ISSN 2179 - 2046 28
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204008
R$ 20,00 #28 06 | 07 | 08 2014
RAZÃO | EMOÇÃO | PRAZER | DEVANEIO
COLABORADORES
Eurobike magazine é uma publicação do Grupo Eurobike de concessionárias Audi, BMW, Jaguar, Land Rover, MINI, Porsche, Triumph e Volvo. Av. Wladimir Meirelles Ferreira, 1600, CEP 14021-630 - Ribeirão Preto - SP 1
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Editorial: Eduardo R. da C. Rocha, Heloisa C. M. Vasconcellos Direção de arte: Eduardo R. da C. Rocha
1 André Dib, 2 Kriz Knack
Assistência de arte e finalização: Rafael Cury Caprecci
5 Oscar Pilagallo, 6 Paula Diniz,
Administração: Nelson Martins
3 Leandro Taques, 4 Marcelo Freitas,
Coordenação e produção gráfica: Heloisa C. M. Vasconcellos
7 Percy Faro
Publicidade: custom press - eduardo@custompress.com.br Preparação e revisão: Denis Araki Produção: custom press Tiragem desta edição: 12.000 exemplares Impressão: Pancrom Distribuição: Eurobike Proibida a reprodução, total ou parcial, de textos e fotografias sem autorização da Eurobike. As matérias assinadas não expressam, necessariamente, a opinião da revista.
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EDITORIAL Caro leitor,
Compartilhando as novidades do último trimestre, informamos que o nosso showroom da BMW em Ribeirão Preto, SP, foi inteiramente reformado e agora você encontra MINI e BMW no mesmo endereço. O que já era bom, ficou imperdível! Nos shoppings Iguatemi de Caxias do Sul, RS, e São José do Rio Preto, SP, inauguramos dois espaços: na região serrana gaúcha, lançamos um novo conceito de loja temporária, a Eurobike Audi Pop-up Store. Já na cidade paulista, estreamos o Eurobike Lounge, onde você poderá assistir vídeos das marcas que representamos, agendar test drives, entre outras experiências. Em julho expandimos a nossa atuação junto às marcas BMW e MINI para o Centro-Oeste do país, na cidade de Brasília, DF. Em São Paulo, SP, resolvemos concentrar a atenção na loja de motos BMW, na Avenida Hélio Pellegrino, 825. Com a abertura da nova loja em Brasília, decidimos encerrar as atividades das nossas lojas de carros BMW em Alphaville, SP, e na cidade de São Paulo, direcionando os nossos esforços para a nova praça. Acreditamos no potencial de Brasília e estamos convictos de que será mais um ponto positivo na história de sucesso do Grupo Eurobike. Explorando esta edição da Eurobike magazine você irá conhecer Fernando Veiga, da TNC, que nos conta sobre iniciativas bem-sucedidas em relação ao uso da água, assunto da maior relevância atualmente. Levamos o novo Volvo V40 Cross Country para passear em Ilhabela – ele se saiu muito bem! Conversamos também com alguns fotógrafos que fazem arte pelo celular e nos surpreendemos com a qualidade das imagens produzidas no dia a dia. A arte ficou mais acessível, não resta dúvida.
Um grande abraço, Henry Visconde Presidente magazine@eurobike.com.br
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Boa leitura.
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Para finalizar, apresentamos um pedaço da Espanha em belo ensaio fotográfico de André Dib, confira.
CONTEÚDO
# 28 06 | 07 | 08 2014
6 | razão 8 | Tempo de estio, tempo de produtor de água
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16 | emoção 18 | Volvo V40 Cross Country 32 | Porsche 911 Targa. O melhor dos sem teto
46 | prazer 48 | Mobgrafia - Arte pelo celular 62 | Achados e imperdíveis
66 | devaneio
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68 | Coração espanhol
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RAZテグ
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Cuidar do amanh達!
RAZテグ
Tempo de estio, tempo de produtor de テ。gua
Fernando Veiga, dirigente da ONG The Nature Conservacy, defende remunerar agricultores que, preservando matas ciliares, contribuem para a seguranテァa hテュdrica
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Por Oscar Pilagallo | Fotos Leandro Taques
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RAZÃO
A segurança hídrica, que em São Paulo anda tão abalada pela seca prolongada e atípica, está intimamente relacionada com o verde. “Verde”, no caso, é uma dupla metonímia — uma figura de linguagem que significa natureza e dólar. O primeiro sentido, que remete para a dimensão ambiental da segurança hídrica, está estabelecido pela ciência há muito tempo. O segundo, que sugere sua relevância econômica, tem uma história mais recente, ainda com sabor de novidade, e vem seduzindo ambientalistas mundo afora. É o caso de Fernando Veiga, um dirigente da The Nature Conservacy na América Latina. A ONG, mais conhecida pela sigla TNC, foi fundada por um grupo de cientistas americanos no início dos anos 1950 e atua no Brasil há duas décadas. Veiga lembra que em 1997, três anos depois de o primeiro escritório da TNC ser inaugurado no país, uma decisão tomada em Nova York lançaria uma semente que, dez anos mais tarde, viria a frutificar no Brasil.
Construído a partir de meados dos anos 1960 e hoje com um espelho d’água de 86 quilômetros quadrados, o Sistema Cantareira tem seis barragens interligadas por túneis, canais e uma estação de bombeamento.
Na ocasião, frente à deterioração da qualidade da água na cidade de Nova York, as autoridades consideraram a hipótese de investir 6 bilhões de dólares em um novo sistema de tratamento.
Veiga está animado com os resultados obtidos em Extrema. Diz que o nível de adesão dos produtores rurais é próximo dos 100%. E não é por bom-mocismo que os pecuaristas da região abrem mão de área de pastagem para permitir a recomposição das matas ciliares. É porque se trata de um bom negócio.
País símbolo do capitalismo, os Estados Unidos enfrentaram a questão a partir da lógica do seu sistema econômico. Se os consumidores quisessem ter a garantia de água suficiente e de boa qualidade, deveriam pagar a quem atendesse a tal demanda. E assim foi feito. O dinheiro foi canalizado a agricultores que se comprometeram a recuperar e preservar nascentes em suas terras. Nada mais justo, diz Veiga. Afinal, eles estavam abrindo mão de renda ao deixar de explorar parte de sua propriedade.
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Fernando Veiga lembra com satisfação a entrega daquele primeiro cheque a um agricultor no Brasil, o que marcou o surgimento da figura do “produtor de água”. A experiência-piloto foi realizada em Extrema. Com pouco mais de 30 mil habitantes, Extrema é a cidade mais ao sul de Minas Gerais — daí o nome. Embora em outro Estado, Extrema integra o Sistema Cantareira e é um dos treze municípios que fornecem água para a região metropolitana de São Paulo e algumas cidades na vizinhança.
