Página UM 82

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Para identificar os alunos-repórteres que fizeram o Página UM ao longo de 82 edições, consulte a legenda da página 8

Jornal-laboratório do Curso de Comunicação Social, habilitação em Jornalismo, da Universidade de Mogi das Cruzes • Produzido pelos alunos do 6º período de Jornalismo ANO XII • NÚMERO 82 • NOVEMBRO-DEZEMBRO / 2011 • DISTRIBUIÇÃO GRATUITA • E-MAIL: paginaum@umc.br 2

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editorial

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a edição 81 anunciamos que o Página UM tem história. Nesta edição, o leitor tem em mãos um fragmento dessa história.

O Página UM tem quase 13 anos de publicação ininterrupta. Por meio das suas páginas, muitos estudantes tomaram contato pela primeira vez com a prática do jornalismo impresso. Para muitos, a primeira entrevista, a primeira fotografia jornalística, o primeiro texto publicado, têm tanta importância que nunca serão esquecidos. É o que se lê, repetidamente, nas matérias produzidas pelos atuais alunos-repórteres, que procuraram os colegas que os procederam na produção do Página UM para saber o que pensam do jornal no qual iniciaram a carreira. A recente vitória em primeira votação no Senado da PEC 33/2009, que restabelece a obrigatoriedade do diploma em Jornalismo para o exercício da profissão, é uma declaração pública da relevância social do jornalismo ético e sério. Na mesma medida, reafirma a importância dos cursos de Jornalismo na preparação dos novos profissionais da imprensa, bem como dos produtos laboratoriais neles desenvolvidos.

Foi justamente com a intenção de reafirmar o valor da formação específica de qualidade, que os alunosrepórteres do Página UM decidiram concluir o ano letivo com uma edição voltada para a própria história do jornal. Que a leitura dos textos e das imagens proporcione prazerosas lembranças. 52

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memória novembro-dezembro / 2011

Quem fez o Página UM em 2011

Trampolim para os jornalistas do futuro

Aline Sabino

Angélica Ribeiro

Fernanda Santos

Flávia Faria

Luana Nogueira

Thiago Rodrigues

Thamirys Marques

Renata Rubilar

Loriane Vicentini

Cláudia Soares

Ariane Noronha

Gabriela Pasquale

Vivian Fernandes

Giselle Fornaza

Larissa Murata

Renata Sousa

Rodrigo Dias

Leandro Morais

Luiz Henrique Araújo

Felipe Figueira

Rodrigo Barone

Eric Pereira

Lucas Cachoni

Gláucia Francisco

Professores-editores atuais e antigos

Sérsi Bardari

Roberto Medeiros

Cristina Schmidt

William Araújo

Fábio Aguiar

Osni Dias

Solange Bazzon

Esse é meu meu último texto publicado no Página UM. Foi nessa página que eu publiquei meu primeiro texto. Lembro que na ocasião o jornalista Armando Nogueira havia acabado de morrer e eu cheguei na redação dizendo “Vou escrever uma crônica sobre o Armando Nogueira.” O professor me olhou e disse: “se você conseguir escrever, eu publico”. A crônica

Jornal-laboratório do Curso de Comunicação Social, Habilitação Jornalismo, da Universidade de Mogi das Cruzes (UMC)

tinha cerca de 3 mil caracteres e se chamava “ Ao mestre com carinho”. Foi publicada nessa mesma página 2, em que hoje publico meu último texto como universitário. O Página UM marcou o início da carreira de muitos jornalistas que hoje fazem sucesso em grandes veiculos de comunicação, como é o caso de Gisele Hirata que trabalha nas revistas da editora Abril. Ainda estudante, Gisele participou da Semana Estado de

Elizeu Silva

Jornalismo e ganhou o Prêmio Santander Jovem Jornalista, que consiste num curso de 6 meses na Universidade de Navarra, na Espanha, com todas as despesas pagas. Jornais- laboratório como o Página UM são muito importantes para o aprendizado do jornalismo. No dia-a-dia da redaçao o aluno entra em contato com todos os processos que envolvem o fazer jornalistico, desde a elaboração das pautas até a apuração e ela-

Ao longo dos últimos 13 anos, o Página UM tem sido tudo o que os estudantes do curso de Jornalismo mais esperam quando ingressam na faculdade: a primeira experiência prática com a profissão que pretendem seguir pelo resto de suas vidas. Todos os processos que compõem a produção do jornal contam com a participação ativa dos alunos. São eles que vêm com ideias de pautas para suas respectivas editorias. Depois, apuram, entrevistam, fotografam, escrevem e diagramam as páginas. Tudo, é claro, passa pela supervisão dos professores. Afinal de contas, ninguém, por mais promissor que seja, vai conseguir acertar todos os passos logo de primeira. É natural que isso aconteça. Como diz o ditado, é errando que se aprende. Um outro chavão popular se aplica à experiência do Página UM: a de que a primeira vez, a gente nunca esquece. Ah, essa faz muito sentido. Da mesma forma que qualquer pessoa do mundo se lembra do primeiro emprego, do que fez com o primeiro salário, da primeira bebedeira, da primeira..., os jornalistas se lembram da primeira vez que seguraram um bloquinho de anotações para entrevistar alguma fonte qualquer para uma determinada matéria. É muito provável que esta primeira vez tenha sido à serviço do Página UM. Também não é difícil que o aluno em questão tenha ido para a pauta imaginando ser, na verdade, um repórter que escreve para algum jornal de circulação nacional. Depois de cada edição concluída do jornal, vem a sensação de dever cumprido. É um prazer semelhante, por exemplo, à que a endorfina proporciona a quem acaba de praticar exercício físico. É normal que os alunos, satisfeitos com o trabalho feito, levem montes de exemplares para casa e os distribuam para amigos, vizinhos, primos, pai, mãe, tia, qualquer tipo de gente com quem tenham algum contato. A turma que ajudou a construir a história do Página UM é grande. Nesses 12 anos, o jornal serviu de trampolim para muita gente que hoje trabalha com competência nas áreas que atuam. Seja na televisão, rádio, internet, assessoria de imprensa ou, até mesmo, nos jornais de circulação nacional que imaginavam fazer parte na época de estudantes.

Na página 2 do Página UM

boração do texto, finalizando com a diagramaçao do jornal. Depois que escrevi no Página UM estagiei durante alguns meses em um jornal diário e pude comprovar todos os processos que aprendi durante o tempo de aluno-repórter. Além disso foi no Página UM que aprendi a me portar profissionalmente. Portanto posso falar que muito do jornalista que me tornei foi moldado no Página UM.

EDIÇÃO 82 – NOVEMBRO-DEZEMBRO / 2011 Fechamento em 5 de dezembro de 2011 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Avenida Dr. Cândido Xavier de Almeida Souza, 200 CEP 08780-911 – Mogi das Cruzes, SP Tel.: 11 4798-7000 – E-mail: paginaum@umc.br O jornal-laboratório Página UM é produzido por alunos no contexto do Projeto Superação (Patamar Exercer), em conformidade com o Projeto Pedagógico do curso de Jornalismo, aplicado no 5º e 6º Períodos do curso. Professores orientadores: Elizeu Silva – MTb 21.072 (Edição e Planejamento Gráfico), Fábio Luiz Marins Aguiar (Fotojornalismo) e Solange Bazzon (Revisão). Apoio: LAB-Info UMC. Secretária de Redação: Larissa Murata. Fechamento: Elizeu Silva e Bruno Naure Edição produzida pelos alunos do 6º Período: Aline Afonso Sabino, Angélica de Oliveira Souza Ribeiro, Ariane Sabrina de Noronha, Claudia Beatriz Soares, Eric Bruno de Souza Pereira, Felipe

Pode ser que a atual safra de colaboradores tenha representantes nos meios de comunicação mais renomados do país, trabalhando em cobertura de eventos importantes, ao lado de gente conhecida no meio jornalístico. Não importa onde estejam, esses estudantes vão se lembrar da experiência que tiveram no Página UM no início das respectivas carreiras. Serão exemplos que os estudantes que virão em gerações futuras irão procurar se espelhar. E, para isso, saberão que terão no jornal da faculdade uma ótima oportunidade para ganharem experiência e ficarem melhor preparados para as duras exigências da carreira jornalística.

