Conexão 2.0 - CAMPUS MISSIONÁRIO

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ADRENALINA: Voamos de planador de um jeito radical a revista do jovem que pensa

www.conexaoja.com abril-junho 2009

AMOR

Um é bom, mas dois já é demais

NEM TE CONTO!

20132 – Conexão JA 02/2009

O Alex foi pego em flagrante

Marcos ________ Designer ________ Editor

CAMPUS MISSIONÁRIO

O CRISTÃO DEVE MOSTRAR SUA FÉ EM TODOS OS LUGARES – INCLUSIVE NA UNIVERSIDADE

________ C.Qualidade ________ Depto. Arte


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Campo de oração Ano 3, no 10 • abr-jun/2009 ISSN 1981-1470 www.conexaoja.com

20132 – Conexão JA 01/2009 19741 02/2009

Capa: Marcos S. Santos Foto: William de Moraes

Marcos ________ Designer ________ Editor ________ C.Qualidade ________ Depto. Arte

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ilvânia dos Santos Moreira tinha 23 anos quando se formou no curso de Filosofia e Ciências Exatas, na cidade de Presidente Venceslau, SP, em 2007. Nesse período, ela lecionava para crianças numa área rural do município de Rosana, quase na divisa com o Mato Grosso do Sul, a 174 km de sua cidade. Durante a semana, levantava-se às 5h30 para tomar o ônibus que a levava ao local de trabalho. Às 16h30, tomava outro ônibus para a faculdade. Quando chegava em casa, eram sempre 2h da madrugada. A despeito da rotina massacrante, Silvânia separava tempo para Deus e sabia que sua vida espiritual dependia desses momentos. Depois de ministrar as aulas do período da manhã, assim que os alunos iam embora, ela aproveitava o ambiente rural, com vista para um campo gramado que sumia no horizonte, se sentava e mantinha comunhão com o Criador. Lia a Bíblia e falava com seu Pai Celestial. Esses momentos a fortaleceram também para falar do amor de Deus aos outros. Na faculdade, havia um professor ateu cuja inteligência e conhecimentos na área de exatas eram bem conhecidos. Certa ocasião, Silvânia e ele tive-

Brilha em mim, Jesus

o o sol” (Jz 5:31).

“Porém, os que Te amam brilham com

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e, mais brilho tem prendi que quanto mais escura a noit que nós somos uma estrela. E para mim está muito claro carente de opções de insas “estrelas” de Deus neste mundo ns (Ap 1:20). O tema JA piração e exemplo para nossos jove realidade, esse slogan é para este ano é “Brilha em mim”. Na ; é, sim, a oração de cada muito mais que um tema inspiracional em oito países. Que fique jovem adventista, todas as manhãs, ue a Luz é Jesus (João bem claro que nós não somos a luz, porq raios fulgurantes do Sol 8:12). Apenas refletimos dia a dia os portadores de luz. da Justiça. Você e eu somos apenas que a recebamos Para que tenhamos luz, é preciso inesgotável –, por meio todos os dias de Jesus – nossa fonte esconder a luz, por meda comunhão com Ele. É impossível

ram um diálogo em sala de aula. Ele afirmava não existirem comprovações da veracidade da Bíblia, mas Silvânia sentia que ele queria mesmo era testar a fé dela diante dos colegas; fazê-la vacilar ou se sentir intimidada. Silvânia não tinha apenas teoria religiosa na cabeça. Ela conhecia o Criador de quem falava e essa convicção, aliada a orações e à paciência, cativaram a amizade do professor. Antes de se formar, ela o presenteou com um livro sobre as profecias de Daniel. O professor prometeu que iria lê-lo, em consideração à aluna a quem aprendera a respeitar. “Por mais difícil e trabalhoso que seja o ambiente em que estejamos, o que realmente importa são as nossas escolhas de fidelidade para com Deus”, afirma a jovem. Para testemunhar no campus é necessário passar tempo com Deus no “campo de oração”, como fazia Silvânia. O ambiente universitário oferece muitas oportunidades de pregação. Como aproveitá-las? Leia a matéria de capa desta edição e conheça algumas dicas e outros testemunhos que podem ajudá-lo nessa missão especial.

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Michelson Borges Editor

e a maioria das casas nor que ela seja. No antigo Israel, ond cada sobre um lugar tinha apenas um cômodo, a luz era colo recebia os benefícios chamado velador e, assim, toda a casa todos nós é: a luz tem da luz. A grande lição espiritual para s possam vê-la e ser que ser colocada no alto, onde todo disse: “Procure a luz e beneficiados por ela. Alguém me encontre Jesus.” Para que Por que temos que brilhar por Jesus? s” boas obras outros jovens vejam em você as “sua o Pai que está e, como resultado, glorifiquem o noss pregando, seja no Céu. Está na hora de você brilhar, ibuindo literatura cantando, visitando, orando ou distr Brilhe mescristã. Que sua luz seja clara e intensa. mo quando não houver sol! ? Eu faço parte da geração luz. E você Otimar Gonçalves

ana Líder de Jovens da Divisão Sul-Americ

Rod Cai Fon Site

SER Lig

Seg Sext


8 Testemunho no campus O ambiente acadêmico e suas oportunidades de evangelismo

5 Pode crer 6 Expressão 12 Saúde e Beleza 13 Aconteceu Comigo

Deus nos ajuda a não fixar residência por aqui Bate-papo com o grupo vocal vencedor do programa Astros, do SBT Escuta esta: os cuidados para ter boa audição Jovem ajuda amigo ateu a encontrar Jesus

14 Link Foto: William de Moraes

Cinco vírus fatais e como se defender deles

15 Mercado de Trabalho Enquanto uns superam as dificuldades, outros reclamam delas

16 Portal

26 Qual dos 2?

20 Na Cabeceira

Livro-reportagem resgata história das lanchas missionárias adventistas; e o aguardado novo CD do Tom de Vida, depois de 10 anos sem gravar

É possível amar duas pessoas ao mesmo tempo?

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CASA PUBLICADORA BRASILEIRA Editora dos Adventistas do Sétimo Dia Rodovia Estadual SP 127 – km 106 Caixa Postal 34 – 18270-970 – Tatuí, SP Fone (15) 3205-8800 – Fax (15) 3205-8900 Site: www.cpb.com.br / E-mail: sac@cpb.com.br SERVIÇO DE ATENDIMENTO AO CLIENTE Ligue Grátis: 0800 9790606 Segunda a quinta, das 8h às 20h30 Sexta, das 7h30 às 15h45 / Domingo, das 8h30 às 14h

Imagens: Jupiterimages / Stokxpert /

Raio X

Como Darwin se transformou num mito

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O sucesso da Missão Calebe

Ele não esperava ser encontrado naquele lugar

Adrenalina

Pegamos uma carona nas asas do vento

Foto: William de Moraes e Daniel Oliveira

28 Teste 30 Dúvida Cruel

Quando é hora de partir pra outra Podemos acreditar em todos os milagres que andam fazendo por aí?

Editor: Michelson Borges Editores Associados: Sueli Ferreira de Oliveira e Fernando Torres Designer Gráfico: Marcos S. Santos Diretor Geral: José Carlos de Lima Diretor Financeiro: Edson Erthal de Medeiros Redator-Chefe: Rubens S. Lessa Gerente de Produção: Reisner Martins Gerente de Vendas: João Vicente Pereyra Chefe de Arte: Marcelo de Souza Chefe de Expedição: Eduardo G. da Luz

Colaboradores: Otimar Gonçalves, Aquino Bastos, Areli Barbosa, Elmar Borges, Nelson Milanelli, Paulo Bravo e Udolcy Zukowski Assinatura: R$ 17,40 Avulso: R$ 5,40 Tiragem: 9.500

20132 – CONEXÃO JA 01/2009 19741 02/2009

25 Bem contado

Marcos ________ Designer 9115/20132

Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio, sem prévia autorização escrita do autor e da Editora.

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Envie um e-mail pra gente: conexaoja@cpb.com.br – As mensagens publicadas não representam necessariamente o pensamento da revista.

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Leio a revista Conexão JA e fico muito feliz em conhecer belos testemunhos (como o da moça que reencontrou os pais biológicos após 18 anos) e maneiras tão positivas de viver feliz. Obrigada pela dedicação com que realizam seu trabalho para a honra e glória de Deus. É maravilhoso participar dessa família tão amorosa (às vezes, fico pensando no milagre do Espírito Santo de que num mundo tão “gelado” e “insosso” existem pessoas que são o “sal” e a alegria para a vida dos seres humanos ). Rayssa Amorim, Macapá, AP rayssantonia@yahoo.com.br

Gosto muito da revista, pois ajuda muito na minha vida espiritual. E as dicas de filmes e livros são sensacionais. Sem falar nas matérias, que são atuais e muito importantes para a vida do jovem cristão. Um abraço. Bruna Nunes Cardoso brunanunescardoso@gmail.com

A Conexão JA é ótima! Faz algum tempo que eu desejava tê-la sempre em minhas mãos, pois eu ganhei uma edição especial e fiquei com gostinho de quero mais. Então fiz a assinatura e, como disse o leitor Joadson Silva, é a revista que veio pra ficar. Gosto muito das matérias e assuntos abordados. Obrigado pela matéria “Campeões de acesso”. Parabéns a toda a equipe de produção deste maravilhoso presente de Deus para os jovens! Tatiane Sara tatiane.sara@yahoo.com.br

Gostaria de parabenizar o irmão Cristiano Stefenoni pelo excelente artigo “Lugar de barraqueiro é na feira”. Seus artigos sempre são de grande importância, os quais admiro muito; mas esse, em especial, é simplesmente fantástico, desde o conteúdo com a sábia utilização das palavras, utilizando a norma culta da língua portuguesa de forma simples para todos os tipos de leitores, até a grande lição que podemos tirar do ótimo conteúdo abordado, o qual podemos utilizar em todos os aspectos da vida. Parabéns, meu irmão! Estarei orando para que Deus continue te inspirando. Fernando dos Santos fernando.santos2@gmail.com

Puxa vida! Que assunto bacana aquele dos “Shows sertanejos”. Gosto muito da música sertaneja (antiga e atual) e conheço um bocado desse universo. Entretanto, concordo com todas as considerações apresentadas. Não importa a circunstância, esses eventos não foram feitos para um(a) filho(a) de Deus, mas para um filho do mundo. Thiago Campossano Antunes, Artur Nogueira, SP thiagocampossano@hotmail.com

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abr-jun 2009

Foto: Jupiterimages / Stockxpert

O que tenho a dizer sobre essa importante matéria (“Homossexualismo”) é que ela representa uma mudança de “ventos” em nossa igreja. Há anos que vejo esse assunto esquecido entre o povo de Deus. Quantos e quantas “P” sofrem calados com medo da punição e da vergonha. Louvado seja Deus pela matéria esclarecedora da inspirada Dra. Claudia. Muitos, infelizmente, usam a “balança da justiça”, em que uns pecados são mais “tolerados” que outros. Que bom que nosso Deus não é assim! Devemos todos nos apegar a Jesus, o único que conhece todas as dores e sofrimentos da humanidade. Isso também vale para pais e familiares de homossexuais: não desprezem, amem. Numa situação que envolve homossexualismo, o desespero e o repúdio são os canais que Satanás usa para destruir de vez um lar. Clau professionalart.br@gmail.com

A revista Conexão JA está de parabéns com o artigo “Homossexualismo”. Parece difícil acreditar, mas é realidade mesmo dentro da igreja de Deus. Vítimas que vivem o drama e almejam a salvação precisam de ajuda para vencer as tentações. Infelizmente, a mídia tem colaborado para a liberação do homossexualismo como algo “comum” na sociedade moderna. A igreja tem que orar e amar seus jovens, envolvendo-os em projetos de evangelismo e consagração para que tenham forças suficientes para prosseguir no caminho. Rogerio Leria, Itapeva, SP roleria@bol.com.br

Texto: Michelson Borges – Ilustração: Thiago Lobo

19741 – CONEXÃO JA 01/2009

Simplesmente bombástica a revista Conexão JA, com conteúdo inteiramente focado no aperfeiçoamento espiritual, mental, físico e profissional da nossa juventude tão negativamente impactada pelos poluentes morais de nossa era. Adorei a matéria “A ‘partícula de Deus’”, sobre o acelerador LHC. A busca incessante da humanidade pelo sentido da vida só pode ser efetivamente sanada se arregaçarmos as mangas e nos permitirmos ser instrumentalizados pelas potentes mãos do nosso Redentor. Que nosso conhecimento sobre nossa origem e destino eterno, transmitido por nosso Senhor em Sua Palavra, possa levar esperança a este mundo em crise, conduzindo assim a uma total inversão moral de valores e princípios, reparando brechas e quebrando barreiras. Caio Cesarino dos Santos, São Paulo, SP caiocsantos@gmail.com


Para o alto e avante

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Foto: Jupiterimages / Stockxpert

Texto: Michelson Borges – Ilustração: Thiago Lobo

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feriado está chegando. Você começa a fazer os preparativos para o acampamento com os amigos de sua igreja. Barraca, mochila, lanterna, comida e outras coisas mais. Mas você já se perguntou como tudo isso começou? Hoje o excursionismo se transformou em uma prática comum entre as pessoas. Mas onde e quando teve início? Quando o homem foi criado, Deus o colocou em um jardim. Ali ele deveria morar (Gn 2:8). Aquela foi a residência original do casal. E “tudo o que Deus havia feito era a perfeição da beleza, e nada parecia faltar do que pudesse contribuir para a felicidade do santo par; deu-lhes, contudo, o Criador ainda outra demonstração de Seu amor, preparando um jardim especialmente para ser o seu lar” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 46, 47). Mas onde entra o acampamento nessa história? Tudo começa com a entrada do pecado. Seria bom que Adão e sua esposa pudessem continuar na residência que Deus tinha feito, mas o pecado afetou radicalmente a vida do casal e eles tiveram que ser expulsos de seu lar. A residência que deveria ser definitiva teve que ser deixada às pressas. Eles perderam a morada (Gn 3:23, 24). Deus criou o homem e a mulher para viverem num bom lugar, mas o pecado os afastou da morada original. Foi quando Deus lhes deu um lugar temporário para morar, até que a raça caída pudesse voltar ao lugar original – o Éden perdido. Essa morada temporária seria um lugar para protegê-los das intempéries, dos desequilíbrios deste mundo pós-pecado. Para que essa mensagem pudesse ser bem fixada, Deus deixou o antigo Éden por um tempo aqui na Terra (Patriarcas e Profetas, p. 62). Ao fazer com que as pessoas morem numa “residência temporária”, Deus quer que elas pensem que seu lugar não é aqui e assim façam planos para voltar ao lar belo e agradável. Por isso, Ele precisou incutir na mente do ser humano, de forma prática, algo que o lembrasse de que ele não é deste mundo. Foi aí que surgiu a “morada provisória”, que é bem retratada na vida dos patriarcas e líderes do passado.

