Projeto ECO 4, Unidade 1

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UNIDADE

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HISTÓRIAS COM HERÓIS

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VOCÊ GOSTA DE LER, OUVIR, CONTAR HISTÓRIAS SOBRE HERÓIS? E DE ASSISTIR A DESENHOS E A FILMES?

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EM SUA OPINIÃO, QUAL É O ENCANTO DE UMA AVENTURA COM HERÓIS? VAMOS ENTRAR NESSE UNIVERSO MÁGICO?

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CAPÍTULO

1

Um herói por acaso

Consulte o Manual, item 1.

Você conhece alguém que, por suas ações e por seu valor, possa ser considerado um herói? Em sua opinião, todos os heróis são iguais? Conte a seus colegas alguma história que você conhece sobre a ação de um herói.

Para ler

O ALFAIATE VALENTE Certa vez, existiu um alfaiate modesto e trabalhador que fazia ternos muito bem e que tinha muitas encomendas feitas pelos mais exigentes habitantes da região. Era verão, e havia uma grande quantidade de moscas que zumbiam a seu redor, molestando e interrompendo a todo momento o seu trabalho. O alfaiate não aguentou a amolação e sua irritação foi tanta que sem pensar deu-lhes um tremendo golpe, com uma das finas telas que usava na Molestar: aborrece

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Theo Szczepanski, 2014. Digital.

Jacob e Wilhelm Grimm

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Theo Szczepanski, 2014. Digital.

preparação de um traje. Foi tão certeiro o golpe que eliminou sete moscas de uma vez. O alfaiate, ao perceber o resultado de seu golpe, ficou surpreso consigo mesmo e resolveu confeccionar um traje muito especial, feito de tela metálica, e ainda bordou um escudo no peito em que se qualificava como “Mata Sete”, sentindo-se muito orgulhoso. Com seu elegante traje, o alfaiate saiu a correr as cidades e vilas exibindo um porte de cavaleiro, criando assim sua fama de valente e invencível. Todos assim que o viam sentiam medo dele, pensando que o terrível guerreiro havia eliminado sem piedade sete de seus inimigos ao mesmo tempo, e ninguém se atrevia a perguntar a razão de tal proeza. A fama do alfaiate chegou aos ouvidos do rei, que mandou que ele fosse chamado e lhe ofereceu uma grande recompensa e ainda a mão de sua filha em casamento, caso ele conseguisse eliminar dois terríveis gigantes que estavam aterrorizando toda a região do norte do reino, destruindo tudo que encontravam em seu caminho. Era necessário agir rápido, pois estavam se aproximando mais e mais do castelo. O valente alfaiate prometeu terminar facilmente com os terríveis gigantes e marchou em sua busca. Em poucos dias, ele encontrou os gigantes dormindo placidamente debaixo de uma enorme árvore. Aproveitou-se para subir em seus galhos e lançar dali pedras na cabeça de um deles, a ponto de quase despertá-lo, momento em que ficaria bravo sem saber quem o acertara e de onde teriam vindo os golpes. Realmente o plano do valente alfaiate funcionou como ele planejara, porque o gigante acreditou que havia sido o seu compaTraje: roupa. nheiro quem atirara as pedras enquanto ele dormia, o Porte: modo, jeito . que provocou tremenda discussão e briga entre eles. Proeza: valentia. Brigaram por mais de sete horas, jogando ora um Placidamente: sossegadamente. ora outro no chão, causando tanto estrondo, como Estrondo: grande barulho. se estivesse acontecendo um terremoto na Terra.

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Fulminado: morto instantaneamente .

Theo Szczepanski, 2014. Digital.

Depois, de tão terrível que fora a briga, os dois gigantes desmaiaram, caindo fulminados um ao lado do outro. O alfaiate valente desceu da árvore e certif icou-se de que os devastadores gigantes não voltariam a incomodar ninguém. Deu mostras de sua fama e valentia subindo sobre seus corpos, comprovando que seu título de “Mata Sete” era uma realidade. [...]

GRIMM, Jacob; GRIMM, Wilhelm. O alfaiate valente. São Paulo: Paulinas, 1993. p. 5-12. (Clássicos infantis).

