ENS - Carta Mensal 1957-3 - Junho

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CARTA MENSAL .DAS .. EQUIPES DE

NOSSA SENHORA

, . sumarJ.o

ano V - nº 3 s.p., junho 57

editorial - O Jôgo de Equipe

tome nota - NotÍcia Muito Importante lemos e gostamos - Amôr e Casamento formação doutrinária - A Virgem No La.r

j

\ (I)

paro. sua biblioteca - Rwno à Felicidade o que vai pelas equipes - Aviso - Alegremo-nos Com ~las oração - Para o Mês de Julho ~· ·

S e c r e t a r i a d o Rua Po.ruguo.çú , 2 5 8 Fone 51-7563 Süo Po.ulo

í


O JOGO DE EQ.UIPF.

Pe . Caff8.rel

.-Jogam vocês franc am ente o jôgo da equipe? Há sempre uma ~ú'.t..s:ç.ão pois <:>. regra. do jôgo contraria muitas das nos3as inclinaçõns Tt<l.t'úfifi:F.l'; .. ·.Ueu propósito hoje é lemb:ra.r a voc0s algumas l eis da vida U.e eq'..lJ:_ pe. 1ão elas que orientJ.m :1 b0a forma da sua equipe e portanto 1 seu progre..ê. so cristão . SobrE.:t,ldo, peço a vocôs que não dif,am : "quu importa a maior ou menor coesao, a mai.or ou menor perfuição U.a nof'sa equipe? O essenci3l ·. é o be:·•efício qu·) todoG nós r •cr:bernos dr'I.S noo·'lan r•'uni õc::s" . Se s bmonte impo1·tam as ::qui8ições i.ntelecturüs, porque en!;ão formar equipes? Um círculo de cst~ do , 11ma confo*tncia por W.cuma p8ssôa competente daria mui to mais resultado E ' precisamente o fazer um jôgo de equipe , de eqnipo cristã , que 6 esseueial , po1·gue é i!:; to que luti..l contra o no ~r: o velho individualismo c po}l; co a !lOUno o ~limina, porquo 6 ist0 que nos f:~~ choga.r a. um maior amôr. fraterno , a um auxílio e3piritual mais pl'nfsito, norqu•J é ist;o que realiza es ta "ecclnsia" , astR ~asGembléia de Deus" ~ qu · ~ o Cristo prometeu sua pres<mça: " qu~Jdo dois ou trl3s se reunirem em meu nome;, r;;u est;ar8i no· meio d.Q. los" . Eu penso pois, qu ·~ de tod::1.s as obric;açõe:.:; elos ust.atutor1 1a mais essencial 6 a de constituir a equipe c do f~.zeJ' seu jôgo franc'll!lente . Eu repito: "fazer o jôgo frnncamcmte" . Procis·•mou , por6m estar bom do ac8rào sôhrn ~ate jôgo de equipe . Eis aqui, suas gr :.cndos l~is:rilil .• ~:r~;J:oaç~.af ,

LE],__:@.S.OMJ[E_C_~~..Til: H - _Ç.QJ1l1.e_c_9J'. .2.2' outrQ_§,: E'muito im portru1tn conhecer OR outros; s r: não f8r assim não será posRivel dedicar Ews um verd::>.tl..:iro nmôr e ':ljud - los eficazmente , Se me f8sse pnseivel dizer eu o diría: E ' preciso conhecer o contexto em quo ôles viv em, o contexto f::'l!lilia:!:' , profisnional e soci'll , CQ nhcccr as cl.ificuld<!des que êles '3 nfrc.nt"X!1 1 à ajud"'.. quo recebem, 3.1'! · )re~ ponsr-.bilid2.dOS que êl8S O.SS11m< :m · 9)U deveriam assumir. Conhecer tudo aquilo que forma a pcrsonalid2.de dêlf's: A oriGntaçao do ponsrmcnto, seus gostos,suas atitudes , o caráter, E ' prooiso aind'l preqsentir (eu n~o digo conh~cer) o mistério pesn~ '1.1 d.ôles , C::.d2 um, com e feito, ·é ·um filho do Deus Ünico, <3m que um te-

