' O A R TA
Secretariado
MENSA~
Rua Paxaguaçú, 258
das EQ.UIPES
Tele51-7563-S.PAULO
DE
S.Paulo, Julho de 1956
DE CRISTO ____________AP~STOLO ...... -·-·--------
Q.UEM NÃO :!!:
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NÃ0 l VERDADEIRAMF.NTE SEU DISO!PULO
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I
O fato aconteceu 25 anos atraz, durante um retiro fechado, reunindo uns vinte jovens O!lerárioa. l!m deles 'bateu ~ minha. :porta. Reconheof o ra:paz,que o diri ... gente me descrevera, como sendo "um :pouco insignificante". Perguntei-lhe por que vi era ao retiro. O desejo de ser um :pouco mais cristão, respondeu-me. Interroguei-o a raspei to de sua vida. Acanhado, êsse "rapaz insignificante a contou-me suas tentativas de apostolado. Fiquei maravilhaC.o. Naturalmente, não o deixei :perueber. Contudo, pedi-lhe que me esc r evesse o que acabara de me cont ar. E é a carta dêsse jovem o:peririo, que nem sequer t erminara o curso :primário, que entrego 1 hoje, ~ vossa leitura. Se compreenclestes que, t odo discípulo de Cristo, deve ser ap6stolo de Cristo, se t enta.:i.s stJ-lo-em prim~ j.ro lugar, junto aos vossos ftlhos e também junto ~quelea que a vida quotidiana coloca em vos so caminho - e se 1 ~s vez es , dj_ante do magro re ... suJ.tarlo obtido, percleis o f1.,1:.mo 1 e::1cutn.i hU!I!ildewento a história do jovem operário: ela l~al'··VOE1--:5. noYo'!lente corag8m - cont~mto que t cnhai 3 a gen eros idade de imi t :i-lo.E talvG'1.? QcsnobJ'iJ:Ci8:ktrc<~8t:~ ! CJ.UO o n.pu:'3t•Jl8..r:l.o , do qunl tiUlba gente fala a torto e a di..re:i.to r.:io 8 :pl'li'.0l;c..i.mo:1·í;ü :;.ti_·ri d-:-.d.e , mas sim , fecundidade, fe cundidade espir.!, 7 tual de quem acoita c omp.~ etar em seu ser 11 o que f altn. ~paixão de Cristo" • H, c. "Com 17 anos apenas, entrei muna fábrica como oper!irio não especializado. O trabalho ó muito ponoRo e devo trabalh ar novo horas seguidas, numa esp6cie de :porão, em que a luz el êt~1.ca tem que estar sempre a c esa c , o que é pior, num calor de forno. Tonto no vcrõ.o, oon:o 11l~ j_n-rorno, a t 0mpe ratura varia entre 30 e 35 g r~..us. No c omeço r o trabalho era-me mtci to penoso e a inda o Q, ro.A.If tornou-se-me suportável porque t odos os dias ofereço,a Deus, o s acrifício do meu trabalho unido ao sacrifí cio de Joaús e pelas mãos da s~mt!ssLna Virge m. A princípio, era tudo muito mon6tono 1 :porque não compreendera ainda o V_ã lor e os tesouros que ~odia extrair de meu tr abalho. Foi entã0 que, refletindo e Q lhando em volta de mim, peroebí que havi a um r apaz, dois anos mais velho do que ~u, que esquecera oompletàmente suas obrigações para com o senhor. · Graças a Deus, :prometi, então, fazer todos os sacrifícios necessários,p_ã ra restituir a f elicidade a ôsse coitado. Confesso quo, não era nada fácil, tomado que estava por suas :paixões e submetido ~ influnncia de maus companheiros, mas comecei com confiança, contando mais com Deus e com Maria do que comigo mesmo. Atirei-me ao trabalho, d'ora em diante minha vida tinha algo de grande . Di~riamente Q ferecia a Deus, o sacrifício do meu trabalho, para o resgate dessa alma, e por Cri~
" to amei~o aebre tedaa as coisas. Mais de uma vez foi meu amor por êle recompensado pelas numerosas mágoas que ~sse companheiro me deu; o amor de Cristo, entret~ to, a! estava para me sust~nt ar, e na f ábrica, sômente Deus sabe o quanto tive de aguentar por causa de meus companheiros de trabalho. Foi quando, não encontrando amigoa 'para me apoi ar; fiz o sacrifício de me levant a r mais cedo tôdas a s manhãa~ afim de receber Aquele que disse: "Vinde a Mim, vós que penais e sofreis, e refarei vossas forç a s". E é verdade, n'~le encontra-se a fonte de todo conselo e de todo amor. Muit a s vezes, sofr! injustiç as dos outros operá rios e me smo do patrão, mas sempre suport ei com r esi gnação e amor, tudo que Deus quís me mandar, e agora nada mais .me par ec i a demas i ado peno so, porque J e sús aí est ava, em Sua cas a e para sempre, no m ~is í n timo do meu co ração .
