História da Vida nível 2 Abril de 2012

Page 1

Arqueologia BĂ­blica A armadura do rei

Digitais do Criador Ele estava lĂĄ

Passatempo 26250 - HVN2 - Abril/12

Vertigem

Rithielle

Designer

para crer

Editor

C.Pedag.

C.Qualidade

Depto. Arte

HVN2abril12.indd 1

07/03/12 09:15


Ano 7 - número 2

S

em ler em algum lugar ou alguém lhe falar, você já sentiu uma forte impressão de que Deus existe ou está perto? Vendo um céu estrelado, uma lua cheia ou mesmo o horizonte do mar, muitas pessoas sentem a presença de Alguém maior, que fez tudo. Parece que temos uma verdadeira atração por Deus. E algumas pesquisas já provaram que nosso cérebro tem regiões específicas que estão relacionadas com o sentimento religioso. Pode-se até dizer que o cérebro foi projetado para acreditar em Deus. Alguns defendem que pessoas creem em Deus só porque alguém ensinou. Mas as experiências com o cérebro mostram o contrário. Faz parte do ser humano ter fé em Deus, o que é perfeitamente natural. Pessoas como a americana Hellen Keller, que era cega e surda, mas que afirmava já conhecer a Deus, sem nunca ter ouvido falar nada dEle antes. E você, mesmo sentindo a presença de Deus, ainda tem dúvidas de que Ele existe e Se importa com você? Se o problema é a dúvida, nesta edição de História da Vida, você vai ver mais descobertas científicas sobre pistas de que o nosso cérebro foi planejado, e que ter fé faz parte de nós. Podemos acreditar em Alguém muito mais real do que imaginamos.

Nível 2

Editor:

Michelson Borges Projeto Gráfico e Diagramação:

Rithielle Mareca Capa:

Rithielle Mareca imagem de capa:

Fotolia / Freshidea imagens internas:

Fotolia História da Vida nível 2:

Marca Registrada no Instituto Nacional da Propriedade Industrial, do Ministério da Indústria e do Comércio. Todos os direitos reservados. Não é permitida a reprodução total ou parcial de matérias deste periódico sem autorização por escrito dos editores.

26250 - HVN2 - Abril/12

8992/26250 - Reprodução do Ano 2 - N0 1 Diretor-Geral: José Carlos de Lima Diretor Financeiro: Edson Erthal de Medeiros Redator-Chefe: Rubens S. Lessa Gerente de Produção: Reisner Martins Gerente de Vendas: João Vicente Pereyra Gerente de Didáticos: Alexsander Dutra Chefe de Expedição: Eduardo G. da Luz Chefe de Arte: Marcelo de Souza Coordenadoras pedagógicas: Carmen de Souza e

Doris de Lima CASA PUBLICADORA BRASILEIRA Editora da Igreja Adventista do Sétimo Dia Rodovia Estadual SP 127, km 106, CP 34; CEP:18270-970 - Tatuí, SP Fone: (15) 3205-8800 Fax: (15) 3205-8900

Rithielle

Designer

Editor

C.Pedag.

