Conexão 2.0 - UNIVERSITÁRIOS

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EXPRESSÃO: Representante da ONU no Rio de Janeiro fala sobre voluntariado a revista do jovem que pensa

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julho-setembro 2011

Mais do que buscar um diploma, eles testemunham num dos ambientes mais hostis à religião. Saiba como ser missionário no campus secular

ESPORTE

Quando a diversão vira evangelismo

AUSTRÁLIA

jul-set 2011 e Ellen White1 Cangurus, coalas, Olimpíadas

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Capa: Montagem de Rogério Chimello sobre fotos de Shutterstock

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assar no vestibular, ingressar na faculdade e ser bem-sucedido é o ideal de milhões de brasileiros. E dos jovens cristãos também. Mas esse percurso costuma ser cheio de desafios para aqueles que desejam viver sua fé. Secularização, ceticismo, relativismo ético – esses são apenas alguns dos obstáculos que se enfrenta nas universidades não confessionais. Porém, esses elementos, negativos à primeira vista, podem se mostrar grandes oportunidades. Quando o universitário cristão conhece o contexto em que está inserido, não ficando apático diante dessa realidade, ele pode desenvolver uma percepção crítica e interagir com outros de maneira consciente. E nesse contato está o diferencial cristão. A universidade, mais do que um local para cresci-

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mento acadêmico e profissional, é um campus de atuação missionária. Todas as pessoas precisam conhecer as boas-novas de Jesus Cristo, e isso inclui os professores e estudantes universitários. Das mais diversas formas, criativas e contextualizadas, o estudante cristão tem a oportunidade de levar a outros aquilo que é realidade para ele. A matéria de capa, “Missão no campus”, fala, de maneira prática, como você pode ser usado por Deus na faculdade. Confira as experiências de universitários adventistas que mostram, no seu dia a dia, como a espiritualidade faz a diferença. Num ambiente muitas vezes hostil à religião e moralmente escuro, o brilho da luz ilumina mais (Fp 2:15). Editor associado

anos, é importante Em meio à pressão destes quatro a seis que os jovens tenham três objetivos: e defendam os mes(1) Fazer amigos cristãos que vivam quem está longe de casa, as universidades pamos princípios. Principalmente, para a busca de um sonho, jovens procuram de apoio; ço na vida profissional. um pequeno grupo pode servir de gran ra obter formação acadêmica e espa sabedoria, é possível Com (2) Ter um projeto missionário. , houve um aumento muito Nos últimos dez anos, segundo o IBGE a alunos, professores apresentar a mensagem de salvação o esse sonho. E muitos jovens significativo dos que estão realizand a da verdade. e funcionários que são sinceros na busc ibilidade de estudar numa adventistas, que nem sempre têm a poss a semente para l O campus pode ser um terreno férti e crescimento. instituição da Igreja, fazem parte dess do evangelho; o, o desafio de cursar a Para você que pertence a esse grup ite disse que lares secu ades ersid (3) Demonstrar simpatia. Ellen Wh univ Nas faculdade geralmente é mais difícil. dia suas neaten Jesus ganhava a simpatia das pessoas, crenças e os alunos cristãos as pessoas não comungam das suas seguissem. cessidades e depois pedia que elas O tes com os princípios bíse tornam alvo de instituições intoleran . feliz a Mostre que o cristianismo o torn que muitas vezes humilham blicos, de professores evolucionistas para Nestes dias em que você se prepara que vivem para os prazeres. os criacionistas, e de colegas imorais o ser isa prec s Deu , o mercado de trabalho de Jesus em João 17:15 são Quando isso acontece, as palavras primeiro e o melhor em sua vida. eção: “não peço que os tires mais que um conforto; são uma prot Areli Barbosa mal.” os do mundo, e sim que os guardes do Líder dos jovens adventistas sul-american

Campus missionário

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Matheus Cardoso

Foto: cortesia do entrevistado

Ano 5, no 19 • jul-set/2011 ISSN 1981-1470 www.conexaoja.com.br

Luz na escuridão

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Fotos: Shutterstock

Os universitários precisam entender sua missão no campus

14 Infográfico

Curiosidades sobre a Bíblia e como seu texto foi popularizado pelas inovações tecnológicas

5 Expressão

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Estudante de Direito lidera os projetos de voluntariado da ONU no Rio

Adrenalina

Conheça um país que está do outro lado do mundo, mas que tem a cara do Brasil

13 Link

Tiago Ramos

A tensão entre criticar a cibercultura e utilizar suas ferramentas

19 Mercado de Trabalho Ilustração: Thiago Lobo

Saiba se já está na hora de abrir seu negócio

20 Ellen White

Nova versão dos livros da profetisa deve popularizar sua mensagem

CASA PUBLICADORA BRASILEIRA Editora dos Adventistas do Sétimo Dia Rodovia Estadual SP 127 – km 106 Caixa Postal 34 – 18270-970 – Tatuí, SP Fone (15) 3205-8800 – Fax (15) 3205-8900 Site: www.cpb.com.br / E-mail: sac@cpb.com.br SERVIÇO DE ATENDIMENTO AO CLIENTE Ligue Grátis: 0800 9790606 Segunda a quinta, das 8h às 20h30 Sexta, das 7h30 às 15h45 / Domingo, das 8h30 às 14h

23 Aconteceu Comigo

24 Dramatização

30 Conexão Direta

27 Esportes

O casal de surdos que se prepara para evangelizar sua “etnia”

Não adianta procurar a felicidade batendo nas portas erradas

Editor: Wendel Lima Editores Associados: Diogo Cavalcanti e Matheus Cardoso Designer Gráfico: Marcos S. Santos Diretor Geral: José Carlos de Lima Diretor Financeiro: Edson Erthal de Medeiros Redator-Chefe: Rubens S. Lessa Gerente de Produção: Reisner Martins Gerente de Vendas: João Vicente Pereyra Chefe de Arte: Marcelo de Souza Chefe de Expedição: Eduardo G. da Luz

Conheça o ministério do grupo Perspectivas Brasil

Skate, moto, futebol e evangelismo

Colaboradores: Areli Barbosa, Aquino Bastos, Elmar Borges, Nelson Milanelli, Ivay Araújo, Ronaldo Arco e Donato Azevedo Filho

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Assinatura: R$ 19,00 Avulso: R$ 5,96 Tiragem: 10.000

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Foto: cortesia do entrevistado

8 Mais do que o diploma

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Envie um e-mail pra gente: conexaoja@cpb.com.br – As mensagens publicadas não representam necessariamente o pensamento da revista.

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A edição “Pense Verde” estava ótima! Gostei muito da entrevista com a Marina Silva e também de outras. Penso que a edição “Sucesso” também deve estar muito atrativa. Por falar em sucesso, estou gostando muito desses temas atuais, que têm tudo a ver com o jovem do mundo dos negócios e do trabalho. Esses temas são de suma importância para mim e para milhares de jovens. Agora estou morando em Macapá, AP. Passei no vestibular da Universidade Federal do Amapá para Secretariado Executivo. Deixei tudo em Minas Gerais e vim para cá. Qualquer dia desses mandem uma equipe da revista para Macapá. Vocês vão encontrar grandes belezas naturais para escrever sobre turismo. Eduardo César Souza, 24 anos, Macapá, AP edwardsouza3@gmail.com A Conexão JA é genial! Quando pego a revista, leio em pouco tempo. Eu cuido do blog da minha igreja (http://igrejadamarambaia.blogspot.com) faz pouco tempo, e já encaixei as matérias de capa da conexão como tema de duas semanas, fora outros textos que já encaixei em outras semanas. A revista é excelente e gostaria que fosse semanal ou pelo menos mensal. Mas como é trimestral, vou ler outra e outra vez. Claudionor de Lucas S. Teles, 15 anos, Belém, PA clles@live.com A revista é muito completa. Mostra uma vida cristã mais real, feliz, como tem sido a minha. Dá dicas e o único defeito é que não sai todos os meses. Parabéns! Ellen Almeida de Souza almeida.ellen@uol.com.br

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Olá pessoal! Ganhei a assinatura anual desta revista no meu aniversário de 15 anos. Estou amando as matérias de vocês. Quero continuar assinando a revista, porque é muito boa. Trata bem da nossa realidade, uma fase bem difícil da vida. Queria muito que essa revista fosse mensal, mas como não é, aproveito todas as edições e indico para meus amigos. Quando ela chega aqui em casa largo tudo e vou correndo ler a Conexão JA. Ketlyn Borba Rodrigues, 16 anos, Rio Grande, RS kbrodrigues@vetorial.net Olá galera! Estou muito feliz pela revista Conexão JA. Ela foi uma descoberta incrível para mim. Sou adventista há três anos, e é a primeira vez que eu fiz a assinatura. Gostei muito, principalmente das dicas dos jovens profissionais, que chegaram ao topo sem deixar de testemunhar de Cristo. Vanderlei Alves Macedo, 21 anos, Itapiranga, MG dessek_alves@hotmail.com

Pelo Twitter @BlendaPipoca: @ConexaoJA o infográfico sobre a morte de Jesus foi extremamente emocionante e muito esclarecedor! Nosso Jesus é lindo demais! @Denisferrarin: @ chegou minha @ConexaoJA. Ótima revista, superjovem e de conteúdo inteligente! @evelinbianca: li ontem um pouco da @ConexaoJA da minha prima... rsrs muito boa, reportagens ótimas, deu uma vontade enorme de assinar a revista!

@JAguanabara J.A: Quando leio histórias de cristãos q chegam ao topo, lembro das promessas de Deus aos q Lhe são fiéis. Parabéns @conexaoja @JuhMaldonado: Minha @ConexaoJA chegou, a capa ficou show. Vou ler antes de dormir!!!! ;D @lydianecr: @ConexaoJA Mil e uma utilidades! Tem me ajudado principalmente na elaboração de programas para o público jovem da minha IASD. Um sucesso! @maisdestaque: A revista @maisdestaque parabeniza o conteúdo da última edição da @conexaoja. Parabéns pelo trabalho na @casapublicadora! #setimodia @_nanyn: @ConexaoJA Bão dimais esse trem de ConexãoJA. A minha chegou ontem. E é só bênçãos! @patrickerocha: A @ConexaoJA do 2º Trimestre está muito boa! Fez-me pensar como alcançar o sucesso e deu-me esperança! @prdiego: @oMatheusCardoso Parabéns pelo artigo “Mais do que imaginação” da @ConexaoJA Excelente tópico, excelente abordagem! #setimodia @pr_tiago: @ConexaoJA matando um historiador de inveja, rsrsrs. @RickMuniz: Ontem eu recebi a @ConexaoJA e li ontem mesmo! Está show de bola! Incrível! Vai até ter um post especial no meu blog esta semana! @RithielleMareca: A revista @ConexaoJA deste trimestre está ótima!!!! #RECOMENDO

@Francielleindia: @ConexaoJA pq vcs não publicam mais as sugestões de filmes e livros? Eu sempre procurava ver os filmes sugeridos...

@robsonterra: Intervalo da aula de Estatística 2! 1000 graus, mas aproveitando para ler a super revista @ConexaoJA! Muito boa, sobre sucesso profissional!

@GlendaLeitte: Quero dar os parabéns aos editores da @ConexaoJA! Mais uma edição espetacular! Li minha revista rapidinho nesse fds!!! #curti

@sem_santos: o importante é q hj compensa o cheque, e eu terei meu dindin, e enfim assinarei a @ConexaoJA uma das revistas mais massas que tem.

@gramoraes: Seguindo @ConexaoJA Amo essa revista *-* @HendersonRogers: O infográfico sobre a morte de Jesus na @ConexaoJA deste trimestre está, no mínimo, chocante! Parabéns! #ConexaoJA @herminiosexto: @ConexaoJA maravilhoso infográfico sobre a crucificação de Jesus. @isabellaverena: acabo de receber minha última @ConexaoJA ! Preciso renovar a assinatura! :D @Italo_vieira: @ConexaoJA é tudo de bom. Gostei muito do artigo sobre #SUCESSO Não devemos pensar no profissional sem levar em conta o espiritual

@tacimeireles: Li minha @conexaoJA e ela está um #SUCESSO realmente. Ótimas matérias. Adorei! @xokitoman: uma pena que nas duas vezes em que assinei @ConexaoJA não chegou nada pra mim.