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Após ano e meio dà sofrimentog, de injustiç as, n ada mudar a na atitude daquele que queria trazer de vol t a 8 D···us . Foi quando pens ei que eu , ai nda,nã o era suficient emente du ro comigo mesmo. Comece i a exc.m:lnar- me ma is profundruuento , e sforcei-me em imita r mais Jesús Cri sto e foi assim yue consagní melhor me conhoe er e melhor me desvencilhar de minhas fraque7.as , e quan do conseguí,mel hor me d om in~ r, perceb! quo, meu s acrifício, er a mai s agradáve l a De us. Seis me ses depois , comnçou a apnrecor uma pequena mudança no coraçao 0.af1uele que qu eria salvfl.r. Comu çQ.U a dar me.is importfu-lci a às verdades que l he expl icava , r el attvas a Cris t o , c , quando se discutia reli gião com os companheiros, ~le co locava-s e do meu l ado; o primeiro passo estava dado, mas não havi a ai nda , nada de d9 finitivo. O Senhor quis por h prova minha confi ança n'~le . e meu amor por es sa alma .
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Outro rapaz, que não era cri st ão, entrou na fábrica e logo teve influên cia sebre êle, enquanto eu não conseguia ma is exerc e r nenhuma sôbre ~le, nem sO-bre o companheiro; desciam juntos, o caminho da perdição. Continuava, contudo, a esperar e, com a graça de Deus, comecei a orar com mais ardor. De noite, cansado depois do dia de trabalho pesado, após a oração da noite, rezava o t erQo, os braços em cruz, pedindo com confiança o auxílio tão eficaz e maternal da Virgem Imaculada, Deus, contudo, parecia surdo às minhas orações. Para aproximar-se maia da cruz, mortifiquei meu corpo; durante o i nverno, deitei-me aôbre o soalho, envolv! do num cob ertor apenas, o que era muito penoso, mas como uma alma se compra, não se deve regatear. Cinco ou seis meses mais tarde, atingido de laringite, Olo pre-~ oisava interromper o trabalho. ~le não gostava de mim, tinha mesmo certo desprez~ por mim, entretanto, - com Jesús ousa-se qualquer cousa -, fui visitá-lo de vez em quando. A primeira visita, apa r ent ement e , não lhe deu nenhum praz er; continuei, contudo, a volta r frequent ement e e , quan do ~le enjo ava de mim 1 conversava com sua mãe, uma santa mulher, que contribui u muito pa r a a convers ão do seu filho. Depois de um m~ s, vendo que minha amizade or a ve rd adeira c de s int e ress~ da, êle pedia que vi esse v ~ -lo quando qui zesse , conve r sar comig o ser-lhe-ia sem• pre agradável - um pouco de esperança surg:i.a ~ llu.r müe algum t empo, não l he f ::..lei de Deus, mas s~mente dos asmmtos que o int er essavam ; depo is , pouco a pouco 1 fa-lei-lhe da bonda de do Divino Mes·tre . Seu int creo s'' au.mer-i; ava , mas , i nf eli zmonto , a eu amigo vinhr:t s empre vi si ta-lo e , por res:p ei to h1.1!'!r..no 1 êle não ousava dar mui ta import~cia a Deus. Algun s meses depo i s , o ma l piorou , a l aringi t e t ornou- se :igUda, foi preciso da r entrada num hospit al, onde cont inuei a traz e r-lhe m1nha ~~ iz~ de. S~m ente duas visitas por s emana sendo permitidas, procurava ir v~-lo qur~do seu amigo lá não est ava; conversávamos,assim, mais livremente e êle era mais fraco em suas palavras.
