ENS - Carta Mensal 1961-12 - Dezembro

Page 1

DEZ 61

IX/6


SUMÁRIO

Editorial Sobrecarga? Para sua biblioteca Construir o homem e o mundo O Diário de Dany A hospitalidade cristã Uma conversão Notas sôbre o Compromisso Principais pontos das três grandes encíclicas sociais "Vale como . .. " ou legalismo Vene2:a , ou as Baleares? Correspondência Oração ~ara a próxima reunião

.

O que vai pelas Equipes Bilhete do Centro Diretor Dias de Estudos dos Casais Responsáveis Encontros Regionais 11 Curso de Cultura Religiosa em São Carlos Curso de Cinema em São Carlos Vida do Movimento Alegrêmo-nos com êles Deus chamou a sí Exemplos a seguir Curso de Preparação ao Casamento Peregrinação a Terra Santa Calendário Retiros de 1962 Uma grande notícia Lembretes Com aprovação eclesiástita


EDITORIAL

SOBRE · CARGA?

Nós estamos sobrecarregados . . . E' impossível sermos fiéis às obrigações dos Estatutos . . . Tôda responsabilidade dentro das Equipes nos é pesada . . . Perguntâmo-nos se as Equipes con.vêm a casais inseridos na vida pública e no apostolado ativo! . . . Neste lím de ano, as queixas dêste teor se multiplicam dentro da equipe ... O problema que existe na base dêste mal-estar é importante. A sobrecarga de trabalhos aceita dentro da vida , a dispersão ele atividade, a ansiedade, a tensão psíquica que delas resulta , são tôdas inimigas do progresso espiritual; quanto a isso não há dúvida , está na tradição. Ora, as Equip·es de Nossa Senhora não se propõem como finalidade estimular energicamente o progresso es11iritual dos lares? E portanto eliminar qualquer inimigo que entrave êsse progresso? E então? . . . Essa vida de equipe que nós acusamos de tornar nosso fardo mais pesado, ao invés de mais leve, de dispersar e distender ao invés de unificar, simplificar, acalmar? ... H& ai um mal-entendido: vamos rever nossas posições! Vamos revê-las com um golpe de vista muito simples, esclarecido pela lus de um princpio também simples, tirado da experiência humana tanto quanto do Evangelho: o progresso é uma p<:~ssagem da ordem da quantidade para a ordem da qualidade. Quando uma seiva generosa Jirodus mil brotos indisciplinados, o vinhateiro prudente poda e fas com que a videira produza frutos: assim o verdadeiro discípulo de Jesus Cristo passa da quantidade do devotamento à qualidade do amor. Mistério da Páscoa!

.


Conversão de todo farisaísmo! O que propõe a pedagogia das EquiP'es para apressar o progresso no amor do Senhor e dos nossos irmãos? Uma comunhão de fé, de esperança e de caridade cujo quadro está em parte determinado e em parte precisa ser comp·letado : é nessa parte " a se r completada" que vai se in.screver com maior nitidez a curva ascendente ou desce nde nte do progresso espiritual conse guido pela equipe e por cada um de seus membros. Três esforços pre cisos se inscreve m na parte " a ser comp·letada" : o primeiro, pessoal , é o da Regra de Vida; o segundo. conjugal, é o Dever de Sentar- se; o terceiro, coletivo, é o Con trôle. Na marcha para o essenc ial, no progresso para a perfei ção do amor, êsse esfôrço triplo tacihta o caminho, opera efetivamente a passagem para a ordem da qualidade. Em certa equipe, uma partilha sôbre os compromissos apostólicos fêz com que se abrissem os olhos de todos e se discutis se novamente a maneira de conceber a ação: as catequistas irão fazer brotar novas vocações de catequistas e dar nova importc.~ ncia às reun1ões da Açoo l;atollca t-em1n1na; um militante da imprensa católica descobre a urgência de ser auxiliado por uma equipe, etc . . . Quantos " deveres de sentar-se" fazem realmente ·uma revisão na escala de importância das ocupações do lar? A regra de vida e as decisões pessoais têm tido a importante função de podar as coisas menos importantes e de va lorizar a vida? . I

As Equipes, uma sobrecarga? Não. Um meio de podar tôda ver dadeira sobrecarga, isto é , tudo o que fôr "demais" na vida, num determinado nível de exigência espiritual.

P. BERTIN'


PARA SUA BIBLIOTECA

CONSTRUIR O HOMEM E O MUNDO M. Quoist

DUAS CIDADES

Autor de Poemas para Rezar, Michel Quoist, não precisa ser apresentado aos leitores brasileiros. Construir o Hom em e o Mundo, seu último livro, está fadado a ter o mesmo sucesso de Poemas para Rezar, já a caminho do 50. 0 milheiro.

Analisa, sem subterfúgios ou evasões, as situações concretas em que se encontra o homem preocupado em construir-se a si próprio e em construir o mundo, numa llmpida e autêntica visão cristã. Após um capítulo liminar, apresentação que dá o tom de todo o livro, as reflexões do autor dividem-se em capítulos agrupados em três partes: O Homem O H omem e os Outros O Homem e sua Vida em Cristo

Como diz o autor em seu cap ítulo inicial, "para que o ho mem e o mundo moderno não sossobrem, é preciso não a p enas restituir ao homem sua própria a lma, é n ecessário n ãó sõmente dar-lhe um suplemento de alma mas também e sobretudo Jesus Cristo, sob pen a de amanh ã não haver mais homem. P orque o h omem está. em perigo".

3


O DIÁRIO DE DANY

M. Quo1st Agir

Hoje é dia de Michel Quoist . . . Aqui vai o comentário e a recomendação de mais um livro de sua autoria - O Diário de

Da1~y.

Como o titulo mesmo o indica, êste livro é o diário de um adolescente. Foi escrito por um educador- a partir de sua experiência de trabalho com os moços. O autor revela-se verdadeiro educador que conhece os jovens, deposita confiança nêlese respeita-lhes os caminhos de evolução . Sómente um homem que tivesse lidado por muito tempo e profundamente com adolescentes seria capaz de escrever como o faz, utilizando a própria linguagem dêles, fazendo contlnuamente referência a seus verdadeiros centros de interêsse e abordando francamente seus problemas tais como se apresentam na via cotidiana. · Dany não é uma figura de romance, é um adolescente real ( sintese de muitos rapazes que o autor conheceu e acompanhou) que fala e age, que vive, em suma, através das páginas de seu diário. Sua evolução é a de um rapaz normal que vai aos poucos amadurecendo: parte da procura intensa de si mesmo para chegar à vontade de se dar completamente, tendo feito a descoberta do amor autêntico. Tôda môça ou rapaz dos 13 aos 18, 20 anos, se identificará de alguma maneira com Dany, rec·o nhecendo-se em alguns de seus problemas, reações, exigências ou esperanças. Talvez também encontre nas suas soluções algumas das respostas que procura. Todos encontrarão aqui matéria para .enriquecer a sua experiência e algumas orientações ou métodos para guiar a sua ação. Talvez até, lido a um tempo pelos educadores e pelos adolescentes, O Diário de Dany possa servir como ponto de partida de um diálogo entre uns e outros, o diálog.o insubstituivel e eficaz da confiança.

4


NOTAS DE UM INQUfRITO

a hospitalidade cristã

o ensi namento do Senhor Quando deres ol:;,um olmôço ou ceio, não convides os teus amigos, nem teus irmãos, nem os parentes, nem os vizinhos ricos, paro que também êles não te convidem per

suo vez, e tu teres o pago. Mos quando deres algum banquete, convido os pobres , os aleijados, os coxos e o~ cegos . E serás bem-aventurado, porque êles não tem que te retribuir; mos ser-te-á retribuído no ressurreição dos JUStos". (Lucas, 14, 12-15). "Eu tive fome, e me destes de comer, tive sede, e me des-· tes de beber, eu era estron~eiro, e me ocolhestes. . . cada codo vez que o fizerdes oo mois humilde dos meus irmãos, é o mim que o tereis feito". (Mo teus, 25, 31-46).

