carta mensal Equipes de Nossa Senhora equipes novas n .o 18 •
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Editorial Nossa vida de equipe .. . ......... . Nossa vida no movimento . . .. . .. . Nossa missão ... . .............. ... . Precisam.se de pedreiros . ...... . . Nossos grandes inquéritos .. . . ... . A oração o nosso apolo .. ...... . . Oração
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"Que sejam um" Vivemos há 48 horas (apêlo feito pelo Pe. Caffarel na noite do Encontro de Responsáveis realizado em 1959) mais uma grande experiência de vida fraterna. Esta fraternidade, que sentimos em todos os níveis, seja equipe, setor, encontros regionais, revela melhor com mais riqueza nestes encontros internacionais do que em qualquer outra ocasião. Parece que nossa alma se abre maravilhosamente, sempre que passamos uma fronteira. Se isto é verdadeiro no plano humano, mais ainda o é no cristão. No mais íntimo do nosso eii de batizado, há o sentido, o desejo, o gôsto pelo universal. Encontra-Se no coração de cada cristão a capacidade da Igreja para reunir em seu âmago homens de tôdas raças, línguas, côres e condições. - "QUE SEJA UM", foi a ordem de Cristo no momento mais solene da Sua vida. São Paulo alguns anos mais tarde retomou-a nesta admirável passagem da Epístola aos Gálatas: "Todos vós sois filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus. pois quantos fostes batizados em Cristo revestiste-vos de Cristo. Não há Judeu nem Grego, não há escravo nem livre, não há homem nem mulher, pois vós sois um só em Cristo Jesus". 1
A Igreja católica é o PONTO DE R.EUNIAO deste encontro universal. A ambição do nosso Movimento é ajudar os seus membros a viverem esta grande fraternidade em Cristo e na Igreja. Não pretende ser uma igreja dentro da Igreja, mas um agrupamento que permita casais de todo o mur.do conheceremse, amarem-se, unirem-se para louvar a Deus e proclamar o Seu amor. Foi assim que sempre compreendi as Equipes de Nossa Senhora e foi esta esperança que presidiu à sua fundação.
Ê fá.cil então avaliar a minha decepção quando ao ouvir um casal declarar-me: - "Mas que me interessa ler na Carta Mensal que foi lançada uma nova equipe na Califórnia?" Mesmo que êste casal cumpra perfeitamente as obrigações dos Estatutos posso garantir que não compriendeu nada das Equipes de Nossa Senhora. Não se admirem pois se o Centro Diretor repelir energicamente quando surgirem tendências particularistas ou quando quiserem erguer barreiras no Movimento. Queremos isto sim que casais· de todos os meios sociais, d.e tõdas as nações, de todos os graus de cUltura e qualquer que seja a cõr que tenh~m, se sintam bem, integrados, entrosados dentro das Equipes. É pois com êste mesmo espírito que nos opomos aos que queiram modificar as estruturas, os métodos para assim corresponderem melhor, segundo pensam, a mentalidade da sua região ou de seu pais. No dia em que cada país, cada região adotasse uma estrutura, um método, perderia o Movimento a sua unidade. Já não haveria um único Movimento mas tantos Movimentos como países, e nos encontros de Responsáveis veríamos chegar cada delegação com sua bandeira à frente, na bagagem o "bairrismo " ou, o que é ainda mais grave, com o chauvinismo no coração. Na realidade, por mais extraordinário que isto pareça, casais de Essen, na Alemanha e de Los Angeles na California, casais brancos ou casais de cõr na Ilha Maurícia, casais da Dinamarca ou do Brasil; dão ~ se perieitamente nas estruturas e métodos do Movimentos, sentem-se à vontade. Não é de admirar : no plano espiritual não há fronteiras. Sei que me compreendem, e sentir-se-ão muito felizes ao ouvirem trechos de duas cartas de um missionário no Japão. Encontramos a primeira ao voltarmos de Roma. E dizia : - De regresso ao meu centro missionário, envio~vos calorosas saudações. No momento nós trabalhamos na tradução para o japones, dos Estatutos e de outros documentos das Equipes de Nossa Senhora. Entretanto no mesmo tempo Vou começar com um grupo de casais da minha paróquia. Em julho vou ter a oportunidade de falar do Movimento
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em uma grande reunião de sacerdotes e leigos a fim de torna-lo conhecido, no Japão. Contamos ter até la tudo traduzido . . . Queremos estar sempre em total união com o Centro, apesar de estarmos tão longe. Nova carta recebi a poucos dias, e dizia: - Fizemos nossa reunião no dia 23 de outubro, foi a nossa primeira reunião. Nesta comunidade de casais sentimos bem que o Senhor estava no meio de nós. O Japão tem portanto agora a sua primeira equipe, for mada por cinco casais. Pessoalmente estou certo que muitas outras irão surgir. Nesta época de "universalisaçã o do mundo " não deverão ser os cristãos os primeiros a desejá-la? HENRY CAFFAREL
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:e:ste é o último número de Carta Mensal para as equipes novas; doravante vocês passarão a receber a Carta Mensal "normal" ou "ordinária", se preferirem. Antes de terminarmos esta série revimos os 17 primeiros números e ficamos com a sensação de que havia ainda muito a dizer a vocês. certos pontos pareceu-nos nunca termos abordados. Outros achamos que o fizemos de modo superficial. Que fazer? Prolongá-las por mais um ano? Achamos que não, era muito útil. O seu conhecimer..to do Movimento não depende apenas da Carta Mensal, mas de um conjunto de reúniões, de contatos, de leituras. Quisemos então neste último número desta série dar a vocês como conclusão dêstes dois anos um resúmo de certos assuntos muito pouco tratados mas de muita importância! 1l:ste número trata pois de três grandes temas, sem cor..tudo os esgotar, são êles: NOSSA VIDA DE EQUIPE NOSSA VIDA NO MOVIMENTO NOSSA MISSAO NA IGREJA
nossa vida de equipe A sua vida de equipe só se limita a reumao mensal, ou a reúnião mensal é apenas "O PONTO ALTO", ''MOMENTO SOLENE" de uma .v erdadeira vida de equipe? "Ajudarem-se uns aos outros a descobrir os apelos e a vontade de Deus. Ajudarem-se a corresponder a êles lealmente, corajosamente e sem demora: :Jl: a grande lei do Movimento, porque é a maior exigência da caridade fraterna, e porque é nossa ambição fazer de cada equipe um triunfo da. caridade fraterna" . Recordem as grandes leis do espírito de equipe que citamos na Carta Mensal n. 0 7: "Conhecer e dar··se a conhecer. Tomar a cargo e deixar-se tomar a cargo, etc . . . " ISTO EXIGE "VIDA DE EQUIPE" E NAO Só AS "REUNIOES"
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que será esta vida de equipe? claro que não podemos viver todos juntos, e na maior parte dos casos nem podemos nos encontrar todos os dias ou tôdas as semanas. Nem isto seria desejável! Nossa equipe não tem o direito. não deve separar-nos do mundo e da tarefa que temos de cumprir mas tem o dever de ter a verda'd eira preocupação de nos encontrarmos e nos ajudarmos mutuamente para cada um se sentir mais forte no seu lugar. Por exemplo: - encontro de dois casais numa noite. - telefonema para saber noticias de um casal em dificuldades, de um filho doente . . . ou para apoiar certo membro da equipe mais desencorajado ou enfraquecido. - dia de oração pela equipe, em que cada um por sua vez, reza pelos outros ou vai à missa em nome dêles. É
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conselhos pedidos fraternalmente a êste ou aquêle casal que supomos mais êapaz de nos ajr.dar. Oferta e aceitação de serviços materiais. encontro com o Assistente, individualmente ou em casal, encontros que podem ajudar-nos na nossa vida espiritua I, por exemplo para escolhermos ou cumprirmos a regra de vida. Jogar o jôgo da equipe não é sõmente vir a reunião mensal e praticar as obrigações dos Estatutos, mas sim dispor-se a uma intensa vida de auxílio mútuo material e espiritual. Cada equipe deveria se perguntar regularmente se o auxilio fraterna, tem progredido e quais os meios de fazê-lo. - Não seria a partilha com suas obrigações que deveria ser mais exigente? - Ou quando com "abertura" confiamos nossas dificuldades e esforços, não deveríamos fazê-los com mais franqueza e simplicidalle? - o estudo do tema não deveria ser encarado com mais seriedade? E as verdades descobertas passarem a fazer parte de nossa vivência cristã? Saber acolher melhor ou solicitar conselhos de outros equipistas? - ou ter a coragem de ;fazer aos outros críticas construtivas ou observações que podem lhes ser úteis? Cada um deve refletir sóbre isto, bem como também a equipe deve estar atenta a êste problema. A proposito vamos trazer de São Paulo êstes conselhos. São partes de epístolas que acharnt)s irão esclarecer, trazendo preciosos conselhos para as reuniões mensais, para nós e para nossa famílias: "Que a palavra de Cristo habite em vós copiosamente ao instruir-vos e advertir"vos mutuamente com tõda a sabedoria". (Col., 3. 16.) "Bendito seja Deus o Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo Pai das misericórdias e Deus de tõda consolação, o qual nos consola em tôdas as tribulações, a fim de podermos consolar aquêles que se encontra em qualquer tribulação." <II Cor., 1, 4.)
