CARTA
MENSAL das
EQUIPES DE NOSSA SENHOltA
N~
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·, s;Pàulo, março de 1953
A· NQNAGESIMA~SJiiXTA PARTE·· H.C·.
I.Sono bj,,. l,,,f.,;l,i,l.,.l,,,l,,,l,,,l,t.I,,,I,,,I,Li.t,l,,,l,i ,I,,, I,,, 1;,,1,,,1. ta J.,,l,,,l,~, I_ . ••• · Trabalho... Refeições •.• Oração -
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Lancemos um olhar _sobre esta régua graduada. Contém 96· 4ivi~ões~ Represen~am os 96 quartos de hora de· que se com:võe o dia ... ·· · Comeoemo·s · 880ra a contar, a partir da esquerda, .o .n úmero de horas reservadas ao sono, e tracemos uma linha v~rti oal.. Contemos em seguida o número de horas dedicadas ao trabalho, seja profissional ou caseiro : um segundo traço vertical. _A seguir, assinalemos tambem as horas de refeições, o tempo gasto em condução, na leitura do jo~nal, etc •.• Finalment_e - e agora a começar pela extremidade direita -um último traço marcando o tempo que consagramos· à oração. Comparemos agora ! Podemos dizer : "Nada mais enganador do que este gênero de cálculos. O Snr. põe em confronto realidades ~~e não podem ser comparadas. A oração não é. questão de tempo . Da mesma forma que o amor : não é pelo facto de eu passe..:· c~ ez horas diariamente no meu trabalho e mui to pot!.co tempo a co:~x'::: rcar . . com a minha esposa e meus filhos$ que .eu deixo ele 9.!~ã-los,que eu os . estimo menos do que o meu escl~ i tório. O ar.aor ..-:..ã 'J .~; q~e .J tão de tempo !" Cuidado ! Q.uantas vezes o arnor dos esposos, !i a:LeiÇ;f.o entre parentes periclita, precisamente porque dea0ui~2~ em p~o curar mantê-los e aprofundá-los. Os nossos amores humano 3 exi-
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gem encontros, participação, momentos de contactos de ra coração. E' vital.
o mesmo acontece com o amor de Deus. Esmorece na alma do cristão que não reserva cada dia alguns mom~ntos de encontro com o seu Senhor, momentos de convívio, de intimidade~ isto _é, de o ção. Não é menos vital. Ficarei pensativo, si alglit3ni retrucar : "Mas on·d e quer o Snr. que ·eu encontre tempo para rezar?" ••• Ou esta pessoa nada compreendeu do caráter vi~al da oração para a manutenção da vida religiosa ou então trata-se de um caso que merece os cuidados do psiquiatra, exatamente co~o aquela senhora, mãe de uma numerosa prole e que, sofrendo de a:nemi9-: grave, respondeu ao médico: "Como quer o sn·r . -que eu encontre tempo para me alimentar, si tenho oito filhos e tudo o que isto supõe :as mamadeiras, as' fraldas -para . lavar, os banhos dos menores, as versões de latim dos maiores ••• ? " ·Todo o . problema está em saber ; si é vi tal o alimento, todo o.problema-está em . sàbe~ si .é· vital a oração • . Afinal, talvez seja culpa nossa, a nós padres, si os oris.t'ãos não acreditam no valor da oração .: será que nós. os prevenimos ·suficientemente de que a anemia espiritual os eaprei ta ? ~uando eles vêm se _confessar de covardias, de orgÚlho, de impureza, em lugar de os compelir em fazer e"s forços para não recomeçar, chamamos a sua atenção para ' a própria causa : o seu estad"o de menor resistência que os torna terrivelmente vullleráveis? Será que lhes chamamos a atenção para a única causa que lhes permitirá adquirir vitalidade espiritual, e, portanto, os tornará capaz~s de resist-ir às ameaças externas e internas : a oração ?