Em vários períodos da história, Deus convidou líderes para que saíssem de sua região e fossem para outro lugar: Noé, Abraão, Jacó e até o povo de Israel. Este verso retrata bem como devemos nos portar neste mundo: “Na verdade, não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a que há de vir” (Hb 13:14). Ellen White diz: “Somos peregrinos e estrangeiros neste país estranho – buscando uma terra melhor, isto é, a celestial” (O Cuidado de Deus [MM], 1995, p. 89). “Somos peregrinos e estrangeiros na Terra” (Conselhos Sobre Mordomia, p. 38). Essa peregrinação tinha como objetivo levar as pessoas a focalizar sua meta no alvo maior que é o Éden perdido, e não se apegar às coisas deste mundo. É por isso que a Bíblia chama esses fiéis seguidores de peregrinos e forasteiros (Hb 11:13). Essas peregrinações foram relembradas pelas festas que Israel realizava em Canaã. Quando Israel entrou na terra prometida, essas festas deveriam lembrá-los de que eles tinham sido resgatados da escravidão, e que a terra era uma grande dádiva dada por Deus, prefigurando a dádiva maior, que é o Céu. Com o desenvolvimento do cristianismo, essas reuniões assumiram formatos diferentes, mas sempre com o intuito de lembrar de onde viemos e para onde estamos indo. No começo do movimento adventista, surgiram as reuniões campais com o objetivo de fortalecer a vida espiritual e levar o povo a ter a visão missionária. “Nossas reuniões campais têm outro objetivo. ... Devem promover a vida espiritual entre nosso próprio povo”, escreveu Ellen White, em Testemunhos Para a Igreja, v. 6, p. 32, 33. Quando saímos para um acampamento, Deus quer nos lembrar de que somos peregrinos e estamos aqui de passagem; existe um lugar melhor. Jesus mesmo disse: “Vou preparar-vos lugar” (Jo 14:2). Um dia estaremos no Céu, e essa motivação deve nos animar diariamente em busca do lar dos remidos, para estarmos para sempre com Jesus. Areli Barbosa

Líder de Jovens da União Sul-Brasileira areli.barbosa@usb.org.br

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Deus quer que nos sintamos peregrinos neste mundo

Marcos ________ Designer ________ Editor ________ C.Qualidade ________ Depto. Arte


Expressão vocal

O grupo Artpella fala sobre a vitória no programa Astros, do SBT

Yuri Papas vocalista e diretor técnico

Cleiton Frack vocalista e solista

Mary Montenegro vocalista e solista

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ntes de mais nada, vamos às apresentações. Os figuras desta página são os integrantes do grupo vocal Artpella, vencedores da edição de outubro de 2008 do programa Astros, do SBT. Neste bate-papo com a revista Conexão, em um shopping em São Paulo, quatro integrantes do grupo contam um pouco dos bastidores dessa experiência e como Deus a transformou em uma benção espiritual. Desde quando o grupo existe e como surgiu a ideia de formá-lo? Di Groove: O projeto nasceu há 13 anos. Eu e o Dan somos amigos de infância e sempre gostamos muito de música. Nossas principais influências eram o quarteto Acappella e o Black Singers. Dan Trindade: Lembro que, quando tínhamos uns 12 anos, o Black Singers fez uma programação em nossa igreja, em Diadema (SP). Ficamos impressionados e tivemos a ideia de criar algo semelhante. Di Groove: Então, reunimos vários amigos e montamos um grupo chamado Celebração. Nosso objetivo era simplesmente participar de um culto jovem. Nesse dia, a igreja estava lotada, mas não era por nossa causa: a Alessandra Samadello também iria cantar...

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Vocês já se arriscaram em outros estilos musicais? Yuri Papas: Na verdade, temos um repertório bem eclético no que diz respeito a estilos, dentro do conceito a cappella. Vamos falar sobre o Astros. Como vocês decidiram se inscrever e participar do programa? Rick Dias: Foi uma produtora de São Paulo que nos sugeriu, em 2007. No início, recusamos a proposta, mas, no ano seguinte, decidimos aceitar. Papas: Existem duas formas de entrar no programa: a primeira, passando pelo processo seletivo normal; a segunda é por indicação de produtoras. Esse foi nosso caso. Só que eles queriam que

Foto: Daniel Oliveira

Rick Dias baixo Damaris Kayaba vocalista e solista

Dan: Realmente, não tínhamos muita qualidade vocal. Era uma coisa horrível de se escutar (risos)! Mas sentíamos prazer em ensaiar, em louvar. Di Groove: Com o tempo, o projeto começou a tomar dimensões maiores e a agregar pessoas que realmente manjavam de música. Como éramos sete homens, batizamos o grupo de Art’n Seven. A mudança para o nome Artpella aconteceu em 2003, quando a gente se desvencilhou da nossa companhia de música, detentora do nome. Tivemos vários integrantes, mas a formação 100% masculina só foi alterada em 2006, quando o Yuri Papas entrou como diretor técnico e sugeriu que colocássemos duas mulheres, a Mary Montenegro e a Damaris Kayaba. Nesse momento, temos uma nova cantora, no lugar da Mary, a Arlene Alves.

Foto: Leo Maria

Di Groove, líder e beatbox

Dan Trindade vocalista e solista

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Fernando Torres


Como foi a preparação, o nervosismo para a gravação? Di Groove: No dia de gravar, o Dan teve um surto e falou: “Eu não vou!” Dan: Bateu uma insegurança... Fiquei em dúvida se era realmente certo quebrar aquele paradigma como adventista. Di Groove: Mas o grupo não desistiu. Decidimos que íamos assim mesmo. Escolhemos a música Santo Espírito e fomos ensaiar uma readaptação. Quando começamos o ensaio, a música começou a tocar muita gente. Dois produtores do SBT disseram que nunca haviam ouvido uma canção tão linda. Um deles, inclusive, começou a chorar. Naquele estresse que é um estúdio de TV, de repente houve um clima de paz.

Foto: Daniel Oliveira

Foto: Leo Maria

E a apresentação em si, como foi? Di Groove: Estávamos muito tensos, mas mandamos brasa. Depois, os jurados do programa só foram elogios; disseram que estavam arrepiados e agradeceram nossa presença. Fora do palco, um monte de gente estava chorando. Sentimos que eles realmente haviam sido tocados, que Deus nos havia usado para passar uma mensagem. Saímos de lá extasiados. Foi a melhor experiência da nossa vida espiritual. Na segunda fase, a final, o Dan resolveu ir, pois teve certeza de que era um trabalho para Deus. Na final, aconteceu a mesma coisa nos bastidores. Dan: Mas, dessa vez, tivemos que mandar para a produção três músicas e eles escolheriam qual iríamos cantar. Selecionaram a música Deus Vivo. A letra fala assim: “O Artpella te convida a conhecer o grande Deus que está vivo.” Quando o Artpella ganhou o concurso, o que mudou? Di Grove: A primeira grande mudança é que fomos muito mais aceitos. A Igre-

ja Adventista, em geral, nunca recebeu bem o estilo de algumas de nossas músicas, com percussão vocal, melismas, etc. Por isso, cerca de 90% das nossas participações eram em outras igrejas. Agora, acho que pelo menos 50% das nossas apresentações são em igrejas adventistas. Temos uma aceitação gigante do público jovem. Mas, em compensação, ainda pinta alguma reclamação do pessoal mais maduro. Papas: O prêmio [um carro Kia] também ajudou a financiar nosso projeto de gravar um CD. Nossos produtores são o cantor Danilo e o Jônatas, do Communion.

ce e no Orkut, sempre estou em contato com as mensagens do público. Uma que me surpreendeu foi a de um internauta católico, que disse ter sentido algo inexplicável ao ouvir a nossa música, como se Deus tivesse atuado de forma extraordinária em sua vida. Di Groove: Uma semana antes do Astros, fizemos algo diferente: cantamos música gospel num local público. Quando começamos a cantar, o clima de festa acabou e todo mundo ficou prestando atenção. Depois, umas cinco pessoas vieram falar conosco e dizer que também eram evangélicas, estavam afastadas, mas iriam voltar para a igreja. No mesmo dia, um produtor trouxe um contrato com a proposta de R$ 20 mil mensais para cada um para cantarmos música secular. A gente disse não, na hora. E a decisão foi unânime. Um dos componentes até pensou por alguns minutos, mas, depois, disse que seu objetivo era cantar para Deus. A partir daí, Deus jogou um caminhão de bênçãos sobre nós. Ele nos abençoou dentro do mercado religioso. Algumas pessoas podem nos criticar por cantar em ambientes não-religiosos. Minha resposta é que não temos preconceito em relação a lugares, quando o objetivo é evangelizar. Já cantamos em hospitais, asilos, igrejas, casas de irmãos... Em agosto de 2007, fizemos uma apresentação no trem, entregando 1.200 folhetos. Admito que é uma linha tênue cantar música gospel em certos ambientes. Mas a gente ora muito antes de ir.

A gente ora muito antes de cantar Houve um boato de que a gravação ocorreu no sábado. Isso é verdade? Rick: A primeira gravação foi no sábado, mas nós passamos o dia fechados no camarim e só gravamos à noite. Algo mais ou menos como o pessoal fica quando vai prestar vestibular. Como vocês selecionam o repertório? Vocês também compõem? Papas: Muitas das músicas que cantamos hoje foram herdadas dos primeiros anos do grupo. A gente só readaptou. O Dan, o Cleiton e eu também compomos algumas músicas. Santo Espírito é de nossa autoria, mas Deus Vivo é uma versão. Nesse período da história do grupo, vocês devem ter muitas histórias marcantes... Di Groove: Uma semana após o Astros, um cara do Maranhão me ligou dizendo que havia decidido se matar no dia em que nos apresentamos. Mas quando ouviu a música na TV, ele se sentiu tocado e mudou de ideia. Esse rapaz não era evangélico, nem cristão. Mas, mesmo assim, pediu que orássemos por ele. Rick: Como eu sou o responsável pelas contas do Artpella no MySpa-

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cantássemos música secular. Isso não aceitamos. Nossa condição era de cantar apenas música gospel.

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Campus missionário

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Dez sugestões

O ex-editor da revista Diálogo Universitário, Humberto Rasi, oferece dez sugestões para estudantes adventistas:

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Busque uma educação ampla e sólida. Não se especialize cedo demais em seus estudos. Seja curioso. Permita que sua mente se “estique” em várias direções. Mas aprenda a ver todos os campos do conhecimento de uma perspectiva centralizada em Deus e baseada na Bíblia.

Foto: William de Moraes

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Como testemunhar no ambiente acadêmico

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Acostume-se a discutir ideias. Saiba o que você crê. Não tenha receio de conceitos fora do comum que desafiem suas ideias. Desenvolva uma filosofia cristã e a use para filtrar outros conceitos. Tenha e amplie sua biblioteca pessoal e arquivo: Bíblia, concordância, comentários, livros de apologética, livros criacionistas (e a assinatura da Conexão, claro). Aprenda a defender suas opiniões com tato e cortesia. Acima de informação e conhecimento, busque sabedoria.

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Reserve tempo para sua vida devocional. Estabeleça uma rotina diária de leitura da Bíblia, meditação e conversa com Deus em oração. Faça orações intercessórias por seus colegas e professores. A vida devocional não pode ser negligenciada.

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Cultive amigos adventistas. Localize outros universitários adventistas em seu campus ou em sua igreja. Reúna-se com eles para partilhar suas preocupações acadêmicas e buscar apoio. Se for possível, organize com eles uma associação de estudantes adventistas e registre-a. Procure um(a) namorado(a) entre seus/suas amigos(as) adventistas.

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Mantenha a mente e o físico em boa forma. Se você respeitar seu corpo, aprenderá mais depressa, será mais feliz e poderá servir melhor a Deus. Alimente-se de forma equilibrada e tire tempo para descansar e se exercitar. Abstenha-se de álcool, fumo, drogas e de sexo antes do casamento.

