Revista Dicas 02

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volume 1

nĂşmero 2

abril / junho 2012


3o. Congresso Internacional da Revista Clínica 1 a 4 de maio de 2013

Costão do Santinho

Florianópolis

Santa Catarina

Brasil

www.editoraponto.com.br


editor-chefe

Luiz Narciso Baratieri • Trimestral • Papel cuchê, com alto padrão de impressão • Artigos Clínicos • Artigos de Pesquisa • Coluna do Kina • Anota Aí! • Visão Clínica • Novas Tendências • A Última Palavra Sobre... • Clavijo & Kabbach - A Coluna

a revista n.1 da Odontologia

n. 30

ano 8

www.editoraponto.com.br

|

0800 704 4018


Diretoria Luiz Narciso Baratieri Élito Araújo Sylvio Monteiro Júnior Mauro Amaral Caldeira de Andrada Edson Araujo Guilherme Carpena Lopes

ISSN 2238-1686 Volume 1 Número 2 Abril / Junho 2012

© Editora Ponto Ltda. A Revista Brasileira de Dicas em Odontologia é dirigida à classe odontológica e a profissionais de áreas afins. Destina-se à publicação de artigos de investigação científica no formato de dicas, relatos de casos clínicos e de técnicas, e revisões da literatura de assuntos de significância clínica, com periodicidade trimestral. Nenhuma parte desta revista poderá ser reproduzida. Todas as matérias publicadas são de exclusiva responsabilidade de seus autores. As opiniões nelas manifestadas não correspondem, necessariamente, às opiniões da Revista.

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A Revista é uma publicação da Editora Ponto Ltda. Servidão Vila Kinczeski, 23, Centro / 88020-450 Florianópolis, Santa Catarina, Brasil.

Barbara Sandy

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Atendimento ao Cliente Arthur Gaspare Ramos revista@revistaclinica.com.br Estefany Pereira

Data de impressão: 20/04/2012

v.1, n.2, 2012

2012v. : il. ; 23 cm

Trimestral ISSN 2238-1686

Revisor Giovanni Secco gsecco@th.com.br 2 3

Dicas. - - v. 1, n. 1 (jan./mar. 2012)-. - - Florianópolis: Editora Ponto,


Coordenação Editor-Chefe Ronaldo Hirata (ILAPEO-PR) Editores Assistentes Oswaldo Scopin de Andrade (SENAC-SP) Sidney Kina (São Leopoldo Mandic-SP) Editores Associados Aguinaldo Farias (UFPR) Alessandro Loguercio (UEPG) Alexandre Moro (UFPR) Cristian Higashi (UEPG) Luiz Narciso Baratieri (UFSC) Sylvio Monteiro (UFSC) Walter Rosa do Nascimento Jr (ILAPEO-PR)

Corpo Editorial Alessandra Reis (UEPG) André Malmann (UFSM) André Reis (UNG) Antonio Sekito (UFRJ) Carlos Francci (USP-SP) Carolina da Luz Baratieri (UFSC) Cassius Carvalho Torres Pereira (UFPR) Christian Coachman (Clínica privada) Claudio Pinho (Integrato) Daniel Kherlakian (EAP APCD-Central) Dario Adolfi (Spazio Education) Dudu Medeiros (Fotógrafo profissional) Eduardo Achôa (Consultor) Eduardo Miyashita (UNIP) Eduardo Rocha (UNESP-Araçatuba) Ewerton Nocchi Conceição (UFRGS) Gilberto Borges (UNIUBE)

Guilherme Carpena Lopes (UFSC) Henrique Nakama (Trihawk) Ivan Yoshio (Funorp USP-RP) Ivete Sartori (ILAPEO) João Carlos Gomes (UEPG) Jose Arbex Filho (Clínica privada) José Carlos Garófalo (CETAO-SP) Jose Carlos Martins da Rosa / Marcos Alexandre Fadanelli (Clínica Rosa Odontologia) José Carlos Romanini (Laboratório Romanini) José Roberto Moura (Clínica privada) Julio César Joly / Robert Carvalho da Silva / Paulo Fernando de Carvalho (Grupo implantePerio) Junio Santos (UFSC) Jussara Bernardon (UFSC) Katia Cervantes Dias (UFRJ) Luiz Alves Ferreira (Laboratório Luiz Alves Ferreira) Marcelo Giannini (UNICAMP) Marco Masioli (UFES) Marcos Celestrino (Laboratório Aliança) Mario de Goes (UNICAMP) Mario Groismann Messias Rodrigues (Clínica privada) Murilo Calgaro (Studio) Osmir Batista de Oliveira Junior (UNESP-Araraquara)

Paula Mathias (UFBA) Paulo Kano (Instituto Paulo Kano) Raphael Monte Alto (UFF) Renato Miotto Palo (NAP-SP) Roberto Caproni (Grupo Caproni) Sanzio Marcelo Lopes Marques (IEO-BH) Sergio Bernardes (ILAPEO) Victor Clavijo (Clínica privada) Vinicius Di Hipolito (Anhanguera-Uniban) Walter Miranda Jr. (USP-SP) CORPO INTERNACIONAL August Bruguera (Espanha) Beatriz Gimenez (Espanha) Daniel Edelhoff (Alemanha) Farhad Vahid (EUA) Gustavo Vernazza (Argentina) Mário Jorge Silva (Portugal) Mauricio Peña Castillo (Colômbia) Paulo Guilherme Coelho (EUA) Silas Duarte (EUA) Tetsuji Aoshima (Japão) Touradj Ameli (EUA) Vicenzo Musella (Itália) You Nino (Japão)


Sumário

6

EDITORIAL / Ronaldo Hirata editor-chefe

em:

16

PRÓTESE LABORATORIAL / Christian Coachman, Marcelo Calamita, Adriano Schayder

22

ENDODONTIA / Renato Miotto Palo

26

economia / Eduardo Achôa

28

PRÓTESE / Victor Clavijo, William Kabbach, Mariane Helena Cavaretti

32

IMPLANTODONTIA / Marcos Alexandre Fadanelli, José Carlos Martins da Rosa, Ariádene Cristina Pértile de Oliveira Rosa

38

Eventos e Educação Continuada / Sylvio Monteiro Junior

42

LEITOR / Rodrigo Carlos Nahas de Castro Pinto, Luiz Alves Ferreira

48

DENTÍSTICA / Cristian Higashi, Mário Jorge Silva, João Carlos Gomes

52

ORTODONTIA / Weber José da Silva Ursi, Thácia Oliveira Silva, Luciano Lira Guimarães

4 5

v.1, n.2, 2012

58

RADIOLOGIA / Luiz Fernando Deluiz

64

INFORMÁTICA / Cassius Torres-Pereira

8

MADô: aos olhos de kina e hirata / Ronaldo Hirata

12

GERAÇÃO POWER POINT / Paulo Francisco Cesar

68

gaps: fechando espaços / Oswaldo Scopin de Andrade Dario Adolfi

70

NORMAS PARA PUBLICAÇÃO DE ARTIGOS



BUDÔ Escuto muito sobre pressão no trabalho e no dia a dia; com frequência escuto jovens (obviamente sou jovem também, falo de mais jovens) dizendo que buscam um ambiente onde não haja pressão por resultados no tra-

Ronaldo Hirata Editor-Chefe

Editorial

balho.

ronaldohirata@ronaldohirata.com.br www.ronaldohirata.com.br

Uma boa notícia! Existem formas de não receber essa pressão: não fazer atividades ao seu extremo e não chegar ao fim. Uma má notícia: se você quer atingir os seus objetivos, elas serão parte da sua rotina. Lidar com isso define muito quem se projeta mais ou por mais tempo nas diferentes profissões. E veja! Não estou usando o termo “sucesso”, não tem a ver somente com sucesso. Um jogador como Messi entra em campo, final de uma Liga dos Campeões, e dentro da nossa cabeça queremos um trabalho que não exija pressão? Você treina para um campeonato e, chegando lá, obviamente sente o peso. Como lidar com esse peso é a maior questão. Um nervosismo desafiador, quando se sente que é, em essência, você contra você mesmo. Lembro do meu segundo paciente da minha vida profissional, em 1995, me perguntando com um central fraturado: Dr., vai ficar perfeito? Eu respondo para ele com uma falsa segurança: sim. Mas para mim era também uma pergunta: eu sou realmente capaz? Naquele momento fui capaz, em outros, não, mas minha resposta quase sempre é sim. E se eu errar este pênalti? Faz parte. O que vem depois é que não faz, e como cada um lida com isso também não. Dentro dos esportes de luta dizemos que existem aqueles que treinam muito bem, os leões do treino,

