ponta Grossa-PR
2
priedades físico-mecânicas quando comparadas às de uma polimerização ideal. Estudos revelam que polimerizações feitas a distância e materiais resinosos grudados na ponta do aparelho podem reduzir o grau de conversão e comprometer a efetividade da polimerização.1-5 Dessa forma, esta dica descreve uma maneira muito prática de proteger a ponta do fotopolimerizador contra materiais resinosos que possam ficar grudados, a qual também serve para padronizar a distância daquela ao material a ser polimerizado.
56 57
v.4, n.1, 2015
A
B
Considerações finais A padronização da distância de polimerização e a proteção da ponta do aparelho fotopolimerizador podem resultar em melhores propriedades mecânicas e físicas dos materiais, ajudando na maior longevidade das restaurações ao longo do tempo.
C
D
Referências 1. Price RB, Labrie D, Whalen JM, Felix CM. Effect of distance on irradiance and beam homogeneity from 4 light-emitting diode curing units. J Can Dent Assoc. 2011;77:b9.
E
F
2. Mousavinasab SM, Barekatain M, Sadeghi E, Nourbakhshian F, Davoudi A. Evaluation of light curing distance and mylar strips color on surface hardness of two different dental composite resins. Open Dent J. 2014;8:144-7. 3. Santini A, Gallegos IT, Felix CM. Photoinitiators in dentistry: a review. Prim Dent J. 2013;2(4):30-3. 4. Maleknejad F, Ameri H, Manafi S, Chasteen J, Ghavamnasiri M. The effect of photoactivation time and light tip distance on the degree of conversion of light and dual-cured dentin adhesives. Indian J Dent Res. 2013;24(2):225-8. 5. Podgórski M. Structure-property relationship in new photo-cured dimethacrylate-based dental resins. Dent Mater. 2012;28(4):398-409.
Ponta da lâmpada e uma tira de poliéster (A). Tira de poliéster ao redor da ponta (B). Tira de poliéster na distância adequada (1,0 mm) (C). Caso de borda incisal dos incisivos centrais superiores (D). Lâmpada em posição sobre o dente, sem encostar a ponta ativa. Fotopolimerização do sistema adesivo (E). Lâmpada em posição sobre o dente sem encostar a ponta ativa na resina composta da borda incisal, com distância de fotopolimerização padronizada de 1,0 mm (F).
DICAS DE PUBLICAÇÃO
Top five em textos das Engenharias, das Ciências Humanas, da Odontologia...
SECCO, Giovanni Revisor da Editora Ponto Ltda. Revisor do TJSC secco.giovanni@gmail.com
Penso de que minha coluna precisa alertar os
coisa, ou seja, que há um conjunto maior (todas
acadêmicos da odontologia sobre certos proble-
as frutas de que eu gosto) e que dele selecionei
mas de linguagem em seus textos. Por isso, vou
uma parte (algumas das quais gosto)?
estar apresentando uns fenômenos muito cor-
Então pense duas vezes antes de digitar incons-
riqueiros nas redações atuais.
cientemente “como por exemplo” e, lá no final da
Deixe-me reintroduzir esta coluna. Penso que
frase, “entre outros” ou “etc.”.
artigos em língua nacional na área odontológi-
Nesse ponto, cientista ou professor precisam re-
ca têm replicado sem escrúpulos determinadas
fletir sobre o conjunto ao qual se referem e sobre
estruturas e, por isso, vou apresentar algumas
o motivo de optar por citar somente parte dele.
delas na tentativa quase utópica de frear a pro-
Suponhamos que eu conheça (não sei se conhe-
pagação daquilo que considero um empobreci-
ço, e não vale aqui citar variantes) os nomes em
mento da linguagem acadêmica.
português de todas as frutas que começam com
Dequeísmo (uso do “de que” quando a regên-
a letra “L” (laranja, limão, lima, lichia e longan),
cia não pede o “de”) e a construção “vou estar +
ou seja, n=5. Faria sentido eu citar quatro de-
gerúndio”, exemplificados no primeiro parágrafo
las acompanhadas de “como”, “por exemplo” ou
desta coluna, são muito comuns em discursos de
“entre outras”? Não! Talvez três fizesse sentido,
parlamentares e telemarketing respectivamente.