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j Um dia, afinal, contou-me suas mágoas, suas dificuldades e, também, seu 4esejo secreto de conhecer a luz. Seu coração era generoso, e, se não fora a in-!lu~ncia do amigo, teria certamente retornado a Jesúa. Vendo q~e não progredia quanto ~ sua alma, fiz uma novena para que ~le pudesse ir.-· a Lourdes, porque tinha a firme convicção que ,na pátria de Maria, ~le tornaria a encontrar a luz, e para que Deus aceitasse melhor minha oração, un!-me maia profundamente a Jesús na Cruz, jajuando durante nove dias, comendo uma a6 ~e feição por dia e bebendo sbmente ao meio dia, verdadeiro sacrifício para mim,po;.: que ~eu trabalho dá muita sêde. Graças a Jesús,que recebia tOdas as manhãs, ague~ tei at~ o fim. Tive muitas discussões com minha mãe que me tratava de louco, mas queria a todo o preço, salvar essa alma. Alguns dias depois da novena, falei-lhe de Lourdes e perguntei-lhe se queria ir. tle estava interessado, mas os máus companheiros procuravam dissuadí-lo, contando-lhe cousas idiotas a respeito de Lourdes. Não me dei por vencido, fui falar com a irmã do hospital, para que ela o pe~ auadisse e também fui ver a miúda sua mãe, e graças a isso, êle resolveu ir, a despeito de todos os esforços do amigo. ~uanto a mim, não deixei que fosse sd:não conhecendo niriguém, ter-se-ia aborrecido. Ped! 1 então, oito dias de licença h firma, o que era um grande sacrifício, pois com meu salário devo sustentar minha mãe que não pode trabalhar e minha irmã que tem uma criança e está desempregada• Partí para Lourdes como padioleiro e a partir dêsse momento, não deixei -o mais. Fui, por assim dizer, seu anjo da guarda, satisfazendo seus menores des~ los, pre stando-lhe todos os serviços de que precisava, e nos momentos de descanço íamos pa ssear pel a cidade a conversar: falava-lhe de Deus e da pena que lhe oaus~ va o pecado, e de tanto f alar, abriu-me, afinal, seu coração, e a graça de Deus me tendo ilumina do, desvendei faltas que não ouvava me confessar, assim, por exemplo, não fora ver um padr e como eu pensava;a vergonha de confessar suas faltas o retinha. Par a que Deus tocasse seu coração, era preciso me sacrificar: de noite, cansado depois de ter transportado os doentes, para bem descançar e para mover o co• ra.QãO de Dous, durante oi to dias dei tei-me numa o ama da pedra, no monumento aos mortos de 1914-18. Fomos embora de Lourdes sem nenhum resultado quanto à sua convereão.Não perdem, contUdo, a confiança. Pús-me a orar com fé, e, quando meu amigo voltou para casa, ia visita-lo depois do jantar, lá ficando até meia noite e mesmo uma hora. tle escarrava muito e eu lhe alcançava a escarradeira sempre que era preciso; Ole também tinha dificuldade em engulir e não podia comer de tudo, Peguei o dinheiro que tinha para ir ao cinema, afim de comprar algo que lhe agradasse, e durante dois meses, ia visita-lo ~ hora do almoço e h noite e t~ dos os domingos, das 7 horas até ~noite. Ficava junto dele e procurava consol~ lo da melhor forma possível. Vendo que eu o amava realmente, e que fazia todo o possível para lhe agradar, êle começou a ter amizade por mim e pediu-me perdão P~ la indiferença que até então me manifestara. Perdoei~lhe de todo coração, nuncaA li~s, guardara-lhe rancor, pois era para Cristo. Ao fim do terceiro m~s, vondo que ~le piornva, resolv! arriscar tudo e propús-lhe de se reconciliar com Deus, Sentindo que o fim estava pr6ximo, aceitou, mas primeiro quis pedir a permissão de sua mãe, que ficou muito alegre com essa mudança repentina. Sem perder t empo, fui buscar um padre e ajudei a administrar os sacramentos, Depois de estar em paz com Deus, êle agradeceu a felicidade que lhe pro-curara; não a devia, contudo, a mim, mas sim a Deus, que quisera servir-se de mim
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como instrumento para salvar essa alma, pois sem Ele, nunca teria sentido êsse amor e sem Sua graça não me teria sacriüc ado,. Foi entã o que s eu. ::!mi go, vendo sua f el:i.oidade, c;.u.iB conhec~-la t wnb~m; foi confess ~r-s o com sinc eridade e a5ora os do is amigos e s t ão salvos pelo amor de Deus. Meu amigo viveu ainda um môs, louvando a Deus, e qunndo o Senhor o chamou, subiu a r ece-ber sua r ecor:;.pens a , pois os ül t imos momentos de sua viua viveu-os como um santo; e isso vem provar que , quai squer que sejam as dificul1ades ou os obstáculos, nada nos pode det e rtquando procuramos trazer uma alma de volta a Cristo." I i
"R E T I R O S E
R E C O L H I M E N T O S"
Lembramos aos casais das nossas equipes, que s6
temos,~ste
ano, mais un
Dia de Roconh!m cr.to e um RetiE~ de dois dias completos. O primeiro a 2 de Setcm~ bro e o segundo de 5 a 7 de 011-';ubro.
