ENS - Carta Mensal 1956-9 - Dezembro

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...

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Secretariado Rua Paraguaçú, 258 . EQ.UIPES

ANO IV ,.

DE

NOSSA

Te~. 62-4943-S.~AULO

SENHORA

ne 9

S.Paulo, dezembro de 1956

SERIEDADE

Abbé H. Caffarel

Um casal se encaminha para a reunião da equipe, na

r~sidência

dos X.

Ele, para Ela- Os X. não nos di'sseram, na ultima reunião, que o. filht ma.is velho tinha sido. internado num sanat6rio?

Ela- E' verdade! Você fez bem de me lembrar ••• Chegam eles em casa dos X. Ela,-dirigindo-se

par~

os X. - Como 6 que estão passando? E sua filha?

Peneamoe· muito em vocês e nartilhamos realmente de todas as suas preocupações .•• Numa . rua visinha, os Y. caminham apressados. Ela - Você deu pelo menos uma vista de olhos no tema de estudos? Ele (advogado) - Não. Mas você sabe muito bem que me é suficiente ter

•••

no bolao um questionaria para ser eloquente • Aguardando o elevador que leva ao apartamento dos X., o casal Z. lem-

bra-se de-repente que é costume, na reunião do grupo, pôr em comum as 1ntençOes. Um rápido relancear de olhos:- Já encontrei: a coqueluche do Paulo •••

TUdo isto não é serio. Tantas pessoas bem formadas, levam tantas ooueas levianamente ••• E' cansativo levar as cousas a sério. Perturba o socêgo. Já se tem bastante preooupaç6es sem isto. Não seria mais pos s ivel viver se levassemos tudo a sério. Alem do mais, não sabemos bem até onde isto nos poderia levar. Aliás, que significa exatamente :-

levar aa cousas a sério?

,


·,

ll - 2

Não teetemunha ou

que~o ~esponder

por meio de eonsideraç~ea, mas por fatos, de que fut -

'

oonfidente:~

- ... - ... ~asa

O Natal está pr6ximo ••• Em

dos A., os pais aguardam a festa oom im• -

paoiênci& nAo menor que as crianças. Há tanto tempo que êles sonham com uma televisão. Dentro de alguns dias, o sonho será r ealidade, Um telefonema::

Os B., transtornados, anunciam que o filhinho está com

paralisia infantil. Na oraç ão da no i te, a Snra. A. diz timidamente à. seu marido: -"Precisamos c~

tazer alguma cousa por . êles ••• E' pre ci s o j untar algum sacrifíc i o à. nos sa oração". De mum acordo, renunciam ao ob j eto de seus desej os: a quantíà que economi s aram pouco a oo,

ser~

po~

e e

levada àquela famíli a r ealment e nec essitada • • • ~le s

Quando se encontrarem com os B.,

poder ão r ealmente dizer: "Nós nos

associamos sinceramente às suas preocupaçõ es". Será verdade, será séri o.

-- .... Eu tinha jantado em casa dos

c.

Noite ao mesmo tempo grave e cheia de

paz. Falou-se longamente de Domingos, que Deus acabava de ehamar a s!. Mostraram-me fotografias da criança, rosto re splandecente de vida , ainda há pouc as s emanas. "Padre, todas as noites, na

or~ç ão

dirigimo-nos ao nosso Domingos. Mas

não tivemos a simplicidade - ou a coragem - de fazê-lo igualmente, na oração da nos s a: equipe. No ent«nto, nós gostamos muito de todos estes casais; todos

~les

foram notáveis

conosco, nas horas dificeis por que passamos. Precisamos tomar hoje na sua presença, o compromisso de mostrar-lhes, na próxima reunião, nossas almas que sofrem e que oferecem". Eis a! pessoas sérias, Q.uando se·· é capaz disto, a. amizade

~

séria,

"Não há vida orist ll , s em fé viva. Não h~ fé viva e em p rogresso continuado, sem reflexão. De f ato, o mai or número dos cristãos casados r enunci a a to do e sforço de estud o e med i tação, por não conhece r em a i mpo r t ~ c i a deGt es at os , por fal t a de t empo tambem , de orient ação , de t rei no . Porisso a fé qu e os anima t o rna- se med!ocre e f r ag i l , o conhecimento que t~m do pensament o divi no e do ensinamento da I greja, sum ário e . f r agm ent ári o. Conhe c em mal os cami nhos da união com Deus . S6 t êm uma i deia su~ erfic ial das realidades rel at i ve s à f amíli a , ao casam ento, ao amor , à ~ at ernid ade , à. educ ação, etc ••• Conseguencia:- pouca vi t al i dade r eli gio s a, i r r adiação mui to limi t ada, " (Estat ut os , pag. - 2-).

