CARTA MENSAL DAS EQUIPES DE NOSSA SENHORA- França VI ano, n!! 3
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Dezembro 1952
O HOMEM NÃO VIVE SOMENTE DE PÃO... Como você julgaria um soldado da Indochina que enfiasse nos bolsos ou no cantil, sem as lê, as cartas de sua esposa? Por mais que ele sustente que está unido a ela pelo coração e não por notícias ou declarações de amor, ele não lhe convenceria. Certamente não são as palavras, mesmo as mais amorosas, que realizam a união entre os seres, mas as palavras são ainda o que melhor permitem a nós, espíritos encarnados, entrar em comunhão e fazer comunicação. Pretender que se está unido e negligenciar os meios de expressão e de troca, seria inconsciência ou má fé, e sempre um sintoma inquietante. Este sintoma inquietante não existiria na sua vida cristã - que está, ou pelo menos deveria estar, em união ao Cristo? Se o Cristo fala, você escuta? Você lê e relê o Evangelho, sua mensagem, para com ele entrar em comunicação? O essencial de uma mensagem, diríamos, é de nos abrir um caminho de compreensão dos sentimentos e pensamentos íntimos de seu autor. É desta forma que você lê o Evangelho? Para além das palavras, das situações, você consegue penetrar o pensamento vivo do Filho de Deus, perceber os batimentos de seu coração eterno, estabelecer relações pessoais com Jesus Cristo? Quem lê frequentemente o Evangelho, não apenas usando a racionalidade, mas abrindo-se espiritualmente, em silencio interior, não tardará a entrar em comunicação com o Cristo. Um amor, eu diria de homem à homem - não de homem à Deus, nasceria entre ele e Cristo, uma união indestrutível se tece. E isto é vida cristã. Mas tal não acontece de uma vez por todas. É tarefa a ser refeita cotidianamente. Fazse necessário escutar o Cristo a cada dia, escutar seu diálogo com o Pai e com os homens, demoradamente contemplá-lo andando, orando, se fatigando, chorando, sofrendo. Em resumo, estar atento ao modo de se exprimir, de se doar de Cristo (o que faz por mim pessoalmente, não se deve esquecer o caráter pessoal de sua mensagem; ele se dirige a mim). Deste modo o Evangelho torna-se alimento, precisamente o alimento do qual Cristo nos fala: "O homem não vive somente de pão, mas de toda palavra que sai da boca de Deus." Como desejo que cada um de vocês sinta fome sempre que não leia o Evangelho. E porque não experimentar uma boa troca de ideias em equipe, a respeito deste assunto? E tornar regular esta prática na partilha? Creio no valor de um método para firmar na nossa vida práticas, que deixadas ao nosso bel prazer não seriam realizadas, ou no mínimo abandonadas bem depressa. Há pouco tive uma conversa que ilustra muito bem isto que acabei de dizer. Em um lar, o pai, a mãe e os dois mais velhos fazem a leitura diária, durante uma semana, de uma mesma página do Evangelho. No domingo dedicam um tempo a uma partilha: cada um por sua vez, sem ser interrompido ou questionado pelos outros, diz o que a passagem lhe sugeriu, aquilo que foi entendido, em que esclareceu sua vida. Este por em comum é de uma riqueza
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Corresponderia a nossa Carta Mensal nº 3 de abril de 1953.
prodigiosa. Eles vêm praticando isso há um ano e meio e falam da experiência com entusiasmo.
É bom esclarecer o que é importante nesta prática. Escolhem o texto juntos e procuram um comentário que esclareça seu sentido autentico. Então cada um, diariamente, faz e repete a leitura, e durante dez minutos, em recolhimento faz uma "escuta" (emprego a palavra "escuta" intencionalmente, pois não se trata de uma leitura ou meditação raciocinada). Algumas vezes o texto é silencioso, de outras ecoa na alma, nela encontra um eco prolongado, resultando em mudança de comportamento ou resposta a uma dúvida. Após os dez minutos de atenção à Palavra de Deus, anotam resumidamente aquilo que foi descoberto. Por seis dias seguidos retomam a leitura pacientemente, com confiança e perseverança. No domingo, encontram-se. Em clima de oração, repetem a leitura. Após cada parágrafo, comentam o que o texto lhes sugeriu, servindo-se das anotações. No final, o pai de família tenta modestamente extrair o essencial de tudo o que foi colocado em comum.
H.C. LEITURA ESPIRITUAL
"Se, em certas circunstâncias, o jejum é uma forma de oferecimento penitenciai, normalmente a refeição cristã, com tudo o que comporta de alegria familiar e amigável, deve ser considerada positivamente um ato religioso que glorifica a Deus. Nas primeiras gerações os cristãos não souberam guardar o caráter místico expresso pelo termo (ágape
= caridade).
Seria interessante acentuar qual o valor religioso que o Evangelho atribui as diversas refeições de Cristo que relata, das bodas de Caná à refeição na casa de Simão. Quando assim a piedade nos coloca a questão da santificação das refeições, é importante compreender que se trata mais de manter-se na entrada que de pronunciar orações belas e longas que sejam. Não tornaria a refeição em toda sua realidade material um ato de religião tal como a considera a Bíblia, onde se trata, diante de Deus, de fazer refeição juntos em grande alegria dando graças pelos dons de Deus. Além disso, é provável que Cristo tenha revestido este ato de uma forma que o Antigo Testamento ignorava, pois prescreveu que reuníssemos nos nossos festins não somente os amigos, mas os forasteiros e os pobres que são sua presença misteriosa. Assim a alegria, a ação de graças, a oferta se desdobram na caridade mística e na fé que associa o Cristo à nosso ato de religião. P. Doncoeur VIDA DE EQUIPES
A refeição na reunião mensal "Temo que me tomem por um mero falastrão ao me ouvirem discursar longamente sobre um assunto tão pequeno quanto os banquetes! Platão
Certamente Platão se enganou, considerando-se que uma pesquisa sobre "A refeição numa reunião mensal" obteve VINTE respostas de vinte e oito equipes questionadas. DEZOITO equipes em vinte consideraram-na útil, - e mais ainda, necessária. Deve-se notar que das duas refratárias que se contentam com um cafezinho, uma acaba de fazer uma experiência sincera da refeição e se declara bastante satisfeita. E a Carta não diz?
