ENS - Carta Mensal 1966-4 - Abril à Agosto

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SUPLEMENTO à Carta Mensal das Equ'ipes de Nossa Senhora ABRIL-AGôSTO DE 1966 Editorial "Cooperadores da Verdade" U Para a sua Biblioteca Biblioteca de Formação FaV miliar A'través do Brasil Vl Dois dias em Madl ia Qual dêles lhe falta? IX lmp6sto sôbre a Renda? X O que vai pelas Equipes XIII Sessão de formação p3ra dirigentes Dois Setores confraternl%am Reuniões mistas Equipes compromissadas VIda do Movimento XV li Equipes admitidas, Equipes compromissadas Deus chamou a sí Profissão religiosa Novos Setores Calend6tlo - Retiros XX Oração pare 1 próxima fftlnlõo XXI


EDITORIAL

"COOPERADORES DA VERDADE"

Dlsia-me um equlplsta, 1\áo há multo tempo: "l gr~al ao Movimento que adquiri pouco a pouco a coragem de abordar os assuntos religiosos, em meio aos funcionários que frequentamos." Percebendo que eu desejava taber algo mais, prosseguiu: HOutrora eu ficava muito constrangido ao falar dêstes assuntos. Por um lado, tinha consciência que os meus conhecimentos doutrinários eram muito sumários; por outro lado, não possula, nêste domínio, um vocabulário preciso e rigoroso como acontecia para as questões jurídicas, onde estou perfeitamente à vontade. Daí a minha Insegurança. Mas, nas Equipes de Nossa Senhora eu me vi obrigado a estudar assuntos desta ordem e a falar sôbre êles com minha mulher, como também com os outros casais. FIquei assim curado de minha pusilanimidade. Adquirindo maior IC!iiiiUrança e um vocabulário mais exato, não tenho mais receio de entabolar diálogos de ordem religiosa, com aquêles que encontro." Fiquei muito 1atisfelto ao ouvir estas condderações. Tanto mais que m~ foram formuladas justamente num dia em que estava preparando uma palestra sôbre o "Decreto sÕbre o apostolado dos leigos''. Tinha reparado, com efeito, o quanto êste documento conciliar põe em destaque a obrigação, para o apóstolo

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leigo. de não dar apenu testemunho .de Cristo tw!la sua vida, seu compõrtamenfo, suas aflv•dides, mas fimbém Põr sul pala•••· Aliás, ela alguns extratos significativos:

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Pelo preceito da caridade, que é o maior mandamento to, são instados os cristãos todos a erem a glória de Deus pelo a ven o e eu reino e a conseguirem a vida eterna em favor de todos os homens : "para que conheçam o único Deus verdadeiro e aquêle a quem enviou, Jesus Cristo H (cf. Jo. 17,31 . Impõe-se pois a todos os cristãos o dever luminoso de colaborar, para que a mensagem divina da salvação seja conhecida e acolhida por todos os homens em tôda a parte. ( n. 0 31 O àpostolado da Igreja, e de todos os seus membros, se orienta antes de mais nada para a manifestação da mensagem de Cristo ao mundo, por palavras e por atos, como também para a· comunicação de Sua graça. t: o que se dá principalmente pelo ministério da pa{avra e dos sacramentos, confiado de modo especial ao clero, no qual também os leigos deverão realizar sua \ parte de grande importância, para se fazerem Hcooperadores da verdade" (3 Jo. 8) (n. 0 61 . Tal apostolado, no entanto, não consiste a nas no testemunho de vida. O verda eiro a stolo procura oca- \ siõês para anunciar Cristo com palavras, seja aos que nõo crêem, para trazê-los à fé, seja aos fiéis ,para ins~ truí-los, confirmá-los e despertá-los para uma vida mais fervorosa: "pois a caridade nos impele" ( 2 Cor. 5,141. No coração de todos hão de ressoar aquelas palavras do Apóstolo: "Ai de mim se nõo evangelizar (1 Cor.9,16l. (n. 0 6) Em relação ao apostolado da evangelização e santificação dos homens, devem os leigos treinar-se especialmente a iniciarem um diálogo com os outros fiéis ou

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infié is, para a todos comuniCa rem a mensagem de to. ( n .0 31 l

Cr i~­

Al é m da formação espiritual , ex ige -se sólida instrução na doutrina , a saber, teológica , ética, filosófica , segu n do a idade , condição e talento de cada qual. (n.0 2 9 l

A leitura dêstes textos é, na verdade. um convite à humll· dade. Como estamos distantes do "verdadeiro apóstolo que pTO• cura ocHiões para anunciar Cristo com palavras ... "! Nosso Movimento, tenho disto muitas provas, contribui para tornar os equipistas mais conscientes de suas responsabilidades apostólicas. Ajuda·OS com eficiência a se tornarem mais aptos a bem desempenhar tais responsabilidades e· isto graças ao ensinamento que lhes proporciona (por meio dos temas, confer6rteias., e~ntros , retiros . . . l como também graças à sua pedagogia di! diálogo (dever de $entar-se, co-partic~paçi!ío , troca d~ Idéias ... l •

i preciso entretanto que todo o trabalho de estudo que lhH prop·orcionamos, seja feito conscienciosamente digo mais: que êste trabalho lhes des~e o apetite de uma verdadeira cultur;~ religiosa.

