Revista dicas 14

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(Ivoclar Vivadent AG, Liechtenstein)

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Diretoria Luiz Narciso Baratieri Élito Araújo Sylvio Monteiro Júnior Mauro Amaral Caldeira de Andrada Edson Araujo Guilherme Carpena Lopes

ISSN 2238-1686 Volume 4 Número 2 Abril / Junho 2015

© Editora Ponto Ltda. A Revista Brasileira de Dicas em Odontologia é dirigida à classe odontológica e a profissionais de áreas afins. Destina-se à publicação de artigos de investigação científica no formato de dicas, relatos de casos clínicos e de técnicas, e revisões da literatura de assuntos de significância clínica, com periodicidade trimestral. Nenhuma parte desta revista poderá ser reproduzida. Todas as matérias publicadas são de exclusiva responsabilidade de seus autores. As opiniões nelas manifestadas não correspondem necessariamente às opiniões da Revista. Os serviços de propaganda são de responsabilidade dos anunciantes.

Design Gráfico Emmanuel Fontes fontes@editoraponto.com.br Gerente Fernando Cesar Araújo fernando@editoraponto.com.br Financeiro Marcelo Vieira marcelo@editoraponto.com.br Revisor Giovanni Secco secco.giovanni@gmail.com

A Revista é uma publicação da Editora Ponto Ltda. Servidão Vila Kinczeski, 23, Centro / 88020-450 Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. Mais informações: www.editoraponto.com.br editoraponto@editoraponto.com.br www.facebook.com/EditoraPonto @EditoraPonto (55 48) 3223 9150 / 3222 6038 0800 704 40 18 Data de impressão: 25/06/2015

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v.4, n.2, 2015

Dicas. - - v. 3, n. 2 (abr./jun. 2014)-. - - Florianópolis: Ponto, 2014v. : il. ; 23 cm

Trimestral ISSN 2238-1686


Coordenação

Editor-Chefe Ronaldo Hirata (ILAPEO-PR) Editores Assistentes Oswaldo Scopin de Andrade (SENAC-SP) Sidney Kina (São Leopoldo Mandic-SP) Editores Associados Alessandro Loguercio (UEPG) Alexandre Moro (UFPR) Cristian Higashi (UEPG) Luiz Narciso Baratieri (UFSC) Sylvio Monteiro (UFSC) Walter Rosa do Nascimento Jr (ILAPEO-PR)

CORPO EDITORIAL Adilson Yoshio Furuse (USP-Bauru) Alessandra Reis (UEPG) André Malmann (UFSM) André Reis (UNG) Antonio Sekito (UFRJ) Carlos Francci (USP-SP) Carolina da Luz Baratieri (UFSC) Cassius Carvalho Torres Pereira (UFPR) Christian Coachman (Clínica privada) Claudio Pinho (Integrato) Daniel Kherlakian (EAP APCD-Central) Dario Adolfi (Spazio Education) Dudu Medeiros (Fotógrafo profissional) Eduardo Achôa (Consultor) Eduardo Miyashita (UNIP) Eduardo Rocha (UNESP-Araçatuba) Ewerton Nocchi Conceição (UFRGS)

Gilberto Borges (UNIUBE) Guilherme Carpena Lopes (UFSC) Henrique Nakama (Trihawk) Ivan Yoshio (Funorp USP-RP) Ivete Sartori (ILAPEO) João Carlos Gomes (UEPG) Jose Arbex Filho (Clínica privada) José Carlos Garófalo (CETAO-SP) Jose Carlos Martins da Rosa / Marcos Alexandre Fadanelli (Clínica Rosa Odontologia) José Carlos Romanini (Laboratório Romanini) José Roberto Moura (Clínica privada) Julio César Joly / Robert Carvalho da Silva / Paulo Fernando de Carvalho (Grupo implantePerio) Junio Santos (UFSC) Jussara Bernardon (UFSC) Katia Cervantes Dias (UFRJ) Luiz Alves Ferreira (Laboratório Luiz Alves Ferreira) Marcelo Giannini (UNICAMP) Marco Masioli (UFES) Marcos Celestrino (Laboratório Aliança) Mario de Goes (UNICAMP) Mario Groismann Messias Rodrigues (Clínica privada) Murilo Calgaro (Studio) Osmir Batista de Oliveira Junior (UNESP-Araraquara) Paula Mathias (UFBA)

Paulo Kano (Instituto Paulo Kano) Raphael Monte Alto (UFF) Renato Miotto Palo (NAP-SP) Roberto Caproni (Grupo Caproni) Sanzio Marcelo Lopes Marques (IEO-BH) Sergio Bernardes (ILAPEO) Victor Clavijo (Clínica privada) Vinicius Di Hipolito (Anhanguera-Uniban) Walter Miranda Jr. (USP-SP) CORPO INTERNACIONAL Angelo Putignano (Itália) August Bruguera (Espanha) Beatriz Gimenez (Espanha) Daniel Edelhoff (Alemanha) Emanuele Clozza (Itália) Farhad Vahid (EUA) Gustavo Vernazza (Argentina) Jordi Manauta (Itália) Mário Jorge Silva (Portugal) Mauricio Peña Castillo (Colômbia) Paulo Guilherme Coelho (EUA) Sascha Jovanovic (EUA) Silas Duarte (EUA) Tetsuji Aoshima (Japão) Touradj Ameli (EUA) Vicenzo Musella (Itália) Walter Devoto (Itália) You Nino (Japão)


Sumário

6

EDITORIAL / Ronaldo Hirata editor-chefe

em:

18

ORTODONTIA / Acácio Fuziy, Ana Carla Raphaelli Nahás-Scocate, Paulo Eduardo Guedes Carvalho, Cláudio Fróes Freitas

24

DENTÍSTICA/PRÓTESE / Camila Abcaran Saadi Amaral, Allan Gustavo Nagata, Cristian Higashi

30

IMPLANTODONTIA 1 / Alex Dagba, Tarek Hafez, Takanori Suzuki

38

DENTÍSTICA 1 / Camila Sobral Sampaio, Hamad Algamaiah, Ivan Hadiutomo, Anabella Oquendo

42

DENTÍSTICA/ORTODONTIA / Lucas Silveira Machado, Caio César Pavani, Laura Molinar Franco, Fabio Martins Salomão, Daniel Sundfeld-Neto, Renato Herman Sundfeld

46

IMPLANTODONTIA 2 / Cristiano Veit D’Incao, Daniel Cury, Walter Rosa Nascimento Jr, Eduardo Meurer

52

PRÓTESE / Bernardo Gonçalves Marques, Gustavo dos Santos Marques, Mayla Kezy Silva Teixeira, Terumitsu Sekito Jr

56

PRÓTESE/ESTÉTICA / Caroline Pioli Luz, Allan Gustavo Nagata, Antônio Setsuo Sakamoto Junior

62

8

4 5

v.4, n.2, 2015

DENTÍSTICA 2 / Rodrigo Ehlers Ilkiu, Antônio Setsuo Sakamoto Junior

MADô: aos olhos de kina e hirata / Ronaldo Hirata, Cristian Higashi

14

GERAÇÃO POWER POINT / Felipe Gutiérrez Reyes, Pâmela Malaquias, Alessandro D. Loguercio

36

E AÍ? / Ricardo Lenzi

66

GAPS: FECHANDO ESPAÇOS / William Kabach, Oswaldo Scopin de Andrade

70

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Editorial

Ronaldo Hirata Editor-Chefe ronaldohirata@ronaldohirata.com.br www.ronaldohirata.com.br

Um recontorno cosmético com resinas não me

o que anda acontecendo na odontologia uma

deixa bacana o suficiente; uma “transformação

grande viagem ao centro do nada.

do sorriso” sempre cai melhor. “Conceitos ade-

Um brinde a todos os DENTISTAS do mundo,

sivos” não diria tanto quanto “biomimetismo”

com seus consultórios simples, restaurando

(ainda que nunca tenhamos estudado a fundo o

dentes com efetividade, evitando tratamento em

seu significado em engenharia biomédica). So-

excesso e levando o dente até o final da vida do

mos arquitetos do sorriso, artistas de bocas li-

paciente, como os da minha falecida avó, enca-

mitados a copiar algo, fotógrafos bem medianos,

rando de frente e com coragem a onda da gour-

mas nos achamos próximos a Da Vinci (não se

metização do mundo.

sinta atacado, eu me incluo nessa lista). Esta-

EDITORIAL GOURMET

mos hoje muito mais próximos do mesmo, com nomes mais bonitos e preços muito mais caros em relação ao que realmente estamos fazendo como evolução científica e clínica em odontologia. Estamos hoje muito mais próximos a um es-

Tenho acompanhado essa discussão da gour-

teticista famoso que modifica sobrancelhas dos

metização do mundo e preciso confirmar o que

também famosos, do que dos médicos que nos

todos já sentem: é muita frescura (com todo o

atendem quando estamos com um problema

respeito novamente, e novamente nada pesso-

biologicamente sério (novamente, nada contra

al).

esteticistas; adoramos todos os esteticistas).

Vou reproduzir um trecho de uma coluna da Kika

Mas a estudar de verdade, que é o necessário,

Castro em O Tempo: “não existe mais salão nor-

temos resistência; não gostamos de estudar

mal, é atelier ou studio (leves semelhanças com

muito.

nosso meio são meras coincidências); padaria

Certo talvez estivesse o meu pai, odontólogo

gourmetizada é atelier do pão; cafeteria gour-

(ele se dizia dentista mesmo), que nem tem ideia

metizada é laboratório de café; churrasqueira do

do que seja uma paleteria mexicana; que não vê

prédio é espaço gourmet. No entanto, prepare-

muita diferença entre um excelente prato feito

-se para pagar 3 a 4 vezes mais pelo mesmo”.

paulistano tradicional em uma esquina paulista

Vejo cartões de odontologia e acho que dormi

e um PF a la Alex Atala; que fazia restauração

ou entrei em uma máquina do tempo, ou pulei

(obturação dizia aos pacientes e a mim quando

algum capítulo de novela. Não somos dentistas

criança), dentadura (não prótese), e que admi-

que trabalham com restauradora, somos “de-

ravelmente me criou bem suficiente para estar

signers de sorrisos”. Sentimo-nos mais sofisti-

aqui hoje, crítico e lúcido o suficiente para admi-

cados e modernos; entramos para o mundo da

rá-lo por ter sido um dentista (mesmo não tendo

gourmetização. Uma faceta de porcelana não é

sido um designer de sorrisos), e ter me trazido

legal; uma “lente de contato” sim, é muito mais.

ao futuro com uma ótima educação. E achar tudo

6 6 7

v.4, n.2, 2015

Oss e um grande abraço!

OBS: inconsciente coletivo fez com que várias pessoas pensassem o mesmo sobre o tema, como meu amigo Eduardo Coutinho. Um grande abraço a ele.



MADô

*

aos olhos de kina e hirata

por Ronaldo Hirata

www.ronaldohirata.com.br ronaldohirata@ronaldohirata.com.br

Cristian Higashi Mestre e Doutor em Dentística Restauradora – UEPG-PR Coordenador do Curso de Especialização em Dentística Restauradora – ILAPEO-PR cristianhigashi@gmail.com

Clareamento dental: é só isso! O clareamento dental tem sido há algum tempo

de entre os clareamentos realizados em consul-

bamida é uma ótima opção para retratamentos

um dos procedimentos mais requisitados pelos

tório e em casa com moldeiras tanto em eficácia

após uma possível recidiva de escurecimento.

pacientes e frequentemente realizado na clínica,

quanto em risco de haver sensibilidade no tempo

seja como um pré-tratamento restaurador ou com

imediato e após 2 anos de acompanhamento.2

2.2. Qual a concentração?

o único intuito de clarear. Em virtude disso, a cada

Em se tratando de sensibilidade, sabemos que,

O peróxido de carbamida para clareamento em

dia surgem diferentes técnicas e marcas comer-

quanto maior a concentração do produto, mais

consultório pode ser encontrado nas concentra-

ciais disponíveis no mercado odontológico, que de

rápido será o clareamento, porém também mais

ções entre 30% e 37%, sendo esta última a mais

certa maneira acabam complicando e confundin-

intensos serão os efeitos adversos.