"É aconselhável iniciar o encontro mensal com uma refeição em comum, ora em uma casa, ora em outra, (na medida do possível, evidentemente). Os homens ainda não inventaram nada de melhor que uma refeição para reunir e criar laços. Não é em torno da mesa que se reúne a família? Não é a refeição eucarística que agrupa os filhos de Deus? Os Atos dos Apóstolos nos relatam que os primeiros cristãos "repartiam o pão em suas casas e tomavam o alimento como alegria e simplicidade de coração". (Atos 2, 46) A organização material Acontece de vários modos. Ao lado da "refeição sanduíche", há outras onde cada casal traz sua refeição completa. Mas observa-se que "cada casal ocupa-se de partilhar as provisões trazidas, o que atrapalha a conversa". Há ainda o caso de todos os pratos sendo preparados pelo casal anfitrião, ou a refeição onde "cada um coloca sobre os pratos dispostos pão, frios e sobremesa, não precisando dizer que tudo é para ser partilhado". Há ainda um comentário oportuno: "Esforçamo-nos para que o ambiente seja acolhedor, evitando a desordem e favorecendo a uma boa apresentação dos sanduiches". Não insistimos neste assunto senão para sublinhar a partilha dos alimentos e os cuidados para que nada de importante falte, contribuindo para que predomine o ambiente de caridade. A conversa "Nossas primeiras refeições foram fúnebres e tristes. Talvez tivéssemos a ideia de que deveriam ser assim e que uma refeição alegre não combinasse com uma reunião onde a oração e o ambiente espiritual fosse dominante. Mas, felizmente tudo mudou desde então!" Mudou a tal ponto que vários enfatizam a atmosfera viva e alegre das refeições. Porém, deve-se salientar que a "conversa dirigida" não foi unanimidade. "Alguém dentre nós que tem responsabilidades profissionais importantes, com frequência dirige a conversa para assuntos mais sérios, sociais ou doutrinários, o que dificultava a troca de ideias e criava uma atmosfera um tanto pesada. Ao lado disso, este tipo de conversa não era tão apreciado pelas mulheres!" Parece, porém, que um excesso de liberdade seja igualmente danoso, se levarmos em consideração o que diz outra equipe: "Por vezes forma-se pequenos grupos, os homens se agrupam para falar de negócios ou política, e as mulheres falam de crianças, de moda, cozinha ou doenças". O que é exatamente o oposto do desejável. Mais vale imitar estes aqui que nos dizem: "Falamos juntos numa atmosfera alegre e fraterna. Temos medo que uma conversa dirigida e sistematicamente séria demais estrague o ambiente. Na verdade, muitos casais novatos no início foram conquistados por nossas refeições".
Deve-se então rejeitar a priori qualquer orientação das conversas? Achamos que não. Seria melhor saber qual o segredo das equipes que se dão por satisfeitas com as conversas dirigidas. "Na nossa equipe costumamos falar de nossas atividades durante o mês. Damos, a título de exemplo, alguns assuntos abordados durante as últimas reuniões: relato sobre a reunião de responsáveis; comentário do filme "Minuto de verdade", que resultou numa discussão sobre o dever de sentar-se, a questão das relações dos filhos com seus colegas de classe; o problema da vigilância das leituras dos filhos de 14 a 16 anos; comentários do Conselheiro Espiritual sobre a incompreensão dos pais face aos problemas religiosos; consolo a um casal aflito; serviço de ofertas e procuras no interior da equipe. Tomamos a tal ponto o hábito de por em comum ideias e preocupações que o tempo da refeição não tem sido suficiente e fomos obrigados a planejar "reuniões de amizade" suplementares". Além disso, a cada refeição pede-se que um casal conte o que fez durante o mês passado. Sobre isto citamos um comentário: "Depois de vários meses de vida de equipe, decidimos consagrar um tempo mais longo da refeição, após um bom quarto de hora de conversas espontâneas, a uma apresentação mais aprofundada dos casais. A cada mês um casal conta aos outros os grandes acontecimentos de sua vida, especialmente os eventos espirituais. Marido e mulher falam alternadamente. Vocês não podem imaginar a que ponto nosso conhecimento mútuo progrediu e como foram criados laços de compreensão fraterna!" Muitas equipes, igualmente, aproveitam a refeição para relatar suas experiências de ação católica, de ação social ou paroquial, para falar de problemas intelectuais da atualidade ou trocar informações. Há até equipes que demonstram senso de humor. Vejamos: "Depois de falarmos de questões sindicais e da vocação de médico, terminamos a refeição com um pequeno jogo: pedimos ao marido ou a mulher para sair e fazemos ao cônjuge que permanece as seis seguintes perguntas: -Qual dos dois prepara o café da manhã? -A esposa fica enciumada se o marido fala de outra mulher em termos calorosos? -A esposa prepara algum prato especial para o marido? -Quem lava as louças? -Quem se encarrega de tirar o lixo? -Quem faz os sapatos? Anotam-se as respostas; em seguida se chama quem ficou fora. Faz-se a ele as mesmas perguntas. E cuidado com as consequencias se as respostas não concordam! Nota : Um detalhe que tem sua importância: o uso bastante generalizado de tratar durante as refeições dos assuntos mais materiais: data da próxima reunião, designação do casal animador, oferta e procura de ajuda, caixa da equipe, coletas, etc ... de formas que se libere o tempo da reunião em benefício da oração, da partilha, do tema de estudo. Conclusão Possam as experiências citadas, assim como a leitura da pag1na de R.P.Doncoeur, ajudar-nos a refletir sobre o sentido da refeição em comum e descobrir para nossa equipe um
"estilo" de refeição mais pessoal e uma maneira de vivê-la mais cristã, na alegria, ação de graças, doação e caridade. Agradecemos àqueles que responderam. Alguns manifestaram satisfação em serem interrogados. Tomamos nota e repetiremos!
LETTRE MENSUELLE DES EQUIPES NOTRE;DAME ,Mensue1 V!emé année, n23 Décembre 195 2
Sommaire
EDITORIAL POUR VOTRE BIBLIOTHEQUE LECTURE SPIRITUELLE VIE DES -EQU!PES COURRIER AVIS ET CALENDRIER EXPERIENCES ET TEMOIGNAGES : LIVRE DE RAISON ENTRAIDE
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ANNEXES Priere pour le mois de Janvier - Anne~es au~ foyers de la région ;parisienne.
L 1 HOMME NE VIT PAS SEULEMENT DE PAIN ...
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Que penseriez-vous de ce combattant d 1 Indochine qui enfouirait dans ses poches ou sa cantine, sans 1es lixe, l~s lettres de sa femme ? Qu'il ne l'aime plus, qu 1 il doit y avoir un autre amour dans sa vie. Il aurait beau soutenir : c'est par le coeur que je lui suis uni et non par des nouvelles et des décl'arations d 1 amour, vous ne seriez guerDJ,nessuré. Ce ne sont pas les mots certes, même pas les mots d 1 amour, qui font l'union entre les êtres, mais les mots sont encore oe qu 1 on on a trouvé de mieu~ pour permettre au~ esprits incarnés que nous sommes d 1 entrer en communication et en communion. Prétendre qu 1 on est unis et négliger les moyens d'e~pression et d 1 échange, c'est de 1 1 inconscience ou de la mauvaise foi, et toujoúrs un inquiétant sympt8me. Cet inquiétant sympt8me ne se trouverait-il pas dan~ votre vie chrétienne - qui est, qui doit ~tre union au Christ ? Le Christ vous parle, 1 1 écoutez-vous ? Lisez~vous et relisez-vous l'Evangile, son message, pou~ entrer en communication avec Lui ? L 1 essentiel d 1 un message, disions-nous, c'est de nous frayer un chemin vers 1es sentiments et les pensées intimes de son auteur. Est-ce ainsi que v~us 1isez l'Evangile ? Au-delà des mots, des e~emples, rejoignez-vous la pensée vivante du Fi1s de Dieu, percevez-vous 1es battements du Coeur éternel, nouez-vous dos relations personnelles avec Jésus-Christ? Celui qui fréquemment lit 1 1 Evangile, non pas seulement avec sa machine à raisonner, mais avec cette attention de l'esprit, dans le silence intérieur, celui-1à ne tarde pas à entrer en communication avec le Christ. Un amour, j 1 allais dire d 1 homme à homme - non, d 1 homme à Dieu, surgit entre lui et le Christ, une union indestructible se noue. Et c 1 est çà la vie chrétienne.