6 6 7

v.1, n.2, 2012

mas no momento da luta encolhem; existe o oposto, que sob pressão extrema e mesmo sem habilidade, no olhar e na atitude, crescem no espírito. Se você me perguntasse em quem eu investiria dentro da profissão olhando um grupo de jovens, se no mais habilidoso, no mais estudioso, no mais dedicado, eu diria: escolho aquele que sob pressão e cansaço extremo me surpreende, com raiva e atitude, com espírito muito mais que habilidade. Aquele que me diz: posso não ser o melhor nem o mais preparado, mas vou chegar lá, batendo ou apanhando. Por que penso assim? Porque eu fui e sou este, não o mais capaz ou o mais apto para o que tenho feito, mas sob extrema pressão não vou ceder, batendo ou apanhando. Budô, diriam os japoneses; no caratê, diz-se que o espírito vem antes da técnica. Sim, eu sei que isso parece bastante vago para a maioria dos dentistas, mas se estas palavras atingirem aqueles sonhadores que buscam histórias para contar, acredito ter atingido a meta. Com esta ideia convido você, leitor (ou desafio você), a escrever para a nossa revista numa seção destinada a quem tem sonhos e quer achar espaços, que acha que tudo se trata de política e de conhecer pessoas importantes. DICAS DO LEITOR é um espaço pensado pelo professor Baratieri para oferecer essa oportunidade. Eu conto com você, sempre. E não desisto fácil! Budô, diriam os japoneses... Teimosia, diria a minha mãe. Oss e grande abraço!


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MADô

*

aos olhos de kina e hirata por Ronaldo Hirata www.ronaldohirata.com.br ronaldohirata@ronaldohirata.com.br

Trabalhos anteriores em resinas compostas são temporários ou definitivos? Resinas compostas são materiais poliméricos

adesão, o esmalte superficial aprismático super-

pontas diamantadas de acabamento ou jato de

que possuem a característica da versatilidade

ficial possui como característica a dificuldade de

óxido de alumínio. Em comunicação pessoal, o

em suas indicações, uma vez podem ser usadas

oferecer um bom padrão de condicionamento,

cirurgião-dentista Paulo Rodolpho Da Rosa, que

em pequenas espessuras, aplicadas sobre o es-

pelo paralelismo dos cristais de hidroxiapatita.

publicou o acompanhamento mais longo da lite-

malte tratado por ácido fosfórico, sem a necessi-

Ainda que os resultados de resistência de união

ratura em resinas posteriores,2 citou que o pas-

dade de um desgaste adicional. Podem ser utili-

sejam semelhantes,1 clinicamente se percebe

so operatório em que mais observou melhora em

zadas, portanto, como fragmentos, sem término

diferença no selamento da resina em esmalte

margens de resinas anteriores foi o jateamento

de cavidade.

abrasionado e no não abrasionado. Uma asperi-

com óxido de alumínio (MicroEtcher, Danville).

Embora não necessite desgastes para oferecer

zação dessa superfície é sugerida, realizada com

Um novo aparelho que permite esse jato com

8 9

*Mado em japonês significa “janela” v.1, n.2, 2012


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GERAÇÃO

Power Point

Odontologia baseada em evidências* Artigo: In vitro lifetime of dental ceramics under cyclic loading in water. Studart AR, Filser F, Kocher P, Gauckler LJ. Biomaterials. 2007 Jun;28(17):2695-705.

paulofc@usp.br

do estudo foi investigar o comportamento de fadiga de três materiais cerâmicos recomendados para construção de próteses fixas de três ou mais elementos na região posterior da cavidade bucal, a saber: zircônia tetragonal policristalina estabilizada por ítria (Y-TZP, Cercon, Degudent), vitrocerâmica à base de dissilicato de lítio (Sistema Empress 2, Ivoclar); e compósito de alumina

Paulo Francisco Cesar

Professor Associado do Departamento de Materiais Dentários da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo

dentais submetidas à fadiga cíclica”.3 O objetivo

Prótese parcial fixa totalmente cerâmica: quais são os critérios para a seleção do material de infraestrutura e desenho da peça protética?

e zircônia infiltrado por vidro (In-Ceram Zirconia, Vita). Com base no comportamento de fadiga observado para cada um desses materiais, os autores propuseram recomendações para a seleção de-

Introdução

les e desenho das próteses, de modo a obter-se

Um dos maiores desafios na área de prótese

ções adversas encontradas na cavidade bucal,

fixa atualmente é a substituição das tradicionais

onde os ciclos mastigatórios geram tensões

infraestruturas metálicas por aquelas feitas de

críticas, e a presença de umidade potencializa

materiais cerâmicos com maior apelo estético.1

a degradação. A principal hipótese testada foi

A grande limitação das próteses totalmente ce-

a de que há uma diferença significativa entre o

râmicas é sua baixa resistência à propagação

comportamento de fadiga das três cerâmicas

de trincas (tenacidade à fratura), que chega a

estudadas, o que afeta a seleção do material e

ser 10 vezes menor que a dos metais,2 levando

também o desenho da prótese.

à ocorrência de fraturas, como se pode observar na Figura A. Esse fato deixa os clínicos em dúvi-

a maior durabilidade clínica possível nas situa-

O que foi feito?

da com relação à viabilidade de escolher-se um

Geração Power Point: termo usado por Özcan em seu editorial se referindo-se a tendência atual de cursos com muitos casos antes/depois e fotos artísticas de face, mas pouca informação técnica e científica. * Özcan M. A geração Power Point. Clínica. 2010;6(4). Do original: Özcan M. The Power Point generation. J Adhes Dent. 2010;2(2):87. Agradecimento: Quintessence Publishing Co. Ltda., detentora dos direitos autorais.

12 13

v.1, n.2, 2012

material cerâmico para construir a infraestrutu-

Para determinar o comportamento de fadiga

ra de próteses fixas extensas na região posterior

dos materiais em estudo, os autores realizaram

da cavidade bucal.

um teste de fadiga cíclica em uma máquina de-

A seguir é apresentado um estudo do grupo de

senvolvida na Universidade de Zurich.4 Barras

pesquisa do Prof. André Studart (Departamento

(2x4x50 mm3) foram produzidas com cada ma-

de Engenharia de Materiais da Universidade de

terial e cicladas mecanicamente em modo de

Zurich), que foi publicado na revista Biomate-

dobramento (força que tende a dobrar uma bar-

rials, em 2007, com o seguinte título: “Determi-

ra até a fratura). A cada ciclo realizado pela má-

nação dos tempos de vida in vitro de cerâmicas

quina (equivalente a um ciclo mastigatório), uma


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DICAS DE PRÓTESE LABORATORIAL

Por que é importante?

melhor entendimento dos problemas e a deterO objetivo de todo tratamento estético dental

Digital smile design: uma ferramenta para planejamento e comunicação em odontologia estética Coachman, Christian Cirurgião-Dentista pela USP Técnico em Prótese Dentária – Ceramista Coordenador científico do site de ensino www.identalclub.com

Calamita, Marcelo Cirurgião-dentista pela USP Mestre e Doutor em Prótese Dentária pela USP Especialista em Prótese Dentária pelo CFO Presidente da Academia Brasileira de Odontologia Estética (ABOE)

Schayder, Adriano Técnico em Prótese Dentária

O que é necessário?

nais do paciente. Técnicas e materiais modernos podem ser inú-

A técnica é simples e não exige equipamentos

teis se o resultado final não atingir as expectati-

ou softwares especiais. Fotografias digitais bá-

vas estéticas do paciente.

sicas, específicas para o DSD, podem ser feitas

Por esse motivo, a equipe interdisciplinar deve

com equipamentos simples. Até mesmo um

munir-se de todas as ferramentas possíveis

iPhone, da Apple, pode ser utilizado para isso.

para melhorar a visualização dos problemas es-

Um vídeo rápido da face do paciente também

téticos, criar possíveis soluções, apresentar es-

é importante para melhorar e complementar a

sas soluções de forma eficaz para o paciente e

análise fotográfica e potencializar o resultado do

guiar com precisão os procedimentos clínicos e

protocolo DSD.

laboratoriais para atingir resultados previsíveis.

