Revista Habitare - nº 16

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Ano IV nº 16 Sorocaba | 2007 R$ 8,50

PROJETO

alia sofisticação e praticidade para o dia-a-dia

H A B I TA R E E CO LO G I A

Teto Verde

curativos para uma cidade doente

FIBRAS NATURAIS

TENDÊNCIA MUNDIAL NA DECORAÇÃO

casa urbana

uma caixa de vidro dentro de uma caixa de concreto




SUMÁRIO Diretora Editorial Zi Cossermelli Diretor de Arte Gráfica e Produção Nando Verga

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Editoração e Arte Final

IMPERMEABILIZAÇÃO

PAISAGISMO

Ileuza de Cássia Antonio Maya

Garanta a durabilidade do seu projeto

Flora Brasilis – riquíssima em orquídeas

Fotos Ana Coelho e clientes Jornalista Responsável Fabiana Santa Joaquim Produção Ana Paula Aleixo Departamento Comercial Ana Carolina Ribeiro Ana Paula Aleixo Ediça Madureira Júlio Strassacapa Maria Luiza Penteado Colaboradores Eliane Freitas Mozart Araújo

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HABITARE ECOLOGIA

CASA URBANA

Teto Verde - curativos para uma cidade doente

Uma caixa de vidro dentro de uma caixa de concreto

Correspondente Internacional Arquiteto Fabrízio Mott Críticas, sugestões e dúvidas redacao@editorasbc.com.br

habitare@editorasbc.com.br www.revistahabitare.com.br

Diretor Executivo Salvador Ribeiro Diretora Financeira Tiana Ribeiro Departamento Jurídico Lucien Domingues Ramos (OAB/SP 132.502) Habitare é uma publicação trimestral da Editora SBC Ltda - Administração, Redação e Publicidade: Rua Manoel José da Fonseca, 301 | Centro | Sorocaba 18035 070 Tel: (15) 3233 9312 editorasbc@editorasbc.com.br

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DESTAQUE

CERÂMICA

Projeto alia sofisticação e praticidade, alcançando um ótimo resultado

Alquimia do barro


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MÓVEIS DE FIBRAS

PRODUTOS & SERVIÇOS

Naturalmente belos, agregam muitas qualidades

Tudo para construir, reformar e decorar

Capa: Arquiteto Denis Sandei Foto: Elson Yabiku


EDITORIAL O prazer de estar em casa Como é bom a gente abrir a porta e sentir o prazer de estar em casa. A decoração harmonizada com seu jeito de viver, com as suas peças de estimação, os objetos, os móveis, aumentam essa sensação de prazer. E que tal trazer um pouco da natureza até você, através de peças de cerâmica, aliando beleza e utilidade? Ou ainda, móveis de fibra. Naturalmente bela, a fibra agrega informalidade, conforto e intimidade ao ambiente. Experimente, isso pode deixar a sua casa ainda mais agradável. A dedicação à nossa casa não tem limites, e para inspirar você a construir, reformar, adaptar, criar ou renovar, temos nesta edição projetos com muita personalidade, fachadas inspiradoras e interiores cheios de charme, executados por profissionais competentes. E sabemos que abrir esta revista também desperta a mesma sensação de prazer citada acima. Isto se confirma pelos e-mails que recebemos regularmente, com muitos elogios, e isto nos deixa muito felizes, pois nos dedicamos para levar até você, leitor, muito além de uma bela revista, mas também utilidade, informação e conteúdo. Obrigada a todos e boa leitura! Diretora Editorial

c@rta do leitor Que bom que Sorocaba tem uma revista nesse nível! Dela, tiro grandes idéias e uso como guia de consulta. Acho até que as páginas “Produtos e Serviços” deveria ter mais anunciantes, pois procuro ali tudo o que preciso. Parabéns a todos. Maria Clara de Almeida Gosto da revista, especialmente das matérias que mostram a preocupação com o Meio Ambiente. Sugiro que publiquem mais sobre as pesquisas que têm sido realizadas nos Centros de Pesquisas e Universidades. Cristiano Oliveira

Prezados Diretores, vimos pela presente parabenizar pela matéria Patrimônio Histórico, editada na revista Habitare nº 15, em especial atenção da repórter Fabiana Santa Joaquim que soube captar o valor de nosso patrimônio, assim como a importância da preservação e da restauração. Parabéns. RESCAP - Restaurações Cápua Ltda Salvador de Cápua e Alberto Streb

Gosto muito da revista Habitare, é uma das minhas preferidas!! Por isso quero dar parabéns para vocês, pelo conteúdo e pela informação que a revista oferece. Como é gostoso ler a Habitare! Um abraço para a ZI. Dedé Marcondes

Participe deste espaço, mande seu e-mail para redacao@editorasbc.com.br





Perfeito acabamento Em sintonia com o seu projeto, a Pial Legrand apresenta um conceito inovador no mercado de interruptores e tomadas - a Linha Vela Arquitetura & Decoração. Uma linha modular comnposta por suportes, mecanismos, placas e uma novidade exclusiva de tampas, que vestem os mecanismos e possibilitam a liberdade de instalação à decoração. A linha completa da Pial Legrand você só encontra na Ferrari&Ferrari. Av. São Paulo, 679 • Sorocaba - SP (15) 3227 6943

A beleza em duas cores Ofereça um diferencial ao servir à mesa. A temática floral em ‘black-white’ deste jogo de jantar é um convite ao bom gosto. O conjunto de 20 peças da Alinport , Linha Manchester Casamiga, é comercializado na Doural, Rua 25 de Março, 595 São Paulo - SP (11) 3328 6228

Dicas

Novidades Na medida certa Agora ficou muito mais prático e fácil manusear seus mantimentos com o ‘dispenser’ de design inovador. Basta girar a torneira para ter acesso a seus alimentos e na medida certa. Este prático porta mantimentos de parede triplo é da Zevro, e você o encontra na Doural. Rua 25 de Março, 595 São Paulo - SP (11) 3328 6228

Design retrô Com design diferenciado e elegante, a cafeteira Retrô Ariete ao mesmo tempo prática e funcional. Graças ao dispositivo ‘max capuccino’ podemos fazer um café denso e cremoso. Prepara o verdadeiro expresso italiano com todo o aroma e cremosidade. Doural. Rua 25 de Março, 595 São Paulo - SP (11) 3328 6228

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ESPAÇO HA B I TA RE

ARTESANATO BRASILEIRO Com a alta da cerâmica na decoração, você não pode deixar de conferir estas lindas peças artesanais de cerâmica marajoara da Brasileiríssima. Lá você encontra diversos objetos de decoração de todo o Brasil. Brasileiríssima R. Avelino Argento, 197 • Sorocaba - SP (15) 3417 3160

ECO DESIGN As matérias-primas utilizadas na confecção da poltrona e de outros produtos são vários tipos de pneus. Os móveis são montados manualmente e a faca é a principal ferramenta utilizada. A sustentação dos móveis é dada por uma combinação anatômica, aproveitando ao máximo a resistência do material, no caso, o pneu, que tem em seu interior fios de aço. A montagem é feita através de recortes, arrebites e amarrações com arames. O design de cada peça é criação do artesão. Gerson Recicla gersonrecicla@hotmail.com • (15) 9704 3123

NOSTALGIA NO AR Para aficcionados em antiguidades ou apenas para quem quer dar um ar nostágico na decoração, A Marquesa possui móveis e objetos, como este teodolito-nível Gurley em bronze do séc. XIX-XX e este abajur da década de 30/40 em alabastro e bronze (par) A Marquesa Av. Ipanema, 2364 • Sorocaba - SP (15) 3223 2891

EXLCUSIVIDADE EM CERÂMICA Cristiane foi buscar em São Paulo conhecimento e técnica para ministrar em Sorocaba o curso de arte cerâmica. Nele, o aluno aprende técnicas de modelagem em placas e torno, principais bases para se criar qualquer peça em cerâmica. A artista também comercializa uma grande variedade de peças exclusivas.

Arte Cerâmica Cristiane Tesoto www.ceramicadealta.com.br (15) 3011 1277 • 3211 9440



HABITAR T

Célia Marcassa

Cada FLOR é um bom PENSAMENTO

Por Fabiana Santa Joaquim | Fotos: Mirna Módolo

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artista plástica Célia Marcassa se encantou primeiramente, e desde muito pequena, com a natureza. As várias transformações e ciclos, semente, flores, árvores, raízes, processos perfeitos, notas harmônicas tocadas em conjunto, formando a bela e natural sinfonia da vida. ‘Partituras’ que a encantavam e que seu pai, veterinário, traduzia. Juntamente com a natureza, os trabalhos manuais também prendiam a atenção da pequena Célia: costurar, cozinhar, construir. Atividades produtivas feitas com as mãos. Olhando o cenário de fora, vemos uma pessoa extremamente curiosa e sensível e com muita habilidade manual. Junta-se a isso uma porção de coragem e eis que nasce uma talentosíssima artista. Coragem, porque se atualmente os artistas sofrem preconceitos e são rotulados de adjetivos pejorativos, quanto mais voltamos no tempo, menos compreensão encontramos (neste aspecto). E se, por um lado esta dificuldade pode ser fonte de inspiração, principalmente como rebeldia perante uma sociedade desinformada, por outro temos os familiares que por vários motivos (cuidadosos) não aceitam certas escolhas. Mas o homem que segue o coração emociona (para um artista isto é fundamental) e assim encanta e, muitas vezes, carrega junto muitos aderentes. Foi assim com o senhor João, que, através da filha, reconheceu em si mesmo talentos escondidos no cotidiano de veterinário. Célia é uma artista madura, no melhor sentido da palavra, “jamais me arrependi e saiba: a arte é tudo para mim. Ela está presente em minha vida intensamente. Trabalho desenhando, pintando ou restaurando todos os dias. Sempre leio sobre arte, é um assunto envolvente”. Domina diversas técnicas, mas atualmente seus trabalhos são telas pintadas a óleo com algumas colagens. Diante delas, é possível permanecer por horas e horas, tamanha riqueza em detalhes e simbolismos, que devem encher de sinapses nossos cérebros (o que é muito saudável). A matéria-prima mais usada é a liberdade dada à mani-festação do inconsciente: “exteriorizo tudo e depois os traduzo”. Seu trabalho é inspirado em artistas, como Klimt ou Beatriz Milhazes, mas também é fruto de um amadurecimento como artista e ser humano. E é com esse espírito sábio que trabalha suas alegrias e tristezas: metamorfoseando as alegrias para multiplicarem-se e as tristezas para diminuírem até que desapareçam.

Detalhe da igreja do quadro ao lado: cada centímetro dos quadros guardam pequenas e ricas imagens que contam histórias 14

www.mirnamodolo.com.br



NAVA R A N DACO M

Por Fabiana Santa Joaquim

RICARDO BANDEIRA Comecei na arquitetura na época em que ela passou a ser mais valorizada Nasceu no Rio de Janeiro, cresceu em Sorocaba, fez faculdade no Rio, mas voltou e consolidou sua carreira na Terra Rasgada. “Vim para Sorocaba quando tinha cinco anos, meu pai era engenheiro e veio para trabalhar na Sorocabana”. Ricardo conviveu com três engenheiros civis, o pai e dois tios, e herdou da família o talento e o gosto pelo desenho. “Lembro que meu pai queria fazer arquitetura, mas foi desestimulado, pois naquela época a arquitetura não era valorizada e respeitada como nos dias de hoje.” Talvez essa vontade e facilidade herdada do pai tenham influenciado na sua escolha. A visão mais conceitual, planejamento do espaço, estudos de concepção, estética, balanceamento de cores, entre outros aspectos, eram itens, segundo Ricardo, que começavam a fazer parte dos projetos, “eu peguei o início dessa valorização do arquiteto”. Formado há 35 anos, o arquiteto lembra do período da faculdade: “estudei no Rio e a faculdade era bem distante e como o curso era em horário integral, passávamos o dia inteiro lá”, fator que fortaleceu as amizades e a “música”. Pois é isso mesmo, Ricardo comenta que Paulinho Tapajós e Danilo Caymi eram da sua turma, e que de lá saíram “arquitetos, músicos e até costureiros”. Turma que se encontra ainda hoje, “a cada cinco anos fazemos uma festa e como demora a acontecer, ninguém quer perder”. “Tenho cinco filhos e os maiores já se formaram e não quiseram arquitetura. Tenho duas meninas menores e uma delas gosta e desenha muito bem, mas parece estar mais voltada para desenho artístico, animado”, comenta Ricardo, que diz que gostaria muito de ter um deles no escritório. Perguntamos como é trabalhar com a esposa, a arquiteta Márcia Leitão, e a resposta pode ser resumida no verbo “completar”: “trabalhamos juntos, mas em fases diferentes, o trabalho de um completa o trabalho do outro”. Ele salienta a importância desse acompanhamento para o cliente, desde a discussão do projeto, da sua conceituação à decoração, chegando até a flor da mesa central. Esta “segunda fase”, ou seja, o interior da obra, valorizou-se muito nas últimas décadas. “Se pensarmos em um cômodo, a cozinha, por exemplo, existe uma quantidade enorme de produtos e facilitadores - hoje esse espaço ganhou status de espaço gourmet, principalmente porque muitos homens foram para a cozinha”. Embora se considere bastante crítico com seus trabalhos, o feed-back dos clientes e o número de obras é um bom termômetro e quanto a isso o saldo é mais que positivo.

