ENS - Carta Mensal 1963-9 - Setembro

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Carta Mensal das Equipes de Nos5a Senhora SETEMBRO 1963 Editorial Aos pais Para a sua biblioteca Apelos ao Senhor Cartas a sua noiva Renovação das promessas do casamento Inquérito A leitura da Bíblia nas E.N .S. Oração para a reunião de outubro O que vai pelas equipes Bilhete do Centro Diretor Através do mundo- Brasil Vida do Movimento Deus chamou a sí Estrutura do Movimento no Brasil Calendário Publicação mensal das Equipes de Nossa Senhora Casal Responsável: Gracinha e Antonio D'Eiboux Redação e exped ição : Rua Paroguaçú, 258 - 52-1338 São Paulo 1 O - SP Com aprovação eclésiástica


EDITORIAL

AOS

PAIS

Seríamos qua ~ e levados a lamentar, por vezes , que Deus, ao decídír sôbre o modo de transmissão da vida , na espécie humana , não tivesse optado pela partenogênese! As crianças não ficariam as.sim desoladas por não terem pai. Ao passo que, nestes lares todos onde o pai se acha moralmente ausente, elas vêm a sofrer de perturbações mais ou menos graves . . . que o digam os psiquiatras! Pergunto a m·im mesmo, com verdadeira apreensão, se não haveria, no nosso Movimento, um número ponderável de lares desta espécie, dedução a que chego ante as confidências que me são feitas p'Or esposas e filhos já grandes. E tão fácil, para o pai, encontrar motivos que o tranquili:zem. Um trabalho profissional arrasador, do qual volta à noite para o lar, tarde e esgotado, tornando-lhe insuportável o barulho das crianças e as suas incessantes perguntas . . . sem nenhuma consideração para êste homem consciente de suas responsabili-


dades sociais! E o jornal, e as saídas à noite, e as viagens de fim de semana para ir à pesca , ou talvez, para reuniões de apostolado . . . Vêm as férias , e é entõo a vez das crianças de se acharem ausentes. Se, por acaso, pais e filhos se acham reunidos , é raro ver-se um pai passeando sozinho com• um de seus 'ilhos. Suspeitam êles sequer os dramas que , por' vezes, torturam o coração ou a consciência de um adolescente? Quanta desolação acarreta esta abdicação do pai na alma da criança , mesmo quando a· mãe tudo fa.z para compensá-la. Porquanto a ação do pai é hnubstítuível para o harmônico evolver de sua inteligência, de seu julgamento, de sua afetividade, de sua consciência , de sua vida religiosa; indispensável a uma "estruturação" equilibrada de sua personalidade humana e religiosa. E' inegável que são muitos os chefes de família que têm a vida sobrecarregada. O que não impede que a criança tenha o direito imprescriptível à ação educadora de seu pai. Penso, aliás, que ela é muito mais questão de amor, de disponibilidade do coração, de espírito alerta, do que de tempo. E' mais questão de qualidade de presença, do que de quantidade, se assim me posso exprimir. Porquanto conheço também pais grandemente absorvidos por suas res·p onsabilidades profissionais, sociais ou apostólicas e, no entanto, maravilhosamente pais.

Será preciso acrescentar que o pai é êle próprio o primeiro a ser beneficiado pelo cuidado que dedica à educação de seus filhos? Com efeito, o exercício consciencioso e cristão do ofício de pai é um meio excelente de progresso na renúncia e no amor. E é também o primeiro de todos os apostolados. Quando a l9reja· ensina que o fim primáriq do casamento é


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procriação, ela se refere sem dúvida à geração dos filhos, mas muito mais à sua educação. Para terminar , convido-os a refletir sôbre o texto singularmente evocador, de Roger Martin du Gard , que acabo de reler no número especial do "Anneau d'Or": O Pai. "O que conheci eu, dele? . . . pôs-se a refletir. Uma fun ção, a função paterna . Um governo, de direito, divino , que êle exerceu sôbre mim , sôbre nós, no decorrer de trinta anos ininterruptos. Aliás, conscienciosamente rude e enérgico, embora para o bom motivo; ap-egado a nós como a um dever . . . Que conheci eu ainda? Um P'Ontífice social , considerado e respeitado. Mas êle, êle, o ser que êle era quando se reencontrava só,:zinho na presença de si mesmo, quem era êle? Nada sei. Nunca expôs perante mim um p·ansamento, um sentimento, onde pudesse ver algo de íntimo, algo que tivesse sido realmente, profundamente dele, tôda máscara retirada ... Nada! E a meu respeito , que sabia êle? Menos ainda! Qualquer colega de escola , perdido de vista há quinze anos , saberia mais a meu respeito! . . . Quando nos encontrávamos frente a frente , havia aí o colóquio de do is homens do mesmo sangue , de mesma natueza e , entre êstes dois homens , entre êste P'ai e êste filho, nenhuma linguagem para comunicar, nenhuma possibilid;~de de participação de idéias: dois estranhos! ... "

HENRI CA"FFAREL

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PARA A SUA BIBLIOTECA APELOS AO SENHOR L. J. Lebret Ed. Duas Cidades

E' êste um livro que poderá ser de grande auxílio para aquêles que têm dificuldades em iniciar-se na meditação. Tem êle por objetivo, apenas, auxiliar os cristãos de hoje, e particularmente os militantes, a se libertar·e m das muralhas de tantas orações irreais, para atingir uma oração autêntica, profundamente ligada à vida, ajustada aos quadros concretos do mundo atual. As orações propostas pelo Autor, não são para serem repetidas ao pé da letra. Têm , apenas, a finalidade de expli· citar, na presença de Deus, o nosso próprio desejo e apontar um caminho que cada qual poderá seguir livremente, em função do que sabe do mundo e da vontade de Deus. Assim, a oração torna-se vida, respiração da alma, conversa fami~iar e contínua com Deus. Nos seus vários capítulos, o livro nos ajuda a orar ao longo de cada dia, a orar uns pelos outros. Ajuda-nos a participar ativamente da missa, conduzindo-nos através das várias p artes do Santo Sacrifício, onde tudo converg'.! para o ato essencial, a dupla consagração, ou dêle decorre. Termina com a apresentação de textos de São Cipriano, Santl) Agostinho e Santo Tomaz de Aquino, para proporcionar elementos de reflexão aos leitores que desejam precisar suas concepções sôbre a oração. 4


E' em suma, um livro que nos ajudará não só a compreender o verdadeiro sentido da cração, seja ela petição ou louvor, mas principalmente nos ajudará a fazer da oração o que ela é realmente: uma elevação da alma a Deu~:. para lhe render homenagem e expor as suas necessidades. CARTAS A SUA NOIVA Jacques Maillet Ed. Flamboyant

Poema de amor: assim poderíamos epigrafar estas páginas, impregnadas de juventude e idealismo cristão, repassadas de ternura profunda e sincera. E' um testemunho vivo e palpitante da realidade sublime e crladora do amor, virtuoso e autêntico, jovem e idealista, profundamente cristão e humano, enraizado na fé e orvalhado pela Graça vivificante . .. Cclóquios de amor, repassados de um carinho intenso E' cristãmente viril, sem devaneios fúteis nem atitudes sofisticadas perante a vida e seus problemas, sem ilusões, sem concessões a egoísmos rasteiros, sem meiguices vazias ou açucaradas pieguices. Ccmbinam-se em cada página, os grandes problemas humanos e as alternativas da vida: estudos, trabalhos. doenças, família, religião, casamento, magistério, féri as, bombardeios . .. O amor de Jacques a Madalena é um testemunho vivo da pezene juventude do espírito e do amor cristão. "Cartas à sua noiva" está destinado a ser um reconfortante tônico de idealismos plenos, um rejuvenescimento constante para os corações que amam e um testemunho vivo da beleza do amor cristão. 5