As fotos serão trabalhadas no computador

A utilização de ferramentas digitais para aprimo-

usando-se um software simples de apresenta-

rar e facilitar o trabalho em equipe e a comunica-

ção de slides. Tanto o PowerPoint 2012 quanto o

ção com o paciente passa a ser fundamental. A

Keynote ‘09 podem ser usados.

chave do sucesso é a comunicação visual! Como sabemos, “uma imagem vale por mil palavras”. O protocolo DSD proposto irá melhorar: • o diagnóstico estético; • a comunicação interdisciplinar; • a análise estética crítica durante e/ou pós-tratamento e a reavaliação; e • a relação dentista-paciente, o gerenciamento menta de marketing, fechamento de tratamento.

Do que se trata? Colocação de linhas e desenhos digitais sobre fotos de face e intraorais do paciente, seguindo uma sequência específica para melhor avaliar a relação estética entre dentes, gengiva, sorriso

v.1, n.2, 2012

minação de possíveis soluções.

deve ser o de criar um design que se integre com as necessidades funcionais, estéticas e emocio-

de expectativas, educação, motivação, ferra-

16 17

e face, permitindo ao dentista e ao paciente um


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DICAS DE ENDODONTIA

Preparo endodôntico: como minimizar o risco da realização de degraus e fratura das limas endodônticas e aumentar o nível de sucesso. Entenda a “Zona V”

Palo, Renato Miotto DDs, MSc, PhD

22 23

v.1, n.2, 2012

Por que é importante? Estamos vivendo um momento interessante na

cais e instrumentos capazes de preparar curvas.

odontologia atual. As inundações tecnológicas

Agora, em 2012, somos capazes de reparar tais

chegam a todo momento, fazendo-nos pensar

interferências e temos sistemas para isso, mas

dia a dia no que comprar, em que curso fazer, no

por que ainda temos falhas? Por que os instru-

que investir. A rapidez da informação, combina-

mentos mecanizados fraturam? Por que já se

da pela globalização e internet, faz com que não

ouvem linhas de raciocínio que defendem a ex-

saibamos se os novos sistemas, produtos ou

tração e a colocação de implantes a ter proces-

técnicas são eficazes. Se, para “consagrar” um

sos inflamatórios crônicos persistentes? Porque

novo produto ou técnica, necessitamos de pelo

nós, endodontistas, não estamos sendo capazes

menos uns 10 anos de pesquisa e experimenta-

de provar que temos sucesso. Mas, sim, temos!

ção, como aguardar esse período se a cada ano

Creio que um ponto fundamental seria mudar-

temos vários novos lançamentos? Esses novos

mos nossa forma de entender a endodontia,

lançamentos, na maioria das vezes, são tentati-

usando como base as tecnologias 3D, com as

vas de melhorar uma versão anterior. Isso signi-

quais podemos perceber que o sistema de ca-

fica dizer que não teremos mais certeza de que

nais radiculares não se resume a canais em

produtos ou técnicas novas funcionam; seremos

formato cônico, nem que as curvaturas são um

para sempre experimentadores.

problema para o preparo.

Assim, temos de mudar nossa forma de pensar,

Hoje se discute, após ver os canais na visão que

para encontrar novos conceitos que facilitem o

a radiografia não mostra, ou seja, tridimensional-

dia a dia.

mente, com base nas “Zonas V”, que são zonas

A endodontia que temos vivenciado até agora é

de achatamento responsáveis pela permanên-

uma endodontia que está fundamentada, ainda,

cia de matéria orgânica – pois os sistemas de

nos conceitos propostos por Ingle e Levine, em

preparo realizam preparos redondos em sua

1958, quando, mediante interpretação anatômi-

secção transversal –, além de também ser zonas

ca, definiram como deveriam ser os instrumen-

responsáveis pela fratura de instrumentos, que

tos para o preparo endodôntico. A grande falha

se prendem na região do “V” (Fig. A).

nisso é que em 1958 as noções de anatomia

Como dica, devemos remover as “Zonas V” antes

eram limitadas aos recursos que havia na épo-

do preparo apical, assim os instrumentos traba-

ca. Por exemplo, através da visão radiográfica, o

lharão livres no interior dos canais.

canal seria um cone, e as duas principais inter-

O raciocínio segue em utilizar instrumentos de

ferências seriam a projeção de dentina cervical

aço inoxidável (por apresentarem resistência),

e a curvatura das raízes. A partir daí, muitos sis-

com pontas de diâmetro fino (por apresentarem

temas e muitas empresas criaram instrumentos

flexibilidade), em movimento de limagem (por

efetivos para a remoção das interferências cervi-

permitirem o alisamento das paredes internas


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DICAS DE ECONOMIA

Fundamentos de uma vida financeira saudável

Desde a minha infância ouço que deveria com-

com atraso. Todos esses fatores influenciam a

prar imóveis porque se trata de um investimento

rentabilidade do investimento.

seguro, que é sólido (ainda bem, senão o prédio

Se você pretende ingressar no mercado imobi-

cairia), que se valoriza e outras vantagens mais.

liário, o primeiro passo é definir qual o seu obje-

Mas será que isso é verdade?

tivo, pois existem dois caminhos principais a ser

Costumo dizer que não podemos evitar riscos,

seguidos:

e sim administrá-los, e que devemos considerar como referência o que acontece com a maior parte do mercado que estamos estudando, e não tratarmos das exceções. Então vamos en-

• comprar imóveis para revender rapidamente com lucro; ou • comprar imóveis buscando receber a renda do aluguel por um longo período.

tender como funciona o mercado imobiliário. Primeiro devemos entender que o mercado imo-

Começamos tratando da primeira opção. Real-

biliário passou por um período fora dos padrões

mente, pode-se ganhar dinheiro comprando e

nos últimos 5 anos, com valorizações muito al-

vendendo imóveis, como se pode ganhar dinhei-

tas, mas claramente esse fenômeno terminou,

ro comprando e vendendo qualquer outra coisa,

por inúmeras razões, entre elas o fato de que a

como roupas, computadores, carros. Mas se qui-

Sócio da FS-Advisors

parcela dos financiamentos ficou muito próxi-

sermos diminuir o risco do nosso negócio, deve-

Consultor Financeiro Pessoal desde 1996

mo do poder de pagamento das pessoas, o que

mos aprofundar o nosso conhecimento.

Certificação Internacional em Coaching Financeiro, com o selo da Associação Espanhola de Coaching – ASESCO

se confirma pelos dados divulgados no dia 5 de

Tudo bem se você tem uma boa escalação para a

março pelo Secovi e por matérias publicadas por

seleção brasileira de futebol que o técnico ainda

diversos órgãos da imprensa, entre eles a Folha

não enxergou. O mesmo vale para aquela Die-

de S.Paulo, conforme o texto abaixo.

ta da Lua Cheia (ou será Minguante), que a sua

ACHÔA, Eduardo Engenheiro Mecânico

Palestrante Planejamento Financeiro e Investimentos Melhor consultor FS-Advisors 2009 e 2010 Rua Francisco Leitão, 469 cj 508 CEP: 05414-025

“A venda de imóveis novos residenciais na

amiga fez e emagreceu 18 quilos em um mês.

capital paulista somou 28,3 mil unidades

Mas se estamos falando de investimento em

Planejamento Financeiro Pessoal

em 2011, com retração de 21% ante o ano

imóveis, devemos tratar o assunto com serie-

(11) 3081 6114 | 9652 0128

anterior, de acordo com os dados divulgados

dade, pois as perdas podem ser muito grandes,

achoa@fs-adv.com

nesta terça-feira pelo Secovi (Sindicato da

portanto sugiro que, antes de comprar o imóvel

www.twitter.com/eduardo_achoa

Habitação) de São Paulo. A quantidade é a

que tentará revender com lucro, siga as orienta-

menor desde 2005 (23,8 mil) e foi a mesma

ções a seguir.

São Paulo-SP

www.eduardoachoa.com.br

registrada em 2006.”

1. Separe 2 dias da semana para visitar os plantões de venda de apartamentos (faça

26 27

v.1, n.2, 2012

Em condições normais de mercado, quem com-

isso em dias úteis, pois assim o corretor

pra um imóvel “na planta” e vende depois de

poderá conversar com você com calma) e

pronto ganha em torno de 20% sobre o valor in-

conheça os detalhes dos imóveis, como lo-

vestido, havendo o risco de o imóvel não ser en-

calização, quantidade de metros quadrados,

tregue, ou ser entregue com problemas, ou ainda

tipo de acabamento, número de quartos, nú-


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DICAS DE PRÓTESE

Moldagem de único passo com silicone de adição pela técnica do fio duplo

Por que é importante?

