Conexão 2.0 - Política

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CAMISETAS: a história delas e o que seu guarda-roupa diz sobre você

Out-Dez 2012 – Ano 6 no 24

Exemplar: 6,30 – Assinatura: 20,00

ENTENDA. EXPERIMENTE. MUDE

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POLÍTICA

Chata, ineficaz e corrupta. A imagem dela não é das melhores, mas é possível mudar essa visão

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ENTENDA A RELIGIÃO DOS JOVENS

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AO PONTO: EMPREGO E BONS NEGÓCIOS

APRENDA A SE DAR 2012 | 1 BEM NO- ENEM OUT DEZ

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Da redação

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Editor associado Diogo Cavalcanti

MAIS DO QUE MERECER

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A OPINIÃO DE QUEM SEGUE E CURTE A REVISTA

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GLOBOSFERA

INFOATIVISMO, EVOLUÇÃO, ESPIRITUALIDADE E USO DO TEMPO

10 ENTENDA

A RELIGIÃO DOS JOVENS BRASILEIROS

22 PERGUNTAS

Fotostudio Equipe

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5 CONECTADO

QUANDO A GENTE pensa que já viu tudo em tempo de eleições, sempre existe um espaço para se surpreender, começando pelo nome dos candidatos. Em São José da Lapa, pequeno município a 30 km de Belo Horizonte, um candidato a vereador prefere ser chamado de... Retardado. Mais estranho ainda é que ele pertence à coligação “São José merece mais”. Lendo o nome e o slogan juntos, a coincidência que parece brincadeira acaba transmitindo uma mensagem. Nesse show de bizarrices eleitoriais, São José da Lapa e mais 5.500 municípios do Brasil, realmente merecem mais. Contudo, a questão vai muito além. O problema não está só com os políticos, mas conosco. Vinte e oito anos após a redemocratização, o país que conquistou o direito de escolher seus líderes fica perplexo diante da aparente falta de opções. Parece não existir mais motivo para se acreditar na política. Partidos ideologicamente ocos, coligações imorais, a dança de corruptos e a nova safra de palhaços eleitorais realmente nos fazem desanimar. Ironicamente, é essa atitude que alimenta o ciclo. Enquanto ninguém se importar, os políticos sujos (existem os bons!) poderão fazer o que quiserem. Por isso, a mudança deve começar não só nos políticos, mas em mim, em você. É nessa direção que aponta nossa matéria de capa. A reportagem mostra o papel que cada um pode desempenhar como fiscalizador e, principalmente, solucionador de problemas na sociedade. Servir a comunidade e votar conscientemente é uma questão de amor ao próximo. Por outro lado, a indiferença em relação aos problemas locais é a versão social do egoísmo humano e uma das maiores barreiras para o desenvolvimento de uma nação. Como país, ainda buscamos desenvolver uma identidade de pessoas que amam sua origem, sua terra, seu bairro, e fazem o melhor para que pequenos e grandes projetos sigam em frente. A boa notícia é que muita gente já está começando a fazer isso. Agora é com você. Envolva-se!

EUTANÁSIA, SOFRIMENTO E A ORIGEM DOS NÚMEROS

30 APRENDA

A SE DAR BEM NO ENEM

A GE QUE

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18 REPORTAGEM

DIGA-ME O QUE VESTES...

..... Mudando de assunto, aqui me despeço da Conexão 2.0. A partir de agora, vou me dedicar mais ao mundo dos livros aqui na editora. Foi um prazer participar da história desta revista, quase que desde seu início, ao lado de colegas especiais na Redação e na Arte, e tendo contato com você, leitor. Realmente foi muito bom. Valeu!

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24 IMAGINE

... A CIDADE DE SUSTENTÓPOLIS

GUE E

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TO ROS

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A GERAÇÃO QUE BUSCA MAIS DO QUE EMPREGO, UM BOM NEGÓCIO

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CAPA

CONHEÇO, VOTO E PARTICIPO. ESSE É O CICLO DA CIDADANIA

Revista trimestral – ISSN 2238-7900 Outubro-Dezembro 2012 Ano 6, no 24 Capa: Éfeso Granieri Ilustração: Vandir Dorta

CASA PUBLICADORA BRASILEIRA

Editora dos Adventistas do Sétimo Dia Rodovia Estadual SP 127 – km 106 Caixa Postal 34 – 18270-970 – Tatuí, SP Fone (15) 3205-8800 – Fax (15) 3205-8900 Site: www.cpb.com.br / E-mail: sac@cpb.com.br Serviço de Atendimento ao Cliente Ligue Grátis: 0800 9790606 Segunda a quinta, das 8h às 20h30 Sexta, das 7h30 às 15h45 Domingo,das 8h30 às 14h

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Editor: Wendel Lima Editor Associado: Diogo Cavalcanti Projeto Gráfico: Marcos Santos e Éfeso Granieri Diretor-Geral: José Carlos de Lima Diretor Financeiro: Edson Erthal de Medeiros Redator-Chefe: Rubens S. Lessa Gerente de Produção: Reisner Martins Gerente de Vendas: João Vicente Pereyra Chefe de Arte: Marcelo de Souza Chefe de Expedição: Eduardo G. da Luz Colaboradores: Edgard Leonel Luz, Orlando Mário Ritter, Ivan Góes, Antônio Marcos Alves, Marco Antonio Leal Góes, Enildo do Nascimento, Almir Augusto de Oliveira, Douglas Jeferson Menslin, Areli Barbosa, Aquino Bastos, Elmar Borges, Nelson Milanelli, Ivay Araújo, Ronaldo Arco, Donato Azevedo Filho e Carlos Campitelli

26 MUDE SEU MUNDO

A HISTÓRIA DO MAIOR CLUBE DE DOADORES DE SANGUE DA AMÉRICA DO SUL

Assinatura: R$ 20,00 Avulso: R$ 6,30 www.conexao20.com.br Tiragem: 29.300

28 LIÇÃO DE VIDA

NA MÚSICA, TALENTO NÃO É TUDO, É PRECISO RALAR VÁRIAS HORAS POR DIA

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________ Editor

Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio, sem prévia autorização escrita do autor e da Editora.

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ÃO, O

8 AO PONTO

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Os sonhos fazem parte da nossa vida. O sucesso nos estudos, uma profissão, uma carreira... Quais são seus sonhos? Como realizá-los? A educação é essencial para conquistar o sucesso. Nossa escola oferece o ponto de partida para uma vida plena de realizações.

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Educação Adventista – compromisso

________ Editor

com o futuro de seus sonhos!

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educacaoadventista.com.br 24/09/12 11:17


Informação Conectado & Opinião Globosfera

Texto Wendel Lima Design Marcos Santos

Ao ponto Entenda

conexao20@cpb.com.br

Desabafos, sugestões, interação e dúvidas para a seção Perguntas? É por aqui aqui mesmo!

É com bastante satisfação que me dirijo à equipe editorial desta revista, da qual sou leitor assíduo e considero importante fonte de informação, entretenimento e aconselhamento cristão. As mudanças na revista foram positivas e agregam cada vez mais no processo de desenvolvimento gráfico e de difusão de conteúdo. Jônatas Goulart Parabéns pela última Conexão! Se vocês sentiram “gosto em escrever”, nós sentimos em ler e ver! Rebbeca Ricarte

É incrível como algo que era muito bom, ficou ainda melhor. A Conexão 2.0 está excelente. O novo design demonstra mais maturidade, mantendo, no entanto, a cara do jovem adventista. Todos os artigos estavam ótimos. Parabéns por essa inovação! Rodrigo Nogueira Sugestão de pauta: como o jovem gasta seu dinheiro, isso também dá para adaptar pra aqueles que recebem mesada; e uma matéria sobre Geração Y, esse tema também é superinteressante. Daniele Marques

facebook.com/conexao20

No blog, você tem os bastidores da revista, o complemento das matérias e acesso às edições anteriores.

Larissa Oliveira: Amei demais o novo estilo da revista. Já era boa, agora ficou super... pena que é trimestral... Daiane Alencar: Amei o novo estilo da Conexão, sério mesmo! Que Deus continue os inspirando assim!