Jacob e Wilhelm Grimm dedicaram-se ao registro escrito de inúmeros contos da tradição oral alemã. A primeira compilação de histórias contém 51 narrativas, data de 1810 e foi intitulada Histórias das crianças e do lar. A última edição com os autores vivos já totalizava 181 narrativas. Algumas dessas histórias também foram escritas por Charles Perrault, no século XVII, na França.

Para trocar ideias

Revise esse ponto com os alunos: a tradição oral é a transmissão de saberes feita oralmente pelo povo, de geração em geração, isto é, de pais para filhos, avós para netos, etc., constituindo, assim, um patrimônio oral. Cada povo marca a sua diferença e encontra-se com as suas raízes, isto é, revela e assume a sua identidade cultural.

1. Esse conto foi recolhido da tradição oral. Converse com seus colegas: a) O que se entende por tradição oral? b) Quem recolheu o conto?

Conduza os alunos sempre a observar informações sobre a autoria dos textos. Neste caso, os Irmãos Grimm, de nacionalidade alemã, recolheram o conto. Na França, Charles Perrault também o recolheu, no século XVII.

2. Quando se conta uma história, é necessário que exista uma situação que surpreenda o ouvinte ou o leitor. Espera-se que os alunos respondam que é o fato de o alfaiate matar sete moscas de uma só vez, com um só golpe.

a) Que situação pode ser considerada surpreendente nesse texto? b) Você imaginou que isso pudesse acontecer? Por quê? Pessoal.

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3. De que modo o alfaiate passou a ser visto pelas pessoas depois de se qualificar como “Mata Sete”? Passou a ser considerado valente e invencível. 4. A fama do alfaiate levou o rei a desafiá-lo. Qual foi o desafio? Eliminar dois gigantes que aterrorizavam a região do norte do reino.

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Para compreender

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1. Essa história foi narrada (contada) por alguém. É uma narrativa. Como se denomina quem narra a história? Espera-se que os alunos respondam que a pessoa que narra é o narrador. Explique que a palavra narrador vem de narrar.

2. Toda história ocorre em uma época, em um tempo e em um lugar. a) É possível determinar exatamente quando acontece a história do alfaiate valente? Por quê? Espera-se que os alunos respondam que não há como determinar, pois a história ocorre num tempo

marcado como “certa vez”. Explique a eles que, em narrativas de natureza oral, geralmente o tempo é indeterminado: “certa vez”, “era uma vez”, “há muito tempo”, etc.

b) Com a leitura do texto, o que é possível saber sobre o lugar em que essa história se desenvolve? É possível saber que se trata de um reino. Professor, explique aos alunos que, assim como o tempo, o lugar também geralmente é indeterminado: “um reino”, “uma aldeia”, “uma floresta”, etc.

3. Escolha uma hipótese a respeito do motivo que levou o alfaiate a assumir a difícil tarefa imposta pelo rei. a) Sua modéstia e sua ganância. b) O desejo de ficar rico e não fazer nada. c) A promessa de casamento com a princesa. X

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Espera-se que os alunos respondam que um dicionário serve para armazenar palavras, ou expressões, em ordem alfabética, explicar os significados delas, mostrar como são escritas, etc.

1. Troque ideias com seus colegas e seu professor para responder a estas questões: Consulte o Manual, item 2. a) Como as palavras aparecem organizadas em um verbetes, organizados em ordem alfabética. dicionário? Em Retome o significado de verbete.

Fabio Sgroi, 2007. Digital.

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Nossa língua

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d) A tentativa de manter-se longe das moscas que o molestavam.

b) Para que serve um dicionário? c) Quando é necessário consultar um dicionário? Sempre que é necessário tirar dúvidas sobre os significados, a escrita de palavras, etc.

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2. Observe as palavras em destaque na parte superior da página reproduzida abaixo.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Míni Aurélio: o dicionário da língua portuguesa. 8. ed. Curitiba: Positivo, 2010. p. 513.

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a) Para que servem essas duas palavras no alto da página? b) Quais são essas palavras? Molar e momices.