O que é necessário?

Modelos de gesso com excelente definição são

• Moldeiras superiores e inferiores

de importância fundamental para que o técnico

• Silicones de adição (kit completo = material

em prótese dental confeccione restaurações ce-

pesado, leve, dispensadores e pontas auto-

râmicas com adaptação, ponto de contato, oclu-

misturantes)

são e anatomia corretos. Portanto, um excelente

• Espátula de inserção para fio afastador

material de moldagem, bem como uma adequa-

• Fios afastadores nº 000, 00, 0, 1 ou 2

da técnica são de suma importância para obter

• Tesoura

bons resultados finais.

• Agente hemostático

Silicone de adição é o material de escolha para

• Cronômetro para marcação dos tempos de re-

moldagem de trabalho, pois apresenta quali-

ação dos materiais

dades superiores ao silicone de condensação, como: fidelidade de cópia, o que permite réplicas

CLAVIJO, Victor Especialista, Mestre e Doutor em Dentística Restauradora – UNESP

Kabbach, William Especialista, Mestre e Doutor em Dentística Restauradora – UNESP

mento, o que permite ao técnico produzir vários

O primeiro cuidado para obterem-se ótimos mol-

modelos a partir do mesmo molde; facilidade de

des deve ser observado bem antes do ato de

manipulação, uma vez que a maioria dos siste-

moldar em si: é fundamental a realização de um

mas apresenta dispensadores com ponteiras

preparo adequado, de bons provisórios, e a ma-

automisturantes; e, principalmente, boa esta-

nutenção da saúde gengival. Preparos com pa-

o que permite utilizar o

redes lisas, margens nítidas e bem acabadas fa-

molde em prazo confortável e viabiliza trabalhar

cilitam o escoamento do material de moldagem

a distância com o técnico em prótese dental.

e dificultam o aprisionamento de bolhas de ar. A

É crucial que uma boa moldagem copie com exa-

temporização com provisórios bem adaptados e

tidão o término dos preparos dentais, bem como

polidos também favorece a saúde gengival, evi-

o sulco gengival. Para isso, a técnica do duplo fio

tando sangramento e eventuais falhas no molde.

permite o afastamento do sulco gengival, que

Para a remoção do provisório, pode-se optar por

será preenchido com o material leve de molda-

inúmeros instrumentais, como pinça hemostá-

gem.

tica, espátulas, curetas e saca-próteses. Cabe

bilidade dimensional,

3,4

Cavaretti, Mariane Helena Graduada em Odontologia – UNESP

Como fazer?

precisas em gesso; boa resistência ao rasga-

ao clínico avaliar qual o mais indicado para cada caso, porém o uso de instrumentos como pinça hemostática com leves movimentos de torção é bem indicado para preservar a integridade gengival. Após a remoção do provisório, o preparo deve ser muito bem limpo. Para que todos os resíduos do cimento sejam removidos, é interessante o uso de uma ponta em ultrassom. A inserção do fio afastador merece especial cui28 29

v.1, n.2, 2012


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DICAS DE IMPLANTODONTIA

Reposição cirúrgica e protética de um incisivo central superior com indicação de exodontia. Parte II. Confecção do provisório visando obter um adequado perfil de emergência

Por que é importante?

• Resina composta Amelogen Plus OW (Ultra-

O resultado estético de uma restauração sobre

• Resina composta de dentina nas cores A2 e

dent) implante é tão dependente do aspecto final da

A3

coroa quanto da aparência dos tecidos moles

• Espátula para resina IPCT Short (Cosmedent)

circunvizinhos. Para tanto, o adequado desenvol-

• Pincel número 3 (Cosmedent)

vimento do perfil de emergência, que é a área de

• Roda polidora Cinza RU10 (Dhpro)

transição entre tecidos moles e coroa protética,

• Ponta diamantada longa 4138 (KG Sorensen)

é crucial.

• Kit de taças para polimento de compósito Jiffy

1

Para que se possa trabalhar de forma correta o

Polishers (Ultradent)

perfil de emergência, dominar os conceitos de

• Fita Teflon

posicionamento ideal do implante, tais como

• Material borrachoide temporário Bioplic (Bio-

plataforma posicionada a 3 mm da margem gen-

dinâmica)

gival, centralização mésio-distal e aproximação

• Fotopolimerizador

palatina, é fundamental.2-4

• Papel carbono AccuFilm II (Parkell) • Aparelho e película de radiografia periapical

O que é necessário?

Como fazer?

• Moldeira total de aço do tipo Vernes

A confecção da coroa provisória será realizada

• Material de moldagem do tipo silicona de con-

de modo a ser parafusada. Essa escolha dá-se

densação Speedex (Vigodent)

pela facilidade de confecção, melhor retenção

fadanelli, Marcos Alexandre

• Modelo de gesso da arcada que será operada

durante o processo de cicatrização e ausência

Mestrando em Dentística no Centro de Pesquisas Odontológicas São Leopoldo Mandic – Campinas-SP

• Dentes de estoque acrílicos para seleção da

de cimento na região operada.

Coordenador do Curso de Atualização em Dentística da ABO – Caxias do Sul-RS

da ROSA, José Carlos Martins Especialista em Periodontia pela Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas – APCD Bauru-SP Especialista e Mestre em Prótese pelo Centro de Pesquisas Odontológicas São Leopoldo Mandic – Campinas-SP Doutorando em Implantologia na Universidade Sagrado Coração – Bauru-SP

rosa, Ariádene Cristina Pértile de Oliveira Especialista em Implantodontia pelo Centro de Pesquisas Odontológicas São Leopoldo Mandic – Campinas-SP Especialista em Acupuntura pelo Colégio Brasileiro de Estudos Sistêmicos (CBES) – Porto Alegre-RS Mestranda em Implantologia na Universidade Sagrado Coração – Bauru-SP

32 33

v.1, n.2, 2012

faceta

Primeiramente, é selecionado um dente de

• Fresa Maxicut (Edenta)

estoque com base na cor e na forma do dente

• Ponta diamantada esférica 1011 (KG Sorensen)

preexistente. A seguir, deve ser realizada uma

• Turbina de alta rotação

moldagem da arcada a ser operada, visando à

• Lapiseira

obtenção do modelo de trabalho. Nesse modelo,

• Adesivo dental (sem primer) AdheSE (Ivoclar

remove-se o dente a ser operado até 1 mm abai-

Vivadent), frasco 2, ou Scotchbond Multi-Pur-

xo do limite gengival. O objetivo é promover uma

pose (3M ESPE), frasco 3.

melhor adaptação do dente de resina acrílica, o

• Pincel descartável Microbrush

qual será desgastado em sua região palatina,

• Pilar provisório referente ao implante instalado

sendo transformado em uma faceta.

• Análogo referente ao implante instalado

Após a correta instalação do implante, havendo

• Chave para parafusar os componentes com-

condições de carregamento imediato, dão-se a

patível com o parafuso selecionado • Disco de carburundum extrafino (Dentorium)

prova e os ajustes do pilar (abutment) temporário. A marcação dos ajustes é realizada em boca,


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DICAS de Eventos E Educação Continuada

não chegou ao sucesso pelos meios acadêmi-

Capacitação, essa é a palavra-chave

conhecimento com outros, errando e ajustando

cos. Seus feitos vieram do exercício diário, da vivência, da experiência, da prática, da troca de procedimentos. Hoje, nas Universidades, por exemplo, para ocupar a função docente exigem-se profissionais proativos, com grande capacidade crítica, motivados, com vontade de evoluir e liderar. Essa mudança conceitual ocorreu no início da década de 1980, quando, diante da necessidade do Brasil de acompanhar o desenvolvimento tecnológico

MONTEIRO JUNIOR, Sylvio

e científico, várias Universidades passaram a pedir que seus professores cursassem pós-gradu-

Professor Titular de Dentística da Universidade Federal de Santa Catarina Florianópolis-SC

ações nas mais diversas áreas do conhecimento. Inclusive na Odontologia. Por isso, o jovem dentista que está ingressando no mercado de trabalho deve manter-se atualizado para ter mais chances de crescer profissionalmente. É muito importante desenvolver ha-

38 39

v.1, n.2, 2012

Há pouco mais de 30 anos, bom dentista era

bilidades complementares, diferentes daquelas

aquele que cumpria rigorosa e repetidamen-

da graduação, e para isso, entre outras ações,

te suas funções no consultório odontológico.