RENOVAÇÃO DO

DAS

PROMESSAS

CASAMENTO

E' este um gesto bem conhecido nas Equipes de Nossa Senhora ... - ouvimcs por vezes . - Mas, não seria isto uma ilusão de nossa parte? Em recente inquérito feito entre numerosas equipes, a seguinte pergunta fôra feita: "Que pensam vocês d a renovação dos compromissos do casamento? Já participaram de um a cerimônia desta ord2m ?" Pois bem : a metade dos casais que responderam, nunca tinha ouvido falar de tal renovação. Alguns mostravam-se interessados, outros reticentes. Se êste gesto tem um sentido, um v alor ; s~ pode suscitar mais amor nos casais, vale a pena que nos detenhamos um pouco, para dele nos entretermos . Em primeiro lugar, citaremos algumas objeções, dific'uldades, ben efícios assina-lados nas respostas. D aremos em seguida alguns extratos d ~ um artigo do Rvmo. Pe. Roguet no qual as objeções levan· tadas encontram resposta e esclarecimento. OBJEÇõES

- "Não é to dos os di as que n osso consentimento conjugal deve ser renovado? De fato, precisamos tendet para que cada manhã seja um novo aniversário. P a6


rece-nos que o sacramento é uma fôrça permanente que age na medida em que ao longo de tôda a nossa vida pedimos com fé as graças a êle inerente ... " - "Sinceramente, não sou favorável a êste gesto : Há no sacramento do matrimônio um caráter único que não devemos destruir. O casamento não tem caráter público, como acontece para o b:J.tismo . Sentir-me-ia certamente constrangido em fazer uma renovação pública já que, no casamento, acham-se impli· cados somente os esposos e Deus . Depois dos votos definitivos, r enovam por acaso os religiosos, as suas promessas ? " - "A primeira vista, esta cerimônia nos parece um pouco ridícula" . - "Não sentimos a necessidade desta renovação, já que nossas dificuldades atuais decorrem mais da educação de nossos filhos, do que da vida conjugal . O amor que nos d edicamos um ao outro, sempre progrediu" . DIFICULDADES

"Com o perpassar dos anos, certos gestos d ce; t as palavras, são mais difíceis de serem executado.s ou ditos . Esta cerimônia possui certamente um sentid·J exato, mas é preciso 'encer um certo pudor, para che .. gar a aceitá-la e dela participar". - "A cerimônia não deve se revestir de uma pom pa em meio à qual os esposos permanecem passivos . Em vez de pública ou comunitári:J, preferiríamos que fosse feita a sós, os dois cônjuges relendo, p :;r exemplo, 7


a missa e o ritual do c·a samento, e fazendo um em zelação ao out ro, um exame do comportamento mútuo, para chegarem juntos à tomada de r esoluções". - "Somes inclinados a encarar com reservas, uma prática por demais frequente. E' preciso que a cerimônia se revista de um caráter excecional e sério, para que não d egenere em rotina. S em embargo, pa · rece-nos que a expe: iência da vida conjugal, de sua:; alegrias e dificuldades, permite aos esposos, após cert·~ t empo, uma tomada de consciência mais profunda, das promessas feitas in:cialmente: a renovação alcança assim t cdo o seu significado" . "Participamos uma vez, no decorrer de um retiro, de uma cerimônia destas. Não tinha havido, entretanto, uma preparação dos espíritos. E ramos assistentes, mas não participantes. E' preciso umn. p : évia pr eparação, seguida de um momento de reilExão". "Seria preciso que êste gesto fosse p recedid o p :::r uma troca de idéias em profundidade, entre o,; cônjuges, sôbre o que fizeram êles do c :z sam e n ~ o P sôbre o qu e Deus dêle espera . Sem dúvida, a p ::-ep::tração t e m urna importância muito grande". BENEFICIOS

Vários casais que participaram de uma cerimônia de ren cvação das promessas do casamento, revelam a sua satisfação: - "Fizemos a renovação das promessas do casam ento, no decorrer de um reti zo . A cerimônia, realiB


zada na capela, foi muito simples e comovente. Guardamos este gesto na nossa lembrança, pois ficou marcado como um acontecimento sagrado e importante, na nossa vida conjugal. Acreditamos que tenha criado um laço todo especial entre os casais que participaram do retiro" . - "A renovação das promessas que foi feita er.;. R ema, foi uma data marcante, n a nossa vida" . "E' a ocasião de uma tomada de consciência mais nítida, das graças do matrimônio, bem como do;, deveres que nos são impostos pela nossa condição d.o casados . Constitui, pois, uma co usa excelente" . - "E' bom que retcmemos consciência, de tempos a tempos, _dos compromissos assumidos e é normal que isto seja feito no decorrer de um retiro, ou por ocasião do compromisso da equipe . Participamos desta cerimônia durante um retiro. Após um momento de recolhimento e oração, cada casal, mãos dadas, r epetiu o "sim" pronunciado no dia do casamento, d epois de umu exposição, feita pelo Assistente, do alcance dêste com promisso. Todos nós sentíamo-nos felizes e comovtdos". "E' fora de dúvida que o compromisso foi assumido uma vez por todas . Mas, assim como o batisado renova as promessas de seu batismo, quando é capaz de compreender plenam ente o que faz, assim os esposos, de posse de todos os elementos adquiridos depois do dia de seu casamento, renovam também as suas promessas. E' uma pausa que precede mais uma jornada, mais nova, mais entusiasta, porque cada vez mais consciente" . - "A renovação feita em Roma, foi para nós alg.J de extraordinário, como que um novo ponto de partida


e uma nova consagração de nosso estado de esposos . Como os batisados que renovam as p romessas de seu batismo em cada vigília pascal, assim também, cada casal cristão deveria renovar seus compromissos de matrimônio, seja no dia do aniversário de seu casamento, seja por ocasião de um retiro. Não seria possível, até, incluir esta renovação na liturgia atual?" - "Na paróquia do bairro de uma grande cidade assistimos certa vez a uma cerimônia em que o cele · branta convidou to dos aqueles que tinham feito um~ prorr:~ s s a , ou que tinham assumido um compromisso, ~· que f izessem a sua r enovação. Era o dia 21 de novembro ( ' ) . Convidou , de modo particular, todos cs casais p res entes a renovarem s eus compromissos de casamen · to . Viéramos, aliás, com esta finalidade, pois no do m ingo anterior a cerimônia tinha sido a nunciada. A ig r e ja estava cheia e os fieis, c : mp ~ ne '.rados . Um texto apropriado tinha sido p 1eparado. A cerimônia gra • ou-se em nós profundamente e desejaríamos qu :J foss e renovada. O c :tsal que é beneficiado com uma graça destas, só pode r etomar o caminho, mais fort;} e mais cqmp ~ netra do , iluminado por nova luz" . UM POUCO DE TEOLOGIA

Há algum tempo atrás, um especialista em liturgia, a Rvmo. Pe. Roguet, foi interrogado: "Os esposos podem renov a r os compromissos de seu casamento ? Uma cerimônia ( 1) Sa cerdotes e religi c sos, renovam em alguns lugares, as sua s promessas sacerdota is o u os seus votos nesta dato, festa da Apresentaçã o de Nossa Senhora. Em algumas paróquias, é a ocasião de urr.a ce rim ônia comunitária .