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Ce n 1 est jamais fnit une fois pour toutes. C'est à refaire obaque jour. C'est chaque jour qu 1 il faut écouter le Christ parler à son Fere et au~ ,hommes, le rcgarder longuement marcher, prier, peiner, plcurer, souffrir. En un mot se faire attentif à tout ce par quoi le Christ s 1 exprime, se livre (Se livre à moi, cnr il ne faut ~as 1 1 oublier, 1 1 Evangile est un message personnel ; il s 1 adresse à moi). Ainsi 1 1 Evangile deviendra nourriture, cette nou~riture précisément dont le Christ parlait : 11 L.1 homme ne vit pas seulement de pain, mais de toute parole sortie de la bouche de Dieu." Comme je souhaite que chacun de vous souffre de la faim le jour ou il n'a pas lu 1 1 Evangile. Et pou:rquoi no pas avoir un bon échange de vues, .en équipe 1 sur ce sujet ? Et ensuite, régulierement, un bon partage ? Je crois à la valeur de nos méthodes pour faire entrer dans nos vies ce quo, livrés à nous-mêmes, nous n'entreprendrions pas, ou du moins abandonnerions bien vite. bj,.en A 1 1 instant jo vions d 1 avoir une conversation quiillustre;tout ce que je vous ai dit. Dans ce foycr, le pere, la mero et los deu~ atnés lisent chaque jour, durant une semnine, la même page d 1 Evangile. Le di- . manche, ils consacrent un moment à 1 1 échange : chacun, à tour de rôle, sans être interrompu ni questionné par les autres, dit ce que le passage lui a suggéré, co qu 1 il en a compris, co QUi dana sa vie en a été éclairé. Cette mise an commun est d 1 une p~odi&ieuse richesse. Voilà un an et demi qu 1 ils la pratiquent. Ils en parlent avec enthousiasme. Bien notar c e qui est caractéristique qans cette expérience. Ils choisissent ensemble le texte, ils en cherchent, dans un comment~ire, le sens au~hontique. Et puis chacun~ chaque jour, le relit k nouveau, et pendant dix :minutos, se recucillc e'·t 11 1 1 écoute. 11 (c 1 est intentionnellement que j 1 emploie c e mot écouter·, cn-r il ri.e s' t'agi t pas d 1 un raisonn/ ... ment, d 1 une méditution raisonnante). Parfois le texte est silencieu~, mais parfois il retcnti t dans 1 1 a-me 1 1 il .Y tr·ouve un .écho prolongá, il éclaire un comportement, il r épond à une q:uest i on. Apr às les dix minut es d 1 attention à la parol~ de Dieu, on note en qu~lques mots ce qui a été découvert. Six jours de suite le môme tcxte est ~epris patiemment, aveo confiance, avec persévérance. Le di~anche, ils s e retrouvent. Dans un olimat de priere·, ils relisent le 'i;exte. Ap-r es c'haque paragraphe chacun dit, en se servant de son ~etit cnrnet, ce que le texte lui a suggéré. A la fin, le pere de famille essaie modestement de dêgager 1 1 essentiel de tout ce qui a été mis en commun. H .C •
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BIB~IOTHEQUE
POUR VOTRE LEBRET
(L.J.). et th. SUAVET
Rajeunir 1 1 e~amen de conscté~ce.~·ies éditions ouvriêres,Economie et humanisme, 12 av. Soeur Rosalie, Paris 13~me. 191 pages, 360 franca~ Sous une forme breve, incisive, c 1 est un rappel des e~igences de la vie chrétienne dans tous les secteurs de la vie moderne, qui nous est offert ici. Dans "Vie personnelle et familiale" nous trouverons l'e~amen de conscience des épou~, ·-d·ea paren-ta, de ...J.a mili tresse de maison, du consommateur, etc •.• , dans "Vie professionnelle 11 celui de 1 1 étucliant_, de l'ouvrier, de 1 1 employ~, du chef d 1 entreprise, etc •.• , dans "Vie sociale" celui du citoyen, du contribuable, du militant ••• dana "Vie religieuse" oelui de l 1 enfant de Dieu, du membra de l'Eglise, du paroissien, du.curé ••• Oe n'est paa pour nous porter à faire l'e~amen de conacience de notre voisin (encore moins de notre curé!) mais nous voyons três bien un foyer l 1 utilisant au cours du devoir de s'asseoir pour e~aminer son camportem~nt dans 1 1 un ciu l 1 autre secteur. Ce livre peut aider utilement chacun de nous à déceler bien des attitudes ou des réactions peu chrétiennes.
N'oublioz pas de vaus adresser pour vos achata de livres paur No~l au Service do Librairic de l'Anncau d 1 0r. Adresser chaque cammande au Service Librairio Anneau d 1 0rt ~rue Gustave Flaubert. Indiqucr tr~s cxactement ~itrc, auteur, éditeur - une facture est jointe k chaque envoi paiemcnt des réception da colis. g
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LECTURE SPIRITUELLE uSi, dans certaines circonstances, le jeQne cst una forme d 1 hommage pénitentiel, normalemen1;_ le repas chrétien avec tout ce qu 1 il comporte de joie familiale et amicale, doit ~tre positivement un acte de religion QUi glorifie Dieu. L 1 agapé en a été, dans les premieres génórations, la forme à laqu~llc les chrétiens n'ont pas su garder le caractere mystique que ce nam m0me exprimait (agapé charité). Il serait éclairant de relevar dans l'Evangile de · quelle valeur religieuse étaient parteur~ tant de repas du Christ QUi nous sant relatés, depuis les noces de Cana jusqu 1 au repas chez Simon.
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Quand dane la piété poso pour nous la question de sanctifier nos repas, il importe de comprendre que c 1 est nous tenir au seuil que de prononcer dos prieres si belles ct si longues soient-elles. Cela ne fait pas encore du repas dans toute sa réalité matérielle 1 1 acte de religion tel que le conçoit la Biblc, ou il s 1 agit, à la face de Dicu, de manger ensemble dans uno grande réjouissance ce qui cst bon dans l c s dona de Di eu.
Il cst trcs probablc, d 1 aillcurs, que le Christ a porté cet actc à une forme qu 1 ignorait 1 1 Ancien Testament, lorsqu 1 il nous prescrivait do réunir à notre festin no~ seulement lcs nmis mais 1 1 h8te et le pauvre qui étaicnt Sa présence mystéricuse. Ainsi la joio, l 1 action de grâces, 1 1 offrandc, se doublent de la ch~rité mystigue, ot de la ·f21 qui associe le Christ à notrc neto de religion 11 • P.Doncoeur Q
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VIE DES EQUIPES Lc repas à la réunion mensuelle, 1 ."Je crains que vaus ne m·c preniepour un vain discoureur lorsque voué me ' ~ rez entame~ un long propos sur un suje~ aussi minco que lo..s banqucts ! 11 PLATON
Mais Platon, sans doute se trompait, puisqu 1 une enqu~te sur 11 Le repns U~:;:.éun_i_o.!Ll!!.Qp.~~lle" nous a valu VINGT ré:ç " nsos, sur vingt-huit équipes interrogécs. DIX-HUIT équipes sur vingt 1 1 affirmetutile, - voire nécessaire. Encare fnut-il noter quo 1 dos deu::x: ~éfractaircs" qui se · contentent d 1 unc tasse de café, l 1 und vient de faire un "e~sai loyal" du repas et s 1 en déclare fort satisfaite. La Chartc ne dit-elle pas, d 1 aillcurs : "Il est tres souhaitable de faire débuter la rencontre mensuelle par un repas en commun, tant8t dans un foyer, tantôt dans un autre, (dans la mcsure du possible, éyidemment). Les hommes n'ont encare rien inventd de mieu::x: ~~e le. rapas pour se réunir et nouei des liens. N'est-ce pas là que se regroupe la famille ? N 1 est-cc pas lo repas eucharistique qui rassemblc les enfants de Dicu ? Les Actcs dos A~ • tres nous rapportont que les premicrs chrétiens 11 rompaicnt lo pain dans leurs maisons et prennient leur nourriture avec joie ct simplicité de coeur 11 • (Actes II, 46) L'
oy_~nj.sa"!>ion
matériell.!L!, Ello est tràs variée. A c8tê du 11 ropas.::sandwiches", il y a celui ou chaque foyer apporto son repas complet·. M.ais · .on note à ce propos que "chaque ménage étan~ occupé à partager les provisione apportées, la convcrsation se trouve três g@née de ce :fait".