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Env vida Descub lentos p úteis na cal: no na Esco mo diá ancião, habilida lismo: m bíblico para p uma sé Contrib o avan igreja c e oferta


mente e oa forspeitar enderá erá mais rvir meente-se brada e descan. Abstel, fumo, o antes

ra recém-convertido e estava prestes a desistir do meu curso de Jornalismo. O secularismo da universidade federal estava me sufocando e eu não conseguia administrar direito a dicotomia entre cultivar amizade com meus colegas para levá-los a Jesus e manter distância de seus hábitos contrários aos padrões bíblicos. Depois de dois anos, pensei em abandonar tudo e começar o curso de Teologia. Até que encontrei um vendedor de livros usados que me disse uma frase da qual nunca mais esqueci. Naquele fim de tarde eu caminhava desanimado pelo campus, quando encontrei uma banca de livros usados. Gastei alguns minutos observando e folheando algumas obras. Encontrei um livro de Ellen G. White. O preço estava bom e como minha biblioteca cristã se limitava a poucos volumes, resolvi comprá-lo. Perguntei se o vendedor tinha mais obras da autora e ele me respondeu com uma pergunta: – Você gosta dos livros dela? – Sim. Gosto muito. – Você é adventista? Estranhei um pouco a nova pergunta, mas disse que “sim” e indaguei por quê. Ao que ele respondeu: – Eu também sou. Conversamos por alguns minutos e acabei descobrindo que aquele senhor havia estudado Teologia, embora não exercesse o ministério. Seu trabalho mis-

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Envolva-se nas atividades da igreja. Descubra onde seus talentos poderão ser mais úteis na congregação local: no clube de jovens, na Escola Sabatina, como diácono ou mesmo ancião, etc. Desenvolva habilidades de evangelismo: ministre estudos bíblicos, ofereça-se para pregar ou dirigir uma série evangelística. Contribua fielmente para o avanço da missão da igreja com seus dízimos e ofertas.

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Encontre maneiras de ajudar os outros. Diga palavras edificantes para os que estão desanimados. Partilhe com os necessitados o que Deus lhe tem dado. Escolha alguém menos experiente para aconselhar. Seja aventureiro: inscreva-se como estudante missionário. Não receie acrescentar um ano a seus estudos por causa dessa experiência.

sionário consistia em espalhar no campus literatura cristã junto com livros técnicos. Quando partilhei com ele meu desânimo e o desejo de trancar a matrícula, foi então que veio a frase: – Onde as trevas são mais intensas, ali deve brilhar nossa luz. Tomei aquilo como um desafio de fé, agradeci o conselho e fui adiante com meu curso. Sempre orava a Deus para identificar o limite entre amizade e comprometimento, e para deixar um bom exemplo, sem ser chato ou visto como “santinho”. Pude ministrar estudos bíblicos para colegas, deixar alguns livros de presente para alunos, professores e funcionários e ter a alegria de participar da colação de grau no sábado à noite, justamente porque meus colegas resolveram mudar o horário para depois do pôr-do-sol, a fim de que eu não perdesse a cerimônia. Uma das preocupações de todo universitário, quando chega ao fim de sua faculdade, é com o TCC, o Trabalho de Conclusão de Curso. Mas, nesta matéria, vou falar de outro TCC: o Testemunho Cristão no Campus.

Permanecer firme Ellen White escreveu: “A maior necessidade do mundo é a de homens – homens que se não comprem nem se vendam; homens que no íntimo da alma

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Adote um estilo de vida adventista. Siga o exemplo de Jesus. Observe o sábado como dia especial de culto, para renovar suas energias e ajudar os outros. Viva com simplicidade e economia. Não desperdice tempo e recursos. Vista-se bem, mas modestamente, evitando modas provocantes. Não permita que a cultura secular do ambiente o molde. Selecione bem sua leitura, música e divertimentos.

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sejam verdadeiros e honestos; homens que não temam chamar o pecado pelo seu nome exato; homens cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao pólo; homens que permaneçam firmes pelo que é reto, ainda que caiam os céus” (Educação, p. 57). Você já deve ter lido ou ouvido falar que somente podemos dar o que temos (e isso é óbvio). Francisco de Assis dizia: “Pregue em todo tempo; se necessário, use palavras.” Para isso, precisamos permanecer firmes, mesmo sob a avalanche de secularismo e más influências que possam nos rodear. É como subir uma montanha muito alta. Chega um ponto em que temos apenas duas opções: seguir avante ou sentar e desistir. É uma questão de decisão. Muitas tendências da sociedade contemporânea nos forçam a abandonar nossa maneira cristã de pensar e viver. O naturalismo filosófico e a negação dos valores morais absolutos nos pressionam a sentar e desistir da escalada. Mas temos que permanecer firmes. Como? Justamente numa época de transição, em que muitos ainda na adolescência têm que deixar o convívio paterno, a comunhão da igreja local e o grupo de amigos, é que vêm as pressões da vida acadêmica. Os novos colegas o(a) convidarão para ir a festas, beber álcool ou quem sabe até experimentar drogas. Poderá haver problemas com aulas aos sábados, professores tentarão persuadi-lo(a) de que a Bíblia é um livro de fábulas – e farão isso não para feri-lo(a), mas porque acham que o(a) estão ajudando.

Dê exemplo de integridade. Peça a Deus que o ajude a conduzirse de modo coerente com sua profissão de fé (lembre-se de que as pessoas o observam). Fale sempre a verdade e seja honesto, mesmo que isso o leve a sofrer zombaria e preconceito.

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Tenha um alvo elevado. Não se contente com mediocridade. Progrida sempre. Mantenha alvos profissionais e espirituais sempre altos e peça a Deus força para alcançá-los.

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Foto: William de Moraes

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Marcos ________ Designer ________ Editor ________ C.Qualidade

________ Depto. Arte


Marcos ________ Designer ________ Editor ________ C.Qualidade ________ Depto. Arte

Suelen Carvalho Reis desenvolve um trabalho interessante na UFRJ. Estudante da “Federal Rural”, como é conhecida a instituição, ela montou uma capelania e reúne os alunos na sexta-feira, ao pôr-do-sol, e no sábado. Além de organizar o culto, ela promove cursos interessantes sobre ciência e religião. O trabalho deu tão certo que alguns funcionários e professores adventistas se juntaram a Suelen. O projeto cresceu. A igreja adventista mais próxima (que fica no km 49 da antiga Rodovia Rio-São Paulo) tornou-se parceira do projeto. E o que começou como um pequeno grupo de estudantes se tornou no Grupo de Ação dos Jovens Adventistas da UFRJ. Na foto, Suelen é a primeira à esquerda (nesse dia foi realizado um culto especial no campus). 10

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Cosmovisão bíblica Ter uma cosmovisão bíblica significa quebrar a dicotomia entre o sagrado e o secular. É levar Deus para os nossos

relacionamentos, nossos estudos e trabalho. É a prática do que o apóstolo Paulo diz em 1 Coríntios 2:16: “Nós... temos a mente de Cristo.” Para isso, é preciso não nos conformarmos aos padrões deste mundo e renovarmos a mente constantemente (Rm 12:2). Em O Peregrino Russo, escrito por um monge russo anônimo no século 19, o professor perguntou ao monge se o trabalho acadêmico e profissional

“Deus foi meu professor”

Entrei na faculdade no primeiro semestre de 2003, para cursar Pedagogia. Quando comecei o curso, fui informada de que além das aulas na sexta-feira à noite, haveria aulas no sábado. Comecei a orar a Deus para que as disciplinas do sábado fossem oferecidas em outros dias da semana nos semestres seguintes e, assim, prossegui com o curso. À medida que o tempo passava, fiquei muito preocupada, pois a disciplina de Psicogênese não saia do sábado, não seria mais oferecida, e eu ainda não a havia cursado. Mesmo assim, decidi confiar em Deus. Pedi para ser matriculada em uma disciplina do 6o semestre, mas não fui atendida, porque havia recém-iniciado o 4o semestre, e por não ter feito algumas disciplinas não teria condição de acompanhar a matéria. Insisti e a coordenadora me permitiu cursar sob observação. A intenção dela era me provar que eu precisava das aulas do sábado, pois ela achava muito provável que eu reprovaria na disciplina devido ao conteúdo perdido. Quando comecei a disciplina me senti muito angustiada porque realmente não entendia nada; então orei a Deus pedindo orientação e ajuda. Comecei a fazer muita leitura de textos relacionados à disciplina e aos poucos fui compreendendo o que era estudado. Logo não tinha mais dificuldades em acompanhar o conteúdo. Graças a Deus, no fim do semestre, fui a aluna que tirou a melhor nota na turma. Tive 100% de aproveitamento na disciplina. Certo dia, a professora dessa disciplina conversava com a coordenadora a meu respeito e então elas me chamaram. Queriam que eu lhes explicasse como era a “questão do sábado”. Depois que expliquei, a professora pediu para que a coordenadora me ajudasse, pois, segundo ela, eu era excelente aluna, tendo acompanhado a disciplina de um semestre que não era o meu. Agradeci a Deus tudo aquilo, pois sabia que era obra das mãos dEle. Fui apenas um instrumento para falar de Seu amor e testemunhar de Sua lei e graça. Orientada pela coordenadora, inscrevi-me na prova de aproveitamento de estudos. Deram-me um mês para estudar toda a bibliografia necessária, e sozinha aprender todo o conteúdo. Mas eu não estava estudando sozinha; Deus era meu professor! Minha média final foi 8,5. Fiquei muito feliz e extremamente grata a Deus, pois mais tarde descobri que muitas alunas que fizeram a disciplina aos sábados não conseguiram alcançar a mesma média. Cristiane Pacheco Pires, Osório, RS

Foto: Gentileza (Relbert)

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Apoio aos colegas

4. Escolha as matérias com cuidado. Se determinado professor é notoriamente crítico da fé cristã e você não precisa cursar a matéria dele, escolha outra matéria. Mas lembre-se de que o maior desafio da educação num campus secular tem a ver com a má influência dos colegas.

Fotos: Jael Enéas (Grupo) – Gentileza (Cristiane)

Ed Christian, professor de Inglês na Universidade Kutztown, apresenta quatro dicas para sobreviver no campus: 1. Encontre uma igreja. Informe-se sobre as igrejas adventistas próximas à universidade, escolha uma e frequente-a. 2. Identifique mentores cristãos. Será muito mais fácil sobreviver num campus secular se você puder contar com o apoio de colegas cristãos e/ou de um professor cristão amigo (pode até ser um vendedor de livros usados...). 3. Junte-se a um grupo cristão. Nas grandes universidades, geralmente, há grupos de jovens cristãos que se apoiam. Procure os mais conceituados ou forme um.


Michelson Borges

Editor Colaboraram: Evelise Morais, Jael Enéas e Heron Santana

Firmeza que chama atenção

Falar de fé no campus secular não só é possível como necessário. A iniciativa normalmente nem é minha, os meus amigos, ao perceberem que não vou às reuniões de estudo marcadas para o sábado ou a uma festa na sextafeira à noite, acabam me questionando a respeito desse comportamento “diferente”, o que acaba sendo uma ocasião muito oportuna para falar da minha fé. Falar de religião com estudantes de engenharia sem ser chato parece um paradoxo em si. Aprendi ao longo dos anos que com esse público não é muito produtivo, já de início, desenvolver uma conversa muito doutrinária. A melhor abordagem é o testemunho. A experiência tem me mostrado que não adianta puxar o assunto; a iniciativa tem que partir deles para que a conversa seja produtiva. A guarda do sábado e o regime alimentar são exemplos de pontos em que nosso comportamento acaba despertando interesse dos outros sobre religião. Para falar de religião é fundamental estar atualizado sobre assuntos científicos e darwinistas, para quebrar a imagem estereotipada de que todo crente é um ser alienado, não pensante. Um bom resultado acadêmico também me ajudou muito por promover minha autoestima e por me dar mais crédito perante os colegas ao decidir inteligentemente acreditar em Deus e na Bíblia como Seu livro sagrado. Um exemplo clássico é aquele em que não raramente o professor propõe à turma para mudar o dia da prova para o sábado de manhã, pois assim os alunos terão mais tempo e tranquilidade para fazer a prova. O detalhe é que por se tratar de uma mudança no dia oficial de aulas, essa decisão só pode ser tomada se for unânime. Daí você já sabe... O jovem adventista aqui tem que levantar a mão e frustrar todo o resto da sala dizendo que não pode fazer a prova no sábado. Situações como essa são comuns na trajetória de um adventista na faculdade, mas nem por isso posso dizer que é uma situação trivial para mim. Levantar a mão nesses momentos é bem difícil, mas ao mesmo tempo é uma forma de atrair a atenção dos outros. Você pode imaginar o assédio depois de uma votação dessas? Alguns colegas, por já me conhecerem, me ajudam a explicar para os outros o motivo. É interessante como no começo a gente acha que vai ser odiado, mas no fim das contas as pessoas acabam por valorizá-lo mais e a demonstrar respeito sincero. Relbert Vieira, 22 anos, estudante do 8º período de Engenharia Mecatrônica na Universidade de Pernambuco (UPE), membro ativo da liderança jovem e do departamento de música da Igreja Adventista de Boa Viagem, PE

Páginas: 216 Formato: 14 x 21 cm Cód. 10411

Os horrores da Segunda Guerra Mundial são vistos através dos olhos de um jovem japonês que se uniu à resistência contra os americanos e tornou-se um assassino. Sua prisão e condenação à morte formaram o pano de fundo para um encontro capaz de transformar sua vida. Escrito por um premiado autor japonês.

Marcos ________ Designer Foto: Gentileza (Relbert)

Fotos: Jael Enéas (Grupo) – Gentileza (Cristiane)

Uma dramática e tocante história de conversão.

Fábio Borba / Imagens: japanfocus.org

Arco-Íris Sobre o Inferno – Tsuneyuki Mohri

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é compatível com a vida de oração. É comum pensar que a vida devocional é mais aconselhada para aqueles que têm condições favoráveis, que se afastam dos negócios, das preocupações e distrações do dia-a-dia. O monge respondeu: “Suponhamos que um monarca severo e exigente vos ordene escrever um tratado a respeito de um assunto abstrato, em sua presença, diante de seu trono. Embora possais estar todo entregue a vosso trabalho, a presença do rei, que exerce poderio sobre vós e que tem a vossa vida entre as mãos, não vos deixará esquecer um só instante que pensais, refletis e escreveis não na solidão, mas num local que exige de vós uma atenção e um respeito particulares. Essa consciência da proximidade do rei exprime muito claramente ser possível aplicar-se à oração interior permanente, até mesmo durante um trabalho intelectual” (p. 97). “Orem continuamente”, é o conselho de Paulo em 1 Tessalonicenses 5:17 (NVI). Em outras palavras, esteja sempre em comunhão com Jesus. Só assim você poderá ser uma testemunha eficiente. Inclusive no campus.

