ENS - Carta Mensal 1955-3 - Junho

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CARTA

secretariado : Rua Venâncio Aires,273 Tel.51-'+563) São Paulo

~ENSAL

das EQ.UIPES

DE

NO S S A

SENHORA

São Paulo, Junho de 1955 Ano III - nS 3

ATITUDE

DESCONC~RTANTE

E. de V. Porque lemos a Riblia sabendo que ela nos leva ao Cristo, porque ~luz de ste ensinamento, interpretamos todos os acontecimentos que ela menciona, porque realment e ve mos (conhecendo o antes e o depois), que todas as coisas obedeceram a um plano superior: por isto tudo ~ que não percebemos o quanto, dentro dêsse mesmo plano, a ação de Deus é muitas vezes ..• desconcertante. Daremos apenas alguns exemplos. Deus ordena a Elias que vá ao 11 Horeb" onde Ele se manifestará.Elias obedece ••• caminha 40 rias e 40 noites, chega ~montanha e espera o sinal que anunciará a vinda do Senhor. Súbito começa um vendaval, forte e violento, capaz de abalar as montanhas; e o texto sagrado anota simplesmente ; Yaveh não estava no vento. Depois é um tremor de terra, e logo após um fogo ardente e Yaveh não se encontra em nenhum dos dois. Então se faz ouvir um suave e doce murmúrio ••• a êsse sinal Elias adivinha a passagem de Deus, e, co brindo seu rosto com o manto, prepara-se para ouvi-LO. Elias es~erava provavelmente uma manifestação apoteótica como aquela que Moisés, alguns séculos antes, havia presenciado no monte Sinai; e eis que Deus a êle se revela, na calma e no silêncio. Pensemos na festa da Epifania. Pode haver algo mais desconcertante para os 3 Magoa do que descobrir que o tão esperado "rei dos judeus", não era afinal das contas nem rei, no sentido comum do têrmo, nem mesmo um grande senhor, nem sacerdote impor~ ante, nem mesmo modesto doutor da lei, não passando de pobre criança chorando numa casa pobre 11 de um vilarejo dos montes da Judéia. E era para contemplar êsse miserável" espetáculo que êles, seguindo a estrêla, tinham escalado as terríveis montanhas de Zagros, at ravessando a. tórrida Hesopotâmia e enfrentando a solidão do deserto. da Síria ! ••• Deus nos espanta pela maneira de se revelar a nós. :Mui t o mais ainda, Ela nos espanta pelos traços sob os quais Ele se apresenta quando nós afinal O conseguimos de s vendar.

E ainda há mais ••• Abraão recebe de Deus a promessa de ser pai do povo escolhido, de ter uma p os·teridade tão num erosa quanto as estrêlas do firmamento ou os grãos de areia do fundo do mar. E, no entanto, é evidente que Sara não está mais em idade de ter filhos; e ela não esconde seus sentimentos, aohando a promessa ridícula. Mas nasce a cri enç a prometida . H; para confundir mais uma vez a Abraão, Deus lhe pede então o sacrifício de seu filho único, e isso, sem renegar qualquer de suas promessas. Nunca extranhastes a conduta do Cristo em relação aos seus apóstolos ? Ele escolhe 12 homens; durante 3 anos ocupa-Se em forma-los; durante o último ano de Seu minis


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