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t ,preciso ainda que cada qual se exercite no diálogo sóbre êstes assuntos: o marido com a espôsa, os pais com os filhos , os caaais entre sr. Se fiserem jogo franco , poderão adquirir a menos que a coragem de entabolar o diálogo religioso com 01 crentes e não crentes que venham a encontrar. Arte dificll, estou de acôrdo! Mas exigêncl;~ lmperatin da uridade. já a possuam -

HENRI CAFFAREL IV


PARA A SUA BIBLIOTECA

BIBLIOTECA DE FORMAÇ.ÃO FAMILIAR

A "Colmeia", conhecida instituição que se dedica há 20 anos à fo1 mação da juventude, acaba de lançar uma obra de fôlego, a B:blioteca de Formação Familiar. Esta verdadeira enciclopédia do lar, conta com a colaboração de ccn!~ec i dos educadores, psicólogos, religiosos, sociólogos, médiccs, advcgados, assistentes sociais, nutricionistas que unira .n o; seus esforços num trabalho coordem•do e paciente. Dentre ê\es folgamos em assinaiar nomes de vários equipistas: Carmen e Robertc Bonecker, Silvia e Antonic Varela, Alvaro Malheiros, Dagmar e Darcy Velutini, Nicolau Zarif. . . além de personalidades não menos conhecidas: Pe . Jairo Moura, Alceu Amoroso Lima, Tida e Ernesto Lima Gonçalves ... Maria Junqueira Schmidt, Seria preciso mencionar a listJ tôda de colaboradores, para não cometer injustiças. A obra é constitu ída por 8 volumes fartamente ilustrados, cada um dêles ded·cJdo a um assunto: 1 . Matrimônio, amor e vida. 2. O Matrimônio, inst ituição. 3. A es;:era e a chegada do bebê. 4. Adolescência e Juventude. Educação sexual. 5. Puencultura e Higiene mental. 6 . Econcmia doméstica .7. As relações domésticas. 8 . Forno e fogão. A simples enumeração dos vários volumes é suficiente para verificar a ampla soma de conhecimentos úteis que esta obra abrange. O carinho e seriedade que orientaram cs seus autores, são outros tantos motivos para recomendar esta magnífica "biblioteca de formação familiar". ou teleProcure a "Colmeia"- Rua Marina Sintra 97 fone para 80-2258, solicitando mais informações e planos de venda.

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ATRAV~S

DO BRASIL

DOIS DIAS EM MARÍLIA

A convite do Casal Regional, lgnez e Orozimbo, fomos representar o Movimento na instalação do Setor de Marília e cerimônia de compromisso da Equipe 2 Nossa· Senhora de Fótima. Acolhida fraterna, estilo "equipe". A instalação do Setor e o compromisso da Equipe, realizaram-se no dia 22 de maio, durante a missa celebrada no Seminório pelo Bi~o diocesano, Dom Hugo Bressane de Araujo. Presença quase total dos equipistas da cidade, além de alguns convidados. Impressionou-nos sobremaneira a confiança que Dom Hugc deposita no Movimento e o franco apôio que déle recebem as diversas iniciativas apostól.icas dos equipistas. Foi na verdade comovente, ouví-lo durante a homilia, após algumas referências ao Movimento, pedir ao's equipistas que o ajudassem, fundando equipes em duas cidades de sua diocése, onde precisava de colaboradores. A divulgação da experiência vivida pelo Movimento em Marl11o, suo evolução, o maneira como foram superadas as suas n.3o pequenas di flculdades, podem ser um encorajamento po·a as equipes de outras cidades. E como cada Setor ter6 certamente experl~nclas construtivos para upôr em comum", resolvemos Incluir na Carta Mensal uma seção onde sucessivamente Iremos apresentando um "retrato" sincero e objet-Ivo de cada Setor. Neste sentido estamos escrevendo aos diferentes Setores. As colaborações serõo publicadas na ordem em que forem recebléos.

