ENS - Carta Mensal 1952-3 - Março

Page 1

S

as É Q.

u

I ' p EJ,S '

' NOS S A

' ) SUID4I,/iS~ .;IJ! , . . LIVR~ ., .~i} LtiTU!Wt · PIRITUA'Íi~[·,l VÍDA !lAS EQ.UIPE~ . CORJ{ESPONDENGIA . : ~ l..niciação d2.s o'!'ianças à pobreza. · 4 EXPERIENCIAS e TESTEMUNHÓS A prop6sito do tema de estudos 5 Ceremonial de compromisso 5 ORAÇÃO LITúRGICA e MEDITAÇÃO 7 NOVA ORAÇÃO DAS EQUIPES 8

D E

1'

'

S E NHORA

Março de 1952 São Paulo, março de 1952

.,,,

1:

'1.•

- - - - - - - - - - - - - - - - - -..,-- +·- - - ·- - - - - - - - - - - - - - - - - - - SUBBMISSÃO DE H~MEM LIVRE Durante as férias, por uma manhã de julho ~ltimo. Uma chuva fina e persistente retinha-me prisiQneiro no meu quarto. O carteiro bate e entrega-me a correspondência •••• Não me recordo mais das cartas recebidas naquele dia i mas nunca esquecerei o transtorno que senti ao ler uma circular anunoiando a ruptura com a Igreja de um sacerdote e de alguns leigos que eu conhecia muito bem : Impossível ~bedecer ao mesmo tempo •aos imperativos de Roma e ~s inspirações do Espirito-Santo, escreviam eles em essência, é preciso escolher, n6s escolhemos, •• Foi nesse dia que resolvi endereçar-vos este bilhete. '

/.

N 6s, sacer~otea, vos alertamos muitas vezes sôbre os perigos que a carne e o dinheiro vos fazem correr. Mas não haveJtá descuido excessivo de nossa parte em deixar de vos colocar em guarda ·contra certo espirito de independência ? Não me refiro ao desejó muito legitimo de melhor compreender afim de melhor obedecer, mas a essa tendência em criticar e discutir os ensinamentos e as decisões da Igreja : quer se trate de moral social ou de mora~ conjugal, da condenaçãe da Açã~ Franceza ou da condenação do Comunismo, da definição do Do~a da Assunção ••• Espíritc de independência mais subtil ainda que nos leva a oscolher entre as verdades : somos atraídos pela Ressurreiçãt,mas deixamos de lado a faixãe ;dedicamo-nos à caridade, mas recusamos a lei da abnegação i meditamos o discurso apÔa a Ceia, mas esquecemos o Sermão da Montanha ; .,uvimils de bàa vontade falar sobre o céu, mas ac~lhemos com um sorriso de septicismo ~ pregador que faz alusão ao inferno, - Sem davfda, dai ã.té a ruptúra, há um passo enorme. Mas não é já isto 'Pene·trar no caminho da l\.).ptura, afrouxar os laços que unem ao Corpo Míst'ico ? O ramo maio quebrado que só aderê ao tronco por algumas fibbras, não tardará a f~necer e os frutos a secar, ' I) Si o amor de Deus e da IgreJa fosse profundo, cedo desapareceria. este espiri to de independência. Pois que o amor aspira à submis·s ão, submissão ativa - que ~ oferta de si mesmo. Ser submisso a Deus e à Igreja, não é assumi r ~ma atitude de escravo, mas aim e·sposar os pensam;;ntos e as v~ntades de Deus e da Igreja ; ser submisso, é estar ligado - no sentido da ligação entre o ramo e o tro•co. Entãó a sraça circula e os frutos sã~ · ábUndantes e saborosos. Afim de chegar a. esta submissão profunda, é preciso poie amar, pois que é o amor que gera a s·u bmissão. Mas nem é menos necessário exerdlitar-se à. submissão, mortificar o gosto inveterado pela independênci<â, ·que habi tà em n6s todos. N ão é dos serviços de menor valia, aquele que vos é P!estado pelas Equi~ pes de Nossa Senhora, qual seja o de vos auxiliar n• aprendizado da submissão, ao vos pedir de adaptar voluntariamente uma Regra, de fazer apelo ao controle fraternal entre membros de um a mesma equipe, de lhes declarar ás vossas omissões às regrae do jogo. \

.J

i

Eu acho que por vezes, há de vossa parte falta de al.t ivez, São por demais

nume rosos aqueles que se vangloriam em desobede.c er. Porque não havetia entã•• cristãos quC: se orgulhariam em se ex;eráitarem à submissão ? H

o

o

.c.

o

LEITURA ESPIRITUAL Não dispomos so~ente das nossas próprias forças para amar, compreender e servir a Deus, mas de tudo ao mesmo tempo, desde a Virgem bêndita no aito dos céus, até este po.b re leproso afric·ano que empunhando uma campainha serve-se de labios semi apoarre-, cidos para exalar · o responsório da missa. Toda a creação visível e invisível, toda a

,,'

·~

,,


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.