Já se achendo quase compl etas as _inscrições para o retiro, os casais que ainda não -se in screveram, de·v erão
faz~-lo
com
urg~:ncia,
preenchendo as fichas
de inscrição com os r espectivos Responsáveiso Aqueles que t por motivo de forç ?.. me.io r
1
não pude rem cnP1pq:::'occr ao Reti-
ro, deverão t amb6m, des de j á , in scl'eve l'...se para o necol't.imen to, nã o de i xt-:.ndo par~ a última hora, ~ste pormenor, de capital i wpor ULnci a pa:::'a mesmo.
Já se acham reservadas as datas para os Retiros a se realizarem no ano pr6ximo. São elas: 1~
retiro: 17/19 de Maio de 1957
2~
retiro: 4/6 de Outubro de 957
a boa organi zação do
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A ORAÇÃO NA REUNIÃO DA EQUIPE No dltimo dia de Estudos dos Responsáveis, um dos pontos mais particular mente abo~dados, foi a oração na reunião da e~uipe. E isto, ' devido ~dificuldade que geralmente se apresenta, principalmente nas equipes novas, no desenvolvimento desta parte da reunião.
A oração na equipe é, sem dúvida nenhumat a parte mais importante da re~ n1Ao. De fato, Já que a equipe é uma escola de vida cria~ã, deve nos ajudar ao enoontro oom Cristo. Pela oração, pela meditação ~ que realizamos êste encontro de forma teda particular. Q.uanto maia profunda for a oração da equipe, tanto mais !ntimo será êste encontro, e, com mais verdade e evidência se realizará a palavra de Cristo: "quando dois ou três estiverem unidos em meu nome, eu estarei no meio de-les".
A oração da equipe, quando bem feita, eleva o ambiente para o plano so-brenatural. E é nesse ambiente,que se desenrolará o restante · dos trabalhos, particularmente o estudo, isto é, o conhecimento das exigências de Deus a nosso res pe ito. Cabe ao
c.
Responsável e ao
c.
Animador, a preparação cuidadosá da or a--
QAo, com o Assistente. Desta preparação depende,em grande parte , que a ora•;âu se ja
o ponto alto da reunião•
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A oração na reunião da equipe foi 1 também tum dos pont os abo r d ado s ~por oc~ silo dos Dias de Estudo dos Respons áveis,realizado em fin s d o 19 55, e:n Pari~, O d.~ senvolvimento do tema, baseou-se num inquérito ao qual responder am cerca de 50 equipes. Foi possível, . assim, chegar-se a uma orientação mais precisa, já que tBdas estas equipes tinham longos anos de vida, e portanto,uma experi~ncia apreciável, que permitiu tirarem-se conclusões precisas, para ajudar as equipes a melhor viverem a oração, a melhor ouvirem a Palavra de Deus, em ~ião com a grande oração da Igre~a.
Uma observação feita naquela ocasião, foi que, a nossa oração da equipe• se assemelha grandemente ao q~e se fazia nas primeiras assembléias cristãs de que temoe conhecimento pelos Atos doa Ap6stolos e algumas Esp!stolas. 1. O Contéudo da oração na reunião da Eouipe. Sem pretender, de início, estabelecer uma norma rígida para o emprêgo do tempo, parece que a experiência comum marca, para a oração, cinco momentos bem di~ tintos, que procuramos classificar na s egunda parte. a) A Palavra de Deus. N6s nos reunimos em equipe para render c1L1to a Deus e para conYersa rmos oom !).e.t inteiramente normal, que não t enhamos a pret ensão de conduzirmos, nós me.[ mos, a conversação, mas que, (\eee~ 13oe de nos coloc armos na sua presença, fi qufli!IQS atentos b. voz de Deus, e ~EJ,!J6~GOO~ de rec eber a .s ua P a1ª-vr~ ; da:f, mui t o n8.tm·gJtaen. te, a leitura em comum da wn tL·echo da Bíblia, masi particul armente do n o vo Tnsta-
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mento·, Neste momento, Deus nos fala; ~ a sua mensagem que escutamos e sabemos que, par a s er proveitosa , a l e itura deve ser lenta, como uma meditação; o ideal é que , cada um dos casais , t enha m8d i tado,com an teceü~nc i a , o t esto escolhido, no de corr·e r dos dtas qu0 prec'3dom a 1·etmit~\l e qu.c, ouv'..ndo···O de no vo 1 apen as tenham que escutar, pera n: ..~m do t e:x.c o 1 a.c_t~t:i J () que IJsus v a. t djr-.er a ca.da ·um de nós. Nos s as conversações huma.nas Gão 1 tatahem eias , mais fecundas, quando f oram prepara-das e quand o r efl et i mos de ant emão, sôbre o tema a ser abo r dado , Quere r que a ora ção contenha um momento dedicado ~ leitura dos livros sagrados , é pedir ao Cri s to que Ele mesmo venha diri gir no ssa meditação. As co~ sas import ant es, é Ele mesmo que as terá di to; ao l ado delas, have rá, sob formas divers as, a noss a r e spo st a .