Portanto,

utilizada. Para o peróxido de hidrogênio as con-

do os profissionais e pacientes sobre qual a me-

a decisão entre qual técnica optar é dependente

centrações estão disponíveis entre 20% e 38%,

lhor forma de realizar o procedimento. Uma simpli-

do prazo para finalizar o tratamento, da como-

sendo a de 35% a mais utilizada. Segundo um

ficação visa responder a algumas questões, com

didade e da preferência do profissional e do pa-

estudo clínico randomizado, quando esta última

base em ciência, sobre qual a forma mais simples

ciente, além de algumas situações clínicas que

concentração foi comparada com peróxido de hi-

e eficaz de se realizar o procedimento, tendo em

devem ser analisadas caso a caso.

drogênio a 20%, o gel de 35% proporcionou um

1

2,3

clareamento mais rápido e com a mesma inten-

vista alta efetividade e baixa sensibilidade. 2. CLAREAMENTO EM CONSULTÓRIO

sidade de sensibilidade.4

OU EM CONSULTÓRIO?

2.1. Com peróxido de carbamida ou com peró-

2.3. Qual a técnica?

Sabemos que o processo e o princípio ativo para

xido de hidrogênio?

O peróxido de carbamida, segundo os fabrican-

todas as técnicas de clareamento são os mes-

O peróxido de hidrogênio é o produto mais co-

tes, pode ser utilizado de 15 a 45 minutos na mol-

mos, e por isso há grande potencial de similarida-

mumente utilizado, entretanto o peróxido de car-

deira, sob a supervisão de um cirurgião-dentista

1. CLAREAMENTO CASEIRO COM MOLDEIRAS

8 9

*Mado em japonês significa “janela” v.4, n.2, 2015


ou com o auxílio de afastadores bucais e barrei-

tes que possuem restaurações em dentes ante-

que recomendam fazer até 3 aplicações de 15

ras gengivais.

riores, os quais apresentam maiores chances

minutos em uma mesma sessão, e outros que

O peróxido de hidrogênio deve ser utilizado so-

de sentir sensibilidade durante o clareamento

preconizam fazer somente 1 aplicação de 45 mi-

mente com afastadores bucais e barreiras gen-

em consultório. Para os pacientes com histó-

nutos. Apesar de haver estudo que relate maior

givais. O uso de produtos clareadores com cálcio

rico de hipersensibilidade, a prescrição de uma

eficácia e uma leve diferença de sensibilidade

na composição pode diminuir a penetração do

medicação prévia (ibuprofeno de 400 mg) 1 hora

quando o peróxido de hidrogênio a 35% é apli-

peróxido de hidrogênio na câmara pulpar5 e pode

antes do clareamento pode diminuir a intensida-

cado por 3 vezes de 15 minutos quando compa-

reduzir a sensibilidade dental durante o clarea-

de da dor na primeira hora após o clareamento.

10

rado com uma aplicação de 45 minutos,12 outros

mento sem alterar a efetividade.6 A aplicação de

A utilização de fontes ativadoras (LED/Laser)

relatam não haver diferenças em efetividade.13

dessensibilizantes à base de nitrato de potássio

pode gerar sensibilidade dental mais intensa e

Dessa forma, por praticidade, a técnica de uma

a 5% e fluoreto de sódio a 2% por 10 minutos an-

persistente após 24 horas do procedimento sem

única aplicação do gel, quando indicada pelo fa-

tes da aplicação do gel clareador pode reduzir a

aumentar a efetividade do clareamento. Com

bricante, é a preferencial.

sensibilidade dental, principalmente em pacien-

relação à forma de aplicação, existem produtos

8

9

11

7

A

B

C

D

Caso inicial de sorriso antes do clareamento (A). Fotografias intra-orais antes do clareamento em consultório (B-D).


GERAÇÃO

Power Point

Odontologia baseada em evidências* Artigo: The potential of novel primers and universal adhesives to bond to zirconia. Amaral M, Belli R, Cesarã PF, Valandro LF, Petschelt A, Lohbauer U. J Dent. 2014 Jan;42(1):90-8. O potencial adesivo de novos primers e adesivos universais à zircônia. Amaral M, Belli R, Cesarã PF, Valandro LF, Petschelt A, Lohbauer U. J Dent. 2014 Jan;42(1):90-8.

Felipe Gutiérrez Reyes Mestrando em Clínica Integrada, UEPG-PR magutierrezr@uchile.cl

Pâmela Malaquias

Mestranda em Dentística Restauradora, UEPG-PR pamela.malaquias91@gmail.com

Alessandro D. Loguercio

Introdução

Professor Adjunto, Departamento de Dentística Restauradora UEPG-PR aloguercio@hotmail.com

Geração Power Point: termo usado por Özcan em seu editorial para referir-se à tendência atual de cursos com muitos casos do tipo “antes/depois” e fotos artísticas de face, mas com pouca informação técnica e científica. * Özcan M. A geração Power Point. Clínica. 2010;6(4). Do original: Özcan M. The Power Point generation. J Adhes Dent. 2010;2(2):87. Agradecimento: Quintessence Publishing Co. Ltda., detentora dos direitos autorais.

14 15

v.4, n.2, 2015

Uma situação clínica que provoca grande dificul-

fato de que o silano é capaz de se aderir tanto em

dade ao dentista é a cimentação de cerâmicas à

superfícies inorgânicas como em orgânicas, e sua

base de zircônia. As cerâmicas à base de zircônia

aplicação aumenta a resistência de união entre

têm características microestruturais que tornam

cimentos resinosos e cerâmicas à base de zircô-

sua adesão bastante desafiadora.1 Uma melhor

nia após tratamento de superfície (revestimento

adesão aumenta a retenção e melhora o sela-

com sílica).7,8

mento marginal em próteses parciais fixas (PPF).

Apesar do procedimento de revestimento com

O procedimento de cimentação adesiva para su-

sílica ser de difícil execução, a superfície da zir-

perfícies cerâmicas à base de sílica é bem esta-

cônia não tratada não tem nenhuma reatividade

belecida e envolve condicionamento com ácido

com os silanos disponíveis comercialmente, e por

fluorídrico e silanização. Porém, para substratos

isso diferentes primers para cerâmicas à base de

de zircônia, o protocolo clínico adequado ainda é

zircônia têm sido sugeridos. Esses primers con-

controverso.

têm monômeros organofosfatados com grupos

Muitos procedimentos para uma correta cimenta-

funcionais polimerizáveis (por exemplo, metacri-

ção adesiva têm sido estudados. O revestimento

latos) que podem polimerizar com a matriz à base

com sílica (silica-coating) associado ao processo

de metacrilato dos cimentos resinosos, das resi-

de silanização tem demonstrado altos valores de

nas compostas e dos adesivos, além de melhorar

resistência de união quando comparado com ou-

a resistência de união cerâmica com baixo teor

Isso se deve ao

de vidro.6,9-11 Esses primers podem ter diferentes

tros tratamentos de superfície.

2-6


tipos de monômeros, mas um que se destaca é

versais a zircônia com o tratamento de superfície

antagonista, visto que a adesão da cerâmica à

o MDP (10-methacryloxydecyl dihydrogen phos-

e compará-los com os procedimentos de revesti-

base de sílica é bem estabelecida, confiável e es-

phate monomer), que permite adesão química

mento por sílica.

tável. Barras de 3 mm de espessura foram obti-

à superfície da zircônia e dos substratos duros

das, e tiveram as superfícies condicionadas com

12

dos dentes.

13

O que foi feito?

ácido fluorídrico a 5% (Vita Ceramics etch, Vita

Na tentativa de simplificação das técnicas e dos

Zahnfabrik) durante 20 s e silanizadas durante

procedimentos adesivos, adesivos chamados uni-

Neste estudo foram utilizadas barras de dióxido

60 s com um primer universal (Monobond Plus,

versais, ou multi-mode, foram desenvolvidos para

de zircônio estabilizado com ítrio (Vita In-Ceram

Ivoclar Vivadent), de acordo com as instruções

ser utilizados em diversos materiais restaurado-

YZ inLab), cortadas a partir de peças pré-sinteri-

do fabricante. Um agente de cimentação de po-

res.14 Eles podem apresentar silano, mas princi-

zadas, limpas e sinterizadas com uma dimensão

limerização dual (Variolink II, Ivoclar Vivadent) foi

palmente monômeros organofosfatados em sua

final de 3,0x3,0x9,3 mm (espessura, largura e

selecionado para o procedimento de cimentação.

composição que são conhecidos por poder ser

comprimento respectivamente) em um forno de

As barras de zircônia e os corpos de cerâmica de

usados associados ou não ao condicionamento

sinterização a 1.530 C durante 2 h. Algumas bar-

dissilicato de lítio foram cimentados em forma

ácido de esmalte e dentina. Mais do que isso, tais

ras foram utilizadas como controle (apenas sinte-

perpendicular (formando uma área quadrada de

agentes químicos podem promover a adesão em

rizadas), e outras tiveram sua superfície modifica-

9 mm2 aproximadamente) com o auxílio de uma

superfícies à base de sílica e/ou óxidos metálicos,

da por microabrasão convencional com partículas

matriz de silicone e posteriormente fotopolime-

o que permite a adesão a restaurações indiretas.

de óxido de alumínio (35 µm). A seguir, as barras

rizadas por 40 s em cada lado sob luz halógena

A pergunta que todo clínico tem feito é: será que

apenas sinterizadas ou microabrasionadas foram

(Elipar Trilight, 3M Espe, 750 mW/cm2). Após os

esses adesivos não poderiam substituir os pri-

tratadas com cinco primers, testados e compara-

procedimentos de cimentação, todos os espéci-

mers para cerâmicas à base de zircônia?

dos com a não aplicação dos seguintes primers

mes foram armazenados em água a 37 oC duran-

Obviamente, esses múltiplos protocolos (reves-

(n = 15): Z-Prime Plus (Bisco Inc.), AZ Primer (Sho-

te 24 h e em seguida envelhecidos termicamente.

timento com sílica associado ao silano; uso de

fu Inc.), Monobond Plus (Ivoclar Vivadent), Sco-

As amostras foram imersas em água a 5 oC e 55

primers específicos para cerâmicas à base de zir-

tchbond Universal (Single Bond Universal no Bra-

o

cônia ou de adesivos universais) dificultam a es-

sil, 3M Espe) e um adesivo experimental (Voco).

de água por ciclo, realizando 2.500 ciclos. Isso vi-

colha do procedimento correto para situações clí-

Dois grupos adicionais para avaliar o efeito do re-

sou simular a troca de temperatura que ocorre na

nicas específicas. Devido a essa controvérsia em

vestimento de sílica foram confeccionados. Em

boca e assim levar à degradação da interface de

relação ao procedimento de cimentação de cerâ-

um deles as barras foram jateadas mediante mi-

união.

micas à base de zircônia, a seguir é apresentado

croabrasão com micropartículas de óxido de alu-

um estudo do grupo de pesquisa do Prof. Ulrich

mínio de 30 µm modificadas com sílica (grupos

Lohbauer (Departamento de Pesquisa em Bio-

Rocatec, 3M Espe e SilJet, Danville) e a seguir foi

materiais, Universidade de Erlangen-Nuernberg,

aplicado silano.

o

Teste de resistência de união Para os testes de resistência de união, um ensaio de tração especial foi usado,15 o qual elimina a

Alemanha) que foi publicado no Journal of Dentistry em 2014 com o seguinte título: “O potencial de

C com tempo de espera de 30 s em cada tanque

Procedimentos de cimentação

tensão de cisalhamento e é responsável por um estado de tensão de tração puro. O teste foi re-

novos primers e adesivos universais em adesão à zircônia”. O objetivo do estudo foi investigar o po-

A cerâmica vítrea de dissilicato de lítio (IPS e.max

alizado numa máquina de ensaios universal com

tencial adesivo de novos primers e adesivos uni-

Press, Ivoclar Vivadent) foi usada como material

velocidade de 1 mm/min.