Il y ~ encore le r~pns enti~remcnt préparé et offert par le foyer chez qui ee fait la réunion, ~ c8~é du repa~ ou · chacun dépose sur des plats disposés à cet effet pain, viande freide et dess€rt, caril va sans diro que nous mettons tout en commun". 11
Notons toutcfois cette
rema~que
opportune :
"Nous nous efforÇons de rendre la table accueillante cn évitant le désordre et en 'veillant à la présenta.tion con~Je nabl· e des sandwiches".
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N'insistons pas sur ce s~jet, ainon pour souligner que ~a mise en commun des provisions et 1 1 nttention donnée à ce que nul ne mnhque du nécessaire ,. naus met déjà dans uhc atmosphero ,~e chari tê qui a son importnnce. La conversntion. "Nos premiers repas, note uno équipe, étaient funebres et tristes. Peut-@tre avions~nous l 1 idée qu'il fa1lait qu'il on soit ainsi et qu'un rapas joyeu~ eut été d~placé avant une réunion ou la priere et les échanges spirituels avaient une telle place. Mais heurcusement, tout a chnngé depuis !" Et changé à tél point qu·c 'Pl usieurs · soulignent ( et c 1 est fort bien! ) l'fitmosphêre vivante ct gaic des rcpas. Toutefois, il f~ut convenir que la ''conversation dirigée" bien que 'ouvent expérimentée, est loin de rccueillir tous les suffragcs ! "L'un d'entro naus qui a des responsabilités pr6fessionnelles importantes, n souvent mis la conversntion sur do grands sujets doctrinaux ou sociaux, ce qui rendait assez difficiles les échanges et créait une atmosphêre assez lourde. Notons en outre que cc genre de conversation était partiou:lierement peu a.p'Précié par les femmes!" Il semble ~ourtant qu 1 un e~ces de liberté soit également dommageablet si naus en crayons une nutre équipe qui naus C~t : Il se . forme par~ois de 'Petits groupes, les hommes se réunissant pour parler af:fairos ou politique,- ot los femmes pour parler enfants ,· chiffons, cuisine ou mala.dies". 11
ce qui pst e~actement aux anttpodes de co qui cst désirable. imiter ceu~-ci qui naus disent :
Micu~
vaut
Nous parlons tous enscmble (?) dans une atmosphex'c joycuse et fraternclle. Nous craindrions fort qu'une conversa.tion dirigée et trop systématiqucment sdricuse, ne nuise l 1 1 ambianco. De fait~ plusieurs nouvoau~ foyers ont été conquis d'emblêe par nos repas". 11
Faut~il donc rejeter a priori toute orientation ~os convcrsations? Nç_>us ne le pensons pas. Mieu~ vaut demancre.r leur secret ame équipes qui se félicitent de ces conversations dirigéea. 11 Dans notre équipe, naus avons coutume de raconter nos activités durant lo mais. Vaiei,. à titre d'e~emple, lcs sujets abordés durant les dernicrs re~as : Comptc-rendu de la réunion des responsablcs ; signalé lc film :"La minuta ~e véri té", qui a entrainé une dis-c,ussion sur •••. le ' devoir do s'asseoir, la question des relations des enfants avoc leurs nmia de classe ;- le problema de la surveillance dos lectures des enfa.nts de 14 à 16 ans ;- des remarques de 1 1 Aum8nier'sur 1 1 incompréhension des parenta eri face ~as probl~mes roligieu~ ;- dépannago d 1 un foyer en détrcsse ;- service dos ·offres ct demandes à 1 1 intérieur' da 1 1 éqni'Pe. Nous avpns telle•ent pris 1 1 habitudc de mettre en commun idées et soucis que le re~as ne suffit plus et quo naus sommes obligds d 1 ~ntrevoi~ des 11 rêunions d 1 11mitié" supplémentaires 11 •
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Ailleurs, on demande à chaque repas à un foycr de racontcr co qu'il n fnit durnnt lc mois écoulé. Mais nous soulignons l 1 idée d 1 une nutre équipe 11 Aprês
plusieurs mais de vie d 1 équipe, nous nvons décidé de Qonsncrer un long moment du repas, apràs . un bon qunrt d 1 heure de conversntion à bAtons rompus, à la présentation 11 en profondeur" _qos foyers. Chaque mois, un foyer raconte aux nutres los grands évenements de sa vie, notamment les évencments spirituels. Mari et femme parlent à tour de r8le• Vous ne pouvez imaginer à quel point, de ce fait, notre connaissance mutuelle a progres~é ct lcs licns de fraternelle compréhension que cela a créé ! 11 Benucoup d 1 équipcs, égnlemcnt, profitent du rcpns pour se fairc part de ié~rs expérienc6s d' aotion catholique, d 1 aotion socinle ou paroissinle, pour parler de problemas intellectuels posés par 1 1 actualité ou pour échanger dcs informations. Il y a m6me dos équipes qui ont (enfin!) le sens de 1 1 humour. Qu 1 on en jugo : · "Apres avoir parlé de questiona syndicnles et de la vocntion de médecin, nous avons terminé le repas par un petit jeu : on fait sortir le mari ou la femme et on pose au conjoint restant les six questions suivo.nte. s 1 - Qui,dans le ménage, prêpare le petit déjeuner ? - Madama est-elle jalouse si Monsicur parle en termes chaleureux d'une o.utre femmc ? - Madame fait-elle de petits plats pour Monsiour ? Qui fait la vaissolle ? - Qui s 1 occupe des ordures ménagercs ? - Qui fait les chaussures ? On note les réponses ; puis on rappelle celui qui est sorti. On l'intérroge à son tour, Et gnre aux amendes si les réponses ne concordent pas !" Nota Un détail qui a son importance : 1 1 usage assez généralisé de trai~~~ ·-;;:u-repas les affaircs d' ordre plus m:ltériel ; ·date de la procha.ine .réunion, désignatiqn du foyer nnimateur, offres et demandes d 1 cntraide, caisse d'équipe, cotisations, etc ••• Ainsi se trouvent déchargés les heures de la réunion proprement dite, au grand avantage de la p.rie.re, du partage, du theme d 1 étude. Conclusion. Puissent ces quelques expér~ences, ainsi que ' la lecture de la .paga .du R.P. Doncoeur que ·nous citons d 1 autre p"~J,rt, nous aider à réfléchi.r au sens du repas en ciommun et à trouver p'o ú'r notre équipo un 11 style 11 de repas plus personnel et une maniere plus chrétienne de le vivre 11 dans la joie, 1 1 action de grâcca, 1 1 o:ffrande e.t l.a charité", Remercions en t0rminant ceux qúi rious -~nt répondu. Certains ont manifesté une grande joie d!avoir été inte.riogés. Nous en prenons bonne note et recommencerons ! Q
