ENS - Carta Mensal 1958-9 - Dezembro

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sumário

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editorial Eln Defesa da Oração

ouvindo o Santo Padre As Famílias Numerosas lemos e gostamos Fecundidade Os Caminhos da União com Deus testemunhos O Dever de

Sentar-r ~

vale a pena ser publicado Relat6rios dos Casais Pilotos para sua biblioteca A Casa na Colina O Mist~rio do Advento o que vai pelas equipes Dias de Estudo do Setor São Paulo Florian6polis Equipes em Formação Alegr~o-nos com Eles oração para o Março

m~s

de

ano VI - no 9 - s. paulo - dez - 58

carta me n s a das equtpes de Nossa Senhora


"Um berço longínquo, uma I7,tan;;edoura num estibulo; sob

um cOro de canções; sob o côro dos anjos; sob as asas calmas · mas

tr~mulas ,

mas

palpitantes dos

anjos" Péguy

.


o nmnero

especial do Anneau d 1 Or de 1957 ~ in tei~­ mente dedicado à oração. O presente Editorial ~uma tradução ;de uma das cartas s6bre a oração escrita ~ lo Pe. Ca.ffarel que se encontra n6sse número. Se h~ uma coisa que desejamos de todo coração ~ que todos, nas Equipes, descubram · ~ste meio excepcional de ~e aproximar do Cristo e viver na sua intimidade.

Defesa ----Caro Amigo

O termo prece designa realidades diferentes: prece p~blica e prece particular, prece oral, que se exprime por pa.la:vras, e prece mental, que consiste num colóquio interioXefRm Deus. Esta ~ltima se chama meditação quando predomina(Õ esf6rço de reflexão, ..2.,!!Lcão mental, quando consiste em exprimir a Deus os pensamentos, os desejos, os sentimentos para com Ele, contem~ação quzndo ~ atenção de amor a Deus. s6bre a. prece particular e mental que eu venho conversar com voe~, pois desejo vivamente que ela t.2_ nha luga;r em sua vida. Cristo a recomenda: ''E tú, qt1.8.Ildo reza I res, entra no teu quarto e, à porta fechada, reza a teu Pai q.ue eat~ oculto, e teu Pai, que vê o oculto te recompeüsará." \Mateus, VI, 6) O to1mo clássico para desi~1ar esta forma de prece ~ oração .!!!.~· Oração, de oratio, em lat~. Orare "consistia, para os romanos, em dirigir uma prece aos deuses, pleitear ~ causa e num sentido derivado, fazer um discurso•l. A oração mental é uma conversa da. alma com Deus. E assim que sempre o compreenderam os o.utores espirituais. "A oração mental, ousarei eu, dizer, é uma conversação comDeus ", escrevia Clemente de Alexandria. Para São Bento, ~ "vagar em Deus". "A oração mental é, na minha opinião, um comércio de a:nizade onde a gente se entretém, s6 a só, com 3ste Deus do qual nós s~ bemos amados" (Santa Teresa. de !vila). "Um colóquio do filho de Deus com seu Pai do Céu, sob a ação do Espírito Santo" (D. Ma.:rmion). Estes Mri+lOS, porém, de conversação e de colóquio, podem favorecer um equívoco, fazer acreditar que a oração mental consisto essencialmente e 11nicamente em falar interiormente com Deus. Ora, ela é um ato vital, nenhumn pala vra é apta para definí-la. O melhor meio para fazer e~trever em que consiste ela é, sem dúvida, o de compará-la ao que po__de haver de mais profundo e de mais perfeito nas relações humanas. E por isso que me permito evocar um aconteci~ento que deve ter ficado gravado na sua mem6ria. Fll tinha ido visitar vocês. Ao me abrir a porta, você me contou que sua filha Mon,i que estava, provavelmente, com meningite. l!ln seguida conduziE_ me ao quarto, .imerso numa semi-obscuridade. Sua mulher estava sentada junto à caminha, silenciosa,profundamente atenta àquê le pobre rosto macilento. As vezes ela afastava, docemente, ~ ma mecha de cabelo e da.: tron~ de Moniqua. ~do a criança a1.