15


REVISTA BRASILEIRA DE DICAS EM ODONTOLOGIA Dicas em diversas especialidades de forma objetiva, baseadas em três perguntas: POR QUE É IMPORTANTE? O QUE É NECESSÁRIO? COMO FAZER? n. 13 n. 12

n. 11

n. 10


n. 14

A MELHOR DICA É ASSINAR

www.editoraponto.com.br 0800 704 4018


DICAS DE ORTODONTIA

Verticalização de molares com controle vertical

FUZIY, Acácio

Professor Doutor Associado no Programa de Mestrado em Ortodontia – Universidade Cidade de São Paulo acaciofuziy@yahoo.com.br

NAHÁS-SCOCATE, Ana Carla Raphaelli

Professor Doutor Associado no Programa de Mestrado em Ortodontia – Universidade Cidade de São Paulo

CARVALHO, Paulo Eduardo Guedes

Professor Doutor Associado no Programa de Mestrado em Ortodontia – Universidade Cidade de São Paulo

FREITAS, Claúdio Fróes

Professor Doutor – Coordenador do Programa de Mestrado em Ortodontia – Universidade Cidade de São Paulo

18 19

v.4, n.2, 2015

Por que é importante? As perdas de primeiros e/ou segundos molares

A angulação mesial dos molares em direção ao

permanentes representam um problema para a

espaço da perda dentária frequentemente é

rotina clínica diária. Diante dessa situação ocor-

acompanhada de defeitos infraósseos verticais

re o rompimento do equilíbrio das forças mus-

e bolsas infraósseas na região mesial dos mola-

culares que atuam interna e externamente na

res inclinados.1 A verticalização controlada dos

cavidade bucal, possibilitando ao componente

molares possibilita a normalização da condição

mesial de força provocar as migrações de den-

oclusal funcional e periodontal, devendo as raí-

tes adjacentes. Como consequências podem ser

zes ser mantidas perpendicularmente ao plano

observadas a mesialização do dente posterior

oclusal para que as forças incidam no longo eixo

ao espaço da perda e a distalização do pré-mo-

dentário e facilitem o plano de inserção das pró-

lar. Nesse contexto, a situação clínica se agrava,

teses.2,3 Dependendo da severidade do caso, a

pois o fechamento do espaço e a angulação den-

exodontia do elemento dentário pode ser uma

tária resultante dificultam a implementação da

solução recomendada,1 complementada com

solução protética (Fig. A1-A2). A extrusão dentá-

uma futura reabilitação protética.

ria antagonista pode gerar contatos prematuros

Os procedimentos de verticalização dos molares

em relação cêntrica, interferências oclusais em

podem ser efetuados com a abertura ou o fecha-

movimentos de lateroprotrusão e redução do

mento do espaço. Entretanto, esse movimento é

espaço oclusal vertical para a incorporação de

complexo, pois geralmente é acompanhado da

um elemento protético (Fig. B1-B2).

extrusão do molar, o que pode provocar o estabe-

Existem situações clínicas em que os molares

lecimento de contatos prematuros e, em alguns

decíduos são perdidos precocemente, e quando

casos, a abertura da mordida.4 Nas Figuras C e D

não é realizado nenhum procedimento preventi-

observa-se um caso clínico de um paciente que

vo, como a colocação de um mantedor de espa-

apresentava a perda do elemento dentário 36 e

ço, os molares permanentes podem se inclinar

a consequente migração dos dentes adjacentes

mesialmente, acarretando a redução do espaço

e fechamento parcial do espaço. A solução para

para a irrupção dos pré-molares. A recuperação

o problema envolveu a exodontia do elemento

do espaço deverá ser executada para devolver a

38 associada à verticalização do molar com a

condição de normalidade para o desenvolvimen-

abertura de espaço para a reposição protética

to da oclusão.

do elemento dentário perdido.


A escolha do sistema deve considerar não ape-

movimentos, minimizando os efeitos indesejá-

força extrusiva e de momento no segmento pos-

nas os fatores relacionados à severidade da

veis.

terior, sendo o momento responsável pela cor-

maloclusão e o acesso ao elemento dentário

Os movimentos de verticalização dos molares

reção da angulação mesial do molar, com mag-

a ser verticalizado como também os movimen-

são efetuados com a mecânica de tip back e po-

nitude que varia de 1.000 a 2.000 g.mm.3,7 No

tos necessários para a correção do problema,

dem ser executados com o emprego de arcos

planejamento mecânico, o emprego de um can-

quer sejam anteroposteriores ou verticais.

contínuos ou mesmo de cantiléveres. Compete

tiléver curto libera maior força extrusiva e menor

Assim sendo, o planejamento adequado do

ressaltar que a utilização de cantiléver promove

momento no molar durante sua verticalização.7

sistema de força irá promover o controle dos

a intrusão do segmento anterior e a atuação da

5,6

A1

A2

B1

B2


C1

C2

O que é necessário? Os materiais necessários são: • alicates 139 e de corte diagonal • fio de aço inoxidável ou TMA em vareta .017” X .025” • tubo cruzado • aparelho fixo precisamente montado.

Como fazer? C3

D1

A alternativa mecânica mais controlada para se prevenir a extrusão do molar durante a verticalização consiste no emprego simultâneo de dois cantiléveres construídos em tamanhos distintos, o que possibilita a utilização de um sistema estaticamente determinado, ou seja, nesse sistema o sentido das forças e momentos não se altera, apenas a intensidade deles.3,8 Inicialmente se determina a unidade de ancoragem que deve ser estendida de segundo pré-

D2

D3

-molar a segundo pré-molar do lado oposto em casos em que a verticalização será efetuada bilateralmente. Entretanto, nos casos em que a verticalização ocorrerá apenas em um lado do arco, a ancoragem pode ser reforçada incluindo os molares do lado oposto. A consolidação do segmento de ancoragem será feita empregando-se um arco de fio de aço inoxidável .019” X .025”. Nesse arco será incorporado um tubo cruzado da marca Morelli, código 30.40.006 (Morelli Ortodontia, Sorocaba, São Paulo, Brasil), localizado entre o primeiro e o segundo pré-molar ou entre o primeiro pré-molar e o canino do lado da verticalização. O passo subsequente envolve a confecção do

20 21

v.4, n.2, 2015


cantiléver longo utilizando-se o fio de aço inoxi-

E

F

G

H

I

J

dável .017” X .025”. Constrói-se inicialmente uma dobra em 90°, que se adapta na ranhura do tubo do molar a ser verticalizado e deve apresentar uma extensão de sobra de 2,0 mm distalmente ao tubo molar. O braço do cantiléver estende-se anteriormente até a região entre o canino e o incisivo lateral, finalizando-se com uma dobra em forma de um gancho, para se apoiar no arco exatamente nessa região (Fig. E). Esse cantiléver libera um momento de verticalização no molar associado a uma força extrusiva (Fig. F). Portanto, a construção de um cantiléver longo visa reduzir a força vertical extrusiva no molar a ser verticalizado. Outro recurso que pode ser adotado é a construção do cantiléver com fio de titânio molibdênio (TMA) .017” X .025”. Um segundo cantiléver curto é construído com fio de aço inoxidável .017” X .025” e deve se estender do tubo cruzado até a extensão distal do primeiro cantiléver após sua adaptação no tubo molar (Fig. G-H). O cantiléver curto libera força intrusiva no molar, eliminando a força de extrusão do primeiro cantiléver e também um momento no segmento de ancoragem (Fig. I). Outra alternativa mecânica que pode ser empregada para proporcionar um controle da unidade de ancoragem é associar o sistema de cantiléver duplo recorrendo-se à ancoragem indireta por meio de um mini-implante posicionado na distal do segundo pré-molar. O arco de aço inoxidável de .019” X .025” deve se estender e se adaptar à cabeça do parafuso, sendo fixado com resina. Dessa forma, todo componente de força indesejável sobre a unidade de ancoragem será eliminado (Fig. J).


Considerações Finais

Referências

A literatura apresenta diversos sistemas vertica-

1. Sakima T, Martins LP, Sakima MT, Terada HH, Kawakami RY, Okada TO. Alternativas mecânicas na verticalização de molares: sistemas de forças liberados pelos aparelhos. Rev Dental Press de Ortodon e Ortop Facial. 1999;4(1):79-100.

lizadores de molares que se enquadram, em sua maioria, na mecânica de tip back. Esse sistema, por apresentar durante sua utilização o componente extrusivo, pode ser indesejável, ao resultar no estabelecimento de um contato prematuro com a consequente mobilidade do elemento dentário e risco da abertura da mordida. Assim sendo, o emprego de cantiléveres duplos e de tamanhos distintos possibilita ao profissional uma abordagem segura de movimentar o molar, recorrendo ao uso de um sistema de força estaticamente determinado.

2. Roberts WW, Chacker FM, Burstone CJ. A segmental approach to mandibular molar uprighting. Am J Orthod. 1982;81(3):177-84. 3. Weiland FJ, Bantleon HP, Droschl H. Molar uprighting with crossed tipback springs. J Clin Orrthod. 1992;26:335-7. 4. Sakima MT, Sakima PRT, Sakima T, Gandini Júnior LG, Pinto AS. Técnica do arco segmentado. Rev Dental Press Ortodon Ortop Facial. 2000;5(2):91115. 5. Marcotte MR. Biomecânica em ortodontia. São Paulo: Santos; 1998. 6. Burstone CJ. Modern edgewise segmented arch mechanics technique manual. Farmington: University of Connecticut; 1975. 7. Weiland FJ, Bantleon HP, Droschl CJ. Evaluation of continuous arch and segmented arch leveling techniques: a clinical study. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 1996;110(6):647-52. 8. Melsen B, Fiorelli G, Bergamini A. Uprighting of lower molars. J Clin Orthod. 1996;30(11):64-5.

22 23

v.4, n.2, 2015



DICAS DE DENTÍSTICA/PRÓTESE

Guias de desgaste laboratoriais: solução ultraconservadora para laminados cerâmicos

Por que é importante? A busca por um sorriso harmônico visando uma

áreas realmente necessárias, criando espaço

boa aparência está cada vez mais em alta nos

para a cerâmica na mesma sessão da prova ou

consultórios odontológicos. Tecnicamente, isso

cimentação.4 Para isso, é fundamental uma boa

se tornou possível graças à evolução dos ma-

interação com o laboratório de prótese dentária,

teriais odontológicos, pois com a melhoria das

onde ele orientará um desgaste preciso, evitan-

propriedades físicas e mecânicas das cerâmi-

do o “sobrepreparo”, que muitas vezes resulta

cas, somada ao desenvolvimento dos sistemas

em redução da estrutura a nível de dentina, que

adesivos e cimentos resinosos, houve a possi-

pode comprometer o sucesso da adesão no lon-

bilidade de uma adequada união da cerâmica à

go prazo.5

1

estrutura dentária, aumentando a longevidade e o desempenho clínico dessas restaurações.2

O que é necessário?

Isso justifica a atual evolução na indicação de

AMARAL, Camila Abcaran Saadi

Graduada em Odontologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ – Rio de Janeiro-RJ Especialista em Dentística Restauradora pelo Instituto Latino-Americano de Pesquisa e Ensino Odontológico – Ilapeo – Curitiba-PR camila_saadi@hotmail.com

tratamentos realizados através de fragmentos

• Câmera fotográfica + acessórios

cerâmicos, as popularmente conhecidas lentes

• Afastador de lábios e bochechas

de contato odontológicas.

• Escala de cor Vita Classical

As lentes compõem um tratamento baseado

• Fio retrator

em reanatomização do sorriso por adição de

• Espátula de inserção de fio

material. Entre suas principais indicações já

• Moldeiras de estoque

consolidadas na literatura, temos: correção do

• Silicone de adição

alinhamento incisal anterior e fechamento de

• Alginato ou silicone de condensação

diastemas e blackspaces. Para isso, é funda-

• Caneta de alta rotação

mental um substrato favorável, pois todo o trata-

• Ponta diamantada 3195

mento é realizado em dentes sem ou quase sem

• Aspirador de saliva

1

3

NAGATA, Allan Gustavo

Graduando em Odontologia pela Universidade Federal do Paraná – UFPR – Curitiba-PR

HIGASHI, Cristian

Mestre e Doutor em Dentística Restauradora pela Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG – Ponta Grossa-PR Coordenador do curso de especialização em Dentística Restauradora – Ilapeo – Curitiba-PR cristianhigashi@gmail.com

24 25

v.4, n.2, 2015

preparo (visando sua máxima preservação), gerando um grande desafio: prevenir as forças de

Como fazer?

flexão durante seu assentamento.3 A aplicação desse conceito de máxima preser-

1o passo: análise do paciente e moldagem de

vação de esmalte torna-se ainda mais possí-

trabalho.

vel quando são utilizadas guias de desgastes

Inicialmente, para minimizar a influência do

confeccionadas pelo ceramista a fim de indicar

substrato na cor final da restauração, na maio-

o local exato em que se deve desgastar a es-

ria dos casos é necessário realizar clareamento

trutura do dente, antes de provar as peças ce-

dental prévio ao tratamento.6 Em seguida é fun-

râmicas. Sob posse dessas guias, o cirurgião-

damental um rigoroso protocolo de fotografias

-dentista (CD) conseguirá desgastar apenas as

iniciais (Fig. A-C) e tomada de cor (Escala Vita-


pan Classical, Vita Zahnfabrik, Alemanha) para

Com o objetivo de encurtar o número de con-

esse processo dê certo, o técnico em prótese

comunicação com o laboratório.

sultas, a prova do mock-up pode ser anulada

dentária (TPD) deverá conhecer bem os princí-

Depois disso, o paciente deverá ser moldado

através de um bom diálogo com o paciente, bus-

pios estéticos de proporção e análise facial. Sen-

com silicone de adição (Virtual, Ivoclar Vivadent,

cando o perfil de sorriso almejado. Essa etapa se

do assim, uma tríade de confiança, boa sintonia e

Liechtenstein), sem nenhuma intervenção pré-

torna viável através de modelos expositivos de

entrosamento entre CD e TPD regerão o sucesso

via, apenas com fio retrator tamanho 000 (Ul-

diferentes anatomias de sorrisos ou até mesmo

do caso.

trapack, Ultradent, EUA), para que seja possível

fotografias de livros.

