'. C A R TA (
I
MENSAL
Secretariado Rua Paraguaçú, 258 •
das
EQ,UIPES
DE
Tel. 62-4943 - S.Paulo
NOSSA
S.Paulo, Novembro de 1956
ANO IV - n!! 8
MIMETISMO Toda ~riança normal dese~a, tende para a idade adulta, procura chegar de~r0s sa ao dia em que será finalmente um homem. Suas filhas, ao brincarem de bonec a , imitando a mãe, seus filhos, ao brincarem de bandido, i mitando •• ; os herois de fitas de cinemat ob edecem inconcientemente à lei do mimetismo, ao instinto de imitaç ão que ~ o grande fator de seu crescimento. E'portanto capital procurar saber qual a imagem do homem adulto oferecida à criança. Temo que em muitos lares, a idade adulta pareça às crianças ser a idade sonhada em que se pode tudo dis•utir, tudo cr i. ticar, tudo julgar, em que finalmente se é dono do seu nariz. E não serão as conversas à mesa familiar que poderão dissuadi-las disso: gestos,feitos dos avós e amigos, grandes temas da política financeira e internacional, decis&es das autoridades civis, cartas dos bispos ou do Papa, tudo é passado pelo crivo do julgamento dos adultos, julgamento tão infalível quanto impiedoso. Se em sua casa fOr assim, como é possível que seus filhos, na medida em que aspiram a ser adultos - e tanto mais quanto mais p~6ximos se encontram desse estado, não considerem intol~ravel ter de seguir as diretrizes de seus ·pais ou da Igreja, de se submeter a ordens e a proibições? Formam-se assim, mesmo no seio de famílias cristãs os insubmissos que aos vinte anos, declaram não mais acreditar em nada; casam-se com divorciados ou se inscrevem no Partido. Dirão:- por que não imitam nossa vida cristã? E',de novo,porque o que lhes parece característico da idade adulta n ão é a vida cristã mas sim a independência. Se, pelo contrário 1 os f.ilhos v~em os pais submeterem seu julgwncnt o e sua vida a seus superiores acolherem com benevol ência c.J,f.17mi:<:::.çí3es e conselho::J~ se ouvém os pais falarem com deferência de seus chefe s rel i.gioeus e oi vis, l.le a ati tu.de d.-Js palFJ ~L 3. oração é de adoração, e sobretudo se todas as reaç ões d:Ui.r·üts d.oR p<1.is rt=>vela;-,1 r.' uo é:l. -,ontade de Deus é o motor de suas vidas então, não oe achH.râ.(J obrigados a pratic;ar a r ·. vvl 't; d. para se assemelharem aos adultos. Pais, olhai o Cristo. Constatareis que para fazer de ::ms discípulos fi1hof.' submissos ao Pai, tomou um cuidado especial em manifestar-lhes sua própria dependUilcla em relação a seu Pai. Não parl'lce Ele rece9.r, antes de mais nada que se pos sa pens2.r que f'U8.S iniciativas venham dele, que ensina em seu proprio nome, que faz alguma coisa pox si mesmo e como lhe apraz! "Não, não vim por mim mesmo, foi o Pai quem me in vi ou" 11 0 Filho não pode fazer nada por si mesmo, mas sbmente o que vê fazer ao Pai. O que este faz, o Filho faz tambE!Jnll "Meu alimento é fazer a vontade daquele que me tnviou e realizar sua obra"• "Não falei por mim mesmo:- aquele que me enviou, o Pai, me prescreveu o que eu deveria dizer e anunciar." "Vivo pelo Pai". Tal é. a imagem do adulto que ele nos dá, ele, o Adulto por exel~noia.
o o •
R. O.
A ESPlRITUêLIDADE DO AMOR ti .
ESPIRITUALIZAÇÃO ll VIDA PELO AMOR
Foi este o tema das reflexões do nosso
~timo
recolhimen
to. Podia.mos mais simplesmente falar de· 11 Caridade 11 • Mas teriam talvez pensado no assunto batido das esmolas aos pobres, ou ainda numa forma de caridade que chamaríamos de "negativa", poi s consistiria apenas no que não se deve fazer para. com o proximo. Infelizmente esta palavra, "oa.ridade" tornou-se gasta para nós, vazi a do seu sentido positivo. A •caridade" 6 o amor que Deus nos tem.