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"Atendarr.os uns aos outros para nos estimularmos na carid : de e nas boas obras, não abandonando a nossa 9.ssemblé1a, como é costume de alguns, mas exortando-nos uns aos outros." (Heb. 10, 24-25.) "Ainda que um homem seja surpreendido em alguma falta, vós os espirituais, tratai de o corrigir em espírito de mansidão . . . Levai os fardos uns dos outros e cumpri dêsse modo a lei de Cristo.)
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(Gal., 6, 1- 2.)
"Vós, irmão:;, fostes c:hamados à libérdade. Sàmente, não da liberdade um incentivo para a carne, antes, pela caridade t ornai-vos servos uns dos outros . .. " faç~tis
(Gal., 5,
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E por fim deixemos .para vocês a conclusão de São PedrO :
"Servi aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons administradores das várias graças de Deus." (I Pe., 4, 10.)
• "_Ta vivência das conclusões dos temas. estuda-
dos.
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enc.orporação no cotidiano das práH·
cns que o :vrovimento pede, vamos dia a dia valor izando nossa vida, 'e assim vivendo o Movimem~o··.
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nossa vida no movimento Uma equipe de equipes Cúm freqüência se di:t que o Movimento é uma "9lluipe de equipes". Muitas das nossas obrigações dos Estatutos dizem respeito à nossa vida no Movimento: - Oração das Equipes. - Acolhimento de outros casais, - Cotizações, etc . .. Sendo pois o Movimento uma "equipe de eq\lipes" , sua equipe, e cada um de seus membros, deve intere.:Jsar-se pela vida do Movimento e participar dela. Façam um rápido e pequeno exame de conciência para saberem si já adquiriram o sentido do Movimento (isto é importante porque entrar para as Equipes não é apenas estar em uma equipe e adotar os E<ltaíutos, mas também aceitar certa diciplina e certo espirito.) - Lêem vocês as fôlhas amarelas da Carta Mensal? Nestas fôlhas vocês lêem a relação das equipes compromiSsadas ou admitidas? (Esta lista tem o interêsse de demonstrar a expansão do Movimento, onde surgenr novos pontos do Movimento, e :por fim de nos unir às outras equipes.) - Como reagem quan~o é anunciada uma reúnião em sua cidade ou então um dia regional de estudos : a) Toma nota em sua agenda a fim de não se comprometer com mais nada neste dia? b) Ou diz: - Si não houver nada para fazer neste dia nós iremos! c) Nem presta atenção por aChar que não é obrigatório. - Nas páginas amarelas você lê: Dia tal, Dia de encontro de Responsáveis. Dia de encontro de Responsáveis? Isto não é conosco, é para o casal X. Pensarão vocês que talvez êste casal precise de vocês para 7
irem a êste encontro? Ou então um pouco de encorajamento, qualquer ajuda encarando êste compromisso que na realidade nos diz respeito também, pois se refere à equipe e ao Movimento. · - Se tiver de mudar de cidade ou então ter uma prolon gada permanência fora, procura saber si la há equipe, para por-se em contacto com ela? ... Com um pouco de imaginação poderiam os continuar êste pequeno exame de apego ao :rvrovimento. Mas tudo isto são aspectos negativos. Poderi~mos ainda perguni;ar se vocês se interessam pela expansão do Movimento em determinado meio ou país, onde êle não exista ainda, e onde poderia ser fonte de muitas graças. (Esta seria a ocasião de reúnir várias equipes, ajuda mútua na cidade ou no setor.) Amar é conhecer, vimos isto nos temas de estudo sôbre o casamento. Devemos amar o Movimento! É claro então que devemos conhecer bem o Movimento. Com esta finalidade vamos mostrar agora um aspecto importante das Equipes de Nossa Senhora, de que até agora não tínhamos falado. UM Só MOVIMENTO UMA Só DIREÇAO Na Carta Mensal n. 0 10 publicamos o quadro da estrutura do Movimento. Poderemos então observar que qualquer pequena equipe quer seja tie Guiana, dos Estados Unidos da Espanha ou da França, dependem da mesma direção. O Pe. Caffarel na conferência sôbre as Equipes de Nossa Senhora , feita em Roma em 1959 assim apresentou a uniaade ao Movimento: - O salto das Equipes de Nossa Senhora além das fronteiras e dos oceanos, criou um nôvo problema. Deveríamos criar em cada país uma direção nacional autônoma, ou conservaríamos um Movimento grande com uma só direção? A questão foi longamente discutida em encontros internacionais. Finalmente se optou por um movimento únic-o com uma só direção. Não foi para facilitar nosso trabalho, pois esta solução impõem pesa-
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das tarefas para a equipe dirigente. Mas nos parecia que quando uão somos impelidos, como nos casos de organisações culturais, sociais, políticas... se deve caminhar no sentido da unidade cada vez mais perfeita. Isto corresponde ao desejo do Cristo, revelado em sua oração da Noite de Quinta Feira Santa. O exemplo das ordens religiosas nos provam que no campo espiritual, não há fronteiras. Vocês são testemunhas desta experiência, e veem passar com alegria êstes dias juntos aqui em Roma. Depois de optado pela Unidade, se impos ao Centro Diretor que se constituisse por padres, casais de diversos países. que em encontros !internacionais, propiciassem trocas de experiências e pesquisas, isto se fazendo pou co a pouco, à mediõ.a que forem organizados os órgãos necessários. Um dos meus mais ardente desejo é que sarcedotes não franceses deem a sua colaboração ao Centro. Não é menos urgente que casais renunciando à sua proiissão se consagrem ao desenvolvimento e à ação apos-
tólica do Movimento. tanto no plano da Equipe Dirigente como em cada um dos outros países. Estas últimas lir•has nos preparam para as que se seguem . . . Não creiam com facilidade que elas não sejam para você, e sim para os "outros " .
.\s E .N.S. são: Escola de vida cristã. "Laboratório" de espiritualidade do cristão casado. CJntro de difusão de espiritualidade. Testemunho.