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COURRIER
"Contr6le et anne:x:e au comt_te .rendu" A la suite de 1 1 e~posé sur le partage que vous avez : pu lire dana la derniêre lettre mensuelle, un :foyer de liaison a' reçu · une lettre qu' 11 nous à. communiquée et qui souleve 1 1 ob j ectioh su:1 v ante : 11 13ien snr, c e contrôle- fraternel qu 1 est l .e pa:rtage ·en équipe sur les obligations de 1~ Charte est un grand moyen pour tous d 1 entr1aide spirituelle, et non seulement nous 1 1 acceptons, mais naus le désirons et nous aimerons le pratiquer de plus en plus profondément et séri~usement. Nous comprenons déjà moins bien le contrele du mouvement sur l'ensemble des équipes, et son iritérêt nous échappe en partie. Mais ce que nous ne voyone pas du tout et que noue n'arri~ons pas jusqu'ici à admettre autrement que dans un esprit de soumiseion passiva, . c 1est le moyen que vous avez trouvé pour e~fectuer oe · eontr8le : l 1 annexe au compte rendu mensuel de 1~ vie d'équipe, faisant la somme des personnes ou foyers de 1 1 équipe ayant observé dans le mois les obligations ieur incombant du fait de la Charte." Le Foyer _de Liaison nous a fait part de sa réponse. La voici : "Cher .ami, "Laissez-moi vous dire d 1 abord que votre lettre nous !ait plaisir parce qu 1 elle témoignc d 1 une réaction - ce qui est signe de vie -, elle amorce une possibilitá de dialogue dont nous avens besoin pour nous forcer à faire nous-m~mes le point de certaines questions qui risqueraient de ne pouvoir jamais ~tre abordées utilement dana des réunions d!ensemble. J'essaierni de vous répondre súr trais points qui me paraissent importants à ~réciser : - La "soumission pas~ive" d 1 abord - Oui, màis à condition de Óa prat~quer parce _qu on a'compr1s quo ~a reg~e a ~aquelie onisoumet est faite cn vue d'un objectif qu'on approuve ; la soumission à la regle imposée est alors e~pression de confiance dane le Mouvement et dana ses responsables pour vous conduire au bilt à atteindre. Ce butt quel est-il ? C'est que les Equipes Notre-Dame nous conduisent à une plus grande charité. Voilà ce qu 1 il ne faut jamais pordre de v~e c toutes les obligations do la Charte, sous los moyens de contr8le qui nous sont proposés, n'ont d 1 autro objoctif que de concourir à la réussite de la Charité. Réflichissez-y ; confrontee de bonne foi ~ cn voua abatenant de tout esprit stérilemont critique - l'objectif et les moyens proposés pour 1 1 atteindrc ; no~s sommes sdrs, qu 1 une fois fait cct ' effort de réflexion, vous vaus apercevrez qu'il n'y a pas une seule des obligations de la Charte, pas un seul moyen proposé par lcs responsables du mouvement qui ne doive conduire à un · progrês de la charité àans et par nos . équipes. ~ Contr81e du mouvemcnt sur l'enscmble des équipes~ ditesvaus ? L'expression n 1 est pas tout a fnit e~acte, car on pour-
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rait croire qu'il s'agit d'un contr8le de 1 1 extérieur. Or, foyers de li~ison, equipe dirigeante ne sont pas extérieurs-aux Equipes : ce sont des membres des dqutpes qui se donnent pendant quelques années au travail passionnant de suivre la Vie des équipes et d 1 aider à leur progrês dana la charité fraternelle. Ils n'ont d'autorité que celle que les équipes leur donnent en se confiant à eux, en leur disant impiicitement : "Nous savons bien que nous aurons des moments de lassitude, que nous n 1 arriverons pas toujours à tenir nos engagements. Nous avons accepté la charte, sa mystiquci et les mo~ens qu 1 elle nous propose. Nous yous demandons de nous talonner, nous vous donnons le droit de 11 correction fraternelle", de nous demander·des explications à nos manquements ••• , c 1 est ainsi que vous nous aiderez à progresser". - Quand à l 'annexe au Compte· rendu, dont vous vous plaignez, laissez-nous vous dire que vous n'êtes pas le seul à vitupérer centre elle. Votre rénction nous réjouit, car elle est le sign~ de l 1 esprit de franchise qui marque notre mo11vement, elle dénote la simplicité avec laquelle nous savo~s ~ouvoir nous e~primer dana nos équipes, que c, soit entre membres d 1 une mOme équipe, ou avec les responsables du Mouvement. Qu'est-ce donc que cette annexe au Compte rendu mensuel de vi~ d'équipe établi par le responsable ? C'est un signal, le ~ rouge qui s 1 allume quand quelque chose ne tourne pas rond dans le moteur. Elle n'a de vnleur ~ue de signal, et rien de plus. Un 6~emple : tel mois, 1 1 onnexe rév~le que le do~oir de s'asseoir n'a pas été fait par un ou plusieurs ménages õe votre équipe : le foyer de liaison s'informe au~~ês de vous ; s 1 1l apprend que cette corencc est due à une séparntion momentanée des époux, pour une raison de santé, un motif pro~eEsionncl, etc ••• - le voilà rassuré. Sil apprend par vous que le foyer défaillant a des difficultés, subit une crise, il s 1 inquiête, il mct en branle les moyens d'entraide et de sauvetnge appropriés. Ne croye~ surtout pns que 11 équipc dirigeante utilise vos annexea pour juger du degré d'avancement spirituel d 1 un foyer ou d'une équipe. melle équipe peut rcmplir consciencieusement tou~es les obligations de la Charte, sans pour cela avoir atteint los sommets· de la chari-té fraternelle. Il n 1 en reste pas moins que le respect des obligations fondamentales de ~a Charte constitue un parapet qui empêchera un foyer, une équipe de dégringoler, et que ceu~ qui pratiquent régulieremcnt ces obligations se sentiront plus ou moins obligés, s'ils sont sinceras avec eux-mêmes, de confrontar les moyens à l'esprit qui les anime et les justifie, et do ce fait la pratique sera pour eux i'occasion d 1 un progrês de la charité. Voil~~ cher ami, ce que nous voulions vous dire. Etes-vous gagné ? Sinon, écrivoz-nous encere, continuons le dialogue, pour dissipar entre nou~ tout malentendu _R
