ENS - Carta Mensal 1958-7 - Outubro

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SUMARIO

secretariado rua fon

EDITORIAL

são Vocês "Crentes"? OUVINDO O SANTO PADRE

Centenário das Aparições em Lourdes .QBSEJITAQOES

Importância da Reunião Preparat6ria TEê'm~

Oração das Equipes L"BMOS E GOSTlJ.WS

Amor e Casamento Fecundidade

Y!1! J. PENA ..êfdl PUBLICAJ;Q Partilha ~

SUA BIBLIOTECA

Para Construir um 1mxndo Melhor Claro Caminho O QUE

lli.

PELAS EQUIPES

Retiro de Agosto com ~les

Alegr~mo-nos

AVISOS

Recolhimento Paiol Grande Material do Secretariado ORAClO Pl1.-R.A O MES ~

Novembro .A:rio VI -- a!.]_ - _§d::. - Outubro 2§.

carta 1n e n s. a 1

das equipes de Nossa Senhora

po.~raguaçu,

51-7563

- s.

258

paulo


'~6s

procedemos sempre como se tivéssemos a missão de fazer a verdade triunfar, quando temos apenas a missão de combater por ela" Pascal

.

.. . ·····


Crentes' ~ste termo aparece muitas vezes nas Escritu ras . Hoje não mais o empregamos, nossa geração parece apreclalo pouco. Ele possui, no entanto, um belo sentido. O crente é o homem de fé. Seu pensamento,seus amores,sua ação e suas reações são inspiradas pela f6. Sua vida é fundada na fé. Mas verdadeiramente o que é a fé? Eis uma das melho res definições: "Uma participação no conhecimento que Deus tem de Mdas as ooisas". ~ precisamente sObre êste último aspecto que eu quero falar-lhes um pouco, antes de convidá-los a se interrogarem sôbre a sua fé. Têm vocês o ponto de vista que tem Deus sdbre tôda.s as coisas? Aquilo que Ele acha bem, aquilo que E1e acha mal,t~ bém voc~s o acham tal? Não me deu10rarei nesta primeira consido::o ração, pois tenho ainda muitas coisas a lhes dizer. O meu propó sito hoje,~ levá-los a pergun+.arem a si mesmos: '~eu olhar in terior, sabe êle ver Deus em todo lugar, e em todo lugar agindo e santificando; Sabe ~le discernir a dimensão divina dos sêres que me rodeiam e dos acontocimentos?"Eu. me explico comexemplos: no 6nibus ou no bonde, esta multidão obscura, grosseira, sofredora, olham-na vocês com o olhar do Cristo? Surge em s8us corações a gr~~de piedade de Cristo por ela? Este doente, ôste po bre, esta mulher abandonada, que esperam o nosso socorro, desc~ brem voc~s em sau ap&lo o acento inconfundível da voz de Cristo? Pais que se inclinam sObre seu filhinho, percebem vocês a SS. Trindade presente em sua alma? Conta-se que o pai de Orígenes , à noite, se aproximava em silêncio de seu filho adormecido e bei java o peito da criança, taben1áculo de seu Deus. N~stes acont~ cimentos que transtornam os seus planos, v~m voc~s a n.i,ião de Deus" como diziam nossos pais? Lembrem-se das palavras de Pas cal: "Se Deus nos indicasse amos com a sua pr6pria mão, 6! como seria preciso obedec~-los de bôa. vontade. ~!as a necessidade e os acontecimentos o são infalivelmente". E quando os jornais lhes referem êstes acontecimentos mundiais crueis, desconcert~ tes, inquietantes, sua fé lhes diz que o Cristo é vencedor, que Ele conduz a História com mão de mestre e que seu amor irrepreensivel e infalível não poderia ser frustudo pelos homens? Les~ jam voc~s adquirir êste olhar de ' fé e as reações a que dle ob=i ga.'? Permitam-me sugerir-lhes um meio Voo~s decidam que hoje, da manhã à noite, erão exercitar-se especialmente em v~r todos os EDITORIAL sêres e todos os acontecimentos com os olhos da f~. E voc~s inau gurarão o seu dia com esta inspirada oração de Ezequiel (11,19) "Senhor, ponde o vosso olho dentro do meu coração". Garanto-lhes são vocês "crentes"? que o seu dia não ser~ igual a os outros. de

:f~".

Qle ~ste uno de 1958 seja assim pontilhado de "dias O bene:fício será grunde.