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nossa missão Querem que seu amor santificado pelo sacramento do matrimônio seja um constante louvor à Deus. Um testemunho aos homens. provando de modo evidente que Cristo salvou o amor. Também uma reparação pelos .p ecados praticados contra o matrimônio. Entendem dever ser, por tõda parte, missionários de Cristo. Devotados à Igreja querem estar sempre prontos a responder aos apêlos de seus Bispos e de seus Padres. Querem ser competente na sua profissão. Querem fazer de tõda as suas atividades uma colaboração com a obra de Deus e um serviço prestado ao homem Previlegiados? SIM! Açambarcadores? NAO! Em outubro de 1950 a Carta Mensal_publicou êste editoria.l que hoje transcrevemos, pois seu texto continua sempre atual. "Sois na verdade, previlegiados. É um facto quer queiram quer não. Açambarcadores, isto depende de vocês. Previlegiados . . . Açambarcadores . .. , não há grande dist.'i.ncia entre os dois têrmos e é fàcilmente transponivel se não temos cuidado. Façam um rápido balanço de seus previlégios. Em primeiro lugar imaginem um circulo e dividam em cinco partes. Tal qual partimos um bõlo. Uma das cinco partes representa a proporção dos católicos no mundo. Mas quantos dêles são só católicos de nome, sem nenhuma, sem qualquer prática religiosa! E entre os próprios praticantes a maioria só recebeu instrução religiosa rudimfmtar. Vocês são daqueles que fazem parte do pequenino número que se benificiou de uma formação séria na família, no colégio, etc. 10
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Mesmo neste pequeno número qua n tos terrlO e. oportunidade. ou melhor a graça que vocês t êm, de um belo amor cristão e da amizade de casais que t êm a mesma. graça. Que seguem o mesmo ideal de perfeição cristã no casamento. Voltem ao circulo. Temos que dividir a. quinta parte por cem, talvez mil . Um simples traço o. lápis é grosso demais para represen tar a categoria dCIS raros previlegiados a que vocês pertencem. Digam-me agora qual é a sua im]:ressão. Porque hão de ser vocês a né.o êles, entr e centena> de milhões de casais? . . . Gostaria que isto lhP-S fôs se i nsuporté Jel
Gostaria que se sentissem atormentados pela n ecessidade imperiosa de fazer que tais previlégios lhe seja m perdoados. Hoje não falarei do dever do apostolado em geral. Quero convidá-los simplesmente a fazerem tudo p ara que esta espiritualidade conjugal e fanúlhr que recebem nas Equipes vá até aos casais que o:; rodeiam. Fortifique a sua união que talvez se desagregue, reanime o seu amor, e lhes revele a:; riquezas do sacramento do matrimônio. Dêem um d(}polmento vivo de tôda a alegria e a fôrça que dá a amizade fraten1a entre os casais. Haverá falta de intusiasmo? Farão id éia até que ponto o ambiente em que .vivem ameaça a vida cristã e a união de tantos casais? Ah! Por amor de Deus, não me digam que não se pode fazer nada. Se amarem verdadeiramente todos êstes casais ameaçados, "pobres" de amor e de graçl, saberão inventar o que hão de fazer. e persevrrar no seu esfôrço. Invenção e perseverança são qualidades missionárias . .. (Quantos missiont:·: · s sofrem pregam, trabalham durante anos sem resu;~ ados!) Pois bem sejam vocês os missionários desta espiritualidade con · jugal qu lhes dá vida. E que ninguém possa chamar vocês dP. "Açambarcadores" . 11
A •P alavra do Santo PadJ"e
Em 1959 as Equipes reunidas em· Roma comprometeram-se solenemente serem :nissionários desta espiritualidade Que nos vivifica. No fim deste artigo transcrevemos uma carta ao Santo Padre sõbre esta nossa promessa. Nesta mesma ocasião ouvimos a palavra do Santo Padre. Em seu discurso não nos pediu nada de novo, mas tendo estudado nosso Movimento (citando mesmo nossos Estatlutosl tendo compreendido nossas iniciativas (organização do movimento, Centm de Preparação para o Casamento, Inquéritos, Retiros, etc.) e vendo que o Movimento pede que seus membros Ft.!'Sumam suas responsabilidades na Igreja e na Sociedade, or. todo o pêso de sua autoridade a esta orientação. Sií.o suas palavras: ''Como é importante que nêste dominio (o casamento e a família) a doutrina católica, tão firme, tão clara , tão rica, seja de certo modo exemplificada e posta ao alcance de todos pelo exemplo de católicos fervorosos . .. " Esclarecendo as palavras de S. S.
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EXEMPLIFJCAR
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Exemplificar a doutrina é vivê-la, é irradiá-la, logo, estudá-la para conhecer bem. Todos os métodos do Movimento, foram feitos para alcançar êste fim. COLOCAR ESTA DOUTRINA AO ALCANCE DE TODOS ~
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fazer o possível para transmiti- la a todos, e a todos os países. É claro que ocampo é vasto! o Movimento já trabalha para isto. Publicações, Centro de Preparação para o Casamento,., assim fazem e todo o nosso esfôrço de difusão tende para isto ... estamos ainda no princípio. Mas para pôr ao alcance é preciso também estudar, rever, adaptar aos meios onde vão ser difundidos e aos países. etc É justamente isto que pretende o Movimento, quando a partir de 1955 pede que cada equipe estude uma .v ez por ano o assunto para um inquérito, (nêste número vejam artigo sõbre êstes inqueritos.) 12
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SUPLEMENTO
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à Carta Mensal das Equipes
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Senhora ENCONTRO NACIONAL DOS CASAIS RESPONSAVEIS
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210 casais, 60 Assistentes de equipes, 26 grupos de trabalho funcionando simultâneamente, reuniões de equipes na noite do sábado. . . Tal é o dado estatístico do segundo grande encontro dêste ano, realizado nos dias 22 e 23 de abril, no Colégio Assunção, em São Paulo. Uma :pesquisa mais minuciosa poderia dar conta da soma de trabalho preparatório que isto representa, do número de equipistas que colaboraram para o bom funcionamento do Encontro, dos quilômetros percorridos pelos casais e Assistentes que, dos mais distantes pontos do Centro-Sul do Brasil se deslocaram para São Paulo... Mas o que uma estatística não poderia mencionar é o que êste Encontro representa como demonstração de unidade do Movimento, de vitalidade crescente, de dedicação de tantos, e sacrifício de muitos, de testemunho de fraternidade cristã. E, muito menos, o seu conteúdo espiritual pela união de almas, pela participação masciça à mesa da Comunão, pelo estímulo mútuo na procura do verdadeiro espírito do Movimento ... Procurar informar sõbre o ambiente dos dois dias dO Encontro, seria repetir o que foi dito na Carta Mensal de abril- a propósito do Encontro dos Responsáveis de Setor, ou
o que foram os anteriores Dias de Estudos. o calor huma11o e a fraternidade cristã foram a nota característica de mais êstes dois dias. Outra nota peculiar a êSte e outros Encontros, foi sintetizada com muita felicidade por Paulo Gaudêncio, ao ilustrlir a sua confe.rência sôbre o Dever de Sentar-se: "Agora mesmo - disse êle mais ou menos - vocês tivera mque travar em seu íntimo uma luta entre o instinto e a consciência. AO sair dos Grupos de Trabalho, onde vocês tiveram um trabalho intenso de mais de uma hora, o instinto levava-os a procurar descansar e ficar palestrando despreocupadamente nos corredores e páteos. Mas a sineta alertou a consciência para mais um deYer a cumprir: assistir a uma conferência chata (sic). Venceu a consciência e vocês estão aqui a me ouvir ..." Os dois dias de estudos foram sem dúvida um suceder de lutas desta natureza, entre o instituto e a consciência. Mas quer-nos parecer que os equipistas possuem invejável · equilibrio psíquico, pois nenhum dêles manifestava na fisionomia a angústia e o arrependimento que deveria decorrer desta luta . .. Provavelmente porque ínstinto e consciência foram ambós satisfeitos, graças ao horário muito bem dosado que permitiu às quinhentas pessoas presentes, momentos bem equilibrados de descanso e de trabalho. Descanso bem aproveitado em animadas palestras e ex-pansões fraternas. Trabalho também intenso, nos Grupos ae Trabalho que, por 3 vêzes: reuniram os equipistas em 23 salas do amplo Colégio Assunção, para o estudo dos temas programados: "'A responsabilidade espiritual do Casal Responsável", "Corno Usar o tema de estudos" e "O diálogo religioso", enquanto os Assistentes, em mais 3 Grupos de Trabalho " tro- · cavam idéias e experiências sôbre "O Assistente e a PartJ-lha", "O Retiro nas E.N.S." e os "Problemas apresentados pelos Assistentes". Trabalho, também, o de assimilar o conteúdo das aonferéncias de espiritualidade. A primeira. no sábado, pronuncH:.da pelo Rvmo. Pe. Martinho Seg\i, sõbre "O Matrimônio na I greja Pós-Cgnciliar '', a segunda, a que de uvibrante desem-
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penho S. Excia. Dom David Picão, sôbre "O ApostQlado dos I.-eigos segundo o Decreto Conciliar".
