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O time mogiano Smel Mogi Só Vida, fundado e dirigido por Rogério Rodrigues de Almeida, o Rogerinho R9, proporciona sociabilidade e diversão para amputados. Alguns, porém, sonham mais alto: querem integrar a Seleção Brasileira. Leia mais na página 3.

Sucesso de lutadoras mogianas impressiona Quem olha para elas vê apenas duas meninas. Mas Grazielle Jesus, 21 anos, é tricampeã paulista de boxe, bicampeã dos jogos abertos e campeã brasileira no peso-mosca. Já Aine Schmidt , 16, (foto) é tetracampeã brasileira sub-17 no judô. Página 9

DIVULGAÇÃO

RENATA SOUSA

Amputados jogam futebol

Jornal-laboratório do Curso de Comunicação Social, habilitação em Jornalismo, da Universidade de Mogi das Cruzes ||| Produzido pelos alunos do 7º período de Jornalismo ANO XIII ||| NÚMERO 84 ||| JUNHO-AGOSTO de 2012 ||| DISTRIBUIÇÃO GRATUITA ||| paginaum@umc.br

Basquete de Mogi comemora conquista de vaga no NBB NEY SARMENTO

LORIANE VICENTINI

Depois de bater o Bira/Lajeado (RS) por 68 a 65 e o Palmeiras por 102 a 87, o time mogiano de basquete (foto) conquistou o direito de participar da próxima edição do NBB – principal campeonato do esporte no país. O técnico Marcelinho Rato revela o sentimento de dever cumprido. Página 6 Skatistas ganham novos EDITORIAL locais para o esporte Nesta edição do Página UM, os alunos-repórteres do curso de Jornalismo da UMC apresentam um panorama dos esportes na região do Alto Tietê. Os mogianos adepSabidamente, são tos da modalidade agora muito próximas as rela- podem contar com duas ções entre os esportes novas pistas de skate na e a cultura dos povos. cidade. Portanto, observar as A da Praça da Juventude, práticas esportivas per- no Jardim Lair, soma-se mite conhecer melhor a à do Parque Botyra, ressociedade que nos cerca. taurada há pouco tempo. Boa leitura. Página 8

Strong Monsters invadem Mogi

Atleta da equipe mogiana de Atletismo de Força Contemporâneo Strong Monsters puxa caminhão em demonstração na cidade. Em setembro, Mogi das Cruzes sediará o The South American Stongest Man, competição que envolve toda a América do Sul. Leia na página 10.

DIVULGAÇÃO STRONG MONSTER MOGI


JUNHO-AGOSTO || 2012

02 || esportes ATLETA SUPERA DOENÇA e representará Mogi das Cruzes nas PARAOLIMPÍADAS de Londres

Superação » Medalhista da bocha adaptada tem distrofia muscular da cintura Jornal-laboratório do Curso de Comunicação Social, habilitação em Jornalismo, da Universidade de Mogi das Cruzes

ANO XIII – Nº 84 JUNHO-AGOSTO | 2012 Fechamento: 30/07/2012 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Avenida Doutor Cândido Xavier de Almeida Souza, 200 – CEP: 08780911 – Mogi das Cruzes – SP Tel.: (11) 4798-7000 E-mail: paginaum@umc.com.br * * * O jornal-laboratório Página UM é uma produção de alunos, no contexto do Projeto Superação (Patamar Exercer), em conformidade com o Projeto Pedagógico do curso. Excepcionalmente, esta edição foi produzida pelos alunos do 7º Período de Jornalismo. Orientador geral e editor: Prof. Elizeu Silva – MTb 21.072-SP Revisão: Profa. Solange Bazzon Fechamento: Elizeu Silva Projeto gráfico: Felipe Magno, Fernanda Roberti, Rafael Santana, Gabriel Aparecido e Rian Martins * * * UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES – UMC Chanceler: Prof. Manoel Bezerra de Melo Reitora: Profª. Regina Coeli Bezerra de Melo Vice-Reitor Administrativo e Financeiro: Jorge Kowalski Salvarani Vice-Reitor de Planejamento: José Augusto Peres Vice-Reitora Executiva: Roseli dos Santos Ferraz Veras Pró-Reitora de Campus (sede): Profª. Eliana Rodrigues Pró-Reitor de Campus (fora da sede): Prof. Antonio de Olival Fernandes Diretor Administrativo: Luiz Carlos Jorge de Oliveira Leite Coordenador do Curso de Comunicação Social – Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Rádio e TV: Prof. Dr. William Araújo

