ENS - Carta Mensal 1965-5 - Maio

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Editorial "Reunidos em meu nome" Para a sua biblioteca Cartas sôbre a oração "Assembléia cristã" Receber a Assembléia Assembléia missionária Leitu.ra Para viver melhor os Estatutos Uma obrigação dos Estatutos A leitura do editorial Diálogo Oração para a próxima reunião


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Publicação mensal das .Equipes de Nessa Senhora Casal Responsóvel : Na ncy e Pedro Moncau Jr. Redação e expedição: Rua Porog uoçú, 258 São Paulo 1O SP

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Com aprovação eclésióstlca


EDITORIAL

''REUNIDOS EM MEU NOME"

Durante a nosl.sa peregrinação a Lourdes, no dia 6 de Junho de 1954, conversava com um membro das Equipes, enquanto me dirigia para a gruta. Meu interlocútor falava-me entusiasmado da extraordinária qualidade das relações estabelecidas no t rem, desde a primeira hora, entre os diversos membros da sua "equipe de peregrinação", ainda na véspera desconhecidos uns dos outros. Sentia-se entusiasmado mas não sabia explicar êsse fenômeno. A explicação que dei então é a que lhes dou agora: talvez os ajude a compreender melhor um aspecto essencial da vida de equipe. As relações humanas são de tipos muito diferentes, conforme se fundamentam no parentesco, na camaradagem, na amizade, no esporte. . . Cada uma tem sua nota característica, sua qualidade própria. Há outro tipo de relações, estas específicament~ cristãs. O que lhes dá qualidade excepcional é o valor do quel é pol;to em comum: não já apenas pensamentos, gostos, sentimentos humanos, mas a vida espiritual. Cristãos que amam Cristo e que, com prodigiosa confiança, deJxam que os outros percebam neles a própria vida dêsse amor, as alegrias, as penas, as aspirações que desperta. E é tão impressionante ver nost outros as vibrações da graça, os debates e os consentimentos de uma alma tocada por ela f

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Há mais ainda. A promessa de Cristo realiza-se: "Onde estão dois ou três reunidos em Meu nome, aí estou. Eu no meio dêles". Acontece por vezes que essa misteriosa presença se manifesta: a paz, a alegria , a luminosidade da comunicação não podem ter outra interpretação. Não será essa espécie de amor que explica a atração exercida pelas primeiras comunidades cristãs à sua volta? "Vêde como se amam", a,d miravam- se os que delas se aproximavam . A .sua irradiação ainda nos atinge, passados vinte séculos. A ambição do nosso Movimento é instaurar, no seio de cada equipe e em cada casal, esta qualidade de relações humanas. Oração em comum, "partilha", pôr em comum, troca d~ impressões : tudo são meios postos à nossa di590sição para nos facilitar o encontro das almas, "em nome de Cristo", em Cristo. Muitas vaes surge a tentação de ficar apenas no plano da amizade humana, e é preciso reagir constantemente: a, amizade cristã é uma conquista. O "dever de sentar-se", a preparação do tema de estudo, são meios oferecidos, neste caso aos espQ'sos, para os ajudar também a encontrarem-se em Cristo. Ajudas muito úteis. O respeito humano, a timidez, a avareza de coração. o dia a dia, as .exigêcias carnais, são obstáculos a et>sa união espriitual dos esposos. Quantos, mesmos entre os melhores, passam tôda a vida sem experimentar essa intimidade em Cristo: pôem tudo em ICOmum1 exceto o maib precioso: a sua vida com Cristo. HENRI CAFFAREL

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PARA A SUA BIBLIOTECA

Henri Caffarel

CARTAS SOBRE A ORAÇÃO

Ed. Flamboyant

Neste volume reuniram-se cinquenta "Cartas sôbre a oração". Anteriormente publicadas no "L'Anneau d'Or'' ou nos "Cahiers sur l'Oraison", foram muito apreciadas não so pelos leigos casados - a quem são especialmente dedicadas mas também por PQdres, religiosos e religiosas. Foi por êss~ motivo que se decidiu publicá-las num livro. Já foi feita a tradução em várias linguas. Estas cartas são breves, na sua maior parte - 2 ou 3 páginas, como os "Editoriais" da nossa Carta Mensal concretas, cheias de imagens, profundas, variadas. Dar-nosão o desejo de conceder à oração um lugar maior nas nossas vidas e ajudar-nos-ão a caminhar na estrada, por vezes dificil, da oração. O Pe. Caffarel dirige-se a cada um de nós por intermédio destas cartas escritas para nós, um pouco como um pai que quer conduzir os filhos a uma intimidade maior com o seu Pai do Céu. -3-


a reunião de equipe "assembléia cristã" Chegaram até nós numerosos testemunhos de equipes em que qualquer coisa se modificou, depois que nelas se to· mou consciência dessa presença de Cristo entre nós, de que nos fala o Editorial dêste mês. Mas é preciso preencher certas condições requeridas; é evidente que, se é preciso nos abrirmos a esta verdade de fé. também é necessário que nos submetamos às condições que transformam uma reunião de cristãos nesta "assembléia cristã.", nesta "ecclesia" onde Cristo está presente. Leiamos a seguir algumas notas tiradas durante uma conferência que o Cônego Cáffarel fez sôbre este assunto. Leremos também um artigo sôbre o "acolhimento na reunião de equipe". ll'J preciso rever cada um dos momentos da reunião nesta perspectiva; a oração, a refeição, a "partilha", a discussão do tema ... Voltaremos a êste assunto nos números seguintes. E, por fim, o tema da oração da próxima reunião foi escolhido para nos ajudar a viver melhor a nossa "assembléia cristã"

CONDIÇõES A PREENCHER

O Cônego Caffarel apontou-nos sete condições que ia comentando. Citamô-las ràpidamente, desenvolvel:lldo a p ena s duas delas : -

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-- Acreditar: "Será feito à medida da voss!l. fé". Fé na promessa de Cristo que nos é transmitida pelo Evangelho. - Afastar cuidados e preocupações. - Reunir-se "em nome de Cristo". -Amarem-se com amor fraterno. - Escutar a Palavra de Deus (leitura da Sagrada Escritura. - Responder à Palavra de Deus (oração pessoal e litúrgica'·. 1 • -Estar unido à Igreja: se a pequena assembléia se separa da Igreja, nada mais é do que uma seita, porque está separada de Cristo. "Segwndo esforço, segunda condição: r·u,ptura.