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A Setor de MarUia Marllia é uma cidade moderna, fundada h6 35 anos. 62.000 habitantes aproximadamente. Ruas largas, asfaltadas, ampla rêde de ensino, centro de uma rica zona do Estado de São Paulo. O Movimento das Equipes de Nossa Senhora foi levado a Marília, em princípios de 1960 por Edy e Ubaldo Puppi, quando êste veio de Curitiba para reger a cadeira de Filosofia na Faculdàde local. Graças ao zêlo dêste casal fundou-se a primeira equipe, com a autorização de Dom Hugo e o a.pôio dos Misslonórlos canadenses. Outras se lhe · seguiram e o Movimento atingiu ali, alguns anos depois, a fase de "CoordenaçãoH.

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A experiência tem demonstrado que as equipes, como tudo o que é vital, atravessam no seu crescimento períodos de lutas, trabalhos, crises enfim, altos e baixos que, enfrentados com espírito de fé, com sacrifícios e gener'Osidade, podem se tornar para elas em motivo de graças, de afirmação, de aprofundamento. Assim foi para Marília. Os acontecimentos políticos de março 1965 desencadearam entre as equipes daquela cidade, uma crise que as atingiu duramente. Eram então 7 equipes. Diversidade de opiniões, interpretações contraditorias de atitudes, favo· recidas pelo ambiente conturbado do momento, levaram alguns casais a deixar o Movimento. Duas equipes se dissolveram. Durante cêrca de oito meses os equiplstas viveram êste clima de 1n· compreensões, de angústria que se torna mais agudo nas cidades menores, onde se é mais visado.

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Mas os equipistas souberam reagir e demonstraram ter compreendido que o auxílio mútuo e o amor fraterno são postulados que devem ser vividos na hora certa, custe o que custar. Dois equipistas tinham sido envolvidos nas malhas das incompreensões políticas, detidos e demitidos das funções que exerciam. Durante todo êste tempo, aos equipistas prêsos e às suas famílias nada faltou, desde o confôrto da amizade, até o auxílio material. Oito meses depois, esclarecida a verdade, foram reintegrados em suas funções, demonstrada que foi a Injustiça por êles sofrida.

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"Vencemos essa crise, dizem êles, com muita oração e penitência, graças a muita .dedicação, energia e firmeza . Essa crise obrigou os equipistas a uma opção. Saímos dela engrandecidos e fortificados . Quando todos olhavam as equipes com suspeição, o testemunho de auxílio mútuo e de caridade fraterna dado então. conquistou para as equipes o respe ito da cidade" . Atualmente ~ a seguinte a situação do Setor. Foi fundada uma nova equipe em 65 e 3 outras no primeiro semestre de 66 . Há solicitação de sacerdotes e casais .para a fundação, ainda êste ano, de novas equipes em Garça, Oriente, Dracena, três cidades da mesma diocese . Uma tentativa infrutífera em Echaporã, qu e não vingou por motivos vários, inclusive a remoção do Assistente. Atualmente o Setor conta com 9 equipes, sendo 1 compromissada . Outras atividades apostólicas Prf:Jiaração para o casamento Já foram dados 6 curso;, sendo dois em cidades visinhas. Num 'dêles houve a participação de elementos não equipistas. Palestras para casais Foi feito um ciclo de palestras para casais, nos moldes cios cursos para noivos, devidamente adaptacios . Dada a sua aceitação, um nôvo ciclo estava sendo programado para junho. Cuno de formação religiosa , num total de 20 aulas, organ izado depo is de uma pesquisa entre os equipistas. ~ste curso, aberto a tôda a cidade está em andamento, sendo ministrado por sacerdotes e leigos . Palestras diversas. As relações amistosas entre as equipes ~ o clero suscitam frequentemente a participação de equip;stas em palestras nos vários educandários da cidade. Por ocasião de uma "Semana de Pastoral" para o clero diocesano, 2 equipistas foram wlicitados a falar, tendo abordado res;pectivamente os temas: "'J que os casais esperam do sacerdote" e "o que os casais podem oferecer à Igreja" .

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Relações com a Hierarquia, muito boas. Contatos frequentes Já salientamos a confiança que Dom Hugo deposita nos equipistas, o que lhes dá urna grande responsabilidade e exige dêles um esfóêrço cada vez maior de craçõo e fidelidade ao idea l do Movimento e aos apêlos da Igreja. Acha-se finalmente em c reparaçõo uma série de pa lestras para ?dolescentes constando de 4 reunrões, nas quais, através de debates, será dada aos jovens opcrtunidade de esclarecimentos. E'stas reun ões serão feitas em casa de equipistas.