Converse com os alunos e incentive-os a levantar hipóteses sobre a finalidade dessas palavras: a palavra da esquerda indica o primeiro verbete da página e a da direita, o último.

As palavras molar e momices são palavras-guia. A função delas é guiar quem consulta o dicionário, auxiliando na busca da palavra desejada. Se estivermos procurando moletom, por exemplo, vamos encontrar esse verbete depois de molar e antes de momices. Já se estivermos buscando a palavra moqueca, devemos procurar em página adiante dessa. Siga estas orientações para consultar palavras em um dicionário:

a) Se as palavras começam com a mesma letra, deve-se considerar a ordem alfabética da segunda letra: alicate – amargura – animal – através b) Se as palavras apresentam as duas primeiras letras iguais, deve-se considerar a ordem alfabética da terceira letra: boa – boca – bode – bola c) E quando as palavras têm as três primeiras letras iguais? Deve-se considerar a ordem alfabética da quarta letra: cabaça – cabelo – cabide – cabo d) E assim por diante, sempre da mesma maneira, até encontrar a primeira letra que diferencie as palavras. A diferença pode ocorrer quase no final da palavra, como neste caso:

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Para fazer agora

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movimentação – movimentado

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1. A ordem alfabética é muito útil em várias situações. Além do dicionário, onde podemos encontrar palavras organizadas em ordem alfabética? No diário de classe, em arquivos da biblioteca, na lista telefônica, na lista de aprovados em um concurso, na agenda de telefone, na agenda de contatos do celular, etc.

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2. Organize os nomes de seis colegas em ordem alfabética. Consulte o Manual, item 3.

3. Anote também o endereço e o número de telefone de cada um deles. 4. Procure, no dicionário, o significado das palavras destacadas. 5. Reescreva cada uma das frases usando outro termo que substitua a palavra em destaque e fazendo as adequações necessárias. As respostas a seguir são sugestões.

a) Certa vez, existiu um alfaiate modesto. Certa vez, existiu um alfaiate humilde/simples/sem vaidades.

b) O alfaiate não aguentou a amolação. O alfaiate não aguentou o incômodo/aborrecimento.

c) Ele pensou em dar um tremendo golpe. Ele pensou em dar um terrível/espantoso golpe.

d) O alfaiate confeccionou um traje especial.

O alfaiate confeccionou uma roupa/uma vestimenta/um vestuário especial.

e) Ele bordou um escudo no peito da roupa. Ele bordou um brasão no peito da roupa.

f) Saiu a correr as cidades e vilas exibindo porte de cavaleiro.

Saiu a correr as cidades e vilas exibindo postura/atitude/aspecto/aparência de cavaleiro.

g) Ninguém se atrevia a perguntar a razão de tal proeza. Ninguém se atrevia a perguntar a razão de tal façanha/feito.

h) Em poucos dias, ele encontrou os gigantes dormindo placidamente debaixo poucos dias, ele encontrou os gigantes dormindo tranquilamente/serenade uma enorme árvore. Em mente/sossegadamente debaixo de uma enorme árvore. i) Deu mostras de sua fama e valentia.

Consulte o Manual, item 4.

Deu mostras de sua fama e coragem/força.

6. Observe o verbete a seguir. Repare que uma mesma palavra pode apresentar diferentes significados. Retome o significado de verbete.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Míni Aurélio: o dicionário da língua portuguesa. 8. ed. Curitiba: Positivo, 2010. p. 513.

a) Qual sentido você considera mais adequado para a palavra molestando, usada no primeiro parágrafo do texto “O alfaiate valente”? O sentido 3. Professor, oriente os alunos a ler sempre todos os significados antes de escolher o mais adequado ao contexto.

b) Escreva uma frase usando um dos significados dessa palavra.

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Para ler

Leve os alunos a inferir o sentido da palavra clavas com base no contexto e no desenho.

Theo Szczepanski, 2014. Digital.

Theo Szczepanski, 2014. Digital.