Pois
bem, a "caridade"
~
o nome pr6prio do amor de Deus
na :Bíblia.. E todo amor cristão, imitação do amor de Deus , ~ c nr id ~t"l e , (de modo espeoial o amor matri monial). Aliás, a própria idéia de caridade não part e da sua realizaQãO humana. Ela vem de Deus. E' uma iniciat i va divi na. Po demos dl_ zer mesmo que a caridade é a pr6prio estrutura de Deus. dade, afirma
~ão
João, •• ,e nisso consiste o seu amor:-
11
Deus é carinão somos nós
que inventamos o amor para. com Deus, mas sim, Ele é que nos amou prip~
meiro e enviou o seu Filho como vitima de propiciação p elos nossos oa.dos". Toda a história da :S!blia nos cont a o desenrolar de sta
inici~
tive. divina, totalmente gratuita, realizada.· no seu auge em um n~cleo histórico de uns 30 anos:-
a vida entre nós do próprio Filho de Deus
sobretudo, a sua. Paixão, Morte e RessurrtiÇAo.
Objeto prime.!. ro da. Revelaoi~ de , Deus.
E# este o objeto essencial da nossa fé, a grande revelaQ~O que contemplaram os nossos Apóstolos. São João, quando retligia,
já velho, a sua primeira carta, deixava trans parecer a ext r aordinária experiência da sua mocidade:-
"Aquilo que n6s ouvimos, que n6 s vi mos
oom os nossos pr6prios olhos, aquilo que n6s cont empl amos , que as aaa mãos tocaram do Verbo da vida •••
no~
n6s vô-lo anunci amos . R e c o nhec~
moa a oaridadê que Deus nos tem e cremos nel a . Deu s ~ cari d~'.de ". Id ê.!! tica. á a experi~nci a de São Paulo, embora posterion ~ pass ag em de Cri a to entre nós.
"A minha vida é vida de fé no Filho de Deus o qual me
amou e se entregou por mim". Depois do primeiro ~tenten c ostes, o Espi!i.-
••
,
. to de Deus
~
que testemunha em
n~s
este amor realizado pela caridade
de Cristo. De forma qus a hist6ria do Senhor Jesus Cristo e a presença viva do seu Espírito em n6s, são as provas de que não somos
engan~
dos.
Amor realizador em forma. da misericórdia..
O que nos impressiona primeiro neste gesto divino é que n~o
se trata apenas de um amor-sentimento, mas sim de um amor realis-
ta e realizador. Ele é que nos cria e re-cria de maneira. mais admiravel ainda. Nos tira do nada, e depois do pecado, nos tira da miséria maia profunda que é a recusa do amor divino. Em termos muito realistas, pelos profetas do Antigo Testamento, Deus manifesta
es~a
quase
loucura do seu amor (ler o profeta Ezequi el c ap. 16; Oséi as cap.
1~3)
•
.A. caridade divina ~ miseric6rdia (vocábulo composto de dois elementos
-miséria e coração - ) isto é:- abertura à miséria para colocá-.la, senti-la e vivê-la no seu coração divino; além da comp aixão, tcm2..r desta miséria para erguê-l a outra vez, perdoa.nd:> e resti t n :i ·.-;.!lo - l br a comunhão perdida da felj cidade divinF>.• Cristo nos deu a imá{Scm md..is perfeita deste amor na parábola do filho pródigo. N'ossa atitude: ràceber este a.môr divino integralmente
Diante desta invenção
divin~
do amor, qual deve ser a a-
titude bumana? Certament e em primeiro lugar acreditar nela, tal como Deus nô-la prop õe, · sem medí-la na bitola do nosso pobre amor humano . Talvez seja a incompreensão farisáioa deste amor o que mais indignou a. Cristo:" em nome da lei, impOr a Deus limites na manifestação da sua caridade; nem sequer realizar uma cura em dia de sábado.
Aaredi ta:r em todas as suas dimensões
Esta
f~
no amor divino comporta a
co~iência
de sua gra•
tuidad.e e a confi~ça total. na sua real.ização. O filho pr6digo não P.2. de guardar algum receio recaloado de que o pai não lhe tenha perdoado tudo. Ter uma dÚvida, não seria ofend~-lo mais profundamente? A ~ nica atitude é aceitar este amor, respondendo-lhe por um amor
matiza~
do pela gratidão, pela conciência da nossa indignidade; mas também por uma vontade tot·al de participar o mais possível da intimidade re.!! tituida.