informar-se sobre os melhores congressos, jor-

Em breve, esse conceito estará totalmente ul-

nadas científicas, cursos de atualização, cursos

trapassado. E como me ensinou meu avô João

de aperfeiçoamento e programas de pós-gradu-

Francisco Martins, trabalhador brasileiro, nosso

ação.

interesse deve estar sempre no futuro, pois é lá

Da mesma forma, dentistas “mais rodados”, com

que vamos passar o resto de nossas vidas.

maior tempo de exercício profissional, devem

O mercado de trabalho está tornando-se cada

adequar-se aos novos conhecimentos, ade-

vez mais competitivo, exigindo de todos nós atu-

rindo aos programas de educação continuada,

alização constante e educação continuada. Esta

para garantir sua continuidade bem-sucedida

última passou a ser necessária e essencial para

no mercado de trabalho. A educação continuada

que se possa almejar uma carreira bem-sucedi-

destrói o axioma de que “não se ensinam novos

da.

truques a um cachorro velho”. Todos somos ca-

No passado, a grande maioria dos principais em-

pazes de aprender em todas as idades e em to-

presários, executivos e profissionais do mundo

dos os contextos.


francislima ecolaboradores • 368 páginas • Papel couché, com alto padrão de impressão • Formato 21 x 28 cm • Capa dura • 10 capítulos, com casos ilustrados e comentados

SUMÁRIO 1. Bases Biológicas Voltadas para a Reabilitação Oral 2. Fundamentação do Funcionamento do Aparelho Estomatognático 3. Planejamento Multidisciplinar Integrado 4. Preparos Dentários - Coroas Totais 5. Coroas Provisórias - Otimizando a Restauração Final - do Mais Simples ao Mais Sofisticado 6. Moldagem em Prótese Parcial Fixa Convencional - Coroas Totais 7. Cerâmicas Odontológicas 8. Obtenção de Modelos de Trabalho - Troquelização 9. Registros Intermaxilares - Articulação dos Modelos 10. Implantes Ósseo-Integrados no Contexto da Reabilitação Oral

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DICAS dO LEITOR

Utilização de cirurgia plástica periodontal para conversão de biotipo periodontal em dentes escurecidos

Na odontologia estética atual não existe um “pla-

cicatricial, fator essencial para o planejamento

nejamento multidisciplinar único e ideal” para o

cirúrgico/restaurador multidisciplinar, seja por

restabelecimento da harmonia do sorriso. Há

motivos estéticos ou biológicos.5

características diferentes de harmonia e sime-

No biotipo periodontal delgado está presente um

tria dos elementos dentais com as estruturas

tecido gengival fino ao redor dos dentes. Os pa-

adjacentes, como tecido gengival, lábio e padrão

cientes que apresentam esse biotipo estão mais

facial, que são baseadas nos diferentes aspec-

sujeitos a desenvolver recessões gengivais.6 Por

tos culturais, étnicos e sociais de cada paciente.

ser delgado, o tecido gengival apresenta-se mais

Diversos fatores são importantes para harmoni-

susceptível a agressões decorrentes dos pro-

zar os dentes com os tecidos gengivais, o lábio

cedimentos restauradores, como afastamento

e a face do paciente, entre eles alguns aspectos

gengival, instalação de grampos retentores de

periodontais, como as discrepâncias gengivais, o

isolamento absoluto, trauma durante o preparo,

contorno da margem gengival e a espessura do

sendo necessário cuidado durante esses proce-

tecido gengival.

dimentos clínicos. Se o biotipo delgado estiver presente e a posição e a estabilidade da margem

Por que é importante?

forem essenciais para a finalização do caso, manobras periodontais podem ser utilizadas para

A discrepância da margem gengival no sentido

alterar algumas características teciduais, princi-

apical caracteriza os casos de coroas clínicas

palmente a espessura gengival marginal, fazen-

longas devido à presença de recessões gengi-

do, assim, a “conversão do biotipo periodontal”.

Especialista em Periodontia PROFIS-USP – Bauru-SP

vais (RGs). Essa condição é caracterizada como

Nos biotipos periodontais finos, a margem da

Mestre em Periodontia FOUSP – São Paulo-SP

a exposição oral da superfície radicular provoca-

restauração ou do preparo protético localizada

Coordenador dos Cursos de Especialização/Atualização em Periodontia ABO – Santos-SP

da pelo deslocamento da margem gengival em

na região intrassulcular, por mais bem adapta-

direção apical à junção cemento-esmalte, es-

da que seja, pode funcionar como agressor ao

tando associada ao comprometimento estético do

tecido, levando à recessão gengival marginal.

sorriso devido à aparência alongada do dente.2,3

Por esse motivo, um desconforto estético pode

Sua causa pode estar relacionada à inflamação

ocorrer devido ao aparecimento da cinta metá-

Técnico em Prótese Dental

do tecido gengival em resposta ao acúmulo do

lica da restauração metalocerâmica ou do subs-

Ceramista e Proprietário do Laboratório Specialized

biofilme dental ou ao trauma mecânico à esco-

trato radicular escurecido em casos de cerâmi-

vação,4 tendo como papéis coadjuvantes em sua

cas livres de metal.

evolução a pouca espessura do tecido gengival

Alguns autores salientam que a utilização de en-

e a presença de deiscência óssea, aspectos

xerto gengival de tecido conjuntivo deve ser pla-

encontrados nos biotipos periodontais finos. O

nejada quando restaurações e preparos protéti-

conhecimento das características pertinentes a

cos subgengivais forem necessários e o tecido

esse tipo de biotipo é essencial, pois este apre-

gengival marginal apresentar espessura menor

senta diferenças comportamentais no processo

que 1,0 mm, ou seja, quando a sonda periodon-

Pinto, Rodrigo Carlos Nahas de Castro

Coordenador do Curso de Cirurgia Plástica Periodontal ESO – São Paulo-SP Pós-Graduado em Odontologia Estética SENAC – São Paulo-SP

Ferreira, Luiz Alves

42 43

v.1, n.2, 2012

1


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DICAS DE DENTÍSTICA

Preservação da normalidade do periodonto após os procedimentos restauradores Higashi, Cristian Doutorando em Odontologia, Área de Concentração Dentística Restauradora, na Universidade Estadual de Ponta Grossa Estágio de Doutoramento na Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto / Portugal

Silva, Mário Jorge Professor Catedrático Doutor da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto / Portugal

Gomes, João Carlos Professor Associado Doutor da Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG / Paraná / Brasil

48 49

v.1, n.2, 2012

Por que é importante?

Como fazer?

A preservação da saúde dos tecidos periodon-

Inicialmente, um isolamento absoluto de forma

tais é um dos fatores mais significativos para a

modificada deve ser realizado de acordo com a

avaliação da longevidade das restaurações dire-

técnica descrita por Higashi e colaboradores7

e qualquer técnica que altere

em 2008 (Fig. D-E). Na sequência, realiza-se um

ou prejudique essa integração biológica deve

condicionamento com ácido fosfórico em toda a

ser modificada a fim de preservar a integridade

superfície dentária, previamente à inserção do

do periodonto, principalmente o de sustentação

fio afastador (Fig. F). Logo após a lavagem e se-

(cemento, ligamento periodontal e osso alveo-

cagem do dente, o fio afastador deve ser inserido

lar).

no interior do sulco com o auxílio de uma espátu-

A inserção de um fio afastador previamente a

la bem fina (Fig. G). Tendo em vista as diferentes

uma restauração direta, pré-hibridização denti-

profundidades clínicas (1 mm a 3 mm) do sulco

nária ou cimentação de uma peça indireta é um

gengival encontradas no periodonto sadio,8 o fio

procedimento muito utilizado na odontologia

afastador a ser utilizado deve ser o mais delgado

tas ou indiretas,

restauradora,

4-6

1-3

porém alguns efeitos negativos

possível.

podem ocorrer se essa técnica não for utilizada

Na sequência, aplica-se o sistema adesivo de

corretamente (Fig. A-C).

acordo com as recomendações do fabricante (Fig. H) e, após o jato de ar para evaporação

Quais materiais são necessários?

do solvente, realiza-se a fotopolimerização dele (Fig. I). Ao final da restauração (Fig. J), fotopoli-

• Lençol de borracha

meriza-se a resina composta (Fig. K), remove-se

• Arco de Young ou Ostby

o fio do interior do sulco (Figura L) e realiza-se

• Pinça perfuradora de Ainsworth

o acabamento subgengival com uma lâmina de

• Pinça porta-grampos de Palmer

bisturi nº 12 (Fig. M). O caso finalizado pode ser

• 2 grampos nº 208 (KSK)

observado na Figura N, e o acompanhamento de

• Fio dental

36 meses, na Figura O.