Nível 2

C.Qualidade

2

Depto. Arte

HVN2abril12.indd 2

07/03/12 09:15

O

ac es m ri as co ol p vi p

fa se cr çã m m

14 “A de no se m ‘N se Le


ais

Crer

O

cantor e compositor Nando Reis escreveu, certa vez, o seguinte: “Infelizmente não acredito em Deus. Digo ‘infelizmente’ pois essa impossibilidade muitas vezes faz da minha vida um trajeto silencioso e solitário. Gostaria de poder dividir com alguém as penúrias e as agruras dessa vida tão complicada. Quantas vezes não quis, eu, olhar para o alto e me sentir amparado pela mão do Senhor, quando me vi impotente diante de tantos perigos...” Por que Nando sente a falta de Deus? Porque o ser humano foi criado para crer. Somos seres com vocação religiosa, mesmo que muitos não queiram admitir isso. Uma das mensagens publicadas na seção de cartas da revista Veja de 14/02/07 chama a atenção de maneira especial. O comentário sobre a matéria “A força da fé”, da edição da semana anterior, é de Marco Aurélio de Carvalho, de Poços de Caldas, MG: “Professor de eletrônica, física e matemática, educado no catolicismo, tornei-me ateu aos 14 ou 15 anos por questionamentos íntimos sem respostas racionais na esfera religiosa. Aos 25, durante uma aula de atomística, ao explicar para alunos de ensino médio a estrutura do átomo, eu disse: ‘Ninguém nunca será capaz de ver um elétron. Mas podemos ver facilmente seus efeitos e seu trabalho maravilhoso (no caso particular, a eletricidade).’ Lembro-me de que naquele instante eu percebi a incoerência do meu ateísmo.”

26250 - HVN2 - Abril/12

Fotolia / Antonio Gravante

ade éu te de os as m m eo us. m as o m as ga us, . de Se da, er de er

Por que

Rithielle

Designer

Editor

C.Pedag.

C.Qualidade

3

Depto. Arte

HVN2abril12.indd 3

07/03/12 09:15


26250 - HVN2 - Abril/12

No livro A Presença Ignorada de Deus, Viktor Frankl (1905-1997), ex-professor de Neurologia e Psiquiatria da Universidade de Viena, faz pensar nessa necessidade humana nem sempre satisfeita. Por ser judeu, Frankl foi enviado para campos de concentração, entre 1942 e 1945, onde perdeu a esposa, a mãe e um irmão. Durante os anos de cativeiro, o que o manteve foi seu grande interesse pelo comportamento humano. Ele observou que aqueles companheiros de prisão que tinham algum tipo de esperança e davam um significado a suas vidas predominavam entre os sobreviventes da selvageria e da fome a que todos haviam sido submetidos. Frankl fala de uma “fé inconsciente” e de um “inconsciente transcendental”, que inclui a dimensão religiosa. Para ele, quando a fé, em escala individual, se atrofia, transforma-se em neurose; e na escala social, degenera em superstição. As palavras de Frankl fazem eco a algo escrito quase um século antes, por Ellen White: “Todos quantos consagram corpo, alma e espírito a Seu [de Deus] serviço estarão constantemente recebendo nova provisão de poder físico, mental e espiritual. Os inesgotáveis abastecimentos ce-

Rithielle

Designer

Editor

C.Pedag.

lestes se acham a sua disposição. Cristo lhes dá o alento de Seu próprio espírito, a vida de Sua vida. O Espírito Santo desenvolve suas mais altas energias para operar na mente e no coração” (A Ciência do Bom Viver, p.159). Dá para dizer que Nando “sente falta de algo” porque, segundo Frankl, não é um homem completo; e, segundo Ellen White, falta-lhe o “alento de Cristo”. Frankl afirma que a consciência mostra nossa origem e a compara ao umbigo. O umbigo só pode ser compreendido a partir da história pré-natal do homem, como sendo um “resto” no homem que o transcende e o leva à sua procedência do organismo materno. Da mesma forma, a consciência só pode ser entendida em seu sentido pleno quando a concebemos à luz de uma origem transcendente. O que falta para Nando – e tantos outros – é dar o passo da fé; subir o monte que lhes trará verdadeira satisfação existencial e senso de que se é completo. E não adianta tentar preencher esse vazio com qualquer outra coisa ou pessoa. Só Deus satisfaz, pois foi Ele quem “pôs no coração do homem o anseio pela eternidade” (Eclesiastes. 3:11).