souro · está escond i do - cu dir í a me lhor - o germem do 'llur. s----tidad8 únic'l. cujo desabroclw.r .~u; ·,.. fenecer sP.rvirtÍ. p'l.r'l. o ,julgn.me11to de suas vidafl, Nao ~ fácil c6nheccr d ~ ste mo - · do os outros . E ' n•.;cessário uma atol!. ção profund~ , perspicaz, quo saiba 11 vêr" os outros, ::stn. 3.tenção ó um<'. qualidade , eu dirü. quasi um 'I. fo.cul dr:.de de arnôr . Q.ualid'1.d3 quo cxit;c,p do modo neg::J.ti vo a dosocup::>.ção de sí mesmo e , de modo :~stti v o esta graça prometida em nome de Dona por r.;zequicl: 11 cu porei meu 8lho no teu coração" , ~sta atenção que vem qo dmôr cheg a ao amôr, a um G.môr maior , Fazcnd0 descobrir as riquczaG ~ d e um sBr, oJ.r-, RUSCÍ t:l '3. <tdtnirn.ção , que desperta o "môr . Revela..nd.o - nos suas pen'l.s, sun.s im...,c ·feições, seus de . l ,


·'.ü tos, ela gera a piedade. Nã.o po;·.Sm, esta condescendência arrogante e altiva em que alguns julgam con• s ~stir a piodade, mas uma piedade ·~. hoia de o.feiçiio e dovotsmerrto. Es•, a é uma atenção capaz de fazer mil ·.lgres, é ela que faz b r otar as fon tes e amadurecer a mece. Faz dosa: brochar a pers onalidade humana e cr~s +,~ de um sêr. 2 Q - T!'~.z er-ao ;,:r.}n.heC' er : Seria. inutil i-~ãitcr os ·li,;;ill:;::~s· de uma equipe o conhecer os out rrJS, se, em con tt" apo.rtidu, n'õ.o se os inei ta a se f a ze:c c.onhecor. Isto n5o quer di zer que se deva corrtar ou exi bir os ~~p eGtos famil:i. o.r·e s de um egoisro(l gabolo.. O • que er prec1so e' o da~ d9 s 1; me smo • Como p<..:.ra toda doaç "ão de s í mesmo é !.~ • nec&eBc;u..r.O vencer a. pregu:J.·i a e a v~ reza do cor·açã.o, o fo..-LSO pudor e o individualismo ci umerrc o, e orgulho e o individualismo. Eis a{ a grande virtÚdo. Um meu amigo certo dia, tritmfante, me deu o que êle chamava. a def:l.niçoo do lionês (ter nascido em Li'tlo é o meu segundo pecado origi : "'!'. nal): "temos de supo-lo cheio de perfume ronuncia.ndo porém a abri-la Jogar o jôgo de equipe é oferecer aos outros seu pe rfume (ou ao mono~ um s a carrôlha••• ). !>JfJ....r~J-?§..~:fiR

O ENC!lliill:

12 - ~s ,JT.:f.r g_ ~!1:..~.9-~ ~ : Amar não é exped .;r:e11t vr turl'l. B~oç át3 mais ou menos ugro.davel na pres enç a de um. ser, tr.a.s pr (ftneter de nada pou-;:H:tr, de não se p o~par, pura lh<3 per mi tir que at5 nj a seu desonvo l.:<J:.mento humano e crist·áo. ~ nece s s ~ri o ajuda ·lo a ut i.l:i.2.ar seus dons , que soubemos de e .~cb rir nôlo. É para esta tarefa, de t..rt:Dizar seus dons, que êle teLl necessi dade da nossa fé nêle,de nos ao estimulo, do nossas experiênci a~ o t eJLbt.m que o ajudemos a tomar cons ciê ncia daquilo que êle deve re tificar, transformar, ou revôr, da: quilo que Ôle nesessitar ad quirir • Cumprir a lei do Cristo é carregar os fardos uns do s outros, es-

