1971
N.0 3 maio
EDITORIAL
Braços abertos
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A ECIR conversa com vocês ........... .
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O Ecumeonismo, Obra do Espírito Santo ..
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5 10
Nossa Senhora, Padroeira das Equip es .. Fncontro Nacional de Casais Responsãvels por Equipes ......................... . p . O que pensam os jovens de hoje ...... . p.
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Oração de São Francisco de Assis ... .
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Mensagem dos Bispos do Brasil ....... .
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Seu Filho tem êste Problema? .......•..
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Ofertório da Mãe ..... .. . ........•....... A equipe Japonesa ..... ................ .
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Notícias dos Setores ................... .
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Retiros para 1971 ....................... .
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Oração para próxima reunião .......•....
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Revisão, Publicação e Distribuição pela Secretaria das Equipes de Nossa Senhora no Brasil. Rua Dr. Renato Paes de Barros, 33 - ZP 5 - Tel.: 80-4850 SÃO PAULO (CAP.)
- somente para distribuição interna -
EDITOIRIIAL
BRAÇOS AB ERTOS Patra aquêles que com1preendem a da oração, a fim d;! encorajá-los. Para aqt~êles que hesitam em r!'::ar, a fim de tentar convencê-los.
~mportância
Acabo de reler uma página do escl'itor indu D. G. Mukerji em "A face de meu irmão'', na qual êst•e autor põe em relêvo o poder da oração. Apenas vou transmitir o essencial. Já no fim da vida, para melhor encontrar a Deus, um santo homem retirou-se numa gruta na encosta da montanha. Os eamponeses da redondeza for:am-se habituando a fazer chegar a té lá frutos e alimentos e, por vê~es, subiam par.a entreter ..se com êle.. Os jovens protestavam contra esta prodigailidade em benefício de um h omem inútil. Mas os velhos faziam oaJ.ar êstes joven,s racionalistas: "É preciso enviar oferendas para êste santo homem, quer viva ou não para o. bem de alguém. Não é a ~anf.idade a jóia mais preciosa da existência?". Passaram-se muitos anos e um belo dia o velho f oi encon. trado morto na entrada da gruta. Poucas semanas depois, a aldeia foi sacudida po<r um crime h rrível. A população tôda ficou transtornada de repugnância e mêdo. Os mais antigos puseram.se a jejuar e rezar. De repente, um dêles exclan1ou: "Descobri o segrêdo". E diante da população que acorrera, êle explicou: "É verdade que o santo homem da gruta, durant·e todo o tempo em que viveu na encosta da montanha, nunca levantou um dedo para nos ajudar, nem veio em socorro de um indigente, nem em auxílio de um só doente. Mas a virtude gerava a virtude, a vida produzia uma vida melhor. Tudo corria bem entre nós. Nem sequer um homem atentou contra a vida de um seu irmão enquanto o santo vivia. Não está tudo claro? Nunca trabalhou por nós, mas a sua presença afastava a desgraça de nossas portas''. Esta narrativa singela traz irr.e sistivelmente à memória uma grande página da Bíblia, que lemos no capítulo 17 do ~xodo: "Surgiram os AmaJ.ecilas e atacaram Israel em Refidim. Jo~ué, obediente às instruções de Moisés, saiu para combater Amalec. Moisés, Arão e Hur subiram no alto de uma colina. Ora, en-
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quanto Moisés tinha os braços estendidos em oração', Israel era . o mais forte. Quando os deixava cair, Amalec levava vantagem. Como os hraços de Moisés estavam já entorpecidos, Arão e Hur tomaram uma ped.r.a ·:spbre a qual Moisés sentou-s·e enquanto êles sus,tinham os seus braços, um de um lado, outro do outro. Assim os braços de Moisés não, mais fraqurej aram até o pôr do ~ol. E .Tos ué dizimou Amalec e os seus homens. ·Os soldados de Amalec não compreendem a origem da fôrça que s-e opõe ao ímpeto de s·eus ataques. O exército dos Hebreus, mal preparado e pouco numeroso, não explica esta