Quem vos recebe, a mim recebe, e quem me receber, recebe Aquê le que me enviou. . . e todo oquê le que tiver dado o um dêsses pequeninos um copo de águo fresco,

11

por ser meu d 1scípulo, em verd a de vos digo, n ã o perd~r:J

suo recompenso".

(Mo teus, 1O, 40-42).

"Que oquêle que tem duas túnicas divido com quem não tem nenhuma, e que

oquêle que tem

o que comer facu

o mesmo". (Lucas, 3, 11 ).

5


"quem vos recebe, a mim recebe . . Acolher o hóspede , é acol her o Senhor. Vejamos no Evan gelho alguns exemplos do acolhimento do Senhor. " Zoqueu, desce já, porque convém que eu fique hoje em tua cOso - e êle desceu a t ôda pressa e O recebeu alegremente" (Lu ca s, 19, 5 -6 ). ,._Aproxi1Ti0hd o-se , po ré m,

do

ald~aro

onde

caminhavam,

Jesu s f êz com o se f ôsse prossegu ir seu caminho mas ê le!:. in sistiram poro O reter, dizend o: ' Fico con osco, !)a rqu e j á é tarde e o dia já dec lin ou " . (Luca s, 2 4 , 2 8 -29 ).

" E,

voltando-se

mulher?

pa ro

Entrei e m

a

mulhe r,

tua co sa e

disse

não

n:e

a

Simão :

Vês

este

d este água p oro o~

pés; mas e sta com suas lág rimas re go u-me os !)és e en x ug ou-os com os seus cabel os. Não me des t e u m be ij o; mas e sta , desde que entrou , não cessou de be ijar-me os p és. Po r isso te digo: Perdoados lhe sã o os n umerosos peca dos, porque e la mu it o amou; mas a o q ue p ouco se !Jerdoa , pouco ama ". (Luca s, 7, 44 -47) .

Hó também Marta e Maria em Pedro . .. · e tantos outros .

Betânia , a sogra de São

o ensinamento dos apóstolos Nas epísto las de São Paulo, nós encontramos muitas vêzes esta frase: '' Prat icai a hospitalidade " do mesmo modo que na 1 .a epísto la de São Pedro : "Exercei a hospital idade entre vós." Nos Atos dos Apóstolos , nas epísto las de São Pa ulo , quantos exemplos de hospitalidade não podemos encontrar! São Paulo se hospedava nas famílias judias que êle tinha convertido, prin cipalmente em Corinto, em casa de Aqu ila e Prisci la, num lar '

6


a hospitalidade na Bíblia Seria preciso escrever um tratado, mas vamos nos contentar com algumas referências que nos foram indicadas por equlpesd e gra ndes cidades européias interrogadas a êsse respeito no ano passado. na história de Abràa, a visita de Deus em sua tenda (Gê· nesis,

18,

1-8), que

mostra

a

ale!:: ria

e a presteza de

Abrão em receber o estrangeiro. Gênesis 23: Aprão recebe os três anjos Gênesis 19 : Lot recebe dois anjos que o salvam da destruição de Sodoma e Gomorra . Mais tarde, a :>ermanência de Jac6 em casa de Lobão (Gênesis 29, 1-30), onde o acolhimento a um parente afastado se traduz imediatamente por um lonoo festim . O acolhimento d& José a seus irmãos no Egito (Gênesis 42-45), onde a hos:>italidade se transforma em caridade e em perdão. Exodo 2, 20 : "Chamai êsse estranqeiro, a fim de que êle coma do nosso pão" . Juizes 12, 15 : '' Eu um cabrito''.

vos peço, permiti que nóc preparemos

Juizes, 19, 20-21: " A à sua mesa ". Na Lei,

!)O>.'

seja convosco.

Ele os recebeu

Deus faz Moisés dizer (no Levítico 19, 33-34) :

"Se um estran:-eiro habita em sua terra . . . ama-o como a ti mesmo, !)Ois tu também foste estrangeiro na terra

do Eoito 11 •

A permanência de Elias e, casa da viúva de Sarepta ( 1.0 Reis, 17, 7-25). onde ce vê uma pobre mulher d1vid1r o pouco que lhe resta sem nenhuma hesttoção, e

receber

o centuplo em pagamento ... Como canto o Padre Duval na sua cantiga "Rua das cêrcas-vivos", o Cristo não está vivo nêste estrangeiro, ou

nêste amigo, que !JOSso diante

de nossa casa ?

7


Tobias . 2 : anos".

" ~le

proveio à

sua

manuteriçllo

durante

dois

"N o entrado de Ecbotono , Tobias diz: " Irmão Azarios leva-me diretamente poro a casa de nosso irmão Raquel". Ele o conduziu à casa de Roguei, que êles encontraram sentado no porto do !)Óteo. ~les o saudaram em primeiro lugar, e êle respondeu: ''Eu vos saúdo, irmãos, vós sois benvindos" e fê-los entrar em suo coso". (T obias, 7, 1) .

-

- . "Os exémplos se multir.>licam em todo o Antigo Testamento. O que mo is nos chamo a atenção é o de José recebendo seus irmãos . ·o acolhimento dos primeiros O!JÓStolos . A vida das primeiras comunidades cristãs . Notamos igualmente a ·evol ttção da hospitalidade no decorrer dos sécu los. A funda r ão das ordens hos,.,italeiras l')aro acolher os doentes. e os . viajantes, os !')adr~s e os Pobres. A cria ção do s . Santas-Cosas. Há certamente aiQumo coisa o ser redesco· berta para nossa geração" .

uma mística cristã da hospitalidade Eis aqui mencionamos:

rpais algumas

nota s tirada s do

inquérito que

" A hospitalidade deve visar não o!')enas a satisfação das necessidades materiais (comer, beber .. . ), mas também a participação à vida sobrenatura l do lar : a fam ília é uma manifestação da presença de Deus entre os homens: o estrangeiro, o parente ou o amigo, vindo a nosso lar, deve encontrar nêle a presença de Deus (a qual deve se manifestar por uma abertura, uma atmosfera de confiança". "Nós p reci samos ver a Deus no próximo, portanto trotar o o próximo como trataríamos o ente mais querido, ou como alguém que nos faz uma orande honra apelando para nossa hospitalidade; estaremos alerta para procurar o que Deus quer de nós com êsse encontro".

8


nReceber o nosso próximo como o Cristo mesmo o receberia ou receber nosso próximo como n6s receberíamos o Cristo, se ~le viesse bater à nosso porto . maneiro de encarar o hospitalidade nos parece ser o fundamento de todo o contocto com os que nos cercam, dando a ~sse contacto seu sentido apostólico. O Cristo é uma pessoa viva, que vive em nós e em tôdos as pessôos que encontramos" . "Dor ao outro tudo o que êle pode esperar de nós, do ponto de visto prático (confô rto, alimentação). do !JOnto de vista afetiva (interêsse , carinho, preocupar-se com êle). Mas também é preciso dor ao outro aquilo que êle talvez não espero de nós : um testemunho de vida cristã".

quem acolher

?

"Aquêle que se apresenta", é verdade. Mas, às vezes, é bom ir procurar aquêle que não aparece porque êle não pode saber que seria bem recebido em nossa casa : "fazer com que os outros saibam que são esperados", respondeu com muita propriedade um equipista . Eis as "categorias" que os diversos casais interrogados citam mais frequentemente : estudantes isolados, estrangeiros, pessoas recém-chegadas à cidade .. .

como receber

?

Vamos deixar êsse assunto para outra vez. Diremos apenas que precisamos ser naturais, mas que ser natural não quer dizer mostrar um relaxamento, desordem e impaciência naturais, mas ser o que o Senhor quer que sejamos.