creveu São Paulo o..os Gálatas.Os ffl!: .dos materiais e os fardos espirituais, a preocupação por aquele que pordàu o emprêgo, e esforço de um outro para aprender a rezar, e des~ nimo de um casal que n~o consegue a sua unidade, a dSr - que não tom nQ me para oxprimi··la - dos pais qoo têm un filho a."lo:rmal ••• Una sÓ palavra diz tudo isso ainda q•Je o uso a tsn."la desgastado : devotar-se, dedic-a-r:--sc aos irmãos como n6s nos entregamos a Deus. 2 2 - D9ix ar que t0mr m o enc o:rgo de n-5s : -:~·6- -;--;i;~: d;-~ ;e rd~;~1;:o a;.a:.:: fr at e r-no é de se ded1car aos o~ tros, o sinal de um ~môr fraterno mro.or ainda é o de consentir na dodicaçfí.o dos outros. Co::no todas us gr andas coisas is3o pode degenerar em mo:..eza, frouxid'ão; ha mendingos pro f issionais e que nem sempre se vestem de f arr apos. A estes é prec! so chamar a uma sã aHi vez. Mas, mg i s nuHe rosas ainda são aqueles que é neces sário convidar a una sã hun:d."lda de: saber pedir à Equipe a aju da ne cEtssária. Eu con.l!oço Ulila equi: pe que se "soldou" v0rdadeiramente na ca r i dade do Cristo, depois que um casal não sem dificuldade conse~ t.;i.u em contar aos outros a embaraç.Q. sa situação profissional que o levou à falência, financeira e conjucal. Ao: "Eu noo quero dever nada a ninguem" dJI todos os indi vidualis tas da terra, o cristão opõe a alegria de reconhecer: "eu lhes devo tanto". LEl: DO DOM:

lQ~D~;~~Vocôs tomaram o encargo dos m; mbros do sua equipe, vocês se sent em) vocês querem ser responsá vais (oro parte) de seu aperfeiçoamenta humano e crist·ã o. Restr.- lhes trab alhar. Dar-lhes. Dar-se. Mesmo que voc.ê fôsse o mais PQ bre, você ainda teri a infini tamt'lnte para dar, pois, os que nos sercam têm antes necessidade de nós mesmos do que de nossos bens. E é também o mais dificil de se conseguir. "Meu

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~?ração está amárrado com um elás -

no momento am que eu o dou êle ~olta para mim": assim se expr! mía em confissão um homem que que ria me fazer compreender seu egoÍsmo. ~ difÍcil: é cansativo dar-se, estar sempre disponível. Disponível para lhes prestar um serviço matar! al, sem dÚvida mas, antes de tudo . , ef:tc serv~ço de um preço J.ncomparavelmente superior, que lhes consiste em oferecer um coração atento, compreenssivo, encorajador, que infunde confiança, sabe dizer a verd~ de, ousa exigir. Existe um outro dom ainda mais precioso, Poucos, entretanto o pr~ ticam. Quero referir-me à vida de Deus em nós que é a nossa principal riqueza e da qual somos tão ávaros. Quer se trate de avareza ou de pu dor ou de respeito humano, e que acontece é que esta vida fica guard§ da dentro de cada um. Rios de agu~ viva jorrarão dôles, an~nciava Cri~ to falando de seus disc~pulos futuros. ~.Ias, os disCÍpulos fecharam as comportas. Numerosas equipes adota~ ram, dura11te um ou dois anos, o que nós cham~Jos de método de meditação do Evangelho; muitas reconheceram que isto provocou uma un:Lao mais profunda. O segredo disto é que cada um expõe com tôda a simplicidade durante sua meditação, aquilo que ma.is lhe chamou atenção no trecho do Evangelho escolhido. Existe ainda um grau maiÓr de perfeição cristã do dom, é o sacrif:Ício: "não há maiÓr amôr do que se dar a vida por aquêles que se ama". A vida de equipe exige que se sacr! fique mui tas vezes gostos, vontades e preferências. Ceder a uma exigência pessoal é diminuir o amôr. t re cusar o maiÓr beneficio que pode~mo; esperar da equipe: que ela nos faça morrer a nós mesmos - no homem que morre Cristo surge. Uma equipo pari clita quando os seus membros perdem o espÍrito de sacrifÍcio. 22 - Pedir ~ receber: Recusar pedir, se não é orgulho J desprezo pelos outros; não se lhes dá a honra de ~ ico~

