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DEZ. 63
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Carta Mensal das Equipes de Nossa Senhora
DEZEMBRO 1963 Editorial
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Seduzidas por Deus férias planejadas Centro de Preparação para o Casamento Rezar . .• Comunidades familiares Oração para a próxima reunião O que vai pelas Equipes Através do Mundo : Espanha Vida do Movimento - Compromisso da Equipe S6o Calendário. Paulo A.4 Natal Publicação mensal dos Equipes de Nossa Senhora Casal Responsável: Gracinha e Antonio D'Eiboux Redação e expediçé5o: Rua Paroguoçú, 258 - 52-1338 São Paulo 1O - SP Com aprovação eclésiástica
Carta do Pe. Foucauld
SEDUZIDOS
POR
DEUS
Um santo não é antes de tudo, como muitos o imaginam, uma espécie de camp"eéio que faz proezas no terreno das virtudes, que bate recordes espirituais. E' em primeiro lugar um homem seduzido ,or Deus. E que entrega a Deus sua vida inteira. Já era assim desde os santos do Antigo Testamento. Um dêles , Jeremias, nos fêz suas confidências em termos inimitáveis:
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"Seduziste-me, Senhor: e eu me deixei seduzir! Dominaste-me e obtiveste o triunfo , Sou objeto de contínua irrisão, e todos 2:ombam de mim. Cada vez que falo é para proclamar a aproximação da violência e devastação. E dia a dia a palavra do Senhor converte-se para mim em insultos e escárnios. E a mim mesmo eu disse: Não mais dele me lembrarei e nem falarei em seu Nome. Mas em meu seio havia um fogo devorador que se concentrava em meus ossos. Não o podia conter, nem o podia suportar" (Jer. 20, 7-9 )
Vertladeiro p;IFa os p1'ofet.u, ainda o é mais para os apóstolos. Vejamos João e Tiago (Mat. 4, 21-22). Num belo dia de prirnavera, nas margens infinitamente calmas do lago de Tiberíades, os clois jovens consertam as rêdes , em companhia de seu pai Zebetleu , Talvez cantassem eles cantos de amor . . . Um homem passa, jovem ainda. Ele se aproxima, e sua voz tleve p-ouuir uma extraordinária sedução, pois basta um apêlo seu , para que , imediatamente, Tiago e João deixem seu pai e suas rêdes e o sigam com o passo ágil e desembaraçado dos adolescentes alegres. Nem suspeitam em que aventura se lançaram. Com efeito, seu destino acaba de se decidir. Eles empenham tôda sua vida , baseados apenas em algumas palavras do Cristo. Também êles foram seduzidos , também êles se entregaram. Alguns anos depois seria a vez de Paulo. Nas suas cartas, surge a cada página seu amor apaixonado por aquêle que o conquistou após acerba luta. Um dia, com efeito, o Cristo lhe apare ceu ( I Cor. 15 ,8 ). rle o viu ( I Cor. 9 , 1 ). Desde então sua vida é radicalmente transformada. "Todas as coisas que foram para mim vantajosas, eu as considero por causa do Cristo, como coisas que devem ser desprezadas, para chegar ao Cristo. Não é que já tenha alcançado a perfeição. Não , mas eu sigo minha jornada esforçando-me por conquistar o Cristo , tendo sido eu mesmo conquistado por êle" ( Fi I. 3 , 7-12 ) . Por isso mesmo , pouco lhe importa a estima do mundo. "Se eu quizesse agradar aos homens eu não seria mais o servidor do Cristo" ( Gal. I , I O) . O amor de seu Senhor o persegue _ ( 11 Cor. 5, 14 ), e dêle nada poderá afastá-lo: "O que me separará do amor de Cristo? A tribulação? A angústia? A p·erseguição? A fome? A nudez? O perigo? A luta? Mas em tudo isso nós somos mais que vitoriosos" ( Rom . 8 ,35-39 ) . rle não teme nem mesmo a sua própria fraqueza. Nem ela constitui um risco de afastá-lo de seu Mestre : "Eu me glorifico de minhas enfermidades para que a força de Jesus Cristo faça em mim sua morada. Porque quando estou fraco , então sou forte" ( 11 Cor. 12,9 ) . Sua união com Jesus Cristo vai até a identificação. "Estou crucificado para sem·pre com o· Cristo: eu vivo, mas já não sou eu, é o Cristo que vive em mim" ( Gal. 2 ,19-20 ) . Isto não impede que êle esteja ancioso da pfena posse de seu Deus. "Eu estou apertado en2
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tre llois llesejos contrários: Tenho deseje de ir-me para cetar eem • Cristo, o que é incomparàvelmente melhor; mas • pei'Wiaaecer na carne é mais necessário, por vossa causa" ( Fil. 1,23-24). NA mim • mínimo de todos os Santos, foi dada esta gra~a de anunciar aos •antios as insondáv•is riquesas do Cristo" ( Ef. 3, I) • E qualldo ile chega ao ocaso de sua vida, tôda dedicada a sev Senhor, um.1 última confidência , desconcertante por sua simplicidade, a Timóteo, seu discípulo bem amado, nos fas entrever o funllo lle aeu cera~ão. "Sei e.m quem pus minha confian~a" ( 2 Tim. 1 , 12 ) . Não há dois tipos de homens : uns chamados cemo João ou Paulo a se dar a Deus sem reserva e outros a amar mo411eradamente. Não há duas espécies de santidade, onde uma faria economia lle 11om total. O casamento não seria mais que uma armadilha ~a ttual aeria 11·reciso escapar, se não fosse um meio de ascender à perfei~ãe da amor a Deus. Sois chamados à santidade. E é no casament• e pele caaamento que deveis para ela vos encaminhar. Henri Caffarel
FÉRIAS
PLANEJADAS
Seja qual fôr a dura ção de nossas férias e o lugar escolhido para gozá-las, cabe-nos planejá-las e não deixar• mo-nos levar por elas. Para isto será bom prever, em função do seu conjunto e do ambiente em que elas irão transcorrer, uma regra de vida que nos permita tirar o máximo de aproveitamento ; r egra de vida do lar, visando o bem comum de cada um; espôso, crianças, próximo. E Deus? Não se trat a de reservar-Lhe um lugar em nossas férias, mas de oferecêlas e vivê-las para Êle. Que são as férias ? São um tempo pr ivilegiado, destinado ao r epouso, ao revigoramento do corpo, do coração, do espírito, da alma. A A A O O
tensão será substituída pelo descanso. pressa, pela tranquilidade. agitação, pelo repouso. nervosismo, pela calma. r uído, pelo silêncio.