para não sobrecarregar o leitor com duas menos
Nos textos acadêmicos já não são raros, mas fe-
conhecidas, ou para proteger-se na hipótese de
lizmente aparecem pouco, então vou estar sele-
não ter absoluta certeza do conjunto completo.
cionando, ops!, selecionei outros cinco lugares-
Por outro lado, no caso de n=5 ser verdade, infor-
-comuns.
mar todas as frutas que começam com “L” tem
Dica: como diminuir estes vícios? Intercale a lei-
seu valor.
tura de um monte de artigos acadêmicos com a
A propósito, só recomendo a colocação de dois-
de literatura nacional de qualidade ou bem tra-
-pontos se o que vier depois for bem marcado ou
duzida.
complexo gramaticalmente. Se é ridículo escrever “Preciso comprar produtos como: luvas des-
5 – Como, por exemplo, etc., entre outros
cartáveis”, também o é “... como: inlays, onlays e overlays”. Para que os dois-pontos? Use “como:”
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v.4, n.1, 2015
Não é porque uma oração é relativamente com-
ou “são:” somente quando se seguir uma enu-
plexa, ou grande, que precisamos ser redundan-
meração com itens que precisam ser percebidos
tes. Se bem empregada, a repetição é uma figura
como claras unidades em uma sequência. Inclu-
de linguagem, caso contrário pode ser simples-
sive é por isso que muitas vezes tais itens são
mente um vício.
marcados por (a), (b), (c)...; (i), (ii), (iii)... etc., e se-
Vejamos. É boa a oração “Gosto de frutas como,
parados por ponto-e-vírgula, em vez de vírgula.
por exemplo, abacate, melancia e melão, entre
Revisei há pouco uma frase que terminava as-
outras”? Os termos “como”, “por exemplo” e “en-
sim: “... foram designados por tipos: 1, 2, 3 e 4”.
tre outras” não indicam, nesse contexto, a mesma
Pior só se fosse “... tipos: 1; 2; 3; e 4”. E propus o
tudo, tenho a impressão de que autores por aí
ideia aqui é chamar a atenção para o uso desen-
3 e 4”, o que me pareceu mais direto e elegante
acreditam que “o mesmo” e “a mesma” são op-
freado desses artigos na escrita, o que é, na ver-
(estético).
ções melhores que “ele” e “ela”. Ao contrário, são
dade, mero vício, advindo da linguagem expres-
palavras maiores, mais processamento, e não de-
siva oral.
seguinte: “... foram designados pelos tipos 1, 2,
4 – Menos modéstia
sambiguam absolutamente nada. Não encontro nenhuma vantagem, e sim uma
1 – Gerúndios
Às vezes é imprescindível não ser modesto ou,
possível e equivocada sensação de erudição
pelo menos, não usar falsa modéstia.
em escrever “O mesmo foi fotopolimerizado” em
Que fácil escrever assim: após a oração principal,
“Este trabalho buscará mostrar...”. Se nem o au-
vez de “Ele foi fotopolimerizado”. Já na posição
completar a informação com um, dois e até três
tor consegue afirmar, mesmo diante de um texto
de objeto, o problema pode ser a dificuldade de
gerúndios em sequência. Sobra para o coitado
com começo, meio e fim, se conseguiu mostrar
usar os pronomes oblíquos. Para escapar de
do leitor verificar qual a relação que cada oração
algo, por que eu vou perder tempo lendo algumas
“fotopolimerizar ele”, parece melhor ou mais fá-
subordinada iniciada por gerúndio tem com a an-
páginas para descobrir isso? Não estamos dian-
cil escrever “fotopolimerizar o mesmo” do que
terior.
te de uma sinopse de filme, cujo desfecho preci-
“fotopolimerizá-lo”. Será?
Por exemplo, em “de forma que se encaixe perfei-
sa ser preservado.