"~

em seu quadro ltgbituol que o lar dó melhor testemunho do vida de amor que é o suo e , portanto, dó melhor testemunho

de vida cristã " .

um curto testemunho Nosso s famílias não moram mais na mesma cidade que nós e assim temos muitos vêzes a ocasião de hospedar um ou outro e procuramos fa2.'er com que o nosso apartamento esteja a berto aos que possam . Temos a ssim pod ido receber si mplesmente, de modo que ninauém hesite em nos pedir novamente o hosp ita lidade . 11

Acontece tomém freq uentemente que receemos, apena s po ro uma refeição, pessôas que nos foram indicadas como recém-chegadas a X; não conhecendo a inda n inguém, e sentindo-se um pouco perdidas. E1 claro que , além disso, temos mui-

tas vezes amigos em nossa casa".

conclusão Para concluir estas linhas, vamos ci tar um trecho dos apontamentos tomados durante a co nferência que o Pe . Ca ffarel fe z nos últimos dias de Estuda dos Responsáveis . Trata-se de uma passagem qu e se refe re justamente à hospitalidade, encarada nc. se u aspecto apostólico . O Pe . Caffarel falava da hospi talidad e como se ndo um "a postolado original e insubstitu íve l do lar cristão".

10


"Eu vos disse e re!)etí <'lue o for cristão é umo "célulo do lgrejo", que êle tomo !JOrte no Ministério do lgreJo. Assim oquêle que o visito como os que vivem no lar cristão, encontrem nêle o revelação do l']rejo e porticipom por êle do vide do lgre)o . João XXI I I folondo do for cristão nos d1zio que por ser célulo do lgrejo êle é o "meio que oilmento, foz crescer e se desenvolve o fé Ses crionos".ç Isso não é verdadeiro apenas :"'Ora as crianças : os incrédulos de veriam poder se familiarizar com o Igreja frequentando um

lar cristão; os cristãos frágeis deveriam sentir-se, dentro dêslar, envolvidos pelo misericórdia do !~reja · e os cristãos

se

fervorosos deveriam sentir o necessidade de louvor o Deus, co contemplor o corinho de Cristo pelo lgre)o, descoerto no for cristão.

Permití-me umo lemronço pessool. Há 25, eu fui à coso de fui à caso de um amigo, numa província, e lá encontrei uma jovem suíça que troolhavo para êles; elo aprendia o froncês e em troco ol1viovo ob mãe de oi(Juns trobolhos do for . Elo pediu poro folor com1go . Ero protestante. Muito impressionado pelo quolidode do vide conjuool que elo contemplo em torno de sí, elo me disse que julgovo dever terminar o seu noivado, pois o rapaz que o havia pedido em cosomento nunco poderio otingir esse concepção do coso mente . Eu lhe respondi, como !Jodeis odivinhor, de não se apressar em renunciar ao seu projeto de casamento. E, seis meses depois, voltando à coso dêsses amigos, constatei que

um grande posso havio sido dedo; a jovem se instruíra no cotei icismo e foram os meus amigos mesmos que se tornarem seus cotequ istos elo devo suo pleno odesão à nossa religião. Elo rompeu seu noivado que decididamente não se onentava paro um lar verdadeiramente cristão, e pediu-me que recebesse suo objuroção. Alguns meses mois torde entravo num mosteiro de beneditinas onde, há uns vinte anos, elo rezo poor que se multipliquem os fores cristãos como oquêle onde hovia descoberto o o mor e o alegriq do Cristo".

11


O Santo Padre já nos havia dito : "Antigamente, e ainda hoje em muitos países, contava-se fraquentemente o popu lação de uma vila pelo número de seus

lares ou de seus "fogos '1 : era o reconhecimento do família como o célula ativo do sociedade civil . Vós tendes o dever paro convosco mesmos de mostrar por vossa atitude que é essa vosso convicc:ão real. Mos soretudo, que vosso Movimento ajude cada vez mais seus . membros o descobrir e assumir suas responsabilidades apostólicas . Sendo acolhedor, fra ternal , aberto à s necessidades dos outros, um lar já foz um autêntico O!)ostolodo !JOr seu ex emplo e pela irradiação de suo caridade ''.

Se o lar é a "cé lula da Igreja " como dizia também o Papa no seu di scurso às Equipes de Nossa Senhora, é que o mistério da Igreja está presente no lar . Vendo um lar cristão, deveriamos descobrir por transparência o mistério da Igreja presente nes ta célula , com sua s quatro características: Unidade , Santidade, Catolicidade, Aposto li cidade .

12


uma convenção Como écc ao testemunho citado no r.1ês passado, sob o 11

título de Um batismo", um equipista nos enviou o texto seguinte, tirado de um artigo das "lnformations Catholiques 11 lnternot1onoles • Não é uma éxcelente ilustração dos apontamentos precedentes?

"E' êsse pequeno ser sofredor que segue um dia um grupo de amigos aos cursos de inglês e de Bíblia dados pelos missionários protestantes . As portas não erarh nunca trancadas em cas3 <;lo.s_ 1\11eyers e do~ Logan f?m Tokushima . Muito mais que ·seus ensinamentos, o que fazia com que os estudantes se apressassem a ir à "casa dos estrangeiros" era a cordialid;J"Cle de 'seu <Jcolhimento e o chá, os bolos, a música êsse sentimento que êles davam a cada um de ser um membro da família . Aí, pela . primeira vez, Toyokiko Kawa tem a lerteza de não ser um intruso.

(Toyckiko Kawa é um pequeno japonês de 11 que fugiu do casa de seus avós) .

anos, órfãc,

O dr. e a Snra. Myers, bem como o dr. e a Snra. Logan, lhe fizeram às vezes de pai e de mãe. O dr. Meyers lhe falou de um Deus cheio de solicitude. Conduziu-o para fora, ao céu aberto, virou seu rosto triste e marcado de lágrimas para o so!, e lhe disse: 13


"Olha o céu, olha o sol. Deixa que tuas lógrimas se evaporem e depois nós vamos rir !" E, com .efeito, êles riram . Desde então Toyokiko não parou mais de rir. Durante tôda a sua vida, foi o se u ar de ressu sci tado que atraiu as pessoas . E êle nunca mais esqueceu que a bondade pode abrir o caminho para aquêle que o esperava um dia em Tokushima e de cuja presença êle não desconfiava : Jesus. Mais tarde êle descobriu os pobres . Não foi uma outra descoberta . Tendo encontrado Jesus coberto de opróbios, supliciado por amor , Toyokiko encontrou tudo, para se mpre . ~le voltaria incansàvelmente em sua pregação a essa referência ao Cristo, E' verdade , perguntou êle após a leitura · da que uns homens c ruéi s perseguiram a Jesus, bateram cuspiram em seu rosto?

Paixão , nêle e

Sim, é verdade. E' verdade que ao morrer na cruz , Jesus perdoou a êsses homens? -

Sim, respo ndeu , o pastor, é verdade .

Ouvindo essas palavras, o jovem caiu de joelhos : "Meu Deus, faze-me semelhante ao Cristo" . Era uma oração e uma decisão".

~sse jovem

rapa z t ornou-se a past or protestante Toyokiko

Kowo ,

" louco

um

do

Cristo",

mort o

recentemente ,

cuj o

a ção apostólica e social teve, e tem a inda, grande repercussão no Japão .