7

copiar a área intrassulcular, visando a melhor

3o passo: confecção das peças.

adaptação das peças. Também deve ter o arco

2o passo: comunicação com o laboratório.

A confecção desses laminados extremamente

antagonista moldado com alginato de boa qua-

Com a definição da anatomia do sorriso final de-

finos (Fig. D) é o maior desafio para o técnico de-

lidade (Cavex, Holanda) ou silicone de conden-

sejado pelo paciente, com a moldagem e as fo-

vido a sua alta friabilidade prévia à cimentação.

sação, assim como o registro oclusal realizado

tografias prontas, basta transmitir ao laboratório

Esses laminados apenas depois de bem aderidos

(Occlufast, Zhermack, Itália).

de escolha esses dados e materiais. Para que

oferecem resultados estáveis no longo prazo.4,8

Substrato dentário favorável, presença de diastemas e com poucas áreas retentivas (A-C). Laminados extremamente finos, altamente friáveis (D).

A

B

C

D


Considerações finais O conceito de máxima preservação de esmalte em conjunto com a possibilidade de criar laminados extremamente finos gerou novas abordagens nos tratamentos odontológicos que buscam a excelência estética tão almejada pelos pacientes, como a “mais avançada técnica de laminados cerâmicos ultraconservadores e lentes de contato”.9,10 O êxito desse tratamento é possível principalmente com o uso das guias laboratoriais, que (através de uma relação de confiança e entrosamento baseada em conhecimento estético entre CD e TPD) permitem desgastes precisos e conservadores. Uma vez realizada a adesão em esmalte, sua longevidade é garantida,4 além da satisfação do paciente com o número de consultas reduzido e um resultado quase imediato.

Referências 1. De Andrade OS, Romanini JC, Hirata R. Ultimate ceramic veneers: a laboratory guided ultraconservative preparation concept for maximum enamel preservation. Quintessence Dent Technol. 2012;35:29-43. 2. Dong JK, Luthy H, Wohlwend A, Scharer P. Heatpressed ceramics: technology and strength. Int J Prosthodont.1992;5(1):9-16. 3. Magne P, Hanna J, Magne M. The case for moderate “guided prep” indirect porcelain veneers in the anterior dentition: the pendulum of porcelain veneer preparations: from almost no-prep to over-prep to no-prep. J Esthet Dent. 2013;8(3):376-88. 4. De Andrade OS, Ferreira LA, Borges GA, Adolfi D. Ultimate ceramic veneers: a laboratory-guided preparation technique for minimally invasive restorations. Am J Esthe Dent.2013;3(1):8-22. 5. Friedman MJ. Commentary. Suvival rates for porcelain laminate veneers with especial reference to the effect of preparation in dentin: a literature review. J Esthet Restor Dent. 2012 Aug; 24(4):2666-7. E pub 2012 jul 2. 6. Coyne BM, Wilson NH. A clinical evaluation of the marginal adaptation of porcelain laminate veneers. Eur J Prosthodont Restor Dent. 1994;3(2):87-90. 7. Kina S. Invisível: restaurações estéticas cerâmicas. 2a ed. Maringá: Dental Press; 2008. 8. De Andrade OS, Hirata R, Celestrino M, Seto M, Siqueira S Jr, Nahas R. Ultimate ceramic veneers: Alaboratory-guided preparation technique for minimally invasive laminate venners. J Calif Dent Assoc 2012 jun; 40(6):489-94. 9. Marson FC, Kina S. Restabelecimento estético com laminados cerâmicos. Rev Dental Press Estét.2010 jul-set;7(3):82-92. 10. Magne P, Kwon KR, Belser UC, Hodges JS, Douglas WH. Crack propensity of porcelain laminate veneers: A simulated operatory evaluation. J Prosthet Dent. 1999;81(3):327-34.

28 29

v.4, n.2, 2015


Av. Rio de Janeiro, 1306, Londrina-PR atendimento@romanini.com.br | www.romanini.com.br [+55 43]

3321 6788


DICAS DE IMPLANTODONTIA 1

Colocação minimamente invasiva de implante unitário utilizando bisturi circular

DAGBA, Alex DDS, Université Paris Descartes Certificat d’Etudes Superieures de chirurgie dentaire: Parodontologie, Université Paris Descartes Certificat d’Etudes Superieures de chirurgie dentaire: Prothese scellee, Université Paris Descartes Resident- New York University - Department of Periodontology and Implant Dentistry sad427@nyu.edu

HAFEZ, Tarek BDS, Misr International University Cairo Resident- New York University - Department of Periodontology and Implant Dentistry

SUZUKI, Takanori Clinical Assistant Professor - New York University - Department of Periodontology and Implant Dentistry

Por que é importante?

Qual é a dica?

A colocação de implantes dentários tem prova-

Antes do procedimento de implante, a indicação

do ser um procedimento previsível. Hoje em dia,

para a colocação do implante unitário tem de ser

as restaurações implantossuportados fixas são

confirmada. Assim, vários itens, tais como o es-

utilizadas rotineiramente e bem documentadas

paço restaurador, a altura do osso e a largura do

na literatura.

osso, devem ser adequados para a colocação de

Abordagens minimamente invasivas, a fim de

um implante (Fig. A, J).

preservar as estruturas anatômicas e evitar

A avaliação de tecido duro começa com uma ra-

traumas de tecidos, são amplamente conside-

diografia bidimensional para analisar a medida

radas na medicina e de fato em odontologia. Em

óssea. Para obter uma indicação mais confiável da

implantodontia, cirurgia minimamente invasiva

dimensão do osso a utilização de uma TCCB (To-

que utiliza uma técnica sem retalho tem sido re-

mografia Computadorizada Cone Beam) é essen-

latada com sucesso.

cial (Fig. B). Em alguns casos, se os parâmetros

A abordagem tradicional envolve a elevação de

clínicos e a radiografia inicial são favoráveis (Fig.

um retalho mucoperiostal, que subsequente-

K), é possível mapear com precisão os contornos

mente interrompe o suprimento vascular ao

ósseos por meio de sondagem óssea (Fig. L).

osso subjacente. Interrupção do fornecimento

Em um caso com uma técnica de punção de te-

de sangue pode então levar a reabsorção óssea

cidos, os autores recomendam um mínimo de

e a complicações. O objetivo deste artigo é apre-

2 mm de tecido queratinizado ao redor do im-

sentar uma técnica simples para realizar uma

plante. A técnica de punção de tecidos deve ser

cirurgia de colocação de implante unitário sem

evitada se for necessária qualquer cirurgia de

retalho bem-sucedida mediante a utilização de

tecidos moles e se a quantidade de tecido que-

bisturi circular.

ratinizado for baixa.

O que é necessário?

Protocolo de Tratamento

O material necessário para esta técnica é básico,

Após anestesia local, o guia cirúrgico é coloca-

simples e barato.

do na boca do paciente (Fig. C). De acordo com a

• Sonda periodontal

posição coroa ideal e a posição óssea do implan-

• Guia cirúrgico termoplástico

te com base na TCCB, a área de punção do tecido

• Dispositivo de punção de tecido

é determinada. Esse passo é crucial porque a ex-

• Agulha de calibre 27

cisão do tecido é irreversível, portanto os ajustes

• Stop de borracha endodôntico

no local do implante são limitados, a menos que seja tomada a decisão de elevar um retalho. Um perfurador de tecidos de tamanho semelhante ao diâmetro do implante é selecionado. Ponta do bisturi circular de tecido é posicionada

30 31

v.4, n.2, 2015


diretamente no centro do local do implante pla-

um contato ósseo (Fig. D, M). Com a incisão cir-

A osteotomia é realizada seguindo as instruções

nejado. O dispositivo é então girado no sentido

cular de tecidos bem-sucedida, a área perfurada

do fabricante. É importante usar o pino-guia para

horário e empurrado com um movimento des-

é removida com uma cureta, para expor o osso

assegurar uma perfuração inicial adequada (Fig.

cendente em direção à gengiva até ser obtido

da crista subjacente (Fig. E, N).

F, O). Devido à limitação de modificar a área per-

A

B

C

D1

D2

D3

E


Coluna

E aí?

Além do conhecimento técnico-científico, o profissional de hoje também se depara com a necessidade de aprimorar seus conhecimentos administrativos, para que possa desenvolver sua carreira e negócio. Esta coluna destina-se à discussão de temas relacionados à gestão e ao marketing de consultórios e clínicas odontológicas, porém não vamos aqui aprofundar temas e conceitos, mas sim, de modo bem pragmático, propor algumas soluções para os problemas que mais acontecem no dia a dia. Desse modo, convidamos o leitor a enviar suas perguntas para nossa redação (fontes@editoraponto.com.br), para que possamos responder às questões de seu interesse.

Eu tinha uma funcionária que era o meu “braço direito”, fazia tudo no meu consultório, e os pacientes adoravam ela! Agora ela pediu demissão e não consigo achar outra igual... E aí? Brinco com os meus clientes dizendo que quem

mos dizer que a qualidade não está no processo

enxerga um funcionário como um “braço direito”

em si, ou seja, no modo como a tarefa foi plane-

mais cedo ou mais tarde será um amputado!

jada, desenhada, treinada e controlada, mas sim na pessoa.

Claro que alguns funcionários realmente apresentam competências extraordinárias e que de-

Isso pode, à primeira vista, parecer bem interes-

vido a vários fatores internos de um consultório

sante, afinal quem não quer um funcionário que

ou clínica acabam carregando a empresa nas

resolva tudo para nós e execute as suas tarefas

costas. Devido ao fato de muitas pessoas pos-

com primazia? Porém, quando ele se vai (e acre-

suírem uma ou mais características pessoais

dite, eles se vão), toda a qualidade dele vai em-

importantíssimas e valiosas para o cumprimen-

bora com ele.

to de qualquer tarefa, como proatividade, solicitude, esperteza, facilidade de comunicação e

Assim, nossos primeiros pensamentos são no

relacionamento, honestidade, atenção, etc. etc.

sentido de substituir essa perda com outra pes-

etc., elas adquirem um enorme valor em qual-

soa notável. Meu amigo, em primeiro lugar, pes-

quer empresa.

soas notáveis ganham ou querem ganhar bem, e todos sabemos que a média salarial de aten-

36 37

v.4, n.2, 2015

Porém, na maioria dos casos, os líderes, ou co-

dentes e auxiliares não é lá essas coisas no Bra-

mando gestor, confiam tanto nessas competên-

sil, portanto, se você realmente entende o valor

cias que deixam essas pessoas definirem e/ou

do ser humano em seu negócio, tenha sempre

fazerem quase tudo do SEU jeito. Assim, pode-

salários maiores do que a média. Segundo pon-


to! No Brasil é muito difícil “achar” pessoas com

faz?” Com isso você acabou de transferir uma

esse nível de formação que sejam notáveis ou

competência pessoal para a sua empresa.

extremamente habilidosas, portanto saiba que terá uma missão natural pela frente: a de ensinar

Estas dicas simples estão baseadas numa pre-

e treinar as pessoas para as tarefas. Para tan-

missa de que a sua qualidade deve estar nos

to, deve investir tempo na formatação de todo o

seus processos operacionais, e não nas pesso-

seu processo operacional, ou seja, não vá atrás

as em si. Bons funcionários só se transformam

de uma pessoa que saiba atender ao telefone de

em colaboradores quando executam as tarefas

forma notável. Crie e formalize um processo para

nos moldes da empresa e começam a ter cada

se atender ao telefone que seja adequado ao seu

vez mais valor quando os desenvolvem!

público e forma de trabalho. Recrute uma pessoa que tenha o mínimo de habilidades para se falar ao telefone (tom e volume da voz, pronúncia, boa

