ENS - Carta Mensal 1965-7 - Julho e Agosto

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Editorial Apólogo O Compromisso nas E. N. 5. Leitura Cinco minutos por d ia O Casal, riqueza da Igreja Pa ra viver melhor os Estatutos A refeição da equipe Vida da equipe fora das reuniões Oração

~ra

a próxima reuniõo


Publicação mensal das Equipes de Nossa Senhora Casal Responsóvel : Nancy e Pedro Mancou Jr. Redação e expedlçao: Ruo Paraguaçú, 258 São Paulo 10 SP

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Com aprovação eclál6stlca


EDITORIAL

"APÓLOGO"

Já que, segundo dizem, é muito elucidativo, quero voltar a falar-lhes do apólogo que contei às equipes parisienses durante um dos seus encontros gerais. A Senhora Fulana de Tal vem ao gabinete do Diretor matricular o seu filho Ruy. Senhor Diretor, espero que concorde com o fato de Ruy não vir nos sábados à tarde. Meu marido preocupa-se muito com a educação estética do filho e insiste em que êle visite, todos os sábados, os museus de Paris. Peço imensa desculpa, minha Senhora, mas é-me imposs:vel aceder ao seu pedido. A nossa tarde livre é a quinta-feira. E por que não aos sábados? A escolha de quinta-feira é arbitrária. Concordo consigo. Há uma certa arbitrariedade nesta escolha de quinta-feira. A Senhora prefere o sábado, o farmacêutico sem dúvida prefere a segunda-feira porque nesse dia fecha a farmácia e poderia ir passear com os filhos. E' preciso escolher. Os mesmos -

seis meses depois.

Com grande pena, minha Senhora, não posso continuar a tê-lo aqui. Apesar de tôdas as nossas observações chega normalmente atrasado na parte da tarde.


Meu marido e eu achamos que uma hora de sesta depois do almôço é necessária para um certo equil.brio fisico e P'Siquico. Aliás tem de reconhecer que o trabalho do Ruy não ficou prejudicado pois tem sido o melhor desde o início das aulas. E' evidente que o seu trabalho não foi prejudicado. Mas se não se defender a disciplina cair-se-á na anarquia e todo o colégio sofrerá com isso. Peço-lhe que compreenda. Nós queremos to· mar o compromisso de levar até ao fim do curso as crianças qu" nos são confiadas mas é preciso que os pais, pelo seu lado, tomem o compromisso de respeitar as nossas condições de horário, de programa e de disciplina. Terei de explicar mais? Quando um grupo de casais se liga às Equipes de Nossa Senhora, sentimos profundamente no Centro que assumimos uma responsabilidade, que nos comprometemos a ajudá-lo na sua procura de Deus. Talve:z; nunca tenham pensado nisso a sério? Mas não podemos assumir êsse compromisso se não tivermos d.s meios de o levar a cabo: os Estatutos e as suas obrigações. Que há uma certa arbitrariedade na escolha de algumas obrigações dos Estatutos - como no colégio a quinta-feira - é verdade. Por exemplo, poderia ter-se adotado um outro ritmo para o "dever de sentar-se" (quin:z;e dias, dois meses . .. ) • Foi preciso escolher. Também não discuto que determinado casal possa alcançar profunda vida interior sem fa:z;er um retiro por ano. No entanto não se cria uma regra para os casos especiais mas para o conjunto. E para o conjunto pareeu-nos essencial esta obrigação do retiro anual. Admitir que alguém se possa subtrair ao seu cumprimento a pretêxto

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de que não tem necessidade dela (aliás, discutível) é abrir a brecha por onde se escapariam aquêles a quem custa cumprir esta obrigação. E' por êsse motivo que pedimos àqueles que pensam poder dispensá-la que a cumpram como todos os outros. Retomo a minha idéia. O Centro Diretor, quando admite uma equie nova, assume por isso mesmo um compromisso perante ela, o compromisso de a ajudar no caminho de Deus - e asseguro-lhes que a certa altura êste compromisso não nos parece leve. No entanto só estamos em condições de o manter se a equipe respeitar a disciplina do Movimento. E' por isso que lhe pedimos que se comprometa também. Estou convencido que é uma segurança para voe~ que o Centro Diretor saiba e queira comprometer-se a ajudá-los no caminho de Deus. Acontece o mesmo conosco, sabendo-os "comprometidos". HENRI CAFFAREL

O Compromisso nas Equipes de Nossa Senhora. Leram o Editorial? Sem dúvida! Pois bem, então leiamno outra vez, meditem nêle, para poderem discutí-lo na próxima reunião de equipe. Foi para isso que o escolhemos para esta Carta Mensal n. 0 11, em que tencionamos falar do compromisso nas Equipes de Nossa Senhora. A equipe já foi admitida há per to de um ano. A partir de agora, precisa ir pensando no seu compromisso. Quando vocês fizeram o pedido de admissão da equipe,

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deram um primeiro assentimento: fazer uma experiência completa e leal, para ver se as Equipes de Nossa Senhora os ajudavam a "avançar no caminho de Deus"; procuraram ver, então, se era da vontade de Deus que fizessem esta experiência. Agora, antes do pedido de compromisso da equipe, pedido que deve ser feito nos próximos seis meses, prcisam pensar novamente no problema e, sobretudo, procurar discernir a vontade ãe Deus sôbre o casal. Devemos ou não fazer o compromisso com êstes casais que estão conosc·o, de respeitar os Estatutos das Equipes de Nossa Senhora. ele penetrar mais a fundo na viela dês te Movimento?" O compromisso não deve ser qualquer coisa de "nôvo"; é o têrmo de um ensaio leal e corresponde a um certo chamamento. Implica adesão, não apenas a um texto _ os Estatutos - mas a um Movimento. Encontrarão nestas páginas algumas notas sôbre o compromisso que os ajudarão a refletir. Numa das próximas reuniões da equipe, trocarão idéias sôbre êste assunto, para o que é muito oportuno que façam desde já um "dever de sentar-se". No n.• 15 desta Carta Mensal, voltaremos a f alar no compromisso, e faremos considerações sôbre a cerimônia que o deve acompanhar, dn.ndo-lhes ainda, algumas noções acerca da sua renovação anual.

PRIMEIRA PARTE DOS ESTATUTO'l

Antes de mais nada, voltemos a ler a primeira parte dos Estatutos, para ver se estamos de pleno acôrdo com aquilo que nos propõem: Multiplicam-se os casais que asp)iram uma vida integralmente cristã. Alguns dêsses últimos fundaram as Equipes de Nossa Senhara. Ambicionam levar até o fim o comprornisso de seu Ba-

ti.mw. 4


Querem viver para Crnto, com Cristo, por Cristo. Entregam-se-LHE, sem condições. Resolvem servi-LO sem discutir. Reconhecem '11á1JLE o chefe e Senhor de seu lar. Fazem de seu Evatngelho o fundamento da própria fa-

mília. I Querem que seu amor, santificado pelo Sacramento do Matrimônio, seja um lO'UVor a Deus, - um testtnnunho aos homens1 demonstrando-lhes, com t6da a evidência, que Cristo salvou o amor; uma •reparação dos pecados contra o Matrimônio. Querem ser, por tôàa a parte, os missionários de Cristo. Devotados à! Igreja, querem estwr sem,pre prontos a responder aos apelos de seu bispo e de seus sacerdotes. Quere-m ser competentes na própria profissão. Querem fazer de tôàas as suas atividades, uma colaboração à obra de Deus e um serviço prestad:o cvos homens. Porque conhecem a própria fraqueza e a limitação das próprias fôrças) como também da boa vontade que os anima; porque a experiência ·de todos os dias pro'IXJJ-lhes o quanto é dificil viver como cristãos nwm muwdo pagão, e porque depositam uma fé ir.,iefectivel no poder do auxílio mtUuo fraternal,

decidiram unir-se em Equipe Tais equipes nã.o são abrigos para adultos bem intenqionados, mas sim corpos de guerrilheiros, compostos de ooluntP.rios. Ninguém é o1:4figado a ingressa,r nas Equlpes ou nelas permanecer. Quem delas fizer parte, porém, deve com lealdade fazê-lo francamente. QUE t O COMPROMISSO?