O custo era tão elevado que viabilizou uma alternativa até então considerada romântica: a revitalização de nascentes e mananciais que abastecem a região. Do ponto de vista econômico, fazia sentido: os nova-iorquinos teriam água de melhor qualidade a um custo que mal chegava a um quarto da nova estação de tratamento.
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natureza quanto são os cílios para os nossos olhos, comparação que explica a etimologia do termo. Sem a cobertura, a água da chuva corre direto para o rio, que corre para o mar. Com a cobertura, a água da chuva se infiltra no solo, forma bolsões freáticos e realimenta as nascentes, o que garante o abastecimento nos períodos de seca.
A ideia se espalhou por outras cidades norte-americanas e em 2007 chegou ao Brasil pelas mãos dos especialistas da TNC. Em fevereiro daquele ano, pela primeira vez, um agricultor brasileiro recebeu um pagamento em dinheiro por ter concordado em separar um pedaço de sua fazenda para a recuperação das matas ciliares. Mata ciliar é aquela cobertura vegetal nativa que fica às margens de rios, igarapés e represas. É tão importante para a proteção da
De acordo com o dirigente da TNC, o pagamento leva em conta o custo de oportunidade. Ou seja, os produtores rurais recebem o equivalente ao que deixam de ganhar com a atividade principal. Em alguns casos, água dá até mais dinheiro que gado. Em Extrema, por exemplo, ninguém reclama por receber cerca de 200 reais por ano, por hectare preservado. A boa gestão ambiental do município, que o levou a receber o reconhecimento formal da ONU, criou um círculo virtuoso, em que a renda do produtor de água gera benefícios para a região, o que por sua vez beneficia o campo. Com isso, a ONG estima que o investimento em dois anos, de quase 5 milhões de reais, alavancará recursos de mais de 160 milhões de reais ao longo dos próximos dez anos. O objetivo de Veiga é replicar a experiência de Extrema no Movimento Água para São Paulo, cuja sigla, MApSP, tem o “p” mudo, e se pronuncia “masp”, como o nome do Museu de Arte de São Paulo. Por enquanto, o movimento está sendo repetido em Nazaré Paulista e Joanópolis, justamente as cidades em que a Sabesp, para garantir o abastecimento da Grande São Paulo,
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iniciou obras de 80 milhões de reais para captar o “volume morto” das represas, aquele que fica abaixo do nível das comportas.
desafio é puxar essa fila, dar motivos para que todos se movam”, afirma Veiga.
São Paulo entrou no radar de Fernando Veiga devido à crise de abastecimento que põe em risco a segurança hídrica da região mais populosa do país. (A cidade, aliás, é uma das 25 da América Latina consideradas em situação de risco pela TNC.) O dirigente da TNC não se ocupa de encontrar culpados. Além da evidente insuficiência de chuva, diz ele, a situação de São Paulo deve-se à mudança climática e à falta de planejamento. Mas ele está mais preocupado em encaminhar soluções.
Ele diz que as empresas e entidades privadas que mais se sensibilizam para garantir a segurança hídrica são, naturalmente, aquelas que dependem da água como insumo, caso da indústria de bebidas. A Ambev, produtora de cervejas, e a Fundação Femsa, dos engarrafadores de Coca-Cola, estão entre as que participam. Mas há também empresas do mercado financeiro, como o Itaú.
De seu escritório em Curitiba, onde mora desde 2004, esse agrônomo carioca de 50 anos monitora a situação da água em São Paulo, no país e no continente. De lá, ele fala sobre a estratégia de curto prazo da entidade, que é estender o esquema de pagamentos aos produtores de água para quase duzentos proprietários rurais em São Paulo e no Rio de Janeiro. A convicção de Veiga sobre a eficiência do esquema foi construída ao longo de sua trajetória profissional. Desde 1997, ele trabalha com o conceito de incentivo econômico, anteriormente como especialista ligado ao movimento de preservação da Mata Atlântica. Foi na TNC, no entanto, que vislumbrou a oportunidade de desenvolver a ferramenta que os ecologistas conhecem simplesmente por PSA, por extenso, “pagamentos por serviços ambientais”. Segundo Veiga, o papel da TNC é de facilitar o trânsito entre os vários atores que atuam na preservação do meio ambiente. A entidade também contribui com a produção de estudos científicos que embasam as políticas da ONG — há cerca de oitocentos cientistas no mundo todo trabalhando em pesquisas ligadas à preservação do verde. E o terceiro papel é a criação de Fundos de Água da América Latina, com recursos públicos e da iniciativa privada.
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O primeiro desses fundos foi criado em 2000, em Quito, Equador, e já capitalizou mais de 6 milhões de dólares em programas de pagamentos por serviços ambientais, que protegeram bacias hidrográficas da região. Foi a partir desse piloto que a TNC criou programas similares em vários países da América Latina, Brasil inclusive. Os recursos para esses fundos, explica Veiga, vêm de várias fontes. São oriundos de orçamentos públicos, dos Comitês de Bacias Hidrográficas e da cobrança das empresas fornecedoras de águas para a população. As iniciativas são lideradas por prefeituras e empresas municipais de água. De maneira mais tímida, empresas também participam. “Nosso
Com o apoio do BID e um custo total de mais de 180 milhões de dólares, a TNC planeja criar 32 fundos de água na América Latina, numa extensão de 9 milhões de acres, e que beneficiariam cerca 50 milhões de pessoas. No Brasil, a meta é atingir 1,2 milhão de acres de bacias hídricas protegidas ainda neste ano. A situação que ameaça matas e florestas não sai da cabeça de Fernando Veiga nem mesmo nos fins de semana. Amante da natureza, ele e mulher, e às vezes os filhos já universitários, costumam se refugiar no campo nas redondezas de Curitiba. “Aqui no Paraná também já começa a haver problemas de água, mas a situação não é tão séria quanto a de São Paulo.”
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EMOÇÃO
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Fluidez, movimento natural
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VOLVO V40 CROSS COUNTRY
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POR MARCELO FREITAS
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EMOÇÃO
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EMOÇÃO Eurobike magazine 30 |
Agradecimentos: Pousada Solar Singuitta Pousada Armação dos Ventos
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EMOÇÃO
uma direção mais leve em trechos urbanos ou uma direção mais firme para a estrada.
Longe do lugar-comum Por Percy Faro
Desenvolver um carro à prova de acidentes! Esta é a missão da Volvo Car Corporation, que pretende alcançar até 2020 a meta de reduzir a zero o número de vítimas fatais e de lesões corporais resultantes de colisões a bordo de um veículo da marca. “Nós não aceitamos que as pessoas percam suas vidas em acidentes aéreos, portanto não há razões para considerarmos inevitáveis em acidentes de carro”, justificam os responsáveis pela estratégia da montadora reconhecida mundialmente pela imagem de segurança veicular.