QUAL DtLES LHE FALTA? Para viver normalmente , você p·recisa de 2. 700 calorias por dia. Se sua alimentacão fôr pobre demais, faltar-lh~-:io ene rg ia, alegria , Entusiasmo. • E agcra pense na ~ua vida esp:ritual. Será que você pode viver sem al :mento? E qual é o seu atimtnto necessário? Cristo lhe responde claramente 0 "M inha carne é verdadeiramente comiC:a: quem come minha carnt permanece em m im e eu nêle". Quantat vêzes você comunga? Quatro vêzes por ano? Uma vcx por mês? O eq11 ipista que comunga com fé e amor, tem energia, animação, coragem, eSJiirito apostólico! Quando você comunga é Cristo que passa na sua vida, na sua família, na sua equipe, trazendo-lhe paz, harmonia, dinamismo, alegria, amor. Nos seus "carnets intimes", o grande filósofo Blondel, ainda jovem, esçrevia: "Cada manhã quero, de joelhos, na minha escrivaninha, consagrar 15 minutos à m.e ditação ... terei por livro principal a santa comunhão, onde luei, na intimidade do coração. tôda a ciência do homem e de Deus". Meu caro equ'pilta, por que você tem tanta dificuldade para rezar e comungar? Qual dêles lhe falta? O tempo ou o amor? Pe. Alberto Boissinot

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IMPÓSTO SÓSRE A RENDA? As normas que o Movimento propõe aos casais, e que êstes se comprometem voluntàriamente a cumprir, nada mais são do que "instrumentos11 colocados à nossa disposição para ajudar-nos' no amadurecimento humano e cristão. A experiência mostra, com efeito, que são meios eficazes e nos protegem contra a nossa natureza, de per si inconstante e volúvel. Hó entretanto uma obrigação que, à primeira vista, nada tem que ver com a nossa vida espiritual. ~ a contribuição. Em que, a minha oferta ao Movimento "do produto de um dia de trabalho por ano" poderó contribuir para me ajudar no esfôrço exigido para o meu aperfeiçoamento cristão?

A contribuição pode apresentar para o equipista um simples óspeto econômico e ser considerada como um "impôsto" solicitado para atender às despesas do Movimento, muito particularn1ente às despesas de Secretaria. Uma espécie de impôsto sôbre a renda que a gente instintivamente procura reduzir à expressão mais simples •.. Entretanto, o que o Movimento pede, é o produto de um dia de trabalho. Seró que se limita sirT\plesmente a algumas moedas? 1Numa civilização tôda material e utilitarista como a que vivemos, reduziu-se o trabalho a uma simples móquina de produzir dinheiro. O operório trabalha JNra ganhar o pão de cada dia. O intelectual põe a sua inteligência a serviço de determinada atividade JNra viver no confôrto ou na abastança. E o ideal primeiro, para grande parte da humanidade, é o esfôrço ingente de con-

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quistar, pelo dinheiro, uma posição que dê poder, prestígio, e a possibilidade de satisfazer tôdas as ambições. Não terá o trabalho outros valores? Será êle simplesmente uma ação remunerada, ou terá um valor mais elevado, uma no· breza mais à altura da dignidade do homem? Para o cristão, co· loca-se aí todo o problema da espiritualidade do trabalho, ou, mai~ exatamente, "da espiritualidade do homem submetido à lei do trabalho" ( I )

• O trabalho pode ser encarado pelo cristão sob váriOs óspe-

tos, dos quais podemos destacar dois. Como lei da própria natureza humana, é êle uma prerrogativa do homem, ca;paz de utilizar as suas próprias capacidades, o seu poder inventivo e criador, para colaborar na organizaçao e aperfeiçoamento do universo, ou contribuir para o bem estar da humanidade. Em outras palavras, para colaborar com Deus no processo de criação continuada de um mundo em perpétuo vir a ser : "Deus tomou o homem e o colocou no Jardim do Eden para o cultivar e guardar " ( Gen 2 , 15) . Com a queda do homem, ve io a maldição de que o Gênesis nos dó a terrível síntese: "A terra será maldita por tua causa. Tirarás dela com trabalho penoso o teu sustento todos os dias de tua vida. . . Comerás o teu pão com o suor de teu rosto até que voltes à terra de que fôste tirado" (Gen 3, 17, 19).

A esta lei de expiação, pode-se aduzir uma lei de reparação. "Em face do pêso do trabalho, da fadiga, do sofrimento que causa; ante as revoltas do corpo ou das solicitações da preguiça,

( 1) R. Voilaume Fe·mento na massa . Recomendamos a l eitura cN!ste livr:> e o capftulo "Trabalha" que Inspirou estas linhas.

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é preciso saber que estamos ocedecendo a uma lei imperat iva de Deus, na qual somos d iretamente interessados . Pode-se traba lha· forçado , obrigado pelas cont ingênc ias da vida . Pede -se traba lhar por amor, dentro da ord e:11 espec ialmente dese jada por Deu;. O traba B~ o torna-se assi m um liame ent re Deus e o homem , co mo que um encontro na obediênc ia". Vollaume ) .