Ao lado a concessionária Albap, projeto de Ricardo Bandeira. Acima, Ricardo e a esposa e arquiteta Márcia Leitão, na feira I Saloni, Milão (2007). 16



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gendada para o período de 26 de agosto a 9 de setembro, Sorocaba realizará sua Iª Bienal Internacional de Artes, com trabalhos de artistas da cidade e região, de todo o Brasil e artistas internacionais. “Esperamos pelo menos 30 artistas internacionais, mas os nomes ainda serão definidos”, acrescenta Haroldo Grossi, um dos organizadores da Bienal. O evento acontecerá em espaços no Esplanada Shopping e também em vários locais públicos de Sorocaba. Segundo Haroldo Grossi, a Bienal espera apresentar cerca de 1000 trabalhos, somando todas as categorias: pintura, escultura, desenho, instalação, fotografia, gravura, áudio e vídeo. O processo seletivo será realizado através de material fotográfico enviado pelos participantes e cada artista selecionado terá direito até 6 metros quadrados de área para expor suas obras em qualquer categoria. Os selecionados poderão participar com um trabalho no leilão a ser realizado no último dia da Bienal (comissão sobre a venda de vinte por cento). A Bienal será divulgada em mídia especializada do Brasil e também do exterior e serão outorgados três prêmios aquisitivos no valor de três mil reais cada um. Os artistas premiados serão automaticamente agendados para uma exposição individual e simultânea na Galeria Mali Villas-Boas em São Paulo.

COMO PARTICIPAR Tema: Livre Categorias: Pintura, Escultura, Fotografia, Desenho, Instalações, Gravuras, Áudio e Vídeo. Inscrições: Até 10 de junho de 2007 Valor da Inscrição: R$50,00 (cinqüenta reais) As inscrições deverão ser entregues com os seguintes documentos: • Ficha de inscrição original ou cópia totalmente preenchida com os dados pessoais e dados das obras inscritas. • Portfólio com fotos de 4 ou 5 obras da mesma categoria no tamanho mínimo de 13x18cm em papel, devidamente identificadas no verso (nome do autor, título, dimensão e técnica). • Cópia do RG ou qualquer documento com foto. • Biografia resumida. Formas de inscrição: Pessoalmente na Organização Paulista de Arte na Rua Bento de Andrade, 559 – Jd. Paulista/SP, CEP: 04503-011. Envio de material e inscrição pelo correio, juntamente com o valor da inscrição em cheque nominal ao HG Escritório de Arte ou organização Paulista de Arte ou comprovante de depósito no Banco Bradesco, agência 1008-1, conta 57111-3.

Para mais informações entrar em contato com os realizadores: HG Escritório de Arte - (15) 3227-3439 / 9724-3378 – art@haroldogrossi.com.br Organização Paulista de Arte - (11) 3885-1803 / 3885-2806 – galeria@galeriamalivillasboas.com.br Site da bienal: www.bienalsorocaba.com.br

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H A B I TA R E M O N DO

Correspondente Internacional: Arquiteto Fabrízio Mott

Riquíssima na história de sua civilização e na gloriosa arquitetura, a capital da Itália, conhecida como a ‘Cidade Eterna’, é verdadeiramente bela

ARCO DE CONSTANTINO Este arco de 25 metros de altura foi realizado no ano de 315, pelo Senado, para comemorar a vitória do Imperador Constantino.

A Itália, reconhecida pela sua arte, cultura e numerosíssimos monumentos, tem uma história essencial no desenvolvimento da cultura e da sociedade na área mediterrânea e da cultura ocidental como um todo. O país foi anfitrião de muitas atividades humanas em tempos pré-históricos, e contém hoje alguns dos exemplos do estilo barroco mais importantes de toda Europa.

tos e escritores durante o renascimento. O alto renascimento (entre 1490-1520) foi dominado por três homens: Leonardo da Vinci, Michelangelo Buonarrotti e Raphael.

Conhecida como a ‘Cidade Eterna’ , sua capital Roma é gloriosamente artística, amavelmente louca e verdadeiramente bela. Nenhuma outra cidade tão elegante e moderna combina essa história tão significativa. A arquitetura romana tem sua origem na etrusca, somada a influências da grega, e, portanto, apresenta traços de ambas. Hoje se data essa arquitetura a partir da construção da primeira via (Via Appia) e do primeiro aqueduto (Aqua Appia), ano 312 a.C. . Seus elementos mais significativos são a construção abovedada e o emprego de um primitivo concreto. Empregaram profusamente o arco e a abóboda.

Roma era a sede dos imperadores, da corte, da administração e também a residência de cerca de um milhão de pessoas. Era essencialmente uma cidade “parasita”, que se alimentava do potencial humano e da riqueza da Itália e das numerosas províncias que constituíam o império romano. O período de esplendor da arte romana abarca os dois primeros séculos do império. Mas, já a principios do século II da nossa era, desde o tempo de Adriano (ano 117), inicia-se a decadência do bom gosto que acentua-se no século III e se confirma no século IV, por efeito de certo barroquismo ou irregularidades nos estilos, embora aumente o luxo e a magnitude das obras.

Os próprios artistas gregos e etruscos, atraídos pelo poder econômico predominante em Roma, levaram para lá o gosto e inclusive a paixão pelas belas artes e nessas escolas formaram seus artistas próprios. São mais de 2500 anos do princípio da Roma antiga aos esplendorosos artistas do período do renascimento e do barroco. Foram patrocinados pela familia Medici em Florença e pelos papas em Roma, pintores, escultores, arquite-

Mas a arquitetura, sendo a arte de construir, segue desenvolvendo-se até a invasão dos bárbaros, pelo menos nos principais centros de cultura. Provas disso são as grandes basílicas construídas no século IV, não só as destinadas ao culto cristiano, como também as civis. Os restos da colossal Basílica Civil de Constantino (também chamada de Majencio) que estão em Roma, serviram como fonte de inspiração aos arquitetos do renascimento no século XVI.

Via dei Fori Imperiali com o famoso Coliseu ao fundo 20


FORUM ROMANO O forum romano foi o local a partir do qual Roma antiga se desenvolveu e o ponto de referência de sua vida cotidiana. Era a zona central onde tinham lugar o comércio, os negócios, a religião e a administração da justiça. Originalmente, era um terreno pantanoso que foi drenado. Seus pavimentos, em travertino definitivo que ainda pode ser observado, são da época do reinado de César Augusto. Atualmente é famoso pelos seus restos que mostram eloquentemente o uso dos espaços urbanos durante o império romano. O conjunto do foro romano inclui muitos monumentos, edifícios e importantes ruínas antigas.

COLISEU Esse anfiteatro, chamado Coliseu desde a idade média, representa o mais vasto anfiteatro do mundo antigo, na forma de uma elipse de 527m de perímetro. Uma das maravilhas da civilizaçao romana. Existem pouquíssimas páginas da história de Roma que não estão conectadas ao Coliseu, que tornou-se o símbolo da cidade e da vida dos romanos. Possuí 3 andares de arcos na fachada, respectivamente com colunas de adornos dórico, jônico e coríntio. O quarto andar é composto de pilastras coríntias.

FONTANA DE TREVI A Fontana de Trevi foi finalizada em 1762. Completa a fachada de um enorme palácio, decorada com estátuas e ornamentos de artistas da escola de Bernini.

PANTHEON O mais bonito e bem preservado de todos os monumentos da Roma Antiga foi dedicado a todos os deuses. Esse templo foi reconstruído por Adriano, em 125 a.C. O obelisco em frente, incorporado em 1711, veio de um santuário egípcio devoto a Deusa Ísis.

BASÍLICA DE SÃO PEDRO (Vaticano) O Estado da cidade do Vaticano, com seus 439 km� de superfície e uma população de menos de 1.000 habitantes, é o menor estado soberano do mundo e um dos mais visitados. Peregrinos e amantes da arte de todo mundo fazem dele seu destino. A praça de São Pedro, situada na cidade do Vaticano, dentro da capital italiana, é uma esplanada rodeada por uma colunata balaustrada sobre a qual se assentam as imagens de 140 santos de todas as épocas e lugares. Essa praça foi inteiramente realizada por Gian Lorenzo Bernini, entre 1656 a 1657. Possui dois lados sem colunas, um que vem da praça Pio XII e da Via da Conciliazone (que termina no castelo Santo Ângelo) e outro corresponde à Basílica de São Pedro.



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HA BI TA R E CO N S T RUÇ ÃO

IMPERMEABILIZACAO Os problemas de infiltrações podem surgir de diversas formas e não só pela água da chuva como comumente pensamos . . .

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urgem manchas nas paredes e lajes, depois infiltrações, bolhas nas pinturas e quando você percebe sua edificação está comprometida. A construção de uma casa ou de um escritório é a realização de um sonho. Nestes novos espaços é que você colocará toda sua criatividade e com o passar do tempo cada ambiente fará parte da sua biografia. Imagine tudo isto sendo deteriorado conforme o tempo passa. “Dificilmente o consumidor final questiona o tipo de impermeabilização que foi utilizado no imóvel que está adquirindo ou preocupa-se em cobrar do empreiteiro que está fazendo sua reforma se ele incorporou em seu orçamento a impermeabilização da área, antes de trocar seu piso antigo por aquele tão sonhado piso novo”, comenta a arquiteta Leonilda F. G. Ferme, gerente técnica da Denverimper, e assim tem início o pesadelo de qualquer edificação. Os problemas podem surgir de diversas formas e não só pela água da chuva como comumente pensamos. O próprio solo é fonte de umidade natural ou mesmo em função do lençol freático. Banheiros e cozinhas também merecem cuidados especiais por estarem sempre em contato com a água e umidade, além do costume de se lavar essas áreas. “A impermeabilização, para ser efetiva e ter a durabilidade desejada, deve ser objeto de um projeto específico, desenvolvido por profissional qualificado de comprovada experiência na área. A partir da publicação da NBR 9575 – Impermeabilização – Seleção e Projeto, essa é uma exigência contemplada por norma”, explica a arquiteta Leonilda. É muito importante levar em consideração este aspecto quando se constrói ou reforma, pois, muitas vezes, por desconhecimento ou questões financeiras, se descarta essa tecnologia, porém, futuramente o gasto pode ser muito superior. “O custo da impermeabilização é estimado em 1% a 3% do custo total da obra, no entanto, o “conserto” pode superar 10% do custo da obra, pois envolve a quebra de pisos, cerâmicos e revestimentos, sem levar em consideração custos de problemas patológicos mais importantes e outros transtornos, como a depreciação do valor do imóvel”, explica Fernanda Fernandes Gonçalves, empresária do ramo.

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A barreira física ou química contra a passagem de água é a descrição simples do processo de impermeabilização, pois, mais do que isso, “sua função é a de proteger os materiais da construção contra infiltração da água integrada ao oxigênio e outros gases da atmosfera” comenta Fernanda. Garantir a longevidade de sua obra é quase uma questão intrínseca ao ato de construir. Portanto, é importante considerar estes aspectos antes mesmo de começar sua construção. O projeto de impermeabilização deve ser feito juntamente com os demais (estrutural, hidráulico, elétrico, arquitetônico), escolha adequada dos materiais, qualidade na execução do sistema de impermeabilização e preservação da mesma. A preservação deve impedir que agentes externos como instalação de antenas, luminárias, colocação de pisos, equipamentos de ar-condicionado, entre outros itens, danifiquem a impermeabilização aplicada. A contratação de mão-de-obra especializada é recomendável, pois um pequeno detalhe pode comprometer toda a construção, “outra vantagem que uma empresa especializada pode oferecer é a garantia de 5 anos”, finaliza a arquiteta.


H A B I TA R E AR Q UI T E T UR A

Os sonhos

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Santiago Calatrava Valls Colaborador: Mozart Araujo - Arquiteto/Professor

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rquiteto, engenheiro e escultor, Santiago Calatrava Valls, mais conhecido como Calatrava, nasceu próximo a Valença, Espanha, em 1951. Possuidor de um vasto conhecimento tecnológico, fez cursos de pós-graduação em urbanismo e em engenharia civil. Ph.D. em ciências tecnológicas do Instituto Federal Suíço e doutor honorário de universidades como: Universidade de Sevilha, Universidade Heriot-Watt em Edimburgo e Escola de Engenharia de Milwaukee. Reconhecido mundialmente por sua ousadia ao projetar edifícios e pontes, possui escritório em Zurique, Paris e Valença. Seus projetos seduzem estudantes de arquitetura, impressionam o público e irritam os engenheiros pelo caráter de seus desenhos fantásticos. Calatrava projetou e construiu obras de caráter inovador por toda a Europa. Vencedor de concorrências internacionais, foi responsável pela conclusão da Catedral de St. John, New York, e do projeto de uma ponte em Veneza, Itália. O MAM é seu primeiro edifício construído nos E.U.A., mas seus maiores projetos são aqueles que envolvem grandes estruturas públicas, como por exemplo:

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• Estação ferroviária de Stadelhofen, Zurique, Suíça. • Pavilhão de Kuwait, Expo ‘92, Sevilha, Espanha. • Estação Ferroviária do Aeroporto de Lyon, França. • Museu da Ciência e Planetário, Valença, Espanha. • Sala de Concertos de Tenerife, Consoles Amarelos. • Estação Oriente, Parque das Nações, em Lisboa, Portugal Seus projetos são quase sempre inspirados nas formas da natureza. São imagens zoomórficas que parecem esqueletos de animais pré-históricos, fato esse que é assumido pelo próprio arquiteto. Na maioria dos seus projetos, encontramos desenhos e croquis desses animais. As formas orgânicas que Calatrava projeta se transformam em linhas arrojadas através da utilização de técnicas que usam, principalmente o aço e o vidro em sua composição. Cria verdadeiras esculturas pelas cidades. Monumentos que interferem e transformam a paisagem urbana com muita simplicidade e elegância. Da mesma maneira que um rio ou uma ferrovia são referências urbanas, as pontes projetadas por Calatrava se tornam um ponto importante na cidade.