Reserve o uso de “o mesmo”, “a mesma” como
tamente na outra, promovendo perfeita adapta-
Não pense que resultados parciais, resultados
substantivo quando fizer referência à mesma
ção”, além de ter-se dito praticamente a mesma
relativos, resultados não confiáveis, resultados
pessoa, qualidade, situação, característica, per-
coisa (empreguei bem “a mesma” aqui), trata-se
incompletos ou até resultados enviesados não
sonalidade, etc., como em “O mesmo [resultado]
de uso indevido de gerúndio.
são resultados. Espera-se que uma publicação
não foi observado no hemiarco dental que rece-
Vejamos esta outra ocorrência, em que há justa-
chegue a algum lugar, mesmo que provisório,
beu o gel placebo”.
posição de orações iniciadas por gerúndio, sem o trabalho de mostrar ao leitor as relações explí-
logo “Este trabalho mostra/apresenta/discute/ analisa...” e nunca “procura/busca/pretende...”.
2 – Um isso, um aquilo
citas entre as frases: “aparelho que dispensa o conteúdo na cavidade, permitindo que a resina
Agora, se se trata de um projeto, daí sim “pretende/desenvolverá/analisará”.
Artigos indefinidos só são válidos se apontam
se acomode por todas as paredes, evitando a
É claro que não seria impossível relatar realmen-
para a indefinição. Em “apresentou uma melhor
formação de bolhas”. Que tal “aparelho que dis-
te um fracasso e, daí sim, a expressão “tentou
estabilidade”, há por acaso uma estabilidade me-
pensa o conteúdo na cavidade a ser restaurada
mostrar” estaria bem empregada. Caso não seja
lhor, que é diferente de outra estabilidade tam-
e faz com que a resina se acomode por todas as
esta a autoanálise, então não faça como um au-
bém melhor? Pergunte-se: há mais de um tipo de
paredes sem a formação de bolhas”? Um bom
tor que li outro dia, cujo documento começava
estabilidade melhor? Da mesma forma, parece
cientista ou professor da área que cuide tam-
assim: “Tentamos comparar”. Comparar, bem ou
que a supressão do artigo indefinido nas seguin-
bém da língua escrita com certeza encontrará
mal, não é difícil, certo?
tes frases torna o texto melhor: “apresenta uma
uma solução melhor que a minha.
predisposição”, “foi observado um escurecimen-
Veja qual o sentido preciso que quer dar ao
to excessivo”, “por um escaneamento intraoral”,
acrescentar uma subordinada à oração princi-
“trazendo ao paciente um maior conforto e satis-
pal: “acreditando” seria “por acreditar”, “impon-
Não sei qual o problema com nossos pronomes
fação”, “permite uma redução significativa”, etc.
do” seria “ao impor”, “resgatando” seria “para
“ele” e “ela”, os oblíquos “o” e “a”, e “este” e “esta”.
Talvez em um ou outro exemplo acima o empre-
resgatar”, “fraturando” seria “o que fraturou”? Só
Concorrendo com “através” no lugar de quase
go do artigo “um/uma” não soe tão mal, mas a
os contextos dirão!
3 – O mesmo, a mesma
DICAS DE ENDODONTIA 2
Reconstrução intrarradicular: alternativa clínica para instalação de pinos de fibra de vidro
Por que é importante? O sucesso da terapia endodôntica está dire-
preenchimento do canal radicular com resina
tamente relacionado com a eficiência do tra-
composta, para reconstruir suas paredes inter-
tamento restaurador a ser realizado, visto que
nas, com o objetivo de melhorar a adaptação do
dentes com sucesso endodôntico podem ser
pino de fibra de vidro ao canal radicular, além de
perdidos por problemas restauradores.1 Entre-
corrigir eventuais depressões nas paredes radi-
tanto, as diferentes abordagens para restau-
culares devido a preparos inadequados, de for-
rar dentes com canais tratados geram muitas
ma que a contração de polimerização dos mate-
controvérsias entre os clínicos, principalmente
riais adesivos seja minimizada, e a dificuldade de
aqueles com grandes destruições. Com os re-
modelagem intracanal seja superada.
2
centes avanços da endodontia e da odontologia estética, os dentes tratados endodonticamente com grandes perdas de estrutura coronorradicular,3 que anteriormente seriam indicados para extração, passaram a ser reabilitados com maior previsibilidade de sucesso, através da reconstrução pós-endodôntica com materiais adesivos reforçados por pinos de fibra de vidro (Fig. A-B).