Para adquirir, ligue: 0800-9790606*, acesse: www.cpb.com.br, faça seu pedido no SELS ou dirija-se a umas das Lojas da Casa.

________ Editor

*Horários de atendimento: Segunda a quinta, das 8h às 20h / Sexta, das 7h30 às 15h45 / Domingo, das 8h30 às 14h.

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Se você não resiste aos pequenos e poderosos aparelhos para curtir música, saiba o que é preciso para continuar ouvindo bem

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nitivamente lesionado. E pensar que há gente que fica o dia todo com fones aos ouvidos... E os fones de ouvido menores são ainda mais prejudiciais do que os que cobrem toda a orelha, pois são

introduzidos na orelha. Quem trabalha com música, como o engenheiro de gravação e mixagem Edison Sopper Jr., precisa tomar cuidado. “Das nove ou dez ho-

exposto ao som. Quer mais informações? Desde 2004, a Sociedade Brasileira de Otologia realiza uma campanha sobre o assunto. “Ouça” a dica: acesse nosso site (www.conexaoja.com); está tudo lá. Sueli Ferreira de Oliveira

Editora associada

Consultoria: Dr. Ronaldo Nunes Toledo, otorrinolaringologista do Hospital Adventista de São Paulo

Foto: Cedida pela autora Jupiterimages / Stockxpert

so, há relato de fortes dores de cabeça, insônia e dificuldade de entendimento advindos do som alto. Infelizmente, E, ovem gosta de música. nem a metade do número dos com tanta tecnologia pa- brasileiros com déficit de aura ouvir seu som preferido, dição toma providências para quem resiste? Por isso, é co- resolver o problema. O ouvido humano está mum ver o pessoal com fones shop no de ouvido por aí, preparado para suportar até ping, na escola, na rua. Mas, 85 decibéis sem sofrer grandes segundo o Comitê Científico danos, mas quem usa fones Europeu de Riscos à Saúde, pode ultrapassar essa marca, os fones favorecem a perda chegando à intensidade sonoda audição. Será? Há quem ra de 120 dB, levando em conduvide e quem defenda. ta que a onda sonora sai do Entre os que duvidam, es- fone direto para o ouvido, sem tão os fiéis adeptos da músi- se espalhar no ar. Esse som alto ca ao pé do ouvido, dizendo pode trazer prejuízos irreversíque, assim, não incomodam veis à audição, já que a surdez os outros. Entre os que de- por exposição a sons intensos fendem, está a Organização é cumulativa. O que isso quer Mundial de Saúde, anuncian- dizer? Simples, parando de se do que mais de 15 milhões de expor ao som demasiado alto brasileiros têm problemas de agora, você para de prejudicar audição, dos quais 30% são sua audição, mas o que já foi causados por perda auditiva perdido não tem volta. induzida por ruído (PAIR); 20% da população apresenta Trilha sonora Até que você realmente zumbido, um sintoma que indisalém ; itiva dica perda aud identifique um som, ele per-

Ilustração: Jupiterimages / Stockxpert

corre um trajeto que passa por pequenas partes do ouvido. A primeira delas é a orelha, com curvas e formas que ajudam a fortalecer o som. Depois, atravessa o canal auditivo e segue para o tímpano, que começa a vibrar. A vibração atinge o martelo, que ecoa na bigorna e faz o estribo vibrar. Em seguida, o som chega a um caminho em forma de caracol chamado cóclea. Lá a vibração se transforma em impulso nervoso, que possibilita ao cérebro a identificação do som que você ouviu. Com o esforço contínuo para se adaptar a altos volumes, esse processo pode ficar defi-

ras que passo ouvindo vozes e música por dia, 5% desse tempo é com fones”, revela Sopper, mas ele não descuida e toma todos os cuidados para não ser afetado por uma fadi ga aud itiva . “Lid and o com música profissionalmente desde 1998, felizmente nunca tive dificuldades com percepção auditiva relacionada ao meu trabalho”, menciona ele. E o próprio Sopper conta como realizar a façanha de trabalhar com música, fones e som sem perda auditiva até agora. “Deixo o volume sempre baixo, no máximo em 75 decibéis. E nas horas de lazer, procuro o silêncio, pra dar um tempo pra minha cabeça.” São boas dicas, testadas e aprovadas por quem está


Que mudança! O jovem ateu que conheceu Jesus graças à amiga

Ilustração: Jupiterimages / Stockxpert

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Foto: Cedida pela autora Jupiterimages / Stockxpert

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eus pais, meu irmão e eu somos adventistas. Pertenço a um clube de desbravadores e estudo no Colégio Goianiense Adventista (CAG) desde pequena. Por isso, meus amigos e a maioria das pessoas que conheço acreditam em Deus, como eu. Gostam de internet, televisão e de fazer novas amizades. Como gosto de fazer novos amigos, comecei a me aproximar de um garoto, o Mário César Mota Moraes, que estudava comigo no 1º ano do Ensino Médio, no CAG. Ele era novato, por isso não sabia muito sobre ele. Meus pais sempre me alertaram sobre com quem andar, e quando ele ia fazer trabalho lá em casa, meus pais o achavam estranho, do tipo “barra pesada”. Eu também achava, mas não me importava de andar com ele. Um dia ele me disse que era ateu. Mesmo assim, nunca desisti de sua amizade. Meus pais me alertaram, pedindo que tomasse cuidado, pois aquele menino poderia ser uma má influência para mim. Mas eu sentia em meu coração que ele gostaria de conhecer o meu amigo Jesus. Certo dia, ele chegou à escola e me pegou de surpresa dizendo que havia recebido a “luz”, e que precisava procurar uma igreja. Naquele instante, aproveitei a chance e convidei-o para ir a um culto em minha igreja. Era uma quarta-feira. Culto de oração em que normalmente não há grande número de pessoas, muito menos de jovens. Mas o levei mesmo assim. Chegando

lá, minha mãe de cara o convidou para participar do Clube de Desbravadores Sentinelas do Porto. Ele aceitou e continuou frequentando os cultos de sábado, quarta-feira e sexta-feira. Meus pais começaram a dar estudos bíblicos para o Mário, e eu os acompanhava. Os pais dele ficaram felizes em saber que o filho estava se enturmando com os adventistas, pois logo o comportamento dele começou a mudar para melhor. O tempo foi passando e o Mário decidiu-se pelo batismo. Não sei dizer o que senti quando o vi entregando a vida para Jesus – era tanta alegria que não encontro palavras para expressar. Então, no dia 26 de setembro de 2008, em uma noite de sexta-feira, cercados por nossos amigos do clube de desbravadores, dos professores e alguns amigos do colégio, pude assistir o Mário, dentro do tanque batismal, cantando a música “Eu quero brilhar por Ti”. Inacreditável talvez seja a palavra mais próxima para definir aquela cena para mim. Era o mesmo garoto que algum tempo antes me dizia com todas as letras que acreditar em Jesus era bobagem. Que o ateísmo fazia mais sentido. Após assistir ao batismo, pude entrar no tanque e colocar em seu uniforme de desbravador o boton de batismo. Pude também dar-lhe o primeiro abraço. As palavras me faltaram pois ali eu vi que Deus havia me usado para apresentá-Lo a alguém. Orei em silêncio, agradecendo a Deus a vitória e colocando minha vida nas mãos dEle para cumprir a tarefa para a qual Ele me chamou: falar a todos sobre Sua breve volta. Mário e eu firmamos um compromisso naquela sexta-feira: apresentar Jesus a todas as pessoas que pudermos.

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Anne Amorim Artiaga

Estudante e membro do Clube de Desbravadores Sentinela s do Porto, em Porto Seguro, BA

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Os cinco vírus mortais

Se você já cada dia novos vírus são criados para foi infectado se espalhar nos computadores com o objetivo de prejudicar cada vez mais gente. Poupor algum cas pessoas estão “vacinadas” contra os deles, precisa “cinco vírus mortais” da internet que já milhões de internautas. rapidamente de contaminaram Informe-se sobre estes vírus abaixo. Afiremédio nal, eles podem fazer um estrago enorme!

Marcos ________ Designer ________ Editor ________ C.Qualidade ________ Depto. Arte

O primeiro vírus letal é o “tempus desperdiçadus”. Ele afeta e amortece a noção do tempo. Geralmente, o internauta fica envolvido, sem noção de que horas são, ou, ainda pior: não tem ideia de quanto tempo está diante da tela do computador. Quantas horas de sono perdidas, quantas madrugadas jogadas no lixo, quantas horas preciosas que poderiam ser usadas sabiamente são simplesmente desperdiçadas. Não sobra tempo para a leitura da Bíblia, para a Lição da Escola Sabatina e bons livros. Alguns mais afetados nem praticam esportes ou outras atividades físicas. Esse vírus mortal não está sozinho, ele é irmão do “anonimatus escondidus”. As pessoas atingidas por esse mal usam da mentira como base em seus relacionamentos cibernéticos. As características pessoais como a altura, a cor dos cabelos, o nível acadêmico, tudo é inventado para parecer ser alguém que realmente não é. No anonimato, ninguém está vendo por onde ele navega, mas se esquece de que para Deus nada há encoberto que não seja revelado. O “individualismus eu + eu mesmus” está se disseminando rapidamente. Quem é fisgado por esse vírus acaba se isolando do mundo real. Para ele é mais fácil conversar duas horas pelo MSN com qualquer sujeito do

sites & blogs www.tvorigens.com.br

Site dedicado à divulgação de vídeos criacionistas produzidos pela Sociedade Criacionista Brasileira em parceria com a Science Research Foundation e outros colaboradores. 14

Udolcy Zukowski

Líder de Jovens da União Este Brasileira udolcy.zukowski@ueb.org.br

www.criatividadesemlimites. com.br

www.memoriaadventista. com.br

Estabelecido em 1987, o Centro Nacional da Memória Adventista é um projeto criado com a finalidade de reconstituir a história adventista do Brasil.

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www.vidaadois.net

Site sobre relacionamento familiar com materiais de alta qualidade e muito interessantes.

Para os que gostam de artesanato, este site apresenta várias ideias, passo a passo, informações sobre como adquirir os produtos, feiras, etc.

Ilustração: Carlos Seribelli

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que pessoalmente. Prefere o isolamento “seguro” do quarto ao risco de se expor diante das pessoas. Não é perigoso ter e manter amigos pela internet. O perigo acontece quando se diminui drasticamente o tempo gasto frente a frente com a família e os outros. Muita gente tem sido infectada pelo “hormonius sexualis explosivus”. Acontece mais ou menos assim: um dia, navegando sem rumo por uns sites, aparece a foto de uma moça “pobre” que não tem dinheiro para comprar roupa. Os olhos grudam na tela, entra no site só por curiosidade e quando menos se espera, a pornografia faz mais uma vítima do “hormonius sexualis explosivus”. Começa a viver um mundo de fantasia erótica. O vírus é tão letal que muitos são contaminados pela vida toda. Ele se sente seguro por causa da parceria com o “anonimatus escondidus”, mas sua mente contaminada o leva de pecado a pecado, sem controle, vivendo dupla personalidade: cara de santinho e mente de depravado. Já o vírus do “pos-modernismus afetatus” é bem mais discreto. Mas é igualmente letal para a vida de um cristão. Pela facilidade de contato com culturas do mundo todo, e ao se demorar vendo e lendo o que não é puro, nem bom, nem de boa fama, o internauta acaba com a mente adoecida pelo pós-modernismo, segundo o qual tudo pode; o importante é você se sentir bem; a suprema autoridade é você mesmo; o certo e o errado são uma questão cultural; você faz sua própria verdade; e assim por diante. Se você já foi infectado por alguns desses vírus mortais, precisa rapidamente de remédio, buscando a purificação total na fonte de água viva que é Jesus. Um abraço internáutico.


Reclamão O

s s

Ilustração: Carlos Seribelli

s.

salário é ruim, o serviço é cansativo, o chefe privilegia os amigos e a empresa é desorganizada. Acredito que ninguém gostaria de trabalhar em um lugar assim. O curioso é que todos trabalham. O que muda, na verdade, é a maneira de ver as coisas. Enquanto uns superam as dificuldades, outros reclamam delas. A quarta das “Cinco atitudes que podem afundar uma carreira” é: ser reclamão. É fácil identificar alguém assim. No geral, trata-se de uma pessoa comunicativa, bem-humorada, que gosta de estar em grupo, afinal, precisa de uma plateia para ouvir suas queixas. Fica pelos cantos e prefere sussurrar ao invés de falar alto. De cada dez palavras, oito são reclamações. Com seu jeito cativante, tenta encontrar nos outros apoio para suas lamentações. É um especialista em criticar. Contudo, quando o chefe aparece, o reclamão é o primeiro a se calar e a tratar bem o superior. O grande problema de quem age dessa forma, não é apenas o fato de ver o lado negativo do trabalho, mas sim a cegueira em relação ao lado positivo. Quem reclama muito, com o tempo, perde a noção do que é bom e põe o emprego em risco. O reclamão não vê, por exemplo, que é melhor ganhar pouco do que estar desempregado e que a experiência adquirida na empresa não tem preço. Certa vez, um grande colega de trabalho foi demitido. Não entendi por que. Era ótimo profissional, educado e responsável. Foi quando meu chefe explicou o que aconteceu. O gestor desse jovem fez observações sobre seu trabalho e pediu para que refizesse o serviço. Então, de cabeça quente, reclamou bastante, desafiou seu superior e disse: “Se não estiver satisfeito, pode me mandar embora!” E foi o que ele fez. Não há emprego que resista a reclamações sem fim. Para não correr esse risco, fique atento a alguns detalhes importantes: u Quando estiver insatisfeito no trabalho, avalie onde está o problema: na empresa, no chefe, nos colegas ou em você. u Problemas interpessoais? Converse direta e educadamente com as pessoas envolvidas. O salário está ruim? Faça por merecer um aumento. Em outras palavras, fale menos e trabalhe mais.

u Cuidado com as reclamações no serviço. Elas podem bater no ouvido do seu chefe que, com certeza, não hesitará em tirar da equipe uma pessoa insatisfeita. u Nunca se esqueça de que ninguém é insubstituível e que há vários profissionais que estão dispostos a ocupar o seu lugar, mesmo com um salário menor. u Não aumente um problema simples de resolver. u Ao andar na rua, observe a luta das pessoas para ganhar dinheiro e sobreviver. Imagine-se no lugar delas. u Aja como Jesus. Enquanto todos olhavam Maria Madalena como pecadora, Cristo via nela uma futura testemunha do poder transformador de Deus. Se as coisas no seu emprego estão difíceis de mudar, peça ao Senhor para que Ele transforme, pelo menos, sua maneira de ver a situação. O problema pode até não ser resolvido no momento, mas você ganha tempo para encontrar a solução.