~

.

acreditar que Ôles tenham riqueza ou ao menos, que êles tenham ~uôr, para dividir conôsco. Destroe-se um sêr quando não se espera nada dêle. Nossos dons acabam por oprimi-los por menos que êles possuam senão apelarmos para as suas riquezas. Sabem vocês pedir à Equipe uma opinião, um conselho~ um serviço m~ terial ou espiritual? Solicitar de um casal amigo da equipe, o que se chamousna falta de outro termo~"cor ração fraterna": que âlG lhes diga o que reparou em vocês que não par~ ce bem, que talvez vocês não vejam apeza1· de todos terem reparado .. Com essa correção fraterna chegamos ao pico da amizade cristã. ~ íinha ale gria é grande quando posso consta tar que esta prâtica contribUÍu pr~ digiosrumente para o progresso cristão de um lar. LEI DO BEH

comn.I:

Fazer o bem alheio passar na frente do seu é a lei do amôr fraterno. Fazer o bem da eouipe pasaar antes de tudo é a lei do bem comum. ~ êste o gr 2nde critério que cada um d~ ve adotar, O çue põe em risco o e quil!brio, a solidez, o fervor, a alegria da equipe, deve ser rejeit~ do. Pelo contrârio, deve ser procurado tudo o que pode contribuir pa• ra o progresso desta Equipe da qual me sinto responsável. t necessário que ela seja um êxito de caridade, quero portanto , tudo que possa contribuir para uma oração mais intensa, para uma parti lha mais leal e educativa, para uma "mise en commun" mais enriquecedora., para um auxÍlio mútuo material e e.ê_ piritual mais generoso, para uma troca de idéias que seja uma procura mais ativa do pensamento de Deus. Uma Equipe, é como a união dos esposos, que so aos poucos se con quista. E falar em conquista é fa lar em esfôrço, trabalho, combate • l.Ius,em troca,quanto mais se tiversê:_ crificado pelo amôr,pela Equip~~ se lucrar~t a velha lei do: "quem perde, ganha" • 3.


Eu queria para terminar, falar a vocês dos defeitos funestos ao : ;senvolvimento de uma equipe. Ser~ porém necessário? Basta para isso consi ó.e:r ar o inverso do que acabei de desenvolver. Content ar-me-ai pois,de apresentar tipos de homens (ou de mulhe r eso •• ) que são v.J rdadeiras catástrofes para uma vida. de E~uipe: o espfrHo de contradição, o gozador sistemático, o autoritário infal~vel, o agressivo que está sempre de tocais, aquêle que só escuta a s{ mesmo, o cético dos ab~ sado , o impenetrável que guarda as distâncias ••• etc. Quem sabe, talvez. ,~ algum responsável ~ pola minha descrição~vai reconhecer seus equipistas~Entao meus amigos, eu lhes peço - tenham imensa piedade dêle.

·TOM E

NOTA

NOTtCIA . MUI'l'O . .

II1P.ORi'~

Como já deve ser do seu conhecimento,estará ,

entre nos, na primeira quinzena de julho,

o Padre

Caffarel • O assistente geral das

~ quipes

de Nossa Se-

nhora, que vem ao Brasil pela primeira vêz 1 hospedarse-á no Convento de Santo Alberto Magno, dos

Padres

Dominicanos, à rua Caiuby 1 126, e permanecerá

quinze

dias entro nós. Do programa de suas atividades, o qual ainda está sendo preparado, const am dois retiros

e al-

gumas conferênci as. Aguardo maiÓres detalhes, mas, não deixe do manter contacto com o casal responsável pela sua equipe. 4.