BALTIERI, Patrick
Diversas alternativas podem ser empregadas
Especialista em Endodontia – FOP-UNICAMP
para a instalação de pinos de fibra de vidro. Entre
Mestre em Endodontia – SLMANDIC – Campinas-SP
elas, a cimentação direta do retentor e a confec-
Professor Assistente de Endodontia e Microscopia Clínica – IMED – Itapetininga-SP
ção de pinos modelados com resina composta são as mais comumente empregadas.4 Porém,
patrickbaltieri@gmail.com
problemas como a contração de polimerização do cimento resinoso nos retentores cimentados diretamente e a dificuldade na adequada modelagem dos pinos anatômicos podem ocasionar falhas que serão determinantes no sucesso e na longevidade da retenção intracanal, além de diminuir o risco de fraturas radiculares.5 Contudo, pode-se lançar mão de adaptações técnicas que permitam minimizar essas intercorrências, entre elas a reconstrução intracanal com resina composta prévia à cimentação do pino de fibra de vidro. Essa técnica consiste no 60 61
v.4, n.1, 2015
O
Q
Considerações finais No atual contexto, em que dentes passíveis de ser restaurados são substituídos por implantes ósseo-integrados, soluções clínicas que possibilitem a reabilitação de dentes fragilizados devem ser consideradas no planejamento do tratamento, visto que o emprego dos sistemas adesivos na reconstrução intrarradicular pode devolver estrutura ao dente e possibilitar sua adequada restauração com sucesso e longevidade.
P
Referências 1. Ray HA, Trope M. Periapical status of endodontically treated teeth in relation to the technical quality of the root filling and the coronal restoration. Int Endod J. 1995 Jan;28(1):12-8. 2. Ree M, Schwartz RS. The endo-restorative interface: current concepts. Dent Clin North Am. 2010 Apr;54(2):345-74. 3. Wagnild GW MK. Restoration of the endodontically treated tooth. In: Cohen S, Burns RC, editors. Pathways of the Pulp. 8th ed. St Louis, MO: Mosby; 2002. p. 765-95. Confecção em incrementos do núcleo de preenchimento em resina (O). Preparo coronário após a remoção do isolamento absoluto (P). Radiografia final. Note o completo preenchimento do canal radicular com resina composta, cimento resinoso e pino de fibra de vidro (Q).
4. Baltieri PWQ. Retentores em resina composta reforçados por pinos de fibra de vidro. In: Worschech CC, Murgel CAF, editors. Microodontologia: visão e precisão em tempo real. 1a ed. Maringá: Dental Press; 2008. 5. Santos AF, Meira JB, Tanaka CB, Xavier TA, Ballester RY, Lima RG, et al. Can fiber posts increase root stresses and reduce fracture? J Dent Res. 2010 Jun;89(6):587-91. 6. Korasli D, Ziraman F, Ozyurt P, Cehreli SB. Microleakage of self-etch primer/adhesives in endodontically treated teeth. J Am Dent Ass. 2007 May;138(5):634-40.
Coluna
Billboard Top 100 da Odontologia! Há décadas a Billboard “mensura” semanalmen-
Uma vez escutei de um professor que a gente
te as músicas mais tocadas, os melhores artistas
não tem de tentar ser quem não somos, tentar
e, consequentemente, o grau de impacto deles
ser outro profissional só porque este tem mais
na mídia. No site podemos encontrar quem subiu
habilidade em determinada área. Nós temos
e quem desceu no ranking em todo o mundo.
que a cada dia tentar ser melhores que no dia
Eu fiquei pensando um dia destes... imagina se
anterior, tanto na vida profissional como na pes-
houvesse uma escala da Billboard em Odontolo-
soal. Pode soar “manjado” esse tipo de mensa-
Mestre e Doutor em Prótese pela Unicamp
gia! Ia ser uma guerra para entrar e se manter
gem no começo do ano, mas isso é a “alma do
Pós-Graduação em Prótese e Oclusão pela New York University – College of Dentistry
nela.
profissional”... crescer a cada dia para si próprio
Coordenador dos Cursos de Pós-Graduação Lato Sensu em Nível de Especialização em Implantodontia e Odontologia Estética do Centro Universitário Senac – São Paulo-SP
Os sites de clínicas, centro educacionais, facul-
e tentar ser o melhor para seu paciente, amigos,
dades sempre têm o chamado “o melhor curso”,
amigas, familiares, e lembrar que não precisa
“o melhor grupo”, “o maior especialista”, e por aí
estar na Billboard Top 100 da Odontologia para
vai!
ser GRANDE!