A maior parte das equipes dá, um lugar de destaque, ~l e itura do Evangelho ou da Bíblia; há entretanto algumas que, até aqu!, nunca recorreram a tal leitura. b) -A oração
lit~rgica,
Desde a adopQão dos Estatutos, foi recomendado que, em cada oração na equipe, fossem utilizados textos da liturgia: o Padre Nosso, o Credo, o ·Gl6ria,a Ave-Maria, hinos, salmos, meditações ••• ; a Carta Mens al apresenta todos os meses, textos desta ord em, mas cada casal encarregao o de diri gir a oraç ão' · pode propor outros textos infinit amen·ce va riáveis, adaptados, que s ejam ao t empo. li-t~rg ico, ao fr agmento do Evangelho que f oi lido, a acont ecimen t os internos da equip o, que podem c0 1 oca-la na disposição de s~plica ou reconh ecimento-:·, do pCll'it :encin ·ou hlcgrW.-- ,
O que é es senci a l é que, a nossa oração,tenha ligação pela liturgia, com a da Igre ja, por vári as r azões: em pri ~e iro lugar par a s i t ua r a nos sa as s embléia n a comunidade universal da I greja de todos os t empos ; para que não seja uma capelinha, mas s i m uma célula de um grande corpo , e pa.ra. vi ve1'11!os · fjia mdss ono com os out ros cristãos de tô das as A épo cas e de t 0Jos os continentes ; ~ - é t ambém uma i"':t:ra;y~ia de or todoxi a; não é as s im t ã o f ácil faz er uma boa or~ ção e é dar provas de pr ud ênci a ou de humildade, f aze r u s o da s oraçõe s ofici ais da I g r ej a . "A oração lit~rgica, com a sua form a pe rf eita e s eu fun damento. incontestá-vel, é aquele que permite melhor o movimento, de nos s a alma par a Deus , sem distr~ ção, principalmente quando o texto já é conhecido e já foi assimtlado". - escreve a êste respeito, um casal Responsável. A maior parte das equipes interrogadas,faz uso da oração lit~rgioa, mas na realidade, parece que se trata màis de uma submissão, mais por obediência e hj bito do que por necessidade. A impre ssão que se tem, t alvez erradamente, é que e~ ta parte da oração é "cumprida" sem mais nada e há sem d~vida um esforço a reali-. zar, para que ela adquira um valor mais autêntico.
o) - A oração pe ssoal
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.. Ser' preciso lembra~ que os Estatutos recomendam que,ponhamos em co~ as nossas intenções, e que invoquemos as que são atuais para tOda a grande família católica? Mas os Estatutos não se referem ainda~ oração pessoal, f eita em voz alta, pelo menos pel o cas al animador e depois, suce s Givament e , pel os membros da equipe; entret anto ~s t e método de oração desta ca-s8 cada vez mai s n1tina~en t~ da coleta das int ew1ões , no sentido de se tornar uma oraç ão de adorax;ãot de ae:r , ~(].e ... cimento, ou de contri 9ão. Do inquéri t o feito , depreende-s"l s em con ~; >; ota.çáo, que taia elevações pe ssoai s tomam, na oraç ão da eq_u.i pe, um lugar croscen·~ü e , poun o a pouco, constitue um dos momentos aos quais as equ :l.pe s dedicam maj.or atenç.ao o A maioria das equipes declara que, esta forma de oração, é particularmente apr e ci~ da; é também a propó s ito dela, que são feitas mais referências, assinalando as suas etapas e as suas dificuldades. Suas etapas: Quando uma equipe nasce, ~ raro que,um só de seus membros já tenha, alguma vez,falado com Deus, em vez alta, mesmo diante de seu cônju• ge ou de seus filhos; é o casal encarregado da formação