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Palestras não menos apreciadas, foram as pronunciadas por Pauio Gaudêncio que nos apresentou as riquezas psicológicas do "DPver de Sentar-se", pelo Rvmo. Pe. Alcuino Derks esclarecendo "O significado teológico da Contribuição", por Ludovic Sxnészi que preparou o Grupo de Trabalho sõbre "O Diálogo Religioso", por Cristiano Ribeiro da Luz que discorreu sôbre "O nosso Movimento", o seu início, a sua expansão, a sua atuação, particularmente no Brasil. Lamentamos não termos o dom de ubiquidade :para poder transmitir o que foram as 23 "reuniões de equipe" realizada,s no sábado à noite. Comparecimento quase total, informamnos os encarregados de s·..ta organização. Tõdas aquelas de que temos os écos, foram oportunidade de profundo congraçamento espiritual, de confortadores momentos de franca abertura e troca de experiências apost:úlicas as mais animadoras.
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No encerramento dos trabalhos, tivemos a alegria de contar com a presença de Sua Eminência o cardeal Agnelo Rossi que nos dirigiu palavras üe paternal bondade e de fé, concelebrando em seguida a Santa Missa com mais 4 Assistentes e pronunciar:do a homilia. As palavras de Sua Eminência e a sua benção final, forlJ,m o fêcho espiritual de üosso Encontro, que marca mais um passo à frente lia vida do Movimento em nosS'O país.
B I LHETE DO CENTRO DIRETOR A o1·ientação do ano:
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D iálog8 R eligioso
T odos cs anos procuramos levar O> casais das Equipes de' Nossa Senhora n. adotarem uma "Orientação do Ano " que focalize um dos aspectos funda mentais dos Estatutos. A finalidade é, como o escriba do Evangelho, procurar tirar do no:;so te:;ouro coisas n ovas e velhas, esforçando-nos em por em evidência uma das orientações do Movimento. Assim hi poucos anos, convidamos as equipes a aprofun darem a pequenina frase dos Estatutos: "Querem fazer do Evangelh o o e:;tatuto da própria família". Um ano foi dedicado à simple:; leitura dso Evan gelhos e o ano seguinte foi proposto o est udo do Evangelho de São Marcos. Após a peregrinação a Lourdes, dedicamos todo um ano ao aprimorament da caridade fra terna. Ora, esta caridade fra terna que nos esforçamos por viver cada vez m elhor nas nossas equipes. nos deve levar a vivê-la t ambém com todos aquêles que nos cercam, e transmitir-lhes o que temos de melhor - o conheciment o e o ·a mor de Deus. É r>or isso que convidamos todos os equipistas a procurar êste ano exer citar-se em TRAVAR UM DIALOGO RELIGIOSO COM AQUELES QUE ENCONTRAM, cristãos e não-crist ãos.
Mas o diálogo religioso é diffcil de estabelecer e de man ter. 1l:: preciso que os equipistas se ajudem uns aos outros a conseg uí~ Io . É por isso que pedimos a tôdas as equipes de CONSAGRAR UM MOMENTO DA PARTILHA, durante todo êste ano, AOS ESFORÇOS, TENTATIVAS, FRACASSOS, SUCESSOS de cada um sôbre êsse ponto,
Que progre:;so seria se, no fim do ano. tivéssemos todos um pouco m ais de ousadia e de capacidade para nos entreiermos com aquêles que encontramos, sôbre o que, nas nossas vidas, é essencial: Deus e o seu desígnio sõbre o mundo. 4
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PEDIMOS CRER, CAROS AMIGOE, NA NOSSA PROFUNDA. E CORDIAL A::liZADE. O CENTRO DIRETOR I
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Nota: 11:ste diálogo religioso é mencionado com insis·4 tência em vários dos documentos Conciliares. É sem dúvida uma coisa nova, sendo pois natural que fiquemos, a principio, um tanto desnorteados, sôbre o que seJa e sôbre o que devemos fazer. Será objeto de futuros esclarecimentos na Carta Mensal, mas, desde lo;;o, pedimos a uma sacerdote que nos dissesse algo sôbre o tema. Foi êle objeto de uma conferência pelo Rvmo. Pe. Angélico Sândalo Bernardino, da qual damos uma súmula Jogo adiante.
DA RE.NOVAÇAO INTERIOR AO DIALOGO RELIGIOSO Súmula da conferência pronunciada pelo Rvmo. Pe. Angélico Sândalo Bernardino. Conselheiro Espiritual do Setor de Ribeirão Prêto, por ocasião do Encontro dos Responsáveis de Setor e Regionais, realizado em São Paulo em 11-l2 de março de 1967.
Deus quer que sejamos santos, homens renovados, criatturas novas, novos fermentos, luz. Deus quer que tenhamos a vida em transbordamento: "Vim, dizia Jesus, para que tenham vida e a tenham em abundância.
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Com esctas palavras, Pe. Angélico nos coloca, desde o incio. num !)!ano de espiritualidade vigorosa, apelando ,!lara a renovação interior pregada pelo Concílio Vaticano ll. 11:ste transbordamento, esta abundância de vida, deve se traduzir por um "dese3o incontido de comunicar, repartir com o mundo, o próprio Deus". É esta 3 idéia central que levou o Centro Diretor das E.N.S. a conclamar os equiistas a "entreter um diálogo religioso com aquêles que encontram".
A razão disto é bem clara: a caridade nos pede, atendamos aos outros, para que tentamos transmitir-lhes o que temos de melhor, isto é, o conhecimento e o amor do Senhor.
o próprio Concilio Vaticano li que insiste com veemência sôbre a necessidade urgente do diálogo:
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"Para cultivar as boas relações humanas, é ptteciso se fomentem os valores verdadeiramente humanos, em meiro lugar, a arte de convlver e cooperar como irmãos manter o d-iálogo (Decreto "Apostolicam Actuositatem,
que prie a n .0
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29 ) ". No mesmo Decreto, o Concilio aponta para a necessidade de uma formação para o diálogo:
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"Em relação ao apostolado da evangelização dos homens, devem os le-igos formar-se especialmente para o diálogo com
os outros, crentes ou não, para a todos manifestar a mensagem de Cristo (n. 0 31) ". E no Decreto "Optatam Totius: . .. cultivando as aptidões convincentes que mais contribuem para o diálogo, como sejam, a capacidade de ouvir os outros e de abrir o coração. em espírito de caridade, às várias situações humanas." Diálogo entre todos os homens; diálogo entre os s cerdotes; diálogo entre os sacerdotes de idade m is avançada com os jovens na 9rimeiras iniciativa e encargos do ministério; diálogo entre bisnos e sacerdotes; bispos e laicato:
"Aquilo que a Igreja ~nsinou, recebeu esplêndido testemunho prático na atitude dialogante de Paulo VI que se en·contra com Ateruí.goras I, com as Nações tôdas da ONU, com a lndia pagã, com os protestantes na pessoa do Arcebispo de Cantuãria e com os ateus nas pessoas de Gromiko e do Presidente da União Soviética, Nikolay Poâgorny. Da simples leitura dos t€xtos conciliares, se infere que o diálogo é um instrumento, um caminho, um métcdo atual e eficiente para chegar à tlruàa~ centralizadora da menea.gem de Cristo. 6
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O próprio Deus dialoga com os homens:
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Deus dialóga entregando-se maravilhOsamente... entre· gando-se no Seu Filho. . . Cristo o 'Missionário do Pai, o Dii· logo do Pai com o homem, fala-nos de Deus, comunicando· nos sua vida. Entrega-se na Cruz, na Eucaristia, transfigu · rando-nos na verdade, na luz. no amor, n"ll:le, por seu sangue que nos salva. Em que consiste o diálogo?