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Mais um bom exemplo para contextualizar o trabalho desenvolvido nesse sentido pela empresa sueca é o novo V40 Cross Country, que já está disponível no mercado brasileiro. É um hatchback premium que coloca atributos como robustez e elegância em novo patamar no segmento. Oferece amplo conjunto tecnológico e, claro, de segurança. Além de equipamentos inéditos que reforçam seu visual e perfil mais dinâmico, também incorpora suspensão elevada (40 mm mais alta que a do V40 convencional) que atua em conjunto com a tração integral e garante, ao lado da segurança, maior conforto em qualquer terreno. Um motor 2.0 turbo, de cinco cilindros em linha, que recebeu aprimoramentos técnicos para aumentar sua potência em 30 cv, proporciona ao novo Volvo V40 Cross Country desempenho superior nessa versão. Por isso, o propulsor T5 rende 210 hp a 6.000 rpm (ante 180 hp a 5.000 rpm da versão Dynamic T4) e 30,6 kgfm de torque entre 2.700 rpm e 5.000 rpm. A transmissão Geartronic é automática de seis velocidades, com a opção de trocas manuais na alavanca. A direção elétrica, com três opções de ajuste, permite que o motorista escolha entre
As modernas tecnologias do novo V40, entretanto, extrapolam os limites do desempenho. Por exemplo, a Volvo é a primeira e única montadora a lançar um sistema de proteção que pode minimizar as consequências de um atropelamento. Funciona a partir de uma série de sensores localizados no para-choque dianteiro que identificam a presença de pedestres. Em caso de colisão, a tampa do capô é levantada parcialmente e uma bolsa de ar é aberta sobre o motor, minimizando o impacto do pedestre com o veículo. O processo é acionado no caso de impactos com a frente do veículo entre velocidades de 20 a 50 km/h. O carro possui vários outros sistemas de segurança. Um deles, o Detector de Pedestres e Ciclistas (com frenagem automática total) detecta a presença de pedestres ou ciclistas nas ruas e freia o veículo em velocidades de até 35 km/h caso haja risco de impacto. Outro é o aviso sonoro de mudança de faixa que, em velocidades acima de 65 km/h, ajuda a evitar que o motorista saia da pista e provoque colisões por distrações – se o motorista mudar de faixa intencionalmente, sinalizando com a seta, o aviso não é ativado. Como diferencial, o novo Volvo V40 Cross Country tem como equipamento de série tração integral (AWD) com o sistema Instant TractionTM, que garante a melhor tração possível em qualquer situação. Com o auxílio da embreagem controlada eletronicamente, o AWD distribui de forma automática a tração entre as rodas dianteiras e traseiras. A função Instant TractionTM transfere a força das rodas dianteiras para as traseiras no momento que percebe que há alguma perda de tração em superfícies escorregadias. O V40 Cross Country também disponibiliza o recurso de Controle de Frenagem em Descidas e o Hill Descent Control (HDC), que controla automaticamente a velocidade nas descidas de baixa aderência, aumentando a segurança na condução fora de estrada. Outra tecnologia inteligente do novo integrante da família Volvo é o Start-Stop, que desliga o motor nas paradas para economizar combustível e reduzir a emissão de poluentes. Não por outra razão senão os atributos da eletrônica embarcada de última geração, Cristiana Pontual, diretora de Marketing e PR da Volvo Cars Brasil, assim define o novo V40 Cross Country: “É um carro voltado a quem foge do lugar-comum, para quem quer um produto diferenciado, e que deseja conhecer novos caminhos sem abrir mão do luxo, do conforto e da segurança de um Volvo”.
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EMOÇÃO
Por Eduardo Rocha | Fotos Kriz Knack
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O melhor dos sem teto
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Porsche 911 Targa.
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Eu tinha apenas 11 anos no ano de 1975. Era, desde os 6 anos, um fanático por coisas motorizadas em geral. Aviões, motos, tratores e principalmente carros. Tive uma respeitável coleção de carrinhos Matchbox na mesma escala dos hoje conhecidíssimos Hot Wheels. Eram diversos modelos, boa parte fantasiosos e que nunca existiram nas ruas. Na TV eram os carros futuristas do seriado “O Agente da U.N.C.L.E.” e os superesportivos (Ferrari Dino 246 e Aston Martin DBS) da série “The Persuaders”, que eu sempre tentava assistir. Mas o melhor de tudo era quando passava o filme 24 Horas de Le Mans com Steve McQueen e seu Porsche 911S nas ruas e o 917K nas pistas. Ficava pensando, “que engenharia é essa que faz esses motores terem esse som tão especial?”. Naquela época, a minha paixão por carros já começava a se “tribalizar” e a minha preferência era clara: Porsche 911.
Um dia, passeando pela rua Augusta, vi o que parecia ser uma miragem: um Porsche sem teto! Ou melhor, com um teto rígido removível como nas Ferrari Dino 246 GTS e nos Corvette Sting-ray. Era o melhor dos mundos. O meu carro favorito, agora com a possibilidade de ouvir mais perto o “ronronar” do motor boxer de 6 cilindros. O nome dele: Targa. Tudo bem que já havia visto por aqui o 914, desenvolvido em parceria com a Volkswagen, que também tinha o teto removível, mas aquele era o 911 dos meus sonhos.
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O Targa, na realidade, não é um modelo de veículo, mas um estilo de carroceria. Ele foi utilizado nos Porsche 911 nos anos 1960, pois os engenheiros não estavam certos de que uma versão Cabriolet dele funcionaria bem com o chassis da época. Então recebeu uma vistosa barra de rolagem. Nasceu com o teto removível e com a janela traseira em plástico transparente mole, como num conversível. Em 1968 ganhou o vidro fixo traseiro envolvente, que foi sua marca registrada até 1992.
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Fui procurar mais informação sobre o modelo e descobri que ele era apenas três anos mais novo que eu. Nascera em 1967.
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O modelo caiu no gosto do público, pois ao mesmo tempo que oferecia a sensação de liberdade dos conversíveis, proporcionava a segurança de um coupé fechado. É por isso que eu adoro esse modelo. Em 1993, com a chegada do Porsche 993, a carroceria Targa sofreu drásticas mudanças, pois, apesar do teto continuar removível e o nome ser o mesmo, as laterais permaneceram fixas, dando um aspecto de teto-solar, o que levou embora boa parte do charme do modelo. Bem, o nosso Targa em questão é um impecável modelo 1975 na cor Ice Green Metallic. Externamente, além das conhecidas linhas do modelo e da tradicional barra de rolagem em
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aço com a inscrição Targa, desde 1974 ele passou a utilizar novos e mais robustos para-choques retráteis estilo americano, dotados das clássicas sanfoninhas que se comprimiam e se distendiam. Era exigência da lei americana, um grande mercado da Porsche. Esse sistema retrátil absorvia impactos de até 8km/h, protegendo o carro. Os piscas dianteiros são embutidos nos para-choques que se encaixam nos para-lamas mais largos (desde 1973), para comportar aros e pneus mais largos. Os retrovisores ainda eram retangulares em aço cromado. As rodas Fuchs aro 15 (mais largas, atrás) cobrem os quatro discos de freio auto-ajustáveis. Na parte traseira, o refletivo vermelho com a palavra Porsche interliga as lanternas. Em cima, a grade da tampa traseira e o emblema “911 S, por baixo dela, o motor boxer 2.7 de seis cilindros refrigerado a ar, com mais torque e suavidade do que seu antecessor de 2.4 litros. O sistema de injeção é um Bosch K-Jetronic. Na dianteira, a clássica “carinha de sapo” e o porta-malas, com espaço para guardar o teto removível e mais algumas poucas coisas. O interior, como na maioria dos Porsche mais antigos, é espartano, mas ao mesmo tempo refinado. Os Porsche mais recentes
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tendem a se aproximar (e por que não?) do luxo sofisticado, com a combinação de diversos materiais.
que surgiram nos anos 1970, se tornaram uma característica da marca até os dias de hoje.