Pe. Caffarel

E quando êste "dia de f~" não se distinguir mais de todos os outros, então regozige-se, é que você se tornou um crente, êste justo de que fala a Bíblia: "O meu justo VIVE de fél P. S. - Cristo disse - "QJ.ando dois ou tres se reunirem em meu no me, Ell estarei no meio dêles". Ser~ que vocôs acreditamde fato nisto? Será que em suas reuniÕes de Bquipe voc~s vivem esta verdade?

1.


Continuamos a publicar t6picos da Enciclica de S.S. Pio XII , s~bre o

"CENTEN.!RIO DAS APARIÇ0ES D.l SANTISSllliA VIRGm :EM LOURDES'' Renovação Social •

1. Um esfôrço coletivo Mas por primordial que seja, a conversão individual do peregrino não saria o suficiêntc. N~ste ano jubilar, N6s vos exortamos. Caros Filhos e Veneráveis Irmãos, a suscitar, entre os fiéis confiaods aos vossos cuidados, um csf~rço coletivo de renovação cristã da sociedade, em resposta ao apêlo de Maria "~e os espíritos obscurecidos sejam iluminados pela luz da ver dade e da justiça, pedia já Pio XI por ocasião das festas mari~ ais do jubileu da Redenção~ que aquêles que se acham no êrro voltem ao caminho reto, que uma justa liberdade seja por teda a parte conciliada pela Igreja e que uma era de conc6rdia e de verdadeira prosperidade se levante em todos os povos". Ora, o mundo que oferece em nossos dias tão justos m~ tivos de orgulho e de esperança, conhece, também, uma formidá vel tentação de materialismo, frequentemente denunciada por No~ sos Predecessores e por N6s mesmo.

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OUVIN:OO

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.2. As diversas formas de materialismo stiliTO l'ADRE

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Êste ~ateri~lismo não está sõnente na filosofia conde nada que preside a política e a economia, de uma porção da hum~ nidade? êle se encontra também no amor ao dinheiro cujos estrago-s se amplificam na medida das emprêsas modernas e que orienta determinações pesadas para a vida dos povos; ~le se traduz pelo culto do corpo, a procura excessiva de confôrto e pela fuga de tôda austeridade de vida; êle leva ao desprezo da vida humana , dessa vida que é destruída antes que veja o dia; êle está no d~ sejo desenfreiado do prazer que se gaba sem pudor e tenta mesmo seduzir almas ainda puras; êle está no abandono do irmão, no egoísmo que o destroi, na injustiça que o priva de seus direi tos, em uma palavra, nesta comcepção da vida que regulamenta tu do em vista exclusivamente da prosperidade material e das sati~ fações terrestres. Minha alma, dizia um rico, tens uma qualidade, bens em reserva para wuito tempo: repousa, como, bebe, faz festa. Mas Deus lhe disse. "insensato, esta noite mesmo te virro pedir a alma". (Luc. XII, 19-20) •

3. Papel dos padres e das almas consagradas A uma sociedade que, na sua vida pública, contesta frequentemente os direitos supremos de Deus, que deseja ganhar o universo ao preço de sua alma e se precipita assim para a sua perda, a Virgem maternal lançou cmmo que um grito de alarme. Atentos ao seu apêlo, os padres ousam pregar a todos os que não t~m crença, as grandes verdades da salvação. Com efei to, não se fará uma renovação durável, senão for fundamentadanos princípios imutáveis da fé, e é tarefa dos padresformar a consciência do povo cristão. 2.


Alám disso, a Imaculada compàdecida de nossas misérias e com tOda a clarevidência de nossas necessidades se dirige aos homens para lembrar os trabalhos essenciais e austeros da conversão religiosa; os ministros da palavra de Deus devem com sobrenatural segurança, traçar às almas o caminho estreito que leva à vida. Isto farão sem esquecer o espírito de doçura e de paciGncia exigido para isso, mas som nada encobrir das exigências evang;~Ji c as . Na escola de Maria ~les aprenderão a viver para do.r o Cr·ü=:-~ o ao mundo, mas se for necessário tambám, a esperar com fé a nor.a de Josus e a permanecer ao pé da cruz. Ao redor de seus padres, os fiéis devem colaboração m~tua néste esfôrço de renovação. ~ onde a P.rovid~ncia os colo cou que podem mais ainda fazer pela causa de Deus ? Nosso pepsamento se volta primeiro para a multidão de almas consagradas que se davotrun, na Igreja a inumerávei& obras de bem. Seus votos de religião elas aplicam mais que outra:; para lutar vitoriosamente, sob a ágide de Maria, contra os desmandos do mundo em relação aos apetites imoderados de indepen d~ncia de riqueza e de gOzo; também ao a~lo da Imaculada desejarão elas se opôr ao assalto do oal com as armas da oração e da penit~ncia e pelas vit6rias da caridade.