Diálogo é conversa a dOis, é comunicação. Opõe-se ao monólogo... E! um pedido a exporem as próprias posições, sem subterfúgios, para serem aceitas ou rejeitadas . .. a que ouçam as opiniões alheias. pois talvez comp<>rtem elementos válidos. . . O diálogo é um desarmamento dos espíritos em que os interlocutores se diS:>õem a falar e a ouvir sem preven.. ções nem preconceito&. Não se !>Ode esperar que, do diálogo, suria sempre união, acôrdo, mas sim tendência ao acôrdo, pela procura da verdade, com base na caridade:
li I~
No diálogo cristão, ou no diálogo de cristãos, o principio centralizador da unidade é a caridade. Caridade esteiada n:::t Vet·dade, verdade que realiza a mesma obra: a do bem. ver .. dade e bem que são objeto de um mesmo amor. ainda o Vaticano II que nos a')onta os !lrinct!)lOS do diálogo, as suas características fundamentais:
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"A fim de que sempre andem unidas a Verdade e a Uaridade, a inteligência e o amor, êste Diálogo de Salvação se distingue pela perspicácia d.a palavra e simultâneamente, pela humildad-e e afabi~id.ad.e e, ao mesmo tempo, pela devida prudência, unida contudo à confiança, porquanto esta ao favorecer a amizade se destina a unir os ynimos" ("Cristus Dorninus", n. 0 13).
No diálogo, ainda, é fundamental:
Estejamos lembrados de que "comunica-se com alguém, Não basta querer dar algo, é necessano estabelecer comunicação, isto é, instaurar relações de pessoa a pessoa e não relacionamento de benfeitor generoso para socorrido indigente"... Frequentemente, a tarefa do diálogo não está em DAR ALGO e, sim, em fazer com qt:e o outro descubra riquezas possuídas mas não vividas. antes de comunicar a alguém".
Não será melhor, entao, contentar-se com o apostolado do exemplo? A resposta é NÃO, porque:
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Antes de tudo, porque não só devemos SER, mas FALAR... Uma vez que tôdas as nossas concepções de vida são animadas por nossa fé, será religioso o diálOgo que não oculte a nossa fé mas a anúncie em tempo válido, dando resposta concreta às questões do outro. Se não dialogamos com tôda nossa vida (inclusive com palavras), é porque ainda o fermento nôvo da Boa Nova cristã não tomou conta de nós. Diálogo religioso, adverte-nos o conferencista, não é preocupação de proselitismo, nem .::>regação indiscreta:
Não será enchendo de fórmulas piedosas nossos propósitos de diálogo que chegaremos a um diálogo religioso e, sim, tratando COM O OUTRO, as suas e as nossas questões, numa. lealdade humilde e numa discreta caridade. Para irmos ao outro é neces~ário preparar nosso olhar e amá-lo como Deus o ama. Por isso o dlâlogo exige, ainda, respeito, estima e interesse pew outro. Há, no diálogo, vícios a evitar:
Viciamos o diálogo, pela curiosidade indiscreta .... quando falamos em demasia, não dando opOrtunidade ao outro, esquecidos de que Deus nos deu uma boca e dois ouvidos, a nos indicar que mais devemos ouvir do que falar. Não raro, extremo opôsto, nos omitimos no silêncio. Viciamos o diálogo quando, a priori, etiquetamos o pró-
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ximo e o tratamos, oepois, de acôrdo com o nosso prúne1ro e definitivo julg~>mento. Olhamos o próximo com nossos olhos, não com os seus e muito menos com o olhar de Deus. Viciamos o diálogo. quando falamos uma linguagem inmletigivel. Será vão levar ao próximo mensagem magnífica que não seja, porém, resposta a suas necessidades. Não esqueçamos nunca que:
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O diálogo religioso eXige vida divina em plenitude. vamos Deus num diálogo de amor.
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Amor que saiba sorrir, que saiba amar o belo. Am"Or capaz de ternura e alegria. Assim:
Vivendo com o próximo, partilhando de suas preocupações, nos o ajudaremos a se orientar para soluções nas quaiS não teria pensado sózinho. Nós poderemos (e devemos) colocar o ferment::J de D€us nas soluções dc, problemas expres· sos pelos outro e nos latentes que, através da amizade, do encor:tro, ajudaremos a tornar claros. · O diálogo assume um valor profundamente humano e cristão. Por isso exige de nós um preparo humilde e perseverante. E é com as seguintes palavras que Pe. Angélico termina a sua vibrante conferência:
Pa11a realizar isto tudo é preciso RADICAL CONVERSAO. Conversão para a tríplice perspectiva de profundo encontro; diálogo: ~num sentido vertical com Deus, - num sentido abismal - conosco, - num sentido horizontal - com o próximo. Conversão :para autenticidade conosco (afinal, (lue pretendemos na vida?) - com Deus (:t!:le é a vida de nossa vida) - com o próximo (sõmente nos realizamos, nos santificamos, na comunhão com o outro). .. Por último, jamaiS nos esqueçamos de que o diálogo é instrumento de apostolado valioso e instrumento de santificação pssoal. Só nos santificamos, nos salvamos, na comunidade. E comunidade de, pelo menos cinco Pessoas: O PAI - O FILHO - O ESPíRITO SANTO - EU - O PRóXIMO.
Qoleção "0 EVANGELHO NO SÉCULO XX" 7 - O EVANGELHO E O POVO, por J. Loew.
