Conexão 2.0 - CONSUMISMO

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EXPRESSÃO: Igreja adventista Nova Semente e o evangelismo pós-moderno a revista do jovem que pensa

www.conexaoja.com.br

ADRENALINA

Pegue carona com a gente no carro do piloto carlos cunha

ALERTA

como Dan Brown perdeu a fé

O HÁBItO Que MuDOu NOSSO JeItO De cOMPrar, VeStIr e NaMOrar

CONSUMISMO jan-mar 2010

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21560 – Conexão JA 01/2010

janeiro-março 2010

Marcos ________ Designer ________ Editor ________ C.Qualidade ________ Depto. Arte


O consumo tá liberado M

Ano 4, no 13 • jan-mar/2010 ISSN 1981-1470 www.conexaoja.com

21560 – Conexão JA 01/2010

Capa: Ilustração de Thiago Lobo

Um dia de esperança

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________ C.Qualidade ________ Depto. Arte

Foto: Cortesia do autor

Marcos ________ Designer ________ Editor

inha paixão pelas revistas surgiu bem antes de “sonhar” em cursar Jornalismo. Já na adolescência, “adorava” ler as matérias sobre comportamento e religião. Hoje, entendo o meu consumo de revistas. A década de 1990 testemunhou o advento da internet e o fenômeno da subsegmentação dos periódicos. Traduzindo, a web não extinguiu o impresso, como alguns profetizaram, mas o forçou a assumir novas funções (Que bom! Assim o emprego da nossa equipe está garantido). A primeira foi servir de “manual de sobrevivência” da vida urbana. Diante da enxurrada de informações que recebemos, as revistas se propõem a interpretar e contextualizar os fatos e opinar sobre quais conteúdos são úteis ou não. Já reparou nas chamadas das matérias? “Como educar os filhos”, “Saiba como arranjar o primeiro emprego”, “Aprenda a economizar energia”, e por aí vai. A segunda função assumida pelos periódicos, e que explica a sobrevivência das revistas após a revolução digital, é a de criar ou reforçar identidades. Explico. O mercado de revistas percebeu que era mais fácil tentar falar para grupos específicos do que conquistar a massa, e também notou que certos grupos se sentiam “reconhecidos” ao consumir uma revista com a “cara” deles. Resultado:

samos logo na cor uando idealizamos a esperança, pen e correndo por verde ou numa linda criança sorrindo muito mais do que isso. um gramado. Todavia, esperança é as, é vida eterna. EspeEsperança, para nós jovens adventist nova Terra. Porém, antes rança, para nós cristãos, é novo céu e quinho do Céu aqui na de chegarmos lá, vamos viver um pou cial – o sábado de Deus, Terra, através de um dia muito espe po. o memorial da Criação erigido no tem ue ele é santificado e O sábado é um dia superespecial porq O sábado é tempo santo abençoado pelo Criador (Gn 2:1-3). os boas obras. Aproveite estabelecido por Deus para praticarm sábado também é um dia o sábado para visitar o próximo. O Deus fez e faz por nós. O para lembrarmos tudo de bom que

hoje temos à venda, por exemplo, revistas para amantes de História, viciados em games, homens vaidosos, negros e homossexuais. Em resumo, as revistas orientam um segmento específico e reforçam sua identidade. Bem, você já deve ter percebido que a Conexão JA não existe por acaso. Longe de qualquer pretensão, esperamos que ela sirva de manual de sobrevivência para você, num mundo que tenta sufocar sua fé, e que ajude a fortificar sua identidade espiritual, conectando você a Deus e aos milhares que pertencem a nossa “tribo”. “Devore” cada edição, porque esse consumismo tá liberado.

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Wendel Lima

Editor associado

Nota do editor: o jornalista Wendel Lima, que assinou o editorial acima, é o novo membro da equipe da Conexão JA, juntamente com o jornalista Diogo Cavalcanti. O Fernando Torres foi trabalhar na revista Viver Brasil, de Belo Horizonte, e a Sueli Ferreira de Oliveira também deixou a equipe para se dedicar exclusivamente às revistas Nosso Amiguinho. Damos as boas-vindas ao Wendel e ao Diogo e desejamos sucesso aos amigos Fernando e Sueli, com quem dividimos muitas aventuras nestes três anos da Conexão JA. – Michelson Borges

por Deus para descansábado foi o dia especial reservado deixe de lado suas ocusarmos dos afazeres diários; por isso, Por tudo isso e muito pações cotidianas e adore o Criador. dor e Suas criaturas (Ez mais, o sábado é o sinal entre o Cria dia de esperança. 20:12, 20). Por isso, o sábado é um e da GeraAproveite o dia 15 de maio, faça part ém, afinal, o ção Esperança e leve felicidade a algu m, vamos Assi . sábado foi feito para se fazer o bem centers, praias, tomar as ruas, avenidas, shopping e outros lugasemáforos, escolas e universidades, entr rança nas Espe res, com a revista especial do Impacto s! Faça parte mãos. Não fique de braços cruzado a! do destemido exército da esperanç Otimar Gonçalves ana

Líder de Jovens na Divisão Sul-Americ

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Rod Cai Fon Site

SER Lig

Seg Sext


9 Como Dan Brown

5 Pode crer 6 Expressão

Começar bem no namoro aumenta as chances de um casamento feliz

perdeu a fé

A história de um dos mais conhecidos escritores da atualidade é um alerta para os líderes cristãos

Três conversos da Igreja Adventista Nova Semente revelam como foram levados a Jesus e o que pensam os pós-modernos

14 Link

Os dez mandamentos do internauta cristão

O consumismo é um mal que afeta todas as áreas da vida, inclusive a espiritual

15 Mercado de Trabalho

Tema polêmico: o profissional de saúde e a guarda do sábado

16 Portal 20 Na Cabeceira

Dica para o seu Acamp 2010 Aproveite as férias para conferir nossas sugestões de leitura e um documentário

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Foto: Daniel Oliveira

10 Você à venda

Adrenalina

Nossa repórter entrou no carro do piloto recordista e experimentou suas manobras radicais

21 Bem Contado 26 Raio X

A história de um filho pródigo moderno

18 Até que a sogra os separe

“Ficar” ou não?

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O garoto que foi salvo por um papel amassado

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Conexão Direta

Saúde e Beleza

Experimente a segurança da intimidade com Deus

O perigo de exagerar no consumo dos isotônicos

Foto: Jupiterimages

Entenda as razões dos conflitos e saiba o que fazer para melhorar essa relação

27 Dúvida Cruel 29 Aconteceu Comigo

CASA PUBLICADORA BRASILEIRA Editora dos Adventistas do Sétimo Dia Rodovia Estadual SP 127 – km 106 Caixa Postal 34 – 18270-970 – Tatuí, SP Fone (15) 3205-8800 – Fax (15) 3205-8900 Site: www.cpb.com.br / E-mail: sac@cpb.com.br SERVIÇO DE ATENDIMENTO AO CLIENTE Ligue Grátis: 0800 9790606 Segunda a quinta, das 8h às 20h30 Sexta, das 7h30 às 15h45 / Domingo, das 8h30 às 14h

Editor: Michelson Borges Editores Associados: Diogo Cavalcanti e Wendel Lima Designer Gráfico: Marcos S. Santos Diretor Geral: José Carlos de Lima Diretor Financeiro: Edson Erthal de Medeiros Redator-Chefe: Rubens S. Lessa Gerente de Produção: Reisner Martins Gerente de Vendas: João Vicente Pereyra Chefe de Arte: Marcelo de Souza Chefe de Expedição: Eduardo G. da Luz

Colaboradores: Otimar Gonçalves, Aquino Bastos, Areli Barbosa, Diogo Cavalcanti, Elmar Borges, Nelson Milanelli, Paulo Bravo e Udolcy Zukowski Assinatura: R$ 18,20 Avulso: R$ 5,70 Tiragem: 9.500

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Ilustração: Thiago Lobo

Para ter certeza, às vezes é preciso duvidar

Marcos ________ Designer 9114/21560

Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio, sem prévia autorização escrita do autor e da Editora.

________ Editor ________ C.Qualidade ________ Depto. Arte


Envie um e-mail pra gente: conexaoja@cpb.com.br – As mensagens publicadas não representam necessariamente o pensamento da revista.

Gosto da Conexão JA por ser uma revista que fala sobre saúde, trabalho, namoro, aventura e vida eterna! A Conexão é uma revista que fala sobre tudo isso e um pouco mais, mas que poderia ser mensal de tão legal que é. “Devoro” a revista em uma semana, e fico muito ansiosa para receber a próxima. Maydi Nogueira Lewerenz, Santa Catarina maydinl@hotmail.com

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Ao ler a matéria de capa “Incompatíveis”, tive o privilégio de encontrar um pouco da minha história naquelas linhas. Namoro há um tempo um rapaz que não é adventista. Sou adventista há 11 anos. Eu o conheci por meio de meu irmão. Minha família gosta muito dele. Apesar de termos princípios diferentes, temos um relacionamento de respeito, companheirismo e lealdade mútua. Atualmente, ele frequenta a igreja comigo. Aos sábados, lemos literaturas apropriadas para o dia de descanso, estudamos a lição juntos e lemos a Bíblia. Ele frequenta o pequeno grupo na sexta-feira em minha casa. Tenho fé de que Deus já começou a boa obra e irá até o fim. Patrícia Ferreira, Costa Rica, MS patty_herdeiradorei@hotmail.com Oi, galera da Conexão, vim aqui dizer que eu simplesmente amo essa revista que é maravilhosa! Não fico contente em ler sozinha, gosto de compartilhá-la com meus amigos que aguardam ansiosamente sua chegada. Eu ainda vou criar um movimento chamado: “QUEREMOS CONEXÃO MENSAL!” Esperar três meses é muito! Francielle Rosa da Costa francielleindia@hotmail.com

Por volta da metade do ano de 2004, eu assinava a revista Nosso Amiguinho. Nela havia a seção “corresponda-se”. Certo mês, resolvi escrever para alguém a fim de fazer novas amizades, e foi aí que conheci a Ingrid Fazolim. Começamos a nos corresponder, e a cada carta nossa amizade crescia. Nós duas éramos desbravadoras, adorávamos acampar e professávamos a mesma fé, enfim, tínhamos muitas coisas em comum; só a distância não era favorável – eu morava em Miracatu, SP, e ela, em Alfenas, MG. Mas isso não impediu de nos tornarmos grandes amigas. Depois de quase cinco anos, no dia 31 de outubro de 2009, nos vimos pessoalmente pela primeira vez, em um encontro de jovens na Fadminas (internato em que estudo atualmente). Passamos momentos inesquecíveis. Tudo isso mostra que, mesmo no mundo em que vivemos, com tanta falsidade, maldade, crueldade, ainda existem amizades que podem ser consideradas verdadeiras. Hoje nós duas somos assinantes da ConexãoJA e amamos a revista! Que Deus abençoe a todos nós, para que possamos saber escolher nossas amizades e assim gozar dessa alegria aqui na Terra, mas, principalmente lá no Céu. Evelin Deó evelindb_13@hotmail.com O conteúdo da última edição da Conexão está ótimo. A emocionante entrevista com os rapazes que saíram da drogadição me fez pensar no tipo de religião que devemos ter. Estou divulgando a revista no meu Twitter e os amigos seguidores têm retwitado o blog da Conexão por aí. Excelente a matéria no blog da revista [www.conexaoja.com.br] com o texto do Pr. Jan Paulsen sobre o padrão diferenciado da participação dos jovens na igreja. Deus continue abençoado os esforços de vocês na direção de comunicar o evangelho de uma maneira que conquiste a “galera jovem” pela forma e pelo conteúdo. Joêzer Mendonça joezer_7@hotmail.com

Texto: Michelson Borges – Ilustração: Thiago Lobo

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O pessoal da Conexão está de parabéns pelos temas abordados! Sou assinante e fico muito feliz quando a revista chega. Estou esperando o momento de a revista ser mensal. Uma sugestão sobre tema que do meu ponto de vista é importante, mas que quase nenhuma igreja fala é sobre o baralho e o jogo com cartas. Sou adventista há um bom tempo, sempre me falaram que não é certo utilizar baralho, mas nunca me falaram por quê. Talvez haja outros jovens como eu que tenham essa mesma dúvida e hábito. Gostaria de ler sobre esse assunto, seja na seção “Dúvida cruel” ou em outra matéria da revista. Mailson Matias da Silva, Sorocaba, SP mailson_jo@hotmail.com

Conheci a revista Conexão JA em 2008, graças a um amigo. Amei o jeito como são abordados os temas, as matérias que têm tudo a ver com o universo do jovem. Linguagem clara e simples, abordando temas de grande importância para a vida do jovem cristão. Matérias do trabalho do jovem como a do Coral Jovem do Rio na favela da Rocinha, testemunhos, esportes, saúde, mercado de trabalho, entre outras, fazem desta revista uma ótima literatura. Parabéns à CPB por essa revista maravilhosa! Luciana Vieira, Vitória, ES lullyana2003@hotmail.com

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Foto: William de Moraes – Ilustração: Cortesia Photoxpress.com

Na última edição da Conexão JA você pôde conhecer um pouco da minha história na seção “Aconteceu Comigo”. Mas vale ressaltar o que não aconteceu. Nenhuma tragédia foi responsável por minha transformação espiritual, como pode ter sugerido o subtítulo: “Ninguém precisa ver a morte de perto para se achegar a Deus. Mas ela precisou.” A liberdade de escolher estar perto de Deus ou não continua a mesma estando eu em pé ou em uma cadeira de rodas, estando nós longe ou perto da morte. As circunstâncias não determinam nossa proximidade de Deus. Nenhuma alegria ou dor é capaz de fazer o que só o relacionamento diário com Deus faz. Fernanda Lima fernlu@hotmail.com