4• Ação sObre o plano familiar, cívico, profissional Nosso pensamento se volta igualmente para as famílias cristãs, a fim de conjurá-las a permanecerem fiéis à sua insubs tituível missão na sociedade. ~e elas se consagrem n~ste anojubilar, ao Coração Imaculado de l:!arial Este ato de piedade será para os esp$sos uma ajuda espiritual e preciosa na prática dos deveres da castidade e da fidelidade conjugais; ~le guardar~ na sua pureza a atmosfera dl lar onde crescem as crianças ; bem mais, êle fará da. família, vivificada pela sua devoção mari a.l uma célula viva da regeneração social e da penetração apost~ lica. E, certamente, fora do círculo familiar, as relações profissionais e cívicas oferecem ams cristãos zelosos do trabalho do renovação social um campo de ação considerável. Reunidos aos pés da Virgem, d6ceis ~s suas exortações, êles terão, primá ramente sObre sí mesmos um olhar exigente e desejarão extirpar de sua. consciência os julgamentos falsos e as ~eações egoístas; <temendo a mentira de um amor de Deus que nãofiraduz e:q1 amor afe tivo de seus irmãos. Eles procurarão cristãos de tOdas as classes e de t~das as nações para se encontrarem na verdade e na ca ridade, para banir as incompreensões e as su~peições. Sem dúvida, enorme é o peso das estruturas sociais e das pressões econômicas que p~sam sObre a b6a vontade dos homenf e frequent emente a paralisa. Mas se é verdade como Nossos Prede cessares e N6s mesmo temos sublinhado com insistôncia, que ã questão da paz social e política é, antes de tudo, no homen , ma questão moral, nenhuma regonna será frutuosa, nenhum acôrdoserá estável sem uma mudança e uma purificação dos corações. A Virgem de Lourdes lembra isto a todos nôste ano jubilar!

u

3.


OBSERVAQ0ES de um Casal de Ligação

IMPORTANCll DA REUNUO PREPLMTOR:U

Vo~ês sabem por que ~ que se chama "casal animador", aquêle que rec!:_ be as suas respostas ao estudo do tema, todos os mêses e orienta os debates durante a reunião? Porque ~ que êle .deve encontrar-se com o casal responsável eo Assistente da sua equipe, antes do encontro mensal da equipe e com êles preparar a reunião? Tentaremos explicar-lhes os motivos dessa exigência dos nossos esta tutos, que, como t~das as outras, foram sugeridas pela necessidade e aprovadas pela experiência. Ninguém duvida em afirmar que tudo aquilo que é preparado, é me lho r. Tentem fazer um discurso, ca.n tar

uma melodia ou executar um trabalho manual sem pr~iamente fazer um esfOrço , exercitar; terão certamente um mãldgro completo. áo malôgro também, ou pelo m!:_ nos, ao pouco sucesso e pequeno proveito estão destinadas as reuniões que se realizam sem o devido preparo, passando por cima do encontro pr~vio do ~ssisten te, o responsável e o animador. "Animador", como a pr6pria palavra diz, é o casal encarregado de gg rantir o entusiasmo pelo tema, o in te rêsse pelo assunto, mostrando a sua import~ncia e o quo se pode tirar d~le. Esclarecido na reunião preparat6ria,pelo Assistente e pelo casal responsável, tal casal estará em condições de apre sentar o estudo dos outros e o seu :pr6prio estudo, com conhecimento de causa e não de maneira a~rea, cheio de dúvi das, provocando ao contrário da anima ção da reunião, o desinterêsse pelo 'tema ou mais dúvidas. Provocaria o prolon gamento desnecessário ou mesmo confusãÕ Ele deveria ser o casal que, privilegia do, por ter podido discutir tddas as respostas particularmente com o Assis tente e provocando a maior participação do responsé.vel na reunião, iria orien tar os deb ~ tes e animar os que por ventura estivessem com dificuldades. ~ém do tema, é nessa reunião preparat6ria que se prevê tdda a reu nião do mês, desde a oração, até os avi sos. ~s datas importantes para as equi~ pes, que estiverem pr6ximas, deverão ser estudadas e o casal responsável deve pm parar um roteiro para esclarecer e en~ siasmas os seus companheiros, com rela~ ção àquilo que se aproxima, como no mês passado deveria ter sido feito com relação ao retiro, sObre os quais muitos Responsáveis c Assistente. não falaram, por hábito de não programar tudo na reu nião preparat6ria. Se alguns casais se abstiverem de tais práticas de devoção por negligência de seu Responsável ou do seu Assistente, tememos que sdbre ~les re caia a responsabilidade do fato de taiS almas não receberem as graças que lucra riam indo, por exemplo, ao retiro ou à peregriiU].ção. t nosso desejo, pois, que as equipes caprichem muito no sentido de realizar infalivelmente a reunião prepa rat6ria e ~ deve ser realizada. -