bria os olhos, ela lhe respondia com um sorriso que não pode ser descri to com palavras humanas. Q)ler quando punha ordeúl no quarto, quer quando descia à sala para tcmar ràpidamente algum alimento, nada conseguia distraí-la de sua filha. llão exis tia uma única fibra de seu corpo, nem um s6 segundo de sua vi da que não estivesse orientado para Monique. Assim com a oração mental: consiste em estar-se totalmente voltado para Deus. E uma orientação profunda da alma, un col6ouio acima das pala vras, que certamente pode recvr.rer às pala;ras, mas que é fei ta de outra coisa bem diferente. ~ uma atenção de todo o ser, do corpo e da alma, de tddas as faculdades despertas. E dizer atenção a Deus € dizer desatenção a todo c resto. · Um temo 9 mas com a condição de que se lhe d~ Mda a densid::1de de sentido, exprime esta atitude interior do homem que reza: presença. Consiste em estar presente a Deus - como sua mull1er estava presente à filila doente, mas de~ ma presença ardente, exprimindo-se das mil maneiras de que dispÕe o amor. Serf. necessário ainda que eu pleitei jtmto a voe~ a causa da oração mental? A isto me dedicarei se V.Q.. c~ não estiver convencido de sua necessidade. WJ.B.s niio lhe es condo que sinto uma osp€cie de vergonha de ter de fazêlo. Não será um tanto quanto escandaloso ter de multiplicar ru:gumentos para chamar o filho para ,junto de seu pai, a.brir-sG às suas confidOncias, viver na sua intimidade, exprimir-lhe amor e gratidiio? N~o ~ extranho que soja necessário insistir para que s~res dotados de intelig~ncia procurem conhecer o que há de mais ~nteressante? Para que s~res feitospara amar amem o que há de mais amável? Para que s~res livres se ponham livremente a serviço do Senhor e não scjaL; simplesmente vassalos ? Para que sêres feitos para a Felicidade se contentem con prazeres mesquinhos? :::::::: ~ :::::::: : ::::::::::: : ::::~: ~ ::::::::::::::::::::::::: ~ ::

Conforme o noticiado na c.M anterior, em maio de 1959, teremos a PeTegrinação das Equipes de Nossa Senhora de todo o mundo à Roma • .Antes de pedirmos pela pr~ sença de um casal br~sileiro na mesma,solicitamos aos equipistas que em suas orações peçam pelo bom ~xito dessa peregrinnção.Ela é muito importar.t e para o Movimento. Continua~os n esperar, e a desejar, a comunicação da ida de algum canal equipista à Europa, nessa época,eSim de nos represen tar nessa manifestação grandiosa do nosso Movimento.

Dirigindo suas orações Senhor, a Equipe de Setor,

ao roga

que seja propiciado aos amigos quipistas, um novo

ano

de bençãose graças,

assL~

externa a todos, os

~

repleto como ,

seus votos

de UW. Sa..'1 to Na tal.

2.


Continuação do n1únero anterior. "AS

FAMILIAS

NUM:EROSAS"

Famílias Numerosas - Testemunho da Fé Viva em Deus e da Confian ---------~~--..... .2..~ ~ Su.a_ Provid~ncia ' No Q~~do civil moderno a família numerosa vale em geral, não sem razão, como um testemmiho de fé cristã vivida, po~ que o egoismo de que acabamos de falar como principal obstáculo à expansão do núcleo familiar, não pode ser eficazmente vencido senão recorrendo-se aos princípios ético-religiosas. Exteriormente também, uma faroilia numerosa bem ordena da .5 qun.l t.un santuá:r:io visível: o sacru.reento do Batismo não é pera ela. um e.contecimento exoepcional,mas renova mui tas vezes a ale.g-...·ia e a gl'aça do Senhor. Ainda. E~o se encerraram as festivas peregrinações às fontes batismais e já começam, resplandescentes de igual conduta, as das criBPJas e primeiras comunhões. ~.fu.l o caçulinha tirou sua pequena vuste branca., conservada oomo a. ma..i. s cara. lembrança de sua vida, o eis que já ap~ .~ece o pri mciro vou nupcial ~1e re~~e aos pés do altar pais, filhos e novos pais. Como primaveras renovadas, suceder-se-ão outros casamentos, outros batizados, outras primeiras comunhÕes, perpet~ ando por assim dizer, llO lar, as visitas de Deus e de sua graça. Qlanto a v6s, pais e filhos de famílias numerosas, C.Ql tinuai a da.:r com finneza serena o vosso testemmiho de confiança na Provid~ncia Divina,certos de que ela não deixará de recoiiJpe.!!_ sá-b . p0la prova de sua asiJist~ncia cotidiana e ,se for necessário, por intervenções extraordin~ri~s de que ~uitos dentre v6s "tendGs a feliz experiência.