• Roletes de algodão

Sabe-se que a simples inserção do fio afastador

• Ácido fosfórico em gel a 37%

no interior do sulco durante os procedimentos

• Espátula fina para inserção do fio afastador

restauradores diretos ou indiretos não é capaz

(Fischer’s Ultrapak Packers, Ultradent, ou SI-

de causar lesões irreversíveis ao tecido perio-

GRTMIN 4 Goldstein, Oraltech)

dontal9 e que eventuais injúrias ao epitélio jun-

• Fios afastadores de diferentes espessuras

cional e/ou tecido conjuntivo gengival são rever-

(Ultrapak 00 e 000, Ultradent; SilTrax Plain #7

síveis quando há um efetivo controle da placa

e #8, Pascal)

bacteriana por parte dos pacientes.9,10 Entretan-

• Sistema adesivo

to, quando a técnica é realizada na sequência 1)

• Fotopolimerizador

inserção de um fio afastador no interior do sulco,

• Lâmina de bisturi nº 12 (Feather)

2) condicionamento de todas as superfícies com


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DICAS DE INFORMÁTICA

Ministrando aulas com o iPad

Por que é importante?

O que é necessário?

A popularidade recente que os aparelhos de in-

O primeiro passo é ter a apresentação de slides

formática conhecidos como tablets atingiram

carregada no iPad. Para isso você poderá criá-la

foi notável. Não há um dia sequer em que não

no próprio tablet com o uso do programa Keyno-

sejamos alvo de campanhas publicitárias e/ou reportagens enfatizando as potencialidades de uso desses equipamentos. Para os profissionais da área da Saúde que se veem periodicamente envolvidos com apresentações de casos clínicos, temas livres, seminários ou aulas, os tablets

Torres-Pereira, Cassius

podem ser uma solução interessante por sua praticidade, principalmente quanto à portabilida-

Professor do Programa de Pós-Graduação em Odontologia da UFPR

de e facilidade de uso. Os tablets são aparelhos

Professor do Departamento de Estomatologia da UFPR

bastante atraentes, em parte por suas telas bem

Doutor em Estomatologia PUC-RS

iluminadas e brilhantes. Por outro lado, a possi-

cassius.torres@gmail.com

bilidade de conectá-los a projetores multimídia ou aos recentes televisores com tecnologia de plasma ou LCD acaba por facilitar o uso dos tablets também como recurso didático para projeção de slides, inclusive com boas imagens de casos clínicos. O iPad é o aparelho mais popular entre os tablets. Ele pode ser ligado aos projetores multimídia ou a TVs por meio de cabos de padrão VGA, HDMI ou até mesmo por conexões sem fio. O presente manuscrito procura demonstrar de maneira simplificada o passo a passo para apresentações de imagens ou slides em sala de aula com uso de iPads.

64 65

v.1, n.2, 2012

te (Fig. A). Para apresentações de curta duração (15-20 min) e com menor número de slides de texto, essa é uma boa alternativa. Caso sua apresentação exija maior tempo, ou tenha uma sequência grande de imagens, gráficos e textos, sugere-se que ela seja primeiramente criada em um computador pessoal e depois transferida ao iPad. • iPad de primeira, segunda ou terceira geração • Cabo VGA ou cabo HDMI com adaptadores para iPad • Aplicativo Keynote instalado no iPad • Projetor multimídia ou TV com entradas VGA e/ou HDMI • Opcional: Apple TV para transmissão das imagens sem fio


Primeiro encontro “oficial do KSH“ , organizado por Livio Yoshinaga e contando com o amigo Adauto de Freitas (in memorian).

... Hoje me sinto mais forte, Mais feliz, quem sabe, Só levo a certeza, De que muito pouco sei, Ou nada sei.

9 anos juntos na estrada

E no outro vai embora, Cada um de nós compõe a sua história, Cada ser em si. ... Carrega o dom de ser capaz, E ser feliz. A todos vocês que acreditaram nessa viagem, mesmo quando nós não sabíamos ao certo o destino, o nosso muito obrigado. 9 anos de sonhos, realizações e amizades.

www.kinascopinhirata.com.br Sidney kina: sidneykina@gmail.com / Oswaldo Scopin de Andrade: osda@terra.com.br Ronaldo Hirata: ronaldohirata@ronaldohirata.com.br

Tocando em Frente – Renato Teixeira

... Um dia a gente chega,


Coluna Oswaldo Scopin de Andrade Mestre e Doutor em Prótese pela Unicamp

Pós-Graduação em Prótese e Oclusão pela New York University – College of Dentistry Coordenador dos Cursos de Pós-Graduação Lato Sensu em Nível de Especialização em Implantodontia e Odontologia Estética do Centro Universitário Senac – São Paulo-SP osda@terra.com.br

Que caminho seguir?

“Não serei o último a abraçar as novas tecnologias

áreas clínicas” são alunos de pós-graduação prati-

e nem o primeiro a abandonar as velhas práticas.”

camente recém-formados, com pouco ou mesmo nenhuma experiência clínica. Muitos alunos saem

A frase acima está citada no clássico livro “Oclusão

das faculdades com o pensamento de que investir

funcional” de Peter Dawson e resume bem o cami-

em um consultório com alta tecnologia é garantir

nho que pretendo seguir. “Pretendo” porque, com a

uma carteira de clientes espetacular! Nem sempre

velocidade com que se modificam as técnicas, pos-

é assim e, quando parece ter dado certo, pode fun-

turas e formas de tratamento, talvez eu tenha de

cionar apenas por um curto período.

abandonar velhas práticas antes do que eu imagino. Na educação, muitas vezes o pesquisador não é

GAPS: fechando espaços

Durante minha graduação, vinte anos atrás, meus

o melhor clínico, um deve complementar o outro,

professores de áreas clínicas eram experientes

mas é claro que há exceções. Há muitos clínicos-

profissionais que faziam sucesso em seus consul-

-pesquisadores que engrandecem a odontologia.

tórios e traziam para dentro da faculdade toda a

Minha sincera opinião é a de que temos de ter um

experiência com seus anos de cadeira, que vinham

equilíbrio e que a mudança na área seja gradativa,

de uma habilidade natural ou com a desenvolvida no

seja na graduação, na pós-graduação, na clínica e

dia a dia. Eram raras as novidades tecnológicas ou

nos laboratórios de prótese.

mesmo citações científicas recém-publicadas, visto que o trânsito de dados e a internet eram incipien-

A mudança brusca e a conversão total para uma

tes. Portanto, vivíamos na era das “velhas práticas”.

nova forma de pensamento e atuação criam uma

Transportando-nos

teletransportando-nos)

lacuna entre as “velhas práticas” e as “novas tec-

vinte anos adiante, o que vemos? Uma geração de

nologias”. Penso que estamos na fase de preencher

profissionais, clínicos e professores altamente cien-

essa lacuna. Em resumo, meu caminho é esse, não

tíficos e tecnológicos. Eu, particularmente, sou um

abandonarei as “velhas práticas” de uma só vez,

entusiasta da tecnologia, e vidrado em tudo que é

pois elas fazem parte da minha formação profissio-

digital. Amo fotografia, cinema... Só que na odontolo-

nal, estarão sempre presentes, e me ajudam muito

gia não podemos ser somente “digitais”. As “velhas

a utilizar as novas tecnologias.

(ou

práticas” ainda nos regem. Precisamos prezar pela experiência clínica. Vejo que em alguns cursos de graduação os “professores de 68 69

v.1, n.2, 2012


Não bastasse ter de fazer um bom preparo e uma

profissionais. Quando um trabalho só pode ser feito

boa moldagem, também temos de ser administra-

por poucos, ele perde a sua função principal, que é

dores, fotógrafos, trabalhar com computação grá-

a de beneficiar a sociedade.

fica, para desenvolver sorrisos virtuais, e 99% das vezes não temos um técnico treinado para reprodu-

Pense na simplicidade de um bom enceramento de

zir tudo o que foi planejado por muitas horas, tempo

diagnóstico com previsibilidade de sucesso e visão

em que abdicamos das nossas famílias.

antecipada, que pode gerar excelentes provisórios e que será a base de todo o trabalho restaurador.