11
A caridade de Cristo nos impele", diz São Paulo.
- 4 Nosso amor só pode ser uma resposta.,
Logo o ~ma Euoaristi~, . ç~o,
não seria wna. alienação'?
Mas
to~a
nos~o
•
amor para com Deus será sempre uma resposta,
(este vocáb.u lo quer dizer:- ação de graças) uma adora-
um serviço. Mas será que a aceitação desta caridade divina não se uma alienação da nossa liberdade? Jean Paul Sartre considera a
doação como uma o.tensa à. dignidade humana :- "dar . é escravi sar 11 • De coDid~ncia
tato a nossa
mais ou menos
moderna á muito sensível a estas escravizações
co~entes.
O processo do paternalismo, do colonialismo,
do protecionismo norte-amerieano está muito na moda. A recusa destas . generosidades int.eresaadas nos parece legítima. Será que não deveriamos recusar o protecionismo divino? A liberdade
faz o homem!
~base des~a
objeção muito atual encontramos uma concep-
ção da pessoa humana:- a estrutura mais profunda do nosso ser seria 1una liberdade ao estado puro. Nesta perspectiva, o homem perfeito é
aquele que se realiza a si próprio por qualquer gesto espontâneo, inclusive matando o outro, se isso entra na linha do desab r ochamento
p e~
eoal. A lógica de Jean Paul Sartre não tem medo destas cons equênci as.
A vida social não . pode ser outra coisa senão um conflito constante de liberdadee .soltae. O simples olhar do outro para mim já é o come ço de uma alienação:- "o inferno são os outros". Kas para no• ·
tJl!aj armo e no nosso desa.br,2.
chamento pelo amor.,
Mas não podemos aceitar esta concepção da liberdade huma-
na oomo explicação final do homem. Não somos livres para sermos livres, mas sim para amarmos. o amor é que nos faz transpor os nossos limites
•
e nos engrandece. E' um dom mútuo que enriquece tanto aquele que reoe-
be como aquele que dát enquanto os leva A comunhão de um bem maior do que os dois separados. o dom de si ao outro não tem por fim escravizalo, senão promovê-lo, torná-lo maior pelo que lhe damos, nem que seJa este dom o da nossa pobreza Para nos enga-
jarmos na cari da.de pela qual Deus nos cria e re-oria.
~
procura da Verdade.
Se isso vale para aceitarmos o amor humano, quanto mais vale para aceitarmos o amor de Deus, Ele não precisa para si próprio, da glória que lhe dará nossa aceitação; pois Deus "é", numa plenituI
de de ser à qual nada podemos acrescentar. A glória de Deus redunda em beneficio de nós mesmos. Aceitar o seu amor é entrRr na atuação da
,.
•
•
.nos.a oriaçlo e re-orie.çlo. Para chegarmos a uma amizade com Deus.
Então a melhor forma da nossa resposta ao amor divino con siete
em comungar ativamente com este amor pelo entrosamento da nossa
vontade na vontade de Deus a fim de chegarmos a ter com Ele
11
um s6
qu~
rer, e um só não querer"; o que segundo Santo Agostinho é o máximo da amizade. Perapect1 v a nlo-casu! sti- . oa da moral
oristã.
Na prática, como realizar esta caridade para com Deus? Aqui
eat~
a dificuldade. Gostamos em geral de tirarmos umas resoluoões
concretas, uma receita que poderíamos aplicar em determinados casos, Kas aqui não se trata disso; a coisa
~
msis profunda. E'uma mudanQa
total de clima. Estamos acostumados a uma moral de casos: at~ aqui, po~ . so fazer o que quero sem pecado. Medimos os direitos de Deus; o resto & no·a so. Na nossa perspectiva, tudo . ' de Deus e o nosso amor para co- .
nosco ainda faz parte do nosso amor para com Deus, pois
&uma
comunhão·
4o -e.mor que Ele nos tem Com base nesse amor total, está a passagem de um modo humano de enxergar as coisas ao modo de Deus para amar tudo no amor d 1 Ele.