Quem diz "ecclesia" (assembléia) diz "convocação'': é a própria raiz da palavra grega clasis = convocação. Convocação de Deus, chamando o~ seus. Se vamos à reunião de equipe é porque Deus, porque Cristo convoca; e quem diz convocação, chamamento, diz também partida, ruptura com aquilo a que estamos ligados. Quando Cristo passa e diz ao publicano Levi: "Segueme", Levi deixa o seu pôsto de cobrança, deixa os companheiros e segue Cristo. Da mesma forma, quando outrora Deus quis dar a Sua Lei ao Seu povo e estabelecer aliança com êle, mandou por Moisés a grande convocação: "Saí do Egito''. E os que responderam, depois reunidos junto do Sinai, receberam a Lei do Senhor. Mas isto exigia que deixassem o Egito, os seus hábitos, o seu comodismo (embora fosse mais que sumário) que se pusessem a caminho e que aceitassem a dura lei do deserto. Do mesmo modo não há reunião cristã que não deva ser uma partida, uma ruptura com as tarefas que muitas vezes nos afastam um pouco de Deus; em qualquer caso, com as preocupações que são fora de propósito quando se está numa

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assembléia cristã; e até mesmo com a casa e os filhos. Uma ruptura exterior mas que significa uma ruptura interj.or, um partir para Deus para conhecê-lo, para nos aproximarmos Dele; logo uma purificação. Alguns vêm para a reunião como aquele bom homem do Evangelho que não tinha a veste nupcial. Ele "respondeu" à convocação, mas porque não tinha a veste nupcial foi lançado fora; não se tinha purificado para vir. Vir a uma "ecclesia" sem estar purificado é não ter a veste nupcial. Na pequena "ecclesia" à volta de Cristo, havia um que não tinha a veste nupcial e Cristo disse, com que tom de tristeza: "Mas nem todos vós sois puros" . . . . Acho que o nosso hábito da "partilha", nas Equipes, é uma excelente purificação. lt um gesto de sinceridade, de verdade, que faz com que já não nos procuremos enganar uns aos outros. Quando estamos diante de Cristo somos apenas pobres pecadores, temos de tirar a máscara e deixar de fazer de espertos: a nossa "partilha'' tem a virtude muito benéfica de nos colocar nesta disposição de pureza e de humildade. Note-se que seria necessário que cada um dos membros das equipes tivesse essa preocupação de levar para a reunião uma alma disponível. Ji'é

e ruptura, disse

et~.

Vejamos a terc·e ira condição:

Reunião em nome de Cristo. Reparem bem no que o Senhor diz. :ltle não diz: "Quando dois ou três estiverem reunidos, estarei no meio de vós" mas esclarece: "Quando dois ou três estiverem reunidos em Meu nome; é isso o importante. Convocados por ltle, respondemos ao Seu apêlo, estamos ali em "Seu nome". Por consequência, se vamos à reunião de equipe pelas amizades e pelas simpatias, não vamos em nome de Cristo. E é por esta razão que, às vezes, equipes formadas por casais que não se conheciam, começaram muito bem. Porque o que os reunia era apenas a vontade de encontrar Cristo. E eis que, passados um, dois ou três anos, se conhecem muito bem, tro-

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caram muitos serviços; a amizade cresceu e isso é bom; mas, por outro lado, esta amizade pode eliminar a intenção principal, pode fazer que só se reunam porque são bons amigos, e imediatamente deixam de estar reunidos "em nome de Cristo''. Verifica-se nessas equipes o que chamei muitas vezes: a tentação da amizade. Cristo não pode agir plenamente senão quando estamos reunidos em primeirc lugar para Êle, para o encontrar. Dai a necessidade de purificar a intenção, de fortificar esta verdadeira intenção. lt em nome de Jesus Cristo que vimos e é preciso tomarmos consciência disso antes de qualquer reunião".

receber a assembléia CRISTO VEM A NOSSA CASA

'Q uando numa das nossas casas se realiza a reunião mensal, quando os casais, uns depois dos outros, entram na casa daquele que recebe, é para um encontro que pode ser apenas uma reunião como outra qualquer, ou então, se determinadas condições se verificam, uma "assembléia cristã". lt evidente que isso depende de cada um, da nossa vontade de nos reunirmos em nome de Cristo, da nossa fé, mas o casal que recebe tem muita influência. Vai-se reunir uma pequena assembléia cristã - os casais e o Assistente. Cristo, tal como prometeu, estará presente no meio desta pequena assembléia. Compreendemos muito melhor, depois das leituras precedentes, todo o mistério desta pequena assembléia cristã que uma -7-


equipe constitui, e por isso mesmo compreendemos também melhor a importância de recebê-la bem. Há no Evangelho muitas palavras e frases que sabemos de cor. De repente, porque o Espírito Santo ilumina melho r a nossa inteligência, e porque lhe damos um lugar maior na nossa alma, esta palavra ou esta frase, tantas vezes repetida, transforma a nossa vida interior e, por vêzes, até a nossa vida exterior. . . E perguntamos porque não o compreendemos mais cedo. Na realidade, até agora, qual foi a nossa atitude perante esta afirmaçã o de N osso Senhor? - "Em verdade vos digo, se dois ou três estiverem r eunidos em Meu Nome Eu estarei no meio deles ... " Uma vez qÚe compreendemos esta frase, j á não podemos dizê-la sem fazermos a pergunta: "Vim verdadeiramente em nome do Senhor? . . . esforço m e por acreditar de todo o_ coração nesta presença misteriosa de Cristo? " Se tivesse de falar do acolhimento, antes de ter ouvido falar da Assembléia cristã. diria como se deve receber o As_ sistente e cada membro da equipe . . . e teria esquecido o o principal : o acolhimento de Deus. Faltaria todo o reconhecimento que se deve a Deus. que quer estar presente no meio de nós; falta ria também todo o reconhecimento que se deve a cada um dos amigos, cuja reunião, cuja assemb'éia, nos permite de ter em nossa casa essa misteriosa presença de Deus. 11: porque os nossos amigos vem à nossa casa , " convocados" por Cristo, é porque Cristo nos prometeu a Sua presença, que Cristo estará presente em nossa casa, que esta casa será um templo de Deus .. Falarei em primeiro lugar da preparação do casal que recebe, depois do próprio acolhimento, e por fim, ràpidamen_ te, do casal que recebe, durante as diferentes fases da reunião. COMO NOS DEVEMOS PREPARAR

Não se trata de prepararmos durante horas a passagem de Cristo em nossa Casa, mas entre as "horas" e os poucos minutos que destinamos (quando podemos) a preparar espiri8-


tualmente a reunião, vai celta distância ... Talvez não se trate mesmo de lhe destinar muito mais tempo, mas de nova disposição de espírito e de coração. Por exemplo, porque não focalizaríamos o tema da assembléia cristã na nossa oração conjugal da véspera da reunião? E porque não nos haveria de preparar para responder, como os outros, mais ainda, à convocação de Deus? Po1 que não introduzir também, na oração familiar, uma pequena fra_ se de ação de graças, por exemplo: "Amanhã recebemos a. equipe aqui em casa: Senhor, nós acreditamos que Vós estareis realmente presente nesta reunião: obrigado por enVial"· des Jesus a nossa casa''. Um dos grandes benefícios seria certamente dar a conhecer as Equipes aos nossos filhos com maior profundidade. E depois, no dia da reunião, tôda a nossa oração pessoal deveria ser orientada para êste mistério da assembléia cristã, desta assembléia que se formará em nossa casa. O acolhimento, tanto o dos amigos como o de Deus, não se improvisa: não se prepara em cinco minutos antes do primeiro toque de campainha. O acolhimento é pensado, repensado, meditado, antes de ser vivido ...