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Foto: William de Moraes – Ilustração: Cortesia Photoxpress.com

Texto: Michelson Borges – Ilustração: Thiago Lobo

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os 18 aos 24 anos, os jovens fazem as duas maiores escolhas da vida, a profissão que vão seguir e a pessoa com quem se casar. Ellen G. White disse: “Neste período, que é o mais importante de sua vida, precisam de um conselheiro infalível, um guia seguro. Isso encontrarão na Palavra de Deus. A menos que sejam diligentes estudantes dessa Palavra, cometerão erros graves, os quais lhes mancharão a felicidade e a felicidade de outros, tanto para a vida presente como para a futura” (Mensagens aos Jovens, p. 443). Diz um ditado chinês: “Antes de casar, abra bem os olhos; depois, feche um.” Antes de se casar, avalie tudo; depois, não adianta ver muita coisa. Mas muitos fazem exatamente o contrário: antes de se casar, fecham os olhos e, depois que se casam, abrem bem os dois e começam a ver os defeitos e falhas. Mas ver o que durante o namoro? O que deve ser analisado? Seu namorado pensa no futuro? Quais são os gostos dele? Gosta de trabalhar? Quais os planos? Em situações difíceis, qual a reação? Como é seu relacionamento espiritual? Ellen G. White diz: “Que a mulher que deseje uma união pacífica e feliz, e queira escapar a futuras misérias e tristezas, indague, antes de entregar suas afeições: Tem meu pretendente uma mãe? Qual é a qualidade do caráter dela? Reconhece ele suas obrigações para com ela? Tem consideração para com os seus desejos e sua felicidade? Se ele não respeita nem honra a mãe, porventura manifestará respeito e amor, bondade e atenção para com a esposa? Passada a novidade do casamento, continuará a amar-me? Será paciente com os meus erros, ou crítico, imperioso e ditatorial? A afeição verdadeira passará por alto muitos erros; o amor não os distinguirá” (Ibid., p. 450). O namoro é o momento de fazer escolhas. Mas com quem namorar? O pai de Sansão disse: “Não há entre teu povo mulher, para tomar esposa dos filisteus?” A escolha é sua, mas há limites para a felicidade, que são ditados de acordo com a escolha que você faz. E quem pode ajudar você nessa escolha? Bem, seus pais são representantes de Deus para lhe ensinar o bom caminho. Se não forem cristãos, obviamente haverá uma dificuldade nesse ponto, mas – como está nos Dez Mandamentos – você deve respeitá-los e honrá-los.

O namoro é o primeiro passo para o casamento

“O jovem que anda em companhia de uma jovem e capta a sua amizade sem conhecimento dos pais dela, não desempenha um nobre papel cristão para com a moça nem para com seus pais. (...) Aquele que quer desviar do dever a uma filha, querendo confundir as suas ideias acerca das claras e positivas ordens de Deus para obedecer e honrar aos pais, não é a pessoa que há de ser fiel nas obrigações do matrimônio” (Ibid., p. 445). A Bíblia fala muito sobre relacionamentos e certamente tem algo a lhe ensinar. “Não é bom que o homem esteja só” (Gn 2:18). “Não vos ponhais em jugo desigual” (2Co 6:14). Se 90% dos voos entre sua cidade e uma outra do país caíssem, você iria de avião ou escolheria outro transporte? É claro que outro transporte. Por quê? Porque você não se sente sortudo o suficiente para ser parte dos 10% que não vão cair. Dos casamentos em jugo desigual, só 10% darão certo. Então por que muitos jogam com a sorte e se casam nessa situação mesmo assim? O mesmo Deus que disse “não vos ponhais em jugo desigual” também disse “não é bom que o homem esteja só” (Gn 2:18). Ele tem interesse em que você encontre uma boa companhia? Claro que sim. Abra-Lhe o coração. Dentro de sua igreja, escolha o melhor para você e lembrese: antes de casar, faça certas perguntas: Essa união me aproxima de Deus? Esse casamento vai me ajudar em minha vida espiritual? Meus pais estão felizes com essa decisão? Que Deus o abençoe! Areli Barbosa

Líder de jovens na União Sul-Brasileira areli.barbosa@usb.org.br

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Bom começo

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WENDEL LIMA

A mesma semente

Mônica Cardoso

Luciana Leite

Saiba como a Igreja Adventista Nova Semente tem plantado o evangelho num terreno que parecia infértil: o coração dos pós-modernos

frequentava a igreja praticamente todos os dias, em dois horários de cultos. As alvez você tenha ouvido falar da Igreja Nova Semente (NS). Alguns cerimônias eram realizadas em japonês. adventistas “tradicionais” a rotulam de “liberal”, e os “moderninhos” talvez a definam como a “igreja dos sonhos”. O problema é que a Por ter uma base espiritualista, muitas dúvidas eram esclarecidas por meio da maioria dos que opinam a favor ou contra, não conhece a proposta do trabalho crença na reencarnação e outros ensinada comunidade e nem a visitou. Para você tirar suas conclusões, entrevistamos mentos. De acordo com a minha crença, as pessoas que justificam a existência da NS: seus conversos. não precisávamos tomar nenhum reméO bate-papo com a Mônica Cardoso (34), Luciana Leite (30) e Daniel Pires dio, porque para todos os problemas fí(29) nos mostrou que a NS é só mais uma Igreja Adventista do Sétimo Dia sicos, de um simples machucado até um paulistana. Seu diferencial é o público que pretende alcançar: os pós-modernos. Por isso, existem adaptações do nome, modelo de culto, estratégias de câncer, buscávamos a cura através do evangelismo e dinâmica da igreja. A congregação, que pertence à Associação johrei (oração com imposição de mãos Paulistana, é liderada pelo pastor Kleber Gonçalves, Ph.D em Missiologia Urque visa a purificação). bana pela Andrews University (EUA). Com tantas peculiaridades assim, vale a pena ler e entender como tornar a mensagem adventista Daniel, qual era ◆ “Sem religião”: Segundo o último relevante para a mentalidade do século 21. seu conceito censo (2000), 9,3% dos brasileiros de sobre a Bíblia 15 a 24 anos se identificaram como e as igrejas Como foi a formação religiosa de vocês? “sem religião”. A maioria desse gruevangélicas? Mônica: Eu fui católica praticante até os 15 anos. Participo não é formada por ateus e agnósticos, mas por pessoas que buscam pava do grupo de jovens e retiros. Mas quando os amigos Daniel: Sempre pena espiritualidade, sem o desejo de sei que ambas eram se dispersaram, deixei de ir à igreja. Eu me identificava assumir um compromisso com alguultrapassadas e não pelo jargão católico “não praticante”, mas na verdade era ma igreja. se enquadravam na “sem religião”.◆ Porém, sempre fui aberta para as coisas minha vida. Para mim, era “impossível” espirituais. Cheguei a buscar caminhos esotéricos, budismo, algumas igrejas relacionar as histórias do passado com o evangélicas e o catolicismo carismático. nosso tempo. Rotulava os evangélicos Luciana: Eu tinha um contato maior com a igreja do que a maioria dos católicos. Eu seguia uma linha moderada do catolicismo, não era a tradicional e como pessoas espiritualmente não evonem a carismática. luídas, que assistiam a seus pastores gritando nos programas de TV e acreditaDaniel: Nasci num lar que seguia uma religião oriental extremamente discivam num Livro alterado pelos homens. plinada e reverente, assim como a cultura japonesa (Igreja Messiânica). Eu

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Fotos: Wendel Lima

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Fotos: Wendel Lima

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u Fanatismo: Atualmente, a religião institucional é associada a vários aspectos negativos: pedofilia, exploração da fé, “atraso”, fanatismo e, principalmente, intolerância.

lamentando pela programação ter aca- sinônimo de horas extras e dinheiro para bado logo. Eu queria mais! pagar a faculdade. Outro ponto bastante Luciana: A primeira igreja adventista difícil foi a alimentação. Por outro lado, que conheci foi a do Brooklin. O que eu já tinha parado de beber para largar me incomodava um pouco lá era ouvir o cigarro. Quanto à diversão, logo deixei as pessoas falando “amém”. Aquilo me as baladas. soava um pouco fanático.u Mas o que sempre me encantou na Igreu Doutrinamento: O pós-moderno não rompeu com a razão, pelo contrário, está também em ja Adventista era a oportunidade busca de evidências. Na NS, o programa Code aprender e falar. Com o tempo, nexão, realizado nos sábados à tarde, procura fui comparando a “burocracia” da quebrar o preconceito, proporcionar uma expemissa com aquilo que me chamariência real com Deus e despertar o interesse va a atenção nos cultos adventisdos visitantes para as doutrinas bíblicas. Mônica, Luciana e Daniel estudaram a Bíblia por mais tas. Até que chegou um momento de um ano antes de serem batizados. em que conversei seriamente com o Michael sobre a questão. Refletimos sobre como seria educar nossos Os pós-modernos desejam filhos, se tínhamos crenças diferentes, e primeiro pertencer para depois aí decidi estudar a Bíblia na classe que é conhecer. Vocês encontraram uma feita às quartas-feiras na NS.u Comecei a comunidade na NS? perceber que tinha vivido uma mentira. Mônica: Perdi os de fora, mas aqui enEu tinha esperança de que tudo aqui- contrei amigos também. Em razão de o lo fosse apenas uma interpretação ad- envolvimento no serviço ser muito forte ventista, mas depois de muita pesquisa, na NS, acredito que trabalhar foi funentendi que as diferenças básicas eram damental também para me integrar à incontestáveis. comunidade. Como foi mudar o estilo de vida? Mônica: Uma das principais coisas de que abri mão foi da vida social, por causa do sábado. Tinha muitos amigos e nosso momento de encontro era na sexta à noite e sábado. Não conseguiria ser adventista convivendo com os mesmos amigos. Quanto à alimentação foi tranquilo, porque eu já era vegetariana. Luciana: A questão da alimentação para mim foi um pouco complicada porque gostava de feijoada e camarão (rs). Mas fico feliz em ver minha mudança e perceber que tenho até nojo de certas comidas. Entendo agora a seriedade da vida cristã. Foi difícil, mas lindo ao mesmo tempo. Daniel: No início, guardar o sábado parecia impossível. Eu trabalhava de segunda a segunda e sábado para mim era

Comunidade: A necessidade de pertencer a uma comunidade, ainda que virtualmente, é a marca do nosso tempo. Todos queremos relacionamentos sinceros e saudáveis. Por isso, os pósmodernos querem pertencer antes de conhecer. No passado, chegava-se ao coração por meio da razão, hoje, é preciso tocar o coração para impressionar a razão. u

Daniel: Senti muito isso. Eu não gostava de ir à igreja e ser exposto como “visita” ou ouvir no sermão do pastor que eu “era do mundo”.u Na NS, você se sente mais à vontade, porque a mensagem é falada como se todo o auditório não fosse adventista. Além disso, recebi ligações de pessoas que nem conhecia, perguntando como eu estava e que oraram comigo pelo telefone. jan-mar 2010

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Qual foi a primeira impressão de vocês sobre a Nova Semente? Mônica: Eu conheci a NS por causa do Renato, hoje meu marido [a entrevista foi feita no dia em que eles voltaram da lua de mel no Taiti]. Fui cheia de preconceitos, lembrando dos banquinhos de madeira da igreja católica que frequentei e das rezas e repetições. Só que foi bem diferente. Primeiro, porque não parecia igreja, era um salão de convenções, com poltronas estofadas. Fiquei mais à vontade, porque vi que as pessoas eram parecidas comigo. É muito ruim entrar num lugar em que todos ficam reparando em você. Por não conhecer a Deus e nem as pessoas, tinha que olhar para a estrutura do local. O louvor foi muito legal, mas o que mais me chamou a atenção foi a mensagem do pastor Kleber. Percebi que ele era esclarecido, pregava bem e falava de um modo que eu entendia, mesmo não tenu Ruídos na comunicado familiaridade ção: Os pós-modernos com a Bíblia.u O também são chamalugar era bom, as dos de “neo-pagãos” e pessoas eram pa“pós-cristãos”, ou seja, pessoas que apesar recidas comigo e de nascerem em uma quem falava pasociedade cristã, tiverecia ter algo a ram pouca ou nenhume ensinar. Saí ma formação religiosa. Para eles, a linguagem querendo voltar. religiosa é incompreDaniel: Eu tinha ensível. Nossos hinos, visitado várias jargões e símbolos prevezes a igreja cisam ser “traduzidos” adventista com para esse grupo. minha namorada Fernanda, hoje esposa. Mas na NS foi diferente. Na primeira vez, eu fui com a camisa do São Paulo Futebol Clube, e ninguém me olhou estranho. Mesmo assim, perguntei para ao pastor se poderia assistir à programação, e ele prontamente respondeu que estava preocupado com o meu coração e não com minha roupa. Antes do sermão eu já estava maravilhado com a estrutura do local e a abordagem das pessoas. A mensagem foi para mim. No fim, fiquei “anestesiado” e me

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Ministérios: No início, a NS contava com apenas cinco ministérios (formato mais flexível

de departamento da igreja), hoje, são 27. O enfoque da congregação é levar os membros a servir conforme seus dons. Alguns atuam exclusivamente na visitação aos enfermos e consolo de enlutados, por exemplo. Um dos responsáveis por essa ênfase no serviço é o processo de discipulado, um curso de cinco módulos (com duração de dez meses), obrigatório para todos os membros. No ciclo, os participantes aprendem sobre a missão da NS, a comunhão com Deus, a descoberta e a aplicação dos dons e a vida em comunidade.