VIVIAN FERNANDES pela Seleção Brasileira, que participaria da Copa Dirceu José Pinto, 31 do Mundo no Canadá. anos, é um exemplo de Apesar da Seleção ter persistência. Amante dos sido desclassificada, conesportes, mas portador seguiu, mesmo assim, ser de distrofia muscular, convidado para jogar as tornou-se jogador de bo- Paraolimpíadas de Pequim, cha adaptada e já com- em 2008. “Passei a treinar petiu em vários países. de domingo a domingo, Em agosto, participará das 8 às 21 horas. Nas das Paraolimpíadas de Paraolimpíadas, nossa meta era o bronze para Londres. “Nasci com a doença, divulgar a bocha no Brasil, porém ela só se mani- mas ganhei o ouro. Não festou quando eu tinha dormi de tanta emoção”, 12 anos e o diagnóstico lembra. Dirceu ocupa o 5º lugar preciso só veio aos 14. Aos 18 perdi a firmeza nas no ranking mundial da pernas e passei a andar categoria. Focado em Lonsegurando em objetos e dres, ele revela confiança: pessoas. Com 25 anos, “Estou desenvolvendo cinco passei a usar cadeira de novas jogadas”, afirma. Antes das Paraolimpíadas, rodas”, relata. A paixão pelo esporte competirá em Polva do começou com a natação. Varzinho, Portugal, e em Em 2002, ao conhecer a Manchester, na Inglaterra. Em relação à questão bocha adaptada, percebeu que com ela poderia realizar da acessibilidade, Dirceu o sonho de representar é taxativo: “O Brasil está o país em competições atrasado”. Na opinião do internacionais. A primeira atleta, outros países dão participação foi no Rio de mais atenção à população Janeiro, no Maracanãzinho, com dificuldade de locoonde Dirceu ganhou duas moção. Ainda segundo medalhas de ouro após Dirceu, Mogi das Cruzes apenas dois meses de promete se destacar na treino. “Em seguida fui acessibilidade para a práconvocado para o Parapan tica esportiva. “O plano e conquistei a medalha é utilizar o Ginásio Municipal de Esportes como de prata”. Em 2007 Dirceu foi referência para todo o novamente convocado país”, afirma.

VIVIAN FERNANDES

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Dirceu José Pinto treinou natação, mas foi com a bocha adaptada que conseguiu dar vazão à paixão pelos esportes. Ele é o 5º no ranking mundial

Mogiano conquista BICAMPEONATO BRASILEIRO de jiu-jitsu THAMIRYS MARQUES

THAMIRYS MARQUES O lutador mogiano Lean­dro Lo, 22 anos, está vivendo uma ótima fase. Em 19 de maio, ele sagrou-se bicampeão Brasileiro de jiu-jitsu, em disputa realizada no Rio de Janeiro. Ironicamente, Lo derrotou um de seus ídolos, o experiente Michael Langhi, de 27 anos, bicampeão mundial. Langhi permaneceu invicto por 3 anos até ser derrotado por Lo no Mundial Pro, no inicio de 2011. No Brasileiro do ano passado,

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Leandro Lo: vitória sobre ídolo

os atletas se encontraram na final, e o faixa-preta da equipe de Cícero Costha, de Mogi, venceu por uma vantagem.

No Brasileiro deste ano, a cena se repetiu e Lo conquistou mais uma vitória, que lhe rendeu o bicampeonato. “É diferente lutar com uma pessoa que você admira. Sempre fui fã dele e continuo sendo. Não esperava ganhar tanto espaço no jiu-jitsu em tão pouco tempo, mas sempre foi meu objetivo e estou treinando para subir cada vez mais”, declara. Este foi o quarto título Brasileiro consecutivo de Lo.


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esportes || 03 Time de FUTEBOL PARA AMPUTADOS proporciona integração entre portadores de deficiência

Seleção » Jogadores do Smel Mogi Só Vida sonham com participação na Seleção Brasileira FOTOS: RENATA SOUSA

RENATA SOUSA A prática de esportes por portadores de deficiência física pode proporcionar, entre outros benefícios, a oportunidade de testar limites e potencialidades, bem como promover a integração social do indivíduo. Ciente disso, Rogério Rodrigues de Almeida, jogador da Seleção Brasileira de Futsal de Amputados, criou o Smel Mogi Só Vida Futebol de Amputados. “A adversidade foi o princi-

pal motivo para a minha vitoriosa trajetória, que contempla momentos felizes e marcantes, divididos com outras pessoas nas mesmas condições”, afirma. Conhecido como Rogerinho R9, Rogério criou o Smel a partir da sua própria

Conquistas de Rogerinho R9 2009 • Campeão da Copa América

• Artilheiro da Copa América.

2010

• 5º lugar na Copa do Mundo Futebol de Amputados

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Treino do Smel no campo da Associação Comercial, em Mogi. Acima, time completo. Abaixo, o jogador Luis Antônio Pacheco

trajetória no futebol de amputados. “Comecei minha carreira em 2001, jogando pela equipe de Mogi das Cruzes. Em 2007 fui transferido para a equipe da ADPG, de Praia Grande e, em seguida, fui convocado para a Seleção Brasileira de Futebol de

Amputados para disputar a Copa América, realizada na Argentina”, relata o atleta. Depois da competição, recebeu apoio da prefeitura para montar uma equipe. Em dezembro de 2009, juntamente com os amigos Serginho

e Washington, Rogerinho deu início às atividades da equipe mogiana. Para o meia-atacante Eberton Aparecido Tomaz Santos, 18, o Smel é a porta para um sonho maior: “Sempre gostei de futebol e meu objetivo e dos outros jogadores é

conquistar uma vaga na Seleção Brasileira”, revela. Para o zagueiro Luis Antonio Pacheco, 50, o futebol é apenas um hobby e um meio de interagir com pessoas portadoras da mesma deficiência. “A interação com os demais deficientes faz bem para a mente e para a alma”. Aproveitando a reportagem, ele convida outros portadores de deficiência para integrarem a equipe. Atualmente, o treino do Smel acontece aos sábados no SESI de Brás Cubas, instituição que é uma das patrocinadoras da equipe. Para saber mais sobre o Smel Só Vida, visite o site: www. futeboldeamputadosmogi. com.br


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04 || esportes Medalhista de BOCHA ADAPTADA no Parapan, mogiano espera convocação para Paraolimpíadas de Londres Ouro » Fabio Dorneles ganhou o ouro em Guadalajara, México. Atleta integra o time mogiano ERICK PAIATTO