I·
Conve1'tido aos 24 anos, J. Loew entra na Ordem Oominicana. Terminados seus estudos de filosofia e teologia, integt·a-se em 1939 e rn"Econornia e Humanismo", movimento recém-fundado pelo Padre Lebret. Em 1941, a conselho de Lehret, vai trabalhar como estivador no pôrto de Marselha, onde permanece até 1954. Foi, pois, o primeiro padre operário, inaugurando, assim uma experiência que inten-ompida dm:ante alguns anos, foi reabilitada pelo Concílio Vaticano II. O EVANGELHO E O POVO, é o relato saboroso desto. ·e xperiência pessoaf, que logo se transformou em experiênci comunitária, vivida em equipe de padres e leigos, em plena massa proletária de uma grande cidade. A experiência de J. Loew, foi o ponto de partida de uma das primeiras tentativas de formular as bases do que deveria ser a "missão" da Igreja no mundo moderno. Tanto a decisão de, como padre, fazer-se operário. quanto o texto - cujo ol'iginal data de 1946 - agora publicado na coleção "O Evangelho no Século XX", apresentam-se.-nos hoje como erninenternente PROFÉTICOS. Daí a importância e a atualidade de "O EVANGELHO E O POVO- MISSAO OPERARIA". Coleção " CIDADE DE DEUS" 9 - O LAICATO, MITO E Rll:ALIDADE. por M. Carrouges. O Nôvo livro de M. Carrouges é um estudo lúcido sôbre o problema da promoção dos leigos na Igreja de nosso tempo. Após a análise dos aspectos mais profundos da renovação do M:ieato, ·estuda o autor os diversos momentos históricos do 'papel dos reigos na Igreja. A última parte reúnereflexões sôbre o presente e o fut-ut·a do laicato, numa visão propectiva sôbre "a Igreja no ,iécrílo :XXI". · Serviço de Reembõlso Postai
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NOTA DO SECRETARIADO
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O Secretariado Inter-regional <São Paulo), que tem p or fu nção CENTRALIZAR tõda a parte administrativa do Mo .. 'V·ímento no Brasil. não te mrecebido com regularidade as comunicações relativas à 1.0 admisSão de novas equipes 2. 0 mudanças de enderêços de Eqüipistas - 3.0 mudança de R esponsável de Casal de Ligação, de Assistente, etc . .. Isto tudo acarreta uma série de inconvenientes, n ão só para o normal funcionamento da Secretaria, como também com prejuízo das novas Equipes, que deixam de r eceber circulares, a visos, comunicações e ate mesmo a Carta Mensal. Esperamos que nossos Amigos Equipistas vejam distinta m ente a importância do Secretariado, e nos enviem doravante, COM REGULARIDADE, todos os dados necessários para o seu bom funcionamento, e para que o fichário, que é a fon t e mais importante para o trabalho, possa ser a tualizado dentre do mais breve espaço de tempo. Agradecemos desde já a preciOsa colaboração. NOTiCIAS DA COODERNAÇAO DE ARAÇATUBA
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O Casal RespollSável pela Coordenação de AraçatubJ. Maria do Carmo e Dúilio D 'Angelo comunica que as equipes de PROMISSAO E LINS estão filiadas, fatos êsses que ocm·e·· 1\i!.m em 31 ãe JULHO de 1966 e 9 de OUTUBRO de 1966, 1·espet ivamente. As Equipes da Coordenação de Araçatuba farão o seu RETIRO nos dias 30 de JUNHO e 1 e 2 de JULHO, sentl.o pregador o Frei Geraldo Maria de Pirajá. 11
RETIROS -
196'1 REGIAO SAO PAULO
31-3 5 a 23 a 11 a 25 a 1 a 22 a 6 a 27 r. 17 a 24. a
a 2-47-5 25-6 13··8 27-8 3- 9 24~9 8-10 2'9-10 19-11 26-11 -
Valinhos~ Pe. Inácio Agero. S .J. Barueri - Pe. Frederico DattleJ.". S.V.D. Baruéri - Pe. Mons. Antonio Pedro Miziara Valinhos - Côn. Angelica Sândalo Bernardino Barueri - Pe. Dá.rio Bevilacqua valinhos - Pe. Afonso Pastori Baruei'l - Pe. Inácio Agero. S .J. Barueri - Pe. Dário Bevilacqua Valinhos- ?e. José Figueiredo Silva Valinhos- Frei Marcos Mendes de Faria. O .P. Barueri - Cõn. Lúcio Floro Graz.iOzi
CASAL RESPONSAVEL PELOS RETIROS JOAO E SUZANA VILAC Rua Monte Alegre, 759 Fone: 62-8092 - SAO PAULO (Cap.)
PARA SUA BIBLIOTECA EDU CAÇAO
Berge André - "Os Defeitos dos Pais" - Agil" - Rio. Berge André - "Os Defeitos da Criança" - Agir - Rio. 3. Berge Anãré- "0 Colegial PrDblema"- Agir- Rio. 4. Berge André - "A Liberdade na Educação'' - Agir - Rio. 5. Berge André - " A Educação Sexual da Criança" - Agir -Rio. 6. Berge André- "Corrw Eàucar Pais e Filhos" - Agir -: RiO. 7. Berge André - '~A Educação sexual e Afetiva" - Agir Rio. 1.
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Goubr el R io.
"Maus F i lhOs de Boas FamíliaS" -
Agir
9. Viollet Jean - " Pequeno Trato de Pedagogia " P a ulin as - São PaUlo.
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F!e~ri
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10. G uittard L . - "A Evolução Religiosa dos Adolescentes" Herder - São Paulo. f
11. Wirtz H. P a u lo. 12. Reis M. -
" Diálogo com as Crianças" -
Herdet· -
"Resposta para Você"- Herder -
S J.o
São P aulo.
13. Gemelli A. - " Psicologia da Idade Evolutiva" Ibero Americano Ltda. - Rio. 14. Banquero V. E . - "Orientação Educacional" Loyola - Belo Horizonte.
Livm Edições
15. R ose Vincent e R . Mucchielli - "Como Conhecer e Eáucar Nossos F i lhos" - Importadora de Livros S . A. - S . P a u lo. 16. Foester F. W . - "Temas Capitales àe La Educacion" Herder - Barcelona.
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17. Jacquin G. "As Grandes Linhas Criança:" - Flamboyant - São PaUlo.
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PsicolOgia
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18. Viollet J . - "Eàucacion de la pureza y deZ Sentim ento" Ediciones PaUlinas_- México. 19. Torres Alberto A. -"Diga-me a Verdade" ciscana - Braga. 20 .
Edit. F ran-
Oraison Marc - "Aspectos Psicológicos da Educação ReLivrarta Duas Cidades - São Paulo.
ligiosa" -
CONTINUAMOS ' ESPERANDO A SUA
COLABORA CÃO I
ESCREVAM-NOS ... 14
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Desta forma certos problemas foram vistos mais profundamente e assim foram redigidos a1·tigos sôbre espiritualidade do casal, para o Centro de Preparação para o Casamento para a oração em fanúlia etc Mas fora do plano do Movimento os casais podem fazer ainda muito para "ilOr ao alcance de todos" , procurando organisar em suas cidades ou países, r et.iros, troca de impressões (mesas redondas) confer~ncias, cursos de preparaçao para o casamento. .. ou então dando sua colaboração nos quadros ou na difusão do Movimento. O Movimento cresce e aumentam as responsabilidades. P ortant o há a necessidade desta colaboração. (Leia sôbre êste o assunto o interessante artigo do Pe. Caffarel publicado também neste número, com o título "PRECISAM-SE DE PEDREIROS" ).