Figueira da Silva, Fernanda Cristina dos Santos, Flávia Faria Santos, Gabriela Hosomi Pasquale, Giselle Barreto Fornazza, Glaucia André Francisco, Larissa Miki Murata, Leandro de Castro Morais, Loriane Amaral Vicentini, Luana Aparecida Nogueira, Lucas Cachoni de Morais, Luis Henrique de Araújo Diogo, Renata Cardoso Rubilar, Renata de Sousa Leite, Rodrigo Dias dos Santos, Rodrigo Luiz Barone, Thamirys Marques Correia, Thiago Rodrigues Gonçalves, Vivian Fernandes Martins Silva.

UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES – UMC Chanceler: Prof. Manoel Bezerra de Melo. Reitora: Profa. Regina Coeli Bezerra de Melo. Vice-Reitor Administrativo e Financeiro: Eng. Jesus Carlos Paredes González. Vice-Reitor Acadêmico: Prof. José Augusto Peres. Pró-Reitora de Graduação: Profa. Eliana Rodrigues. Pró-Reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão: Prof. Luiz Roberto Nunes. Pró-Reitor Administrativo e Financeiro: Jorge Kowalski Salvarani. Coordenador do Curso de Comunicação Social – Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Rádio e TV: Prof. Dr. William Araújo


3 PĂĄgina UM simula rotina jornalĂ­stica

memĂłria

novembro-dezembro / 2011

No jornal-laboratório iniciado hå 13 anos, alunos tomam contato com o cotidiano das redaçþes /

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o longo de 82 ediçþes, o jornal-laboratĂłrio PĂĄgina UM, do curso de Jornalismo da Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) proporcionou aos alunos a possibilidade de vivenciarem todas as etapas do fazer jornalĂ­stico. Desde que foi criado, o jornal passou por diversas mudanças mas manteve o compromisso de servir como primeira experiĂŞncia para muitos jornalistas que hoje atuam em redaçþes de diversos veĂ­culos e assessorias de Comunicação. Mais de 1750 matĂŠrias foram redigidas por cerca de mil alunos que passaram pelo curso de Jornalismo da UMC no perĂ­odo. Enquanto o destaque da edição nĂşmero 1, de abril de 1998, era o “provĂŁoâ€? instituĂ­do pelo MinistĂŠrio de Educação e Cultura (MEC), a edição anterior a esta trouxe como um dos destaques, matĂŠria sobre o Expresso TurĂ­stico da CPTM, que nos fins de semana permite fazer um passeio cultural entre as estaçþes Luz e Mogi das Cruzes. Criado em 2009, possivelmente o roteiro turĂ­stico nem estava no papel quando o PĂĄgina UM surgiu. Atualmente, cada aluno escreve uma reportagem para determinada editoria, sendo

que todo conteúdo Ê focado em assuntos relacionados ao Alto Tietê. O jornal Ê produzido pelos alunos do 5º e 6º períodos que, durante o ano, fazem quatro ediçþes. Nos primeiros anos de existência do jornal, o desafio era maior: eram publicadas oito ediçþes anualmente e boa parte dos alunos assinava mais de uma matÊria por edição. AlÊm disso, as primeiras ediçþes contavam com reportagens de abrangência nacional, ao passo que, hoje, todo conteúdo refere-se às cidades da região. AtÊ o edição 24, última do ano 2000, o jornal era produzido pelos alunos do quarto ano. Os jornais-laboratório existem por determinação do MEC. O Pågina UM sofreu diversas mudanças atÊ chegar ao formato atual. Em anos anteriores, chegou inclusive a contar com a participação de alunos do curso de Publicidade e Propaganda da UMC, que produziam anúncios. Durante dois anos, o jornal era entregue nas casas dos bairros próximos à Universidade. Outro período marcante foi produção comunitåria do jornal, com a participação da associação de moradores do Mogilar. Infelizmente a tentativa de tornå-lo comunitårio não foi para frente. A

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MĂĄrio SĂŠrgio ĂŠ a fonte mais entrevistada do PĂĄgina UM

Antes sem abrangĂŞncia definida, com o tempo o PĂĄgina UM tornou-se um jornal regional

apresentação do jornal tambĂŠm sofreu variaçþes ao longo do tempo: diminuiu de tamanho, para depois voltar ao formato original, mudou de papel, teve impressĂŁo colorida e em preto e branco, ganhou novos logotipos etc. “O jornal contribuiu para aprimorar os conhecimentos que eu jĂĄ havia adquirido nas ruas, durante os trĂŞs anos em que estagiei no jornal O DiĂĄrio. A rotina de escrever todos os dias ajuda a desenvolver a tĂŠcnica, mas o jornal-laboratĂłrio permite ousar, experimentar temas diferentesâ€?, afirma a jornalista DĂŠbora Barros, que atuou no PĂĄgina UM em 2009. O PĂĄgina UM faz parte da histĂłria de muitos jorna-

listas ativos no mercado de trabalho. AtĂŠ hoje, seis coordenadores do curso de Comunicação Social da UMC assinaram o expediente do jornal. Muitos outros professores colaboraram para a vida profissional de cada jornalista que teve o inĂ­cio da carreira registrado nas pĂĄginas do jornal. “O PĂĄgina UM ĂŠ muito importante para a vida profissional do estudante por simular uma redação de verdadeâ€?, afirma Cristina Schmidt, professora doutora que coordenou o curso de Comunicação Social de 2005 atĂŠ o primeiro semestre de 2011. “Foi importante fazer parte do PĂĄgina UM como professora e, como coordenadora, de um modo mais completoâ€?.

A habilitação em Jornalismo, do curso de Comunicação Social da Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) jå contou com vårios jornais-laboratório. Os mais recentes são o Jornal Comunitårio, que circulou de abril de 1998 a dezembro de 2003, e o Pågina UM, que tambÊm começou a circular em 1998. Como qualquer publicação, os jornais passaram por mudanças gråficas na busca por uma identidade. O responsåvel pela maior parte das transformaçþes foi o professor Osni Dias, graduado na pró-

pria Universidade e com experiĂŞncia anterior em editoração. A ideia para o primeiro projeto grĂĄfico do PĂĄgina UM veio ao professor Dias durante uma viagem a Buenos Aires, quando se deparou com o jornal local PĂĄgina 12. O “UMâ€?, de PĂĄgina UM, remete Ă s iniciais de “Universidade de Mogiâ€?. Com o nome em mente, faltava a criação do logotipo. O jornal O Globo, cujo logotipo trazia fontes em azul e vermelho, serviu de inspiração. Nesse mesmo pique de inovação e de se manter a par dos principais jornais da ĂŠpoca, o logotipo do PĂĄgina UM sofreu outras trĂŞs modifica-

Esta edição do PĂĄgina UM faz uma homenagem aos alunos que trabalharam no Jornal. Em 13 anos de existĂŞncia, os alunos-repĂłrteres escreveram diversas matĂŠrias e contaram com a ajuda de muitas fontes. Afinal, a fonte muitas vezes ĂŠ a alma da notĂ­cia. Desde 1998, os professores aparecem no PUM. Naquele ano, o mais procurado para entrevistas foi o Coordenador do curso de Comunicação Social, prof. JosĂŠ Carlos Aronchi. Ele aparece principalmente na pĂĄgina 2, que na ĂŠpoca era destinada a assuntos relacionados Ă Universidade. De modo geral, coordenadores e gestores de Cursos foram os mais procurados. Ao longo dos 13 anos, nada menos que 133 matĂŠrias tiveram como fonte professores de ĂĄreas como Direito, Comunicação, Medicina, Educação FĂ­sica, Odontologia, Pedagogia, Psicologia, etc. Ao todo, foram entrevistados 64 professores. O grande campeĂŁo, com presença em mais de 8% das matĂŠrias, ĂŠ o historiador e professor MĂĄrio Sergio de Moraes. Com doutorado em HistĂłria, ele leciona na UMC hĂĄ 29 anos e hoje trabalha nos cursos de Comunicação Social, Administração e Direito. Dos “professores-fontesâ€?, 21 eram ou ainda sĂŁo do curso de Comunicação. MĂĄrio Sergio jĂĄ lecionou em todos os cursos da ĂĄrea de Humanas e tambĂŠm no curso de Medicina. “Tenho um grande carinho pelo PĂĄgina UM. É o passo inicial de alunos que se tornarĂŁo grandes profissionais. Eu acho que o curso de Jornalismo tem prestado Ă Universidade um sĂ­mbolo Ă­mpar pela formação do quadro de profissionais. E todos começaram no PĂĄgina UMâ€?, afirma. Em segundo lugar no ranking dos professores mais entrevistados, ficou Armando SĂŠrgio da Silva, que participou de nove matĂŠrias. Ele foi coordenador do curso de Comunicação Social de 2001 atĂŠ 2005. -

