ENS - Carta Mensal 1957-4 - Julho

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CARTA MENSAL DAS EQUIPES ., DE • NOSSA SENHORA

..:;.no V - nº 4 :s . p. j ulho 57

sumário

Editorial Ovelha desgarrada e dracma perdida

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Tome Nota Visita do Padre Caffarel Prática Dos Estatustos Regra do vida Formação Doutrinária A Virgem no lar ( II) O Que Vai Pelas Equipes Retiro Alegremo-nos com ôles : Aviso Oração Para o mês de agosto

Secretariado Rua Pa.ragua'iú , 2 5 8 Fone 51-7563 São Paulo


Desde a vossa infância vocês obedecem os mandamentos de Deus e da Igreja~ Depois que e-ntraram para as Equipes, vocês se impuzeram novas cbrigações que são em conjunto, bastante exigentes~ e vocês se esfo~çam para cumpri-las. Voc9s são pessôas direitas. JIJS.o pensem que estou fazendo i roniao Ê tão belo ser um homem di~ rei to nu ser wna m1llher direi ta. Um dia Jesus encontrou um moço que agia desta maneira e São 'Kq·r~; os nos cont e. qu9 "tendo fixado seu olhar, ""'1 ~ . a o rur.ou " (111 . c X., 2..1 '\,~ o caso porém, é que quandQ,len do n EYan~Ellho, yo0ês chegam num ce~to 0apftulo XV de São Lucas, que nos c0nta as parf bolas da miseric~r dia (o filho procigo, a ovelha desgarrada~ a dra ~;JJ A. perdida), vocês n~b se sentem aro aqsoluto atingidos p0r elas, ainda qu9 se comovam até às l ágrimas ~o lê-las. Têm que con~ tatar 9 por fÔrça que não vivem no meio de meretrizes e nem comem junio com os porcos. A Rabedoria mais Ellementar •· inteiramente aprovada pela Igreja- lhes ensina que vocôs não devem se colocar numa tal situ~ ção para no fim se dar ao luxo de faz er de filho prÓdigo • Também são obrigados a reconhecer que estão en tre as noventa e nove ovelhas fiéis atraz das quais o pastor não tem nove e que vocês f azem parte das dracmas que estão na gaveta dA mu lher. Mas estas parábolas dizem res't o a voces, " , pe~ a t o d os n ~, s e nos não podemos levar uma vida cristã como se elas não nos tivessem sido propostas como modêlo pelo Cristo§ Vamos hoje considerar somente as duas Últimas. Porque não vemos nós nas ovelhas e nas dracmas, imagens de nossas atividades, de nossos amôres,de nossas afeições, dos minutos que nós debulhamos ao longo dos dias , de dos defeitos, e mais ainda que nossas faltas, porque não vêr a im~ gero de nossas faltas graves? Tudo isto forma um rebanho, um rebanho bem numeroso,um porta-níqueis ragu1

EDITORIAL

Ovelha Desgarrada e

Dracma Perdida

O ponto essencial da

Regra de Vida

Mui tas vezes vocês perguntam a seus assistentes o que devem por na regra de vida& Aqui vai uma sugestão. Ou antes, uma orientação, onde vocês podem exercer seu esp{ri to de pe.aquiza. -

1.


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larmente cheio~ Vocôs confiaram a p art.e meior a Dat. s., que r em q11e sua vida profissional s e.] a uma coopcraçiio à sua obr a, que o amôr que tôn ao seu marido t à su a mnJ.he r ~ e s e us filhos, seja orümt ad0 par a Élo j mesmo seus pecados vocês nã o querem guarda-los, e a13sím que é pos;j ve J.~ se descarregam de seu pêso,para con fiá... los à misericÓrc:ia do Sa.lv ador7 Pensam estar agindo bem e efetivamente vocês agem bem. :Has nã o é aí que está ainda~ talvez a questão essencial. Não há 1 na vossa vi da uma cen-tésima ovelha desgarrada, uma cima dracma perd5.da ? L'ba. mania 1UL"'a fantasia, uma falta de franqueza s~ bre êste ponto, uma recus a de gene " rosidade naquele outro ? Não é você enfadonho, snn."lador, caprichoso por vezes ? Não h á um m;mento do dia ' .. que o.. Reu 3 somente sou ? T al pessoa, n'iio está excluÍda praticamente de sua amizade ? Voc ês re spo nder ã o : J tão pouca causa, isto tem tão p ouco valôr.Sim . , CF.ICt, dln•·n:; e e pouc a cous u , do mesmo modo que uma ovelha de s garrada num rebe.nl' o de cem ovelhas é uma perda minima, Isto tem po uco valôr a~~o pobre e pequer.;a dra cma. Nem est á mesmo na ordem do p e cad o, do pe r:ad o que se costuma acus ar em confi s R ~•.o ,. E portanto,aos olhos do Se nhor esta parte infima e sem valôr - es ta ~ent é eima ovelhat esta décima dracma ... é tudo ,Jt para reave-la que a exemplo do pastor abandonando seu rebanho ~le corre o campo todo e que como a dona de casa ~le larga a um canto seu porta-ni'queis e vira a casa de pernas para o ar.