Aqui temos metal, plástico e couro. Tudo absolutamente em preto. O quebra-ventos, que se faz presente no modelo, durou até 1998, quando chegou a geração 996. Os vidros são manuais, mas o modelo conta com ar-condicionado, que só deve ser usado em dias de chuva, considerando o prazer de dirigir um Porsche a céu aberto. Os bancos com encosto de cabeça integrado,
Esse Porsche Targa, como não poderia deixar de ser, afinal, é um Porsche, foi em sua época e ainda é, aos 39 anos de idade, um carro de sonho que atrai olhares por onde passa. Eu, como acredito muito na busca do que sonhamos, mantenho o Targa na minha lista dos desejos. Só que na cor vermelha.
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EMOÇÃO
Ficha técnica 1975 911S Targa
Classe
Coupé 2+2
Carroceria
Targa
Portas
2
Comprimento
4,291 m
Largura
1,651 m
Altura
1,32m
Entreeixos
2,271 m
Tração
Traseira
Peso
1105 kg
Combustivel
Gasolina
Alimentação
Injeção eletrônica CIS com bomba de alta pressão
Comando
No cabeçote, simples, 12 válvulas
Motor
6 cilindros boxer
Capacidade cúbica
2687 cc
Refrigeração
Ar/Óleo
Potência
175 hp a 5800 rpm
Torque
26 kgm a 5100 rpm
Cambio
Manual de 5 marchas
Aceleração (0 a 100 km/h)
7,5 s
Velocidade máxima
205 km/h
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Agradecimentos: Ézio Marchetti Netto Luciano Abreu (Volksporsche) Stuttgart Sportcar
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EMOÇÃO
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PRAZER
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Prolongar o instante ao mรกximo
PRAZER
Mobgrafia Arte pelo celular Por Paula Diniz
@galloppido
@rrojas65
@juanesteves
@juanesteves
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Será a mobgrafia mais um capítulo da história da fotografia? O celular já entrou no terreno da fotografia profissional? Agora todo mundo é fotógrafo? E a arte, como fica? Será o fim das câmeras tradicionais? Cinco grandes fotógrafos de São Paulo nos dão uma luz sobre o presente e o futuro da aparentemente livre, leve e solta arte de fotografar com o celular
@sardinha17
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De dois anos para cá, o território da fotografia de celular vem crescendo e se mesclando com o da fotografia profissional. Um dos prin-
cipais veículos jornalísticos do mundo, o The New York Times, pela primeira vez, em 31 de março de 2013, utilizou em sua capa uma fotografia feita por um iPhone 4S e tratada no Instagram. A imagem era do fotógrafo esportivo Nick Laham, que registrou com o celular os jogadores do New York Yankees, time de beisebol dos EUA. A cobertura da guerra no Afeganistão feita durante dez anos pelo fotógrafo húngaro Balazs Gardi também foi um marco no fotojornalismo. “Gardi trocou o pesado equipamento fotográfico por um iPhone e um aplicativo de edição. A troca poderia ser considerada
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@galloppido
@cadulemos @cadulemos
Mobgrafia é o nome dado à arte da fotografia produzida por aparelhos móveis. No mínimo, é mais um (gigante) avanço na linguagem fotográfica. Há quem diga que a evolução tecnológica dos aplicativos e câmeras é a nova revolução da fotografia. Conversei com cinco fotógrafos profissionais que também usam a câmera do celular como ferramenta de trabalho.
@rrojas65
PRAZER trivial, não fosse o tema abordado. Com o áudio, as fotos e os vídeos capturados, fez uma rede social onde todo material era compartilhado e discutido entre os internautas”, lembra Cadu Lemos. Outro caso memorável foi a cobertura do furacão Sandi, totalmente feita com celulares. As imagens foram parar na Time, Newsweek e no The New York Times. “Tudo aconteceu muito rápido, era preciso ter algo ágil nas mãos”, como disse o fotógrafo americano Chase Jarvis, “a melhor câmera é aquela que está sempre com você.” Segundo Lemos, o ponto vital da fotografia por celular é a ligação com a rede de compartilhamento imediato. Além disso, o celular é leve, geralmente pequeno, e está sempre com a gente. “Com tanta facilidade, hoje só não fotografa quem não quer.” Hoje todo mundo produz e compartilha fotos. Isso banalizou a fotografia?
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“Pelo contrário. Ainda veremos muita foto ruim e muita gente aprimorando o olhar, mas o maior acesso a fotos e o frequente exercício do olhar só fortalecem a arte. São oportunidades”, diz Lemos. Com o celular, quem é o fotógrafo profissional e quem é o amador? “Em um festival ou prêmio de fotografia tradicional, é possível criar categorias para fotógrafos profissionais e amadores, mas em um festival de fotografia por celular não dá para nomear
dessa maneira”, explica Ricardo Rojas, parceiro de Lemos no movimento mObgraphia. Eles realizaram, em maio, a primeira exposição coletiva no Brasil, no Museu da Imagem e do Som de São Paulo. A exposição reuniu fotos de celular feitas por doze fotógrafos experientes, como Edu Sardinha, Juan Esteves, Ovidio Ferreira, os próprios organizadores e outros. Em junho realizaram, de 9 a 15, o 1º Festival Samsung mObgraphia e o Prêmio Nacional Samsung mObgraphia, também no MIS. Simples, mas nem tanto Por mais simples que tenha se tornado, a fotografia ainda é uma operação complexa pelo resultado que se espera. É o que diz Gal Oppido: “Hoje, por falta de conhecimento, o fotógrafo é substituído e o resultado pode não ser o esperado. Nesse ponto, é preciso uma correção de rota do mercado”. “Adoro fotografar com celular, mas não adianta se iludir: algumas fotos feitas com uma Canon 5D, por exemplo, não se faz com o celular”, diz Edu Sardinha. “Tecnicamente, qualquer um com um iPhone pode tirar as fotos que eu tiro. O que conta é o olhar. O meu está sempre atento, observando o movimento das pessoas, as cores, as formas... O bom fotógrafo tem essa atenção constante. Não é neurose, é natural. Estou no metrô e de repente vejo uma pessoa vestida de verde-limão. Pode render uma bela foto! A falta de recursos da câmera do celular faz com que eu me arrisque bastante. É preciso ir até o local da foto, não dá para contar com o zoom”, considera. Segundo ele, existe o fator “ir atrás” e o fator “sorte”: estar no lugar certo na hora certa.