Lemos ainda nos Estatutos:

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"Após um ano pelo menos, a equipe fará o seu pedido C0'1114Jromisso. Se éste fôr aprovado, os casais t:la nova equipe, na presença de um -casal designado pelo Centro Diretor, assumirão o compromisso de ab_servar lealmente os Estatutos das Equipes 'de Nossa Berrhora, no seu espírito e na sua letra". Há pois a ad?nissão temporária, nos primeiros meses da equipe, depois o pedido dei compromisso e, finalmente, o compromisso que em última análise, é a admissão definitiva. Só depois deste gesto, a equipe faz parte, realmente, das. Equipes de Nossa Senhora. Que significa a palavra compromisso? Consultemos o dicionário. O compromisso é a obrigação assumida entre duas ou mais pessoas, de se sujeitarem a alguma coisa. Assumir um compromisso, é empenhar a própria palavra. E' "obrigar-se a"; nêste caso, é a própria pessõa que se dá como penhor, como garantia da palavra empenhada. Assumimos um compromisso no dia de nosso casamento. O sacerdote, no dia de sua ordenação. ~e

Há, para o cristão, um compromisso que domina todos os outros: o 'do batismo, que o faz entrar no Corpo de Cristo, na Igreja. E' o primeiro compromisso e todos os outros só se compreendem em referência a êle. Mas a Igreja sempre encorajou as iniciativas (votos, promessas, filiações, etc.) que levem a concretizar na nossa vida os compromissos fundamentais da vida cristã. Foi assim que, já nos primeiros séculos, os ceiiba.tát ios que ouviam o apêlo à perfeição, podiam se consagrar a Deus na vida c·o munitária, ligar-se a uma dessas "escolas de perfeição" que são as ordens religiosas, onde se vivem os CO?Iselhos evangélicos concretizados pelos três votos de pobreza, castidade e obediência. E' assim que os celibatários, os viú'Vos ou Viúvas podem, desde há poucos anos, entrar para um

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:Instituto secular (uma das descobertas do nosso século) onde, continuando a viver no mundo, tomam as mesmas orientações fundamentais dos religiosos, embora adaptadas. E eis que os leigos casados tomaram consciência de que a procura 'd a perfeição não está reservada aos monjes e aos celibatários.· O Senhor dirige a alguns dêles um convite à perfeição, a uma vida tendendo para um amor de D~ sempre maior. Sentem que é dificil e procuram aquilo que os possa ajudar. Aos que sentem esta necessidade, as Equipes de Nossa Senhora propõem o apõio de seus métodos e de seu enquadramento. Depois de uma experiência durante a qual estudam se êste apoio é bom para êles, se é realmente da vontade de Deus que continuem ai, tomam o compromisso de observar os Estatutos das Equipes de Nossa Senhora. Pensam receber assim um auxilio mais eficaz no seu desejo, por vezes vacilante, de caminharem para a perfeição e de viverem plenamente os compromissos do batismo e do matrimônio. Mas o compromisso, no Movimento, tem certas caracteristicas próprias que resumimos a seguir: E' wma promessa - mútua - de se ajudarem uns aos out~os

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para procurarem a perfeição -

das Equipes de Nossa Senhora -

segundo a regra

dentro do Movimento

durante o tempo em que fizerem parte da equipe.

E' pois: 1. Renovar e concretiZar na próp.ria vida os compromiSSO!!! do cristão, pois trata-se de ((levar até o fim os compromissos 'de seu batiSmo". 2. -Fazer um ato de prudência (virtude cristã que não ·é o despreziwl refúgio dos que têm medo, mas. que nos ajuda a ver o fim a atingir, e a adoptar os meios necessários para o atingir). Se reconhecemos que pertencer às Equipes de Nossa Senhora é um meio apropriado para nos levar à perfeição, a. virtude da prudência incita-nos a entrar para elas.

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3. "Entrar para" as Equipes de Nossa Senhora e Pião apenas, fazer a promessa de cumprir certas obrigações. 4. - Aceitar o fim que o Movimento propõe, quer dizer, a perfeição da vida cristã. 5. - Tendo ac·eitado o fim, prometer observar os Estatutos, as suas grandes• diretrizes, as obrigações que propõem. 6. - Tomar sôbi e sí o encargo dos outros casais e querer ajudá-los e ampará-los no seu caminho para a perfeição. 7. - Ser tomado a cargo. O Senhor, perante Quem nos compromissamos, ajudar-nos-á a aceitar e a respeitar a Sua vontade; o Movimento, perante o qual nos comprometemos, toma a responsabilidade de amparar os n01ssos esforços, sob a condição de nós respeitarmos as suas diretrizes (tornar a ver o "Apólogo"); os outros casais assumem o compromisso perante nós, tal como nós perante êles. 8. - Fazer um ato de humildade. Reconhecemos que temos necess·i dade dos outros; em primeiro lugar de Deus, mas também do Movim~nto e dos outros casais da equipe, para sermos fieis à nossa vocação. O compromisso é também um ato de abnegação, através do qual mortificamos o gôs.to excessivo de independências. O compromis.so, é finalmente, um ato de amor a Deus e de submissão à Sua vontade.

Observações: a) Fazemos o compromisso, em primeiro lugar, perante Deus, porque pensamos que é essa a Sua vontade, obedecendo-lhe e m anifestando o nosso desejo de atingir a perfeição. Comprometemo-nos perante o Movimento em quem depositamos a nossa confiança e que nos toma a seu cargo '(ver o Editorial). Comprometemo-nos uns peranrte os outros a fazer todo o possível para nos ajudarmos nesse caminho comum pa.ra a perfeição, dentro do enquadramento que as Equipes de Nossa Senhora propõem. b) Qualquer compromisso implica sanção. O compromisso nas Equipes de Nossa Senhora não obriga sob pena

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de pecado, o que n.ã.'O impede qu6'~ enquanto estivermos no Movimento, estaremos ligados pela nossa promessa. O Centro Diretor pode excluir uma equipe, quando não cumpre as regras do jõgo. c) O compromisso nas Equipes não (! definitivo, pois só nos comprometemos durante o tempo em que fazemos parte da equipe e isto por duas razões: - Somos livres de deixar o Movimento se um dia nos parecer que a vontade de Deus indic"a outro caminho. , - O compromisso é um compromisso de equipe. Se a equipe se dissolver, po.!" qualquer motivo, deixamos de estar -compromissados, já que o compromisso tinha por base a ajuda dos outros casais. Portanto, um casal, já compromissado numa equipe, que tenha de deixá-la, faz novo c.ompromisso na nova equipe e com ela. ~ d) Faz-se o compromisso diante de testemunhas e cumprindo um ritual. O ritual é a expressão da vontade de fazer o compromisso, obriga a uma atitude pessoal, a uma palavra. Uma testemunha recebe o compromisso em nome do Centro Diretor e representa o Movimento que também se compromete perante a equipe. e) O compromisso só é vivo se é desejado todos os dias, renovado, ratificado, pelo menos implicitamente. E' por esse motivo que deve ser renovado todos os anos na equipe. f) O compromisso é um ato do casal, evidentemente. O marido e a mulher devem dar o seu consentimento. Se qualquer dêles, depois de ter refletido e rezado, achar que não o pode fazer, o casal deve normalmente sair da equipe, quaisquer que sejam os beneficios que defa tenha recebido até então. Sair da equipe, aliás, não implica ruptura com os outros membros, pois é até recomendável que a amizade perdure. QUANDO SE DEVE FAZER O COMPROMISSO