Busca de identidade fez

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Professor Osni Dias (esquerda) e o então aluno Artur Guimarães (lado) foram os responsåveis pelas principais mudanças gråficas no Pågina UM. O logotipo teve vårias versþes

çþes. A segunda lembrava o da Folha de S. Paulo. Na terceira versĂŁo, foi acrescentado um “Câ€? estilizado combinado com a letra “Mâ€?, transformando o “UMâ€? em “UMCâ€?.

Essas mudanças tambÊm foram feitas pelo professor Dias. A última mudança, usada atÊ hoje, foi feita pelo ex-aluno Artur Guimarães, que se inspirou nos europeus

The Guardian e Le Monde. “As mudanças acontecem porque mudar ĂŠ necessĂĄrio para manter o jornal jovemâ€?, relata Dias. AlĂŠm do logo, no decorrer de sua existĂŞn-

cia o Pågina UM mudou o formato de germânico, para standard, e depois novamente germânico. E com todas essas mudanças o jornal encontrou sua identidade gråfica.

Medeiros descarta aversĂŁo do PUM a temas polĂ­ticos

O jornal-laboratĂłrio do curso de Comunicação Social – Jornalismo, PĂĄgina UM, começou a ser desenvolvido pelos alunos-repĂłrteres em 1998. O intuito do jornal ĂŠ dar a vivĂŞncia jornalĂ­stica aos alunos, para que eles estejam preparados a enfrentar as dificuldades do mercado do trabalho. Em 13 anos de existĂŞncia diversos temas foram abordados em editorias tĂ­picas de um jornal diĂĄrio. MatĂŠrias relacionadas Ă UMC rechearam as pĂĄginas de Campus, e o cotidiano das cidades do Alto TietĂŞ aparecerem em Cidades, Comportamento, Cultura e PolĂ­tica. A editoria de PolĂ­tica cau-

sa dĂşvidas, e atĂŠ um certo alvoroço entre os estudantes atĂŠ os dias de hoje. Afinal de contas o que ĂŠ polĂ­tica? É possĂ­vel fazer um jornal que nĂŁo aborde questĂľes polĂ­ticas? DĂĄ para falar do cotidiano nĂŁo factual sem entrar em assuntos relacionados Ă s administraçþes municipais, estaduais e atĂŠ nacionais? O mestre Roberto Medeiros esteve Ă frente do PĂĄgina UM entre 2004 e o primeiro semestre de 2011. Na condição de professor que permaneceu maior tempo na função de editor, ele comenta sobre a linha editorial do jornal e desmistifica a suposta aversĂŁo do PUM por temas polĂ­ticos. “Nada impede que assuntos da esfera polĂ­tica sejam objeto de pauta. O jornal jĂĄ abor-

dou o plebiscito sobre porte de arma, reportagens sobre o projeto e a posterior Lei conhecida como Mogi Limpa; projetos de carĂĄter educativo e cultural que se realizam sob a ĂŠgide de poderes executivos

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municipais no Alto Tietê; projeto sobre uso de sacolas biodegradåveis em supermercados�. Medeiros destaca que durante os anos que respondeu pelo jornal, em momento algum sofreu censura. #

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Prof. Roberto Medeiros, que permaneceu Ă frente do PĂĄgina UM de 2004 ao primeiro semestre de 2011

Eleiçþes 2002: um fato marcante para a política e tambÊm para os alunos-repórteres

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Ex-aluna atua como jornalista no Japão Distância não apagou o carinho pelo jornal: “Minhas primeiras matérias foram publicadas no PUM” F

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Thassia Ophata mantém contato por e-mail com alguns professores e desta forma consegue se manter informada sobre o Página UM e o curso de Jornalismo >

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hassia Ophata saiu do país em 2005 e foi trabalhar do outro lado do mundo. Jornalista da Revista Alternativa, que circula entre a comunidade brasileira no Japão, ela estudou

na Universidade de Mogi das Cruzes de 2001 a 2004, anos durantes os quais atuou no jornal-laboratório Página UM. Segundo ela, as experiências no jornal-laboratório influenciaram bastante a escolha do segmento dentro do

Jornalismo em que pretendia atuar. “Foi com o Página UM que percebi que a minha ‘praia’ é mesmo o jornalismo impresso. Minhas primeiras matérias foram publicadas neste veículo”, afirma. Segundo Ophata, o último semestre da faculdade

foi decisivo para o início da carreira. Ela descobriu uma oportunidade de trabalhar como jornalista no Japão e resolveu se arriscar. “Para a minha surpresa, alguns meses depois de ter enviado meu currículo, recebi a proposta de vir para cá. Em junho de 2005, depois de negociações, e tendo já o diploma nas mãos, viajei para o Japão e assumi o emprego”, conta. Entre idas e vindas, acumulou experiências e notou algumas diferenças na maneira de fazer jornalismo nos dois países. “Aqui no Japão é diferente. O repórter faz tudo. E isso acontece em praticamente todos os lugares”. Desde que foi para o Japão, Thassia visitou o Brasil algumas vezes. Em uma delas, veio à UMC para rever ex-professores e antigos amigos. Além disso, ela mantém contato com antigos professores por meio de redes sociais, fato que mostra que mesmo estando em outro continente, ela se mantém presente e interessada pelos acontecimentos de um jornal que foi tão importante na sua formação: o Página UM.

Assessora de Imprensa de Itaquá fala sobre vida profissional F

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Neirylene Cunha de Sena formou-se em Jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) em 1999. Hoje a ex-aluna é mestre em Semiótica e Tecnologia da Informação e da Educação e há dez anos trabalha na assessoria de imprensa da Prefeitura de Itaquaquecetuba, responde pelos periódicos “Alto do Tietê” e “Jornal Itaquaquecetuba”, ambos de Itaquá, e ainda encontra tempo para lecionar. Neirylene afirma que sempre soube que seria jornalista. Ela conta que quando era criança se diferenciava das outras por gostar de assistir telejornais e programas de entrevista. Estudiosa, diz que a leitura sempre fez parte da sua vida e que isso foi fundamental para desenvolver a escrita. A jornalista conta que

Ex-aluna é assessora de imprensa da Prefeitura de Itaquaquecetuba, editora de jornais e professora

na época em que produzia o Página UM, havia muita expectativa entre os alunos para ver textos e fotos publicados no jornal. “Éramos pautados pelos professores. Saíamos em busca das fontes durante a semana e, no sábado, após a aula, produzíamos o jornal”. Ela lembra das dificuldades que teve, como todo repórter iniciante. Porém, afirma que a experiência de atuar num jornal-laboratório

contribuiu muito para o começo da carreira. Ela montou um portifólio com as matérias produzidas, material que levava consigo quando saía em busca de oportunidades. A estratégia funcionou, pois conseguiu fazer um free-lancer no Caderno Cotidiano, do jornal Folha de S.Paulo. Assim que terminou a faculdade, Neirylene começou a trabalhar na assessoria de imprensa da Prefeitura

de Itaquaquecetuba, função na qual permanece até hoje. Satisfeita com a escolha, ela afirma ter baseado sua decisão profissional nas tendências de mercado, e acredita que Assessoria de Imprensa é o campo mais promissor na área da Comunicação. A assessora mostra-se preocupada em relação à queda da obrigatoriedade do diploma, e acredita que isso afeta a credibilidade do jornalismo e de todos que atuam na área. “Para trabalhar com comunicação é preciso conhecer as linguagens, e saber como transformar informações em notícias veiculáveis”, diz a assessora. “O jornalismo não é uma profissão estritamente técnica, pois agrega outros conhecimentos. Estudamos e produzimos conteúdos baseados nos estudos das Ciências da Comunicação”, enfatiza a ex-aluna.