Bons negócios e até a próxima!

gramática...) e a treine para executar o processo do JEITO DA EMPRESA. Terceiro item importantíssimo! Toda e qualquer tarefa que essa pessoa executar e que ao seu ver for melhor do que a anterior, peça para que ela registre a ação em

Ricardo Lenzi

papel. Isso mesmo! Diga: “Fulana, você arruma

Consultor de Gestão e Marketing em Saúde

tão bem a sala de espera! Será que conseguiria

Sócio-proprietário do Altera – Centro de Inteligência em Serviços

colocar num papel tudo o que você faz e como

ricardo@alteracis.com.br


DICAS DE DENTÍSTICA 1

Uso de facetas indiretas em resina composta para melhorar previsivelmente o sorriso

Por que é importante? Os conceitos de ausência de preparo e prepa-

propriedades dos materiais resinosos. Técnicas

ro minimamente invasivo têm acompanhado o

semidiretas e indiretas incluem uma polimeri-

desenvolvimento dos processos de adesão em

zação adicional das restaurações, aumentando,

esmalte. Falhas puramente adesivas raramen-

assim, a taxa de conversão dos monômeros re-

te são vistas quando o esmalte é o substrato de

sinosos em polímeros. Isso permite que as ten-

adesão.2 Novos materiais cerâmicos e compósi-

sões e a contração de polimerização ocorram

tos aumentaram as possibilidades de tratamen-

previamente à cimentação da peça, ou seja, fora

tos conservadores dos dentes anteriores com-

da boca.7,8 Outro fator vantajoso da realização

prometidos.

de veneers indiretas em resina composta é que

A melhoria estética do sorriso é possível com as

possíveis fraturas de materiais de resina com-

técnicas direta e indireta. A técnica indireta pode

posta poderiam ser simplesmente reparadas

exigir mais de uma consulta, porém é mais indi-

com técnicas diretas realizadas em consultório

cada quando múltiplos dentes são envolvidos no

em sessão única.9

1

plano de tratamento. Com técnicas indiretas, a pré-visualização do resultado estético final é ex-

O que é necessário?

tremamente útil tanto para o clínico quanto para

SAMPAIO, Camila Sobral Mestre e Doutoranda em Materiais Dentários – Unicamp Visiting Scholar – NY University College of Dentistry camisobral@hotmail.com

o paciente. Dessa forma, desejos e preferências

• Modelo do paciente

com relação ao novo sorriso são testados antes

• Guia de silicone

da realização dos preparos irreversíveis.

• Resina composta e espátulas

3,4

O aumento do uso da técnica de veneers com compósitos resinosos realizados de forma in-

ALGAMAIAH, Hamad TITE Program – NY University College of Dentistry

HADIUTOMO, Ivan International Post-Graduate Program in Esthetic Dentistry – NY University College of Dentistry

OQUENDO, Anabella Clinical Assistant Professor of Cariology and Comprehensive Care – NY University College of Dentistry

direta tem sido possível devido a uma melhoria nas propriedades de materiais compósitos nos últimos anos. As propriedades mecânicas e físicas de resinas compostas são baseadas em sua composição química: matriz resinosa, tipo de partícula inorgânica, tamanho e porcentagem das partículas, e silanização das partículas.5 Além de fatores envolvendo os compósitos, a intensidade e o comprimento de onda da luz da unidade de polimerização são também fatores importantes.6 A exposição mais prolongada da luz e a pós-polimerização por calor demonstraram melhorar as

38 39

v.4, n.2, 2015


Como fazer?

A

B

C

D

Fase 1: Fazer uma avaliação estética do paciente com relação a dentes e face, através de modelos, fotos e radiografias, com a finalidade de obter o melhor prognóstico para o tratamento. A seleção de cor foi realizada, e posteriormente os preparos dos dentes em boca (Fig. A-C). Fase 2: Realizar a moldagem do paciente e obter o modelo de gesso. Aplicar sobre o modelo um espaçador, com a finalidade de conseguir o espaço necessário para a cimentação adesiva da peça (Fig. D).

Aspecto inicial do paciente (A). Sorriso inicial (B). Preparos realizados em boca (C). Modelo de gesso com aplicação de separador (D).


DICAS DE DENTÍSTICA/ ORTODONTIA

Por que é importante? No dia a dia do consultório têm-se observado

te indicados para a resolução estética de dentes

Dicas para polimento da superfície de esmalte após remoção de bráquetes ortodônticos

que, ao final do tratamento ortodôntico e remo-

que apresentam manchas e irregularidades na

ção dos bráquetes, a superfície do esmalte den-

superfície do esmalte dental. A eficácia do pro-

tal apresenta-se irregular, com ranhuras e lisura

cedimento microabrasivo na melhoria estética

superficial alterada, assim como com presença

dessas situações clínicas, quando corretamen-

de resíduos do material resinoso cimentante,

te indicado e realizado, é de fato evidente, tanto

que podem pigmentar-se ao longo do tempo e

imediatamente quanto no longo prazo.1-5

MACHADO, Lucas Silveira

Cirurgião-Dentista, Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP, Araçatuba-SP Especialista em Dentística, Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP, Araçatuba-SP Mestre e Doutor em Dentística Restauradora, Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP, Araçatuba-SP Pós-Doutorando em Dentística, Faculdade de Odontologia de Araçatuba – UNESP, Araçatuba-SP

te mais lisa e regular, este relato apresenta uma

troduzidas nessa superfície pela aplicação de

dica para correção das irregularidades do es-

técnicas inadequadas, tanto durante a descola-

malte após a remoção de bráquetes ortodônti-

gem dos bráquetes quanto na remoção do mate-

cos e da resina cimentante remanescente, atra-

rial adesivo resinoso cimentante remanescente,

vés do emprego da técnica da microabrasão do

que comumente é realizada com instrumentos

esmalte dental.

Tem sido destacado e observado que essas ir-

PAVANI, Caio César

O que é necessário?

regularidades superficiais não são satisfatoria-

Graduando em Odontologia, Faculdade de Odontologia de Araçatuba – Unesp, Araçatuba-SP

FRANCO, Laura Molinar

Cirurgiã Dentista, Faculdade de Odontologia de Araçatuba – Unesp, Araçatuba-SP

mente corrigidas através do emprego de técni-

• Isolamento Absoluto

cas convencionais de polimento e acabamento

• Microabrasivo (Opalustre – Ultradent Products

do esmalte. Dentro desse contexto, e de acordo

Mestre em Dentística Restauradora, Faculdade de Ondotologia de Araçatuba – Unesp, Araçatuba-SP

com a literatura pertinente, pode-se empregar

Doutoranda em Dentística Restauradora, Faculdade de Odontologia de Araçatuba – Unesp, Araçatuba-SP

a técnica de microabrasão do esmalte dental,

SALOMÃO, Fabio Martins

com a aplicação de produtos ácido-abrasivos.

Inc, South Jordan, UT, USA) • Pasta de polimento (Enamelize, Cosmedent, Chicago, IL, EUA) • Fluoreto de sódio gel neutro a 2%

Salienta-se que esses produtos são comumen-

Cirurgião-Dentista, Faculdade de Odontologia de Londrina – UEL, Londrina-PR

Especialista em Prótese Dentária, Faculdade de Odontologia de Araçatuba – Unesp, Araçatuba-SP

Com o intuito de obter uma superfície de esmal-

tal. Vale destacar que essas alterações são in-

rotatórios.

lucassilveira1@yahoo.com.br

Mestre em Dentística Restauradora, Faculdade de Odontologia de Londrina – UEL, Londrina-PR

interferir de forma significativa na estética den-

A

Doutorando em Dentística Restauradora, Faculdade de Odontologia de Araçatuba – Unesp, Araçatuba-SP

SUNDFELD-NETO, Daniel

Cirurgião-Dentista, Faculdade de Odontologia de Piracicaba – Unicamp, Piracicaba-SP Mestre em Materiais Dentários, Faculdade de Odontologia de Piracicaba – Unicamp, Piracicaba-SP Doutorando em Dentística Restauradora, Faculdade de Odontologia de Piracicaba – Unicamp, Piracicaba-SP

SUNDFELD, Renato Herman

Professor Titular do Departamento de Odontologia Restauradora, Faculdade de Odontologia de Araçatuba – Unesp, Araçatuba-SP Mestre e Doutor em Dentística, Faculdade de Odontologia de Araraquara – Unesp, Araçatuba-SP

42 43

v.4, n.2, 2015

Irregularidades e ranhuras no esmalte que podem ser observadas após a remoção de resíduos resinosos cimentantes que permaneceram no esmalte após descolagem dos bráquetes ortodônticos (A).


Como fazer? A dica é para esmalte irregular com riscos e ranhu-

laminadas. Em seguida, realiza-se o isolamento

dentes são lavados e secos (Fig. B4). Em seguida,

ras após o relato de uso de aparelhos ortodônticos

absoluto do campo operatório. Aplica-se o produto

realiza-se o polimento com pasta polidora Ename-

(Fig. B1). Porém, se forem observados remanes-

microabrasivo Opalustre (Ultradent, South Jordan,

lize (Cosmedent, Chicago, IL, EUA) com discos de

centes de resina que colava o bráquete ao esmal-

UT, EUA) com o auxílio de uma taça de borracha

feltro, sendo os dentes posteriormente lavados e

te, esse resíduo pode ser removido com uma ponta

abrasiva montada em contra-ângulo para baixa

secos (Fig. B5). Ao final é possível observar o brilho

diamantada de granulação extrafina 3195 FF (KG

rotação (Fig. B3). O produto pode ser aplicado para

e a lisura que o esmalte adquire após os procedi-

Sorensen, Alphaville, São Paulo, Brasil), sob cons-

essa finalidade de 2 a 3 vezes durante 10 s a cada

mentos (Fig. B6). Em seguida, aplica-se fluoreto de

tante refrigeração (Fig. B2) ou com pontas multi-

três ou quatro dentes; entre cada aplicação os

sódio gel neutro a 2% por 4 min (Fig. B7).

Aspecto inicial (riscos e ranhuras podem ser observados em detalhes (B1). Remoção de resíduos de resina (B2). Aplicação do microabrasivo (B3). Aspecto após polimento com Opalustre (B4).

B1

B2

B3

B4


DICAS DE IMPLANTODONTIA 2

Selamento de alvéolo combinado com aumento vestibular e preservação de rebordo

Por que é importante?

O que é necessário?

Durante a terapia de reposição de dentes em

• Periótomo

áreas estéticas, o emprego de técnicas minima-

• Kit Extrator Dentário (Benex, Wilcos ou Neo-

mente invasivas associadas a procedimentos que permitam a manutenção dos tecidos ósseos

• Cureta de Lucas

e gengivais favorece os resultados clínicos nas

• Sonda milimetrada

situações em que a implantação imediata não

• Cabo de bisturi com lâmina 15C montada

está indicada.