@conexaoja conexaoja@cpb.com.br blog: www.conexaoja.com.br

Foto: cortesia do entrevistado

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Apesar de a minha Conexão JA ter chegado atrasada, estou ainda mais apaixonada por ela. Os assuntos deste trimestre são ainda melhores que os da edição passada. Já li toda revista e estou contando os dias para a chegada da próxima. Admito que não resisto à seção “Adrenalina”. Quando a revista chegou, fui logo saber qual tinha sido o último paraíso visitado. Confesso que torci para que fosse algum lugar do litoral baiano, mas não fiquei desapontada, porque Recife é espetacular! Uma das coisas que eu amo fazer além de ler a revista Conexão JA, é ler um bom livro e fiquei bastante impressionada ao ler O Fim do Começo e Um Passo a Mais. Quanto ao primeiro eu já tinha ouvido falar. O segundo fiquei conhecendo agora, mas com certeza deve ser o máximo, porque eu tive o prazer de estar no Maracanãzinho “celebrando a esperança” e ouvindo a história da Fernanda Lima, uma lição de superação e relacionamento com Deus. Tainara Matos, 16 anos, Cabo Frio, RJ ta.inaramatos@hotmail.com.br


WENDEL LIMA

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Foto: cortesia do entrevistado

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esde os dez anos de idade, quando abordou um traficante pela primeira vez, no Complexo do Alemão, no Rio, Gabriel Borda se despertou para as necessidades sociais ao seu redor. Apesar de ter sido criado na zona sul, região nobre da cidade, Gabriel percebeu logo cedo que sua missão era lutar pelos direitos humanos. Ele já foi voluntário da Unicef, ADRA, Cruz Vermelha, Luta Pela Paz e OneChild. Por trás de tanta dedicação, há um sonho: Gabriel quer trabalhar na ONU, e pode estar a caminho. No fim de 2008, ele foi convidado a representar a Anubra (Associação das Nações Unidas-Brasil) no Estado do Rio de Janeiro. Por enquanto, sua atuação na entidade é voluntária, mas ele tem procurado fazer carreira nessa área. Está terminando o curso de Direito na PUC-Rio, onde é membro do Núcleo de Direitos Humanos. No restante do tempo, ele se dedica a promover o voluntariado, bem como a gerenciar e captar recursos para os projetos da Anubra. Neste mês, Gabriel vai realizar palestras sobre direitos humanos em quatro países da Europa. Na viagem, ele vai lançar o CD Só Precisam de Amor, título de uma campanha contra a exploração sexual infantil, que ele está organizando em parceria com a ONG OneChild. Nesta nossa conversa por telefone, Gabriel falou sobre os projetos que tem liderado, o boom do voluntariado e ONGs no Brasil e porque você não pode ficar parado.

Como foram as aulas? O objetivo do curso era construir uma ponte entre aqueles que são as maiores vítimas da violação dos direitos humanos e aqueles que detêm as soluções para o problema. Por isso, cada aula foi dada por uma pessoa diferente, num lugar diferente. A aula sobre violência sexual foi dada na Delegacia da Mulher; sobre planejamento urbano e Índice de Desenvolvimento Humano foi dada no escritório da Unicef; levamos também o artista tetraplégico que pinta com a boca, Marcelo Cunha, para falar sobre superação; e a Nega Gizza, co-fundadora da Central Única das Favelas (Cufa), também participou. Escolhemos pessoas que tinham não só um conhecimento teórico, mas prático sobre o tema. Esse tipo de bagagem cultural extrapola a sala de aula, e jul-set 2011

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Ele tem o voluntariado no sangue e aos 23 anos já lidera projetos da ONU no Rio. Gabriel Borda representa os jovens que desejam experimentar a religião prática

Conexão JA: Como nasce um projeto de voluntariado? Gabriel Borda: Posso explicar a partir do último que fizemos: “Direitos Humanos para Todos”. O ponto de partida foi o trabalho do Clube de Desbravadores e do Coral Infantil da Rocinha. Realizamos um curso sobre o tema com duas aulas semanais, ao longo de sete semanas. Escolhemos 12 garotos e garotas da comunidade. Queríamos um grupo pequeno para gerar intimidade e descontração. A ideia era que esses alunos aprendessem sobre o assunto e fossem multiplicadores desse conhecimento em escolas, espaços culturais e igrejas, além de se tornarem voluntários de outros projetos da Anubra, caso houvesse interesse deles.

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é útil para alunos que encaram um dia a dia difícil, e precisam ter respostas para essa realidade. Minha equipe nesse projeto era formada por cinco estudantes de Direito e dois de Jornalismo. Quais são os próximos projetos? O grupo vai atuar agora na campanha “Só Precisam de Amor”, iniciativa contra a exploração sexual infantil, em parceria com a ONG canadense OneChild (www. one-child.ca). O projeto deve começar em setembro. Vai envolver palestras em escolas e universidades, além de ação informativa na internet e talvez com vídeos de curta duração a ser exibido em voos de algumas companhias aéreas. Queremos começar também o projeto Segunda Chance, cujo objetivo é dar uma oportunidade para jovens que estão saindo do Educandário Santo Expedito, em Bangu, RJ. O objetivo é fazer uma série de palestras e atividades motivacionais, com a metodologia da ONG inglesa loveLife Generation (www.lovelifegeneration.net). Depois de libertos, esses jovens serão admitidos por empresas parceiras da Anubra e receberão acompanhamento psicológico por dois anos.

de todo tipo para cantar com o grupo Interface (www.interface.com.br), porque nossos amigos de colégio nos convidavam e a maioria deles era bolsista na escola. Acho que meus pais também me ajudaram a sempre pensar nas coisas, e não apenas aceitá-las como são. Isso se aplica até a vida espiritual. A tendência é a gente receber tudo pronto e não estudar mais, o que acaba em superficialidade. Minha família sempre teve essa coisa de ser missionário. Meu irmão vai fazer Teologia na Andrews University; meu pai é diretor de marketing do Hospital Adventista Silvestre e minha mãe trabalha como ginecologista no hospital.

desbravadoras e que conheciam o grupo Interface. Tínhamos sido da mesma igreja! Uma das meninas que entrevistamos disse que queria uma segunda chance, queria ser como eu: uma pessoa. Elas não mais se sentiam seres humanos, mas objetos. Quando voltei para casa, arrasado, decidi compor uma música: Só Precisam de Amor. Desde então, Deus me abençoou com outras músicas que vão compor meu CD. Como vai ser esse CD? São 14 músicas, sendo cinco em inglês e todas inéditas (www.gabrielborda.com). Pretendo lançar o material primeiro na Europa, em julho, com a campanha “What about you?”, uma série de palestras que vou fazer lá. Quando voltar, farei o lançamento no Rio. Todo lucro do CD será destinado para os projetos da Anubra. Na Europa, vou passar pela Suíça, França, Inglaterra e Suécia. Lá, vou participar do Jamboree mundial, com 38 mil escoteiros. Nesse encontro na Suécia, vou falar sobre direitos humanos e cantar, testemunhando de que é Jesus quem me motiva a fazer o bem. Em Genebra, vou falar no curso de verão da ONU. Quero aproveitar a viagem também para fazer algumas visitas a instituições e transformar esse material num documentário.

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Acho que meus pais também me ajudaram a sempre pensar nas coisas, e não apenas aceitá-las como são.

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Como surgiu seu interesse pelos direitos humanos? Vejo várias influências nesse processo. No colégio adventista, a bibliotecária incentivava muito meu irmão gêmeo e eu a pegar livros. Através da leitura, comecei a me interessar por personalidades como Gandhi e Mandela. Passei a ler e ouvir sobre a ONU e a associar isso a algo legal. Eu dizia que um dia queria trabalhar nisso. As campanhas da Recolta com o Clube de Desbravadores também foram muito importantes para a formação da minha consciência social. Qual foi a influência dos seus pais na sua vocação? Apesar de termos nascido na zona sul, minha família sempre visitou igrejas 6

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Como tem sido seu contato com os marginalizados? Uma das experiências mais fortes foi numa apresentação do grupo Interface no complexo do Alemão, quando eu tinha cerca de dez anos. Vigiados pelos traficantes fortemente armados, subimos o morro. Mesmo sob ameaça, o grupo cantou e pregou. Eu entreguei um folheto para um traficante, que o ignorou. Peguei o panfleto no chão e insisti com ele olhando nos seus olhos. Ele aceitou assistir à programação. Com aquilo aprendi que, quando olhamos para as pessoas e acreditamos nelas, e tentamos buscar o que de melhor elas têm, esse melhor pode vir para o lado de fora através do poder de Jesus. A partir daí, desenvolvi o hábito de dialogar e de ouvir. Em 2009, numa visita em Recife, outra coisa me marcou. Estava conhecendo a ONG Casa de Passagem (www.casadepassagem.org.br), um projeto de apoio para crianças abusadas sexualmente. Ao conversar com os garotos e garotas, conheci duas meninas que haviam sido

Uma das características da espiritualidade da nossa geração é a busca de uma religião prática. Esse também é um anseio dos jovens adventistas? É uma tendência forte se trabalhar a religião através do campo social. Michael Smith, por exemplo, começou a ter sua imagem vinculada à uma ONG. Seria estranho um cantor cristão não se preocupar com as necessidades humanas. A Igreja Hillsong (http://hillsong.com), que se tornou um fenômeno, há alguns anos tem o foco na área social. Vejo essa tendência também na Igreja Adventista.


Por que a questão do voluntariado tem se tornado tão relevante? Vejo alguns fatores. Há uma desconfiança no poder estatal. As pessoas veem algumas necessidades não supridas e desejam fazer algo. Tivemos também o boom das ONGs. Abrir uma entidade ficou mais fácil, e muitos partiram para isso. E a internet ajudou nesse processo, por disponibilizar informações sobre movimentos ao redor do mundo. E qual é a importância do voluntariado para o currículo? Há uma pressão dos consumidores para que as empresas se mostrem mais responsáveis social e ecologicamente. Muitas já contam com um departamento específico para isso e buscam funcionários com esse perfil. Além disso, o mercado de trabalho tende a acreditar que aqueles que podem e querem realizar bons projetos de graça, sem dúvida, farão boas coisas recebendo salário. Por isso, se hoje você não tem um projeto de voluntariado no seu currículo, você está fora. O boom das ONGs também abriu espaço para a corrupção no terceiro setor. Como saber quais entidades são sérias?

O Brasil é o país que mais tem ONGs no mundo. A coisa está diminuindo, porque hoje o foco está menos nos prêmios e mais no resultado final do trabalho das entidades. Conheço várias ONGs que são “elefantes brancos”. Elas funcionam como “lavanderias” de dinheiro sujo investido por políticos corruptos. Agora, se deixarmos só para o governo fiscalizar não é suficiente. O ideal é que a pessoa doe para uma ONG. Que ela se sinta parceira, que possa visitar de vez em quando e que, de preferência, atenda sua comunidade. No caso de tragédias internacionais, como terremotos e tsunamis, você deve doar para ONGs conhecidas como a Cruz Vermelha e a ADRA.

ça das nossas políticas populistas, como a atual, em que metade da população é sustentada pelo governo. Outro problema é que os projetos sociais sólidos exigem tempo. E se o voluntário não enxerga isso, ele desanima, porque espera resultados mais imediatos, o que é natural no ser humano. Além disso, quando você tem voluntários comprometidos, mas pouco qualificados, a tendência é oferecer ações apenas assistencialistas. Já um voluntariado mais especializado pode resultar em ações de desenvolvimento.

Os projetos sociais sólidos exigem tempo. E se o voluntário não enxerga isso, ele desanima, porque espera resultados mais imediatos.

Recentemente foi criada a ADRA Brasil, entidade que pretende profissionalizar a assistência social adventista. Você vê vantagens nisso? Em primeiro lugar, para que a ADRA seja competitiva no mundo das ONGs é preciso que ela tenha profissionalismo. Neste aspecto, foi muito boa essa decisão, porque aquilo que antes poderia ser norteado apenas pelo bom senso, agora deve ser regido pela letra e pela necessidade. Só não sei quanto tempo as coisas vão demorar para ser estruturadas. Mas eu torço para que no Brasil, a ADRA incorpore o espírito que a caracteriza no exterior, de ser líder no que faz, haja vista que em alguns lugares do mundo a ADRA entra onde nem a ONU chega. Na Ásia, por exemplo, a ADRA é modelo em trabalho contra a exploração sexual infantil. Até aqui, as ações da igreja têm focalizado mais o assistencialismo ou o desenvolvimento? A tendência de se fazer só o assistencialismo faz parte não só da cultura da igreja, mas do Brasil. Essa é uma heran-

Que bons projetos de desenvolvimento você pode citar? O Coral Infantil da Rocinha, projeto liderado pelo Coral Jovem do Rio (www. coraljovemdorio.org.br), está alicerçado para um longo prazo. Através da música, as crianças da comunidade recuperam a autoestima e podem enxergar novos horizontes. A Igreja Adventista da Rocinha surgiu a partir desse projeto. As crianças sentiram necessidade de aprender a ler a Bíblia. Primeiro foram elas e depois os pais. Outras iniciativas adventistas são muito interessantes, como os quatro centros médicos comunitários do Hospital Adventista Silvestre (www.hasilvestre.org.br) e o ministério de prisões que é muito forte no Rio. O Clube de Desbravadores também têm tudo a ver com ação social. Mas sinto que essa ênfase precisa ser mais explorada. Quero participar Para sugerir projetos ou participar de uma campanha da Anubra, é só entrar em contato com Gabriel Borda: (21) 8028-0454 ou gabriellombardoborda@hotmail.com

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Para saber + www.un.org www.wfuna.org www.unitednationsvolunteers.org jul-set 2011

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No Rio de Janeiro, posso dar o exemplo do Mutirão de Natal, que ganhou adesão em todo o Brasil. As pessoas também se despertaram para o fato de que Jesus quebrou alguns paradigmas. Um deles é o da vida teórica. Jesus foi capaz de receber uma prostituta famosa que derramou sobre Ele um perfume caro. É como se a Bruna Surfistinha tivesse passado nos pés dEle Victoria’s Secret. Hoje, talvez, não conseguiríamos aceitar isso. Cristo não falava sobre teorias religiosas, mas sobre o dia a dia das pessoas. Ele as ouvia, as visitava, curava e comia com elas. Acho que a juventude passou a buscar uma experiência mais real com Deus, que só se dá no campo prático da vida.