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@rrojas65
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PRAZER 54 |
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Mais treino, mais sorte Para Gal Oppido, quanto mais treinado o olhar, maior a sorte. “Hoje todo mundo tem capacidade de captar imagens que lhe interessam de maneira mais fácil, mas a fotografia propõe um desafio, por isso é preciso treino e instrução. Eu fotografo todo santo dia e 90% das fotos que faço não são para trabalhos.” “Estar pronto é tudo”, dizia Shakespeare. Para estar pronto, é preciso treinar sempre. “O celular é uma boa ferramenta porque permite
esse fitness do olhar. Quanto mais pronto estou, mais fácil fica processar uma situação. Daí vem a sorte”, completa Gal Oppido. Menos é mais #desafio “Na fotografia por celular usamos basicamente as mesmas técnicas das câmeras tradicionais, só que no celular é mais difícil, porque há apenas duas possibilidades: luz e composição. Para todo o resto, a dificuldade é maior, e isso é instigante”, diz Lemos.
Sem romantismo
Adequação é tudo #conceito
“Usar câmeras tradicionais no modo manual cansa muito”, diz Sardinha. “Se pensar que dá para ter essa mesma qualidade com menos peso e mais praticidade, eu não tenho romantismo,
Arte livre, leve e solta, mas nem tanto. Fotógrafo consagrado no Brasil e no mundo, Juan Esteves garante: “O que importa é o
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mudo mesmo. Sou superdigital, trabalho com tecnologia há mais de vinte anos. Com o celular, você perde um abismo de qualidade, mas tem a conveniência de estar com uma câmera ágil e leve sempre com você. Isso mudou a percepção de fotografia de maneira geral. Uma boa luz já é meio caminho andado para uma boa foto. Para mim, o mais importante na foto por celular não é a quantidade de megapixels, mas outros fatores, como velocidade da câmera. Por isso prefiro o iPhone.”
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Sardinha também curte o desafio. “A dificuldade fez com que eu criasse um estilo específico. Gosto de me complicar para gerar um desafio maior.” Para ele, o grande mérito é realizar uma boa foto sem zoom, sem resolução e sem recursos. “O iPhone compensa com a portabilidade, velocidade, conectividade e aplicativos para edição de imagem, como o Snapseed, e captação da imagem, como o Slow Shutter, que simula a abertura do diafragma, técnica que faço com a objetiva. É legal para fazer fotos com rastro.”
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conteúdo que você está produzindo, não a câmera. É preciso haver adequação do equipamento com o tema”.
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Com o celular, Esteves passou a fotografar prédios “feios” no centro de São Paulo, transformando-os em imagens abstratas ou duplicadas. Daí nasceram duas séries: Endless Buildings (prédios sem fim) e Double Buildings (prédios duplicados). “Faço captação e fusão das imagens com o celular. Para trabalhar com os prédios, o Hipstamatic é equivalente ao top de linha de câmeras tradicionais porque é adequado à linguagem que adotei. Quando uso o filme D-type do Hipstamatic, que simula o daguerreótipo, busco ressaltar o lado mais dramático do cenário. Nem sempre ele é bonito, mas o aplicativo ressalta o conceito que busco, como a decadência de um edifício antigo e o caos arquitetônico que vivemos na metrópole. Uso essa mesma linguagem para uma série de nus que venho desenvolvendo. A ideia de desfoque e ‘coisa velha’ é interessante para esse trabalho também. Estou me valendo de um aplicativo para ressaltar um conceito. Não uso filtros, só o Hipstamatic. Não importa a ferramenta, mas que ela traga um elemento para o conceito que quero utilizar. A massificação está justamente no contrário, na fotografia pasteurizada – o que não é problema da câmera do celular, mas da fotografia em geral. O celular e o compartilhamento nas redes sociais só demonstraram a pasteurização em larga escala, mas isso sempre existiu e vai existir.”
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#tecnologia Esteves acompanhou processos históricos no fotojornalismo diário enquanto trabalhou na Folha de S. Paulo entre as décadas de 1980 e 1990: a cor na fotografia, a digitalização dos negativos, a imagem digitalizada. E a evolução não parou por aí. “Em breve, com aplicativos e sistemas variados oferecidos ao fotógrafo, entusiasta ou usuário que deseja nada mais que uma foto do seu café ou hamburger,
Sardinha é usuário desde 2011. “Não uso o Instagram como rede social, mas para ver fotografia boa. Não vou seguir uma pessoa só porque ela é minha amiga, quero ver pontos de vista ao
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Do filme ao Instagram
redor do mundo. Acompanho fotógrafos em vários países, cada um tem uma visão, uma geografia, uma cultura. Os dez mais: @mustafaseven – Turquia, @elinlia – Noruega, @nicanorgarcia – Espanha, @juanesteves – Brasil, @le_blanc – Alemanha, @jethromullen – EUA, @marcecchi – Brasil, @fabsgrassi – Brasil, @koichi1717 – Japão, @seb_gordon – França. Tem muita gente que fotografa com câmeras tradicionais e posta no Instagram. Eu valorizo a foto por celular, com o grau de
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@juanesteves
a mobgrafia deixará de ser uma linguagem fotográfica para assumir aquilo que sempre foi: fotografia”, prevê Lemos.