Ateísmo Atrevido

O biólogo inglês Richard Dawkins e o filósofo norte-americano Daniel Dennet continuam defendendo o ateísmo com “unhas e dentes”. E para substituir o tradicional termo “ateu” e se diferenciar dos que creem, os dois promoveram uma designação alternativa: “Bright” (brilhante, em inglês). Ou seja, somente é “brilhante” aquele que nega a religião e mantém uma visão puramente naturalista do mundo. Só para lembrar, a Bíblia diz que “a vida estava nEle [Jesus] e a vida era a luz dos homens. A luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevalecem contra ela” (João 1:4 , 5). Portanto, ser “brilhante” sem a fonte de luz é um contrassenso.

C.Qualidade

4

Depto. Arte

HVN2abril12.indd 4

07/03/12 09:16

[A es

xa re De

ne E am

de m EB cre de re co pa (Is

é fa qu ve n in

ho fil


sbido m, o do a eu uz

ute são m us ae”

Em 1975, o médico Herbert Benson escreveu um livro intitulado The Relaxation Response [A Resposta do Relaxamento]. Ele desenvolveu uma técnica para ajudar as pessoas a reduzir o estresse, ensinando a relaxar por meio do foco em alguma imagem mental positiva. O Dr. Benson observou que alguns pacientes se beneficiaram mais com a “resposta do relaxamento”. Eles tinham melhor saúde e se recuperavam mais rapidamente que os demais. Eram religiosos, que diziam ter um senso da proximidade de Deus. Ou seja, quem meditava sobre Deus era mais saudável do que quem não o fazia. O médico passou a estudar o que acontecia com essas pessoas. Cientistas observaram as conexões cerebrais, para ver as reações de diferentes partes do cérebro diante de certos estímulos. E localizaram a sede da experiência religiosa no cérebro: uma pequena estrutura em forma de amêndoa chamada de amígdala. O neurocientista Rhwan Joseph concluiu que “a habilidade de ter experiências religiosas tem uma base neuroanatômica”. Isto é, temos religião dentro da nossa cabeça. E Benson enfatiza: “Nossa planta genética faz da crença em um Infinito Absoluto uma parte de nossa natureza. Nossas conexões cerebrais foram feitas para Deus.” A Bíblia concorda com isso: “Ao povo que formei para Mim, para celebrar o Meu louvor” (Isaías. 43:21).

nuir m é a-

“Pessoalmente, acredito que o ateu é um imprudente, pois está pronto a fazer uma aposta de alto risco – a de que não há uma vida além daquela que vemos com nossos olhos e tocamos com nossos dedos – sem dispor de todas as informações.” José Inácio Werneck

uz a”

“Um pouco de filosofia inclina a mente do homem para o ateísmo, mas a profundidade em filosofia o avizinha da religião.” Francis Bacon

26250 - HVN2 - Abril/12

ta m e,

Fotolia / Piotr Marcinski

para Deus

to a nar m

Rithielle

Designer

Editor

C.Pedag.

C.Qualidade

5

Depto. Arte

HVN2abril12.indd 5

07/03/12 09:16


VertigemVertigem Vertigem Vertigem Vertigem

Heber Pintos

Siga as setas em vertigem e descubra o texto bíblico que resume a essência do criacionismo. Mas cuidado: nem todas as palavras pertencem a essa frase.

26250 - HVN2 - Abril/12

há Bí cr m Sa um E

An ao m no ca pa do fil gu de a qu

Rithielle

Designer

Editor

C.Pedag.