4.


lis T E M

u N H

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IDgo que entramos para as Equipes e tomamos

conhecimento

de

tOdas as obrigações dos EStatutos resolvemos as aumí-las na sua totalidade,po is, julgávamos que só assim poderíamos viver inte g~almente a mística, os mei os e o objetivo das Equipes de Nossa Senhora. Procuramos viver t~das as obrigações da melhor maneira possi-

" do nosso vel e, confessamos que foi de grande valia os conselhos e sugestões Assistente. Se oada uma das obrigações trouxe um grande enriquecimento pa

ra nós e tamb~m uma grande alegria, não podemos deixar de testemunhar que

a

Oração das Equipes representou e representa algo f6ra do comum em nossa ascensão espiritual, pois, atualizando ou modificando a forma de fazê-la,

te-

mos conseguido com grande satisfação uma visão nova do cristianismo univer sal.Oamo nos 'toca a alma e nos eleva, ter a certexa de que naquêle dia ou naquêle instante, dàzer.as, centenas, milhares de almas se aproximam de Deus, atravez de Nossa Senhora, orando as orações pr6prias do tempo litdrgicol E é es ta vi são universal da Igre ja, da Eclésia, enfim do nosso Movimento, que r epresenta um grande apoio invisível em nossa caminhada ~a ra uma vida conjugal e fami liar mais cristã e mais perfeita. No i níci o cost~ávamos rezá-la de joelhos antes de tarmos, posteriormen~e e~ vi rtúde do nosso desejo de iniciar nosso

nos dei filhos

nas p:.. ~ticas do cr i s ":;iani smo, passamos a rezá-la após o jantar ou antes das crianças se recolherem~ s empre apresentando, em pequenas doses o sentido e o objetivo na Oração das Equipes. Certamente esta não será a forma definitiva de fazê-la, pois, com o aumento da f amília outras formas deverão ser procuradas,

outros meios

deverão ser tentados para interessar todos na sua participação.


Casamentot vocaçãq, de santidade Uma das coisas que contribuíram para nos aproxi mar de Deus, foi a experi~ncia nova de procurá-lo "a dois" Comentávamos juntos livros, atividades profissionais e re . ligiosas; !amos juntos à missa, durante a semana, bem ce~ do; tínhamos o mesmo diretor espiritual. As lutas enfrentadas a dois, e o esf6rço que fizemos a dois, para procurarmos compreender a vontade de Deus e a ela nos submete~ mos integralemtn em graves circunst~cias de nossa vida , contribuíram certamente para a nossa aproximação mútua e para que, juntos, nos aproximássemos de Deus. Respostas aos Temas de Estudo