Jornalista da Veja.com revela detalhes do início da carreira F

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A jornalista Renata Honorato, formada na Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) em 20 03, demonstra satisfação com a escolha da profissão. Com atuação no jornal Página UM entre os anos 2001 e 2003, ela afirma que gostava do que fazia, e a experiência de ser aluna-repórter foi ótima: “Bons tempos aqueles”. Atualmente Renata é editora assistente do site da revista VEJA. “Cubro tecnologia, games e cultura digital para a revista”, explica. Antes, ela fez parte de um projeto do portal IG, intitulado “Arena IG”. Ela explica que tudo começou com o fim de

um estágio no próprio portal. “Mandei um e-mail para o presidente pedindo a renovação, de um jeito ou de outro ele leu o e-mail e fui remanejada para o Arena. Depois disso foi trabalho atrás de trabalho”. Ela diz que ao longo da carreira muita coisa mudou em sua experiência profissional, mas que o estilo de trabalho segue o mesmo padrão da época do Página UM “É difícil explicar, porque os processos são diferentes em cada veículo. Mas a experiência é muito rica no que diz respeito à importância do prazo, entende? O prazo é um dos itens que não muda, indiferentemente de ser jornal impresso, revista, TV ou site em

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Desejo de um mundo melhor fez editora do site da TV Diário escolher jornalismo F

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Fernanda Lourenço acredita na informação como instrumento para a transformação do mundo 1

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A jornalista Fernanda Lourenço se formou em Jornalismo na Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) em 2006. Ela afirma que a escolha da profissão foi motivada pelo desejo de mudar o mundo. Fernanda afirma que, tendo este objetivo em mente, procurou ser uma aluna dedicada durante os quatro anos de curso. Ela participou de diversos projetos acadêmicos importantes, e foi secretária de redação do jornal-laboratório Página UM. “Eu gostava de fazer o Página UM, porque quando comecei a faculdade queria trabalhar no meio impresso. Me lembro de uma edição especial que fizemos sobre a Festa do Divino”. Apesar da preferência inicial pelo impresso, Fernanda acabou seguindo trajetória diferente na profissão. “Meus cami-

nhos profissionais nunca me levaram ao impresso. Trabalhei em rádio, em TV e atualmente sou editora do site da TV Diário. O jornal Página UM foi a única experiência que tive em impresso. Tudo que sei sobre essa área aprendi lá e gostei muito”. O primeiro estágio da jornalista foi na rádio Transcontinental. O desejo de conhecer os outros meios de comunicação a levou para o meio televisivo. Fernanda começou a estagiar na TV Diário quando sequer havia remuneração para estagiários. Entretanto, ela persistiu. O esforço foi reconhecido: após a contratação, de estagiária Fernanda passou a produtora, repórter e editora. Atualmente é editora do site da TV Diário e tem uma produtora de vídeos comerciais em parceria com o marido, Marcelo Carloni. Fernanda Lourenço concedeu uma breve entrevista à reportagem do Página UM:

Porque você escolheu o Jornalismo como profissão? Fernanda Lourenço: Eu achava que a informação era essencial como ferramenta para mudar o mundo. Eu tinha a ilusão de que o jornalista tinha o poder de mudar o mundo e melhorar a vida das pessoas. Eu escolhi a profissão principalmente por esse motivo e também porque eu sempre gostei de escrever. Depois percebi que não é tão fácil assim mudar o mundo, mas mesmo assim eu continuo achando que a informação é uma maneira muito importante para tentar mudar o mundo. Eu me sinto feliz por poder disponibilizar informação de qualidade para as pessoas. Qual foi a contribuição dos professores do curso de Jornalismo na sua formação? FL: Os professores, na medida do possível, ajudaram sim, mas o esforço do aluno é muito importante. Depende muito mais do aluno do que do professor, mas é claro que ele é essencial. Quando o aluno demonstra disposição para aprender o professor sente vontade de ir mais além. Eu agradeço os professores que tive, mas também sei que me esforcei muito para alcançar meus objetivos. Por quais experiências profissionais você já passou? Qual foi mais importante? FL: Eu já fui repórter da TV Diário. Também já fui produtora, que é uma das funções mais difíceis do Jornalismo, mas eu gostava porque sempre adorei estudar e pesquisar assuntos novos.

Especializada no universo dos videogames, Renata Honorato viaja o mundo atrás de novidades

que você trabalhe”, completa. A quem deseja tranformar o jornalismo em carreira profissional, Renata aconselha: “Entrar na área depende unicamente de você. Mande seus

textos para as pessoas certas, trabalhe sua lista de contatos e ofereça-se para freelar. Estudar é muito bom, pois nessa área é necessário saber escrever e bem”.

Qual é o caminho das pedras? Qual a dica para os alunos que estão se formando? FL: Para quem está começando um estágio é muito importante dar tudo de si, demonstrar interesse, vestir e suar a camisa e ser criativo, ter iniciativa. Já para quem ainda não está estagiando, a dica é: corra atrá. Estagiar é importantíssimo para que o jornalista se torne um bom profissional.


5 Nova paisagem, outros problemas

memória

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Cinco anos após a matéria da aluna-repórter Gisele Rosa, voltamos à Praça 1º de Setembro b

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s prédios lado a lado, alguns com aspecto moderno, se juntam ao piso preto e branco de formas geométricas. Nos canteiros, árvores robustas ganham iluminação colorida durante a noite. Aliás, é justamente à noite que a imagem bucólica da praça Prefeito Francisco Ribeiro Nogueira, mais conhecida como Praça 1° de Setembro, adquire contorno assustador. Comerciantes dos arredores dizem que o tráfico de drogas é comum na área que já serviu como ponto final dos ônibus municipais e que integra o centro histórico da cidade. Cinco anos, o mesmo local chamou a atenção da então estudante do 3° ano de Jornalismo da Universidade de Mogi das Cruzes (UMC), Gisele Rosa. Na ocasião, Gisele fez matéria para o Página UM sobre problemas enfrentados pelos comerciantes da área. Furtos, assaltos e roubos eram as grandes preocupações da época. Segundo Gisele, a experiência de ir para a rua e conhecer a realidade de outras pessoas foi uma experiência enriquecedora que lhe ensinou mais sobre a profissão. “Foi um exercício que me fez experimentar o arroz com feijão do jornalismo. Fui a campo, apurei as informações, voltei para a redação da faculdade com a notícia de uma situação real que o bairro estava enfrentando na época. A pauta tinha um importante viés de interesse público. Senti-me uma verdadeira jornalista, embora estudante, porque estava no meio de outros jornalistas de veículos da região que cobriam a mesma pauta”, relata.

Comerciantes da praça Prefeito Francisco Ribeiro Nogueira, mais conhecida como 1º de Setembro, relatam melhorias feitas na praça. Porém, novos problemas observados no local preocupam cidadãos d

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Gisele Rosa, autora da matéria sobre a praça, atualmente trabalha como assessora de imprensa

Hoje com 33 anos e atuando como assessora de imprensa, ela garante que a participação no Página UM a fez amadurecer profissionalmente. “O bacana é que no jornal-laboratório você é pauteiro, re-

pórter, fotógrafo, diagramador e editor. Então é uma forma de você aprender na raça. Depois da graduação vejo a vida e os fatos de outra maneira, mais analítica e diferente do senso comum”, destaca.