Um passo a dar. -Os nossos ('.!nigos virão a nossa casa; farão o esforço de sair de sua casa e talvez de percorrer alguns quilómetros. Quanto a nós, não se tratará de percorrer quilômetros; mas também temos de dar um passo, precisa· mente o pas::::o necessário para sair do nosso eu, do nosso nós conjugal e nos tornarmos disponíveis e abertos aos que vêm ... l!: muito mais difícil do que abrir apenas a porta e emprestar a sala de jantar... Mas como se há de preparar esta disponibilidade? A mística do "vestiário". - Tem-se falado por vezes da "mística do vestiário ... " Consiste em deixar o mau humor, o espírito crítico e os ressentimentos, bem como as alegrias e as preocupações no vestiário, juntamente com as galochas enlameadas e o impermeável molhado... O casal que recebe não estará dispensado disso. Talvez mais até que os outros, -9-


tem necessidade de estar purificado de tudo o que nêle é falta de amor, egoismo, vaidade, preferência ou antipatia por êste ou aquêle . .. Então a simplicidade, a ordem e a harmonia oa casa serão apenas o reflexo desse desejo de amar sem medtda, de dan' smn contar, e de receber humildemente Tenho também de lhes confessar que, ao falar · de simplicidade, de ordem, de ha.rmonia, não posso condenar esta preocupação de dar à casa um ar festivo, ao mesmo tempo sério e alegre. Pudera! Não se recebe assim tantas vezes a equipe durante o ano! Conquanto que se fique no que é belo e verdadeiro, porqu_!'l se haveria de fala r em ostentação? O ACOLHIMENTO

Temos de ajudar os outros a "entrar" imediatamente n:t reunião; devem sentir-se esperados, acolhidos. Então é p.reclso que estejamos, o mais possivel, prontos a r ecebê-los ... Ter tempo d e acolher cada. um. Não tem Cristo a preocupação e o tempo para chamar cada uma das suas ovelhas pelo seu nome? Concordo que muitas vezes é dificil para a dona de casa, mas sem entrarmos agora em pormenores, parece-me que se poderia preparar antecipadamente um plano de combate contra os perigosos inimigos do último minuto: a pressa, o enervamento... e o atraso. Pedir, por exemplo, o auxUio de outra amiga da equipe ou então, caso seja possivel, arranjar uma empregada, para nos ajudar a preparar tudo ... porque também é oração pensar sob o olhar de Deus nos meios que nos hão de permitir rec·e bê-Lo melhor e receber melhor aqueles que nos envia... Portanto procurem um e outro, marido e mulher, receber um por um, mostrar-lhes a alegria em os voltar a ver, estarem abertos tanto às alegrias dos outros como aos seus desgostos e preocupações, evitarem tanto quanto possivel os grupinhos com wn ou outro ~asal da equipe; nada é tão dasagra_ dável e desunificante como êstes colóquiozinhos clandestinos que monopolizam o casal que r·e cebe e que deveria ser de todos, estar disponivel a todos.

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O acolhimento do A.s.sistente - Não é só o acolhimento do~ membro:>s t.la ~quipe é também e sobretudo 0 acolhimento

do Assistente. Quando o recebemos pensamos verdadeiramente que a passagem do padre, tanto numa casa como numa vida, é a passagem do representante de Cristo? Recebemos o padre verdadeiramente como o ministro de Cristo ? O Assistente e os casais aprendem depressa a conhecerse e muitàs vezes o Assistente é um amigo. Não realizamos suficientemente que essa amizade, caso exista, é um privilégio, uma graça que temos de agradecer a Deus, mas é preciso acima de tudo que o padre não se apague perante o amigo. A maneira de acolher o nusso Assistente deve estar impregnada de fé : é o padre que recebemos, o que nos abençoará em Seu nome. Fico muitas vezes chocado ao ver como se cumprimenta o padre, mesmo nas nossas equipes. Talvez porque está mais longe da porta, no outro extremo da sala, pá.ra-se em frente dt> cada um, de caminho, e cumprimenta-se por fim o paél-rl' quando chega a sua vez. Nunca assisti a recepções reais, mas não acredito que, ao se encaminharem para o:> re-i, se cumprimentem para a esquE>rda e para a direita todos os amigos que se vão reconhecendo. Porque não se háde adaptar atitude semelhante para com o sacerdote? Penso que cabe ao casal que recebe, ao marido ou à mulher, levar discretamente ao Assistente os que vão chegando ... Ia dizer: "'Adquire-se o hábito passadas poucas vezes ... " mas é muito mais do que um hábito a modificar, é uma maneira de pensar que se deve rever seriamente. A REFEIÇÃO

Trata-se de refazer as forças e renovar a unidade. Devese então favorecE't o amor fratern0, o pôr em comum das alegrias e penas, a alegria desta renovação de cada um e da união de todos. "Tomavam o seu alimento com alegria e simplicidade", lê-se nos Atos dos Apóstolos. A refeição da assembléia cristã evoca as refeições de Cristo, anuncia a refeição CE'leste; quantas vezes não é comparado o Reino de Deus a um banquete? "Felizes os que são convidados para -11-


as bodas do Cordeiro''. Quais devem ser as características da nossa refeição ? Frugalidade, alegria , atenção aos outros, bom humor. Cuidarse-á do pôr em comum dos desgostos e das alegrias de todos, e da qualidade religiosa. Voltamos a encontrar aqui o papel do casal que recebe e damos algumas idéias: - Esperar pela oração na equipe, é com certeza tarde demais para retomar consciência de que estamos reunidos em Nome do Senhor e que 1!:le nos prom eteu a Sua p resença Seria bom que o casal que recebe tivesse combinado com o Assistente a l eitt4ra d e um peq1,eno texto bíblico antes da refeição, para recordar a presença de Deus e reanimar a fé; leitura seguida de alguns segundos de silêncio e da benção da mesa. - O casal que recebe poderia também pedir ao sacerdote para presidir â. mesa como representante de Cristo na nossa pequena Assembl'ia. - Fina lmente compete-lhe, especialmente ao marido, conduzir a conversa. Aberto a todos, disponív.el para todos, deve levar os outros membros da equipe a fazer também esse esfôrço .je abertura. Já tinha pensado antes nas alegrias e preocupações de cada um dos casais que recebe, e deve fazer com que cada um partilhe essa alegria e preocupação dos outros. O responsável da equipe é realmente o responsável pela amizade na equipe, mas o casal que recebe também tem de fazer com que essa amizade se manifeste em todos. Penso que embora seja o marido quem geralmente conduz discretamente a conversa, é a mulher, mais dada aos permenores e mais intuitiva, que tem de sentir esses pequenos imponderáveis que podem ferir êste ou aquêle, dizer essa pa. lavra que suavisará um sofrimento, corrigir, sempre delica damente e com um sorriso, qualquer palavra mais dura. Também a mulher deve cuidar desses pequenos pormenores materiais que asseguram o bem estar, prever o que pode faltar a êste ou áquêle. -

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A ORAÇÃO l!: realmente na oração que tomamos mais consciência de formar uma assembléia cristã e esta frase de Nosso Senhor: "Onde estão dois reunidos em Meu nome, aí estou Eu no meio deles" é extraordinAriamente poderosa e fecunda, se for dita lentamente, com fé, seguida de alguns momentos de silêncio, e se for pedido a cada um, que faça o esforço de acreditar na presença misteriosa mas real de Cristo.