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AMOR

~ 'CJ.SAMmTO I I

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EsyOsa: Na vida conjugal, o eixo de nossa ·vida muda de ~ rientação. ~do solteiros, ela se orienta com facilida de para Deus. Depois de casados, ~ste eixo se volta, mesmo inconsci~ntemente, para as coisas materiais ao redor das quais gira a vida de família. E se a nossa espiritualidade não fôr - já na ocasião do casamento - um pouco ~ funda, há o risco de não se nortear mais ~ste eixo para Deus, ou pelo menos, s6 fazê-lo muito mais tarde. EspOso: Acho que o casamento não foi para mim um obstáculo ao amor de Deus, porquanto houve com ~le, uma intensificação da vida espiritual, seja por causa de uma espiritualidade mais intensa em minha espOsa, seja por influ~n­ cia da direção espiritual que ambos tomamos, com o mesmo sacerdote, direção esta que nunca tiver~ anteriormente. A equipe constitue na nossa vida conjugal, um marco divis6rio entre duas fases bem nítidas. Embora houvesse antes dela, vida de perfeita harmonia e ent~ndimento, a vida da equipe, o estudo dos temas, o dever de sentar-se a procura .de uma vida familiar mais cristã, nos levaram a uma C<;!Epreensão maior um do outro. A nossa vida conjugal e religiosa ganhou sensivelmente em profundidade. Havia na nossa vida conjugal dois a~pectos mais ou menos independentes; um d~les, quase quo e;wlusivamente material, correspondia às atividades como casadosf o outro, a vida espiritual, era coisa à parte, mais ou me nos independente da vida conjugal, e superpondo-se a ela. Com a equipe, fizemos a descoberta de que ~stes dois aspectos podiamse entrosar perfeitamente, como de fato passaram a se entrosar, E o nosso cristianismo pode se inserir inteiramente na nossa vida, dando-lhe maior unidade e fOrça, Dais estabilidade. Em um de n6s, havia mesmo uma. certa angústia na procura de Deus, pois que o encontro de Deus não era realizado atravez da vida conjugal. Procurava Deus, fora do casamento, em vez de procurá-lo dentro e atravez do casamento. SOmente quando a equipe projetou a luz sObre ~ste problema á que sefez o equilíbrio, com o que se fez tam bém a paz interior. Em resumo: a nossa espiritualidade foi uma espi ritualidade de solteiros, atá o dia em que a equipe, mostrando-nos de modo claro e prático que o casamento é um caminho de santidade e nos ensinou a enveredar por ~ste novo caminho.

6.


.Q. ~ Apóstolo

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O cristão está a serviço da criação: Os nossos cristãos estão convencidos desta missão (de d~ minar sObre o universo, dêle tomar posse, completar a criação) ? S6 os que sendo verdadeiramente cristãos e po.!i!_ suem s6lida instrução religiosa, ~1e os leva à aproximação com Deus em tôdas as manifestações das atividades,em suas várias formas. Conhecemos nós, cristãos que realizam plena e consciênt~ mente esta missão ? .b.dmi timos sua existência, mas não tendo conhecimento de nenhum. Como fazer p~~ nfastar o orgulho ou o arrivismo ? Pensar que nada valemos por nós mesmos e que ~ do o que possuimos, que criamos, que dirigimos e aperfei çoamos o fazemos por delegação do próprio Deus. Conhecemos n6s, cristãos que pérmanecem simples e humildes possuindo embora poder ? Conhecemos cristãos quo assim procedem conservando-se simples e modestos em pleno poder. O Cri~tão est~ a serviço do homem~ Interessâmo-nos pelas condiçÕes materiais de existência daqudles que nos rodeiam ? Geralmente cogitamos do nosso confOrto, inte ressando-nos pelo bem estar dos que nos rodeiam. Temos n6s aquela reverência, aquela "cortezia" que deve distinguir os filhos de Deus ? Devemos tratá-los com amabilidade, sem arro~ cia e sobretudo com educação, pois então ao nosso servi~ ço como empregados, exercem uma função quasi sempre humil de, rotineira, subalterna, mas necessária. são como pe ças úteis na grande engrenagem da nossa vida. são seres consciêntes, filhos do mesmo Deus que os criou, assim c~ mo criou todos aquêles que exercem funções elevadas e de mando no concerto mundial. (Este artigo comporta não uma simples resposta, mas uma conferência). O cristão está a serviço da Igreja: Estamos n6s convencidos de nossa missão na Igreja ? Costumamos orar e agir em comunhão com a Igreja? ~e sabe mos nós das palavras de ordem ? ~e fazemos nós pela I greja ? As preocupações da Igreja são tamb~m dos bons fiéis, pais e mães dedicados, portanto sentimos com ela, seus temores ou alegrâ-mos com com seus júbilos. (O co nhecimentos das Encíclicas nós o temos de um modo superficial, sumário). Os cristãos arr~gimentados em associações oram e agem fazendo apostolaao, pr~pagando e ac~t~ do a palavra de ordem, dos bispos conhecedvros das Enc:!clicas a nós transmitidas pelos respectivos párocos. Procura o marido fazer com que a espôsa compreenda e p~ tilhe das suas preocupações? Procura êle associá-la à própria ação humana ou apostólica. Procura a espôsa in -

