ll
l li '
CARTA
·-
•"'-
' 1
'
;
KENSAL Jlas
E Q. U· I P E S BOSSA
..•
DE
~ r
SENHORA
' .I
I
S.Paulo, agosto-setembro de 1953
4·i
VITORIA DA CARIDADE
H. C• ••_-#
-Quero- dizer----v-o ~r · ho:re, -·porque razão é ~ão) importante que a caridade fraterna cresça sem cessar nas vossas Equipes.
I
•
~
I~-
Uma equipe de casais deve ·ser, antes de tudo, uma escola de caridade. Quando ·os casais se exercitam em se auxiliarem mutuamente e em pratic~ o amor fraterno, pouco a poupo o coração se lhes dilata. E 'pouco -- a pouco, "de proche en proche" tal amor conquista a casa, o b~rro, a 9idade ••• at4 atingir as plagas maia· longínquas.
..
22 - E' importante que s.e construa uma igreja,
na qual., dia e noite, o Cristo eucarístico irá morar. Não é me'· nos necessário para á cristandade que . BE1jam fundadas' equipes· de car1dade: é outra mane1ra de fazer com que ~r1 svo se torne present e .aos homens.~ qualquer lugar pnde ~ ~ncontra~mos o amor fraterno, ali tambe.m estará Jesus Cristo. "Onde dois ou três estão reunidos e~ meu Nome, eu estou no meio deles !ic: •
•
32
.....;:.<_.... -:.
:, \
~- .. ...!!.-""- --<.. ~--
; -""
~
Presença· do Cristo e presença da Igreja tambem. A Igreja está presente ~ em toda a parte .onde · há cristão s ~· ç_-r:e se amam. Mas, isto é óbvio, ela s6 está presente numa com·x~ i dade de crist.ã os ,. quando esta comunidade quer estar pre s ente à Igreja, devotada ao s~rviço da Igreja.
4R - E• de extraordinário vigor o poder de inte ro essão dos cristãos quando se acham unidos: "Se dois éi.e:1 k:.:, ~ -.. \l aôbre a ter ra se puzerem de acordo para· me pedir o qu.r :..;_·.-_-=-,~.. que seja , em verdade, eles o obterão de meu Pai que e~:·':.i &, ::·: . : ~ céus". 52 - O amor fráterno é uma fonte espiritual e z:o.c:p(d .o-
I r
I
2
nalmente fecunda. Ao redor, o deserte se põe a · florir. O de um bairro dizia-me ir3rta ocasião : 11 f.l'tJ.ando t:.ma rua de . par6quia está :por C.ema.i s co:n3.e..ming,d3. ~ EY'. l :p~ç 9 e. dois ce.sai_s . tãos para alí fixa~ em a sua resid&nci a (i~to -~e ~·.: passava ante guerra!}, e darem sim:plesmer1t~ o esr '3~ác;u.lo 'd o os une. Depois de seis meses, os ha.1::.. -~; :;. útas da ·r ua aragem nova". ~
'6g - Uma· v:-i"'t -ér.,i -a -àa--ear-i.d.ad-e fraterna, .. é uma .mens
de Deus aos homens. A sua mais impo:rt:;:.r_diG n:enaagem. Aquela constitue urna revelação de ·suél vida i~.1t :..:na; ·de sua vida tr táriac Ne~h~~ discurso sôbre Deus é D~is eloquente e :pernua do que o espetáculo de Cri.,a:t;ãos qu.e ;··s8. o um': c orna o Pai e o são Um. 72 - Nada há sôbre a terra Q.'.l8 mais glorifique a do que_/uma vi t6ria de fraternidades :pv:r·que, já o dissemos, há spbre a terra que- com- Ele t _a.nto se .as_semelhe.
o '
Seja esta a vossa preocupação constante: Fazer de Equipe UMA VITORIA DA CARIDADE.
.
I
• ' I_ ~ ' ;\
I
...
· •. ''t \ t ~ .