A vida em superfície, por um certo aprofundamento ... Repousar não é relaxar-se, descanso n ão é moleza; se muitos pais disso se lembram em relação a seus. fi!hos, não o esquecem quando se trata de si mesmos?
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Servir a Deus. Fazer seu programa em função d'li:le. Porque deitar-me tarde durante as férias sem motivo algum, quando poderia estar livre de manhã para ir mais vêzes à Missa? E as crianças, leva-las-ei comigO'? Por que não? Ou então irei só, ficando elas com minha esposa A tarde proporcionar-lhe-ei uma hora de liberdade, levando as crianças para um passeio, ou brincando com elas. Também reservarei algum tempo para ler o Evangelho ou a. Bíblia, ou determinado livro que me ajudará a melhor crer, melhor amar, melhor servir. E todos os que me cercam? Sem permitir que êles me monopolizem, pois saberei salvaguardar o essencial, aproveitarei o tempo para melhor conhecê-los, para tentar compreender suas vidas, seus problemas, para ser fraternal. Sem fazer sermões, procurarei falar-lhes de Deus, de Seu Amor, do que li:le revelou de Sí mesmo, lembrando-me da frase de Duhamel: "Deixai falar êste homem que vos pede fogo, e dentro de 10 minutos êle vos pedirá Deus". Damos aqui alguns exemplos de férias e reportamonos também ao artigo publicado na Carta Mensal de Junho dêste ano a êsse respeito.
Três casais de equipes, desconhecidos uns dos outros, passaram as férias no campo, graças ao oferecimento de um dêles. Eram três casais e 15 crianças ( 8 de 7 a 12 anos e 7 de 2 a 5 anos) e para proporcionar a todos repouso e vida comunitária enriquecedora tanto no plano humano como espiritual, havia sérias dificuldades. No entanto, foi um sucesso. O casal que recebeu, organizou um programa e submeteu-o à aprovação de seus convidados, antes de obter a sua adesão, e que comportava três pontos: DESCANSO E REOXIGENAÇAO Foi um completo êxito - ambiente maravilhoso, ar puro, horário permitindo
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um v erda.deiro repouso, dez horas de sono, sésta obr-igatória. tiepoili do almoço, jogos exercícios passeios etc ... V I DA. COMUNI T.iRIA - Êste segundo ponto nos caua&Ya. um& certa apreensão. O espírito que iria marcar nosaaa férias estava presente em grossos caracteres no ouadro de dilõtribuição dos serviços das crianças; quadro org-anizado por ela• mesmas - : "Eu não vim para ser servido. ma• para servir" . Para as crianças uma organização de pequenos serviços, confiados a 4 grupos de 2 ((os mais velhos) . Cada grupo faria o mesmo serviço durante três dias e depois passa.ria para. o serviço seguinte: buscar o leite, enxu~ar a louça, pôr a mesa, guardar os brinquedos, etc. Ao lado desta grande idéia de serviço, a noção de disciplina, de alegria. de bom humor. As férias foram para. as crianças, alegres e educativas. Para os adultos não faltava, é claro, ocasião para servir - tomar conta das crianças, organizar os jogos, trabalhos da casa. Tudo era feito com naturalidade, cada um na sua tarefa. Deus não foi esquecido; na verdade ltle estêve sempre presente. À natureza nos levava continuamente ao Criador e não hesitávamos em falar nÊle. Depois havia a oração da noite, curta e profunda, organizada rotativamente por um dos chefes de família. Para os pais não faltavam ao redor, passeios encantadores, convidativos ao dever de sentar-se. AUXILIO Ã PARóQUIA Foi modesto. Não queriamos nos impôr ao Vigário nem nos substituir ao:!! paroquianos habituais. Procuramos tornar a missa mais viva - respostas C<"'letivas, cantos, leituras Organizamos para as crianças maiores, uma representação sôbre o Cura D'Ars, função do padre na paróquia, tudo em fonna de diálogo. No plano espiritual, uma reunião com os casais da equipe da cidade vizinha - todos vieram. Depois do almoço, oração e troca de idéias sõbre a obrigação mais difícil para cada um. Sob o signo de Cristo, a reunião decorreu num
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autêntico clima de equipe, apesar de 11ermos casai11 de idade, meio e profissão diferente111.