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conexao20.com.br

Saiba o que vai ser publicado, opine sobre os conteúdos que já saíram e compartilhe com os amigos que não têm a revista.

twitter.com/conexao_20 @AlanJabor: Parabéns @conexao_20 pela matéria “Se ninguém mentisse”, do Robson Fonseca. Meu nariz pode até ser grande mas não é por conta de mentiras, rs. @GleidysAngel: Mesmo com as mudanças, maravilhei-me com o conteúdo da revista e concluí mais uma vez: essa é a melhor que existe! @prdiego: Acabei de pôr minhas mãos na mais nova @conexao_20. A equipe está de parabéns! Muito show o novo estilo! @rhaylanefelix: Minha Conexão 2.0 chegou e que surpresa: toda diferente, mais dinâmica. Amei o alerta para lermos mais livros e menos internet.

@chinerso: chegou a minha. Está beeeeem diferente. Deus os abençõe nesta nova etapa! @jessicaguidolin: nada melhor do que começar o sábado lendo a revista @conexao_20 : ) @KawBorges: esse é o tipo de revista que deveríamos ter em bancas de jornais, pois atenta para a realidade dos jovens de hoje.

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@tacimeireles: amando as reportagens da @conexao_20 sobre algum personagem histórico. Bacana é que muitas podem ser usadas em sala de aula.

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© Fotolia e Divulgação

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Texto Wendel Lima Design Marcos Santos

voluntariosonline.org.br

Que tal ser voluntário de uma ONG de Manaus, morando em São Paulo? Hoje, tempo e distância não são mais obstáculos para se fazer o bem. Traduzir textos, desenvolver sites e projetos gráficos, e prestar consultoria jurídica e contábil são alguns dos serviços disponíveis, por exemplo, no portal voluntariosonline.org.br. No site, você também encontra vagas para voluntariado presencial e um manual para iniciantes. É uma chance de fazer o bem, aprender algo novo e se conectar com mais de 600 ONGs e 40 mil pessoas.

© Fergregory | Fotolia

INFOATIVISMO

ENCRUZILHADA

Diante de tantas placas, como saber se você está no caminho certo? O guia de estudos O Resgate da Verdade pode ajudar você na sua jornada espiritual. Deixando de lado as respostas prontas, o material discute questões para pensar, como visão de mundo, relativismo, ciência, confiabilidade da Bíblia e comportamento. Focado nos universitários, todas as 26 lições apresentam bibliografia para pesquisa. Boa pedida para o estudo individual ou em grupo. Gostou? Entre em contato com o Ministério Jovem de uma sede da Igreja Adventista ou baixe as palestras em questaodeconfianca.blogspot.com.br.

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Fotógrafos do mundo todo registraram essa cena. Após conquistar a medalha de prata na maratona das Olimpíadas de Londres, Abel Kirui, agradeceu a Deus de joelhos pela vitória. Ele disse não correr por dinheiro ou fama, mas para testemunhar de sua fé. Criado num lar adventista no Quênia, Kirui ora e lê sua Bíblia todos os dias. Ele já ajudou na construção de igrejas no seu país e pretende apoiar a implantação de uma escola e hospital para seu povo.

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Associated Press / ANN

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Divulgação

NO TOPO, DE JOELHOS


PERDERAM O ELO

VILÃ DO TEMPO

Fontes: nature.com e criacionismo.com.br

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© Milanpetrovic | Fotolia

Se a maioria das mulheres tivesse a mesma habilidade de Leonora Dornelles, certas piadas sobre o sexo frágil perderiam a graça. Em junho, a estudante do Colégio Adventista de Santa Maria, RS, ganhou uma medalha no 14º Campeonato Brasileiro de Orientação. Seu senso de direção foi herdado da família. O pai e suas duas irmãs também praticam a modalidade. De carta e bússola na mão, no esporte vence quem passar no menor tempo pelos pontos marcados no terreno. Para essa turma, aventura dispensa GPS.

© Alexander Bryljaev | Fotolia

GAROTA-BÚSSOLA

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Adiar tarefas sempre foi tentador, mas nunca como nos tempos de internet. Uma espiadinha no Facebook, por exemplo, custa horas de trabalho. É o que mostra o estudo feito com 4 mil pessoas pelo consultor em gestão do tempo, Christian Barbosa. Para 36% dos entrevistados, a web é a tentação número um para protelar atividades chatas, longas e difíceis. Resultado: 71% reconhecem deixar tudo pra última hora. Com a falta de disciplina, a produtividade cai e as prioridades ficam em segundo plano. A solução é planejar metas e recompensas para cada etapa. E, acima de tudo, começar agora!

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Carlos Seribelli

© Fergregory | Fotolia

Há alerta de guerra na Coreia. E não é entre o Sul e o Norte. O governo sul-coreano mandou tirar de circulação os livros didáticos com exemplos da “evolução” de cavalos e aves, a partir do Archaeopteryx. A decisão é baseada nas recentes pesquisas que classificam o “ex-elo perdido” como um dinossauro com penas ou uma ave extinta. Num país em que as crianças passam em média sete horas por dia na escola, a razão para rejeitar Darwin vai além da fé. Em 2009, quase um terço dos sul-coreanos disseram não acreditar na evolução, 41% deles porque não veem comprovação científica para a teoria. Números expressivos para uma população em que 48% das pessoas se declaram sem-religião.

Fonte: folha.com.br

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“E FOI EXPULSO O GRANDE DRAGÃO...”

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A frase digna de um best-seller de ficção é do Apocalipse, o livro menos compreendido e mais temido da Bíblia. Mas longe de ilusório, ele é o enredo da webserie The Record Keepers, que fala sobre como os anjos acompanham os conflitos da humanidade e o desenrolar da guerra entre o bem e o mal. O capítulo-piloto é marcado por tensão e descreve o início de uma rebelião de implicações mundiais (http://migre.me/aunxv). A série completa terá 11 capítulos e estará disponível em quatro línguas até junho de 2013. OUT-DEZ

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Ao ponto

Texto Diogo Cavalcanti Ilustração Rogério Chimello

JOVENS PATRÕES

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É possível abrir o próprio negócio enquanto os amigos ainda vivem de mesada? Sim, empreender não tem idade. Aos 13 anos, Michael Sayman criou seu primeiro aplicativo para a Apple. Hoje, aos 15, o garoto cria apps e já vendeu cerca de US$ 1 milhão em aplicativos para iPhone. A origem do negócio foram os jogos para computadores e, a partir daí, transformou isso em uma fonte de renda. O único empecilho é que menores de 18 anos não podem abrir firma, a menos que sejam emancipados legalmente. Quais são as vantagens e desvantagens da geração Y no atual cenário de negócios? A geração Y já nasceu conectada e dentro da revolução da in8 |

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formática e redes sociais. Essas conexões e pontes permitem maior acesso às informações, pessoas e outras facilidades. Por isso, no mundo dos negócios, a geração Y quer ganhar dinheiro, mas com liberdade e qualidade de vida, diferentemente da geração de seus pais. Talvez a desvantagem seja uma maior ansiedade. Com apenas 24 anos, o brasileiro Mike Krieger foi o cofundador do Instagram. O que é preciso para criar uma startup com mais chances de sucesso? Um bom plano de negócio, pesquisa de mercado, visão inovadora e muito trabalho. A opção para muitos jovens é tocar um negócio da família.

Por que seguir (ou não) esse caminho? Depende do perfil da pessoa. A empresa familiar precisa da continuidade das demais gerações. A maioria das empresas começou familiar. A Nestlé e a JBS Friboi são exemplos disso. O caminho não se escolhe, se constrói assim como as oportunidades para empreender. Algumas pessoas acham que não têm perfil para conduzir um negócio. Empreendedorismo está no gene, ou isso é um mito? Mito. Visão e ideias a pessoa pode adquirir ao longo da vida, com conhecimento adquirido. Quanto maior seu repertório e maior seu networking, mais oportunidades terá para

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enxergar negócios e oportunidades. Coragem para arriscar é intrínseco e depende de cada um. Muita gente faz faculdade para disputar vagas nas melhores empresas. Estudar, pensando em criar uma empresa, pode ser a melhor combinação? Não existe a melhor combinação. As pessoas são feitas de sonhos e desejos. Para muitos, eles estão em trabalhar em uma multinacional e para outros está na ideia de resolver problemas com seus produtos e serviços, gerando emprego e renda ao país. A realização é individual e não tem receita. A única certeza é que cada um deve correr atrás de realizar todos os seus sonhos.