FAZENDO A DESCOBERTA
'
.. '
. \
:
..
~
14 •..,
'~
~A MEDITAÇÃO
· Continue.çã.o do n2 anterior. Que método devemos escolher?. E 1 assTLnto estricta~ente p8s Como por~m exfstem afinidadef:!.... espiritus.is, é :perféi -tar.wnt8 vel indicar alguns niétodós · ·qu~ ·se mostr·a:::::a:::1 eficazes e g_ue rão ajudar alguns a encontrar o ca.rain2-::.'J ç_ue ltcés € próprio. Para certas pessoas, parece ;rcfe .ci vel pr~~-~-:f:_2_ 22 uma leitura ("pode ser feita de v é s;a ra." ) 0-:.1 U::'. f a.-~: c. ~:::.~lq_1.,_a dia, "ação de graças a dar, dificuld8.de a a:p:re .3e~.:.tS>..-~> ; 11 :çt~!1 assunto durante o dia se a meditação é feit a E.. r.. c, :~ Juc.' ': ~ Eis métod 0 mui to simples: "se a atenção fu i d.e s~?r't2.12. r: -) ~::· 1Trno, ção litúrgica, . alocução 1 leitura ou s~ x.plss ;·a-L2,-;r~:a ç_· c~..: ale o meu espírito, a meditação ~e inici~ ex~an - ~El3S~~ ~ ~- ~-- sJb ma de oração, de adoração ou de ação C..e g ::·2ç,e..s ., E-0 ~.-j c- ·-. c- se a ~im mesmo, recorro a umq.. passagem dv Evan z&Thc. t L,.- ~ =~. taç Carta Mensal. Entretantp me~ esp!ri te fog8 mui ta~ 'F; ~ .' - S em ção toda diferente; outras vez~s J?rO·J uro ~ sem o CO:D. 2 ag,.:.j.r ~ pregnar-me do trecho iido e parece-me que n5.o tiro nenhu.m
l'eito: mas o principal é o esforço de abertura para com Deus". A leitura continuada de um livro espiritual poderá ser 111;11 para formecer um ciclo de reflexões, "sem· o que vottamoa eternamente- nos mesmos assuntos · e ~roamos passon. Mas ·o utras respostas referem: "Não gosto . de me servir de uma leitura, porque assim, a minha meditação assume uma feição toda inteletual. A leitura espiritual da véspera, a Missa, os acontecimentos dão colorido inegavel h meditação, sem se impor de modo absoluto". : Por vezes a leitura pode servir de conclusão, como por exemplo no seguinte esquema: "lg oração vocal feita lentamente: Padre Nosso, Ave Maria, Atos, Angelus ••• ; 2g exame de consêienc1a; 3~ previsão dos acontecimentos do dia (por exemplo: preciso ir ver d.e terminada pessoa e sei que com ela arrisco-mé em faltar com a caridade; eu peÇo .então o auxili_o do Senhor) .Tudo isto ~ feito sob a forma de entretenimento afectuoso com Deus; 4i meditação de um mistério do Rosário ou de um .trecho de livro espiritual". Eis ainda outro método que não recorre a livro àlgum, mas termina com uma anotação escrita: 1g Esforço de ·purificaijão (tomar consciência dos nossos pecados, que nos afastam de Deus), de louvor (pensar que Deus é amor, que é Principio e Fim; que é Luz, Poder, Miseric6rdia) ·' de acão de graç_a.ê_ (Ele nos ~hama a partilhar de suas riquezas ••• ); 2g Procurar quais o~ pontos de vista de Deus a nosso respeito para o dia que s~ iribia, afim de saber melhor como havemos de o servir: tornarmó-nos . ~tentos, colocar-nos ~ sua disposição; 32 Notar então os pensamentos que surgem em n6s: isto · obriga a torná-los mais nítidos e permite retê-los em n6·s . Os esposos comunicam depois um ao outro o que pensam e anotaram. Será necessário concluir por uma resoluçãc?numa resolução nova cada dia, é demais", afirmam diversos. Mas podemos entretanto "procurar conservar durante o dia certa atitude de alma que será renovada cada vez que tomarmos posse de nossa consciência interior". "A meditação da manhã é retomada po·r ocasião da oração da noite, a o~erenda feita é examinada e perguntamo-nos de que modo tornar melhor o dia de amanhã". Se a meditação é feita ~ noite, a atenção se prende de preferência, é evidente, aôbre o dia decorrido. ao mesmo tempo que ajuda a preparar o dia seguinte. "Não perdemos a coragem se os progressos não são fulminantes, nem mesmo sensíveis~ Antes de ouvirmos as almas que cantam a sua alegria, deixemos que se manifestem aqueles que, penosamente, obscuramente, perseveram ante o aparente silêncio de Deus.