Cristiano Stefenoni

Jornalista, consultor de carreiras e autor do livro Profissional de Sucesso (CASA) c.stefenoni@hotmail.com

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O que os olhos não veem, o emprego sente

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Férias missionárias

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mum. Eles são adolescentes e jovens, chegam em grupos, usam jeans e tênis, sorriem bastante, dão atenção informal aos membros das comunidades, fotografam tudo do celular, sem qualquer motivo aparente, mostram desprendimento para enfrentar as situações mais adversas, e, acima de tudo, falam com Nova geração de missionários poder e autoridade sobre a mensagem da salvação. Os É um exercício de ruptura cultural ini- jovens evangelistas fazem parte da Missão Calebe, que em sua terceira edição parece gualável na história da Igreja Adventista: no mês de janeiro, geralmente desconsi- convidar a igreja brasileira a ficar atenta ao derado no calendário eclesiástico por ser movimento capaz de misturar a rigidez período de férias pastorais, igrejas e con- do planejamento missionário ao espírigregações de áreas urbanas e rurais são to aventureiro típico da juventude. Uma tomadas por missionários com um perfil equação que neste ano mobilizou 7,5 mil improvável em relação ao evangelista co- jovens e respondeu por mais de 3 mil ba-

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tismos – cerca de 10% da média anual de conversões no Nordeste do Brasil. A estratégia da Missão Calebe é arregimentar jovens dispostos a trocar as férias pela aventura missionária. Em sua terceira edição, a proposta parece longe de arrefecer. A mobilização para 2009 começou em outubro do ano passado, com o lançamento oficial do evento realizado pelo canal executivo da TV Novo Tempo. A partir de então, e com o apoio da Casa Publicadora Brasileira, entre outras instituições, os jovens foram orientados, receberam kits evangelísticos, incluindo Bíblia customizada com o logo da Missão Calebe, definiram pontos de evangelização e pegaram a estrada, de carro, ônibus ou mesmo a pé, lembrando em vários momentos os pioneiros da fé cristã que se aventuraram como outsiders para pregar a Palavra de Deus em terras desconhecidas.

Calebes gaúchos

Os novos libertos

O relógio marca 8 horas do dia 7 de janeiro. Moisés Dias, líder dos Calebes da Igreja Adventista de Belém Novo, passa as últimas orientações. O destino é a cidade de Torres, no litoral gaúcho, para onde 14 jovens partem rumo a uma missão que mudará suas vidas para sempre. Ione Borges, diretora do grupo em formação do bairro Bela Vista, faz os últimos preparativos para a recepção. Vinte dias depois, ela declara: “Não existem palavras para descrever o trabalho desses meninos; eles levaram poucas semanas para fazer o trabalho de anos.” Mais de 30 estudos bíblicos estão em andamento e 15 interessados assistem regularmente aos cultos na pequena igreja improvisada. Essa é somente uma das histórias dos milagres que estão acontecendo na Missão Calebe da Associação Sul-Rio-Grandense (ASR). O projeto lançado no dia 25 de outubro do ano passado, contou com a participação de 120 jovens, que se comprometeram em doar parte de suas férias para Deus.

No dia 14 de fevereiro, foi realizado um batismo na Igreja Adventista do Jardim Gênova, em Capivari, SP. Entre os batizandos estavam 10 jovens que foram influenciados pelo testemunho de Paulo Sérgio Lopes Pereira. Paulo chamou o pastor do distrito em sua casa e disse que estava estudando as profecias e pesquisando as doutrinas bíblicas; declarou ter certeza de que a Igreja Adventista é a igreja profética e seu desejo era levar essa mensagem aos amigos. Mesmo sem ser batizado, Paulo começou a convidar para estudar a Bíblia os amigos com quem costumava usar drogas. Durante três meses, eles se reuniram quase todas as noites na casa do Paulo para orar e estudar a Palavra. E Deus foi transformando e libertando cada um deles. No dia do batismo, lá estavam os pais e outros familiares dos jovens, agradecidos pelo milagre ocorrido dentro de casa. Alguns desses pais já estão recebendo estudos bíblicos e também pretendem ser batizados em breve.

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Líderes que participaram do Congresso Jovem da APL

Silêncio, praças e muita tranquilidade. Esse cenário típico de uma cidade do interior do País foi o destino escolhido por líderes de Jovens da Associação Paulista Leste (APL) para aprender algo simples: conversar. De 30 de janeiro a 1º de fevereiro, eles participaram de um congresso jovem, realizado na cidade de Eldorado, SP. O foco do encontro foi resgatar o antigo hábito de conhecer vizinhos e, por meio desse contato, levar a mensagem de esperança. A proposta apresentada pelo líder de Jovens da APL, pastor Paulo Reis, foi simples: bater palmas, dar um “oi” e oferecer uma oração como presente ao vizinho. Aparentemente simples, a proposta pode quebrar paradigmas. “Quando um jovem diz que veio apenas para orar, a pessoa visitada baixa a guarda e é possível entrar na vida dela. Muitos tabus em relação a esse negócio de ‘crente’ somem”, afirma Reis. Com essa ideia em mente, os 200 jovens presentes na convenção visitaram a pequena cidade de Eldorado. Em duplas, eles foram de casa em casa para orar e, se possível, conversar um pouco mais com os “novos vizinhos”. Um dos visitados foi o trabalhador autônomo Pedro Cristino. Para ele, a visita veio em hora certa. “Traz um sentimento de paz e esperança receber esse tipo de visita. Hoje em dia está cada vez mais difícil. Com tanta violência, quando alguém vem trazer uma palavra, uma oração, é muito bom”, afirma. O sentimento de carência foi nítido em muitos casos. Émerson Pereira, um dos líderes jovens, presenciou uma situação única. Após esquecer de passar em uma casa, ele teve a atenção chamada pela moradora “esquecida”. “Ela gritou pra gente: ‘Ei, vocês não vão vir na nossa casa, não? Nós queremos que você venha’”, relembra Pereira. O desafio agora é levar o projeto para a capital e incentivar outros jovens a se envolverem. Que tal Uma simples oração foi a porta de entrada para muitas casas imitar a ideia?

Jovens + saúde = Superação Desafio, aventura e amizade são alguns dos ingredientes que estão fazendo o sucesso do projeto Superação, no distrito central de Jundiaí, SP. Além de se encontrar nos momentos tradicionais de culto, os jovens estão envolvidos em programas sociais aos sábados à noite, domingos, entre outros momentos. “Formamos uma equipe que se tornou responsável pela Escola Sabatina Jovem e pela promoção e realização de eventos recreativos e sociais que visam a reunir os jovens de nossa igreja em um ambiente cristão, oferecendo recreação saudável com o objetivo de desenvolver a amizade e união entre eles”, relata Jailson Santos, idealizador do projeto.

De acordo com ele, o projeto ajuda, entre outras coisas, a suprir uma grande necessidade dos jovens adventistas: o que fazer no sábado à noite? “Tão importante quanto ganhar mais jovens para Cristo é ter um programa para envolver e conservar a juventude na igreja”, acredita Jailson. Apoiados no projeto e motivados pela reportagem do SBT Realidade que retratou o estilo de vida saudável dos adventistas, os jovens formaram a “Equipe Superação – Corrida e Caminhada”. “Nosso objetivo com esse projeto é conscientizar toda a igreja sobre a importância de um estilo de vida saudável, algo que está em sintonia com a nossa mensagem de saúde. E a atividade física é essencial nesse processo”, afirma Lilian Saffi, professora de Educação Física e líder da equipe.

Novo site Neste mês, vamos colocar no ar o novo site da Conexão. Você poderá “folhear” todas as edições anteriores e conferir materiais inéditos. Além disso, poderá ler recados dos líderes de jovens de todas as regiões do Brasil e conhecer os bastidores das reportagens que produzimos. Como “postagens” inaugurais, confira a impressão que a Sueli teve ao conversar com o pessoal do Artpella e a emoção que sentimos ao voar de planador. Aguarde! www.conexaoja.com

19741 – Conexão JA 01/2009

Novos vizinhos

Marcos ________ Designer ________ Editor ________ C.Qualidade

Colaboradores: Heron Santana, Guilherme Silva, André Leite, Licene Renck e Adriano Carlos Aureliano

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cho que até Darwin estranharia todo esse louvor ao seu nome, como alguém que teve a “maior ideia científica que o ser humano já teve”. Neste ano comemoram-se o 200º aniversário de nascimento do naturalista inglês e os 150 anos da publicação de sua obra mais famosa, A Origem das Espécies. O fato é que, como diz um amigo meu, “Darwin acertou no varejo, mas errou no atacado”. Ou seja, a explicação dele para a variação entre os seres vivos de um grupo (seleção natural) é realmente uma boa ideia. Mas extrapolá-la para bilhões de anos no passado e afirmar que todos os seres vivos descendem de um ancestral comum ainda desconhecido, isso, sim, é ficção das boas. Darwin merece ser lembrado por suas pesquisas e pelo que escreveu. Mas será que exaltá-lo à posição de um dos maiores cientistas de todos os tempos, descobridor do maior “insight” já tido pela humanidade, não é exagero? Não se torna quase um culto à personalidade? A cerimônia oficial de Abertura do Ano Internacional da Astronomia 2009 foi às 18 horas do dia 19 de janeiro, no Planetário do Rio de Janeiro. De 19 a 28 de janeiro, outras 50 cidades brasileiras realizaram também seus eventos de abertura. Mas, conforme lembrou o jornalista Maurício Tuffani, em seu blog Laudas Críticas, “não foi apenas a astronomia que ‘nasceu’ há exatos quatro séculos, com a observação do céu por Galileu Galilei (1564-1642) ao telescópio. Foi também o nascimento da ciência moderna. A comemoração se deve às primeiras obser18

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vações astronômicas de Galileu em 1609 com um instrumento aperfeiçoado por ele. Com essa modificação de um dispositivo óptico que aproximava a observação de objetos, construído no ano anterior por holandeses, nasceu o telescópio, que teve esse nome a partir de 1611. Seu uso permitiu refutar a concepção geocêntrica do mundo e a da imutabilidade e perfeição dos corpos celestes, que eram formados por éter, segundo Aristóteles (384-322 a.C.), em Sobre o Mundo e Sobre o Céu, e Cláudio Ptolomeu (87-151 d.C.), no Almagesto e no Tetrabiblos”. Foi com Galileu, e não com Darwin, que o próprio método científico experimental nasceu. Esta, sim, uma das maiores invenções da humanidade: a ciência empírica que acabou levando o conhecimento do mundo a dar seus incríveis saltos com outros grandes cientistas como Newton, Pasteur e Pascal (só para lembrar, todos cristãos). Galileu também ajudou a mudar radicalmente a visão do mundo e do Universo mantida até então como dogma pela Igreja Católica (e não pela Bíblia, como alguns confundem). Mas este é o ano da Astronomia e não de Galileu, o inventor do método científico... Por que não se homenageiam na mesma proporção cientistas como Albert Einstein, o casal Curie, Copérnico, o próprio Galileu e o grande Isaac Newton? Me parece que os proponentes do naturalismo filosófico, amparados pela mídia secular, estão usando Darwin para promover sua ideologia da negação do sobrenatural. Deve ser isso. Para