E isto não se realiza de um dia para outro. da
cristã. A realização perfeita deste
~,
o próprio ideal da vi- .
programa~
a santi dade. Não es-
tamos ainda na hora de chegar neste ponto, mas estamos engajados no caminho e
~
necessario saber para onde estamos caminhando.
-~tte«mente~
O que temos que fazer primeiro é lutar contra os impecítarl.fiear o qtl.e · lhos a esta mudança de perspect1va. . O nosso amor proprio vem sempre 1mp <'~1e a pene... traç ~o do manchando a transparência do nosso olhar. Nosso apego aos bens materiais $mor de Deus. nossa procura de conforto, a projeção do nosso eu, deformam sempre a
objetividade. Devemos, aos poucos, purificar muitas coisas que consideramos como direitos nossos.
I
Participar do amor que Deus tem para coJn os nossos 1 mãos.
Antes de tudo a pedra de toque do nosso amor para com Deus vai ser o nosso amor pelos nossos irmãos. Pois a caridade & uma e6. Amando a Deus. não podemos deixar de amar tudo o que Deus ama, n6e mesmos e todos os outros. E' tão importante este amor dos outros, que
~ - 6-
São João noa afirma. neer impossível amar a Deus que não· vemos, enquanto não amamos os nossos irmãos que vemos''•
Somos , como dizia. Charles
Fouoaud, "irmãos universais".
E o nosso amor para. os outros não vai se contentar de aAmor que atinge ao mais pessoal tingir neles sbmente . uma imagem de Cristo, .uma. das infinitas facetas de cada. um deles do seu semblante. Devemos atingir o irmão que Deus ama, na sua própria. personalidade, pelo qual Cristo morreu. Nos s a carid ade não pode ser anônima, ela recebe o nome de cada um dos nos sos i rmãos, para promovelos a Deus. Hierarquizando pela proximidade e p ela necessidade.
E' certo que este amor dos outros, ape sar de atingir a todos, supõe uma hierarqui a : a das l igaçõ es da nossa vi da ; hjerarQuia de pro:dmidade s e de nec essidades . Pois car i. daà.e 2 é :p arU ctpação
do
gesto cri a dor de Deus, · o nos s o amo r do s outro s vai pro curar· ante s o
,.
que lheá
Atenção total a Deus e aos outros.
est~
faltando para se r eal izarem.
A caridade vai se traduzir afinal numa atenção total ao outro; a.o Outro que é Deus primeiro, para nos entrosar no s eu runor, ao outro que é o nosso irmão para sentir as suas nece s s i dades no caminho que o leva para Deus. Praticamente, podemos resumir as cxi g~ncias des~ ta atenção:- purificação progres s iva de tudo o que vem impedir a pene-
Q.ue passa pela. Cruz de Cristo
tração em nós do amor de Deus; e esta purificação pode chega.r, . chega. mesmo, ~Cruz ·de Cristo; e no nosso amor pelos outros, puri f icação de tudo o que impede a no s sa atenção
~a suas neces s idades; ' ainda que· · :-~,
não possamos responder a estas necessidades, pelo menos·, nossa atenção vai harmonizar as nossas pobrezas, para acolhermos juntos o amor de Deus
o o
o
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I
I;
.: • "
ROMARIA
A
APARECIDA
!
Feregrino ~ "uele que está a caminho, como um extranho, um exilado, como alguem que está à procura de Deus. - O caminho ~ o lugar providencial em que descobrimos a nos sa i ns t abi li dade. Dentro de casa., no comodismo das nossas situações, nós nos esquecemos fac i lmente de que somos na terra ~eregrinos do c~u. N6s nos instalamos em nossa caoa , em no'ea família, possuímos uma carteira de edentidade e pensamos bem pouc o em que a nos ~.~ vida acaba amanhã e que, por enquanto, somos peregrinos ~procura do defi nj.ti vo 1 a :~ternidade. - Não temos aqui em baixo uma estadia permanente; caminhamos para a est..ê; bilidade na p!tria definitiva. - Um peregrino a caminho percebe mais claramente o pobre homem que é: um extranho, um viaJante, um nômade para um mundo melhor. O peregrino ' o homem da oração: tle caminha. em 'busoa de Deus.