Oonvém que seja o casal que recebe a equipe quem prepara e conduz a oração. l!: claro que outro casaL pode estar

tão bem preparado como êle e ter até mais aptidões. Mas é muito mais natural que o casal que recebe partilhe tudo o que tem e tudo o que é. Vimos que a sua casa é o lugar do enêontro, é .em sua casa que Cristo quer estar presente, então deve ser também êle a receber Deus, a agradecer-Lhe, a. responder-Lhe em nome de todos. l!: também ao casal que recebe, e muito especialmente à mulher, que cabe o cuidado de tornar recolhida ·a atmosfera da sala. Onde quer que se realize, não devemos esquecer que o silênciio é condição indispensável de wna boa oração. 11i preciso pensar no silêncio dos olhos. l!: muito mais difícil recolhermo-nos havendo luz forte; é p i'eciso diminuir a iluminação, o que já deve ter sido previsto. Não me alongarei a falar das atitudes da oração, mas reêordarei apenas que, normalmente, a leitura da Palavra de Deus se ouve de pé, e uma oração litúrgica se diz de pé. Durante os outros momentos da oração (silêncio, orações pessoais) pode-se ficar de, joelhos ou sentar-se. l!: preciso apenas procurar que todos tenham atitudes semelhantes e que as mudanças de posição não provoquem ruído nem agitação. Ainda um último ponto: sabem que os monges, que re· zam no coro, se voltam uns para os outros porque vêem a presença de Cristo na sua própria reunião? Porque não ha. vemos de nos voltar uns para os outros dentro deste espirito, pelo menos de vez em quando? Com a condição, evidentemente, de acentuar esse sentido. -

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CONCLUSÃO

::El claro que a maneira de receber continua a ser o segredo de cada casal porque cada casal tem a sua feição especial, a sua vocação particular e, também, os meios de expressão e as tradições que lhe são próprias. Por isso é muito düícil dar I"eceitas. Contudo; penso que as condições essenciais do acolhimento da equipe, quando da reunião, são:

- Preparação espiritual profunda, especialmente através da oração : renovação da fé na presença de Cristo. - A preparação material que há pouco especifiquei, e que é importante porque nos torna senhores da pressa, do ~nervamento e do atraso, e, por consequência, assegura com maior plenitude uma boa reunião.

- Acima de tudo, caridade muito grande que se conseguirá cada vez mais através da humildade, purificando-se de tudo o que é egoísmo e vaidade. - Finalmente, é preciso que, durante a reunião, o marido e a mulher que recebem, estejam abertos e disponíveis aos outros, atentos a cada um dos membros da equipe. Se se realizarem estas condições quando cada casal, por sua vez, .receber a equipe, creio profundamente que as reuniões de equipe, que são reuniões de crentes, se irão tornando verdadeiras assembléias cristãs. ::El isso que, todos juntos, devemos pedir à Santíssima Virgem.

Texto de uma expos1çao feita por Suey Schmid nos Dias de Estudos dos Responsáveis, em Paris.

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SUPLEMENTO à Carta Mensal das Equipes de Nossa Senhora MAIO, 1965

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7 DE JUNHO DE 1965



Caros Amigos Quando este "Suplemento" lhes chegar às mãos, os casais Glória e João Payão Luz, Esther e Marcello Azevedo estarão a caminho de Lourdes, üworporando8e à grande P eregrinaçlio elas PJquipes tle Nossa. Senhora. São files os delegados de todos nós junto de Nossa Senhora. São êles os portado?"es de tôdas as nossas intenções e daquelas de numerosos casais não equipistas que, tendo ronhecim ento da pe?·egrinação, juntaram as suaJS intenções às nossas. Unamo-nos de todo coração aos nossos mensageiUnamo-nos aos quase 4.000 casais das Equipes qt~e vão reafirmar à mãe de Jes11s, em nome de todos nós, a decisão de fidelidade à Mensagem de seu Filho e 11ão implorar a sua intercessão para que sejam cura ~ dos, além dos males físicos, as nossas fraquezas, a nossc~ inconsUincia. ros.

Unamo-nos ao sôpro de Ca.ridadc, atit1~de fundament(J)l pedida aos peregrilws pelo Rvmo. Cônego Ca!farel. Sôpro de Caridade que, ultrapassando o círculo por demais limitado dos membros do Movimento, se deve estender a todos os casais necessitados de graças. A todos os casais cujo amor se ax;ha; doente. Particularmente nos dias da Peregrinação- 5, 6 e 7 junho - saibamos reservar haras de silêncio e meditação, em união de orração com todos os equipistas do mundo. E associemo-nos todos, às imciativas tomadas neste sentido pelos respetivos Setores ou Coordena·· ções. A Equipe de Goordenaçlío Inter-Regional

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TÔDAS AS EQUIPES EM LOURDES

Há du anos, quando as Equipes foram pela primeira ves a Lourdes, éramos 800 peregrinos. bte ano, ,seremos 7 . 500, t em nome de todos os participantes ;da peregrinação que me dirijo àqueles que ficarem , afirmando-lhes: não estaremos separados de voçês; fiquem também unidos a nós! Estejam certos que, durante todo o decorrer da peregrinação, vocês estarão permanentemente presentes em nossos corações, em nossos pensamentos, em nossa• oração. Repetimos mais uma vex: nossa peregrin~ão não é uma iniciativa de caráter privado: é em nomE~ de todos os casais do mundo que vamos a Lourdes. Tanto em nome daqueles que "ainda não crêem e,n Critto", como daqueles que já o reconheceram como "Chefe e Senhor de seu lar". É importante, pois, que· vocês fiquem estreitamente unidos a nós. E é com• vocês que queremos apresentar à Virgem, todos êstes casais. Não se considerem estranhos ao noSISo gesto. Embora •não pod'e ndo ir a Lourdes, dC!J)ende silmente de vocês estarem no entanto presentes ao nosso lado. Creiam que contamos profundamente com esta presença.

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A presença não é questão de corpo, mas de coração: estamos muito mais presentes alí onde amamos, do que alí onde estam<*. Saibam ,pois reservar-se o tempo para a reflexão e ;t prece, durante estas festas de Pentecostes. Sugestões? Confiamos em seu espírito de iniciativa. O programa das atividad~ da peregrinação lhes é apresentado mais adiante, justamente para lhes permitir estar com o coração e com a alma ao nosso lado, permitir que se unam mais particularmente em tal exercício, em tal vigília! Pentecostes de 1965! Tôdas as equipes se abrem ao sôpro do amor e iniciam uma nova caminhada. "Orai, irmãos, para que o nosso sacrifício, que é também vosso, possa· ser aceito por Deus, o Pai todo-poderoso. Sim, que o Senhor receba de vos'sas mãos o sacrifício, para louvor e glória de seu Nome, para nosso bem e o de tôda a santa Igreja." P. Van Wynsbergrhe, O. P.

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Esta carta será recebida nas vésperas-. da partida dos peregrinos para Lourdes. No termo destes meses de preparação, a equipe- peregrinação quizera dizer-lhes, em primeiro lugar, o quanto ficou impressionada pelo "élan" com que, uma vez removidas as primeiras reticências, o Movimento a::olheu a iniciativa que lhe era proposta. Todos os escalões Responsáveis de Setor, Casais de Ligação, Responsáveis de Equipe todos souberam convencer os casais a quem se dirigiam, sôbre o enriquecimento espiritual que lhes traria esta subida coletiva aos pés da Virgem. O número de peregrinos (em média mais de doi~ casais por equipe) é um testemunho do êxito de seus esforços . Durante os três dias de Pentecostes, esperamos que uma co munhão espiritual se estabeleça entre todos aqueles que a peregrinação engloba : aqueles que efetivamente se encontrarão em Lourdes . Deverão considerar-se como os mahdatários, os "porta-vozes" de todo o Movimento e, mais ainda, os porta-vozes e mandatários de todos os casais; os outros membros das equipes que não participam materialmente da peregrinação. Renovamos o nosso apêlo para que se unam à nossa oração, tomando parte nas manifestações que

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serão organizadas pelos seus Setores., e concretizar assim esta união (vigília de orações, peregrinação a um santuário mariano próximo ... ). - por fim, todos os casais, conhecidos ou descot~hecidos que, em grande número, nos pediram de sermos os portadores de sua~ intenções.