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teressar-se por astes assuntos ? O marido cat6lico, quando vicentino, procura associar a mulher em suas atividades de caridade. A mu lher brasileira, geralmente não se interessa por questões econOmicas a não ser as do lar. O lar $ porventura um "centro da acolhimento" largamente aberto? Esta abertura para o exterior facilita ou prejudica a intimidade do homem e da mulher? O lar está aberto para o exterior em têrmos,is to ~' com a necessária prudência, Esta abertura não pre= judica a intimidade do homem e da mulher, pois os campos . estão perfeitamente delimitados •

~e fazemos nós para iniciar as crianças às futuras responsabilidades sociais? Fara dar-ll1es o sentido dos ou tros? Para lhes abrir o espírito para os grandes problemas humanos, religiosas, missio~ios? Referindo-se a esta ~ltima pergunta, não temos tratado d~steassunto com a devida atenção que merece.

A V I

S O S

RECOLHIMENTO

Local: Col~gio Santa Cruz In:!cio: 9,oo horas Término: Missa 17 ,oo hs Taxa de inscrição: casal $ 150, Crianças $ 70, Inscrições: Ina. fuzana Villao Rua Monte Alegre, 759 - 51.6478 Dia: 9 novembro

PAIOL GRANDE O Revmo Pe Leising, Assistente de uma das nossas Equipes, está organi • zando uma temporada de fárias, para meninas de 9 a 12 anos. A mesma será no Paiol Gr~~de (Campos de Jordão), de 10 a 20 de dezembro. Será cobrada uma di~ia de $300, incluindo a condução de ida e volta. Maiores detalhes e inscriçÕes: Rua Joaquim EUgênio de Lima, 789 - 31.0874 MATERIAL DO SECRETARIADO ~ a seguinte a relação do material impresso, existente no Secretariado,

a disposição dos equipistas: As Equipes de Nossa Senhora O Bom In!cio de uma Equipe Estatutos das :Ei].uipes de Nossa Senhora Estudo dos mtatutos: I - Estudo de conjunto II - O Espírito de Equipe e de Cooperação III - O Tema de Estudo A Regra de Vida O Dever de Sentar-se Manual do Casal Responsável :f4anual do Casal de Ligação Temas de Estudo: Amor e 6asamente Fecundidade Os Caminhos da União com ~us Vida de Família e Sacramentos O Mist6rio de Maria

8.


••• Se bem que um casal esteve com dificuldades em casa, por motivo de doença; outro com muitas ocupações, e ps outros estarem seriamente preocupados com o tema de estudos (que todos responderam ••• ) houve várias falhas no controle e o casal responsável tomou a iniciativa de enviar uma carta-circular a todos os componentes da Equipe, fazendo um ~­ pêlo relativo aos nossas deveres para com a mesma. Assim,e~ peramos quo na próxima reunião não teremos que nos lamentar por t~o numerosas falhas •

• Foi apresentada uma sugestão para modificar o modo como vinh~ sendo feita a partilha: ao invez do casal responeá vol ir perguntando a cada casal sôbro as diversas obrigaçõVALE A PENA es a serem cumpridas, cadaccasal deveria ir falando sôbre SER PUBLICADO as mesmas se foram cumpridas ou não, dando os motivos, fa zendo assim um relato de suas atividades durante o mes. •chames muito bOa a idéia e a pusemos em prática, já tendo (dos relatórios colhido o seguinte testemunho: as obrigações de responsádos responsáveis) veis de um casal, são cumpridas com o auxílio da filha,que os lembra diàriamente o momento da meditação, poir ela go~ --------------------+-ta muito de ouvir a mesma que é feita em voz alta, e ainda sta de acompanhar os pais à missa semanal.