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sitário. Prova disso é que você conhece alguém com esse perfil, se não for um. Pegando carona nesse fenômeno socioeconômico, estão também, sem dúvida, os adventistas. Apesar de não existir um censo universitário da denominação no Brasil (208 mil adventistas têm entre 18 e 24 anos), a simples observação do aumento do número de estudantes nas igrejas de periferia das metrópoles e nas pequenas congregações do interior aponta para isso.

Resistência e aceitação Porém, mais do que conseguir um bom diploma universitário (o que no contexto competitivo de hoje é fundamental, mas não o suficiente), um bom emprego e estabilidade financeira, cada vez mais universitários adventistas têm entendido que seu ingresso na universidade não é fruto do acaso ou de simples mérito pessoal. Eles têm

aprendido a olhar a universidade como um campo evangelístico, no qual foram colocados para ser missionários. Por isso, essa matéria quer ajudar aqueles que se sentem desafiados a testemunhar num dos ambientes mais hostis à religião tradicional. Em primeiro lugar, vale desmistificar a ideia de que acadêmico criticismo e religião são coisas inconciliáveis. Esse pensamento é fruto apenas da propaganda ideológica dos dois últimos séculos. A universidade, no modelo ocidental como a conhecemos, deve sua origem e desenvolvimento ao cristianismo, porque foi organizada, principalmente, para o estudo da Teologia. No caso dos Estados Unidos, além de uma forte base religosa, as maiores universidades daquele país nasceram com propósito de formar missionários e pastores.2 Ironicamente, hoje, esses mesmos centros de excelência de ensino atacam

Foto: cortesia do entrevistado

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ímbolo de status, chance de bom emprego e vida melhor, cursar o ensino superior já é realidade para mais de cinco milhões de brasileiros. A explosão universitária fez com que nunca tivéssemos tantos colegas de faculdade como agora. Só para se ter uma ideia, de 1994 a 2009, o número de instituições de ensino superior no Brasil saltou de 851 para 2.282 e, no mesmo período, o número de alunos triplicou.1 Hoje 15% dos brasileiros com idade universitária estão na faculdade. Dois fatores importantes para esse boom do ensino superior foram o aumento da oferta de vagas – as faculdades particulares representam 70% desse mercado – além da baixa do preço das mensalidades, em média 31% nos últimos dez anos. Na prática, isso significa que muitas famílias de baixa renda passaram a se orgulhar de ter seu primeiro membro com diploma univer-

Foto: Tom Tomczyk / Shutterstock

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Foto: cortesia do entrevistado

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Luz no campus

Foto: Tom Tomczyk / Shutterstock

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O projeto Conexão Vertical, realizado em Belo Horizonte, é uma tentativa de responder a essa demanda. Atendendo um convite do pastor Antônio Pires, em 2008, Paulo Cândido de Oliveira, então pastor do distrito do Progresso, passou a ensinar conceitos de cosmovisão, missiologia e discipulado para um grupo de estudantes da UFMG que queria fazer a diferença no campus. Segundo Paulinho, como costuma ser chamado, os encontros ajudaram os estudantes a deixar de ver a igreja como um clube fechado, restrita a um prédio, e a entender que ela existe onde dois ou três estão reunidos em nome de Jesus (Mt 18:20). Um exercício aplicado ao grupo foi o de percepção da visão de mundo do outro. Paulinho pediu que cada estudante fizesse uma entrevista de sete perguntas com pessoas conhecidas

e desconhecidas. O objetivo era procurar entender o pensamento alheio, aceitá-lo, ainda que discordando, a fim de apresentar um jeito melhor de ver a vida, a cosmovisão bíblica. O pastor lembra que a espiritualidade é uma característica natural ao ser humano e que todos a manifestam, das mais variadas formas. Sendo assim, cabe ao missionário identificar as pontes que podem ligar a pessoa à mensagem cristã. Marcos Filipe Guimarães Pinheiro acredita que essas discussões abriram os olhos do grupo para a necessidade de um evangelismo especializado, mais planejado e que desperdiçasse menos tempo e dinheiro. “Além disso, aprendi que é preciso diferenciar aspectos da tradição religiosa que não se aplicam a todas as culturas, das experiências reais de santificação fundamentadas na Bíblia”, resume seu aprendizado. Ele, que foi aluno da graduação e do mestrado em Educação Física da UFMG, hoje é professor substituto da mesma instituição e membro ativo do Conexão Vertical.

Belo Horizonte Depois da orientação teórica e dos exercícios práticos, o grupo passou a aplicar os conceitos de comunidade (pequenos grupos), discipulado (amizade e orientação bíblica) e celebração (reuniões aos sábados no campus). No culto havia louvor acompanhado com instrumentos, mensagem musical, momento de interação e um sermão de tônica mais existencial”, descreve Paulinho. Devido a mudanças administrativas na associação local e sua transferência para São Paulo, o projeto não apresentou resultados mais concretos. No entanto, ele lembra que vários alunos passaram a frequentar as igrejas de Belo Horizonte e possivelmente alguns tenham sido batizados. Atualmente, Samuel Filipe Cardoso de Paula, aluno de Química e um dos remanescentes do início do projeto, tem ajudado a organizar as reuniões do Conexão Vertical no campus da Pampulha. O grupo tem se encontrado para discutir o tema da origem da vida, sob a orientação da

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o cristianismo. A secularização do Ocidente tirou a educação das mãos das igrejas e as confiou ao Estado, criando um abismo entre universidade e igreja, ciência e fé. Porém, a história mostra que a máxima “o temor do Senhor é o princípio da sabedoria” (Pv 9:10) é tão válida para o campus universitário como para o púlpito. Outro ponto importante é que o teor ácido das pesquisas acadêmicas e das aulas ministradas por professores ateus militantes não representam, necessariamente, a resistência dos alunos à religião. Pelo menos é o que aponta o estudo feito por Jorge Cláudio Ribeiro no início da década de 2000, com 1.032 estudantes da PUC-SP. A pesquisa, que procurou identificar o perfil da religiosidade dos universitários entrevistados, mostrou que, mesmo com o processo de secularização, “as instituições e tradições religiosas ainda se configuram como um estoque simbólico e ético socializador dos jovens”.3 Mas isso não significa que os universitários vivam sua religião do modo “tradicional”. Ao contrário, o estudo constatou que há um “generalizado esvaziamento na prática ritual, na crença e na pertença religiosa”4. Ribeiro chega a nomear esse comportamento de “sangria ritual”, ou seja, a rejeição de práticas religiosas que não “dialogam” com a modernidade ou que não se identificam com a opção pessoal do jovem. “Essa nova religiosidade não implica crer num corpo de doutrinas, frequentar semanalmente um templo e adotar um estilo de vida que reflita a ideia religiosa abraçada. A própria compreensão de religiosidade tem uma dimensão puramente antropológica, cuja função é conferir ao jovem transcendência e sentido para a totalidade da existência”, sintetiza o professor Adolfo Suárez, doutor em Ciências da Religião e coordenador do ensino religioso universitário do Unasp, campus Engenheiro Coelho. Nesse contexto, a fé pode assumir a conotação de pensamento positivo, de confiança no próprio sucesso na vida, e os ritos religiosos podem ser substituídos por boas ações.

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Na UFMG, em Belo Horizonte, alunos tiveram até aula sobre missiologia e cosmovisão

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DIÁLOGO A revista Diálogo Universitário alcança 117 países, incluindo China, Irã, Líbia e Uzbequistão. Se você estuda num campus secular, pode assinar gratuitamente a revista e ainda pedir exemplares para a biblioteca da sua instituição. No site da Diálogo (dialogue.adventist.org) a maioria das matérias está disponível em quatro idiomas: português, inglês, espanhol e francês. 10

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São Paulo Na maior universidade do Brasil, a USP, a mobilização dos alunos adventistas vem de longa data. Alguns dizem que as primeiras reuniões do Grupo de Estudantes Adventistas (GEA, como ficou conhecido) foram iniciadas no começo da década de 1980. Naquela época, o grupo participou de passeatas antitabagistas, organizou a apresentação de corais no campus e vendeu livros denominacionais na porta do refeitório. Fora da universidade, almoços de confraternização e acampamentos deram a tônica social do movimento. De lá para cá, muitas gerações de universitários abraçaram a causa. E a atual pode estar dando um passo que vai consolidar ainda mais esse ministério. Neste ano, o grupo passou a se reunir nos

fins de semana num salão alugado no bairro do Butantã, próximo ao campus. Agora, a congregação é oficialmente reconhecida pela Associação Paulistana. Prova disso é que o pastor Alberto Nery foi escolhido para liderar espiritualmente os estudantes. Por experiência, Alberto sabe o que é estudar numa universidade não adventista. Ele é formado em Psicologia pelo Mackenzie. Segundo Alberto, os principais desafios do grupo são financeiros e de estrutura. Boa parte dos membros ainda depende economicamente dos pais. Mas isso não impede que eles testemunhem através de uma abordagem contextualizada. Os cultos de sábado começam mais tarde, porque vida de estudante não é fácil. A liturgia é simplificada e toda a adoração é realizada com as pessoas sentadas em círculo, para promover a interação e representar um dos lemas do grupo: igualdade entre todos. As tardes de sábado são dedicadas ao voluntariado e as noites de domingo aos treinamentos. Além de adquirir uma sede própria – que deve funcionar como espaço cultural e multiuso – o grupo pretende oferecer um cursinho pré-vestibular gratuito e palestras de bom nível acadêmico acompanhadas de coffee-break nos domingos à noite. Tudo isso no intuito de quebrar preconceitos e se aproximar de colegas e professores da universidade. Agora, acompanhando o grupo mais de perto, Alberto vê outras possibilidades evangelísticas: “Temos que trabalhar com algum projeto de

Fotos: cortesia dos entrevistados

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A Igreja Adventista dedicou a edição deste ano do concurso Bom de Bíblia (bomdebiblia.com.br) para os universitários. As provas estão sendo elaboradas pelo professor de Teologia do Unasp, Dr. Rodrigo Silva, e a final da competição será disputada em Lima, Peru, no dia 3 de dezembro. O vencedor vai ganhar um intercâmbio internacional. Outra novidade, é que em 2012, os estudantes terão um guia de estudos bíblicos específico para usar na universidade, com lições sobre cosmovisão teísta, fundamentos do cristianismo e adventismo. Enquanto isso, os universitários já podem contar com as Bíblias e o guia do Ano-Bíblico específicos. ◆ 30 mil exemplares do Ano-Bíblico ◆ 10 mil Bíblias

professora Queila de Souza Garcia, que tem pós-doutorado em Ecofisiologia Vegetal, pela Universidade de Barcelona, na Espanha. Além de dirigir as discussões sobre criacionismo, ela oferece apoio espiritual ao grupo. Queila – que é casada com um pesquisador evolucionista – acredita que a soma de respeito para com os outros e a conduta coerente é a receita de um bom testemunho: “Nossa esperança, ética, responsabilidade e dedicação ao trabalho devem fazer a diferença. Se não nos destacarmos como profissionais competentes e distintos, nunca atingiremos as pessoas secularizadas.”

O projeto da USP já conta com uma sede alugada e o apoio de um pastor


sustentabilidade e de saúde. Hoje, só as religiões orientais têm uma abordagem holística, mas nossa mensagem de saúde é a única verdadeiramente integral.” O grupo nomeou o projeto de Comunidade Adventista de Jovens Universitários (Caju). Cerca de 40 pessoas frequentam as reuniões de sábado.