da equipe, o casal anim~ dor que,irá ser o primeiro a se exprimir,em voz alta, com fórmulas pr~viamente preparadas e quase. sempre escritas; os primeiros ecos que irá receber dos outros membros, limitar-se-ão ~breve exposição de inten9~es. S~mente pouco a pouco ~ que tOda a equipe passará da oração de petiçãotà de louvores; pouco a pouco tam.... b~m,é que se passará das orações escritas para as orações preparadas de antemão, mas não escritas e nascendo do coração, e, cada vez maior será o n~ero de equip.i stas, que irá exprimir em voz alta ••• ae equipes ficam escalonadas neste cam.!, nho em função de sua idade, parecendo que, a maior parte deseja at;n;ir o ponto em que a oração é ~e ditada com antecedência por cada casal que a exprime com expontaneidade no deco r rer da reunião ••• Note-se entretanto, que não é raro veremse equipes que, desde o início, adoptam êste dltimo estágio, o que é louvável. Suas difi cul dades : As dificuldades da ora ção pessoal estão na ment e de cada um: o raspe i t;o h1."Uil8l'J.O 1 o car~tt c r art i ficial de orÇ~.Qões por uemais preparadas de antemão e que, porisso mesmo, per dem a expontaneidade . Deve-se levar em conta o per i go da rot ina ou da i mpr ovisação, ou, para as equipes recentes, o medo, a difi culclade em se exprimi rA oração pe ssoal, pelo f ato que traduz os impulsos ou sent i mentos particulares de cada qual, de sperta s Bmpre cert a cur:!.osi uR.de d.e ordem p :::i c:üó,:: ·i oa , que pode desviar do objetivo da oração; mas, quando é cent r al izada sôb:r:-e 1un obj~ tlvo seguro, como seja, um texto da escritura, sob a form a de meditação ou mesmo de sdplica, escapa parcialmente a ~ate inconveniente.
Em resumo, no conjunto das equipes, o lugar ocupado pela oração pessoal aumenta nitidamente; ~ objeto de grande atenção e de um real esforço; o ele--
mento de progresso é procurado por todos e encontra a sua concretização numa sugestão já experimentada por várias equipes e que é a seguinte:
Em primeiro lugar, a escolha prévia de um tema para esta oração. Um o~ sal respons ável esc reve mais ou menos: "0 texto do Evangelho 1 que vai servir de base -para que ouçamos a pal avra de Deus1 terá sido esco..~.hido e comunicado com anteced~nci a ,a cada mn dos casai s e e s te s envida~ão esforços para meditá-lo; algUmas vezes, WJ.t es da reun ifio. I~ o decurrer da or ação, cada qual poderá assim, exprimir em voz alta, alguma oousa do fruto de suas pr6pri as medi t ·aç ões. Uns ajud~
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rão e.os outros, porquanto farão, talvez; aparecer. ou.. exprimirão por outro modo, a~ bre forma de oração, o impulso que a êle inspirou o t exto comum. Além disto, cada um terá mais f ac ilidade em se exprimir, pois que já terá meditado o trecho propos to. J3em entendido, ningu6m será obrigado a tomar a palavra. Assim, a oração pes-: aoal nunca s erá pobre, mesmo quando, o casal dela encarregado , se achar menos em fo~ ma. Parece que,a sugestão acima, merece tôda a atenção: tornará mais fácil, mais profun da , mais comunitária e m&is segura a oração pessoal. Será preciso acrescentar que, quando assim o .desejarem, os casais poderão faze1" 1 pc• r sen tirem nec es~:; id ade -um& oração de agradec:i.mento ou de contrição? O que a.<_tu .r suge rimos é um guia e nada mais .