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desta natureza - que alguns desejai-iam faze r - tem ela um fundamento, uma harmonia com os dad:::s da re>elação c com a prática da Igreja?" O Rvmo. Pe. Roguet, num artigo publicado no "Anneau d'Or" {n. 44), responde que sim, após uma distinção feita entre "compromisso-sacramento" e "compromisso-promessa'. Alguns extratos deste artigo é que lhes apresentamos 1:. seguir. "Em se tratando do casamento, o compromissopromessa coincide com o compromisso-sacramento; constitui mesmo a sua matéria. Assim como o batismo é um banho, a eucaristia uma refeição, a penitência um julgamento, a unção dos doentes um remédio, o casamento é um contrato e, mais precisamente, um contrato institucional. E' ao mesmo tempo sacramento, pois que é um contrato entre dois batisados. O com promisso-promessa não é idêntico ao compromisso-sa cramento, mas dá-lhe a base humana, sem a qual nãcJ teria nenhuma realidade . Se o contrato é viciado pm· um defeito de consentimento, o próprio sacramento não existe .. . :t!'::ste contrato, êste compromisso, p ede ser renovado, levando em conta que serve de base ao sacramento? Certamente não . Da mesma forma que não se renova o batismo nem a ordenação, como sacra· mentos, como dons de Deus, pois que "os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis". {Romanos, 11, 29). Mas, no caso do casamento, como também do batismo e da ordem, êste dom de Deus vem coroar um dom do homem, e, êste, permanece um ato humano, isto é, 11


voluntário e consciente. E' esta consciência e esta vontade que podemos renova r. Se o comprorr,tlllSOsacramento não pode ser renovado, o compromissop romessa, êste, pode sê-lo" . O Padre Roguet responde em seguida à indagação: "Mas para que? Que frutos pode trazer esta renovação?"

"Sem dúvida nenhuma, um fruto de graça sacramental . Não se nega a realidade objetiva de um sacr~­ mento quando s e reconhece que uma tom ada de consciência mais nítida aumenta a sua fecundidade . E tôda comunhão eucarística, é o próprio Cristo que recebemos. Isto não impede que esta única Eucarist!a p r oduza efeitos de graça bem diferentes num coração recolhido e puro e num coração distraído e atravancado . . . E' o p róprio São Paulo que diz a Timóteo: "Eu te convido a reavivar o dom que, pela imposição das mãos (a ordenação) Deus depositou em ti" . A realidad ·~ durável e fundamental do sacramento do matrimônio frutifica pela renovação espiritual feita pelos esposos no decurso de sua vida conjugal . A renovação do compromisso sacramental pode se:: feita de dois modos: Antes de mais nada, de maneir'l. implícita, mas profundamente real e frutuosa . . . Do:s esposos cristãos renovam implícitamente, mas muito r ealmente o seu casamento, cada vez que se manifestam o seu amor, que se s.acrificam um ao outro, no ritmo mesmo da vida comum, na sua banalidade quotidiana ... 12


Mas os esposos podem também renovar seu compromisso de maneira mais explícita em certas ocasiõ:'!s privilegiadas (retiros, aniversários de casamento) . Esta renovação explícita seria sem dúvida um ato vazio, se não fosse a expressão, por meio da p:J.lavra (ou d0 gesto), desta renovação quotidiana de que acabamos de falar. Isto não quer dizer que seja inútil. O homem tem necessidade de se exprimir, de dizer a si próprio ou a outros, as suas convicções mais ess~nciais, par'l. nelas penetrar mais a fundo . . . E' possível mesmo, que a renovação explícita dos compromissos do casamento, seja dotada de uma virtude especial, quero dizer. mais prõpriamente sacramental, pelo fato de referir-se abertamente a êste sacramento, recebido outrora. e sempre >ivo, mas cu]os efeitos, como dissemos, são intensificados por uma expressão exterior, isto é, po:.: uma tomada de consciência mais viva e por uma adesão mais completa . .. " O Padre Roguet termina o seu artigo, e f azemos questão de citá-lo ainda, dizendo que a eucaristia deve ocupar um lugar central, numa cerimônia de renovação dos compromiss:::s do casamento: "A graça sacremental do matrimônio lloenas uma modificação e uma pa1:ticipação da graça batismal, e a renovação do b~tismo se faz essencililmente pela eucaristia. . . Além disto. o sacramento do matrimônio considerado em si, tem afinidades estreitas com o sacramento da eucaristia. Pode-se dizer de ambos, que são sacramentcs de amor, de união, e, ao mesmo tempo, de sacrifício. E' porisso que, no 13


missal romano, acha-se especificado nas rubricas d<\ missa de casamento, que os esposos devem comungar depois do sacerdote . A renovação dos compromiSS03 da aliança conjugal, deverá ser portanto consagrada ~ selada pela comunhão ao sacramento da nova e etern .t Aliança"_ Conhecendo agora melhor o que se entende por ren:J· vação das promessas do casamento e os frutos que pode trazer, empenh ar-nos-emos em ser os p romotores de tai.-:l cerimônias, seja no decorrer dos retiros que organizamos, seja nas nossas paróquias. E' porisso que damos a segui;: dois textos, um deles sôbre uma experiên cia paroquial, o outro sôbre um retiro.

UMA EXPERIÊNCIA PAROQUIAL " A id éia de pe d ir aos casa is que assiste m a um casamento , de re nova re m os com prom issos de seu próp rio casamento , veio-me mu ito simplesm e nte. V igá rio numa c idade , ficava sempre muito P'reocu pa do com a atitud e passi va dos presentes. Tome i então o logo depois da mih ábito de me di rigi r aos casais , n ha a locução aos no ivos. As re ações dos paroquianos me enco ra ja ram fo rt eme nt e a p·e rseve ~a r. Foi a pa lt ir daí que passe i a adota r o segu int e processo. Der;·ois da a loc ução aos futuros esposos , eu peço aos casais qu e os rod cr. ia m que não se contentem com uma atitude mais ou 14


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que vai p e 1as equipes SETEMBRO 1963