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1 - Lyon-Satolas Railway Station (França). 2 - Auditório Santa Cruz. 3 - passarela de automóveis e pedestres em Barcelona. Comprimento de 129 metros e 46 metros de altura. 1987. 4 - Museu das Ciências “Príncipe Felipe”. 5 - Em Paris a Passarela de Oudry-Mesly em Cretéil: Uma ponte para pedestres que liga Créteil e a Nova Créteil. Antes de ser montada no local, a ponte foi montada em uma fábrica e testada. Tem 120 metros de comprimento e um de seus vãos possui 55 metros. 6 - O centro artístico e cultural “Palácio das Artes” será o mais importante do mundo. Reunirá todos os estilos, desde os clássicos até a vanguarda da ópera, teatro, música e dança. Possuirá um auditório ao ar livre para 2.500 pessoas, além de uma sala principal para 1.800 pessoas e uma sala de câmara para 400 pessoas. 7 - Lyon Satolas Railway Station, na França 8, 9 - Nos desenhos de histórias fantásticas do japonês Shusei Nagaoka, percebemos nitidamente a influência na arquitetura orgânica e criativa de Calatrava.

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O MAM - Museu de Arte de Milwaukee é um de seus projetos mais recente. A reforma de ampliação do museu nos E.U.A., à beira do lago Michigan, tem um desenvolvimento preocupado com o controle da luz solar através de uma estrutural em aço móvel e transparente. Uma escultura que o próprio arquiteto comenta e assume ser inspirada em um pássaro em pleno vôo. Sua vasta experiência no projeto de pontes está presente no projeto do MAM através de uma ponte de pedestres que flutua, pendurada a um único mastro de 60 metros de altura. Apesar de toda a ousadia e tecnologia que envolve o projeto do MAM, outra grande preocupação foi manter livre a vista para o lago Michigan. A admiração da paisagem através do seu projeto. Nas olimpíadas de Atenas, Calatrava esteve presente projetando o estádio principal. A obra custou US$ 175 milhões. No projeto, duas folhas tubulares de 304 metros de comprimento e 60 metros de altura sustentam a cobertura de vidro que chega a pesar 180 toneladas. Outro museu projetado por Calatrava é o “Museu de Ciências Príncipe Felipe”, onde os visitantes possuem autorização para tocar em tudo. Possui 4.000 m� de temas científicos que envolvem assuntos desde biologia até tecnologias da área de comunicação, construção e esportes, entre outras. Os projetos de Calatrava foram exibidos nos museus de New York (Museu de Arte Moderna), Londres, Tókio, Moscou, Munich, Zurique, Rotterdam, Estocolmo e outros.

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PA I S AGI S M O Por Fabiana Santa Joaquim

CURIOSIDADE

phalaenopsis

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Orchis, filho de um sátiro com uma ninfa, foi assassinado pelas Bacantes, sacerdotizas de Baco, deus do vinho. Diante das preces do pai do moribundo, Orchis teria sido transformado em uma flor, conhecida como Orquídea. Desde a idade Média, são atribuídas às orquídeas propriedades afrodisíacas. Poções preparadas à base das raízes tuberosas e folhas carnosas de algumas espécies eram tidas como estimulantes sexuais e auxiliavam a produção de bebês do sexo masculino. Tornaram-se sinônimos de fertilidade e virilidade.


Moro num país tropical, abençoado por Deus, bonito por natureza e riquíssimo em orquídeas A família das orquídeas possui mais de 30 mil espécies espalhadas pelo mundo, mas grande parte das espécies está concentrada nas áreas tropicais do globo terrestre. O Brasil, portanto, é um expoente neste tema, possuindo mais de 2.300 espécies. A palavra orquídea tem origem no grego ‘orkhis’ que significa testículos, essa peculiaridade aconteceu por volta do terceiro século a.C., quando o filósofo naturalista grego Teofrasto assim a batizou e documentou devido às duas pequenas túberas: raízes que encontrou nas primeiras espécies conhecidas, e que se pareciam com testículos. Esta mesma peculiaridade rendeu às orquídeas qualidades afrodisíacas. Como se pode imaginar, a história das orquídeas é antiqüíssima (há fósseis que datam de tempos anteriores ao homem) e nossos mais longínquos ancestrais já puderam apreciar tamanha beleza em diversos ecossistemas.

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PA I SAG I S M O Habitat Esta planta pode ser encontrada em diversos ecossistemas, como por exemplo, florestas, cerrados, campos, dunas, restingas e tundras. Existem espécies terrestres, epífitas (plantas que usam outras como suporte), saprófitas (subterrâneas) e rupículas (aderem aos líquens das rochas). As mais comuns são as epífitas e estas são, muitas vezes, erroneamente chamadas de parasitas, mas, como explicado acima, esta espécie utiliza-se de uma árvore apenas como suporte e faz sua fotossíntese absorvendo nutrientes da água e da luz. Esta especialização das orquídeas pode ser considerada uma evolução, uma melhor condição de sobrevivência. No

alto das árvores, elas conseguem mais luz, mais ventilação e facilita a ação dos pássaros e insetos que são responsáveis pela polinização e, consequentemente, procriação da espécie. A evolução que esta família vegetal apresenta é extraordinária, bem como suas inúmeras formas, cores e tamanhos. Formas delicadas, selvagens e até bizarras, as orquídeas são extremamente atraentes aos olhos e seu aroma exuberante. Atraídos pelas sutilezas da planta, ela tem inúmeros apreciadores, colecionadores e estudiosos. Sendo os primeiros chamados de orquidófilos e os últimos de orquidólogos.

Magia das Flores As flores são os órgãos reprodutores das plantas e a formação da flor da orquídea é basicamente confeccionada por 3 sépalas e 3 pétalas, sendo uma diferenciada, a labelo. O órgão reprodutivo encontra-se em uma estrutura chamada coluna e os grãos de pólem agrupam-se em massas cerosas, as polínias. O estigma é uma cavidade na coluna onde as polínias são depositadas pelo polinizador e o ovário está na parte inferior e possui cerca de 1 milhão de óvulos. A massa polínica é pesada demais para ser levada pelo vento e, somando-se a isso, o órgão receptor feminino não é suficientemente exposto para receber o pólen. Diante disso, as flores assumem diversas formas, cores e perfumes que são verdadeiras estratégias para atrair animais para servirem como polinizadores, ou seja, estes transportam o pólen ao órgão feminino de suas flores. Existem flores que, por meio de feromônios, assemelham-se, por exemplo, a uma abelha fêmea que atrai o macho, este por sua vez copula a flor e carrega o pólen para outra flor. Sua estrutura e estratégias de polinização contribuem para o fascínio que estas plantas despertam.

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O cultivo e carinho do Sr. José Estevan pelas flores é observado na organização e no cuidado do seu orquidário.

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O Círculo Orquidófilo Sorocabano é uma entidade cultural, sem fins lucrativos, fundada em 27 de julho de 1971 e considerada de utilidade pública conforme lei municipal. O Círculo reúne mais de 100 associados de Sorocaba e região, que se dedicam ao cultivo de orquídeas e se preocupam com a preservação de nossas matas e do meio ambiente. A Cattleya forbesii é a planta símbolo da associação por ser comum em toda a região. Existem mais de 150 associações orquidófilas registratadas em todo o território nacional. O Círculo Orquidófilo Sorocabano tem mais de uma centena de sócios e seu atual presidente é o Sr. Carlos Alberto Ferreira Luz.

Caso você seja um apaixonado ou ganhe uma orquídea, que fique bem claro: você tem em mãos uma planta de difícil cultivo, mas recompensadora de todo e qualquer cuidado dispensado. Embora a floração só aconteça quando ela for uma planta adulta (de 1 a 8 anos) e florir anualmente, sua recompensa está na beleza e perfume extraordinários que a orquídea propicia. A duração das flores também varia de 24 horas, como no caso da vanilla, até 70 dias, como as phaleonopsis. Participar do círculo orquidófilo é uma boa opção. “Participa de nossas reuniões os amantes e simpatizantes das orquídeas. Para participar do Círculo, os interessados devem compare cer em nossas reuniões mensais realizadas na instituição do SESI, localizado à Rua Duque de Caxias, no Bairro do Mangal, em Sorocaba”, convida Carlos Luz, Presidente do Círculo. Durante as reuniões mensais, são desenvolvidas várias atividades, entre elas, palestras que ensinam e orientam o modo de cultivo das plantas, “os sócios levam suas orquídeas e os problemas que ocorrem no cotidiano de seus orquidários, e através da orientação, procuramos esclarecer todas as dúvidas relacionadas ao cultivo. Realizamos também excursões para exposições em outras cidades e sempre visitamos orquidários profissionais da região e, anualmente, no mês de setembro, realizamos a nossa exposição”. >>


PA I SAG I S M O

cymbidium

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DICAS híbrida

O presidente do Círculo indica algumas espécies que são mais adaptadas ao nosso clima e que possuem cultivo mais fácil, ideal para os iniciantes, são elas: Cattleya e Dendrobium Híbridos. O xaxim sempre foi um ótimo substrato no cultivo de orquídeas no Brasil, é uma fibra que provém de uma samambaia natural da mata Atlântica que é conhecida popularmente como Samambaia Ussú e seu nome científico é Dicksonia Sellowiana, e que está em extinção. “O governo do Estado de São Paulo proibiu sua extração, transporte e comércio e, assim sendo, é necessário adaptarse aos substratos alternativos, que são: casca de pinus, casca de coco, fibra de coco, casca de arroz, brita, entre outros, que estão sendo testados”, esclarece Carlos Luz.


Você Sabia? A espécie Vanilla planifoilia, é uma espécie que atrai mais pelo seu fruto que por sua flor, trata-se, nada mais nada menos, que a principal fonte natural da baunilha e por este motivo é cultivada para fins comerciais. A baunilha natural é derivada da planta Vanilla planifoilia, uma variedade da família das orquídeas e está presente nas sementes da planta. Como a demanda por esta iguaria é maior que sua oferta, fator que também a torna um produto muito caro, existem processos químicos que produzem a baunilha com aroma idêntico ao natural.

phalaenopsis

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Construindo a integração regional

A

NUPLAN (Núcleo de Planejamento Urbano) realizou no dia 26 de abril o encontro “Área Metropolitana de Sorocaba – Construindo a Integração Regional”, dando continuidade às atividades desenvolvidas pelo núcleo desde agosto de 2006, data de sua criação.

Classe AEAS, IAB, Sindicato dos Engenheiros, CREA, faculdades e universidades (FACENS, UNIP, UNISO, UFSCAR, UNESP, FATEC e FADI), quer promover um crescimento planejado da cidade e de sua região, minimizando problemas existentes e evitando outros.

O encontro contou com a presença de dois ícones quando o assunto é planejamento e gestão do espaço urbano: a Prof.ª Dr.ª Raquel Rolnik, Secretária Nacional de Programas Urbanos do Ministério das Cidades, e o Prof. Dr. Nestor Goulart Reis Filho, da FAUUSP. Cada um ficou responsável em explanar um aspecto do tema, o que resultou, no final do dia, em um grande desafio. Esse desafio ficou bem claro na palestra da Dr.ª Raquel:

Outro tema em pauta é a o fortalecimento e a legalização da Área Metropolitana: “Área Metropolitana é uma expressão que indica a existência de uma configuração físico-territorial, e região metropolitana é uma figura jurídico-institucional”, explica o engenheiro Achilles Mangullo, coordenador da NUPLAN.

“Reverter as mazelas do modelo de habitação que construímos e que hoje, infelizmente, através da gravidade e da contundência da violência urbana, chegou ao seu limite, ao seu esgotamento e se apresenta como um modelo inviável para gestão das nossas cidades. Sem falar nas questões ambientais, em relação à qualidade de nossas águas, em relação à poluição atmosférica, problemas que estão batendo à nossa porta e que devemos pensar como devem ser tratados e certamente não será como o temos tratado, pois o resultado do que produzimos, a qualidade dos assentamentos humanos que criamos até agora são simplesmente insustentáveis do ponto de vista ambiental e social”. As cidades brasileiras abrigavam, há menos de um século, 10% da população nacional. Atualmente são 82%. Com este inchaço, as cidades reproduziram problemas. Sorocaba pretende melhorar e ampliar suas funções e abrangência e para isso nada melhor que planejar este crescimento. A NUPLAN, com o apoio formal e informal das Secretarias da Prefeitura de Sorocaba, das Associações de

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A região metropolitana, como podemos chamar, acontece informalmente quando os cidadãos de cidades vizinhas, ou até distantes, utilizam-se de outra cidade para realizar algumas funções e estabelecem-se relações de serviços, comerciais, culturais, médicas e educacionais. Algumas dessas relações são facilmente perceptíveis, é o caso das universidades da cidade e dos hospitais, que recebem alunos e pacientes de toda a região. “A qualificação e quantificação dessas demandas e o cruzamento desses dados, sua síntese e a análise dos instrumentos legais fornecerão os instrumentos necessários para identificar os municípios que poderão vir a integrar uma região metropolitana”, comenta Achilles. Na questão da região metropolitana, a NUPLAN iniciou os trabalhos uniformizando o conhecimento entre os técnicos, voltados para os programas urbanísticos, de engenharia e arquitetura; num segundo momento, as universidades e outros profissionais participaram das discussões e o terceiro passo compreende agregar os interlocutores nos diversos segmentos da sociedade. Com isso, a NUPLAN pretende estabelecer uma forte base para planejar o futuro da cidade e da região.

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Autoridades e convidados que estiveram presentes no encontro

Da esquerda para direita: Prof.º Dr. Aurílio Sérgio Costa Caiado (UNISO), Eng. Murilo Celso de Campos Pinheiro (Presidente do SEESP e FNE), Arq. Dr. Antonio Cláudio Pinto da Fonseca (Secretário Geral IAB/SP) , Prefeito de Sorocaba Dr. Vitor Lippi, Arq. Valeska Peres Pinto (Presidente do SASP), Arq. Musse Stefan (Presidente IAB/Sorocaba), Eng. José Dias Batista Ferrari (Secretário de Habitação, Urbanismo e Meio Ambiente - Prefeitura de Sorocaba) e Eng. Ricardo José Coelho Lessa (Presidente SEESP - Delegacia de Sorocaba)

Da esquerda para direita: Eng. José Dias Batista Ferrari (Secretário de Habitação, Urbanismo e Meio Ambiente - Prefeitura de Sorocaba), Eng. Achilles Bonin Mangullo (Coordenador do NUPLAN), Eng. Carlos Marcassa (UFSCAR), Prefeito Dr. Vitor Lippi, Eng. José Almeida Prado (Diretor da Área de Urbanização - Prefeitura de Sorocaba) e Arq. Beto Caiuby.