Professor paraplégico pratica natação, jiu-jitsu e musculação. “A vida continua” GUILHERME BERTI

ARIANE NORONHA

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Fábio Dorneles exibe medalhas conquistadas com a bocha adaptada. O maior triunfo até o momento foi o ouro no Parapan de Guadalajara, México

LUANA NOGUEIRA Mogi guarda muitos talentos na área do esporte. É o caso do atleta Fabio Dorneles, de 25 anos, que há três anos joga bocha adaptada. Praticante do esporte há pouco tempo, já ganhou uma medalha de ouro nos Jogos Parapan-americanos disputados em Guadalajara, México, em novembro de 2011. Dorneles aguarda ser convocado para os Jogos Paraolímpicos de Londres, que acontecerão em setembro. Normalmente apenas os dois melhores do ranking são convocados, mas pode surgir outra vaga: “Um dos critérios para jogar nas Paraolimpíadas é ter participado de alguma competição

internacional”, explica. A bocha adaptada é um esporte que consiste em arremessar bolas em uma quadra com 12,5 metros de extensão por 6 metros de largura. Vence a competição o atleta que conseguir aproximar a sua bola da que é lançada no início da partida. “A bocha é mais conhecida no exterior, mas o Brasil tem os melhores atletas. A classe BC4, da qual participo, é a melhor do mundo desde 2008”, destaca. O atleta foi apresentado à bocha por meio do jogador mogiano Dirceu Pinto. “Ele foi medalhista das Paraolimpíadas de Pequim, em 2008. Um dia encontrei com o Dirceu, o reconheci e ele me disse que eu também poderia

praticar bocha. Fui convidado para os treinos, e a partir daí comecei a treinar sem parar. Com três meses praticando a bocha, fui campeão em dupla com o Dirceu e fiquei em terceiro lugar individual no campeonato paulista”, conta. Dorneles treina três vezes por semana, mas em época de competição, a carga de treinamento é dobrada. “Os atletas que não foram para a seleção ficam abalados só em saber contra quem vão competir. Isso não pode acontecer. Eu acredito no que estou fazendo e na ajuda de Deus”, completa. O atleta ficou paraplégico em 2003, ao fraturou uma das vértebras ao pular em uma piscina.

Determinado e cheio de força de vontade, o professor e atleta Luiz Alberto Martinez, o Beto, de 39 anos, é exemplo de superação. Há 14 anos ele sofreu um grave acidente automobilístico que o deixou sem os movimentos da cintura para baixo. Martinez leciona Matemática e Física na rede pública de ensino. Além disso, pratica natação, jiu-jitsu e musculação. Apaixonado principalmente pela natação, Martinez participa de campeonatos e coleciona prêmios no esporte. No ano passado, conquistou medalha de ouro no 5º Torneio Primavera de Natação, realizado em Suzano, e o troféu Outono de Natação ocorido no SESI de Brás Cubas, em Mogi das Cruzes. O atleta costuma treinar três vezes por semana no período da tarde, após as aulas na rede pública de Mogi. Martinez afirma ter sido muito incentivado para começar a praticar esportes, reforçando a sua convicção de que

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O professor-atleta Luiz Alberto Martinez divide o tempo entre salas de aula, jiu-jitsu, natação e musculação

as atividades físicas lhe dariam mais disposição e vida saudável. “Não posso parar. Preciso manter a musculatura, pois dirijo um automóvel adaptado e preciso passar da cadeira para o carro. Isso exige força”, declara. O professor-atleta revela que logo após o acidente teve dificuldade para seguir

a vida normalmente, mas a motivação dos familiares e a própria força de vontade ajudaram nesta fase. “Fiquei uns oito anos sem fazer nada e não foi fácil. Mas a vida continua e temos que correr atrás dos nossos objetivos e sonhos. Só assim a gente consegue vencer”, afirma.


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esportes || 05 Campo de terra batida no Pq. Rodrigo Barreto, Arujá, vira espaço de INCLUSÃO E CIDADANIA para crianças Educação » Cícero ensina futebol e não admite notas baixas na escola. “Fica 3 meses sem jogar” FOTOS: GLÁUCIA FRANCISCO

GLÁUCIA FRANCISCO Todos os sábados, Cícero da Silva, 56, ensina futebol para as crianças do bairro Parque Rodrigo Barreto, em Arujá. Além dos dribles e das técnicas do esporte, os pequenos moradores aprendem a atuar em equipe, a ter hábitos saudáveis e a compartilhar vitórias e fracassos. Cícero veio de Pernambuco com a ideia de fundar uma escolinha de futebol para crianças, e encontrou a possibilidade de torná-la real em um campinho de terra batida, sem nenhuma estrutura. No início eram poucas crianças, mas não demorou muito para a notícia se espalhar e atrair um número maior de interessados. Assim surgiu a “escolinha de futebol do Seu Cícero”, que já completou 20 anos de atividade. Cícero conta que, ainda em Pernambuco, chegou a fazer parte da categoria de base do Sporty de Recife. Embora a carreira de jogador não tenha dado certo, nem por isso se afastou do futebol. Hoje a escolinha conta com mais de trinta crianças, todas matriculadas na escola. “Se alguém tirar