Caros amigos "No decorrer dos quinze primeiros meses de noss;, vida nas Equipes, sentíamo-nos como que asfixiados. . . Nesta altura, pediram-nos que aceitássemos pilotar u'!'a equipe e fomos er.tõo para um Encontro de Dirigentes. Damos sinceramente graças ;;, Deus por êste passo, porquanto foi então que descoiJrimO!> quE' o Movimento era realmente o que aspirávamos e o que pre,sentiamos. Não era êle esta carapaça severa, um pouco rígida que nos tinha sido apresentada pelo Casal Piloto e pelo Casal dP Ligação, e que sentíamos pesar sôbre nós desde o nosso ingres-;o." Eis aí o trecho de uma carta que nos levou a refletir. A descoberta do Movimento, que os nossos amigos fizeram no deco~rer de um Encontro de Dirigentes, outros a fazeiT' nos D1as de Estudos dos Responsáveis. De qualquer forma, é para lamen-


tar que o Movimento possa parecer, seja a seus membros, seja para os de fora, um quadro rígido e asfixiante! Acontece com efeito que Casais Pilotos, Casais de Ligação, Casais Responsáveis têm uma tal preocupação de acertar, um receio tal de não estar "dentro da linha", que se tornam por vezes formalistas e timoratos, escravos da "letra", mas de ull'a "letra" forjada , mais ou menos por êles próprios. Querem alguns exemplos? Porque, na equipe a que pertencem, acharam um dia mais cômodo que cada casal trouxesse um prato na reunião, e até mesmo a própria louça . . . dois casais pilotos impu~eram este modo de agir na equipe que lhes fora confiada, dizendo: "E' assim que se faz nas Equipes" . Somos muitos aqueles que podem dizer que se faz também e frequentemente até de m0do diverso! E' preciso acrescentar também pois não é raro ouvi rse falar em refeição "tipo E.N .S." que não há de modo nenhum a imposição de um cardápio : o presunto não é obrigatório na França, nem a "tortilla" na Espanha, ou o "virado" no Brasil! Como também não é obrigatório ficar de pé durante d oração toda, nem também de joelhos, ou ainda, voltar-se para uma imagem de Nossa Se nhora, ou para um Crucifixo que se faz pa ;sar de mãos em mãos. Cada atitude tem um sentido peculiar e , se é adotada por uma equipe em determinadas épocas, é porque tem para ela um sentido que é assim valorizado. Já que estamos falando da oração, vamos dar mais um exemplo : um assistente fazia, na sua equipe, uma pequena homilia antes da oração. O Responsável de Setor, membro dessa equipe, referiu-se a esta particularidade numa reunião de Responsáveis. E o fêz com tal calor que tôdas as equipes de ent5o adotaram a fórmula e, a seguir, os próprios pilotos levaram as equipes novas a adotá-la como norma . . . A homilia, em algu11


mas dessas equtpes, transtormou-se ,num verdadeiro curso de exegese que nada mais tem de comum com a nossa oração de equipe. Será preciso dizer ainda que não é proibido fumar durante a " partilha ", nem durante a reunião inteira, embora algumas equipes, em determinadas épocas, tenham julgado bom impôr-se esta restrição? ... Poderíamos continuar muito tempo a citação de exemplos como êstes, de regras mais ou menos impostas a novas equipes e que lhes dão a impressão de estarem dentro de um molde rígido. Para alguns, êste molde é um refúgio confortável, onde pensam poder encontrar, sem grande esfôrço, a perfeição. Para outros, êste molde é uma espécie de coleira que os atemoriza, dela saindo sem demora. . . Uns e outros tem uma visão absolutament<! falseada de um Movimento que propõe aos seus membros um ideal cristão, em tôda a sua amplitude e que lhes oferece métodos já experimentados que lhes permitem aproximarem-se cada vez mais do objetivo. Quando falarmos, ao redor de nós, das Equipes, mostremos a sua verdadeira fisionomia e não uma fisionomia estreita e deformada que sé poderá repelir os casais mais generosos e mais cheios de vitalidade. Regra e disciplina só poderão ser mais apreciadas e mais respeitadas. Caros amigos, ao afirmar-lhes mais uma vez a nossa amizade, pedimos as suas constantes ' Orações pelo Movimento. Que êle seja cada vez mais conduzido pelo Espírito Santo, para o berr de todos. O CENT RO DIRETOR

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ATRAV~S

DO MUNDO

BRASIL Continuando a nossa viagem pelas Américas, vamos deternos hoje em nosso próprio país, transcrevendo o que, sôbre o Movimento no Brasil , foi publicado na Carta Mensal francesa. Situação geral: Antes de visitar as equipes brasileiras, vejamos qual o contexto em que elas se situam. Sem dúvida, a visão que vamos dar, será muito superficial, pois não se trata de dar uma idéia completa de um país principalmente quando é vasto e complexo como o Brasil lendo simplesmente um dicionário ou folheando um anuário. O território coberto pelo Brasil, abrange 48% de tôda a América do Sul. Quinze vezes maior do que a França, ultrapassa a superfície dos Estados Unidos e atinge quase a do Canadá . Á população é de cerca de 77 milhões de habitantes, seja 9 por km2. Vastas regiões se acham ainda quase desertas, sendo no sul do pa ís que se encontram as maiores concentraçõe:. de população, como o Rio de Janeiro, com 3,5 milhões de habitantes: São Paulo, 4 milhões; Pôrto Alegre, 700.000. Recife, ao norte, é uma cidade muito importante, com 850 .000 habitantes . Situação religiosa: Contam-se no Brasil, 93,5 % de católicos, 3,5 % de protestantes. Cerca de 150 dioceses, 8.500 padres. U(Yl padre para 6 .000 habitantes, uma das propÓrções mais baixas do mundo. Por isso mesmo, o catolicismo se encontra seriamente ameaçado no Brasil. Como na maior parte dos outros paises da América do Sul, o problema n .0 1, no plano religioso, é o do recrutamento sacerdotal. Poder-se-ia dizer que o problema n. 0 2 é a formação de um laicato católico muito firme, tanto no plano da doutrina, como no do apostolado. Os dois problemas se acham interligados: é difícil ter um laicato firme se não há padres para IV


formá-lo. E' difícil que se possa esperar um melhor recrutamento sacerdotal se as famílias cristãs não são bastante generosas para permitir o surto de vocações. Parece pois que os Movimentos de casais as Equipes de Nossa Senhora entre outros (e pensamos particularmente no Movimento Cristão que, com métodos diferentes dos nossos, vem realizando um magnífico trabalho) têm um papel de excepcional importância a representar: Apoiar e encorajar a vida cristã dos lares onde, surgirão vocações sacerdotais e religiosas. FoNT1ar casais que cooperem ativamente com o clero, nas importantes tarefas apostólicas da Igreja. Ajudar os casais cristãos a tomarem consciência de suas responsabilidades profissionais, sociais, políticas .. . As equipes: Em 1950, um casal brasileiro, de São Paulo, ouve falar pela primeira vez nas Equipes de Nossa Senhora. Estão casados há 1 5 anos. Deixemos que êles próprios nos contem a sua descoberta (seu testemunho foi publicado em extenso em: "Peregrinação às fontes da espiritualidade conjugal", número especial do Anneau d'Or, 1961 ) :

"1950, uma nova fase na vida de nosso lar. Fazemos a descoberta das Equipes de Nossa Senhora. Ao ler os documentos recebidos, somos assaltados pelo mesmo sentimento, talvez, que o marinheiro sente quando, navegando à deriva, percebe no horizonte, o navio que o conduzirá ao porto. Fazemos a descoberta do amor, do verdadeiro sentido da carne, ainda considerada como mais ou menos suspeita, da grandeza da paternidade. E' para nós ,marido e mulher, como que um novo encontro. E é na descoberta jun-