[...] Para dar testemunho de sua proeza, o alfaiate levou até a presença do rei uma enorme carreta com as clavas dos gigantes e assim provou que havia destruído os dois para sempre, o que deixou o rei surpreso e atônito, já que ninguém antes conseguira realizar tal tarefa, nem mesmo seus mais valentes guerreiros, e isso aumentou ainda mais a fama do invencível alfaiate.

O rei pensou que ainda era cedo para dar a mão de sua filha em casamento e resolveu dar-lhe uma nova e perigosa missão de destruir o terrível e monstruoso unicórnio que habitava o bosque e não permitia a passagem de nenhum de seus cobradores. Para poder casar-se com a filha do rei, o alfaiate valente aceitou imediatamente a proposta e dirigiu-se ao bosque, onde logo encontrou o espantoso monstro de um só chifre que aterrorizava e acabava com quem se aproximasse.

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Theo Szczepanski, 2014. Digital.

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Ele perseguiu-o implacavelmente. O habilidoso alfaiate, graças à sua velocidade e agilidade, foi escapando facilmente do pesado animal. Finalmente, conseguiu que o unicórnio espetasse o seu chifre na mais grossa e gigantesca árvore, enterrando-o no centro do tronco. Foi tão tremendo e forte o golpe ao atravessar a árvore, que ele perdeu a consciência. O unicórnio, além de perder o chifre, que era sua única arma de ataque, ficou inconsciente por sete horas. O valente alfaiate aproveitou o desmaio do animal para amarrá-lo tão forte que ele nunca mais conseguiria se desvencilhar das cordas e nunca mais atacaria ninguém. De novo, voltou ao castelo do rei com provas do êxito de sua missão. Em outra carreta apresentou ao rei e aos seus súditos o chifre do unicórnio destruidor, que não voltaria a aterrorizar os cobradores, que agora poderiam passar tranquilamente pelo bosque, pois já não havia perigo algum. O rei, comprovando a valentia do alfaiate, não teve outra solução senão cumprir a sua promessa. Concedeu a nosso herói a mão de sua bela f ilha, e a recompensa em terras e um castelo novo que ele mandou construir para que os dois pudessem viver lá.

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Digital. anski, 2014. Theo Szczep

As festividades do casamento do alfaiate com a princesa duraram sete dias. O alfaiate valente havia conduzido com habilidade as terríveis ameaças que assombravam o reino, gabando-se da admiração e carinho de todos os habitantes desse reino. “Mata Sete” nunca foi superado por mais ninguém e, na verdade, é preciso lembrar que sua fama se deu porque ele matou sete inofensivas e “mortificantes” moscas. GRIMM, Jacob; GRIMM, Wilhelm. O alfaiate valente. São Paulo: Paulinas, 1993. p. 13-20. (Clássicos infantis).

Para trocar ideias 1. O texto diz que o rei ficou surpreso e atônito. a) O que se pode entender por surpreso e atônito? Confuso; perturbado. b) Por que o rei ficou assim? Porque ninguém antes conseguira vencer os dois gigantes. 2. Na sequência, o rei destinou mais uma tarefa a “Mata Sete”. a) Qual era essa tarefa? Caçar o unicórnio. b) Por que “Mata Sete” a aceitou? Porque desejava casar-se com a princesa. 3. O alfaiate usou uma estratégia para enfrentar o unicórnio. a) O que é estratégia?

Explique aos alunos que estratégia é um planejamento inteligente para enfrentar uma situação difícil.

o unicórnio espetar seu único b) Qual foi a estratégia usada por “Mata Sete”? Fazer chifre em uma árvore.

4. Ao retornar dessa missão, o que ocorreu com “Mata Sete”? O rei concedeu a mão de sua filha ao alfaiate e o casamento realizou-se.

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Para compreender

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O alfaiate é o personagem principal porque as principais ações são praticadas por ele. Pode ser considerado um herói porque enfrentou todos os perigos corajosamente, solucionou os problemas do reino e devolveu a paz aos seus habitantes.