"Casa aberta é uma das nossas resoluçõe11 de férias. Mas há uma outra, a ajuda, a amizade oferecida ao nosso vigário de férias"~ l!Jsse padre vive numa solidão de que não fazemos idéia. Vigário - de uma paróquia pequena, onde quase nenhum homem pratica, êle se torna vigário de milhares de veranistas par ocasião das férias. Entre êles há numerosos cristãos, mas quantos vão visitá-lo? Nenhum. E infelizmente, muitos dêles, pelo seu procedimento, não fazem mais do que acentuar a má opinião que os habitantes do lugar têm sôbre os cristãos. l!Jles os veem, como os outros, interessados apenas em negócios, e, aos poucos, irem levando nas praias e nas boites, a mesma vida que os demais. Fazemos tudo o que podemos para ajudá-lo no seu trabalho paroquial e para pô-lo em contato com cristãos sinceramente desejosos de uma verdadeira vida cristã, quando os podemos encontrar.
DOIS MESES SEM REUNIÃO Na reunião de balanço decidimos reler nas férias os temas do ano findo, para assim prolongar a sua influência. Em particular cada um lerá as referências dos temas, principalmente se forem do Evangelho. Por outro lado, cada um de nós aceitou inserir na sua Regra de Vida de férias, esforços sôbre um dos pontos seguintes: regularidade nas confissões, missa da semana, leitura comum entre esposos, ou ao menos, troca de idéias sôbre leitura individual, simplificação do estilo de vida familiar. Na primeira reunião do ano, faremos a partilha sôbre o ponto escolhido e os esforços feitos .
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Um casal que passa fora apenas duas ou três semanas, nos escreve a respeito do restante das férias que passou en1 casa : "Esta segunda parte das nossas férias não é meno11 rica do que a primeira. li: época das grandes arrumações quantas coisas cuidadosamente postas de lado e que haviamos esquecido! li: o tempo de se reformar um quarto, fazer pic'-nics durante a semana, reler umas coleções de livros ... As tardes são mais agradáveis; seja porque escutamos discos ou simplesmente porque ficamos apreciando a noite cair sôbre os jardins que nos cercam, seja porque conversamos com os vizinhos. A noite, nada de reuniões - Assim podemos receber este ou aquêle padre muito ocupado nas outras épocas do ano. Podemos convidar os primos, os amigos. As trocas de idéias, o dever de sentar-se nêste período de calma, são os melhores do ano. Nada de aproveitar as férias para fazer nelas tudo o que não se fez durante o ano. Nelas fazemos nossos projetos para o ano escolar, programas diversos e chegamos a longas conversas com as crianças, sôbre assuntos tão interessantes quanto pes.. soais . .. São férias da família e não apenas dos filhos em idade escolar. E êsse clima deve beneficiar também os outro'> membros da família que permanecem no seu trabalho. Pensando bem, verificamos que o benefício de alguns dias passados fora é verdadeiramente consolidado por essas 5 ou 6 semanas que a seguir passamos em casa, simplesmente pelo fato de gozarmos de calma e de alegria de estarmos todos reunidos". Vc:mos aí, que as férias não são apenas um período cronológico, mas exigem um estado de espírito que deve marcar este período.
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que vai p e 1as equipes DEZEMBRO 1963
ATRAVÉS DO MUNDO
ESPANHA A Espanha é um território de mais de 500.000 km2. Conta duas Províncias marítimas: as Ilhas Baleares e as Canórias. Sua população era, em 1957, de 30 milhões de habitantes, isto é, 58 por km2. Sua religião é a católica, contando-se 1 sacerdote para 1 .000 habitantes. Cidades principais: Madrid, a capital (2 milhões de habitantes), Barcelona ( 1 .500.000), Valência (500.000), Sevilha (450.000). NASCIMENTO DAS EQUIPES Recente artigo de uma revista eclesiástica, de autoria de antigo Responsável de Setor, de que transcrevemos a seguir alguns trechos, mostra que as Equipes na Espanha tiveram um início semelhante ao do Brasil: "Tivemos conhecimento de sua existência (das Equipes) por acaso, devido a uma breve referência, numa revista. Eramos alguns amigos, todos jovens e recém-casados; um de nós escreveu ao Secretariado em Paris. Pouco depois, com os documentos que nos foram enviados, começamos a nos reunir, para ver o que devíamos fazer. Logo demo-nos conta de que um padre era necessário. Isto se passou em Barcelona, em princípios de 1953. Dez anos se passaram. E' difícil dizer o que teríamos sido, sem as Equipes. E' fora de dúvida que nossa vida foi definit:-