Qual é o ministério de vocês? dução dos programas evangelísticos. Ao Mônica: Assistência social. Em 2008, nós servir, acredito que retribuo a Deus tudo visitamos duas instituições de caridade o que Ele me dá. durante todo o ano, sempre a cada dois domingos. Por gostar de escrever tam- O que vocês encontraram para bém, acabei me envolvendo com a área valer a pena deixar tudo? de comunicação. E agora vou ajudar no Mônica: Eu tinha uma vida muito boa ministério de tecnologia.u para ser trocada. Se era para mudar, Luciana: No começo, tinha que ser para algo u Produção: O auditório é coneu participei na equimelhor. Acho que enconfortável e conta com projeção, pe de programação, trei uma paz muito graniluminação e equipamento ajudando na produde e as respostas para de filmagem profissional. As u ção do programa. aquilo que eu queria. A mensagens são sempre introduzidas por uma pequena draAtualmente, colaboproposta da vida eterna matização. As gravações dos ro na Sementinha, é que faz a gente trilhar programas evangelísticos da o caminho da salvação. o ministério infantil, NS têm sido transmitidas na cuidando da classe do Luciana: Paz e seguranTV Novo Tempo com o título “Viva uma experiência real”. ça. Eu me lembro de que Rol do Berço. Daniel: Inicialmente, o pastor disse uma vez ajudei na equipe de montagem e filma- que a gente só ganha em seguir a Jesus. gem. Nos últimos anos, cuidei da tesou- Porque se Ele for mentira, não perdemos raria e agora vou ser o diretor de pro- nada, e se for verdade, ganhamos tudo.

Integração: A proposta da NS não é criar uma igreja paralela, mas ser a porta de entrada dos pós-modernos para o adventismo. Depois de convertidos, os membros da NS estariam adaptados a frequentar uma igreja adventista tradicional. u

Fabio Borba

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Agora você pode ouvir as fantásticas obras O amanhã começa hoje, Vida de Jesus e Conhecer Jesus é tudo. Em sua casa, no carro ou em momentos de lazer e reflexão você pode ouvir mensagens confortantes e motivadoras desses livros que já emocionaram milhares de pessoas. Por meio de uma linguagem agradável e dinâmica, você vai descobrir mais sobre Jesus e aprender lições preciosas para sua vida.

Foto: Jupiterimages

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Vocês se adaptariam a uma igreja adventista tradicional? Luciana: Eu tenho vontade de voltar a ir numa igreja adventista tradicional, para também me ambientar com uma proposta diferente da Nova Semente. Mônica: No começo, a estrutura e abordagem da NS foram muito importantes. Mas, hoje, entro feliz em qualquer igreja, por mais simples que seja, porque sei que vou ali para adorar. Quando você se converte, seus paradigmas mudam.u

u A razão do nome: A Nova Semente não é identificada por sua localização, o bairro paulistano dos Jardins, mas por sua missão. Nos Estados Unidos, algumas congregações também seguem essa linha, como a Pioneer Memorial Church (www.pmchurch.org), a Igreja do campus da Andrews University. No caso da NS, o nome vem da experiência de Zaqueu, relatada em Lucas 19. O texto mostra que Zaqueu queria apenas ver a Jesus (v. 3), não desejava se expor. E foi no anonimato – a seu tempo e do seu jeito – que Zaqueu teve o encontro com Aquele que transformou sua vida. O nome “Nova Semente” nada mais é do que uma metáfora do sicômoro que o publicano usou para ver Jesus no meio da multidão.

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Daniel: Fui tocado pelo modo como o amor de Deus foi apresentado. A maioria das religiões fala que a salvação depende do que você faz, mas aprendi que minha esperança está baseada no que Cristo fez por mim. As boas ações são fruto do meu relacionamento com Deus.


Como Dan Brown perdeu a fé

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m entrevista concedida à revista Parade, o famoso escritor do bestseller O Código Da Vinci, Dan Brown, declarou: “Cresci como membro da Igreja Episcopal e fui uma criança muito religiosa. Então, na oitava ou nona série, estudei astronomia, cosmologia e a origem do Universo. Lembro de ter dito a um ministro: ‘Não entendo isso. Li um livro que diz que houve uma explosão conhecida como big bang, mas aqui diz que Deus criou céu e Terra e os animais em sete dias. Quem está certo?’

Infelizmente, a resposta que obtive foi: ‘Bons garotos não fazem essa pergunta.’ A luz foi se apagando e eu disse: ‘A Bíblia não faz sentido. A ciência faz muito mais sentido para mim.’ E eu me afastei da religião. (...) Quanto mais estudo a ciência, mais vejo que físicos se tornam metafísicos e números se tornam números imaginários. Quanto mais longe você avança na ciência, mais instável fica o terreno. Oh, existe uma ordem e um aspecto espiritual na ciência.” Esse depoimento quase trágico deixa algumas lições para os líderes cristãos: (1) nunca subestime a inteligência de uma criança, adolescente ou jovem, e

nem trate suas dúvidas com desprezo ou superficialmente; (2) erramos quando dizemos apenas que a ciência está equivocada (o que pode ser verdade) e a religião, certa; devemos analisar ambas à luz dos fatos e procurar, quando possível, harmonizá-las, mostrando que ciência experimental é uma coisa e hipóteses e modelos científicos são outra; (3) é necessário que os líderes religiosos tenham certo aprofundamento em cultura geral e que admitam desconhecer algum assunto quando confrontados por perguntas específicas (isso é humildade); depois devem pesquisar a fim de dar respostas coerentes e satisfatórias; (4) o ser humano tem inclinação natural para a fé e está disposto a crer, mas a atitude de líderes religiosos e o testemunho de outros cristãos mais experientes podem aproximá-lo ou afastá-lo de Deus; (5) quando se afasta de Deus e de Sua Palavra, o ser humano não deixa de crer, simplesmente; ele coloca alguma coisa no lugar do vazio que ficou; no caso de Brown, foi o misticismo, que ele pensa derivar da ciência. Se a igreja não tratar esse assunto com a seriedade que merece, muitos Dan Browns surgirão por aí. Talvez não tão famosos, influentes ou ricos, mas igualmente desnorteados. O editor jan-mar 2010

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Um alerta para os líderes cristãos

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Você à venda

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livro Fuga Para Deus (CASA) narra a aventura da família Hohnberger, que abandonou a confortável vida na cidade para morar numa casa de toras de madeira no interior do Estado de Montana, nos Estados Unidos. Jim Hohnberger abriu mão de um bom salário e dos confortos do mundo moderno para viver de modo simples e relativamente despreocupado. No livro, ele mostra como isso o aproximou ainda mais de Deus.

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Uma das ilustrações apresentadas por Hohnberger diz respeito à reunião de demônios cujo plano (como não poderia ser diferente) é afastar as pessoas de Deus. O “diabo” se levanta e começa seu discurso afirmando que os cristãos não deixarão de ir à igreja, nem de se apegar a suas doutrinas. Portanto, o segredo para derrotá-los está no tempo e na distração.

Ilustração: Thiago Lobo

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Entenda como o consumismo mudou seu jeito de comprar, vestir e namorar


Ilustração: Thiago Lobo

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A palavra “consumismo” vem de “consumir”, no latim, consumere, que significa usar, comer, estragar. De acordo

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Consumismo e o vácuo pós-moderno

com relatório da organização WWF, o estempo antes de trago é grande: consumimos 30% acima os especialistas em neuda capacidade regenerativa do planeta. rologia e psicologia se preocuparem com os mecanismos Se a tendência não mudar, em 2030 serão mentais que levam ao consumisnecessárias duas Terras para suprir tal demo e o pessoal do neuromarkemanda. O relatório Planeta Vivo mostra ting usar isso em benefício ainda que tamanha pressão levou à perda próprio, a Bíblia já reco“Cuidamendava: de 30% da biodiversidade nos últimos 35 do! Fiquem de “Conseranos. Além do aumento populacional, sobreaviso contra vem-se livres a demanda gerada pelo ser humano todo tipo de ganância; a do amor ao dinheiro e dobrou por conta justamente do au- contentem-se com o que vida de um homem não mento do consumo individual. vocês têm, porque Deus consiste na quantidade dos seus bens” (Lc No livro Sociedade de Consumo mesmo disse: “Nunca o 12:15, NVI). deixarei, nunca o aban(Jorge Zahar), Lívia Barbosa define: donarei” (Hb 13:5, “Sociedade de consumo englobaria caNVI). Esse vácuo é típico racterísticas... como consumo de massas e para as massas, alta taxa de consumo do pós-modernismo em e de descarte de mercadorias per capita, que estamos mergulhados. “Ao evitar o presença da moda, sociedade de mer- mito iluminista do progresso inevitável, cado, sentimento permanente de insa- o pós-modernismo substituiu o otimisciabilidade e o consumidor como um de mo do último século por um pessimismo seus principais personagens sociais. ... A corrosivo”, afirma Stanley J. Grenz, em cultura material e o consumo são aspec- seu livro Pós-Modernismo (Vida Nova), tos fundamentais de qualquer sociedade, à pagina 20. Os pós-modernos correram, então, para as prateleiras dos supermermas apenas a nossa tem sido caracterizada como uma sociedade de consumo. cados da fé na tentativa de preencher o Isto significa admitir que o consumo está vazio da alma com “modismos espiritupreenchendo, entre nós, uma função aci- ais”. Como se distanciaram da crença bíma e além daquela satisfação de neces- blica, passaram a adotar no lugar dela (no sidades materiais e de reprodução social lugar do vazio espiritual) todo tipo de ircomum a todos os demais grupos sociais” racionalismo. Outros tentam preencher o vácuo por meio do consumismo, sempre (p. 8, 14). Mas que função é essa? Para a psicóloga Denise Ramos, de mo- correndo atrás de novidades para repor o do geral, o consumo está profundamente objeto de desejo que gerou desilusão. E é justamente essa desilusão que hoje associado às carências e frustrações da vida contemporânea. “Muitas vezes ele alimenta a máquina do consumo. “Sem a repetida frustração dos desejos, a desupre uma fantasia: ‘Se eu comprar tal roupa, serei mais bonita, poderosa, fe- manda de consumo logo se esgotaria e liz.’” José Rafael Nascimento, em texto a economia voltada para o consumismo publicado no Diário de Notícias, sustenta ficaria sem combustível. ... A sociedade que “o mal do consumismo não está no de consumo prospera enquanto conseconsumo, mas no vazio que ele procura gue tornar perpétua a não satisfação de preencher. Um vazio de humanidade, de seus membros (e assim, em seus próprios boa cultura e de melhores referências”. termos, a infelicidade deles)”, explica E “é no espaço da busca de sentido, de Zygmunt Bauman, em seu livro Vida Pasignificado, de carência do homem que ra Consumo, página 64 (Jorge Zahar). a propaganda atua”, segundo L. G. Pietrocolla, no livro O Que Todo Cidadão Relacionamentos self-service Infelizmente, esse estilo de vida conPrecisa Saber Sobre a Sociedade de Consumista e voraz contaminou também sumo (Global, 1987), página 39.

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Para o diabo, o verdadeiro esforço dos demônios deve ser no sentido de inventar mil maneiras de ocupar o tempo do povo de Deus: incentivá-lo a gastar, gastar e, depois, a trabalhar e trabalhar para pagar as contas; inundar suas caixas de correio com catálogos cheios de ofertas tentadoras e fornecer cartões de crédito com limites altos. Fazer com que os maridos tenham dois empregos e as mães também tenham que trabalhar fora, deixando os filhos com outras pessoas – tudo para manter o “padrão social” da família. A mídia e os divertimentos também devem ser usados para ocupar a mente. Assim, os cristãos não terão tempo para o que realmente importa: a comunhão com Deus e o relacionamento com a família e os amigos. Em lugar de uma vida simples de contentamento e confiança em Deus, o que a mídia propõe é “sofisticação”, o consumo, as aparências. A frase dita pela atriz norte-americana Yasmine Bleeth sintetiza bem a ideia que o mundo tem de aproveitar a vida: “Minha fantasia é assistir a um canal de compras, com um cartão de crédito na mão enquanto faço amor e como ao mesmo tempo.” E a atriz brasileira Suzana Vieira não deixa por menos: “Não é defeito a gente querer se cuidar, manter a forma, ficar bonita. Não adianta querer se purificar espiritualmente, se evangelizar, se não tiver beleza, porque ela é a primeira coisa que conta para valer.” Fica evidente que na moderna sociedade de consumo, prazer e aparência são supervalorizados. Segundo Ângelo de Souza, jornalista do Rio de Janeiro, “o melhor dos mundos, para o mercado, é habitado por pessoas com idade mental de 6, libido de 15 e a conta bancária do papai ou do vovô bem-sucedidos”.

antic as l o ílu M u i t o

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1. Quando vemos algo que

desejamos, são acionadas as áreas cerebrais associadas ao prazer e ao medo – de ficar sem dinheiro. Mas se estamos com moeda viva no bolso, a sensação física de passar a cédula pode nos levar a refletir. Com o cartão de crédito, o medo da perda não é tão palpável, facilitando a compra de coisas mais caras e supérfluas.

2. Quando paramos para pen-

sar durante quanto tempo um determinado produto nos trará felicidade, a tendência é reduzirmos a vontade da compra. Percebemos que o prazer será mais curto do que imaginamos.

3.

Quando se sai às compras sem uma lista tendemos a comprar mais os chamados artigos hedonistas (que nos dão prazer).

4.

Quando os amigos decidem fazer ou comprar algo e você está sem dinheiro, cuidado com o “efeito manada”.