*** Nossa peregrinação comportará 31 doentes 3 equipistas, 1 conselheiro espiritual.

27 crianças,

Quantos casais desejariam, também êles, levar seu51 filhinhos doentes e não puderam fazê-lo . Seu sofrimento e sua inquietação estarão presentes ao nosso coração. Àqueles que estiverem conosco, poderemos manifestar a simpatia, a ternura particular que provoca em nós o encontro dêstes pequeninos que o Senhor ama muito particularmente.

*** Àqueles dentre vocês que iremos encontrar em Lourdes, dirigimos os nosso "até logo"; aos outros, apresentamos com alegria o programa da peregrinação e o texto de abertura do "Boletim do Peregrino".

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PROGRAMA DE PEREGRINAÇÃO

SA!BADO 5 de junho

9,30 10,00 11,00 12,45 14,30 16,00 16,30 17,45 19,15 20,30

Encontro dos, peregrinos, na Basílica São Pio X. Alocução, pelo Cardeal Feltin, arcebispo de Paris. Missa . Nessa missa será feita a oferta dos cartões com as intenções, em que são feitos apêlos às nossas o rações. Conferência : " Deus é caridade", ,pelo Rv. Pe. Spicq , O.P. Almôço Reunião de equipe ou visita à Gruta (conforme as equipes) Encontro geral na Esplanada Procissão do Santíssimo Sacramento Visita à Gruta ou reunião de equipe. Jantar. Cerimônia de penitência, na Basí lica São Pio X.

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DOMINGO 6

9,30 12,30 14,00 16,00 17,30 19,30 -

Missa Pontificai, na Basílica São Pio X. Almôço. Dever de Sentar-se. Reunião de equipe . "O casal cristão, sacramento da Conferência Caridade" pelo R.P. Spicq, o.p. Jantar.

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21,00 22,00

Encontro geral na Esplanada para procissão das velas. Os peregrinos se revesarõo de hora em hora, na Gruta , até 5 hs. da manhã.

SECUNDA FEIRA 7

9 ,00 -

10,00 11,45

13,00 14,45 -

Missa Durante a Missa, o texto do Evangelho de Sêio Marcos será distribuído aos peregrinos, simbolisando nosso dever de transmitir ao redor de nós a mensagem evangélica. Conferência " A::; Equipes de Nossa Senhora a $erviço da Caridade" pelo Rv. Cônego CaffareL Reunião de equipe . Almôço . Encontro geral na Gruta, cerimônia de despedida .

" ASSIM COMO EU VOS AMEI

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Embora escrito para os peregrinos, êste texto ftáo deixa de ser ender~ado a todos os casais ,Jo Movimento. Ajudar-nos-á, a penetrar mais 11 fundo nas grandes perspectivas da caridade .fraterna. Lourdes, última etapa de nossa gra..cte peregrinasão de um ano. Etapa decisiva. Eis aqui a palavra de ordem, a única,

IX


a mesma que Cristo dá aos seus apóstolos, na hora solene, logo após ter-lhes feito o grande dom da Eucaristia, momentos antes de entrar em agonia. Percebe-se nela a vibração dêste coração que, algumas horas mais tarde, será traspassado pela lança : "MEUS FILHINHOS ... ASSIM COMO EU VOS AMEI , AMAIVOS UNS AOS OUTROS" (Jo. 13 , 33 - 34 ). Nada mais nos resta fazer, durante êstes três dias em Lourdes : Amarmo- nos uns aos outr«U. É o suficiente.

(

Sob a condição , entretanto , que seja "como" o Cristo nos ama. No decorrer dêstes dias, sob a orientação do Rv. Pe. Spicq, vamos meditar sôbre a Caridade, para que ela penetre o íntimo de nossa vida . Eis aqui algumas provisões , quero d'ixer, alguns texto\$ da Escritura· que nos incitam ao amor : "QUANDO DOIS OU TR~S ESTIVEREM REUNIDOS EM MEU NOME, EU Aí ESTAREI NO MEIO DELES" (Mt. 18, 20 ). É bem de ver que é fiO encontro, é na mEI(Iida em que formos ao encontro de nossos irmãos das Equipes que encontraremos o Senhor.

X


"AQU!LE QUE AMA N'ASCEU DE DEUS E CONHECE A DEUS" ( I Jo. 4, 7) . bte conhecimento de Deus não será uma revelação brusca e fugidia como um raio no céu, mas uma experiência protunda e duradoura 15e, entretanto, durante êstes dias, nós perseverarmos, nos "permanecermos" na Caridade. Com efeito: "QUEM PERMANECE NO AMOR-CARIDADE PERMANECE EM DEUS E DEUS NELE, PORQUE DEUS É AMOR " (I Jo. 4, 16). Então, o que pedirmos ao Pai por nossos irmãos peregrinos, por todos os casais das Equipes, por todos os casais que lhes confiaram as suas intenções, de maneira ainda mais ampla, por todos os casais do mundo, tudo fsto nos será concedido, porquanto Jesus Cristo o prometeu: "TUDO O QUE PEDIRDES AO PAI, EM MEU NOME, !Lt Vô-LO CONCEDER'Ã" ( Jo. 1 5, 16). Assim, pelo fato de, nos amarmos, e na medida mesmo em que nos amarmos, Deus e todos os nossos irmãos estarão presentes. Porquanto a, Caridade é u.ma só: é o amor único que brota no cQraçéio de Deus - êste amor com que as três Pessoas se amam, êste amor com que elas amam todos os homens. Comunicacla ao coração do homem, ela abrange necessàriamente Deus e tôda a humanidade (a tal ponto, di.z a Igreja, que '

X:I


se eu excluo um só homem do meu amor, expulso por isso mesmo a Caridade ~e meu coração ) . Esta transfusão de caridade, do coração de Deus ao coração do homem; é o Espíritot Santo que a opera (c:f. Rm . 5, 5) . t êste Espirito Santo que, durante as festas de Pentecostes, o Pai e o Filho nos comunicuão com grande abundância, se a nossa oração se manti ver viva e infatigável, como a dos disc ípulos reunidos no Cenáculo ao redor de Maria , sua Mãe. Amigos, penetremos a fu·ndo , durante êstes três dias, no mistério da caridade fraterna . E a alegria de Cr.sto brotará em nós (c:f. Jo. 15, 11 ) , como brotou , junto da Gruta, a fonte inextinguível, porque Bernardette tinha respondido, com o coração pressuroso, ao convite da Senhora. HENRI CAFFA'REL

X II


ORAÇÃO DOS PEREGRINOS

(r)

Dirigi nossos passos no caminro da pas e da prosperidade , Senhor onipotente e misericordioso; e que o Anjo Rafael nos acompanhe, para regressarmos em paz e alegria. V. Senhor, tende piedade de nós. R. Cristo, tende piedade de nas. V. Senhor, tende piedade de nós.

Pai nosso .. . V. Bendito seja o Senhor de cada dia. R. Que o Senhor nos endireite os passos no cammho da salvação.

V. Senhor, mostrai-nos os vossos caminhos R. E ensinai-vds as vossas veredas. V. Oxalá plldesse dirigir bem os meus passos R. E guardar os vossos preceitos.

(1 )

Oração extraicta do Ritual: "Orações do Itinerário" (V. no Minai Lefebvre)

XIII


v.