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Cícero Dias com alunos da escolinha de futebol (abaixo) e o campo do Pq. Rodrigo Barreto. Entre um drible e outro, lições de cidadania

nota baixa, os pais me avisam, e o aluno fica três meses sem poder jogar. Os estudos estão em primeiro lugar”, destaca. Silas da Silva, 46, operador de máquinas e morador do Parque Rodrigo Barreto, considera o trabalho de Cícero muito importante para a comunidade, principalmente por evitar que as crianças fiquem na rua. “Eu mesmo tenho quatro filhos que treinam. Para eles é uma boa oportunidade”. Cícero nunca recebeu

ajuda financeira de órgãos públicos. “Às vezes faltam bolas, faltam coletes, então peço ajuda aos pais, eles contribuem com 5 reais cada um, e assim damos continuidade ao trabalho”, afirma. Por meio do esporte, as crianças aprendem valores como cidadania, solidariedade e igualdade. Há, inclusive, um aluno portador de deficiência. “Ele não recebe nenhum tratamento diferenciado, pois eles aprendem que as diferenças não têm

importância aqui e nem na vida”, explica. O treinador lamenta a falta de estrutura e afirma que gostaria de poder servir lanche para as crianças. “Às vezes o melhor troféu é o alimento”, declara. Com os recursos limitados de que dispõe, às vezes compra uma caixa de sorvetes para o time vencedor. “Quem perdeu não tem conversa e nem sorvete. E ninguém sai daqui revoltado: no sábado seguinte estão todos de volta”, garante.


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NEY SARMENTO

06 || esportes

MOGI DAS CRUZES/SANIFILL conquista vaga no próximo NBB Festa » Título da Super Copa do Brasil coloca equipe de volta na elite do basquete nacional

LUÍS ARAÚJO “Ôôô, Mogi voltoooou”. Era o grito que se ouvia no Ginásio Municipal Professor Hugo Ramos por volta das 22h30 do dia 18 de maio. Foi aproximadamente neste horário que a sirene soou pela última vez e decretou a vitória do Mogi das Cruzes/Sanifill sobre o Bira/Lajeado (RS) por 68 a 65. O resultado classificava o time para a decisão da Super Copa do Brasil, que seria disputada contra o Palmeiras no dia seguinte. Mais importante do que isso: determinava o retorno da equipe mogiana à elite do basquete nacional. O regulamento da Su-

per Copa do Brasil premia os dois finalistas com o direito de disputar a próxima edição do Novo Basquete Brasil (NBB), principal campeonato de basquete do país. A festa ficou completa no dia seguinte, quando o time de Mogi bateu o Palmeiras pelo placar de 102 a 87 e conquistou o título. Foi a cereja do bolo. Treinador do Mogi das Cruzes/Sanifill desde o início do projeto, em março de 2011, Marcelinho Rato não escondeu a emoção da classificação ao NBB. “Estou com a sensação de dever cumprido. Trabalhamos muito ao longo deste último ano, percorremos um caminho cheio

de pedras e, felizmente, sempre contamos com o apoio da diretoria e da prefeitura da cidade para alcançar nosso objetivo e conquistar esta vaga histórica para Mogi”, afirmou. Vale lembrar que os finalistas da Super Copa do Brasil só vão disputar a próxima temporada do NBB se atenderem às exigências técnicas e financeiras impostas pela Liga Nacional de Basquete (LNB), que organiza a competição. De acordo com Nilo Guimarães, ex-armador da seleção brasileira de basquete e Secretário de Esportes da cidade, a equipe tem tudo encaminhado para cumprir

os pré-requisitos e não corre o risco de ficar de fora do NBB. O objetivo, agora, é deixar o time em condições de repetir os exemplos de Tijuca e Liga Sorocabana, que conquistaram o acesso em 2011 e disputaram os playoffs logo na temporada de estreia. “Vamos apresentar tudo o que a LNB pede e comprovar que conseguiremos manter a equipe no NBB. Vamos fortalecer ainda mais o grupo. A torcida gosta de basquete e exige um time competitivo, e nós vamos tentar proporcionar isso. Mas o importante é que o time vai estar no próximo NBB”, afirma.

Mogi recebe a decisão da temporada 2011/12 do NBB A Super Copa do Brasil não foi o único grande evento de basquete realizado em Mogi das Cruzes. Duas semanas mais tarde, o Ginásio Municipal Professor Hugo Ramos foi palco da decisão do NBB, que colocou frente a frente São José e Brasília com transmissão da Rede Globo. Mogi das Cruzes recebeu a final por escolha do São José. Dono do mando de quadra no confronto por ter feito a melhor campanha da fase de classificação do NBB, o time do Vale do Paraíba não pode disputar o título no seu ginásio, cuja capacidade está longe dos 4 mil mínimos exigidos pela LNB para a decisão. Esta é a primeira vez em nove anos que Mogi das Cruzes recebe a decisão de um torneio de basquete da elite. Em 2003, o time local, que na época tinha parceria com o Corinthians, chegou à final do Campeonato Paulista, mas acabou derrotado pelo COC/Ribeirão Preto. (L.A.)


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MÁRCIO MOURA

esportes || 07 Ele chegou a Mogi disposto a VENCER e falou com Pinheiro quer exclusividade ao Página UM Sonhos » Alexandre títulos e vaga na Seleção MÁRCIO MOURA

O esporte é essencial para uma melhor qualidade de vida, assim como o conhecimento faz diferença no mundo em que vivemos, o movimento está em nossas vidas como uma necessidade vital do ser humano. Ao praticar um esporte expressamos sentimentos, crenças, valores enfim, nosso modo de sentir e perceber o mundo. Não foi diferente com o jogador de basquete profissional Alexandre Pinheiro, que hoje integra a equipe do Mogi das Cruzes, que acaba de garantir vaga na NBB. Conheça mais sobre a vida, sonhos e carreira do jogador. Página UM: Conte-nos um pouco sobre você. De onde veio... Alexandre Pinheiro: Sou natural de Limeira, SP. Eu e meu irmão nascemos lá porque na época meu pai jogava basquete representando a cidade. Não tivemos tempo de conhecer direito nossa terra natal, pois meus pais decidiram voltar para Uberlândia e optaram por estudar e atuar em outra área profissional. Após alguns anos, meu pai começou a passar muito tempo focado no trabalho e nas necessidades da família, mas mesmo assim sempre que podia nos levava para ir vê-lo jogar racha de basquete, dividindo seu tempo para nos dar atenção, brincando ou nos ensinando algo.