Os E8t atutos já nos pedem a inclusão de momento de silêncio na oração. Mas, muito anted e já nos tempos primitivos da Igreja, a s assembléias dos primeiro s crist ãos daYam 11.11 luge.r ele dest aque ao silêncio ó Mui tas equipes parecem conformar-se com esta recomendação, mas pouc os dão,ao sil~ncio:um lugar importante. No entanto, é apenas a se~111da vez, na nossa conversação com Deus , que n6s lhe dei xamos a palayra. Aqueles que acentuam o papel d~ste siltncio , fazem 11.2, tar que,s eria preciso situar muit o bem o seu lugar e dizem q_ue,o siltncio deve, também, ser preparado pelo casal que tem a s.e u cargo, a preparação da oraçã.o 1 deve marc ar O seu inicio, SU::I. duração e seu términO • M:a s pa rco e ~10UC O :indicado recomen dar a cada um o uso determinado dêste momento: é, na re a lidade , o momento em que a equipe deve deixar a Deus a oportunidade de se manifes t ar , o. momento em que podemos procurar guardar, gravar a p a~av ra de Deus no coração e conc ebe r as resoluções inspiradas por todo o r estante da oração. ~preciso pois , respeitar, como na Secreta da Missa, o caráter individual dêste col6quio com Deus. Parece que, não se pode consagrar menos de 5 minutos para esta escuta do Senhor. e) - A col e+.a das intennõea. A i nquietação dos homens e a evocação das intenções atuais da grande mília catóHo at
f~
Tôda oração ~ comuni tá.ria, e tôda ela é da Igreja. Mas, se em outras oc~ eiõ es é mais particularmente o culto de Deus, aquí é o moment o de se exprimirem os doi s úl·t:.üws fins de -td da comunidade cristã: a preocupação pelos outros e o d~ sejo de irradiação do reino de Cristo. Se •Jada çu'J.l enuncia em voz alta as suas intenções, é para permitir que, os outrosra el as B I'J associ em; S '3 as int en ções de tôda a I greja são l embradas ,é P-.!! ra que n2.o f i quemot> isolados, mas sim, partilhando coq~ o mundo todo, as preocupações que inspira à Hierarquia. LEJmbramoo aue es t a pFkrte da oração, foi se tornando, progressivamente ,diferente do que chama~os oração pessoal ; se a maioria das equipes enuncia ainda as suas intenções por ocasião " da oração pessoal, a tendênc i a, no entanto, é para S,! parar-se dela. 1
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Paaeaaoe a.eim, em revista, o que, no parecer de todos, deve conetar da
o-..oatolo
ele cada. oraçAo r o momento da palavra de Deus, o da. oração da IgreJa, a oraqlo pessoal, o silêncio em Deus, a coleta das intenções.
~ preciso,agor~,encarar a escolha de um plano para a oração e o papel
ele cada. um,na sua co~posiç~o.
A8ora, que sabemos de que partes é composta a oração na equipe, a Jscolha de um plano poderá parecer secundária; seria mesmo para desejar que variaase:por vezes, para evitar a monotonia, mas ~ preciso dar ao casal animador, a quem cabe a direçlo da oração, um esquema que o possa guiar na composição desta. O que a experiê~ cia das equipes nos ensina, permite sugerir o plano seguintes
1) • A oração tem 1nício 1 por um momento, de recolhimGnto para afastar as distra-96es e permitir que nos coloquemos na presença de Deus. Como melhor nos dispore--
aoe a ovi-lo senão ouvindo a sua palavraf Coloquemos!portanto,aqu!,a leitura do Evangelho.~ o trecho ~1unciado à equipe, com antecodência,e que cada qual já leu em particular.• O casal animador, que dirige a oração·, irá proceder h sua leitura. Deus está presente por meio de sua palavra e esta é unificadora; cria incontinenti o espírito de Eclesia. Em seguida, durante breves minutos, o assistente irá guiar a nossa retlexlo s~bre a palavra de Deua, pondo em destaque o aspecto essencial daquilo que foi lido•
2) • Como se fosse um eco, vem em seguida a oração pessoal; o casal animador dá! u!cioa o seu tema central e o nosso serão a página do Evangelho,já meditada, lida ainda há pouco e comentada pelo assistente; depois dsle, cada membro da equipe p~ derá tomar agora a palavra e acrescentar, se quizer, a elevação, a oração de agr~ deoimento, de oferenda, de penitência,que o texto lhe tiver inspirados Certamente, poderá exprimir, se assim achar que deve fazer, tãl outro, psnsaman~religioso, mas sem confundir êste com a coleta das intenções que virá dentro em pouco.
3) • ~quando aqueles que o desejam, tiverem faladof ~bom colocar,aqu!,o momento de sil~ncio, para ~ue a conversação com Deus continue; ouvimos a Sua palavra, Já lh•· respondemos; peçamos-Lhe, agora, com humildade, que torne a nos falar, a cada um, no segrêdo do coração, para permitir que,se entrelacem e amadureçam,suavemente, os frutos pessoais do colóquio. 4) • ~uando uma boa medida de sil~ncio tiver sido observada, pode então vir a coleta das intenções, mais rápida, muito simples, sem frases~ na qual se entrelaçam a inquietação dos outros e a preocupação das necessidades da Igreja, no que o Assistente participa ainda. 5) -Vem aquf, finalmente, a oração Carta Mensal.