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5.

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O impulso para as compras nas mulheres é maior nos dez dias anteriores à menstruação, o chamado período de TPM.

6.

Consumidores que estejam com raiva têm 37% mais chances de fazer uma escolha equivocada na hora da compra.

7.

A dúvida em relação a dois produtos costuma gerar irritação pela dificuldade de decidir. A adição de uma terceira opção, mais simples e barata, torna a solução mais agradável. Mas, reconfortado, o cérebro quase sempre opta pela alternativa mais cara.

8.

Trinta segundos. Esse é o tempo para nos apegarmos a um objeto desejado quando o pegamos. Resultado? Acabamos comprando, e às vezes até pagando mais do que ele merece. 12

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os relacionamentos humanos. Cada vez mais, pessoas namoram e casam para “consumir um produto”, consumir o(a) namorado(a), o(a) cônjuge. Querem apenas ser satisfeitas e não satisfazer. Quando o “produto não atende às necessidades”, é descartado; vai-se em busca de outro que preencha a insatisfação. “Os teens, os jovens, não namoram, “pegam”, “ficam”. Sentimento? Parece não fazer parte do vocabulário dessa geração “estilosa”, que está muito mais preocupada com o modelo do celular que chegou ao mercado do que com as pessoas, muito menos na família”, analisa a socióloga e jornalista Teresa Leonel. Na visão de Bauman, “a característica mais proeminente da sociedade de consumidores... é a transformação dos consumidores em mercadorias; ou antes, sua dissolução no mar de mercadorias. ... Numa sociedade de consumidores, tornar-se uma mercadoria desejável e desejada é a matéria de que são feitos os sonhos e os contos de fada” (Vida Para Consumo, p. 20, 22). Nesta geração de relacionamentos self-service, o sexo é visto como uma gratificação – a mercadoria – a que se tem direito e não como resultado de uma relação construída sobre os pilares do compromisso e do amor. Mas um dia o sonho acaba e o conto se revela ilusório. Resultado: muitos jovens com depressão, baixa autoestima e até anorexia decorrentes dessa “liberdade” que coisifica o ser humano. Muito dessa coisificação tem que ver com a excessiva e indecente exposição do corpo humano (especialmente da mulher) na mídia. Tanto que, de acordo com o livro Sex in Advertising: Perspectives on the Erotic Appeal, cerca de um quinto de toda a publicidade atual usa conteúdo abertamente sexual para vender seus produtos. Acossadas por essa avalanche de sensualismo, muitas pessoas nem se dão conta de que, com seu visual, sua roupa, estão se oferecendo, também, como objeto, estimulando pen-

samentos a seu respeito que, talvez, as deixassem escandalizadas, caso pudessem ler a mente de quem as observa.

A ditadura da moda A revista Você S/A de novembro de 2005 traz como matéria de capa uma reportagem sobre os cuidados com a roupa no meio profissional. Título: “Invista no seu visual. Ele importa, sim!” Segundo a matéria, se a profissional quer ser respeitada no ambiente de trabalho ou causar boa impressão numa entrevista de emprego, deve cuidar com decotes muito chamativos, roupa justa, saia curta e maquiagem exagerada. Para os cristãos que se deixam levar pelo marketing da moda indecente, é um tapa com luva de pelica. Segundo a ginecologista e terapeuta sexual Jaqueline Brendler, em entrevista concedida à revista Veja Mulher de agosto de 2003, “muitas mulheres desconhecem o fato de que, diferentemente delas, que precisam de um estímulo sensorial para despertar o desejo, o estímulo do homem é visual”. Ellen G. White acrescenta (e enquanto lê, tente visualizar os atuais padrões da moda): “Foi-me mostrado que o povo de Deus não deve imitar as modas do mundo. Alguns têm feito isso e estão rapidamente perdendo seu caráter santo, peculiar, que deveria distingui-los como povo de Deus. Foi-me apontado o antigo povo de Deus e pude comparar seu vestuário com a moda destes últimos dias. Que diferença! Que mudança! (Testemunhos Para a Igreja, v. 1, p. 188, 189). Possivelmente, as que mais se aproximem hoje do padrão da indumentária das judias de outrora sejam as muçulmanas. Não se trata de defender a burca (definitivamente, não é disso que se está falando aqui), mas as islâmicas talvez tenham muito a ensinar à mulher ocidental. Uma notícia recente – e curiosa – deixa isso evidente: a exportação de lingeries brasileiras para países islâmicos teve aumento de 160%. Cobertas da cabeça aos pés, as muçulmanas que as usam

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A revista IstoÉ de 15 de abril de 2009 (cuja matéria de capa é “O impulso do consumo”) traz algumas revelações importantes. Analise-as e seja precavido na hora de comprar:

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Dicas para boas compras


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As relações comerciais sempre fizeram parte da história humana. Na Antiguidade, os povos utilizaram principalmente as trocas, depois, vieram as moedas. Hoje, no entanto, o que intriga a muitos é como a lógica de mercado ultrapassou os limites do consumo de bens e produtos e invadiu outras áreas da vida. O resultado, só poderia ser doentio. Por isso, fique esperto para os sintomas colaterais do consumismo:  Saúde – Para muita gente, comprar tem se tornado compulsão. A situação é preocupante, a ponto de termos em algumas capitais do País a versão brasileira dos Devedores Anônimos. A organização foi fundada em 1967, nos Estados Unidos, e dá suporte aos “viciados”, num modelo parecido com os Alcoólicos Anônimos.

se preocupam em ser sensuais – para o marido. E o restante dos homens não tem nada a ver com isso. Enquanto elas escondem e preservam o “mistério”, as ocidentais, entorpecidas pelo marketing do corpo para consumo, escancaram, de tal forma que o corpo feminino não tem mais segredo a ser revelado. No livro Sexo Não é Problema (Lascívia Sim) (Cultura Cristã), o pastor Joshua Harris explica que “a lascívia obscurece e torce a verdadeira masculinidade e feminilidade de maneira nociva. Transforma o desejo bom de um homem de conquista em captura e usufruto, bem como todo o desejo bom de uma mulher de ser linda em sedução e manipulação. Geralmente, parece que homens e mulheres são tentados pela lascívia de duas maneiras singulares: os homens são tentados pelos prazeres que a lascívia oferece, enquanto as mulheres são tentadas pelo poder [de controle e manipulação] que a lascívia promete”. O homem reage de maneira diferente ao contemplar uma mulher seminua. Reportagem do jornal Telegraph do dia 16 de fevereiro de 2009 revelou os resultados de um exame de ressonância magnética a que alguns homens heterosse-

No bolso – Segundo o Banco Central, em 2008, 80 milhões de brasileiros estavam endividados. A conta, só com os bancos, é de 442 bilhões de reais. Cerca de 15,5 milhões de consumidores devem, no mínimo, 5 mil reais. A principal razão é a facilidade de crédito. Hoje é possível comprar eletrodomésticos em até 48 parcelas. Na religião – A mentalidade de consumo não perdoou nem mesmo a religião. A tendência pode ser percebida na abordagem das igrejas e na expectativa dos fiéis. As denominações evangélicas surgidas nas décadas de 1970 e 1980 optaram, como nunca se viu, por um modelo empresarial: estratégias “marketeiras”, utilização massiva de comunicação e pregação de apelo consumista. O outro lado da moeda é que, logicamente, há demanda. Além do crescente público evangélico que encontra esperança na mensagem de libertação, cura e prosperidade imediatas, a religiosidade consumista também é procurada pelos “sem-religião”. São pessoas que não assumem compromisso com instituição religiosa, mas buscam sentido num “mix” de crenças e filosofias. Elas se sentem num supermercado da fé, colocando no carrinho os produtos religiosos de que mais gostam. O slogan é: a satisfação do cliente. – Wendel Lima

xuais foram submetidos. Ao verem uma mulher sensual desconhecida de biquíni, os circuitos cerebrais ativados foram os mesmos que os permitem reconhecer uma ferramenta. Conclusão: parece que homens veem como objeto mulheres seminuas com quem não têm afinidade. Dito isso, fica evidente que a mídia está contribuindo, também, para destruir a bela relação que o Criador idealizou para o homem e a mulher. Ela quer dominar, ser cobiçada. Ele quer consumir. Cria-se, assim, uma relação utilitarista em que as pessoas são vistas como objeto cada vez mais desprovido de coração.

Para onde fugir? Como nem todos poderão (por enquanto) tomar a decisão de fugir para um local retirado, como os Hohnberger, é imperativo agir racionalmente, entendendo melhor os impulsos e motivações que nos levam a consumir, não nos tornando escravos das operações do subconsciente, nem fantoches nas mãos dos profissionais de marketing e empresas que tentam nos controlar. Como escreveu Ellen G. White: “O corpo tem de ser posto em sujeição. As mais elevadas faculdades do ser devem dominar. As

paixões devem ser regidas pela vontade, e essa deve, por sua vez, achar-se sob a direção de Deus. A régia faculdade da razão, santificada pela graça de divina, deve ter domínio em nossa vida” (A Ciência do Bom Viver, p. 130). Sejamos francos: todos nós, em maior ou menor medida, estamos envolvidos no turbilhão descrito acima. Esse estilo de vida é muito contrastante com a proposta de Jesus: “Buscai, pois, em primeiro lugar, o Seu reino [de Deus] e a sua justiça, e todas estas coisas [as necessidades da vida] vos serão acrescentadas” (Mt 6:33); “Observai os lírios; eles não fiam, nem tecem. Eu, contudo, vos afirmo que nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles” (Lc 12:27); “Aquietai-vos e sabei que Eu sou Deus” (Sl 46:10). O consumismo se alimenta do vazio existencial. Em João 10:10, Jesus disse que veio para nos dar “vida... em abundância”. Portanto, a solução para o vazio e para os males do consumo exagerado está no preenchimento espiritual que só uma vida de comunhão com o Criador pode prover. Michelson Borges Editor

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Efeitos colaterais

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O decálogo do internauta cristão A

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5. Honra tua família ao usares palavras edificantes e sábias no teu MSN, Orkut e Twitter. Deixarás bem claro que és seguidor da Bíblia ao compartilhar textos e frases que iluminem vidas. 6. Não matarás tempo precioso navegando sem rumo e jogando games na hora destinada ao sono, estudo e trabalho. 7. Não adulterarás tua página pessoal com informações falsas sobre altura, cor dos olhos e peso, só para impressionar os internautas. 8. Não furtarás softwares, músicas, filmes ou arquivos. 9. Não dirás falso testemunho contra qualquer ser humano, por pior que pareça ser. Não acreditarás nas campanhas para salvar meninas desaparecidas, pessoas com câncer terminal ou baleias em extinção. E não terás esperança de que a Microsoft dará dinheiro para quem repassar e-mails para 30 pessoas. 10. Não cobiçarás as mulheres ou homens dos sites perniciosos; não desejarás o modo de vida dos famosos; e não participarás das correntes para enriquecer. Sobretudo, buscarás a Deus em primeiro lugar para Ele controlar teus dedos e olhos em todo o tempo de navegação. Um abraço internáutico. Udolcy Zukowski

Líder de Jovens da União Este Brasileira udolcy.zukowski@ueb.org.br

sites & blogs www.universia.com.br

http://tiltshiftmaker.com (em inglês)

Oferece técnicas de fotógrafos e feras do Photoshop, que fazem paisagens reais parecerem miniaturas. Você pode simular e salvar suas fotos com os efeitos de miniaturização. 14

http:// questaodeconfianca. blogspot.com

O blog do pastor Douglas Reis oferece uma leitura interessante sobre nossos tempos pós-modernos, com bons insights e estilo que usa do humor discreto à poesia.

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O site é o portal de uma rede ibero-americana de universidades apoiada pelo banco Santander. É um endereço indispensável para quem vai entrar, estuda ou já se formou na faculdade. Nele você encontra informações sobre bolsas de estudo, intercâmbios, vocação profissional e como começar a carreira, além de prêmios e programas de trainees. Tudo num só endereço! Por isso, vale a pena acessar.

www.biblia.com.br

O site disponibiliza 13 versões da Bíblia em língua portuguesa, busca por palavras, conteúdo em três idiomas (português, espanhol e inglês). Há também ferramentas de web 2.0, ou seja, o internauta pode utilizar os textos da Bíblia para envio por e-mail a amigos, pode “twittar”, incluir em blogs, sites de relacionamento e outras redes sociais.

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maior ferramenta de comunicação interpessoal do planeta tem centenas de benefícios a oferecer e milhares de vírus para infectar seu computador. Você percebeu que até hoje ninguém inventou um vírus para ser vendido? Pois é, eles são gratuitos, aparecem sem a gente chamar e fazem um estrago sem conta. Para proteger seu computador enquanto navega, é preciso ter instalado um programa firewall e antivírus atualizados. Mas somente isso não é suficiente. Por isso, sugiro dez mandamentos que o ajudarão a proteger o computador, economizar dinheiro, customizar tempo e, principalmente, manter sua mente pura. Vou me valer da “didática” divina. Como fica mais fácil gravar uma ordem na forma negativa, abaixo vão as orientações: 1. Não terás outras atividades em seu computador no tempo que é para a devoção pessoal. 2. Não farás para ti downloads de anexos de e-mails desconhecidos. Não conversarás e muito menos marcarás encontro com quem não conheces. 3. Não informarás teus dados para recadastramento de CPF, conta bancária ou título de eleitor, e fugirás de spams, pop-ups e links de ofertas imperdíveis. 4. Lembra-te do teu Criador em todas as páginas que visitares. Não te esqueças de ser cristão nas 24 horas do dia.