Nos Estatutos diz-se: pelo menos um ano depois da 9


admi.s-8'ã.O. Isto continua válido, mas o Centro Diretor deci'diu, em principias de 1958, fixar outro limite: antes 'de acabar o segundo ano. Tem-se verificado, realmente, que muitas equipes se arrastam muito tempo antes de fazerem o compromisso; e a experiência mostra que não é bom, nem para elas nem para o Movimento, pois essas equipes hesitantes e um pouco preguiçosas o entravam geralmente. E' pois, entre um ou dois anos depois da admissão que se deve fazer o c·o mpromisso da equipe, salvo em casos especiais que serão estudados pelos Casais de Ligação e o Centro. ' · E' pois o momento, para a sua equipe, 'd e encarar seriamente o problema do compromisso, de se preparar para êle, de refletirem nêle marido e mulher juntos, tal como já sugerimos. Não esqueçam que "As Eqwipes são corpos de guerrilheiros, compostos de voluntários". Um corpo de guerrilheiros age depressa e com firmeza, depois de ter amadurecido os planos de ataque.

LEITURA CINCO MINUTOS POR DIA

Não resistimos ao desejo de transcrever, êste texto do Padre Caffarel publicado no l'Anneau d'Or. Oxalá que os mova a ler o Evangelho. . . 5 minutos por dia. 10

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"Conheci-a solteira. Gostava muito, então, de ler e meditar todOIS os dias. Já casada, vinha confessar-se, mas ab;rndonara a leitura espiritual e a meditação. Eu voltava à carga regularmente, levando-a a verificar que a sua vida espiritual estiolava porque já não a alimentava. Contudo, ouvia-a sempre cfiser: "Vi-se bem que não é casadof E' claro que as mamadeiras, os mingáos, as fraldas, as coqueluches, não significam nada para o Senhor. Um dia disse-me, em ves da resposta habitual: "Está bem, ieja. Que quer que faça?" Respondi-lhe: " Quando sair da Igreja, vá a uma papelaria e compre um lápis vermelho. - ?f - Quando chegar em casa arr;rnje um lugar onde tenha sempre a certesa de poder encontrar o lápis vermelho e os Evangelhos. Depois leia todos os dias o Evangelho durante cinco minuto1, nem mais nem menos. Faça essa leitura obedecendo a um objetivo, que pode ser a caridade fraterna, a penitência, as relaç6es de Cristo com Seu Pai, ou qualquer outro assunto, e sublinhe a vermelho todos os textos que se refiram ao tema escolhido". Convencida que uma mãe pode encontrar um guia de educação nos fatos e palavras do Evangelho, começou a procurar todos os textos que se referissem à educação. Passaram os meses. Cinco minutos por dia, ia lendo conscienciosamente o Evangelho, de láp~s em punho. Às vêses confessavame que tinha ultrapassado os cinco minutos regulamenta•es. "Mas então, minha Senhora, já não pensa nas mamadeiras, nos mingóos, nas coqueluches .. . , já não significam nada para a Senhora? Terminada a leitura, passou para fichas as passagens sublinhad<is, sempre durante cinco minutos por dia. Depois classificou as ficha~ e trouxe-me triunfante o seu pequeno tratado de educação segundo o Evangelho. !ste trabalho tinha-a apaixonado de tal forma que conseguiu transmitir a sua paixão ao filho mais velho (8 anos), que em breve


estava mestre em ciências evangélicas! Eu po;óprio o verifiquei, com certo embaraço. Certo dia , durante uma refeição, o pequeno perguntou-me: "Senhor Padre, posso fazer-lhe uma pe rgunta sôbre o Evangelho"? Com certo contentamento preparei-me para lhe transmitir minha ciência .. . "Quantas espoécie's de animais há no Evangelho"? "Uhm . . . olha, Luiz . . . uma dúzia ... " "Uma dúzia? Há trinta!" E o Luiz enumerou em boa ordem a caravana dos anima is evangélicos: o camelo, o porco, o burro, o mosquito . . . A mãe gozava uma deliciosa vingança . . . e eu .. . uma amarga confusão. Gostaria que cada um de vocês consegu isse consag ~ ar cinco minutos por dia à leitura do Evangelho. Com fran queza , ach am que isso é impossível, mesmo numa vida muito sobrecarregada? Eu 11ão acho, e quanto aos resultados , garanto-lhes que o Eva ngelho se •ornará o seu grand'e amigo.

Jesus merece ser adorado e amado por Si próprio. Merece que se perca tempo por Sua causa, mesmo que haja no mundo sê res q ue choram e sofrem. Kíi nma "perda de tempo" por amor , como à J vêzes nos parece ser o ato de oração, possibHidade de verificar o valor da nossa fé na t ranscendên cia divina e de purificar as nossas relações com os homens". R. Voillaume, Fermento na massa.


SUPLEMENTO à Carta Mensal

das Equipes de Nos~a Senhora JULHO-AGOSTO, 1965

DE VOLT A DA PEREGRINAÇÃO Glória e João Poyão Luz, Esther e Morcello Azevedo, voltaram do Europa, onde foram, como delegados dos Equipes do 6rosil, poro o grande Peregrinação o Lcurdes. Primei ramente hóspedes de nossos equipistos de Lisboa, foram em seguido o Lourdes, Roma e Paris. Encantados e agradecidos pelo acolhido fraternal QUe tiveram em todo o porte, comunicam-nos, nas páginas a seguir, as impressões que trouxeram do grandioso Peregrinação ao Santuário de Nosso Senhora, em Lourdes, do Sessão de Quadros reolb'odo em Roma e, finalmente, do emocionante audiência concedido por 9uo Santidade Paulo VI.

Após um ;;no inteiro de preparação, realizou-se em Lourdes a última. etapa da Peregrinação das Equipes de Nossa Senhora. Com muita oração, sacrif'cios e virtudes cristãs, particularmenI


te pela leitura meditada dos Santos Evangelhos, os casais das Equipes de todo o mundo procuraram compreender e traduzir em sua5 vidas o altc, significado espiritual de uma PEREGRINAÇÃO. Peregrinação é um movimento do homem á procura de Deus: "Ninguém jamais viu a Deus; se nos amarmos mutuamente, Deus permanece em nós e o seu amôr em nós é perfeito" ( 1 .a João IV, 12).