1,2

(Fig. A-B)

A exodontia do elemento dental é geralmente seguida pela reabsorção óssea e tecidual, principalmente na face vestibular, o que, na maioria das vezes, leva à recessão da margem gengival

Como alternativa, a utilização de um tampão epi-

Especialista em Implantodontia – Ipeno – Florianópolis-SC

telial modificado que contenha uma porção cen-

Professor de Especialização em Implantodontia – Ipeno – Florianópolis-SC

tral epitelizada e extensões conjuntivas não epitelizadas permite aumentar o aporte nutricional ao enxerto, mediante o envelopamento das ex-

danielcury@gmail.com

tremidades no rebordo receptor, onde são inseridas e estabilizadas abaixo da mucosa vestibular e da palatina do alvéolo. Assim, o tampão epitelial modificado apresenta algumas vantagens: a)

NASCIMENTO JR, Walter Rosa

aumento da área de contato entre enxerto e leito

Mestre e Especialista em Implantodontia – Unisa – São Paulo-SP

receptor, de forma a melhorar o aporte de nu-

Especialista em Periodontia – AONP – Londrina-PR

trientes; b) proteção do alvéolo; c) correção do

Especialista em Prótese Dentária – APCD – Bauru-SP Professor de Especialização em Implantodontia – Ipeno – Florianópolis-SC wrnjr@uol.com.br

Doutor em Cirurgia Bucomaxilofacial – PUC – Porto Alegre-RS Professor de Especialização em Implantodontia – Ipeno – Florianópolis-SC

46 47

posicionamento da margem; d) menor perda de gengiva queratinizada; e e) ganho adicional na espessura da mucosa vestibular, o que permite

MEURER, Eduardo

v.4, n.2, 2015

(Ethicon, EUA) • 0,25 g de Bio-Oss (Geistlich, Suíça)

D’INCAO, Cristiano Veit

Mestrando em Implantodontia – São Leopoldo Mandic – Campinas-SP

nik GmbH, Alemanha) • Fio de suturas Prolene Blue Monofilament 6-0 • Tesoura Goldman-Fox

zidas.3-5

Especialista em Prótese Dentária – Ipeno – Florianópolis-SC

• Kit de tunelização (Helmut Zepf Medizintech-

um tampão epitelial é uma opção de tratamento ção, autores descrevem taxas de sucesso redu-

Especialista em Implantodontia – Ipeno – Florianópolis-SC

• Pinça Dietrich

do futuro implante. Nesse caso, a utilização de bem documentada, porém, devido à baixa nutri-

CURY, Daniel

dent, Brasil)

a modificação do biótipo periodontal de fino para espesso, ideal para resultados estéticos e estabilidade de longo prazo.6,7


Como fazer? Exodontia atraumática

conduto radicular com chave digital e conectado

fecciona-se um túnel supraperiostal nas faces

A exodontia atraumática é iniciada pelo preparo

ao extrator dentário, que é ativado lentamente, de

vestibular e palatal, onde serão estabilizadas as

da raiz residual mediante o esvaziamento do con-

forma a conduzir a raiz para fora do alvéolo dentá-

porções conjuntivas do enxerto. (Fig. D)

duto radicular com broca helicoidal do kit Extrator

rio. (Fig. C) É importante observar o eixo de saída,

Registram-se as dimensões mésio-distal e ves-

Dentário. Feito isso, uma sindesmotomia cuida-

para que não ocorra excesso de pressão sobre as

tibulopalatina do alvéolo com uma sonda milime-

dosa em torno do elemento dentário, para evitar

paredes ósseas delgadas. O alvéolo é inspeciona-

trada, para definir a quantidade necessária de

ao máximo trauma dos tecidos periodontais, es-

do, curetado cuidadosamente e lavado abundan-

tecido a ser obtido para o correto fechamento do

pecialmente as papilas e a mucosa vestibular, é

temente com solução salina estéril.

alvéolo. O resultado, normalmente, é um formato

realizada com um periótomo afiado. Com o mes-

oval com comprimento e largura definidos con-

mo instrumento, as fibras cervicais do ligamento

Preparo do sítio receptor e mapeamento do

periodontal são rompidas, e uma luxação inicial

alvéolo

é obtida. O tracionador é instalado no interior do

Após a curetagem e a limpeza do alvéolo, con-

forme a embocadura do alvéolo.

A

B

C

D


27 a 30 de abril de 2016 Akinobu Ogata (Japão/EUA) | Carlos Fernández Villares (Espanha) | Nitzan Bichacho (Israel) | Abelardo Baez (Chile) | Naoki Hayashi (Japão) Paulo Monteiro (Portugal) | Jon Gurrea (Espanha) | Pascal Magne (Suiça/EUA) | Eric Van Dooren (Bélgica) | Daniel Edelhoff (Alemanha) August Bruguera (Espanha) | Lorenzo Breschi (Itália) | Tetsuji Aoshima (Japão) | You Nino (Japão) BRASIL Cláudio Pinho | Ertty Silva | Luiz Otávio Camargo | Marcelo Calamita | Marco Masioli | Paulo Kano | Oswaldo Scopin | Ronaldo Hirata Sidney Kina | Victor Clavijo | José Carlos Romanini | Carlos Archangelo | Rafael Decúrcio | Marcelo Kyrillos | Marcelo Moreira | Luis Calicchio William Kabbach | Eduardo Santini | Andrea Melo | Tininha Gomes | Rogério Marcondes | Luiz Gustavo Barrote Albino | Dudu Medeiros

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DICAS DE PRÓTESE

A utilização de canetas de retroprojeção na simulação de desgastes nas superfícies incisais dos dentes

Por que é importante? A odontologia vem evoluindo cada vez mais com

auxilia o dia a dia clínico de profissionais que tra-

novas técnicas e novos materiais. Atualmente, é

balham com a estética dentária, alcançando-se

muito comum e difundida na comunidade odon-

resultados de alta qualidade com rapidez. Assim,

tológica a utilização de mock-ups - ensaios clíni-

são abordados a seguir três diferentes casos clí-

cos feitos com acréscimo de materiais à base de

nicos em que a técnica descrita acima foi preco-

resina bisacrílica, resina acrílica ou até mesmo

nizada, como a utilização em restaurações “len-

resina composta - para testar o que foi planeja-

tes de contato”, em resina composta e também

do previamente à execução do tratamento. No

em prótese do tipo protocolo.

1

entanto, ainda há a dificuldade de executar esse procedimento quando a proposta é a subtração

O que é necessário?

de material ao invés da adição, principalmente quando se têm de realizar ajustes significativos

• Afastador de boca

em trabalhos estéticos definitivos.

• Caneta de retroprojeção preta

Nesse contexto, a utilização de canetas de re-

• Fundo preto para fotografia (contraste)

troprojeção na cor preta para marcar áreas para

• Câmera fotográfica com lente macro e flash

possíveis desgastes e de um fundo preto permi-

MARQUES, Bernardo Gonçalves

te contraste das regiões que foram previamente

Especialista em Prótese Dentária pela UFRJ

demarcadas, o que permite simular/visualizar o

bernardo.marquesodonto@gmail.com

desgaste antes mesmo de sua realização efeti-

MARQUES, Gustavo dos Santos Especialista em Prótese Dentária pela UFRJ

TEIXEIRA, Mayla Kezy Silva Especialista em Prótese Dentária pela UFRJ Mestranda em Prótese Dentária na UERJ

va. A grande vantagem dessa técnica é possibilitar vários testes de simulação de desgaste, aumentando assim a participação, o entendimento do paciente quanto à melhora da naturalidade da prótese e a personalização dos dentes em relação a idade e fisionomia deste (visagismo). Essa técnica auxilia de maneira simples a busca pela

SEKITO JR, Terumitsu

harmonização dos formatos ideais dos dentes,

Especialista em Prótese Dentária pela UFRJ

contribuindo para a finalização do caso. Ainda,

Mestre em Dentística pela UERJ

permite a possibilidade de se observar a harmonia facial entre os dentes e o conjunto sorriso/ face do paciente.2 Portanto, o desenvolvimento de uma técnica simples de simulação e visualização de desgastes dentários, seguindo os princípios estéticos,

52 53

v.4, n.2, 2015

twin ou circular • Alta e baixa rotação (e/ou contra-ângulo multiplicador) • Pontas diamantadas para acabamento nas cores vermelha e amarela (Komet) • Borrachas para acabamento (EVE, cores verde, cinza e rosa)


Como fazer? Após a cimentação dos laminados cerâmicos,

efetiva (Fig. A2). Para a confecção das marca-

(Komet, cores amarela e vermelha) (Fig. A3), e

realizou-se a personalização final do caso (Fig.

ções, a região do dente deve ser previamente

em seguida se utilizaram borrachas para acaba-

A1). Para isso, foram utilizadas canetas de re-

seca com jatos de ar para melhorar a fixação da

mento (EVE, cores verde, cinza e rosa).

troprojeção na cor preta para marcar áreas para

caneta preta e proporcionar um adequado con-

Ao final do caso observa-se melhor harmonia

possíveis desgastes, com um fundo preto. Essa

traste com o fundo.

dentofacial da restauração “lente de contato”,

associação possibilita um contraste das regiões

Depois de feitas as simulações do caso, as áre-

com pleno entendimento e aprovação do pacien-

previamente demarcadas, para simular/visuali-

as previamente analisadas foram desgastadas

te nessa etapa decisiva da finalização estética

zar o desgaste antes mesmo de sua realização

com pontas diamantadas para acabamento

(Fig. A4).

A1

A3

A2

A4

Aspecto intraoral dos laminados cerâmicos ultrafinos após a cimentação (A1). Marcação com caneta de retroprojeção preta, associada à utilização de um fundo preto, o que possibilita contraste das regiões demarcadas (A2). Ajuste final com ponta diamantada Komet, cores amarela e vermelha (A3). Aspecto intraoral do caso clínico final (A4).


DICAS DE PRÓTESE/ESTÉTICA

Restaurações estéticas utilizando facetas de resina pré-fabricadas

Por que é importante? A grande demanda de pacientes em busca de

cerâmicas. Apresentam fina espessura, o que

restabelecer a estética do sorriso acarretou

permite realizar o tratamento com pouco ou ne-

grandes mudanças nos procedimentos realiza-

nhum desgaste da estrutura dentária. Outras

dos pelos cirurgiões-dentistas. Para atender às

vantagens são o custo reduzido e a possibilida-

expectativas dos pacientes, as resinas compos-

de de aplicar várias facetas em uma única ses-

tas foram desenvolvidas e aperfeiçoadas com

são.4-6 Além disso, exibem melhores resultados

diferentes tipos e volumes de carga, que conferi-

devido à redução da contração de polimerização,

ram a esses materiais boas propriedades mecâ-

que permanece limitada à linha de cimentação,

nicas e ópticas.

diminuindo a formação de gaps na interface den-

As facetas dentárias são indicadas onde é ne-

te-restauração, a hipersensibilidade pós-opera-

cessário realizar mudança de forma, cor e po-

tória e a microinfiltração.7,8 São também uma óti-

sição dos dentes, fechar diastemas, substituir

ma opção para os cirurgiões-dentistas que não

múltiplas restaurações, reabilitar guias, entre

têm grande habilidade manual para a confecção

outros. Essas restaurações podem ser confec-

de facetas em resina direta, o que facilita muito

cionadas com diversos materiais, através das

o trabalho do clínico. Em relação aos laminados

Nesse

cerâmicos, as facetas pré-fabricadas em resina

contexto, surgiram no mercado odontológico

composta causam menor desgaste ao dente an-

facetas de resina pré-fabricadas. O sistema é

tagonista, são menos friáveis e necessitam de

constituído por facetas translúcidas, de diver-

preparos menos invasivos. Como desvantagem,

sos tamanhos, que devem ser selecionadas de

essas facetas apresentam anatomia única, ten-

acordo com o dente que será restaurado, e por

do, portanto, uma estética limitada quando com-

resinas compostas opacas (Fig. A-C), que serão

paradas aos laminados cerâmicos, em que há

A cor da

possibilidade de personalização quanto a forma,

resina utilizada para a cimentação é escolhida

área de espelho e textura superficial. Entretanto,

segundo as características do substrato dental.

apesar disso, trata-se de uma alternativa viável

Essas facetas são indicadas nas mesmas situ-

para restaurar dentes comprometidos estetica-

ações daquelas feitas em resinas direta ou das

mente, conforme será demonstrado nesta dica.

1

LUZ, Caroline Pioli

Graduação em Odontologia pela Universidade Positivo Especialista em Dentística pelo Instituto Latino-Americano de Pesquisa e Ensino Odontológico (Ilapeo)

NAGATA, Allan Gustavo

Graduando em Odontologia pela Universidade Federal do Paraná – UFPR – Curitiba-PR

técnicas direta, semidireta e indireta.

utilizadas para a cimentação da peça.

2-4

4,5

SAKAMOTO JUNIOR, Antônio Setsuo Especialista em Dentística pelo Cetao

Mestre e doutorando em Dentística Restauradora pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG)

56 57

v.4, n.2, 2015


O que é necessário? • Kit de facetas pré-fabricadas em resina composta (EdelWeiss, Ultradent, EUA) • Escala de cor (Vitapan Classical, Vita, Alemanha) • Disco Sof-Lex (3M Espe, EUA) • Fio retrator (Ultrapak, Ultradent, EUA) • Espátula para inserção de fio retrator fina (Fischer’s Ultrapak Packers, Ultradent, EUA) • Lençol de borracha para isolamento

A

• Arco de Ostby

• Papel de articulação

• Pinça perfuradora de Ainsworth

• Lâmina de bisturi #12 (Feather, Japão)

• Pontas diamantadas 2135, 3168F

• Borrachas para acabamento e polimento de

• Ácido fosfórico a 35% em gel

resina (Astropol, Ivoclar Vivadent, Liechtens-

• Sistema adesivo (Peak Universal Bond, Ultra-

tein)

dent, EUA), disponível no kit

• Pasta para polimento (Enamelize, Cosmedent,

• Casulo para resina composta (Ivoclar Viva-

EUA)

dent, Liechtenstein)

• Disco de feltro (Flexibuff, Cosmedent, EUA)

• Fotopolimerizador

B

C

Interior do kit de facetas pré-fabricadas EdelWeiss (Ultradent, EUA) (A). As facetas são fornecidas em três tamanhos, S, M e L (pequeno, médio e grande) (B). Apresentação das peças no interior do estojo de proteção (C).