• Posso portanto, como pagão, suportar o trabalho num sent imente de revo lta ou num sentido puramente util itório, ou , como cristão, inserir-se no grandioso trabalho de construção do un iverso, aceitando, por outro lado, a minha parte de expiação pelos desvar:os da humanidade e cferecendo a Deus uma pequenina parcela de re9aração por mim e peles meus irmãos. Compreende-se agora que a oferenda do produto de um dia de trabalho possa ter um valor espiritual. E que a contribuição que nos é pedida pelo Movimento possa realmente contribuir para a realização, o aperfeiçoamento humano e cristão . O que vou oferecer ao Movimento , não são mais, apena s, algumas moedas . Mas sim a minha parte no esfôrço criador do homem, a minha parcela no cumprimento consciente de " u:11a le i de ex;piação e de reparação imposto por Deus à humanidade inteira" .

• Este sentido da contribuição, foi abordado, no último Encontro dos Responsáveis de Setor e Coordenação, pelo Assistente do Setor de Florianópolis. Por não tê-lo compreendido é que se vêem algumas vêzes, nos relatórios, certas contribuições de equ ipe que nos levam a concluir que seus membros nem mesmo percebem o salário mínimo .. .

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Para ilustrar o que é a compreensão do sentido da contri · buição, contou-nos alguns fatos testemunhados por êle própr,o, quando Diretor de uma seção da JOC !Juventude Operária Católica) . Numa de suas reuniões, ao se fazer a coleta das contribuições - o produto de um dia de trabalho, também - um do5 presentes, operário braçal, excusou-se em dar a sua contribuição e explicou porquê: "Estamos trabalhando na abertura de uma estra· da, disse êle mais ou menos. O trêcho que estamos abrindo é de terra fácil de cavar. Mas o chefe de turma nos avisou que na próxima semana iremos rasgar uma encosta pedregosa e dura. E êste dia de trabalho mais penoso que quero oferecer . Entregarei ;; minha contribuição na p róxima reunião" . · Uma doméstica, noutra reunião. deu um testemunho idêntico; "O próximo sábado é dia de "faxina" . E o d ia de trabalho mais penoso e cansativo. Quero oferecer êstQ dia, para minha contribuição". Estes jocistas tinham compreendido a mística da contribu:ção. E nós?

SESSÃO DE FORMAÇAO PARA DIRIGENTES -

12 a 15 de agósto

As nossas antigas "Sessões de Quadros" passaram a denominar-se, com maior clareza, "Sessões de Formação para Dirigentes" . Com a difusão sempre crescente das equipes, vinha se tornando cada vez mais difícil a realização de um único Encontro, em

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São Paulo. Este ano serão realizadas simultôneamente duas Sessões, uma e~ Yalinhos e outra em Florianópolis. Para a primeira (Valinhosl, estão sendo convocados os equipistas dos Estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Guanabara e São Paulo. Em Florianópolis reunir-se-ão os membros das equipes do Paranó, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Como é sabido, estas "sessões" destinam-se aos Responsáveis de Setor e Coordenação, bem como aos res,petivos membros, aos Casais de Ligação e Pilotos, aos Dirigentes de Cursos de Preparação ao Casamento e Círculos Familiares. Importante é esclarecer que as Sessões de Formação não se ~estinam sõmente aos que estejam desempenhando um cargo de direção, mas também àqueles que poderão vir a desempenh6-lo posteriormente. O número de inscrições é limitado, tanto num como no outro local. Em vista disto, os Re~ns6veis de Setor e Coordenação j6 foram alertados com grande antecedência, para os contatos necessários e preenchimento das respetivas "Fichas de Inscrição". DOIS SETORES CONFRATERNIZAM Experiência que merece destaque - e imitação - · é a que foi vivida pelos Setores de Jaú e Marília, nos dias 4 e 5 de junho, com a realização de dois "Di~s de Estudos" para todos os equipistas. O programa, cuidadosamente preparado em conjunto, constou de atos litúrgicos, palestras, grupos de trabalho, troca de idéias e experiências. O Setor de Marília, encarregou-se da parte "intelectual". Foram os casais dalí que pronunciaram as v6rias palestras: "A evo. lução da família brasileira" (Marilene e Silvio Pereira Guimarães), "Nós e os outros" (Conceição e Clovis Tavares Dias), "Vida do Movimento". O Assistente do Setor, Pe. Alberto Boissinot, assu-

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mlu a responsabilidade das palestras de espirltualldade: "A família e o Concílio" e a exortação de encerramento. I~