vamente marcada por elas. Hoje abordamos os problemas com perspectivas mais cristãs e nossa vida tem um sentido mais universal. As Equipes nos ajudaram a passar de uma vida individual para uma vida comunitária . E através dos nossos semelhantes mais próximos, abrimo-nos à Igreja ." CARACTERES E DESENVOLVIMENTO "Entre os países onde as Equipes de Nossa Senhora encontraram eco entre os casais, figura o nosso. Madri, Barcelona, Sevi lha, Pamplona , Valência , Gerona, Palência, Vigo, Santander ... possuem equipes. Um longo caminho já foi percorrido desde 1953! As equipes espanholas estão agrupadas em uma "Região" e comportam 4 Setores em Barcelona, 1 Setor em Sevilha, um PréSetor em Madri e um certo número de equipes "fora de setor", num total de mais de 1 30 equipes . O desenvolvimento continua a ser muito rápido e deve ante; ser contido, principalmente nas cidades novas, não só devido ao número insuficiente de "quadros" que puderam receber a forma ·ção necessária , como também pelo desejo de fazer um trabalho em profundidade, de acôrdo com a tradição das Equipes de Nossa Senhora." "E' indiscutível que as Equipes fizeram nascer o interesse pela espiritualidade conjugal. Ao mesmo tempo, para um grande número de casais de 35 a 40 anos, foram o meio e a ocasião de se integrarem, seja de novo (para os que tinham pertencido a Movimentos de Juventude), seja pela primeira vez, em uma obra de Igreja." "O que mais atrai nas Equipes, são, de um lado as exigências do método proposto, a seriedade da organização e do cumprimento das obrigações. De outro lado, o auxílio mútuo que se exerce entre todos. E depois, quando se conhece o Mevimento a fundo, o próprio ideal nos convence, isto é a primeira parte dos Estatutos." "O que nos parece mais característico é que as Equipe5 foram para muitos, a ocasião de tornarem-se cristãos adultos." Em que meios sociais se recrutam os equipistas?
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~ "!Õm nossa cidade (Barcelona) nos diz um Responsável de Setor - a maioria dos casais pertencem à classe média. Há alguns c~sais de classe elevada e algumas equipes de casais nitidamente operarias. Qualquer que seja a classe social, aqueles que vêem às Equipes são uma minoria caracterizada por um grau de formação rei igiosa relativamente elevada." Não haveria sombras neste quadro? Sem dúvida, como em tudo o que é humano. Há certamente perigos a encarar e há também objeções que são apresentadas. Eis o que nos diz um casa I a êste respeito : "Uma das objeções com que devemos contar, é o número importante de jovens sacerdotes que manifestam o seu receio de que um Movimento de espiritualidade, mesmo quando desperta em seus membros a vocação apostólica, corra o risco de criar uma espiritualidade desincarnada e um divórcio do real. No entanto, e felizmente, são numerosos os equipistas na Espanha que estão engajados na Ação Católica, em obras de caridade, na difusão da espiritualidade conjugal e familiar, na ação paroquial, preparação ao casamento, obras sociais, etc. Entretanto, a organização política e social deixa, nestes campos de atividade, menos possibilidades que em outros países." Neste capítulo é difícil ceder a palavra aos nossos amigos, porque eles são muito discretos e é preciso fazer violência à sua humildade. Conhecemos, todavia, admiráveis exemplos. Exemplos de devotação ao Movimento: como o desse casal de condições muito modestas que, para poder desincumbir-se da responsabilidade que lhe foi confiada, renunciou sem hesitação a um trabalho profissional extraordinário que lhe permitia melhorar um pouco a vida de sua família. Exemplos impressionantes de fé e de abandono à Providência, como o desta mãe de oito filhos que aceitou com uma serenidade admi róvel o sofrimento e a morte e os ofereceu pelo Mo. vimento. Exemplo de devotamento cívico, como o deste pai de família, proposto como exemplo a seus concidadãos, que, durante as terríveis inundações da Catalunha, em setembro último, arris-
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cou muitas vezes a vida para salvar da morte mulheres e crianças e ficou vários dias ainda à procura dos corpos de desaparecidos. Tive~.os a alegria de descobrir, na revista sacerdotal já citada no inicio, a prova da influência que as Equipes de Nossa Senhora exercem na Espanha. Trata-se de um artigo escrito por um padre, responsável por um outro movimento de casais; "A nosso ver, e c dizemos com alegria, é de França que nos veio a primavera matrimonial. E' como uma esperança em face de tantos ventos frívolos que nos vieram do outro lado dos Pirineus. A influência do padre Caffarel foi decisiva. A revista "L'Anneau d'Or" deve ser considerada como a fonte de uma infinidade de pesquisas na Espanha, e as Equipes de ' Nossa Senhora estão presentes, com seu método e seu espírito, em todas as nossas organizações e obras apostólicas." VIDA DO