4
Eis aqui um, q'!J.e ·f f:,_l a do "desê..ni mo ante o pequeno gresso obtido"; entret&~·~o, :por um esforço do. vontade, . embdra não seja mais respons á:v e~ ·~ r:1c.:1"teve a m2::":.itr~y:o. · Uma j'ovem seÍl..~c~·c, : n:!âo com:preç.:;::.::o r"incla de que fo é possi vel m8Jlter uma ve.r dadoíra convei·saç?..o afectuosa com (os livros espirituais trie- :parecem inac essíve is, por demais e vados) , mas espero que c·ôm :perseverança e com o auxílio da ção, atingirei o objet~yq". Um homem: "Ac~bo de atravessar uma crise: sensação · abandonot nenhum gosto mais em pronunciar as fórmulas das o çÕes, recusa de comung~r, por falsa humildade·. Pressentindo_ perigo eu reagi: todas as manhãs eu ia durante 5 a lO ·minutos · Igreja e aí ficava tranq~ilo, expondo ou não as minhas dific dades • A luz me veio po~ intermédio de uma conversa ~e ti com um sacerdote". Um casal: "Há eÍn nós falta de energia para fazermos meditação com regularidade e perdemos a coragem sob qualquer texto. Sem livro, ficamos completamente aridos, ou então come · mos a divagar para despertar muito longe do nosso ponto de tida; ou ainda, a meditaÇão torna-se uma espécie de análise cológica durante a qual passamos em revista os nossos defeit Vamos então pedir auxilio junto de padres que vivem na oração E esta meditação dificil . "desenvolveu em nós a humildade, a consciência de nossa miséria". Não é isto já, um resultado cioso? Casamento e meditação. Notemos o "n6s" deste lll.timo tes seria preciso saber se a meditação foi realmente praticada comum, o que teria, sem dúvida nenhuma, aumentado as difi des. Pois é bem certo que a meditação requer normalmente, s do a definição dada por Sta. Tereza, o "sós a s6s" com Deus, exclusão do cônjuge, por maior que seja a afinidade de alma c o outro. As tentativas feitas de meditação em comum levaram "fracassos" segundo nos dizem. Mas os esposos podem se pres mutuo apoio, evidentemente. "comunicando um ao outro os fru da meditação", "encorajando-se mutuamente à regularidade"••• Pode-se ir maia longe e pensar que o próprio fato de nossa união conjugal -é um aprendizado à nossa intimidade com Deus? que a m:.;ditação é, exatamente, um ~dever de sentar~se" com o Sen~1c:~.:? Somente urna resposta se orienta neste sentido" a de ur-~.::t ·L.2,·3; rG;Jroà.uzimo-la em extenso, pois temos a:! uma tênt :=..ca 3=~ :::-,:=..:t•:'.. t ·u.al5.dad.e conjugal, um meio mui to legítimo de vir-se ã.o a.~JG:;."" :ilUina.nc para ir até o amor divino. nr;o i:r..iaio não sabia bem como proceder. E, de rep uma luz! Era pTeciso sem dúvida e antes de maia nada, est
5
cer um estado de intimidade com Deus? Mas então é mui to_ simples; e·s tou treinada a. esta "ginástica" pela nossa vida conjugal • . Quando eu quero fazer dos nossos serões passados juntos, momentos de real intimidade, faço calar em mim tudo o que p9de agitar-: preocupações ·domésticas, cuidados aom as crianças,: trabalho I a exec~tar; procuro fazer com que o coração, a inteligência e a alma, libertados de tudo isto, se ponham à disposição do outro, pronta a descobrir ou a redescobrir suas preocupações, suas ·riquezas ••• Falaremos tambem, talvez, de minhas pr6prias preocupações, dos filhos, do meu trabalho' mas num clima 1:*U'ificado • ••• Não é olhando para os Santos, completamente consagrados a Deus, que aprenderemos melhor a meditar. Temos ao nosso _alcance uma fonte do descobertas bem mais rica: a noss~ própria vida, a de nosso estado, a da vocação de pessoas casadas para a qual