De volta à praça que serviu de objeto para a matéria da Gisele 67 meses atrás, tem-se a impressão de que tudo está em ordem. As barraquinhas de ambulantes formam filas azuis e brancas. As crianças continuam correndo em frente às lojas de doces e as pessoas passam apressadas pelo lugar que dá acesso à região do comércio popular de Mogi. André Piccolomini, de 45 anos, proprietário de um pet shop na área, afirma que após a publicação da matéria o esquema de policiamento foi reforçado. “Foi instalada uma Base Comunitária Móvel da Polícia Militar, que ajudou a reduzir a criminalidade por aqui. A Base ficou instalada durante cerca de

Assessora de Imprensa relembra aprendizado e destaca importância do Página UM d

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Ex-aluno fala sobre época do Página UM comunitário

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Natália Gagliotti (blusa branca) em 2009, ladeada pelos professores Elizeu Silva, William Araújo, Roberto Medeiros, Cristina Schmidt e Sérsi Bardari

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A ex-aluna Natalia Gagliotti, formada em 2008 e atualmente assessora de imprensa da divisão educacional da Editora Abril, considera a produção do jornal-laboratório Página UM como importante para os alunos: “Toda experiência profissional serve de acréscimo para que o profissional cresça cada vez mais”. Falando sobre o aprendizado que obteve no jornal,

seis meses. Depois, foi levada para outro local”. Piccolomini destaca melhorias feitas na praça nos últimos anos, mas alerta para um problema novo: “As árvores foram podadas e a iluminação foi melhorada, mas agora o problema que enfrentamos é a venda de drogas”. A comerciante Nilza Pudo, 47, acredita que o local deveria receber mais atenção do poder público por ser uma região histórica da cidade. “Depois que os ônibus saíram daqui o movimento caiu. Precisamos de mais investimento na praça porque ela faz parte da história da cidade. É necessário instalar uma estrutura que beneficie a todos”, ressalta.

Natália destaca: “Dos ensinamentos que tive, o que mais utilizo foi dado principalmente pelo professor Sérsi Bardari, que ‘escrever bem é cortar palavras’. Aprendi a escrever de forma resumida, sem recorrer ao famoso ‘nariz de cera’, produzindo notícias curtas e objetivas, para que o leitor entenda a informação que estamos tentando passar sem deixar o texto cansativo. Enfim, procuro sempre deixar o texto atraente”.

Natália diz que foi no Página UM que publicou seu primeiro texto. Mesmo reconhecendo a importância do jornal, ela faz uma crítica: “Acho que o jornal deveria ter maior circulação dentro da própria instituição. Essa parte deixava a desejar”. Para a jornalista, o jornal-laboratório deve ser encarado como uma oportunidade de vivenciar um pouco do mercado de trabalho, além de proporcionar aos alunos elementos para a construção de um portfólio. “Tínhamos a liberdade de escrever sobre assuntos de nosso interesse, sempre com o respaldo de profissionais excelentes, que nos davam todo o apoio e a orientação necessária, que eram os professores Willian Araújo, Elizeu Silva e Roberto Medeiros”, finaliza.

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Em 2003, os alunos produziram o jornal Página UM com a participação dos moradores do Mogilar, adotando a dinâmica do verdadeiro jornalismo comunitário. “Havia muita empolgação e pouca organização”, afirma o ex-aluno Ronaldo Andrade, que atualmente é assessor de imprensa. “Nós corríamos com as pautas, mas mesmo assim o jornal nunca saía na data combinada. Em muitos casos, boas matérias precisavam ser derrubadas por terem passado da época”, declara. Segundo Andrade, os alunos queriam ajudar a resolver problemas do bairro, como buracos nas ruas, calçadas deterioradas e falta de limpeza de áreas públicas. “Como o jornal era experimental e não havia periodicidade definida, os benefícios foram pequenos. Porém, para as pessoas afetadas diretamente pelos problemas, tinha grande importância”, destaca. Andrade lembra de ma-

térias que marcaram aquela época. “Uma igreja do bairro distribuía sopas aos sábados para moradores de rua, em embalagens de leite longa vida. Era um trabalho solidário muito interessante, principalmente pelo carinho com que o alimento era preparado. Outra matéria marcante foi sobre trabalhadores do antigo lixão de Mogi, próximo a Jundiapeba, de onde as pessoas ganhavam o sustento recolhendo material reciclável”. As matérias a que Andrade faz referência foram publicadas respectivamente em novembro e outubro de 2003, com os títulos “Sopão atende mais de 160 pessoas” e “Aterro Sanitário promete acabar com degradação ambiental”. Andrade lamenta, também, a pequena tiragem do Página UM na época: “Apesar da ótima aceitação, a tiragem era pequena. Houve uma redução no número de exemplares, mas nunca faltou conteúdo, já que todos produziam bem suas matérias e, acima de tudo, com qualidade”.


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O legado do PUM no Alto Tietê Ex-aluna estima que mais de 80% de seus colegas de turma são jornalistas no Alto Tietê w

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árcia Dias, editora do jornal Alto Tietê Notícias, fez jornalismo na Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) antes do Página UM surgir. Ela participou do jornal-laboratório que o precedeu, o Jornal Comunitário. A jornalista relata que a turma da qual fazia parte, composta por 50 alunos, dividia o tempo entre redações de jornais diários e a busca pela qualidade textual em sala de aula. Márcia Dias atuou no Jornal Comunitário em 1997, orientada pelos professores Geraldo Rodrigues, Carlos Dias e William Araújo. (Apenas o professor William Araújo permanece na UMC, atualmente como gestor do curso de Comunicação Social). Ela destaca a troca de opiniões que existia entre professores e alunos, mesmo sobre assuntos polêmicos que mexiam com a cidade, como um aspecto essencial na formação da bagagem e da experiência que norteiam seu trabalho atualmente. Segundo Márcia, mais de 80% dos estudantes de sua época estão atuando na imprensa do Alto Tietê. “A imprensa regional está muito abrangente hoje, vejo a cada dia mais profissionais que fizeram parte da minha turma de redação atuarem em jor-

nais tanto daqui quanto de outros estados”. A jornalista destaca que os estudantes devem se esforçar

ao máximo para aprimorar a escrita. “Ninguém nasce sabendo, então é preciso viver o dia-a-dia da redação. Jornalista que não sabe escrever é igual padeiro que não sabe fazer pão”. Márcia vê o atual Página UM como fruto do trabalho de uma geração que fez história. Atualmente Márcia Dias mora em Mogi das Cruzes com a família e animais de estimação, participa de redes sociais e incentiva os novos profissionais da área a fazerem o mesmo. Segue, abaixo, parte da entrevista concedida ao Página UM:

Comente sobre alguma matéria marcante feita para o Jornal Comunitário. Márcia Dias: Uma que fiz sobre a higienização das cozinhas de restaurantes. Poucas pessoas sabem, mas é direito nosso averiguar a cozinha de qualquer estabelecimento que sirva refeições ao público. Você cobria a editoria de Polícia. O que mais te dei-

xava impressionada? MD: Crimes envolvendo crianças. Acho uma coisa imperdoável. Como você avalia a profissão de jornalista hoje? MD: Infelizmente ela está desvalorizada por conta da não obrigatoriedade do diploma, porém não deixa de ser de extrema relevância social. Nós somos responsáveis

por repassar para a população os fatos acerca do mundo, nós acabamos de certa forma interferindo no dia a dia das pessoas. Pontos negativos que você vê no curso hoje: MD: O curso não aborda a realidade como antes, a falta de vivência na área prejudica todos. Não se pode ter um “poeta” no jornalismo.*

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A jornalista Márcia Dias considera o Página UM fruto do trabalho de uma geração que fez história w

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Parte da capa da edição de maio-junho/1995 do Jornal Comunitário, que precedeu o Página UM

* Nota do Editor: A jornalista Márcia Dias, e qualquer interessado, está convidada a conhecer a Proposta Curricular e o corpo docente do curso de Comunicação Social, habilitação em Jornalismo, da Universidade de Mogi das Cruzes.