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Todo o trabalho "material'' ficou a cargo do Setor de Jaú: hospedagem dos casais vindos de outras cidades, refeições, local do encontro, organização dos Grupos de Trabalho, etc. Segundo nos contaram lgnez e Orozimbo Loureiro Costa, que também estiveram presentes, tudo correu muito bem e certamente produziu nos casais o mesmo impacto que aqui se verifica por ocasião dos Dias de Estudos dos 'Responsóveis. Iniciativas como esta contribuem certamente para que o Movimento seja compreendido com maior profundidade, além de realizar um intercambio de ex.periências dos mais frutuosos e uma abertura das equipes, pelo mútuo conhecimento de seus casais. REUNIOES MISTAS Iniciativa das mais interessantes foi tomada pelo Setor de Ribeirão Preto, com a realização de "reuniões mistas", escalonadas durante todo o ano. As primeiras tiveram lugar em 25 de março e 2 de abril. Em cada uma daquelas datas, formaram-se 4 grupos integrados 1por casais de vórias equipes do Setor. Cada grupo realizou então uma verdadeira reunião de equipe, com todas as suas partes, inclusive troca de idéias sôbre um tema previamente marcado. Nessas reuniões encontram-se portanto casais que por vezes nem mesmo se conhecem e é entre êles que se procede à oração pessoal, a co-participação, a partilha, a trOCO\ de idéias. Hó, evidentemente, ampla troca de experiências e, particularmente, durante duas ou três horas, o alimento para uma confraternização em profundidade. Estas "reuniões mistas" contribuem certamente para estimular e fortalecer o conhecimento entre todos os casais do Setor e desenvolver assim o espírito de família que deve reinar entre os aquipistas, fazendo realmente do Setor, uma "equipe de equipes". A iniciativa de Ribeirão, merece pois francos aplausos e. . . imit;~ção.


EQUIPES COMPROMISSADAS Graças à melhor compreensão do significado do "compromisso", como também da importância de sua realização dentro de um 1prazo razoável, mas limitado, o número de "Pedidos de Com~romisso" vem aumentando. Por outro lado, para facilitar o estudo dcs documen'tos, foi também criada ~ma "Comissão Local dos Compromissos" que elabora um resumo de toda a documentação. enviando-o ao Centro Diretor para decisão final. Podemos assim assinalar o compromisso já efetuado, êste ano, das seguintes equipes: I

Florianópolis 2 - 4 - 5 - 7 -

No dia 20 de março estas quatro equipes realizaram em conjunto a cerimônia do compromisso, tendo representado o Movimento o Responsável do Setor, casal Dilma e Miguel Orofino.

I

r.

Marília 2 -

É a primeira equipe de Marília que se compromissa . A cerimônia realizou-se a 22 de maio, durante a Santa Missa celebrada pelo Bispo da Diocése, Dom Hugo Bressane de Araujo, sendo representante do Movimento, para testemunhar o ato, o casal Nancy e Pedro Moncau Júnior.

Esta equipe assum iu o compromisso em junho do ano findo, deixando de ser publicada a respetiva notícia na Carta Men·sal. A cerimônia foi precedida de um dia de recolhimento, pregado çor Pe. Claudio, tendo sido realizada durante a missa. Testemunhou o ato, em nome do Movimento, o · casal Gloria e João Payão Luz.

São Paulo 19 -

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EQUIPES ADMITIDAS Bélg ica - Ar lon 8, Cha rl e roi 19, 22 , Libramont I, Liege 63, 6 4, 6 5, Mons 5. B'rasil - Angatuba 2, Rio Claro 2, São Paul o 5 5. Canadá - Sherbrooke 5, 6, Thetford - Mi nes 1. Espanha Barce lona 84, 85, 86, 87, 88, 9 0, 91, 92, 93 , J ae n 4 , Ma dr id 18, 19, 2 C, 21, Orense 2, Palencia 3, T a rrag ona 1. Va lencia 20. França - Autu n 2 , Bayel 1, Bayonne 2, Besan çon 4, Biesles 1, Bl;;i nvil le 1, Cr.ôlcn-sur- Sac ne 3, Lille 23 , Lyon 24 , Marse lha 2 3, Pa ntin 2, Pa ris 106, Tourc oi ng 4. Marrocos Rabat 2 . Portugal - Coi mbril i 5, Li sboa 31, Ponta De lgadll 1, Porto 21 , 28, 30 . U . S . A. Los Angcl eg 5.

EQUIPES COMPROMISSADAS Délg:ca Bruxelas 42 , 79, 8 2 , Ga nd 3, Lieg e 37. Bruil Floria nópolis 2, 4, 5, 7, Ma ríl ia 2, São Pa u lo 19 . França - A!::lon 2, Cholet 4, FIixeccurt 1, Givors 1, Le Ha vre 7, Limoges 7, Lyon 2 0, M a rselha 21 , M ulh ouse 14, Vannes 7 , Vil le ne uvc -le -Roi 2 .