di

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O S0nhor é um Deus ciumento mui to p11ra nã'1 "') S qu~ r e r i11T.oi r::mwnte para F:le. Ccmo um e s p3 s o lou t.:al'J18 nte apaixonado por sua ro1 ~lher. , ~le aceita que 'haja no e nrac:- ao de ~ sua esposa uma p ar .e roservnda q:;e lhe se.j a subtrai'.la. Ele n':io pede -q1.1e a gente dê de si mesmo "' ma s q1.'0 a gor.+., e se d"e a s~. mesn Oa.l:!i.!l tre &stes d ~i s tipos de dons h~ es~ p aço s int. G r~es+,el a~es~ · Nà 11 pr•c•tes-temos., Esta centésima ov elh a ~ esta decima dracma,esta p :::trte de n·:>s rcesmo que recusamos, e p • d e nossos OJ..no ' , s .. par n. n os a menJ.na Se prcte xtamos (do má: c0ns Giôncia ) a s~a pe que nês t o seu pouco valÔ:;>sé p ar a me~ .ho r gua rda-la 9 para fa?. Gr {' • d epen d. en~ dela o refugio de nossa J.n ·" , . c·: o. o de nosso amor pr0pr1o, a casa f e.c:huda onde o Senhor não penetra o Nest as condições: suo. regra de vida pesso al, sua regra de vida ~o­ muro, suas resolu~ões de equipe por ocasi'i:í.o da reuni rlo balanço 1 nã o deveriam elas ter como primeiro objetivo encontrar esta ovelha desgarr~ da t esta dr a cma pp, rdida ? São João da Cruz esc1·e·reu "que importa que o pássaro esteja preso por um fio estreíto ou por wna corda grossa ? O fio que o retém pode ser muito fino~ o pássaro continúa preso como pela corda , e desde que ê l f3 não consiga rompo.. lo,êle não P.2 derá vo ar"~ E portanto de importância capi tal fazer da sua regra de vida o i n str~ento eficaz para atingir êste fim.

~:e :r1cs ar..:1 2.

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v. 2.


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DA.

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VISITA

DO

PADRE

r-suj ~ito ~. modific~çõeS" )

C.AFFAID:L ----·--

I

1 cher;eda ei1! Congonhlis reu nJ'i.:~o da E {l;:ipt:J u9 Se-tor, na residência do ca3ol Ne,ncy e Podro t-Ioncau Jr.

.., 11 2 30 hs. - 20;30 hs.

Dia 6 e 7

(sábado e domingo)

- C:.a da es.f;udo dos casais em geral

8 . hs ,, ; entrada 18 hs~ : sa{de. . almoço no rropno 1ocal

..

(segunda-feira) - H ~ OO hs, s reunião com o clG~o reurri.ão com a eqm.pe 7 t cujo casal respon~· - 20,30 hs. sável é Esther e Marcelo .A.revedo,

Diasj.l _'-...P e J.4

( sextar-feira. sábado

e domingo)

- dias de estudo para os responsáveis das equipes: aquipe ·-da 3otor, casais responsáveis~ de ligação e piloto. Dia 16

(terça-feira)

- 20$30 hs~ : Confer&ncia na Confederação das FamÍlias Cristãs~ (Alo Campinas, 82-3) para todas as ewsociações familiares., (quarta-feira)

[ .