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ELES NÃO QUEREM apenas um bom emprego. Estão em busca de bom negócio. Mais de 4,5 milhões de jovens brasileiros entre 18 e 24 anos se lançaram pra valer num concorrido mercado de 27 milhões de empreendedores, o terceiro maior do mundo. Quando a qualidade fala cada vez mais alto e o diferencial é a inovação, gente que cresceu com a internet tem muito a oferecer, mas dificuldades a enfrentar. Sylvio Gomide, diretor titular do Comitê de Jovens Empreendedores (CJE) da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), fala sobre o assunto para a Conexão 2.0.


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Renan Martin | Imagem: Fotolia

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© Goran Bogicevic | Fotolia

24 E 25 DE NOVEMBRO

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Entenda

Texto Wendel Lima Design Éfeso Granieri Ícones Rogério Chimello

A RELIGIÃO DOS JO 85%

se identificam com as igrejas cristãs

UMBANDA E CANDOMBLÉ

ATEUS/AGNÓSTICOS

309 mil

269 mil

O Censo 2010 mostrou que o solo brasileiro continua fértil para a religiosidade. O Brasil está menos católico, mais evangélico, espírita e descrente nas instituições religiosas. Por isso, o crescimento dos sem-religião. Para entender essas mudanças, cruzamos os dados sobre os 51,3 milhões de brasileiros de 15 a 29 anos. É um exercício de leitura do hoje e previsão do amanhã. Serve também para você valorizar sua liberdade de crença e pensar: se há apenas um caminho, por que tantas placas?

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OS JOVENS BRASILEIROS BUDISMO

JUDAÍSMO

ISLAMISMO

HINDUÍSMO

49 mil

19 mil

8 mil

1.200

10 ANOS DEPOIS...

sil Católicos diminuíram

Evangélicos cresceram

Sem-religião é o grupo mais jovem

9%

7%

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TOP 10 GOSPEL

Assembleia de Deus

anos

os do ae

9,6%

2,3 milhões Batista

é a idade mediana

1,6%

SEM-RELIGIÃO

ESPÍRITAS

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837

1 milhão Congregação Cristã do Brasil 539 mil Evangelho Quadrangular 517 mil 26673 – CONEXÃO 04/2012

Universal do Reino de Deus 457 mil Adventista 413 mil Testemunha de Jeová 352 mil Luterana 233 mil Presbiteriana 233 mil Deus é Amor 200 mil

milhões

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são pretos

58%

são homens

Redutos

Sudeste e Nordeste

mil

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são mulheres

Reduto

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Sudeste

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Fonte: Censo Demográfico 2010 e 2000 – Amostra das Características Gerais da População (sidra.ibge.gov.br).

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Interpretação Capa & Reflexão Reportagem

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Texto Wendel Lima Design Marcos Santos Ilustração Carlos Seribelli

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Perguntas Imagine

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N é

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ALÉM DO

VOTO

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Não basta ir às urnas, é preciso participar da gestão pública. Saiba por que e como exercer sua cidadania

A CADA DOIS anos, a política volta à pauta, e você, às urnas. Mas sua sensação, como a de muitos, é de que não há nada novo debaixo do sol? Ok. Você faz parte da maioria. É o que dizem o senso comum e as pesquisas. De 2006 para 2010, por exemplo, segundo o TSE, diminuiu em 28% o número de eleitores com menos de 18 anos, grupo que não tem a obrigação e, pelo jeito, o interesse de votar. A pesquisa Condutas Políticas, Valores e Voto dos Jovens Eleitores de Belo Horizonte, feita pela UFMG com 500 jovens, também em 2010, mostrou que 82% deles tinham pouco ou nenhum interesse pela política. Como explicar essa apatia? Ao que tudo indica, é o descrédito da geração atual no modelo político vigente, passível de muitas manobras e pouco representativo. Em outras palavras, os jovens não teriam perdido o idealismo, mas acreditam que o melhor jeito de canalizar sua força para a mudança é nas vias alternativas, mais horizontais, que não necessariamente passem por um caminho já institucionalizado. O problema é que boa parte dos insatisfeitos desconhece os processos básicos da política. Aí já viu, o sentimento que poderia gerar ação e mudança, acaba resultando em indiferença e alienação. Diante desse quadro, a Conexão 2.0 assume o partido de ajudar a romper com essa indiferença política. Tomara que ao fim desta reportagem, você tenha vontade de mudar o mundo, a começar por sua cidade, nas eleições deste mês.

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HERÓIS E BANDIDOS Talvez, a indiferença e aversão dos jovens pelo tema começa, pela demonização da figura do político. É o que defende o prefeito de Maringá, PR, Sílvio Magalhães Barros. “Os políticos só aparecem na imprensa quando fazem alguma coisa errada. Já os bombeiros, por exemplo, são retratados como heróis. Logo, a percepção das pessoas é que os bombeiros são gente boa, e os políticos, ruins”, analisa. Ele acredita que esse estereótipo está longe de refletir a realidade. Evidentemente, Sílvio Barros não nega a existência de corruptos e da corrupção, mas insiste que muitos homens públicos exercem seu cargo com seriedade. “Não basta querer ser político, é preciso vocação para servir”, resume o prefeito, que teve no pai, ex-prefeito e deputado federal, seu modelo de político. MODELO EM CRISE Mas não é só a imagem do político que está arranhada, existe um questionamento sobre o modelo democrático que temos, baseado em partidos e concebido no século 18. Quem engrossa o coro desse descontentamento é o advogado Marcos Vinícius de Campos. Ex-deputado federal e doutor em Direito Econômico pela USP, Marcos Vinícius atua na Rede de Ação Política pela Sustentabilidade, uma ONG voltada para a promoção da cidadania e a formação de novas liderenças públicas. Segundo o professor universitário, são inúmeros os fatores para o desinteresse do brasileiro pela política,

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de institucionais à culturais. Em relação aos partidos, há descrédito por causa do descompromisso com uma ideologia, da inexistência de uma agenda de políticas públicas consistentes e da falta de estímulo à formação de novos líderes. Quanto aos políticos, há uma expectativa de que sejam mais éticos e prestem contas à população. “O sistema político brasileiro está ultrapassado. E essa discussão precisa acontecer de forma urgente. Defendo a representação regional, ou o chamado voto distrital. Assim, haveria mais compromisso do candidato com a região que o elegeu”, argumenta o deputado estadual do Paraná, Artagão Mattos Leão Júnior, que diz prestar contas de suas ações diariamente no seu site, além de produzir uma newsletter semanal. Ele é defensor também do retorno de disciplinas sobre civismo ao currículo escolar para formar alunos mais conscientes. CULTURA POLÍTICA E é na baixa cultura política da sociedade, onde o sapato mais aperta. Para reverter esse quadro, na visão do ex-deputado Marcos Vinícius, é preciso mais do que investir na educação. É necessário fomentar a experimentação política. O raciocínio do advogado é simples: o processo democrático seria mais familiar para você, caso participasse de eleições e discussões de interesse coletivo. Experiências como formar a chapa do grêmio da escola, opinar na assembleia do condomínio e votar em referendos.

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c q a d p d g o v c

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“Quem não toma conta da parte, não se preocupa com o todo”, adverte Marcos Vinícius, explicando que existem outras vias de participação política, além da partidária e eleitoral. “Qual é a crise da democracia representativa?”, ele pergunta e já responde em seguida: “É que o eleitor não pode vir só de vez em quando e votar. Ele precisa participar da gestão pública.” Para que essa mobilização aconteça, os nativos digitais já contam com uma ferramenta viral e gratuita, a web. Só resta saber se eles já descobriram aonde precisam chegar. POLÍTICA E RELIGIÃO SE DISCUTE Para dizer que rumo os jovens devem seguir, não há nenhuma instituição melhor do que a igreja. É verdade que não cabe aos pastores, padres ou líderes indicar candidatos ou apoiar publicamente um partido, mas contribuir para a conscientização política de seus fiéis. “A capacidade de mobilização é intrínseca às igrejas. E elas podem trabalhar questões importantes no nível da consciência. Isso é muito sério e precisa ser feito em consonância com o evangelho,” defende o prefeito Sílvio Barros. “A omissão é a autorização para que aqueles que não estão fazendo um bom papel, continuem onde estão”, argumenta o deputado Artagão, em referência à apatia e indiferença de muitos grupos religiosos. “Algumas igrejas fazem um desserviço político. O trabalho social delas é louvável e reconhecido, mas é preciso trabalhar mais a reflexão política de seus membros”, completa.