....


JUNTO

AO

Do

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BERÇO

DI VI NO

RE I

la &udi&ncia de 3 de Janeiro de 1940, Pio XII dirigiu aos novos esposos vindo• l Roma pedir a sua bemção, esta alocução:"Se . há no meio da tristeza. da terra, seres que possalh olhar com serenidade o futuro, parece-nos que sois v6s recentemente unidos pelos laços do matrimOnio oristtto, e resolvidos a cumprir lealment~ com os socorros divinos que o sacramento vos confere, as obrigações que êle voa tm~.Neases 6ltimoa dias v6a realisastes um dos vossos mais doces sonhos. Resta-vos agora fazer um voto para o ano que começa:- que a vossa união, já abençoada invisivelmente por Deus pela graça sacramental, receba a be~ ção visível da fecundidade.

e

e

"Ora, eis que a Igreja neste tempo de Natal, propõe à vossa reflexão uma mUlher e um homem ternamente debruçados sobre um recem-nascido. Meditando o mist~­ rio de Natal, contemplai a atitude 4e Maria e de José; procurai sobretudo penetrar em seus corações e compartilhar de seus sentimentos. Então, malgrado a diferença infinita entre a natividade de Jesus, Verbo incarnado, Filho da Virgem Puríssima, e o nascimen• to do pequeno ser ao qual v6s dareis a vida, podereis, com toda confiança tomar como m, 'elos estes esposos ideais:- José e Maria. "Olhai a gruta de Belem. Será ela morada conveniente mesmo para o mais modesto operaria? Porque estes animais, porque estes alforges de viagem, porque esta ~obreza absoluta? Seria isto que Maria e José sonharam para o Menino Jesus na doce intimidade da sua casinha de Nazaré? Quem sabe, há quantos meses, José utilizando alguns pedaços de madeira do lUgar, teria serrado, aplainado, lixado, construido enfim um be~ ço enfeitado por um arco de ~ime entrançado? E Maria, podemos bem imaginar, iniciada nos trabalhos femininos desde sua infância no Templo, teria, como toda mulher, animada pela esperança de uma maternidade proxima, cortado, cosido e guarnecido de qualquer renda delicada, as roupinhas do Desejado das Nações.

••

~E agora, pelo eontrário, eles não estão nem em seu humilde lar, nem em casa de amigos, nem mesmo num al~ergue comum, eles est~o numa estrebaria! Para obe4ecer ao Edito de Augusto, fizeram em pleno inverno uma viagem penosa, apesar de saberem que o Menino Jesus ia nascer. Sabiam igualmente que este Menino, fruto virginal da obra do Espírito Santo, era de Deus antes de pertencer a êles. Jesus mesmo, 12 anos mais tarde haveria de lhes lembrar :- os interesses do Pai celeste, Senhor Soberano ·dos homens e das cousas devem passar na frente dos pensamentos de am8r de Maria e de José, por maia puros e ardentes que fossem, Eis porque nesta noite, numa ~iaeravel • h~lde gruta, ajoelhados, eles adoram o recem-nascido, deitado em dura mangedoura, "posi tum ia. proesepio", e não num belo berço, envolvido em panos grosseiros, 11 pa.nn1a involutum 11 , e não em finas roupinhas. ~v6a também, queridos esposos vós fizestes, v6s fazeis, e v6s !areis os mais doces sonhos para o futura de vossos filhos! Tristes dos pais que não os ~izerem? Mas tomai· cuidado para que os vossos sonhos não sejam exclusivamente terrestres e humanos! Diante do Rei dos Ceus que tremia sobre a palha, e cuja linguagem, como a de todo homem vindo a este mundo era apenas um gemido:- "Et primam vocem similem omnibus emisi plorans 11 (Sag. VII, 3), Maria e José viram - à luz interior que iluminava também ·o asp~cto das realidades materiais - que o menino, bendito entre todos de Deus, não é necessariamente aquele que nasce nas riquezas e no bem estar; eles compreende-