As veredas curvas tornar-se-ão direitas

R. E as elevações aplanar-se-ão.

v.

Deus ordenou a seus Anjos

R. Que te guardassem no caminho.

v.

Senhor, ouvi a minha oração

R. E meu clamor chegue até vós. V. O Senhor seja convosco R. Convosco também . ORAÇÃO - ó Deus, que guiastes o vosso servo Abraão, fora· da cidade de Ur, ·n a Caldeia, e o tomastes a vdsso cuidado em tôdas as suas jornadas , guardai-nos assim também; e sede a nossa proteção na partida , alento na viag~m . refrigério no calor, manto contra a chuva e o frio , conforto na fadiga , ,defesa na adversidade, bordão nos caminhos perigosos, :porto no naufrágio, para, sob a voJSa guarda , chegarmos ao termo da viagem e regressarmos sãos e salvos. Atendei nossos rogos , Senhor, e disponde v~ssos servos a caminhar com proveito no caminho da salvação para•, no ·meio das dificuldades da jornada. e vicissitud.e s da vida, sermos amparad'o s no vosso socorro.

XIV


Fazei, Senhor, que vossa família avance no caminho da -.alvação e que, de acôrdo com a's exortações de São João Batista, siga após aquêle que anunciou Jesus Cristo, Nosso Senhor, que convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo. Que a paz e a bençõo de Deus todo-poderoso, Pai, Filho e Espírito Santo, desçam sôbre vós e permaneçam sempre. AMtM.

I,

XV



'·hoje veio a salvação a esta casa" "quem vos recebe, a mim recebe"

"Entrando em Jeri<:ó, Jesus atravessou a <:idade. Nisto apare<:eu um homem <:hamado Zaqueu que era chefe de publiçano~ <e pessoalmente ri<:o. Procurava êle ver quem era Jesus e não 1Podia, devido à multidão, por ser de pequena estatura. Correndo à frente, subiu a urn si<:ômoro, para O ver, porque devia passar por ali. Logo que <:hegou ao local, Jesus levantou os olhos e disse-lhe: Zaqueu, desce depressa, pois hoje tenho de ficar em tua casa. Ele desce.u rõpidamente e recebeu-O cheio de alegria. Ao verem aq:~ilo. murmuravam todos entre si, dizendo que tinha ido hospedar-se em casa de um pecador. Zaqueu estacou e disse ao Senhor: Senhor, eu dou aos pobres metade do.s meus bens e, se de.fraudei alguém em qualquer coisa, devolvo-lhe o quádruplo! Respondeu-lhe Je;sus: Veio J.oie a salvação para esta casa, porqu~ é~te também é filho de Abraão, pois o filho do homem veio procurar e salvar o que estava perdido". ( Luc. 19,1-1 O).

"Que a pequena reunião mensal seja tôda acolhimento. Cristo está no meio de nós, cheio das riquezas das Suas ptomessa'S ... Vem-ne~s comunicar o Seu amor ao Pai que quer exprimir através de nós, vem-nos comunicar o Seu amor aos homens que quer salvar através de nós".

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ASSEMBLÉIA CRISTÃ ASSEMBLÉIA MISSIONARIA Ainda não podemos comentar hoje estas palavras: Assembléia cristã - Assembléia missionária. Mas gostariamos que ficassem desde já associadas no nosso espírito. Assembléia de louvor, a "'.ssembléia de cristãos que se reunem em nome de Cristo é também uma assembléia de salvação. Cristo, chefe da assembléia, deu uma missão aos seus apóstolos, comunica àqueles que se reunem em Seu nome a Sua impadência missionária, o Seu desejo de salvar os homens. · 1

:

l!l na medida em que cada pequena assembléia está ligada a grande assembléia que é a Igreja, que será verdadeiramente missionária: dêste modo como se torna importante tomar sôbre si as necessidades da Igreja, conhecer as diretrizes e as intenções da oração do Santo Padre, as orientações dos Bispos ...

O padre, Assistente da nossa equipe, será aquêle que melhor do que ninguém assegurará o laço entre a grande Igreja e a nossa pequena assembléia: fará com que esta pequena assembléia seja animada pelo sopro da Igreja, pelo desejo do Reino de Deus. Mas é necessário que estejamos atentos, ávidos de receber e de comunicar a vida da Igreja. - A pedido dos casais, certo assistente dá, todos os meses, em poucos minutos durante o jantar, as noticias principais da Igreja, recolhidas das "InformaCiones católicas internacionales".

- Em muitas equipes o grandes intenções da Igreja.

Assistente

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inclUi na oração as


LEITURA

l!: na linha da grande tradição da Igreja que se insere a no::.sa oraçao na reunião de equipe. As frases que vamos lett, a seguir >tjudar-nos-ão a compreender o significado de cada uma das suas partes e · a fazê-la melhor. Talvez nos dêem também uma orientação para. a oração familiar. Tirámo-las de "L'Assemblée chrétienne à l'ãge apostollque" por Henri Chirat (Ed. du Cerf) . Reconhecerão através delas. que a oração se realizava nn.s cusas e que compreendia oração espontd.nea, leitura da palavra de Deus, instrução, clinticos e siléncio.

"Logo depois da Ascensão os primeiros discípulos, tendo voltado a Jerusalém, reuniam-se na sala alta de uma casa para lá orar. . . Com o rápido aumento do número de fiéis, mesmo em Jerusalém, não bastava uma só casa: os discíp-ulos reuniam,..se por famílias ou grupos nas diferentes moradas. Os Atos dos Apóstofos assinalam que na casa de Maria, mãe de J~ão Marcos e tia de Barnabé, vários fiéis rezavam em comum quando Pedro foi . liberto da prisão. Fora da cidade santa, os cristãos reuniam-se habitualmente em casa dos primeiros convertidos, como em casa de Lí.dia em Filipos, na casa de Estefânio em Corinto .. . " "A oração dos primeiros cristãos era normalmente dirigida Pai, em nome de Jesus Cristo; mas a oração ao Pai não exclui a oração a Cristo que está sentado à direita de Deus, que é, !te próprio, filho de Deu~, Deus e Senhor. Não tinha Jesus Cristo encorajado os discípulos a recorrerem a !le?. . . Quer seja dirigida ao Pai ou ao Senhor, a oração cristã compreende, tal como o culto judeu, o louvor, a ação de graças e a petição". 110