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Un renouvcllement d'engagement "Notre équipe s 1 étnlt engagée le Dimanche 20 mai 1951 dane 1 1 P';sl1se pnroissiale que dirige notre aumenier. Nous nvions décidé de tenir une réunion à la date anniversaire et n~us avon~ r~nliaé le renouvellement do. cet engagcment de · l~ f~~on auivanté t Nous nous sommcs retrouves pour le Salut du St Sacrement dana .cette m~mc église et quand los fideles se sont retirés nous nous sommes réunis aux pieds do Notre-Dame. · Notre aum8nier nous a ensuite convié à remorcier le Seigneur des grAccs reçues dnns l 1 nnnée êcouléeJ nous a rappelé lo sérieux de notre engagemcnt les uns envers les nutres. Il nous n invité à nous examinar sur nos fniblesses vis à vis de notre conjoint, de nos enfants, do 1 1 ~ quipe. Il nous a relu onsuite les piêcos de la messe de mariago en noua demandant de renouvelcr d 1 abord entre nous nos promcsscs de mariage. Ensuite le foyer responsabla a relu la formule de l 1 enaaceaent de notre équipe et nous nvons chanté le Salve Régina. Ajoutons pour terminar que co cérémonial avait été précédé de la b~nádic,ion dcs relcvaillcs de l'une d'cntro naus dont c'dtait la premiare sortia. Ln coincidence de cette liturgia nvec l'anniversaire de notte engagcroent a contribué à no~a asaocier plus encore, mais nous ne pouvons ccpendo.nt nous cngo.gcr à. la rospectcr chaque a.nnéG ! " !2 Q
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AVIS "CarrE:fours libres 11 - Lo scciieur Paris organisc à partir de Janvier des carrefours pour l e s mombrcs doa équipcs qui le désiront 1 sur 11 le devoir de s 1 ass e oir 11 1 la rêgl e de vi0 1 la priere en équipe, l'cngagoment. Les foy ers d o la région perisicnne trouvoront en anne~e à cette lettre les renseignements à cc sujct ; nous avons cepend~nt pensé utile de le signaler ici, dtautrcs socteurs pouvant profiter do catte idée ••• " Groupes de foyers" Nous vous signalons que le dc~nier numéro spéoial de la revue 11 Foy~~s" (Ooi~ D~c. 1952 1 86 rue de Gorg6~ie, c.c.p; Assoc~ation du Mariage chré"tien, Paris 186-27) est conaacré. aux G:,;ooupes de :foyers. l'articlo qui pr_ésonte los Equipes Notro-Dame s 1....ra rep.ris da~s lc prochain numéro de l'Anneau d 1 0r, nous envisageons aussi de la fairo tirer en plaquette • Il est destiné à un public igno~ant tou~ à ~ait nos ~qui pes, en le diffusant vous aiclerez à 1-es · :fairo connattre. · Q
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CALENDRIER Pélerinage à Longpont dans la nuit du 31
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J~nvior
au ler Février 1953.
Ce pélerinngc do priêre ct de réparntion ost ouvcrt à tous los foyers membres ou non des Equipes Notre-Dame. Rctencz~on .la datQ 1 nous vous donnerons tous les rensoignements dana ln lettre mcnsuelle de Janvier. Conférencesd u Pêl.'·o Rimaud le vondredi à 21 haures, à 1 1 Insti tut catholique de Paris, salle A , Voici los titrcs des conférencos à partir du 9 Janvier 1 1 1 enfant vanitau~, 1 1 enfant taquin, la cignle et .la fourmi, le chat qui s'en va tout seul, l 1 onfant bavard, l 1 cnfant grognon. Q
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EXPERIENCES ET TEMOIGNAGES
Un baptftme y a une quin~:line de jours le foyar responaablo do notre équipe recevait 1~ visite de 1 1 un de nos vicaircs. Co pr6tro v6nait lui demander . da trouver un pnrrain pour un homm0 d 1 una·trentnine d 1 années qu 1 il.devait baptiser quelques jours plua tard, Cct hommo qui vit ici seul, loge ct prend scs repas à 1'h8tol vonait de s 1 1nstruirc afin de pouvoir se marier à l'Egliso, il ignorait tout de la religion auparavant. Le lendemain arrivait au presbytere la réponse à cette demande, indiquant un des membros do 1 1 équipe commc parrain ct invitant le vicaíre et son catéchumene à diner le soir du bapt~me. Entre temps la réunion de 1 1 équipc avait été fixée pour ce jour Ià. Toute 1 1 équipe assista au bapt~mc, on fin d 1 nprês-midi. Le ropas qui suivit fut un peu plus long que nos repas habituels nappe blanche, bon vin et gateaux avaient été ajoutés ainsi qu'un bouquot de roses blanches, en 1 1 l'íonneur de notre nouveau fr ere. · RendeE-vous de priero fut pris pour le snmedi suivant à l'heur~ du mariage du nouveau baptisé, ou seul le parrain put: assister car 11 n'avait pas lieu dans notre ville. Le nouveau bnptisé fut visiblcmcnt ému pRr 1 1 accueil qui lui fut fait, três touché de savoir que nous prierions tous pour lui à l'houre de son mariagc, et frappé pa~ la priêre qui suivit lo repas,ou tous avaient pris part. · Depuis, il est revenu ici avec sa femmc et 1 1 équipe s 1 efforce d 1 entourer co jcune ména.g e qui d ébute sa v.i .e COl\jugal.e dans dos condi•tions difficiles· ·et mOma pénibles tant au ·p oint de. 'Vuo moral que matériel. " 11 11
Une expérience qui a fait boule de 11
neigi~
A Pâques, j 1 ai dft quittcr notre maison trais scmaincs. Pendant ce temps mon mari ct mon potit garçon sont allés chcz ma mere ; notre logement, situé on pleinc campagne était donc vide. Un jour, je roçois une lettre de mon mari me disant 11 j 1 ni installé los A •• à la maison". Los A •• sont un foyor de notre équipe habitant un appartcment restrcint en villc nvec 3 onfants -los pctits vcnaicnt d'etro malndes et avaicnt besoin de changer d 1 air. Le chnngcm~nt, effcctivement lour fit du bien et lesA,. se montrêront três contcnts. -J.o ·~