14


~D

o

" : .;

!

q u e v a i p e 1 a s p e s e q u

Paris, 26 de novembro de 1961 Caros amigos 900 Casais Responsáveis de Equipe, reun idos em Paris para os nossos dias anuai s de estudo, de amizade e de oração, vos enviam uma saudação muito fraterna l. As Equopes maos distantes estão bem próximas de nosso coração e foram lembradas em várias ocasiões. A "Salve Regina" que vai encerrar êstes Dias, será cantada, dentro em pouco, muito particularmente nas vossas intenções e nas de vossas equipes. Nós vos asseguramos, amizade.

caros amigos, a nossa mui cordial

Pelo Centro Diretor (a) Constantin e Cénevieve Sipsom


DIAS DIE ESTUDOS DOS CASAIS RESPONSÁVEIS Em Sõo Pau lo teremos no início do ano que vem os Dias de Estudos pa ra Casais Responsáveis. Responsável am igo, an ote desde já (e reserve tar1bém ... ) as datas de 7 e 8 de abril de 1962. Os Assistentes estão também desde já convidados ... Ma is not ícoas e de ta lhes se rão encaminhados oportunamente diretam ente aos Responsáveis e Assistentes.

ENCONTROS REGIONAIS -

II

A fim de estender a todos os equipistas a oportunidade dada uma vez por ano aos Casais Resonsáveis de se reunirem, tomando maior contato com o Movimento, aprofundando a sua mística, conhecendo melhor os seus métodos, e realizando ainda uma ale9re confraternização, organizaram-se pela primeira vez Dias de Estudos Locais em Jaú , Ribeirão Preto, Campinas, Santos e Sã~ J oão da Boa Vista, cada uma, centro de grande número de equipes. Salvo em São João, onde no sábado havia um encontro bíblico diocesano, nas demais cidades os equipistas se reuniram, nos dias 1 2 e 1 3 de agôsto, no sábado à tarde e à noite, e durante todo o dia de dom ingo. Sábado pela manhã as clássicas peruas Volkswêigens deixavam São Paulo pela Via Anhanguera, levando casais e sacerdotes. Na primeira , iam Mar ia Lúcia e Jorge Cintra, com Mons. Benedito Ulhôa Vieira, rumo a Ribeirão Preto. Na segunda, seguiam para São João da Boa Vista Teresa e José Eduardo Macedo Soares, com o Pe. Pedro Paulo Koop, de Baurú. Na terceira, Doris e Nelson Gomes Te ixeira iam para Campinas, para onde se dirigia também, de trem , Cônego Pedro Rodrigues Branco, de Jaú . D::>-

Jl


mingo de manhã seguiram Doris e Nelson para São João da Boa Vista, onde eram esperados. De Campinas em direção a Jau saíram Marília e Luiz Gastão Mangabeira Albernaz, com Pedro Moncau e o Pe. Estanis'au de Oliveira Lima . Depois do almôço, pela Via Anchieta, Zézé e Francisco Pinto Lima desciam para Santos com o Pe. Alcuino Derks. Todo êsse movimento de casa is e assistentes foi compensado, graças a Deus, por um comparecimento muito grande de equipistas, tanto em Ribeirão Preto como em São João da Boa Vi5ta e em Jaú . Campinas, muito concorrida no sábado, ressentiu-se no domingo da coincidência com o "Dia dos Pais" . Se esta comemoração foi a razão das faltas que se verificaram em tôda parte, parece que afetou sobremaneira Santos, e já no próprio sábado .. . Em São João da Boa Vista, estiveram presentes 42 casais, de 7 cidades diferentes 19 de São João , 7 de Guaxupé, 5 de Mococa, 3 de Vargem Grande do Sul, 2 de Casa Branca , 2 de Caronde e 1 de Águas da Prata ( fóra as 2 primeiras cidades, tôdas equipes em formação ) sendo que todos os casais responsáveis e pilotos da diocese compareceram, e mais 6 padres assistentes, 2 bispos e um arcebispo : Dom Adelar Brandão, Arcebispo de Terezina, no Piauí; Dom Gerardo Reis, Bispo de Leopoldina e Dom David Picão, Bispo de São João da Boa Vista Dom David, que é assistente da la. equipe de São João, presenciou os trabalhos e dirigiu a palavra aos casais, proferindo de improviso densa conferência; presidiu o almôço e celebrou a Santa Missa. Pe. Paulo, por sua vez, estava muito inspirado e tanto sua palestra como a de Nelson entusiasmaram os presentes. Também o encontro de Ribeiríão Preto, ao qual compareceu <' quase totalidade dos equipistas. contou com a palavra estimulante e esclarecida, o ensinamento profundo de Mons. Benedito, com a simpática presença do casal Cintra, que pronunciou duas in-


teressantes palestras, e foi prestigiado pela participação de Dom Lu ís do Amaral Mousinho, Arcebispo local. Os casais que se reuniram à noite para discutir o tema da Encíclica "Mater et Magistra" tiveram o privilégio de tê - lo como Assistente num dos grupos. No domingo, Sua Excia. tomou parte nos debates de um dos grupos de trabalho e assistiu à ótima c011ferência de Eurico Az evedo, de São Carlos, que , ao apresentar algumas perguntas sôbre como poderiam os equipista s contribuir para o trabalho apostólico em Ribeirão Preto, convidou Dom Luís a responder. Citamos, a ttulo de sugestão para os equipistas de outras cidades os setores apontados por Dom Mousinho: ensino de catecismo nas escolas, animação de círculos operários , colaboração a jornais católicos, programas de rádio, cooperativas, reforma agrária, divulgação da encíclica "Mater et Mavistra", etc. Conclui o Casal Responsável pela Coordenação, em seu relatório : "Encerramos nossos trabalhos e nos dirigimos para a capela, onde seria celebrada por Dom Luís a Santa Missa , com entusiasmo de realmente querer fazer alguma coisa por um mundo melhor". Os equipistas de Santos também receberam a visita de seu Bispo, Dom ldílio José Soares, que celebrou a Missa de sábado. A de domingo, foi celebrada pelo Pe. Alcuino, que pronuncióra na parte da manhã ótimas palestras. Muito boas as conferências " leigas", de Francisco Pinto Lima no sábado, de Afonso Vitilli no domingo. Em Campinas, para grande decepção dos equipistas, Dom Paulo de Tarso Campos foi à última hora impedido por motivo de saúde de celebrar a Missa de encerramento . As equipes de Campinas, entretanto, cons ideraram -se privilegiadas por terem contado com a presença de Cônego Pedro, que depois de belíssima conferência sóbre a caridade fraterna , comoveu a todos quando, na capela, depois de explicar com a simplicidade e clareza que lhe sôo características, como se faz uma meditação, convidou os casais a acompanhá-lo na que em nome dêles desenvolveu frente IV


ao altar. Já no sábado dirigira uma hora santa muito comovente. Lamentou-se em Campinas tanto a ausência dos equipistas de Araras, quanto a de alguns padres Assistentes que sómente puderam participar das reuniões à noite. Como Campinas e Jaú "trocaram" Ass1stentes, os eqUipistas desta cidade e região ouviram o Pe . Estanislau, cujas palestras "fascinaram o auditório", nos d1zeres do Casal Responsável pela Coordenação. Eram 104 pessóas presentes, entre equipistas e Assistentes, que assistiram às conferências do Pe. Estanislau, de Pedro Moncau, de Luiz Gastão, participaram dos grupos de trabalho e das reuniões à noite. A maioria dessas reuniões teve que se realizar com 1O casais, pois eram só 5 Assistentes disponíveis e havia, fora os casais de Jaú, a equipe inteira de Pederneiras, uma grande delegação de Baurú, 2 casais de Marília, 1 de Lins. Os equipistas de São Carlos compareceram apenas no domingo. Muitos pontos comuns tiveram êsses encontros: o assunto da~ palestras As equipes diante das exigências do mundo moderno, no sábado, A caridade fraterna, a cargo do sacerdote, no domingo pela manhã, Da equipe para a vida, no domingo à tarde os círculos após cada uma das palestras, as reuniões de equipes mistas, à noite (que foram muito apreciadas: "muitos :~a­ sais se admiraram de ver e sentir naquêle grupo a mesma união e o mesmo espírito de sua própria equipe"), as missas dialogadas, com cânticos, procissão do ofertório, com renovação das promesas do matrimônio e comunhão geral; sem falar nessa abertura, nessa franqueza, nessa alegria do convívio fraterno que são características de qualquer encontro de equipistas e, em quase tôda a parte, êsse clima de oração e recolhimento, essa intensidade no querer aprender, melhorar e levar Cristo aos outros. Falou-se muito em regra de vida, auxilio mútuo, e a preocupaçõv com o apostolado dentro e fora do Movimento, foi um dt s traços comuns. e não o menor.