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Feitas estas oportunos esclareciment.r,s, voltemos às palavras do Santo Padre, que nos mostra o duplo aspecto desta missão apostólica do casal cristão : "Um casal que seja acolhedor fraternal, aberto ás necessidades dos outros. realiza já verãadeiro apostolado através do seu xemplo e da irraGlação da s ua caridade. Mas é nos grato saber que, além disso os membros das Equipes de Nossa Senhora, tomados de espírito missionário, participam em grande mJmero na vida da Ação ' Cató!ica e nas · diferentes obras aprovadas pela hierarquia." S.S. apresenta êste duplo serviço da Sociedade e da Igreja, como prolongamento, como desenvolvimento da missão de e.spôsos e pais. Não diz que cada um dos casais como membros da Sociedade ou da Igreja tenham missão a cumprir nestas duas sociedades. Não, aquêles que o casamento uniu não podem voltar a ser solteiros, ou trabalharem no mundo. !.!: como pais e espôsos que são chamados para estas tarefas sociais e religiosas. Não é obrigatório trabalharem juntos mas têm de estar espiritualmente unidos. têm que atuar como espôsos e pais. Fica assim salvarguardada a unidade de sua vida: vocação de espôsos. vocação de pais, vocação social e apostolica, não são três vocações mas uma só, a de espôsos, que é fonte fecunda, de onde brotam as outras duas voca13
çóes. Efetivamente todo o amor é fecundo , e para o casal esta fecundidade é dupla, uma "ad intra " (fisica) os filhos, e uma fecundidade "ad extra " <espiritual) o Serviço da Sociedade e da Igreja. NOSSA RESPOSTA AO SANTO PADRE O texto .seguinte enviado ao Santo Padre n a tarde de audiência, depois de ter sido lida diante de todos os equipistas ~eregrinos , não é apenas uma resposta banal mas a expressão do nosso querer profundo: "Aqui vimos, santisSimo Padre, afirmar a nossa vontade de seguir fiel e alegremente os conselhos que nos destes ; Prometemos sole~emente a Vossa Santidade que as Equipes de Nossa Senhora estarão sempre, e cada vez mais ao servic"l da Igreja e do seu Chefe, numa disponibilidade totâí ao que possa ser-nos pedido ; Estamos realmente convencidos da missão que nos incumbistes de sermos, tal como acentuastes testemunhas no mundo atual do amor conjugal, o amor paternal e maternal, do amor filial e do amor fraternal ; Fiéis aos Estatutos das Equipes de Nossa Senhora que Vossa Santidade .se dignou citar, queremos que o amor nas nossas famílias "seja um louvor a Deus, um um testemunho aos homens, uma reparação pelos pecados contra o matrimônio" ; Queremos qu nossas familias sejam verdadeiramente, segundo a vossa ex,pressão, "o meio criador onde crescerá a fé dos nossos filhos " ; Consciente.." de sermos previlegiados, comprometemo-nos Santfssimo Padre, a não guardamos só Para nós as riquezas recebidas, mas anunciar a boa. nova da .salvação do amor a.trav ez de Cristo a tantos casais do mundo que ainda hão a conhecem. Comprometemo-nos a transmitir esta mensagem especialmente a todos aquêles rapazes e môças chamados fundar um lar e que se
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"
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preparam para se unirem pelo sacramento do matrimônio. Santíssimo Padre, finalmente queremos dizer-Vos que, na própria noite da audiência que Vos dignastes conceder-nos, a nossa missa de peregrinação foi celebrada por tôdãs as vossas intenções, por Mons. Veullot, na vossa, catedral de São João Latrão, "mãe e cabeça de tôdas as igrejas". Asseguramos a Vossa Santidade que todos os casais do nosso Movimento, todos os -filhos e netos, pedirão ao Espírito Santo, mais insistentemente ainda. que anteriormente, que Vos assista no vosso cargo e oração por essas duas assembléas que convoscastes, o Sínodo de Rloma e o Concílio Ecumênico". EM HONRA A DEUS
11: num tempo que todos reconhecem como sendo orientado mais para a conquista do reino terrestre do que pata o Reino dos Céus; num tempo em que o esquecimento de Deus se torna comum e, erradamente, parece sugerido pelo progresso cientifico; num tempo em que a pessoa humana, que tomou mais nítida consciência de si mesma e de sua liberdade, tende essencialmente a se afirmar numa autonomia absoluta e se libertar de tôda lei que a ultrapasse. 11: num tempo em que o laicismo parece decorrer normalmente do pensamento moderno e representar a sabedoria última da ordem social temporal; num tempo também em que as expressões do pensamento atingem. ao cúmulo do irracional e do desespêro, em. que se pode finalmente observar, mesmo nas grandes religiões que se repartem pelos pOvos da terra, sinais de prturbação e de regressão; é neste tempo que o Concillo teve lugar, em honra de Deus, em nome de Cristo, e sob o impulso do Espírito Santo.
DISCURSO DE PAULO VI (extrato) Por ocasião do encerramento do Concílio, em 7-12-1965
15
Pe. Caffarel Não se admirem por voltar a recordar mais uma vez, que as Equipes de Nossa Senhora, Movimento de voluntários, tem de contar com todos os seus men1bros para o Movimento ser forte e vivo. Para que se irradie a fim de ajudar muitos casais. Para que seja útil à Igreja no seu trabalho de elaboração e difusão da espiritualidade conjugal, precisa do concurso de todos. Quantos casais se dedicam a esta tarefa para o tornarem tal como êle é hoje! O Movimento não será o que poderá ser, si cada wn de vocês, mais interessado em dar do que receber, não se dicidir a prestar a sua colaboração. É com pedreiros que se constroi uma catedral ... Para que o Movimento permaneça jovem e progressista tem que especialmente renovar seus quadros. É preciso que todos estejam dispostos a aceitar responsabilidades. Dentro da equipe não há problen1as. Mas é mais difícil encontrar novos casais de ligação e ainda mais dificil responsáveis de Setor ou Região. Ora alguns estão nestes cargos há 8 ou 9 anos. É admirável, mas nãco normal. Têm direitos, não de se retirarem mas também de terem tempo para aprofundar sua formação humana e religiosa de ocuparem-se mais com os filhos que vão crescendo, e mesmo de assumirem novas responsabilidades ria Igreja e na Societlade. O Centro diretor tem também necessidade de renovação. Mas não se esqueçam que uma direção não pode levar eficasmente wn 1\tiovimento ao seu pler..o desenvolvimento si não . contar com a colaboração de todos os seus membros em sua obra comwn. Cada wn tem de ver o que pode dar : concurso intelectual, atividade, auxilio financeiro, aptidões várias, orações, renúncias... Não se admitem "caras feias " e nem resmungões! ,16
OS NOSSOS GRANDES INQUERITOS OBJETIVOS :
"Promover uma grande pesquZ"m. sôbre todos os assuntos referentes à vida cristã na família." "Temos riquezas próprias : a espiritualidades dos casais cristão, que de ano para ano se aperfeiçoa pelos métodos, como por exemplo: Dever de sentar se, Regra de viua etc. l!!stas riquezas próprias e êstes metódos nós não temos o direito de como avarentos querermos guardar só para nós, pois nós o devemos à cristandade. Quantos casais não t.êm a necessidade dêles para se manterem e se desenvolverem. Quantos noivos que só formarão la res sóliãos si forem preparados por nós, por meio de nossa vivência e de nosoos depoimentos. Todos êstes padres que dirigem grupos de casais, quer no confissionário nn no mi, ter apostólico aconselham homens e mulheres casadas. Trata · se pois de estudar e difundir em larga escala a espiritualidaCie dos casais cristãos, os seus grandes temas e seus métodos. É êste o trabalho para o qual eu os chamo. Estas palavras são do Pe. Caffarel que em 1955 convidava os membros das Equipes de Nossa Senhora a colab"orarem nos lnqueritos que o Centro Dlretor ia lançar . 17
O MtT01JO: Fazem-se de 10 a 15 inqueritos por ano. Cada um dêstes enqueritos é contiaão a 25 ou 30 equipes (150 a 200 casais) . Uma reunião da equipe deve ser reservada ao tema enviado. Todo o trabalho dêste tema, o preparo das respostas, a leitura, a discussão na reuniã'O, o re~atório. TUdo isto deve ser feito com o espírito de estarmos prestando um serviço à IsreJa. Cada um deve dar o melhor da sua meditação e esperiência para poder participar bem em um trabalho de conjunto. Todo um método de trabalho foi põsto em prática para obtermos respostas exatas, concretas, e para que haja possibilidade de uma esquematização. ALGUNS ASSUNTOS TRATADOS NOS INQUERITOS.
Oração conjugal - Cáusas das desuniões - Os três primeiros anos do casamento - O noivado - A educação religiosa dos filhos - O Domingo - A intimidade espiritual dos i!Spôsos - · Os casais sem filhos - A hospitalidade - Vida profissional ~ida de famflia, etc. OS RESULTADOS.
A esquematizaÇão dêstes inqueritos permitiu a realização de numerosas conferências, a redação ãe muitos artigos e folhetos respondendo aos problemas que surgem aos casais. São multo numerosos os casais e noivos que Já aproveitaram dessas experiências; tem sido os inqueritos muitos úteis aos padres que exercem o seu ministério junto das famílias.