o Senhor nos chamou. E' impossível que . seja pr~ ciso olhar alem, passar por cima de tudo isso para nos encontrarmos com o Snnhor numa inttimidade maior ••• As Equipes nos propõem o dever de sentar-se; sou levada a dizer (é .al~ás o que eu penso bem alto embora só ouse dizê-lo bem baixo): o dever de sentar-se é entre os esposos o que meditação é entre a alma e Deus. O "dever de sentar-se" é enriquecido não s6 do momento presente, mas tambem e antes de tudo, daquilo que o precedeu: de tudo aquilo . que, na vida cotidiana, decorre da preocupação profunda da expansão do outro, da preocupação de ajudá-lo ••• Da mesma forma, a. meditação será enriquecida de tudo o que fizemos por amor de Deus: purificação das pr6prias intenções, en~iquecimento do pr6prio eu, da vontade pr6pria,amor do pr6ximo. Da mesma forma, um e outro fica1·ão empobrecidos de tudo aquilo que tiver sido omitido".
a
III __- Os benefícios trazidos pela
mecl ~ ta?ãtJ
A experiência de nossos 32 responsáveis é bem reduzida; prolongou-se durante alguns anos, alguns meBes talvez. E a meditação que fazem é bem curta tambem: lO miln,_tos, um quarto de hora por dia, raramente mais, às vez e s menos. Nessas condições longe de estranhar-se que para algune a meditaQão somente haja trazido o mérito de uma fideliáadc volTILtária ou a saudavel constatação da própria f~aqueza, somos levados a nos.: âdmirarmos pelo .fato de reco:;.1...'1j_ecerem , na maioria, ter achado nela lua e auxílio. Eis, a seguir, resumido ou ci~ado 1ntegrall.mente, o que .d izem a este respeito~ A meditação é uma ascese. O acto da vontade pelo qual
6 uma alma se põe resolutamente na · presença de Deus, abafando quer outra preocupação ·(o ·~ue Um de ·nossos correspondentes ma. nrreiar o motor" e UII!a religiosa nossa· conhecida "parar nema interior)é um "esforço que deve· ser sempre renovado. " ma rotina a temer". E' "o melhor antídoto da rotina e do f • saiamo". A meditação é uma orientação ••• Este recolhimento de manhã, dá "a boa partida"' para o dia , ou, à noite, pre o dia seguinte, não fornece soluções prefabricadas para as culdades cotidianas, mas coloca a alma nas melhores disposiç para resolvê-las, "dando à vida cotidiana seu sentido de ete dade, ·de serviço para Deus e para o próximo" • ••• que cria a lucidez do olhar interior. "Treina a melhor" dizem várias respostas. Ver· melhor a vontade de Deus, melhor os esforços a fazer para responder a essa vontade. Ela "d.á u-rna visão clara da linha da vida", obriga "escolher dentre as atividades ou afeições", "a estabelecer hierarquia de valores", a ttdar precisão a certos setores mais menos secretos da existência"... "E' um banho de sol sob a luz divina". A meditação nos força à humildade ••• Pois "Deus e menos longe de nós, mais facilmente presente em cada momento" pois enxergamos melhor a sua vontade, sentimos com maior int sidade a nossa miséria, as nossas fraquezas. Da constatação ples de nossa dificuldade para a meditação, podemos tirar um sinamento de humildade e aprender a implorar o auxilio de ••• e nos conduz para a caridade. "Não se medita di mente sobre os diversos aspetos do amor de Deus e do pr6ximo ser levado a modificar a própria vida". "A meditação faz com que eu leve perante Deus a mis humana e tome conséiência de minha responsabilidade," nesta mi ria do mundo, de cristão in fiel aos ensinamentos de Cristo". , Ela nos leva a estarmos mais presentes ~~te tudo o se passa ao redor de nós", 11 dá o sentido da família humana", 11 consideração dos pobres, dos aflitos, dos pagão s !? . Um chefe de secção, posto entre o patrao e os ope disse ter compreendido assim o trabalho social ~ue lhe cabe prir. "Na minha vida profissional e cívica'; P di sse 1.-.:m outro, n meditação ajuda-me a procurar mais o progreBso ão reino de D e menos o meu interesse pessoal". "Ela pôde levar-me",diz ainda o mesmo $ "a considerar P!of.issão mais como ..um serviço social do que como um mei9 de