v


Se de maneira geral ninguém ·brilhou por excesso de pontualidade, houve um encontro que se salientou por começar com hora e meia de atraso, continuar atrasado, recomeçar atrasado no outro dia , e assim por diante ... Os outros, no entanto, merecem os parabéns pela boa organi zação, bom índice de comparecimento e rel a tiva po ntualidade . Para os responsáveis que empe nharam corpo e alma no sucesso dêsses Dias de Estudo mandando con vocações escritas, manten do contatos repetidos com responsáveis, pilotos e os próprios equipista s, acertando o programa nos seus menores detalhes e zelando pela sua realização o êxito obtido é a melhor das recompensas pelos seus trabalhos e preocupações. Os testemunhos ouvidos por tôda a parte compensam todo êssc esfôrço dispensado. Um casal nos disse: Há dois períodos "a nossa vida antes e depois da equipe. Um marido: Depois de 30 anos de casados aprendi na equipe o Dever de Sentar-se; se tivesse conhecido antes . . . Agora tenho uma vontade tremenda de externar aos outros o que recebí na equipe. Não sinto isso como uma obrigação, mas como uma NECESSIDADE. Uma espôsa escreve: O dia de estudos nos fê:z: um bem extraordinário. Oeus nos ajude para que nu;n futuro próximo possamos ter outro encontro como êste. Meu marido achou que a familiaridade entre os casais era sensível, sendo o ambiente menos formal, mais cordial do que nas próprias reuniões de nossa equipe, Eu tamb ém senti isso. E, não podemos citar tudo .. .

CURSO DE CULTURA RELIGIOSA EM SÃO CARLOS Depois de brilhantemente iniciado, em maio do corrente anc, pelo nosso companheiro Ernesto Lima Gonçalves, encerrou-se em em junho a primeira pa rte do Curso de Cultura Religiosa, pro. mov ido pelas Equipes de São Carlos. O cu rso despertou invulgar interêsse na cidade e contou com uma freqüência média de 1 1 O VI


pessoas. Em setembro. iniciou-se a segunda parte, cujas au!;;:; serão ministradas pelo grupo de professores do Seminário Diocesano e outros sacerdotes da Diocese.

CURSO DE CINEMA EM SÃO CARLOS Alguns casais das equipes de São Carlos promoveram, através do Club de Cinema local, um Curso de Cultura Cinematográfica, durante a semana de 21 a 27 de agôsto do corrente ano. O curso foi ministrado por um grupo de professores do Rio, Belo Horizonte e São Paulo Pe . Guido Logger, Pe. Massotti e Hélio Furtado Amaral. O sucesso foi enorme, pois o número de inscrit os su perou a duas centenas, tendo os professores agradétdo muito , principalmente ao grande número de JOVens presentes.

VIDA DO MOVIMENTO Foram as seguintes as equipes que fizeram o seu Compromi sso: Espanha: Barcelona 9 (3 / 9), Madrid 1 (4 / 6 ). França: Brienne-le-chôteau 1 ( 18 / 9), Le Havre 3 ( 24 / 3 ). Equipe por correspondência 2 ( 30/ 7 l. Compromisso

Com alegria comunicamos a Filiação das seguintes equipes: Brasil: Campinas 5, Jaú 5 , Taubaté 1. Espanha: Matara 2. França: Annecy 9 , Chartres 4, Gargenvillel. Maisons-Aiifort 2, Melle 2 , Saint-Etienne 1, Saint-Omer 1, Troyes 12, Vanes 5, Vanves 1. ltalia: Roma 2, Turin 1. Suíça: Vevey 1 . Filiação

As equipes brasileiras que se filiaram foram: Campinas 5 - Equipe NaSa de Fátima Assistente: Pe. Roberto Pinarello de Almeida C. R. : Helena e Francisco G . Oliveira

VIl


Jaú 5 Equipe NaSa da Consolação Assistente : Cônego Gastão Oliboni, o. praem. C. R. : Romilda e João Batista Buoro Junior Taubaté 1 - Equipe NaSa Mãe do Corpo Místico Assistente: Pe . Pedro Lopes C. R. : Consuelo e Ernesto Marques da Silva ~ECR~MO-NOS

...

COM ÊLES

16/1

Maria do Carmo

23 /7

Maria Suzana

25/7

Celina

2817

Pau lo Fernando

5/ 8

Sérgio

21 / 8

Mário

22/ 8

Den ise

27 / 8

Lélia Maria

30/ 8

Paulo Flá vio

9/ 9 12/ 9

Rena to Carlos Edu a rco

12/ ll Luc iana

VIII

Mariazinha e Ricardo Auler Neto Eq. NaSa de Lourdes - Jaú Rosa e Mario Camargo Eq. NaSa do Rosário - São Paulo Marília e Arthur Magalhães Andrade Eq. NaSa Auxiliadora - São Paulo Carmen e Luiz Saraiva Eq. NaSa de Na:zaré - São Paulo Marly e Gastão Michelazzo Eq. NaSa do Perpétuo Socorro - S.J. da Boa Vista Marlene e Mário Gobbi Eq. NaSa do Sagrado Coração - Jaú Amália e Geraldo Magalhães do Vale Eq . NaSa das Dores - Guaxupé Edna e José Carlos Paradella Eq. NaSa Rainha do Mundo - Campinas Brígida e Eddie Maricondi Eq. NaSa de Lourdes - São Carlos Mariza e Marcos Raposo de Medeiros Eq. NaSa Rainha do Mundo - Campinas Wanda e José Gaz ! Eq. NaSa Rainha do Mundo - Campinas Jesuina e José Zavagli Eq . N'aSa das Dores - Guaxupé


DEUS CHAMOU A" Sí Jeanine Praquin, a 20 de junho, Jeanine e Pierre fizeram parte da Equipe d eSetor de Savigny-sur-Orge. Pe. Le Moa I, assistente da Equipe Versailles 1 O, em 20 de julho. Mareei Roth, da Equipe Genebra 6, a 14 de agôsto. Auguste Peter, dao Equipe Nemours 1, a 1 3 de outubro. EXEMPLOS A SEGUIR De Florianópolis nos comunicam que: as Equipes daquela tal iniciaram a realização de uma Hora Santa para Casais. A mesma é levada a feito todo o primeiro domingo de mês, na Catedral, com a participação de grande número de pistas e casais convidados. Mais uma louvável iniciativa imitada.

capicada equia ser

Temos muito a aprender uns dos outros e em particular no campo da abertura, da amizade entre equipes e da alegria cristã. que deve ser a característica de todos nossos encontros. Mais uma vez as equipes do futuro Setor de Jaú nos dão o exemplo. Reuniram-se duas equipes a pilotada e a que pertence o Casal Piloto para comemorarem juntas dois acontecimentos: a admissão e eleição do Casal Responsável da primeira e o aniversário do Piloto. Após a Missa dialogada, houve pic-nic, churrasco, bolo com velinhas, e a jó clássica partida de futebol, na qual participou o assistente ...

CURSO DE PREPARAÇÃO AO CASAMENTO Estão sendo programados para São Paulo, na segunda quinzena de março próximo 4 Cursos de Preparação ao Casamente. das Equipes de Nossa Senhora.

IX


Todos aquê les que t iverem noivos conhe:idos, ou interessados nos referidos cursos, solicitamos com empenho que se comuniquem com Tere:z:a e José Eduardo Macedo Soares: Praca Morungaba, 26 - 80.3831. Na próxima C.M de março, voltaremos co m mais detalhes.