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tos das· grandezas do casamento, que recomeçamos a caminhada; sentimos novo apoio e novo impulso na marcha para Deus. Descobrimos o sentido comunitário da família e compreendemos que, ao aplicar-nos em fazer de nosso lar uma célula viva da Igreja, é para a construção da própria Igreja que estamos trabalhando. O próprio sentido do sacramento do matrimônio lentamente se vai evidenciando e adquire uma riqueza insuspeitada: Cristo que toma nosso amor humano, um pobre amor profano e o consagra a Deus por um sacramento. Bem sabíamos que tínhamos sido individualmente consagrados a Deus pelo batismo, mas agora descobrimos que o casal, também êle, é consagrado. O casal . . . nós, nosso amor, nossa v ida, nossos fi Ih os, nosso Ia r! Fazemos também a descoberta das novas riquezas de uma vida espiritual a dois , de uma vida apostólica em colaboração estreita . O trabalho a dois é uma vitória para a união dos casais e um poderoso fator para a conquista das .-:~lmas . Mais tarde o iríamos constatar : quantos exem plos teremos nós, nas nossas equipes, de casais em que um só dos cônjuges era praticante e que dentro em pouco se encontram unidos no mesmo impulso e no mesmo entusiasmo. E' ainda a descoberta da vida em equipe: a evidência, vivida de que a palavra do Evange lho amai-vos uns aos outros não é um ideal long ínquo e platônico. E' a experiência da verdadeira fraternidade cristã ultrapassando o quadro da fam ília. E' a realidade do auxílio mutuo em todos os planos. Era possível, pois, que se vissem· cristãos unidos por uma amizade sincera, dedicada, sem reticências. VI


Era possível, pois, abrir inteiramente o coração a De~;~s, entre esposos, sim, mas também entre amigos! Era possível , pois, o auxílio mútuo, concreto, na marcha para Deus! A equipe nos abria horizontes novos e nos desvendava novos métodos, cuja eficiência era inegável . Diante dos resultados alcançados, não hesitamos em fazer da difusão da espiritualidade conjugal e familiar proposta pelas Equipes, o nosso primeiro apostolado conjugal". Atualmente, o número de equipes admitidas é de mais de 1 30, além de mais de 30 em fase de formação . Agrupadas em 4 setores (2 em São Paulo, 1 em Jahu , 1 em Campinas ) , contam-se ainda numerosas outras, espalhadas em várias cidades: Florianópolis, Curitiba, Caxias do Sul, Rio, Santos, S. João da Boa Vista, Ribeirão Preto . . . para só citar aquelas em que as equipes são mais numerosas. Todos os anos, em março, isto é, no reinício do ano escolar após as férias de verão, nossos amigos brasileiros realisam os seus Dias de Estudos dos Responsáveis. Os écos do que têm sido est e ~ encontros, vocês os tiveram nos Suplementos da Carta Mensal. De 23 de outubro a 4 de novembro últimos, o Rvmo. Cônego Caffarel e Francis Labitte estiveram no Brasil e, durante a sua permanência , varias atividades foram levadas a efeito: Encontro geral em São Paulo, visita aos dois outros Setores, Encontro de Quadros - que reuniu cerca de 30 casais durante quatro dias . . . O seu tempo foi muito bem empregado! Alguns extratos do relatório enviado para o último Encontro Internacional, servirão de fecho a este nosso resumo (em grifo, as perguntas que tinham sido feitas pelo Centro Diretor, e em caractéres comuns, extratos da resposta) : As Equipes de Nossa Senhora oferecem ao seu país, algumas cousa cal'.'lcterística, nova, e o que? VIl


Um cristianismo adulto que se insere na vida do casal, propondo-lhe uma espiritualidade conjugal e familiar concreta. Uma valorização da família, como "unidade", dentro da comunidade cristã: paróquia , diocese . .. Um estilo cristão de relações humanas, caracterizado pela abertura, pela confiança, pela fraternidade. verifica gressam fé mas mentos.

Um aspecto apostólico novo, diverso talvez do que se na Europa. No Brasil, certo número de casais que innas Equipes, não é "praticante"; são batisados que têm que, por ignorância religiosa, não frequentam os sacra-

Um método que realiza a formação religiosa precedendo a ação e assegura a sua continuidade, graças ao tema e ao controle . Quais são as perspetivas de desenvolvimento? Quais os obstáculos que êste d.e senvolvimento pode encontrar? E' para temer, um desenvolvimento por demais rápido?

As perspectivas de expansão do Movimento são encorajadoras. Mas é preciso agir com muita prudência e obedecendo a um plano, embora bastante maleóvel. Os obstáculos são de três ordens : falta de dirigentes competentes, em número suficiente; VIII

clero muito reduzido;


- distâncias por vezés enormes, tornando os contatos difíceis A experiência mostra que os cantatas por correspondência são, el'l' regra geral, insuficientes e que, em nosso país, a falta de contatos conduz ao fracasso. Na sua opinião, de que maneira devem as Equipes de Nossa Senhora ser apresentadas em seu país, para que sejam conhecidas tal qual elas são, sem no entanto desencorajar os casais?

A. experiência nos mostra quanto é perigoso procurar simplificar as exigências dos Estatutos, sob pretexto de não desencorajar os casais; o Movimento deve ser apresentado tal qual é, sem procurar reduzir as suas exigências. Dever-se-ia pôr em evidência: - o espírito de auxílio mútuo, como meio de acesso a uma religião viva, a uma espiritualidade conjugal e familiar autêntica e à solução dos problemas que a vida familiar apresenta; - a possibilidade de viver um cristianismo comunitário e não mais individual, e de conhecer melhor um cristianismo adulto, para adultos;

- a necessidade de consolidar a família, de dar um testemunho coletivo de vida cristã , numa sociedade que, na América do Sul, cada vez mais tende a descambar para o materialismo e para o comunismo; - por ocas10o da informação, pôr em destaque que não se pede mais nem menos do que fazer uma experiência leal dos métodos e que os casais ficarão inteiramente livres de se retirar se tal experiência se mostrar inadaptada à sua personalidade ou às suas aspirações ... e que só gradativamente é que farão a experiência dos métodos propostos. IX


Vida do Movimento COMPROMISSOS: o seu compromisso :

Foram as seguintes as equipes que fizeram

Alemanha: Munich 1, Paterborn 1 Bélgica: Namur 6 Espanha: Madrid 2 - França: Angers 4, Arras 5, Chateauroux 1 , Cholet 2. Dijon 4, Garches 1, Lannemezan 1, Le Havre 5, Mulhouse 12, Nantes 14, Paris 77, Pau 7, Saint-Omer 1 - Marrocos: Casablanca 3 Portugal: Lisboa 13, Porto 5. ADMISSÕES tes equipes:

Foi aprovado o pedido de admissão das seguin-

Austrália: Melbourne 3 - Austria: Viena 5 -Bélgica: Anvers 17, Arlon 6, Bruxe las A 76, 77 , B 79, A 80, D 81, 82, 83, Dinant 1, Namur 7, 8 -Brasil: Americana 1, Campinas 7, 9, 1O, Limeira 3 , 5, São Paulo B 51 Espanha: Alicante 1, Badalona 4, Barcelcna 47, 48, 49, 50, 51, 52, 53, 54, Gerona 6 , Madrid 7, 8, Reus 1, Feliu de Llobregat 4, Torrelavega 1, Vigo 2, Viladecans 1 , 2 França: Aix-en- Provence 1 , Ajaccio 1 , Angoulême 6, Annecy 1O, 11 , Arras 6, 7, Bastia 2, Bourges 4, Brest 7, Cachan 1, Cap Corse 1, Charleville 4, Cholet 4, Courbevoie 3, Dieppe 5, Estrasburgo 4, Le Mans 14, Lille 17, 18, Loudun 1, Lyon 20, Massy 2, Melun 6, Mulhouse 14, Nancy 1O, 11, Nantes 19, Nevers 2, Paris 87, Perpignan 3, Rouen 15, Rouffach 1, Saint Etienne 13, Tarare 1, Vannes 8, 9, Valence 3, Villemomble 4 ltalia: Roma 4 , Turim 5 Ilha Maurícia 22, 23, 24 Inglaterra: Londres 2 - Luxemburgo: Pétange 3 -Senegal: Dacar 4 - Suíça: Friburgo 7, Prilly 1 -Tunísia: Tunis 11 - VietNam: Saigon 2 Eq . por correspondência 25 {Viuvas) . As equipes brasileiras que se filiaram, foram as seguintes: Americana 1 Eq. N. S. Auxiliadora Assistente : Pe . José De I Monaco C. Respons. : lsmênia e Fortunato Faraoni X