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Estados Unidos Filho da “segunda geração” do GEA da USP, Klebert Bezerra Feitosa, 39 anos, levou para o exterior sua experiência missionária no campus. Depois de participar de pequenos grupos, almoços de confraternização e acampamentos universitários no Brasil, Klebert pegou seu diploma de bacharel em Física e migrou para os Estados Unidos, onde cursou mestrado e doutorado na Universidade de Massachusetts. Lá, depois de vários anos de iniciativas sem muito resultado, com a orientação do pastor local e de um missiólogo, John McGhee, Klebert entendeu que era necessário estabelecer uma igreja no campus. A estratégia inicial foi oferecer palestras de alto nível acadêmico no sábado de manhã. O primeiro tema – sobre as similaridades entre o islamismo e o cristianismo – foi escolhido com quatro meses de antecedência e providencialmente apresentado no sábado posterior ao

Fotos: cortesia dos entrevistados

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ataque terrorista de 11 de setembro de 2001. Os encontros dessa natureza foram evangelisticamente bem-sucedidos, mas inviáveis financeiramente, devido ao elevado custo do deslocamento dos palestrantes. Foi então que Klebert se deparou, como ele assim define, com os “conceitos revolucionários de evangelismo” de Brian McLaren. A partir daí, os programas foram simplificados, tornando-se mais interativos, criativos e cristocêntricos. Segundo Klebert, nos anos posteriores, foram feitos vários ajustes na abordagem, mas o segredo do grupo tem sido um princípio: “nunca tenha medo de fazer mudanças”. Nessa época, foram organizados também retiros, jantares temáticos, classes bíblicas às sextas-feiras à noite e um coral de sinais que interpretava músicas cristãs, com a participação de não adventistas. Hoje, Klebert, assim como sua esposa, são professores da James Madison University, na Virgínia (EUA). Eles mudaram de campus, mas o trabalho com os universitários continua. Klebert explica que nos últimos anos a Igreja Adventista nos Estados Unidos tem dado mais atenção evangelística aos campi seculares. Um exemplo disso é o ministério Campus (campushope. com), que com o apoio da Associação de Michigan promove um congresso anual de

Universidade de Massachusetts (EUA): encontros com interação, criatividade e mensagens cristocêntricas

universitários com forte ênfase em reavivamento e missão. “Esse grupo, conhecido como Generation of Youth for Christ (gycweb.org), realizou um enorme congresso na virada do último ano em Baltimore, Maryland, com sete mil estudantes. Essa iniciativa tem usado a tecnologia das redes sociais para energizar a nova geração de jovens com o chamado e a missão da igreja. A resposta tem sido fabulosa e inúmeros ministérios têm sido formados em diversas partes do país”, descreve Klebert.

Imersão “As grandes universidades são verdadeiras cidades. Têm hospital, sedes administrativas, linhas de ônibus e leis específicas. Além disso, os alunos de lá geralmente se dedicam muito aos estudos e vivem com intensidade a cultura do campus”, Paulinho chama a atenção para o desafio missionário. Imersão na cultura do campus é o que experimentam principalmente os alunos de universidades públicas, que deixam sua cidade natal para “mergulhar” nos estudos, às vezes, em tempo integral. Foi assim com a engenheira elétrica Esloany Daisy Carniatto Delvecchi, 28 anos, de Cascavel, PR. Há quatro anos ela mora em Campinas, onde faz pós-graduação na Unicamp. A

Conheça mais dois projetos Contato: Esloany Daisy que valem a pena participar: Carniatto Delvecchi – esloany@yahoo.com.br – Unicamp (19) 8205-7502 Reuniões: às sextas, ao UNB pôr do sol, na sala PB04, no Reuniões: às quintas, às prédio da DAC 13h, no mezanino do prédio Grupo: de 10 a 15 pessoas ICC Sul Atividades: No ano passado, Grupo: de 15 a 25 pessoas foram realizadas duas séries de estudo com Tiago Atividades: pequeno grupo José Rodrigues, ex-pastor com oração intercessora, auxiliar da Igreja Central louvor e estudo da Bíblia de Campinas. Atualmente, Contato: Gabriel Miranda – as reunões se restringem à celebração da guarda do gabrielskap@hotmail.com – sábado e confraternização. (61) 9693-7719 jul-set 2011

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Uma igreja que cumpre bem esse papel de acolher universitários adventistas de outras cidades é a congregação que se reúne há dez anos no campus da UFSC, em Florianópolis. Em 2001, um grupo que morava próximo a universidade decidiu sair da Igreja Central da cidade, para estabelecer uma igreja numa capela da UFSC – local reservado para aqueles que desejam organizar cerimônias religiosas de qualquer confissão. Hoje, a congregação que conta com 65 pessoas (sendo 20 universitários), espera a aprovação da prefeitura para construir seu templo num terreno vizinho à universidade. Depois de utilizar vários espaços do campus, atualmente a igreja realiza seus cultos de sábado no Centro de Ciências Jurídicas e, às segundafeiras, ao meio-dia, organiza um culto específico para os estudantes. Fábio Scheffel, ex-aluno de Administração da UFSC e membro da igreja, diz que uma das abordagens evangelísticas utilizadas

Contextualização Como você pode perceber, as experiências e lugares podem ser diferentes, mas um dos princípios do evangelismo nos campi seculares é o da contextualização. Sendo assim, ninguém melhor para fazer isso do que os próprios estudantes, que conhecem as pessoas e a realidade em que vivem. E, quando essa iniciativa é acompanhada do apoio da associação e da orientação de um pastor “antenado”, a chance de o ministério frutificar e se consolidar é multiplicada. O líder sul-americano dos jovens adventistas, pastor Areli Barbosa, reconhece que, devido ao grande número de universitários e ao aumento dos campi, nem sempre a Igreja consegue dar a assistência espiritual adequada a todos. Mas ele lembra que o Ministério Jovem tem investido na produção de alguns materiais para universitários e tem incentivado a organização de agremiações estudantis. Areli acredita que esse grupo, por sua formação diferenciada, pode dar uma contribuição

especializada para a missão da igreja. “O mais importante é que cada jovem se conscientize de que pode fazer algo pelos universitários. É só comecar”, desafia o pastor. E aí, você topa? Wendel Lima

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Referências 1 Fonte: Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior do Estado de São Paulo (semesp.org.br). 2 James Kennedy e Jerry Newcombe, E se Jesus não tivesse nascido?(São Paulo: Vida, 2003), p. 75 e 77. 3 Jorge Cláudio Ribeiro, “Os universitários e a transcendência – visão geral, visão local”. In: Rever, São Paulo, n. 2, 2004, p. 115. Disponível em www. pucsp.br/rever/rv2_2004/p_ribeiro.pdf. 4 Ibid., p. 89.

Agremiações Em nível regional, uma das melhores maneiras de os universitários se organizarem para encontrar apoio espiritual e evangelizar é formando associações estudantis. No Brasil, existem 19 grupos desse tipo, que se reúnem para reivindicar seus direitos de liberdade religiosa, participar de projetos sociais, assistir a congressos e celebrar. Uma das mais ativas é a AGUA (Agremiação Gaúcha de Universitários Adventistas – universitariogaucho.com.br), cujos projetos sociais como o Vida por Vidas (vidaporvidas.com) e Galera da Medula são reconhecidos nacional e internacionalmente (galeradamedula.com.br). Uma das agremiações mais novas é a Jumta, organizada em junho, que representa os estudantes de Cuiabá (cliquejovem.com.br). Para incentivar a formação de mais associações, a sede sul-americana da Igreja Adventista lançou neste ano um manual, e no segundo semestre deve colocar no ar o portal universitarios.org.br.

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Hoje, 65 pessoas frequentam a Igreja Adventista do campus da UFSC, em Florianópolis. O projeto começou em 2001

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AGUA: a mais ativa. Idealizadora das campanhas de doação de sangue e medula óssea

Foto: Peshkova / Shutterstock

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Florianópolis

pela congregação é oferecer palestras sobre profecias bíblicas e antitabagistas na semana dedicada aos cursos de extensão da universidade.

Fotos: cortesia dos entrevistados

participação num GEA e o posterior acolhimento da Igreja Central da cidade foi o que facilitou sua adaptação. Ela diz ter encontrado no grupo amizade e apoio espiritual, ao compartilhar vitórias e derrotas com os que sabem o que é estudar num campus secular.


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Por dentro do sistema

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Não há incoerência em criticar a cibercultura e usar as tecnologias

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Foto: Peshkova / Shutterstock

Fotos: cortesia dos entrevistados

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uem acompanha esta coluna da Conexão JA percebe que tenho feito críticas severas à cibercultura. Defendo piamente que a crítica seja adotada por qualquer pessoa que preze sua autonomia. Diga-se de passagem, a autonomia em relação à sociedade deveria ser atitude natural no cristão. Mas, se criticamos a cibercultura, deveríamos nos afastar completamente dela? Organizar uma revolução e quebrar todos os computadores? Ou a solução seria fazer “bom uso” das tecnologias? Vamos analisar algumas dessas ideias. Gosto de chamar de “eremita” a pessoa que quer romper totalmente os laços com a tecnologia. O eremita era aquele sujeito da Idade Média que partia resoluto para o deserto, a fim de viver sozinho e escapar à corrupção mundana. O eremita moderno – ou pós-moderno – seria aquele que, após constatar a tragédia do nosso tempo, decide viver isolado, para não se contaminar com a “impureza do sistema”. O idealismo é até empolgante, porém, o erro é pensar que o uso da máquina o “contamina”. Mas o problema não é tecnológico. Então, talvez a melhor atitude seja simplesmente usar “bem” a tecnologia. Mas não há acordo sobre o que é o bem. Para uns, significa compartilhar conhecimento ou só estreitar relacionamentos. Para nós, cristãos é proclamar o evangelho. Para outros, o bem pode ser muito diferente. Quem coloca e procura lixo na internet, na maioria das vezes, acha que está fazendo algo muito bom, pelo menos para si mesmo. De fato, como a concepção de bem de cada um é diferente, a tecnologia potencializa aquilo que achamos bom, mas também o mal – o “bem” do outro. Por achar que a tecnologia é neutra, essa postura incorre no mesmo erro do eremita que vê a máquina como algo autônomo em relação à sociedade. A diferença é que, para o eremita, ela é essencialmente má. Mas em ambos os casos, é como se as tecnologias fossem criadas por alguns cientistas enfurnados numa sala e o restante das pessoas se encarregasse “apenas” de usá-las. No entanto, as tecnologias são criações que refletem desejos e vontades da própria sociedade. Elas são concebidas para atender as aspirações de determinada época. Criamos tecnologias individualistas na cibercultura porque a cultura ocidental é individualista. Não são Twitter ou Orkut que provocam o individualismo. As redes sociais estão lotadas porque há uma chaga social nas metrópoles. O uso individual pode, claro, ser “bom” ou “mau”, mas focalizar a questão nesse ponto é ignorar a relação da tecnologia com a cultura que deu vida a ela. Por tudo isso, não há jeito certo de agir na cibercultura. E quem está procurando fórmulas prontas quer se eximir da responsabilidade de fazer as próprias escolhas. Mas é preciso notar uma coisa: só é possível criticar a cibercultura a partir de dentro, conhecendo-a e se relacionando com ela. Não é preciso ter o equipamento mais atualizado ou surfar nas últimas tendências, mas é funda-

mental estar atento ao que acontece em volta. Para isso, usar algumas das inovações tecnológicas é crucial. “Criticar e usar” pode parecer uma contradição, mas não é. O crítico da cibercultura usa as tecnologias porque entende que nossos problemas vêm do homem que as criou, e não da máquina em si. Mas, ao mesmo tempo, está vacinado para não cair na ladainha da propaganda que diz que a cibercultura torna o mundo melhor e que a próxima invenção sempre é um “avanço”. Ao contrário, ele sabe que cada nova tecnologia reforça tendências de um mundo caótico. Sabe também que a verdadeira questão não é o uso da tecnologia, mas o que sua criação revela sobre nossa sociedade. Tales Tomaz

É professor de Comunicação Social do Unasp e mestrando em Comunicação e Semiótica na PUC-SP talestomaz@gmail.com

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DIOGO CAVALCANTI

Nome: A palavra Bíblia significa “livros”, em grego. Inspiração: Apesar de ter sido escrita por homens, as Escrituras foram inspiradas por Deus (theopneustos), que significa literalmente “assoprada por Deus” (1Tm 3:16). Línguas: Hebraico (quase todo o Antigo Testamento), aramaico (somente em Daniel 2:4-7:28) e grego koinê ou popular (Novo Testamento).

Apócrifos: São livros judaicos antigos, escritos entre 200 a.C. e 100 d.C., alguns deles incorporados nas Bíblias católicas, mas rejeitados como sagrados por judeus e protestantes. Apesar de alguns serem úteis historicamente, apresentam ensinamentos antibíblicos como feitiçaria (Tobias 6:5-8) e oração aos mortos (2 Macabeus 12:42-46). Pseudepígrafos: São livros de falsa autoria, como 1 e 2 Enoque, escritos entre 200 a.C. e 200 d.C. Foram rejeitados por judeus, protestantes e, em geral, por católicos.

Grafia: O hebraico e o aramaico dos manuscritos bíblicos têm apenas uma forma de escrita, enquanto o grego tem duas: a uncial, com as letras maiúsculas e separadas entre si, e a cursiva, com as letras minúsculas e unidas.

IMPULSIONADA PELA TECNOLOGIA As revoluções tecnológicas que favoreceram a produção e divulgação da Bíblia pelo mundo

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Fenício

(alfabético)

Cuneiformes

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Pergaminho

As mais antigas inscrições foram feitas em pedra e depois passaram aos tabletes de barro. Mais tarde, o mundo conheceu o papiro do Egito, o couro dos pergaminhos e o papel, que foi desenvolvido na China e alcançou tardiamente a Europa, via árabes. Essas mídias, aliadas à invenção da imprensa, permitiram a multiplicação e acúmulo de conhecimento que mais tarde levaria à transformação do mundo e à pregação do evangelho em novas regiões. O chip permitiu a codificação eletrônica da Bíblia, que se espalha em ritmo viral e hoje pode ser baixada em tablets. Vale lembrar que inovações tecnológicas costumam preceder revoluções religiosas. Aonde a revolução atual vai nos levar? Tudo indica que a resposta está em Mateus 24:14.