4ram que os pensamentos doe homens . n~ são aempre profundamente que tudo o que àconteoeu, acontece ou de urna boa ou má sorte, mas o r esult a do de um tos, dispostos ou :permiti dos pel a providência do

conformes aos de Deus, ~les sentiram, ou acontecer~, não ~ efeito do acaso longo e misterioso encadeamento de f!! Pai Cel est e .

ucaros esposos esforçai - v-os para t irar· provai t o desta s ubl ime l i ção! Pros trados diante do· berço do Men ino Jesus , como faziel.s tão i ngenuarnen.te no tempo de vos sa i nf ânc i a , pedi -lhe que penetre a vo sea alma os pensamcmto.s espiri tu:;.it:J que e~ch ig,m ém Belém o coração de seu Pai ado tivo e ela Virgem , •·U~. :Miie . Nos -peq'.lenos fleros que virão nó s o esperamos , alegrar vosso novo lar, ant e c de ser o orgul ho fJJ. <rOHG<.:. i.dtvle mn.d11.''í'.:. e o apoi o de vossa velhice , que vós vej ats nestes pequ•Jn in·n: 1 jovens eSllv::JO ,=J , n?.!r. s •?mente · os membros delj.cados , o sorriso gracioso, os olhos , nos quais sG r efletem os t.J:·s.çus do vo sso rost o e até os sentimentos de vosso coração, mas a.n-~e E) e sob.r·etut:l.\1, a al,;,a cn.ada por Deus , precioso d epó~ito que vo s foi confiado pela Bondade Divinatl Educando vosso s fil hos para uma vid a profunda e corajosament e cristã ,. vós dareis a êles a a vôs mesmo s a melhor garanti a de uma exist ência feliz neste mundo e da reunião de toda voa aa f amtlia um dia no céu.

oooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooóoooooooooooooo o o o o o 8 g SENHOR JESUS t que sois o amor infinito, o nosso amor o o o imperfeito vos adora . e deposita inteiramente a

g

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sua confiança em Vós. S~de

a nossa luz e a nossa força.

S~ de o Mes t re bem-amado de cada um de nossos lares.

Com a vossa graça , com o auxílio de Nos s a Senhora,

~ueremos que a grande f amíli a dos l ar es cr istãos,

o

E utilisai-vos de n6e para estender no mundo o vosso

g.

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Santificai o no s so amor

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vontade.

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acei t as com amor, can t em os vos sos louvore·a .

Senhor, nós vos suplic amos: fortif i cai a noos a boa-

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Que as nossas alegri as, que as nos s as tristezas,

vos s eja louvor, r epar ação, te st emunho f i el.

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reino,

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Assim seja. (Oração composta por uma Equipe de Nossa Senhora).

8 g goo

ooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo

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- .. - 5 -

VI DA

DA S

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E QUI P ES

----------------- ---------==

O 'ttitimo retiro das Equipes em Baru eri O segun do retiro fechado das Equipes deste ano realizou-se de 5 a 7 de outubro em Barueri. Dele partic i ~aram 14 casais pertencentes a diversas equipes.