MOVIMENTO~
COMPROMISSOS
Foram as seguintes as equipes que fizeram o seu compromisso: Bélgica: Liege li - Brasil: São Paulo A.4 - França: Beaune 2, Besançon •I , Giromagny I, Vic-sur-Aisne I Portugal . Lisboa 9. ADMISSõES Foi aprovado o pedido de admissão das seguintes equipes: Béi!Íica: Bruxelas 86, 88, 89, 90, Liege 20 Brasil: Guararapes I, Rio de Janeiro 4, São José do Rio Pardo 3 - Colombia: Bogotá 3 Espanha: Barcelona 55, 56, 57, 58, 59, Olot I Estados Unidos: Nova York 6 França: Alençon 4, Douai 3, E.P.C. 26, lssoire 2, Le Chesnay 4, Mamers I, Manosque I, Metz 7, Moulins 2, Saint-Bonnet I, Tour:; 5, Valenciennes 8, Versailles 14 Marrocos: Casablanca 4 Suiça: Friburgo 8. As equipes brasileiras que se filiaram, foram as seguintes: Cuararapes 1 Eq. N. S. da Imaculada Conceição Assistente: Pe. Geraldo Van de Ghinste C. Respons.; Cecília e Roberto Costa Nogueira
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Rio de Janeiro 4 -
Eq. N. S. da Piedade
Assistente: C. Respons.: Maria Isabel e Marcelo de Sousa Leite São José do Rio Pardo 3 -
Eq. N. S. das Graças
Assistente: Pe . José Marques C. Respons.: Laura Anita e Mauricio Azevedo Nogueira Compromisso da Equipe São Paulo A.4 -
N'. S. de Santa Crus
No dia 27 de outubro, esta equipe realizou a cerimônia de sua adesão definitiva ao Movimento, no Colégio Santa Cruz. Pela manhã, num Recolhimento pregado pelo Revmo. Pe. Lionel Corbeil, Assistente da equipe, os casais se prepararam para o ato, analisando diante do Senhor, a sua vivência de casais desejosos de corresponder cada vez com mais generosidade, aos apelos de Cristo. À tarde, durante a Santa Missa, na presença do Conselheiro Espiritual e do Responsável do respectivo Setor, bem comú dú representante do Centro Diretor, na pessoa do Casal Regional, 05 membros da equipe fizeram o seu "Compromisso". Cerimônia recolhida e simples que deverá marcar para a equipe e cada um de seus membros, o início de uma nova etapa dentro do Movimento. À oração de todos os equipistas, recomendamos os casais desta equipe. Possam êles, sob a maternal proteção de Nossa Senhora, corresponder cada vez mais generosamente às graças recebidas e serem, no meio em que a Providência os colocou, os instrumentos dóceis de que Cristo precisa para a dilatação de seu Reino e a salvação dos homens.
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CALENDÁRIO
Dezembro
14-15
Em Araçatuba Retiro pregado p. rvmo . Pe. Franz Aggraiter
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Em Jahú Dia de Recolhimento, no Colégio São Norberto
Retiros de l 964
Em São Paulo Abril
10-12 30-3/5
Maio
22-24
Agôsto
7-9
Casa de Retiros de Baruerí Casa de Retiros de Valinhos Casa de Retiros de Baruerí
28-30
Casa de Retiros de Baruerí Casa de Retiros de Valinhos
Setembro
11-13
Casa de Retiros de Valinhos
Outubro
16-18 23-25
Casa de Retiros de Baruerí Casa de Retiros de Valinhos
Novembro
6-8 20-22
Casa de Retiros de Valinhos Casa de Retiros de Baruerí
Encontros de 1 964
Abril
5
Em São Paulo Páscoa
Comemoração
de
11 - 12
Dias de Estudos dos Responsáveis de Equipe, em S. Paulo
Maio
2-3
Encontro dos Responsáveis de Setor, em Campinas
Setembro
4-7
Sessão de Quadros, em Valinhos
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NATA L
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O Natal se aproxima. É grande e anciosa a expectativa das cnanças, sonhando com o Menino Jesus, o presépio, a árvore de Natal, os brinquedos . . . Já vão em meio os preparativos para a grande Noite que reunirá a família em ambiente festivo. . . Agita-se o comércio, vendo com alegria escoarem-se os estoques de brinquedos e presentes .. . O Natal se aproxima . Mas, seja o nosso Natal a grande festa que renova a vinda de Cristo ao encontro dos homens. Com a Igreja, disponhamos as nossas almas a participar do grande Mi~ tério da Encarnação; Cristo que vem de mane1ra especial ao encontro daqueles que estão preparados para receber a sua GRAÇA, a sua PAZ, a sua VIDA. A vocês todos, caros equipistas, os nossos votos de um Santo Natal. Um Natal que seja abertura para receber as palavras de amor e paz que nos vem trazer o Menino Jesus. Um Natal que sejil acolhimento ao Hóspede que vem para unir todos os homens no seu Amor. Um Natal que seja adesão generosa à MENSAGEM ESPIRITUAL que nos é trazida pelo Cristo . Que o Menino Jesus habite nesse dia cada um de seus lares e pos:;a a alegria serena do Natal, sintonizar com o bimbalhar festivo dos sinos que, no mundo inteiro, anunciarão a mensagem trazida pelos Anjos : GLóRIA A DEUS NAS ALTURAS! PAZ NA TERRA AOS HOMENS DE BOA VONTADE!