• E' quasi sempre dif1o11 rezar. Nlo se oonaegue fixar atenção. Não sabe o que dizer ••• O peregrino , .oomo uma oração visivel; &le&inoarna na fadiga eeu oorpo, na tensão do seu eeforoo, a caminho do lU&a.r santo. Seu amor por Deus inscreve na sua carne, em eada um doe seus passos. Mal deixou a sua casa, ~le se looa na direção de Deus.
se do se c~
Como os ~udeue antigos acorriam de toda a Palestina para ouvir o Cristo, oa cristlos de todos os tempos multiplicam suas peregrinações para rezar nos lugares que o Cristo santificou com sua presença. Dessas peregrinações surgiram as Cruzadas. - Hoje os crist~os se põem em marçha para todos os lugares que Deus, de uma maneira. ou de outra, santifica de modo especial. Aparecida, é para os cristãos de nossa pãtria um lugar santificado. Lá se !az sentir 88is viva a presença da Mãe de Deus. - E' nesses lugares santificados que a presença de Deus e o s eu poder a.tuam com maia abundtncia, iluminando as inteligências, con~ortando os co r açõe s. Lá o nosso espírito encontra mais facilidade de adesão ao sobrenatural e Deus se t orna mais fdcil aos que O procuram. Um peregrino ~ um homem que se define o~ que se tenta definir. Uma peregrilaaçlo ~ alguma cousa como uma declaração de !~.
PROGRAMA Dia. da. Romaria. - - aS~t• ....,._h (teáGP)
7,30 - Saida do onibus, da Praça Clovis Bevilaqua, em frente •o Palácio da Justiça. l chegada em Aparecida, subiremos a p6 at~ a Basilica, ond~ ee~á ~lahrada a I
•
Santa Missa.
.. a .;,
r
E' permitido àqueles ' que vão comungar, tomar alimentos l!quidos antea da partida Pasaagem : Cr.$ 200,00 por pessoa (ida e vol~a) Crianças de ~enoe de 5 anos não pagem. Ca lusarea doe · 6nibus são numerado.s e devem ser reservados com anteced~ncia. Informações pelo telefone 8.8101 (Sally Volpi) . . Cada qual deverá levar o seu almoço.
1
lS~OO . ~greaso-
Podem convidar pessoas extranhas à3 equipes.
REUNI[O. DE BALANQ!
e ELEIÇÃO
D~S
RESPONS!VEIS
Vamos relembrar, em poucas linhas qual o significado da REUNIÃO DE BALANÇO, particularmente para as equipes novas. Que as outras nã o deixem de lêr, entretanto, as orien taçôea que damos a seguir, pois que s ão válidas para todas. Reuni~o de balanço, dever de sentar-se em equipe, exame de conci~ncia da equipe, vamos dar a denominação que quizermos. Trata-se, apenas, de ver juntos o que foi a vida da equipe no decorrer do ano que finda e isto, antes da interrupção dos trabalhos nos m~ ses de férias. No decorrer desta reunião procede-se geralmente h eleiç~o do casal reepon sável, para o ano seguinte. · - E' indispensável que esta reunião seja cuidadosamente preparada. Para este fim, propomos o questionário-tipo a s~guir, proposto ha equipes h~ já vários anos, mas que pode ser modificado, uma vez que se conserve o espírito que deve presidir~ reunião. a) - Que ~ensam voc~a da equipe e do trabalho desenvolvido durante este ano? b) - O que ~ que vocSs vinham procurar na equipe? Voc~a o encontraram? c) - Haveria modificações a introduzir no ano pr6cimo e quais seriam? (ex. preparação da reunião, desenrolar da oração, desenvolvimento da troca de idéias, auxilio mútuo ••• ) d) - A amizade, o auxílio mútuo, a determinação de servir 1 nos diferente s setores da Igreja e da Sociedade, e stiveram em prog re ssão? Quais as r azões?