Fotos ao lado: Da esquerda para direita: Arq. Silvana D. V. Lizuka (Coordenadora do Curso de Arquitetura da UNIP), Arq. Valeska Peres Pinto (Presidente do SASP), Prof.º Dr. Nestor Goulart Reis, Vice-Prefeito, Arq. Geraldo Caiuby e Prefeito Dr. Vitor Lippi. Prof.ª Dr.ª Raquel Rolnik (Secretária Nacional de Programas Urbanos do Ministério das Cidades).

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DEPOIS

Fotos: Patrícia Freire

Casa da Vovó. Uma decoração agradável a ela e aos netos foi o objetivo principal deste trabalho. Um local em que pudessem usufruir sem maiores preocupações cada espaço da casa. Aproveitando boa parte de seus móveis antigos e recentemente adquiridos, foi preciso pouco para completar a decoração. O espaço interno precisava ser equilibrado e aproveitado ao máximo. Assim, pus uma luminária do lado esquerdo do sofá, dando uma luz especial, e do outro, uma mesa lateral de junco, na qual aproveitei peças de cristal e enchi de guloseimas. As poltronas da Ralph Lauren são revestidas de malha de tricô. ANTES

A mesa de fibra vazada permite valorizar o tapete ou enchê-la de livros infantis para a vovó e para os netos ou livros de arte. 40


DEPOIS

ANTES

As poltronas podem ser redirecionadas no ambiente da lareira. Ali, ficam muito bem para uma gostosa leitura.

Ao sofá com capa (facilidade para lavar) fiz uma sobrecapa de tecido floral para dar liberdade às crianças. As almofadas com estampas de bichos são mimos para os netos. Aproveitando cálices desemparceirados, juntei dois de cada e montei uma bandeja.

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DEPOIS

As cortinas e o tapete aubusson trouxeram delicadeza aos m贸veis escuros. Nos assentos das cadeiras, substitu铆 o chenile pelo floral; escolhi capas, que podem ser retiradas e lavadas, para dar bossa e praticidade.

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Sob o vidro retangular da mesa,- coloquei musgos com chuva de prata. Uma sopeira antiga serviu de centro da mesa.


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No hall de entrada, acrescentei um tapete sirjan do Ir達. Nas poltronas, pus duas almofadas com o mesmo floral da sala de jantar e da sobrecapa do living.

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H A B I TA R E E CO LO GI A

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CURATIVOS PARA UMA CIDADE DOENTE

Nunca se falou tanto em proteger o meio ambiente, economizar água e em sustentabilidade, como nas últimas décadas, obviamente porque mais do que um discurso de pessimistas, hoje não há como negar que estamos em “apuros”. Diante deste cenário, mais consciente e mais aberto às mudanças de hábitos, muitas são as alternativas que “pipocam”, em diversos segmentos da sociedade, para amenizar o impacto do homem sobre o meio ambiente. Uma dessas alternativas é o “Telhado Verde”, que consiste na aplicação e uso de vegetação sobre a cobertura de edificações com impermeabilização e drenagem adequadas, proporcionando melhorias nas condições de conforto termo-acústico e paisagismo, reduzindo a poluição ambiental comum em grandes centros urbanos.

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H A B I TA R E E CO LO GI A Sistema modular: permite o crescimento da planta em viveiros com posterior transporte para cima do telhado

Telhado verde, cobertura vegetal, ecotelhado, biocobertura, telhado vivo, ou ainda, naturação, como é conhecida esta técnica, remonta o século VI a.C., mais precisamente aos Jardins Suspensos da Babilônia.

“Nada se cria, tudo se transforma” “Registros afirmam que essa técnica tem sua origem na época do rei Nabucodonossor II, que para agradar a sua amada mulher, a rainha Amitis, que andava com saudades de sua terra natal (região montanhosa e muito verde), bem diferente da plana Babilônia, mandou construir os ‘jardins suspensos da babilônia’. Na contemporaneidade, nas décadas de 50 e 60, foi a vez dos ‘terraços jardins’, típicos da arquitetura moderna, eternizados pelas mãos de Le Corbusier. No entanto, estes terraços jardins, por comportarem uma vegetação de grande porte, requeriam uma camada de substrato muito grande para o adequado desenvolvimento das raízes. Isso causou um problema de custo, pois para aguentar o peso de muita areia hidratada, fazia-se necessária a execução de uma estrutura mais robusta para a sustentação, encarecendo a obra e, por isso, inviabilizando o projeto. Com isso, os terraços jardins foram aos poucos sendo deixados de lado. Na década de 80, por questões ambientais, surge na Alemanha um grupo de pesquisadores que, em busca de resolver problemas urbanos, e não mais estéticos, tentam resgatar a técnica, mas agora desenvolvendo-a em menor espessura para que possa ser aplicada em qualquer construção já existente. Eis que surge a Naturação extensiva”, explica a arquiteta urbanista Sylvia Rola, que coordena a linha de pesquisa ‘Sustentabilidade das Construções’ no IVIG (Instituto Virtual Interna48

cional de Mudanças Globais) e prepara tese de doutorado em planejamento ambiental no programa COPPE/UFRJ. A instalação do telhado verde segue algumas recomendações, como resistência da estrutura, impermeabilização, desnível e declividade da cobertura construída ou a ser construída. Com esses aspectos atendidos, o telhado está apto a receber a cobertura vegetal, que basicamente possui as seguintes camadas: aplicação de duplo sistema de impermeabilização, sistema de drenagem, vegetação e terra. As espécies de vegetação escolhidas são as que mais se adequarem a cada situação e região.

Alguns dos benefícios no emprego do telhado verde são: • Regeneração da fauna e flora no meio ambiente urbano, as coberturas, fachadas e vias de comunicação naturadas atraem novas plantas • Aumento das áreas permeáveis nas cidades, diminuindo o problema das inundações, pois o sistema prevê o retardamento do fluxo superficial, ocasionado pela alta capacidade de retenção de umidade dos substratos utilizados

Toda ação tem mão dupla

• Diminuição da contaminação atmosférica (qualidade do ar urbano)

As vantagens que o sistema oferece já foram testadas e são largamente utilizadas em países como Alemanha, Espanha, Rússia e México (o governo mexicano estuda leis que regulamentam a ‘naturação’) e vem conquistando adeptos na América Latina, principalmente Bolívia e Cuba. No Brasil, segundo Sylvia Rola, “a naturação é tímida, pois várias são as incógnitas a respeito de sua adaptação à realidade biotecnológica brasileira. O principal ponto de estudo é a possibilidade de se montar um sistema usando materiais e plantas tipicamente brasileiros. Isso porque se o impermeabilizante for importado já inviabiliza economicamente a sua aplicação em grande escala”.

• Diminuição das ilhas de calor e consequentemente das ilhas de precipitação • Melhoramento da umidade relativa do ar, através do processo da evapotranspiração das plantas, em certas condições • Aumento da inércia térmica, tornandose, portanto um bom isolante térmico, o que resulta no prolongamento da durabilidade do impermeabilizante, protegendo-o da radiação de raios UV (Fonte: Naturação, Água e o Futuro das Cidades no Contexto das Mudanças Ambientais Globais - Artigo Publicado no Congresso Brasileiro de Arquitetos 2004 - Rio de Janeiro)


Fotos: www.ecotelhado.com.br

“O sistema de naturação é uma alternativa real para sanar não só problemas como as ilhas de calor, mas também de poluição atmosférica, redução do calor transmitido para o interior das edificações. A naturação urbana trata de transformar em biótopos os edifícios e espaços urbanos, a fim de que, unidos através de corredores verdes, eles facilitem a circulação atmosférica e melhorem o microclima da cidade” - Sylvia Rola.

Estes benefícios já bastariam para nos convencer que se trata de uma boa alternativa, mas, não bastasse isso, esta técnica ainda traz um conforto térmico estimado em 5 graus: as edificações ficam mais quentes no inverno e mais frias no verão. O Engenheiro Agrônomo da Ecotelhado, João Manuel Linck Feijó, nos explica como funciona o controle da poluição: “funciona de duas maneiras: uma pela fotossíntese que demanda CO2 e libera oxigênio e outra pela pilosidade das plantas, ou seja, a superfície vegetada atua como os pêlos do nariz, retendo o material particulado do ar que é aproveitado no substrato do nutriente”.

O engenheiro João Feijó acredita que o fato de se tratar de algo relativamente novo, ainda sofre certa reserva por parte de muitos profissionais, “mas, quanto mais se estudam as técnicas do telhado verde, mais se evidenciam suas vantagens. Não existe restrição alguma quanto ao uso e em todos os fatores é melhor do que um telhado convencional”. Diante do crescimento da população urbana, vale a pena pensar o telhado verde como uma alternativa racional para mitigar vários problemas, “mesmo em casas ou edifícios construídos é possível instalá-lo”, esclarece Márcio Augusto Araújo, Suporte Técnico do IDHEA (Instituto para o Desenvolvimento da Habi-

tação Ecológica). Estes ‘curativos verdes’ para as nossas cidades doentes só podem realmente mostrar seus resultados quando adotados em larga escala. “Porto Alegre é a cidade que mais tem aplicado essa técnica, embora muito tímida”, explica Feijó.

O investimento do telhado verde pode ser considerado equivalente ao convencional e em muitos casos pode ter um custo ainda menor. Vale a pena lembrar mais uma vez do poder do consumidor, pois aumentar a demanda por produtos e exigir práticas sustentáveis (ambiental e social) é reduzir o custo e consequentemente melhorar a qualidade de vida.


ARQUITETO VITOR PENHA • Área construída = 429 m� • Área do terreno = 330 m�

Por Fabiana Santa Joaquim 50


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O olhar ‘escorre’ por toda a fachada sem fazer nenhum esforço Os volumes se equilibram harmoniosamente Materiais tipicamente urbanos se integram sem agredir Um clima urbano se instala e com ele a praticidade e interação Tão comuns ao cotidiano contemporâneo Imponente e discreta Interiormente carrega amplos e transparentes ambientes Pilares aparentes personificam a simplicidade estética

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Foto: Ana Coelho

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“Todo projeto tem seu próprio conceito”, explica o arquiteto Vitor Penha que salienta que cada um é único e para este, especificamente, foi desenvolvido um conceito que ‘brinca’ com volumes e geometria, trata-se de “uma caixa de vidro dentro de uma caixa de concreto”. Materiais impregnados de urbanidade que conferem à residência atmosfera contemporânea.


Foto: Ana Coelho Foto: Ana Coelho

As paredes em fulget e o piso em granilite mantêm a neutralidade dos ambientes. O piso é discreto, durável, difícil de riscar e de fácil manutenção, e pode ser aplicado em toda a casa. Essas qualidades não comprometem, em nenhum momento, a decoração: minimalista e bicromática, que acompanha as tendências de simplicidade e sofisticação. >> 53


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Foto: Ana Coelho

A brincadeira com os volumes em concreto e vidro continua internamente. A ‘ponte’ sustentada pelos pilares de concreto e guarda-corpo de vidro integra, com transparência, os andares. É uma casa fechada para fora e voltada para o interno, integrada especialmente com o jardim. A parte inferior da casa ganha transparência e integração ainda maior com os “panos” de vidro, portas que se abrem totalmente, unindo jardim, sala de estar, cozinha, copa e home theater. Embora a área social fique totalmente integrada, existem áreas, íntima e de serviço, que estão definidas e separadas. 54


O lavabo integrado ĂŠ uma caracterĂ­stica ousada do arquiteto.

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Na ampla cozinha, cores sóbrias e acabamentos de fácil manutenção reforçam a praticidade necessária para o dia-a-dia dos proprietários. Linhas retas decoração conceitual e móveis de design dão ares de modernidade e sofisticação ao living.

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aracterísticas contemporâneas, muita luz natural e áreas integradas, estes desejos se tornaram realidade para o jovem casal proprietário desta casa. O arquiteto Denis Sandei tomou como partido deste projeto um desafio: aliar sofisticação e praticidade. O resultado é esta bela casa, embasada na mais refinada arte do design de interiores, que agrega a praticidade necessária para o dia-a-dia, mas não abre mão do antigo e belo conceito aconchegante de lar.

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Entre cores do mesmo tom, bege, cru, marrom e móveis baixos e horizontais, a sala do home theater traz aconchego e aquece o ambiente com seu painel de madeira.

O lavabo ganha textura quadriculada e pia de semi-encaixe para facilitar a circulação. O tom de verde menta é destacado pelo barrado inferior e teto branco.

Arquiteto: Denis Sandei Fotos: Elson Yabiku


Na varanda da churrasqueira, o mobiliário rústico e o amplo balcão circular conferem espaço e conforto para receber os amigos.

Preto, branco e magenta foram as cores escolhidas pelo casal para um banho cheio de energia e alto astral.


ALQUIMISTA

doBARRO Por Fabiana Santa Joaquim

O ceramista pode ser considerado um alquimista, um mágico que, com seus ‘truques’, transforma barro em artefatos que nos servem diariamente. Coadjuvante do homem em sua evolução, a argila tem sido útil desde tempos remotos.