PEREGRINAÇÃO A TERRA SANTA E DEMAIS PAíSES BíBUCOS

Sob o rie ntação científica e espiritual do Pe. Frederico Dattl er, SVD, assist€nte da Equipe de Nossa Senhora da Assunção, e professor de Ciências Bíblicas. Início 1 8 de fevereiro de 1962. Duração mais ou menos 2 mêses. Custo total 1 .000 dólares. Informações e inscrições Cielmar: Praça da República, 17. Fones: 37-9886 e 36-3276. Itinerário Santos (Giu lio Cesare) , Gênova, Piza , Siena, Assis, Roma, Nápoles, Alexandria, Cairo, Monte Sinai, Beirute, Damasco, Aman , Jerusalém , Palestri-a inteira, Chipe, Atenas, G ~ nova e Santos.

CALENDÁRIO

dez

3 3-9 10 17 22 31

X.

Recolhimento em São Paulo Reunião de Balanço das Equipes de Setor e das Equipes de Coodenação Reunião de Balanço da Região Reunião de Balanço da Região Comemoração de Natal, em Campinas Comemoração de Natal , em São Paulo


RETIROS EM SÃO PAULO -

1962

23/25

fevereiro

23/25

março

18/20

ma1c

24/26

agõsto

31/ 4

novembro

23 / 25

novembro - Pe. Caffarel: para Dirigentes e Responsáveis Inscrições e mais detalhes: Suzana e Joõo Batista Villac

Rua Monte Alegre, 759 - 62.8092

UMA GRANDE NOTíCIA Em novembro do ano que vem, Pe. Caffarel estará entre nós . .. Nos prime 'ros números da Carta Mensal de 1962, am;1lo noticiário

X?


LEMBRETES

e

Oração pelo Brasil. Nosso país, nosso continente, ainda está atravessando grave crise. Continuamos a rogar a todos, que em suas orações não deixe,.;, de pedir por todos aquêles que detêm uma parcela de responsabilidade frente a cousa pública .

e

Expediente do Seçretariado. Diàriamente, pela manhã (das 8 às 11 hs), nosso irmão de equipe Antonio D' Eiboux, está colabora ndo e orientando os trabalhos do Secretariado. Logo ... dentro do possível, solicitamos que tôda a informação , todo o pedido ,tôda a providência necessária, seja feita ao mesmo, dentro daqu ~l e horário, diretamente ou pelo telefone 52-1338 . Desde já garantimos que o D'EJ.boux terá grande alegria em atender a todos ...

e

Kardex.

Estamos

precisando de

um fichário

Kardex

para

1 .000 fich as. Se tiver um sobrando, avise-nos.

e

Tradutores de francês. Como e? Ninguem ma1s se habi lita?. . . continuamos precisando ...

XII


NOTAS SOBRE O COMPROMISSO

Assumir o Compromisso nas Equipes é renovar e concretisar em s ua vida os compromissos do batismo . Assumir o Compromisso é fazer um ato de prudência (que não é o miserável refúgio dos medrosos, mas sim uma virtude cristã que nos ajuda a enxergar a meta almejada e a adotar os meios necessários para atingí-la). Se reconhecemo que pertencer ás Equipes de Nossa Senhora é um meio apropriado para fazernos progredir no caminho da perfeição, a virtude da prudência nos impele a entrar nelas. Assumir o Compromisso é "entrar" nas Equipes de Nossa Senhora e não somente prometer de praticar algumas obrigações. Assumir o Compromisso é aceitar o objetivo proposto pelo Movimento, isto é a perfeição da vida crist:-í. Assumir o Comprmisso é, u ma vez aceito o objetivo, prometer observar os Estatutos: suas grandes linh as de orientação e as obrigações propostas. 15


O Compromisso é assumido em primeiro lugar com Deus, porque pensamos que assumir o Compromisso é obedecer á sua vontade, é atender a seu desejo que tendamos . á perfeição. O Compromisso é assumido com o Movimento a quem nos confiamos e que se encarrega de nós .

.O Compromi o é a.ssumido com os outros equipis.t4s '; tud·o sêrá ·feitó para auxiliármo-nos uns. aos ou t ros nã. marcha comum para a perfeição dentro do esquema proposto pelas Equipes de Nossa Senhora.

e

Assumir o Compromisso também aceitar auxílio : o. Senhor com quem nos comprometemos auxiliar-nos-á a aceitar a Sua vontade e a respeitá-la; o Movimento com que~ nos comprometemos faz-·se um dever de sustentai- n.ossos esfôrços conquanto respeitemos suas diretivas ; os outros casais com quem nos c"omprom emo·s , comprometem -se também conosco. Todo compromisso implica sanção. O Compromisso com· as Equipe·s de Nossa Senhora não liga . sob pene de pecado. Entretanto, fica-se ligado pela promessa enquanto se pertencer ao Movimento. O Centro Diretor pode excluir uma Equipe se ela não segue as regras do jôgo. O Co mpromisso com as Equipes ele Nossa Senhora não é definitivo; é limitado ao tempo em que se pertencer ao Movimento, por duas razões: 16


Somos livres de deixar o Movimento se um dia a vontade de Deus parecer nos orientar por outro caminho, O Compromisso é um compromisso da equ1pe; assim, se a equipe se dissolver, cessa o Compromisso pois êle depende do ·a uxílio. dos outros casais. Assume-se o Compromisso diante de testemunhas e segundo um rito : o rito é a expressão da vontade de assumir' o Compromisso, obriga a uma atitude pessoal, a uma palavra. ·· · -· A testemunha recebe o Compromisso em nome do Centro Diretor e representa o Movimento que por sua vez assume um compromisso para com a Equipe . . . O Compromisso é um ato . de humildade: reconhecese. precisar dós outros: em primeiro lugar de Deu:;. depois do Movimento seguida dos outros casais da equipe, para ser-se fiel á sua vocação.

e em

O Compromisso é um ato de abnegação pelo qual mortifica-se o gosto excessivo da independência. O Compromisso é um ato de amor a Deus e de submissão á sua vontade. O Compromisso só será vivo ser for diariamente de"ejado, renovado. ratificado, pelo menos implicitamente. É por isso que deve ser cada ano renovado. 17


PRINCIPAIS PONTOS DAS TRÊS GRANDES ENCICLICAS SOCIAIS

A nova encíclica "Mãe e Mestra", de S.S. o Papa João XXIII, comemora o septuagésimo aniversário da " Rerum Novarum", de Leão XII I e o trigésimo da "Quadragési mo Ano", principais doc umentos pontifícios sóbre a questão social. Eis os pontos mais importantes de sta s três encíclicas transcedentais:

A RERUM NOVAkUM (sôbre o "condiçõo" dos operários), doao por Leão X III a 15 de maio de 189 1.

Proclama a prior idade do homem e da família sôbre o Estado. Condena não só o soc ialismo e o comunismo marxista, ma s também o cap italismo monopolizador que escravize os trabalhadores. O socialismo é condenado como contrário ao direito natural humano à propriedade . Exige um sa lário mínimo para os trabalhadores, que lhes permita viver decentemente. 18


Sustenta os direitos de associação, petição coletiva de reivindicação e recurso à greve por motivo justo. Diz que ao Estado cabe o dever especial de velar pelos trabalhadores, protegendo-os, e que a lei deve intervir para sanar injustiças e solucionar conflitos trabalhistas contrários ao bern comum. Advoga o estabelecimento de medidas de previdência social, mediante seguro para a velhide e "casos de acidente , enfermidade e outras calamidades" .

A QUADRAGÉSIMO ANO (sôbre o restauração do ordem soci::~l em pleno conformidade com o lei evcmgélico), dado por Pio XI o 15 de mo1::> de 1931.