resistência ... Não suspeitam que aquêle homem apenas visív.e l no .alto da colina, ainda mais dlsarmado que os seus homens, é a causa de sua derrota. Nêle, porque está em ovação, Deus está presente. E . a Onipotência divina que dêle emana fortifica o coração de Heus homens, os protege como uma muralha invisível e inviolável. ' As duas narr.ações que acabamos de ler só adquirem todo o seu significado à luz de uma página do Evangelho. No alto de outra colina, um Homem também está de braços abertos. Dois pregcrs os sustém. A Fàrça d1v1na dêle irrad1a por sôbre o mttndo: nada lhe escapa no espaço e no tempo. Fortifica todos aquêl·es que a êle se abrem e entregam, sustenta-o·s nos seus combates, age poderosamente nêJ.es e por eJoes. Se .a oração de Moi'sés e aquela do sanio homem da índia eram eficazes. é que do alto do Calvário lhes chegava a Fôrça pela qual apelavam sem a conhecer. S.e a oração dos cri stãos é poderosa, é porque ela se enraíza na fonte inesgotável da Energia divina que é o Coração do Crucificado pronunc.iando a sua grande oração de Filho. HENRI CAFFAREL
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A ECIR CONVERSA COM
VO C~S
Caros amigos
O editorial do Pe. Caffarel que publicamos neste número da Carta Mensal, data já de alguns anos. Quisemos trazê-lo ao conhec men te· de vocês, dado o ·empenho ao Movilnento em incrementar o espírito de oração nas n essas equipes. Presta~se a algumas t·eflexões oportunas que o enquadrem dentro dos dias que hoje \'ÍYemos, na 1greja e no mundo. Deixando de parte o conto d o escdtor indu, a passagem da Bíblia qu e lemos no editorial nos mostra no s·eu cerne, através d ~ estilo imaginoso do escritor inspirado, numa de suas passagens mais vigorosas, o espírilo profundo de oração do povo hebreu e a :ma r-onfiança inabalável no apôio de Javé. Todo o Ant go Teslamentc é a hi ' tória de um povo "de dura cerviz'', que apesar das inúmeras provas de amor ·e predileção por parte de Deus, dêlc no entanto se afasta periàdicamente para ~e entregar à adol'ução dos ídolos dos povos vizinhos. E isto apesar de Ler Israel a evidência experimental de que, olhar de Deus o aeompanhava c crm sol.citude e que a Sua mão o ~uiava, o apoiava e pro<tegia. E isto apesar de ter Israel a evidência experimental de que, nas fases em que era mais íntima e f lial a sua união com Deus, o equilíbrio e a prosperdade se verificavam nas suas tribo , ao passo que as dissensões, as lutas, o exílio, eram a consequência falai do :;eu afastamento de Javé. l~ão é preciso grande csfôrç.o para verificar que a história se vem repelindo. Muitas causas pod erão ser ap caltadas para a instabilidade perigo~a do mundo de hoje, para os desequilíbrios, as dissensões, a insatisfação generalizada que gera a revolta e a violência. Mas a causa profunda é, sem dúvida, a maré montante d O> ateísmo, o .a fa:stamento de Deus, substituído por novos ídolos, ma 's sutis, mas não menos <l'. ssoJvenks do que o de nossos longínqucs antepassados.
O que falta ao mundo, disse um pensador, é um suplemento de alma. Alma, que é a parte do homem feita à imagem e semelhança de Deus. E que, por isso, só encontra o seu equilíbrio qnando em união com o Criador. O que falta ao mundo é um suplemento de oração.
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Suplemento de oração que, como a respiração para o ccrpo, dê nova vida e energia ao Povo de Deus. E o torne capaz de :;e entregar de corpo e alma à grande cruzada para a qual foi instantemente convocado pelo Concílio: a suUJ colaboração atliva para a renovação da ordem temporal, de n1:odo a promover todos os homens e o homem todo. ';Uma r-enrclvada conscient.zação das exigências da mensagem evangélica traz à Igreja: a obrigação de s•e pôr ao serviço dos homens". lemos na encíclica de Paulo VI sôbre " 0 Desenvolvimento d os Povos", escrita pouco depois do encerramento do Concílio (n. 0 1). E mais adiante (n. 0 75); "Ao Onipotente há de elevar-se fervorosa a oração de todos, para que a humanidade, depois de tomar consciência dos grandes males que a eonvuls10nam, s·e apl~que com int•eligênc a para exterminá-los''.