. Un nutre foyur de notre équipo : los B •• , nous proposn on juin son appnrtemant au bord de la ~er qu 1 ils n'utilisniont pns ' ce aomont là ; c9mme nous avions d'nutres projeta, ils fircnt la propoait~on à un foyor d 1 ~e équipc voisine : lcs c •• qui aceeptàrunt avec enthousiaaao. Los c •• p~rlàrent à lour équipe do lour projot et eela donnn l'idée a~ D•• de prOtor à son tour un logeaont on montngno s~ E.. : . Pour nous, 1 1 oxpérienoc do Piques nou~ avait mia en godt, aussi comme nous pensione nllor en Brotagne 3 somainos en no~t, nvons-noua pensé que notro maison . pourreit.proourer des vacanoes à quolqu'un. 0 1 ost au curé de notre pnroissc quo nous avens, cotto fois, o~posé la choao, lui demandant a 1 11 connaitrait un foyer mal logé,, dési~e~ d 1 8~e à 1 1 aiae·et au bon air pcndant lo tomps de notro obsonoo. •• lo Curá nous a trouvé un jeune ménoge d 1 ouvricrs lógés dana une soulo pi,oo sana fen8tre, ravi de.la proposition J un bébé dovnit nattro fin juillet ot dêa lo rotour de la mntcrnité ils f8toraiont le baptlmo chos noua, auquel sorai~convoquspuisque c 1 étnit possiblo los parenta, pArraia et aarraine, onclea et tantas otc ••• total : 11 personnos qui vieadraient de Pa~ia ot PrOfitoraiont dos vnconces à la cnmpagno. •otre . aaiaon eat diviaée en douz ~ppnrtemonts dont un ost•oup4 pnr ma ••~•, ooâ.e colle.ci s'abscntnit en meme tumps que nous, clle offrit une partia de aon apparteaent pour loger notre invasion f · Sur cea · cntrofnitcs, quelqu 1 un nous a damandé de trouvor à louor .dana notro petitc villo dou~ piêces nu moia d 1 aodt po~ une veuve et aon fila. Apres do multiplos démarches, les deu~ piêcos se révelerunt impoasiblcs à louer ••• plus rien de libra. Nous avons penaé alors à un autre foyor de la paroisse, les F •• qui s 1 abaentait en aodt. Pourquoi ne pas los faire ontrer dana lo jeu ct les inciter à pr8ter eu~ auasi lour ·maison ? Ils hésitêront a "que dira 1 1 entournge· ?" ••• mais ils sa.vaient 1 1 histo1re do notrc maison et se laisseront·perauader.A.leur retour, ils furent enthousiastea d 1 avo1r fait ce plnisir trouvant que chacun dovrait en faire autant. Quand à leur ontourage, 11 leur dit 1 "Quand vous recommcncercs, 1 1 annéo prochaine •••" ce qui prouve qu 1 il avait été conqui~'à l'idéo. Enfin c'ost nous qui VaDDDS de proftter, en octobre, de 1 1 appartement à la mer proposé cn juin par los D•• CBr n9tro petit g&rQOn avait bésoin d 'un supplémont d 1 air m~rin. · ·· Voilà dona une ar.acade· do ·g -foyors - heure\R: d 1 avo ir profi tê ou fai t profi ter d 1 nutres de logomont·s ~emportiirOJilont v idos. Dopuia lon«temps, le p%'oblemo du logoment no·uá préoccupe, mais nous n 1 aviona. po.s p\lnaé juaqu' à présent à· cettc :tl:\çón· ·s·impl-e · d ~.une a-ide t-eaporatre (à défaut d 1 uno autro). lfous espéro.ri~ quê c-e-. n:~ ·ost qu 'un prctaior paa ot que l'an proch;,in co courant d 1 entr·a;~a:a 1 Eftendrn.bien plus ·1 o1n. Commo nous rr-.contions tout co"lá ·à notre au.n8nier au retour de vacances, 11 nous dit le fait auivant 1 ''J 1 ai connu uno faa11le qui avait aussi prOté sa mnison un certn.in été; Au retour, ils trouvbent 6.000 Jl' de dégats à réparcr. Inst~uits .par 1•e~périence 1 ila se card.rent 'tiien de recommcncer 1 1 année a ui va.nto. J.tai·a pendA.nt leur o.bsencé, un CBilbrioleur vint volcr 30.00ó ~ ••• L 1 année d'~pr~a ila re-pr8terent leur IIO.ison !" · Pour nous dans l'ensemble dos foyars, aucun·~e s 1 eat plaint de dégate quolconques. Au contrair~ chacun se montra ravi de ses h8tes~"
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Une journéc
d
1
in~ormation
à Cnen
Une équipe Notre-Dnme,isolée dnns un bourg de 3000 habitante, Isigny, seulc.équipe du dioc~se, no~s écrit : "L'isolemcnt géographique do notro équipe, l 1 appol à formar de nouvolles équipes cntcndu nu~ journées de responsnbles, il y a deux ans, nous Ónt émené à cett~ journée d 1 informntion. Nous avions réfléchi, pcnsé à d 1 nutres mpyens do faire connRttre les équipes dana le diocese 1 article dans la " Scm~ine rcligieuse, c~userie sur lcs groupes de ~oyers à des jour~ée~ sacerdotales, etc ••• Notrc premiar pas u été do ~uire connattrc los Equipes à la ~irec tion des oeuvres du dioc~sc, non pas théoriquemcnt, mnis cn invitnnt le directeur général des oeuvres à une réunion de notro équipe. La priêre, le partoge, l'étude du thàme, la structure du mouvement surtout et l'amitié frnternelle entre foyers de milieu~ différents 1 1 ftnt tellemant intéressé qu 1 il n che~ché avec nous comment ·faire connattre nos méthodes ~ d 'nutres groupos - nés spontanément :ici ou là., vivant snns progrnmmc 4éfini. C1 est donc au dépnrt le t~moignn~c de notro vie d.égu1pc gui a porté. La préparution plus prochaine de cotte journéc a été . surtout le travail de notre foyer, p:1r suite de nos possibilités de contacts .• Environ quntr~ moia avant la dt"\tc· prévuc nous avons cnv~yé uno cirbul~ire au~ foycrs et groupes de foycrs dont nous avions pu recucillir les adresses, ninai ~u'à certnins pr8~resJ prdsent~nt cctte journéc comme un moyen .de faire conna.issance et do voir cnsemble les problemas des foyere et des groupes de foyers. Enfin .un mois k 1 1 avnnce cnvoi d 1 unc invitation aussi pressnnte que possible, nvcc lo programmc de ln journée. IOO foyers ont :été touchés 75 r epréscntés, pn:r· 112 personneà 6 numôniers present~ dont le directeur das oouvrcs Enfin notre évàque:est ven~ dana l 1 apres-midi, Deux
poin~s
à .signnlor
l) Nous avons toujours évité de nous poser en mattres et commc voulnnt noyauter les gr~upes existants - mais nous nvons voulu fnire connattrer Equipes Notrc-Dame e.t Foyers de Chrétienté ont été présentds ot des iocuments mis k la disposition dos ~roupas. 2) Nous avons dea lc début :travaillé non seulcmcnt avec la direction des oeuvres mais nvec notre foyer régional de Paris qui a pris en main le déroulement meme de la journée. Nous vous envoyÔns à ti tro doCUi'1'-ntnirc 1 1 horaire de notre j ournéo 9 h. Messe - Petit déjeuncr avec présentntion de tous los foyers, 10h.45 Le groupe au servico des foyers - llh.45 Le foyer au sorvice du groupc. Repas 14h.30 Priêre - 15h. InformRtions - 15h.30 Le groupe au scrvice dos autres. léh.45 Kot spirituel - priêre - conclusion. -!2-
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Le Foyer régional interrogé a tiré les conolusions suivantes. s 1) ~a journée a permis des ~enoo~tres de .foyers ou de groupes de foyers isolés qui s'ignoraient totalement.
2) Les foyers et groupea ont pris conscience de l'e~istence des Equipes Notre-Dame, de ce qu 1 elles pouvaient leur apporter. ~)
Les pr8tres qui étaient là ont comp~ia oe que peuvent apporter au~ foyere des groupes à base spirituelle profonde et aemblent vouloir'aider au développement de ces groupee.