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Alexandre: “Comecei a me interessar por esportes na infância. Na TV, gostava mais de esportes do que de desenhos”

interessar por esportes na infância. Era algo que já me atraía na TV. Às vezes preferia assistir esportes, no lugar de desenhos. Com toda certeza, meus pais foram os principais incentivadores. Eles são formados em Educação Física e foram atletas semi-profissionais, e com isso acabaram influenciando a mim e aos meus irmãos. Na infância, eles nos colocaram em colégios que eram administrados por educadores físicos conhecidos deles. Eu gostava das atividades que eram propostas pelos colégios e também dos eventos.

dificuldades e pressões, tais como a dificuldade para conciliar os treinamentos com os estudos, a falta de estrutura dos clubes e a ausência de políticas públicas para a prática esportiva. Mas eu tinha um sonho que me motivava e meus pais sempre me apoiaram em todas as minhas escolhas, especialmente no esporte. Aos 18 anos, decidi que devia tentar a sorte fora de Uberlândia. No meu último ano jogando na base, ainda em Uberlândia, ralei muito e meu esforço foi recompensado com um convite para um time profissional. Foi uma coisa Como foi a transição do inusitada, pois o convite esporte amador para o surgiu logo após um jogo profissional? amistoso contra a equipe Alexandre: Foi muito da Unitri, comandada pelo difícil, pois comecei a Hélio Rubens. Ele mesmo treinar tarde. O basquete me convidou. Quando você começou a é um esporte que, além se interessar por esportes? de talento, requer muito Quais são suas metas Como foi a descoberta de treinamento por ser um para o futuro? que era este o caminho esporte de precisão. Na Alexandre: Ainda tenho que queria? base eu era apenas coad- uma longa caminhada. Alexandre: Comecei a me juvante. Enfrentei muitas Geralmente os jogadores

de basquete se aposentam por volta dos 35 anos de idade. Muitas coisas já aconteceram e ainda tenho 26 anos. Tenho muitos sonhos a realizar e muitos objetivos a alcançar da minha carreira. Atualmente estou jogando em Mogi das Cruzes. Cheguei à cidade há mais ou menos um mês. Gostei da estrutura do clube e do profissionalismo com que as pessoas administram o time. Tenho me empenhado para corresponder às expectativas e para ajudar de alguma forma. Gostaria de permanecer na cidade por um bom tempo, pois o mercado está difícil e estou dando muito valor ao que tem sido oferecido aqui. Quero ser campeão paulista e brasileiro por algum clube e também sonho em vestir a camisa da Seleção. Este ano, em especial, vou investir no meu físico. Acho que tenho todas as condições para realizar esses sonhos e vou em busca deles.


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08 || esportes

Skatistas fazem manobras no Parque Botyra, um dos locais preferidos pelos praticantes da modalidade esportiva em Mogi

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ICENTIN

LORIANE VICENTINI e descer corrimãos, o que deixa algumas pessoas Com a inauguração desconfortáveis. De modo da nova pista de skate geral, esse preconceito é na Praça da Juventude, mínimo”, conta o designer localizada no Jardim Lair, gráfico e skatista suzanense no último mês de abril, a Davison Fortunato, 20, cidade de Mogi das Cruzes praticante da modalipassou a contar com duas dade há 7 anos. Bruno pistas com plena condição Maranhão, 27, que há de uso, para a prática do 13 anos está no mundo esporte. do skate, confirma a tese “A pista do Parque Botyra de Fortunato e completa: foi restaurada há pouco “Existe uma parcela de tempo, mas é bom ter skatista com uma postura novos locais. O esporte que marginaliza a classe, na região do Alto Tietê mas eu, pessoalmente, vem crescendo, tem muita não tenho problemas gente boa aqui, há atletas com isso”. Ambos espormedalhando Brasil afora”, tistas já representaram a diz o skatista mogiano Caio região em campeonatos Debussi, 22, que pratica o nacionais, tendo inclusive esporte há 10 anos. ganhado medalhas nos A modalidade surgiu últimos anos. nos anos 60, nos Estados Apesar de já ser pratiUnidos e foi alvo de pre- cado há mais de 50 anos, conceito da população por a classificação do skate pelo menos três décadas, como “esporte” ainda mas esse conceito está divide opiniões. Maranhão mudando. “O skate tem diz que é difícil rotular a uma forte ligação com a modalidade e dividí-la rua, com a cultura urbana. entre amadores e proGostamos de pular escadas fissionais, mas para o

atleta mogiano, Igor Smith Lopes Rocha, 21, skatista há 14 anos e medalhista de ouro no campeonato da DC, que ocorre em Portugal, a divisão representa desenvolvimento: “É a evolução do skate, ganhando respeito, inclusive, de grandes emissoras de televisão”. De fato, a mídia está abrindo espaço para o esporte, embora os atletas ainda considerem insuficiente. Para Bruno, o Brasil está melhorando, mas não se compara com o exterior. Para Davison, “a mídia nacional é muito focada no futebol, e deixa a desejar na cobertura de outros esportes”. Segundo o skatista, a visibilidade poderia ser bem maior, se for considerado o potencial brasileiro. “O Alto Tiête tem grandes medalhistas no esporte. O nível técnico dos brasileiros nos iguala aos americanos. A estrutura do esporte aqui é atrasada, mas o mercado skatista brasileiro já movimenta até o PIB (Produto Interno Bruto). Sem contar as mulheres, que andam de skate tão bem quanto nós”.