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Admirada por todos, fotógrafa e técnica laboratorial contribuiu com formação de centenas de jornalistas |

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ilmara Andere acostumou-se a ser unanimidade entre os alunos que fizeram e fazem o Página UM. Todos recorriam a ela quando precisavam de dicas para uma boa foto. A ex-técnica de laboratório sempre tinha a resposta certa para orientar quem a procurava. A gratidão se manifestava coletivamente nas colações de grau: invariavelmente, Silmara era homenageada pelos alunos. Reconheciam, nela, um excelente ser humano. Silmara interagia com os alunos diariamente, sempre de forma gentil e educada. “Nem um dia foi igual ao outro”, afirma a ex-funcionária. Antes da fotografia digital ser definitivamente adotada no curso de Comunicação Social da Universidade de Mogi das Cruzes (UMC), o trabalho no laboratório representava um desafio para a maioria dos alunos. Era preciso ter mãos habilidosas para

Silmara Andere, ex-técnica de fotografia da UMC

lidar com os equipamentos analágicos. As fotos eram feitas em filmes que só podiam ser revelados em sala completamente escura. Depois da revelação, vinha a ampliação em papel fotográfico. Todos os alunos tinham que percorrer essas etapas. Atualmente tudo é mais fácil. As fotos podem ser visualizas no momento em que são tiradas. Quando não ficam boas, é possível refazê-las imediatamente. Para facilitar o aprendizado dos alunos, Silmara colocava à disposição toda a sua experiência. Ela classifica esse

período como uma grande aprendizado para sua vida. A ajuda da técnica de fotografia sempre foi fundamental para o Página UM. Além de ajudar os fotógrafos iniciantes, fornecia imagens impossíveis de serem conseguidas de outra forma. Ajudava, também, nos trabalhos em rádio e em TV. Silmara tem muita história para contar. Lembra-se, por exemplo, de um aluno que vendeu um carro para comprar equipamentos fotográficos. Outro, que fazia Publicidade, se encantou pela fotografia e montou o próprio estúdio. Silmara afirma que a vivência com os alunos de Comunicação Social da UMC somou muito à sua vida. “Eu amo muito tudo isso aqui. É por isso deu certo. Eu fiz o que gosto. Sempre faço o que gosto. É por isso que deu certo”. Aos alunos, ela recomenda: “Façam sempre aquilo que vocês gostam de fazer, dentro ou fora da profissão”.


7 Eder Reis: um jornalista persistente

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Narrador da RedeTV! conta como o Página UM contribuiu para seu aprendizado

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Do Página UM para os principais jornais da região

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apresentador e narrador de esportes da RedeTV!, Eder Reis, concluiu o curso de Jornalismo na Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) em 2005 e no ano seguinte já estava trabalhando. Seu grande feito, até o momento, ocorreu em 27 de agosto deste ano, quando narrou “in loco” ao lado do lutador Vitor Belfort o UFC Rio no HSBC Arena na capital fluminense. Naquela noite, a luta principal foi dos pesos médios (até 84 quilos) com o brasileiro Anderson Silva conseguindo manter o cinturão de campeão após vitória sobre o japonês Yushin Okami. “O UFC Rio foi o maior desafio e até aqui a maior emoção que já tive. Foi um grande teste ao vivo e pela primeira vez o UFC foi transmitido em tempo real em um canal aberto. O desafio era fazer uma transmissão igual à dos americanos. Tudo tinha que ser sincronizado, e deu certo. Já faz parte do meu currículo”, relata Eder. Eder atuou no Página UM em 2004. Segundo o ex-aluno, o jornal foi um dos pilares para a sua formação: “Com o Página UM, come-

Eder Reis começou na RedeTV! como repórter geral, sendo posteriormente transferido para a área de Esportes, com a qual se identifica mais

cei a ter a noção de como funciona a produção de um jornal impresso. Me lembro que, no meu grupo, fui fotógrafo e aprendi a usar câmera profissional. Claro que era bem diferente das máquinas de hoje, mas os princípios são os mesmos e foram fundamentais. Quem souber como funciona o mecanismo e for capaz de aplicar na prática o conhecimento adquirido, terá garantido um grande passo na profissão. No Pági-

formação. Entendo que nesta polêmica de ter ou não o diploma de jornalista houve um erro muito grande dos jornalistas, dos formadores de opinião que não se preocuparam em esclarecer como as coisas funcionam na prática. Para resumir esta discussão basta fazer um teste simples, desafie alguém sem diploma a procurar emprego de jornalista sem ser formado. Não faltam dificuldades pra quem é graduado, imagina para quem não é”.

na UM eu assinei a minha primeira matéria, foi o início de tudo”, conta o jornalista. Perguntado sobre a queda da exigência de diploma para exercer o jornalismo, Eder respondeu: “Não consigo acreditar que o curso de jornalismo tenha ficado menos importante por conta da não exigência do diploma. Quem tem este tipo de pensamento ainda não está preparado para trabalhar na área porque isso é falta de in-

Em 12 anos de existência o jornal laboratorial Página UM formou excelentes profissionais que alcançaram importantes cargos nos principais jornais da região. E ao longo da carreira, muitos jornalistas enfrentaram altos e baixos e o maior deles foi a queda da obrigatoriedade do diploma. Mas mesmo assim muitos não desanimaram e continuaram firmes na profissão. Este é o caso do jornalista Renato Morroni, formado em 2004, que passou pela redação do Página UM em 2003. Ele afirma que durante o processo de preparação das edições, pôde aprender um pouco mais sobre o trabalho em equipe, já que na época, as pautas eram divididas entre os grupos, o que exigia que todos apurassem uma grande quantidade de informações para a matéria. Renato acha que atualmente o jornal está muito mais organizado e dinâmico, representando assim um desafio maior para os alunos. “O fato de cada aluno ter a sua própria pauta, cria uma responsabilidade maior”, diz.

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Em 1998, a direção do curso de Jornalismo da Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) criou o Página UM, um jornal impresso produzido pelos cursantes do 3º ano. Desde sua fundação, o jornal passou por algumas adaptações, tanto no formato como na maneira de abordar os assuntos. O que permanece intacto nesses 13 anos de projeto é o benefício que o Página UM proporciona aos estudantes de jornalismo da UMC, que têm a oportunidade de vivenciar esta experiência. Para a grande maioria, este é o primeiro contato com o jornal impresso. Assim foi para o ex-aluno e atualmente repórter do caderno de Cidades do Jornal Mogi News, Cleber Lazo, 28 anos, formado em 2007. O repórter, que já atuou em diversos veículos de co-

municação no Alto Tietê, contou sobre sua primeira experiência com o jornal impresso, justamente por meio do jornal-laboratório. “É engraçado lembrar desta época, principalmente por causa da dificuldade que eu tinha para procurar um assunto interessante, apurar e escrever uma boa matéria. Tudo era novidade para mim e algumas vezes eu ficava inseguro sobre a estrutura do meu texto. Mas recebi algumas dicas dos professores Elizeu Silva, Roberto Medeiros, Willian Araújo, que foram importantes para o meu desenvolvimento profissional”, relata. Lazo, hoje peça fundamental para o desenvolvimento das principais notícias políticas do Mogi News, explicou que o Página UM acabou se tornando um referencial para o início de sua carreira no meio impresso. “Fui perceber o quanto me ajudou, quando comecei a

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Quando concluem o curso, alguns se tornam repórteres, outros preferem ser redatores ou editores. Renato viu na diagramação uma oportunidade profissional a ser aproveitada. Atualmente ele trabalha como diagramador e arte finalista no jornal A Semana, em Mogi das Cruzes. Trata-se de uma área voltada para o design gráfico, setor com o qual ele se identificou mais do que com o jornalismo puro. “Se eu tivesse chegado a esta conclusão durante o curso, talvez tivesse aproveitado ainda mais”, revela. Por isso, ele manda um alerta aos professores: “É necessário que os professores ouçam os alunos para orientá-los sobre o melhor caminho a percorrer”.