Com o avanço cada vez mais rápido da tecnologia

Pense como esse enceramento pode dar qualida-

e principalmente com a introdução dos sistemas

de estética e funcional, através dos sistemas inje-

computadorizados na odontologia, percebi que es-

tados e maquiados, evitando muitas horas com as

ses progressos são aliados muito importantes na

construções cerâmicas.

prática diária dos dentistas e dos laboratórios de prótese.

Entendo que a odontologia é destinada a milhões de pessoas e acredito que, com as novas tecnolo-

Depois de muitos anos de bancada e de mocho, aos

gias, é possível atender com excelente qualidade a

quais dediquei muitos dos meus fins de semana

todas as expectativas tanto dos profissionais en-

fazendo os meus próprios trabalhos laboratoriais,

volvidos como dos pacientes.

passei a utilizar cada vez mais os benefícios dessas técnicas e tecnologias modernas e devo confessar

Finalizo com a pergunta: “Que caminho você vai se-

que foi muito difícil ver que as minhas habilidades

guir?”.

especiais já não se faziam tão necessárias. Por outro lado, passei, depois de tantos anos, a ter mais tempo para desfrutar da minha família, dos meus amigos e aproveitar os meus fins de semana na praia. Uma boa odontologia está alicerçada em princípios simples como um bom diagnóstico, um bom planejamento e protocolos de execução bem definidos, que podem ser realizados pela grande maioria dos

Dario Adolfi

Diretor Científico do Spazio Education – SP dario.adolfi@spazioodontologico.com


NORMAS PARA PUBLICAÇÃO DE ARTIGOS

ter todos os manuscritos à avaliação da Comis-

11) Manuscritos que envolvam pesquisa ou rela-

são Editorial, que decidirá pela aceitação ou não

to de experiência com seres humanos deverão

deles. No caso de aceitação, esta está sujeita às

estar de acordo com a Resolução n. 196/96 do

eventuais modificações solicitadas pelo Corpo

Conselho Nacional de Saúde, ou com o constan-

Editorial.

te na Declaração de Helsinki (1975 e revisada em

3) Manuscritos não aceitos para publicação se-

1983), devendo ter o consentimento por escrito

rão devolvidos com a devida notificação e, quan-

do paciente e a aprovação da Comissão de Éti-

do solicitada, com a justificativa. Os manuscritos

ca da Unidade (Instituição) em que o trabalho foi

aceitos não serão devolvidos.

realizado. Quando for material ilustrativo, o pa-

Please, read the Instructions for Authors at the

4) Os prazos fixados para a eventual modifica-

ciente não deverá ser identificado, inclusive não

website www.revistaclinica.com.br

ção do manuscrito serão informados e deverão

devendo aparecer nomes ou iniciais. Para expe-

ser rigorosamente respeitados. A sua não ob-

rimentos com animais, deverão ser seguidos os

A revista DICAS – Revista Brasileira de Dicas em

servação acarretará no cancelamento da publi-

guias da Instituição dos Conselhos Nacionais de

Odontologia é dirigida à classe odontológica e

cação do manuscrito.

Pesquisa sobre uso e cuidados dos animais de

a profissionais de áreas afins. Destina-se à pu-

5) Os conceitos emitidos nos artigos publicados

laboratório.

blicação de dicas clínicas em diversas áreas da

bem como a exatidão das citações bibliográficas

12) Manuscritos deverão estar acompanha-

Odontologia, com periodicidade trimestral. As

serão de responsabilidade exclusiva dos auto-

dos das Declarações de Responsabilidade e de

normas, principalmente na parte de referência

res, não refletindo necessariamente a opinião do

Transferência de Direitos Autorais, assinadas

da revista, estão baseadas no Uniform Require-

Corpo Editorial.

pelos autores.

ments for Manuscripts Submitted to Biomedical

6) Os manuscritos deverão estar organizados

13) A revista Dicas compromete-se a enviar ao

Journals: Writing and Editing for Biomedical Pu-

sem numeração progressiva dos títulos e subtí-

endereço de correspondência do autor, a título de

blication, do International Committee of Medical

tulos, que devem diferenciar-se pelo tamanho da

doação, um exemplar da edição em que o seu tra-

Journal Editors (Grupo de Vancouver). N Engl J

fonte utilizada.

balho foi publicado. Separatas e artigos em PDF

Med. 1997;336:309-16. Essas normas foram

7) As datas de recebimento e de aceitação do

são oferecidos a preço de mercado. Para mais

atualizadas em outubro de 2004 e estão descri-

manuscrito constarão no final dele, no momento

informações, consulte www.editoraponto.com.br

tas no website http://www.icmje.org.

da sua publicação. 8) A revista Dicas receberá para publicação ma-

CLASSIFICAÇÃO DOS MANUSCRITOS

NORMAS GERAIS

nuscritos redigidos em português, inglês ou es-

Os manuscritos devem ser submetidos somen-

1) Os manuscritos enviados para publicação de-

panhol, entretanto os artigos em língua estran-

te no formato de Dicas.

verão ser inéditos, não sendo permitida a sua

geira serão publicados em português.

Cada revista contará com artigos no formato de

apresentação simultânea a outros periódicos.

9) No processo de avaliação dos manuscritos,

dicas, que serão divididas nas diversas áreas da

Caso não sejam seguidas as normas da revis-

os nomes dos autores permanecerão em sigilo

Odontologia e temas afins.

ta, o manuscrito será devolvido para as devidas

para os avaliadores, e os nomes destes perma-

Apenas na primeira página (folha de rosto) deve

adaptações. A revista Dicas reserva-se todos os

necerão em sigilo para aqueles. Os manuscritos

conter: para qual área a dica está sendo subme-

direitos autorais do trabalho publicado, inclusive

serão avaliados por pares (duas pessoas) entre

tida; título em português e em inglês (máximo de

de versão e tradução, permitindo-se a sua pos-

os consultores do Corpo Editorial.

12 palavras); descritores e keywords (no máximo

terior reprodução como transcrição, com a devi-

10) Recomenda-se aos autores que mantenham

4); nomes, titulações e filiações institucionais

da citação da fonte.

em seus arquivos cópia integral dos originais,

dos autores; endereço completo e email do autor

2) A revista Dicas reserva-se o direito de subme-

para o caso de extravio deles.

principal.

70 71

v.1, n.2, 2012


Na segunda página, deve conter o título da dica

Alegre: EDIPURS; 1998. p. 66-73.

Fitzpatrick KC. Regulatory issues related to

em português e em inglês e, na sequência, devem

Sem indicação de autoria

functional foods and natural health products in

ser respondidas as seguintes questões: “Por que

Council on Drugs. List no. 52. New names. JAMA.

Canada: possible implications for manufacturers

a dica é importante?”, “O que é necessário para

1966 Jul 18;197(3):210-1.

of conjugated linoleic acid. Am J Clin Nutr. 2004

realizar a dica?” e “Como fazer?” (Estas pergun-

Instituição como autor

Jun;79(6 Suppl):1217S-20S.

tas devem aparecer no corpo do texto.). O ma-

Conselho Nacional de Saúde(BR). Resolução

Artigo sem número e com volume

nuscrito deve conter também as conclusões ou

no 196/96, de 10 de outubro de 1996. Dispõe

Ostengo

considerações finais e as referências bibliográ-

sobre as diretrizes e normas regulamentares de

Hydroxylapatite beads as an experimental model

ficas (número máximo de 10). Além disso, pode

pesquisa envolvendo seres humanos. Brasília: O

to study the adhesion of lactic acid bacteria from

conter desenhos esquemáticos, tabelas, gráfi-

Conselho; 1996.

the oral cavity to hard tissues. Methods Mol Biol.

cos, figuras com legendas (caso houver, número

Editor como autor

2004;268:447-52.

máximo de 15 ilustrações) e agradecimentos.

Murray JJ, editor. O uso correto de fluoretos na

Artigo sem número e sem volume

Mdel

C,

Elena

Nader-Macias

M.

saúde pública. São Paulo: Santos; 1992.

Browell DA, Lennard TW. Inmunologic status

REFERÊNCIAS

Trabalho em congresso

of the cancer patient and the effects of blood

As referências (estilo de Vancouver) deverão

Lorenzetti J. A saúde no Brasil na década de 80

transfusion on antitumor responses. Curr Opin

ser numeradas consecutivamente, na ordem em

e perspectivas para os anos 90. In: Mendes NTC,

Gen Surg. 1993:325-33.

que aparecem no texto, na forma de números

coordenadora. Anais do 41º Congresso Brasileiro

Artigo indicado conforme o caso

sobrescritos, excluindo-se, por conseguinte, o

de Enfermagem; 1989 Set 2-7; Florianópolis, Brasil.