Somos uma só Equipe. Todo o nosso esforço, tôda a nossa dedicação reflete na unidade do Movimento. Meditemos.
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A ORAÇÃO O NOSSO APOIO Há documentos de certos Movimentos que nunca perdem a sua atualidade e aplicação. Isto se da com o apelo feito em 1950 nos mês de março pelo Pe. Caffarel aos equlpistas. Dado o seu valor passamos a transcrever : "Os m~vimentos são como os indiv!duo.s : Alguns tem grande vitalidade ao passo que outros são apáticos; uns progridem e outros retroceaem. Quantos já vi que inicialmente cheios de entusiasmo e promessas, ràpidamente vacilam. Outros a principio de aparência modesta, adquirem ir-esperadamente um elam, uma irradiação, passados alguns anos. Questão de dinamismo interno. Para que o crescimento não se faça a custa da queima de suas reservas, se faz necessário que cuidemos de sua alimentação. Preocupei-me pois da alimentação espiritual de nossas Equipes, Penso que atualmente ela. exige um suplemento de alimentação. Nos Movimentos como nos indivíduos, a solidez, a vltalíGade, a fõrça ãe expansão, alimenta-se de oração. Lanço pois um apêlo a VOLUNTARIOS. :S: minha idéia que durante o período de meia noite até as seis horas, sem interrupção, os casais se sucedam em oração. Estes voluntár1os se comprometem a fazer uma hora de oração noturna uma vez por mêS, procurando o mais possível estarem os dois juntos. O Movimento tem necessidade disto e sem dúvida tirará grande proveito desta prática. 19
ReZa.rão durante esta hora por intenção do Movimento para que continue a ser a "escola de perfeição cristã" onê:e se aprende a conhecer, a amar e a servir a Deus. Para que o Movimento seja irradiante e acolha todos os casais que desejam encontrar auxílio espiritual. Para que o Movimento cumpra com genorosidade e perfeição a missão que lhe está destinada na Igreja de Cristo. Além disso pedirão por cada casal e principalmente para aquêles casais que necessitam mais de ajuda e proteção Divina. Qualquér casal que esteja ameaçauo por perigo ou Tentação, poderá dirigir-se ao Senhor nestes termos: "Confie-me aquêles irmãos qu& na prox1ma noite vos vão o!erecer uma oração ininterrupta". A certeza de que as suas necessidades serão apresentadas a Deus, dar-lhes-a força, confiança e paz. Haverá necessidade ainda de acrescentar que esta oração não deve se limitar as Equipes? Nos unimos aos grandes contemplativos da noite, Carmelitas, Trapistas, Benaditinos ... Unindo-se êles próprios Aquêle de Quem a Epístola aos H eoreus nos diz que à. direita do Pai "interceda sem cessar por nos todos", apresentaram a Deus as grandes intenções da Igreja, l! a sua ajuda a tôda a hUmanidade. Rezarão pelos outros, mas serão os primeiros a serem beneficiaaos. "Procurai primeiro o Reino de Deus e todo o resto vos será dado por acréscimo •·. Entre tôdas estas graças por acréscimo receberá a graça da oração. Pois são muitos aquêles que descobriram o que é a verdadeira oração, precisamentP. na oração noturna. "Não podeis velar uma hora Comigo?" 20
A pergunta de Cristo aos Apóstolos. talvez se dirija a você .. . Se assim pensam então não O desiludam! Três meses depois dêSte apêlo do Pe. Caffarel, as 180 horas da noite estavam asseg-urradas. Alguns no ato da inscrição diziam o motivo que os levava, e nesta correspondencia de fervm: cristão tiramos rulguns trechos cheio de amor. Esperamos que as equipes novas se unam as mais antigas para oferecer ao Movimento o apoio da sua oração. Passemos a alguns depoimentos : O que me decidiu
"O que me decidiu foi a última frase, pois até então não sentira que êste apêlo se dirigia para mim.
"Não podeis velar uma Hora Comigo?" A pergunta de Cristo talvez se dirija para você ... " Não sou do tipo daquêle8 que têm facilidade em orar . ..
. . . mas creio que a idéia desta imensa cadeia de oração, não só do Movimento mas através dêle pela Igreja e pelo mundo, estimulara a minha boa vontade e o meu esfOrço.
Para o nosso aniversário de casamento Acabamos de ver o seu apêlo, e pedimos que nos inscrevam numa hora nos dias 17 de cãda mês, dia do nosso casamento." Em equipe
"Os nossos seis casais inscreveram-se se possível para a noite de 19 para 20 de cada mês, data do aniversário de nosso compromisso ; a equipe assumirá a permanencia da meia. noite às 6 horas."
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Uma hom é muito Tempo
"Estamos convencfdos que o Senhor nos esperá neste encontro no profundo si1encio da terra onde tudo dorme, excepto 1l:le P. nós. Já experimentamos o poder dessa presença de Deus durante a noite ; uma hora é muito tempo, um pouco pesada, mas Deus impõe-se e vislumbrar-nos com 1l:le deve ser grande e bom. INSTRUÇAO DE ORDEM PRATICA
Vocês podem propor o dia e a hora ou então nos encarregam de indicar, o que nos preferimos. pois evita-se que certas horas fiquem a preencher. Caso sejam vocês a propô-las, pedimos que marquem a data do mês (por exemplo o dia 14 de cada mês) e não o dia da semana, terça-feira, quarta, etc. Os que já fazem uma hora de adoração noturna não são obrigados a. fazerem outra ; basta que nos digam o dia e a. hora. O compromisso é por um ano. Faltar a êste compromisso não é pecado.
MEDITEMOS ...
" Cristo disse: " Quando ·d ois ou três estiver·em reunidos em meu nome, Eu estarei no meio/ dêles". Acl'editamos nisto? Pensamos nisto durante as reuniões .d•e Equipe? '' (De sais "Crentes"?)
H. Caftar.el
TEXTO PARA MEDITAÇAO -
vocação de jeremias
"Foi-me dirigida a Palavra de Yahvé nestes têrmos: Antes que te formastes no ventre de tua mãe, te conheci ; Antes que saísses do seu seio, te santifiq1ie1, e te estabeleci profeta entre as nações. E eu disse : Ah! Senhor Deus! Bem vedes que mal sei falar, porque sou criança! Mas Yahvé respondeu : "Não digas : Sou criança! " Porque irás a tudo o que Eu te enviar, E dirás tudo o que Eu te mandar. Não os temas. Porque Eu estou contigo para te llvTar, Diz o Senhor! Em seguida Yahvé estendeu a sua mão, tocou-me na bôca e disse- me: Eis que pus as minhas palavras na tua bôca, E eis que hoje te constitui Sõbre as nações e sôbre os reinos Para arrancares e destruires Para arruinares e dissipares Para edificares e plantares. (Jermias, 1,4-10)
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ORAÇÃO LITURGICA (Oração da Missa votiva pela propagação da fé) ó Deus que desejais que todos os homens sejam salvos e venham ao conhecimento da verdade, enviai à Vossa Messe operários que anunciem a vossa Palavra com tôda a confiança, para que se difunda a Vossa doutrina e seja glorificada, e todos os povos Vos reconheçam como único Deus verdadeiro a Aquêle que enviastes, Jesus Cristo Vosso Filho, que sendo Deus vive e reina com Võsco na unidal1e do Esplrito Santo Amem.
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poJ? \H\\A
de C.).S.).lS
espi~lt\J~Ikkde
cor~\.19~1 e f<\mlhAR
BIASIL . Secretariado Rua 13 de Maio, 1263 . SÃ&#x192;O PAULO, 3 CENTRO DlltETOR . Secr. Geral . 20, Rue des Apennins . PARIS XVII