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Infelizmente , houve vári as desistências de última hora , de formas que sobraram vagas que poderiam ter sido aprovej.tadas _ por rm::i.tos casais desejosos cie p a rt.!, cipar, e aos quais tinha~se recu1:1ado i nscnçZío por falta Je lu€ar. Já n&.o c.re, r:J8.is possi vel avi sá-los . :b,G.ze•nos um apêlo aos ~as ais das eq_i}..::pü::: p~:H· 8. que não deiz~;-m :L_, 0o~ parecer aos reti ros a qua se i:lccrever"lm, a n ã o ser por mot ivo grave, e que, em caso de desist~ncia, inform em o casal encarregado da organiza-;ão do retiro com antecedência suficiente para que as vagas pos sam ser aproveitadas por outros. Este r~tiro foi o último deste ano, sendo . que um dos tr~s previstos teve que ser cancelado por falta de inscri ções . Entretanto, sabemos que diversos casais não fizeram retiro este ano. L embra~os aos casais a ob rigaç ~ o constante dos Estatutos de part icipar a um ret iro fech ado , no mínimo cada dois anos. Além de ser obrigaç?.o para os membros das Equipes, a participação a um retiro é extremamente proveitosa para a espiritualidade de um casal cristão. Arra stados que somos por uma vida agitada,. temos neces s id ade de uma pausa, de um corte na rotina diária, para podermos fazer um balanço de nossa vida, r ecolocarmo-nos diante de Deus, repensar nossos problemas e tomar resoluções important es~

O ?etiro de outubro, pregado por Frei Carlos J. de Oliveira, O.~., foi muito proveitoso a quantos dele participaram. As pregações versaram sobre o tema oen• tral "Vocação de santidade do crist ã o", analizado sob todos os seus aspetos. "A vontade de Deus, é que sejais sant os", diss e S.Paulo 1 e dbvemos ser d6ceis à sua vontade. Devemos ser exi geni;<;G --- a méd i ocridade cn.stã é imp e rdo av el; vigilantes - no mundo a tual , o cristão dt~~·e se r esseuciaJ mcnte aquele que espera, que prepara a vinda de .} De .;;.;; ; humildes e ccnfla.i.tee --- as nossas f:•aque zas, as nossas decepções , os nossos aofr ir::!t>ntos bstão aí ps..1•a. 18n!brar-n"o a sa:ni~ :Jiade , a majestad.G: a plenitude de Deu o , e ao mesmo tempo f?.:!."<'~ f•llr·~ t} .::c>.r a nossa eoperon·;a . "0 n~sso pr i me iro tr g.b alho deve ser olha.r ysra a sanl. i.rbd.e d '; I:c-us'1 e procurar a revelação d a i::antJ ssi.ma Trindade, que dev eria s8r a prir;,ci:·a d.a?oç:ao do criz;;iJo. Deus , ·pe.'..?. Sa21Li.ssJ.ma. T1·1nd2.de haõita em nó s {mas llG,J t>-:<+.:>""10~' <:")r.i OG ,,lhoi3 v eL:v:b8) e é nessa fonte, a pre:3tmça de 38'J.S dentro de né f:." g_D.(: d0•i"' ,...lJ.rr'3ntar--s8 c:. I1 ~ ::Jsa vrs.ção . Fela c ontemplação c;.lcançaremos a tun.ão Gom De u~:- ..~ •. I~S1C~y_:.;C>8 os ~;r.lstãoa são ch::>mados . Parq serm-:s santos , }'l'ecis2mos ter a pr6pria c;:-.~.ridade de Grüto , que nos é dispensada pP.l.a u:~c :~:cistia: cujr>. pri meira graça é urr. a graça _t,7c:no:fo;r!1c:f;"to . Ela é que nos dará o a:i.tor de Deus e o amor a o próximo (que é o mesmo amor) . O amor conjugal~ q_ue é o amor mais perfeii:o 7 s endo o único total (que abrange toda a pt.L3onal:~ :l ::.u e ·~ há o·u.tros q_u<>litativamcn-'.;s ma:i.s :perfeitos ) deve ser uma sociedade de ;:;;:.;-:.'c:..tlod0, uma .:;oc ie d.ade de · cc:::· <d. ade , Os cônJuges devem quere r um para o outro a santificação, e não s6 querere~:li··(\e :- ~!:l~~l}.~.i:l:· ~1quru1to devemos m~~ter inviolável o santuário de nossa alma no seu diálogo pessoal com Deus 1 há. um plano em que deve h aver c omcr,JJgO, para poder haver marcha simultanea dos cônjuges no caminha da perfeição. Devemos procurar na intimida-