nós
O grande remédio não seria antes a Eucaristia ? ~ alguem poderá perguntar. Sem dúvida, mas a Eucaristia, na alma que não reza, é semente em terra não lavrada ; não pode produzir os seus frutos. Creio poder afirmá-lo com segurança·, depois de 20 anos de ministério sacerdotal, o cristão que não dedica diariamente dez minutos a um quarto de hora (a nonagésima-sexta parte do seu dia) a esta forma de oração que chamamos meditação, permanece sempre infantil·, ou melhor.J definha. Conp.ecerá crises graves, das quais não sairá airoso, das quais talvez mesmo não sairá tão cedo. Em vez de me deter em analisar o aspeto negativo da questão, prefiro terminar pela evoaação de tantos homens e tantas mulheres que conheço muito bem, não menos sobrec~rregad ~s de
3 · filhos, não menos absorvidos pelos trabalhos profissionais e cas-eiros do que tantos outros e cuja vida cristã se aprofunda, se expande, irradia, porque a oração. é o seu alimento cotidiano. Compreenderam que é vi tal. E dela···vi vem. o
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LEITURA ESP:RI TUAL .
Eis a ~tima página dos Cadernos do Cardeal Suhard,na qual transcreve a visão que tinha do apostolado moderno. "Vejo a missão que foi confiada e a receptividade do apóstolo a quem cabe a tarefa. "Vejo como a tarefa é tomada a peito, com tudo o que acarreta em dedicação desinteressada e pessoal. avejo ~ preocupação em salvar as almas e a vibração do ap6stolo em face à idolatria (indiferença, falsa ideologia). "Vejo a preocupação de fazer pe_n etrar nas almas a verdade cristã, de modo que nelas se torne convicção e vida. "Vejo o esforço dos ap6stolos para se dominarem _a s! mesmos, e conservarem. o sangue frio, em face do bloco colossal do paganismo. "Vejo o esforço de imaginação para apreender qual o ponto em que poderá se fazer a arremetida e ser realisada a penetração das almas. "Vejo a disposição ao risco ta::.1to nos impulsos.
!.1 ::-~ f i'l:'.ê'J3~ '1i 2.. C;Jm~
"Vejo a decisão de ir de encontro a.c obstáculo ç_ual~ quer que seja o perigo que surja, mesmo o perigo da morte, I
"Vejo todos os riscos da perseguiçã!) ( -~ 1 '0 :-!:.;::...z ~ de v e::Jções, ataqnes, calúnias). "0 ap6stolo 6 feito de tudo isto e
ª~ 1 ele
~.
que
perimentou em si estes sentimentos n2.o · é um e.p6stolo .- do eloYa1o da palavra". ( "Carnets du Cardinal
Suha~d. ::
ex senti ·-
n~o
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-Pe:J.sa.Jie.i. rcos
extraidos de ~~as notas ~ de seu ~iáriospor Mons. Pierre Brot. Bonnc F~essG) 46 ?áz inas, 90 francos)
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VIDA DAS EQUIPES A partilha sôbre as obrigações da Resra
Estamos persuadidos que a partilha (l) . é um dos meios mais eficazes de cooperação espiritual postos à nossa disposição _ pelos Estatutos. E' por isso que pensamos que seria de utilidade levar ao vosso conhecimento a exposição que foi feita recentemen~ te em uma das reuniões dos casais responsáveis de Paris : " Para falar com franqueza, sentimo-nos muito pouco credenciados para falar da partilha sôbre as obrigações da Regra, pois que, si na nossa equipe conseguimos por; vezes fazer unia boa partilha~ nem por isso é menos verdade que consentimos muitas vezes que · ficasse naquela mesma mediocridade que muitas equipes lamentam. Com efeito, são muitos os relat6rios que põem em destaque as dificuldades encontradas nesta partilha, dificuldades que são muito dive~sas mas que se traduzem frequentemente pela realização de uma serie de "sim" e de "não": - hesitação do responsável em abordar a partilha com seriedade, mas dando a impressão que considera que não se trata de outra causa senão de uma formalidade aborrecida, sem grande significação; e, o que é ainda mais grave, cumplicidade dos casais. falta de conhecimento das outros, ou do desejo de chegar a este conhecimento. - perda da visão do sent1do espiritual da partilhao - respeito humano; individualismo. falta de imaginação e de espírito de iniciativa para tornar a partilha mais eficaz, mais profunda. Perguntemos a nós mesmos como havemos de superar estas dificuldades e como havemos de chegar a fazer com que a partilha, bem compreendida, seja a fonte de grande enriquecimento.
