História da Vida - Nível 2 - Volume 2

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2015

História da Vida

Nível 2 | Volume 2 OS SERES VIVOS “APARECERAM” NESTE PLANETA POR ACASO? OU FORAM PROJETADOS DE MANEIRA INTELIGENTE? EXISTEM EVIDÊNCIAS DE UM DESIGN INTENCIONAL?

LEIA E DESCUBRA!

Origens da Vida


Origens da Vida

Editor: Michelson Borges Projeto Gráfico: Thays Lóia Diagramação e capa: Thays Lóia Imagem de capa: Fotolia | abhijith3747

História da Vida nível 2: Marca Registrada no Instituto Nacional da Propriedade Industrial, do Ministério da Indústria e do Comércio. Todos os direitos reservados. Não é permitida a reprodução total ou parcial de matérias deste periódico sem autorização por escrito dos editores. 8992/31803 81.500 exemplares Maio-Junho 2015 Diretor-Geral: José Carlos de Lima Diretor Financeiro: Edson Erthal de Medeiros Redator-Chefe: Marcos De Benedicto Redator-Chefe Associado: Vanderlei Dorneles Gerente de Produção: Reisner Martins Gerente de Didáticos: Alexander Dutra Chefe de Arte: Marcelo de Souza Coordenadora pedagógica: Kenia Amazonita CASA PUBLICADORA BRASILEIRA Editora da Igreja Adventista do Sétimo Dia Rodovia Estadual SP 127, km 106, CP 34; CEP:18270-970 - Tatuí, SP Fone: (15) 3205-8800 Fax: (15) 3205-8900

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Por Michelson Borges Em Romanos 1:19, 20, o apóstolo Paulo diz que os atributos invisíveis de Deus, como Seu poder e Sua divindade, podem ser reconhecidos por meio das coisas que foram criadas. Mais ou menos como uma pintura, cujo artista pode ser identificado pelo estilo e pela assinatura; ou como nas investigações criminais, em que os investigadores partem da evidência para o culpado. A questão é: Quem foi o “culpado” pela criação do Universo e da vida? A vida teve um criador? Chegou o momento de analisarmos o argumento teleológico. Em forma de silogismo, ele fica assim (mais ou menos como o argumento cosmológico, que vimos na edição anterior):

1. Tudo o que tem projeto tem projetista 2. A vida tem projeto 3. A vida tem projetista A primeira afirmação (premissa) é bastante óbvia e ninguém duvida dela. Já a segunda precisa ser analisada melhor, porque, se for demonstrada verdadeira, teremos que concluir pela terceira: a vida tem um projetista.

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Fotolia | designua

Comecemos por uma forma de vida tida como uma das mais simples: a ameba. Só em seu núcleo, ela tem tanta informação quanto a dos 30 volumes da Enciclopédia Britânica. E em toda ela há informação suficiente para encher mil enciclopédias! Simples forma de vida?! Agora deixemos a ameba de lado e vamos falar de um ser tremendamente mais complexo: o ser humano. Se fosse impresso como listas telefônicas, o genoma humano formaria uma pilha de volumes de cerca de 170 metros de altura! Pesquisadores da universidade de Harvard, nos EUA, conseguiram armazenar 70 bilhões de cópias de um livro – ou 700 terabytes (100 bilhões de DVDs) – em um grama de DNA. Com quatro gramas, armazenariam os dados digitais criados pela humanidade em um ano. A pergunta é: De onde surgiu toda essa informação? Sabe-se que informação (ainda mais a complexa e específica) não surge do nada. Ela precisa de uma fonte informante.

Fotolia | jcg_olda

O Sonar (Sound Navigation and Ranging), sistema usado para localizar objetos sob a água, foi motivado pelo desastre do navio Titanic, em 1912. Só que bem antes disso alguns animais já utilizavam o Sonar (ecolocalização) com grande eficiência. É o caso dos golfinhos e dos morcegos. Ambos possuem um gene específico chamado prestina e produzem uma proteína – também chamada prestina – com as mesmas especificações estruturais. A prestina executa as mesmas funções nessas espécies distintas, que dependem dela para utilizar o sonar. Se houve evolução, como explicar que duas espécies distantes na suposta história evolutiva tenham desenvolvido o mesmo sistema complexo, de maneira independente? Não parece mais a “assinatura” do Artista?

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Fotolia | Eric Isselee

Evidências MACRO


Fotolia | grigvovan

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Creio que, ao observar uma válvula, qualquer pessoa concluiria que esse mecanismo é fruto de um design inteligente, não é mesmo? Agora pense na girafa. Para que o sangue chegue até o cérebro, o aparelho circulatório dela dispõe no pescoço de muitos vasos sanguíneos com alças (divertículos) que controlam o fluxo sanguíneo para cima e para baixo – são como válvulas que ajudam o sangue a subir até o cérebro e a descer, compensando o rápido aumento de pressão quando a cabeça está abaixada. Não fosse esse sistema de válvulas, a girafa teria um derrame cerebral quando abaixasse a cabeça, e desmaiaria quando a levantasse. É o tipo de sistema que deveria funcionar bem desde o princípio, ou a girafa não estaria aqui hoje para ser estudada.

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Fotolia | Shchipkova Elena

Fotolia | Andrey Armyagov

O Sistema de Posicionamento Global (GPS) foi declarado totalmente operacional apenas em 1995, e seu desenvolvimento custou 10 bilhões de dólares. O GPS criado pelo ser humano consome energia e recebe informações de satélites. O GPS das formigas, por outro lado, pesa quase nada, requer pouca energia para funcionar e não causa dano ao meio ambiente. Nosso planeta é magnetizado e as formigas percebem esse magnetismo graças ao sensor nas antenas; depois elas traduzem essa informação e a enviam para o cérebro.