A grande composição ferroviária, que levou cerca de 3.500 casais para bem junto da Gruta onde, pela própria Virgem Santis· sima, foi confirmado o dogma da sua Imaculada Conceição, foi o TREM DA ESPERANÇA! Naquele trem que nos levou a Lourdes, quanto5 desejos, quantas necessidades, quantas esperanças! . . . As nossa.o; e as de todC>s os demais que, por certo, eram inumeráveis: Os que conhecemos; os que, de uma ou outra forma, nos foram confiados; os que adivinhamos, quando se pensa em todos os "pobres" da te rra .. . Todos estavam presentes em nossas orações, porque em nossos corações acolhemos a todos e, particularmente, as centenas de milhões de casais de todo o mundo: Agradecimentos, necessidades, anélos mas, sobretudo, o Plano de Deus sôbre cada um deles é que levava m?s em nosso pensamento e em nossos corações. Embora ignorados de muitos - inclusive de casais cristãos esse:; Planos de Deus sôbre êles constituíram nossa grande Esperança ! O Prcgram'l dos três dias da Peregrinação foi todo ele preparado e executado de modo a ajudar-nos a penetrar profundamente e viver com intensidade o mistério do Mandamento Novo - CARIDADE FRATERNA .

Como vocés sabem , deixamos tudo para ir à Europa, a fim de representarmos as Equipes do Brasil na grande Peregrinação a Lourdes. Este fa to representa uma grande vitória do aux lio mútuo entre

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equipistas brasileiros e de além mar, pois sem esta prova de solidariedade supra-nacional seria impraticável para nós uma viagem assrm tão longa e onerosa. Partimos do Brasil com destino a Lisbôa ("Vôo da Amizade", mantido por um acôrdo entre VARIG e TAP), afim de lá nos incorporarmos ac grande número de equipistas portuguêses que participaram da "Caminhada" para o Santuário da Virgem-Mãe Senhora Nossa, em Lourdes. Foi uma inesquec ·vel jornada, miniatura fiel da Igreja Peregrinante, durante a qual, do fundo de todos os corações, plenos de Esperança, erguia-se como uma só préce: Senhor, ouv.-nos, para que fatigados não deixemos de vos procurar ... a Vós que nos destes sempre a Esperança de sempre mais Vos encontrarf -

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Foram vinte e quatro horas de viagem de trem, para os que saíram de Lisbôa; trinta ou mais horas para outros peregrinos qu~ vieram de diferentes pontos da Espanha, da Itália, Suissa, Alemanha etc. Havia também os que viajaram por via mar"tima ou de avi5c, vindos de mais longe, como os do Canadá, Estados Unidos, Colombia, Ilhas Mauricias. Enfim, pelo menos 21 pa ses estavam rep,esentados por 7 mil pessoas que num autêntico esforço de ruptura atenderam à convoca~ão em Nome de Cristo, para qu<: todos fossemos UM e se realizasse tão magn :fica Assembléia, na Vig lia de Penteçostes, neste ano da graça de 1965! .. . Em cada um dos compartimentos dos vagões ferroviários, durante algum tempo do percurso da viagem, houve "Reuniões de Equipe", semelhante às que estamos habituados a realizar todos os meses: Apresentação dos casais (quatro em cada "cabine") , oraçéo em comum; intenções e co-participação de nossas experiências e esforços na prática do aux lio-fraterno, em espírito de Comunidade (dependência, solidariedade, responsabilidade de uns pelos outros).

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Estas Reuniões realizadas no combôio (reuniões de "meld equipe") eram como que "preparatórias" das que, nos demais dia:; de nossa estada em Lourdes, foram organizadas com mais quatro casais. Assim, naquela Cidade de Maria, em diferentes hotéis, realizaram-se várias "Reuniões de Equipes", com oito casais cada uma . Repetiram-se e multiplicaram-se os testemunhos de Fé, de ''abertura" (saber dar), de "acolhimento" (saber receber), de "colaboração" à Obra de Deus e de "serviço" prestado aos homens. Tudo fôra perfeitamente previsto e preparado pela Equipe en carregada da Peregrinação. Cada casal foi avisado, com a devida antecedência, do n .0 do vagão e do compartimento a êles dest.nado, bem como do hotel em que seria alojado em Lourdes. Ao desembarcarmos, encontramos no páteo fronteiriço á Estação "portadores de cartazes", com o nome dos respectivos hotéis, em torno dos quai s formaram-se pequenos grupos, afim de que pudessemos caminha.juntos e unidos até o termo da jornada. Cada Equipe tinha o seu Responsável "ad hoc"; para cadê' local (hotel) fOi designado um Responsável geral \coOrdennador dos trabalhos) e, entre os vários alojamentos, havia também cs "Ligações", para o intercâmbio de not'cias e informações. Toda essa infra estrutura foi posta a serviço da Caridade Fraterna, afim de ajudar os "peregrinos"" os que tinham desejo sincero de caminhar para Deus - a ouvirem o Seu apêlo de Amôr e a responderem ao Pai - ao Pai Único que nos fez "irmãos" com um verdadeiro e perseverante esforço de "conversão" interior . Sentia - se nitidamente em Lourdes aquele clima de "Agapé", daquela profunda amizade cristã que deve animar as Equipes de Nossa Senhora, tornando-as fortes, coesas, disciplinadas e bem un idas à grande "Ecclesia" Universal, da qual querem ser um Testemunho no meio do mundo. - oOoO local escolhido, em Lourdes, para as grandes concentrações não podia ser melhor: A BASILICA SUBTERRANEA DE S PIO X.

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Trata-se de uma enorme "cripta", de recente construção (terminada em 1958) e linhas modernas no seu interior, localizadas sob o gramado lateral do grande jardim fronteiro á antiga Basilica de Lourdes. Tem a forma aproximada de uma elipse e mede 200 m. de comprimento, 80 m. de largura e 1O m. de altura. Quatro rampas laterais dão acesso à nave que pode abrigar normalmente 20.000 pessoas. Bem ao centro da grande nave, está localizado o Altar-mór, erguido sôbre um duplo supedâneo, o primeiro a séte e o segunao a dez degraL., de altura. · Nos três dias de nossa permanencia em Lourdes, 5, 6 e 7 de Junho, os peregrinos participaram da Santa Missa que nesse Altar erd todos os dias celebrada. A parte dialogada entre o Celebrante e Fiéis foi dita em Latim, devido à pluralidade de "linguas-patrias". Os cânticos litúrgicos - geralmente em Francês - foram sustentado:; por magn "fico côro, àtimamente ensaiado para liderar a coparticipação de toda a Assembléia nesta tão linda forma de oração comunitária .