SÃO AS SEGUINTES AS EQUIPES DO BRASIL ADMITIDAS Angah:ba 2 - Equ ipe N . S. da Alegria Ass istente: Pe . Antonio Valencia de Olive ira C. Re spons .: Eulina e Levy Lisboa Rio Claro 2 Ass istente : Pe . Augusto C. Respons. : Firmina e Geraldo Vieira Dutra Siio Paulo 55 Equi;.:e N. S. das Mercês Assistente: Pe. Francisco Lefevre C. Respon s.: Gilda e Eduardo Chaves Rodrigues XVII


DEUS CHAMOU A SI · Registramos com pezar o falecimento de dois membros das nossas equipes : Darcy Gonçalves Carvalho, da Equ ipe de Nossa Senhora Porta do Céu, de Campinas. Deixa a espôsa. Carmen M. Carvalho e do1s filhos menores. Faleceu no dia 1 .0 de janeiro de 1966. Âidê Mello Galucci, da Equipe 1 de Ribeirão Preto, falecida a 17 pe março último, deixando o espôso e duas meninas. O Boletim do Setor de Ribeirão Preto noticiou o falec imento com palavras repassadas de ternura e saudades. Dêle extraímos alguns trêchos: "Nós todos perdemos a Dedê. Em nossa equipe não teremos mais aquele seu testemunho de verdade, de bom senso, de amor de casal unido. Em meio às nossas orações, às nossas lágrimas, àquela lembrança dela que mais se particulariza em nossa mEmória, fica-nos o confôrto de que ela se comportou de modo edificante o tempo todo, paciente, corajosa, cheia de esperança, de fé. Resta-nos a convicção de que ela deve estar junto de Deus a quem muito amou, e de quem deu testemunho até o fim. . . E d~is já no fim, é êle, o Galucci, que se põe a preparar a Dedê, a rezar com ela, para que tenha uma morte tranquila : "Vamos rezar como nós sempre fizemos juntos, você terá mais paz" . E foi i!.to que deu a ela a calma, a confiança de passar pa ra a outra vida, não sem antes lhe dizer o seu amor . . . Resta a nós equipistas, ao lado da tristeza desta s~paração, a lição de fé e esperança que nos deu . Que a nossa presença ajude o Galucci, que a nossa amizade envolva as duas meninas. Que as nossas orações intercedam por Dedê" .

A Carta Mensal francesa notícia mais mentos:

os

segu intes faleci-

Robert Brusseau, da Equipe Aubigny 1 !França). Huno Mourão, da Equipe Lisboa 1 (Portugal) .

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PROFISSÃO RELICIOSA Thérese Capelle.,. filha de Jean e Marguerite, da Equipe Blois 2 (França), nas Beneditinas de Lisieux. Dominique Faucheux, filha de Jean e Colette, da Equipe Paris 9, nas religosas contemplativas de Nossa Senhora de Sião.

NOVOS SETORES Dentro da estrutura do nosso Movimento, a instalação de um novo Setor tem um significado muitc marcante. ~ índice de expansão e de maturidade. De expansão, pois não se instala um Setor numa cidade a não ser quando tem mais de 5 equipes. De matur idade, porquanto a Equipe de Setor assume plena responsabilidade sôbre as equipes sob a sua dependência e animação. E: .portanto motivo de regozijo para todos nós, a notícia da imtéllaçõo dos Setores de Ribeirão Preto e de Marília. O de Ribeirão Preto foi instalado a 15 de maio, tendo participado do ato, o casal Glória e Payão, responsáveis da ECIR, e lgnez e Orozimbo, responsóveis da Região Interior do Estado. 1·-

O de Marília, realizado em 22 de maio, foi testemunhado pelo casal Nancy e Moncau, membros da ECIR e foi efetuado durante a missa celebrada pelo Snr. BisPO da Diocese, Dom Hugo Bressane de Araujo. A Carta Mensal francesa noticía ainda a instalação dos seguintes Setores: Na Bélgica, Bruxelas F. No Canadó, os de Quebec e Sherbrooke. Na Espanha, os de Barcelona G e Madrid B. Nos Estados Unidos, o de Washington. Na França, os de Marselha B e Maison-Lafitte.

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CALENDÁRIO

Agôsto 1 2 a 1 5 -

Sessão de Formação para Dirigentes

Locais: Valinhos, para os equipis!as

dos

Estados de Minas

Gerais, Rio de Janeiro, Guanabara e São Paulo . Mono das Pedras, Florianópolis, .para os equipistas do Paraná ,

Santa Catarina e Rio Grande do Sul . Outubro 1 - · Dia d e Estudos pa ra os casais pertencente s de Campinas, Em Campinas.