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r ciência é uma motivação Tarcísio, “investigar a natureza e faze ano. Ao observar um fato deixada pelo próprio Deus ao ser hum s que se acredita estarem que aparentemente se oponha às tese simplesmente não fecha corretas, um pesquisador criacionista para ‘encaixar’ a realidade os olhos ou procura distorcer os fatos em sua visão de mundo”. pegadas humanas com Um exemplo disso foi a descoberta de rio Paluxy, no Texas, EUA. conhecimento científico + naturalismo pegadas de dinossauros no leito do Evolucionismo filosófico to que as pegadas de dinosDepois de algum tempo, foi descober , não. Quem descobriu a ogia bíblica sauro eram genuínas, mas as humanas teol + tífico cien ento ecim conh Criacionismo science Research Institute, fraude? Cientistas criacionistas do Geo to entista do Sétimo Dia. Seria conhecimento científico + argumen mantido na Califórnia pela Igreja Adv Design entre humanos e dinossauteleológico inteligente uma tremenda prova da coexistência leve aonde levar. ros, mas a verdade deve ser buscada elos mod cia – Na verdade, o r que os três Essa discussão toda é entre fé e ciên Esse esquema ajuda a compreende tações evolucionistas e o metafísico. Segundo verdadeiro embate entre as argumen têm um componente científico e outr tos even r nde ia ou não de planejaa compree criacionistas está centrado na existênc Nahor, “qualquer paradigma que busc tificamente não testá es. Dentro desses limites, mento e intenção nas coisas existent pretéritos únicos e irreproduzíveis (cien tífica. Enquanto o evossariamente, argumentos a discussão poderia ser puramente cien veis ou não falseáveis), utilizará, nece os , seja Ou . de modelos e aleatoriedade, buscando lucionismo defende a ideia de acaso científicos e metafísicos na construção as puramente naturais, genericamente, ser assim explicar a vida como o resultado de caus três paradigmas considerados podem, e s tífico cien s ento ósito e planejamento, ecim o criacionismo defende a ideia de prop definidos: uma associação entre conh o resultante da ação criabuscando explicar a vida como send conhecimentos metafísicos. afirmação tão incorrerelaciona com o ápice de Criacionistas são fixistas – Essa é uma dora de um Deus que ainda hoje se aco mac do ente descend Sua criação: o ser humano. ta quanto aquela que diz ser o homem tas ionis criac Os . isso) ião nas aulas de ciênam afirm não Criacionistas querem introduzir relig (os darwinistas geralmente s dotou os seres vivos Estado brasileiro, os criacias – Conhecedores da laicidade do bem informados entendem que Deu em er eviv permite sobr zados com a questão não cionistas bíblicos que estejam familiari da capacidade de variação, o que lhes , criacionismo nos currícuam de “microevolução” argumentam em favor da inserção do ambientes diferenciados. A isso cham e go biólo do vras las públicas, uma vez que nas pala los escolares e universitários das esco ou “diversificação de baixo nível”, on. ecimento religioso. Além tute, Dr. James Gibs o criacionismo está associado ao conh diretor do Geoscience Research Insti evolução – Segundo o aptos a contrastar os dois Criacionistas odeiam Darwin e a disso, poucos professores estariam criaelo mod do atizantes jam, na verdade, é o ensino modelos. O que os criacionistas dese biólogo Tarcísio da Silva Vieira, simp a m erros e acertos. acadêmica entende crítico do darwinismo, apontando seus cionista que tenham tido formação ição ribu cont a cem os no Brasil), ao connhe men reco Não existe interesse algum (pelo importância da teoria da evolução e há que s emo de que as teses defenditífica. “Entend trário do que é divulgado pela mídia, dada por Darwin à comunidade cien s m a teoria da evolução ntados, os quais são útei das pelo modelo criacionista substitua aspectos no evolucionismo fundame o com assim rais, natu os . Obviamente, não há neensinada nas escolas e universidades para a compreensão de muitos fenômen criahum s aspectos nen elo criacionista em escolas nhuma oposição ao ensino do mod para a interpretação de dados. A esse constitucional para isso. se opõe. Porém, como confessionais, uma vez que há abertura cionista que tenha formação científica são não que o são ensinadas. evolucionism Mas as teorias de evolução também em toda teoria, há alguns pontos no tista Estado – Essa é outra s, seja por um cien Criacionistas querem unir igreja e sustentáveis e devem ser questionado dera. dos Unidos, essa questão afirmação falsa. Infelizmente, nos Esta ou por um estudante de ciências”, pon caspe a em tas se opõ com grupos apelando até O que ocorre, de fato, é que criacionis está carregada de “sabor” político, es favoráveis a esse ou para “odiar” Darwin (ou mesmo à Justiça para forçar legislaçõ tos do darwinismo e não têm motivos ionistas adventistas são aquele modelo. Especialmente os criac qualquer outra pessoa). ação acus nas – Essa de união entre Estado e Criacionistas creem no Deus das lacu terminantemente contra qualquer tipo Deus como explicação ências históricas negativas Igreja, por conhecerem as consequ faz parecer que os criacionistas colocam ndo faze cia, ciên idas em desse tipo de sociedade. para todas as questões não respond ndo segu , disso rário cont Ao dos. Michelson Borges oda deles pesquisadores acom Edior

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científicas, a mídia polariza blindar o darwinismo de discussões versus religião, e diz um o tema como se se tratasse de ciência tas. Alguns exemplos: monte de inverdades sobre os criacionis O Dr. Nahor Neves de O criacionismo é anticientífico – ante sintético, mas esclaSouza Jr. elaborou um esquema bast as: recedor, a respeito dos três paradigm

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Palavra de ex-ateu

10 MENTIRAS SOBRE DEUS Erwin Lutzer (Editora Vida) “É um ótimo livro para tirar algumas dúvidas frequentes que os jovens têm acerca das atitudes de Deus e mesmo sobre quem Ele é. Um ponto que me chamou a atenção foi a questão sobre o livre-arbítrio, já que Deus conhece tudo sobre o futuro.”

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Cígredy Neves 22 anos Luís Eduardo Magalhães, BA

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O FAXINEIRO E O EXECUTIVO Todd Hopkins e Ray Hilbert (Thomas Nelson Brasil) “Uma das principais doenças da modernidade é o estresse, muitas vezes causado por excesso de trabalho. É o caso do executivo Roger Kimbrough. Mas sua vida muda quando ele se encontra com o faxineiro Bob Tidwell, na verdade, um homem de negócios aposentado. As seis dicas de Bob são fáceis de aplicar e capazes de transformar qualquer carreira.” Jonathan Maia Chaves 21 anos Jaguaretama, CE A MENSAGEM DE 1888 George Knight (CASA) “Comprei este livro com a intenção de me preparar para os eventos finais e também para aprender mais sobre a história da Igreja Adventista. Estou gostando muito da leitura, especialmente do trecho que fala sobre a justificação pela fé.” 20

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Reportagem de fôlego A estudante de Jornalismo Ana Paula Ramos nunca tinha ouvido falar das lanchas Luzeiro, as embarcações médicomissionárias adventistas que atendem as populações ribeirinhas da Região Norte. Mas, em 2003, recebeu o convite para fazer a cobertura do projeto Lancha Luzeiro 2000, realizado nos rios Negro e Solimões, no Amazonas. Nove dias depois, Ana retornou de viagem com um propósito: resgatar os mais de 70 anos de história dessas lanchas missionárias. Sua intenção era de transformar esse projeto em livro-reportagem, seu TCC (Trabalho de Conclusão de Curso). A partir daí, ela buscou apoio de diversas organizações da Igreja, retornou à Amazônia e mergulhou fundo nas memórias

dos pioneiros. Por fim, com o material à mão, tratou de botar tudo no papel. Hoje, já formada, Ana Paula realiza o sonho de publicar seu livro-reportagem. Desafio das Águas (CASA, 128 páginas) fala sobre a trajetória das lanchas e relembra a experiência de pessoas que se envolveram nesse projeto, inclusive personagens célebres como o casal missionário Leo e Jessie Halliwell e o pastor Walter Streithorst. Mas mais do que contar uma história, Ana pretende “motivar jovens, médicos, dentistas, evangelistas e outros a atuar e repartir seu conhecimento com os mais necessitados”. – Fernando Torres

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Lucas Sposito Almeida 17 anos Sorocaba, SP

negar a Deus, tornando-se ateu. Na segunda, ele trata dos principais argumentos que o convenceram da existência do Criador. No fim, há dois apêndices preciosos: “O novo ateísmo” (no qual são analisadas as principais ideias de ateus como Dawkins e Dennett) e “A auto revelação de Deus na história humana” (com argumentos sobre a encarnação e a ressurreição de Jesus Cristo). Fica aqui uma pérola: “Minha jornada para a descoberta do Divino tem sido, até aqui, uma peregrinação da razão. Segui o argumento até onde ele me levou, e ele me levou a aceitar a existência de um Ser auto existente, imutável, imaterial, onipotente e onisciente” (p. 144). E você, está disposto a fazer essa busca? – Michelson Borges

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O que estou lendo

Um Ateu Garante: Deus Existe (Ediouro, 191 páginas), do inglês Antony Flew, é um livro para se deliciar. Não apenas por ser o testemunho de um grande ateu do século 20, mas porque Flew escreve com franqueza e lucidez elogiáveis. Flew é considerado o principal filósofo dos últimos cem anos (seu ensaio Theology and Falsification se tornou um clássico e a publicação filosófica mais reimpressa do século 20) e passou mais de cinquenta anos defendendo o ateísmo. Filho de pastor metodista, ele sempre foi incentivado a buscar razões e explicações para as coisas em que acreditava. Tornou-se ateu, formou-se em Oxford, lecionou em universidades importantes, mas foi justamente a vontade de buscar a razão de tudo que o fez rever seus conceitos sobre a fé. O livro se divide em duas partes. Na primeira, Flew conta como chegou a


COISAS INVISÍVEIS

ENQUANTO EU VIVER Nova Voz (Novo Tempo)

Tom de Vida (Novo Tempo)

Produção de Álisson Melo Produção de vídeo de Lanei Poll

Produção de Wanderson Paiva e Wendel Mattos Produção de vídeo de Flávio Santana

DE VOLTA À VIDA

Fábio Brasiliano (Som e Cia) Produção de Ruben Morais

Ex-vocalista do grupo paulistano Som & Louvor, o cantor Fábio Brasiliano lança seu primeiro trabalho-solo. As nove faixas são bem agradáveis, tanto em termos de interpretação, quanto de seleção. O toque experimental fica por conta do acento latino de Quero Dizer, do chileno Rodrigo Wegner, que também assina mais duas faixas (uma delas, a intensa e energizante Gratidão, também pode entrar na lista de pouco convencionais). O próprio Fábio também envereda pela composição. É sua a faixa-título, uma canção que, segundo Fábio, contém experiências pessoais e uma reavaliação dos valores cristãos.

Quem curtiu o álbum “Enquanto eu Viver”, do Grupo Nova Voz, agora pode conferir a versão acústica em DVD. Gravado em abril de 2008 no HSBC Brasil, em São Paulo, o musical segue praticamente na íntegra o repertório do CD, com a inserção do hit Creio em Ti. Com uma linguagem espiritual, mas ao mesmo tempo descontraída, o DVD ao vivo reafirma a vocação do Nova Voz: fazer música para a igreja cantar junto, como mostra a interpretação da canção-tema e, principalmente, Seu Grande Amor, uma empolgante simbiose entre o grupo e a plateia. Fernando Torres

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Refúgio Secreto Corrie ten Boom nasceu na Holanda, em 15 de abril de 1892. Durante a Segunda Guerra Mundial, sua família ajudou a salvar judeus, escondendo-os em sua casa. Porém, os Boom acabaram sendo levados para um campo de concentração na Alemanha. Os anos em que passou na prisão militar se constituíram numa intensa prova de fé para Corrie. Como perdoar e amar pessoas que causaram tanto mal? A morte de sua irmã, Betsie, foi um golpe duro para sua já abalada fé e capacidade de perdoar. Mas o exemplo cristão

de Betsie falou mais alto. Seu último pedido foi que Corrie contasse ao mundo que mesmo no poço mais profundo é possível contemplar o amor de Deus e passá-lo adiante. Por um engano dos nazistas, Corrie é solta e decide cumprir a vontade da irmã, retornando à Holanda para estabelecer centros de reabilitação. Sua história rendeu diversos livros, entre eles Refúgio Secreto, que acabou virando filme. A versão em português deixa um pouco a desejar, mas a produção é boa e a história, comovente. Corrie morreu em 1983, aos 85 anos, na Califórnia. Mas seu exemplo de amor e humildade ainda fala alto. “O que conta não é minha capacidade, mas minha resposta à capacidade de Deus”, escreveu. – Michelson Borges abr-jun 2009

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Há dez anos, o grupo Tom de Vida não lançava nenhum álbum. Mas os tempos de jejum acabaram. Sob a direção de Wanderson Paiva, o CD e o DVD “Coisas Invisíveis” colocam novamente o Tom de Vida na rota dos grupos vocais que realmente importam. O repertório é leve e moderno, mas sem ousadias, assinado por Wanderson e Wendel Mattos, pianista do grupo. Destaque para As Canções do Meu Senhor, Grande Amigo, Paz no Coração, Nova História e a emocionante faixa-título. O projeto “Coisas Invisíveis” nasce em 2006 e se estende por 2007 e 2008. Assim, as três formações, cada uma com apenas oito componentes, se revezam nas interpretações (no CD, apenas as duas primeiras). Não espere encontrar vozes e rostos conhecidos do antigo Tom de Vida. De certa forma, é como se fosse outro grupo, uma seleção mais jovem, mas bastante promissora. No entanto, sabiamente, o grupo não rejeita seu passado. O DVD tem um delicioso momento revival, com clássicos como Confiei no Meu Senhor, Pelo Prazer de Servir e Nos Braços de Jesus (com participação de Leonardo Gonçalves). O fim do concerto é ainda mais revelador: um medley entre as músicas Coisas Invisíveis e Luz do Mundo, com a qual o grupo costumava encerrar suas apresentações país afora. Uma fusão entre passado e presente no mínimo simbólica.