Oswaldo Scopin de Andrade
osda@terra.com.br
Não quero ser crítico desse tipo de marketing, mas não acredito que em uma área biológica e da saúde alguém possa se considerar “o melhor”
GAPS: fechando espaços
ou, pior, se considerar e ainda falar que é! Isso me lembra a música do Titãs “A melhor banda de todos os tempos da última semana”. Perfeita a letra dessa música! Mas o que quero na verdade é deixar uma mensagem nesta primeira coluna de 2015 para todos os dentistas que não são os melhores. Quero deixar uma mensagem para aqueles como eu, que por anos trabalhei em uma sala alugada de 27 m2, sem estacionamento, sem máquina de Nespresso, com uma atendente, sem laboratório próprio, de que odontologia de qualidade não está em aparências ou se você está no Trend Topics do Twitter, com um caso espetacular feito por um ceramista de renome. Está, sim, no coração, na sensibilidade e no respeito ao lidar com o paciente, na ética com o colega de profissão e no saber lidar com as limitações que todos temos.
66 67
v.4, n.1, 2015
Um excelente 2015!
Publicações Científicas?
Marcelo Giannini
Professor Associado do Departamento de Odontologia Restauradora da FOP - UNICAMP Coordenador do Curso de Especialização em Dentística - ACDC Campinas fopgiannini@yahoo.com
Li numa edição do mês de novembro da revis-
dência em Prótese Dental nos Estados Unidos
ta Veja a reportagem sobre as publicações em
com um curso de especialização no Brasil. A
periódicos científicos e fiquei preocupado com
comparação é difícil, porque o curso lá é integral,
o grande volume de pesquisas de baixa qualida-
com duração de 2 a 3 anos, isso sem comentar a
de científica realizadas ultimamente e, conse-
estrutura das universidades americanas, o con-
quentemente, com o nível de algumas revistas.
teúdo programático e o corpo docente.
A cobrança de produção científica dos órgãos de
Tudo bem que tiramos da quantidade a qualida-
educação e de tecnologia é em parte uma das
de, mas está na hora de pensar mais em quali-
responsáveis por isso, mas os mecanismos de
dade.
controle da qualidade das revistas e seus critérios parecem não ter funcionado adequadamente ou inexistem. No Brasil os trabalhos de pesquisa podem ser produzidos por graduandos, especialistas, mestres e doutores formados todos os anos. Os alunos de graduação podem contribuir em trabalhos de pesquisa nos programas de iniciação científica. Os especialistas precisam produzir uma monografia para conclusão do curso, que também pode ser publicada em periódicos. Para os mestrandos e doutorandos o trabalho científico é parte dos créditos para a obtenção do título. É sabida a proliferação sem necessidade das faculdades de odontologia pelo país e também do número de mestres e doutores. Tenho percebido que muitos pós-graduandos apenas obtêm a titulação, mas poucos têm a formação real de um Mestre ou Doutor, preparados para ser docentes e cientistas. Isso se repercute em pobres trabalhos de tese, que geram essas publicações atraídas pelas revistas de baixa qualidade, muitas das quais exigem pagamento para publicar o artigo. Tente comparar, por exemplo, um curso de resi-
REVISTA BRASILEIRA DE DICAS EM ODONTOLOGIA Dicas em diversas especialidades de forma objetiva, baseadas em três perguntas: POR QUE É IMPORTANTE? O QUE É NECESSÁRIO? COMO FAZER? n. 12 n. 11
n. 10
n. 9
n. 13
A MELHOR DICA É ASSINAR
www.editoraponto.com.br 0800 704 4018
NORMAS PARA PUBLICAÇÃO DE ARTIGOS Please, read the Instructions for Authors at the website www.revistaclinica.com.br A revista DICAS – Revista Brasileira de Dicas em Odontologia é dirigida à classe odontológica e a profissionais de áreas afins. Destina-se à publicação de dicas clínicas em diversas áreas da Odontologia, com periodicidade trimestral. As normas, principalmente na parte de referência da revista, estão baseadas no Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to Biomedical Journals: Writing and Editing for Biomedical Publication, do International Committee of Medical Journal Editors (Grupo de Vancouver). N Engl J Med. 1997;336:309-16. Essas normas foram atualizadas em outubro de 2004 e estão descritas no website http://www.icmje.org. NORMAS GERAIS 1) Os manuscritos enviados para publicação deverão ser inéditos, não sendo permitida a sua apresentação simultânea a outros periódicos. Caso não sejam seguidas as normas da revista, o manuscrito será devolvido para as devidas adaptações. A revista Dicas reserva-se todos os direitos autorais do trabalho publicado, inclusive de versão e tradução, permitindo-se a sua posterior reprodução como transcrição, com a devida citação da fonte. 2) A revista Dicas reserva-se o direito de subme68 69
v.4, n.1, 2015
ter todos os manuscritos à avaliação da Comis-
11) Manuscritos que envolvam pesquisa ou rela-
são Editorial, que decidirá pela aceitação ou não
to de experiência com seres humanos deverão
deles. No caso de aceitação, esta está sujeita às
estar de acordo com a Resolução n. 196/96 do
eventuais modificações solicitadas pelo Corpo
Conselho Nacional de Saúde, ou com o constan-
Editorial.