Proclama a "Rerum Novarum" como "a Carta Magna da ação cristã no campo social" . Reitera que o socialismo "é inteiramente estranho à verdade cristã", por suor um conceito materialista da vida, contrário ao espiritual. Condena o capitalismo individualista e o monopólio abs•JIuto como causas de "privações e dificuldades" para grande parte da humanidade . Mantem que "o trabalhador deve receber um salário suficiente para seu sustento e o de sua família" . Classifica como "abuso intolerável, que deve ser suprimido a todo preço" o de serem as mães obrigadas a trabalhar fora do lar, por vir a ser insuficiente o salário dos chefes de família". -

Advoga colaboração internacional.

.19


A MATER ET MAGISTRA (Mãe e Mestra de todos os povos). dada por João XXIII com data de 15 d 2 maio de 1961.

Distingue claramente entre socialismo e socialização , ljOndenando o primeiro e sustentando a segunda "enquanto a socialização se fa ça dentro dos limites da ordem moral . . . " Pede que se adotem as medidas necessárias para a justa distribuição de lucros entre o capital e o trabalho. Afirma a impossibilidade duma paz "frutífera e duradoura" sob um sistema de grande desigualdades sociais e econômicas. Faz. um apêlo a uma ampla colaboração internacional , par<l conseguir-se que as· nações menos desenvolvidas superem "seu estado de pobreza econômica, miséria e fome " que constituiu talvez "o mais grave problema" de nosso tempo. Acentua que em alguns países o povo é obrigado a suportar "privações inumanas para aumentar o rendimento da economia nacional, numa medida de aceleração que supera os limites permitidos pela justiça e pela humanidade . Considera: o engenho dado por Deus ao homem para aproveitar os "recursos inesgotáveis da natureza como a solução para os problemas derivados do aumento de população, e reitera a imoralidade do controle artificial da prole, da esterilização e do abôrto.

20


"vale como ... " ou legalismo "No domingo passado eu não pude ir à missa. Sabendo que não poderia ir de manhã por mn motivo grave, tinha decid.'•lo ir à tarde, depois de tt:r passeiado com all crianças. Na volta do passeio ficamos presos num engarrafamento imprevisível. .. Duas horas de atraso! Eu fiz uma meia hora de ora.ção. Será que essa oração vale como missa dominical?"

Se um de seus amigos falar assim, vocês não hesitariam ein . lh.e dizer que a oração não :substitui a missa. mas que êle não tem culpa de ter perdido a missa desde que foi impedida contra sua vontade ... Vocês acham que êlc fez bem de consagrar à oração uma parte da noite do domingo. E espantam-se que êle pergunte "ser:á que yale como ... ?". Se o engarrafamento era imprevisível, se os motivos que o impediram de ir à missa de manhã eram sérios, porque .não 'reconhecer simplesmente que êle estava impossibilitado de assistir à missa? Sua oração será feit a então por amor a Deus, e não para apaziguar sua consciência! Vamos transpor isso para a vida das Equipes, citando alguns trechos de cartas recebidas ultimamente pelo Secretariado? 21


"Dnrcmte o ano todo nossa equipe não p.ottde fa zer o r-ecolhimento. Tiveram a~<tr: doenças, mudanças profissionnis imprevistas, nascimentos. . . Por sorte pudemos ir ao Dia de Estudos dos Responsáveis. Será que v a.leu como um recolhimento '!". Claro que não! Que êles se alegrem de ter podido ir ao Dia de Estudos ; que sintam não ter podido fazer o recolhimento, que façam o impossível, para o mais cedo possível , participarem de um recolhimento ou retiro. já que arsumira:11 êsse compromisso e, além do mais, é uma maneira de dar glória a Deus, e faz bem ao hbmem. Ma'l pornue Rchn que um "vale pelo outro"? Essa idéia não muda em nada a situação, a não ser nos números do anexo ao relatório! Por favo!'. que os números do anexo, tão útil aliás, não nos tornem legaJ,stas ou fariseus.

" No próximo ano, nós gostar!amos de assistir a u.m Dia de Estudos; se1·á que isso vale como retiro"?

Ir<

aos Dia.s de Est1tdo dos R esponsáveis, os Dias dos Casais de Ligação, on do s R esponsáveis de Setores, 'JX.d em contar como recolhimento"? aNo n~és passado, saindo do cinema, tivemos t'ma longa discussão a respeito do filme. Será que isso pode contar como ttm dever de sent ar-se" Y Um Dia de Estudos não é um recolhimento. Um dia de Encontro Regional não é um retiro. Os Dias de Responsáveis não são um recolhimento. Uma discussão sôbre um filme não é um dever de sentar-se.

22


"Mas e se nós nc7:o podemos fazer os dofs 'IJJ Então vocês precisam escolher, como pessoas livres, que conhecem suas possibilidades e seus compromissos. A regra das Equipes deve ser cumprida por amor, e cada vez melhor, e não por formalismo ou legalismo. Um casal que antes da reunião procura qual a conversa que êles tiveram durante o mês que poderia valer como dever de sentar-se, é um casal que não fez tudo o que poderia ter feito para conseguir uma hora para cumprir essa obrigação. Ninguém ignora que alguns casais, e mesmo muitos, são solicitados por numerosas obrigações, no entanto, êles serão julgados pelo gráu de seu amor, e não por terem assistido a um número maior ou menor de reuniões, dias de estudo, retiros, etc.

"Vocês nos dizem qu·e os Dias de Estttdo para os Responsáveis são obrigatórios, e que o retiro cada dois anos é obrigatório - mas se nós não pudermos assistir a ambos, quol dos dois devemos escolher?" Vejam primeiro se é certo que é impossível assistir a ambos. Os Dias de Estudo são em Abril . . . vocês não têm nenhuma possibilidade durante o ano de ter 48 horas de liberdade? Pensaram no período de suas férias? E se realmente é impossível, conversem com sua equipe . . . ou ela os ajudará, ou encontrará um outro casal para ir em seu lugar aos Dias de Estudo dos Responsáveis, para que vocês possam êste ano fazer o retiro! Se nós quizéssemos dar uma ordem de prioridade, poderíamos dizer que as obrigações que provém da Regra das Equipes, têm prioridade sôbre tôdas as outras, porque as outras são obrigações de "função". Vocês podem se recusar a ser Responsáveis de Equipe, Casal de Ligação, ou Responsável de Setor, se as obrigações suplementares que provém dessas funções não podem ser integradas em sua vida.


Temos n um dos temas sOb re São P aulo que a vida cristã é o contrário de uma escravidão, que a lei existe para nos "exercitar", para nos fazer avançar no caminho da caridade. Cita-se que Santa Terezinha do Menino Jesus poude dizer: "Eu sempre fiz a minha vontade", de tal maneira tinha sua vontade se conformado com a de Deus ; citamos também a recomendação de Santo Agostinho: "Ama, e faze o que quizeres ". E' sob êsse prisma que precisamos ver e amar nossa regra, porque ela foi f eita unicamente para nos conduzir a uma caridade maior, a uma vida com o Cristo . E' Êle quem nos arranca à servidão da qual fala tão frequentemente São Paulo : "Não há condenação para aqueles que estão no Cristo Jesus.

Porque a lei do espírito que dá a vida te liber-

tou da lei do pecado e da morte" (Rom. 8, 1-2) .

24


VENEZA, OU AS BALEARES?

Quase que de cada vez que se trata de fa:zer um retiro, o primeiro, o quinto, o décimo, os mesmos obstáculos, os mesmas tentações de fuga aparecem pouco mais ou me11os . Dificuldades moterioes, em primeiro lugar. I moginem um filântropo, acima de qualquer suspeita, que propõe a cada um de nós uma viagem relâmpago de três ou quatro dias, paro conhecer Veneza ou as Baleares ou um

alto píncaro, com partido garantido todos os fins de se· mana ou todos os fins de mês. Qual de nós irá então re· c usar e não fará o impossível paro agarrar a ocasião ... Acabou-se o Impossibilidade de arranjar quem fique cem os crianças ou de dispor dos dias necessários nem que se resolve então tirá-tos de suas férias. Será que Deus é menos lmJ!ortante paro nós do que Veneza ou os Baleares? Solvo motivos excepcionais, as dificuldades moterloes se resolvem, sobretudo nas Equipes de Nosso Senhora . Imaginem que nosso filântropo nos deixasse 10% para pagar, não fatiamos tudo para arranjar o dinheiro necessário? A despeza ocasionada por dois dias de retiro não excederia êsse 10% e não esqueçamos que, em coso de necessidade, uma "compensação" deve ter lugar entre os retirantes para permitir a tôdos, seja qual fôr sua situação financeira, participar ao retiro sem multo Incômodo.