IANE V

Bom momento » O skate se livra de estigmas e começa a ganhar visibilidade. Nomes do Alto Tietê se destacam nas competições

FOTOS: LOR

Skatistas do Alto Tiête comemoram evolução do ESPORTE no país


JUNHO-AGOSTO || 2012

esportes || 09 Jovens atletas mogianas mostram COMPETÊNCIA em esportes de combate, sem perder a ternura Rosto de MENINA e força de CAMPEÃ LARISSA MURATA

Grazielle Jesus luta e dá aulas de boxe há mais de três anos

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Grazielle Jesus se recupera de cirurgia e quer perder 2 kg para voltar aos ringues

Aos 16, Aine Schmidt conquista 4º TÍTULO NACIONAL da carreira CEDIDA POR AINE SCHMIDT

Uma é tricampeã paulista e campeã brasileira de boxe, no peso-mosca. Outra, é tetracampeã brasileira sub-17 de Judô. Em comum, a pouca idade e o jeito de menina LARISSA MURATA Quem olha para Grazielle Jesus, 21 anos, nem imagina que a menina magrinha, de 50 kg e 1,5 m, é boxeadora e instrutora de boxe. Porém, quem assiste às aulas, vê cara de brava e ouve gritos firmes. A menina impõe respeito. Grazi, como é chamada pelos alunos, é tricampeã paulista, bicampeã dos jogos abertos e campeã brasileira na categoria peso-mosca (até 48 kg). A mogiana luta defendendo a cidade de São José dos Campos: “Tenho prazer em lutar por São José, até mesmo por eles acreditarem em mim. Infelizmente Mogi não oferece condições para formar um bom atleta no boxe”. A vontade de treinar surgiu há cinco anos, inspirada pelo irmão também boxeador. Professora há três anos e meio, atualmente ela ensina as técnicas da modalidade numa academia localizada no bairro de Brás Cubas, e também no projeto social ALFA (Associação de Lutadores e Futuros Astros). Trata-se do mesmo local onde treina. Grazi já precisou operar os dois ombros, mas nem por isso desistiu do esporte. “Se eu não fizesse as cirurgias seria apenas mais uma aventureira no boxe”, afirma. Para voltar aos ringues, ela precisa concluir a recuperação das cirurgias e perder 2 kg. “Meu sonho é que por meio da ALFA, jovens possam ser resgatados de uma vida de droga, violência, abusos e vícios para uma vida de sonhos. Todo atleta quer ser um grande campeão e eu também quero, mas o sonho de ver alguém recuperado de uma vida errante vencer na vida, supera todos os outros”, declara.

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A temporada 2012 está sendo uma das melhores da carreira de Aine Schmidt

GABRIELA PASQUALE A judoca de Mogi das Cruzes, Aine Schmidt, conquistou o quarto título brasileiro em sua curta carreira profissional. Com apenas 16 anos, ela chegou ao tetracampeonato neste ano, em Guarapari, ES, no Campeonato Brasileiro Sub-17. Quase 300 judocas, de 25 estados, participaram do torneio. No masculino, São Paulo dominou a disputa, com três ouros e quatro bronzes. Já no feminino, Mato Grosso do Sul ficou com o primeiro lugar no quadro geral de medalhas, com dois ouros, uma prata e três bronzes. No começo do ano, Aine garantiu vaga para o Pan-Americano da Guatemala, que será realizado entre 6 e 8 de agosto, na seletiva disputada em Fortaleza, CE, no começo do ano. A campeã, que conquistou ouro e prata no Circuito Europeu com a Seleção Brasileira, promete manter o ritmo intenso de treinamentos. “Devo todas as minhas conquistas aos patrocinadores, à família e aos meus treinadores, tanto no Palmeiras/Mogi, quanto no Projeto Futuro, em São Paulo. Estou ciente de que a cada conquista tenho que treinar ainda mais”, declara.


JUNHO-AGOSTO || 2012

10 || esportes Equipe mogiana de ATLETISMO DE FORÇA Contemporâneo quebra barreiras regionais e conquista América Latina Brincadeira » Strong Monsters de Mogi começou como brincadeira entre amigos e alcançou projeção internacional. Este ano a equipe disputará o mundial da categoria em Abu Dhabi STRONG MONSTER MOGI

Aposentado garante: corridas dão PRAZER, SAÚDE e VITALIDADE Aos 64, Santino Santos corre 10 km por dia FERNANDA SANTOS