(l) Vide no "Suplemento" desta Car-ca Mensal, alglills esclarecimentos complementares sôbre o sentido da "partilha".
5 Apgulo .sob o qual a Regra e a Partilha devem · ser vistos Quando falamos na Regra precisamos nos reportar sempre ao ponto essencial: qual é o sentido da nossa incorporação ao Movimento das Equipes de Nossa Senhora? Si perdermos fte vista que ~ o desejo de- avançarmos cada dia mais na descoberta da caridade, ficaremos impossibilitados de compreender a razão de _s er da Regra, suas exigências e o controle que a sua aplicação acarreta. Devemos _sempre perguntar a n6s mesmos: "A minha equi·pe está crescendo em caridade? -Ela está me ajudando a cre·soer em ca.rid,ade? No caso ~ontrário, porque?" Esta pergunta nos leva a nos examinarmos sôbre os pontos -seguintes: Temos n6s a mística da t _rànsformação pessoal~ do · crescimento ná·_ caridade? -Si -esta idéia não esiá .nó centro mesníÓ de nossoá pensámentos, rio ceritro -da . noss'a vida; é evidente que a nossa equipe de nada nos serve. Si n6s - nos reunimos ' porque, , um dia, cada um -de n6.s teve o desejo de se aproximar d.o- Cri ato. Este desejo, esta vontade fervorosa, estão sempre presentes em ncSs ? 1)
2) Temos n6s o desejo de dar ao nosso lar uma unidade cada vez mais forte, de fazer com que esta unidade seja cada dia: um maíor _louvor a Deus? Temos n6s, na nossa vida conjugal, este desejo de transparência aem a qual a unidade seria apenas parcial? sem a qual a partilha dos nossos esforços, das nossas dificuldades entre esposos, no nosso encaminhar para Deus, perderia muito da sua riqueza?
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Temos n6s o sentimento bem arraigado de que, na · sua fraqueza, a nossa vida cônjugal pode obter muito da equipe · e que, por outro lado, deve dar muito ~ equipe? Tal facto parece evidente a priori, mas as reações de individualismo de alguns parecem provar que no íntimo não aceitaram plenamente a vida de equipe. Quer nos parecer que muitas vezes as dificuldades encontradas por uma equipe para a realização da partilha provêm , de uma certa deslealdade por parte de um ou mais dos seus casais componentes, em relação aos pontos acima. Si encararmos ~uncessantemente,dentro desta perspectiva, ~ão s6 a doação total que a nossa vida de cristãos implica, mas ainda toda a grandiosidade de suas exigências, as obriga-
6 ções da Regra nos parecerão bem máis acessíveis. Detenhamo-nos um momento agora sô~re tais _obrigações, afim de rios . convencermos firmeme~te . de quê elas não 'são artificiais,. que não_ têm 'lim caráter gratuito .na vida ·de uni cristão, mas que se ~-onfundem com os imperativos os mais elementa:Ues de toda vida que procura a . Cristo. As obrigações da Regra Assim. acontece para o dever de sentar-se4 Esta prática não pode deixar de ter a sua inclusão na vida de um casal que tenha decidido tornar efetiva a unidade para a qual Cri s to o c vida pelo Sacramento do matrimônio. A oração seria por acaso uma exigência cotidiana para os membros --das Equipes de Nossa Senhora? Oras- ·si n6s ti vermos em mente a palavra de Cristo: "Q.uando f3 st·i verdes reunidos varios ' em meu .nome, eu estarei no nó meio de v6s", como não haveríamos de querer unir a nossa oração à de todos os membros de nossa família ••. -ou de nossa equipe? Désde a nossa infância nos ensinaram qu~ é preciso tomar resoluções para qualquer progresso espiritual. Nossa regra de vida não é pre9isamente uma codificação das nossas resoluçõe Finalmente, todos os cristãos que de todo o coração de sejam se · aproximar de Deus, compreenderam sempre a necessidade ~· de retiros feitos com regularidade, permitindo-lhes,. mais ainda do que nas orações