Papiro

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DO TABLETE AO TABLET

Tablete de barro

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A Bíblia não alcançaria o mundo se tivesse sido escrita em forma de hieróglifos (escrita em forma de desenhos) ou de caracteres cuneiformes, em tábuas de barro. Eram mais difíceis de se aprender e exigiam muito mais espaço. As simples 22 letras da primeira escrita alfabética, desenvolvida na região de Midiã, ao sul da Palestina, permitiram o registro e o acesso à Bíblia. Foi lá onde Moisés aprendeu essa escrita quando fugiu do Egito (Êx 2:15).

Hieróglifos

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DO PICTÓRICO AO ALFABÉTICO


Testemunho de Jesus: Alguns questionam por que os cristãos acreditam na Bíblia, e não no Alcorão ou no Baghavad Gita. Uma resposta para essa pergunta é que seguimos o exemplo de Cristo. Ele acreditava que os livros do Antigo Testamento eram as Escrituras Sagradas (Jo 5:39) e afirmou que elas testificavam dEle (Lc 24:27). O mesmo se aplica ao Novo Testamento (2Pe 3:16). Coerência arqueológica e científica: Diversos locais, personalidades e acontecimentos mencionados na Bíblia foram comprovados pela arqueologia, como a existência de Nabucodonosor, Davi e Pilatos. A Bíblia também tem afirmações científicas, como a de Jó 26:7, sobre o planeta estar suspenso sobre o “vazio”.

Coerência interna: A harmonia dos livros e das doutrinas mostra que a Bíblia teve um só Autor (2Pd 1:21).

Preservação do Novo Testamento: Essa parte apresenta bem mais variantes (alterações de texto) de copistas, mas a comparação com os manuscritos mais antigos ajuda a identificar como era o texto original e a constatar que as mudanças foram periféricas. As variantes geralmente aparecem entre colchetes no texto traduzido (ver Mt 6:13).

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Computador

Livro

Papel

Pergaminho

Fonte: Emilson Reis, Introdução Geral à Bíblia: Como a Bíblia foi escrita e chegou até nós (Engenheiro Coelho, SP: Imprensa Universitária Adventista, 2002).

Preservação do Antigo Testamento: Apesar de ter sido copiada milhares de vezes a mão, a mensagem original da Bíblia foi preservada. Os judeus, especialmente os massoretas (grupo especial de copistas) eram muito meticulosos. Ao fim da cópia de um rolo, eles contavam quantas letras palavras e versos ele tinha. Se faltasse ou sobrasse apenas uma letra, eles jogavam fora todo o rolo e recomeçavam o processo. Por isso, quando foram encontrados os Manuscritos do Mar Morto, em 1947, e comparados com manuscritos mil anos mais antigos, praticamente não havia diferenças.

Tablet

Profecias: Predições bíblicas se cumpriram em todos os detalhes ao longo da história. Entre elas, a sequência de impérios mundiais em Daniel 2 e 7, o tempo da vinda do Messias (Dn 9:24-27), as quedas de Tiro (Ez 26:4-6), Jerusalém (Mt 24:2;15-21) e Babilônia (Is 13:19-22).

Originais: Os livros originais da Bíblia (ou autógrafos) não existem mais. O que temos são cópias muito antigas feitas à mão. Uma das razões para isso é que, além das perdas em guerras e perseguições, os judeus separavam uma sala da sinagoga chamada genizah (“depósito”) para descartar respeitosamente materiais de escrita hebraica e que continham o nome de Deus. Essa prática continua até hoje.

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Por que você pode ter certeza de que a Bíblia é um livro sagrado e verdadeiro?

Ilustração: Thiago Lobo e A.F.C (estátua) – Fotos: Subbotina Anna, Kamira, Ulkastudio, Ayzek, Skyline / Shutterstock

CONFIANÇA TOTAL

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Passamos pela terra dos cangurus e coalas, que sediou as Olimpíadas de 2000 e onde Ellen White morou por cinco anos

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ssa viagem nasceu de uma amizade que começou nos tempos de colégio interno, no Instituto Adventista Paranaense, perto de Maringá, PR. Passados 12 anos, recebi um e-mail do meu velho amigo Marcelo Bussacarini. O convite não poderia ser mais interessante: eu tinha a chance de fazer uma matéria sobre um intercâmbio cristão na Austrália. Depois de meses de preparo, dormindo tarde para acertar os detalhes com o Marcelo pela internet (a diferença de fuso horário entre Sidney e São Paulo é 14 horas), embarquei para o outro lado do mundo.

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Fotos: Tiago Ramos

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Foto: Tiago Ramos

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A VIAGEM Foi um tanto cansativa, ao todo 22 horas de viagem e vários fusos horários. Têm várias opções de voos saindo do aeroporto internacional de São Paulo, todas com escala. As opções de escala são: Argentina/Austrália, Chile/Nova Zelândia/Austrália, África do Sul/Sydney, Emirados Árabes/ Austrália. Em todos os itinerários, o passageiro pode optar em passar uns dias no local de escala. Mas vale lembrar que essa parada pode dar uma boa diferença no valor da passagem e no tempo da viagem. As opções mais baratas

são com parada na Argentina e Chile. Eu escolhi passar em Johanesburgo, África do Sul, na ida e na volta. A Austrália é um país relativamente novo se comparado com outras nações desenvolvidas, tem pouco mais de 300 anos. O país ficou mais conhecido depois das Olimpíadas de Sydney, em 2000. Antes disso, para a maioria dos brasileiros, era um lugar distante, conhecido apenas através dos programas de TV e filmes, e de difícil acesso devido ao custo da viagem. Hoje, as passagens para lá são mais baratas e, se tiver a casa de um amigo para ficar, como eu, melhor ainda.

IGREJA E COALAS Minha primeira gravação foi no Centro de Mídia da Igreja Adventista, na região metropolitana de Sidney, ao lado da sede administrativa da denominação para o Sul do Pacífico (http://adventist.org.au). Toda a produção de TV, rádio, do Ministério Está Escrito, de algumas revistas missionárias e o atendimento da escola bíblica são realizados ali (adventistmedia.com.au). Era meu primeiro dia em Sydney e ainda estava em meia fase, como diz o ditado popular. Mesmo com sono, saí do Centro de Mídia e fui conhecer o Koala Park (koalaparksanctuary.com.au). Não é tão grande, mas é um dos melhores lugares para conhecer o animal que dá nome ao parque. É um bichinho extremamente preguiçoso, que lembra o nosso bicho-preguiça. Além dos coalas, vi cangurus e uns pinguins nativos da Nova Zelândia, que parecem miniaturas de tão pequenos.

Saindo da capital turística australiana segui em direção ao Avondale (avondale. edu.au), um dos campi universitários adventistas espalhados pelo mundo. Um outro amigo, que também não encontrava havia bastante tempo, foi quem me convidou para conhecer o Avondale: Odailson Fialho, mais conhecido como Dada, o que na pronuncia australiana soava “Dáda”. Estudamos juntos no Unasp (unasp. edu.br). Na época, eu cursava Publicidade e Propaganda e ele Teologia. O Avondale é uma universidade centenária, cercada por belas praias e cangurus. Ellen White influenciou sua construção. Nos anos em que a pioneira adventista morou por lá, além da então pequena escola, foi estabelecida uma fábrica de alimentos: a Sanitarium (sanitarium.com.au). Hoje, a Sanitarium é uma importante empresa de alimentos da Austrália (com filial na Nova Zelândia), principalmente por causa dos cereais matinais como o famoso WeetBix. Só para se ter uma ideia, a empresa patrocina a seleção australiana de hugby. Fiquei dois dias no Avondale. No primeiro dia, aproveitei para conhecer a casa em que Ellen White morou e o museu que conta um pouco da história da Oceania. No segundo dia, levantamos de madrugada para tomar umas imagens do nascer do sol em uma praia perto da universidade e depois fui conhecer

Fotos: Tiago Ramos

Foto: Tiago Ramos

os maiores cangurus da Austrália. Eles andam meio encurvados, mas quando se esticam para pegar a comida podem ficar mais altos do que uma pessoa.

TARONGA ZOO E OLIMPIC PARK Bicho é o que não falta na Austrália. É o país que tem os mais peculiares animais de todos os continentes. Na segunda

semana que eu estive por lá, fui conhecer o Taronga Zoo (taronga.org.au/taronga-zoo), um dos mais importantes zoológicos do país. Além da visitação aos animais, o lugar oferece uma vista perfeita do Opera House e da Harbor Bridge, os principais cartões-postais de Sydney. Do zoológico fui conhecer o Olimpic Park. O estádio foi palco das Olímpiadas de 2000 e serve até hoje para a jul-set 2011

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ELLEN WHITE, SURF E CANGURUS

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formação de novos atletas. Infelizmente, não é permitido filmar em todos os lugares. Conheci a piscina olímpica em que o australiano Ian Thorpe ganhou praticamente todas as categorias que disputou e também consegui entrar para filmar o lugar de entrega das medalhas e chegada dos maratonistas. Dentro do estádio olímpico, olhando para aquelas arquibancadas, lembrei das cenas daqueles jogos e do texto bíblico em que o apóstolo Paulo compara a corrida de um atleta à nossa corrida espiritual (1Co 9:24). A segunda semana de gravação foi uma das mais movimentadas, mas descansei no sábado, passando o dia com o pastor André Viera, um brasileiro que cuida de duas igrejas em Sidney (iasdsydney.org). Na Austrália, durante a semana é difícil os adventistas se encontrarem, devido à correria. Por isso, o sábado é o dia em que eles se reúnem para louvar a Deus, comer juntos e se relacionar. No domingo, fomos conhecer as montanhas de Blue Montains e as cavernas de Jenolan Cave. Devido à chuva que caiu neste dia, não foi possível ver as montanhas, só as cavernas, por isso, voltamos mais cedo.

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CORAIS A Austrália tem grande diversidade cultural e geográfica. Tem a cultura cosmopolita de Sydney, os desertos e montanhas com neve do interior do país e as belezas do litoral. Meu último dia de gravação foi na cidade costeira de Cairns. Fui conhecer a maior barreira de corais do mundo, uma forte candidata à lista das sete maravilhas do mundo natural. No clima, a região lembra muito o Brasil, é mais quente do que o restante do país. De toda a viagem, essa foi a parte mais tranquila, deu para descansar e aproveitar um pouco.

YOUTUBE SYMPHONY

Geralmente quando se viaja para um país desenvolvido, você volta um pouco chato, sempre comparando o que vimos com a realidade brasileira. Não quero parecer chato, mas acho que deu para perceber que vale a pena visitar a Austrália. Para quem gosta de natureza exótica e diversificada, cultura cosmopolita e quer aprender sobre a história da Igreja Adventista, fica a dica. Mas, apesar de tudo que vi, os 20 dias que passei na Austrália me fizeram ter muita saudade da minha esposa, meus amigos e meu país. Estava na hora de voltar para casa, porque, é claro, só estava ali de passagem. Tiago Ramos

Publicitário, pós-graduado em Design Gráfico, produtor e apresentador do programa De Passagem da TV Novo Tempo. tiago_r23@hotmail.com

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Visi.stock (foto) e Tele52 (ícones) / Shutterstock

VOLTA PARA CASA

Fotos: Tiago Ramos e Marcelo Bussacarini

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Melhor do que conhecer o Opera House, um dos principais teatros do mundo, foi assistir a uma apresentação singular: o YouTube Symphony. Como o nome já diz, esse é um concerto patrocinado pelo site, em que a orquestra é formada por músicos de todo o mundo que são selecionados a partir de suas perfomances instrumentais postadas no YouTube. O primeiro encontro foi realizado em Nova Yorque, e este ano foi na Austrália. Mais de 23 milhões de pessoas acompanharam a transmissão do evento, que teve um brasileiro participando: Paulo Calligopoulos.


Seja dono do próprio nariz

Tenha conhecimento sobre o mercado que deseja atuar. Quando se conhece o assunto, fica mais fácil negociar. É preciso gostar da área de atuação.