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ou-rrNDO,

o SAlrTO PADRE

Famílias Numerosas -

Testem~1o da 3antidade Fecunda e Feliz do Casa;·1 en.to CatSlico -

E agora, algumas consià.eraçÕ'Js s6bre o terceiro test~ muru1o, afim de apaziguar os inquietos e aumentar vossa coragem. As famílias numerosas são os mais bolos ramalhetes do jardim da Igreja; nelas, como em terreno propício, florece a alegria e amadurece a santidadH. 'l..!alquer núcleo familiar, mesmo o mais restrito é, nas intenções de Deus,um oasis de serenidade espiritual. Existe, porém, profunda diferença no lar em que, o nú~ero de crianças não ultrapassa ao do filho único. Essa intimidade serena, que tem um valor de vida, traz em sí qualquer coisa de mela.:nc6lico e pálido; é de duração mais breve, talvez ~ais incerta, ~uitas vezes perturbada por temores e remoreos ~~ eretos. Outra é, pelo contrário, a serenidade de espírito · dos pais cercados por uma vigorosa floresc~ncia de vidas jovens. A alegria , fruto da benção superabundante de Deus, se manifesta de mil modos, com constância estável o segura. ~bre a fronte dOsse s lJé.::.:i.s e mães, mesmo quando carregada de cuidados, não há traço · ' ~.ssa sombra interior reveladora de inquietações de consciência ou do temor de uma erreparável volta à solidão. Sua juventude parece nunca ter fim enquanto dura no lar o perfume dos berços, enquanto nas paredes da casa ressoam as vozes argentinas dos filhos e dos netos. Af3 fadigas multiplicadas,os sacr.:..::-L0:.os redobrados e as remmcio.s às distrações dispendiosas são le.-rgamente recompensadas, mesmo aqui na terra, pelo mundo ineseotavel de afetos u de doces esperanças quo L~es invadem o coração sem todavia oprimi-lo ou cansá~lo.


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O Dever de

Sentar-se

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Antes de conhecermos as Equipes de Nossa Senhora, já éramos um casal criotão, c procurávamos viver o melhor possível a nossa vida de casados. Não tínhamos, por isso, gr onues divergências a nos separarem. Recebí~os como i nevit<iveis, ~ase s :biC'qucnof? desacordos, ~sses desajustes, naturais ent:::-3 c&ljuges e provenientes da diversidade de gostos, temperamentos, etc. Foi com alegria que , ao entrarmos na equipe, descobrimos que havia um remédio até para ~sses pequenos senões, que, embora nEo nos desunissem, nos molestavam - o dever de sentar-se. Vimos n~le um meio que a Providªncia nos_2 ferccia, para melhor aco~tal~os o passo e melhor colocar o nosso lar ao seu serviço. E puzéillo-lo ~m prática. Depois de um~ oração em que pcd!umos o auxílio do Espírito Santo, calm~ mente, passáv~os cn ~e~ista a nossa vida. Tentanos diversas ~aneiras de fazê-lo e, com o correr do teTipo, nos fixamos eo ~a, que nos pareceu mais ad~ quada ao nosso caso •.assim, re~1Laoos primeiro a nossa vida conjugal em todos os seus ar.pectos, até o sobrenatural, isto é, o uodo como poderíamos nos auxiliar mutuamente nesta caminhada para Deus. A seguir vinha a nossa atuação, para com os filhos. Sempre havia um ou outro atraYessando uma idade difícil, um período de crise e s3bre o qual precisávamos exercer uma influ~ncia mais cuidada. Depois revíamos nossa participação na Equipe, no Movimento, anotando fa lhas, consertando planos Pa.I'a uma atuação mais eficaz, mais generosa. E, finalmente, entrava o lar, sob todos os seus ângulos·; desde o econômico, at~ o apost6lico - o ba~ que poderíamos fazer n6s mesmos ao redor de nós e o bem que ~deríaoos levar os nossos filhos a fazer. Mas, principalmentena educa ção dos filhos ~ que o dever de sentar-se foi para n6s uma grande descoberta e um poderoso auxílio. A exemplo de um casal de nossa Equipe, passamos a faz6~lo com os filhos, sempre que uma oportunidade bôa se apresentava. Os maiores e os menores, separadamente. A necessidade de programar as férias, por exemplo, nos foi um bom pretexto. As férias exigiam dinheiro, era preciso guardá-lo, reduzir os cinemas, certos gastos desnecessários, acomodar os projetos grandiosos dos filhos mais velhos às nossas possibilidades. Os menores tamb~m pod~am colabo rar, não deixando as torneiras abertas, as luzes acesas. Focalizava-se a pa~ te econOmica, mas na :::-ealidade se educava, ensinando-os a prev~r, a organi zar, ensinando~os que as pequenas coisas, uma torneira aberta, por exemplo , t6m consequ~cias das quais êles são responsáveis.E não ~ s6.Examinamos o ~ portamento, a maneira de sanar as falhas das férias anteriores, de tornar as pr6ximas agradáveis e proveitosas. Foi num d~sses encontros que, perguntando a um dos meus filhos: porque parava tão pouco em casa, recebi dêle essa resposta - mamãe, a nossa casa ~ muito triste. Nunca havíamos notado isto. Aquela frase levou-nos a várias m~ dificações no lar e em n6s mesmos. Com algum sacrifício adquirimos uma rádi~ vitrola, que além da música e do esporte trouxe para os nossos filhos a opo~ tunidade de receber os seus amigos em modestas reuniões dansantes. Aprende moa a não reclamar quando ~centrávamos na copa os vestígios dos sucos com 1 que ~les tinham aido obsequiados, ou quando percebíamos que o bOlo e o queijo haviam desaparecido ••• Descobrimos muita coisa sObre n6s mesuos e sôbre êles, n~sses encontros periódicos. E, sobretudo, criamos um clima de compreensão e de confianÇa,que 4. facilita sobremaneira a nossa tarefa educativa.