O deputado adverte que outro erro que as igrejas devem evitar é “vender” o apoio para um candidato em troca de forro, piso ou pintura do templo. “Como comunidade religiosa, temos algo a dizer na elaboração das leis”, exemplifica Marcos Vinícius. Para ele, a despolitização não faz sentido para igrejas que pregam um evangelho que tem contribuições a dar nas áreas de educação, assistência social, saúde e ensino de valores. Traduzindo, a esperança no mundo porvir não pode ser justificativa para se cruzar os braços hoje. IGREJA E ESTADO “As duas instituições [Igreja e Estado] foram estabelecidas por Deus, em esferas distintas. Ao Estado compete a manutenção da ordem social por meio do cumprimento das leis, o que envolve punição ou recompensa e, à Igreja cabe a transformação por meio do evangelho,” resume o professor de Teologia da Faculdade Adventista da Amazônia, Márcio Costa, que em seu doutorado estudou a relação entre a Igreja Adventista e o Estado. O professor Márcio complementa que o governo e a igreja partilham interesses, como o bem-estar da sociedade. Logo, a participação dos cristãos na esfera pública deve priorizar essa agenda comum. Os governos estão abertos a essa cooperação porque sabem da capilaridade social das igrejas, que chegam onde o poder público não alcança. Só falta os cristãos acordarem para as possibilidades missionárias das parcerias com o Estado. OUT-DEZ

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AGENDA COMUM “A Igreja e o poder público precisam indentificar uma agenda comum. Somar competências e capacidades, para minimizar suas limitações. Não vai dar para fazer tudo, mas é possível unir forças”, pontua o prefeito Sílvio Barros. Em Maringá, ele que é membro da Igreja Adventista, tem na denominação uma parceira para a realização de feiras de saúde e cursos antitabagistas. Mensalmente, as Unidades Básicas de Saúde (UBS) da cidade oferecem atendimento e orientação em medicina preventiva. Com a ajuda de fiéis, estudantes e profissionais voluntários, o evento leva até a população o conhecimento dos adventistas sobre estilo de vida saudável. É uma maneira da Igreja responder a uma demanda urgente no Brasil: a saúde pública. DEPUTADO-ESTUDANTE Mudar nossa cultura de aversão e desconhecimento da política só é possível com a experimentação do processo democrático. Melhor ainda se isso acontecer num ambiente de aprendizado, como a escola e faculdade. Foi o que vivenciaram quatro alunos do Ensino Médio do Colégio Adventista de Jardim dos Estados, em Campo Grande, MS. Artur Zanelatto, Iuri Gutierrez, Gabriel Porto e Débora Martins participaram do Projeto Parlamento Jovem da Assembleia Legislativa. Depois dos candidatos a deputado-estudante apresentarem projetos de lei na escola, seus colegas foram

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às urnas, numa eleição oficial organizada pelo TRE, para escolher os representantes do colégio. Apesar da desconfiança inicial dos alunos, tudo foi levado muito a sério. Artur tinha a proposta de estabelecer em Mato Grosso do Sul escolas técnicas estaduais, nos moldes das que existem em São Paulo. Débora sugeriu uma lei que obriga o uso de fones de ouvido para quem escuta música no transporte público, assim como é feito em Porto Alegre. Artur e Iuri exerceram a função até o início deste ano, quando Gabriel foi eleito o novo deputado pelo colégio, e Débora ficou como suplente. Os quatro passaram por uma semana de treinamento para entender como funciona a Assembleia Legislativa. Na proposta do Parlamento Jovem, cada estudante exerce o mandato por um ano, participa de uma reunião mensal com os demais 23 alunos eleitos por escolas públicas e sugere projetos sob a orientação de um deputado oficial. OUTRA VISÃO Os participantes do projeto têm coisas em comum. Gostam de ler e já se interessavam por política antes do projeto, apesar de conhecerem pouco sobre o tema. Gabriel diz que assiste ao horário político desde criança, sonhava em ser prefeito e costuma ler os clássicos da literatura, além de jornais e revistas. Débora sempre acompanhou os pais nas eleições e se despertou para a importância da política nas aulas de História.

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O que o grupo também compartilha é uma nova visão sobre o poder público, menos estereotipada e superficial. Gabriel diz que agora se interessa muito mais pela política: “Vi a diferença entre a política, organização social, e a politicagem, o jogo sujo.” Débora também se surpreendeu com a postura de muitos deputados: “Tinha gente que defendia apaixonadamente uma causa, gente bem-intencionada.” “Na mídia, todos os políticos estão envolvidos com a corrupção. Mas a visão muda quando se tem acesso ao outro lado da história. Têm exceções que fazem a coisa valer”, garante Artur. “Para a maioria, política é coisa chata, votar não faz diferença e todo político é corrupto. Só não fazemos ideia do quanto as gerações anteriores lutaram pelo voto”, lamenta Débora, com a vontade de quem pretende ajudar outros a ver o que ela enxergou.

a legislação eleitoral e os trâmites de um processo que envolve dinheiro, carisma e ataques ao adversário. O aluno de Jornalismo e Direito, Lucas Rocha, diz ter crescido com a experiência. Natural de Brasília, onde se concentra o poder público, ele sempre acompanhou o caderno de política dos jornais, apesar de ter preferência pela seção de esportes. Lucas conta que boa parte dos seus colegas se sentiu desconfortável com a escolha do tema da jornada deste ano, por não terem familiaridade com o assunto. “Muita gente acha a política irrelevante, mas ela pode mudar muita coisa”, afirma. Segundo ele, na tarefa da faculdade, o mais difícil foi achar um candidato que representasse bem a ideologia dos partidos fictícios. Já na política de verdade, Lucas acredita que poucos partidos e candidatos entendem os ideais dos jovens, talvez, somente os da causa verde.

SIMULAÇÃO A partir deste ano, os alunos de Jornalismo e Publicidade do Unasp, campus Engenheiro Coelho, também passarão a olhar os bastidores da política com outros olhos. Durante uma semana, na chamada Jornada de Comunicação, eles simularam uma campanha eleitoral municipal. De um lado, os publicitários planejaram o marketing dos candidatos fictícios e, do outro, jornalistas fizeram a cobertura da campanha através de jornais online (veja o veículo vencedor: unasp-ec.edu.br/gazeta). Na atividade, o objetivo era treinar as técnicas da profissão e conhecer melhor as ideologias partidárias,

NOS PRÓXIMOS DOIS ANOS Jovens e experiências como as mencionadas nesta reportagem ainda são exceção, mas podem inspirar outros e outras. O caminho é certo: fomentar a cultura política nas escolas, faculdades, condomínios, associação de moradores, ONGs e igrejas. Conhecer melhor o processo, a legislação e as ideologias. Repensar os esterótipos e atuar diretamente em vias alternativas, mais horizontais e colaborativas. Dessa forma, não vamos precisar voltar a discutir a responsabilidade política do cristão apenas daqui dois anos. OUT-DEZ

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Reportagem

Texto Fernando Torres Ilustração Carlos Seribelli

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VESTES...

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Conheça a história de uma das peças mais populares da moda e saiba como ela revela um pouco de você

SE VOCÊ ACHA que a camiseta é só mais um pedaço de pano usado para cobrir o corpo, é melhor rever seus conceitos. A peça de roupa mais básica do guarda-roupa – ok, ela empata com a calça jeans – pode revelar ao mundo a escola em que você estuda, a grife de que você gosta, seu cantor preferido e até se alguém esteve na Bahia e se lembrou de você. Ainda duvida do poder da estampa carregada no peito? Então, experimente entrar na arquibancada de um estádio lotado da torcida do Corinthians com a camisa do Palmeiras...

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O fato é que, historicamente, a camiseta é um signo de identidade na sociedade urbana. De um jeito ou de outro, ela revela um pouco de você e da imagem que passa para o mundo. “Ao lado de tatuagens, piercings e cortes de cabelo, as camisetas podem sinalizar a diversidade cultural e os modos de ser, conviver e de se relacionar de determinados grupos, nos quais se partilham sentimentos de pertencimento e afirmação”, relaciona a socióloga Juliana Batista dos Reis, pesquisadora do núcleo Observatório da Juventude, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

O primeiro grito de liberdade veio com o Renascimento, mais especificamente em 1516, data em que Michelangelo exibiu a estátua O Escravo Moribundo. Exposta hoje no Museu do Louvre, em Paris, o modelo da escultura de mármore veste apenas uma singela regata. A moda não pegou e a camiseta se manteve como coadjuvante – isto é, debaixo da roupa – até o século 19, com a revolução industrial e têxtil. “Nesse período, telas impressionistas como O Barco, de Manet, e O Almoço dos Remadores, de Renoir, além da brasileira O Lavrador de Café, de Portinari, já no século 20, começam a apresentar pessoas usando camisetas”, aponta Cleuza. Mas, atenção: tanto nos quadros como na vida real, a malha só era digna de trabalhadores braçais. É por isso que uma versão de algodão foi admitida nas linhas de combate da Primeira Guerra Mundial, com o objetivo de, novamente, proteger o uniforme dos soldados do suor. Desta vez, porém, ganhou o nome oficial de t-shirt, devido ao seu formato em T.