Dez dicas para você proteger seu micro e sua mente


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adventista da área da saúde pode trabalhar aos sábados? Essa é, sem dúvida, a pergunta que mais ouço em minhas palestras, seja qual for a região do País. A resposta é simples e direta: não. Vou explicar. Outro dia li o seguinte comentário em um site de relacionamento: “Nós, adventistas da área da saúde, temos uma licença para trabalhar aos sábados.” Licença? Quer dizer que o quarto mandamento da Lei de Deus, escrito em Êxodo 20:8, diz “lembra-te do dia de sábado, para o santificar. Com exceção dos médicos, enfermeiros, técnicos, etc.”? Infelizmente, há vários adventistas que pensam assim. Acham que, pelo fato de serem profissionais da saúde, Deus lhes concedeu uma autorização especial para transgredirem o sétimo dia. E o pior: com base nesse pretexto, muitos fazem concursos públicos sem se preocupar com a carga horária, já que, independentemente de haver expediente aos sábados, estão tranquilos porque acreditam terem uma “licença” de Deus. Também há os que trocam a escala, mas pagam outros colegas para atuar em seu lugar. Esquecem-se do versículo 10 de Êxodo 20 “...não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva.” Veja, o problema não está em trocar a escala – que é a melhor saída – mas sim pagar, do seu próprio bolso, a quem irá assumi-la. Alguém pode dizer: “É impossível ser um profissional adventista da área da saúde e não trabalhar aos sábados.” Em uma das igrejas que visitei, conheci uma enfermeira que trabalhava havia mais de 15 anos na profissão e nunca deu um plantão no sétimo dia. Não, não é impossível. Resta saber até que ponto você está disposto a ter sua fé provada. E os profissionais que trabalham nos hospitais adventistas? Pois é, eles também não têm uma “licença especial” de Deus para transgredir a Santa Lei. O que muda aqui é a forma de adoração no sábado que, ao invés de ser feita dentro da igreja, é realizada junto aos pacientes nos leitos. Trata-se de uma obra médico-missionária, ou seja, a pessoa deixa de lado a figura do profissional e assume a de benfeitor, que usa seus dons para

Profissionais da área de saúde têm licença para trabalhar no sábado? amenizar a dor, aliviar o sofrimento, levar conforto e carinho a quem sofre, unindo cuidados médicos com louvor, leitura da Palavra de Deus, oração e, claro, sem receber nada por esse dia. Contudo, até em nossos hospitais é preciso sabedoria. “Um espírito de irreverência e negligência na observância do sábado é suscetível de manifestar-se em nossos hospitais (...). A natureza das suas obrigações, naturalmente o leva a sentir-se justificado por fazer, no sábado, muitas coisas que deveria evitar” (Ellen G. White, Conselhos Sobre Saúde, p. 236). É claro que, se o médico estiver em uma cirurgia e, por complicações, ela se estender nas horas sagradas, por exemplo, ele deverá cumprir seu dever e terminar o trabalho de forma responsável. “E disse-lhes [Jesus]: Qual será de vós o que, caindo-lhe num poço, em dia de sábado, o jumento ou o boi, o não tire logo?” (Lc 14:5). Contudo, o profissional deve se programar para que isso não aconteça. E se a ação for necessária, o dinheiro ganho naquele dia deve ser doado. “Pode ser mesmo necessário devotar as horas do santo sábado ao alívio da humanidade sofredora. Mas os honorários por esse trabalho devem ser recolhidos à tesouraria do Senhor, a fim de serem usados em favor de pobres merecedores, que necessitem de tratamento médico e não podem pagar” (Ellen G. White, Medicina e Salvação, p. 216). Note que não há “licença”, mas sim “exceção”, que só deve ser usada em casos de emergência e não para atendimentos frequentes aos sábados, nem em escalas. No santo sábado, a única licença que Jesus deu aos Seus seguidores é a de adorar a Deus, descansar, curtir a família, fazer o bem ao próximo, cuidar dos que sofrem, orar, cantar louvores e pregar a Santa Palavra. Assim, temos a certeza de que fazemos a coisa certa porque o Salvador também agia dessa forma. E não devemos seguir Seu exemplo? “Sede meus imitadores, como também eu de Cristo” (1Co 11:1). Lembre-se: além dos pacientes, sua vida espiritual também precisa de dedicação para não adoecer. Cristiano Stefenoni

Jornalista, consultor de carreiras e autor do livro Profissional de Sucesso (CASA) c.stefenoni@hotmail.com

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Fidelidade de plantão

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uma dica para seu acamp 2010

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O drama do fim

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Tema: Os eventos que antecedem a volta de Jesus Objetivo: (1) Familiarizar os jovens com a visão adventista sobre os últimos acontecimentos da história humana; (2) “vacinar” a juventude contra interpretações erradas ou extremistas sobre o fim do mundo; (3) levar os participantes a refletir se estão preparados para defender a fé e certos de sua salvação. Dinâmica: O grupo é dividido, por sorteio, em seis equipes identificadas por cores. Cada subgrupo assume um perfil espiritual predeterminado que norteia o roteiro e destino específicos da equipe. A cada toque sonoro, os grupos avançam um cenário e vivenciam a dramatização. No desfecho, cada um saberá se faz parte dos salvos ou perdidos. Participantes: A peça deve ser adaptada ao número de participantes e ao espaço físico disponível. Vale lembrar que o material humano é mais importante do que os recursos materiais, por isso, é necessário que os “atores” levem a sério a dramatização. Kit: No início, cada participante deve receber um kit de sobrevivência, com o mapa da área e o roteiro da sua equipe. Staff: O pessoal de apoio tem muito trabalho e sem eles a peça não acontece. Em média, você deve ter 20% dos acampantes envolvidos com essa parte. O segredo: Para que a peça faça sentido, apenas os organizadores podem conhecer o enredo. Para saber mais: Para ter uma cópia completa do roteiro e das regras entre 16

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de o pessoal “fechar” a programação. Como você sabe, mais importante do que promover gincanas e atividades esportivas, é preparar bons momentos espirituais. Por isso, a Conexão JA foi até Curitiba para acompanhar uma

encenação que pode servir de modelo para sua igreja realizar no próximo acampamento. Na ocasião, a dramatização envolveu 1.400 participantes do 3º Campori de Clubes de Jovens da Associação Sul-Paranaense.

em contato com os pastores Denny Martins (denny.martins@usb.org.br) ou Joni Roger Oliveira (joni.oliveira@usb. org.br). Angústia na prisão

Cada equipe segue seu roteiro Satanás simula a volta de Jesus

Equanto alguns desatentos se divertem A perseguição

Os consagrados executam as orientações do pastor

Os fiéis são levados ao tribunal

Todos se encontram no fim

Emoção e reconsagração

Fotos: Cortesia dos colaboradores

Janeiro é tempo de fazer o check list do acampamento de verão. Nessa altura do campeonato, a área de camping já deve estar alugada e a liderança jovem está cobrando a última parcela das despesas do encontro. É hora


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consumismo em xeque

Jovens de valor

O encontro de universitários no Unasp já virou tradição. No fim de outubro, o 8º Simpósio Nacional de Universitários Adventistas reuniu 690 estudantes para discutir a sociedade de consumo. As doze palestras trataram, com profundidade, do impacto do consumismo na saúde, relacionamentos, finanças e até na espiritualidade. Os universitários refletiram sobre como resistir ao assédio do crediário e à cultura do supérfluo e se beneficiar da guarda do sábado como um antítodo contra o consumismo. As apresentações foram adaptadas para a forma de livro, que será lançado neste ano.

Com o apoio da Associação Central Amazonas, a Sociedade dos Universitários Adventistas de Manaus (Suama) reuniu cerca de 300 jovens para o congresso com o tema “Valores”. O evento, realizado em setembro na Igreja de Castelo do Rei, contou com a presença do pastor e professor do Unasp, Valdecir Lima. Durante os dois dias foram apresentadas palestras sobre os valores cristãos e o louvor perfeito. A Suama tem mais de 240 associados e desenvolve, durante o ano, atividades comunitárias, congressos e mutirões com atendimento médico gratuito.

Em outubro, 2 mil pessoas assistiram à entrega do 1º Prêmio Sociedade Jovem da União Central Brasileira (UCB), na Igreja do Unasp, campus Engenheiro Coelho. Durante 2009, os jovens paulistas cumpriram uma lista de 30 requisitos, que envolveram as áreas de liderança, planejamento, discipulado, evangelismo e ação comunitária. A iniciativa da UCB teve como base a análise parcial de uma pesquisa sobre a espiritualidade dos jovens, que constatou grande interesse da juventude adventista por profecias e projetos sociais. As 15 igrejas melhor colocadas em cada Associação receberam um troféu. Vídeos com testemunhos de jovens que fazem a diferença no Estado emocionaram e motivaram o público. Os destaques você pode conferir no endereço: http://sites.ucb.org.br/premioja.

Fotos: Cortesia dos colaboradores

religião em debate Os universitários do distrito de Jardim Cruzeiro, na capital baiana, não esperaram a organização de um grande encontro de estudantes para debater os desafios da universidade. Numa tarde de sábado, eles reuniram cerca de 300 pessoas para ouvir as palestras dos professores Wellington Rodrigues e Júlio César Pereira, ambos do Iaene, sobre as evidências da existência de Deus. O encontro ainda contou com o testemunho da aluna de Medicina Larissa Cavalcanti e com a presença de universitários não adventistas. Você pode fazer o download das palestras no site www.universitariosadv.blogspot.com

Fósseis em Botafogo “E é verdade! Isso é muito legal. Nunca tinha visto isso antes”, comenta Camila Ribeiro, de 20 anos, ao ver os fósseis de peixes e a réplica de um fóssil de Archaeopteryx, uma espécie primitiva com características de ave e réptil. Essas amostras, juntamente com outras de pedras, uma réplica da Arca de Noé e livros científicos são a atração do primeiro minicentro criacionista do Brasil, sediado na Igreja do Botafogo, no Rio de Janeiro. Inaugurado em setembro, o espaço tem o objetivo de despertar o interesse e facilitar o aprendizado dos jovens sobre o tema. Para saber mais: acesse www.iasd-botafogo.org.br e www.scb.org.br

além do canto No fim do ano passado, o Vivace Coral, da Igreja Central de Florianópolis, decidiu não se limitar aos ensaios e apresentações. A esperança cantada se transformou no projeto social “Mais do que Palavras”, que beneficiou mais de cem crianças das comunidades do Saco Grande e Monte Verde. A iniciativa, que teve o financiamento do Fundo Social da Secretaria de Estado da Fazenda do Governo de Santa Catarina, ofereceu oficinas de música, arte e atividades educacionais que promoveram o cuidado com a saúde, respeito aos outros e à natureza, solidariedade, honestidade e união da família.

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É gente que faz

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Colaboradores: Dina Karla Miranda, Débora Ariane Lima, Wendel Lima, Alessandro Simões, Any Laila, Suellem Timm, Ellen Ramos e Vivian Vergílio

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E R A P E S s o A R G O S a e ATÉqu

pro um po re br co

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ane Fonda é Viola Fields, uma veterana apresentadora de TV, que depois de oso ser despedida, entra em colapso nerv volAo ca. e acaba internada numa clíni seu tar para casa, Viola recebe a visita de Varhael (Mic in “queridinho” filho, Kev tan), e de sua futura nora, Charlotte (Jen ra e nifer Lopez). Para a mãe superproteto mátrau mais foi ciumenta, esse encontro isso, tico do que a perda do emprego. Por caela decide fazer de tudo para impedir o de série uma samento. Como é previsível, a artimanhas das duas mulheres acontece

cada cena, divertindo o público. a O sucesso de filmes como A sogr pa(2005) e Entrando numa fria (2001)

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ra rece reforçar ou no mínimo confirma nte imagem negativa atribuída socialme E as. sogr às te, aos sogros e, principalmen cine coitada delas! Além dos roteiristas de as ma e humoristas de TV, elas aguentam sar Ape s. piadinhas dos próprios familiare , de a ficção exagerar e satirizar a realidade ão com certeza, o estereótipo de uma relaç os sogr e s conturbada entre sogras e nora que e genros aponta para os conflitos reais tei “dei isso, Por várias famílias enfrentam. de ião no divã” por você e escutei a opin eira dois psicólogos: a Maria Marta Ferr , (PR) tiba Curi (www.psicobela.com.br), de e o Evandro de Souza Aranha (www.isa s mc.com), de Campinas (SP). Eles dão dica ou , litos úteis para você resolver esses conf melhor ainda, evitá-los.

A razão dos conflitos – Os profissio es razõ is cipa nais apontaram duas prin dos para os conflitos: a superproteção fapais e a imaturidade dos filhos. Toda tem acer s mília normal deseja que os filho das nas escolhas, principalmente numa to. men casa o o mais importantes, com preNo entanto, em alguns casos, essa locupação é excessiva, e os pais, gera do eitan resp mente a mãe, acabam não a individualidade do filho. e Para Evandro, o zelo exagerado pod a culp de to ser motivado pelo sentimen ção ou projeção. Culpa por não dar aten , assim , ando pens suficiente ao filho, com E . ança a negligência por meio da cobr do projeção, por temer que o casamento resEle . pais dos filho seja infeliz como o uz à salta que o moralismo também cond

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Ilustração: Rogério Chimello

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Mitos e verdades sobre o relacionamento com a família do outro


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ia A má imagem da sogra – Para Mar s Marta, o erro das generalizações mai o atrapalha do que ajuda. Segundo ela, mas s, nora problema não são as sogras e as pessoas imaturas que não respeitam para os limites nos relacionamentos. Já tão é Evandro, a imagem do sogro não mais explorada porque os homens são e as tos, men corporativistas nos relaciona com mulheres, competitivas. De acordo uma o psicólogo, entre sogra e nora, cost ção aten a haver uma disputa de poder: do mesmo homem.