@galloppido
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dificuldade que essa ferramenta nos propõe. Tecnicamente falando, com uma câmera boa no modo automático qualquer um pode fazer uma foto boa: a câmera vai pegar todos os pontos de foco, vai balancear a luz. Como eu vim da época do filme, era preciso entender todo o processo: velocidade, diafragma, ASA... A gente não via o que estava fotografando, era preciso um conhecimento muito maior. Hoje podemos fazer cinquenta fotos, escolher e editar no próprio celular. Muda o equipamento, a maneira de tirar foto, mas o olhar sempre será o diferencial do fotógrafo.” Pop nas redes “A fotografia passa uma emoção. É daí que vem o engajamento nas redes sociais. Antes de postar, já sei quais fotos vão agradar, mas não me prendo a isso. Algumas fotos
menos populares agradam pessoas com um olhar mais incomum, minimalista ou denso. Gosto dessa diversidade e sigo o meu estado de espírito. Tem dias que quero fazer uma imagem mais introspectiva, melancólica. As pessoas buscam o positivo, mas não quero e não vou ficar preso ao que elas gostam. Não quero fazer sempre aquela foto linda com uma nuvem maravilhosa e o vermelho do pôr do sol. Às vezes quero passar uma emoção mais fria e solitária. As emoções da fotografia não são literais, são geradas pela cor, forma, textura”, diz Sardinha. Apesar do grande número de fãs e seguidores, Gal também se concentra em seu próprio processo artístico. “O que não consigo conceber é o artista que dá a ‘comida’ que as pessoas querem. A aventura do artista é estimulante para
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@galloppido
@sardinha17
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si mesmo e para quem o acompanha quando ele se mantém fiel ao seu processamento da realidade. A aventura artística está em reprocessar o mundo e devolvê-lo como algo diferente.” Novas ferramentas, novos símbolos, nova poética Gal vai fundo na análise: “Com o maior acesso à leitura e produção de fotografias, estamos aumentando nosso universo simbólico. Antigamente, não víamos tantas pessoas ‘falando sozinhas’ na rua. Hoje isso é comum. Já temos uma poética disso, como a pessoa que caminha pela rua
iluminada pelo visor do celular... Criamos novas poéticas e novos símbolos porque o homem está movendo a matéria de forma diferente, criando novas ferramentas, fotografando com outros equipamentos. A poética e a simbologia mudam conforme o modo com que movemos a matéria. Em um filme de 1920, por exemplo, uma pessoa falando ao telefone simbolizava a alta tecnologia”. #interferenciazero “Arte é autoria pessoal. No caso da fotografia autoral, do click à
A fotografia por celular e as redes sociais viabilizaram o compartilhamento imediato das imagens, dando mais agilidade e autonomia aos fotógrafos, que podem editar e publicar os próprios trabalhos. Sites e redes sociais, como Instagram, o bom e velho Flickr e o Facebook servem de vitrine para muitos artistas, que já não dependem exclusivamente de galerias e museus para exibir suas imagens. Se bem
Gal, por exemplo, está satisfeito com o “andar da carruagem”: “Estou ótimo com meu celular. Nunca estive melhor de procedimento fotográfico. Mas como em tudo, solucionamos alguns problemas e criamos outros”. Está claro e nítido: a evolução continua, e cada vez mais acelerada. Em fotografia, “nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia”...
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que muitos museus e galerias já abriram suas portas para a mobgrafia. Eurobike magazine
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publicação, passando pela edição, não deve haver interferência de terceiros no processo criativo”, diz Rojas.
Fotos de Paula Diniz
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Cadu Lemos @cadulemos
Ricardo Rojas @rrojas65
Fotógrafo desde a década de 1970. Aprofundou-se em aplicativos, filtros, ferramentas, técnicas e linguagens fotográficas. Ensina a fotografia em workshops, vivências e treinamentos, inclusive no mundo corporativo. É criador do movimento mObgraphia, composto por workshops, festivais, exposições etc.
Fotógrafo profissional há mais de trinta anos e editor de fotografia. Seu trajeto inclui o mercado editorial, publicitário e a Folha de S. Paulo. Parceiro da mObgraphia, atualmente desenvolve trabalhos autorais de fotografia com celular, é fotógrafo integrante do “Inside Out Project” e prepara seu primeiro livro, A nova cara da terceira idade.
Gal Oppido @galloppido Fotógrafo, artista plástico, arquiteto. Tem mais de quarenta exposições realizadas e mais de dez livros publicados, individuais e coletivos. O foco de seu trabalho autoral é a expressão corporal na fotografia e a relação do homem com a matéria processada. Juan Esteves @juanesteves Tem imagens publicadas em diversos países. É colaborador de textos e fotos para editoras brasileiras e no exterior. Foi fotógrafo e editor de fotografia da Folha de S. Paulo, é autor de quatro livros e tem imagens na maioria dos acervos brasileiros, com mais de uma centena de exposições individuais e coletivas no Brasil e exterior. Crítico e professor de fotografia, é fotógrafo de retratos, sua especialidade.
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Edu Sardinha @sardinha17 Fotógrafo, designer, publicitário, músico. Seus principais temas são arquitetura, perspectivas gráficas, natureza e cênico urbano. Desde 2007, Sardinha fotografa shows e personagens do flamenco, tema que lhe rendeu duas exposições individuais e uma coletiva, além de outras exposições sobre temas diversos.
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Achados e
imperdíveis Por Patricia Miller
Mesa de centro da linha Pequiá. Feita em madeira pequiá, com certificação FSC. O tampo de vidro é recortado de acordo com a forma da madeira. www.torabrasil.com.br
Brincos Tucano, da linha Amazônia da The Graces. Em ouro amarelo, diamantes negros, diamantes brancos e topázio imperial. www.thegraces.com.br
Montblanc celebra 90 anos da coleção Meisterstück. Esse sofisticado instrumento de escrita, tem sido o fiel companheiro de gerações de estudiosos, cientistas, poetas, artistas, estadistas e empresários. www.montblanc.com.br
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Bicicleta Muzzi Cycles Quadro feito de 100% de PET reciclado. Levíssimo e ecologicamente correto. www.muzzicycles.com.br
Relógio Tudor Black Shield Sua caixa monobloco em cerâmica de alta tecnologia é totalmente à prova de arranhões. www.frattina.com.br
McIntosh MC275 Tube Amplifier Passado e futuro se unem neste clássico amplificador à válvulas, que é “objeto de desejo” dos amantes da música há mais de 50 anos. Tecnologia retrô e áudio hi-end. www.studioqprojects.com.br
Óculos Bamboo, da Reef, confeccionado com a armação integralmente em bambu. www.reef.com.br
Alameda Gabriel Monteiro da Silva, 690 São Paulo-SP 11 2169-4010 11 2169-4011
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Boutique Baccarat
Relógio Chopard Grand Prix de Monaco Historique. Cronógrafo inspirado nos carros de competição da década de 1970. Em titânio e aço inoxidável. www.frattina.com.br
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Vaso Eye, da Baccarat Mais uma obra de arte da Baccarat, o vaso vermelho de cristal Baccarat, confeccionado com cortes horizontais e verticais, tem 30 cm de altura.