Visi.stock (foto) e Tele52 (ícones) / Shutterstock

Fotos: Tiago Ramos e Marcelo Bussacarini

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o mercado de trabalho há dois grupos: os que mandam e os que obedecem. Você, certamente, faz ou fará parte de algum deles. E é exatamente o desejo de mudar do segundo para o primeiro grupo que tem levado muita gente a abrir o próprio negócio. Só que existe um problema: 90% das escolas do Brasil preparam os alunos apenas para fazer o vestibular, ter uma carteira assinada e ser subordinado. Poucas são as instituições de ensino que estimulam os estudantes a empreender, ou seja, essas escolas não formam profissionais capazes de inovar, avaliar oportunidades de negócio e promover o desenvolvimento econômico e social. O curioso é que, em números absolutos, em 2010, 21 milhões de brasileiros foram classificados como empreendedores em estágio inicial, uma taxa de 17,5% da população adulta, ficando atrás apenas da China, segundo dados da Global Entrepreneurship Monitor (GEM). Por outro lado, de acordo com o IBGE, de cada cem empresas abertas no País, 24 chegam a falir um ano depois de inauguradas. Aqui está o “X” da questão. Boa parte das pessoas abre um negócio motivado pela emoção, isto é, está chateado com o

chefe e quer pedir demissão, tem problemas no mercado por questões religiosas, não consegue parar em nenhum emprego, muito menos passar em um concurso público, o salário é pouco e precisa conseguir uma renda extra, entre outros pontos. Não que esses motivos sejam insuficientes, mas não podem ser os únicos. Segundo o especialista em planejamento estratégico, o administrador Luiz Alberto Ferla, para que a empresa não acabe precocemente é necessário tomar alguns cuidados antes de iniciá-la. “É preciso ter um bom plano de negócio. Além disso, a pessoa deve ter conhecimento sobre o mercado que deseja atuar, verba para investir, estar disposto a correr riscos e ter tempo para se dedicar ao empreendimento”, orienta. Quem fez isso e se deu muito bem foi Samuel Machado Albino, ou como nós o chamamos, Samuca. Ele chegou a vender cachorro-quente na praia. Depois resolveu abrir a Pastelonça, com pastéis gigantes e bem recheados, que têm entre 35 e 40 centímetros de comprimento e mais de 50 sabores. E deu tão certo que, em 2008, recebeu o prêmio da revista Veja de melhor pastelaria do Espírito Santo. E olha que, como adventista, ele não abre as lojas aos sábados. Sim, “as lojas”, pois agora o Samuca tem uma rede de pastelarias. E aí, sentiu-se motivado para abrir o próprio negócio? Então, antes confira algumas dicas ao lado do especialista no assunto, Luiz Alberto Ferla. Cristiano Stefenoni

Jornalista, consultor de carreiras e autor do livro Profissional de Sucesso (CPB). c.stefenoni@hotmail.com

Veja se há procura pelo produto que irá oferecer. Faça uma consulta prévia com alguns moradores para estar seguro de que esse tipo de negócio é bem vindo na região.

Esteja preparado para bancar o negócio e não ter lucro no início. É fundamental ter capital de giro e um fundo de reserva. E avalie os riscos.

Tenha tempo suficiente para se dedicar ao novo negócio. Abrir uma empresa, geralmente, exige bastante dedicação.

Precisa de empréstimo? O melhor é iniciar sem dívidas. Quando isso não é possível, planeje para que o pagamento do empréstimo não ultrapasse os lucros esperados pela empresa. Visite o site do Sebrae: www.sebrae.com.br.

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Avalie se vale a pena abrir seu negócio

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m 1980, o Instituto de Ministérios da Igreja da Andrews University (EUA) realizou uma pesquisa comparando hábitos de adventistas que leem regularmente os livros de Ellen White com os daqueles que não o fazem.1 O primei20

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ro grupo apresentou um perfil espiritual bem diferente. Esses leitores tinham mais certeza de sua situação diante de Deus e identificavam seus dons espirituais com mais facilidade. Estavam mais dispostos a se envolver com o evangelis-

mo público e com projetos missionários locais. Sentiam-se mais bem preparados para testemunhar e participavam mais de ações comunitárias. Eram mais inclinados a estudar a Bíblia diariamente, a orar em favor das pessoas, a se reunir em

Fotos: Tiago Ramos

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Ilustração: Jocard – Foto: A.F.C

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Ellen White na linguagem de hoje

Nova versão dos livros da profetisa deve tornar mais clara e popularizar sua mensagem escrita há um século


Fotos: Tiago Ramos

Ilustração: Jocard – Foto: A.F.C

Mudança autorizada A barreira da linguagem na compreensão dos textos inspirados não é nova. Aparentemente, o livro de Neemias oferece um exemplo antigo desse problema. Depois que os israelitas passaram várias décadas cativos em Babilônia, pouco se lembravam do idioma tradicional dos livros de Moisés. Por isso, “o sacerdote Esdras trouxe a Lei diante da assembleia”. Ele e os demais sacerdotes “leram o Livro da Lei de Deus, interpretando-o e explicando-o, a fim de que o povo entendesse o que estava sendo lido” (Ne 8:2, 8, NVI). Isso significava traduzir do hebraico para o aramaico, língua mais familiar ao povo. Ainda no tempo de Ellen White, alguns leitores tinham dificuldade para entender seus livros mais extensos e elaborados. Quando Edson White, um dos filhos de Ellen, estava trabalhando como missionário no Sul dos Estados Unidos, enfrentou essa realidade. Muitos dos escravos libertos e seus descendentes tiveram pouca oportunidade de obter uma educação de qualidade. Os livros de sua mãe continham mensagens interessantes, mas eram difíceis de ser compreendidos pelos novos leitores. Então

PARA TODO MUNDO LER Como isso ficaria na Bíblia? Um bom exemplo de tradução, adaptação e paráfrase da Bíblia pode ser visto no conhecido texto de Salmos 91:1 e 2:

Tradução: “O que habita no esconderijo do Altíssimo e descansa à sombra do Onipotente diz ao Senhor: Meu refúgio e meu baluarte, Deus meu, em quem confio” (ARA).

Adaptação: “Aquele que habita no abrigo do Altíssimo e descansa à sombra do Todopoderoso pode dizer ao Senhor: ‘Tu és o meu refúgio e a minha fortaleza, o meu Deus, em quem confio’” (NVI).

Paráfrase: “Quem vive protegido pelo grande Deus, guardado pelo Todo-poderoso, pode dizer ao Senhor: ‘Tu és a minha proteção, a minha fortaleza. Tu és o meu Deus, eu confio em Ti’” (Bíblia Viva).

Como isso ficaria em Ellen White? Comparação entre duas edições de O Grande Conflito

Tradução: “Se os homens tão-somente tomassem a Bíblia como é, realizar-se-ia uma obra que traria para o redil de Cristo milhares que ora se acham vagueando em erro. Muitas porções das Escrituras, que homens doutos declaram não ser importantes, estão cheias de conforto para aquele que tem sido ensinado na escola de Cristo” (O Grande Conflito, p. 261).

Adaptação: “Se as pessoas apenas tomassem a Bíblia como é, seria realizada uma tarefa que levaria para o caminho de Cristo milhares que agora estão no erro. Muitas partes da Bíblia, que eruditos declaram não ser importantes, estão cheias de conforto para aquele que aprende com Cristo” (A Grande Esperança, p. 56)

Tradução: “Ali, mentes imortais contemplarão, com deleite que jamais se fatigará, as maravilhas do poder criador, os mistérios do amor redentor. Todas as faculdades se desenvolverão, todas as capacidades serão ampliadas. A aquisição de conhecimentos não esgotará as energias. Os mais grandiosos empreendimentos poderão ser executados, alcançadas as mais elevadas aspirações, realizadas as mais altas ambições. E surgirão ainda novas alturas a atingir, novas maravilhas a admirar, novas verdades a compreender, novos objetivos a aguçar as faculdades da mente e do corpo” (O Grande Conflito, p. 293)

Adaptação: “Ali, com alegria que jamais se cansará, mentes imortais contemplarão as maravilhas do poder criador, os mistérios do amor que salva. Todas as habilidades serão desenvolvidas, todas as capacidades serão ampliadas. Adquirir conhecimento não esgotará as energias. Os mais grandiosos empreendimentos poderão ser executados, alcançadas as mais elevadas aspirações, realizadas as mais altas ambições. E surgirão ainda novas alturas a atingir, novas maravilhas a admirar, novas verdades a compreender, novos objetivos a despertar as habilidades da mente e do corpo” (A Grande Esperança, p. 104 e 105). jul-set 2011

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grupos de comunhão e a realizar o culto familiar diário. Eles viam sua igreja com olhos mais positivos e se sentiam mais responsáveis em testemunhar. O fato é que, mesmo com tantos benefícios decorrentes da leitura dos escritos de Ellen White, é grande o número de adventistas que não leem seus livros (veja box “Ellen White é pop?”). Várias razões podem ser apresentadas para esse fenômeno, mas uma é bem clara: a barreira da linguagem. Ellen White escreveu entre 1844 e 1915, e a maior parte de seus livros em português foi traduzida entre as décadas de 1950 e 1970. Embora ela utilizasse uma linguagem relativamente simples e clara para aquela época, as mesmas palavras soam antiquadas para os leitores de hoje.

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Upgrade Recentemente, a revista Adventist World publicou um artigo sobre novas edições dos livros de Ellen White.2 Nos últimos dez anos, têm sido lançadas várias paráfrases e adaptações de livros nos Estados Unidos. Nas paráfrases, a linguagem é totalmente reformulada. As mesmas ideias básicas são expressas através de linguagem contemporânea. Já as adaptações utilizam muito do vocabulário do autor original, mas evitando-se frases complexas e palavras desconhecidas para os leitores em geral. As paráfrases produzidas nos Estados Unidos incluem A Call to Stand Apart, uma nova compilação para jovens; Messiah, baseado no livro O Desejado de Todas as Nações; e Blessings, paráfrase de O Maior Discurso de Cristo. Além disso, os livros Educação e A Ciência do Bom Viver tiveram apenas a linguagem adaptada. Os adolescentes terão uma versão condensada e atualizada da série Conflito, formada pelos livros Patriarcas e Profetas, Profetas e Reis, O Desejado de Todas as Nações, Atos dos Apóstolos e O Grande Conflito. Com isso, a leitura dos clássicos de Ellen White se tornará mais prazerosa. 22

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Trabalho semelhante é desenvolvido com as traduções da Bíblia. A Almeida Revista e Atualizada (ARA), por exemplo, é uma tradução que segue o texto original mais ao pé da letra. A Bíblia Viva, por outro lado, é uma paráfrase. A Nova Versão Internacional (NVI) é um meio-termo entre essas, considerada uma adaptação (veja o box “Para todo mundo ler”). As adaptações que estão sendo desenvolvidas no Brasil se assemelham mais a esta última versão da Bíblia. É verdade que alguns são resistentes a mudar a linguagem dos textos inspirados. Esse grupo argumenta que a tradução, por si só, já é uma interpretação. Logo, no caso da adaptação, e mais ainda da paráfrase, a intervenção dos editores é muito grande, correndo-se assim um risco maior de se distorcer a mensagem original. Essa preocupação é válida, mas não diminui o mérito das adaptações. Cabe ao leitor saber as diferenças entre as versões e, em caso de dúvida, compará-las para identificar qual texto é mais próximo do sentido original. Na Casa Publicadora Brasileira, nos últimos anos, tem se procurado melhorar a linguagem dos livros de Ellen White oriundos das traduções mais antigas. Os livros distribuídos em 2008 no projeto Conectando com Jesus (www. portaladventista.org/conectandocomjesus), por exemplo, possuem uma linguagem mais clara que as edições an-

teriores. Mas, a partir deste ano, está sendo realizada uma atualização mais profunda da linguagem. É importante observar, no entanto, que isso não consiste em paráfrases, e sim adaptações. Nesse caso, é mantida cada ideia que aparece no texto original. A primeira obra lançada nessa nova proposta é A Grande Esperança, o livro missionário para 2012, que consiste numa seleção de 11 capítulos de O Grande Conflito condensado. E para daqui alguns meses está previsto o lançamento de O Grande Conflito condensado e O Desejado de Todas as Nações. As adaptações nunca substituirão os volumes originais, tanto da Bíblia como dos escritos de Ellen White. As adaptações, porém, estão suprindo uma necessidade que irá complementar e chamar a atenção para a obra original. Elas são, na verdade, um lembrete de que nesses escritos há um tesouro que não podemos perder. Assim, poderão, pela graça de Deus, ajudar as novas gerações a conhecer e apreciar as obras que abençoaram milhões de pessoas. Referências 1 Veja Roger L. Dudley e Des Cummings Jr., “Quem lê Ellen G. White?”, Ministério, julho-agosto de 1984, p. 4-6. 2 Veja William Fagal, “Adaptação dos escritos de Ellen White”, Adventist World, maio de 2011, p. 22 e 23 (http://portuguese.adventistworld.org).

Matheus Cardoso

Editor associado

ELLEN WHITE É POP?

57,7% 41,2%

costumam ler costumam não ler

É o que mostram as respostas sobre hábitos de leitura dos escritos de Ellen White apresentadas pela Pesquisa Ministério Jovem 2008, que entrevistou cerca de 23.700 jovens entre 14 e 30 anos de idade em 2.094 igrejas adventistas brasileiras. O estudo foi encomendado pela sede sul-americana da Igreja Adventista, tendo como coordenador-técnico o Dr. Thadeu J. Silva Filho, sociólogo.