.... 6de conjugal um modo de eleTaç~~ e~iTitual (quando realizado por esposos cristlos 1 den. tro do plano divino, a uni&o conjugal á lllll a. to de perfeiCão) .• A santi dade dos casais eriatlos compreenae uma missão de irradiação, de exemplo, de ensino. O papel do cristão na sociedade deve ser de eficicia, evitando o perigo da alienação cristã: demitir-se de tod R ação temporal em vista da vida futura.. Devemos· porãm enfrentar o mundo com o espírito de pobre~a. ~a.s virtudes teologais comportam o • espírito de pobreza" •• , ), utilizando, adiministrando as cousas com disc erniMen t o , com prud~ncia., na justa medida, não nos instalando no comodismo, nem nele educando os nossos f11hoe afim de lhes ensinar a temperança necessária às renuncias que terão de fazer. Al~m das confer~ncias de Frei Carlos, houve dois círculos de es t udos, respectivamente sobre "Oração" e "A Educação dos Filhos". -gstes temn.s são demasj. ad o vastos e gerais e as discussões em torno deles par eceu-nos de s con exa e inconcluente . Talvez fosse maia provei toso se nos pr6ximos retiros versassem os c:!rvulos de1 od aõos sobre os pontos mais espec!ficos e mais ligados ao tema da preg~ção. Num esfôrço de aproximação l i tlirgica, foram as orações da manhã tirada3 do ofício de Prima e as da noite das Completas. Não há mais belas orn.ções para come• çar e terminar um dia e deveríamos familiarizar-nos mais com elas. Foi, também, dentro de um desejo de aaior comunhão J.it-úrgiol'l. que a missa do domingo foi cante.da pelos casais. Estes esforços são posi~ivos e seu prosseguimento em futuros retiros seria interessante. Fazemos um apelo aos casais das Equipes para que nos man~em testemunhos e opiniões sobre retiros a nue participaram; estes depoimentos ajudarão os casais ~ tirar maior proveito dos retiros, orientarão os assistentes quanto a seus frutos e serão para os organizadores que tanto se teem esforçado em me i o a inlimeras dificuldades, uma recon. pensa por seu trabalho e um estímulo para. o futuro , trazen~o-lhes inclusiTo sugestões · para outros retiros em que os casais poderão oada vez mais procurar entrever esse "caminho da santidade" a que noe exortou Frei Carlos de Oliveira.

Xeatemunhos Nesta secção da Carta Mensal transcrevemos experiências vividas por me~ bros de noss~s equipes. Elas constituem exemplos vivos que servirão para inc entivar o espírito de nosso movimento. Cada um de nós tem o seu testemunho a da.r. Porque, então, não fazer com que todos apróveitem deles? Nãe é esta ~a man eira cxelente de prest ar uma colaboração fraterna, de praticar a ajuda mútua, de realizar a caridade entre irmãos? Nesta carta apresentaremos dois deles. O primeiro é o de uma equipe inteira , e atesta o espírito de uni ã o união em Cristo:- "A esposa de um dos casais adoeceu. Doença de cert a t; r avi C.Ecle que obrigou-a a um repouso forçado por váriós meses. Os outros casais dec Ldiram as'sistir missa a semana toda, casa casal num dia. Dessa maneira, há todos os dias, alguém participando do Santo Sacrifício por intenções da amiga, companheira e irm~ de ideais. O segundo é o testemunho de 1 casal que esteve afastado 1 ano da equipe:- n - - Por fraqueza e maldade, andei uns tempos afastado da Reli gião e das Equipes. Entretanto, gracas a Deue,.tive uma doença, não muito grave, mas durante a qual eofri muito, e atravéz da mesma, inesperadamente, sem eu saber como nem porque, fUi recondn.zido ao caminho do progresso espiritual e ao seio das Equipes, onde fui aco-

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- 7lhido Garinboeamente, c011cr na. volta do filho pr6d1.so."

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"E o mais interessante de tudo é que, como nunGa, passei a. procurar e.r- . dentemente, como ainda porf io em procurar, o -acesso ~ verdadeira vida do Amor de Deus.

"31Ato, em Jesus Cristo que tenho progredido diariamente, a despeito das quedas naturais à

conti ng~ncia

da nossa condição humana':.