Partilha (Controle)

Na partilha, um dos casais afirmou que, durante o m~s conseguiu algo muito bom no momento da oração familiar;foi o de reunir t6da a família em t&.rno do crucifixo para orar tadas as noites, sendo que cada noite era um mebro difere~ te que dirigia a oração. Um marido protestou contra ~sse rodízio no momento de orar, pois ~le acha que devia ser se~ pre o chefe da família a dirigir a oraç~o, para dar mais v~ lor; um outro casal também contou da reunião de tôdos os membros da~f~ília em tôrno da imagem do Sagrado Coração de Jesus para a oração familiar; Todos fazem a sua oração antes de dormir, e n~ste caso o marido acha melhor haver o rodízio para que as crianças sintam asua participação na ... oraçao. O Assistente aconselhou que se oriente muito bem a cti ança no momento da oração, e deve mesmo haver uma dosagem ; para que ela não se "sature" para o resto da vida. Qlanto ao problema do chefe de família, 6le acha que deve haver ro dízio entre os vários membros da família, mas uma oração de ve ser reservada tOdas as noites para o chefe da casa. Na partilha houve novamente um déficit de 50% quanto ao cumprimento do dever de sentar-se, como consta do anexo. A seguir, foram lidos alguns trechos dos Estatutos referentes ao cumprimento das obrigações, principalmente em se tr~ tunda de uma Equipe com 6 casais compromissados: "As Equi pes não são abrigos para adultos bem intencionados, mas sim, corpos de guerrilheiros compostos de voluntários. Ningueém é obrigado a ingressar nas Equipes ou nelas pennanecer mas quem delas faz parte deve, com lealdade, fazer jôgo franco. 9


- ...... PJ.R.l

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B I B L I OT E CA N

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• CIARO CL:MINHO - -----

Marcelle Luclair

(Agir) "O que é progredir no caminho da fe li cidade? ! tomar-nos cada vez mais cã pazes de substituir depressa um pensa~ mente e uma palavra negativos, criadores de sofrimento e de mal, por um pensamento e uma palavra positivos, criado res de alegria e de bem. Atingimos a me ta quando o pensamento positivo nos vem ao espírito, s6 e expont~neamente." Como se v~, é uma verdadeira reedu cação interior que Maroelle Auclair nos propÕe fazer, ensinnando-nos o caminho que ela e outros trilharam. Cada cap:!tu lo baseia-se numa experi~ncia, num fatÕ da vida cotidiana e, mui tas vezes , o que lhes confere uma certa autoridade ~ circunstdncias particularmente doloro'sas e dif:!céis, como as criadas pela guerra. "O aprendizado da felicidade, como todo aprendizado, se faz pela prática 11 • E Marcelle Auclair parte do princípio de que domas capezes de gerar feli cidade e até mesmo de pu.c uma atitude interior de alegria e de otimismo, influenciar no bom sentido os acontecimentos exterioxes A tese pode, às vezes, parecer exagerad~ absurda e, por isto mesmo irritante. S6 há uma maneira de aceitá-la ou rejeitála: é tentar fazer a experi~ncia na nos sa pr6pria vida. Longe de ser um livro"intelectual", ~ste é eminentemente um livro prático que nos ensina não uma tm ria ou prin~~pios, mas uma atitude quepode ser discutida mas que também está ao nosso alcance verificar.

l'i:M CONSTRUIR .!1M MmTDO MElHOR (fua.s Cidades) Ao invez de comentarmos esta recente e atualíssima publicação, julga mos mais oportuno transcrever o que foi publicado s~bre a mesma na Revista Mundo Melhor, em seu último número: - ''Edi tado pela Livraria fuas Cidades, aca,bade ser publicado o livro "Para eonstruir um Mundo Melhor", que reune trabalhos de diversas autoridades sObre o tema a k sauer: Pe. Joao Paulo Paludet o.f.m., fe. Aldo Da.lmonte, Pe. Ricardo wmbardi,s.j, Pe. Angelo Sapa s.p., Pe. Lamberto dã Echeveria, Simão Raul Malvagna, Pe. Mário Occhiena, Assim se manifestou o emi nentissimo Senhor Cardeal Arcebispo de São Paulo, no prefácio da obra: "E mais um utilíssimo instrumento de que virá juntar-se às publicações s6bre o Movimento do ~1to Padre, feitas por outras edit~ras do nosso País". N