C.Qualidade

um co D to re a to m fim o vi Pa

________________________________________________ _________________________________________Salmo 19:1 6

Depto. Arte

HVN2abril12.indd 6

07/03/12 09:16

m lo


_ :1

Saul foi o primeiro rei de Israel. Teve um bom começo como governante, mas com o tempo começou a se afastar de Deus e a desobedecer a Seus mandamentos. Certa vez, na iminência de uma guerra, resolveu consultar uma feiticeira. Foi para a batalha e acabou derrotado pelo exército inimigo. Para não ser capturado e humilhado, acabou se suicidando. Um triste fim para o homem que deveria conduzir o povo de Deus. Aliás, nunca valeu a pena viver longe do caminho apresentado pela Palavra de Deus. O ateísmo está na moda hoje em dia, e há muitos céticos que gostam de criticar a Bíblia, como se ela fosse um simples livro criado por homens religiosos. Mas o que muita gente não sabe é que as Escrituras Sagradas são, além de um livro espiritual, um compêndio de História fiel aos fatos. E a arqueologia está aí para provar isso. Um bom exemplo, entre tantos, está no Antigo Testamento e se refere justamente ao rei rebelde Saul. Samuel diz que após a morte de Saul sua armadura foi colocada no templo de Astarote, que era uma deusa cananeia da fertilidade, em Bete-Seã, ao passo que Crônicas relata que a cabeça do rei foi colocada no templo de um deus filisteu do milho chamado Dagom. Por algum tempo os pesquisadores acharam que devia haver um equívoco e que, portanto, a Bíblia não era fidedigna. Até que os arqueólogos decifraram o enigma. Alguns anos atrás, escavações confirmaram que havia dois templos naquele local. De quem? Um de Dagom e outro de

Astarote. Os edifícios eram separados por um corredor. Os filisteus haviam adotado Astarote como uma de suas deusas. A Bíblia estava certa mais uma vez. Esse tipo de fenômeno tem ocorrido com frequência. A Bíblia faz 36 referências aos hititas, mas os críticos costumavam acusar que não havia evidências de que esse povo alguma vez tivesse existido. Mas alguns arqueólogos que estão escavando na moderna Turquia descobriram os registros dos hititas. Como declarou o grande arqueólogo William F. Albright: “Não pode haver dúvida de que a arqueologia confirmou a historicidade substancial da tradição do Antigo Testamento.” Que a triste lição deixada pelo rei Saul alcance nossos dias – a lição de que não vale a pena desprezar a Palavra de Deus. (Fonte: Lee Strobel, Em Defesa da Fé)

26250 - HVN2 - Abril/12

Heber Pintos

a ase.

Fotolia / Algol

em m em

Rithielle

Designer

Editor

Michelson Borges, Jornalista e mestre em teologia

C.Pedag.

C.Qualidade

7

Depto. Arte

HVN2abril12.indd 7

07/03/12 09:16


26250 - HVN2 - Abril/12

Ele estava lá*

Rithielle

Designer

Onde você estava quando os elétrons bailaram pela primeira vez e o Universo ferveu, aceso, no calor da criação? Por acaso assistiu quando as bolhas de fogo giraram em rodas amarelas, e romperam, com chamas, os limites da escuridão? Você não viu. Nem contemplou o esplendor, pois seus olhos humanos não suportariam o calor. Mas Eu vi! E Eu disse: “Haja luz!” E foi você quem escreveu a melodia que ressoou em ondas, chamando os átomos para dançar com as estrelas? Certamente não foi, pois essa música foi escrita em tons maiores, e veio autenticada com as Minhas chancelas. Você não a compôs. Nem seguiu a melodia, pois sua voz humana não alcança a escala. Mas Eu cantei. E a música inundou os confins do Cosmos. Quem colocou os planetas, os sistemas e as galáxias em sua posição, a deslizar pelo vácuo sideral? Quem organizou essa dança monumental, do micro ao macro, em cada detalhe, fazendo da beleza e da harmonia suas notas musicais? E como você se atreve a dizer (você, fraco, frágil e passageiro): “Eu sou quem observa: sem mim nada existe”? Tolo! Como se vivesse para sempre! Nem viu seu filho se formar no útero da mãe. Ao nascimento do Cosmos, há Um só que assiste. Sim, Eu observei. Eu fiz os traços e dirigi os passos. Eu sou o Senhor da melodia cósmica. Eu estive lá e estou aqui, com você, agora. Sou Eu. Michelson Borges * Paráfrase de um poema de Peter James Cousins, autor do livro Ciência e Fé.

Editor

C.Pedag.

C.Qualidade

8

Depto. Arte

HVN2abril12.indd 8

07/03/12 09:16


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.