1. Os personagens de uma narrativa podem ser classificados em: Principais ou protagonistas – personagens centrais da história; eles vivenciam os acontecimentos, participam de tudo. Secundários – personagens de importância menor; embora presentes, não desempenham uma ação importante. a) O alfaiate é o personagem principal e pode ser considerado um herói. Por quê? b) O rei é personagem principal ou secundário? Explique sua resposta. O rei é personagem secundário. Embora dê ordens ao alfaiate, ele não pratica as principais ações.

c) Que outros personagens são mencionados nesse texto? O rei, os gigantes, a filha do rei, etc.

2. Em toda narrativa existe um narrador, ou seja, quem conta os acontecimentos. O narrador pode participar da história ou não. Se ele participa, é um narrador-personagem. a) Em O alfaiate valente, o narrador participa da história ou não? Ele só narra a história, não participa dela como personagem.

b) Você conhece alguma história em que o narrador é também personagem? c) Em sua opinião, a história se torna mais interessante quando o narrador participa Consulte o Manual, item 5. dela? Por quê? Pessoal.

Para produção oral

Aponte o uso da primeira pessoa no trecho – verbos e pronomes pessoais. Incentive seus alunos a se recordarem de histórias narradas em primeira pessoa. Nelas, geralmente, o “eu” que narra participa dos acontecimentos como personagem.

Que tal criar mais uma missão para o “Mata Sete” realizar e outro final para o conto? 1. Junte-se a um grupo e converse com seus colegas: a) Se fosse para dar mais uma missão ao alfaiate valente, qual seria? b) Ele venceria mais esse obstáculo? c) Que tipo de obstáculo seria? d) O que ele deveria fazer para vencer a missão?

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As festividades do casamento do alfaiate duraram sete dias.

No começo da semana seguinte, quando o alfaiate e sua esposa se mudaram para o castelo novo...

Theo Szczepanski, 2014. Digital. 2 ilustrações.

2. Após o cumprimento dessa missão, ocorreria o casamento:

• Criem um novo final para esse conto e também um novo título. Vocês vão apresentar a história aos demais grupos.

Para produção escrita 1. Agora que vocês criaram outra missão para o alfaiate cumprir e outro final para a história, cada grupo deve registrar por escrito, numa folha avulsa, a sua produção. 2. Na escrita, devem ser observados os seguintes itens: a) vocabulário – para não haver repetição excessiva de palavras, procurem sinônimos no dicionário; b) elementos da narrativa – criem novos personagens e indiquem o tempo e o lugar em que a história ocorre. 3. Ilustrem a nova produção com desenho, pintura, recorte e colagem ou outra forma escolhida pelo grupo. 4. Em seguida, troquem a produção com outro grupo para que os colegas opinem sobre o trabalho de vocês. Ouçam as sugestões feitas por eles e modifiquem o que for necessário. 5. Finalmente, observem: a) A proposta foi cumprida? b) A linguagem do final da história está de acordo com a das partes anteriores? c) A nova tarefa que o alfaiate teve de cumprir apresenta um nível de dificuldade digno de um herói?

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CAPÍTULO

2

Um herói invencível

Você já ouviu falar de Hércules? Esse herói nasceu na Grécia Antiga e era dotado de imensa força física. Seu pai era Zeus, o deus dos deuses, e sua mãe, a mortal Alcmena. Hércules despertou o ciúme de Hera, esposa oficial de Zeus e poderosa deusa. Ela o perseguiu sempre, desde a infância. Certa vez, Hera envolveu Hércules numa cilada, fazendo com que matasse, sem querer, sua mulher e seus filhos. Como punição por tamanha tragédia, ele teve de realizar doze difíceis trabalhos impostos pelos deuses. Para saber mais sobre os trabalhos de Hércules, acesse o site <http://mundoestranho.abril.com.br/materia/quais-foram-os12-trabalhos-de-hercules> e leia o texto “Quais foram os 12 trabalhos de Hércules?”.

Para ler

A HIDRA DE LERNA Leonardo Chianca

[...] Seu segundo trabalho era matar uma fera horrenda, que espalhava o terror nos arredores do pântano de Lerna, matando rebanhos e arrasando inúmeras plantações. Naquele pântano sinistro, a deusa Hera havia criado um monstro repugnante. A criatura tinha o corpo de serpente e nove cabeças aterrorizantes, sendo uma delas imortal. Cada uma de suas bocas espumosas exalava, entre dentes enormes e afiados, um hálito mortal para quem o respirasse.

l. Theo Szczepanski, 2014. Digita

Arredor: em volta . Lerna: lago na regi ão do Peloponeso, Gréci a. Sinistro: assustad or. Exalar: desprender . Hálito: cheiro da bo ca.