As idades do amôr •

LEMOS E GOSTAdOS

Resposta ao tema. ".Amôr e Casamento"

Nosso amôr começou com bençãos. LQ go nos primeiros mêses de namôro, eu recebia a primeira comunhão. msse fato nos achegou espiritualmente, PQ is sent!amo-nos contentes de poder a@ar na Santíssima Eucaristía. Casamo-nos tendo em mira nunca ev,i tar filhos, mao, o amôr de Deus, orações, miss as, co munhões, mui tas vezes eram esqt:ecidosc- O nascimento de nossa primogêni ta à "forceps", nos aproximou de Deus em pedidos com tôda a alma angustiada, que ~le salva se a nossa pequenina. Os anos passaram e os espinhos da vida foram nos ferindo, Dias de expectativa e espera do result ado de uma biopsia. v!awos tudo negro e o Altíssimo mais uma vêz não nos abandon ou. Em 1953, noõia em que receb:! o Santo Crisma, entrou a Paz em nosso lar ~ parece que da! em diante o nosso nível espiritual se elevou. Novas angÚstias; perdÍamos em prazo relativamente curto as nossas queridas mães;nÓs vimos com desespêro, nas angÚsti as do câncer ambas se d~ finharem, sofrendo , , terrivelmente. No fÍm, já não pensavamos em nos, ped~amos que Deus as levasse sem demora. Achávamo-nos sós; todos - pais, irmãos, filhos, avós se apoiaram em nós buscando consôlo e proteção. Recorrendo a Cristo, pedfamos que nos desse fôrça, para esbanjar a todos, tudo o que esperavam de nós. A Equipe foi a nossa grande benção. Nela aprendemos a renunciar ao pecado, amar e prÓximo, purific ar o nosso amôr, sublimar nossas orações e adorar a Deus como dono verdadeiro de nossos destinos. Nove anos de casados! O amôr febril e sensual dos primeiros tempos, tornou-se mais me!_ go e compreenssivo. ~le é para nós o sustentáculo em todos os emb ates e adversid ades da vida. Tudo desapare ce quando lembramos que estamos juntos, felizes co;;' nossos filhinhos. Há algum tempo, adotamos uma j acula-' tÓria que tem o dom divino de fazer desaparecer inúme~ ras contrariedades, problemas, rusgas, preocupações étc. t a segui nte : Tudo por VÓs Sacratíssimo Coração de Jesus~

s.


FOIDdAÇ~O DOUTRINÁRIA 11

A VIRGL:I..í HO LAR"

O SThi DE NOSSA SENHORA

A festa da Anunciação comemora a humilde e fervorosa res posta de i;,iaria a Deus:FIAT ••• sim ; ~ a festa do consentimento da Virgem à inimaginável proposta divina. ~ a festa do amôr, cuja expressão perfei, ta e êste breve, discreto e poderoso sim, pelo qual a alma é doada, pela qual J arrebatada. ~ o sim da Espôsa ao Espôso, o consentimento alegre e grave pelo qual o coração se entrega, cede todo o lugar à outra presença ~ Maria disse sim a Deus e o Verbo se fez carne em seu seio. Antes dêsse dia.,e mun do viv!a. sob . o signo da recusa, do ~ oposto por Adão e Eva a vontade divina. Por intermédio dêsses long!n quos ancestrais, a humanidade rompe~ ra a aliança primitiva e preferira divinizar-se a s1. mesma a submeter se ao Senhor. Entre o sim o o não optara pola palavra de recusa. Na Anunciação, é a h~ manidade que se converte a Deus. uma mulher a arrastara à revolta; outra mulher a orienta no caminho da sub missão. O não orgulhoso expulsara D~ us, o humilde sim o chama e acolhe • Doravante esta palavra de amor, sara ouvida novamente sôbre a terra.Earia dá o exemplo e obtém que a graça do consentimento seja oferecida a todos os homens. Todos aqueles que disse • ram sim a Deus - quer pertençam ao Antigo, quer ao Novo Testamento - s~ rão seus filhos. Foi, entretanto pre ciso o seu sim, alma secreta e vibrante dos demais,para que êstes se tornassem poss!veis. A vida inteira da. Vir gem-~mo, compromissada pelo oim dã Anunciação, foi uma cont!nua ascen que eão de amôr. ~ pois perto dela os lares cristãos aprenderão a pre -