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ARGILA >> Como sua feitura, utilidade e difusão foram desde o início muito diversas, fica difícil traçar um cronograma histórico de sua evolução. Podemos adotar a data de 8 mil anos. Essa foi a data que arqueólogos deram às peças encontradas no sítio arqueológico da região de Jomom, no Japão. “A cerâmica é ao mesmo tempo a mais simples e a mais difícil de todas as artes. A mais simples, por ser a mais elementar; a mais difícil, por ser a mais abstrata. Historicamente, encontra-se entre as artes mais primitivas. Os vasos mais antigos que se conhecem eram modelados à mão em barro cru, tal qual era extraído da terra, e secos ao sol e ao vento. Mesmo nesse grau do seu desenvolvimento, antes de possuir escrita, literatura ou mesmo uma religião, o homem possuía já esta arte, e os vasos que então produzia ainda são capazes de nos sensibilizar por suas formas expressivas. Quando o homem descobriu o fogo e aprendeu a tornar seus vasos rijos e duradouros, quando inventou a roda e como oleiro pôde acrescentar ritmo e movimento ascensional ao seu conceito de forma, estavam presentes todos os elementos essenciais da mais abstrata de todas as formas de arte. (...)”- Herbert Read

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Um dos exemplos do domínio audaz do homem sobre esta arte milenar é o exército de soldados de cerâmica, os guerreiros de Xian, encontrados na China. Os soldados, moldados em terracota e em tamanho natural, foram enterrados junto ao túmulo do imperador Chi-Huandi-di, que nasceu por volta de 240 anos antes de Cristo. A descoberta arqueológica desse túmulo ocorreu em 1974. A história da cerâmica acompanha a história das civilizações e, com a descoberta do fogo, a argila é amplamente utilizada em todas as sociedades para a confecção de objetos decorativos, utilitários e para fins ritualísticos. Interessante perceber que desde o início a questão estética sempre acompanhou o homem que também incorporou este conceito à cerâmica. A argila é uma das mais primitivas matérias-primas e pode ser considerada uma das primeiras formas de expressão artística do ser humano.

Trio Decorativo da ceramista Cristiane Tesoto. “ O processo é lento e a curiosidade muito grande, a peça entra no forno e é sempre uma surpresa quando o abrimos” - comenta a artista.

A beleza como alma do

objeto útil

O artesanato (transformação totalmente manual da matéria-prima em produto final) surgiu simultaneamente com a pedra polida e a cerâmica. Sua produção manual estava intimamente ligada à utilidade do produto final. Forma e função intrinsecamente unidas. O homem pré-histórico era nômade e para que pudesse fixar moradia era necessário estocar água e alimentos. A cerâmica, então, colaborou para o sedentarismo e o artesanato passou a fazer parte da evolução do homem. A arte de contracenar harmonicamente com o ser humano, ajuda-lo nas tarefas domésticas e rotineiras, construindo templos e moradias e servindo como base para expressar-se artisticamente garantiu que homem e barro tivessem vida longa. Tão longa que atualmente a cerâmica continua presente em quase todos os lugares que sempre esteve: utensílios domésticos, construção civil e decoração. Decoração com barro é o que realmente queremos ressaltar: a organicidade e história que este elemento, ou melhor, estes elementos (água e barro) carregam em si, nos transmitem milênios de convivência e talvez por este motivo sejam peças atemporais. Os artistas que trabalham com esse material imprimem nas peças, através de diversas técnicas e estilos, personalidade e beleza que encantam o olhar e o tato.

Engobe - peças confeccionadas em argila tingida com corantes minerais da artista Lúcia Benestante

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Os objetos industrializados tendem a retirar tudo o que julgam ser supérfluo e não útil e nesse processo acabam por retirar da peça sua alma, sua personalidade. Isto reflete uma série de relações que o ser humano tem com o tempo, com o belo, com a arte, entre outras coisas. Já o artesanato, e talvez resida aí seu encanto, tenta equilibrar duas polaridades, utilidade e beleza.


Estilos As técnicas da cerâmica são infinitas, pois variam enquanto argila, modelagem, pintura, queima, entre tantas diferenciações que existem. Raku, engobe, noborigama, são algumas dessas diferentes técnicas. A diferença básica é relacionada à temperatura: cerâmica de alta (1200 a 1300 graus) e baixa (980 a 1000 graus). A temperatura é responsável pela resistência das peças, quanto mais alta a temperatura mais resistente. Os processos de modelagem podemos resumir em dois métodos principais: placas (manual) e torno. As queimas são feitas em forno elétrico, a gás e/ou a lenha.

“O Raku, que significa ‘lúdico, alegre’, é considerado pelos estudiosos uma das criações mais marcantes da cerâmica japonesa. O Raku-yali, como também é chamado, surgiu no século XVI, na região de Kyoto (Japão), mas há controvérsias quanto ao fundador.” (fonte: A poética de Toshiko Ishii - Megumi Yuasa) O Raku é uma cerâmica de baixa temperatura. Sua técnica consiste em tirar a peça incandescente do forno e colocá-la em um tambor com serragem, esperando-se esfriar. “Essa redução rápida, conjunta com o tipo de esmalte, dá uma imensa gama de tonalidades imprevisíveis, por isso cada peça é única”, explica a ceramista Lúcia Benestante.

“(...) Se taparmos e destaparmos sua boca com a palma de nossa mão, ouviremos como resposta um murmúrio grave, o som de água em ebulição, erguendo-se do seu fundo; se batermos em suas laterais com nossos dedos, emitirá uma risada aguda, como moedas de prata caindo sobre uma pedra. Poliglota, conhece a linguagem do barro e dos minerais, do ar que corre por entre as paredes de um cânion, de lavadeiras esfregando roupa no rio, de céus tempestuosos, da chuva. Um pote de argila cozida: não o coloque numa vitrine, ao lado de objetos raros e preciosos. Pareceria fora do lugar. Sua beleza está relacionada ao líquido que ele contém e à sede que deve saciar. Sua beleza é corpórea: eu posso vê-lo, tocá-lo, sentir o seu cheiro, ouvi-lo. Se estiver vazio, deve ser enchido; se estiver cheio, deve ser esvaziado. Eu o tomo pela alça como a uma mulher pelo braço, ergo-o e derramo numa bacia o leite ou o pulque – líquidos lunares que abrem e fecham as portas da aurora e da escuridão, da vigília e do sono.(...)” (O uso e a contemplação, por Octavio Paz, tradução Alexandre Bandeira – Revista Raiz)



Por Fabiana Santa Joaquim Fotos: Ana Coelho

‘A primeira impressão é a que fica’, o famoso clichê pode ser aplicado à fachada de uma obra, é na fachada que se encontra, na maioria das obras, a porta de entrada. Quando o prédio é comercial a fachada é uma extensão da empresa, já em residências, as fachadas apresentam a personalidade dos que ali residem, “a fachada reflete o interior da casa e o estilo de vida dos proprietários denotando espírito jovial ou sério, simplicidade ou sofisticação”, comenta a arquiteta Mônica Cirillo.

Embora a fachada tenha um foco todo especial, não podemos esquecer que ela faz parte de um conjunto e que a harmonia com o todo, inclusive com o entorno é essencial. A principal preocupação ao projetar uma fachada, segundo o arquiteto André Paes é evitar os ornamentos e rebuscamentos desnecessários e utilizar-se dos próprios elementos construtivos, dos volumes e peças estruturais para compor a identidade da residência.

A ausência da fachada clássica e frontal também pode ser uma opção, muitos clientes optam por fazê-la lateralmente ou por sua completa ausência. Acompanhando as mudanças do comportamento humano e modos de se relacionar com o mundo, alguns arquitetos inovam ao abolir a fachada e propiciar ao proprietário várias entradas ou acessos para o interior da casa. “Atualmente, as residências urbanas têm mostrado fachadas mais austeras, mais fechadas, pouco reveladoras, pensando principalmente na segurança, as aberturas têm sido voltadas para dentro do próprio lote”, explica o arquiteto André Paes, mas que essa preocupação, segundo o arquiteto, é muito menor nos condomínios onde fachadas mais livres são exibidas.

Outra questão importante ao se pensar esta etapa do projeto são os materiais empregados. “Aplicar esquadrias de PVC, alumínio ou vidro temperado, texturas nas paredes, telhas esmaltadas ou impermeabilizadas, garantem resistência e fácil manutenção”, esclarece Mônica Cirillo, que também procura colocar várias janelas e portas amplas para integrar o jardim e aumentar a claridade. A boa dosagem dos adornos, cores e dos materiais empregados podem colaborar para a composição de uma fachada harmoniosa, atraente e não cansativa visualmente.

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>> Atendendo o pedido do cliente, os arcos foram o maior desafio para o arquiteto Alexandre Chaguri, que os projetou de maneira solta, mas manteve o equilíbrio volumétrico desta fachada. Os arcos ficam em destaque à noite com sua iluminação indireta. O tom claro foi escolhido para contrastar com o telhado. A fachada cria uma atmosfera de proteção e segurança, mas sem inibir.

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O estilo desta residência foi pensado ao longo de várias reuniões com os clientes e a preocupação foi adequar a arquitetura ao local do terreno e ao seu entorno. As janelas e volumes dão movimento à fachada e a porta de entrada fica bem protegida neste projeto da arquiteta Adriana Machado.

(Foto início da matéria)

>> >> Utilizar cores que não provocam cansaço visual foi a opção perfeita para a esta fachada. A arquiteta Ana Andrézia destacou a pintura da fachada com a cor branca e manteve os tons claros também no telhado, “tudo em harmonia com a arquitetura”.


>> Pingadeiras e beirais feitos com concreto aparente e paredes com acabamento em massa grossa são os itens que a arquiteta Zuremar Basso Maia utilizou para conferir um aspecto rústico ao projeto sem recorrer às texturas. Os vidros temperados e as venezianas de alumínio agregam o valor da fácil manutenção, essencial para se manter a fachada de uma casa sempre bela.

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>> Misturar estilos também é uma arte e foi a proposta que os arquitetos André Paes e Cícero Toledo trabalharam neste projeto. Estilo clássico nos telhados e beirais, harmoniosamente mesclado com os blocos retos e limpo; visualmente mais moderno e contemporâneo. O jogo de volumes feito nos andares confere à entrada uma proporção estética de destaque. A harmonia do conjunto tem como toque final a porta de madeira e o revestimento com pedra ‘canjiquinha’.

>> No terreno de esquina a residência surge de forma imponente, com linhas retas e jogo de volumes. A preocupação da arquiteta Mônica Cirillo foi integrar ao máximo os ambiente sociais à paisagem. A cor quente da fachada foi escolhida para contrastar com o verde do amplo jardim e com o tom claro das telhas de concreto.


Ofício Natural (Napoli)

Poltrona Nice em apuí e junco

Por Fabiana Santa Joaquim Fotos: Ana Carolina e arquivos da Ofício Natural

Belo

TENDÊNCIA MUNDIAL, OS MÓVEIS DE FIBRAS NATURAIS AGREGAM MUITAS QUALIDADES: INFORMALIDADE, CONFORTO E INTIMIDADE 70


A

s fibras naturais, que costumavam freqüentar varandas, casas de praia e campo e algumas residências consideradas exóticas, estão cada vez mais presentes no cotidiano de muitas famílias e escritórios. Tendência mundial, as fibras naturais agregam muitas qualidades: informalidade, conforto e intimidade são alguns exemplos. Considerada uma alternativa às fibras sintéticas, derivadas do petróleo, os aspectos ecológicos e sociais são razões que começam a pesar na escolha de muitos consumidores, “arbustos ou cipós que são extraídos da natureza sem agredir o meio ambiente, pois não é necessário derrubar nenhuma árvore, portanto, ecologicamente correto, além dos benefícios sociais, pois garantem remuneração à comunidades locais, mantendo-os em suas regiões”, comenta Clodoaldo Menezes, empresário do ramo. Mas a questão estética é ainda o maior atrativo e neste quesito os móveis de fibras naturais ‘enchem os olhos’, conquistam primeiro o olhar e depois a consciência e a responsabilidade social. >>


A beleza dos trançados Cadeira Liceo em madeira e junco

Os móveis de fibras naturais são feitos a partir de plantas vegetais que sofrem diversos tratamentos, conforme a espécie. Há espécies que são apenas secas e outras que são tratadas com produtos químicos. As diferentes formas de cortar, raspar, desfiar e trançar as fibras, feitas manualmente nelas, secas ou úmidas, resultam em inúmeros desenhos. Pode-se usar diversas fibras em um mesmo móvel, além do quê, a fibra aceita, praticamente, todo tipo de acabamento.

Ofício Natural (Napoli)

Ofício Natural (Napoli)

Ofício Natural (Napoli)

Toda essa peculiaridade exige do artesão conhecimento profundo da matéria-prima de sua arte. Por meio de suas mãos hábeis e de sua sensibilidade, surgem peças de alta qualidade estética e comercial.

Puff Dan em apuí e junco

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Puff Yng Convexo em bambu e junco Cadeira Lola em madeira e junco

Ofício Natural (Napoli)

Sierra Móveis

Sofá Sweet com mesa lateral, estrutura em alumínio e revestido em taboa


A manutenção dos móveis de fibras é simples: basta apenas um pano seco, uma escova macia ou ainda o aspirador de pó com o acessório ‘vassourinha’. Por ser uma fibra natural, deve ser evitado qualquer tipo de abrasivo ou produtos químicos para limpeza. Geralmente, os móveis recebem tratamento contra pragas e fungos. Verifique com seu vendedor sobre esses aspectos e também se certifique da garantia. Os móveis devem ser abrigados do sol e da chuva e, portanto, não são indicados para áreas externas.