"Para tant o creio que tem concorrido mui to a prática de uma vida de mais oração que tenho pro curado levar, e especi al mente por recorrer a cada passo às lu3es do Divino Espírito Santo, a quem rezo cons t antemente."

e

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11 Não temho um método que se po ssa con s iderar rígido. Dou a mi m mesmo inteira liberdade. Mas dent r o des sa liberdade, tenho si do l eva do por um zôlo que n Q~ca tive outrora a cumprir. com firmeza uma espécie de regra de vida sem compromisso que me prop~z, mas não me impúz."

Oração das Eauipes Em anexo , juntamos as orações que devem ser rezadas diari am ente pelos membros das Equipes (Es ta't. pg . ?...~·o). A oração varia de acordo com o T empo Li túr gico. Para o Ano Li turgico de 1956/1957, são a s seguintes , as datas co ·crespondentes:1. Alma Redempt oris 2.12. 56 à 16. 2:57 2. Ave Regina 17. 2. 57 à 17. 4. 57 3. Regina Coeli 20. 4. 57 à 14. 6.57 4. Salve Regina 15 • . 6.57 à 30.11.57

TEU

F I L H O

V A I

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CINEMA?

Lemos nos jornais, faz dias, uma noticia que realmente nos

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imp~eesio-

nou. Ei-la:Efeitos da fita ' 11 Sementes de Violencia". Oslo, 21 (AFP) - A estréia da fita nort e-americana "Roclr Around the Clock 11 ("Sement es de Viol encia 11 ) 1 provocou na noite passada em Os lo, g r aves incid entes~ Grupos de jovens se r euni ram n a cidade, sol t endo grito s. Vi-ra r am automoveis que se enc ontravam est ac ion ados e, ten do um guarda i nterv1 ri o, f oi j ogado ao sol o. Apar eceu en t ão a poli cia mi lit ar , para dis s olver o grupo . Este , composto em sua mai or parte de garotos e g?J.rotas de 14, 15 e 16 anos , puzeram-se a berrc>..r : - "Q.ue r emos mais confusão" . Ist o provo cou tumultos e vari as pessoas ficaram f erid a s Efet uaram-se , outrossim , al gumas pri s ões . Não se tomou, até ago ra , nenhuma decis.1o com refe::.·~nc i a tl. proibi ção da fita , que pro ·\1\ •cou vários i ncident es s·3melhantes em v ários outros pai zes , princ ip almeu t e na Grã-J3ret ?.l1 ~a . Isso con s titue um exemplo apenas dos ma11s efeitos que o mau cinema t em causado. Acreditamos , é claro, que o bom cinema tenha produz i do , por s0n lado, bons trut os. Acontece, por ém , que a bal ança pende muit o mais par a o lado de 1~ , devi do à abundância das pelí culas de t erc eira cat egori a . E a ninguém passa desapercebido que a assim chamada sétima art e , por suas caract erísticas peculiares, está perfeitamente


.

/

-aapta a de~har o papel de mestre do povo, quer da verdade e do bem, querdo vicio é . do erro. .,_ Em viá•à disso, oabe a n6s católicos, uma atitude firme, enérgica e dupla, nesse terreno, a saber:.

\ 1

1) - a de propugnar pelo bom cinema e até - se os recursos financeiros o permitirem- fundar uma em~ r ez a cinematogr á fica produtora de film es imbuídos de espíri t o cristão, embora o tema trat ado não seja de car ater extri t amente religioso. 2) - a de combater eficazmente, e por vários meios, contra o mau cinema.

E' consolador saber-se que já se faz algo nesse terreno, com o auxilio de Deus. Trata-se do t rabalho que vem s endo desenvolvid o ne la Comis são de Moral e Costumes da Conf eder ação das Famí l i as Cri stãs . Ess a Comissão publica , t od as às s ext as-fel ras, atravez do jornal "A Gaz et a " , e t odos os domingos a:travez de 11 0 São Paul o" , · V.\NL critica r e sumida das películ a s em c art a z na cidade de S. Paulo, atri bui ndo a cáda fjlm e uma "co tação". Aind a são part e i nt egrante dos t rabalhos da r eferi da Co mi ssão , o s curs os sobre cinema que vêm s endo mini strados em div er sas escolas de S. Paulo. Não vencemos a tent ação de mencion ar ainda suas atividades junto à Justiç a a fi m de serem proi bí uos os maus film es, ao menos para meno re s .