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Theo Szczepanski, 2014. Digital.

Hidra era o nome do gigantesco monstro. Ela rastejava pelo pântano quando Hércules a alvejou com flechas em chamas, obrigando-a a se aproximar, para então agarrá-la com força. Mas a fera conseguiu enrolar suas pernas e derrubar o herói. Hércules, surpreendido, puxou sua espada e começou a decepar, uma a uma, as cabeças da hidra. A tarefa, no entanto, parecia inútil. Para cada cabeça destruída, duas novas nasciam no lugar. Sem se desesperar, o herói teve uma ideia que lhe pareceu venturosa: de posse de uma tocha em chamas, ele cortava uma cabeça com a espada e com a tocha queimava a ferida, impedindo que uma nova cabeça ali se formasse. Ao decepar a cabeça imortal, Hércules tratou logo de colocá-la dentro de um buraco enorme e fundo, tapando-o com uma pedra tão pesada, mas tão pesada, que jamais alguém conseguiria tirá-la de lá, fosse um mortal, um imortal ou um monstro. [...] Hércules ainda aproveitou do corpo morto da hidra: abriu suas vísceras e mergulhou a ponta Decepar: cortar. de todas as suas flechas em seu veneno. Ve nturoso: feliz. [...] Agora Hércules possuía as armas mais morEmbebido: molha do. tais conhecidas pelo homem: as f lechas embebidas no veneno da Hidra de Lerna.

CHIANCA, Leonardo. Os doze trabalhos de Hércules. 2. ed. São Paulo: Scipione, 2012. p. 17-18. (Reencontro infantil).

Leonardo Chianca é paulistano e concilia as atividades de editor e escritor de literatura infantil e juvenil. Começou a publicar na década de 1990 e não parou mais. Com quase 30 livros publicados, vem se dedicando à adaptação de clássicos da literatura universal.

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Para trocar ideias 1. O nome do conto lido é “A Hidra de Lerna”. a) Em que obra está publicado? Em Os doze trabalhos de Hércules. b) Quem o escreveu? Leonardo Chianca. 2. “A Hidra de Lerna” é um reconto. Procure, no dicionário, respostas para as seguintes questões: Consulte o Manual, item 6. a) O que é hidra?

Animal de água doce, com 1 cm de comprimento e com 6 a 10 tentáculos.

b) O que é reconto?

Consulte o Manual, item 7.

Ato de recontar, contar de novo.

3. Em sua opinião, quais características do monstro são mais impressionantes? Pessoal.

4. Segundo o texto, Hércules se deparou com um monstro terrível e difícil de ser vencido. a) Por que se pode dizer que a hidra era invencível?

Porque suas cabeças renasciam duplamente quando eram decepadas.

b) Qual foi a estratégia de Hércules para conseguir derrotá-la?

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no

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Para compreender

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Ele cicatrizou os locais decepados com uma tocha em chamas.

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1. A narrativa lida é um dos contos que compõem a obra Os doze trabalhos de Hércules. Reflita, converse com seus colegas e responda: Há alguma semelhança entre o Espera-se que os alunos respondam que a semelhança é o fato de os dois terem alfaiate valente e Hércules? de cumprir tarefas muito difíceis; o alfaiate precisou derrotar os gigantes e o unicórnio, e Hércules teve de vencer a hidra.

2. Há várias diferenças entre os dois heróis. O alfaiate inventou um título para si mesmo, espalhou sua fama por vários lugares e aceitou desempenhar tarefas com o objetivo de ser recompensado. a) E Hércules, com que objetivo se envolveu em tarefas perigosas? Com o objetivo de pagar por crimes cometidos sem querer.

b) Quem o perseguia? Por quê?