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Respostas aos Temas de Estudo

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I FECUNDIDADE

.! MISsAO

!U.TERNA

1. O nascimento de um filho modificou o amor dedicado ao seu esposo? Em que sentido? Dedica maior ou menor cuidado ao s~ ocupar d~le? ~al a opinião de seu esposo sObre ~ste ponto? Não houve modificação. Continuei a tratá-lo do oesmo modo. Meu marido confessa que gostaria que me ocupas se por vezes um pouco mais d~le, sem que haja nisto uma queixa, pois reconhece o quanto os cuidados da casa e dos filhos são absorventes. 2. A pr cocupn.ção da educação dos filhos absorve todo o seu tempo, tôêl.a a aua personalidade? ~ "impossível" ~"Ír de outra f orma? Consagro aos meus filhos e a minha casa, todo o meu te~po. Acho que deve ser possível agir de outra forma, mas não vejo bem de que modo. trltimamente teru1o me esforçado um ~ouco mais na conservação de minha cultu r a. 3. :&'oi preparada para a ·Sua missão de educadora ?Por quem? A tradição familiar, o exemplo de suas amigas, uma form~ ção científica à puericultura '? Não fui preparada para essa missão. Era profe!!_ sdr~ mns preferia lidar com classos de moças,de muJo que pouca c xp~ri~ncia tinha da psicologia da criança. Como crist ã, sumpre tive a preocupação de educar bem os meus filhcs, mas tenho me ress0ntiuo da falta de método, de conhecisento c sobretudo, dotada de um tcmpcranento frio sempre ~e foi dif!cil ser carinl1osn. 4. Como e:asina seus filhos a não serem egoístas? a orar? Procuro combater n~les o cgoismo, levando-os a br incarem com os mesmos brinquedos - ~stes são de "todos" Rcpartil1do entre sí as gulodices. Procurando fazer com que se prestem mútuos serviços. ~ante à oração, quando sco pequenos, compo nho pa.:ra ~les uma oração que lhes fale mais à alma e que ~les possam entender. Procuro falar-lh&s de Deus, da criação. Confesso entretanto quo não houve . de minha parto Ur:J. trabalho perseverante, continuado e organizado, na formação religiosa dos meus filhos. Ter~o procurado reagir ultimamente, mas s6 atiurro os menores. 5. Já teve ocasião de iniciá-los no mist~rio da vida? Em que idade é isto necessário? ~al o papel que atribue nêste domínio à mãe, ou ao pai? Por ocasião do nascimento d~ irmãosinho, tive ocasi ~o de exylicar ao mais velho, então com 7 anos, a razão de ser de minha mudança física, a necessidade que eu t i nha do cuidados para que o beb~ nascesse forte.~ do êle contava 13 anos, teve, agora com o pai, uma expli cação m:.ü s ampla. Os irmaõs menores, mais ou menos aos 1 anos t ivorao tamb~m a sua iniciação no mist~rio da vida. Nôste [.ssunto creio que tudo que se refere à maternidade mc~ s di retamen~e, pode ser explicado pela mãe, até aos ll anos aproximadamente. A partir desta idade, compete mais ao pai esclarecer os meninos. 6. ~am a diferença que há entre o amor que dedi~a aos seus filhos e a suas filhas? Não acho diferença. Apoio-me um pouco mais na filha, pois ela já me presta auxílio nos cuidados da casa e dos irmãos.