Ilustração: Rogério Chimello

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soparceria do ‘velho com o novo’, sem s.” frimentos ou disputas desnecessária O modelo dos pais – Para Evandro, os cifilhos tendem a procurar cônjuges pare a. ranç segu de a dos com os pais, em busc ica. “O desconhecido gera medo”, expl éo Assim, se a mãe é líder, a tendência proa her mul filho se interessar por uma s tiva. Ele lembra também que, nos caso , em que o modelo dos pais foi negativo oas pess os filhos podem ser atraídos por o de perfil oposto, para não repetirem insucesso familiar. Evandro destaca também que ninée guém deve culpar os pais por quem daliber a tem deseja ser, pois cada um de de mudar seus referenciais. “Se você a não teve uma família estruturada, tem . enta plem chance de formar uma”, com um Segundo Maria Marta, há sempre reuma ser e pod modelo próximo que e os ferência positiva: o apoio de amig le familiares, aconselhamento espiritua lógiE io. ssár ajuda profissional, se nece limico, com a ajuda de Deus, qualquer . rado supe ser e tação ou trauma pod

Casar com a família – Quanto à ideia íde que o casamento traz consigo a fam issio prof os ”, lia do noivo como “brinde cada nais lembram que antes de casar, vacônjuge acumulou um histórico de ser erá pod lores e experiências que não cacompletamente descartado. Por isso, o taçã adap da uto da nova família é prod em. orig e reformulação dos seus lares de ta, Nesse sentido, segundo Maria Mar rços esfo e po o casal deve investir tem lar, na construção do próprio modelo de e gerenciar as mudanças no relaciona ta: scen acre mento com os familiares. Ela a “Agindo assim, eles poderão brindar

De relações conflituosas com os sogros. r tece acon e pod isso acordo com Evandro, npree s porque o nascimento dos neto “niche, de certa forma, a sensação de , os disso Além . nho vazio” no lar dos avós eo es encontros se tornam mais frequent mais cuidado com os netos tende a ocupar ta, a Mar ia o tempo dos sogros. Para Mar os trégua pode durar apenas enquanto não netos são a novidade. Se os problemas ferir inter forem resolvidos, os avós podem s; negativamente na educação dos neto aport com tar ado incentivar a criança a ente mento que desagrade os pais, som e se para atingi-los; ou, ainda, o casal pod ia panh com da afastar para privar os avós perdos netos. Em situações assim, todos dem e se machucam.

Morando juntos – Morar juntos nem )e pensar! É o conselho bíblico (Gn 2:24 preé psicológico. No entanto, às vezes, mo ciso dividir, temporariamente, o mes ília fam A os. teto com os pais ou sogr de anfitriã precisa entender que, apesar da ser a proprietária da casa, não man dos ade no novo casal, logo, a privacid Eo “pombinhos” deve ser respeitada. esta deve , tudo a casal visitante, antes de O papel dos pais – Ele lembra que casa ria mas belecer um prazo para ter a próp opinião dos pais é muito importante, para tada e reservar as discussões conjugais não deve ser imperativa, e sim pau , ento dim nten si. No estresse de um dese por considerações concretas sobre o com uge a) nunca caia no erro de criticar seu cônj portamento e o caráter do(a) parceiro( para os familiares. do filho(a). E ainda que os pais não sejam pera nial, rimo mat e exemplo de felicidad Trégua – Os atritos são evitados quan cepção deles sobre o futuro do relaciona s teira fron si, e entr do o casal estabelece, mento não pode ser ignorada. Por s. no relacionamento com os familiare Maria Marta destaca que os pais preipameio do diálogo, um acordo de conv cisam cuidar para não tornar os altos ta Mar ia Mar e vência precisa ser firmado. drões que têm para os filhos uma font deque rar lemb exemplifica: “Vamos almoçar todo sába de conflito. Eles precisam s ou não do com os pais de um dos cônjuge vem desejar o melhor para os filhos e irconf para em combinamos que ligaremos para eles. Para a psicóloga, a conversa essa s mar se iremos ou não?” Para ela, família deve girar em torno de questõe l casa do ura post a crisatitude simples define relevantes como a educação, postura cada de para todos, estabelece o espaço tã e atitude frente à vida profissional. ns um e evita manipulações ou chantage é emocionais. Os netos – Para os recém-casados as ora Wendel Lima melh s filho dito que a chegada dos Editor associado jan-mar 2009

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teve projeção. “O pai, por exemplo, que s, rosa amo s tura uma vida de muitas aven em io pode assumir um discurso autoritár que relação ao namoro da filha, temendo ou brinc ele que brinquem com ela, o tanto a. com as filhas dos outros”, exemplific da lado o outr o ta, Para Maria Mar s. filho dos moeda é a falta de maturidade umMuitos demoram a cortar “o cordão ão relaç em am bilical”, e não se posicion enta ao conflito. Evandro ainda complem ção que uma das características da gera heci con auto atual é o baixo nível de cia mento (“quem sou”) e autoconsciên e (“o que estou fazendo” e “para ond si, e sobr o estou indo”). Sem essa visã de os jovens enfrentam muita dificulda um lver nvo dese e para tomar decisões namoro saudável.

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Ely Silva Borges Jr. 25 anos – Portão, RS O SACERDÓCIO EXPIATÓRIO DE JESUS CRISTO Frank B. Holbrook (Casa) “Este livro é fantástico! Trata de conceitos importantes e profundos do serviço realizado por Jesus no santuário celestial. O mérito da obra é apresentar um tema tão complexo de maneira didática. Ao relacionar os argumentos sobre o ministério sacerdotal de Cristo com as profecias de Daniel, ele oferece forte base para a crença adventista.”

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Marcel J. de Souza 24 anos – Brasília, DF

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25 MANEIRAS DE VALORIZAR AS PESSOAS John C. Maxwell e Les Parrott (Sextante) “As pessoas nunca se importarão com o quanto você sabe até saberem o quanto você se importa com elas, este é o princípio que permeia o livro. Os autores exploram 25 habilidades, que podem ser desenvolvidas em 12 semanas, para potencializar o carisma e melhorar os relacionamentos.” Marina Marasco 24 anos São Paulo, SP ORAÇÃO, ELA FAZ ALGUMA DIFERENÇA? Philip Yancey (Vida) “O título não trata de uma pergunta retórica, para a qual o autor já tenha resposta ou fórmula mágica para oferecer ao leitor. Durante todo o livro, Yancey questiona ousadamente vários aspectos da oração. Uma abordagem clara e muito franca, que termina por apontar para um Deus apaixonante. Confira!”

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SócrateS e JeSuS Imagine que um antigo filósofo grego surgisse em pleno século 20 e se matriculasse numa faculdade de teologia liberal, dessas que relativizam a autoridade bíblica. Mais: imagine que esse filósofo fosse o inquiridor Sócrates, considerado um dos fundadores da filosofia ocidental. Qual seria o teor das discussões do ateniense com os alunos e professores? Como o filósofo que se opunha ao politeísmo grego reagiria à leitura do Antigo e do Novo Testamentos? Como encararia Jesus Cristo e as alegações quanto à divindade e a ressurreição dEle? É disso – e muito mais – que tratam as duzentas páginas do livro Sócrates e Jesus (editora Vida), de Peter Kreeft, professor de Filosofia no Boston College. “Jesus e Sócrates são certamente os dois homens mais influentes que já

existiram, pois dão origem aos dois segmentos da civilização ocidental: a cultura bíblica (judaico-cristã) e a clássica (greco-romana)”, escreveu Kreeft logo na Introdução. Portanto, é o tipo de leitura que ajuda até mesmo a entender as bases sobre as quais nossa própria cultura está edificada. Se eu fosse resumir numa única frase o conteúdo da obra, seria: a razão em busca da verdade. Mas a verdade pode ser encontrada? “Sócrates” entende que sim e responde socraticamente com uma pergunta: “Se você não tem esperança de chegar, então como pode viajar esperançosamente? Não há pelo que esperar” (p. 39). – Michelson Borges

De SaPO a PrÍNcIPe O documentário “De Sapo a Príncipe” (chamada. com.br), de 28 minutos, produzido pela Creation Ministries, toca num dos pontos mais frágeis do darwinismo: a origem da informação complexa. O título é uma brincadeira para mostrar que o salto evolutivo necessário para transformar anfíbios em mamíferos é simplesmente impossível à luz da ciência. O vídeo traz a clássica entrevista com o biólogo ateu Richard Dawkins, na qual ele fica sem resposta a uma pergunta sobre a origem da informação biológica e pede que a câmera seja desligada para ele pensar, após vários segundos constrangedores sem dizer nada. Além de Dawkins, são entrevistados o biofísico Lee Spetner, de Israel, o biólogo molecular Michael Denton, da Nova Zelândia, o especialista em ciência da informação Werner Gitt, da Alemanha, e o biólogo Don Batten, da Austrália. Produção singela (infelizmente apenas legendada), mas útil para conhecer um dos mais fortes argumentos a favor do design inteligente. – Michelson Borges

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O que estou lendo


Quarta-feira de cinzas

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odrigo vinha andando pela calçada. Sem camisa, o Sol refletia na pele suada, cintilando em alguns confetes e purpurina. Quarta-feira de cinzas, Sol a pino, e ele alegre, pois tinha passado o feriadão com colegas, na folia. Pulou carnaval, embriagou-se. Drogas não, pois recusou as incontáveis vezes que lhe ofereceram pelo menos três tipos de entorpecente, com um educado: “Deixa para a próxima!” Ficou com quase uma dezena de garotas nos dias de festa, sequer se lembrava do nome delas e trazia no bolso números de telefone e contatos de e-mail de outras tantas. Preocupou-se por um momento, pois não se lembrava de ter se prevenido nas relações sexuais que, embriagado, manteve. Ainda divagando nessas lembranças de euforia passageira, foi arrebatado por assovios de uma turma nas janelas de um ônibus: “Ei, Rodrigo!”, “Saudades, maninho!”, “Visita a gente no sábado!” Da calçada, Rodrigo retribuiu o aceno e seu estômago revirou quando viu Camila descendo do coletivo; feliz, radiante, mochila de tralhas e barraca nas costas. – Oi, Rô – disse ela, com aquele sorriso apaixonante de sempre. – Como foi o feriadão? – Foi bom – ele respondeu, e começaram a caminhar juntos. A verdade é que sentia vergonha de contar qualquer detalhe para a amiga... Aliás, Camila não era apenas amiga da época de igreja. Eles foram namorados. – O meu foi maravilhoso – disse ela, contando detalhes do retiro espiritual com a galera da igreja. – Perfeito, Rô, simplesmente perfeito. Vou guardar aquilo tudo, cada momento, para o resto da vida.

Rodrigo sabia do que ela estava falando. Felicidade. Já tinha sentido aquilo, de forma tão intensa, no passado. Muitos desses momentos foram compartilhados com Camila, sua namorada na época. Mas ele quis “conhecer mais do mundo”, “viver intensamente”. Deixou a igreja; deixou Camila. – Oramos por você – disse ela de forma franca. – Você faz falta para o grupo. “Para o grupo?”, pensou Rodrigo, “E para você?”. A resposta era um tanto óbvia. Camila já tinha superado. Ele não tinha noção de quanto a jovem sofrera com a separação. Chegou até a culpar-se pelo rompimento, pois era convicta em preservar sua castidade no namoro. Até mesmo essa convicção foi abalada e pensou em tentar segurar o namorado cedendo às exigências. Bem... o tempo passou. Camila se recuperou, pois se firmou na Rocha que é Cristo. Rodrigo, por seu turno, sabia que sua alegria era passageira. Uma máscara, como a de carnaval. Sentia alegria frívola, mas não felicidade verdadeira. Incomodava-se depois das baladas. A saudade dos amigos e da igreja era constante. O vazio antes preenchido por Jesus agora ecoava com os choros da alma. – Ainda dá tempo para eu voltar? – ele parou e perguntou. Camila deu mais dois passos, parou também e virou-se. O sol do meio-dia prateando seus cabelos claros... – Para Jesus? Sempre. Ele espera você, e de braços bem abertos. – Eu quero voltar – disse com sinceridade e, depois de uma pausa, fez nova pergunta: – E para você, ainda há tempo? – Rô, você quis conhecer mais do mundo e perdeu o universo que eu tinha reservado para nosso amor. Tudo seria no tempo certo, no tempo de Deus. Camila se virou e, enquanto caminhava, gritou: – Vejo você na igreja, meu irmão. Denis Cruz

Escritor, autor do livro Além da Magia (CASA), reside em Novo Mundo (MS) Denisdacruz@hotmail.com

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Ainda dá tempo de voltar...