A poderosa deusa Hera. Ela o perseguia porque Hércules nasceu do envolvimento de seu marido, Zeus, com Alcmena, uma mortal.

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3. Tanto o alfaiate quanto Hércules enfrentaram monstros. Além da coragem, o que mais contribuiu para que ambos conseguissem alcançar seus objetivos? A inteligência deles, pois armaram estratégias eficientes para enfrentar os monstros.

4. O narrador de “A Hidra de Lerna” participa da história? Não participa.

5. O que motivou as ações de Hércules?

O fato de ele ter recebido uma punição por matar, sem querer, sua mulher e seus filhos.

6. A ação narrada apresenta três momentos importantes. Quais são? 7. Há um personagem que pouco aparece, mas realizou uma ação importante. Quem é e o que fez? A deusa Hera; ela criou a hidra.

8. A história ocorre em um tempo determinado ou indeterminado? Em um tempo indeterminado.

O primeiro é o momento em que a hidra enrola suas pernas em Hércules e o derruba. O segundo é quando Hércules decepa uma cabeça da hidra e duas novas cabeças nascem no lugar. O terceiro é quando o herói resolve queimar a ferida de cada cabeça decepada, impedindo o nascimento de outra.

9. Em que lugar os fatos aconteceram?

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Consulte o Manual, item 8. no

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Nossa língua

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No pântano de Lerna.

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1. Observe as palavras destacadas.

Seu segundo trabalho era matar uma fera horrenda. Naquele pântano sinistro, a deusa Hera havia criado um monstro repugnante.

Converse com seus colegas: a) As palavras em destaque servem para dar nome às pessoas, para dizer quais são suas características ou para substituir os substantivos? Para dizer quais são suas características.

b) Essas palavras são adjetivos e servem para qualificar, ou seja, indicar características. O que sinistro qualifica? E repugnante? Sinistro qualifica um lugar: o pântano; repugnante qualifica um personagem: o monstro.

2. Nas histórias, geralmente são apresentadas características dos lugares (grande, pequeno, bonito, feio, sujo, limpo, etc.) e dos personagens (bom, mau, compreensivo, vaidoso, triste, etc.). Descrever lugares e personagens é apresentar suas características.

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a) Além do pântano de Lerna, caracterizado como sinistro, encontre no texto alguns elementos e suas características e copie-os em seu caderno. Grife as palavras que expressam essas características. b) Agora, encontre o trecho em que a hidra está caracterizada e copie-o, destacando os adjetivos. “[...] nove cabeças aterrorizantes, sendo uma delas imortal. Cada uma de suas bocas exalava, entre dentes enormes e afiados, um hálito mortal [...]”

Há conjuntos de palavras que servem para caracterizar. Veja alguns exemplos: • O herói Hércules pertence à mitologia da Grécia – grega. • O alfaiate fez um traje com tela de metal – metálica. • Hércules tinha uma força de gigante – gigantesca. • A hidra tinha nove cabeças de aterrorizar – aterrorizantes. • O unicórnio perdeu o chifre da destruição – destruidor.

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Para fazer junto

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“Ao decepar a cabeça imortal, Hércules tratou logo de colocá-la num buraco enorme e fundo, tapando-o com uma pedra tão pesada, mas tão pesada [...]” Professor, reforce a ideia de relação entre essas palavras: imortal – cabeça; enorme e fundo – buraco; pesada – pedra.

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Consulte o Manual, item 9.

1. Reescreva as frases a seguir substituindo as expressões destacadas por adjetivos correspondentes. a) Hércules é um herói da mitologia. Na Grécia, ele é considerado um herói da nação. mitológico; nacional b) Alguns mitos brasileiros são personagens da água. Um exemplo é a Iara, metade mulher, metade peixe. aquáticos. c) Outro exemplo é a boiúna, a cobra grande, gênio do mal. Contam que, em madrugadas fechadas e de tormenta, avistam-se duas tochas de grande brilho andando pelas margens. É a boiúna! maligno; brilhantes

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Para escrever

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Encontre adjetivos equivalentes às expressões dadas. A seguir, crie frases empregando esses adjetivos. Exemplo: Viagem por mar – marítima. • No mês passado, meus amigos ganharam uma viagem marítima para a Europa num concurso. a) planta da água aquática

e) notícias da tarde vespertinas

b) estrela da manhã matutina

f) problema da sociedade social

c) tradição do povo popular

g) avaliação do ano anual

d) prova do bimestre bimestral

Para conhecer

Incentive os alunos a usar o dicionário para tirar dúvidas sobre significados de palavras.