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Repórter do Mogi News, Cleber Lazo teve suas primeiras matérias impressas publicadas no jornal–laboratório do curso de Jornalismo da UMC

Morrone se identificou com o design gráfico

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Ex-aluna se especializa em cobertura policial

Página UM é o primeiro passo para futuros jornalistas

trabalhar em redação de jornal. O PUM havia sido a experiência mais forte que eu havia tido até então com o meio impresso, então sempre procurava lembrar de algumas dicas básicas dos professores em relação à linguagem textual, estrutura do texto, pirâmide invertida e teorias da comunicação”. O grande objetivo do jornal-laboratório é justamente mostrar o dia-a-dia de uma redação e, neste sentido, tem papel importante no desenvolvimento dos futuros formadores de opinião, já que segundo Lazo, o jornal impresso é o meio imprescindível para os profissionais da área. “O jornal diário é a essência do jornalismo, porque é onde o profissional precisa buscar fontes, escrever e correr atrás da notícia o tempo todo. Os jornalistas que atuam em outras mídias precisam passar pela experiência do impresso”, afirma.

Deize Batinga é repórter policial do jornal Mogi News , editoria pela qual se diz apaixonada. Primeira texto jornalístico foi publicado no Página UM ´

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Elaborar pautas, correr atrás das fontes, produzir matérias concisas e objetivas. Quem faz pela primeira vez um texto jornalístico, certamente tem dificuldades para colocar as ideias em ordem ou para conduzir uma entrevista. Isso foi o que aconteceu com a ex-aluna Deize Batinga, que passou pela redação do Página UM em 2006. Ela conta que durante sua atuação no jornal-laboratório se deparau com algumas dificuldades e chegou a ter medo de conversar com as fontes, tudo por falta de experiência. No entanto, Deize confessa que o Página UM foi, literalmente, uma escola e contribuiu consideravelmente para o seu desenvolvimento profissional. O primeiro texto jornalístico que ela produzidu foi para o jornal-laboratório, e tinha como tema a Banda San-

ta Cecília, de Mogi. Apesar do medo, a jornalista diz que foi a matéria que mais gostou de fazer, por ter sido desafiadora. “Aquela foi realmente a minha primeira matéria e é sempre mais difícil, porque não tinha experiência. O medo atrapalhou muito, mas felizmente pude contar com a ajuda dos meus amigos de grupo, que já faziam estágio na área”, conta. Quem conhece a jornalista hoje não imagina que, algum dia, ela tenha sentido dificuldade para produzir uma pauta. Competente profissional, Deize atualmente é repórter do caderno de Polícia do jornal Mogi News, editoria pela qual se diz apaixonada. Na opinião dela, o jornal-laboratório é de suma importância para os estudantes, justamente para que eles tenham o primeiro contato com a área e saibam, na prática, como é a rotina de

um comunicólogo. “Muita gente acha que apenas a teoria já ensina a pessoa a ser jornalista, mas para mim, é necessário vivenciar a profissão, ir para a rua, apurar fatos, fazer entrevistas e escrever, exatamente o que os alunos fazem no Página UM”, avalia. Hoje, Deize acredita ter “se encontrado” na profissão, mesmo lidando com notícias trágicas e frequentando delegacias diariamente. “Esse segmento ou você gosta ou você odeia. Eu amo. Nesse caso, o repórter não tem pauta, pois ele vai para a rua atrás da informação. Um dia é sempre diferente do outro”, revela. Apesar da correria diária, ela diz gostar do que faz hoje e, para ela, o jornal-laboratório ajudou no seu desenvolvimento profissional. “Gosto do que faço e por isso faço com qualidade. Dou sempre o meu melhor”, finaliza.


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Página UM 82 encerra disciplinas de Jornalismo Impresso

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pesar da proximidade do fim do ano letivo na Universidade de Mogi das Cruzes (UMC), os alunos do 6º período do curso de Comunicação Social, habilitação em Jornalismo, têm uma úl-

tima tarefa a cumprir: fechar a edição 82 do Página UM (exatamente esta que você, leitor, tem em mãos). Trata-se da última das quatro edições previstas para 2011, além do Especial Página UM que contém as matérias produzidas durante o Projeto Superação.

O Página UM, que é publicado desde 1998, tem como uma de suas funções, simular para os alunos o cotidiano da redação de um jornal impresso. Acompanhados de perto por professores, os futuros jornalistas escrevem sobre acontecimentos que interfe-

rem direta ou indiretamente no dia-a-dia dos universitários da UMC, ou sobre outros assuntos importantes para o público-alvo. Esta a maneira como treinam para exercer a profissão que escolheram. Os 24 alunos que fizeram esta edição, parte dos quais

pode ser vista na foto acima, atuaram como pauteiros, repórteres, entrevistadores, fotógrafos, diagramadores, editores e, acima de tudo, leitores também. São colegas de estudo que há três anos convivem nas salas de aula da UMC e que neste ano se despedem da

parte gráfica, entregando aos leitores este trabalho produzido com afinco e dedicação, monitorados de perto pelo professor Elizeu Silva. Confira o nome e fotos individuais dos 24 alunos, futuros jornalistas diplomados, na página 2. Ä

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Um aliado chamado Página UM ·

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Apurar notícias não é fácil. É preciso aprender as técnicas para isso, bem como a forma de expressá-las nos veículos de comunicação É nessa hora que os produtos laboratoriais do curso de Jornalismo cumprem um papel importante. No caso da Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) há o jornal-laboratório Página UM, que serve como oportunidade para que os futuros jornalistas tenham contato com o meio impresso, seus deveres e dificuldades, antes mesmo de se formarem e, assim, aprendam na prática como são produzidos os jornais. A ex-aluna de jornalismo da UMC, Juliana Barbosa, formada em 2010 e que hoje atua como assessora de im-

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prensa na empresa Linha Fina, em Mogi das Cruzes, confirma que o Página UM é grande aliado para ingressar no mercado de trabalho. “Lembro que a primeira matéria que fiz para o jornal foi sobre um museu de Mogi. Depois, quando comecei a trabalhar num jornal da região, precisei fazer uma matéria semelhante e a experiência no Página UM me ajudou a redigir uma matéria melhor e mais focada”, conta. De fato, o jornal sempre contribuiu positivamente para o ensino dos futuros jornalistas e continua a contribuir na formação dos alunos. “O Página UM foi uma verdadeira escola para mim. Se não fosse a oportunidade de ser diagramadora deste jornal não sei como teria iniciado de fato no mercado de trabalho”,

Drica Faria_2003. Soul Comunicação. Assessora de Comunicação Aline Cardoso de Moura_2007 Aline Muriel dos Santos_2010 Cristina Requena_2007. Linha Fina Assessoria. Assessora de Comunicação Ana Lúcia Ferreira_2007. Repórter “Bom Dia SJC” Ana Paula Alves_2004 Sílvia Caroba_2008 Denis Nunes_2010 Andreia Nascimento de Lima_2006 Andreza Von Linsingen_2008 Érica Cristina França_2004. Câmara Municipal de Cubatão. Assessora de Comunicação Antônio Erick Gomes_2008 Artur Guimarães_2007. Revista Záz! Editor-chefe Bárbara Bruna Barbosa_2008_Linhas Comunicação. Assessora de Comunicação Bianca Kapsevicius_2003. Tavex Corporation. Consultora de Comunicação Bruna Sales_2009. Empresária de eventos. Carolina Nogueira_2010. Rádio Sempre Mais. Repórter Miriam Aparecida Flores_2005 Camila de Sousa_2001 Renata Honorato_2002. Portal Veja.com. Editora Assistente Lis Castilho_2003 Valéria Barbarotto_2005. TV Record. Produtora César de Oliveira_2003. EUMEMO Ideias. Sócio Carolina Veronez_2008. Conteúdo Teatral. Analista de Redes Sociais e Fotógrafa Anderson Nunes_2001. Editor Cleber Lazo_2007. Jornal Mogi News. Repórter Crislaine Tomaz_2003. Assessora de Comunicação Monise Hernandez_2008. Alcântara Machado. Analista de Comunicação Danielle Keslarek_2006. Plus Comunicação. Diretora de Comunicação Danielle Yura_2006. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP). Jornalista Edilaine Heleodoro Feliz_1998. Infomoney. Repórter Edivaldo Silva_2009 Daniel Cosmo Balbino_2008. Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Editor de imagem