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"O principal objetivo da oração de petição é a realização do plano divino sôbre tôda a humanidade e sôbre os ind'ividuos em particular. A intercessão da Igreja ( Igreja quer dizer Assembléia) .eleva-se em favor de "todos os santos" e da fsrael de Deus ou Corpo de Cristo. Mas não abandona os judeus e os pagãos que devem ser "conquistados" e salvos. Porque o combate vitorioso que os há-de submeter à fé e onde intervem mais a fôrça divina do que o esfôrço humanc>, se trava tanto na oração como nas tarefas concretas de evangelização. Esta inte rcessão qu e envolve, c ·mundo inteiro , menciona especialmente as autorida.de11 civis po r. ,.a usa da sua dignidade e das suas rellponsabilidades . . . Os pe~­ !Seguidores da Ig re ja estão compreendidos na oração oficial, c<.!mo tem de estar na oração de cada um , os inimigos e adversários particulares . . . A oração cristã implora o perdão com assiduidade porque a ma ior miséria que pesa ao homem é o pecado" . "Nestes 'J)rimeiros temp·os, a expressão da ora~ão é , muita!! vezes, deixada à improvisa~ão da cada um·, sob a inspira~ão do Espírito Santo. Contudo há fórmulas fixas que tôda a gente sabe de cor. A recomendação feita por S. Paulo para "glorificar Deus com uma só voz" não se poderia explicar doutra forma. Olr hino~r .e cânticos es;pirituais que os efésios e colossenses são convidados a praticar, são textos fixos, conhecidos por todolr, e que talvez ~antassem em coros alternados". "Sem dúvida que as leituras do Antigo Testamento, depois as epístolas dos Apóstolos e os Evangelhos, à medida que iam sendo redigidos, surgiram nas assembléias cristãs dos primei ros séc:Üios" . "Nas sinagogas a leitura sagrada e ra normalmente seguida de uma homilia que explicava e convidava os ou.,intes a pô- la em prática . . . Dizem-nos que em Jerusalém os prim.eiros conver ,tidos eram assíduos aos ensinamentos dos apóstolos e êstes tiveram )11.. ·s e libertar dos serviços de assistê ncia para se entregarem à oração e ao ministério da palavra . . . Fosse como fosse, o sermão não foi apresentado aos ouvintes pelos Apóstolos e seus suces-

-

18 -

Ç


,sores como palavra humana mas como uma palavra de Deu:s". "S. Paulo, que na prisão, em Filipos, cantava com Silas os louvare; a Deus recomendou por duas vezes o canto. Cristo também cantou a Hallel com os 11 Apóstolos, na noite de Quintafeira Santa, na primeirOJ celebração da Eucaristia. Além dos salmos iríspirados e outras passagens do Antigo Testamento que lhes &ão comparáveis na execução, os cristãos cantavam os cânticos que o Evangelho de S. Lucas nos conservou e outras composições que eram improvisadas ou cujo texto e melodia tinham sido previamente estabelecidos o

o

o "

"A oração comum, a que por vezes o canto vinha dar in.tensidadEI e calor, compreendia tempos de silêncio. Porque no ~ulto coletivo tal como na oração privada (e nas relações entre os homens) há um tempo para falar e um tempo para se calar, um tempo para exprimir oralmente a sua oração e um tempo para dialogar silenciosamente com Deus, quer dizer para se Lhe dirigir sem o ruído das palavras, e para escutar o que em certos instantes Lhe compraz confiar apenas ao mais íntimo do homem O que escuta está na posi!;ão daquele que recebe, manifesta com o seu silêncio a sua reverência, faz um ato de submissão". o

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PARA VIVER MELHOR OS ESTATUTOS

Reconhecem Nêle o chefe e Senhor de seu lar. Fazem de seu Evangelho o fundamento da prõprto família. Querem que o seu amor, santificado pelo sacramente do matrimônio, seja -um louvor a Deus, - um testemunho aos homens - demonstrando-lhes com tôàa a evidência, que Cristo salvou o amor, - uma reparação dos pecados contra o Matrimônto.

Se o Senhor não edificar a casa, é em vão que trabalham os que a edificam ... Sal. 126 O homem deixará pai e mãe, ligar-se-á à mulher e passarão os dois a ser uma só carne: é grande êste mistério. Ef. 5,31-32 Não separe, pois, o homem o que Deus uniu. Mt. 19,6 Maridos, amai as vossas mulheres como Cristo amou a Igreja e se entregou a Si mesmo por ela. Ef. 5,::!::' o marido é a cabeça da mulher, como Cristo é a cabeça da Igreja, ll:le que é o Salvador do Oorpo. Mas, como a Igreja se submete a Cristo, assim também as mulheres se devem submeter em tudo aos maridos. Ef. 5,23-::!4 Ame cada um a sua mulher como a si próprio; e a mulher respeite o marido. Ef. 5,3::! -20-


E Deus abençoou-os dizendo: Reproduzi-vos e multiplicaivos e enchei a face da terra e sujeitai-a. Gen. 1,28 E vós, os pais, não exaspereis os vossos filhos, mas educaios com disciplina e advertências que se inspiram no Senhor. Ef. 6,4 Deixai vir a Mim as criancinhas; não as estorveis, porque dos que são como elas é o Reino de Deus. Marcos 10,14 Quem ama o filho ou a filha mais do que a Mim, não .e digno de Mim. Mt. 10,37 É por isto que todos saberão que sois Meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros. Jo. 13,35 Do mesmo modo, o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida em redenção de muitos. Mat. 20,211 (Foi-vos concedida a graça) não só de acreditardes n'Ele, mas também de sofrerdes por ~le. Fil. 1,29

Mas alegrai-vos, na medida em que participais nos sofrimentos de Cristo. IP. 4,13

Agora rejubilo-me no meio dos sofrimentos que suporto por vós e completo na minha carne o que falta às tribulações de Cristo. Col. 1,24

Orai uns pelos outros, para que serdes curados. Tiago 5,16

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a leitura do editorial Escreve-nos um casal de ligação: "Ficamos frequentemente impressionados com o fato de poucas equipes e seus membros ligarem verdadeira importância a esta obrigação. Vamos dar-lhes algumas frases tiradas de relatórios de equipes, que recebemos: - Um ficou chocado por se pôr no mesmo plano, n as obrigações dos Estatutos, uma obrigação importante como a Regra de vida e uma "obrigação sem importância nenhuma" como a leitura do editorial. - Deixámos a obrigação da leitura do editorial para o fim, por se.r a menos importante de tõdas. - Não fazemos partilha sôbre a leitura do editorial porque essa obrigação não interessa a ninguém e que, na realidade, tõda a gente o lê; aliás nunca se fala nisso. Assim, foi com agradável surpresa que ouvimos um dia o membro de uma equipe recente dizer em plena reunião : "Mas, afinal, para que ser\'e essa Carta Mensal? Nunca se fala nela nas reuniões? Não se pode discutir o Editorial aqui? Acrescenta êste casal de ligação : Talvez vocês sejam um pouco responsáveis por estas negligências e estas reações ..: nunca falam nesta obrigação, não explicam o seu significado e valor ... " lt verdade que pouco falamos, na Carta Mensal, acerca da leitura do editorial. Devem imaginar, entretanto, que o Editorial está ali por outro motivo que não o de encher as nossas primeiras páginas! Quantas vezes não se terão ouvido, na equipe, frases como esta: "O Editorial! lt claro que li mas ... deixa ver ... qual -22 -


era? De que falava? E tôda a gente começa a pensar sem se conseguir lembrar. Qual é o sentido da obrigação que manda ler o editorial, obrigação que é muitas vezes considerada fáCU, talvez por ser encarada com certo formalismo? Porque se fez dessa leitura uma obrigação, quando se procurava não as multiplicar? Um plano muito esquemático contribuirá para mostrar claramente o porquê e o como. O QUE É O EDITORIAL É

a carta de um padre do ·centro Diretor, inspirada em: as fraquezas descobertas, os impulsos a dar, as necessidades àas equipes, as necessidades da Igreja.

Esta carta tem como objetivo: Corrigir um possfvel desvio, assinalar um esforço a realizar em comum, acentuar o que de momento é mais impo1·tante.