Prepar~ão
Este questionário só tem intere ss e se fôr revisto pelo cas al r esponsável, juntamente com o assistente, e adaptado à situação, ao es t ado pr6 prio da equip e. E' preci s o ajudar cada qual a refletir s ôbre a equi pe, t endo s empre em vi st a a f in ali dade das equi pea, baseado s no pre~bulo dos Estatutos e isto tudo, não sbmente em f unção de ·n6s me smos, mas também de cada um dos outros cas ais. E'precieo principalmente refletir .no futuro: "que á que poderíamos faze r juntos, para que a amizade sej.a mais simples, mais pro f unda?" "Como poderiamos nos auxiliar uns aos outros em sermos mais disponíveis à· vontade de Deus?" Tomando como ponto de partida questões deste tipo, indagaríamos se não haveria determinada resolução a tomar, um esfo~ 90 a realizar em equipe -para fazer penetrar ·na nossa vida algumas práticas fundamen~ais, continúa na página 10
li
•
'
.. 9
'
PREPARACÁO
PARA
O
NATA L
Natam se aprOKima de novo. Logo mais, começará o Advento e dever emos pr eparar a chegada de Cristo . Esta chegada do Salvador, devemos prepar~la em no ssos co ra ções, mas também em noS "OS lares. E' preciso viver o Advento, tempo de penit~nc i~ , écerto, mas penit~noia prenhe de alegria do nascimento de Jesus. Muitos casais preparam o Natal em fam!lia e, com a participação dos filhos, vão assinal ~~ do a progressão do Advento com marcos que já prenunciam a grande noite. Aqui Yai um testemunho; pedimos a todos os oa.aais que já. fizeram esforços no mesmo sentido que nos escrevam contando o que realizaram; muutos casais sentem a necessidade de participar tamb6m, em comunhão com· a Igreja, do espírito ~o Advento e não sabem como; o depoimento de outros casais ser-lh&a-á de srande utilidade. Aguardamos testemunhos para a pr6;ima. Carta Mensal. •Inap1ran4o~e num ooatume sueco para ~~ 41as ~ue precedem o Natal, !1z para os meus filhos um grande painel, contendo um certo n~ero de janelinhas, que co-
me9am a ser abertas a partir 4a véspera do primeiro domingo do Advento. Oada 3anelinha fechada por uma estrela, abre sebre uma e6rie de quadrinhos relacionados entre ai e permitindo aeguie o fio de uma ideia. No ano passado, concentramo-nos sobre um apelo h vinda do Salvador. NO interior da janelinha que se abria cada dia, havia um texto tirado do !ntigo Testamento, contendo a sdplioa "Vinda"; o quadrinho representava (reprodução de eatdtuas de catedrais) profetas e os patriarcas. Esse Advento !oi para as crianças um longo apelo e desejo do Messias. V! o quanto a id~ia "rendia", uma noite em que um dos meus filhos perdeu a paci&nc~a porque achava a espera demasiado longa, vivente inconcientemente as palavras de Daví- "Até quando senhor? Aguardamo-1~0 sempre, mas quando ••• quando virá mudar-nos?" se se consegue criar este estado de espíri t o, pareoe-me que ee aloançou o fim desejado. Não pretencemos este ano fazer do Atvaâ•o uma es~era pessoal de cada um de n6s~ mas sim, alargando nossas almas, unir-nos a toda a Criação, que ugeme ~a espera". De ano em ano, sucederam-se e6riea sob~e varioa temas (Padre Nosso, Ave Karia, Mandamentos de Deus, da Igreja, Bemaventuranças, Obras de misericordia), permitindo aprofundar, pela oonverea ou pela meditação, tal ou tal assunto. Quando não enoontrava no comércio imagens zdequadas, eu mesma tinha de compôr aa séries, acrescentando textos para servir de ligação. Ã :tel.iz intlu&noia desses paineis sobre meus filhos • a ajuda eficaz que lhee trouxeram para a oompraensAo do Advento• incitaram os casais da equipe a fazerem var1os anos que venho construindo paineis para ~lee, e todos ·reconhecem o mesmo, Há que 1sto mui to os a~uda a preparar o lfate.l. As Janelinhas sAo a'ertas por uma dae vrianças, oada um& por sua vez, por ordem de idade, e perder a nz ~. para alguma& delaaa um castigo s'rio, Em outra.e fam!lias, a criança que não :toi bem eomportada deixa passar silenciosamente a .ua vez aentindo-ae ind!gna.