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Foi durante a Santa Missa de Sábado que, por ocasião do OFERTóRIO, enquanto o Celebrante Mons. Veuillot erguia a patêna, simultaneamente um grande número de "Diáconos", dispostos em torno do altar, realizaram a oferenda das "inter1ções" de todcs os casais do mundo, concretizadas nas 15.000 cartas que foram trazidas pelos peregrinos. Merece especial destaque a Missa Pontificai do Domingo de PentecOstes que foi concelebrada por cinco Bispos e setenta Presb:teros. Todos os Sacerdotes formavam, em torno do Altar, dois quadriláteros: O menor, mais próximo da mesa da celebração, era constituído dos Bispos; o outro, bem maior, localizado no supedôneo inferior, estava formado pelos setenta Presbíteros. Toda a imer1sa assembléia dos Fiéis, reunida em volta dos Concelebrantes, formava

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com êstes uma imagem viva e eloquente da Catolicidade da Igreja de Cristo. Era bem o "Povo de Deus", dentre o qual têm lugar marcante as Famílias Cristãs, "células vivas e fecundas da Igreja" ali representadas por 3.500 Casais das Equipes de 21 diferentes pa ·ses! c

Também nêsse mesmo local a Bas:lica Subterranea de S. Pio X - realizaram-se as Conferências básicas que versaram sôbre a virtude da Caridade. Duas a cargo do Revmo. Pe . Spic, O. P., e a última foi proferida pelo Rvmo. Cônego Caffarel. 1: imposs vel 1 no âmbito de uma not:cia como esta que ora lhes fazemos, resumir sem mutilar, toda a riqueza e profundidade espiritual do que naquelas oportunidades, e sobretudo naquele ambiente, nos foi dito. "Deus é Caridade" (foi a idéia central da primeira conferência) , "o Casal Cristão, sacramento da Caridade", foi têma da segunda exposiçéo que sublinhou o lugar privilegiado que o Matrimônio ocupa na economia da Nova Aliança e, portanto, seu caráter especificamente evangélico; "as Equipes de Nossa Senhora, a serviço da Caridade" foi a extraordinária mensaQem da terceira Conferência. Uma nota era dominante nas três: O verdadeiro Cristão deve dar testemunho do Cristo, deve ser missionário por tôda a parte :

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"O mundo ignora Deus, e o Cristo veio revelá-LO": "Quem me vê, vê me:J Pai" Os crentes conhecem a Deus, mas êles o temem. E o Cristo veio lhes ensinar que Deus é amor, e que é necessário O amar "de todo o seu coração, de tôda sua alma, de tôdas suas forças e todo seu espírito". OS VERDADEIROS DISCIPULOS DO SALVADOR DEVEM PROLONGAR ESTA REVELAÇÃO DA CARIDADE DIVINA, no seu meio e no seio do mundo contemporâneo. E' ESTA SUA MISSÃO ESSENCIAL e, para a desempenhar, eles devem esta r convencidos de que Deus os ama, que ELES SÃO OS PRIVILEGIADOS DESTE AMOR DIVINO" (R . P. Spic O. P.) .

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Em Lourdes participamos de outras importantes realizações que completaram o programa da gran·de Peregrinação : Procissão do San tíssimo Sacramento, Cerimônia da Penitência, Renovação do ComVI

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Pe. VAN WYNSBERCHE VEM AO BRASIL /

A Carta Mensal publ icou vários art igos de Pe . Wynsberghe. dentre eles alguns editoria5 em preparação à Peregrinação a Lourdes. E' o Conselheiro espiritual de um dos Setores de Bruxelas e fo i o responsável pela preparação espiritual da peregrinação. Os dois casais que estiveram em Lourdes, em nome das Equipes do Brasil, tiveram um contato com êsse sacerdote, do qual resultou o convite que lhe foi feito para que viesse ao Brasil, ao que êle acedeu de boa vontade.

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Teremos, portanto, o privilégio de ter o Pe . Wynsberghe entre nós por algumas semanas, a partir do começo de setembro, vindo êle especialmente para um contato com as nossas equipes. Está sendo organizado o programa dos encontros que deverá ter com os principais núcleos de Equipes, tanto no Interior de São Pau lo, como nos Estados . Será o Assistente Espiritual da Sessão de Qua · dros que se realizará de 4 a 7 de setembro em Valinhos. O conhecimento que tem do Movimento e, particularmente, da espiritualidade das Equipes de Nossa Senhora, faz do Pe. Wynsberghe um dos mais ativos colaboradores do Rvmo. Cônego Caffé!rel A sua vinda assume portanto uma importância extraordinária .

XI


Será pois uma oportunidade única para os nossos equipistas aprofundarem os seus conhecimentos sôbre o Movimento e a sua espiritualidade. Aguardem o programa que será enviado o mais breve possõvel e disponham-se a comparecer aos encontros que forem anunciados. SESSõES DE QUADROS

Todos aqueles que já participaram de uma Sessão de Quadros: sabem o quanto sôo elas fundamentais para a formação , em profundidade, dos casais que aceitam dar ao Movimento uma cclaboraçõo mais estreita , nos cargos de animação das equipes. A experiência mostra a necessidade e a util idade de novos encontros, para aqueles que já participaram de uma destas Sessões . Porisso mesmo, já vem se realizando em outros pa íses Sessões de Quadros que foram chamadas de 2 .0 gráu , na falta de uma deno minação melhor. Aproveitando a vinda do Rvmo . Pe. Wynsberghe, a ECIR ( Equipe de Coordenação Inter-Regional ), em recente reunião, resolveu realizar entre nós a l.a Sessão de Quadros de 2. 0 Gráu. Terá lugar em Valinhos, de 4 a 7 de setembro. Para ela estão sendo convidados casais que já participaram dos anteriores encontros desta natureza . Em virtude do número limitado de acomodações, foi tam bém preciso limitar o número de convocações, que já foram feita s Haverá uma segunda Sessão de Quadros (de 1 .0 gráu ) em 30-31 de outubro e 1-2 de novembro, em local ainda nõo assentad ::> definitivamente, destinando-se a membros de Setores e Coordenações, Casais de Ligação e Pilotos que a inda nõo participaram das Sessões realizadas nos anos anteriores . XII

~

)


Antes de mais nada, pedimos as oraçõe.s de todos para nossos amigos Jean-Louis e Nadine Richc~rcl..<~on que perderam tr.àgicamonte se1ts cinco filhos, asfixiados du.rante ll noite •le 31 de dezembro de 1964. A equipe de La Rochelle, na qual estavam em vésj: feras de ingressar· e a de Tananar·ive dw qual faziarn parte anterionnente, representam junto deles tôdas as eqt~ipes do mundo para dar-lhes o confôrto de Sltal 08

amizade.

EQUIPES ADMITIDAS Foi aprovado o pedido de admissão das seguintes equipes: Freiburg, 2, 3, Hof 1, Lorrach 2, 3, Paderborn 5. Melburne 6. Áustria Modling 1, Zwetl 1. Bélgica Arlon 7, Seilles 2. Brasil Americana 4, Guaratinguetó 1, Mogi das Cruzes 1, Rio de Janeiro 7. Canadá - Quebec 7, 8. Cofombia Bogotá 4, 5, Fontibon 1. Espanha Badalona 5, Barcelona 72, 73, 74, 75, 76, 77, Gerez de la Frontera 2, Madrid 12, 14, Matara 4, 5, Sevilha 18, Tarrasa 5, 6. Alemanha Austrália -

XIII


Estados Unidos Alexandria 2 , 3 , Chicago 1, Los Angeles 3. França Cherbourg 5, Clamart 7, La Chapelle-la-Reine 1, Meau x

4, Metz 9, Morlaix 1, Saint-Etienne 14, Strasburgo 6 . Ilha Maurícia Mauricia 29. Inglaterra LOndres 4 . ltalia- lsPra 1, 2, Turim 6 , 7 .

Braza 1, Lisboa .34, Parades 1, Petrópolis 1, Porto 21 , 23 , Vigo 6, Villafranca de los Barros 4 , Villafranca del Pa rades 3 . Suíça Münchenstein 2 . Portugal -

EQUIPES COMPROMISSADAS

Fizeram o seu compromisso as seguintes equ ipes: Alemanha -

Paderborn 3 . Bruxelas 43 , 58, Charleroi 8, Ostende 1.

Bélgica Espanha -

Molins-de-Rey 1, Valencia 3 .