Obrigaào a quem nos mandou essas linhas!

25


correspondência só as Equipes de Nossa Senhora ... 11

0 chefe de nossa equipe morreu repentinamente na sextafeira , 16 de dezembro. Fazem 16 anos que caminhamos juntos e nossa equipe está transtornada. Quantas alegrias,- quantos sofrimentos n6s j6 pusemos em comum! ~le , sem dúv ida , era o melhor, o mais ouro dentre n6s: e stava ambientado no sob renatural e tinha dificuldade para compreender nossa s hesi tações pois tinha ce rteza de Deus; suo vida nada moi ~ era que um cântico de esperanç a . Frequentemente n ós achávamos que ê le

era e xigente deniais; para ê le, tudo levava a Deus e nós tínham os medo de ir tã o longe . ~le nos puxava inconsàvelmente. À sua vo lta, na véspera do entê rro, fizemos nossa reunião de couipe que, há um mês, já tinha sido moraada para êsse d ia; estudamos o tercei ra tema, sãbre a espiritualidade de São Pau lo. Essa v igília de oração foi orientada por nosso assistente e, um depois do outro, abrimos o íntimo de nosso coração. Não tentamos cultor nssa tr isteza , mas ofere -

cêm o- la. Compreendem os, então, realm ente, amigo : nós o amóvamos como um irmão.

o

que

sig n ific a perder

um

O padre leu as grandes promessas bíblicas e depois trechos c<o Apoca lipse essa foi a ora~;ão litúrgi ca . Não f oi sentimental foi forte! Permeando o si lên cio que seguia cada uma das leituras, sentia-se

realmente o espírito da Igreja. Pedimos a todos que reZ'em por sua espôsa tão firme na sua fé e tão confiante! Pedim os p or seus dois filhas, por nossa equipe que, unida há 16 anos em um mesmo desejo de Deu s e em uma am isade humana imen sa, sente-se ag ora desequilibrado.

Há 13 anos, uma senhora viúva tinha pedido para fazer parte de nosso grupo, preferindo uma equipe de ca sais a qualquer outro movi -

mento de espiritualidade, po is desej ava o colaboração de homens, pais de família, em suo missão de educadora so litória . E há 2 anos, um membro

de nossa equipe, pai de 8 cr ianças, foi também chamado. por De us . Assim,

26


pois, temos em nossa equipe . agora 3 viúvas e 4 casais; dois dentre êles, entretanto, estão constantemente viajando. Precisamos encontrar 1 ou 2 casais que queiram adotar a disciplina das Equipes e incorporar-se em uma equipe antigo composto de c..a:ois que nõo sõo mais 11 brotos". Alguns anos atrás, teríamos, talvez, abandonado o movimento, pois pertencemos todos à Ação Católica. Mas, há mais de um ano, repensámos seriamente no problema dos Equipes, e percebemos que dentro desta vida trepidante, a')itada, de nossas dias, só as Equipes de Nossa Senhora possuem uma estrutura suficientemente exigente para nos ajudar a nós, marido e mulher, o nos reencontrarmos em profundidae para que ~assomos nos ultrapassar o nós mesmos. Meu marido e eu aceitamos, po1s, a responsabilidade de nossa Equ1pe mas, sentimo-nos muito fracos diante dos problemas que temos. Os responsáveis aqui de nosso cidade são muito mais moços do que nós e nossa Equipe já há alguns anos adotou uma atitude de independência em relação a êles . . . Vamos fazer um esfôrço para melhor nos integrarmos na linho do movimento . Gostaríamos de receber conselhos" .

Qttanto nos compadecemos por essa equipe tão duramente atingida e, ninda assim, tão fiel! E' realmente maravilhoso o seu testemunho testemunho de amizade que abraça. oquelas qu e ficaram sós, testemunho de famílias numerosas, casais ati1Jos dct Ação Católica, testemunho também de que as equipes realmente oferecem a seus membros um movimento suficientemente exigente qtte os obriga a se apertei· çoarem sempre mais. Gostaríamos que todos os ·membros das Equipes se compenetrassem dct S'f:rtedade da vida realmente cristã e do enorme valor das amizades que sttrgem dentro das equipes e que tanto colaboram ].l:l.ra o p1·ogresso espiritual de cada um! Por outro lado, esta carta nos pede "conselho". Os problemas das equipes cmtigas di1--.ergem muito entre sí e por isso é difícil a quem está •.le fora achar as soluções ade· quadas para êles. Que essas equipes saibam que estamos estudando o assunto, para poder daqtti por diante ajudá-las cada vez mais e melhor no se1t desejo de obter orientações e diretrizes.

27


ORAÇÃO PARA A PRóXIMA REU'NIÃO A vinda de J esus sôbre a terra , há vi nte séculos, rea lizando a profe cia de Isaias, nos dó · confian ça e ardor para apelar à rearealização de sua obra de paz e de justiça , por ocasião de seu Adve nto final. MEDITAÇÃO -

Texto para Oração Pessoal

Estas coisas diz o Senhor: O deserto e a terra árida regozijar-se-ão. A estepe vai alegrar-se e florir. Como o lírio ela florirá , exultará de júbilo e gTitará de alegria. A glória do Líbano l~.-2 será dada , o esplendor do Carmelo e de Saron; Será vista a glória do Senhor e a magnificência do nosso Deus. Fortificai as mãos desfalecidas, robustecei os joelhos vacilantes. Dizei àqueles que têm o coração perturbado : " Tomai ânimo , não temais, eis vosso Deus, lHe vem concluir a vingança. Eis q'ue chega a retribuição de Deus , tle mesmo vem salvar-vos." Então se abrirão os olhos do cego. E se desimpedirão os ouvidos dos surdos; então o coxo saltará como um cervo, e a língua do mudo daró gritos alegres. Porque as águas jorrarão no deserto e as torrentes , na estepe. A terra queimada se converterá num lago, e a região da sêde, em fontes , Diz o Senhor onipotente.

( Isaías 35·, 1-7 )

28


ORÃÇÃO LITúRCICA

Verdadeiramente é digno e justo, razoável e salutar, que sempre e em todo lugar, Vos demos graças, ó Senhor santo, Pai onipotente, eterno Deus: porque pelo Mistério do Verbo Encarnado, um novo clarão de vosso esplendor iluminou os olhos de nossa alma, para que, conhecendo a Deus visivelmente, ao mesmo tempo por ~le sejamos transportados ao amor das coisas invisíveis. E por isso, com os Anjos e os Arcanjos, com os Tronos e as Dominações, e com tôda a milícia do exército celestial , cantamos hinos à vossa glória, dizem sem fim: Santo, Santo, Santo, sois Vós, Senhor Deus dos exércitos. Os céus e a terra estão cheios de vossa glória. Hosana nas alturas. Bendito seja O que vem em Nome do Senhor. Hosana nas alturas.

( Prefácio de Natal )


1\\o\ltmef\to

de cM~lS

pott \H\\A espttttru~ll&.de. co~u9~l e f~mlh~R

CENTRO

DIRETOR • Secr. Geral • 20 , Rue

REGIÃO

BRASIL • Secretariado . Rua

des

Apenn ins . PARIS XVII

Paraguaçú, 258 • SÃO PAULO


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.