cotidianas, encontrar for·a da agitação da que os envolve, toda a riqueza da religião • . (Falta apenas a oração para as Eguipes e a contribu i na~a_ mais sãc;> do. que a manifestação de um interes~e espiritual material, que se tem muito naturalmente para com 6 conjunto no qual quizemos mo~ integrar. Não se trata portanto, nisto tudo, de novas exogências extraordinárias, mas sim de nos manter sempre atentos para certos elementos fundamentais da vida de todo cristão casado. O sentido da partilha Agora que procuramos compreender melhor as obrigações que nos compremetemos a observar nas nossas Equipes, qual ·a z~o de ser da partilha? Será por acaso o fruto da imaginação um qualquer de n6s, ou corresponde a atitudes de alma desejad por Cristo para os seus fieis? O aprofundamento do sentido da partilha nos fará logo compreender que se trata a! de uma ex
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c ia da caridade e que consti_tue por · isso o meio de·. auxilio tuo essencial das ·nossas equipes.
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- Será uma forma do dom de si, po~s na medida em que quizermos ir em auxílio dos outros, será pre-c iso dar de si mesmo. - Será a ocasião de cooperação espiritual que fará ~ue a nossa experiência não tenha por fim único o nosso aperfeiçoamento pessoal. Assim ct}mo Deus se pode revelar a nós através da ex. periência dos outros' devemos tambem no.a convencer que não nos cabe monopolisar as graças recebidas. A· partilha é ó meio que permitirá este enriquecimento recíproco. · - Escola de amor, ensinar-nos-á a amar os outros, não mais de uma forma puramente abstrata -- e ideal, mas sim com todas as suas fraquez~s, que eles próprios nos revelam. Tudo is.to deveria ser suficient-e para nos compelir em experimentar com iealdade a prática dà partilha~ Há uma estra- · nha inversãó dos valores que faz com que estejamos mais dispostos a dar os nossos bens materiais dÓ -qué ós nossos bens espi- ' rituais • .Seríamos por acaso materialistas -que i~oram a aí-mesmos.,. por não teremsinão os bens ·materiais a oferecer aqueles que amam? A partilha se apresenta portqrrto, muito bem, como sen-
do uma atitude de abertura, de cooperação essencialmente cristã ( e quando o pr6prio Cristo, nosso eterno modelo, nos conta de que modo o deme.nio o tinha tentado, de que modo lhe tinha resistido, não sois de opinião que se trata de partilha?) Não podemos . portanto deixar de _desejar a realisação da partilha, afim de nos encorajarmos uns aos ·outros, estimularnos ~tuame~te em respeitar as obrigações aceitas livremente e em comum. Para terminar seria preciso ver quais as condições que podem facilitar esta partilha, mas sem perder de vista qué não se tornará capaz de enriquecimento apenas em virtude de algumas·· receitas~ mas sim graças ao espírito de humildade e de amor: a) seriedade com a qual tiver sido preparada antes da reunião. b) atmosfera de recolhimento e de oração; a ironia que se nóta muita8 vezes nas respostas dos casais, impede toda e qualquer franqueza. o) necessidade do silêncio em comum para que todos jUfttos encontrem o meio de auxiliar um casal que tem dificuldades
8 no cumprimento das suas obrigações.
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-d} ·t omar consciência de que cada um de n6s é responsa. vel por to4os.
-e) · só pode ser boa a partilha em equipe, sihouve por~ te de cada -casal a realizaçaão cuidadosa do dever de sentar-se, . precedido de e~ames da·oonsciênoia individuais feitóa com seri dade. _ f) relembrar frequentemente o sentido da partilha, ca~ bendo isto ao responsavel de equipe. g) saber reservar para a partilha todo o tempo que fôz necessário.