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OS CAMINHOS DA UNilO ÇOI! DEUS

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DESPP~DIMENTO

A riqueza ~ para o cristão um obstáculo porque aqu~ne que ~ rico é obrigado a cuidar,administrar. seus bens, sob pena de perd~-los ou desbaratá-los. E essa obrigação de cuidar de SGUS bens ocasiona uma grave tentação que ~ o ap~go ao diru1eiro. E também à tentação do orgulho pois uma pessda rica é sempre lisonjaada, adu lada, proc~a por todos. Despreendimento á a nossa atitude diante dos bens d~ste munqo , é a disposição que temos, mesmo ao possuí-los de nos desfazermos d~les quando fdr necessário. E o nesmo que desapêgo. Usamos dos bens daste mundo sem pdr n6les o nosso coração e como se não os possuías~ mos n,5s fôssemos apenas os administradores, pois de fato é Dew> o dono de tudo. Ren~cia - é o caso concreto, em que dev~ mos mostrar ao temos ou não deapreendimento. O despreendimonto 6 uma atitude em rela.ç.~o atudo, a ren6ncia ~ em relação a esta determinada coisa ou pesada que Deus nos pede nôste momento. Mortificação -mesma coisa que penitência: aceitar os aborreciuentos, contrariedades, sofrimentos que temos de sofrer todo dia no cumprimento de nosso dever de estado e também saber nos privar daquilo que é permitido e de que gostamos, por amor de Deus. Vida ge:ral d.a f~ília Hã:o falar mui to erJ. dinheiro, não procurar as si~~ções econdmicasoai3 vanta~osas, pela única ra zão de "ga..'l'lha:r mais". Ajudar com rliscrição os necessitados verdadeiros, as ot·r as de nossa P.ar6quia, as t;Tandes obras da Igreja: missões, vocações, etc. Não dar à nossa casa um ambiente de lu."<o e ostentação, massim , de simplicidade, o que não exclue é claro, a comodidade, a beleza que a nossa posição re quer. Orçamento Assim como marcamos o aluguel, dinheiro para a empregada, açougue, etc., deveríamos marcar o dinheiro para as obrasde Deus. (lo%). I

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Educa.xão dos Filhos Não vesti-los luxuosamente,nem dar importância demasiada à roupa (o corpo vale mais que o vestido). ~~o ter cuidado demasiado com ~les (medo de frio,de calor,do doença.s,etc.) nem querer poupar-lhes todos os sofrli1entos, antes ajudá-lon a sofrer (nas quedas, galos, arrru1hÕcs, en vez de mimá-los, carregá-los, agradálos, ensinar a suportar a dor por amor de Deus). Não poupar e proteger os filhos contra tu do e contra todos: nas brigas coô as outras crianças, a~ cha.ndo que ~les são sempre ('bonzinhos", os outros é que provocar:J. ••• na escola, quando vem alguma queixa que é perseguição ••• etc. Fa.z~-los brincar com as outras cri~ ças ricas ou pobres, bem ou mal vestidas. Orientá-los úa escôlha dos companheiros para que êlcs vejam o caráter da pessOa e não a riqueza ou posição social: se tal cri~nça ~ mentirosa ou briguenta, ou mal educada, não serve para meu amigo; se aquela é outra é franca e leal, tem qualldadesmorais, posso brincar e ser amigo dela.

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"E:n nossa primeira reunião, ap6s alguns minu tos de sil~ncio para meditação, demos início às intençõe~ e oração espontânea. Fizernd-las bem simples, bem curtas,pa ra não "assustar a turma" e qual não foi a nossa surpreza,.ao ouvirmos todos se manifestarem atravez de orações muito belas, mui to sinceras, espontârwas mesmo, pois que quase todos se tinham inspirado nas palavras do Sacerdote. Se a surpresa foi nossa, maior ainda foia do Padre Assistente que não a escondeu ao expressar sua oração, dizendo que t,i nha ficado comovido ao ouvir · os casais se manifestarem C'"'n tanta sinceridade, pedindo desculpas por não ter acreditado ou melhor ter duvidado do ~xi to das Equipes, no qual ~ ~e confiava agora de todo o coração, pois sentia a prese~ ça de Nosso Sdr~or e tinha a certeza de que Ele haveria de ajudar cada casal a cumprir bem as obrigações que lhes seriam propostas."