te na Declaração de Helsinki (1975 e revisada em
3) Manuscritos não aceitos para publicação se-
1983), devendo ter o consentimento por escrito
rão devolvidos com a devida notificação e, quan-
do paciente e a aprovação da Comissão de Ética
do solicitada, com a justificativa. Os manuscritos
da Unidade (Instituição) em que o trabalho foi re-
aceitos não serão devolvidos.
alizado. Quando for material ilustrativo, o paciente
4) Os prazos fixados para a eventual modifica-
não deverá ser identificado, inclusive não deven-
ção do manuscrito serão informados e deverão
do aparecer nomes ou iniciais. Para experimentos
ser rigorosamente respeitados. A sua não ob-
com animais, deverão ser seguidos os guias da
servação acarretará no cancelamento da publi-
Instituição dos Conselhos Nacionais de Pesquisa
cação do manuscrito.
sobre uso e cuidados dos animais de laboratório.
5) Os conceitos emitidos nos artigos publicados
12) Manuscritos deverão estar acompanha-
bem como a exatidão das citações bibliográficas
dos das Declarações de Responsabilidade e de
serão de responsabilidade exclusiva dos auto-
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res, não refletindo necessariamente a opinião do
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6) Os manuscritos deverão estar organizados
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sem numeração progressiva dos títulos e subtí-
doação, um exemplar da edição em que o seu tra-
tulos, que devem diferenciar-se pelo tamanho da
balho foi publicado. Separatas e artigos em PDF
fonte utilizada.
são oferecidos a preço de mercado. Para mais
7) As datas de recebimento e de aceitação do
informações, consulte www.editoraponto.com.br
manuscrito constarão no final dele, no momento da sua publicação.
CLASSIFICAÇÃO DOS MANUSCRITOS
8) A revista Dicas receberá para publicação ma-
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nuscritos redigidos em português, inglês ou es-
te no formato de Dicas.
panhol, entretanto os artigos em língua estran-
Cada revista contará com artigos no formato de
geira serão publicados em português.
dicas, que serão divididas nas diversas áreas da
9) No processo de avaliação dos manuscritos,
Odontologia e temas afins.
os nomes dos autores permanecerão em sigilo
Apenas na primeira página (folha de rosto) deve
para os avaliadores, e os nomes destes perma-
conter: para qual área a dica está sendo subme-
necerão em sigilo para aqueles. Os manuscritos
tida; título em português e em inglês (máximo de
serão avaliados por pares (duas pessoas) entre
12 palavras); descritores e keywords (no máximo
os consultores do Corpo Editorial.
4); nomes, titulações e filiações institucionais
10) Recomenda-se aos autores que mantenham
dos autores; endereço completo e email do autor
em seus arquivos cópia integral dos originais,
principal.
para o caso de extravio deles.