Fran~a -

Aix-en-Prover1ce 8 , Antony l , Auxerre 2, Belfort 1, Besançon 2 , Cambrai 5, Compiegne 5 , La Fl~che 2, Limoges 6 , Lyon 1 8, Lorient 6 , Nancy 7 , 9 , Par is 8 6 , Poitiers 2 , Rennes 7 , Saumur 2 , Strasburgo 2 , Toulon 2, Va lenc iennes 7 , Vernou illet 1.

ltalia -

Turim 2 .

AS EQUIPES DO BRASIL, ADMITIDAS, SÃO AS SEGUINTES

Equipe N. S. do Sagrado Coração Assistente: Pe. João Rodrigues C. Respons.: Fatin e Antonio Romanelli

Americana 4 -


Guaratinguetá 1 Equipe N. S. das Fam:lias Assistente: Mons. Oswaldo de Barros Bindão C. Respons.: Ruth e Walter Arantes Aranha Mogi das Cruzes 1 Equipe N. S. do Carmo Assistente: Frei Otávio Caudiani C. Respcns.: Lourdes e Jamil Hallage Rio de Janeiro 7 - Equipe N. S. da Esperança Assistente: Pe. Castello Branco C. Respons.: Regina e Luiz Anthero Barbosa

DEUS CHAMOU A SI

Renée Guitton, de Nancy 2 (França), 8 filhos, em outubro 1964 Pierre Métais, de Casablanca 4, (Marrocos), em janeiro de 1965. Jean Dewitte, de Liege 10 (Bélgica) .• em 21 de maio de 1964. Abbé Huberdeau, Conselheiro Espiritual de ChinOn 2, (França), em

28 de janeiro de 1965. Henri de la Soujéole, responsável com Marie-Anne, de Rennes 9, (França), pai de 4 filhos.

CALENDÁRIO

Setembro 3 - 7 - Sessão de Quadros de 2. 0 gráu Casa da Retiros das lrmcs Missionárias de Jesus Crucificado - Valinhc$ Ouh;bro 30 a novembro 2 Sessão de Quadros de 1 .0 gróu -XV


RETIROS

Região São Paulo São Paulo

Agôsto Agôsto

6-8 27-29

Barueri Valinhos -

Setembro

10-12

Barueri

Outubro

1 -

3

Barueri -

No v . 2

Valinhos:

Novembro

19-21

V alinhos

Novembro

26-28

Barueri

Outubro

Pe. Alfonso Pastore Fr. Luiz G. Costa

Con. Lucio F. Grazziasi Exercícios para um Mundo Melhor

I Região Interior do Estado Araçatuba

Julho

2

4

Retiro

Baurú

Julho

2

4

Retiro

Campinas

Agôsto

13-15 12-14

Retiro

Jaú

Agôsto 30-31

Ribeirão Preto

Set.

Nov.

Novembro Outubro

XVI

1 -2

Retiro Retiro no Colég io S. Norberto Retiro Retiro em Brodosqui Recolhiment o no Colég io Vita et Pax


REFLEXõES Df UM ASSISTENTE

O CASAL RIQUEZA DA IGREJA

"O matrimónio não implica apenas novas responsabilidades e encargos, mas marca profundamente o ser humano. O fato de encontrar um outro ser, semelhante a si próprio, e construirem juntos uma c·omunidade conjugal e familiar, confere nova maturidade que imprime em tudo uma caracteristica especial. Uma vez casada, a moça talvez continue a ter os mesmos trabalhos apostólicos de solteira, mas vai realizá-los num estado de espírito completamente diferente. Levará para êles dons e riquezas diferentes. De mesmd. forma não se pode negar que o casamento influencia imenso o comportaJ mento do marido mesmo na vida professional Se estão convencidos que o fato de pertencerem a uma comunidade c·o njugal condiciona não só as atividades mas mesmo o estado de espírito, também o ardor apostólico dos esposos ficará profundamente modificado e naturalmente enriquecido. 1!: portanto ~om razão que os cônjuges, ao realizarem tudo o que a comunidade conjugal implica de aperfeiçoamento, não compreendem que lhes peçam para esquecerem prâticamente que são c·a saãos quando trabalham numa obra apostólica ou numa realização paroquial.

Já que a vida coujugal com tôdas as suas responsabilidades os dispõe para adquirirem uma nova maturidade, pensam que devem levar para a sua vida cristã e para seus 13


compromissos apóstolicos o que têm de melhor, e por consequência tôdas as experiências, todos os talentos que resultam de constituírem um casal. .A luz desta descoberta compre.ende-se melhor a missão das Equipes de Nossa; Senhora que procuram incutir uma espiritualidade conjugal autêntica, quer dizer:

-- Não para se dobra.r em sôbre si próprios e sôbre o casal mas espiritualidade de membros do povo de Deus, sabendo que têm uma missão. - Espiritualidade de apóstolos casados, espiritualidade de adultos conscientes de terem, como esposos, dons especiais para pôr ao serviço da Igreja. Entramos para um agrupamento de espiritualidade conjugal porque queremos, como casal, estar à altura da tarefa que Deus nos destina. Nesta perspectiva queremos esforçar-nos para nos realizarmos, não apenas no nosso próprio interêsse, mas sobretudo para sermos no povo de Deus uma peça útil a todos. As Equipes de Nossa Senhora querem desenvolver a única verdadeira espiritualidade conjugal que é espiritualidade apóstolica baseada num objetivo fundamental - o casal, riqueza para tõda a Igreja. As Equipes têm tarefa muito vasta que consiste em preparar, em despertar casais que irão levar a tôda a parte, a todos os campos da vida, a todos os organismos apostólicos existentes, a descoberta de tôda a riqueza que lhes traz a Igreja. Realmente os Estatutos dizem: "enten<rem ser por tOda a parte os missionários de Cristo". Durante muito tempo a vida profana e a vida da Igreja foram vistas numa perspectiva de celibato, como se só as 14


almas consideradas individualmente tivessem valor aos olhos de Deus (pense-se, por exemplo, nas obras, na vida litúrgica, etc). l Em vez de dizermos: "vamos organizar qualquer coisa nova para os casais que o desejam", devemos ter a preocupação de tomar parte ativa nas organizações já existentes a fim de levar a tôda a parte as riquezas de amor que germinaram no lar. __, ' O melhor serviço que as Equipes de Nossa Senhora podem prestar à, Igreja não é criar um nôvo movimento de apostolado mas provocar em muitos esposos uma vida cristã integral, o que implica necessidade apóstolica intensa e tanto mais imperiosas quando se trata de tôda a c·o munidade conjugal e familiar e não apenas do marido ou da mulher. Encaminhar os memb.ros das Equipes em determinada direção apostólica seria limitar muito a sua influência. Cada um deve comprometer-se onde estiver (profissão, bairro, paróquia, etc.) e levar para ai a espiritualidade adquirida nas Equipes de Nossa Senhora. A equipe, nesta perspectiva, torna-se um lugar em que se descobre e aprofunda a alma apostólica dos esposos. O seu papel não é dar tarefas apostólicas concref!l.s a cada um, mas sim reanimar neles, constantemente, a inquietação apostólica, levar cada um a comprometer-se nas formas particulares de apostolado que êorrespondem à sua situação, possibilidades, etc. Como fonte de abastecimento, as Equipes de Nossa Senhora são providenciais. Mas, na medida em que cumprem o seu papel, devem encaminhar os esposos para o limiar de ,outras atividades. O risco que correm todos os Movimentos té quererem ser totalitários. Nós devemos, pelo contrário, estar conscientes dos nossos limites: a palavra "limites" não deve ser tomada em sentido pejorativo, ou seja, o que nos restringe, o que nos diminui. Os nossos limites são as 15


nossas fronteiras e por consequência os nossos pontos de união com os outros. Por outras palavras, é o que nos engrandece, fazendo-nos voltar para os outros. ; Cada casal deve ir buscar nas Equipes de Nossa Senhora. uma vontade maior de c·o nservar ou ocupar o seu lugar de membro ativo em todos os setores da vida em que está comprometido: a profissão, a paróquia, as obras, a sociedade, a Igreja ... "