Eq. H". S. Auxilio dos Crist6os Assistente: Pe. José Geraldo Oliveira do Vale C. Piloto : Nininha e Armando L. Araujo Teixeira Campinas 9 Eq. N. S. das Famílias Assistente : Pe. Estanislau Oliveira Lima C. Respons. : Maria Amélia e José Brant de Carvalho Campinas I O Eq. N. S. Aparecida Assistente : Pe. Mario Zucheto C. Respons.: Marina e José Emidio Zoppi Limeira 3 Eq. N. S. Aparecida Assistente : Pe . João Ferreira Neto C. Respons.: Giselda e Ciro Alvarenga Sampaio Limeira 5 Eq. N. S. Auxíliadora Assistente : Cônego Silvestre Rossi C. Respons.: Egle e Avelino Teixeira São Paulo B 51 Eq. N. S. da Esperança Assistente: Frei Barruel de Langenest C. Respons.: Maria Em ilia e Roberto Camargo Viana Campinas 7 -

DEUS CHAMOU A SI Pedro Leão Barcellos Leite, no dia 26 de julho, da Equipe

São Paulo A 1O. Falecido em Roma, quando em viagem de estudos; deixa a espôsa, Maria Ines e 3 filhinhos . O casal colaborou at ivamente na fundação da 1.a equipe de Valinhos. A menor Suzana, filha do casal Maria Rosa e Mario E. Camargo, da Equipe São Paulo 5, no dia 1.0 de agôsto. Pielfre Depuyclt, no dia 14 de maio, Responsóvel da Equipe

Rofessart 1 (Bélgica) , pai de 5 filhos. Maurice Motte, a 16 de junho, Responsóvel da Equipe Nan-

cy 2, pai de 6 filhos. XI


CALENDARIO Setembro

Outubro

Novembro

6-8

Em Caxias do Sul vaggio

7-8

Encontro dos Responsáveis de Setor, em São Paulo

13-15

Em São Paulo - Retiro em Baruerí Pregador : Pe . Eugênio Charbonneall c.s.c.

28-29 -

Em Ribeirão Preto Retiro no Seminário Diocesano de Brodosqui Pregador : Pe. Eugênio Charbonneau c.s.c.

4 -6 -

Em São Paulo Retiro em Valinhos Pregador : Pe . Eugênio Charbonneau c.s.c.

25-27 -

Em Campinas - Retiro na Chácara São Pregador : Pe. Estanislau Joaquim Oliveira Lima.

1-3

Em Valinhos

Em Florianópolis Retiro na Vila Fátima (Morro das Pedras).

14-17 -

Em São Paulo Retiro de 3 dias, em Valinhos, pela equipe de sacerdotes do Mundo Melhor.

22- 24

XII ·

· Encontro de Dirigentes -

1-3

15

Dezembro

Retiro em Cara-

8

Em Campinas Equipes do Setor. Em São Paulo -

Peregrinação

das

Retiro em Baruerí.

Em Jahu Dia de Recolhimento, no Colégio São Norberto.


menos passiva, mas que resem pelos jovens esposos, a fim de que os votos da Igreja se tornem uma realidade. Sugiro então que se reportem ao dia de seu próprio casamento. Exorto-os a um agradecimento a Deus 11·elas graças recebidas e a lhe pedirem perdão pelas suas infidelidades, pequenas ou grandes. Finalmente convido-os a renovarem, no segredo de suas almas, cada um no seu lugar, os compromissos assumidos no dia de seu casamento. A assi~tência ouve sempre com extrema atenção. Tenho a impressão que todos consideram êste momento como muitr.. solene".

NO RETIRO "Pa:ticiJ)-amos por várias vêzes, nos retiros, da cerimônia de renovação dos compromissos do casamento. Recordo-me de modo particular da que foi realizada no decurso de um reti ;o fundamental de 5 dias. Foi ao entardecer do quarto dia. Durante a tarde, t ' nhamos feito o dever de sentar-se. O pregador nos tinha indicado qual o espírito em que o dev 'amos realizar , e t 'nhamos procurado fazê-lo do melhor modo possível. Por outro lado, duas das J!'7Óticas dêsse dia, tinham-se referido ao casamento. No fim da tarde, encontramo-nos todos na c:zpela. O pregador, relembrando-nos o nosso sacramento do matrimônio, convidou-nos a certas atitudes interiores fundamentais: perdão recíproco, consciência de nossas falhas em relação ao o"tro cônjuge, desejo de melhor corresponder à nossa vocação conjugal, ação de graças pelos dons recebidos de Deus dentro do casamento, confiança na fidelidade de Deus para com o nosso I!


lar . . . Em seguida, deixou-no; certo tempo em oração silenci~­ sa, e convidou-nos então, no momento da bênção do Santíssimo Sacramento, a nos darmos a mão, como no dia do casamento. Não direi que tenha sido fácil. Hesitamos por ve:zes , antes de reconhecer , mesmo interiormente, as nossas faltas de amo r, os nossos egoísmos. Hesita-se também , às ve:zes, antes de perdoar, do fundo do coração, aquele ou aquela que, ta lve:z , não eorrespondeu total'mente ao que dele esperávamos . . . Mas fo i bom que eu m 2 humilhasse, que pedisse a ajuda de Deus P'ara vencer egoismo e orgu lho, para aceitar amar cada ve:z mais. Penso, pois , que , fe ito com seriedade e com uma preparação suficiente, iJ um ato de g rand:a valor, ao qual o Senhor responde ll'Dr un1a supe rabur<dância de graças e dando-nos a pa:z. Com r.~fe ito , o que me pareceu , cada ve:z, o f ruto tang ·vel desta renovação, foi sem dúvida a pa:z."

16


CONSIDERAÇõES SÕE'·RE UM INQUÉRITO

A LEITURA DA BIBLIA NAS E. N. SENHORA Em abril último, foi feito, junto de todos os equipistos, uma "Pesquisa sôbre a leitura da Bíblia", paro o c;ue um r: ·;estionár io foi a

t-dos en-

viado. Foram recebidos, em tempo úti I, 364 respostas, sôbre as auois se ba :eia~ a estatística e os reflexões a seguir.

Não existe renovação cristã autêntica que não se funda'nente nas Sagradas Escrituras. Os cristãos não obedecem a uma ;:~alavra de ordem qualquer; vivem da Palavra de Deus, e tentam tirar daí, para sua vida, tôdas as consequências exigidas por sua ,ituação atual no mundo. Assim sendo, o teste da leitura da Bíblia é para nós de importância capital. Efetivamente, importa saber com objetividade a quantas andamos e quais as dificuldades encontradas a fim de determinar se uma ajuda coletiva é necessária. Mas mesmo antes da organização dessa ajuda, a tomada de consciência, in dividual e coletiva, do enriquecimento jó encontrado na Bíblia ou das insuficiências de nossa meditação bíblica, tem valor por si mesmo. E' essa tomada de consciência que visa diretamente o inquérito de que prestamos contas aqui e que vamos situar. O assunto do inquérito realizado convida a situar seus resultados, mais nos quadros de uma sã Teologia do que nos da 17


Sociologia O q ue interessa não é tan to saber materialmente qua ntos equipist as observa m o rito de uma cert a leitura, mas sim situar a atividade de assimilação bíb lica do Movi mento nos quadros cristãos sem os quais êsse Movimento seria incompreensível ou vão.