Um homem corajoso? Um campeão na luta? Um sujeito muito inteligente? Ou aquele jovem intrépido que vive salvando mocinhas indefesas de vilões igualmente fortes, corajosos e espertos? Na Idade Média, quando os homens lutavam com arcos e f lechas, lanças e espadas, surgiram os cavaleiros. E, com eles, um código de honra que se chamava código da cavalaria. Naqueles tempos do passado, o herói era o cavaleiro que seguia esse código.

Theo Cordeiro, 2007. Dig

Heloisa Prieto

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O QUE É UM HERÓI?

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E, segundo as leis da cavalaria, ele deveria ser justo, leal, obedecer ao rei, defender os injustiçados e... proteger donzelas em perigo. Quando lutava, o cavaleiro não podia atacar o inimigo pelas costas, mas devia enfrentá-lo face a face. A vitória a qualquer preço não interessava mais. Era melhor morrer com honra do que vencer pela traição e golpes baixos. Aquele que conquistava a vitória por meio da crueldade e deslealdade era considerado um vilão, uma pessoa desprezível. Nessa mesma época, começaram as justas, que eram os campeonatos de lutas com espadas e lanças. A luta passou a ser um esporte com regras, e surgiram os grandes campeões.

PRIETO, Heloisa. Heróis e guerreiras: quase tudo o que você queria saber. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2005. p. 7.

Para perguntar a alguém Junte-se a um grupo e preparem uma entrevista baseada no texto “O que é um herói?”, de Heloisa Prieto. É necessário, em primeiro lugar, ler e entender bem o texto, já que a entrevista vai ser sobre esse tema. Por isso, conversem com o professor e façam perguntas que julgarem necessárias. Agora, preparem a entrevista. 1. Escolham a pessoa que será entrevistada. Pode ser um professor de História, o pai de algum colega, um parente, um funcionário da escola, o diretor de uma instituição, uma dona de casa... 2. Com o professor, planejem o que vão perguntar: o tema já está definido, é sobre heróis. Então, cabe começar a conversa fazendo as seguintes perguntas ao entrevistado: a) O que acha que é um herói? b) Que qualidades considera importantes num herói? c) O que é fundamental para que um herói seja ético? d) Quais heróis ou heroínas conhece?

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3. Se conseguirem gravar as respostas, será bom; mas, caso não possuam um gravador, façam anotações com base nas respostas do entrevistado. 4. Levem a gravação ou as anotações para a sala de aula e mostrem a entrevista realizada aos colegas. Ouçam também o que os outros grupos apresentarem.

Para produção escrita 1. Redijam a entrevista feita. 2. Na transcrição da entrevista, procedam da seguinte forma: a) Inicialmente, escrevam o título, o local e a data da entrevista e um parágrafo com cerca de cinco linhas a respeito do perfil do entrevistado: • quem é; • o que faz; • por que escolheram essa pessoa. b) Antes de cada pergunta, marquem o nome do grupo (escolham uma abreviatura, por exemplo, Gr.) e, antes da resposta, o nome do entrevistado. 3. Após redigirem tudo, avaliem o que fizeram, verificando se não faltou nenhum dado. 4. Passem a limpo e troquem a produção com outro grupo, para que os colegas opinem sobre o que vocês fizeram. Avaliem também o que foi feito por eles. 5. Modifiquem e aprimorem o seu trabalho.

Sugestões de leitura Heróis e guerreiras: quase tudo o que você queria saber, de Heloisa Prieto, Editora Companhia das Letrinhas. O alfaiate valente, de Arnica Esterl, Editora Cosac Naify. Os doze trabalhos de Hércules, de Denise Ortega, Editora Globo Livros.

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