- 20,30 hsr : nova reunião com a Eq?,rlpe de Setor na residência do casal Nair e Maria de Jesus

'·' Pr~grruna

1

a ser realizado nos dias vagos : - visitas ao Sr. Cardeal: ao Seminário Central, a pontes pitorescos da cidade ( Butantã, lbirapuera~ Catedral$ Igreja N~ S~ da Paz, Universiclade CatÓlica, etc.,), Santos e Campinas.

l~----- -·-· 3.


PRÁTICA

DOS REGRA

ESTATUTOS DE

VIDA

No Dia de Estudo dos Responsáveis, realizado no di.a 28.. de ubril,um dos pontos estudados foi a Regia de Vida.. Transcrevemos a... qui, o trabalho feito nêste dia pe2.o casal Oswaldo e SÍlvia Lei te de Morais. Dentre as o brigaç'ões que nos são i~ postas pelos Estatu+,os das Equipes de Nossa Senhora, eB contt·amcs uma c~õJ G é enormemente importante, não só para o na sso pro gresso pessoal na viua 1 em todos os seus aspectos, como tam~ém para o progresso das Equipes aro geral~

Essa 0b::-.i .gação é a R9gra de Vida. Temos particularmente a impressão que essa é u."'la das obrigações mais dif:Í~eis e a qual dsvemos dedir;ar um grande esfôrço, pois que só ela p ede fazer progredir a nossa vida e não s6 a nossa vida esriritualp como familiar~ social 1 profission al~ etc~ Pens amos 1 a:tiás r qne a regra de vida não é uma obrigação nova~ no sentido de ser privativa das equipes, pois que ninguem consegue determinado objetivo$ sem se impôr 1.m1 certo "m-?dt.~s vivendi",uma série de pequenas ou grandes obrigaçoes, a que se submete l~vremente, durante u:n certo tempo-r ou mesmo durante t.2 da a vida. Os Estatutos das Equipes nos propõe como uma d o.s obrigações a Re~je Vi:Qf! que consiste em fix ar o tempo e lugar que cada qual entende conhecer , por examplor a assistência à missa, ao sacramento da penitônciaJ à cr açã0p à leitura espiritual,etc. afim de impedir que a fan-tasia presida a vida reJ.igi.osa dos co.n jujes e a tornem caÓtica.. Não se trata de multiplicar as obrigaçõesp mas, de defini~las~ afim de escudnr a vont a de e evitar os desvios. (Estatutos - pag. 7)o A regra de vida J por assim dizer a sistematização e a vivência dos nossos bons pro pÓ si tos para ating,.i.rmos a perfeição da caridade, que é a meta da noss a voc ação sobrenatural. Para atingirmos essa meta, temos necessidade do socorro de Deus e precisamos~ para tnnto, empregar os meios adequadosQ A regra de vida é precis~ mente a escolha dos pontos sôbre os quais devem convergir os nossos esforços, e por meio dela trabalha-los até atingir o nosso objetivo ou; polo menos, procurar atingi-lo de uma maneira cada vez mais ascendentee A rogra de vida nos oj udará mui tis-