Foto: Stockxpert (fundo) e coretesia do entrevistado

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ele pediu permissão para produzir o que se tornou a primeira adaptação de um livro da profetisa. Em resposta, Ellen White escreveu: “Edson, você tem liberdade para selecionar entre meus escritos o que for necessário para os folhetos e livretos com linguagem simplificada publicados no Sul. Enviaremos a você alguns artigos sobre a infância de Jesus que talvez o ajudem. (...) Você será capaz de simplificar [os textos], por si mesmo, da melhor maneira. (...) Você saberá quanto o texto deve ser simplificado, para que a verdade seja compreendida, e que porções do texto selecionar” (The Publishing Ministry, p. 209). Em resultado disso, em 1896, Edson publicou o livro Christ Our Saviour [Cristo, nosso Salvador], traduzido para o português como Vida de Jesus.


Silêncio Para muitos é sinônimo de tranquilidade, mas para um casal surdo é oportunidade ouglas Silva, 24, é natural de Campinas, SP. Karen Sanches, 27, nasceu em Maringá, PR. Além das alianças, o que une esse casal é a vontade e capacidade de evangelizar uma “etnia”: os surdos. Para isso, eles deixaram a segurança do emprego estável e de uma formação acadêmica já concluída, para estudar Teologia na Faculdade Adventista da Amazônia, em Benevides, PA (faama.edu.br). Douglas trabalhou por três anos na Pfizer, multinacional farmacêutica, foi professor da Escola Sabatina e presidente do ministério dos surdos adventistas do Brasil. Karen liderava o ministério dos surdos em Maringá e trabalhava como instrutora de Libras na Anpacin, escola para surdos. Douglas fez até o segundo ano de Farmácia e Bioquímica e Karen é formada em Letras e pós-graduada em Educação Especial e Libras.

Foto: Stockxpert (fundo) e coretesia do entrevistado

O chamado Douglas sonha em ser o primeiro pastor adventista surdo da América do Sul e inspirar outros a também abraçar a carreira ministerial. Segundo ele, existem 300 milhões de deficientes auditivos no mundo, e apenas 5% são cristãos. No Brasil, estima-se que 2% a 3% da população sejam surdos. A convicção de que deveria dedicar sua vida à missão nasceu de uma conversa com o pastor Davi Tavares, coordenador do curso de Teologia da Faama, num dos encontros do Gospel Outreach, ministério de apoio da Igreja Adventista que envia missionários para a chamada Janela 10/40 (região do mundo com o menor número de cristãos). Nesse encontro, Douglas e Karen foram apresentados como uma promessa para o ministério para surdos na América do Sul. Apesar de ter encontrado boa estrutura e ambiente acolhedor na Faama, Karen reconhece que mudar para o Norte

do Brasil não foi uma adaptação fácil. Essa adaptação também desafia os professores e colegas de sala do Douglas, que conta com um tradutor ao seu lado para tirar dúvidas.

Planos Depois de formado, o plano de Douglas é multiplicar o número de pessoas que desejam trabalhar nesse ministério. Ele pretende inspirar outros surdos a cursar Teologia e orientar mais igrejas a implementar o evangelismo para deficientes auditivos. Assim como Douglas, a Faama tem recebido outros alunos com potencial para realizar trabalhos específicos, como dois estudantes indígenas, um norte-americano e alguns africanos. Para realizar seus sonhos, Douglas conta com a colaboração de uma esposa missionária. Karen foi quem ensinou a Bíblia para Aline Feza, batizada na programação do evangelismo via satélite realizado pelo pastor Luís Gonçalves, em Maringá, no fim do ano passado. “A insuficiência não nos impede de ir a toda tribo, povo e nação, proclamar a mensagem adventista em nossa língua específica que é o gesto”, conclui Douglas.

Todos precisam ouvir

Apesar dos grandes desafios, o ministério para surdos no Brasil já soma várias conquistas. Os interessados pelo tema já realizaram vários encontros e mantêm o portal (surdosadventistas.org.br) que pretende integrar os quase 60 ministérios espalhados pelo País. Destaque para o trabalho realizado no Rio de Janeiro, Brasília, Salvador, Maringá, São Paulo e Hortolândia, SP. Estima-se que 500 surdos sejam membros da Igreja Adventista no Brasil

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História relatada a Márcio Araújo, assessor de imprensa da Faama marcioaraujo.iasd@hotmail.com

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A IV T C E P S R E P OUTRA

não de dra téc mú po

ção. interpretam o drama da salva s ele , de da rie se e r mo hu m Co tério que faz da encenação um minis Conheça um grupo de amigos

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equipe já teve Ao longo desses seis anos, a As ja? igre na ção tiza ma dra ação, mas de fala em algumas alterações na sua form o que você lembra quando se eia estr sua a uel daq r pode se recorda m. Depois de forma geral a base se manté respostas podem variar. Você a infantil atin Sab ola Esc da ado sáb eiro Coelho, terceiro se reunir no Unasp, em Engenh numa apresentação de décimo al. nav Car de o ent am mp ponentes o jovem num aca SP – campus em que os com ou de sua participação no cult imento técnico, de hec con de , aio ens sil agora de Bra a as falt estudavam – o Perspectiv Em algunas casos, quando há s ruídos de ado ger são , nto tale de o endências do , bem com recebe o apoio e utiliza as dep figurino e cenário adequados . ção nta ese apr da al iritu para os ensaios. tem o impacto esp Unasp, campus Hortolândia, comunicação que comprome em es açõ situ ras me po acumulou bém se lembrar de inú Nesse período também, o gru Por outro lado, é fácil você tam algo em etir refl o-o end faz e, ent s eventos m profundam várias apresentações em grande que dramatizações lhe tocara de i por cam no da liza rea o do que aquela encenação inacionais, como no lançament que vale a pena. A verdade é sso de jovens denom gre con do nto me asp, erra Un enc do no em Natal, CD Eu Acredito do Coral Jov desbravadores, na cantata de ão. serm ou sica mú a um nto s do Prisma rcado tanto qua na gravação do DVD de 25 ano ou da vigília pode ter nos ma da TV Brasil, na transmissão da vigília versário do Instituto Versão brasileira evangelístico, Novo Tempo, no ani ial enc pot nde gra um tem tização e no musical Conscientes de que a drama Adventista Paranaense (IAP) sil Bra as ctiv spe Per po gru zar, em 2005, o esentado no oito amigos decidiram organi Igreja – A Paixão de Deus, apr foi inspirado icas cên s arte de rio isté min e (perspectivasbrasil.com.br). Ess Credicard Hall, em São Paulo. d Adventista del Plata. Isielson sida iver Un da e nom smo me num grupo de na Argentina, tupiniquim, estudou um ano Seriedade Miranda, idealizador do grupo sil, ele escolheu os Bra as ao ta vol De no. ma her rio Para quem já riu e refletiu com quando participou do ministé do rgia sine da os red sil talvez seg Bra as dos ctiv um é igos. Esse apresentações do Perspe componentes a dedo: seus am alho. grupo e continuidade do trab

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Fotos: Cortesia do Grupo

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esso do grupo é fruto amizade e descontração, o suc não imagine que, mais do que ipe fez um curso de va disso é que boa parte da equ Pro do. estu e aio ens , ção ora de s a conceitos e lo. Lá, eles foram introduzido Pau São em tes ian inic a par dramatização gador estuda oratória e um Para eles, assim como um pre técnicas sobre improvisação. ais – quem testemunha er técnicas vocais e instrument end apr a par po tem ta gas músico e se dedicar a sua arte. por meio das artes cênicas dev grupo em divulgar fica evidente no interesse do A seriedade do trabalho também tas, um pequeno varam um DVD com peças cur gra Eles . icas cên s arte de rio o ministé Miranda explicam a origem e qual os irmãos Isielson e Isiel . sermão e uma entrevista, na o box “Sua turma em cena”) organizar um ministério (veja o com bem po, gru do ória alta hist ngelística. O grupo ress al, serve como ferramenta eva O material, além de promocion stados da igreja. no resgate de vários jovens afa que esse ministério já resultou as, é iniciado com uma e, que costuma durar três hor trup da l ana sem aio ens o Tod impacto espiritual do que que mais do que técnicas, o reflexão espiritual. Eles sabem dos cuidados tomados pelo ão individual e coletiva. Um fazem depende da consagraç ar uma cena de alguém ação. “Se temos que fisicaliz aliz fisic na os ess exc os com grupo é seja apologética ou para que essa fisicalização não drogado, temos muito cuidado sualidade nas cenas”, ado para evitar também a sen cuid ito mu ciso pre É iva. ess exc o: “O humor tem or, eles seguem outro princípi hum do uso ao o ant Qu . lson explica Isie o com propósito: deixar uma pessoas, mas deve ser utilizad o poder incrível de ‘abrir’ as orienta. mensagem mais profunda”,

Para saber + www.onetimeblind.com Semana de oração via satélite para hispanos

Apresentação em Tatuí

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Oficina de dramatização em maio

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Fotos: Rithielle Mareca (apresentaçã

Fotos: Cortesia do Grupo

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Sua turma em cena

igreja: istério de artes cênicas na sua Dicas para implementar o min to. San írito Esp do cheio de si, mas Ore. Para não entrar em cena ão. icaç ded e exig tar vida, interpre Tenha vontade. Como tudo na para uma missão. rio surge de um dom e é usado isté min o Tod o. mad cha Tenha um icionamentos. Isso pos e iais as as idades, classes soc tod de s soa pes Com se. ver Con o público. e criará mais sensibilidade com quebrará seus preconceitos a. a funcion Líder. Não se iluda, sem um nad i muita gente, mas visibilidade, esse ministério atra da sa cau Por . ade ilid Responsab hor. mel o á sempre o mais capaz ser observe quem tem foco. E nem o figurino, iluminação, m de pessoas para ajudar com cisa pre ês Equipe de apoio. Voc agenda e som. r e hora. Ensaio. Sempre no mesmo luga ceitos. con Estude. Aprenda técnicas e Wendel Lima

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Historica teatro com ressa o lhado tem visto o tem desaconse e ã ç o a tr a in m te o den las de cia às sa a arte em s n s ê e u d q e o s fr u a o a to n a qu specto, orientado mações. Nesse a vem ra de suas prog a que as mesmas nismo, lt a ic s s ib o ex io mas re aridade e bém para lg u v a r a evit o tam adequad sumo, conselho regadores. Em re e em p art e a s o ra músic ão pa a proibiç to ao seu uso. m u á h o nã uan uidados q si, mas c ta, a Adventis em Revist ponível em erto Timm Dis Fonte: Alb de 1996, p. 8 e 9. ta.com.br setembro ww.revistaadventis w

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se apresentar no culto Tatuí, SP, em maio, além de à sil Bra as ctiv spe Per do ta Na visi workshop para 30 pessoas. nderley, o grupo realizou um jovem da Igreja do Jardim Wa ória do teatro, e sua vemente sobre a origem e hist bre u falo lson Isie , ina ofic Na ta na catequização dos sil, pelo padre José de Anchie Bra no e usiv incl sa, gio reli utilização tro (ator, texto e público) os elementos essenciais do tea índios. Isielson também definiu conhecidos da arte. e descreveu os gêneros mais tro é a observação, olhar enderam que a essência do tea Os interessados pelo tema apr uma ferramenta eficiente de intenso. E que a arte cênica é com atenção para descobrir algo uliaridades se mostram anda ideológica. Todas essas pec pag pro de e s tido sen dos lo estímu ica, compartilhando valores desejam fazer bom uso da técn interessantes para aqueles que tempos: a história da salvação. e o melhor roteiro de todos os

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Carlos Souza / Imagem: Shutterstock / Promoção válida até 12/08/11

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Quando a

Diversão vira

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Ilustrações: Ranker / Shutterstock

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duardo Tzeciuk Filho competiu com skate durante seis anos, e chegou a ficar entre os cinco melhores amadores do Brasil. Ele nutre uma paixão pelo esporte radical inventado na Califórnia, no início da década de 1960, por surfistas que queriam adrenalina também no asfalto. Foi por causa da vontade de fazer do esporte e hobby sua missão, que Eduardo começou a organizar encontros de skatistas na região central de Curitiba, em janeiro de 2010. “Quando chamei meus amigos da igreja para participar do encontro, eles trouxeram mais convidados, e o grupo foi crescendo e se fortalecendo”, recorda Eduardo, popularmente conhecido como Orelha.

E o trabalho, chamado de Quinta Radical, tornou-se um ministério da Igreja Adventista Central de Curitiba, liderado espiritualmente pelo pastor dos jovens, Felipe Masotti. Tudo que os jovens precisavam era de um espaço para realizar suas manobras radicais, sem o perigo do trânsito da cidade, por isso, o estacionamento e ginásio do Colégio Adventista do Bom Retiro foram transformados em território da galera do skate. “Sempre iniciamos com uma mensagem espiritual, de forma descontraída, falando a linguagem deles e assuntos de interesse deles. Mesmo durante a prática do esporte, sempre há espaço para conversas sobre temas espirituais”, conta o pastor.