A

#

nunciar pela primeira vêz, e depois durante tôda sua vida, o sim,a grande palavra do seu amôr. It' r.Iaria, a h~ milde serYa do consentimento, que en sina às suas almas como se repete e como se vive cada dia o sim do pri n:e:i.ro dia; como, no silêncio do amôr "" pois I.Iaria 11 conservava tôdas essas causas em seu coração" - a chama ca_!! dente do primeiro sim permanece bem viya., Exigente chama que não aceita cinzas g antes dsvora~las-!a, para vi ver mais ardente e mais alta. O amôr só ~ verdadeiro se persevera. Melhor: é verdadeiro somente, se se torna m~ is puro e absoluto.Sua perfeição não est~ na alegria do sim primaveril que os lábios trocaram uma primeira vêz; está na plenitude pesada de seus frutos, no adiantado da estação 1 depois de muito trabalho, mui tas penas e lassidões. São os sim da velhi ce 1 ao entardece·r de uma vida de fi~elidade, que exprimem e consentimen to perfeito de dois sâres um ao ou tro e com,letam esta união que é sua obra e reconpensa • ~ste sim do fim dos dias não é mais a palavra luminosa , a afirmação veemente do jovem amôr • t grave 1 é um vocábulo do coração , que o barulho das palavras amedronta, vocábulo misterioso . que o maiór pu,. • t , dor d e um amor m~s san o pronunc~a somente a voz baixa. ••• "Felizes, dois aJJ:1! gos que se amem tanto, que precisam tanto se agradar um ao outro 1 que se entendam tanto, que sejam parentes , que pensem e sintam tanto o mesmo 1 tão parecidos por dentro,quando sep~ rados, tão iguais, quando juntos,que sintam e saboreem juntos o prazer de calar-se juntos, de calar-se um ao lado · do outro, de caminharem por mu;_


~o go

tempo, mui to tempo, mui to tempo. •• de ir, de andar silenciosamente ao lo,n de estradas eilenei.ôs-as. Felizes dos amigos que se amem tanto, que se c a--· l em juntos numa ten·a que sabe calar-se ••• " ( Péguy ) • Esta"terra que sabe calar-se" não avoca irresist!ve:!.mente o l ar do sim pàrfeit~ que foi a casa de Na.z~. que foi e ~ sempre o coração de hlaria ? ~ interroga.rukb5ate.. lar do Jmôr sôbre seu mistério que os espôsos t errenos aprend'Gt'li6 o segredo do sim verdadeiramente crist'ão, fiel e const an te, sam vagaresi nam reticências, do sim das horas de &lsiedade e das horas de alegriÉI.t do siDi que consente ao outro tal como é, do sim respondido às S,!! as perguntas e às suas exigências por vêzes imcompreenss!veis, do sim que participa de suas alegrias e assume suas mágoas, ao prd'.P1•io exemplo de Cristo e da Virgem da Compaixlo, do sim de tôda abnegação, sem nenhuma avareza s nem rei'J..oênoia.. "Quero aprender can Deus a ser esta cousa tôda bôa. e tôde, d.2: da que n'Ao re6e~ nada e de quem tom&o-se tudo!" ( Claudel ) •

'• .

l..

--

. PARA SUA BIBLIO~CA

"Rumo à Felicidade" Fulton Sheen

--

.,......

Inauguramos com ê-ete tÍtulo, uma secção destinada a auxilia-lo na formaçM de sua biblioteca. Há já algum tempo recst mandamos a brochura "Ouvindo a Igreja do Silência". Indicamos desta vêz,"Rumo à Felicidade", do conhecid:!ssimo bispo e es eritor norte-americano Fulton Sheen, au tor de · inúmeras obras já traduzidas para nossa língua., N'"'ao se trata ~ claro de uma obra de profundidade.~ semelhança de seus programas radiofônicos, que tanto têm a• gradado o pÚblico americano, . seus peque • nos cap!tulos têm muita eousa que já ouví mos dizer, mas que sempre ~ bom ouvir novamente .. O name sugestivo de llvro,"RtJIJo · à. Felicidade" • facilita--lo-á na tentativa . do apostolado da bôa leitura. Experimente.