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revela outra jornalista formada na UMC, Patrícia Leal que, atualmente, trabalha na cidade de Macapá, capital do Amapá. Ela é responsável pelo portal de notícias da cidade e editora-chefe de uma revista local. “Os alunos devem aproveitar a oportunidade oferecida pelo Página UM, pois hoje vejo essa experiência com outros olhos. É um aprendizado sem igual, que com certeza ajuda muito na carreira profissional”, completa. Passaram pelo Página UM, deixando conhecimento, saudades e histórias, muitos profissionais competentes que marcaram o jornal e o transformaram numa poderosa forma de ensino e de revelação de talentos e estilos novos a cada edição. “Agradeço todo o apren-

Eduardo Freire_2006. Teatro Municipal de São Paulo. Jornalista Elismere Machado_2008. PUC Campinas. Assessora de Imprensa Fabiana Prado_2009. Freelancer Lyvia Jardim_2010 Fernanda Vasconcelos_2010. Mercedes Benz Brasil. Estagiária Comunicação Fábio Miranda_2007. Editor Fábio Rodrigues_2004. Repórter Fabíola Morais_2005 Natália Campagnoli_2009. Prefeitura de Guararema. Diretora de Comunicação Fernanda Lima_2008. Linha Fina Comunicação. Assessora de Comunicação Patrícia Leal_2002 e 2003. Editora e Assessora de Comunicação Felipe Brito_2008. Hospital das Clínicas de São Paulo. Assessora de Imprensa Fernanda Monteiro_2005. TV Diário. Repórter Gabriela Patrocínio_2010 Giselle Oliveira_2004. Câmara Municipal de Alta Floresta, MT. Assessora de Imprensa Ivan Luiz Ferreira_2009 Letícia Jesus_2002. Faculdade do Norte Pioneiro – FANORPI. Docente de Fotojornalismo Eder Reis_2004. Rede TV! Narrador Esportivo Josiane Carvalho_2002. Jornal Imprensa Livre. Repórter Khadidja Campos_2006. Diretório do PSD de Suzano. Assessora de Imprensa Juliana Badu_2008 Larissa Almeida_2007. Prefeitura de Poá. Assessoria de Comunicação Jéssica Ponte_2007. Ponto 3 Comunicação. Assessora de Moda Giselle Hirata_2007. Editora Abril. Revista Mundo Estranho. Editora assistente Josyene Morais_2003. Furnas Centrais Elétricas. Assessora de Comunicação Helinéia Forente_2008. BFBiz. Analista de Comunicação Janaina Lacerda_2005. Galvão Engenharia. Analista de Responsabilidade Social Lucas Pasin Claro_2008. Portal Terra. Editor de conteúdo e de mídias sociais Luciana Carpinelli_2002 Mariana Paes Limongi_2004. TV Destaque. Jornalista Marli dos Reis_2009. Jornal Agora News. Repórter Thassia Ohphata_2003. Editora Mara Nunes_2007. Secretaria do Trabalho da Prefeitura de São Paulo. Assessora de imprensa

Estudantes adquirem experiência em mídia impressa produzindo matérias para o Página UM. Atividade laboratorial prepara para o mercado de trabalho

dizado proporcionado pelos professores William Araújo e Osni Dias, que acompanhavam a produção do jornal na época. Hoje afirmo que os anos de faculdade estão entre

os melhores da minha vida”, diz Patrícia. “Professores como Sérsi Bardari, Roberto Medeiros e Elizeu Silva eram como editores de um jornal. O Me-

67 Leonardo Ferreira_2007. Entrelinhas Agência de Comunicação. Assessor de Comunicação 68 Kelly Passos_2008. Câmara Municipal de Arujá. Assessora de Comunicação 69 Glauber Canovas_2008. Shopping Metrô Itaquera. Assessor de Comunicação 70 Fernanda Silva Santos_2008. Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do Brasil. Assessora de Imprensa 71 Guilherme Heidy Hirata_2010 72 Luiz Domingues_2009_Blogueiro 73 Fernanda Alcântara_2002 74 Aline Oliveira_2010. Repórter 75 Josefa Araújo_2003. Congregação Santa Catarina. Assessora de Imprensa 76 Deize Batinga_2007. Jornal Mogi News. Repórter policial 77 Débora Luisa Barros_2009. TV Diário. Produtora. 78 Gisele Rosa_2005 79 Fabíola Simões_2005. Empresária. Agência de Comunicação 80 Janayna Juvêncio_2009 81 Jaqueline Saiuri_2010. Fotógrafa 82 Silmara Galvão_2004. Grupo Acontece de Jornais e Revistas. Repórter 83 Talita Cazari_2004. Câmara Municipal de São Paulo. Assessora de Imprensa 84 Thaysa Takaoka Braga_2007 85 Sérgio Colacino_2007. TV Mogi News. Repórter 86 Yuri Andrey_2007 87 Sílvia Caroline Machado Tchmola_2007 88 Samira Hidalgo_2009. Assessora de Comunicação 89 Manoel Prado_2005. Valtra do Brasil. Analista de Marketing 90 Fabiane Dias Atalah_2008. Camargo Correa. Jornalista 91 Fúlvia Moraes_2004. Empresária. Assessora de Comunicação 92 Danilo Sans Cerqueira_2009. Jornal O Diário. Repórter 93 Monalise Nogueira_2007 94 Nádia Moino_2007 95 Sandra Paulino_2005. Assessora de Imprensa 96 Rubens Pereira_2010 97 Thais Lessa_2002. Agência Nuato. Revisora 98 Wagner Pereira_2008. Professor

99 100 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120 121 122 123 124 125 126 127 128 129 130 131

deiros era o editor-chefe, e por isso ele era exigente. Mas no fundo eles só queriam um jornal bem feito e interessante para quem fosse ler”, finaliza Juliana.

Simone Cardoso_2010. Polícia Militar de SP. Assessora de Comunicação Tatiana Valente_2003 Vanessa Rosa_2001. Inova Seminários. Assessora de Imprensa Vanessa de Oliveira_2005. Diário Regional. Repórter de política Thalita Manfio_2008 Thiago Campos_2006. Jornal O Diário e Rádio Sempre Mais FM. Repórter e apresentador Ghretta Pasuld_2002. Prefeitura de Ribeirão Pires. Assessora de Imprensa Mirela Ferreira_2006 Carolina Monteiro_2003. Right Support. Supervisora de Comunicação Fernanda Lourenço_2005. TV Diária. Editora do Portal Carla Aparecida Ferreira Alves_2007. Assessora de Imprensa Carolina Brusarosco_2005. Jornal Diário de Suzano. Repórter Natália Gablioti_2007. Editora Abril (Educação). Assessora de Imprensa Natália Almeida_2010. Rádio Transcontinental FM Nayara Ruiz_2009. Banco Bradesco. Jornalista Priscila Yassuda Ribeiro_2007. Câmara Municipal de Mogi. Assessora de Imprensa Rebeca Garcia Noronha_2008 Renato Morroni_2008. Jornal A Semana. Diagramador Tatiana Pereira dos Santos_2006. Jornal Notícias de Poá. Repórter Policial Thiago Fidelix_2008. TV Mogi News Suellen Costa Patronilio_2009. Jornal O Independente. Repórter Suellen Martins_2008 Samara Ventura_2004. Play-R. Assistente de Comunicação Ronaldo Andrade_2003. Prefeitura de Poá. Assessor de Comunicação Samanta Fernandes_2008. Assessora de imprensa Regiane Diniz_2004. Jornal Mogi News. Repórter Rogério Santos de Souza_2004. Jornal Diário do Grande ABC. Repórter Viviane Strelec_2002 Emanuely Honda_2003 Juliana Cimeno_2010. Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Agente de mídia social Gabriele Doro_2004. Jornal Diário de Suzano. Editora-adjunta Sabrina Albert_2005. TV Transcontinental. Apresentadora Rodrigo Barbosa Veríssimo_2001


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