DICAS DE DENTÍSTICA 2

Sonda luminosa para detecção de tecido dentário infectado por bactérias cariogênicas durante preparo cavitário

Por que é importante? Universalmente, a cárie dentária é aceita como

pamento denominado Proface (W&H Dentalwerk

uma doença multifatorial, infecciosa, transmissí-

Bürmoos GmbH, Áustria), que proporciona ajuda

vel e dieta-dependente, cuja principal consequ-

clínica na detecção do tecido dentário infectado

ência é a desmineralização das estruturas den-

com bactérias, em particular dentina infectada,

Esse conceito de cárie se embasa na

presente em regiões destacadas em vermelho-

interação dos seguintes fatores: microrganismo,

-fluorescente. A sonda luminosa Proface (W&H)

susceptibilidade do hospedeiro e dieta.

utiliza o método FACE (Fluorescence Aided Ca-

tárias.

1,2

3

Quanto ao diagnóstico da cárie dentária, o méto-

ries Excavation) (Fig. A-C), que em conjunto com

do utilizado deve ser confiável; capaz de detec-

os óculos para filtro formam uma ferramenta que

tar lesões em estágio inicial; diferenciar lesões

auxilia a visualização direta da dentina infectada

reversíveis das irreversíveis; apresentar custo

residual em qualquer momento durante o prepa-

acessível para uso clínico e conforto ao paciente;

ro cavitário, resultando em escavações pontuais

e apresentar rapidez nos resultados, sendo de

e, consequentemente, conservando ao máximo

fácil execução em todas as faces dos dentes.4,5

tecido sadio.

Vários são os métodos de diagnóstico dessa

Regiões de dentina afetada, ou seja, dentina

doença, além da consideração do risco de cárie,

desmineralizada mas com ausência de bactérias

tais como visual (direto e com o auxílio ou não de

cariogênicas, serão observadas em verde-flu-

corantes evidenciadores e câmeras intraorais),

orescente por meio da sonda luminosa Proface

clínico (sondagem exploradora), transilumina-

(W&H), bem como áreas totalmente ausentes de

ção (por fibra óptica ou aparelhos emissores de

cárie dentária. No entanto, pelo método clínico

Mestre e Doutorando em Dentística Restauradora – UnG-SP

luz) e radiográfico.

de sondagem, nota-se a perda da dureza dessa

Professor de Dentística Restauradora – Unoesc-SC

No entanto, ao proceder ao preparo dentário,

dentina, e, por esse motivo, ela deve ser remo-

rodrigoilkiu@gmail.com

dúvidas são frequentes quanto à integridade

vida para proporcionar melhores resultados de

do tecido dentário, ou seja, se infectado ou não

adesão.

ILKIU, Rodrigo Ehlers

SAKAMOTO JÚNIOR, Antônio Setsuo Especialista em Dentística Restauradora – CETAO-SP

Mestre e Doutorando em Dentística Restauradora – UEPG-PR

por bactérias cariogênicas. Em detrimento, tecido dentário sadio pode ser envolvido no preparo sem necessidade, distorcendo a ideia de executar uma odontologia cada vez menos invasiva. Estudos demonstram que a dentina afetada por cárie influencia negativamente a resistência de união em dentes decíduos e permanentes, in6

7

dependentemente da geração do sistema adesivo utilizado. Nesse intuito, recentemente foi lançado um equi62 63

v.4, n.2, 2015

O que é necessário? • Materiais e instrumentais para isolamento absoluto e preparo cavitário. • Proface (W&H), sonda luminosa e óculos para filtro. • Sistema adesivo e materiais restauradores.


A

B

C

Equipamento Proface composto de sonda luminosa, carregador de baterias e óculos para filtro (A). Sonda luminosa acoplada à bateria (B). Sonda luminosa acionada (C).


Coluna

O que esperar dos definitivos? Dentista é bastante pretencioso. Não são alguns

é baseado na estética, o tratamento é estético, e

poucos; são todos quando dizem cimentar peças

as peças cimentadas também são altamente es-

definitivas. Já pensaram sobre isso? Definitivo: o

téticas e definitivas. Bom demais para ser verda-

que não muda, que continua, permanece como

de, porque não são!

está, não sofre alteração, não sofre ação do tem-

William Kabbach

Mestre e Doutor em Odontologia Restauradora pela Unesp, Araraquara

po. Já imaginaram uma restauração que não so-

Provocações as minhas, feitas para incomodar e

fre ação do tempo? É uma restauração imortal!

talvez iniciar uma reflexão sobre o que entende-

Pretencioso, não acham?

mos como tratamento odontológico. Quando ter-

wkabbach@gmail.com

mina realmente o tratamento que propomos aos Mas é assim que nomeamos as restaurações

nossos pacientes? Na cimentação dos definiti-

que instalamos quando removemos os provisó-

vos? E finalizo com mais uma pergunta: onde o

rios, restaurações “definitivas”. É do antônimo

dentista profissional da saúde se encontra com o

provisório/permanente que nasce o deslize. De-

sofisticado designer de sorrisos ou com qualquer

veriam permanecer “provisório” e “restaurações

outra dessas denominações de última moda?

de maior durabilidade” talvez, mas não “permanentes”. O que pode ser fabricado pelo homem

GAPS: fechando espaços

que é permanente? O tempo é implacável. “Todas as tragédias que se podem imaginar reduzem-se a uma mesma e única tragédia: o transcorrer do tempo.” Esta afirmação é de Simone Weil (1909-1943), filósofa francesa que se tornou operária da Renault para escrever sobre o abuso dentro das fábricas. O tempo não perdoa nem mesmo as restaurações feitas por dentistas. E o engano vai além, pois a ideia de definitivo exclui a necessidade da manutenção, do cuidado periódico com os trabalhos feitos em boca. Ledo engano daquele que julga não precisar rever os trabalhos depois de cimentados. Engana-se também o que julga finalizar algum tratamento estético. Tudo, inclusive, é estético: o diagnóstico

66 67

v.4, n.2, 2015


Oswaldo Scopin de Andrade

a coroa total, graças às novas cerâmicas e aos

problemas começaram a aparecer, e não vão pa-

procedimentos adesivos, pode ser tão conserva-

rar! Microfraturas, dificuldade de acabamento e

dor e a restauração tão fina quanto uma “lente

polimento, pigmentação excessiva das margens,

de contato”. Posso mudar o nome de um on-

desgaste do antagonista, entre outros. É impor-

lay também... iria se chamar “lente de contato”

tante salientar e sempre enfatizar que um lami-

mésio-oclusal, por exemplo! “Lente de contato”

nado, uma “lente de contato”, é um procedimen-

oclusal, mesial... e aí vai!

to reabilitador e deve ser planejado e executado como tal, pois muitas vezes muda o padrão de

Mestre e Doutor em Prótese pela Unicamp

Pós-Graduação em Prótese e Oclusão pela New York University – College of Dentistry

Em cursos e palestras é a mesma coisa. Mandei

oclusão do paciente; é também um procedimen-

Coordenador dos Cursos de Pós-Graduação Lato Sensu em Nível de Especialização em Implantodontia e Odontologia Estética do Centro Universitário Senac – São Paulo-SP

o título para um curso que ia dar em uma cidade

to conservador, mas não irreversível! A utilização

no interior, e o organizador me disse na hora do

cada vez mais comum das cerâmicas injetadas,

convite: “Precisa ter o nome ‘lente de contato’ no

o advento do CAD/CAM e das restaurações mo-

título, senão o curso não fecha!” A odontologia

nolíticas maquiadas impulsionaram esse mer-

“pirou geral”! Chega a ser cômico!

cado, e quase todos os profissionais estão fa-

osda@terra.com.br

zendo! Mas será que dentistas e técnicos em Mas é o business do momento: a Lente de Con-

prótese dental estão planejando esses casos

tato.

como uma “prótese”? Será que os profissionais sabem que uma “lente de contato” maquiada

Já tivemos várias fases que gosto de chamar de

tem um pequena camada de glaze? E que este

“business” de algo... ou fase de algo! Business

glaze pode não durar tanto se não for aplicado

porque remete a negócio... dinheiro... venda! Io-

da maneira correta? E que o simples “ajuste” da

nômero, Clareamento a Laser, Cone Morse... Os

peça pode remover toda a pintura, maquiagem e

nomes e tendências vão aparecendo, e os pro-

o glaze? E que para algumas cerâmicas o poli-

Acho que vou mudar o nome das minhas restau-

fissionais têm de ir se adaptando, se ajustando

mento é crítico? E que é muito... mas muito difícil

rações indiretas! Tem havido umas situações

para se manter no mercado e entender a deman-

de polir dentro da cavidade bucal? Bem... novas

estranhas e inusitadas! Um dia destes no meu

da requerida pelos pacientes. Eu aceito isso de

discussões, uma nova era e área para pesquisas,

consultório disse a uma paciente que ela preci-

forma natural, e como um profissional de clínica

e talvez uma nova nomenclatura.

sava de uma coroa total em um dente posterior.

privada e da área acadêmica também tenho de

Ela me olhou assustada, perplexa... e me disse:

me adequar. No início até gostava do nome, pois

Para mim não... Não vou mudar nome nenhum...

“Doutor, eu vim aqui para fazer um orçamento de

a ideia de uma restauração ser delgada como

esse nome está me cansando! A coroa vai ser

‘lente de contato’, não de coroa total”.

uma “lente de contato” faria o profissional en-

coroa... Mas ainda vou ter de usar muito o termo

tender que ele poderia desgastar menos dente,

“lente de contato”! E para meus pacientes ainda

Pensei então... por que não chamar a “coroa to-

ser menos invasivo e muito mais conservador

tenho que explicar quase todos os dias todas es-

tal” de “lente de contato total”? O preparo para

em odontologia restauradora, mas agora certos

sas diferenças!

Coroa Total? Não, Lente de Contato Total!


REVISTA BRASILEIRA DE DICAS EM ODONTOLOGIA Dicas em diversas especialidades de forma objetiva, baseadas em três perguntas: POR QUE É IMPORTANTE? O QUE É NECESSÁRIO? COMO FAZER? n. 13 n. 12

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NORMAS PARA PUBLICAÇÃO DE ARTIGOS Please, read the Instructions for Authors at the website www.revistaclinica.com.br A revista DICAS – Revista Brasileira de Dicas em Odontologia é dirigida à classe odontológica e a profissionais de áreas afins. Destina-se à publicação de dicas clínicas em diversas áreas da Odontologia, com periodicidade trimestral. As normas, principalmente na parte de referência da revista, estão baseadas no Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to Biomedical Journals: Writing and Editing for Biomedical Publication, do International Committee of Medical Journal Editors (Grupo de Vancouver). N Engl J Med. 1997;336:309-16. Essas normas foram atualizadas em outubro de 2004 e estão descritas no website http://www.icmje.org. NORMAS GERAIS 1) Os manuscritos enviados para publicação deverão ser inéditos, não sendo permitida a sua apresentação simultânea a outros periódicos. Caso não sejam seguidas as normas da revista, o manuscrito será devolvido para as devidas adaptações. A revista Dicas reserva-se todos os direitos autorais do trabalho publicado, inclusive de versão e tradução, permitindo-se a sua posterior reprodução como transcrição, com a devida citação da fonte. 2) A revista Dicas reserva-se o direito de subme68 69

v.4, n.2, 2015

ter todos os manuscritos à avaliação da Comis-

11) Manuscritos que envolvam pesquisa ou rela-

são Editorial, que decidirá pela aceitação ou não

to de experiência com seres humanos deverão

deles. No caso de aceitação, esta está sujeita às

estar de acordo com a Resolução n. 196/96 do

eventuais modificações solicitadas pelo Corpo

Conselho Nacional de Saúde, ou com o constan-

Editorial.

te na Declaração de Helsinki (1975 e revisada em

3) Manuscritos não aceitos para publicação se-

1983), devendo ter o consentimento por escrito

rão devolvidos com a devida notificação e, quan-

do paciente e a aprovação da Comissão de Ética

do solicitada, com a justificativa. Os manuscritos

da Unidade (Instituição) em que o trabalho foi re-

aceitos não serão devolvidos.

alizado. Quando for material ilustrativo, o paciente

4) Os prazos fixados para a eventual modifica-

não deverá ser identificado, inclusive não deven-

ção do manuscrito serão informados e deverão

do aparecer nomes ou iniciais. Para experimentos

ser rigorosamente respeitados. A sua não ob-

com animais, deverão ser seguidos os guias da

servação acarretará no cancelamento da publi-

Instituição dos Conselhos Nacionais de Pesquisa

cação do manuscrito.

sobre uso e cuidados dos animais de laboratório.