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-lO-
"A preparação do 1fatal foi graças a isso, cheia de encantos e de fervor" eeoreve-me u'a mãe. Outro czsal me diz que puderam assim os filhor tomar conci~noia de todo um passado de espera do Messias. Para todos é um meio infalivel de "conseguir" os filhos para a oração da noite - ninguem quer perder a abertura da janelinha, querem tanto saber o que há por traz!!! ••• Confessaram-me mesmo certos pais que ••• em noites de pre s sa tinham tido o desejo de escapar e tinham sido arrastados ~ força à oração ap6s a qual desbrir-se-ia o quadrinho do di a • . Em Conclusão, creio que concretiza a esperança, o tempo que passa, a festa que se aproxima, numa atmosfera de estrelas douradas, dé quadrinhos, de desconhecido, de maravilhoso, de oração. E para os pais? Do ponto de vista das Equipes,.a partilha do mêd de Dezembro de 1950 acusou, sobre , o ponto da oração em família, em exito de 100 % e o ímpeto assinalado prolongou-se ainda por mui to ·tempo depois do Natal".
-
REUNIÃO DE EALANÇO
(continuação da pag. 8)
como por exemplo, a Missa no decorrer da semana, a meditação••• ou para nos exercit armos juntos ~ pratica mais profunda da ca ri dade fr rJ.terna, da Gir:r;,lici dade, da abn cg OJ,.~ .. ~o ~ d.& pontualidade , •• Sem esquecer · de que , ante s de tud o, elevemos nt' fJ bt:nt...;:'icú>,r ::1. fu.w·o ·,, ol'l m'!rios postos ~nossa di sposi ç.?.o pelas Equipes, po r mei o da f i. c. ,, l ~ . u : ..J"J 8~' ,, iJr i r·.:..... , ., . o:' Estatutos e que tem por finalidade modelar , em nós uma aln' a múc n::; tõ n tc:. aü t> e,1>.o1· o u. : disponível ~ sua Vontade . Desenrolar da reuni ão - Esta r eunião obed ecerá ao mesmo tipo que as outras o Se r á pr eciso lembrar que a oração deverá ser , s e pos i't j.vel , ai ndé., mai s profunda, pa ra que Deus esteja presente e nos aj ude a Yer mai s claro na nossa vida e na vida da Equipe. A troca de id~ias sôbre o ii.ema. .de eetudoa·1 aar.á .substituída pela troca de idéias s6bre o questionário enviado. Me smo que todos tenham r emet ido a re sposta por escrito, será bom que não se faça desde logo um · apanhado geral da situação da equipe a uartir destas respostas, mas de prefer~ncia, dever-se-á dar oportunidade a que cada qual e%J)onha com t~ da a sinceridade e liberdade o seu ponto de vista, o seu pensamento profundo, na presença de todos. A prop6sito de "resoluções", ~ preciso tomar cuidada em fixar para o ano seguinte objetivos bem precisos e em número limitado. Temos sempre tend~ncia em fazer projetos ma~ nificos, para uma vida de equipe perfeita ••• . Conclusões
~
- ~
..,
E' preciso redigir um relatório muito · claro e detalhado desta reunião. Deve-
rá ele ser guardado e lido, não só por ocasião da 1~ reuni ão do ano seguinte como também será de utilidade r etomar a sua leitura pass ados alguns anos ••• A este resp eiro, UM CONSELHO AOS RESPONSÁVEIS:- Façam este relatório em duas vias: uma delas será qua rdada nos arquivos da equipe, a outra será enviada como de costume , ao casal de ligação. Eleição do Casal Responsável - Esta eleição é feita geralmente depois da troc a de idéias rela~ iva ao balanço da equipe . A el ~ ição dos r espon s áve i s requer refl exão, oração. Votar no casal que vos parece poder ser o melhor guia da equi pe no ano próximo. cont i núa na ~ i na< ]).2 I
'
-11Orações do mea de Dezembro Intenção
s Preparação do Natal nas famílias
Oraç~o
Litúrgica Este salmo 84, com o salmo 79, o mais usado na liturgia do Admento, 6 uma oração para a paz definitiva em Israel, profecia tambem da futura aliança entre Deus e o seu povo. Na Igreja, este salmo canta a esperança da vinda de Cristo, em que se realiza o encontro perfeito entre Deus e a terra na pessoa de Maria (versículos 12, 13), manifestação de Deus entre n~e (v. 10) 1 Preincipe da paz (vv. 9, 11, .14) redenção e vida do seu povo (vv. 4 • 8)~ Salmo 84