simo para libertar-nos dos nossos apêgos, defeitos, hábitos; ser-nos-á utilÍssima em nossa vida espiritual ajudando-nos à alimentarmo-nos da vida dos sacramentos, da palavra de Deus e a exercitarmo-nos e~ determinado esfôrço, na aquizição, principalmente, da um alto controle que nos leve a fa~er não o que ~ da nosso agrado, mas o que agrada a l)e;..:s., vários são os aspectos que devem ser estudados em se tr<J.tando da regra da vida. Inicialmente dtwemos lembrar que ela é u:n meio e não t.m1 fjm em si. Dev-e a,judar·-nos a viver melhor o nosso cristianismo e fazer com que Deus s~ j a soberano na vida dofl noss.:>s lares, libs nao devemos fa zor da regra de vida u~ tabl-p não devemos deixar que e: la dcmine a nossa. persor1alida.de de -tal maneira que suf_2 que a nossa v.J.da f'Spiritual a ponto de acharmos que fora da regra dB vJ.d.a n'ão há sa:.vaçã.o .. É nece3sário portanto~um equilÍbrio consciente) que elEr~•e -:::or.stJ.ntsmento a nossa alma para Deus e faÇo._ do. nossa vide.. ospJ.:·t:,L<aJ. uma asr;ençiio cont,i nua 1 para que possamos vi.·.-E<r dc:m.nadcs pela alegria dos santos e n'ao escrovisados pel0 f0r.rfl11.J.10 apêgo â. letra da regra de vida sem cuidar qe que o seu esp:Íri to que nos de·we vi1·ifi c ar., .!~l.j;_:g_~3.q_D~-~~9-~ia R~_gra. de Vi,<t~: Quando t<'ma.":los vàr1.aa rosC;::.uc;'óes ao mesmo tempo 8 príncipalmentê quando, essas rescl~~ões visam contrariar hábitos jÓ enraizados, ou ent'à~ nos .i;rpõe noyns obr:1gaço0s? o mais pro-.,ável é que~ ape"~:ar de tóda a nossa boa vontade ini cial~ sejamos \'end-ios pE~:lo õ.esâníc0 e acabemos desistindo da arnpreza alega...'1do que nos G lmpossivel levar avante aquilo a que com tanto boa vontade nos propuzemos. Ass:i.m pois;_ a prime~. r a qualidade da regra de vida" é que ela seja _._........ •!"t;rt~ Pe:!.o menos no inÍ cio e necessario que a regra õa ~J.da seja m~nima. O esS8ncial é que êsse min:i..mo seja rigorosR.mente observado. Sabemos pela leitura da vida dos santos 1 que muitas vezes 1 lev&t"® anos lutando ospedalmente contra determinado defeito de que des".'lja,;am livrar-se~ Seria. inutil e contrP.producente 5.ncluir na regra ào vida toclos os despreendimentos a operar, tôàas as virtudes a praticar,tE d0s os deveres familiares e, socJ..aJ.s a :;u;nprir.es0 que e necessan.o,J..s·co eJJn,e colher os objetivos sob o olhar de Deus, como por exe!J! plo: a luta cor.ta determinado defeito; o esfÕr.ço para a aqui.zição de determinada virtude; a escrilha de meios de combate, de esforços particulares bem determinados; o recurso aos sacramentos. Af:ui encontramos a segunda grande qualidade da regra de vJ.da~ ou seja, a rL,ec:I.s>:w. Já vi .. mos que ela dove ser curta? Sab&~os agora que deve ser tar.i':)ém proc~.sa,. Isso não quer di7.er entretanto que devj! mos crono~0tra:- a nosGa vida espiritual. Muitas vezes haverá mais vantagem tomar a resolução de fazer, por ~

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examplo,a meditação às 7:30 horas 1 do que fixar 10 min~ tos por dia para a meditação. Por outro ladot não é suficiente tomar resoluções vagas, como por exemplo, "devo ser mais caridoso". Ê preciso descer aos detalhes,d:!, zer, por exemplo: "ser:ili mais pontual~ pois que a falta de pontualidade leva ao eno~vrunento e consequente mente a falta de caridade. Uas além de ser curta e precisa, a regra da vida deve ser escrita, pois não podemos confi ar somente à nossa memória, o trabalho de guardar as nossas resoluções. 2gando estabelecer e como organizar a nossa regra. de vi!!ê:? Devemos escolher para isso os momentos em que tenhamos a possibilidade de rever a no~ sa vocação crist~ O silêncio de um retiro ou de um dia de recolhimento seria o momento mais propÍcio para isso. Para organizar a nossa regra de vida devemos ter em conta certos princÍpios. Assim, por ~ ~amplo, uma determinada regra de vida não convém da mesma maneira a todos os tempcrar.1entos. 6ada qual deve escolher uma regra de vida adaptada às suas condições de vida, a seus trabalhos, aos seus estudos, às suas ocup~ ç'ões habi tuais 0 N"'ao pode hav0r uma regra de vida padrão. Outro princÍpio é o seguinte: a regra de vida deve ser roalÍsta~ Devemos fugir o quanto --,;--possivel da fantasia o somente tomarmos resoluções que tenhsmos possibilidades e polo menos propabilidades de poderem ser cumpridasc Assim por oxGQplo, é melhor que se de'teroine ouvir a Santa l.iissa todos os sábados, e cumprir essa determinação à risca,do que prometer ou vir missas todos os dias e acabar não ouvindo em nenhum dia da semana ( excéto aos domingos., •• ). Outra cousa inportante ~ n'ão introduzir qualquer novidade na regra de vida, sem antes ter feito a sua experiênciao Mas, perguntamos como organizar a nossa regra de vida? Devemos elabora-la sÓzinhos? Seria mui to difÍcil e talvez contraproducente. A quan1recorrer então ? Em primeiro lugar ao assistente - da Equipo a que pertencemos, pois que êle nos conheço e conhece, por isso, as nossas reações humanas.Conforme as circun~ tâncias podemos recorrer tambéo ao nosso diretor espiri tual ou confessor habitual o ainda ao nosso conjUje : PrincipalQente devemos interrogar o Senhor sobre a sua ventado e rezar para obtermos as luzos que nos são ne4 • oessar~as.