Saccaro (Luisa Barbero)

Ofício Natural (Napoli)

Chaise Longue Jawa em madeira e taboa

Poltrona Maiorca em palha málaca trançada e pés em madeira de garateira

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Saccaro ( Luisa Barbero)

Ofício Natural (Napoli)

Saccaro ( Luisa Barbero)

Ofício Natural (Napoli)

Poltrona Mundi confeccionada em junco

Cadeira Pontaccio e cabeceira de cama Linha Terra, ambas em folhas de bananeira trançada

Ofício Natural (Napoli)

Mesa de centro Arcádia em taboa

Chaise Longue Mali em madeira e junco

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Conheça algumas das fibras mais utilizadas: Apui (Rotim) Planta amazônica do gênero Ficus. O apuí é uma epífita, isto é, cresce sobre outras árvores lançando raízes aéreas, o que se chama comumente de cipó. Esta é a parte utilizada na fabricação de móveis. Parecida com a Málaca, planta asiática, possui a vantagem de ser mais resistente e não possuir gomos. Apui é um cipó selvagem que nasce no topo das árvores e chega a ter mais de 30 metros de comprimento. Junco Parente do papiro, típico de regiões alagadiças. Existem cerca de 3000 espécies agrupadas em duas famílias: a das Ciperáceas e a das Juncáceas. A espécie brasileira mais importante é a Juncus Effesus. Fibra muito resistente, uma das mais fortes, é praticamente imune a qualquer predador natural de madeira. Muito utilizado nas amarrações de cadeiras ou tramado nos assentos e encostos, ou ainda, revestindo totalmente sofás e poltronas. O produto final é de uma beleza incomparável, produzindo ambientes leves e sofisticados. O processo de fabricação de móveis com essa planta envolve escaldamento do caule com produtos químicos e queimada de fios e pêlos para que a peça fique lisa. Taboa Fibra aquática típica de brejos, manguezais e várzeas, é altamente adaptável e encontra-se espalhada por todo o mundo (em alguns lugares é considerada uma praga). A sua fibra, durável, resistente e flexível, pode ser utilizada como matéria-prima para muitos produtos. Usada, principalmente, para revestir sofás e poltronas, resultando em tramas sofisticadas e de extremo bom gosto. Bananeira Do tronco da bananeira é extraída uma fibra muito resistente de coloração variada, proporcionando um ótimo acabamento final. Agradável ao toque, quando aplicada em poltronas possibilita ótimo conforto. Pode ser escurecida quando o ambiente a ser decorado assim exigir. Buriti Palmeira originada do nordeste, principalmente do estado do Maranhão. Suas fibras, devidamente tratadas e tecidas, garantem um produto de muito bom aspecto e resistência. Vime Árvore originária de áreas temperadas (África do Sul, Europa e parte da Ásia) introduzida no sul do Brasil. A planta, que gosta de solos úmidos, faz parte do gênero Salix, o mesmo do salgueiro ou chorão. O vime é um material utilizado desde tempos primitivos e trançado, possui diversos usos, principalmente na manufatura de cestos e móveis. Cana-da-índia e bambu Os bambus são mais resistentes, por isso são indicados para compor a estrutura dos móveis. Existem mais de 1000 espécies. A taquara, espécie brasileira, no entanto, é menos resistente, portanto é utilizada para trançados menores. A espécie mais utilizada para fabricação de móveis é a Bambusa vulgaris. 75


P R O J E TO D OA R Q UI T E TO Fotos: Ana Coelho

As amplas janelas em esquadrias de alumĂ­nio anodizado, com veneziana integrada, foram feitas pela Esquadrias Metal Branco. Os gradis no estilo neoclĂĄssico foram feitos pela Serralheria Globo e foram pintados pela 7 Belo Tintas, assim como portas e batentes.

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SINCRONIA DE PROFISSIONAIS GARANTE O SUCESSO DO PROJETO

Arquiteta Luciana Bianchi

O

projeto de uma casa showroom deve fornecer ao cliente uma real visualização do projeto, em termos de espaço, circulação e conforto. Para isso, a Construtora Contractor, que detem a autoria e execução do projeto do Residencial Victória, possui uma equipe de profissionais gabaritados. A arquiteta Luciana Bianchi faz parte dessa equipe e é responsável pelo interior e decoração desses ambientes. “O estilo neoclássico do Condomínio influenciou na decoração, harmonisando com o projeto arquitetônico, a mesma preocupação que teve a arquiteta Maria Luiza Aceituno que assina o projeto paisagístico, executado pelo Projeto Verde”, comenta Luciana Bianchi. O mobiliário, as cortinas e os lustres escolhidos garantem a elegância e o conforto, enquanto os modulados conferem à casa praticidade e funcionalidade necessárias no dia-a-dia. “As cores neutras, contrastando com os quadros pintados pela Caterina Reze, propiciam um ambiente aconchegante”, esclarece a arquiteta.

>>

A confecção e a instalação das cortinas e persianas, bem como as almofadas bordadas, foram executadas pela Bian Cortinas


P R O J E TO D OA R Q UI T E TO

Os charmosos m贸veis , tapetes e objetos decorativos s茫o da Sierra M贸veis


A cozinha ganhou mais atenção pelos modulados executados pela Todeschini

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Todo charme da iluminação dos ambientes foi adquirido na JJ Lustres

A churrasqueira executada pela Obra Fácil complementa a área de lazer


PROJE TODOARQU ITE TO

O condomínio ganhou mais vida com o projeto paisagístico realizado pelo Projeto Verde. O Residencial Victória é o primeiro condomínio da cidade com sistema de garagem subterrânea, sendo 4 vagas por residência. Ao lado, pode se observar o vão de acesso.

Esquadrias de Alumínio (15) 3221 9568 Av. Dr. Luiz Mendes de Almeida 1105 Vl. Espírito Santo • Sorocaba Iluminação (15) 3234 6018 • 3363 5116 R. Nogueira Padilha, 70 • Além Ponte • Sorocaba R. Acácio Manoel da Silva Viana • Centro • Boituva Tintas (15) 3222 6151 • 3234 5529 Av. Gal. Carneiro, 645 • Cerrado • Sorocaba R. Antônio Adad, 25 • Campolim • Sorocaba Cortinas (15) 3211 3831 R. Miranda Azevedo, 141 • Centro • Sorocaba Paisagismo (15) 3232 5356 R. Pedro José Ribeiro, 35 • Além Linha • Sorocaba O mármore da Marmoraria M2 garante o requinte da fonte.

FORNECEDORES

Serralheria (15) 3202 1872 Av. Dr. Luiz Mendes de Almeida 1000/1012 Jd São Paulo • Sorocaba

Cozinha/ Móveis Planejados

Móveis

(15) 3232 0811 Av. Barão de Tatuí, 1166 • Jd. Vergueiro • Sorocaba

(15) 3231 7791 Av. Izoraida Marques Peres, 216 • Campolim • Sorocaba

Mármores e Granitos

Churrasqueira

(15) 3237 3030 R. Mário Thame, 52 – Além Ponte • Sorocaba

(15) 3233 8622 R. Maria Cinto de Biaggi, 378 – Jd. Santa Rosália • Sorocaba


P R O J E TO D OA R Q UI T E TO

Cantinho do Ferro forneceu todo o ferro para a estrutura deste projeto

VERSATILIDADE E ESPAÇO

Fotos: Ana Coelho

Arquitetos Marcos Gonzales e Priscila Yossano

itens essenciais

NA VIDA MODERNA

A

casa projetada pelos arquitetos Marcos Gonzales e Priscila Yossano privilegia alguns pedidos dos proprietários, como, por exemplo, que a casa fosse bem iluminada e ventilada, espaçosa e com área de lazer. Para um casal com apenas um filho, a casa propicia ambientes flexíveis para as reuniões familiares; cozinha, sala de jantar e churrasqueira estão integradas para isso. A cozinha prima pela versatilidade, item essencial na vida moderna. Unindo a sala de TV, a de estar e a de jantar, os arquitetos criaram um ambiente aconchegante para agregar toda a família.

A cozinha moderna foi toda equipada com os modulados da Todeschini


Garantindo versatilidade ao projeto, a escada não ocupa muito espaço

Item de união familiar, a churrasqueira e o forno de pizza foram executados pela Obra Fácil O colorido deste projeto contou com a grande variedade oferida pelas Tintas Pig

FORNECEDORES Cozinha (15) 3232 0811 Av. Barão de Tatuí, 1166 • Jd. Vergueiro • Sorocaba Ferros para construção (15) 3313 9900 Av. Ipanema, 2.250 • Vila Nova • Sorocaba Tintas (15) 3229 2444 R. Dr. Armando Panunzio, 201 • Sorocaba Churrasqueira (15) 3233 8622 R. Maria Cinto de Biaggi, 378 • Jd. Santa Rosália • Sorocaba


P R O J E TO D OA R Q UI T E TO Fotos: Ana Coelho

Soluções práticas com estética

O

s verbos mais conjugados pelos proprietários das novas residências são agregar, integrar, reunir. Esta casa, projetada pela arquiteta Ana Andrézia, com a administração do engenheiro César Campos, segue esta tendência: living, sala de jantar e cozinha estão integradas à área de lazer. “Aproveitando o desnível do terreno (aclive), foram atendidas as necessidades do cliente em relação ao número de espaços desejados”, explica a arquiteta, que destaca a escada vazada, que, além da beleza estética, comunica os três pavimentos. Ventilação e iluminação natural também são destaque deste projeto; através das aberturas de vidro, a casa ganhou muita claridade e ventilação controlada. Com uma distribuição prática dos pavimentos, os acessos e abrigos ficam no andar inferior. No térreo estão as salas, a lavanderia, a cozinha e a área de lazer e no andar superior se encontram as suítes com suas belas varandas.

Arquiteta Ana Andrézia

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O living com vista para a piscina propicia a interação entre a família e amigos, que podem usar o acesso exterior para a área de lazer, “sem precisar passar pela casa”, explica a arquiteta.


Todo o material elĂŠtrico do proejto foi fornecido pela Eletrosol

>> Os lustres sĂŁo da empresa JJ Lustres e o destaque fica para o belo pendente da escada


P R O J E TO D OA R Q UI T E TO

A 7 Belo Tintas dá os tons e cores que refletem a personalidade dos ambientes

A área de lazer conta com a descontração da piscina da Aquabase

FORNECEDORES Iluminação (15) 3234 6018 • 3363 5116 R. Nogueira Padilha, 70 • Além Ponte • Sorocaba R. Acácio Manoel da Silva Viana • Centro • Boituva Tintas (15) 3222 6151 • 3234 5529 Av. Gal. Carneiro, 645 • Cerrado • Sorocaba R. Antônio Adad, 25 • Campolim • Sorocaba Blocos em concreto (15) ) 3226 1388 R. Atanazio Soares, 3578 Jd. Mª Eugênia • Sorocaba Materiais Elétricos (15) ) 3233 4558 R. Sta. Rosália, 228 • Além Linha • Sorocaba Piscina (15) 3221 4991 R. João Wagner Wey, 2030 • Sorocaba

A Dibloco forneceu todos os blocos para a estrutura da casa



P R O J E TO D OA R Q UI T E TO Fotos: Ana Coelho

CARAC TERÍSTICAS DO TERRENO TO R N A M - S E QUALIDADES DO PROJETO Arquiteto Paulo Foot

A

residência projetada pelo arquiteto Paulo Foot se caracteriza pela implantação e aproveitamento do aclive do terreno. Para garantir mais insolação e ventilação, foi adotado o nível médio-alto para o térreo.

Com o corte do terreno, o arquiteto utilizou este espaço frontal para garagem e despejo e no interior deste pavimento encontram-se os ambientes destinados à área de lazer. Este espaço está totalmente integrado com a parte externa por grandes portas de correr, “criamos assim uma grande área social”. A escada chama a atenção pelo seu desenho escultural e leve, que dá acesso ao andar superior onde se concentra a área íntima, “as varandas deste andar possuem uma bela vista da paisagem do condomínio”. Na cozinha, o destaque são a sobriedade e funcionalidade, um espaço gostoso e equilibrado para desfrutar do prazer de cozinhar. A sobreposição do telhado remete ao neoclássico americano, tendo uma linguagem em comum desde seu exterior. As varandas e o seu guarda-corpo possuem desenho leve e descontraído, que se integra com o exterior. 88


FORNECEDORES Mármores e Granitos (15) 3227 4747 Rua Dorothy de Oliveira, 855 Jd. do Sol • Sorocaba Esquadrias de Alumínio (15) 3227 4633 Rua Epitácio Pessoa, 105 Vila Hingst • Sorocaba Serralheria (15) ) 3222 2466 Rua Humberto de Campos, 540 Jd. Zulmira • Sorocaba

Os mármores fornecidos pela Marmoraria Mendes garantiram a elegância do projeto

O guarda-corpo descontraído e leve foi executado pela Serralheria Lopes e as amplas janelas em esquadrias de alumínio da Soal garantem boa iluminação

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AR Q U I T E TO S • EN GEN H EI ROS • PAISAGISTAS • DE SIGNE RS

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A RQ UI T E TO S • E NGE NHE IROS • PAISAGISTAS • DES IG NERS

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MATERIAL BÁSICO Arame recozido kg esp.18 ......................................................................... R$ 6,80 Areia média lavada m² ............................................................................... R$ 42,08 Brita 1 m² ................................................................................................... R$ 41,10 Cal hidratada (saco 20kg) um ................................................................... R$ 7,89 Chapa de compensado resinado (1,22x2,44 m) esp. de 12m/m um.... R$ 23,15 Cimento CPII 32 (saco 50 kg) um. ............................................................ R$ 14,20 Ferro p/ estrutura (barra de 10 mm x 12 m) um ..................................... R$ 24,90 Prego 18 x 27, c/ cabeça Kg ..................................................................... R$ 6,45 Barra de ferro 6,3mm c/12 mts ................................................................ R$ 14,90 Tábua de cedrinho p/ forma (2,5x30cm) ................................................. R$ 8,10 ALVENARIA Tijolo baiano (12x14x24 cm) mil ........................ R$ 270,00 Tijolo maciço comum (5x10x20 cm) mil ............ R$ 172,05 Bloco cerâmico (9x9x19 cm) mil ........................ R$ 141,00 Bloco concreto estrutural (14x19x39cm) um. ...R$ 2,60 TELHADO Telha cerâmica PLAM ............................... R$ 545,00 Viga de peroba (6x16 cm) m ................... R$ 9,60 Viga de peroba (6x12 cm) m ................... R$ 7,70 Manta aluminizada, rolo c/ 50 m um. ... R$ 5,98 o metro Ripa peroba (1,5x5cm) m ........................ R$ 0,92 PINTURA Massa corrida ( 3,6 l) galão ....................... R$ 23,40 Tinta a oleo ( 1,6 l) galão ........................... R$ 44,00 Tinta acrílica p/ exterior ( 3,6 l) galão ...... R$ 41,20 Tinta latex p/ interior ( 3,6 l) galão ........... R$ 37,80 Esmalte sintético (3,6 l) galão ................... R$ 49,28