PARA VIVfR MElHOR OS ESTATUTOS "Querem ser, pO'T' tôda a parte, os missionários de Cr·isto. Devotados à Igreja) querem estar sempre prontos a responder aos apelos do seu IBispo e dos seus Sacerdotes)}. Dizia-lhes li:le: A messe é grande mas os trabalhadores são poucos. Pedi, portanto, ao dono da messe que mande trabalhadores para a sua messe. Lc. 10,2

Depois disto, designou o Senhor outros setenta e dois e man'd ou-os dois a dois à Sua frente, a tõ<ias as cidades e lugares aonde li:le havia de ir. Lc. 10,1 A ponto de vos haverdes tornado um modêlo para todos os crentes que há na Macedônia e n a Acaia. De vós, com efeito, ecoou a Palavra do Senhor: não só na Macedônia e na Acaia, mas em tôda a parte se divulgou a vossa fé em Deus ... 1 Tes., 1, 7-8

Prega a Palavra, insiste oportuna e inoportunamente, repreende, ameaça, exorta com tôda a paciência e doutrina, pois tempo virá em que os homens não suportarão a sã aoutrina. 1 2 Tim. 4, 2-3 16


A Refeição da Equipe As vêzes rec'ebemos cartas de equipes novas perguntando se a refeição é realmente obrigatória, se a podem -:;ubstituir par alguns bolos e uma xícara ele café ou suprimi-la· pura e simplesmente. E que razões apresentam para justificar tal pedido? "~ difícil", "Não é costume na nossa região ou na nossa cidade", "Dá transtorno às donas de casa", "Temos de deixar os filhos mais cedo", etc. Digamos desde já que nenhuma destas ra.zões é muito valida! Vão apenas levar-nos a procurar com vocês a razão da refeição da equipe, o sentido dêste momento da reunião. Mas primeiro leiam ou releiam - o seguinte texto do Padre Doncoeur. "Se em certas circun'stôncias o jejum é uma forma de homenagem penitenciai, normalmente a refeição cristã com tudo o que implica de alegria familiar e amizade, deve ser ato religioso positivo que dá glória a Deus. Designou-se por "Agapé" nas primeiras gerações, mas os cristãos não souberam conservar o caráter místico que esta palavra exprimia (agapé - caridade!). Seria elucidativo procurar no Evangelho o valor religidso de tantas refeições nas quais Cristo tomou parte, desde as bodas de Caná até a refeição em casa de Simão. Para santificarmos as nossas refe:ções temos de compreender que não chega pronunciar orações, por mais belas ou prolongadas que sejam. Isso não basta para tran~Sfor­ mar a refeição, em tôda a sua realidade material, no ato religioso tal como o concebe a Bíblia, onde todos reunidos diante de Deus tomam alegremente os Seus dons.


Cristo dignificou ~ste ato quando nos ordenou que reuníssemos no no!iso festim não apenas os amigos mas tam.bém o hóspede e o pobre, que eram a Sua presença misteriosa. Assim, a alegria, a aç<io de graças, a oferenda, revestem-se da caridade mística, e da fé que associa Cristo ao nosso ato de religião". POR QUE DEVE HAVER A REFEIÇÃO EM COMUM?

Os Estatutos dizem apenas: "li: muito bom começar a reunião mensal por uma refeição em comum, ora na residêncta de um, ora na de outro dos easais da equipe (na medida do possivel, evidentemente). Os homens nada inventaram ainda de melhor do que uma refeição, para se reunirem e estreitarem os laços de amizade: não é, por acaso, ai que se agrupa a familia? Não é a refeição euc·a risfica que reúne os filhos de Deus? Os atos dos Apóstolos relatamnos que os primeiros cristãos "partiam juntos o pão, em suas casas, e tomavam o próprio alimento, com alegria e simplicidade de coração". (Atos n, 46). "Os homens nada inventaram ainda de melhor do que ,u ma refeição para se reunirem e estreitarem os laços . .. " Isto é de tal forma verdadeiro que em tõdas as civilizações .a refeição é uma maneira de celebrar os grandes aconteci;mentos, como nascimentos e casamentos, e de festejar irmãos e ·a migos. E na vida quotidiana, a refeição reúne os membros da familia dispersos pelas ocupações de cada um. Sem querer fazer. um quadro ideal das refeições familiares de todos os dias, tantas vêzes agitadas e ruidosas, é fácil ver o seu significado, Todos vêm renovar-se, refazer-se, partilhar o pão e as noticias, trazer as suas descobertas, comunicar os seus cuidados. Reunidos numa "Equipe de Nossa Senhora" para nos ajudannos uns aos outros a progredir na caridade, estamos 18


;muito pouco tempo juntos, todos os meses; se a oração em é o momento em que a amizade atinge o seu mais alto nivel, a refeição é o momento que melhor prepara a oração. E por quê? ~omum

- Recorda-nos as refeições que Jesus tomava com os discfpulos; evoca também as parábolas em que o Reino dt' ;Deus é comparado a uma refeição, e o "festim das núpcias do Cordeiro" 'de que fala o Apocalipse. lil durante a refeição que se dão noticias, que nos habituamos a prestar atenção aos outros, a ser compreensivos, a esquecermo-nos de nós próprios, a ter boa disposição, a oferec·er o pão, o sal. . . e ·a amizade. Cria-nos uma alma comum, abre-nos uns aos outros e torna-nos cada vez mais irmãos. CARACTERtSTICAS DA REFEIÇÃO

"As nossas refeições de equipe parecem muito inferio· res a essas perspectivas" dizem alguns de vocês. lil verdade, mas tem 'de ser a partir delas que podemos melhorá-las. li:: a elas que se vfo procurar as qualidades que devemos desejar para as nossas refeições de equipe. Refeição frugal, para que a matéria não abafe o espf· rito, mas também por uma pr~ocupação de humildade e de caridade fraternal. Se faz parte da boa hospitalidade cristã. receber numa casa limpa, iluminada, alegremente enfeitada com.flores, é preciso banir todo o excesso de trabalho e vaidade de dona de casa. Refeição alegre, em que se está atento para que nã<:\ falte nada ao vizinho e se procura prestar-lhe tôda a atenção (nesse mesmo dia em que nos apetecia mal~ estar ao pé de outro a quem se queria falar . .. ) .