· - ·Si · procurarmos sem cessar, vi ver mais profundamente o cristianismo, nunca haverá monotonia na partilha. Cada uma das obrigações deixa abertas a cada qual tão grandes perspectivas !
Pegamos a Deus que -nos ensine ~bem· utilisar este meic de fazer progredir a nossa caridade, apezar de todas as dificw dades e si nem sempre compreendemos a riqueza que encerra, peç~ mos a _Cristo que nos permita sermos rigorosamente honestos em relação a nós mesmos e nos ajude a praticar com grande amor, ~ cooperação espiritual. o
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RE CORT E S
De uma entrevista com o Pe.- Caj farel, publicada na revista fr~ ceza "Foyers" (out. nô.v. 1952)
· "Acontece nas equipes como nos · casais: passada a lua é mel ~ preciso muito amúr e muita abnegação para aguentar firme4 Muito cedo a indiferença, o amadorismo, a moleza se · instalam e tudo submerge·m. Não quizemos um "movimento" com 5o% de "ím6veif E' por isso que há_ uma Regra , uma disciplina rigorosa. Mas a ftegrà s6 é rigorosa porque é voluntária. Ninguem é obrigado a 1 zer parte das Equipés nem de · nelas permanecer, mas aquele que fica sabe qué deve - perdão - sabe que "quer" respeitar as regras do jogo. Tanto pior para aqueles que brocuram burlar estaf regras." o
"Num mundo onde, atá mesmo os jovens perdem a fé no amor, o testemunho do amor conjugal dado por casais cristãos é sem dúvida de grande valor"~
SUPLEMENTO das Equipes do Sector de São Paulo
AINDA A PARTILHA . Por uma feliz coincidência, as últi-mas cartas mensais vêm !~.bOrdando temas de ordem prática, muito 'dteis para a boa orient~Ção ·das reuniões, mormente para nós que vimos ensaiando os primeiros passos nesse Movimento. A C.M. de fevereiro.t rouxe-nos ~sclarecimentos sôbre a oração da equipe. A deste mês, vem res~onder ~ dificuldade que as nossas equipes encontram no exercí~io da. "Partilha. · Esperamos que seja de utilidade para firmar a. · o rientação daquelas que já fazem o "controle" sôbre as abrirações da Regra e constitua um incentivo para aquelas que aina não o adaptaram. Há entretanto na partilha, um outro aspeto a encarar alem ~aquele desenvolvido nas páginas atrás e que julgamos útil es1}arecer~ Referimo-nos à partilha no sentido de pôr em comum, ·. equipe 1 tuâo aquilo que toca mais de perto o nosso coração ;- que · chá.maremos "fartilha em Geral". Feita ·paralelamente ao .pntrolé, será particularmente capaz de tornar .a .equipe viva e . . ecunda, ajudando os seus membros a progredirem na união com í-isto. _ I'
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Em . que consiste esta outra forma de partilha? Nada alem do 'ue_é-pediêiõ-iiõã-Eãtatutós. Leiamos à pg. 5 . (Partill).a e auxílio ídtuo): "Nas reuniões mensais., um momento deve ser reservado pode ser a pr6pria refeição) para que sejam postos em comum ~ preocupações familiares, profissionais, cívicas, os sucessos ~ ()S insucessos, descobertas, tristezas e alegrias". f
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Entre amigos, ~ normal a comunicação mútua das alegrias,das ristezãs-fãmiiiares, algumas vezes dos problemas que se nos de arani~ Há troca de feüici tações, ·procura-se proporcionar conso~õe~, .·conselhos, soluções oport.unas. ·. ·Na equipe as · cousas devem ser ·diferentes. o interesse que i3 toma - - - - pelos - - - - - outros membros da equipesitua-se num plano todo ~verso. Não se trata de felicitar, acalmar ou tranquilizar. rata-se de encarar as alegrias, as dificuldades de cada um, •>úm ponto de vista essencialmente cristão, cada qual tomando _à eu eargo os fardos dos outros. Assim sendo, ~ importante ,an ~â de mais nada, que c a da um, antes de dar um conselho, este-
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ja inteiramente consciente da própria responsabilidade. Deve aco~ selhar cóm ó pensamento único de ajudar a encontrar somente a so~ lu.ção crist~, mesmo que seja a mais dific-i l ou -a mais penosa.