Outra questão importante Ó a segui,!! te: a rogra de vida , deve ser pessoal ou comum aos conji4es? Cada um de nos deve ter a sua estrategia pessoal que exige a penetração de certos detalhes. por outro !a do, certos pontos da regra de vida pessoal, não .podem ser adotados por um dos conjugas sem o acôrdo do outro. Exemplo: hora de deitar; reserva para si de uma ou mais noites por semana, fazer um trabalho ou uma leitura juntos; determinados esforços de ascese; determinada oração ou meditação em c amuo. 6.


Daí se segue que deve haver uma regra de vida pessoal e uma comum u.os cê.njüges, Como orientação gGral tôda regra de •Tida deve tender para uma determinada atitude da al.ma, em relação a Deus~ Por exemplo: o abandono à Providên cüq a ·e ntrega total de tôda a nosaa vida a D"'"!S; a car~dade~ Exercitar a ca~idade vendo sempre no próximo um membro de Cristo, ou então, uma atitude de alegria, de disponibilidade, etc., A regra de vida deve levar-nos a um esfôrço para melhorar a nossa vida, não só no plano re~ ligioso;: como t ambÓm no plano mera.1.1ent e natural., Ta.nte e~ um con1o ao ou·tro plB.tlO o nosso esfôrço de·.re ser desem·olvido ~ não só no s('ntido positivo da aquizição de virtqdes: de bons hábitos:! cl.e realização de trab~hos posi;üli.~cs. como no serrt::d.o !:egat.ivot ào combate as más inclina9'ões » ao es0rupu:!.o~ e.o respeito humano~à rotina,

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et~o

No pl.c.no r eli e;inso se verificamos que a nossa vida espiritual 9 ab.::::r-recida 1 ).sso quer dizer qu.e nossa fé é fr aca, E prer.::J.:;o então t;ombater de frente êsse mal'!l E d5.S90IãOS dEl vá~·J.os recursos: a nossa oraç·ao~ a frequência aos sac-r>3;!lentos, a meditação. E Sobretudo incluir ora'jã.'.) eM n0s sa prÓpria vida., 0 0f2, recimento do nosso dia a Deus Elm tôdas as suas alegrias, tôdas as suas dificulC.ades ~ t ôdas as su?.s tristezas,deve conservar"hos unidos s~~pre ao nosso Deus~ E o trab~ l~o 1 o estudo, o pa ssai o ~ a visi-ta 1 feitos com êsse es .. pi:-H o não consti tuiráo or"l.ção ? No pJ.ano natural, desde que a graça e a nature?.a são como duas m~os unidas, devemos colocar eill nossa regra de vida relaçõe s que nos ajudem a viver melhor~ d captar a simpatia dos outros para o ~ristia nismo 1 a tornar a vida do nosso prÓximo mais amena e mais alegre, Assim em nossa regra de vida pessoal não nos devemo's descuidar de incluir a realização de esforços no sentido de desenvolver a cultura, a pontualidade, a ordem 3 a elegância, etc~ ~~ prátJ_caJ como_§eve~os proceder em relação a exe,gução <La re_gra de vj_9..~ ? Devemos 1 J cl_ê: ro, pensar sempre na regra de vida e controla-la, por ocasião do exame de consciência diária ou no exame feito antes da confissão~ Devemos praticar a regra de vida por amôr de ·neuso é preciso tamb4n saber derroga-la am certas circunstânciasft Por exemplo: um dever de caridade; interromper · a meditação para atender um telefonema urgente; interromper uma leitura espiritual para separar uma briga de crianças, etc~• fazendo tudo isso por amôr de Deus. Q....!!!.~ido e a II}..UlV.er não po.§em auxiliar-se mútuamente na pratica da regra de vida? E certo que sim e em ~ias oportunidades., AJ..i.cisp J W:na ocasião de praticarem os espôsos o auxilio mútuo. No dever de sentar-se ~ por exemplo, podem trocar ideias sôbre a regra de vida pessoal de cada um e em comum do casal.

a

I

7.