5) Os conceitos emitidos nos artigos publicados

12) Manuscritos deverão estar acompanha-

bem como a exatidão das citações bibliográficas

dos das Declarações de Responsabilidade e de

serão de responsabilidade exclusiva dos auto-

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res, não refletindo necessariamente a opinião do

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6) Os manuscritos deverão estar organizados

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doação, um exemplar da edição em que o seu tra-

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balho foi publicado. Separatas e artigos em PDF

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são oferecidos a preço de mercado. Para mais

7) As datas de recebimento e de aceitação do

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8) A revista Dicas receberá para publicação ma-

Os manuscritos devem ser submetidos somen-

nuscritos redigidos em português, inglês ou es-

te no formato de Dicas.

panhol, entretanto os artigos em língua estran-

Cada revista contará com artigos no formato de

geira serão publicados em português.

dicas, que serão divididas nas diversas áreas da

9) No processo de avaliação dos manuscritos,

Odontologia e temas afins.

os nomes dos autores permanecerão em sigilo

Apenas na primeira página (folha de rosto) deve

para os avaliadores, e os nomes destes perma-

conter: para qual área a dica está sendo subme-

necerão em sigilo para aqueles. Os manuscritos

tida; título em português e em inglês (máximo de

serão avaliados por pares (duas pessoas) entre

12 palavras); descritores e keywords (no máximo

os consultores do Corpo Editorial.

4); nomes, titulações e filiações institucionais

10) Recomenda-se aos autores que mantenham

dos autores; endereço completo e email do autor

em seus arquivos cópia integral dos originais,

principal.

para o caso de extravio deles.

Na segunda página, deve conter o título da dica



em português e em inglês e, na sequência, devem

Sem indicação de autoria

functional foods and natural health products in

ser respondidas as seguintes questões: “Por que

Council on Drugs. List no. 52. New names. JAMA.

Canada: possible implications for manufacturers

a dica é importante?”, “O que é necessário para

1966 Jul 18;197(3):210-1.

of conjugated linoleic acid. Am J Clin Nutr. 2004

realizar a dica?” e “Como fazer?” (Estas perguntas

Instituição como autor

Jun;79(6 Suppl):1217S-20S.

devem aparecer no corpo do texto.). O manuscrito

Conselho Nacional de Saúde(BR). Resolução

Artigo sem número e com volume

deve conter também as conclusões ou conside-

no 196/96, de 10 de outubro de 1996. Dispõe

Ostengo

rações finais e as referências bibliográficas (nú-

sobre as diretrizes e normas regulamentares de

Hydroxylapatite beads as an experimental model

mero máximo de 10). Além disso, pode conter de-

pesquisa envolvendo seres humanos. Brasília: O

to study the adhesion of lactic acid bacteria from

senhos esquemáticos, tabelas, gráficos, figuras

Conselho; 1996.

the oral cavity to hard tissues. Methods Mol Biol.

com legendas (caso houver, número máximo de

Editor como autor

2004;268:447-52.

15 ilustrações) e agradecimentos.

Murray JJ, editor. O uso correto de fluoretos na

Artigo sem número e sem volume

saúde pública. São Paulo: Santos; 1992.

Browell DA, Lennard TW. Inmunologic status

REFERÊNCIAS

Trabalho em congresso

of the cancer patient and the effects of blood

As referências (estilo de Vancouver) deverão

Lorenzetti J. A saúde no Brasil na década de 80

transfusion on antitumor responses. Curr Opin

ser numeradas consecutivamente, na ordem em

e perspectivas para os anos 90. In: Mendes NTC,

Gen Surg. 1993:325-33.

que aparecem no texto, na forma de números

coordenadora. Anais do 41º Congresso Brasileiro

Artigo indicado conforme o caso

sobrescritos, excluindo-se, por conseguinte, o

de Enfermagem; 1989 Set 2-7; Florianópolis, Brasil.

Collins JG, Kirtland BC. Experimental periodontics

nome do autor no texto. Todos os autores cita-

Florianópolis: ABEn-Seção SC; 1989. p. 92-5.

retards hamster fetal growth [abstract]. J Dent

dos no texto, nas tabelas e nas figuras deverão

Dissertação e tese

Res. 1995;74:158.

constar nas referências, e vice-versa, conforme

Tavares R. Avaliação da resistência de fundações

Artigo de jornal

a numeração progressiva deles no texto.

de amalgama, através da tração de coroas totais

Tynan T. Medical improvements lower homicide

metálicas

(SC):

rate:study sees drop in assault rate. The

EXEMPLOS DE REFERÊNCIAS

Programa de Pós-Graduação em Odontologia/

Washington Post. 2002 Aug 12; Sect. A:2 (col.4).

De um a seis autores

UFSC; 1988.

Material eletrônico

Lodish H, Baltimore D, Berk A, Zipursky SL,

Documentos legais

Abood S. Quality improvement initiative in nursing

Matsudaira P, Darnell J. Molecular cell biology.

Brasil. Portaria no 569, de 1º de junho de 2000.

homes: the ANA acts in an advisory role. Am J

3rd ed. New York: Scientific American; 1995.

Institui o Programa de Humanização no Pré-

Nurs [serial on the Internet]. 2002 Jun [cited

Com mais de seis autores

natal e Nascimento. Diário Oficial da República

2002 Aug 12];102(6):[about 3 p.]. Available from:

Liebler M, Devigus A, Randall RC, Burke FJ, Pallesen

Federativa do Brasil, 8 jun 2000. Seção 1.

http://www.nursingworld.org/AJN/2002/june/

U, Cerutti A, et al. Ethics of esthetic dentistry.

Material não publicado

wawatch.htm.

Quintessence Int. 2004 Jun;35(6):456-65.

Tian D, Araki H, Stahl E, Bergelson J, Kreitman M.

Foley KM, Gelband H, editors. Improving palliative

Livro

Signature of balancing selection in Arabidopsis.

care for cancer [monograph on the Internet].

Marzola C. Técnica exodôntica. 3a ed. rev. ampl.

Proc Nath Acad Sci USA. In press; 2002.

Washington: National Academy Press; 2001

São Paulo: Pancast; 2001.

Artigo padrão

[cited 2002 Jul 9]. Available from: http://www.

Capítulo de livro

Kidd

Soviero C, Garcia RS. Músculos da mímica

before restoration? Caries Res. 2004 May-

Anderson SC, Poulsen KB. Anderson’s electronic

facial. In: Oliveira MG, organizadora. Manual de

Jun;38(3):305-13.

atlas of hematology [CDROM]. Philadelphia:

anatomia da cabeça e do pescoço. 3a ed. Porto

Artigo com número e suplemento

Lippincott Willians & Wilkins; 2002.

Alegre: EDIPURS; 1998. p. 66-73.

Fitzpatrick KC. Regulatory issues related to

70 71

v.4, n.2, 2015

EA.

[dissertação].

How

‘clean’

Florianópolis

must

a

cavity

be

Mdel

C,

Elena

Nader-Macias

M.

nap.edu/books/0309074029/html/.



OBSERVAÇÕES ADICIONAIS

ncbi.nlm.nih.gov/entrez/query.fcgi?db=PubMed.

de slides, estes deverão vir em folhas de arquivo

A dica deve ser específica sobre determinado as-

Os descritores (palavras-chave identificando o

de slides, numerados, com as iniciais do primeiro

sunto, e o texto não deve ser muito abrangente e

conteúdo do manuscrito), no máximo 4, devem

autor e com o seu posicionamento (lado direito,

extenso. A primeira pergunta deve ser respondi-

ser escolhidos na lista de Descritores em Ciên-

esquerdo, superior e inferior) na moldura do sli-

da em 2 ou 3 parágrafos, realçando a importân-

cias da Saúde (DECS) elaborada pela Bireme e

de.

cia da dica para a Odontologia. Quando for uma

disponível na internet no website http://decs.

dica técnica ou clínica, a segunda pergunta deve

bvs.br, ou Index to Dental Literature, e/ou Medi-

APRESENTAÇÃO DOS MANUSCRITOS

ser respondida em formato de tópicos, contendo

cal Subject Headings (MeSH), do Index Medicus,

Os artigos submetidos à revista Dicas deverão

apenas os materiais necessários para realizá-la,

no website http://www.ncbi.nlm.nih.gov/entrez/

ser encaminhados em 3 cópias impressas, redi-

e a terceira pergunta deve ser respondida de for-

query.fcgi?db=mesh.

gidos de acordo com a gramática oficial e digita-

ma didática, podendo conter subtítulos, para ex-

Notas de rodapé serão indicadas por asteriscos,

dos na fonte Times New Roman, tamanho 12, em

plicar melhor como realizar cada etapa da dica.

mas devem ser evitadas ao máximo.

folhas de papel tamanho A4, com espaço duplo e

A referência comercial dos equipamentos, ins-

Deve-se evitar citar comunicação verbal; porém,

margem de 3 cm, em todos os lados, tinta preta e

trumentos e materiais citados deve ser com-

se necessário, mencionar o nome da pessoa e a

páginas numeradas no canto superior direito. O

posta respectivamente de modelo, marca e país

data de comunicação entre parênteses, no texto.

limite máximo para o tamanho do artigo será de

fabricante, separados por vírgula e entre parên-

Serão aceitas no máximo 15 ilustrações, incluin-

8 folhas (incluindo a folha de rosto). Deve-se en-

teses.

do figuras, desenhos esquemáticos, tabelas,

caminhar também cópia do documento utilizan-

Nas citações diretas e indiretas deverá ser uti-

gráficos e/ou quadros. As ilustrações (fotogra-

do-se o editor Word for Windows 2003 ou edi-

lizado o sistema numérico. Quando apresenta-

fias e desenhos) deverão ser designadas como

tores compatíveis, gravados em um CD ou DVD.

dos por pelo menos três números sequenciais,

figuras. Todas as figuras deverão ser fornecidas

Todos os artigos deverão ser registrados, prefe-

colocar hífen (ex.: 4, 5 e 6 fica

rencialmente por Sedex, e encaminhados a:

); quando dois

em slides originais ou digitais com boa resolução

apenas ou aleatórios, colocar vírgulas (ex.: 3,7,9 ou

(300 dpi). As figuras, tabelas, gráficos e quadros

7,8

); quando misto, aplicar as duas regras (ex.: 3,

deverão estar com as suas legendas e ser cita-

Revista Dicas

6, 7, 8 e 9 fica 3,6-9).

dos no texto e nas referências (quando extraídos

Rua Vila Kinczeski 23, Centro, Florianópolis,

As citações indiretas (texto baseado na obra de

de outra fonte). A Comissão Editorial reserva-se

CEP 88020-450

um autor) deverão ser apresentadas no texto

o direito de, em comum acordo com os autores,

sem aspas e com o número correspondente da

reduzir quando necessário o número de ilustra-

CHECKLIST

referência (autor) sobrescrito. Exemplo: Nossos

ções. A montagem das tabelas deverá seguir

Declarações de Responsabilidade e de Transfe-

resultados de resistência de união ao esmalte

as Normas Técnicas de Apresentação Tabular

rência de Direitos Autorais assinada por todos

estão de acordo com a literatura.12

(IBGE, 1979). Não se deve utilizar nas tabelas tra-

os autores.

As citações diretas (transcrição textual) deverão

ços internos verticais e horizontais. As tabelas e

Três cópias impressas incluindo figuras em pa-

ser apresentadas no texto entre aspas, indican-

os gráficos deverão ser fornecidos junto com o

pel cuchê.

do-se o número correspondente da referência

CD ou DVD do artigo, no formato digital gerado

CD ou DVD contendo todo o manuscrito.

e a página da citação, conforme exemplo: “Os

por programas como Word, Excel, Corel e com-

resultados deste trabalho mostraram que os ci-

patíveis. As fotografias deverão ser fornecidas

mentos [...]”.12:127

em slides originais ou digitais com boa resolu-

Os títulos das revistas devem ser abreviados

ção (300 dpi). É necessário também submeter

conforme consulta no Index to Dental Literature

3 cópias coloridas (6 fotografias por folha) im-

ou nos websites http://ibict.br e/ou http://www.

pressas em papel cuchê. No caso da submissão

72 v.4, n.2, 2015

4-6




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