PUBLI EDITORIAL
PineAX
Leather Goods
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Num ateliê próximo ao centro de Curitiba (PR), nascem pequenas coleções de bolsas, que são verdadeiras joias em couro. A PineAX é uma marca jovem, que desenvolve itens exclusivos e artesanais a partir de desenhos clássicos que combinam funcionalidade com indiscutível beleza. A PineAX nasceu do desejo da designer de acessórios Juliane Pinheiro Machado desenvolver um produto que representa a essência do handmade: atemporalidade e durabilidade. Aficionada pelo couro como matéria-prima essencial desde a infância, vivida no interior, resolveu reunir a tradição ao desejo de oferecer produtos únicos, com alto valor agregado. “O couro é uma maneira de trazer as coisas boas do passado e lembrar princípios do ontem que enriquecem o nosso hoje”, diz Juliane. O ethos do artesanato tradicional permanece com a PineAX durante todo o processo de produção resultando em artigos de alta qualidade e resistência. Modernos, rústicos e luxuosos ao
mesmo tempo! O couro utilizado nas peças é 100% certificado. A produção é predominantemente manual, sendo apenas arrematada em máquinas tradicionais. A PineAX revigora o conceito de artesanato e fortalece a ideia contemporânea de que cada um pode ser único e autêntico na forma como se apresenta no mundo. Tempo, habilidade, dedicação. Conceitos incluídos em cada lote das exclusivas bolsas PineAX. www.pineax.com
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Entender o passado, o presente e o futuro
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Coração
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Por André Dib
Marcada pela passagem de diversos povos que lutaram pelo seu território, em mais de dois mil anos de história, a Espanha acumulou marcas indeléveis de um passado de conflitos e conquistas extraordinárias. Essa feição é evidente na arquitetura, onde as linhas clássicas e modernas se misturam a elementos romanos, mouriscos e góticos, herdados dessa rica mescla. No dia a dia dos moradores, as nuances do passado também ganham forma, sabor e acordes. Sempre na vanguarda das artes e do design, e com uma gastronomia estrelada por chefs de alto nível, o país respira tradição
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Efervescente e moderna, Madrid é uma das maiores cidades da Europa, e ainda assim não perdeu a aura dos tempos antigos. Capital desde 1561, no auge do império espanhol, o país tornouse a primeira potência mundial ao se aventurar em busca dos tesouros do novo mundo. Com o advento das conquistas, veio a riqueza e os novos traços da arquitetura seguindo a tendência renascentista. As formas ganhavam linhas mais elegantes, notadas na fachada do ostensivo Palácio Real. Com 138 mil metros quadrados e 4.318 quartos, a construção carrega o status de maior palácio da Europa Ocidental. Além da arquitetura, a cidade é movida a arte: clássica, moderna, contemporânea, seja ao ar livre ou nas dezenas de galerias e centros culturais cosmopolitas. Ali, o barroco, surrealista e cubista se harmonizam num mesmo espaço. Vale lembrar que uma das maiores coleções de arte renascentista da Europa está em Madrid, no Museu do
Prado, um dos mais importantes do mundo, mas a influência de suas obras extrapola as galerias. De Buñuel a Almodóvar, de Picasso a Dali, caminhar pelas calles é sentir a arte pulsante do teatro de rua, da música que ressoa nos becos, da poesia declamada em praça pública e das mais distintas expressões culturais que misturam passado e presente, num ambiente eclético e transgressor. Madrid é assim: intensa e cheia de sentidos. Apesar de ser uma cidade de grandes dimensões, as principais atrações turísticas se reúnem no centro e podem ser percorridas a pé. A cena gastronômica pode ser apreciada por toda a cidade, mas é no centro onde estão os melhores restaurantes, além de cafés, bares e tabernas, com ofertas e cardápios
Uma das mais charmosas ruas da cidade é a Gran Via, reduto de shows, teatros, cinemas, boutiques, além de atraentes cafés. Toda caminhada pelo centro se converge à Plaza Mayor, uma autêntica maravilha arquitetônica. Sua origem remonta ao século 16, com algumas intervenções ao longo dos anos. O lugar
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Outro deleite está nos botecos, que oferecem as clássicas “tapas”, típico tira-gosto servido com drinks locais. Os espanhóis, porém, não “petiscam”, dedicam-se ao “tapeo” (degustação de várias tapas diferentes), uma tradição milenar em todo o país. Além dos preparos mais clássicos, com o famoso jamon ibérico ou o queijo manchego, os quitutes vem ganhando uma roupagem mais requintada. Já é comum chefs de renome utilizarem produtos re-
gionais combinados a matérias-primas sofisticadas, como camarões flambados, caviar ou trufas negras. Um dos lugares mais disputados para isso no fim do dia é o Mercado de San Miguel, que fica no coração do centro histórico e oferece como petiscos ostras frescas e uma infinidade de frutos do mar. Independente do endereço, contudo, ao cair da tarde, o importante é “tapear”.
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diversos, mesclando sabores da cozinha internacional e regional, sempre acompanhados do melhor vinho de Rioja, ou Ribeira del Duero, regiões que disputam entre si o topo da lista na excelência da vinicultura espanhola.
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já foi palco de acontecimentos marcantes, com execuções públicas nos tempos da Inquisição, e hoje é frequentada por turistas que se espalham nos restaurantes e cafés dispostos ao redor da praça retangular, cercada pela fachada dos prédios históricos. O cenário, tipicamente europeu, é sóbrio e acolhedor. Já para os adeptos das compras, vale estender a caminhada até o bairro de Salamanca, que defende o status de ponto chique da cidade e oferece um verdadeiro mergulho no mundo do luxo e das marcas mais famosas do planeta, reunidas num só lugar. Para conhecer tudo, é melhor não perder a hora, pois no meio do dia a Espanha silencia-se para a siesta, que resume-se a uma soneca de 2 a 3 horas após o almoço, em praticamente todo o país. A pedida é render-se ao descanso, já que nesse período a maioria dos estabelecimentos comerciais fecham as portas, inclusive na capital. Outra tradição menos silenciosa é o flamenco, expressão musical que também se manifesta na dança de origem cigano-ibérica e forte influência árabe, e que, apesar de estar mais arraigada na região da Andaluzia, é um dos símbolos da cultura espanhola
e tem difusão muito grande nos quatro cantos da capital. Vale destacar as casas que conservam o flamenco mais autêntico e menos encenado para turistas, como a casa Corral de la Morrería, que procura valorizar esse caráter genuíno, sendo um dos tablados de flamencos mais famosos do mundo.
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Principal porta de entrada da Espanha, poucas cidades na Europa possuem uma oferta de destinos tão grandiosos nos seus arredores como Madrid. Com a facilidade dos trens de alta velocidade, as distâncias encurtaram ainda mais. Bastam alguns minutos para desembarcar em um antigo burgo, vila ou cidade milenar, onde é possível sentir a alma desses amontoados de pedras sobrepostas em catedrais góticas, castelos e muralhas que nos remetem a uma terra primitiva, onde o tempo parece estacionado na Idade Média. Nesse sentido, selecionamos quatro destinos imperdíveis, a poucos minutos de Madrid, para que o visitante, além de vivenciar a efervescência da capital, possa viajar pelo fantástico mundo de Cervantes e de seu fantasioso fidalgo, Dom Quixote de La Mancha, a pelear com moinhos e gigantes imaginários, e se embrenhar por essa Europa medieval, ainda viva, e incrivelmente bela.