1.


o

PELAS

EQUIPES

A V I S O

A Equipe de Casais, responsável po~ e~ ta Carta Hensal~ continÚa aguardando noticias ~ bre as equipes de todo o Brasil,

Não deixe

de

enviar seus testemunhos e colaborações. ~ n0sso intuitoa possivelmente na prÓ-

xima carta: publicar em anéxo uma relação com pleta de tôdas as Equipes do Brasil e seus cOII!·ponentes. Colabore

ALEGREMO~

co~osco

NOS COM l!:LES !

Nêste canto de página, participaremos sempre da alegria,pelo presente enviado por Deus

a um lar das equipes , com o nascimento de um novo Jt

,.

'

cristão. 16 mai.o, VirgÚria 1iaria

( Mir t es e J osé Perini ). maio, Mada He:i.oisa ( Neide e Danilo Marchesi ).

a.


-------

ORAÇAo PARA O WS DE JULHO

) .

O calen1 á~io dêste mês traz muitas festas de Santas mulheres começe.."ldo pela Visi taç·ão de Na., Se., à Sta. Izabel: 2 de julho Sta.,Izabel de Portugal clia 8 Na..: Sao do Gar:no 16 Stae tiaria Madalena 22 Sta. Ana 26 St a., i.. Iarta 29 A voca.ç'M prÓpria da mulher, irmã, espôsa~ m'ãe* nos aj u-:~ a penetr at' n a Y'> cação de Na~ S~ : da nossa l l'ãe a Sta. Igreja e no amor de Deus revelado pelo amor das m'ães.·

Deus criou o homem à sua imagem, Como semel.ança de Deus o criou; Varão e mulher os cri ou. A salvação da humanidade, depois do pecado, virá pela maternidade de uma mulher: Porei uma inimizade entre ti e a mulher, Entre a tua post eridade e a sua posteridade • E esta te pi sarâ na cabeça E tu lhe atingirás o calcanhar. Mas a mulher está ferida no prÓprio mistério da sua maternida. Multiplicarei os trabalhos dos teus partos Com dÔr darás filhos à luz Teu desejo te levará para o teu marido E êle te dominará • Na.. Sa.. encon-t ra a maternidade na perfeição da virgindade que a guarda i ndivisa ao serviço de Deus s , Serva do Senhor " Ave cheia de graça O Senhor é contigo E Sta. Izabel continua

••

Bendi t a és tú entre as mulheres E bendito o fruto do teu ventre • As virgens participam dos esponsais de Cristo com a Igreja

e a mulhe r ~ espô sa e mne repres ent a a Igreja no mistério destas nÚpci as de Cristo. VÓs marido ~~ amai voss a s mulheres Como Crist o amou a Igreja e se entregou por ela.

9.


ORAÇlü LIT0RGICA As ladainhas s'ão sempre as orações das grandes circunstâncias na Igr~ j a: para os futuros batisados na vig:!lia pascal, para os futuros subdiáconos, diáconos, sacerdotes e bispos nas ordenações :

Senhor Cristo Senhor Deus, Pa.e do céu Deus, Filho Redentor do mundo Deus, EspÍrito Santo . , Santa Trindade, que so~s um so Deus.

tende piedade de, nos

Santa i.iaria Santa 11m.e de Deus Jrae de Cristo Mãe do dom de Deus i\.rn.e sempre virgem Motivo da nossa alegria Morada do Esp:!ri to Santo Santa virgem das virgens Santa Izabel Sa.11ta ~J aria l!:íadalena Santa Marta Santa Mônica Santa Terezinha Santa Maria Goretti

rogai por , nos

VÓs todas as V&s todas as VÓs todas as Santa Maria,

Santas Virgens Santas Uães nossas Avós,hlraes e Ir.mãs bendita entre as mulheres.


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