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Setcr

Outubro 8 e 9 Dias de Estudos para os casais pertencentes às Equ ipes de Ja ú e Ribeirão Preto. Local : Colég io Vita ct Pax, em Ribei rão Preto. Novemb ro 27 - Confratern tzação dos casai s do Setor de Ribeirão Preto, em preparação ao Natal. RETIROS

Setores dE São Paulo

<\g ôsto 5 _ 7 Em Barueri Pregador : Cônego Angél ico Sandalo Bernudino 19 21 Em Valinhos -- Pe . Dar io Bevil acqua Se temt.ro 2 4 Em p.aruer i Pe . Ignácio Agero 16 1 8 -- E:11 Valinhos Frei Bernardo Catão Outubro 7 - 9 - Em Baruer i - Mcnsehor Antonio Pedro MiziarJ 14 16 Em Valinhos Pe . Waldemar Conceição 30 - Ncv . 2 - Em Valin hos - Reservado para as cúpulê3 de todos os Mov imentos d!! Casais Prega.dores : Cô nego Lucio Floro Graz iozo e Frei Luiz Gonzaga Costa . Novembro 18 20 Valinhos 25 27 Em Barueri Pe . Frederico Dattler

XX

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Setot do Rio de JeMlro Ágõsto 5 7 Em Casa da GOvea ~ Rio Fernando Bastos Avila

Pregador: Pe.

Setor ele Rlttei•o Preto ,1_

Setembro 16 -

18 -

Em Br-odOOqu i

Setor de C.mplnu Outubro 21 - 23 - Na Chócara São Joaqu im Pe . Luclo de Campos Almeida

Valinho& -

ORAÇÃO PARA A PRÓXIMA REUNIÃO

No dia 15 de agôsto, a Igreja c-elebra uma das grandes fes. tils em honra de Nossa Senhora : a Nsunção da Santíssima VIrgem . "Bendrta entre as mulheresn em ruão de sua maternidade divina, a Virgem Imaculada, que desde a sua Conceição tivera o privilégio de ser isenta do pecado original, nõo devia conhecer !'I corrupção do túmulo. Ao fim de s~a vida terrena, foi ~veda em corpo e alma à gl&ia do ceu. Associemo-nos à oração da Igreja, recitando alguns dos tex· to' da Missa em honra da Assunção da Santfssima VIrgem.

XXI


TEXTO DE MEDITAÇÃO (Epístola da Missa -

Judite 13 ,22-25)

O Senhor te abençoou com a sua fortaleza, porque lle por ti aniquilou os nossos inimigos. Tú és b~ndita, ó filha, pelo Senhor Deua altíssimo, entre tôdas as mulheres da tena,' Bendito seja o Senhor, criador do céu e da terra, que guiou a tua mõo JMra cortar a cabeça de nosso maior inimigof lle deu nêste dia tanta glória ao teu nome, que nunca o teu louvor cessar6 de ser celebrado pelos homens, que se lembrarão eternamente do poder do Senhor. Ante os sof_rimentos e a angústia de teu povo, não poupaste a tua vida, "mas· ialvaste-nos d• ruina em presença de nosso Deus. Tú és a glória de Jerusalém, a alegria de Israel, a honra de nossó p0y0,

: ORAÇÃO LITúRGICA (Hino das Vésperas da Festa)

O' VIrgem excelsa. concebida do Espírito do Criador, preclestin~da para traseJ' no ventre o Filho d~ Altíssimo. Sois vós a Mulher anunciada aos demllnios como sua etema inhniga: Só v6s sois cheia de graça, na yOSSa Conceição Imaculada •

..

Em vosso ventre concebeis a vida, e, fornecendo uma "rne 4 VItima divina destinada a ser imolada, reparais a vida perdida por Adão. Preço devido ao pecado, a morte vencida vos abandona: e, associada ao vosso divino Filho, sois em corpo levada ao Céu. Fulgurante de tão grude glória, é ele~ada t6da a '!aturen. ~hamada a atingir em- vós o cume d~ todo ci esplendor.

XXII


0' Rainha triunfante, sôbre n6s, os desterraclot, volvei OI vossos olhos, p·ara que, tendo-vos por gula, alcancemos a felbr pátria do C,u, Gl6rla Vos seja dada, 6 Jesus. que da VIrgem Mõe nascestes, ao Pai e ao Espírito Santo, pelos nculos sempiternos. ORAÇÃO

Suba até Vós, Senhor, a oferta de nossa clevocão e, peb lnterceuão da Santíssima Virgem Maria que subiu ao Céu, que 01 nossos cor~ães, Incendiados no fogo da carl4.tde. suspirem sempre por Vós. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, que Hndo Deus vive e reina conVosco em unidade com o Espírito Santo,

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EQUIPES DE NOSSA SENHORA

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CO'lJ\19~1 e. f~mlh~R

CENTRO DIRETOR . Secr. Ceral . 20, Rue des Apennins . PARIS XVII BRASIL

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Secretariado

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Rua 13 de Maio, 1263

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SÃO PAULO 3


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