VALE SER

A PENA

PUBLiã.iDõ "ConversD.Illos, finalmente, sdbre a conveniªncia de cada casal levar alguns livros à pr6xima reunião para formar uma esp~cie de biblioteca circulante ou uma troqa do livros entre os casais de nossa Equipe, ficando acertado que os livros poderiam versar sôbre qualquer assunto de interesse comum, especialmente pedagogia, formação familiar, e ató mesmo romances, biob~~fias, livros hist6ricos, que pudessem edificar ou interesaar os membros da Equipe".

Trechos de Relat6rios dos Casais Pilotos

"Um casal, apesar de várias dificuldades (mudança de casa, luto, nascimento de filho, falta de empre~ das, família numerosa) al~m de mostrar grande interesse pe la pr6pria equipe e bda vontade em realizar tudo o que tem sido pedido, vem participando com entusiasmo da vida do Mo vimento em geral: recolhimento, peregrinação, retiro, pas~ seio, curso de B!blia. Seu exemplo já comelou a frutificar, inpressionando vários de seus companheiros de equipe que coueçara.Ll a nos confessar antes da reunião - "se ~+es po-:: deti n6s ta.mb($m poder!amos".

"Nossa equipe em formação, com suas orações pe!_ soais feitas com muita simplicidade e sem constrangimento, logo nas pr~eiras reuniÕes, fez com que o Padre Assistente se convencesse da possibilidade e da praticabilidade do =tfovimcnto, pois êle lá chegara descrente do mesmo. Na últina reunião preparat6ria, verificamos um interesse maior e maior entusiasno da parte do Assistente que contou-nos ter se livrado de todos os compromissos dos sábados, para dedicá-los exclusivamente à equipe".


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Q ~S'.p]!UO .DO ADVENTO

!. Q!§! NA COLINA

J. Dani6lou

Odette de Barros Mott

(Agir)

"Qlle tipo de relação estabele cemos entre o cristi~isuo e as religiões não-cristãs? A de uma opos~çao total cooo a que separa o ~rro da verda de, fazendo de no~sa viJão do mtu1do um conflito irredutível cnt~c o catolicismo e as religiões não-cristãs? Ou, ao contrário, consideramos que o cristianismo vem acabar e aperfeiçoar o que se encontra em estado l"Udinentar nas outras religiões?" Esta é a questão central que @ste livro do Pe. Dãniélou - e de modo geral, tôda a sua obra - nos propõe. Debruçando-se sObre as religiÕes prócristãs ou, hoje, sObre as religiões não-cristãs e a visão marxista da Hist~ ria, esforça-se por distinguir c despr~ der o que prefigura ou herda os traços do cristianismo, num trabalho de grande honestidade e largueza intelectual. E nesta perspectiva histórica de espera e preparação do Cristo que o pe. Daniélou coloca o seu 11l1.iistério do .Advento", propondo os exooplos do s Precursores do Antigo e do fiovo Testamento: Abraão, Melquisedeque, João Batista, os Anjos, a Virgem, Atravez d~ste estudo, tais figuras, quase desconl<ocidas para n6s ou cobertas de piedosos l ugarGs-co- .muns, adquirem uma r essontncia e uma ri queza insuspeitadas. O livro do Pe. Ilaniélou é ta.n to de estudo como Je medi taçco, no sentido mais verdadeiro da palavra, pois que alimenta a nossa reflexão nas fontes mais puras da Sagrada Escritura e dos Padres da Igreja.

(EditOra do :Brasil : Qllem não conhece os Dom:i.ni.c!_ nos? Qpase ~ue todos n6s. Mas, quem foi São Domingos? Como teve inicio sua Or dem? Das várias obras que conhec!_ mos sôb=e a vida de São Domingos, esta é uma das Dais singelas e bonitas. Apresentando-se como livro para crianças, não deixa- de ter também um certo iTteresse para os adultos, pois reláta-~os alguns detalhes das dificuldades, trabalhos e estudos, dos Pequenos Cantores de São fumingos, que vi_ vem na Casa da Colina, de onde um dia sairão para engrossar as fileiras da or deo dos Pregadores. A autora, de maneira muito simples e bela, conta-nos tamb~m, a m~ n!fica vida de são fumingos, desde o seu nascimento em Calaruega, até sua morte entre os primeiros discí~ulos. Nesta época de tão difícil esc6lha de literatura para nossos filhos, julgamos ser - A Casa Na Colina um livrinho espl~dido, informativo e educativo.