Como agir ~ - A fórmula práti~a deverá ser encontrada pela pr6~ pria sirvam as notas segu~ntes, colhidas aqui e al:! na · correspondência e nas Càrtas Mensais, apenas de ·orientação geral, para dar idéia das amplas possiblidades que se nos deparam.
-equipe:-
Eis por ·exemplo, como nos vem narrada a um· "leigo'~ que pela · primeira vez assistiu a pe~ · Trata-se de uma reportagem publicada na nov. 1952) e transcrita em parte no -- "Anneau
partilha, vista por uma reunião de. equirevista "Foyers" ( out d-1-ür", de nov.dez.952
· · "Agora estamo's na mesa - diz o reportar. Cardápio simple (explicam--me que foi preciso impor esta simpli-cidade, para pe cobro ao· amor próprio das donas de casa). Todos· falam com ap~ rente ·espontaneidade. Digo "aparente" pois _verifico que hou. ve um pequeno truque: O "casal responsável" conduz discretamente a conversa; faz com que· cada qual fale de suas alegria~ de seus pequenos problemas cotidianos; e . dentre outros, insif te particularmente no assunto do dia: as férias. Começo a con preender em que sentido ele é "responsável" -. Em suma é uma er . trevista sem que ninguem o perceba. E, como profissional,aprE cio o facto. Mas a:!, não se ·trata de uma questão de ofício·: trata-se de uma arte apenas consciente, e por isso mesmo maü segura. Fala~se tambem no -próximo recolhimento de casais a realfz~r-se na paróquia no domingo seguinte. Alguns detalhes devem ainda ser ultimados. Evidentemen·te o vigário está em destaque; mas quando fala, não o faz como um chefe dirigindose aos seus homens; ao contrário, solicita a opinião dos casais, a quem cabe, aliás, a i.niciativa do emJ?reendimento; insiste na sua participação e na sua responsabílidade para o exito do recolhimento • . Fin_d a a refeição., dois ou tres maridos -tiram a mesa, duas ou tres mulheres limpam os pratoso O tempo de fumar um cigarro e tudo está terminado. "E' agora o momento da oração' diz alguem aos rri.eus ouvidos ••• " De
um
r elatório ; destaca-se outra forma de realizar a partilha:
. "Uma -equi-pe consagra t~8s quartos de hora da reunião mensal par a que . ·sej 3.m ]_Jostos em :JOr.l'l.:m os problemas particulares de cada um. 0 i"éSpúTISavel comenta no seu relat 6rio: lfN'ão somente . equipegar:há. dom' isto em conhe cimento e caridade, tambem .é bem raro que :um problema que se sup~~ha ser particular~não ajude um ou outro a v~~ mais claro na pr ~pr ia vida, a rever as pr6prias atitudes".