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ESTREIA DISCRETA Toda essa simbologia é relativamente recente. Por séculos, a camiseta (ou algo parecido) circulou com muita discrição no alto escalão da moda. Primeiro, ela deu as caras em Roma, com o nome de camisia. “Era uma espécie de túnica de linho branco usada como roupa de baixo para proteger a veste principal dos odores da transpiração, já que as peças bordadas e tingidas não podiam ser lavadas”, contextualiza a designer Cleuza Fornasier, professora do curso de Design de Moda da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Já na Idade Média, ela originou uma espécie de camisola para ser usada também debaixo da roupa: não saía do corpo nem no momento do banho, pois a Igreja Católica considerava pecado o contato com a própria nudez.

SEU AVÔ USAVA Foi lá pelos anos 1950 que a nova t-shirt passou a realmente se mostrar no corpo dos jovens. Hollywood, claro, deu uma força. “Astros do porte de Marlon Brando e James Dean estrelaram filmes usando a inovadora peça, exibindo músculos e muito charme”, revela Cleuza. Era a deixa para que a camiseta se transformasse em ícone de insatisfação com o status quo, uma evidente negação do trio calça-colete-paletó. OUT-DEZ

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DO INÍCIO AO FIM

O Brasil produz 450 milhões de camisetas por ano. Veja a trajetória de uma delas até chegar ao seu corpo.

Quatro tipos de fibras de algodão são aproveitadas pela indústria têxtil. O Mato Grosso é responsável por 53,5% da produção brasileira. Isso equivale a 1,3 tonelada por hectare, quase 700 mil toneladas em todo o território estadual.

A fibra passa por vários processos até se transformar em tecido. O mais importante é a tecelagem, que dará à matéria-prima o aspecto de pano. Depois, ele passa por etapas de limpeza, alvejamento, coloração e acabamento. Qual cor você prefere?

No escritório da empresa de confecção, o designer de moda e o estilista planejam todos os detalhes da peça: conceito, estilo, corte, modelagem, cor e estampa.

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A produção da sua camiseta exige mão de obra especializada (leia-se costureiros) e equipamentos como a máquina de overloque (costura da peça) e a galoneira (golas, barras e acabamentos).

Para a estampa, podem ser utilizadas técnicas como silk-screen, impressão digital, laser e bordado. O silk-screen, ou serigrafia, é o método mais popular: a tinta é aplicada no tecido com uma tela de metal vazada.

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NÃO PEGUE O NAVIO ERRADO!

Da confecção, a camiseta vai para as lojas varejistas e grandes distribuidoras. Você a vê no manequim, experimenta e fica tentado a levar para casa. Só falta uma forcinha do vendedor: “Ficou ótima!”

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A vocação rebelde ganhou fôlego nos turbulentos anos 1960, década marcada pelos movimentos estudantis, o surgimento da cultura hippie e a explosão do feminismo – não por acaso, a camiseta também migrou para o guarda-roupa das mulheres. Neste caldeirão da contracultura, ela se estabeleceu como um eficiente meio de comunicação, quase um outdoor ambulante. Estampas com a imagem de Che Guevara, bandas de rock ou slogans como “War is Over e Peace and Love” passaram a identificar tribos, ideologias e anseios da turma do contra. As empresas logo sacaram o potencial de “merchan” e trataram de aproveitá-lo. Nos anos 1970, teve início a era das estampas de refrigerantes e automóveis. E esse foi o passo para, na década seguinte, a camiseta se transformar em símbolo de consumo e status, influenciada pelos jovens almofadinhas do movimento yuppie. Agora, em vez de protesto, a peça passou a carregar o nome de uma grife, de preferência em letras garrafais. Só que o Brasil não entrou direto nessa onda. Depois de 20 anos de ditadura, a população marchou em massa nas ruas para reivindicar o direito de voto. O slogan “Diretas Já!” foi o meme da vez, e as camisetas se transformaram na ferramenta para propagá-lo. Outro viral semelhante aconteceu em 1992, quando a revolta contra as denúncias de irregularidades no governo Collor deu origem aos caras-pintadas que clamaram pelo impeachment do “Caçador de marajás” vestindo roupas pretas, simbolizando luto.

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sagens contidas e verificar se elas correspondem ao que acreditamos e queremos transmitir”, pondera a socióloga Elna Cres, diretora da graduação do Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp). E agora: qual modelito você vai escolher?

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IDEIAS PERSONALIZADAS Na virada do milênio, a fase áurea do engajamento passou, mas não é por isso que as camisetas perderam a força. A palavra de ordem é customização: o importante é ser autêntico, dentro do seu nicho. De simples malha, a t-shirt passou a receber tecidos tecnológicos, strass, golas diferenciadas, formato ora estruturado, ora largado, sobreposições... “Após o boom das mídias sociais, a forma de criação mudou muito. Hoje, as empresas têm mais comunicação com os clientes, que nos mostram o que querem vestir. Em nossa loja, mais de 70% do que é criado vêm de sugestões dos consumidores”, afirma o designer de moda Felipe Gasnier, da loja virtual Ideal Shop. O portfólio de estampas da grife abrange desde estampas de música e humor até mensagens ideológicas, como “Keep Calm and Read a Book”, “Let’s Bike” ou “Seja Vegetariano”. Na onda desse capitalismo exclusivo, a camiseta se firma como uma espécie de mídia particular, exposta no peito. “Não só a camiseta, mas a roupa, de forma geral, é um importante comunicador de quem somos. Por isso, devemos desenvolver o hábito de ler e interpretar as men-

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Daniel Oliveira

DO! Comprar uma camiseta apenas pela marca, cor ou caimento é correr o risco de passar a mensagem equivocada. Vide o exemplo aí ao lado. Ela não faz uma homenagem ao Rio. Na verdade, a peça da marca catarinense Hering conta a saga do navio cargueiro Solana Star: em 1987, o barco seguia para os EUA levando 20 toneladas de maconha enlatada. Enquanto navegava próximo ao litoral brasileiro, a notícia do navio traficante chegou aos ouvidos da Polícia Federal. A tripulação, ao saber da denúncia,

tratou de cair fora e lançar ao mar as provas do crime. As tais latas, no entanto, boiaram e chegaram às praias do Rio de Janeiro e São Paulo, indo parar nas mãos de usuários da cannabis. E vinte anos depois, lá está você, inocentemente, usando uma roupa que faz apologia às drogas. Depois de conhecer essa história, a gente quis saber o que a empresa que produziu a camiseta tinha a dizer sobre isso. E fomos bater na porta da Hering. Má notícia: a assessoria de imprensa não nos deixou falar com nenhum representante da

marca, negou a autoria da peça e sugeriu que ela tivesse sido comprada em “comércio informal”. Em nota, deixou seu posicionamento: “A camiseta Solana Star não faz parte do portfólio da Hering. Muitas empresas compram camisetas básicas da Hering pela qualidade da malha e estampam para revender. Dessa forma, não podemos nos responsabilizar pelo conteúdo estampado.” A conclusão fica por sua conta. Mas, garantimos: as etiquetas são autênticas e a roupa foi adquirida em um revendedor autorizado. OUT-DEZ