I. BENEFICIAR-SE DAS RIQUEZAS DA BrBLIA Sem dúvida o cristão se beneficia das riquezas da Bíblia, em primeiro lugar e essencialmente através do ensino e da vida da Igreja, muito especialmente através da participação litúrgica, sobretudo quando se trata de crist ãos que dispõem de um bom missal. Mesmo nas épocas em que os leigos não liam a Bíblia, não se pode no entanto dizer que estivessem completamente privados de suas riquezas. Entretanto, o acesso à idade adulta do cristão, comporta uma leitura direta dos livros inspirados. Isso supõe primeiro a posse de um exemplar dêsses livros. As 364 respostas de q ue dispomos revelam que quase todos os casa is das equipes possuem, de fato, a sua Bíblia . rEM VOC~ EM CA SA O A.T.?

sim não s. resp.

318 46 . . ... . ....... . ... . .. ..... . ... .

o

O N .T.?

sim não s. resp . 18

340

24 . . . . . .. ... . . . . . . . . . . .... ..... .

o


Não basta possuir um livro para dêle tirar proveito; é preciso ainda que seja lido, frequentado, quando se trata de um livro tão complexo como a Bíblia . LE VOCE

O A.T.?

todos os dias .... . ...... . ... ... . . .. ... . de quando em quando ...... . . . .. ... .. .. . nunca s. resp .

9 234 112 9

O N .T .?

todos os dias ... . . . . . . . . . . . . . ... . .. . .. . de quando em quando . .. .. .. . ... . .. . . . . . nunca s. resp.

45 244

65 10

Em que medida essa frequentação é considerada pelos equipistas como uma exigência de sua maturidade cristã? A quinta pergunta do inquérito procura esclarecer êsse ponto . VOCE ACHA ÇUE A LEITURA DO A .T. OU DO N .T.

E' NECESSARIA A .T .

PARA A VIDA CR:STÃ?

sim não s . resp. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . prejudicados ( 1 ) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

226 30

sim não s. resp. . . . . . . . • . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . prejudicados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

265 3

28 80

N .T .

16 80

(I) Prejudicados questionários que, por falho de Impressão, não foram mimeogrofodos no verso.

19


E porque essa leitura é necessária? Compreenderam-na aqueles que responderam por exemplo : "Porque o Novo Testa mento é a base de tôda doutrina cristã." "Conhecer mais a Crist0 P,ara vivê-lo." "Confôrto nas adversidades e louvor a Deus pelas graças e alegrias concedidas", responde um equipista sôbre o sentido da influência que tem a Bíblia em sua vida. A resposta é boa e permite situar várias dimensões fundamentais da Bíblia . A grande diversidade de seus livros, cuja constituição (oral e depois escrita ) espalhou-se por uns quinze séculos, permite encontrar a passagem que corresponde a nosso sentimento ou situação atual : alegria ou tristeza, necess idade de confôrto ou gratidão. Entre vários S :? ntimen ~c s, u B:blia deve desenvolver O de ação de graças, sô bre o qual São Paulo insiste com frequêncía : ação de graças pela obra de criação, mas sobretudo pela obra de salvação . Não são regras pré-estabelecidas que se deve procurar na Bíblia, mas sim um espírito: espírito de obediência , de desprendimento, de serviço, espírito filial sobretudo. Não são instruções que se deve procurar, mas a compreensão de uma Economia : Economia da Aliança , isto é , que não estamos tanto ligados a regras abstratas mas a um Deus vivo e pessoal; Economia da Cruz, isto é, que não há ressurreição senão depois da Paixão . A Bíblia significa o Fato de Deus que se dá aos homens : convida a entrar, através de uma resposta pessoal livre, na Aliança assim formada e geradora da Igreja . Dirige-se portanto à nossa fé , que deve suscita r : nisso é que ela é luz e explicação . A única ética que contém é a exigida pela adesão ao amor de caridade, pois aquele que se dá e em que se deve crêr é o Agapé: nisto é que ela comporta uma moral. Isto equivale a dizer que a Bíblia não é em primeiro lugar explicação, mas chamado à 20


adesão. Dogma e moral se entrelaçam aí, subordinados ao evento Pascal donde provém luz, graça e mandamento. O cristianismo não é pura moral, nem uma explicação total do mundo (como o marxismo pretende ser) , nem uma disciplina, nem uma evasão para o além , nem urr.a técnica de organi:nção social para fazer reinar paz, prosperidade e justiça (como conviria a um partido político). O cristianismo é entretanto moral, explicação, di sciplina, descoberta de transcendência , meio para estabelecer a paz na terra, mas por acrésc imo e não por essência, na ordem dos meios e não na dos frutos. Não leiamos pois a Bíblia numa perspectiva errô'nea ou demasiadamente parcial, pedindo-lhe informações científicas ou qua!quer outra coisa diferente do que ela pretende nos dar. O que a Bíblia tenta nos fazer compreender e aceitar é o que nossa religião é essencialmente: a Palavra de Deus dada e recebida, o próprio Deus dado e recebido, a vida divina comunicada, vida que salva, santi'f ica P'ara a eternidade.

11. DE QUE MANEIRA A BíBLIA N'OS ALIMENTA

E' no seio de uma comunidade que a Bíblia se destina normalmente a alimentar o homem. De fato , a Bíblia é a expressão de uma AI iança entre Deus e um povo: Israel, e depois a Igreja. A leitura da Bíblia se efetua portanto essencialmente na Igreja, o que significa que sua compreensão sadia prende-se à ligação de cada batizado como membro vivo, tanto quanto possível, da Igreja que tem êsse depósito e que é julgada por êle. A tradição nada mais é do que o modo pelo qual a Igreja vive da Palavra de Deus, a compreende e transmite. Nõo existem 21


duas fontes da ve rdade sob renatural. A Bíblia é o nosso único ponto de apoio; mas como se trata de uma fonte sempre viva, é preciso situá-la no conjunto da vida da Igreja, isto é, na Tradição. O verdadeiro sentido da Trad ição nunca foi o de um depósito a ser conservado contra qualquer alteração, de modo puramente defensivo, como se conserva em Sevres o padrão de platina do metro internacional. Tradiçã o vem de trade re, transmit ir : a Tradição é o que a Igreja tem por missão transmitir, isto é, essencialmente a Bíblia, mas a Bíblia bem compreendida, e o que ela significa para a vida dos povos e para a nossa em part icular. No quadro da família. célula elementar da Igreja , é interessante notar essa di me nsão ao me smo te mpo individual e comu nitá ria tm direção à qual é desejável tender. SE VOCE

L~

A BIBLIA, O FAZ :

individualme nte juntos, marido e mulher em família s. resp.