como
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A experiênci mostra que quando a partilha não ~ feita com - inteira simplici-d ade e confiança, torna-se mui to árida, com -o -·- que se ressente toda a vida. dá equipe. Evidentemente, não é de - ~ dia para outro que se obterá uma completa abertura de alma, tão necessária _para que as preo~upações pessoais, o_s esforços e alegrias seJam postos em comum. M?-S deve haver _um esforço de càdá -um para que a partilha atinja -o. seu fim, que consiste em procurarem todos ajudarem-se mutuamente a viver como cristãos os problemas -profundos -de -cada um ... Leiamos, por exemplo-, estes testeni:imhê:>s: "Um membro de nossa equipe, _q.;:tertado _pela obse-rvação de uma jovem empregada, constata que a s~a- atuação profis~ional está em contradição com a sua condiÇ_ã o _de _crlstã_o . E~e nos expoz com mui ta simplicidade o seu ca_so .de : _c onsciência logo no início da ~ reunião, com o que, ale!I! do mais, -fa2i~litou o desenvolver da - partilha." · "X. encontrou qual a diretriz a tomar~ numa determinada atividade para a qual era solicitado, a serviço de associações fa, miliares, ao ter certeza que os membros de· sua equipe responde-riam "presente" a todo e qualquer p~dido de · ajuda"~ Encaminhem-se - pois as nossas equipes no exercício desta , prática essencialmente cristã, com um elevado espírito de caridade fraterna. Haja nas equipes, cada vez mais, abertura àe alma e abertura de coração. Haja mútua.. confiança e mútua cómpre' ensão e o desejo de procurar na equipe o7iR~2 a solução dos _pr6prios problemas, dificuldades, traba~hos, preocupações. Haja particularmente a generosidade de fazer a equipe , partilhar das .: no-ssas alegrias, das· nossas conquistas, descobertas e vitórias.
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Então, ela será uma fonte de vida para os outros e para n6s. o
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. RECOMENDAMOS às orações das equipes, a alma da Sra. Atilia ' Meconi Volpi, mãe do Snr. Artur Volpi,membro de uma· das equipes.
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ORAÇAO
para o mês de março Intenções Rerais a) Os flagelados do Nordeste. b) A melhor compreensão do· espírito dà Quaresma.
12 2. Oração litúrgica ·,
Hino domínio ano do DOntingo .. ,. . ·-Vésperas do l~r doming-o· da :Quare.sma até' Pásc Cre~dor
cheio de bondade, ouvi ~s - rtossàs preces, vêde as lágrimas .. ' por n6s dêrramadas· durante ·este jeju:m sagrado da Q;uar~·sma~ V6s que penetrais os co-rações_ . e que. conheceis . nossa fraqueza: · A riós que para · v6s -ret.ornamos concedei a · graça d·o perd.ã o • . Fre.q uentes vez_e s peqámos . mas atendei ao no.sso pezar. Para a g~6ria de vosso nome cnrai as nossas -. aflições.~ .. ·Fazei que, mortificando o corpo pela abstinência, no~sa alma, por Um jejum espiritual se abstenha ~e todo pecado. O T_rindade bendi ta 1 Uni.dade pe.r fei ta. Tornai proveitosos aos vossos fieis . ' Os ·beneff.cios do jejum •. Assim seja.
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3.•_, Meditação SENHOR, f _a zei. q':le contemplemos o crucifixo com um olhar novo. Sôbre es·ta ·c ruz morreu. - um Deus . . Misté'rio. do. ~iqu~lamento de Deus. ... . Mi st'é.-rio ·do amor 'infinito que se niani:t:e sta. . , . .. E' perante cruz -- que tomamos consciência do s'enticfo de nossa da, das nos~a.s fraquezas, ·das nossas pusilani'midades.que ·são pec isto é, ofensas a Deus, ofensas resgatadas por sofrimentos atroz que levaram o filho de De~s até o extremo de si mesmo,até à mort Porque o inocente pag.ou pelo culpado? Por amor • .. - "Si _soubesse'is o dom de Deus" ••• -o amor de Deus; ·em Cri$to Re den~or, suscita o nosso amor. Do alto da cruz "~trairei tudo -a m Deixemo-nos seduz.ir _por e-sse amor humilde, pobre, que perdoa e re cilia.Compreendamos a necessidade para n6s da cruz da penitência, renúncia.E, ·. · ~ :! prec1so ~ntao p~a~r ~sse esp rito de mortificação, q espír~ to d,e mort~ par~ conosco, para que _em n6s viva ·o Cristo Je Mas :lsso "dàve ficar concretizado por aquela resoluç~o .bem -de rilinada, ou aquela outra que custa realmente, que- J!laifê.a·; · mas · que oferecemos por a.rpor.: :- E:liJ o esp:!ri to da ~~aresma .• Eis como viver on~ . ,...A~=tm~ _
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