Esta ação, ligada às circunstâncias, não pode estar codificada pelos Estatutos. A leitura do Editorial é, em suma, uma margem de elasticidade que dá flexibilidade aos Estatutos e que permite a s.ua adaptação às circunstâncais do momento. A LEITURA É OBRIGATóRIA

Porque esta obrigação? 1 Porque as Equipes são um Movimento de espi"ritualida·· de e é conveniente alimentar os seus membros de mês a mês e de ano a ano; Porque a obrigação assegura a. unidade do Movimento provocando uma meditação comum, um esfôrço comum.

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COMO SE DEVE FAZER Ler com atenção: poderemos sentir-nos satisfeitos quando na altura da partilha dizemos: "Li a Carta Mensal, logo . li o Editorial"? Uma equipe compreendeu-o bem, ao assinalar num relato mensal da reunião: "Partilhámos sobretudo aôbre a leitura do Edito1ial. Parece que até agora esta le1tura era feita bastante à pressa quando a Carta chegava. Depois, não .'!e voltaw.1. a pensar nela. Tomou-se imediatamente a resoluc:ão de fazer a leitura do Editorial depois de um momento de oração, para se estar em estado receptivo. Decidimos também falar dela, marido e mulher juntos, e no pôr em comum õ.a equipe. Sugerimos, fmalmente, que a re. dação da Carta acentue em uma palavra o espírito com o~ue deve ser Hdo o Editorial. Por exemplo: "Ler e refletir todos oil meses ..." Esforçar-se com tôda a lealdade, em fazer com que a nossa reflexão e conduta, individualmente, em casal ou em

equipe, conforme o assunto, sejam o reflexo do <a,ue lemos. Em muitos rasos o Editorial ajudar-nos-á a fixar a nossa 11egra de vida, a dar assunto para o "dever de sental\-se••, a alimentar o pôr em comum, a entrar melhor no espírito do Movimento. Assim concebida, a obrigação de ler o Editorial não nos. deve aparecer como v.ma "obrigação menor" de que nos livramos depressa. Está ligada a todas as outras, que ajuda a esclarecer e cumprir melhor. Dá a todas as Equipes do Movimento um mesmo impulso que contribui para lhes dar alma comum. "PARTILHA" E EDITORIAL

Infelizmente, sôbre êste ponto, os relatorios são muitas vezes mudos. Seria útil saber-se quais as repercussões dos Editoriais na vida dos casais e das equipes. Contentemonos com algumas sugestões: que os casais falem, na altura da partilha, das desco-24-


bertas que fizeram através do Editorial e do que foram levados a modificar na sua vida; que os responsáveis f~am com que os casais da sua equipe falem sôbre o Editorial e que nos relatórios mensais dêem conta das reações ou das realizações devidas a êste ou aquêle Editorial; que os casais de ligação saibam interrogar os casais responsáveis sôbre êsse assunto.

DIALOGO

NA ORAÇÃO FAMILIAR: "Em nossa casa a oração espontânea não tem tempo nem lugar marcado. Pode surgir a propósito de uma intenção, de um texto evangélico, do exame de consciência, duma conversa do dia, de que recordamos o essencial. Surge ou não surge. Em geral é breve e sem eloquência Mas falamos a Deus com seriedade. como a Alguém que 'está ali ver_ dadeiramente e a Quem temos realmente qualquer c·o isa para dizer. E tôda a gente ouve com a mesma seriedade, sabendo que o que fala está dialogando com Deus. Não se trata de um testemunho, de uma exibição em público, mas das palavras de um homem, que não seriam pronunciadas noutro sitio, c que todos guardam no coração para as fazer frutificar". Não é assim que deveremos proceder na oraç4o conjugal, familiar, na cn"ação àa equipe r

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DISCRIÇAO E CARIDADE

"Se alguém, durante a oração, expõe a Deus qualquer preocupação pessoal, poderão os outros sentir-se "automàticamente" autorizados a intervir depoi~, com perguntas e conselhos, por mais sinceros que sejam? Não concordamos, com fraqueza. A oração continua a ser uma conversa com Deus: a oração pessoal feita diante dos outros apoia-se na fé de todos e tira dela uma nova fôrça, mas dirige-se a Deus e não aos outros. 1 Para que possamos abordar na conversa as dificuldades dos outros que só pela oração conhecemos, é preciso que os interessados mostrem êsse desejo''. 1: uma questão de discrição e de caridade. As vezes pode ser mais caridoso falar, se não na reunf4o pelo menos du,rante uma ron·t:e.rsa particular. Quando se fez um esfôrço para revelar qualquer coisa íntima diante dos outros, taltvez seja bom sentir a ressondnciOJ que isso pode ter t-ido e o interess~ que d esperta. 1!1 então preciso procurar acima àe tudo o que o outro pode querer e o qt~-e pode ser bom para ~le.

DIFICULDADES EM SE EXPRIMIREM:

"Temos grande dificuldade, embora marido e mulher, em comunicar o nosSO! intimo um ao outro. Encontrei um prinCipio de solução escrevendo. Foi assim que comuniquei à minha mulher as notas e reflexões tiradas durante o nosso último retiro. Foi mais fácil depois discutir assuntos cujos aspetos mais comunicáveis eram assim conhecidos". Não poderá este método simples ser fi,til a alguns. especialmente para preparar os "dever 'd e sentatr-se'' di_ fíceis e as discussões do tema de estudo '!

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ORAÇÃO PARA A PROXIMA REUNIÃO

TEXTO DE MEDITAÇÃO :

"Se dois de vós sôbre a Terra se unirem para pedir alguma jCOisa, ser-lhes-á concedido por Meu Pai que áõtá nos Céus. Porque, onde estõo dois ou três reunidos em Meu 'Nome, aí estou Eu no meio dêles". - Mt. 18, 19 - 20. Formulemos em silêncio um ato de fé nesta presença de Cristo entre nós e depois escutemos a oração que nos ensinou . (0 Pai Nosso deve ser lido lentamente pelo Assistente, uma frase de cada vez, que nós repetiremos depois). Pai Nosso que estais o Céu, Santificado seja o Vosso Nome, Venha a nós o Vosso Reino, Seja feita a Vossa Vontade, assim na Terra como no Céu. O péio nosso de cada dia n~ dai hoje. Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido. E não nos deixeis cair em tentacéio, Mas livrai-nos do mal. AMfM. •

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ORAÇÃO LITúRGICA

Um pequeno excerto, que nos vem de um dos primeiros papas, São Clemente (fins do 1.0 século), ajudar.nos-á a alargar a nossa oração e a torná-la aberta a tôdas ,as misérias: Tu que multiplicas as nações da terra E que escolhes, nos teus povos, os que Te amam 1por Jesus Cristo, Teu Filho muito amado, Que através d'!le nos instruistes, santificastes e honrastes. Nós Te suplicamos, ó Pat; sê o nosso socorro e o nosso auxílio; Salva os que se acham aflitos, Tem piedade dos humildes, Levanta os que caíram, Revela-Te aos que passam necessidades, Cura os enfermos, Reconduz: os que se afastaram do Teu povo, Sacia ·os que têm fome, Liberta os prisioneiros, Restaura os que não têm fôrças, Consola os desanimados. Que "todas os povos reconheçam que só Tu és Deus, Que Jesus Cristo é Teu Filho e que nós somos o Teu povo"

AMÉM.

-28-



po~ \U\\~ espi~lhJ"'II~e conj\19~1 e f~mlhAR

CENTRO DIRETOR . Secr. Ceral . BRASIL

.

Secretariado

.

20, Rue des Apennins . PARIS XVII

Rua Paraguaçú, 258

SÃO PAULO 10


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