e e

Acontece, infelizmente, que ess as atividades·, ou não são b em compri:! ::md_i das por alguns, ou não recebem o mer ecido apoio de muitos pais de familia que deveriam faz~-lo, dado seu grave dever de educar os filhos . Como conclusão prát ica das consideraç ões feitas acima, queremos tar a todos os equipistas as seguintes sugestões:-

a prese~

1) - que os pais de f amilia tomem a resoluç[o de acompanhar com o maximo cuidada, se já n[o o fazem, as atividades dos filhos nesse setor, s6 permitindo a assi~ tência aos bons fimles: que saibam dizer um "ilão 11 ao filho, caso não haja película digna de ser vista por um-orist[o que se preze, porque afinal, cinema não é obrigaç ão de fim de semana. 2) - que os pais batalhem de algum modo, em prol do bom cinema e oontra o mau, quer pre~tigiando a Comiss[o a qu~ ~os referimos, quer f azendo parte da mesma. Todo elemento de bôa vontade s erá muito bem recebido, consistindo o trabalho em nssietir um filme por semana e apres entar a crítica numa reunião que tem lugar todas as quintas feiras na séde da Confederaç[o, . às 8,30 horas da noite. Pais de família, lembrai-v0s do dever que vos compete de educar vossos filhos! Preparai o mundo futuro para a vossa pro~e!

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....

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- 9 ..

Oraof5eg par! o mse de Ja.Miro

Intencão: A Paz entre os homens de boa vontade. Oração

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Lit~rgica

Do Natal até o tempo da Setuag~sima, a Litur!i& contempla a aparição do Filho de Deus entre n6a. A Igreja quer assim despertar a nossa Fé para realizarmos nas noesas vidas o encontro com Cristo. Neste Prefácio do Natal somos convidados ~ adoração, junto com os Anjos diante da Revelação de Deus feito carne, Na verdade á justo e necessário, E# nosso dever e nossa salvação, N6s Vos darmos graças Em todo tempo e lugar; Senhor, Pai Santo, Deus eterno e todo poderoso; Pois pelo mistério da Encarnação do Voe~o Verbo Aos ollhos da nossa alma, Fizestea brilhar de novo esplendor A luz da vossa claridade; . E em quanto contemplamos Deus numa forma v1S1vel, Somos arrebatados ao amor das realidàdes invisíveis. Por isso, junto com Anjos e Arc.a.njvs 1 Trônos e Dominações, Unidos com todo o côro celestial, Cantamos o hino da vossa Glória •

Podemos refletir neste Salmo 109, Salmo messiânico que a Igreja prop~e meditação várias vezes na missa da Meia Noite. Cantamos este salmo nas v6speras de todos os domingos e festas de Cristo, E' ~ma das profecias mais claras sobre o Cristo, muito citada pelos ap6stolos nas pregações primitivas. ~nossa

Na H estrofe:- o Cristo Messias (assenta à minha direita) 11 11 2t Rei (o cetro do teu poder) :11 3t Filho :" Sacerdote(Eu te gerei) 11 41 :" 51-71 11 " Juiz

..-

. 1

"Oráculo do Senhor ao ~eu Senhor: Assenta à minha direita Dos teus inimigos farei O escabelo dos teus pés"


- lO

..

-. .

De Sião o Senhor estenderá O cetro do teu poder Domina no meio de todos , ~ Os teus inimigõs· -

l

Príncipe no dia do teu nascimento Nas santas mon~e.nhaa Do meu seio, antes da aurora, Eu te gerei

Jurou o Senhor e não se ; desdirá · "l:a sacerdote para eempre Segundo a ordem do Rei Melquisedeque"

e

e

A tua direita está o Senhor D•struindo os reis no dia da sua ira

Magestoso, Ele julga as naç~ee; Amontoa os cadáveres, Esmaga crânios numerosos Ná . va'stid'ão da terra Da torrente Ele bebe em caminho Por isso levanta p. ·cabeç.a. ' ·.

.

--

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