PREÇO POR m² DE ÁREA CONSTRUÍDA CLASSE MÉDIA m² .......................R$ 960,38 CLASSE LUXO m² ....................... R$ 1.405,60

REVESTIMENTO DE PISO Carpete de madeira esp.7mm m² ................................ R$ 94,00 Piso de granito cinza andorinha (40x40cm) m² ...... R$ 51,30 ESQUADRIAS E FERRAGENS Caixilho de aluminio máximo-ar ................ R$ 93,10 Caixilho de madeira máximo-ar ............. R$ 85,60 Caixilho de madeira c/ veneziana ...... R$ 76,20 LOUÇAS E METAIS Bacia c/ caixa acoplada um. ........................ R$ 172,40 Lavatório de louça c/ coluna branco um. ........ R$ 52,20 HIDRÁULICA Tubo de PVC (esgoto diâmetro 100 mm - barra de 6m) um. ...... R$ 38,00 Tubo de PVC p/ água fria de 25 mm (barra de 6m) um. ......... R$ 11,13 ELÉTRICA Disjuntor bipolar de 25 amperes um. ................. R$ 32,30 Fio isolado de 2,5 mm (rolo de 100 m) um. .... R$ 66,00 Fio isolado de 4 mm (rolo de 100 m) um. ... R$ 103,10 OBS* existem variações nos valores quanto a marca do produto. * Preços pesquisados no mês de maio/2007 Valores aproximados na Região Sudeste do país



H A LL

Fotos: Jenifer Scarlletti

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HALL

Foto: Ana Coelho

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Foto: Ana Coelho

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Sucesso sempre presente neste evento lançamento da 6ª edição do Guia de Noivas Enlace aconteceu no Runa Club com a presença dos clientes, amigos, autoridades e imprensa. O sucesso deste evento O é um reflexo do trabalho de toda equipe da Editora SBC. O Guia de Noivas Enlace é

referência na cidade no segmento de festas. A cada ano a editora se supera, deixando o guia ainda mais bonito.

1- Cíntia Guanieri e Ângelo Giovani 2- Pink e Renata Tinen 3- Alexandre e Raquel Almeida 4- DJs Lucas Ribeiro, Gabriel Green e André Ribeiro 5- Helena Bauerlein e Talita 6- Wiliam e Mônica Liparotti 7- Nestor Ribeiro Filho, Cecília, Nestor Ribeiro e Cecília Ribeiro 8- Regina C. Marcondes, Sérgio M. de Oliveira, Ize Calaça, Nei Ferreira, Valéria Almeida e Valéria Pereira 9- Castelhano e Fernando Castelhano 10- Renato e Fernanda Alvarenga 11- Tiana Ribeiro 12- Denise Lippi 13- Gláucia e Rodrigo Bertolli 14- Lucila Blaseck e Lélia Caiuby 15- Silvia e Olavo Barbero 16- Ana Márcia, Otacílio e Débora

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H A LL Fotos: Fábio Aurélio

Eric Sacamoto e Paulo Monteiro

Lúcia e Fernando Perfeito, Jane Fogaça e Samara Fernandes

Elizabeth Delarme, Nilzete Nogueira, Luisa Barbero e Marivam Alcântara

Francine Stefaneli Marques e João Marques

Eliane e Mario Martins

Marcela G. Silva e Nelson Francisco da Silva

Sergio Gonzalez e Maria Angela V. Gonzalez

Regiane e Elias Boy

Marcia Antunes e Cintia Aceituno

Jaime e Eliane Freitas

Fernando Poles e Tathia Poles


HALL

Ricardo Bandeira e Márcia Leitão (1º colocado)

0 km, notebook e monitor de TV 17”. Um reconhecimento pelo trabalho dos proCarro fissionais.

Salvador Ribeiro (revista Habitare) e Ana Andrézia (2° colocado)

Durante todo ano de 2006, os arquitetos e decoradores que compraram nas lojas associadas ao Pólo Arqdec (Florense, Sierra, Napoli, Morarte, Portobello Shop, Bella Casa, Mf Telhas, Hidráulica Rei, Marmoraria Comagra, Foneplan, Marcenaria Artesanal, Luisa Barbero e Studio Luz) acumularam pontos e concorreram a alguns prêmios. Dentre todos os que participaram, classificaram-se os 10 que obtiveram maior pontuação, os quais receberam como troféu uma escultura criada pela artista plástica Marli Salum, que simboliza a união entre os profissionais e o Pólo Arqdec. E dessa lista de 10, os 3 primeiros colocados receberam prêmios especiais. São eles: - Cássio Pinto - 3º lugar - prêmio: monitor de TV 17” - Ana Andrézia - 2º lugar - prêmio: notebook - Márcia Leitão e Ricardo Bandeira - 1º lugar - prêmio: carro 0km A festa de premiação, com patrocínio da revista Habitare, aconteceu no Lusa Eventos, cuidadosamente preparada para receber os convidados, em especial os profissionais envolvidos.

Cássio Pinto (3° colocado)


H A LL

Musse Stefan

Angelo Dutra

Patrícia e Marcio Merguizo

Flávia Chagas e Luciana Bianchi

Paulo Pereira e Denis Sandei

Maria Smênia e André Paes

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Rodinei Pinto


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pi al l egr an d

Equipe vendas e pós vendas

Jose Ferrari, Antonio e Tuco

Equipe de vendas Pial Lengrand

A Ferrari & Ferrari Materiais Elétricos (distribuidor Pial Legrand) reuniu no último 11 de maio, instaladores, construtores e engenheiros para o lançamento da linha de interruptores e tomadas, vela arquitetura e decoração da Pial Legrand. 99


12ª EDIÇÃO CAMPINAS DECOR Fotos: Leandro Farchi

Principal mostra de arquitetura, decoração e paisagismo do interior paulista

A

12ª edição da Campinas Decor, principal mostra de arquitetura, decoração e paisagismo do interior paulista foi, como sempre, um grande sucesso. Os visitantes puderam conferir o trabalho realizado por 86 expositores em 55 ambientes internos e externos, em imóvel que estava em fase final de construção, localizado à Rua José Lins do Rego, 560, no Parque Taquaral. A área total do evento foi de 3 mil metros quadrados, sendo 800 metros quadrados da casa principal. A mostra contou ainda com uma segunda casa, com ambientes voltados para espaços comerciais. Contou também com um anexo de ambientes variados e espaços de paisagismo. Para orientar o trabalho de criação, a edição 2007 teve como personagens os integrantes da fictícia família Resende Lopes, vivendo uma história contemporânea. O senhor Lopes é um homem de meia idade, em seu segundo casamento. A casa, grande e confortável, teve a função de unir e harmonizar a família em um mesmo espaço. No trabalho de ambientação realizado pelos expositores, pôde-se ver uma predominância de estilo contemporâneo. A madeira apareceu como a grande vedete desta edição da mostra, em variadas tonalidades, em especial nos tons de carvalho, em painéis e móveis com nichos.

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No mobiliário, destaque para as fibras naturais. Entre as cores, notou-se o uso de tons crus, bege, cinza, preto, branco e alguns mais fortes, como o berinjela e o vermelho queimado, entre outros. Foi nítida também a presença de materiais reciclados e ecologicamente corretos, presentes em vários ambientes, como a Brinquedoteca e a Garagem. Outro destaque foi a automação, utilizada em diversos ambientes internos e externos. Novos talentos Mantendo a tradição das últimas edições, neste ano a organização da Campinas Decor reservou três espaços para novos talentos: profissionais que estão há pouco tempo no mercado, mas têm grande potencial criador. O projeto Novos Talentos da Campinas Decor foi destinado àqueles que se formaram há, no máximo, dois anos. Na edição 2007, os ambientes destinados ao projeto foram o Lavabo, ambientado pela designer de interiores Nelly Rocha, o Cyber Café com Banheiro, das arquitetas Elisa Garrafa de Lima e Paula Zacche, e a Saleta do Hóspede, a cargo das arquitetas Thalita Aguilar Noronha Gustavo e Luciane Daniel de Souza.


< Empório Decor – O ambiente foi criado pelos arquitetos Fernando Consoni e Octavio Zillo Bosi para acomodar os objetos para casa e de decoração que serão comercializados durante a mostra. Para atender essa necessidade, os profissionais optaram por um projeto com elementos mais frios, como vidro, espelhos e porcelanato, para facilitar a identificação ao visitante do que é a arquitetura do ambiente e o que são os produtos comercializados. Pensando na circulação como elemento predominante, a disposição do lay out foi resolvida colocando-se um balcão com medidas avantajadas logo na entrada, forçando o visitante a percorrê-lo todo.

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Dormitório e Closet do Rapaz – Criar um dormitório jovem, con-

temporâneo, com ares de lounge e um toque noturno. Esse foi o desafio dos arquitetos Anderson Leite e Roberta Kassouf, que participam da mostra pelo terceiro ano consecutivo. O projeto manteve a idéia de que o rapaz é produtor de videoclipes, porém, foi acrescentada sua preferência musical por house e lounge music. O lay out é inovador, com bancada de trabalho e a cama que faz às vezes de sofá. A iluminação é pontual e lúdica. Tudo foi pensado para que a pessoa que estiver no ambiente tenha conforto, autonomia e alto astral.

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^ Fumoir – O arquiteto e paisagista Lourenço Dantas Jr. procurou criar um ambiente confortável para os fumantes neste espaço que é uma das novidades da Campinas Decor 2007. Segundo ele, trata-se de “um local de encontro e bate-papo, com um cafezinho ou um drink.” Tendo como principais características o conforto e a ventilação, o ambiente segue o estilo contemporâneo e conta com elementos relaxantes, como uma cascata e uma lareira externa. As cores predominantes são o preto e o branco.

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< Banheiro do filho – Participando pela segunda vez da Campinas Decor, a arquiteta Graça Gargantini procurou transformar o banheiro em uma extensão dos interesses de seu usuário, um editor de DVDs, em um projeto masculino, contemporâneo e aconchegante, através de um layout diferenciado e ousado que possibilita diversos efeitos visuais através do que há de novidade em relação a revestimentos no mercado brasileiro. Os equipamentos eletrônicos podem ser vistos de qualquer ângulo do banheiro.


> Espaço Gourmet – A arquiteta e urbanista Adriana Fernandes Consulin participa pela segunda vez da Campinas Decor à frente do Espaço Gourmet. O ambiente foi construído e ambientado visando um conceito contemporâneo, priorizando o design e o uso de materiais racionais e ecologicamente corretos. A estrutura auxiliar é feita de material de demolição e a cobertura e a estrutura funcionam como um kit de montagem. A arquitetura foi concebida pela funcionalidade de montagem, rapidez e industrialização da construção, enquanto os móveis e demais materiais são de empresas que visam a importância da ecologia e trabalham com madeiras reflorestadas. O espaço, em estilo contemporâneo e com 42 metros quadrados, foi concebido para ser um ponto de encontro.

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Espaço Cult - O objetivo desse projeto foi o de criar um espaço de cultura, artes, literatura, fotografia e música para a família. Para viabilizá-lo, a arquiteta Izilda Bortolini de Moraes e a designer de interiores Vani Mazoni formaram uma parceria e são as responsáveis pelo ambiente de 20 metros quadrados. Acompanhando o estilo contemporâneo, as profissionais trabalharam principalmente com as cores off-white, verde fendi e palha natural. No ambiente, foi montada uma pequena biblioteca com canto de leitura, um acervo de fotografia, outro de obras de arte com telas e esculturas e um espaço para música.

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> Escritório do Restaurante - O ambiente clean criado pela arquiteta Fernanda Quelhas transmite as sensações de limpeza e transparência, características fundamentais que facilitam as grandes inspirações de um chef de cozinha e dono de restaurante. Em estilo contemporâneo, o espaço tem 3,70 m x 2,70 m, onde predominam o branco e a madeira. Toda a iluminação tem efeito indireto. Na base da mesa, foi colocado um ponto de iluminação através de um pé de acrílico e fibras ópticas. “O ambiente deve cumprir sua função. Por se tratar de um escritório, ele deve ser bem iluminado e organizado, confortável e prático.

< Varanda do Spa – O arquiteto José Luiz Rogé Ferreira Grieco criou um ambiente voltado ao relaxamento com clima praiano. Com 110 metros quadrados e estilo rústico, o espaço privilegia as cores verde, branco e preto. No projeto, também foram usados concreto, tijolo à vista, bambu, madeira e gesso. O arquiteto fez a readaptação de materiais construtivos de outra época, atualizando o aspecto arquitetônico do ambiente com o menor custo possível e de acordo com a proposta. A iluminação favorece detalhes de imagens, móveis e paisagismo.