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CARTA DO PADRE FOUCAULD A SUA IRMÃ POR. OCASIÃO DO NATAL Feliz Natal, feliz ano novo, querida irmã, a ti e a todos os teus filhos. Rezarei o melhor que puder ao menino Jesus, pof todos, nessa bela noite de Natal . . . Vil
Estás naturalmente preparando para teus filhos , um presépio e uma árvore. São recordações suaves, que fazem bem a vida toda. Tudo o que leva a amar Jesus, tudo o que leva a amar o lar paterno é tão salutar! Estas alegrias da infancia, onde a religião se alia no que tem de mais suave, à vida familiar no que ela tem de mais terno , fazem um bem que perdura até à velhice . .. Mas haverá Natais mais lindos ainda , serão os do céu . Minha querida, faxe a teus filhos um lindo presépio, e uma linda árvore e um lindo Nat.al, e faxe tudo o que te fôr p'Ossível para que H suas festas de Natal sejam alegres , deixando neles esta lembrança inefável de uma suavidade infinita . . . Mas principalmente , prepara-lhes um belo Natal no Céu, santificando-te o mais possível e educando-os para que sejam santos. Educando-os não para que sejam do mundo , isto não vale a pena; o mundo passa muito depressa e não é aliás, digno de nós, nem merece a nossa e-s tima , nem os nossos olhares. Somos feitos para algo melhor do que isto; nosso coração tem sede de mais amor do que o o mundo lhe pode dar; nosso espírito tem sêde de maís verdade do que o mundo lhe pode ap resentar; todo o nosso ser tem sêde de uma vida mais longa do q~e a terra o p'OJ:ie fa.xer esperar ...
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CENTRO DE PREPARAÇÃO PARA O CASAMENTO Todos os meses vocês encontrarão neste cantinho da Carta Mensal, notícias do que está sendo realizado no setor de preparação para o casamento. Êste mês, estão no seu termo os cursos do segundo semestre. Em São Paulo, os · 8 Grupos de Trabalho desenvolveram grande atividade, tanto no meilõ> operário, como na classe média e nível universitário, conforme notícia detalhada da C.M. de novembro. A exemplo do que foi feito o ano passado, como encerramento de um dos cursos, realizou-se no Colégio de Sion um dia de recolhimento, tendo como pregador o Rvmo. Pe. Waldemar Conceição. Participaram do recolhimento 17 casais de noivos que seguiram o programa com seriedade e atenção. Para terminar, houve Missa cantada, com procissão do ofertório e benção das alianças. Após a missa, houve uma reunião de amizade, e foi servida uma belíssima mesa de doces, preparada pelas noivas. Os jovens candidatos ao casamento no decorrer das palestras, deram o testemunho de seu grande aproveitamento, o que é um incentivo para ampliar mais e mais esta iniciativa. O "Centro de Preparação para o Casamento" concretizou um velho ideal: a publicação de um boletim - VIDA NOVA - que se destina a manter o contato indispensável entre a equipe dirigente e os casais que se dedicam à preparação dos noivos, pelo Brasil a fóra. O primeiro número é uma realização que marca a vitalidade do "Centro", e é, assim, uma promessa animadora.
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REZAR ...
"P:ua o demônio, tudo é preferível à oração" (São Juliio Aymard)
Se p•ara o demônio tudo é preferível à oração, como 4iizia São Julião Aymard, não admira que nada seja tão dificil de introduzir na nossa vida do que a meditação. O demônio serve-se de todos os meios para nos desviar dela . Ele o faz com habilidade, fazendo-nos crêr muitas vêzes ~ue há outras cou.sas melhores a fazer para o serviço de Deus. SOmente uma resolução decidida poderá vencer tal 1mmigo, assim como uma oração humilde. Os textos abaixo ajudar-nos-ão a introduzir mais oração na nossa vida.
carta de um sacerdote a sua irmã Para a prática dos dez minutos de meditação, você não deve proceder como descreve. Nada mais conseguiria fazer do que marcar passo, esporte inadequado para uma mãe de família que só tem alguns instantes para consagrar à vida interior. Tenha cuidado com as expressões dos livros de espiritualidade que são apenas imágens e que seriam inexatas se as tomássemos ao pé da letra: "a meditação é uma conversa com Deus, um diálogo, etc.".