lit~rgica, oração da Igreja, sugerida pela
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:Pa M a r?:t~ id n.mente • .Ma s o assist ent e de verá a inda f alar, para fazer & s ~:wtM! e th ·~, !,;0 r:' r.~•-'o fo'L ouv:i.dc e ofe:::-uclt, ·,}.n. a Deur:: , ao m:::ono temp o qõ.le pode rá
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do na sua sl<:: -; !:J,r} ;j.•) 1
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p_ ro:::ni a o 'b(\rla 1 C(l o C8.t>al a.rümador qu.h~fJr, 1;e:.~á sido uma o ração ; ant es e depois da I'S:.:'Giçdo i 1;.1 c;.3 o t.srq•o f o:cte dn. :r•~'.l?t:'.i=..o ·ter ti :"!i 0.o r-.J.'l'.:..elH qUt1 tem o seu
fi m &m si mtJ~;;·,o~ F>.i_;_' ~::l..:. :t:or p aram e encer:::·a::J ,.
P od~r-se - 6.
r::o ·t~ vrJ 110 q_1v'.''
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n :5;; vi. emos , que cs oui,1·os mor..en-Go s
pr~
o es._zuema acima difere um tanto, daqu e l e que tem
sido proposto,2.té a-J."1 1 nn.s noss&.s eq·,~:;.pr;s . Lclr.L!'Z:l.lllOI::l q_ue ae tn:.t a npane.s rle uma sugestão. A l ~tí.a , sugere ·cami.JGn.l altel !::.<J ÕElS a se rem feitas no de zemrolvimento dado,
até agora t n a o ração da eq_'..l:l..pe e fug:l.r , assim 9 da rotina.
.
.ll. i
• ORACl5ES para o mês de JULHO
Lembrai-vos, ~ Virgem Mãe, de dizer da presença de Deus uma pa.l.avra bo a em no::: so f avor, pn.ra que Ele afaste de n6s a sua ira. Raidr.8. (lj t;n i 14sima do mundo, Maria sempr1:1 Virgem, ped! pàra n6s a p:~z e a s nlvaç&to, v6s que gerastes o Cristo Senhor, Salvador de todos. (Ofert6rio e Communio da Festa de Nossa Se• nhora do Carmo.> - 16 de Julho)
"Rogo-voa, pois, irmãos, pela. miserio6rdia de Deus 1 que ofereçais os vossos corpos como uma hóstia viva, santa., agradáv~~ a. D'e us, e culto racional que lhe deveis. E não vos conformeis com ~ate s~culo, mas reformai-vos com o renovamento do vosso espírito, para que rec~ nheçais qual é a vontade de Deus, boa, agradável e perfeita. (Ep. s.Paulo aos Romanos, XII,l-2)
\.....:1-----para o mês de AGOSTO l. Oração
ORAÇãO SIMPLES S.Francisco de Assis ~
Sonhor, faze de mim um instrumento da tua Paz: Onde há órHo , l eve eu o Amor; O ~l!:le h f. r· j' .,:180. , l eve eu o Perdão; Or- lo h é. ,~L c :írrJin. , l eve eu a União; Onrie há d :.vi da , leve eu a Fé; On do há o erro , l eve eu a Verdade; __ (1 o dese sp ero, l eve eu a Esperança.; Onde h' Onde há a tri ste za , leve eu a Alegria.; Onde há a t reva , l eve eu a Luz.
O Mestre, faze com que eu busque menos, Ser consolado, do que consolar; Ser compreendido, do que compreender; Ser amado, do que amar, Pois que:
t- 12-
. t . ~ando que se recebe; ·EsrJUf' CA1 1d.Oy que se encontra; P cll·u·J ;.lll'h1 , y_ ue se é perdo:'l.d.o ; Morrendo, que se res susc.tt a na Vida Eterna. •••
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2. Meditacão Treoho da. 11 Espístola. de S.Pedro Ca.p. 4, 7-11. Caríssimos: o fim de tOdas as cousa.s está pr.óximo. Portanto, sêde prudentes e vigia.e ·em orações. Mas sobretudo, tende entre vós _uma constante caridade recíproca, porque a caridade cobre uma multidão de pecados. Exercei a. hospit~ !idade ~s com os outros, s em murmuração, Cada um conforme o dom que recebeu,poa do-o a s~rviço dos outro s 1 como bons dispensadores da multiforme graça de Deus. Se algUem f al a , s e jéb com pal avras de Deus. Se alguem exerce ministério, sej a como por umà. vi rtude q11e Deu'3 lhe dfi , para que em Hldas as cousas seja Deus glorific ado p.) r Je <J 1Sn Cr h ;t;:-; 1 }f.:.s s o Senhor, a quem per tence a glória e o império pelos s,;,,:rü.] (;S ó.•:•b ~éc ·c!..l.o<: , Ar:lAm~ o
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