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uando surgiu a ideia de fazer um voo de planador, eu fiquei realmente muito empolgada. Gosto de alturas! E, pra completar a animação, encontramos um instrutor de voo jovem e adventista. Seu nome: César Parente. Idade: 22 anos. Frequentador de aeroclubes desde sempre e piloto desde os 18, dando instruções de ultraleve e planador, César pensa em alçar outros voos. “Piloto comercial, quem sabe”, diz ele, enquanto caminhamos pelo aeroclube onde trabalha atualmente. Ao os dirigirmos para o local de decolagem, César responde a todas as perguntas que o Michelson, o Fernando e eu fazemos. Quero saber se ele não tem problemas com o sábado, já que os principais dias para esses voos são nos fins de semana e feriados. Sim, ele relata inúmeras vezes que ligam para seu celular no sábado à tarde, enquanto ele está no culto jovem, insistindo para que atenda à demanda do aeroclube. A resposta é “Não”. Deus está em primeiro lugar! Continue assim, meu irmão! Quanto ao volovelismo: “É seguro!”, ele garante. Apesar de ser um aparelho sem motor, o princípio que sustenta o planador está testado e 100% aprovado pela natureza: são as correntes térmicas. O ar quente produzido na superfície da Terra sobe em faixas que são aproveitadas pelo piloto para conduzir o aparelho. Aves como os urubus

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usam o mesmo princípio para zanzar pelo céu e são um dos indicadores de que o dia tem ou não muitas colunas térmicas subindo da Terra. Para aeronaves maiores e mais rápidas, o urubu é um problema, mas para o voo de planador não há qualquer dificuldade. Outro indício natural é a formação de nuvens cúmulus (baixas e bem densas em sua base). Já no ar, o piloto pode contar também com uma ajudazinha tecnológica para se manter em térmicas: o variômetro, que indica as subidas e as descidas do aparelho. Chegamos à cabeceira da pista. Eu estava supercorajosa, mas quando me aproximei do planador (um Blanik L-13 de fabricação tcheca), achei que ele parecia tão frágil, tão estreito, tão... Está certo que as asas têm uma grande envergadura (o que ajuda a se sustentar no ar), mas o corpo parece tão... tão fraquinho. São duas poltroninhas, uma atrás da outra, e só; quer dizer, quando eu entrei e me acomodei, minha coxa direita encostou à parede direita da nave e a esquerda, à parede esquerda. Pra completar, soube de supetão que é o carona que voa na poltroninha da frente. Bem, eram pequenos detalhes e resolvi deixar isso de lado. Rapidamente, o Michelson e o Fernando se aproximaram da nave, falando atropeladamente. Deu gosto ver os dois ao lado do cockpit, pondo pilha para eu desistir do voo. É ruim, hein!? Já falei: eu gosto de altura! O César se acomodou no banco de trás e outro instrutor explicou rapidinho o que havia no painel, antes de fechar a cabine. Bem, no painel temos: altímetro (que mostra a altitude), velocímetro (que indica a velocidade), variômetro (que revela se estamos subindo ou descendo) e um instrumento que, puxado, irá desengatar a corda que nos liga ao rebocador. Entre as pernas, está o man-

Fotos: William de Moraes e Daniel Oliveira

Volovelismo não é lá um esporte dos mais baratos, mas ele vale cada centavo para quem gosta de emoções


Fotos: William de Moraes e Daniel Oliveira

o César por causa do cinto de segurança de não-sei-quantos pontos, mas pedi: “Pode ser com mais emoção?” Aí ficou bom mesmo! Parecia que eu tinha dito a senha certa, porque ele deslocou aquele planador lateralmente pela esquerda, fez o mesmo pela direita e eu quase vi a cidade de ponta-cabeça. Um incrível mergulho dado no ar e senti aquele famoso frio na barriga, enquanto o corpo se desprendia um tantinho da poltrona. Em seguida, com o manche pra trás, o planador voltou a subir bruscamente; desta vez, o corpo pesou na poltrona. E essa manobra foi repetida algumas vezes. Diante disso, montanharussa é pra embalar soninho de bebê. Perdíamos altitude. Então, voltamos à calmaria inicial e o César me explicou que ali acabava nossa altura de segurança para fazer manobras. Lamentei. Gosto mesmo dessas coisas. Então ele me prometeu fazer uma saideira perto da aterrissagem. Fiquei pronta. E aconteceu: ele apontou o planador novamente para o alto, subimos mais um pouco para em seguida dar um derradeiro mergulho. A essa altura, o voo estava no fim. Já? Não foi só a gente que voou; o tempo também. Foi uma aterrissagem tranquila. Um carro se aproximou para nos resgatar onde paramos. O Michelson e o Fernando vieram correndo e me perguntaram se dava medo. Ai que vontade de fazer o mesmo que fizeram comigo: botar pilha para desistirem – só pra eu ir no lugar deles! Sueli Ferreira de Oliveira

Editora associada

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che, que permite a pilotagem do planador. Tudo o que está diante de mim também pode ser encontrado na parte de trás, onde o César está. Com uma pequena diferença: ele também leva um rádio para que a gente possa se comunicar com alguém que esteja em terra, se algo der errado. “Ei, como assim se algo der errado?” É brincadeirinha! Os riscos são mínimos em um planador. Quando fecham a cabine, a gente vê um fio de lã preso do lado de fora. Não está ali à toa. É como um indicador de nível para o piloto, para sinalizar se ele está pendendo para um dos lados ou indo reto. Todos com cinto de segurança? Sim. Corda presa ao rebocador, corda presa ao planador? Sim. Então lá vamos nós! Decolagem tranquila – como qualquer voo. A 400 metros de altura, a gente ainda reconhece muito do que ficou em terra: propriedades rurais, um pedaço da cidade, a rodovia que passa perto. Vendo aquela paisagem bucólica numa tarde ensolarada de domingo, dá pra ficar calma e relaxar. A 500 metros de altura, ouvia o motor do rebocador à frente e o som do vento entrando por uma janelinha miúda, no lado esquerdo da cabine. Sabendo que os urubus também planam com o auxílio das térmicas, torci para encontrarmos alguns desses “amigos”. O César disse que, às vezes, um ou outro emparelha com o planador e segue viagem junto. Já pensou ter essa sorte? Mas isso não aconteceu com a gente. Nada de urubu! A 600 metros – hora de desengatar do rebocador. Eu mesma puxei a alavanca que soltou a corda que nos prendia a ele. Esperei um tranco, um repuxo, qualquer coisa, mas não aconteceu nada brusco. Acredite: não dá medo. Ao contrário, cai a velocidade e dá uma paz. O som do motor do rebocador se distanciou e a gente ficou ali, à mercê do vento, como se fosse uma pluma solta. Puro relax! Mas, me responda, eu fui lá pra um momento de relax? Não mesmo. Não consegui me virar para

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A reportagem que não aconteceu

Show de asas

A decolagem foi tranquila. Em poucos segundos, estávamos voando a 300, 400, 500 metros de altura. Daria para ir mais alto, acima dos mil metros, mas, segundo o César Parente, o instrutor que pilotava o planador, é mais seguro ficar abaixo das nuvens para ter visibilidade. Enquanto voávamos em círculos, rebocados por um monomotor Aeroboero 180, eu aproveitava para fotografar e filmar tudo. Quando chegamos a 600 metros, o César disse: “Pode puxar a alavanca amarela para soltar a corda.” Puxei e a corda que nos ligava ao rebocador se soltou. A viagem ficou mais silenciosa – afinal, nosso “pássaro” não tinha motor. Era tudo muito tranquilo. As asas compridas de alumínio (com 17 m de envergadura) nos mantinham flutuando estáveis como se estivéssemos sobre uma rodovia plana e invisível. Mas essa paz durou pouco. “Vamos voar com emoção, agora”, disse o César, me aconselhando a juntar os braços ao corpo para firmar a câmera. De repente, senti como se o chão invisível desaparecesse debaixo de nossos pés. Estávamos mergulhando a 180 km por hora. O estômago gelou e soltei um involuntário “uufff!”. Depois de alguns segundos, o César puxou o manche e voltamos a subir. O corpo colou no assento e meus braços e a câmera pareciam ter uns 50 quilos, graças à força de duas gravidades a que estávamos sendo submetidos. O planador subiu mais um pouco e parou. Sim, parou em pleno ar! Aí não senti mais meu peso. A gravidade agora era zero. Por alguns segundos, me senti como um astronauta, até que “uufff!” de novo. O César repetiu o processo algumas vezes, até que chegou o momento de pousar. O planador se aproximou rapidamente do solo e, quando parecia que ia tocar o chão, uma última surpresa: ele arremeteu e voltamos a subir, para então pousar suavemente no asfalto da pista do Aeroclube. Show de bola! Ou melhor, de asas. Michelson Borges

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Videorreportagem é um formato de matéria televisiva em que o repórter filma a própria matéria. Foi mais ou menos isso que eu tentei fazer neste voo de aeroplano. Equipado com uma câmera, lá fui eu registrar a aventura. A ideia era alternar visão panorâmica e impressões pessoais do que estava acontecendo. Nos minutos iniciais, enquanto ainda estávamos sendo rebocados deu pra curtir bastante a paisagem. Uma calmaria só! Avistei um ponto de referência próximo à minha casa, enquanto a aeronave sobrevoava pela rodovia que percorro todos os dias. Depois de uns dez minutos, quando alcançamos a velocidade e a altitude ideais, o piloto finalmente soltou a corda que nos ligava ao rebocador. A sensação imediata era de que o chão havia desaparecido. Era como se eu fosse despencar em queda livre, como naqueles desenhos animados em que o vilão descobre que está sobre um abismo. Mas não foi bem isso o que aconteceu. O planador começou a fazer algumas manobras dignas de montanha-russa – na verdade, o planador “com emoção” deixa a montanha-russa no chinelo. O coração foi na boca e o estômago acusou rapidamente aquele frio característico. Foi assim por uns dez minutos. Gritei praticamente a viagem toda. E não era de medo, não; era pura adrenalina. O Michelson e um de nossos fotógrafos, o William, juram que conseguiram ouvir meu grito na hora de pousar. Devem ter ouvido mesmo, pois eu extravasei geral. Mas, ok, admito que na hora do pouso deu um medinho, sim. É que o maluco do piloto veio com tudo pra cima do chão e simulou um pouso, apenas para, no instante seguinte, decolar novamente. Mas nem tudo foi alegria. Ao chegar em casa e conectar minha câmera à TV, descobri que havia filmado... nada! O mané aqui não percebeu que, ao apertar o botão, não estava gravando, mas, sim, parando de gravar. Quer dizer: minha videorreportagem foi para o beleléu (com exceção do momento do pouso). O jeito vai ser voar de novo uma próxima vez... Fernando Torres


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Imagem: Hilde Vanstraelen / SXC

Foto: William de Moraes e Daniel Oliveira

amos pra casa, Alex! – disse-me

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Evandro. Virei assustado com a voz do meu irmão. Jamais esperava que ele me flagrasse numa roda de amigos da faculdade, bebendo um copo de cerveja. Pensei em apresentá-lo aos colegas na mesa, mas não era uma boa hora. Levantei disfarçando meu constrangimento. Despedi-me com sorrisos encabulados e Evandro, simpaticamente, cumprimentou a todos antes de sairmos. Entramos no carro, em silêncio. Mas, como haveria sermão, comecei minha defesa: – Só bebi para não dar uma de crente careta – falei assim que Evandro deu a ignição no carro. Meu irmão apenas acenou com a cabeça. – Era só para acompanhar meus amigos, Evandro. Não tinha nada demais – novamente silêncio. – Eu não queria que me chamassem de frouxo. Nessa hora Evandro olhou para mim. Havia certo sarcasmo em seu sorriso, que alternava nos vãos de escuridão e a luz amarela dos postes da avenida. – E eu, posso chamá-lo de frouxo? – disse finalmente. Não tive resposta. – Frouxo! – falou meu irmão. – Você é frouxo e covarde. Esqueceu-se do que aprendeu e não teve coragem de honrar o que nossos pais ensinaram. – Eu... – tentei dizer, mas Evandro me

ginaria s

e

interrompeu: – Não quero ouvir suas desculpas, Alex. Aliás, elas pelo menos o convencem, ou você tem noção de que são tão frágeis quanto suas atitudes? – Era só uma cervejinha! – E em quantas outras “só uma” você já entrou, meu irmãozinho? E em quantas “só uma” você vai entrar? Abaixei a cabeça. Evandro não estava se referindo à cerveja. – Você está se afastando, Alex – disse com amor fraternal. – Faz tempo que você está se distanciando. Um passinho de cada vez – fez uma pequena pausa. – Você está se afastando de Jesus. Você se lembra dEle? Se lembra de quanto tempo passava com Ele e o quanto O amava? Sim, eu tinha muitas recordações sobre nossa vida familiar, em unidade de adoração. Muitos bons momentos que me emocionariam só de trazer à memória. – Claro que me lembro. – Se você quer esquecer o que aprendemos, tudo bem, vá fundo. Só não me venha inventando desculpas esfarrapadas. Você sabe muito bem o que vai contra aquilo que nos ensinaram e que aceitamos como sendo o certo. Paramos na luz vermelha do semáforo. Fiquei olhando o gigante de ferro e, ao brilho verde, Evandro acelerou e continuou: – Frouxo para mim é quem não assume o que faz. Quem fica fazendo papel de “igual a todo mundo” quando, na verdade, é diferente. Somos diferentes, assuma isso.