271 em 364 71

41

o "

Várias resposta s indicam como final idade dessa leitura b rblica : "A aplicação dos seus ens inamentos na vida cotidiana." Sem dúvida com tôda a razão , mas um certo equívoco talvez pode permanecer sô bre o modo exato de entender isso. Lembremos que o cristianismo não é antes de tudo uma d!)utrina que Jesu s, homem sábio entre todos, porque também Deus, nos teria comunicado para nos explicar Deus e o mundo . O engano ainda seria maior se procurássemos na Bíblia, antes · de tudo , um código de mandamentos a praticar, A Bíblia explica alguma coisa, mas não de tal forma que consiga explicar tudo ; ela contem mandamentos 22


mas não a ponto de ser essencialmente um guia de prática mO·· ral. E' preciso insistir sôbre êsse ponto porque nem sempre é bem conhecido ou compreendido. A Bíblia nos transmite uma série de acontecimentos ordenados em torno de um acontecimento central : a vinda do Cristo sôbre a terra. A suprema revelação de Deus é o ato pelo qual o próprio Deus se fez homem para salvar os homens. Em torno dêsse acontecimento constitutivo da segunda e definitiva Aliança entre Deus e o homem, agrupam-se numerosas histórias, umas edificantes outras menos. Não se poderia pensar em imitar sistemàticamente o que se passou então. Não se trata portanto de repetir materialmente, nem mesmo de procurar soluções prontas para nossos problemas, mas de apro fundar um espírito de fé: fé em Deus que nos insere em su.J Aliança. Por aí a leitura da Bíblia deve frutificar tanto no nível individual como no coletivo. SE

VOC~ L~

O A .T . OU O N.T., ESSA LEITURA TEM

INFLU ~ NCIA

SôBRE

SUA VIDA QUOTIDIANA?

sim não s. resp. prejudicados

204 21

59 80

11 1. LEITURA DA Bi BLIA E FORMAÇÃO Bi BLICA

A Bíblia é um livro de leitura difícil. Desconhecer a necessidade de uma boa formação cristã e, provàvelmente mesmo, de uma introdução bíblica para sua leitura, é enveredar por um


caminho arriscado em que muitos se perderam. Sem dúvida não estamos mais nos séculos em que a leitura da Bíblia era severamente freiada embora nunca tenha sido totalmente proibida (como na época que se seguiu ao movimento de Contra-Reforma) . Depois de vários séculos de expansão da cultura humana e cristã, embora sem negar os perigos de um livro às vezes ambíguo ou difícil e que sempre deve ser compreendido no seio de uma comunidade viva de fé , as condições da leitura se modificaram em a lguma coisa; mas subsistem várias dificuldades. Reconhecer essas dificuldades e a necessidade de um guia para a leitura bíblica é portanto expressão de lucidez cristã, sinal de realismo eclesial e reação sadiamente católica . Em que medida os equipistas têm consciência disto? SE

VOC~

L~.

O FAZ,

O A.T.:

com fac i Iidade com dificuldade mais ou menos s . resp. :

98 134 32 100

O N . T. :

com facilidade com dificuldade mais ou menos s. resp .

196 72

38 58

Uma vez que a leitura da Bíblia é difícil e que essa leitura se faz na Igreja , isto é, com ajuda do magistério vivo represenvra não neglicencie a forma de curso de Bíblia. Em que medida vra não negligencia a forma de curso de Bíblia. Em que medida os equipistas aspiram participar de um dêsses cursos?


GOSTARIA DE SÉGUIR UM éURSÓ SOBRÊ SAGRADAS ESCRITURAS?

AS

sim não s. resp. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . prejudicados .. ..... ..... ....... .......

259 18 7 80

CONCLUSÃO No início de cada sessão geral do Concílio, imediatamente depois da Missa, levava-se à Basílica de São Pedro, com certa solenidade, a Sagrada Bíblia, a fim de colocá-la em lugar de honra. ~sse gesto tocou profunda e favoràvelmente nossos irmãos cristãos. A Bíblia, isto é, a Palavra viva de Deus (a Bíblia no Concílio, isto é, na Igreja) continua senhora da Igreja e não o inverso. Como disse o Padre Congar, no Concílio e por êle, a Igreja sempre teve e terá que "se contemplar no Evangelho como num espelho"; para daí reconhecer as não-coincidências e deduzir as normas de correção. !:sse velho exemplar da Bíblia, "entronizado" em cada sessão do Concílio quer refletir uma verdade eterna mas também um sinal dos tempos. Assim, devemos nos alegrar de ver numa Igreja os Livros Santos expostos e situados em lugar de honra . Da mesma forma, devemos nos alegrar de ver numa casa de cristãos, a Bíblia constantemente aberta, colocada num lugar de honra como que irradiando na vida cotidiana do lar. Assim poder-se-ia esperar o renascimento de um cristianismo menos limitado às dimensões de uma doutrina moralizante e mais condizente com sua norma: o Deus da Bíblia. 25


ORAÇ.ÃO !'ARA O MÊS DE SETEMBI'{O

Ver Carta Me nsal de julho-agôsto

ORAÇÃO PARA A REUNIÃO DE OUTUBRO

Rei das a lmas e das co nsciênc ias, re i das inte ligê ncias e das vontades, Jesus Cristo é também re i das famílias, da ci-· dade , do povo , da nação, do mundo. E' para proclamar so lenemente perante os homen5 o re inado social de Jesus Cristo que a Igreja celebra, no úl t imo domingo de outub ro, a Festa de Cristo Rei .

MEDITAÇÃO

Texto para a oração pessoa l -

J o. 18, 36-37

Jesus re sponde u a Pilatos: "O me u reino não é dêste mundo . Se o meu reino fôsse dêste mundo , os meus súditos teriam pelejado para que eu não fôsse entregue aos judeus. Ma s o meu reino não é daqui . 26


Disse-lhe então Pilatos: "És portanto rei?" Respondeu Jesus: "Tu o dizes! Eu sou rei. Nasci e vim ao mundo para dar testemunho da verdade. Todo o que está pela verdade , ouve a minha voz".

ORA.ÇÃO LITúRGICA

Hino das lias. Vésperas da Festa de Cristo Rei Nós te proclamamos, Senhor, o pr:ncipe que domina os séculos, o Rei das nações e dos povos, o Mestre e Guia das almas e dos corações. A turba ímpia clama: não queremos que· Cristo reine; nós Te proclamamos, ovantes, Senhor supremo dos homens. O' Cristo, Príncipe da Paz, sujeita os corações rebeldes e reune-os por Teu amor ia $anta grei que governas. ~7


No sangrento lenho morrendo , os braços teus estendeste; e nos mostraste o coração amante , varado por lança impiedosa . Por isso em nossos altares , sob a figura do pão e do vinho, arrancas do coração rasgado a redenção dos filhos de Deus. Rendam-te , pois, governantes e povos a vassalagem a que tens direito; venerem-te juizes e magistrados , as leis e as aõ'tes te exprimam. Curvem-se diante de ti os governantes com suas insignias. Reduze à obediência de teu cetro nossa pátria e nossos altares Glória a ti, Senhor, que reinas sôbre os reis da terra , assim como ao Pai e ao Esp' rito, pelos séculos sem fim'. Almém.

28



~~~f\to de ~a.~S port ~1\\A upiRtfw.taclA.de CO~\JC]~I e. f~·IIM

CENTRO DIRETOR . Sec:r. Cera! . 20, Rue des Apennins . PARIS XVII REGIÃO BRASIL . Secretariado . Rua Paraguaçú , 258 . SÃO PAULO I O


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