FERNANDA SANTOS

CLAUDIA SOARES Quem nunca ouviu falar de uma competição cujo objetivo principal é testar o limite de força humana? Conhecida como strongman, a modalidade está se tornando cada vez mais popular. O nome oficial é Atletismo de Força. O esporte caracteriza-se por provas que exigem força, agilidade, rapidez e inteligência. Desde dezembro de 2010, Mogi das Cruzes sedia uma equipe de strongman, formada inicialmente por três atletas da região. Foi assim que surgiu o grupo Strong Monsters, que cresceu e ganha cada vez mais destaque. Atualmente, a equipe é composta por 42 membros, brasileiros

e argentinos. Cinco integrantes são mulheres. “O strongman tem um futuro brilhante que construímos com muita dedicação e amor. Creio que essa seja a nossa diferença. Somos uma família e não um grupo. Isso reflete não só na gente, mas também naqueles que nos assistem e convivem conosco. Em resumo, queremos que os Strong Monsters fiquem para a eternidade, beneficiando homens, mulheres, crianças e idosos”, afirma Sandro Ueno, presidente e fundador dos Strong Monsters. Ele foi campeão brasileiro em 2010 na categoria até 80 kg e atuou como técnico da equipe brasileira campeã

sul-americana em 2011 no Brasil e em 2012 na Argentina.­ Em maio de 2012, Fernando Reis garantiu a participação brasileira nas Olimpíadas de Londres. Ele fez história ao conquistar a inédita medalha de ouro no levantamento de peso dos Jogos Pan-Americanos de 2010. Na ocasião, estabeleceu um novo recorde nacional. Neste ano, a equipe está focada em dois eventos: o Strong Monsters – The South American Strongest Man (o homem mais forte da América do Sul), que será realizado em Mogi das Cruzes no dia 1 de setembro, e no Mundial de Strongman (WSF) que ocorrerá em Abu Dhabi, Emirados Árabes.

“Correr me trouxe um bem estar que não imaginava encontrar no esporte”. É assim que o aposentado Santino Silvério dos Santos descreve a atividade que pratica todo dia pela manhã. Há seis anos, Santino percebeu que apenas a caminhada não dava mais o resultado que ele esperava. “Caminho regularmente há mais de 30 anos, mas há seis anos percebi que meu corpo podia mais. Foi nesse momento que comecei a forçar o passo e começar a correr”, conta. Até se acostumar com o ritmo o aposentado sentiu um pouco, mas logo pode verificar os bons resultados. “Tenho colesterol alto e hipertensão, e só com as caminhadas já conseguia controlar essas doenças, mas ainda fazia uso de remédios. Após começar a correr, perdi 10 kg e consegui manter

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Médico suspendeu os remédios para o coração

os níveis de colesterol e pressão alta controlados apenas com o esporte”, afirma. O cardiologista Carlos Kodama, que cuida do coração do aposentado há dez anos, revela que a corrida interferiu na medicação do paciente. “O Santino sempre teve bons hábitos e praticou esportes, mas mesmo assim precisava usar medicação para controlar os altos índices das doenças cardiovasculares. Após começar a correr, o condicionamento físico dele melhorou 100%, e os remédios foram dispensados. Aconselho todos os meus pacientes a praticarem

exercícios físicos. Santino é um exemplo de vida saudável”. Correr 10 km por dia não é para qualquer um. Imagine, então, participar de mais de quatro provas por ano e conseguir chegar entre os primeiros colocados na categoria em que corre. “Saio de casa todo dia às 7 h e corro mais de 10 km em uma praça da cidade. Meu treino não tem muito segredo, é só não ter preguiça e manter uma alimentação saudável”. Para o aposentado, correr não é apenas um hábito saudável, mas algo que lhe dá prazer.


JUNHO-AGOSTO || 2012

esportes || 11 LIGA realiza I CAMPEONATO Técnico do basquete de SESSENTÃO DE FUTEBOL Suzano fala ao Página UM Equipes » 10 times mogianos se inscreveram atacante do Stuttgart, da Alemanha. Ambos saíram da várzea moOs jogos do 1º Campeo­ giana para brilhar nos nato Sessentão, realizacenários brasileiro e dos pela Liga Municipal Liga de Futebol mundial. de Futebol de Mogi das A Liga Municipal de Além do Campeonato Cruzes, começaram em junho. Dez equipes da Futebol de Mogi das Cruzes Sessentão, a Liga Municipal cidade participam da foi fundada em 16 de março realiza outras competições de 1948, e atualmente é nas categorias Sub-12, competição. O campeonato foi composta por 70 equipes Sub-14, Sub-16, Sub-18, criado para valorizar os de jogadores amadores. Sub-21, 1ª Divisão, 2ª Geralmente, durante os Divisão, 3ª Divisão, Vejogadores amadores que já têm 60 anos ou mais campeonatos municipais, teranos, Quarentão e e que ainda são bons de os chamados “olheiros”, Cinquentão. De acordo bola. Segundo Marcos assistem às partidas em com o presidente da Liga Schiripa, presidente da busca de novos talen- Municipal, em 2013 será Liga Municipal de Futebol tos. O futebol amador criada uma nova categoria, de Mogi das Cruzes, no de Mogi das Cruzes já a Sub-10. Informações: 4790início, a ideia era reali- revelou craques como zar apenas um torneio, Maikon Leite, atacante 2440 ou www.ligamogi. mas devido à demanda do Palmeiras, e Cacau, com.br ANGÉLICA RIBEIRO

de clubes interessados em participar, a organização decidiu criar um campeonato.­

Engano ASSUSTA atletas e torcedores do União F.C. VIVIAN FERNANDES apresentem cinco laudos à Federação Paulista de Em maio passado, Futebol, entre os quais os jogadores e torcida do emitidos pela Vigilância União Futebol Clube le- Sanitária e pelo Corpo varam um grande susto. de Bombeiros. A prefeitura afirma Na semana de estreia do time na Segunda ter enviado os laudos no Divisão do Campeonato prazo solicitado, mas no Paulista, circulou a no- entanto, por um equívoco, tícia de que o estádio a Federação publicou em Nogueirão, utilizado seu site que o Nogueipelo time, teria sido rão não poderia receber torcedores. interditado. Para felicidade geral, Para receber partidas do Campeonato Paulista, o engano foi esclarecido é necessário que os admi- e o estádio liberado em nistradores dos estágios 3 de maio. No entanto, o

treinador Pedro Henrique Lamounier acha que a confusão prejudicou o time: “Começamos uma campanha de venda de ingressos antecipada visando a estreia, no dia 6 de maio. Com a notícia da interdição, tivemos que parar de vender. Muita gente não compareceu, mesmo entre os que já tinham ingresso. Talvez se isso não tivesse acontecido, mais pessoas teriam acompanhado a estreia”, lamenta.