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Design Éfeso Granieri

Básica

Texto Luiz Gustavo Assis Imagem Geezaweezer/Flickr

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O mal existe, o bem também

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SE DEUS EXISTE, POR QUE SOFREMOS? Tente se lembrar do dia mais feliz de sua vida. Ficou em dúvida? Agora, tente se lembrar do seu dia mais triste. Foi mais fácil? Faz parte do ser humano guardar por mais tempo os momentos ruins do que os bons. A razão? O sofrimento é como um vírus que impede que você funcione bem. Apesar de a discussão sobre dor e alegria não fazer parte do nosso cotidiano e nem figurar nos Trend Topics, a pergunta que justifica esse texto sempre bate à porta quando vemos pessoas boas sofrer, principalmente se formos nós mesmos. O fato é que temos repulsa da injustiça. Quando somos afetados pelo mal, automaticamente isso nos leva a pensar que algo está errado. Por exemplo, o que faz você achar atitudes como o estupro e assassinato intoleráveis? Seriam esses crimes somente reflexos culturais que variam de uma nação para outra, como penteados de cabelos? É lógico que não. O problema do mal, em vez de negar a Deus, sugere Sua existência. Quem defende esse argumento é o filósofo cristão Ravi Zacharias. É improvável negar a realidade do mal. E para haver o mal, o bem também precisa existir, caso contrário não o reconheceríamos. Portanto, deve existir uma lei moral que faça diferença entre esses dois. Uma lei com valores universais, que transcendam tempo e cultura. E se existe uma lei moral, também é necessário que exista um legislador tão moral quanto esses valores. Agora, volta a fita: Se Deus não existe, não há lei moral. Se não existe lei moral, não há bem. E se não existe bem, o mal é uma ilusão. O que é descaradamente impossível! Por isso, sofrimento e dor são sintomas de algo que está errado com a realidade que nos cerca. Num episódio de Dr. House é contada a história de uma garota insensível à dor. A sigla dessa doença em inglês é CIPA. Se você pesquisar sobre vídeos de crianças com essa anormalidade, verá quão miserável é a vida delas. Assim, olhando por esse lado, o sofrimento se torna um inesperado alerta de que algo está errado em nosso mundo. Foi G. K. Chesterton quem disse que, para o cristão, a alegria é central e o sofrimento é periférico, enquanto que para o cético é o contrário. Para aqueles que confiam em Cristo, as questões fundamentais da vida estão respondidas, as outras são secundárias. Já para aqueles que viraram as costas para Deus, as incertezas sempre acompanharão suas pegadas. Fontes: Pode o homem viver sem Deus?, de Ravi Zacharias (Mundo Cristão, 1997); O problema do sofrimento, de C. S. Lewis, (Vida, 2006).

ca das civilizações antigas, veio a utilização de números. Egípcios, sumérios, babilônios, fenícios, gregos, chineses, maias e astecas usaram traços (I, II, III, etc.), com pequenas variações, em especial do número dez. No caso dos egípcios, era o calcanhar (∩). Mais tarde, certos povos adotaram um símbolo para o cinco (V), inspirados Sempre tivemos a noção de quantidades, o chamado senso nu- nos dedos da mão. E, no sistema romano, letras foram assomérico. Até os animais têm essa percepção. O mesmo aconte- ciadas a números. Mas o planeta precisou girar umas DCC, CM, M vezes, até ce com os zulus, na África, arandas, na Austrália, e botocudos, que a Europa se maravilhasse com uns numerais indianos aprino Brasil, que só sabem distinguir “um”, “dois” e “muitos”. morados e divulgados pelos arábes. Só por volta de 1.000 d.C. os Agora, imagine-se numa época em que a última novidade era a pedra mais afiada. Como conferir as ovelhas do rebanho? europeus adotaram os agora universais 1, 2 , 3. Além de permitir cálculos complexos, esse sistema introduziu o conceito de um até Ou identificar que a tribo inimiga tem 34 homens? Foi nesse então impensável “não-número” – o zero. Essa simbologia concontexto de sobrevivência que o homem começou a contar. tribuiu para a revolução científica e a transformação da história. Pedras, riscos em ossos e marcas de cunhas foram os primeiros símbolos de quantidades. No passo seguinte, épo- Fontes: Os números: história de uma grande invenção, de Georges Ifrah.

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Texto Thalita Mirkiewiecz e Diogo Cavalcanti

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Ponto de vista Texto Alex Machado Imagem Lumarmar | Fotolia

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Tudo ligado Texto Diogo Cavalcanti

DO BOLT AO VOLT Bolt Nas Olimpíadas de Pequim, o jamaicano Usain Bolt cortou 100 m em estarrecedores 9,69 s. Campeão mundial em todas as categorias pelas quais passou desde a infância, em 2009, Bolt ainda baixou seu melhor tempo nos 100 e 200 m para extraterrenos 9,58 e 19,19 s, respectivamente. Em 2012, manteve seu reinado, quebrando seu recorde olímpico nos 100 m (9,63 s) e no revezamento 4 x 100 (36,84 s), além de vencer nos 200 m. Virou lenda. É indiscutivelmente um relâmpago humano, porém 10 vezes menos rápido que o...

Guepardo

Dó ou crueldade? A discussão sobre questões que envolvem o início e o fim da vida humana sempre dividem opiniões, mas agora elas fazem parte também da proposta de reforma do Código Penal brasileiro. Na nova legislação, por exemplo, a eutanásia, hoje qualificada como homicídio, passaria a ter uma pena mais branda que a do assassinato: 2 a 4 anos de prisão. Além disso, o juiz teria o direito de não punir quem a praticasse. Enquanto o anteprojeto é discutido por juristas e parlamentares, separamos para você a opinião de três grupos cristãos sobre o assunto.

Não

Para o papa Bento 16, a eutanásia é uma falsa solução ao drama do sofrimento e abreviar a morte de alguém não compete ao homem. Segundo o catecismo, é um ato moralmente inadmissível, que contraria o sexto mandamento da lei de Deus (Êx 20:13) e o significado do próprio termo “boa morte”, já que “eutanásia” é a junção dos termos gregos: eu, “boa”; e thanatós, “morte”.

Sim

Fundada no Brasil em 8 de março de 1993, a ONG feminista Católicas pelo Direito de Decidir (CDD) incentiva a mudança dos padrões culturais e religiosos que supostamente limitam a liberdade das mulheres, especialmente no exercício da sexualidade e da reprodução. Para a CDD, é completamente contraditório falar em proteção da vida condenando o doente a sofrer indefinidamente num leito de morte. A ONG defende o reconhecimento da autonomia do indivíduo sobre o próprio corpo.

Depende

A Igreja Adventista do Sétimo Dia apoia o uso da medicina para o prolongamento da vida, mas acredita que esses recursos devem ser utilizados de modo que minimizem o sofrimento do paciente e revelem a misericórdia divina. Para os adventistas, permitir que um paciente morra – privando-o de intervenções médicas que apenas prolongam o sofrimento e adiam sua morte – é moralmente diferente do homicídio. Porém, a Igreja não aprova a “morte misericordiosa” ou eutanásia ativa (em que há a intenção de tirar a vida do enfermo), nem auxilia no suicídio, porque tais práticas contrariam a Bíblia (Gn 9:5, 6; Êx 20:13; 23:7). Fontes: Sites da Canção Nova (http://noticias.cancaonova.com ), do catecismo católico (http://catecismo-az. tripod.com ) e da CDD (http://catolicasonline.org.br); Declarações da Igreja (CPB, 2003); e revista Kerygma, artigo “A ética cristã da boa morte: uma proposta à luz da antropologia adventista”, de Klaudinei Engelmann (unasp.edu.br/kerygma).

Irã Nação da milenar cultura persa, abriga ampla diversidade étnica e linguística, que inclui povos como os persas (50% da população), azerbaijanos, balúchis, judeus, assírios e georgianos. Por dois séculos, foi um império que chegou a dominar desde os confins da Índia até o Egito e a Ásia Menor. O país tem a segunda maior reserva mundial de petróleo e, por seu passado e belezas naturais, atrai turistas do mundo inteiro. Você pode visitar Persépolis ou mesmo Pasárgada, para onde o poeta pernambucano Manuel Bandeira tanto queria ir. Mas, ao levar aparelhos eletrônicos, não se esqueça de que as tomadas de lá são de 220...

Volts Não são eles que fazem sua conta de luz aumentar (ela é medida em watts), ou o que tornam o choque elétrico mais ou menos perigoso (questão de amperagem). Volt é a unidade de medida da diferença de energia potencial elétrica entre dois pontos. Essa diferença de concentração de elétrons nas extremidades positiva e negativa é necessária para que eles se movimentem no campo elétrico. Aliás, a corrente elétrica se move muito mais rápido do que Bolt e o guepardo juntos – algo em torno de 10.000 km/s. OUT-DEZ

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Ele chega a atingir 120 km/h, fazendo de 0 a 100 km/h em apenas 3 s. Vive em savanas, pradarias, regiões semidesérticas, bem como em áreas montanhosas ou de densa vegetação. Também conhecido como chita, esse grande felino (Acinonyxjubatus) habita várias partes da África e tem uma pequena comunidade isolada no...