Aird a na prÓpria reun~~:~.o da

equipe

pode haver troca de idéias sôbre a regra de vida. ti,~i~]&Uill..._R·3Zf..UilJi.,.d.~: a regra de vida deve ser cuida:ie com0 o j a:r.::·~.11e l ro c;Jida do seu jardim.. Q ma sepRrata da Carta Hen'.U'l que es-t'..tda a regra de vida no s ensina que a re~ra de vida deve ser revista sem)re qu~ necessário, e inwnera vá~ios casos: a) quanda é in2 pcrtuna~ mal adaptda 8 i~precisa; b) quando é imprati caytÜ 3 por dooais ambiciosa_, pr0tenciosa; c) quando j~ gar)Ja-nS"s o bombate em que nos emp17!1hO:Í.•ramos; d) quando há a):teraç0es e;n nossa vida: obrigaç'õos novas, ·>i tuaçí1es dj.vcrr.a.s~ doenças., fé:-io.s, muclança de meio. De-ve ai.,n da Sflr re ,dsta qw3.r!rio ha ~a:tsaçofl rot~.na, ou entã.o 3 para SE;!' adaptada ao teupo 7.itÚrg:i.ço (a.:lve:rr~o_,quaresma), De tudo isto se c.:mclue que a regra de ·d.da tem grandes vantagens!! porque nos lAva a pro:u:-ar a 7ontf:.d3 C.'3 Dcusj nos cond.ll7. ao ccnhecirnento de . . " .. . nos mes1,.0 ; '3nPca a nossa vont:?.cle~ e rer:1~t::.~o para a ~n qeietaçào daqueles ~-:.:e é.asoj ~.., ser per!e:t.·'·, os iroedi atamonte em todos os po:trto·::q oGtabilizo. e orienta a nossa vlda. Por outro lado., oferFlce s Rlguns perigos que deyern ser sempre com'.:la;~idos, Un cl0J.6s 6 o de nos contentarmos c'Jm o min~mo que fci fi.xaC.o e julgax-mos o nosso prÓprio yalór espirit:Jal poJ.a obsonrância d0sse m:Cnimoo Outro perigo~ J o de nos limitarmos apenas 'a letrn. da rep;ra de vida., Dovemos ct•idar que o esp{ri to ;{~ej a al::. rt:f~rlo pe:ta letrA, e dos confiar do f<'rms.lismo de una r"lli[;5.'5D fA:l ta de fÓ::mulas e deveres; de uma vida foita do reguloroentose A nossa religião deve ser não uma religião de regras, mas sim da caridade., O aoôr deve animar tôda a nossa vi~

'

da~

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repetimos pois que a r2 gra de vida deve ser um meio para a nossa santificação e n~ um f:i.m em si. De-,emos nos encaminhar pru·d. a liber dade espiritual dos santos e fazer de Deus realmente o soberano de nossos lares.

·_. ·Pedimos noYPmente aos c'3.sais res

pone:Úv~is quoj~;~o:n -~os relatÓrios :

os testemunhos co1hj_d':)s em suas equipes sôbre a reg-:-a de Yida,. Lombr ar·.1QS atodos os casais que grande e.ux.iJi o pode ser para os outros. as dificu~da des I!lencionadas o as o;cperiências •ri: vidas por cada um dÔl 3s.,

Concluindo~


Por um lapso~ na carta ~ terior faltou a indicação da origem desta série de artigos. A mesma é de autoria do Padre Caffarel e foi publicada na Revista L'anneau d'or.

. (

FORMA~

"A

DOUTRINARIA

VIRGE~J

l\!Q

LAR"

O SIM DO SACRkiE Nl'O

Al.6m

.