Na segunda página, deve conter o título da dica
francislima ecolaboradores
• 368 páginas • Papel couché, com alto padrão de impressão • Formato 21 x 28 cm • Capa dura • 10 capítulos, com casos ilustrados e comentados
SUMÁRIO 1. Bases Biológicas Voltadas para a Reabilitação Oral 2. Fundamentação do Funcionamento do Aparelho Estomatognático 3. Planejamento Multidisciplinar Integrado 4. Preparos Dentários - Coroas Totais 5. Coroas Provisórias - Otimizando a Restauração Final - do Mais Simples ao Mais Sofisticado 6. Moldagem em Prótese Parcial Fixa Convencional - Coroas Totais 7. Cerâmicas Odontológicas 8. Obtenção de Modelos de Trabalho - Troquelização 9. Registros Intermaxilares - Articulação dos Modelos 10. Implantes Ósseo-Integrados no Contexto da Reabilitação Oral
www.editoraponto.com.br
| 0800 704 40 18
em português e em inglês e, na sequência, devem
Sem indicação de autoria
functional foods and natural health products in
ser respondidas as seguintes questões: “Por que
Council on Drugs. List no. 52. New names. JAMA.
Canada: possible implications for manufacturers
a dica é importante?”, “O que é necessário para
1966 Jul 18;197(3):210-1.
of conjugated linoleic acid. Am J Clin Nutr. 2004
realizar a dica?” e “Como fazer?” (Estas perguntas
Instituição como autor
Jun;79(6 Suppl):1217S-20S.
devem aparecer no corpo do texto.). O manuscrito
Conselho Nacional de Saúde(BR). Resolução
Artigo sem número e com volume
deve conter também as conclusões ou conside-
no 196/96, de 10 de outubro de 1996. Dispõe
Ostengo
rações finais e as referências bibliográficas (nú-
sobre as diretrizes e normas regulamentares de
Hydroxylapatite beads as an experimental model
mero máximo de 10). Além disso, pode conter de-
pesquisa envolvendo seres humanos. Brasília: O
to study the adhesion of lactic acid bacteria from
senhos esquemáticos, tabelas, gráficos, figuras
Conselho; 1996.
the oral cavity to hard tissues. Methods Mol Biol.
com legendas (caso houver, número máximo de
Editor como autor
2004;268:447-52.
15 ilustrações) e agradecimentos.
Murray JJ, editor. O uso correto de fluoretos na
Artigo sem número e sem volume
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Browell DA, Lennard TW. Inmunologic status
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Trabalho em congresso
of the cancer patient and the effects of blood
As referências (estilo de Vancouver) deverão
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Gen Surg. 1993:325-33.
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Artigo indicado conforme o caso
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de Enfermagem; 1989 Set 2-7; Florianópolis, Brasil.
Collins JG, Kirtland BC. Experimental periodontics
nome do autor no texto. Todos os autores cita-
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Dissertação e tese
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constar nas referências, e vice-versa, conforme
Tavares R. Avaliação da resistência de fundações
Artigo de jornal
a numeração progressiva deles no texto.
de amalgama, através da tração de coroas totais
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metálicas
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Artigo com número e suplemento
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70 71
v.4, n.1, 2015
EA.
[dissertação].
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‘clean’
Florianópolis
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cavity
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C,
Elena
Nader-Macias
M.
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OBSERVAÇÕES ADICIONAIS
ncbi.nlm.nih.gov/entrez/query.fcgi?db=PubMed.
de slides, estes deverão vir em folhas de arquivo
A dica deve ser específica sobre determinado as-
Os descritores (palavras-chave identificando o
de slides, numerados, com as iniciais do primeiro
sunto, e o texto não deve ser muito abrangente e
conteúdo do manuscrito), no máximo 4, devem
autor e com o seu posicionamento (lado direito,
extenso. A primeira pergunta deve ser respondi-
ser escolhidos na lista de Descritores em Ciên-
esquerdo, superior e inferior) na moldura do sli-
da em 2 ou 3 parágrafos, realçando a importân-
cias da Saúde (DECS) elaborada pela Bireme e
de.
cia da dica para a Odontologia. Quando for uma
disponível na internet no website http://decs.