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Imagine

Texto Robson Fonseca Design Éfeso Granieri Ilustração Rogério Chimello

... se a Bíblia fosse nosso manual de sustentabilidade

A RIO+20 ACABOU SEM AÇÕES DECISIVAS e deixou claro que é utopia mudar a macroestrutura do mundo, ignorando o egoísmo humano. Na Bíblia, 70 referências ao cuidado com a natureza refletem princípios que poderiam inspirar uma outra revolução verde. Tratam da relação do homem consigo mesmo, com a natureza, com o próximo e com Deus. Se fossem praticados, influenciariam a organização de uma cidade como Sustentópolis. ÊXODO URBANO

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A formação das atuais 300 cidades com mais de 1 milhão de habitantes vai contra a ordem divina para a humanidade se dispersar na Terra (Gn 1:28). Num modelo familiar e rural, não haveria problemas de saneamento básico, transporte público, violência e exploração imobiliária. Ocorreria uma migração em massa para o campo.

FÉRIAS NA LAVOURA

A nova dieta exigiria alimentos frescos e sem agrotóxicos. Na reinvenção da agricultura, as hortas comunitárias se multiplicariam. Há cada sete anos, a terra teria um de repouso (Lv 25:1-7), e na criação de animais seria observada a capacidade de suporte da pastagem (Gn 13:1-6).

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FREIO NO CONSUMO

Reaproveitar, reutilizar e reciclar diminuiria o 1,5 kg de lixo produzido diariamente por você. No Brasil, 57,6% das famílias não estariam endividadas. E o vazio existencial não seria preenchido com o crédito do cartão, mas com bens de valor incalculável (Mt 6:19-21, 33).

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ABACAXI NO ESPETO

O vegetarianismo já não seria exceção. Churrascarias serviriam abacaxi no espeto (Gn 1:29, 30). Frutos do mar, porcos, rãs e coelhos estariam definitivamente fora (Lv 11). Esse hábito ajudaria a aumentar em 10 anos a expectativa de vida e tiraria do sobrepeso 50% dos brasileiros. Também reduziria em 80% o desmatamento e economizaria 43 mil litros de água por quilo de carne de boi produzida.

DIA VERDE

Simulado no cursinho? Nada disso. O sábado seria para celebração (Êx 20:8-11). Da família, da espiritualidade (Lv 23:3), do descanso do trabalho e do consumo; e da solidariedade (Jo 5:8,9). Como símbolo da Criação (Gn 2:1-3), o sábado seria um ícone da restauração ambiental (Ap 21:1).

JUSTIÇA SOCIAL

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Proteger e incluir seriam faces da mesma moeda. O pobre não seria explorado no trabalho ou no pagamento de juros (Lv 25:17, 37). A cada 50 anos, celebração do Jubileu, todos os bens hipotecados voltariam para as famílias endividadas (Lv 25:8-10). A sobra agrícola seria destinada aos mais pobres, bem como 10% da nossa renda, a cada três anos, ajudaria os necessitados.

BYE-BYE TRÂNSITO

Em pequenas cidades se gasta menos tempo, dinheiro e energia no transporte. Resultado: redução de poluentes. Distâncias mais curtas poderiam ser feitas a pé ou de bicicleta. Seria a troca de 2h49min diárias de estresse no trânsito, que acaba com a saúde e humor de qualquer um, pela endorfina da atividade física.

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Fontes: Allan Novaes, doutorando em Ciências da Religião (PUC-SP); Caetano Consolo, mestre em Educação Ambiental; Edson Nunes, professor de Teologia do Unasp e mestrando em Poesia Hebraica (USP); Adventist Health Studies 2 (llu.edu/public-health/health), State of World Population 2011 (unfpa.org/swp); Pesquisa Ibope – Dia Mundial sem Carro 2011 (nossasaopaulo.org.br/portal/pesquisas); Vida e Saúde (especial 2007 e janeiro 2012); PEIC julho 2012 (cnc.org.br); e Declarações da Igreja (CPB, 2003). OUT-DEZ

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Ação Mude seu mundo

Texto Danúbia França Design Éfeso Granieri Ilustração Vandir Dorta Jr.

Lição de vida Aprenda

Sangue bom

Ele foi furado 150 vezes e fundou o maior clube de doadores de sangue da América do Sul. Saiba por quê

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EM 1989, ALFREDO QUIROZ teve sua primeira experiência como doador de sangue. Um dia, ao visitar um amigo, soube que o avô dele tinha passado por uma cirurgia e precisava de transfusão. Após a doação, Alfredo percebeu que sua ajuda tinha sido importante para aquela família. Pouco tempo depois, o avô de seu colega havia recebido alta e voltado para casa. A notícia foi recebida por Alfredo com muita alegria. A satisfação de ter feito o bem, levou o professor de espanhol a repetir o gesto 150 vezes, entre doação de sangue e plaquetas. 26 |

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Inicialmente, Alfredo ajudou desconhecidos. Até que o inesperado aconteceu. Em 1995, quem precisou de atendimento foi seu sobrinho, de quem era muito próximo. Carlos Damianof tinha 12 anos e lutava contra a leucemia. Alfredo, que morava em Minas Gerais nesta época, mobilizou grupos em São Paulo para fazer as doações ao sobrinho. O garoto venceu a leucemia, mas acabou adquirindo pneumonia. Infelizmente, mesmo com todos os cuidados prestados pela família, amigos e médicos, Carlos faleceu no Hospital Sírio-Libanês.

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COMO TUDO COMEÇOU Um dos últimos pedidos do garoto ao tio é que ele salvasse vidas por meio da doação de sangue. Alfredo voltou para Minas e iniciou um movimento na igreja local. Em seguida, mudou-se para a Bahia, onde conheceu sua esposa Aruane. Com o apoio dela, em 2003 o casal voltou para São Paulo com a vontade de atender o pedido de Carlos, organizando um grupo de doadores regulares. Foi então que o Clube de Doadores ADV começou, fundado com 15 pessoas em março de 2004. O nome tem a ver com a predominância, mas não exclusividade, de jovens adventistas no grupo. A maioria dos voluntários é aluno do Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp), campus São Paulo. REGULARIDADE Com estratégia, organização e regularidade, o movimento cresceu, ganhou novos adeptos e inspirou o surgimento de outros grupos. O projeto tímido, iniciado há oito anos, hoje conta com milhares de colaboradores. Em 2011, o clube chegou a marca de 6.500 doadores cadastrados. A proposta é incentivar a doação sistemática. Por isso, cada voluntário cadastrado é escalado para doar a cada três meses (homens) e quatro meses (mulheres). Dessa forma, todos os sábados, 45 integrantes se encontram para atender um dos 35 bancos de sangue parceiros. HOMENAGEM A escala é acompanhada de perto por Aruane e segue a ordem de urgência de cada hemocentro ou hospital. Esse sistema de rodízio fez o Clube ADV ser indicado pela revista segmentada Hemasfério como a maior agremiação independente de doação da América do Sul. Mas o reconhecimento não parou por aí. Em junho, o Clube ADV recebeu uma placa em homenagem às 3 mil doações já realizadas pela agremiação no Hospital Sírio-Libanês.

doadoresadv.com.br vidaporvidas.com

PRA SABER +

35 HEMOCENTROS

9 MIL LITROS

DE SANGUE FORAM DOADOS

E HOSPITAIS ATENDIDOS

26 MIL PESSOAS

FORAM BENEFICIADAS

“Para nós, o ideal é a doação por repetição. Assim temos segurança por conhecermos a qualidade do sangue e a garantia de que o doador é regular”, explica Alania Russo, coordenadora de captação de doadores do hospital. MULTIPLICADORES O movimento solidário que começou com a tentativa de salvar uma criança tem influenciado estudantes a adaptar o programa em diversos lugares do Brasil. “Alunos de outras regiões que vivem no sistema de internato do Unasp, quando se formam, voltam para casa e implantam o projeto na cidade em que vivem”, informa Quiroz. O exemplo de solidariedade também é passado de mãe para filho. Desde que o programa foi fundado, Noeli Domingos Borges realizou as doações regulares acompanhada do filho Gabriel. Agora, ao completar 18 anos, Gabriel realizou o sonho de doar pela primeira vez. É COM VOCÊ A promessa que Alfredo fez ao sobrinho foi cumprida. Mas sua missão só está no começo. Hoje, com a esposa e seu filhinho, o desejo deste voluntário é continuar esse trabalho simples e fácil, mas que salva vidas e demonstra o amor de Deus. Para tanto, sua maior capacidade de mobilização, é o exemplo. Alfredo já furou 150 vezes suas veias para ajudar o próximo. E você, como pode ajudar? Além do Clube ADV (doadoresadv.com.br), a Igreja Adventista promove desde 2006 um projeto continental de doação de sangue, plaquetas e medula óssea. A campanha já envolveu 300 mil pessoas e foi reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS). No site do Vida por Vidas (vidaporvidas.com) você encontra materiais de divulgação e orientações sobre como doar. Basta organizar um grupo na sua igreja, escola ou comunidade e arregaçar as mangas. OUT-DEZ