..

de ensinar aos espôsos como viver o mistério do "sim", um sim cada vez mais pleno 1 Nossa Senhora ensinar-lhes-á primei ro que nwguem pode verdadeiramentedizer a outrem se antes não disse sim a Deus. Pois aquele que cot:sen• te a Deus, recebe em herança o poder do amôr divino e pode dizer com tôda a sinceridade: "A fÔrça atra.vez da qual te amo não ~ifere daque la atravez da qual existes". ( Clau: del). ~ o pr6prio amôr de Deus que passa por sou coraç~o para atingir outro coração. Consinta êle melhor, abra-se mais e o amôr divino será nêlo tuna perene nascente a jorrar • Se é verdade que devemos consentir a Deus antes de dizer sim a outrem, deve-se acrescentar que ôste sim dito .a outrem reno va o consentimento a Deus. Assim,p~ ra espôsos cristãos, dar-se um aÕ outro é dar-se a Deus e é também, s! multâneemente,transmitir àquele que se ama as graças recebidas para êle de Deus, abrir-se a presença do ou. tro é acolher em si a vida divina da qual é portador e que nos oferece; já a possuimos,é verdade, mas n~o é possivel desenvolve-la. cada vez mais? O amôr vem de Deus, vai a Deus e só podo viver perfeit&uonte em Deus. Aquele que repudia o amôr divino nunca conhecerá a plenitude do amôr humano. Não so ama verdadei ramente afÓra de Deus. ~ impossivel aos espôsos prescindir da presença

, ...11 "Os amantes nunca es t -ao soo escreve G.. Thibon; "Se Deus não está nâles para uni-los, está entre êles para separa-los". Esta presença faz a alegria dos espôsos cristãos, por ,_ ' , . que sabem que nao pomenta não e Cl.~ menta e lhes impõe de moderar seu amôr~ mas~ muito pelo contrário,exi ge que se amem cada vez mais; tanto mais que os fortifica e os ajuda nesta dificil e magnÍfica empreza • E quando~ãs horas sombrias,não veem mais a estrada, quando a grande pr~ sença divina os intimida, ainda po• dem recorrer à sempre vizinha e ter na presença da Virgem Maria. O casal também, como cada um dos espôsos, deve dizer sim a Deus, O coração do casal, êsse c~ ração novo, o ~nico fruto dos dois corações que se deram um ao outro 1 deve consentir a Dous e dar-se a ~le. Então, o sim do amôr a Deus , que muitas vezes será renovado, ch~ ma o sim de Deus, · que será para o lar fonte do vida e mais t;::.rde rio de vida, e dar origem, no curso dos seculos, a um povo de filhos de Deus3 Porque o casal disse sim, a vi~ da está nêle, jorra dâle, e vai fecundar a terra, mistério âsse pr6x! mo ao da Anunciação. A Virgem gerou a cabeça, o casal gera os membros. O casal descobre maravilhado, que, unindo seu sim ao de Maria, colabo ra com Ela e contribue a dar Cristo ao Pai e aos homens. divina<~

9.


RETIRO

Ccmeçou à noitinha de sexta-feira e terminou no domingo à tarde o primeiro retiro de casais dêste ano em Baruer!, de 17 à 19 de maio. Mais de 20 casais estavam inseri tos, mas, certamente motivos imperjosos não permitiram que vários dêles o~ vissem a transbordante palavra de fé e amôr de Frei füguel Pervis,o.p. assistente de uma das nossas equipes e que foi o pregador do retiroo Catorze casais lá estiveram e pudelllos notar a sua §: legria, sobretudo no final, percebendo-se .. :n:f.tidamente que todos tinham um propósito: voltar no prÓximo ano (tm dêles chegou mesmo a declarar que se fôr possível, volt~ rá a se increver no retiro de outubro). Os mistérios do Rosário e as Estações da Via Sacra foram meditadost por orações expontaneas, p'3bA casais. Na bençã.o final, diante do Sant!ssi!Ilo ....-wios casaa... ia manifestaram comovidamente o seu pedido ou O S 9 U

o

que vai pelas equipes

gradecir.:~ento.