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o QUE VAI RETJRO DE AGOSTO

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Nos tr@s dltimos dias de agosto, 18 oasais das Equipes de Nossa Senhora fizeram o Retiro em Baruerí. Não será preciso f~ zar o encanto do lugar, a comodidade da casa ou a variedade dos m~ nus. são detalhes já tradicionais revelando a presença, quasi inv! sível, das Missionárias de Jesus Crucificado. Para as criru1ças, foram dias de festa. ~ n6s, dias de sosaago total, em contraste com a agitação ha.bi tual da vida. Silên, cio, despreocupação, oa~, horizontes, faziam a terra fértil para a. semente. E está., Frei Carlos nos deu e!ll abundância. Semente viva. brotando de uma caridade ardente, firmada nas Escrituras e na Litl,y" gia da. Igreja. Ele nos tro.nsr.1i tiu uma Caridade inserida na condi ção humana, prudente mas, se necessário, levando a.t~ à viol~ncia. na. luta contra o comodismo e a 1~tina. O cristão não pode se acomodar a uma religião s~ de fórmulas. Se algum membro do Corpo Místico não houve a voz da I~ ja. que clama por uma vivifioação do cristia.nismo, acordthlo-lo, nvm que seja preciso jogar pedras na sua vidraça. Uma inovação interessante foi a substituição da leitura durante as refeições, por mdsica adequada. Parece~nos que para n6s pouoo habituados àquela pr~tica, a mdsioa á um meio melhor para manter o clima da espiritualidade durante as refeições. Gostamos tanto do retiro que, na. partida, lembrlivamos das pa.tavra.sda são Pedro lia. Transfiguraçãos "Senhor• façamos aqui três tendas ••• "

. PELAS

EQUIPES

ALEGRD:10-NOS COM ELES

- 31 julho

.Ana Carlota. .

.. 4 agosto

Carlos Alberto (Marilú e Normando Ribeiro de Lima.) Equipe Nossa. Senhora de Lourdes ~ são Paulo

- 7 agosto

Maria l!Nn.ngelina (Maria. do Cnrm.o e Jos~ Ismael Mu.si ta.no Pirl:tgine) Equipe Nossa Senhora de Santa Cruz .. são Paulo

- 6 setembro

Stella (Gilda e Walter Hormann) Equipe Nossa Senhora Sede da Sabedoria -

- 21 setembro

(Maria Thereza e Rubens Limongi Fron~a) Equipe Nossa Senhora Auxiliadora - Sáo Paulo

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Paulo

Jos~

Mário , (Nair e Mario Carvalho de Jesus) Equipe Nessa Senhora .Autilia.dora. - são Paulo 11.


ORAClO para o mês de

NOVEMBRO Na nossa caminhada para o :Elnbú, medi tamos o mist~rio da Igreja como comunhão de vida com Deus e entre todos nós. Para nos estimular na nossa pe~i­ nação terrestre, para nos entrosar m~is conscientemente na nossa comunidade cristã meditemos nêste mês do todos os Santos, um texto do Apocalipse em que contempla,oa a felicidade dos eleitos junto. de Deus no céu.

Meditação

'~! então um c6u novo e uma nova terra. O primeiro céu e a priQeira terra lá se foram; e o mar já não existe. E eu ví a cidade santa a nova Jerusal~m , descendo do céu da parte de Deus, preparada como uma noiva adornada pura seu noivo. E do trdno ouví ~ ma voz forte dizer: Eis o habitáculo de Deus, entre os homens J Habitará no meio d~les ; ~les serão o:. seu povo, e Ele, Deus, estará com ~les. Enxugará dos s~ us olhos tôda a lágrima; já não haverá morte, nem luto, nem lamento, nem dOrf porque o primeiro mundo passou. E disse aqu~le que estava sentado no trOno: "Eis que renovo tOdas as coisas." E prosseguiu:"Ac~ bou-sel Eu sou o Alfa e o Omega, o princípio e o fim. Ao que tiver s§de, darei de graça água da fonte da vida. O que vencer herdar~ estas coisas. Eu lhe serei Deus, e ~le será...neu filho."(Apoc.Cap.21)

Oração Litdrgioa

O salmo 125, exprime profUndamente os sentimentos dos peregrinos, dos que penam no trabalho com a esperança da ale gria da messe.

Quando o Senhor fez voltar nossos cativos, n6s estávamos como que num sonho; encheu-se de risos a nossa bOca e nossos lábios de canções. E os pagãos diziam: "'Pa.ntas maravilhas não fez por §les o Senhorl" Maravilhas que por n6s fez o SenhorJ n6s estávamos na alegria. ~azei, Senhor, nossos cativos, como torrentes ao deserto. Os semeadores que entre lágrimas semeiam colhem depois a cantar. E chorando que se vai, para lançar as sementes; mas é cantando que se virá, mais tarde, carregando, aos feixes, o que foi colhido.

12.


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