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Faça antes como segue: 1) Ponha-se de joelho3, apoiando-se na beira de uml\ mesa. sôbre a qual você colocou, bem diante dos olho.s, um crucifixo ou uma i,rnagem. Aí está feito o que tanto assusta •·colocar-se na presença de Deus" . . . ! Nada mais. O fato de arrumar um canto da mesa como "oratório instantâneo", e ficar de joelhos. Você está de joelhos para rezar, iato é suficiente. 2) Em seguida, leia. Tome em mãos um livro já lido e terminado, no qual você encontrou trechos que tinham, de acôrdo com o seu temperamento, um certo valor de impulso, de exemplo, trechos que tinham uma profunrlidade, uma ressonância, de acôrdo com as inspirações de sua alma. Os livros mais diversos podem servir, ou alguma página de uma revista de espiritualidade. Retomando assim durante algum tempo um mesmo livro, você poderá. encontrar logo a página que pode ser útil e que pode ser mudada ao sabor dos seus desejos. Leia então, diante do crucifixo ou da imágem, não para "meditar", não para analisar, desenvolver e aplicar para si as idéias do texto, mas para levar ao recolhimento, isto é, para fazer tranquilamente a ruptura com as preocupações profanas dos instantes precedentes. Para isto, é preciso apenas lêr, com uma atenção comum e repousada. E quando você tiver lido o suficiente para ficar assim recolhida, por exemplo, depois de ter lido uma página ou meia página, uma ou duas vêzes, então, sem fechar o livro ... 3) Faça algumas jaculatórins, a "sua" meditação jaculatória, lentamente, dirigindo o olhar para a imagem colocada diante dos olhos . Se essas meditações jaculatórias são fáceis, profundas, continue a fa zê-las, lentamente, até o fim do tempo da meditação. Se forem penosas, distra[das, volta para o livro, para o mesmo trecho ou outro já conhecido, para novo recolhimento durante mais alguns minutos, isto é, para ficar afastada das distrações ou para tomar coragem contra o tédio. Mas termina sempre o tempo
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da meditação com algumas orações jaculatórias. Quero dizer, a repetição da mesma, três, quatro vêzes - dirigidas para a imagem ou o crucifixo. E só isto. Este método, se exige certos dias um esfôrço da vontade, tem a vantagem de não dificultar a graça e permitir todos os progressos. Não há necessidade nenhuma em procurar uma ligação lógica entre o trecho lido e a meditação jaculatória que se repete. Assim, após uma página sôbre a Eucaristia ou o apostolado, você pode muito bem dizer: "Maria Imaculada, orientai a minha alma e o meu lar", pois o trecho lido não tem por finalidade ditar a oração, mas sim recolher a alma e dar-lhe a gosto, a coragem de fazer a sua meditação jaculatória pessoal. O que é preciso procurar no texto lido é que êle conduza ao recolhimento.
"Senhor meu Deus, única esperança minha ouví-me, para que, fatigado, não desista de vos procurar, mas procure sempre ardentemente a vossa face. Dai-me forças, para vos buscar, vós que a vosso encontro me levastes e me destes ainda a esperança de sempre 'Tlais vos encontrar. Diante de vós está a minha força e a minha fraqueza. Guardai a minha força e curai a minha enfermidade. Diante de vós estó a minha sabedoria e a minha ignorância. Aí onde vós me tendes aberto, acolhei a minha entrada; aí onde vós me tendes fechado, abri a meu chamado. ' Possa eu me lembrar de vós, vos compreender e vos amar. Santo Agostinho 12
A SERVIÇO DA IGREJA
COMUNIDADES FAMILIARES Há dois anos aproximadamente, Frei Luiz Maria Sartori o.f.m. iniciava em São Paulo, reuniões para casais, de meio operário, a que chamou "Comunidades Familiares". Assistente de 3 Equipes de Nossa Senhora, conhecia bem, não só a influência que a mística e os métodos das Equipes exerciam sôbre os casais, como também o apoio que êles representavam, na procura de um cristianismo mais esclarecido e adulto. P or isso, foi nas Equipes de Nossa Senhora que ê!e buscou inspiração para o trabalho a desenvolver, e colaboração para a "pilotagem" de suas "Comunidades Familiares". INSPIRAÇÃO PARA O TRABALHO As "Comunidades" . como acabamos de dizer, são calcadas nas Equipes de Nossa Senhora, embora com roteiro e temas próprios.
As reuniões, mensais, são de conteúdo esseneialmente espiritual, havendo nelas uma parte de oração, explicação do Evangelho e de Salmos e troca de idéias sôbre assuntos de interesse aos casais. Muito cedo pensou Frei Luiz Maria introduzir também os retiros. Com efeito, sendo pregador habitual de retiros nas Equipes de Nossa Senhora, tinha tido inúmeras vêzes a oportunidade de avaliar a influencia dos mesmos na vivência cristã dos casais. Os primeiros retiros das Comunidades Familiares foram organizados êste ano em Walmor (casa de retiros em construção e já quase terminada). As "Comunidades" adotam a Salve Rainha como oração familiar. Fazem o "dever de entender-se" que vem a ser o nosso "dever de sentar-se", tudo isto adaptado ao nível e mentalidade dos casais. 13