O tema central desenvolvido pelo pregador foi o da cor:1preensão "Boa Nova'' que o· Evangelho encerra, e cuja pressupõe humildade e grandeza da almao . A Í'ltima palestra versou sôbre a dimensão comunità~ ria, quando Frei Uiguel nos demonstrou com clarez e e exe!] plos, que cada um de nós tem um desabrochamento pessoal, cuja realização só se opera na comunidade,O prÓprio Çri~ to ao aparecer, o faz atravez de uma dimensão comuni tá ria, nas bodas de Caná, escolhendo doze apÓstolos, etc • A instituição dos sacramentos supõe pelo menos duas pessôas. Pràticamente, na vida cotidiana, o nosso an:Ôr a D~ us se manifesta com o amôr que devemcs ter o.o prÓximo.

ALEGREMO-NOS COM -

~LES

!

4 junho, Maria Fernanda ( 11. Conceição( Nenê) e Elias C. Camargo )

A V I S O i

Levamos ao conhecimento de todos os casais, que o Pe.Leonel Corbeil, reitor do Colegio Santa Cruz, e assi~ tente de uma das equipes, gentilmente colocou à disposição de todos os equipistas (e filhos ••• ) as quadras esportivas do citado colegio. Desde j~ avisamos quo vários casais já estão se encontrando todos os sàbados, à partir das 15 hs. ,para jogar partidas de volley, enquanto seus filhos correm e brincam livremente. Desnecessário será dizer o gr ande benef!cio que êsse oferecimento dos Padres Canadenses trouxe para as Equipes~ uos quais e em particular ao Pe. Corbeil, aqui agradecemos sinveramente por todos os casais. 10.


ORAÇ'AO

para o mês ele agosto

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O mistério do Pentecostes não foi um f ato de U' '"! dia só. O dom do EspÍrito pelo Cristo glorificado constituo uma mudança. profuE da na noss a condição humana; não só em alguns s antos, mas sobre tôda a carne como dizis o profeta Joel. Realidade esquàcida por causa d .õ~ sua discreção.:g como o ar em que vivemos e quo o sentimos só qu~ndo nos falta. ~as epÍstolas dêste mss,São Paulo chama v1rias vozes a no~ sa atenção. No 102 domingo depois de Pentecostes - "ninguem pode di, zer: Jesus é Senhor, senão no EspÍrito S.:mto". O EspÍrito é que distribue as graças om função das atribuições no Corpo MÍstico. No 11º o EspÍrito ~ que ressucitou Cri sto e faz os ApÓstolos testemunhar da ressurreição. 1~ 122 os ApÓstolos são os ministros do EspÍrito.Enfim eis o toxto da Ep{stola do 82 domingos depois de Pentecostes: "Irmãos: :t'tào somos devedores à carne, para que vi vamos segundo a c ar~~ o Porque, se vivordos segundo a carne 1 morrereis j mas se 1 pelo espÍrito 1 fi zerdes morrer as obr as da carne, vivereis. Porque todos aquele s que são conduzidos pelo EspÍrito de Deus, são filhos de Dcus 0 Porque vós não recebestos o espÍrito de es cravidão para estardes novamonte com temor, mas r ocebestes o espÍrito de ad.2, ção de filhos , morcô da qual clamamos, dizendo: .llia (Pai). Po r que o r.wsJ -:o EspÍrito dá testemunho ao nosso esp{rito~ de quo somos filhos de Deus. E se somos filhos t t aP.I bÓm sor,lQS herdeiros; herdei.,. ros de Deus e coherdeiros de Cristo 11 •

O Salmo 22 é frequentemente aplicado a Cristo, o Bom Pastor. Assim como exprime muito bcu u presença constante dentro de nós do "Outro Paráclito". ORAÇ'l\0

litlÚ'gica

1 •

Em pastagens verdejant es me apascento

Carinhoso me conduz Para as águas e scolhidas do meu pouso Que r efazem a minha alma ~ segura a estrada quo me aponta Nisto êle empenha o sou nome Encontrando uma passagem perigosa O que posso eu temer Teu bastão e teu cajado me protegem E me dão segurança Paro. mim tu preparos 1..11!1 banquete Em face de meus inimigos A cabeç a tu me unges com porfuwos Dás-me ~a copo a transbordar Alegri a e ventura diàriamente São as minha s coHp <.mheiras Tua cas a é Senhor minha norada Por tôd a a minha existência

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