dica técnica ou clínica, a segunda pergunta deve
bvs.br, ou Index to Dental Literature, e/ou Medi-
APRESENTAÇÃO DOS MANUSCRITOS
ser respondida em formato de tópicos, contendo
cal Subject Headings (MeSH), do Index Medicus,
Os artigos submetidos à revista Dicas deverão
apenas os materiais necessários para realizá-la,
no website http://www.ncbi.nlm.nih.gov/entrez/
ser encaminhados em 3 cópias impressas, redi-
e a terceira pergunta deve ser respondida de for-
query.fcgi?db=mesh.
gidos de acordo com a gramática oficial e digita-
ma didática, podendo conter subtítulos, para ex-
Notas de rodapé serão indicadas por asteriscos,
dos na fonte Times New Roman, tamanho 12, em
plicar melhor como realizar cada etapa da dica.
mas devem ser evitadas ao máximo.
folhas de papel tamanho A4, com espaço duplo e
A referência comercial dos equipamentos, ins-
Deve-se evitar citar comunicação verbal; porém,
margem de 3 cm, em todos os lados, tinta preta e
trumentos e materiais citados deve ser com-
se necessário, mencionar o nome da pessoa e a
páginas numeradas no canto superior direito. O
posta respectivamente de modelo, marca e país
data de comunicação entre parênteses, no texto.
limite máximo para o tamanho do artigo será de
fabricante, separados por vírgula e entre parên-
Serão aceitas no máximo 15 ilustrações, incluin-
8 folhas (incluindo a folha de rosto). Deve-se en-
teses.
do figuras, desenhos esquemáticos, tabelas,
caminhar também cópia do documento utilizan-
Nas citações diretas e indiretas deverá ser uti-
gráficos e/ou quadros. As ilustrações (fotogra-
do-se o editor Word for Windows 2003 ou edi-
lizado o sistema numérico. Quando apresenta-
fias e desenhos) deverão ser designadas como
tores compatíveis, gravados em um CD ou DVD.
dos por pelo menos três números sequenciais,
figuras. Todas as figuras deverão ser fornecidas
Todos os artigos deverão ser registrados, prefe-
colocar hífen (ex.: 4, 5 e 6 fica
rencialmente por Sedex, e encaminhados a:
); quando dois
em slides originais ou digitais com boa resolução
apenas ou aleatórios, colocar vírgulas (ex.: 3,7,9 ou
(300 dpi). As figuras, tabelas, gráficos e quadros
7,8
); quando misto, aplicar as duas regras (ex.: 3,
deverão estar com as suas legendas e ser cita-
Revista Dicas
6, 7, 8 e 9 fica 3,6-9).
dos no texto e nas referências (quando extraídos
Rua Vila Kinczeski 23, Centro, Florianópolis,
As citações indiretas (texto baseado na obra de
de outra fonte). A Comissão Editorial reserva-se
CEP 88020-450
um autor) deverão ser apresentadas no texto
o direito de, em comum acordo com os autores,
sem aspas e com o número correspondente da
reduzir quando necessário o número de ilustra-
CHECKLIST
referência (autor) sobrescrito. Exemplo: Nossos
ções. A montagem das tabelas deverá seguir
Declarações de Responsabilidade e de Transfe-
resultados de resistência de união ao esmalte
as Normas Técnicas de Apresentação Tabular
rência de Direitos Autorais assinada por todos
estão de acordo com a literatura.12
(IBGE, 1979). Não se deve utilizar nas tabelas tra-
os autores.
As citações diretas (transcrição textual) deverão
ços internos verticais e horizontais. As tabelas e
Três cópias impressas incluindo figuras em pa-
ser apresentadas no texto entre aspas, indican-
os gráficos deverão ser fornecidos junto com o
pel cuchê.
do-se o número correspondente da referência
CD ou DVD do artigo, no formato digital gerado
CD ou DVD contendo todo o manuscrito.
e a página da citação, conforme exemplo: “Os
por programas como Word, Excel, Corel e com-
resultados deste trabalho mostraram que os ci-
patíveis. As fotografias deverão ser fornecidas
mentos [...]”.12:127
em slides originais ou digitais com boa resolu-
Os títulos das revistas devem ser abreviados
ção (300 dpi). É necessário também submeter
conforme consulta no Index to Dental Literature
3 cópias coloridas (6 fotografias por folha) im-
ou nos websites http://ibict.br e/ou http://www.
pressas em papel cuchê. No caso da submissão
72 v.4, n.1, 2015
4-6