·r tp pessoal". São estas, reflexões de homens. Eis a. seguir uma que é l!J\Ú:to feminina: "A medi t _ a ção nos leva b. prátioa. de gestos de caridade imediatos: ••• teijar com delicadeza o marido, telefonar a · alguma pessoa para pedir notícias ou oferecer um serviço, aco-lher os filhos com mais abertura, pequenos gestos de amor que .são como um2. benção para o restom do . dia". E uma senhora ainda, com maia timidez afirma nter haurido na meditação um maior amor para com todos, de qualquer mo~o no íntimo, mesmo quando não chega a se exprimir". A meditação nos dá força. "I Espírito que trabalha assim as almas, se é Luz e Amor, é tam•em Força, e os que fazem meditação bem o percebem. Se a meditação permite "dominarmos as · tarefas materiais, ao invez de nos atolarmos nelas", se ela é Ma parte de Maria numa vida toda tomada pelas oaupações de Marta", torna mais leve tambem a tarefa de Marta. "Eu achei na medi ta.ção", diz-nos um a senhora, "a força de praticar eertos deveres de estado e tarefas materiais pesadas para mim e que eu consigo fazer com mais perfeição e mais por amor do que por dever" Alguns homens oitam este particular: a meditação ajudou-os a praticar a continência em circunstâncias difíceis". A meditação desperta a alma para a alegria. Já que nos aproxima. de Deus, "mantem a alma mais facilmente na sua presença !lo decorrer do dia", 11 coloca-nos em frente de ~ua palavra e de Seu amor", aumenta nossa confiança, traz a calma; o apaziguamento, a alegria de "sentir-se entre as mãos do Senhor"."Q.ue nada -te preocupe, Deus s6 basta". "Ela me traz repouso, paz e alegria", "cria um estado de alma feliz", "refaz o equil:!\rio físico e psíquico, ao mesmo tempo que o espiritual" Resposta a uma objeção." Tudo isso está muito •em~ di~~ alguem, "mas, será que n~o se trata de uma ilusão? Eis a! cristãos que vão à missa (e não somente aos domingos), que comungam, que aprofundam a sua religião e se esforfam por vivê-la: as graças que recebem não são fáceis de medir. Como discernir o que vem da meditação 1 e o que é trazido pela missa, pelos sacramentos , leituras espirituais, activídade generosa?". Pensamos que a melhor resposta a esta pergunta que alguns reaponsá~eis fizeram a si mesmos ao escrever-nos, é aquela que nos é dada por um de nossos correspondentes: Santa Tereza dizia: "acredito que a meditação é uma porta por onde entram as grandes graças de Deus. A meditação, sim, ~ realment.a esta abertura para Deus sem a qual muitas poasi'bili--
-~
i
'
i
'
_d ades de graça
que se _a c?am contidas na vida cristã, c_omo sacramentos, arriscam-se eni ser com~ fontes c.erradas • . Porque zão tant~s cat6licos há que recebem. frequentemente os sac . tos e ficam,até uma idade avançada, tão mediocres? porque ea rec.ep.ç ão dos sacramentos é para eles uma rotina~ uma ··es:péci rito que eles achàm s~ficiente, no quai não colocam o"melhor · mais vivo de sí mesm~s e que ·nem mesmo é para eles· ·nportunid de procurar este· contacto com Deus que é a meditação • .-." o
A meditação é um contacto com
De~s.