4) Quelle forme ces groupes prendront-ils ? Il eát trap t8t pour
le dire mais certains ont désiré garder contact avec 1 1 éq,uipe d'Isigny ou avec nous. 5) Apres cet easai nous sommes convaincus qu'il faut tentar partout
oü c'est possible, des réunions comme oelle-ci. Nous penson$ nous aussi qu'il faut faire connattre notre mouvemént. Beaucoup d 1 entre vous organisent retraites, rdoollections, qu'ils n 1 aient pas peur de dire ce que sont les équipes et ce qu 1 elles peuvent apporter. Sous préte~te de discrétion nous pouvons parfois manquer à des foyere qui ont peut-8tre les mftmea besoins .que noua. Que chacun aoit soucieu~ de sa paroisset de sa ville, de son diocese, cherche la maniere la plus a.daptée, à la foia à ses mo,-ans et à sa région, de faire conna-1 ~ ~e~ Equipes. Q
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LIVRE DE RAISON Dieu nous a donné : Marie-Geneviàve CASSAGNE, Versailles, 6-14 Avr11 ; Richard PIHET, Paris, 25 Avril ; Marie-Christine MOREAU, Versailles, 27 Juin 1 François JOBARD, Paris, Juin ; Françoiae Van PETEGUEN, Paris,5 Juillet ; MarieLaure POL PETITPAS, Paris, 27 Ao~t 1 Marie-Astrid DUROY 1 Paria, Septembre ; Domini~ue VALENTIBY, Oupeye, }0 Septembre 1 Jean-Pierre VERCRUYSSE, Bruxe11es, 18 Octobre ; Olivier du BOUETIEZ, Paris, 8 Oó~obre J Véronique DUPONT, Brunoy, 17 Octobre ; Marie-Pasoale DE WOUTERS, Spa, 24 Octobre 1 Bertrant CANET, Paris, 26 Octobro ; Agnea BER•ARDI, Karseille, 29 Octobre J Dominique CHAUDE, Versailles, 9-16 Bovembre J JeanMarie de BAECQUE, Salamb8, 20 Novembre. Q
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ENTRA IDE
- Qui pourrait dépanner un tout jeune ménage ? Son logement sera rendu en Janvier au~ amis qui le lui ont sous-loué av~c confiance. Ils ne trouvent aucun gite à Paris sinon à des pri~ impossibles. Ecrire à Jean-Pierre et Maic HADEIT~U~ (ex Mate de Montjamont) 67 avenue Raymon4 Poincarré - Paria I6àme - Tél. PASsy 92-89. - Ménage avec 3 enfants désirerait prendre en pension jeune garçon de 4 à 9 ana. Vie três saine à la oampagne dans uno atmosphere familiale. Ecrire à M. Jean MORTIER, Instituteur libre - Bclligné -(Loire-inf.) Le Service Social de 1 1 Institut Catholique de Paris 21 rue d 1 AsaasLIT. 86-37 (9h à 12h - 14h à 18h) répond immédiatement aux demandr de leçons, promenades, gardes d'enfants de jour et de nuit. - R. et M.L. ANtRO reoommandcnt leur frere étudiant à la faculté de Lyon (Lettres) qui désire donner des cours de latin, ,grec, franqaisniveau 4eme 5àme. Ecrire à M. Louis LANIGAND 29 ~u~ du Plat - LYON. - Jeune fille autrichienne 24 ans au pair cherche famille catholique Paria. S'adresaer au Colonel DAVINON- s.P. 51.309 - B.P.M. 601Vienne, Jeune fille, ancienne malade, cherche emploi de bureau. A suivi des cours de sténo-dactylo, comptabilité, secrétariat. Ecrire à Michelle ROY 48 Allée de Joinville - LIVRY-GARGAN (S. & O,) De la part de M. et M. Sourdillat. - M. e1 M, Guy Van PETEGHEN 28 rue d 1 Assas -Paris - cherchent une chambre pour leur cousine. - Denys et Jeánnette ·pRADELLE, Courchevel lB5o .(savoie}, cherohent jeune fille au pair pour partager la vie familiale et aider aux soins du ménage et des enfants -trois fille~ 6ans, 3 ans, 4 mois - Possibilité de faire du ski. Se présenter "ou écrire 72 av. de Suffren Parts 15àme - Tél. SUF. 04-83. ·
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Tirage Ronéo, 9 rue Gustave Flaubert - Pàris 17àme - Le Gérant L. Thévenot.
VIeme Année N03 Décembre 1952
PRIERE POUR LA REUNION DE JANVIER
ANNEXE
Intentio~
I
: L'unité des éRlises
Du 18 au 25 Janvier chaque année 1 1 Eglise nous demande âe prier avec tous nos frercs chrétiens pour qu 1 il n'y ait plus, selon la désir du Christ Jésus, "qu'un scul troupeau et un eeul Pasteur". Priere liturgique Oraison de la messe votive pour l'unité. "0 Dieu qui corrigez nos erreurs, rassem0lez ce qui est dispersé et
conservez ce qui est uni, nous ~ous supplions de daigner répandre sur le peuple chrétien votre Esprit d'union ; afinque rejetant ce qui divise et rassemblés autour du vrni pasteur de votre Eglise 1 tous se consacrent ~ votre seul service. Nous vou~ le demsndons par Jésus Christ notre Seigneur, Amen 11 Méditation - Conversion de St-Paul (f~tée le 25 Janvier) Fumant de haine et rêvant tueries de chrétiens, Paul approchait de Damas, lorsqu 1 une lumiere miraculeuse l'enveloppa. Et tandis qu 1 une force surhumaine le jetait ~ terre, une Voi~ lui dit : - "Paul, Paul, pourquoi Me persécutes-tu ? - " Qui es-tu, Seigneur ? - "Je suis Jésus de Nazareth q~e tu poursuis, - "Seigneur, dicte moi ta Volonté" (Actes IX, 1-9) "Et finalement, J'sus m' .est appa~u, l moi qui ne suis qu'u~ avorton ; à moi, le dernier des apôtres, qui persécutais l'Egl1se de Dieu ! Mais par la grâce de Dieu, je suis devenu ce qu~ je suis maintenant. Et s~ Gr~ce ne me fut pas donnée en vain 11 • (lo ép. au~ Cor. XV, 8-10) 11 Ll o~ pullulait le ~éch~ qui engendre la mort, a surabondé, par notre Seigneur Jésus Christ, la gr~ce qui donne la vie éternelle". (Ep, au~ Romains, V, 20-2I)
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VIeme Année - N23 Décembre 1952
ANNEXE
II
ANNEXE AUX FOYERS DE L·A REGION PARISIENNE CARREFOURS
LIBRES
Pour resserrer entre les membres des équipes de ln région parisienne les liens d 1 amitié et chercher dans des échanges de vues et d'idées les solutions au~ difficultés rencontrêes dana la vie d 1 équipe et dans 1 1 application des obligations de la Chart~, 1 1 Equipe de Secteur organise des : 11
CARREFOURS LIBRES 11
Sachez donc qu'à partir de Janvier ot jusqu 1 à Avril inclua, vous pourrez, si vous le dêsirez (naus le souhaitons tres vivement) participar à une discussion sur Le Devoir de s 1 asseoir La regle de vie La priere en équipe L 1 engagement. sujets qui naus ont parus essentiels. Ces carrofours libres n'auront pas lieu dnns une salle mais chez des foyers de nos équipes quit à tour de r8le, vous accueilleront. Ces échanges d'idées, ces canfrontatians d 1 e~périence se dérouleront ainsi dans une ambiance tres libre, tres simple, três amicale, à laquelle naus tenons beaucoup. Le ler carrefour sur le Devoir de s'nsseoir se tiendra chez J. et D. BROCAR~, 28 av d 1 Eylau- Paris 16eme ( pres la place du Trocadero), le mardi 6 jnnvier à 20h 45. La Lettre Mensuelle vaus donnera en temps vaulu, pour les 3 autres carrefours, toutes précisions nécessaires. L 1 idée de ces Carrefours est née l'an dernier. Elle est partie d un besoin réel des :foyers de se rencontrer, de s'aider, de "mettre en cammun" leurs e~périences , leurs difficultés, leurs initiatives. 1
Naus sommes heureu~ de pouvoir lui donner corps cette année. A vaus, par votre présence, de naus mantrer que nous sommes sur la bonne route. Tres fraternellement, L'Equipe de Secteur.