Collins JG, Kirtland BC. Experimental periodontics

nome do autor no texto. Todos os autores cita-

Florianópolis: ABEn-Seção SC; 1989. p. 92-5.

retards hamster fetal growth [abstract]. J Dent

dos no texto, nas tabelas e nas figuras deverão

Dissertação e tese

Res. 1995;74:158.

constar nas referências, e vice-versa, conforme

Tavares R. Avaliação da resistência de fundações

Artigo de jornal

a numeração progressiva deles no texto.

de amalgama, através da tração de coroas totais

Tynan T. Medical improvements lower homicide

metálicas

(SC):

rate:study sees drop in assault rate. The

EXEMPLOS DE REFERÊNCIAS

Programa de Pós-Graduação em Odontologia/

Washington Post. 2002 Aug 12; Sect. A:2 (col.4).

De um a seis autores

UFSC; 1988.

Material eletrônico

Lodish H, Baltimore D, Berk A, Zipursky SL,

Documentos legais

Abood S. Quality improvement initiative in nursing

Matsudaira P, Darnell J. Molecular cell biology.

Brasil. Portaria no 569, de 1º de junho de 2000.

homes: the ANA acts in an advisory role. Am J

3rd ed. New York: Scientific American; 1995.

Institui o Programa de Humanização no Pré-

Nurs [serial on the Internet]. 2002 Jun [cited

Com mais de seis autores

natal e Nascimento. Diário Oficial da República

2002 Aug 12];102(6):[about 3 p.]. Available from:

Liebler M, Devigus A, Randall RC, Burke FJ, Pallesen

Federativa do Brasil, 8 jun 2000. Seção 1.

http://www.nursingworld.org/AJN/2002/june/

U, Cerutti A, et al. Ethics of esthetic dentistry.

Material não publicado

wawatch.htm.

Quintessence Int. 2004 Jun;35(6):456-65.

Tian D, Araki H, Stahl E, Bergelson J, Kreitman M.

Foley KM, Gelband H, editors. Improving palliative

Livro

Signature of balancing selection in Arabidopsis.

care for cancer [monograph on the Internet].

Marzola C. Técnica exodôntica. 3a ed. rev. ampl.

Proc Nath Acad Sci USA. In press; 2002.

Washington: National Academy Press; 2001

São Paulo: Pancast; 2001.

Artigo padrão

Capítulo de livro

Kidd

Soviero C, Garcia RS. Músculos da mímica

before restoration? Caries Res. 2004 May-

Anderson SC, Poulsen KB. Anderson’s electronic

facial. In: Oliveira MG, organizadora. Manual de

Jun;38(3):305-13.

atlas of hematology [CDROM]. Philadelphia:

anatomia da cabeça e do pescoço. 3a ed. Porto

Artigo com número e suplemento

Lippincott Willians & Wilkins; 2002.

EA.

[dissertação].

How

Florianópolis

[cited 2002 Jul 9]. Available from: http://www. ‘clean’

must

a

cavity

be

nap.edu/books/0309074029/html/.


OBSERVAÇÕES ADICIONAIS

ncbi.nlm.nih.gov/entrez/query.fcgi?db=PubMed.

de slides, estes deverão vir em folhas de arquivo

A dica deve ser específica sobre determinado as-

Os descritores (palavras-chave identificando o

de slides, numerados, com as iniciais do primeiro

sunto, e o texto não deve ser muito abrangente e

conteúdo do manuscrito), no máximo 4, devem

autor e com o seu posicionamento (lado direito,

extenso. A primeira pergunta deve ser respondi-

ser escolhidos na lista de Descritores em Ciên-

esquerdo, superior e inferior) na moldura do sli-

da em 2 ou 3 parágrafos, realçando a importân-

cias da Saúde (DECS) elaborada pela Bireme e

de.

cia da dica para a Odontologia. Quando for uma

disponível na internet no website http://decs.

dica técnica ou clínica, a segunda pergunta deve

bvs.br, ou Index to Dental Literature, e/ou Medi-

APRESENTAÇÃO DOS MANUSCRITOS

ser respondida em formato de tópicos, contendo

cal Subject Headings (MeSH), do Index Medicus,

Os artigos submetidos à revista Dicas deverão

apenas os materiais necessários para realizá-la,

no website http://www.ncbi.nlm.nih.gov/entrez/

ser encaminhados em 3 cópias impressas, redi-

e a terceira pergunta deve ser respondida de for-

query.fcgi?db=mesh.

gidos de acordo com a gramática oficial e digita-

ma didática, podendo conter subtítulos, para ex-

Notas de rodapé serão indicadas por asteriscos,

dos na fonte Times New Roman, tamanho 12, em

plicar melhor como realizar cada etapa da dica.

mas devem ser evitadas ao máximo.

folhas de papel tamanho A4, com espaço duplo e

A referência comercial dos equipamentos, ins-

Deve-se evitar citar comunicação verbal; porém,

margem de 3 cm, em todos os lados, tinta preta e

trumentos e materiais citados deve ser com-

se necessário, mencionar o nome da pessoa e a

páginas numeradas no canto superior direito. O

posta respectivamente de modelo, marca e país

data de comunicação entre parênteses, no texto.

limite máximo para o tamanho do artigo será de

fabricante, separados por vírgula e entre parên-

Serão aceitas no máximo 15 ilustrações, incluin-

8 folhas (incluindo a folha de rosto). Deve-se en-

teses.

do figuras, desenhos esquemáticos, tabelas,

caminhar também cópia do documento utilizan-

Nas citações diretas e indiretas deverá ser uti-

gráficos e/ou quadros. As ilustrações (fotogra-

do-se o editor Word for Windows 2003 ou edi-

lizado o sistema numérico. Quando apresenta-

fias e desenhos) deverão ser designadas como

tores compatíveis, gravados em um CD ou DVD.

dos por pelo menos três números sequenciais,

figuras. Todas as figuras deverão ser fornecidas

Todos os artigos deverão ser registrados, prefe-

colocar hífen (ex.: 4, 5 e 6 fica

rencialmente por Sedex, e encaminhados a:

); quando dois

em slides originais ou digitais com boa resolução

apenas ou aleatórios, colocar vírgulas (ex.: 3,7,9 ou

(300 dpi). As figuras, tabelas, gráficos e quadros

7,8

); quando misto, aplicar as duas regras (ex.: 3,

deverão estar com as suas legendas e ser cita-

Revista Dicas

6, 7, 8 e 9 fica 3,6-9).

dos no texto e nas referências (quando extraídos

Rua Vila Kinczeski 23, Centro, Florianópolis,

As citações indiretas (texto baseado na obra de

de outra fonte). A Comissão Editorial reserva-se

CEP 88020-450

um autor) deverão ser apresentadas no texto

o direito de, em comum acordo com os autores,

sem aspas e com o número correspondente da

reduzir quando necessário o número de ilustra-

CHECKLIST

referência (autor) sobrescrito. Exemplo: Nossos

ções. A montagem das tabelas deverá seguir

Declarações de Responsabilidade e de Transfe-

resultados de resistência de união ao esmalte

as Normas Técnicas de Apresentação Tabular

rência de Direitos Autorais assinada por todos

estão de acordo com a literatura.12

(IBGE, 1979). Não se deve utilizar nas tabelas tra-

os autores.

As citações diretas (transcrição textual) deverão

ços internos verticais e horizontais. As tabelas e

Três cópias impressas incluindo figuras em pa-

ser apresentadas no texto entre aspas, indican-

os gráficos deverão ser fornecidos junto com o

pel cuchê.

do-se o número correspondente da referência

CD ou DVD do artigo, no formato digital gerado

CD ou DVD contendo todo o manuscrito.

e a página da citação, conforme exemplo: “Os

por programas como Word, Excel, Corel e com-

resultados deste trabalho mostraram que os ci-

patíveis. As fotografias deverão ser fornecidas

mentos [...]”.12:127

em slides originais ou digitais com boa resolu-

Os títulos das revistas devem ser abreviados

ção (300 dpi). É necessário também submeter

conforme consulta no Index to Dental Literature

3 cópias coloridas (6 fotografias por folha) im-

ou nos websites http://ibict.br e/ou http://www.

pressas em papel cuchê. No caso da submissão

72 v.1, n.2, 2012

4-6


Lançamento

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