No qual a álma coloca o melhor e o mais vivo de s! Ao qual Deus responde.. dando sua Luz, seu Amor e Força: que resposta maravilhosa••• Eis o que aprenderam aqueles que partiram"para a coberta da meditação n·.
o
o o
lrê:_Ção de uma mãe 2 na reunião da egui12e Um assunto me impressiona cada vez mais: é imensa . ~ · responsabilidade em relação aos nossos do lemos o XVII capítulo do Evangelho de São João, ficamos sionados ao ver que quando a hora chegou para Cristo da d o mundo e que dirige a sua oração ao Pei, parece qué ele procura justificar-se. E sôbre que ponto? "Não perdi .quele s que me destes". Quando eu considero que deverei comparecer perante para o julgamento particular, não penso eu antes de tudo em mesma, na minha preciosa alma a salvar; pergunto eu a mesma, se poderei dizer a Deus como o Cristo: 11 Não perdi ne daqueles que me destes"- 11 Procurei para eles a vida eterna"- 11 creram"-"Q.ue tenham em si a plenitude de minha alegria"-"Que sejam preservados do maln-"Que eles sejam um". Para isto, seria preciso poder dizer tambem to: "Eu II!e santifico a mim mesma para eles".- Parece-me que há neste ponto um abismo a aprofundar a raspei to de nosso pr6xi mas prü1c ipa1mente a raspei to de nossos filhos .•• o
o
o
c··r.
S U P L E ME N T O das Equipes do Setor de São Paulo
EQUIPE DE SETOR
o editorial do Rv. Pe. H.Caffarel que abre o p·r esente número da Carta Mensal, acentua forte e nitidamente a finali•. J dade primordial das equipes: fazer delas uma escola de ca:rida(~ de. Caridade realmente cristã, que "conquiste a casa, o ~airro, ·· ll cidade ••• até atingir as p~agas mais longínquas". A força expansiva da caridade cristã está certamente , · na base da difusão das equipes. E'· muito natural que, sen:tindo · . -~_;___ intensamente em si os benefícios colhidos nas Equipes, :··os seus membros se sintam levados a fazer com que outros casairsi s·ejam tambem beneficiados. Inegavelmente, o Movimento corresponde a uma necessidade de nossos tempos: ~ necessidade de uma espiritualidâde conjugal e familiar. E 1 o que explica a rápida expansãÓ:~ das t . Equipes nos áltimos anos e a sua difusão primeiramente 'na Europa, para atingir depois outros continentes, chegando âssim, providencialmente, até nós. Embora apenas nos seus primórdios, as nossas eqúipes sentem latente o impulso para o crescimento. Prevendo este fato é que se tornou evidente a necessidade da formação de uma -Equipe de Setor, que tivesse por finalidade a centralizaç:ão do movimento e consti tuisse despretenciosamente o seu ponto .: de apoio. t
:. ·
·
000
·-~
... :4..