19


Refeição de comunidade, de comunhão f raterna, onde se prcourará. ter uma conversa generalizada, eliminando os grupinhos, em que se ponham em comum os desg·ostos, as alegrias, as leituras, os problemas ... Refeição reltgiosa, que será presidtda pelo padre, repre. sentante de Cristo entre nós. O p adre também abençoará. e .dará. graças em nosso nome. Refeição evocadora da Ceia e da Ceia do Céu, que começará por pequena le1tura da lDscritura. Porque não · pedem ao Assistente que leia, mesmo antes de abençoar a mesa, um texto que fale das refeições? Eis algumas referências: A Pascoa dos Hébreus : Ex. 12, 1-14- As Bodas de Caná: .To. 2, 1 -11 - Refeição em casa de L eV!i: Luc. 5, 29-32 --1 Refeição em casa de Simão: Luc. 7, 36-50 - Refeição em Betania: Jo. 12,2 - A Ceia: Luc. 22, 14-18, 28-30; Matt.• 26, 17,-30; Jo. 13; Mc.14,12-25 - R efeição depois -da R essurrei.., ção: Luc. 24, 30, 41-42; Jo. 21, 9-15- O Reino compamdo a uma refeição: Mat. 22, 1-14; Apoc., 19, 9 - R efeições dos primeiros cristãos: Atos, 2, 46 - Profanação das refeições: I Cor. 10, 16-17; 11, 18-22 - Pre.sença de Det~s na refeiçãQ. de Abraão: Génesis, 18, 1-8.

CONCLUINDO

Não tenham pois receio de começar a reunião de equipe com uma refeição. Outras equipes que os precederam e que tiveram algumas dificuldades a princípio, tal como vocês, ultrapassaram-nas e agora sentem-se bem assim. Na Carta Mensal n.o 9 falamos da "reunião da equipe - assembléia cristã" e, nessa perspectiva, a nossa refeição em comum tem lugar e um objetivo bem definido. Cabe a vocês fazer com. que seja um dos bons momentos da reunião mensal.

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VIDA DA EQUIPE FORA DAS REUNIÕES UM GESTO SIMPATICO

Um casal fala dos seus projetos de férias na última reuniiw do ano: "De 10 a 20 tle janeü·o v1unos dar uma volta de ôntbus, pelo Sul do País. Vai ser ~~ma nova L'iagem •:l.e nf~prüx..ç, parqu,e ·podemos deixar os nossos rinco f1lhos fl fam!/ia".

No dia seguinte l'ste casal casal da qeuipe:

r~ccbia

um rec"do doutr•>

"Podern contar com v nosso rw ·ro potque !wssa d11tct nr/o nos faz falta nenhuma".

E a viagem foi muito mais confortável e repousante! .. BOLETIM DA

~QUIPE

::"íuma equipe o casal responsável envia entre as re~l­ niões, a cada membro da equipe, uma ou duas páginas clactllografada constituindo um pequeno boletim de ligação. Eis u esquema deste boletim escolhido ao acaso: Datas a fixar nos próximos meses (datas de reumoes, peregrinações, retiros); preparação da próxima reunião : texto de oração, indicações sõbre a maneira de fazer a partilha e sõbre o tema de estudo; intenção especial de oração por êste ou aquêle casal; algumas conclu~ões tiradas na última runião. A opinião dos nossos filhos "As nossas fam!lias encontram-se umilo. Especialmente aos Domingos e dias de festa procw·amos reunir-nos com os nossos filhos organizando saídas em comum on, nos dias

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lie mau tempo, reunindo-noS' simplesmente em ca.sw de um ou de outro . Um dos casais teve curiosidade em sabe.r o que pen.savam OS' filhos dêstes encontros frequentes e fic01t agràdavelmente surpreendido ao verificar que êl es achavam que formávamos uma "grande Jamflia" mwáto unida, e que se acontecesse algttma coisa em sua casa seria a algttm de nós que tefonariam imediatamente. Ora estas crianças encontram muitas outras pessoas amigas e os pais mantêm ótimas relações com outros casais. Então há qualquer coisa entre n ós que não escapa aos nossos filhos e que prova que a seus olhos a nossa amizade tem bases mais sólidas do que a que possa haver com outras pessoas. Contudo nuncrt lho dissémos, mas êles sentiram-no espontaneamente".

Acontece o mesmo com vocês? OuV'imos dizer que muitas vêzes os filhos se queixam porque os pais os deixam por causa das Equipes ... Não acham que se êles conhecer em os outros casais e sentirem essa amizade cristã que os une, terão a mesma reação daqueles do que nos falam?"

ORAÇÃO PARA A PRÓXIMA REUNIÃO TEXTO DE MEDITAÇÃO

Leitura do Evangel ho segundo S. Ma teus ( 20 , 1-7) Naquele tempo Jesus contou à multidão esta parábola: "Como efeito, o Reino dos Céus é se melhante a um pai de fam 'lia que saiu de manhã cedo a contratar trabalhadores para a sua vinha. E, tendo ajustado com os trabalhadores a um dinheiro por dia, mandou-os para a sua vinha. Saindo depois, cê rca da ter-

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• ceira hora, viu outros que estavam na praça ociosos e disse-Ih": "Ide também vós para a minha vinha e dar-vos-ei o que fôr justo". E êles foram. Tornando a sair, cêrca da hora sexta e da nona fêz o mesmo. Enfim, cêrca da undécima hora, saindo, encontrou ainda outros parados e disse-lhes: "Porque estais aqui todo o dia sem fazer nada"? Responderam-lhe: "Porque ninguém nos contratou". Disse-lhes: "Ide também vós para a minha vinha".

Deus chama- nos, ao longo dos séculos, pa ra colaborarmo! na Sua obra . A aceitação desta vocação é a verdadeira oferenda que podemos fazer a Deus, através da graça de Cristo e à Sua imaqem, conforme está escrito na Epístola aos Hebreus (Heb. 10, 5-7): "Não quiseste sacrifício nem oblação, mas preparaste-me um corpo. Não te agradaram holocaustos nem sacrificios pelos pecados. porque é de mim que Então disse Eu: "Eis que venho está escrito no livro para fazer, ó Deus, Tua vontade".

ORAÇÃO LITúRGICA (Salmo 39) Com Cristo, que faz até ao fim a vontade do Pai, e qu e dá testemunho aos homens do amor infinito de Deus, dizemos: ANTfFONA (para utilizar como côrol Eis-me aqui, Senhor, para fazer a Tua vontade.

SALMO: Senhor, Deus meu, tens feito obras maravilhosas, e não há quem te seja semelhante nos Teus desígnios para conosco.

23


Eu quisera narrá-los e procíamá-los, mas são demasiadamente numerosos para que se possam contar. Não quiseste sacrifício nem oferenda, ouvidos.

mas

abriste-me

os

Não pediste holocausto e v;tima pelo pecado. Então eu di$Se: Eis que venho; no rôlo do livro está escrito de mim: Em fazer a tua vontade, á Deus, me deleito, e a tua lei está no íntimo do meu coração. Anundei a Tua justiça na grande assembléia; não contive os meus lábios. Senhor, Tu o sabes. N'ão escondi a tua justiça no meu coração; publiquei a Tua fidelidade e o Teu socorro. Não ocultei a Tua graça e a Tua fidelidade à grande assembléia. TU, Senhor, não afastes de mim as tuas misericórdias; a Tua graça e a Tua fidelidade sempre me amparam. Glória ao Pai, ao Filho, ao Espírito Santo, agora e semp re, a Deus que existe, que existiu e existirá pelos séculos dos séculos! Oremos para que possamos colaborar na vinda do Reino de Deus. Pai Nosso ...

.24

~Utac ittttd.~"a.. /li:;uu,k r ,;__'i{, /'r



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CENTRO DIRETOR . Secr. Ceral . 20, Rue des Apennins . PARIS XVII BRASIL

.

Secretariado

.

Rua Pa raguaçú, 258

.

SÃO PAULO 1O


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