Carreira » Cadum participou de 4 Olimpíadas RODRIGO DIAS

RODRIGO DIAS Ricardo Cardoso Guimarães, o ‘Cadum’, foi um importante jogador de basquete. Entre seus feitos destacam-se a participação em quatro Olimpíadas (Moscou, Los Angeles, Seul e Barcelona) defendendo a Seleção Brasileira, e conquistas no Pan-Americano, como a inesquecível final em 1987, quando o Brasil derrotou os Estados Unidos por 120 a 115. Atualmente, ele vem construindo uma nova carreira como técnico. Aos 52 anos, ele comanda o time de basquete de Suzano, que disputa o Campeonato Paulista da Divisão A-1 deste ano. Página UM: Fale um pouco do seu trabalho no time de basquete de Suzano. Como é para você ser técnico deste time? Cadum: Comecei aqui em agosto de 2011 com um time montado para disputar a categoria A-2 do Campeonato Paulista do ano passado, fomos para a final do campeonato contra o Palmeiras e, infelizmente, perdemos, ficamos com o vice-campeonato. O mesmo grupo continuará este ano para conquistar a série A-1 do Paulista no primeiro semestre e tentar a classificação para a A-2 no segundo semestre. O grupo é o mesmo, eles conhecem a minha forma de trabalhar e eu também

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Técnico do basquete suzanense acha que time atual é promissor

os conheço. O contrato dos jogadores acaba em julho deste ano. A equipe ganhará o reforço de 2 ou 3 jogadores nesse semestre.

Quais são seus próximos objetivos profissionais? O que mais você pretende conquistar? Cadum: Com certeza tenho muitos objetivos. Acho A equipe atual tem con- que as metas devem ser dições de jogar contra renovadas a cada dia. Eu as grandes potências do gosto de falar para os atletas Estado? que quando eu era garoto, Cadum: Acho que é cedo tinha o sonho de disputar ainda, pois São jovens uma Olimpíada. Realizei com pouco tempo de com 18 anos, e pensei formação. Isso demora “acabou?” Não, nunca um pouco, mas nós va- acaba. Eu fui traçando mos buscar os resulta- novos objetivos. Agora dos com treinamentos, que estou começando patrocínios e contrata- na carreira de técnico, ções. Hoje não temos eu quero crescer, fazer condições, mas se você o time de Suzano evoluir me perguntar daqui 6 comigo. Estou buscando meses, a resposta pode um crescimento pessoal, ser diferente. mas também da em geral.


JUNHO-AGOSTO || 2012

12 || esportes

MOGI CLUBE DE VOO LIVRE prepara FESTIVAL para o mês de agosto

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O pôr-do-sol é uma das atrações do Pico do Urubu. O visual é deslumbrante

Atração » O Pico do Urubu não é mais só lugar de voadores. Turistas e curiosos procuram o local para assistir decolagens e curtir o visual LEANDRO MORAIS Mogi das Cruzes estará de olho nos céus da cidade nos dias 11 e 12 de agosto. Isso porque o Mogi Clube de Voo Livre (MCVL), em parceria com a Secretaria de Turismo, realizará o Festival de Voo Livre 2012, como parte das comemorações do aniversário da cidade. Esta é a sétima participação do Clube nas festividades. O Pico do Urubu é o local de decolagens dos pilotos que concorrerão em 3 categorias. Enquanto a data do festival não chega, quem visita o Pico do Urubu pode assistir as decolagens dos integrantes do MCVL e de outras agremiações que vêm à cidade para fazer um dos voos mais agradáveis e prazerosos do Brasil: o trajeto entre Mogi e o litoral, um percurso de aproximadamente 90 km feito em pouco mais de 3 horas. A maioria dos voos, no entanto, são voos de boa permanência no arte, mas sem se afastar muito da rampa de decolagem. O Pico tornou-se num importante ponto de encontro para os praticantes do esporte. “É uma excelente oportunidade para revermos velhos amigos e conferir o desempenho de novos pilotos”, diz Luiz Lima da Silva, instrutor de paraglider há mais de 10 anos. Não são apenas os pilotos gostam do local. Curiosos e turistas aparecem em quantidade cada vez maior para curtir o visual da cidade. O instrutor de voo Daniel Rocha de Souza aprova a “invasão” de curiosos: “Faz tempo que venho voar aqui no Pico do Urubu, mas só de uns dois

ou três anos pra cá que o acesso melhorou bastante e as pessoas estão descobrindo ou redescobrindo o lugar. Está ótimo ver isso aqui cheio de gente”, afirma. O Pico do Urubu fica no final da estrada Cruz do Século, que começa na Avenida Perimetral, ao lado do Clube Vila Santista. A maioria dos voos ocorre aos sábados, domingos e feriados.


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