Confira mais detalhes da 12ª Edição Campinas Decor no site: w w w. c a m p i n a s d e c o r. c o m . b r

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PRODUTOS

SERVIÇOS

Tudo o que você precisa para construir, reformar e decorar Andaimes ................................................................................................................................. 106 Aquecedores .......................................................................................................................... 106 Arquitetos ............................................................................................................................ 106 Arte em Estanho .................................................................................................................. 106 Áudio e Vídeo .................................................................................................................. 106 Blocos de Concreto ......................................................................................................... 106 Calhas e Coifas ............................................................................................................ 106 Casa Noturna ............................................................................................................ 106 Cerâmica ................................................................................................................ 106 Churrasqueiras ...................................................................................................... 106 Comunicação Visual ............................................................................................. 106 Cortinas .......................................................................................................... 107 Decoração ................................................................................................... 107 Detetizadora .............................................................................................. 107 Dry Wall ................................................................................................... 107 Engenharia .............................................................................................. 107 Equipamentos para Cozinha .................................................................... 107 Escola ............................................................................................... 107 Estética Ambiental ............................................................................. 107 Esquadrias de Alumínio ................................................................... 107 Esquadrias e Pisos de Madeira ......................................................... 107 Ferro para Construção ................................................................. 107 Filtros ................................................................................... 107 Iluminação e Lustres ................................................................ 107 Inox ................................................................................. 107 Jogos .............................................................................. 107 Madeiras ....................................................................... 108 Marcenarias ................................................................. 108 Mármores e Granitos ................................................... 108 Materiais Elétricos .................................................... 108 Materiais Hidrálicos ................................................ 108 Molduras ........................................................... 108 Móveis para Escritório ....................................... 108 Móveis Planejados .......................................... 108 Notebook ................................................... 108 Paisagisno ................................................ 108 Pedras Decorativas .................................... 108 Persianas .............................................. 109 Piscinas ............................................. 108 Pisos e Revestimentos ....................... 108 Polo de Arquitetura ......................... 108 Segurança ................................... 109 Serralheria ................................ 109 Sondagens e Fundações ............. 109 Telhas ................................. 109 Tintas ............................... 109 105


P R O D U TO S &S E R V I ÇO S ANDAIMES

Rodrigo Latorre Márcio Merguizo Av Juscelino K Oliveira, 753 Av Antonio Dias Bastos, 882 - sala 74 Centro - São Roque - SP Centro - Sorocaba (11) 4784-3020 (15) 3234-8367

ARQUITETOS

Márcio Pedrico Av Caribe, 119 Campolim - Sorocaba (15) 3222-5728

Zuremar Rua Nicolau P. C. Vergueiro, 153 Centro - Sorocaba (15) 3233-7692

Ana Andrézia Rua Capitão Grandino, 77 Vergueiro - Sorocaba (15) 3231-4721

Marta Mattos e Rafael Aquino Rua Amazonas, 370 Sta Terezinha - Sorocaba (15) 3221-4610

AQUECEDORES

Cinara Oricchio Rua Barão do Rio Branco, 345 - casa 5 Jd Meny - São Roque - SP (11) 4784-6314

Mônica Cirillo Av Mário Campolim, 335 Campolim - Sorocaba (15) 3234-3139

Assenco Av Dom Aguirre, 515 Centro - Sorocaba (15) 3231-7008

Cláudia Gomes Av Barão de Tatuí, 540 - 8° andar Vergueiro - Sorocaba (15) 3233-7468

Nuneschwarz Rua Francisco Bueno, 189 Jd Ana Maria - Sorocaba (15) 8116-4140

ARTE EM ESTANHO

Delmino de Souza Jr Rua Angelo Elias, 920 Sta Rosália - Sorocaba (15) 3231-8719

Paulo Foot Rua Barão de Cotegipe, 16 Vl Leão - Sorocaba (15) 3234-3902

Casa Seu Alfredo Rua Santa Rosália, 193 Vl Santana - Sorocaba (15) 3234-6191

Edilson de Arruda Rua Prof Toledo, 556 ap 3 Centro - Sorocaba (15) 3211-0723

Priscila Yossano e Marcos Gonzales Av Juscelino K Oliveira, 753 sl 61 Centro - Sorocaba (15) 3233-4552

AUTO ELÉTRICA

Fernando Poles Rua Newton Prado, 325 Além Ponte - Sorocaba (15) 3211-3424

Rodinei Pinto Rua Saldanha Marinho, 248 Centro - Sorocaba (15) 3224-3074

Auto Elétrico Chiquinho Av. Bandeirantes, 4245 Brig. Tobias - Sorocaba (15) 3236-6712 (15) 9734-8396

106

AÚDIO VÍDEO

CASA NOTURNA

Foneplan Rua Tuiuti, 175 Vergueiro - Sorocaba (15) 3224-2316

Runa Club Av Eng Carlos Reinaldo Mendes, 3026 Altos da Boa Vista - Sorocaba (15) 3228-7171

BLOCOS DE CONCRETO

CERÂMICA

Dibloco Rua Atanázio Soares, 3578 Jd Maria Eugênia - Sorocaba (15) 3226-1388

Cristiane Tesoto Rua Rev. Henrique de Oliveira Camargo, 235 Sta Rosália - Sorocaba (15) 3211-9440

CALHAS E COIFAS

COMUNICAÇÃO VISUAL

CHURRASQUEIRAS

Vinil Design Rua Júlio Ribeiro, 207 Vl Santana - Sorocaba (15) 3231-5891


PRODUTOS& S ER VIÇOS J J Lustres Rua Nogueira Padilha, 70 Além Ponte - Sorocaba (15) 3234-6018

CORTINAS

DEDETIZADORA

ESCOLA

ESQUADRIAS E PISOS DE MADEIRA

Bian Cortinas Rua Miranda de Azevedo, 141 Centro - Sorocaba (15) 3211-3831

D D Sane Rua Máximo Baldo, 7 Jd Sta Terezinha - Sorocaba (15) 3221-2100

Companhia no Ensino Av 9 de Julho, 585 Jd Zulmira - Sorocaba (15) 3221-8859

Nacional Av Ipanema, 2455 Nova Sorocaba - Sorocaba (15) 3223-2626

Studio Luz R. Afonso Vergueiro, 2990 Santa Terezinha - Sorocaba (15) 3321 2020

DECORAÇÃO

DRYWALL

FERRO PARA CONSTRUÇÃO

INOX

Complast Av Cel. Nogueira Padilha, 89 Além Ponte - Sorocaba (15) 3231-4269

Basseifer Av Dr Luis Mendes de Almeida, 2466 Jd São Paulo - Sorocaba (15) 3221-8486

Divero Av Dr LuizMendes de Almeida, 136 Jd São Paulo - Sorocaba (15) 3217-1965

Florense Av. Antonio Carlos Cômitre, 1297 Campolim - Sorocaba (15) 3233 9000

Cantinho do Ferro Av Ipanema, 2250 Vl Nova Sorocaba - Sorocaba (15) 3313-9900

JOGOS

Luiza Barbero Av. Caribe, 835 Campolim - Sorocaba (15) 3224 1956

ENGENHARIA

ESTÉTICA AMBIENTAL

FILTROS

V B Snooker Rua Cônego André Pieroni, 492 Jd Guadalajara - Sorocaba (15) 3221-4944

Morarte Av. Antonio Carlos Cômitre, 481 Campolim - Sorocaba (15) 3231 1624

Karla Paranhos Rua Francisco Ferreira Leão, 254 Vl Leão - Sorocaba (15) 3221-8132

Lélia Urban (15) 3388-8934 (15) 8127-1086

Filtros Europa Rua da Penha, 802 Centro - Sorocaba (15) 3232-3297

MARCENARIA

ESQUADRIAS DE ALUMÍNIO

ILUMINAÇÃO E LUSTRES

Marcenaria Lanzili Rua José de Oliveira Cassu, 457 Édem - Sorocaba (15) 3325-1062

Alucasa Rua Luis Antonio de Carvalho, 187 Centro - Porto Feliz (15) 3262-9637

Ilumini Rua Aclimação, 410 Jd Paulistano - Sorocaba (15) 3222-8646

Artesanal R. Miguel Clemente, 63 Caputera - Sorocaba (15) 3227 3410

Napoli R. Prof Izoraida Marques Peres, 440 Campolim - Sorocaba (15) 3211 1521 Sierra Av Izoraida Marques Peres, 216 Campolim - Sorocaba (15) 3231-7791 Tecplast Av São Paulo, 33 Além Ponte - Sorocaba (15) 3233-4686

EQUIPAMENTOS PARA COZINHA

Casa das Balanças Rua Padre Luiz, 387 Centro - Sorocaba (15) 3232-6262

Esquadrias de Alumínio Martins Rua Belmiro L. de Almeida, 899 Jd Redenção - Sorocaba (15) 3227-4689 Metal Branco Av Dr Luiz Mendes de Almeida, 1105 Jd São Paulo - Sorocaba (15) 3221-9568 Soal Rua Epitácio Pessoa, 105 Vl Hingst - Sorocaba (15) 3227-4633

anuncie 15 3233 9312 107


P R O D U TO S &S E R V I ÇO S MADEIREIRA

Ferrari & Ferrari Av São Paulo, 679/685 Além Ponte - Sorocaba (15) 3227-6943

PISCINAS

Aquabase Rua João Wagner Wey, 2030 Jd América - Sorocaba (15) 3221-4991

MOLDURAS

SCA Av Barão de Tatuí, 286 Vergueiro - Sorocaba (15) 3211-7114

ETM Piscinas - Limpeza (15) 9709-1256

Tendência Av Eugênio Salerno, 211 Santa Terezinha - Sorocaba (15) 3202-2022

NOTEBOOK

PISOS E REVESTIMENTOS

MHM P7 Pisos Av Barão de Tatuí, 575 - bl A Rua Lourenço Zácaro, 835 - bl 2 Jd Vergueiro - Sorocaba Jd Califórnia - Barueri - SP (15) 3232-9211 (11) 4198-3720

MÁRMORES E GRANITOS

PAISAGISMO

Portobello Shop Av Barão de Tatuí, 264 Jd Vergueiro - Sorocaba (15) 3233-9401

M2 Marmoraria Rua Mário Thame, 52 Além Ponte - Sorocaba (15) 3237-3030

Projeto Verde Rua Pedro José Ribeiro, 35 Além Linha - Sorocaba (15) 3232-5356

POLO DE ARQUITETURA

Marmoraria Mendes Rua Dorothy de Oliveira, 855 Jd do Sol - Sorocaba (15) 3227-4747

Flora Tapajós Rua João Leme dos Santos, km 104,5 (15) 3343-5001

Polo Arqdec Rua Paula Bueno, 913 Taquaral - Campinas - SP (19) 3255-4992

MATERIAIS HIDRÁULICOS

PEDRAS DECORATIVAS

Hidráulica Rei Av. Eng. Carlos Reinaldo Mendes, 1290 (15) 3224 5400

Torres de Pedra Av Roberto Simonsen, 1408 Jd Sta Rosália - Sorocaba (15) 3232-5387

MATERIAIS ELÉTRICOS

MÓVEIS PARA ESCRITÓRIO

MÓVEIS PLANEJADOS

Eletrosol Rua Santa Rosália, 228 Além Linha - Sorocaba (15) 3233-4558

Rivera Rua Duque de Caxias, 101 Vl Leão - Sorocaba (15) 3232-3203

Todeschini Av Barão de Tatui, 1166 Jd Vergueiro - Sorocaba (15) 3232-0811

108

ANUNCIE 15 · 3233 9312


PRODUTOS& S ER VIÇOS PERSIANAS

Lopes Rua Humberto de Campos, 540 Jd Zulmira - Sorocaba (15) 3222-2466

SEGURANÇA

TELHAS

Telhas e Acessórios Av Washington Luiz, 356 Jd Emilia - Sorocaba (15) 3234-8375

TINTAS

7 Belo Av General Carneiro, 645 Cerrado - Sorocaba (15) 3224-5529

SERRALHERIA

SONDAGENS E FUNDAÇÕES

Portões Globo Av Dr Luiz Mendes de Almeida, 1000 Jd São Paulo - Sorocaba (15) 3202-1872

Soenvil Av Ipanema, 928 - cj 3 Terra Vermelha - Sorocaba (15) 3223-1675

Tintas Pig Av Dr Armando Pannúnzio, 201 Jd Europa - Sorocaba (15) 3229-2444

MF Telhas R. Emygdia Campolim, 45 Campolim - Sorocaba (15) 3211 2242

Vototintas Rua Paula Ney, 1203 Pq Bela Vista - Votorantim - SP (15) 3243-3320

colaboraram colaboraram com as matérias CASA URBANA

Vitor Penha vitor.penha@uol.com.br

CERÂMICA Alquimista do barro Lucia Benestante (15) 3202 9879 Cristiane Tesoto www.ceramicadealta.com (15) 3211 9440

FIBRAS NATURAIS

Naturalmente Belo Clodoaldo Menezes Oficio Natural oficionatural@hotmail.com (I1) 4666 5765 / 4666 9795

HABITART

HABITARE ECOLOGIA

Teto Verde Arquiteta urbanista Sylvia Rola sylvia@ivig.coppe.ufrj.br Engenheiro Agrônomo João Manuel Linck Feijó ecotelhado@ecotelhado.com.br (51) 3248-0300 Suporte Técnico Márcio Augusto Araújo IDHEA - idhea@idhea.com.br (11) 3227 4742 | 3326 9876

IMPERMEABILIZAÇÃO Cantinho do Ferro Av. Ipanema, 2550 (15) 32233279 7 Belo Impermeabilização Av. Gal. Carneiro, 645 (15) 32226151

PAISAGISMO

Flora Brasilis Carlos Luz e José Estevam C. de Almeida Círculo Orquidário Sorocabano cos1971@bol.com.br

PROJETO DO ARQUITETO Luciana Bianchi (15) 9772 4142 Priscila Yossano e Marcos Gonzales (15) 3233 4552 Ana Andrézia (15) 3231 4721 Paulo Foot (15) 3234 3902 Projeto alia sofisticação e praticidade Arquiteto Denis Sandei (15) 3231 1342 (11) 3673 3000

Célia Marcassa czmarcassa@uol.com.br 109





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