Olhei para as calçadas vazias, tentando desviar pelo menos o olhar do meu irmão. – Alex, amigo de verdade não se importa se eu estou numa lanchonete com ele, tomando cerveja ou suco de laranja, pedindo uma porção de costelinha de porco ou falando pra tirar o presunto do meu sanduba. Se são seus amigos de verdade, não têm por que se acovardar diante deles. Assuma quem você é e, quem sabe, alguém se interesse e queira ser como você. Faz quanto tempo que você está afastado de Jesus? Eu queria ter resposta, mas não tinha. A verdade é que havia muito vinha me distanciando das minhas crenças. Já não me lembrava da última oração. Em algum ponto da vida, deixei Jesus estacionado e não voltei para buscá-Lo. – Saia dessa, maninho – disse Evandro, com a voz fraterna que eu conhecia desde o berço. – Deixe de ter duas caras e volte para os braços do Deus que ama você de verdade. Nessa hora, ele parou diante da nossa casa e desci sozinho. Aparentemente, não havia ninguém ali para atrapalhar e pude ir direto para o quarto. E aqui estou, pronto para o ato final dessa jornada de agente duplo. No silêncio do meu quarto, deixo as pernas cederem sob o peso do corpo. Os joelhos tocam o chão enquanto minhas mãos se unem próximas ao rosto, onde uma lágrima solitária foge ao meu controle. – Senhor – digo baixinho, numa oração como há muito não faço, – quero voltar para Teu colo... Denis Cruz

Funcionário público e escritor, reside em Mundo Novo, MS deniscdacruz@hotmail.com

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aso número 1: os amigos convidaram Paula para ir à sorveteria. Lá, ela conheceu o César. Paula achou César maravilhoso, bom de papo e interessado nela. Sentiu-se atraída, concordou em vê-lo outras vezes. De fato, eles se encontraram em outras ocasiões, e foi surgindo um clima romântico. Paula pensou: “Uau! Estou apaixonada.” Só um detalhe: ela namora o Ciro há cinco meses, gosta dele e jamais terminaria o namoro. 26

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Tem um ponto de interrogação na cabeça de muita gente: é possível amar duas pessoas ao mesmo tempo?


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Caso número 2: Márcia e Jair se conheceram na biblioteca da escola. Conversaram e, na despedida, trocaram o número do celular. No domingo à tarde, Márcia ligou para Jair, demonstrou estar interessada nele. Ele não achou nada ruim, pois Márcia é bonita e é uma companhia muito agradável. Assim, Jair a chamou para sair. Ela topou. No encontro, Márcia deixou claro que estava a fim dele. Jair se sentiu balançado, mas havia um “porém”: ele tem namorada, a Cláudia, e odeia a hipótese de fazê-la sofrer. Afinal, é possível amar duas pessoas ao mesmo tempo? Se isso nunca aconteceu com você, talvez pense que não. Mas se você, de repente, se viu entre duas pessoas interessantes e à disposição, com certeza deve ter pintado uma dúvida.

Pode acontecer de você estar namorando e o envolvimento cair na rotina. Nesse caso, relacionar-se com outra pessoa passa a ser tentador. Uma solução para isso pode ser a reavaliação das coisas que você e seu namorado(a) gostariam de fazer juntos, coisas que acabem com a monotonia atual. O caminho é usar a criatividade e, acima de tudo, o diálogo. Se o namoro não parece mais tão atraente, algumas pessoas preferem procurar outro alguém em vez de investigar, descobrir e comunicar o que as tornam infelizes. Logo, um casal de namorados que nunca fala sobre seus problemas está duas vezes mais próximo de relacionamentos à parte do que outro que tenta romper a barreira do silêncio.

NOVIDADE

SOMENTE A VERDADE

A verdade é que, em um namoro, quando surge a época de conflitos, o desejo de partir para novas experiências se acende. Os humanos têm uma necessidade básica de segurança. Por isso, quando uma pessoa se sente dividida entre dois amores, ela está buscando um porto seguro. Geralmente, um deles é o oposto do outro: um é romântico, amigo, companheiro, meio reservado; o outro é popular, atraente, charmoso, tem sucesso, muita energia, balança suas estruturas. Perto de um, você se sente bem consigo mesmo; perto do outro, mostra aos outros que está bem. Percebe a diferença? Mas isso não justifica nada. Em qualquer situação, querer ter dois ao mesmo tempo é egoísmo. Quem age assim está pensando apenas em si mesmo. E, no amor, é preciso pensar primeiro no outro para que a relação dê certo, seja construtiva e valha a pena. Considerando isso, sabe no que pode resultar ter duas pessoas em mente? Em você descobrir que não gosta nem de uma, nem de outra, e que essas relações são apenas um capricho.

A verdade, a honestidade e a transparência são palavras-chave em um namoro. Porém, alguém que namora duas pessoas ao mesmo tempo está baseando seus relacionamentos em uma mentira. Ele arquiteta planos, bola estratagemas e encontros secretos para manter “matriz e filial”, “titular e reserva”, “oficial e não-oficial”. Esses esquemas esgotam uma pessoa. Prejudicam. Com o tempo, já não é mais possível se concentrar em estudos, trabalho, família, amigos... A tensão está ali, em tempo integral. Além disso, há o lado das emoções. Quem ama quer pertencer inteiramente à outra pessoa. Amar duas pessoas ao mesmo tempo, se é que isso é possível, frustra. E isso não é tudo: sustentar essa situação, esse mundo de mentiras, pode deixar a cabeça da gente confusa. Ainda que você ache que pode “superar” tudo isso, com certeza irá concordar que é a maior falta de consideração se ligar em alguém já tendo um outro alguém.

Com tudo isso, a que conclusão você chegou? É ou não é possível amar duas pessoas ao mesmo tempo? Bem, na verdade, quem faz essa pergunta não quer resposta para ele. Quer mais é saber se isso “pode” ser feito, se a sociedade aceita, se a Conexão “autoriza”. Amar dois ao mesmo tempo? Não, isso não existe. A gente pode é descobrir valores interessantes em várias pessoas. Mas amar é algo mais, é a reunião desses valores num único ser. Caso surja uma atração por outra pessoa enquanto você estiver namorando, pese quanto vale o seu namoro. Talvez você descubra que não vale a pena terminar sua relação por uma aventura ou que ela já chegou ao fim, perdeu a magia. Dependendo do diagnóstico, dá até para dar um basta a esse relacionamento e começar outro. Pelo menos, você vai se sentir bem mais aliviado – e mais feliz. Sueli Ferreira de Oliveira

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PODE?

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? a r o f ir a c e d a r o h É scubra Responda as questões a seguir e dedo se seu relacionamento está acaban quando 1. O que vocês fizeram de namoro? completaram aniversário r juntos. a) Tiraram o dia para fica a a família. b) Uma festinha com tod c) “Quando foi mesmo?” interessante 2. Você conhece alguém .. do sexo oposto e pensa. stará de go bém tam or a) “Meu am conhecê-lo(a).” izade.” b) “Pode ser uma boa am (a)?” c) “Como seria namorá-lo ê prefere fazer? 3. É domingo. O que voc do(a). a) Ir à casa do(a) namora o à TV. b) Ficar em casa assistind a passear. c) Sair com os amigos par

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ia, o que 4. Em uma briga mais sér vocês fazem? alguém a) Procuram a opinião de mais experiente. um tempo. b) Ficam de mal por alg c) Terminam. do(a) 5. Ficar em companhia é... (a) namorado ndo! a) ...a melhor coisa do mu o não há nada b) ...é bom. Mas quand melhor para fazer! diferença. c) Quer saber? Não faz

eitinhos do(a) 7. Como você vê os def namorado(a)? perfeito. a) Sabe que ninguém é era tudo. b) Acha que o amor sup continuar c) Exige mudanças para o relacionamento. pedem, 8. Quando vocês se des samento? qual é seu primeiro pen ”. a) Não é fácil dizer “tchau fazendo b) Bem, o que eu estava mesmo? ficar c) Até que enfim! Preciso um pouco sozinho(a). última vez 9. O que você sentiu na que saíram juntos? mais vezes.” a) “Precisamos fazer isso b) “Não me lembro...” c) “Tédio.” são: 10. Entre vocês, críticas a) Construtivas. b) Pura implicância. c) Aniquiladoras.

apenas acertar e tende a crescer. Basta m bo é o ent nam cio rela Maioria A – O algumas diferenças. ista no diálogo. avalie seu namoro e inv Re ão. vaç sal há da Ain – Maioria B tou. É melhor dar bou e você ainda não no aca oro nam seu e qu Maioria C – Parece . cidade com outra pessoa um tempo e buscar a feli

Com Você, Adaptado do livro De Bemveira (CASA) Oli li Sue e cto edi Ben de Marcos De

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Diagnóstico

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. 6. Terminar agora seria.. re! ast des a) ...um b) ...desconfortável. c) ...um alívio!


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Otimar Gonçalves

Líder de Jovens da Divisão Sul-Americana otimar.goncalves@dsa.org.br

Ilustração: Carlos Seribelli

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Vejo líderes evangélicos, em especial na TV, realizando milagres e curas. São milagres da parte de Deus ou não passam de falsificação do verdadeiro poder de Deus? J.V. Nos últimos dias, à luz da Palavra de Deus, veremos muitos sinais que apontarão para o tempo do fim, e “maravilhas” como essas serão uma espécie de selo do trabalho de Satanás. Creio em milagres genuínos e verdadeiros, dentro dos moldes bíblicos e do espírito de profecia. Assim, analisemos as curas e os milagres por três “peneiras” bíblicas: 1. Os verdadeiros milagres virão através dos guardadores dos Mandamentos de Deus (Is 8:20). O inimigo realizará muitos milagres nos últimos dias, com a finalidade de confundir o povo de Deus. A pergunta é: Como não ser iludido nos últimos dias? Somente o cristão que tiver uma vida de comunhão diária com Deus permanecerá firme na Rocha – Cristo. “Se aqueles por quem são realizadas curas, acham-se dispostos, por causa dessas manifestações, a desculpar sua negligência da lei de Deus, e continuam em desobediência, embora tenham à disposição poder ilimitado, não se segue que possuam o grande poder de Deus. Ao contrário, é o poder operador de milagres do grande enganador [Satanás]. Ele é transgressor da lei moral, e emprega todo ardil que possa usar para cegar os homens a seu verdadeiro caráter. Somos advertidos de que nos últimos dias ele trabalhará com sinais e prodígios de mentira” (Maranata, O Senhor Vem [MM], 1977, p.146). Os verdadeiros milagres estão ligados à estrita obediência à lei de Deus. Quem quebra a Lei de Deus é usado por outro poder, que se contrapõe ao poder de Deus. Não acredite neles. 2. Olhemos com critérios bíblicos e com oração os “frutos” da vida desses realizadores de milagres (Mt 7:20). Não podemos olhar apenas o desempenho televisivo ou radiofônico desses curandeiros modernos. É imperioso que olhemos um contexto mais amplo de suas ações, inclusive o aspecto pessoal,

como o envolvimento com escândalos financeiros e morais. Não podemos dissociar fé de obras. É seguro acreditar que quem faz milagres é sempre de Deus? A mensageira do Senhor responde: “Os que procuram milagres como sinal da orientação divina estão em grave perigo de ser enganados. É declarado na Palavra que o inimigo operará por meio de seus instrumentos que se afastaram da fé, e eles aparentemente realizarão milagres, chegando a fazer descer fogo do céu, à vista dos homens. Por meio de ‘prodígios da mentira’ Satanás enganaria, se possível, os próprios eleitos” (Mensagens Escolhidas, v. 3, p. 408, 409). 3. Haverá milagres verdadeiros e genuínos no tempo do fim (Jo 14:12). Verdadeiras curas e milagres do tempo do fim serão caracterizados pela conformidade com a Bíblia Sagrada. “Servos de Deus, com o rosto iluminado e a resplandecer de santa consagração, apressar-se-ão de um lugar para outro para proclamar a mensagem do Céu. Por milhares de vozes em toda a extensão da Terra, será dada a advertência. Operar-se-ão prodígios, os doentes serão curados, e sinais e maravilhas seguirão aos crentes” (Ellen G. White, Eventos Finais, p. 203). Agora saiba: teremos tempos difíceis e de provas. Leia esta citação com espírito de oração e discipulado: “Não precisamos ser enganados. Cenas assombrosas, com as quais Satanás estará intimamente ligado, terão lugar em breve. A Palavra de Deus declara que Satanás operará milagres. Fará com que as pessoas fiquem doentes, e depois, de repente, removerá delas seu poder satânico. Serão consideradas então como curadas” (Ellen G. White, Maranata, O Senhor Vem [MM], 1977, p. 207). Somente a contínua comunhão com Cristo nos susterá contra todas as estratégias de Satanás. Submeta os curandeiros e seus milagres ao crivo certeiro da Palavra de Deus. Só aceite os milagres que vierem com o claro “Assim diz o Senhor”.


Sonho Impossível

Num mundo em acelerado ritmo de mudança, milhões de pessoas estão redescobrindo o valor da vida conectada a Deus. Mas como conseguir uma espiritualidade autêntica e vibrante? Quais são os hábitos espirituais que realmente fazem diferença? O que fazer para alcançar a excelência espiritual? Neste livro imperdível, o autor convida você a engajar a mente, o coração e o corpo na busca de uma experiência real com o Deus vivo. Cód. 10657

Muitos evitam discutir a homossexualidade. Entretanto, não se pode fechar os olhos para a sua existência até mesmo nas comunidades cristãs. Esta obra apresenta o pensamento judaico e o da igreja cristã primitiva sobre a questão. O propósito é clarear as interpretações controversas que fazem referência à homossexualidade na Bíblia.

Não havia emprego na Romênia comunista, especialmente para guardadores do sábado. Dinheiro e comida eram escassos. A família Tarita foi afetada e quase não tinha o que comer. Esta é a história de uma jornada de mais de 750 quilômetros. Você vai se emocionar e ficar convencido de que Deus continua operando milagres por Seus filhos.

Douglas Assunção / Imagem: Fotolia

Fugindo para a Liberdade

O Limite do Prazer

Ilustração: Carlos Seribelli

Cód. 10403

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O Brilho da Vida

é a história de Barry Black, capelão do Senado norteamericano. Trata-se de um relato da vitória sobre um começo não promissor nos guetos de Baltimore. Suas viagens por mares desconhecidos demonstram o poder transformador de Deus. Descubra como você também pode alcançar satisfação sem precedentes através de uma fé viva em Deus.

Cód. 10656

Cód. 8785

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*Horários de atendimento: Segunda a quinta, das 8h às 20h / Sexta, das 7h30 às 15h45 / Domingo, das 8h30 às 14h.

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Fábio Borba / Imagens: Jason Stitt , William de Moraes

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