8.


o

QUE

VAI

FEIAS

EQUIPES

. . . . . . . . . . . . DIAS . . .DE. ESTUOO . . . .ro. SETOR ... Estiveram reunidos durante dois dias inteiros (23-30 de nov.) os componentes da Equipe de Setor afim de dar um balanço das atividades d~ste ano, assim como com os dados, conclusões e experi~ncius adquiridas, programar o trabalho para o pr~:ximo ano. Alguillas alterações para o seu m~ lhor funcion&ncnto fora~ acertadas e estão em estudo. Prometemos na pr6xima C.M. (março,59) dar um breve relato dasmesmas, assim como a publicação compl~ ta do calendário de nossas atividades para 1959·

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . slo . . PAULO ... O ano de 1958 foi altamente fecundo para o nosso Movimento. As Equipes jzt filiadas continuaram sua evolução, marcada cada uma delas por peculiaridades pró prias e especificas. Dificuldades existem sempre, pois que o ideal de perfeição que as Equipes de Nossa Senhora nos propÕem € certamente elevado e profundo, e por isso mesmo difícil de atinglr. Foi aceito o pedido de filiaç3o de 5 novas equipes. TOdas co:1sti tuidas por casais que preenchem Pl:~ namente os requisito~ indispensáveis para encct~~ e perseve ro.r ·na caminhada rumo a Cristo. Cumprem j~ todos, vúrio.s obri gações dos Estatutos; as que maiores dificuldades parecem apresentar são o "devor de sentar-se" e os "retiros e recolhimentos". são por isso mesmo, pontos a serem trabalhados com mais cuidados no próxj_mo ano~.

• • • • . . • • • • • • • • • • •Fl!)~I.tN'QPQJLI:S. As Equipes desta cidade,da~d5-nos ~ n!fico exemplo e demonstrando uma grande sintonia de desejo e intenção, realizou simultâneamente com a Peregrinação das E quipes ao E:nbú,. uma Peregrinação, com uma ca.rainhada de 3 km , ao Santuário de Na. 39.. de Lourdes, em Trindade, na qual pa.rtiéipa.ram 15 casais. Qpe ~ste testemunho ~rutifique em outros locais, € o que sinceramente desejamos. Outra notícia digna de nota dêste op~ roso grupo de equipistas, ~ o grande trabalho desenvolvido p~ los mesmos na preparação do II Congresso Eucarístico Estadual de Santa Catarina, que será realizado brevemente em comemoração do Cinquentenário da Fundação do Bispado de Florianópolis. FinaL~ente ~primentamos e pedimos as orações de todos,pelo completo sucesso no mandato que rec~ beram nas últioas eleiçÕes os equipistas - Nereu do Valle Pereira, responsável pela Equipe Na.Sa. do Dcst6rro (eleito vereador pelo PDC, mais votado em Florianópolis) e, Osny Regis, da Equipe Na. Sa.. de Fátima (reeleito deputado pelo PSD).

Em nossos pr~ximos números, procurar~ mos noticiar atividades de Equipes de outras cidades, o que não fazemos agora, por não nos terem chegado a tempoJ assim , aproveitamos esta nota,para pedir a tG dos os responsáveis que nos enviem (ou aos seus Casais de Lif.,"l?.ção) not:íqias, tes temunhos. atividades. etc •• de suas Eauipes.


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N~ste fim de ano ~ interessante saber quantas são as equipes em formação. t o que faremos para dar uma id6ia, a todos os equipistas, da expansão do nosso Movi De início é oportuno esclarecer que menta. aqui s6 serão contadas a s equipes que já/~~contram em funcionamento, com mais de uma reunião ordinária. Af6ra estas temos ainda mais alguman que i niciarão suas atividades pr6ximamente. Dependem ainda da designação de Casal Piloto, ou de Assistente ou de outras proviCl~1cias . Porisso não serão arroladas aqu!. P...ssim, na cidade de são Paulo, teoos atualmente 13 equipes em fo~ação, alguoas (3 ou 4) já e~ vias de entrar com o pedido de filiação. Cabe lewbrar que em são Paulo no correr do ano, tivemos a filiação de cinco equipes, que adotaram as seguintes invocaçes: Na. Sa.. de Santa Cruz; Na. &.. de wurdea J !ia. Sa. Sede da Sabedoria; Na. Sa. das Famílias c Na. Sa. da Assunção. F6ra da capital paulista te~os mais 8 equipes localizadas nas seguintes cidades: Santos, tlorian6p~ lis (2), São João da Bea Vista, Ja~, são Carlos, P~beirão Pre to e Botucatú. Como todos v~m, o Movimento cresceu bastante n~ste ano de 1958. Mas em 1959 deve crescer ainda ma is. A seára ~ €:,Tande. Mui tos e mui tos cv.sais poder:1 vir benefi ciar-se de nossas riquezas • Estão apenas, a espera do nosso chamado, do nosso ardor missionário. Cada um quo peüse um po:1 co é verá que casais de seu círculo de relações podem ser co~ vidades para as equipes. Conversem com ~les, d~~-L~es o seu testemunho e, em seguida, comm1iquem o nome dos convidados ao casal Esther-1illxcello Azevedo (fone 61-5526) que organizará para ~les uma reunião especial para explicação do MOvimento. Será, como ~ 6bvio, uma reunião sem compromissos, màramente informativa. Depois desta reunião o mesmo casal organizará uma ou mais equipes com aquêles que desejarem fazer a experiên cia. Não se esqueçam, também, de fornecer nomes de casais de outras cidades com quem possamos entrar em contáto, afim de lençar o Movimento em suas cidades. Estas equipes tOdas de f6ra de são Paulo, começaram, via de regra,d~ ta fonna.