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21560 – Conexão JA 01/2010 Marcos ________ Designer ________ Editor ________ C.Qualidade ________ Depto. Arte

Pegue carona com a gente no carro do piloto Carlos Cunha

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ente de mais de três mil cidades do Brasil e do Exterior já teve o privilégio de ver o piloto Carlos Cunha e sua equipe (que conta com mais quatro pilotos) em ação. Em uma tarde ameaçando chuva e ligeiramente fria, chegou a nossa vez. Foi em Guararema, uma calma e sossegada cidade a 70 km de São Paulo. Nesse dia, a calma e o sossego deu lugar à velocidade e à adrenalina que as apresentações de Carlos Cunha sempre trazem consigo. Encontramos rapidamente o local das apresentações. Cinco automóveis estavam expostos ali. Aguardavam os pilotos, que ainda não tinham chegado. Aos poucos, pessoas vindas de todos os cantos iam se aproximando da barreira de isolamento, um cordão contornando toda a área de apresentação. No centro desse espaço, duas rampas – uma de frente para a outra –, que obviamente seriam usadas em alguma das manobras. 22

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De repente, lá vem Carlos Cunha. Não tem mais seus 30 ou 40 anos, mas o andar esbanja saúde, revela que ele está cheio de disposição e a juventude chegou ali para ficar. Vem com um sistema de microfonia auricular sem fio, falando sem parar. É de um carisma impressionante! Parece que está na sala de casa, conversando com a gente; mas,


Fotos: Daniel Oliveira

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ao redor dele, está uma multidão. Ele então convida os pilotos. Cada um entra em um dos carros e começa o espetáculo. Como se estivessem desfilando na passarela, quatro dos carros adquirem velocidade, fazem um cavalo-de-pau derrapando e param ordenadamente, enfileiradinhos um atrás do outro. É bonito de ver! Mais uma desfilada e eles param, desta vez, intercalados, mas com excelente simetria. “É assim que deve ser”, diz a voz de Carlos Cunha nos alto-falantes, “o homem dominando a máquina.” Em outra manobra, dois carros correm paralelamente e bem grudados, retrovisor com retrovisor. De repente, um deles se adianta, derrapa e para na frente do outro, quase “beijando” o para-choque, numa precisão de dar inveja. A plateia arregala os olhos e suspira “oooh” sem se dar conta, depois explode em palmas e assobios. Outro carro toma o centro da área de apresentações. Dentro dele, dois pilotos da equipe. Do lado de fora, Carlos Cunha conta uma historinha, cria um suspense e o carro se parte ao meio, virando dois veículos. Uma rodinha no centro de cada metade sustenta os veículos, que são dirigíveis porque cada metade tem motor, volante e tudo o que é preciso para um carro funcionar. É o momento mais divertido e pastelão do show! Em seguida, dois pilotos da equipe – o próprio Carlos Cunha e o Thiago – assumem a direção de dois carros e fazem passeios em apenas duas rodas. Para ficar

nessa posição, os pilotos direcionam o carro para um pequena rampa, passando as rodas do lado direito (passageiro) por ela. Dessa maneira, sobram no chão apenas as rodas do lado esquerdo (motorista). Nessa posição, eles percorrem toda a extensão do evento. Visualmente, parece que podem tombar para um dos lados a qualquer hora. Em um determinado momento, os carros até tiram uma fininha um do outro – imagine isso em duas rodas! Depois, o Carlos Cunha sai do carro e desafia a multidão. Quem tem coragem de dar uma voltinha com ele? Meu sangue ferve e, mesmo assim, minhas mãos estão geladas. É então que ele nos convida: ao prefeito da cidade, Sr. Márcio Alvino, que prestigia a apresentação, e a mim (chique, não?). Lá vou eu! O prefeito vai com o piloto, na frente. Eu fico no banco traseiro, do lado esquerdo – o mesmo lado do motorista. Então acho que ele deve sentir o mesmo que eu. Passamos pela rampa para virar “as patinhas para o ar” e... uh, um frio na barriga, a janela quase lambendo o chão e eu não posso evitar aquela inclinada inconsciente para a direita, numa tentativa de evitar que o carro tombe afinal. O prefeito também foi cuidadoso – vejo quando ele se agarra ao apoio de mão. Só larga quando percebe que as quatro rodas estão novamente em chão firme. Umas paradas bruscas, um cavalinho-depau e o piloto nos devolve sãos e salvos à plateia que nos assiste. Depois disso, outros espectadores passeiam em duas rodas. Durante a apresentação, Cunha narra cada momento do espetáculo. Ele fala o tempo inteiro e, ainda assim, não perde a concentração. Vibra, dá dicas de pilotagem, fala de segurança no trânsito, comenta o desempenho do câmbio e do freio, recita verso bíblico, fala das vantagens de seus

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patrocinadores e adverte a população a não ultrapassar o cordão de isolamento e garantir a proteção. É um show! Sim, você leu corretamente: “recita verso bíblico”! Ele faz isso o tempo todo, mostrando que a Bíblia é parte integrante de sua vida. Na verdade, percebe-se isso mesmo antes de a apresentação começar, porque vê-se escrito nos banners: Jesus em primeiro lugar. E, no macacão do piloto, em destaque, lemos: “Jesus Pole Position.” É fim de tarde! A equipe se prepara para o momento apoteótico da apresentação: a barreira de fogo. Uma armação se levanta entre as duas rampas que estavam de frente, uma para a outra, desde o início do espetáculo. Carlos Cunha pede ao público que se afaste. Com um sinal, a equipe toca fogo na armação e as chamas se levantam entre as duas rampas. No ar, um cheiro forte de algo inflamável. Cunha acelera o carro, sobe uma das rampas, atravessa a cortina de fogo e desce pela rampa oposta. Mais um Carlos Cunha Show chega ao fim! Sueli Ferreira de Oliveira

Editora da revista Nosso Amiguinho

RECORDES DO PILOTO CARLOS CUNHA Percurso em duas rodas

218,2 km

Velocidade em duas rodas

155,844 km/h

Percurso em duas rodas / caminhão

3,5 km

Voo livre com carro

salto de 31,42 m de distância

A equipe reunida para a última foto do dia. No centro, Carlos Cunha e Carlos Cunha Filho, que participa de competições de kart.

Além das manobras

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Empresário em dias úteis, proprietário de uma rede de concessionárias da Chevrolet e de uma escola para pilotos de corrida, aos fins de semana, Carlos Cunha veste seu macacão e se transforma em um dos maiores nomes de acrobacias automobilísticas do Brasil. Mas não é de hoje que ele se envolve com o automobilismo. Cunha já foi campeão da Stock Car Light, já registrou seu nome no Guinness Book of Records seis vezes com as manobras que faz, apresenta o programa Carlos Cunha Show, aos domingos pela manhã, na Band, e agora impressiona o público que o assiste. Piloto consolidado, Carlos Cunha não chama a atenção apenas quando faz suas façanhas ao volante. No meio de uma das apresentações em que o carro está em duas rodas, ele freia, o carro é amparado por sua equipe e ele sai pela janela do passageiro. Do alto do carro, em uma posição absolutamente inacreditável, ele conta sua verdadeira história de sucesso. Pouco mais de 15 anos atrás, longe das pistas, Cunha levou um tombo e fraturou o crânio. Perdeu quase todos os movimentos e sua carreira parecia encerrada. Mas ele decidiu não desistir, tendo que reaprender muita coisa. Reaprendeu e venceu! Há três anos, Cunha teve um novo problema de saúde. Sofreu um infarto. Desta vez, também não se deixou abater. Lutou e, hoje, contrariando tudo o que os médicos já disseram, ele está restabelecido, fazendo seus shows automobilísticos. E lá do alto do carro, ele dá seu testemunho, dizendo claramente que só está ali porque não existe impossível para Deus (Lucas 1:37) e porque todas as coisas contribuem para o bem daqueles que O amam (Romanos 8:28). Em seguida, entra novamente no carro, assume o volante e sai em duas rodas. É extraordinário!

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Foto: Ilustração:

Fotos: Daniel Oliveira

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Hinário para a igreja. agora os dois formam um só volume! São

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Fábio Borba - Imagem: William de Moraes

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Capa Luxo Preta – Cód. 11668

2 Foto: Ilustração:

Fotos: Daniel Oliveira

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diferentes para

Capa Dura Rosa – Cód. 11666 Capa Dura Tulipas – Cód. 11664 4 Capa Dura Verde Ramos – Cód. 11665 5 Capa Dura Verde Mata – Cód. 11662 6 Capa Dura Vermelha – Cód. 11663

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Benefício pós-moderno

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assim ele se insurgisse contra a minha opinião e averiguasse por si mesmo, confirmando a presença das chamas no prédio? Ou ainda: se eu fosse o síndico, e quisesse manter as aparências, acobertando um incêndio (talvez julgando que os bombeiros estivessem a caminho e pudessem contornar o problema sem pânico), o morador do 105 não seria corajoso ao me enfrentar e divulgar uma informação vital aos demais condôminos? Qual a diferença, então, nos exemplos mencionados? A dúvida válida acompanha uma certeza, a qual pode ser confrontada dentro da mesma lógica que o objeto do qual duvido. Infelizmente, a maioria dos conspiradores duvida de coisas, e se justificam apenas por duvidar, isentando-se de confrontar suas certezas e suas dúvidas dentro de um mesmo ambiente lógico. Não creio que a dúvida per si tenha alguma serventia. Serve mais como estratégia de marketing (muitas vezes, pessoal) do que algo que se leve a sério. A dúvida constitui um benefício quando acompanhada de uma certeza, não quando se sustenta na capacidade imaginativa de um conspirador, que a põe na frente de outra dúvida, e de outra, e mais outra, como quem usa um cheque sem fundos para cobrir outro, e o faz indefinidamente. Afinal, uma vida calcada em dúvidas não me soa razoável. Disso não tenho dúvidas. Douglas Reis

Pastor auxiliar em Joinville, SC pr.douglasreis@gmail.com

Foto: © Photoxpress.com

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m nossa época, olha-se com desconfiança para quem possua qualquer tipo de certeza. A honra cabe àqueles que apresentem suas dúvidas, em relação a qualquer área. Todo o tipo de conspiradores tem surgido, e explicar a realidade tendo por base uma rede de verdades fictícias é tema recorrente de filmes, reportagens e livros – assim, a ficção desforra-se da realidade, lançando sobre ela suas próprias atribuições. A melhor certeza, apontam os conspiradores, é desconhecer as certezas e duvidar de todas elas. Vale, entretanto, a ressalva: os conspiradores geralmente são interlocutores de um monólogo acrítico, resguardando suas teorias das dúvidas que lançam contra tudo o mais. Passo a desenvolver melhor a ressalva apresentada: supondo que um conspirador apresente a teoria A, em geral, a validade de seus argumentos será proporcional ao clima de dúvida que lançará contra ideias e parâmetros bem aceitos. Ocorre, na maioria das empreitadas do gênero, que todo tipo de evidências casuais e pálidas são tecidas por duvidosa linha argumentativa, a qual se respalda na crítica pela crítica, na dúvida pela dúvida – como se apenas a não aceitação de uma determinada convenção já fosse algo inerentemente meritório! Os conspiradores e seus pares evocam uma suposta coragem ao duvidar. Mas seria toda dúvida um ato inequívoco de coragem? Se meu prédio pegasse fogo, e eu saísse gritando pelos corredores, na tentativa de alertar meus vizinhos, imagine que um deles (digamos, o que mora no apartamento 105), me dissesse que duvida da realidade de um incêndio (ainda que a fumaça negra se avolumasse e o odor de fuligem se intensificasse), seria tal morador um homem corajoso? Em verdade, diríamos ser ele louco, acomodado ou desatento, mas em nenhum desses adjetivos se vislumbraria algo semelhante à verdadeira coragem. Mas a dúvida pode estar ligada a uma atitude efetivamente corajosa? É claro. Vamos inverter a situação do exemplo anterior. Imagine se o vizinho que ocupa o apartamento 105 saísse, desconfiado com a possibilidade de incêndio, e eu, por qualquer razão superficial (talvez, nesse caso, eu agisse de forma louca, acomodada e desatenta), lhe dissesse não haver nada, e mesmo

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As vantagens de se duvidar em busca de certeza


“Ficar”

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A lei da devolução. A Bíblia nos adverte que “aquilo que o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6:7). Seu futuro é só colheita daquilo que você está plantando agora, porque um hábito formado constrói o caráter, que, por sua vez, determina o destino. O “ficar” lança que tipo de semente no seu solo? Que tipo de investimento ele representa para sua felicidade? A má fama (em especial para as garotas). Nossa sociedade ainda é machista. Por isso, os rótulos negativos tendem a “pegar” ou “grudar” com mais facilidade nas meninas. Você deve concordar que “trocar” de parceiro o tempo todo ou ser conhecido por aquele que não quer nada sério, não combina com um cristão. “Mais vale o bom nome do que as muitas riquezas; e o ser estimado é melhor” (Pv 22:1). Por isso, lembrese de que junto com seu comportamento está sendo avaliada sua reputação, família e Deus. Perda de foco. O “ficar” costuma tirar o foco do que é importante. O tempo e as energias que deveriam ser canalizados para os estudos e a construção de boas amizades são desperdiçados com relacionamentos que, via de regra, não

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acrescentam. Não porque as pessoas que você conheceu não podem agregar algo de bom, mas porque quem “fica” não está interessado e disposto a crescer. A juventude é o período dourado da vida. É a etapa das grandes e decisivas escolhas. Por isso, aplique-se aos estudos, aprendizado de idiomas, cursos profissionalizantes, estágios, amizades saudáveis e projetos comunitários e missionários. Você na prateleira. O “ficar” propõe o oposto ao namoro cristão. Ao invés de oferecer conhecimento mútuo e troca de confiança, ele se limita ao prazer ilusório e fortalece o egoísmo. Assim como um copo plástico, o relacionamento torna-se descartável, servindo apenas para o consumo. Não é sem razão que os “ficantes” colocam a beleza acima do caráter na hora de escolher alguém para beijar. É como se as pessoas fossem produtos expostos numa prateleira à disposição dos consumidores. Esse comportamento, além de afetar a autoestima dos “ficantes”, cria nos jovens uma predisposição para desistir dos relacionamentos, inclusive de um futuro casamento. Deslize sexual. A tentação sexual pode ser maior para quem “fica”, porque o relacionamento está baseado, na maioria das vezes, apenas na atração física. Além disso, as estatísticas indicam que quanto mais cedo um/uma adolescente começa a “ficar”, maior é a possibilidade de ele/ela cometer um deslize moral. A precocidade nos relacionamentos pode trazer gravidez indesejada e, com ela, a interrupção de muitos sonhos e o peso de uma maternidade ou paternidade não planejada.