SEUS COLABORADORES- Até junho dêste ano, achavam-se em funcionamento 18 "Comunidades Familiares". Cada uma delas tem um "dirigente" que até aqui tem sido sempre um casal das Equipes de Nossa Senhora. Os dados que possuímos e que datam de junho, dão conta da existência de grupos nos seguintes bairros: 3 na Agua Funda, 1 no Brooklin, 2 ·em Cajamar, 2 em Cangaiba, 1 no Pari, 3 em Perús, 1 em Sapopemba, 2 no Tatuapé, 1 em Tremembé, 2 em Vila Brasilândia. :!!: fácil ver que todos êles se encontram em bairros periféricos de São Paulo. Por que casais das E .N.S. para dirigentes das "Comunidades Familiares", perguntamos a nosso informante? Várias são as razões: 1.• - As Equipes de Nossa Senh01a dão aos seus membros uma bagagem de conhecimentos, de espiritualidade, de serenidade, de organização que os torna aptos a desempenharem com eficiência um trabalho apostólico dêste tipo. 2.o Tendo êles próprios a obriga~ão de se exercitarem na vlVencia de uma espiritualidade conjugal, compreenderão mais fàcilmente as difiCuldades e as lutas de outros casais e saberão encontrar os meios de ajudá-los, dentro de sua própria experiência ou da experiência de seus coequipistas. 3.• - Praticando êles mesmos o dever de sentar-se, a oração em família, o retiro, a oração pessoal (cuja introdução está sendo tentada nos grupos que o permitem), sentir-se-ão mais autorizados a estimular a sua prática por outros casais. RESULTADOS A influência das "Comunidades Familiares" pode ser encarada sob o duplo aspecto dos resultados obtidos nos próprios componentes e nos casais da::; E.N.S. que lhes dão a sua colaboração. Para os equipistas o trabalho desenvolvido nas "Comunidades Familiares", constitui um apostolado dos mais enriquecedores. Convivendo com os casais dêsses grupos, têm êles a compreensão exata do que é a vida do operário, da1
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aua.1 lutas, dal! l!UZls dificuldades, do l!eu sofrimento e, maia do que isto, do que êle vale. Damos a êste respeito, o testemunho de algum1 dos no!laoa equipistas: - Foi para nós um grande enriquecimento não só espiiituaí, mas também cultural, do ponto de vista sociolói:'ico. - Aprendemos com os operários, a amar a Deus com simplicidade, com naturalidade. O operário fala dos l!eus problemas com abertura e autenticidade, despido daquêle amor-próprio, daquela reserva que a nós custa tanto vencer. Há Equipes onde todos os membros, ou a maioria dêles, trabalham para estas "Comunidades". Sem dúvida, todos se beneficiam dêste apostolado, não só por terem do problema social uma idéia mais justa, e pela doação de si mesmos a serviço do próximo, como, ainda, pelos testemunhos de simplicidade, de autenticidade que recebem em· flagrante oposição ao nosso meio tão frequentemente impregnado de artificialismo. Não há Equipes de Nossa Senhora em meio operário? Entram elas em choque com as ,Comunidade!'! Familiares"? A resposta é simples . Há entre nós várias equipes constituídas por casais operários. Entretanto, pela sua estrutura, pelos seus métodos, as E.N.S. só podem atingir os operários com uma certa evolução, os que poderíamos chamar operários categorizados. ll':stel!, adaptam-se bem nas nossas equipes e podem exercer no seu meio, como alguns realmente exercem, uma grande influência, sob o duplo aspecto da difusão da espiritualidade conjugal e do trabalho apostólico. Mas resta ainda uma grande maioJ:ia que pode muito mais fácil e eficazmente ser atingida pelas "Comunidades Familiares" que, na sua própria estrutura, facilitam uma progressão firme de seus participantes, a partir de exigências reduzidas. A continuação da experiência, em futuro próximo, permitiria dizer se é possível a passagem de uma "Comunidade" para Equipe de Nossa Senhora.
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Para aquêles 'que desejarem informações complemen tares, ou oferecer a sua c·o laboração às "Comunidades Familiares" deixamos aqui a lguns enderêços : AÇÃO OPERARIA CATóLICA , ou " UNICOR" - Rua H annemann , 388 ( P arí) - fone: 93-2859. INSTITUTO MISSIONARIO CRISTO OPERARIO Rua Tadei, 124 - Pari
* ORAÇÃO PARA A REUNIÃO DE DEZEMBRO
Ver a Carta Mensal de novembro ORAÇÃO PARA A REUNIÃO DE FEVEREIRO
Com a Quarta-feira de Cinzas ( 12 de feve reiro) tem início a Quaresma, tempo de preparação para a gra nde fe sta de Páscoa. Re nascimento espiritual, renovação de vida, he róica ascensão ao Ca lvário e ao sepulcro glorioso, a Quaresma, com as observâ ncias penosas que importa, é um manancia l abundantíssimo de graças, que devemos a mar com a doce expectativa duma reconstituição integral de nossa vida cristã. Oração litúrgica
T racto das missas das segu ndas, quartas e sextas feiras da Quaresma. Medita ção T exto para a oração pessoal Evangel ho da Missa da Quarta-feira de Cinzas (Mat. 6 ,16-21). Naquele tempo , disse Jesus aos seus discículos : Quando je juardes, não queirais fa:r;er - nos tristes como os hipócritas; porque êles desfiguram os seus ro&tos, para mostrar aos homens que jejuam·. Na verdade vos digo , já receberam a sua recompensa. Mas tu , quando jejuares unge a tua cabeça e lava o teu rosto, a fim de que não pare!;a aos homens que jejuas, mas a teu Pai, que está presente ao secreto; e teu Pai que vê o secreto , te dará a recompensa.
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N'ão queirais entesourar para vós tesouros na terra, onde a ferrugem e a traça os consomem, e onde os ladrões desenterram e roubam, mas entesourai para vós tesouros no céu, onde nem a ferrugem, nem a traça os consomem, e onde os ladrões nõo os desenterram, nem roubam. Porque onde está o teu tesouro, aí está o teu coração. Senhor, não nos trateis conforme merecem os pecados que fizemos, nem segundo a ignomínia das nossas iniquidades. Senhor, não vos lembreis dos nossos crimes passados, mas mandai-nos a vossa misericórdia, porque somM muito pobres, Senhor. Ajudai-nos, ó Deus, nossa salvaçõo e livrai-nos, Senhor, que assim o pede a glória do vosso Nome. Pelo vosso Nome, sede indulgente com os nossos pecados.
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