Emocionado, Orelha lembra que o amigo Williams Selzelin Braga foi um dos responsáveis por ele abraçar a fé adventista: “Quando competia aos sábados, eu o convidava para assistir e ele sempre me falava sobre a santidade do dia, aconselhando-me a ser fiel a Deus.” Hoje é Orelha que usa o esporte para ajudar espiritualmente o amigo. Carlos César Ferreti Filho é um exemplo do alcance missionário do trabalho. Num contato profissional, sua mãe conheceu Darlene Schlemper Corrêa, esposa de Orelha. Por causa disso, César passou a participar dos encontros esportivos e outras reuniões sociais da igreja, como o retiro espiritual no Carnaval. jul-set 2011

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Pista de skate, motoclube e escolinha de futebol. Conheça as iniciativas que transformaram opções de lazer em projetos sociais e missionários

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próxima aos outros membros”, aposta. “Decidi mudar totalmente, e isso não foi difícil”, completa. Fundado não apenas com o propósito de compartilhar o gosto pela aventura nas estradas, o motoclube Esperança, nome escolhido pelo grupo, busca ser um braço para apoiar a igreja em suas atividades, principalmente em localidades que têm pouca ou nenhuma presença adventista. E Luana é o primeiro resultado do trabalho da equipe, que hoje já conta com 50 pessoas.

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Primeira missão

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Nas duas cidades que visitaram em sua primeira “missão”, Tunas do Paraná e Adrianópolis, não só os motociclistas, mas aqueles que fizeram parcerias com eles, já perceberam que a ideia pode muito bem Williams e Orelha: skate e fé contribuir para que outras pessoas desejem estudar a Bíblia. Com a ajuda dos membros da igreja, que não soSobre duas rodas Foi um anúncio veiculado na rádio No- mam mais do que 60 pessoas nas duas localidades, foram distribuídos 1.050 livros. vo Tempo de Curitiba no fim de março deste ano que mudou os planos da estuE quem estava de moto, é claro, foi dante Luana Soares de Aquino, 27 anos. enviado para os lugares mais distantes, Ao saber que a emissora estava convidan- incluindo sítios e fazendas. “Com o núdo pessoas para ingressar num motoclu- mero de membros que temos, iríamos be, Luana teve seu interesse despertado. fazer a distribuição em várias etapas, e Apaixonada por duas rodas, ela também isso ia demorar quase um mês. Em quatro viu no motoclube uma chance de se rea- anos nunca tive uma ajuda tão abranproximar da igreja, a qual não frequenta- gente quanto essa”, comemora o pastor va havia seis anos. César Maciel da Rosa, que coordena as Duas semanas depois, Luana já estava atividades nos dois municípios. na estrada com outros 13 motociclistas A iniciativa de fundar o motoclube parque rodaram mais de 260 quilômetros tiu do pastor Jonas Wendrechovski, locupara ajudar fiéis da Igreja Adventista tor da rádio Novo Tempo de Curitiba, que de duas pequenas cidades do interior paranaense a distribuir exemplares do livro Ainda Existe Esperança. Naquela altura, ela já tinha deixado seu emprego para não trabalhar aos sábados e já não frequentava mais as aulas nas sextas à noite. E para completar, havia recrutado o padrasto e um vizinho para encarar o asfalto. “Acredito que essa atividade vai Pastor Jonas e a turma do asfalto. O motoclube me fortalecer muito. E isso vai me ajutem o apoio da rádio Novo Tempo de Curitiba dar a participar de alguma coisa e estar 28

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Luana: motoclube e retorno para a igreja

teve o insight de mesclar um hobby com uma atividade missionária. “A ideia era juntar quem tem a paixão por andar em duas rodas, o que dá um senso de liberdade, para falar de Jesus e da experiência de viver segundo a ‘lei da liberdade’, como diz Tiago 2:12”, explica. “Queremos que a igreja se torne conhecida por meio desse movimento”, ele projeta. O grupo de motociclistas da Igreja de Jardim das Américas, também em Curitiba, está empolgado com os resultados do motoclube promovido pela rádio Novo Tempo. Os jovens de lá também decidiram fazer dessa paixão sua missão. Embora seja mais antigo que o da rádio, as atividades dos jovens se restringiam a viagens e passeios. O nome do grupo saiu de uma brincadeira: Gorgomilos Sagazes, mas, de acordo com o fundador Lincoln Artndt, a partir de agora a aventura é coisa séria. “Isso vai ser um motivo ainda maior para nos encontrarmos, porque vamos curtir nosso hobby, estar entre amigos e pregar a mensagem”, diz Lincoln, que leva na garupa a motoqueira Bruna Arndt, sua esposa.

Fotos: Cortesia dos Entrevistados

Hoje, César estuda a Bíblia com outro jovem. “Isso mostra a importância de reunir os jovens em atividades que eles gostam de fazer e como estas podem se tornar oportunidades evangelísticas”, explica o pastor Masotti. No fim do ano passado e início deste, os encontros foram suspensos por causa das construções na escola, mas retornou tão logo foi possível atendendo aos pedidos do grupo.


Fotos: Cortesia dos Entrevistados

Gol de placa Cravada num território geograficamente pequeno, mas populacionalmente muito denso, a Associação Paulista Leste tem o desafio de pregar o evangelho em bairros paulistanos em que as carências sociais saltam aos olhos. É por causa desse contexto, que a sede administrativa decidiu apoiar a Ação Solidária Adventista (www.asaapl.org.br) na implementação do projeto Gol de Esperança, inciativa que nasceu no coração dos pastores Jair Miranda e Carlos Alberto Batista da Silva. A ideia é fazer da escolinha de futebol gratuita um caminho para a ascensão social da comunidade e uma ponte evangelística que ligue a igreja às famílias assistidas. Para Jair e Carlos Alberto, o esporte faz parte da vida. Jair tem formação em educação fisica, foi jogador do Treze Futebol Clube e realizou em João Pessoa, PB, um projeto semelhante ao Gol de Esperança. Carlos Alberto também conhece bem a vida de concentração e atuação nas quatro linhas. Foi campeão mundial pelo São Paulo, em 1992, e vestiu a camisa do Santos, Paraná Clube e Bragantino. Agora, jogando em outro time, os dois querem ajudar garotos pobres a olhar a vida com outra perspectiva. Pablo Oliveira Cardoso, 15 anos, é o típico adolescente que procura o projeto. Com fome de bola, ele só pensa em ser jogador profissional. Apesar de sorrir positivamente quando perguntado se vê os colegas de rua e escola como concorrentes, ele torce para que todos consigam um lugar ao sol. Rosemeire Santana dos Anjos, encarregada de limpeza, tem o perfil das mães que se interessam pelo projeto. Há 11

Nova perspectiva Os líderes do projeto sabem que a maioria dos garotos atendidos pelo Gol de Esperança não vai ter como profissão o futebol. Por isso, não querem se limitar as atividades das quatro linhas. A proposta do Gol de Esperança é unir esporte, reforço escolar, orientação familiar, geração de renda e ensino da Bíblia. Ao adolescente se inscrever, ele passa por uma avaliação física para identificar suas potencialidades funcionais, características anatômicas e composição corporal. Caso apareçam anormalidades, ele é encaminhado para exame clínico com especialista da área médica. Os meninos também passam por avaliação psicológica, a fim de se identificar possíveis traumas. Em seguida, ele começa a fazer treinos físicos e táticos de futebol de campo. Os pais são estimulados a participar semanalmente de uma reunião que tratam de saúde preventiva, educação de filhos e planejamento familiar. Em breve,

o projeto deve oferecer oficinas profissionalizantes, para que as famílias “não apenas recebam o peixe, mas aprendam a pescar”. Os pais também são obrigados a acompanhar e informar o desempenho e a frequência escolar dos filhos. E caso o garoto tenha dificuldade nos estudos, são dadas aulas de reforço. A ponte do projeto para a igreja se dá através da integração da garotada no Clube de Desbravadores – por isso a escolinha atende apenas meninos de 10 a 16 anos – e da visita regular de um instrutor bíblico, que oferece suporte espiritual às famílias. Hoje, o Gol de Esperança tem dois núcleos, cada um atendendo 90 garotos. Com o apoio da Prefeitura Municipal de São Paulo, que cede professores de educação física e as quadras para a prática do futebol, os organizadores pretendem chegar a seis núcleos até o fim do ano. Para o pastor Jair Miranda, as igrejas adventistas devem se despertar para iniciativas como essa que, segundo ele, alcançam pessoas que dificilmente visitariam nossos templos e se interessariam por nossa abordagem tradicional. Fazendo alusão à encarnação de Cristo, que vestiu a pele humana para salvar a humanidade, ele conclui: “Já passou da hora de quebrarmos alguns paradigmas e sair do casulo. Não estou dizendo que não fazemos isso, mas podemos avançar mais. A igreja precisa interagir com a comunidade, ir onde as pessoas estão.” Jefferson Paradello e Francis Matos, assessores

de imprensa da Igreja Adventista em Curitiba.

Thiago Campossano, assessor de imprensa da Igreja Adventista em São Paulo.

Projeto Gol de Esperança quer transformar a fome de bola da garotada em ascenção social

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Pastores Jair e Carlos Alberto: trocaram as quatro linhas por outro campo

anos ela deixou a Bahia para tentar a vida na cidade grande. Tem cinco filhos, em escadinha, os quais cria sozinha. Um deles, de 14 anos, está envolvido com drogas. No dia 14 de maio, ela foi à inauguração do Gol de Esperança do bairro União de Vila Nova, na Zona Leste, para inscrever três filhos: Washington, Lincoln e Jailton. O desejo da mãe é que os meninos sigam caminho diferente do irmão dependente químico. Por isso, ela se sente reponsável em dar um empurrão na carreira dos meninos.

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À procura da felicidade

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ra um fim de tarde na grande cidade de São Paulo, no início da década de 1990. Poderia ser um dia comum para a maioria das pessoas, mas não para mim. Meu coração estava mais acelerado que o normal. Estava na expectativa de ouvir o som do portão da garagem se abrindo. Minha mãe já havia telefonado dizendo que estava voltando para casa, depois de um dia de compras numa das ruas de comércio popular mais famosas da cidade. O motivo de tanta ansiedade? Ela disse que estava trazendo uma surpresa para mim: um presente. Fazer uma criança feliz não é tão difícil, porque elas são felizes naturalmente. Mas, quando se tornam jovens e adultas, o que se vê é uma busca desenfreada pela tal felicidade. O que acontece? Para onde vai a alegria da infância? Em busca de respostas, os jovens costumam bater em várias portas. Alguns, pegam o caminho da popularidade. E, para tanto, fazem quase tudo, ou melhor, tudo; “se viram nos trinta” para se tornar celebridades. Outros acreditam que o dinheiro seja a solução. Nunca vi alguém dizendo que não precisava de mais dinheiro. Imagine, poder comprar tudo! Carros importados, a casa do sonhos, viajar pelo mundo, comer em bons restaurantes e não ter limite para gastar. Ocorre que, na sociedade marcada pelo consumismo, dinheiro nunca é suficiente. Afinal, não importa o que alguém tenha, sempre vai querer mais. Talvez você acredite que dinheiro não traz felicidade, apesar de ajudar, mas pensa que, para ser feliz é preciso ter poder. Não sei porque gostamos tanto de mandar. Talvez porque nos sentimos importantes, superiores. O perigo é que tamanha autoconfiança costuma levar as pessoas a sentir que não precisam das demais. Será que alguém é feliz assim? Há aqueles que buscam encontrar a felicidade na satisfação dos prazeres. Vivem “picos”de prazer. De uma hora para

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outra, a alegria se transforma em lágrimas, os muitos amigos em solidão, e as luzes dão lugar à escuridão. O prazer ilícito nos engana porque vicia. Quanto mais se busca, mais se quer. Mas afinal, onde encontrar a felicidade? Popularidade, poder, dinheiro e prazer mexem com qualquer ser humano. Foi assim com um dos reis mais sábios: Salomão. Em Eclesiastes, seu livro de confissões, ele desabafa ao contar um pouco de sua história. Ele declara não ter negado nenhum desejo ao seu coração (Ec 2:3-10). E qual foi o resumo de suas reflexões?: “Tudo é vaidade” (Ec 1:2). Isso não parece ser a declaração de alguém muito feliz, parece? Entretanto, no fim de seu livro, Salomão deixa um conselho. O sábio dá a receita da felicidade: “Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade...” (Ec 12:1). Felicidade não é ter nem ser, é escolher. Escolher confiar em Deus e em Sua vontade. O segredo é simples e a solução está mais perto do que você imagina. A Bíblia diz: “Lembra-te”! Em outras palavras, “não te esqueças!” Melhor ainda se você fizer isso enquanto for jovem. Coloque Deus em primeiro lugar. Coloque nas mãos dEle o controle de sua vida. Você perceberá que a felicidade não depende das circunstâncias e sim da ligação que se tem com Ele. Não espere o fim para descobrir que a verdadeira felicidade estava em escolher o melhor no começo. Delmar Reis

É formado em Jornalismo e Teologia pelo Unasp. Atua como pastor distrital em Sumaré, SP delmareis@hotmail.com

Foto: Jose AS Reyes / Shutterstock

Aprenda com alguém que sabia o caminho, mas bateu nas portas erradas


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