~·
A Equipe de Setor acaba de ser organizada e val ·agora iniciar as suas atividades. Constituída de um Assistente -o Rvmo. Pe. Oscar Melanaon - e de 7 casais tomados das vár~as equipes, terá ela a incumbência de orientar o conjuntÓ . do movimento entre nós, alem de ser o traço de união com a :Equipe Responsável, de Paris, que centraliza toda a &~pla rede de , equipes. Caberá ~ Equipe de Setor a responsabilidade de animar o movimento, orientar as equipes novas, t~abalhar pela sua difusão, zelar pela fidelidade no cumprimento 1os Estatutos 1 manter o contato com as Autoridades .Eclesiásticas$ A ela caJerá a
lO redação da Carta Mensal, a orientação dos Retiros e Rec~~~4~~~ tos. Será em suma, para o conjunto do movimento em nosso que o Casal Responsáv~l é para a Equipe. São os seguintes os casais . que aceitaram a responsa lidade do trabalho a desenvolver: Celia e Geraldo Bourroul; c cilia e Aldo Sinisgali; Nair e Mário Ca~all1o de Jesus; Georg na e Artur Volpi; Marie Christine e Bernard Poulenc; Alice e ciano de Souza Marques; N ancy e Pedro Moncau Júnior. A Equipe de Setor vai pedir a estes seus membros suplemento de trabalho e dedicação. E, se o aceitaram á po contam tambem com cada um dos casais das equipes, certos de não lhes faltarão o apoio de uma eyentual cooperação, e part cularmente 1 a força de suas preces. ,.
o
o
o
PREPAREM:OS DESDE JA 1 , EM TRABALHO E EM ORAÇÕES
O ":DIA DE RECOLHIMENTO"· A REALIZAR; SE NO DIA
8 DE NOVEMBRO PRóXIMO - DOMINGO· -
EM
BARUERI
PEÇAMOS A DEUS QUE VENHA A SER .
DE PROVEITO ESPIRITUAL ' PARA TODOS OS Q.UE NELE TOMAREM PARTE.
6
o
o
De uma carta de -Gerard d'Heilly: " Os recolhimentos e princi mente~~it"R&m elementos de base de todo o noss-;-trabalho. colhimentos e retiros devem permitir que os casais das equipes compreendam melhor as exigências da pr6pria voaação. Devem mitir-lhes ta~bem , pelo convite a outros casais, transmitis um maior número as riquezas descobertas no trabaihó em comum. De mais a mais, cons~deramos os recolhimentos ·e retiros, não como meios de santificação pessoal, mas tambem como alavanca derosa na ação empreendida para a difusão da espiritualidade conjugal". · De uma Carta Mensal: Não se trata apenas de uma uuestão de di ciplina. O silêncio e a reflexão dos dias de recolhimento e principalmente dos retiros, são as bases indispensáveis da no . sa vida espiritual e até mesmo do equilíbrio humano de nossa vida familiar.
ORAÇÕES par~
..
o mês de .O"'J.tú.bro
1- Oracão lit~rgica
.
Esta oração, inspirada_de SoPaulo (I Tess?I: foi tirada do opuseulo de Mons. Garrone: "!nvitation à la Pri~re). Fazei que encontremos em v6a, Senhor, A coragem de anur-ciar o Evangelho ~m meio dos combates. Que a nossa pregação mão se inspire
de idéias falsas, Nem de motivos impuros. E que nenhum subterfúgio a macule. ~em
:V6s nos ju.J_gastes dignos, Senhor, de nos confiar·- o-Evangelho Ajuda~-nos a falar como devemos:
N ão para ·agradar aos homens, Mas a Deus que vê n-os corações.
Que não tenhamos palav~as de lisonja Nem idéias premeditadas de interesse.~.
... .