4
5 6
7 8
9
10
11 12
13 ~4
• I
Abençoaste, Senhor, a tua terra Fizeste voltar os cativos de Jaco. Tiraste a culpa de teu povo, Encobriste todo o seu pecado, Aplacaste a tua indignação Contiveste o teu furor: Restabelece-nos, Deus Salvador nosso, Põe termo ao teu ressentimento contra n6s;. Acaso, ficarás irritado para sempre, Prolongarás a tua ira de idade em idade? Não és-Tu, Senhor, quem nos restituirás a vida? E teu povo em Ti alegrar-se-á; Yostra-nos, Senhor o teu amor, Tua salvação nos seja dada! Vou escutar o que diz o Senhor Deus: O Senhor anuncia a paz Para o seu povo e seus amigos, Para os que de coração a Ele ae voltam. Bem perto está a sua salvação para quem o tem? E a Glória habitará a nossa terra! O A A E
Amor e a Verdade se encontram, Justiça e a Paz se osculam; Verdade brotar~ da terra dos céus a Justiça se inclinará
Deus mesmo dará a felicidade E a nossa terra o seu fruto; A justiça caminhar~ diante d'Ele E a Paz lhe seguirá os passos •
.. . ... 1.2 -
Eatam~s espe~do a vinda de Cristo. Para medirmos a força vital 4tste desejo oristlo, pensemos no que serta a nossa vida s em Cristo. Sio .Paulo, escrevendo aos pagãos convertidos de tfeso sublinha a mis~ria humana sem Cristo, tanto a doe Judeus como a dos gentios. Carta aos Etáaios, eap. 2 v. 3-12 - "Todot u6e andávamos um dia segundo os desejos da carne, obedecíamos aos caprichos carnais e aos pensamentos maus; e éremos filhos da ira como os outros ••• Deus pot!m ~ue 6 rico de miaerio6rdi as, pelo grande amor que nos tinha., enquanto estávamos mortos pelos nossos pecados, no s te s t i t uiu amor qut~ nos t~nha, enq,uanto estt!'f'&nlos mortos pelos nossos pecados, no s :.estituiu a vida. em Cristo -pela. sua graça., fostes salvos! - Com Ele nos res susci t ou e ( j~ em esperanç a) nos fez sentar nos céu com Cristo Jesus ••• Não é mereci mento voeso, mas ~ dad i va de Deus ••• Pelo que lembrai-Tos de que outrora, ér ei s pagãos ••• Naquel e tempo vi vi eis s em Cristo, exclui dos da comunhão de Israel, estrangeiros ~s al i anç as da P romi s s ~t o ; r> i' n i .. nho esp erança alguma., nem Deus neste mundo"
REUNIÃO DE BALANÇO
(continuaç ão da pag. 10 ).
Detemin~o ca§fAl nem eoorpre eet ré. em dado momen t o em condiç õe s de ser um bom reap<ma~?el.
Lembrar também que não se deve adotar a praxe de muda r sistemat i cament e de r e~ pons,vel, para que todos exerçam o cargo. Nem tão puco conservar o mesmo mui t o t empo de maia, sob pretexto de que "desemp enh ~ muito bem a. função" - é uma. solução pr eguiços a P e~ sar antes de mais nada., no mem da equipe. Praticamente: o voto é pessoal (e não do casal). A apuração é f eita pel o assi~ tente que indicar' simplesmente o nome do casal que foi eleito. O novo respon sável pod~ ~ assumir desde logo o cargo, aproveitando o período de interrupção das f~rias, para preparar com o seu antecessor os trabalhos do ano a seguir. Nada impede por~m, que o ca~ go seja assumido depois das f~rias. As aircunstanoias peculiares a ~aca casa, é que determinarão a marcha a seguir.
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Transcrevemos os segui ntes versos da or aç ã o para novembro, que saíram com incorreç ões na cárta Mensal de out ubro.
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Cintilam-lhe as portas .De p edr;;~. s preciosas O Santuario aberto N~l e entra a f orca do mérito ~uem pelo nome de Cristo No mundo padece
4- Dos muito s at rito s As pedras poli das , Uma por uma , Em s eu G 1 ugare s , Coloc a a mão do Ar tifi ce ; Def i nit iva s põe Nos eácro s edifí ci os
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