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Creio que deu para perceber que “ficar” deixa muitas sequelas, por isso, não serve para o cristão. Sugiro o namoro saudável. Se você for sábio para esperar e decidir, Jesus vai colocar, na hora certa, uma pessoa especial na sua vida. Deixo, assim, um último conselho: “Foge, outrossim, das paixões da mocidade. Segue a justiça, a fé, o amor e a paz com os que, de coração puro, invocam o Senhor” (2Tm 2:22).

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“Às vezes, ouço os meus filhos adolescentes dizerem que ‘ficaram’ ou que pretendem ‘ficar’ com alguém. O que devo falar?” N.B. A pergunta é de uma mãe, mas a resposta é para os leitores que são apenas filhos. De acordo com Mauro Clark, “ficar” não é um comportamento tão novo, pois surgiu na década de 1980. E o que parecia ser um modismo passageiro, acabou “ficando” (Ficar, Sim ou Não, p. 9). O “ficar” é um relacionamento frágil, informal e sem compromisso, com trocas de carícias e intimidades que podem levar o casal ao ato sexual inconsequente. Em outras palavras, nada mais é do que a busca pelo prazer imediato e sem compromisso. O “ficar” valoriza somente o corpo, mas tem implicações físicas, emocionais, sociais e espirituais. Para mostrar que esse comportamento não compensa, apesar de ser aceito e praticado pelos jovens, vou enumerar quatros riscos comuns aos “ficantes”:

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Otimar Gonçalves

Líder de Jovens da Divisão Sul-Americana otimar.goncalves@dsa.org.br

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Mate (apenas) a sede

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Água de coco é tudo de bom!

car ainda mais atentos a essas bebidas. Entre eles, estão os hipertensos, os que possuem problemas renais e os que retêm líquidos com facilidade. Outro ponto quanto ao uso dessas bebidas está relacionado a calorias. Não se engane; elas não são light. São bebidas calóricas e podem acrescentar uns quilinhos extras para os que as consomem sem real necessidade. Além disso, são pobres em vitaminas e fibras. Para piorar, no fim do ano passado, um estudo realizado pela Associação Internacional de Pesquisa em Odontologia de Miami (EUA) mostrou que o consumo excessivo de bebidas isotônicas pode promover um desgaste que enfraquece o esmalte do dente. Quer uma bebida refrescante? Tome sucos naturais. Está com sede? Resolva o problema com água pura. Em caso de reposição de sais, prefira a velha e boa água de coco, um isotônico sem contra-indicações que o próprio Deus preparou para você. Sueli Ferreira de Oliveira

Editora da revista Nosso Amiguinho

Rica em sais minerais, a água de coco é um isotônico natural e tem o bônus de ser diurética, livre de gorduras e ajudar no funcionamento do intestino. Obviamente, é preferível consumir a água retirada do coco verde partido na hora; mas, se isso for inviável, há uma solução: nas prateleiras dos supermercados, geralmente perto das bebidas isotônicas artificiais, encontra-se água de coco envasada, prontinha pra beber. Se você não for hipertenso (por causa do sódio que ela também possui), sirva-se à vontade! Água de Coco – Tabela Nutricional

Composição para 200 ml (1 copo)

Valor calórico Carboidrato Proteínas Lipídios. Colesterol Fibras Potássio Fósforo Cálcio Sódio Magnésio 28

40 kcal 10 g 0g 0g 0g 0g 320 mg 10 mg (0,7% R.D.A*) 40 mg (5% R.D.A*) 40 mg (3,2% R.D.A*) 10 mg (3,2% R.D.A*)

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*R.D.A.: Recomended Dietary Allowances, publicação de pesquisa que estabelece as necessidades de nutrientes para a população

Em casos de viroses, os isotônicos são prescritos por médicos. A razão é simples: a perda de líquidos por vômitos ou diarreias pode desidratar o corpo. O isotônico remedia o problema rapidamente. Mas, para esses casos, também há reidratantes orais que podem ser usados, como Pedialyte e Rehidrat. Consultoria: Aidilys Prado, nutricionista do Centro de Vida Saudável (Cevisa)

Foto: Cedida pelo autor Jupiterimages (fundo)

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raticar uma atividade física é bom e muita gente gosta, mas quando ela é intensa e prolongada pode causar transpiração excessiva, levando embora não apenas a água do corpo, mas também sais minerais importantes para o equilíbrio do organismo. Para minimizar esse efeito indesejável, o corpo precisa ser constantemente hidratado. Por causa dessa necessidade, muitos esportistas adotam o hábito de ingerir bebidas isotônicas, que estão disponíveis em diversas marcas. Os isotônicos, de fato, ajudam porque repõem sais minerais, mas também podem prejudicar se usados em grande quantidade, indiscriminadamente. Os isotônicos são bebidas à base de água, que recebem adições de sais minerais e carboidratos. Com sabor de fruta e bem coloridos, eles prometem alto rendimento em práticas esportivas, mas lembre-se: o sabor e o colorido são artificiais e, como os isotônicos lançam minerais no organismo, há grupos que devem fi-

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O resultado do consumo exagerado de bebidas isotônicas pode não ser tão colorido e refrescante


Mensageiro silencioso

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u conversava com um amigo que fazia bico de panfleteiro, quando ele me confessou: “Eduardo, às vezes tenho vontade de jogar no bueiro os folhetos que sobram no fim do dia, esse serviço é muito chato!” É exatamente assim que muitos irmãos encaram o trabalho missionário de sábado à tarde. Sair entregando folhetos na vizinhança parece um trabalho entediante e sem muitos resultados. Afinal, quantas vezes na volta para a igreja é comum encontrar alguns daqueles folhetos amassados, ali na sarjeta? Pois é... Isso realmente é bastante desanimador. Mas deixe-me contar rapidamente minha experiência. Hoje, sou membro ativo na igreja, amo a Bíblia e Jesus é a razão do meu viver. Como tudo isso começou? Era mais uma tarde normal, de um dia normal, do mês de junho de 2002. Naquela época, minha família passava por alguns problemas de ordem financeira. Todos nós estávamos de “cabeça quente” e eu, embora tivesse apenas 13 anos, também me preocupava. Nunca fui um adolescente bagunceiro, mas tinha uma vida típica de alguém dessa idade: amigos, zoeira, diversão. Parece difícil imaginar que alguém com 13 anos possa ter uma crise existencial. Bem, na verdade, não sei se foi exatamente isso; o que importa é que naquela tarde eu estava ali, sentado na escada, olhando para o céu e sentindo um imenso vazio. Saí, fui à cozinha, voltei, passei pela mesa e algo me chamou a atenção: um papel enroladinho e meio sujo. “Estranho”, pensei. Curioso, desenrolei o papel, sentei e comecei a ler. “O último convite divino” era o título. Anjos desenhados na capa. Dentro, falava, entre outras coisas, da

marca da besta. No verso, os Dez Mandamentos. Assustado e ainda curioso, procurei uma velha Bíblia de bolso empoeirada e comecei a conferir as passagens escritas ali. Daí pra frente, vou resumir a história: bastou um mês para que eu estivesse totalmente convertido ao Senhor. De onde viera o folheto? Esse era o problema: não tinha carimbo. Veio parar na porta de casa, o vento empurrou, minha mãe pegou, pôs em cima da mesa e... o restante você já sabe. Por quase dois anos, servi a Cristo sozinho, em casa, guardando o sábado (secretamente, pois tinha vergonha de revelar minha nova fé à família), sem sequer saber da existência da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Foi através dos programas “Fé Para Hoje” e “Está Escrito” que, posteriormente, me senti motivado a visitar a igreja do bairro. Ali, pedi estudos bíblicos e fui batizado. Somente então descobri que a mensagem do folheto era, na verdade, a mensagem adventista. Deus é maravilhoso! Desde então me tornei um entusiasta entregador de folhetos com a mensagem de salvação por onde quer que eu vá. Ninguém melhor do que eu para testemunhar do poder de Deus por meio desses “mensageiros silenciosos”. Da próxima vez que você se sentir desanimado no trabalho missionário, lembre-se de que “as publicações devem ser multiplicadas e espalhadas como folhas de outono. Esses mensageiros silenciosos estão iluminando e modelando a mente de milhares em todo país e em todo clima” (Review and Herald, 21 de novembro de 1878). Eduardo Rueda

Tem 20 anos e é estudante do 3º ano de Teologia no Unasp, campus Engenheiro Coelho, SP

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O poder de um papel amassado e sujo

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Um Forte na minha vida

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Fortaleza de Santa Cruz, em Niterói (RJ), já foi usada para proteger o território brasileiro de invasões francesas e holandesas. Por mês, ela recebe cerca de dois mil visitantes interessados nas construções históricas e na vista privilegiada da Barra da Tijuca. Muitos pontos do antigo Forte despertam a curiosidade de quem o visita: o relógio de sol (de 1820, em pedra de lioz e com algarismos romanos); a capela de Santa Bárbara; as masmorras; a chamada Cova da Onça (possível local de torturas), o Pátio da Cisterna (local de enforcamentos); o paredão de fuzilamentos na Galeria 25 de Março; o Salão de Pedra (o antigo paiol); as baterias de artilharia; a cisterna; o farol; e o mastro da bandeira. Ao caminhar por esses locais, atentei para as muralhas. Elas têm um metro de largura e se estendem por mais de sete quilômetros. Esses muros largos foram planejados para resistir ao tempo e aos inimigos. Na arquitetura militar, a muralha, que tem função essencialmente de proteção, é reforçada por cons30

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Rejane Godinho

professora, bacharel e mestranda em Teologia pelo Unasp. rejane.godinho@yahoo.com.br

Douglas Assunção e Fábio Borba / Imagem: Fotolia

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truções adicionais como fossos, torres, parapeitos, ameias e seteiras. Tudo isso em nome da proteção. A estrutura de uma fortaleza militar pode ser comparada à comunhão pessoal. A intimidade com Deus protege a alma e dá segurança. Jesus sabia disso. Por vezes, ao fim de um dia exaustivo de atividades, os discípulos iam dormir, e Ele Se retirava para orar. Mesmo quando a comunhão com o Pai não virava vigília de noite inteira, antes de o sol nascer, o Mestre já estava conectado com o Céu: “Nas primeiras horas do novo dia o Senhor O despertava de Seu repouso, e Sua alma e lábios eram ungidos de graça para que a pudesse transmitir a outros. As palavras Lhe eram dadas diretamente das cortes celestes, palavras que pudesse falar oportunamente aos cansados e oprimidos” (Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 139). A intimidade entre os dois era tamanha, que Jesus recebia orientação específica para os desafios de cada dia. Experiência e poder semelhantes estão disponíveis para nós. A comunhão diária nos protege contra o estresse, angústia e traz paz. Melhora a qualidade de vida, firma os passos no caminho da salvação e ajusta nosso foco para a verdadeira prioridade. Além disso, os que nos cercam são atraídos pela segurança que demonstramos diante dos problemas, e se perguntam “Como posso ser assim?” Se você não tem esse costume ou o perdeu ao longo da caminhada cristã, agora é o tempo de experimentar. Com planejamento e dedicação, em 30 a 40 dias, a devoção pessoal se torna um hábito agradável e uma fortificação segura. Com tantos benefícios, é impossível ficar de fora!

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Experimente a segurança que a intimidade com Deus oferece


Páginas: 216 Formato: 14 x 21 cm Cód. 10411 / Brochura

Como Sair da Depressão Dr. Neil Nedley O tratamento da depressão é geralmente feito com medicamentos, mas o Dr. Neil Nedley apresenta nova abordagem. As informações certamente trarão esperança aos que sofrem com esse mal tão comum. O livro inclui uma proposta de “cura em 20 semanas” que já trouxe alívio a muitas pessoas. Páginas: 272 Formato: 16,5 x 23,8 cm Cód. 8472 / Brochura

Páginas: 256 Formato: 14 x 21 cm Cód. 10403 / Brochura

Mil Cairão ao Teu Lado Susi Hasel Mundy e Maylan Schurch Esta é a história verdadeira e tocante de Franz Hasel, um cristão fiel que foi convocado e enviado à tropa de elite de Hitler para construir pontes na linha de frente, durante a guerra. Mesmo com risco de morte, Hasel e sua família não cederam às pressões dos nazistas e permaneceram fiéis a Deus, suportando todas as provações. Páginas: 192 Formato: 14 x 21 cm Cód. 7750 / Brochura

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Douglas Assunção e Fábio Borba / Imagem: Fotolia

Arco-Íris Sobre o Inferno Tsuneyuki Mohri Uma dramática e tocante história de conversão. Os horrores da Segunda Guerra Mundial são vistos através dos olhos de um jovem japonês que se uniu à resistência contra os americanos e se tornou assassino. Sua prisão e condenação à morte formaram o pano de fundo para um encontro capaz de transformar sua vida. Escrito por um premiado autor japonês.

Sonho Impossível Barry Black Sonho Impossível é a história de Barry Black, capelão do Senado norte-americano. Trata-se de um relato da vitória sobre um começo não promissor nos guetos de Baltimore. Suas viagens por mares desconhecidos exemplificam o poder que Deus tem de transformar. Descubra como você também pode alcançar satisfação sem precedente através de uma fé viva em Deus.

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*Horários de atendimento: Segunda a quinta, das 8h às 20h / Sexta, das 7h30 às 15h45 / Domingo, das 8h30 às 14h.

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