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O Clube ADV, que tem 6.500 doadores cadastrados, foi homenageado pelo Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo

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Lição de vida

Texto Rosemeire Braga Ilustração Carlos Seribelli

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No compasso do Criador

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Na carreira artística, talento não é tudo. Para um jovem pianista, é preciso suor e fé

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SENSIBILIDADE, HARMONIA, PROFISSIONALISMO, intensidade, leveza e emoção. Melhor do que descrever o talento e a dedicação de Richard Kogima, 21 anos, é ouvi-lo ao piano. A trajetória ainda curta, mas promissora, desse jovem pianista é marcada por disciplina, fidelidade e superação de algumas frustações. Kogima tem no currículo a participação em vários festivais nacionais e internacionais e a premiação em alguns deles. Em 2009, ele foi aprovado em duas renomadas universidades de música dos Estados Unidos e passou em primeiro lugar no vestibular de música da USP e Unicamp, sem precisar de cursinho.

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DISCIPLINA ORIENTAL Mas uma carreira promissora não é fruto só de talento. Embora não falte habilidade para Kogima, é preciso muito treino: 4 a 5 horas diárias, de segunda a sexta. Sua disciplina oriental é fundamental para que ele dê conta da rotina de ensaios, aulas da faculdade, elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso e suas atividades como professor da Academia de Artes do Unasp, campus São Paulo. “Músico tem que ter disciplina. Vemos isso na rotina de estudo quase ‘sobre-humana’ de grandes artistas. O talento não isenta ninguém do estudo e na música existem coisas que se aprendem e coisas a ser aprendidas”, enfatiza. Para ele, a disciplina não é uma prisão e sim um caminho para o aprimoramento.

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ROTINA Logo que acorda, Richard lê a Bíblia e ora, é o momento sagrado para sua devoção a Deus. Após

o desjejum, senta ao piano e ensaia até o almoço. À tarde, quando tem aulas na faculdade, vai para a USP. Quando não, dedica-se ao TCC. Com isso, após as 18 horas está livre para aproveitar a companhia da família, participar do culto familiar e descansar. Uma vez por semana ele faz natação. E no lazer gosta tanto de assistir como de jogar tênis. Aos fins de semana, frequenta a igreja, participa no coral e sai com os amigos no sábado à noite. E pela web, Richard mantém amizades internacionais que começou nos festivais. DESAFIOS Na carreira artística, a vaidade e o sucesso a qualquer custo são tentações para um músico cristão, ainda mais com apenas 21 anos. Porém, Richard tem sido fiel aos seus princípios e recompensado por isso. Num concurso realizado nos Estados Unidos, em 2010, Richard participou das três fases da competição. Desde sua inscrição, ele deixou claro para os organizadores que não tocaria na final, caso chegasse nessa etapa e ela continuasse agendada para um sábado. Richard chegou lá e apesar da pressão e imcompreensão de muitos abriu mão de disputar o título por causa de sua fé. No ano seguinte, num festival na Noruega, o desfecho foi diferente. Um dos concertos estava marcado para o sábado à “noite”. O problema é que o pôr do sol nessa região do mundo é às 23 horas. “Os organizadores me disseram que eu teria um tempo extra de apresentação na semana seguinte, por não tocar no sábado. No dia do outro concerto, com tempo a mais, tive o privilégio de ter no auditório o grande pianista Leif Ove Andsnes. Ele é minha referência em muitos aspectos, inclusive por ser simples e respeitoso”, relembra Richard, que havia conhecido o músico em 2008 e viajou para a Noruega só para ver Andsnes tocar. FUTURO Ao que parece, Richard ainda terá muitas histórias para contar e sonhos para realizar. Em 2012, ele termina seu curso na USP e espera estudar o mestrado nos Estados Unidos. Mas ainda que isso não aconteça, a principal lição ele aprendeu: “Os planos de Deus são os melhores para nós. Por isso, é sábio pedir que Ele sempre faça a vontade dEle e não a nossa.” OUT-DEZ

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PLANO B Mas o desempenho brilhante, típico dos japoneses e seus descendentes, não bancou seu sonho de estudar no exterior. É preciso muita grana para conseguir um diploma na terra do Tio Sam. E isso Kogima ainda não tem. “Sem dúvida, essa foi a maior frustração da minha vida. Precisei de tempo para me adaptar à realidade. Mas orei muito sobre o assunto e, apesar de não compreender naquele momento, sabia que isso era de fato o que Deus queria”, reconhece. Ter permanecido no Brasil lhe proporcionou algumas experiências e benefícios. Entre eles, ficar mais tempo com sua família e aproveitar a adolescência de seu irmão, com quem passa quase todos os fins de semana. Além disso, o plano B, estudar na maior universidade do país, parece ter sido um bom prêmio de consolação. “A qualidade da universidade em que estudo é confirmada por minha participação nos festivais internacionais. Destaco o trabalho do professor Eduardo Monteiro, que me prepara para as apresentações. Nos concertos, estou no mesmo nível dos grandes músicos que participam dos recitais. Sem falar que com minha permanência no Brasil tive grandes oportunidades, como reger a Orquestra da USP”, explica.

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Aprenda

Texto Diogo Cavalcanti Ilustração Vandir Dorta Jr.

Como se dar bem no Enem O EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO ENEM veio pra ficar. Por mais que não seja obrigatório, abriu portas para 5,3 milhões de alunos no ano passado. Já é usado por empresas, pelo governo e por universidades na seleção de candidatos, concessão de bolsas de estudo e vagas na faculdade. Por isso, separamos dicas quentes para você gabaritar a prova. TENHA CALMA

DESCANSE PARA A MARATONA

As provas são cansativas. São 180 questões mais uma redação, em dois exames, totalizando 9 horas de teste. Por isso, é importante descansar física e mentalmente na véspera da prova. Também evite excessos na alimentação.

Antes de começar, verifique se o caderno de provas está completo. Não se assuste com as questões difíceis. Comece pelas mais fáceis. Escolha sua estratégia e não perca muito tempo “namorando” perguntas complexas.

HORÁRIO, LOCAL E TRAJETO

No dia do exame é comum candidatos chegarem ao local da prova no último minuto, só para descobrir que o endereço certo fica do outro lado da cidade. Por isso, tenha certeza de onde será sua prova e qual é o melhor trajeto. Se preciso, visite o local antecipadamente.

RALAR É BOM

Embora a prova não chegue ao nível de dificuldade dos grandes vestibulares, é importante estudar muito. Como ela exige a interpretação de textos, tabelas, gráficos e tirinhas, é essencial treinar com provas dos anos anteriores, para você se adaptar ao Enem.

DOCUMENTOS E MATERIAL

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É obrigatório levar o cartão de confirmação (enviado pelos Correios e disponível no site do Enem) e um documento de identificação original com foto. Você só pode levar uma caneta esferográfica de tinta preta e fabricada em material transparente, além de lanchinho, como biscoito e barra de cereais.

Como o exame é elaborado no ano anterior, é preciso resgatar os grandes eventos dos últimos anos, sem se esquecer dos atuais. A redação deve ser um texto dissertativo de até 30 linhas. Textos com menos de oito linhas zeram a nota da redação.

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PREPARO IDEAL

Não acontece só no ano do exame, mas ao longo da vida. A arte de escrever e de interpretar bem, por exemplo, não surge de repente. É preciso desenvolvê-la. E não é só o Enem que exige isso.

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Fontes: Adilson Garcia, diretor do Ensino Fundamental II e do Ensino Médio do Colégio Vértice, em São Paulo; Thaise Pelissari, ex-aluna do Colégio Adventista de Maringá, PR; e site oficial do Enem (enem.inep.gov.br)

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PIT STOP

Responda às questões intensivamente por uma hora. Depois vá ao banheiro e lave o rosto. Essa perda de tempo, na verdade, é investimento.

(DES)ATUALIDADES E REDAÇÃO

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