Evidências micro Vamos para dentro da célula, agora. Cada uma delas tem: · 46 cromossomos · 2 metros de filamento de DNA · 3 bilhões de bases chamadas adenina, citosina, guanina e timina · Aproximadamente 30 mil genes que controlam várias funções

Fotolia | blue ringmedia

· Inúmeras máquinas moleculares (“robozinhos”) que realizam vários tipos de operações · E muito mais! É um verdadeiro mundo miniaturizado. E temos trilhões de células!

fractalfoundation.org

O genoma adota uma organização muito incomum, conhecida como fractal. A arquitetura específica que os cientistas encontraram, chamada “glóbulo fractal”, permite que a célula empacote o DNA em um formato incrivelmente denso – a densidade de informações alcançada é trilhões de vezes mais alta do que a encontrada em uma memória de computador. E isso sem permitir que o genoma se embarace ou dê nós, o que inviabilizaria o acesso da célula ao seu próprio genoma. Além disso, o DNA pode facilmente ser desdobrado e novamente dobrado durante os processos de ativação genética, repressão genética e replicação celular. Design ou acaso?

Origens da Vida

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O enigma da engrenagem Em 2013, foi encontrado no meio de um veio de carvão datado em 300 milhões de anos (segundo a cronologia evolucionista) o dente de uma engrenagem. A peça é de uma liga metálica que não ocorre na natureza e foi claramente moldada por alguém dotado de inteligência. E agora? Os pesquisadores estavam diante de um problemão! Havia apenas três conclusões possíveis:

1. Dinossauros fabricavam peças metálicas? Esqueça. 2. Seres humanos teriam vivido há 300 milhões de

anos? Esqueça. Evolucionistas não acreditam nisso.

3. O método de datação usado pode estar errado Bem, diante disso, alguém propôs o seguinte: a peça só pode ter sido fabricada por um ser inteligente. Quem sabe não tenha caído de uma nave extraterrestre? Por que ninguém propôs que a peça tenha sido fruto de ajuntamento casual de metais ao longo de milhões de anos. Por que é preciso atribuí-la a um ser inteligente? Porque máquinas não surgem. Só que o nosso corpo tem trilhões de máquinas supercomplexas. Quem as criou?

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Fotolia | Javier Fernandez

e aquele carvão ser bem recente? Esqueça. Evolucionistas não admitiriam isso.


Domínio Público

Mas há cientistas que têm feito uma escolha totalmente diferente. Outros dois exemplos: Francis Collins e Antony Flew. Collins foi diretor do Projeto Genoma e ateu por muitos anos. Depois de estudar a fundo a vida, abraçou o cristianismo. Flew era tido como o maior filósofo ateu do século 20. Defendeu o ateísmo por muitos anos. No fim da vida, reconsiderou tudo e também abraçou o cristianismo. Antony Flew

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Wikipedia | Shane Pope

Diante dos fatos expostos aqui e muitos outros, as pessoas se deparam com uma escolha aparentemente simples: Deus criou o Universo e a vida ou ambos surgiram sem a interferência de um ser inteligente. Dois cientistas (entre muitos outros) – Richard Dawkins e Francis Crick – fizeram a escolha deles. Dawkins escreveu em um de seus livros: “A biologia é o estudo das coisas complexas que dão a impressão de ter um design inten- Richard Dawkins cional.” Note que ele admite que parece haver um design inteligente na vida. Mas por que apenas dá a impressão? Porque Dawkins é ateu. Ele escolheu não crer. Essa decisão é filosófica, não científica. E ele interpreta a realidade de acordo com essa “lente”. Francis Crick, o codescobridor do DNA, disse: “Os biólogos devem ter sempre em mente que aquilo que veem não foi planejado, mas evoluiu.” Por que devem ter isso sempre em mente? Porque a mente deles, aos estudar a complexidade observada na natureza, se sente tentada a concluir que aquilo foi intencionalmente criado. O ateísmo mais uma vez Francis Crick serve de barreira.

Domínio Público

Wikipedia | Marc Lieberman

Fotolia | oliverfiction96

Escolhas

Francis Collins

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Seguindo as evidências

Stephen Hawking

Michelson Borges é jornalista, mestre em Teologia e autor dos livros A História da Vida, Por Que Creio, A Descoberta, entre outros

Texto e ilustração: Michelson Borges

Domínio Público

No livro Deus em Questão, o psiquiatra e professor da escola de Medicina de Harvard Armand Nicholi compara a experiência de dois ateus: Sigmund Freud e C. S. Lewis. Ambos tiveram relacionamentos complicados com os pais e até os odiaram. Nicholi sustenta que Freud e Lewis construíram sua imagem de Deus a partir desse relacionamento complicado. Ocorre que C. S. Lewis se tornou cristão e perdoou o pai. Freud, ao que tudo indica, não. O ateísmo dos dois – como é muito frequente – era mais subjetivo e emocional do que racional. Outro exemplo disso pode ser encontrado na vida do famoso físico e cosmólogo Stephen Hawking. Em seu livro Minha Breve História, ele revela que foi obrigado por um tutor a ler grandes porções de uma versão antiga da Bíblia e a escrever redações todos os dias. Isso parece tê-lo marcado negativamente. Sócrates dizia que é preciso seguir as evidências, levassem aonde levassem. O problema é que o preconceito e as experiências emocionais podem desviar alguns do caminho e fazer com que abracem ideologias que os levam, na verdade, a negar as evidências. Lembre-se de que, como disse Richard Whately, mais importante do que ter a verdade do nosso lado é estar do lado da verdade.

Para obter mais informações e materiais de apoio, acesse www.historiadavida.com.br


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