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Nos arredores
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Importante ponto estratégico durante as invasões do passado, a cidade-fortaleza foi muito disputada por antigos povos. Fundada pelos celtibéricos, foi conquistada pelos romanos, invadida pelos visigodos e depois pelos árabes, para enfim ser reconquistada pelo reis católicos, no século 11. Toledo, capital de Castilla de La Mancha, é conhecida como a cidade das três culturas, por ter sido habitada simultaneamente por cristãos, judeus e muçulmanos, sendo, durante séculos, um modelo de tolerância entre culturas e religião. O conjunto arquitetônico, que foi declarado patrimônio da Unesco em 1986, é um dos mais impressionantes da Europa, diga-se. As evidências dessa história peculiar, e das sucessivas ocupações, são encontradas na imponência dos monumentos, entre pontes romanas, igrejas, mesquitas, sinagogas e fortificações. Um verdadeiro deleite para os apaixonados por arte, história e arquitetura.
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Toledo
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Hoje, a cidade é invadida por caravanas de turistas, que chegam para passar o dia, retornando à capital ao entardecer. Um desperdício, convenhamos! No cair da noite, quando a cidade se aquieta, a atmosfera misteriosa toma conta do cenário. Se perder pelas ruelas estreitas de Toledo é ser invadido pela magia dos tempos antigos, de um passado que indiretamente não é nosso, mas que através das lembranças de filmes e livros da era medieval, nos é inevitável. Não é difícil imaginar um cavaleiro montado, cruzando as vielas com a lança em riste. Dois dos símbolos mais representativos da cidade são o Alcázar de Toledo e a Catedral Gótica de Santa María – Catedral Primada. O primeiro, situado no ponto mais alto e estratégico da cidade, já era utilizado pelos visigodos como fortificação e importante centro militar. As formas atuais, entretanto, foram lapidadas pelo rei Carlos V e hoje abrigam o Museu Nacional do exército. A Catedral Primada, em estilo gótico, é uma das mais grandiosas da Europa, a segunda maior catedral da Espanha,
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e uma das mais ricas em detalhes e arte de todo o mundo. Foi erguida entre os séculos 13 e 15, sobreposta a outros templos ainda mais antigos. A construção reúne preciosidades como obras de Renoir, Rafael, Goya, Caravaggio, Tiziano, Van Dicky, El Greco, entre outros. Tamanha riqueza se justifica pela reconquista da Península Ibérica pelos reis católicos, que fizeram de Toledo a sede da Igreja Católica na Europa. Outra joia arquitetônica que merece destaque é o monastério de San Juan de los Reyes, que exprime em suas formas a expressão máxima do gótico. Em suas paredes externas estão encrustadas centenas de correntes e algemas dos cristãos encarcerados pelos mouros e libertos na Batalha de Toro. O lugar simboliza o triunfo dos reis cristãos na Península Ibérica. A cada passo que se dá nessa cidade tem-se a sensação que os monumentos se multiplicam, e seria impossível citá-los em uma só reportagem. Portanto, aqui vão algumas obras que valem a
menção: a Sinagoga de Santa María la Blanca, o Museu Sefaradí e a Igreja Franciscana de San Idelfonso, de onde se tem uma das mais belas vistas da cidade. Toledo foi morada de grandes artistas, entre eles o cretense Domenikos Theotocopulus, conhecido como El Greco, cujas obras podem ser admiradas por toda a cidade, sobretudo no Museu Del Greco, com uma rica coleção permanente. Nesse ano, celebra-se 400 anos da morte do artista com a maior exposição de suas obras já reunidas numa só mostra. Trata-se de um acontecimento. Sua obra-prima, O enterro do Conde de Orgaz, levou dez anos para ser concluída, e pode ser apreciada na Igreja de Santo Tomé. Em meio a tantos espaços sagrados, Toledo tem também sua face boêmia. O número de pubs e barzinhos concentrados no Casco Histórico é surpreendente, sem falar nos restaurantes com cardápios variados. Para se ter um panorama mais amplo
da cozinha manchega, indica-se o menu-degustação de algum restaurante, onde a comida só não é mais espetacular que a arquitetura da cidade. Os moinhos de Consuegra
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Da planície de Consuegra, veem-se ao longe, no alto das colinas, doze moinhos de vento datados do início do século 16, perfeitamente conservados, ao lado de um portentoso castelo. Mesmo que muitos não tenham lido a obra prima de Cervantes, Dom Quixote está na memória popular. Para sentir o local, é impossível não mergulhar na história do cavaleiro andante e seus inimigos imaginários. O lugar é um povoado pacato, de tradições
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“Num lugar de La Mancha, de cujo nome não quero lembrar-me, vivia, não há muito, um fidalgo, dos de lança em cabido, adarga antiga, rocim fraco e galgo corredor.” (O engenhoso Fidalgo Dom Quixote de La Mancha, de Miguel de Cervantes.)
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manchegas, e já foi uma importante cidade romana. Hoje, os antigos campos de batalha dão lugar a um ambiente campesino, e essa Espanha eminentemente tranquila vai se estendendo por infinitos terraços coloridos, cobertos de flores de açafrão, vinhas e olivais. Aranjuez, a Cidade Real As linhas elegantes do Palácio Real, do século 16, se harmonizam com os famosos jardins e bosques palacianos, que foram tombados em 2001. A cidade era uma das preferidas do rei Felipe II, que concedeu o título de Cidade Real a Aranjuez. A paragem idílica foi eternizada pelo renomado maestro Joaquín Rodrigo, que compôs uma das peças mais conhecidas da música contemporânea, Concerto de Aranjuez, imortalizada posteriormente por Miles Davis no clássico Sketches of Spain. Os tons da música, o clima fresco e a beleza do conjunto palaciano atrai, ainda hoje, turistas do mundo todo. Segóvia Nessa cidade histórica, natureza e cultura se harmonizam aos pés da Serra de Guadarama. Fundada originalmente pelos préromanos no século 7 a.C. Foi ocupada posteriormente por diferentes povos. A cidade resguarda um extraordinário monumento arquitetônico, erguido pelos romanos no século 1 para trazer a água desde o rio Frío até a cidade. Perto do casco histórico, o Aqueduto é sustentado por 167 impressionantes arcos, erguidos em granitos, com mais de 700 metros de comprimento, a uma altura de até 30 metros. Segóvia foi uma das residências favoritas dos monarcas de Castilla e Leon, na Idade Média, que tinham a cidade como um ponto estratégico para a defesa do reino. O Alcázar é um castelo com torres longilíneas, de traços delicados, que contrastam com o aspecto bruto da fortificação, exibindo-se como um dos mais belos castelos da Espanha.
Serviço:
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Operadora de turismo Spain Travel Suíte www.spaintravelsuite.com +34 925 23 46 15 A agência prepara pacotes exclusivos, à medida de cada cliente. Cuidam desde o receptivo, no aeroporto de Madrid, até o roteiro para os principais destinos de Castilla de La Mancha e entorno da capital, com guias que falam português. Destacam-se as visitas guiadas pelos museus e galerias, com especialistas em arte, e tours de alta gastronomia por todo o país, rompendo os esquemas do turismo convencional.
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