....... - 22 outubro - 11 novembro - 14 novembro .. 18 novembro

9 dezembro

AI.Jl:GREMO-NOS COM ELES ! •

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Nereu _ (Irany e Nereu do Valle Pereira) Zquipe Na.Sa. do Destêrro - Florian6polis Pedro Eugênio (Celina e hloacyr Pinheiro Monteiro) são Paulo 3,ylviu Jane (Gqy Patricia e Tbgor Tessitore) ~~qui pe Na. Sa. do Sim - são Paulo Jos~ .Arthur ( Tida e Ernesto Lima Gonçalves) Equipe Na. Sa. de Nazar6 - São Paulo ·Maria Alice (s.ylvia e Antônio Varella J. de Almeida) Equipe Na. Sa. das Famílias - são Paulo 1 O.


ORAÇÃO

Se o homem pode se voltar para Deus, é porque desc~ bre, ao mesmo tempo que sua própria miséria, o infi nito da misericórdia divina. "Miserere" - esta pala vra é repetida sem cessar na liturgia da quaresma • ~er se encontre no contexto mais geral de seu amor criador ou se manifeste por uma espécie de impossibilidade em balbuciar uma oração, é a misericó~dia o mistério mais profundo de Deus em relação ao h o mem ••• Após as revelações do Antigo Testamento, Jesus nos r evela o segredo da misericórdta divina: a recusa em condenar segundo a maneira dos homens (Jo aõ 8, 1-11), o liame entre o amare o perdão ( Lucas 7, 37-50), a intensidade com que Deus anseia encontrar a ovelha perdida (Lucas 15, 1-7), ou receber o filho pródigo (Lucas 15, 11-32)

para o mês de

UARÇO

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I..ê r no Gênesis, o capítulo acima referidos. O R A .,Ç_ Ã. O

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18, 20-33, e um dos textos do Evangelho

Q A -Prefácio Ambrosio...'1o para a ~aresma-

Verdadeiramente é digno e justo, necessário e salutar render graças, Senhor Santo , Rti todo poderoso, Deus eterno, por Cristo,NQsso Senhor. NEle a fé daquêles que jejuam é alimentada, a esperança acrescida, a caridade fortificada. Ele é o pão verdadeiro e vivo, a subst~1cia da eternidade, o alimento da virtude. Pois o seu Verbo, por quem tudo foi criado, é o pão não somente das almas humanas, mas ainda dos espíritos angélicos. Graças a êste pão, Moises teu servidor, durante quarenta dias e quaren~a noites jejuou para receber a Lei, e absteve-se dos alimentos terres tres para f icar mais disponivel à suavidade do espírito. Por isso não sofreu a fome do corpo, olvidou os alimentos carnais pois ~ue a visão de tua gloria oliuminava e tua palavra, recebida no Espírito Santo, o saciava. Dá-nos sempre êste pão-do qual devemos sempre estar famintos- Jesus Cris to Nosso Senhor.

Por Ele os Anjos louvam a vossa mageetade, as Dominações o adoram, as Po testqde s a r everenciam, os Céus e as Forças dos Céus, com os bema ventur ados Serafins, a celebram, unidos numa comum alegria. Aos seus c1nticos, nós vos rogamos, permiti que se juntem também as nos sas vozes par a proclamar em humilde louvor: Santo, .3u;nt o , Santo o Senhor, Deus das forças celestes; o céu e a t or r a estão cheios de vossa gloria. Hosana no mais alto dos céus . Bendito seja a~u~le ~ue ve~ em nome do Senhor. Rosana no mais alto dos céus.

11.


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