~
~
Fazei que, em meio de nosso rebanho, tenhamos almas de n· a1 mae . ., que cerca d e cu1. d ados os fl.lh os que a1·1menta, cr~ançaa. ~u Dai-nos pelas almas uma tal ternur·a Que possamos lhes dar, se fôr de vosso agrado; Não s6 o Ev~gelho dé _DeusP mas nossa pr6pria vida, Tanto se nos tornaram elas preciosas! Como o pai em meio de seus filhos, _ ·Ajudai-nos a exortar~ encorajar~ çonjurar cada qual A levar uma yida digna do :Oeus que nos chama Para o seu Reino e Para · a sua Gl6ria. Assim seja ! 2. Meditação
--
Festa de Cristo-Rei
_..;.--..._...;;._;.._...;._._.;. .__
Eva..."'lgelho:
:Meu Reino não é deste mundo. Dizes bem: Eu _sou Rei." S.João em seu pról -Jgo ~ ras1.un~ndo a his~6ria de Jesus· . a. suas linhas essenoi2::B ~, c·lY.:.st2..ta~ 11 0 mundo _não o conheceuo." 'Os seus não o receb0ram 1: _ .A-7.8 Y.:.C.J~!e a situação não se alterou: nem o mundv do:- ·;__:12.n_ J : ~.1: G ~ (r:g,o somos nós · de seu núme, ro, SOb algum pon"GO C.e -.r :'.si:-3.?) a nem o_muné: 0 :r.:.c e2::.;t·i. C.o nais neutro,aquele de "todo o mundo" (não nos deixa.rr.os ~.1G.J 0on'!;aminar pela sua sabedoria de 1
12 curta vi a·ã o?) rif3m o mundo das Potências m~diais (não estamos inconscientemente submetidos aos seus imper~tivos~) _ N ão reconhecem o Reinado de Cristo. os preconceitos uns, a inércia dos outros, as ambições dos ~ltimos, servem acaso à. soberania do · Criáto? ü reino d~ Sesus . não é deste mundo; é ~a qonstataÇ ~ tambem ·a sua vontade. Durante a eua vida terrestre, não q triunfar pelos métodos hvmanos • ..A um reino que ' não é deste mundo, - não convêm as deste mUndo. Cabe a n6s compreendê-lo, a n6s que pelo Crisma mos armados soldados de Cristo e que, pela noss.a vo.c ação cri devemos trabalhar para _estabe·lecer o seu reinado; o seu e não posso f abrigados à sua so_mbra; o seu triunfo e., n.ãq ~ nosso f à custa de seu nome. Isto é, se quizermos ·s er verdadeiros sol de Cristo, aomos obrigados a visar o mesmo objetiyo que ele, empregar as mesmas armas que ele; de . outro modo travaremos a nossa batalha e não a dele. Ora, "quem não é comigo é contra E eis..-nos então repeli-dos' para o outro campo, o do .m\Uldo zar das nossas · ilusões~ As armas usadas pelo"mundo" para estabelecer a pr6 sobe:r:ania, são tradicionalmente a violência - Jes~~ a recus e a astúcia, a mentira - Ele as recusa tambem -: "EU vim dar testemunho da Verdade". Em nosso H apostolado", não usamos n6s as armas que nosso Chefe rejeitou? Er possível, pois que s.Paulo disto foi acusado e se defendeu. Combatamos pelo reinado de Cristo com ' :tras armas: nBemaventurados os que ••• os que ••• porque deles · o reino dos céus". Pan6plia ridícula aos olhos do mundo, p armàs temíveis entre as mãos daqueles que nelas copfiam reticências. Visemos os mesmos objetivos que Jesus: to de seu reino não é o seu nome nos estandartes ou nas fo.v.u.o.. dos edifícios públicos; é a sua presença aceita no tundo da Não é o temor de seu poder, mas o reconhecimento do amor do Isto em primeiro lugar -e antes de tudo em ~n6s, em mim. Que me vale ganhar os outros, as. sociedad es, ·os Estados para o Cri se Ele não for Rei servido e amado em mim? O primeiro para o triunfo do meu Rei: a minha santidade.; . .
· fi<
'
'
. Senhor Jesus, que o vosso reino venh~- a mim e se assim vos dignardes, por mim também aos outros, não como eu quero, mas como vós quer_e is 000
.