* * Caros amigos, as Equipes de Nossa Senhora, escolas de vida cr1stã, querem ser também escolas de oração. Têm elas um lugar de honra, em tôdas as nossas atividades de equipis•tas, ~eja no momento da reumãu, seja orientando para D eus. a vi!dal do lar, seja vivificando us nossas atividad·es profissionais e apo&tólicas. A oração, alma da vida cristã, é também a alma, a fôrça das nossas equipes. Apl qtvemo-nos· em lho s·er fiéis. Não no1s deixemos dominar pelo desalento ante as p :. ssíveis dificuldades que ela nos possa oferecer: é que ainda a fé na oração é vacilante. Convençamo-nos porém, que "nunca chegaremos a nos pôr em dia em nosso• atraso para com Deus que nos espera'' (Bernard Bro, "Aprendendo a Rezar''). Façamos de nossas. equipes e de cada um de nós, focos de oraç-ão. Contribuir·em os assim para supt•.r aquele suplemento de oração de que o mundo precis.a, de que os cristãos pr.ecis.am, para levar avante, sem desvios, a missão que lhes cabe na árdua tar·efa de construção de um mundo melhor, na qual a Igreja de hoje s•e acha empenhada. Fraternalmente
A
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E CIR
''QUE TODOS SEJAM UM ... "
O ECUMENISMO, OBRA DO ESPÍRITO SANTO
No dia 23 de Maio, a:bre-se no Brasil e em todo o he111isfério sul a SEMANA DE ORAÇÃO PELA UNIDADE CRIST.1I, encer· 1·ando-se Domingo de Pentecostes, dia 30 Nêste ano de 1971, o terna dessa
Se1nana é "A Comunhão do Espírito Santo". Cab e pois duplamente uma reflexão sôbre ecumenism·o, suas origens, seu estado atual e o papel que cabe a nós, católicos, neste movimento pela umião de codos os cristãos "ntt'l11' só t·ebanho, sob um só Pastor" .
O que é o ecumenismo - E' a busca da união de todos os que professam a fé no Cr•islo salvador - católicos, ortodoxos e protestantes de tôdas as confissões. União no plano da fé mas também no plano das atitudes frente aos problemas do mundo. E ' a procura de um conhec1mento melhor, da aproximação dt> pontos de vista e de um trabalho em conjunto visando l·evar a todos os homens a mensagem de am c. r do Evangelho. Esta aspiração à unidad e, concretiza-se atualmente em organismos de diálogo, cada vez mais numerosos, e em contatos em todos os escalões. Os m f mbros ~eparados - Datam dos primeiros tempos do cristianismo as divisôe~ que a Igreja sofreu através d eis séculos. !I tualmente, as chamadas "Igrejas separadas'' originam-se das cluas grandes cisões ocorridas no ano 1054 e no início do séculs XVI, a primera dando origem à Igreja Ortodoxa - que por sua vE:z cindiu-se n.as várias Igrejas Orientais - a segunda carac· terizada pelo Rparedmento do prctestantbno - já d':vidido., a principio, em luteranos e calvinistas e que depois se fragmentou em numerosas confissõ P.s. Acrescentemos a elas a. Igr-eja Anglicana, nasdda em 1534 de um conflito entre Henrique VIII e o Papa Clement:e VII a respeito da anulação do casamento da. quêl·e monarca. Raizes remotas de ecumenismo - Na segunda metade do século passado ass1istimos a d esfôrço dos protestautes inglêses e americanos para pôr termo à tendência divisi cnista. Em 1910, reune-se o Cor:selho Internacional das Missões, quando são lan-
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çadas as primeiras base;s de uma reunificação. Nessa mesma. época, o pasto'r anglicano Paul W.attson lança uma "Oitava da Unidade da Igreja", semana de orações para a união dos católicns e anglicanos. A reaproximação entr-e as igrejas proflestantes, interrompida pelas duas guerras mundiais, concretizou-se finalmente em 1948 com a fundação d n ''Conselho Mundial das Igrejas", organismo qu e congrega a maioria d.as confissões não católicas. Do lado católico, o movimento pela união dos cristãos também se vai esboçando, destacando-se homens como• o Cardeal Newman em fins do século passado e, mais próximo de nós, o Cardeal Mercier assim como grupcs, como o "Una-Sancta", que trabalharam muito pela causa da unidade. Convertido ao catolicismo, o Pe. vVattson funda uma congregação -destinada a promover a união de tcdos os cris tãos. A "Semana de Or.ações pela Unidade'' difunde· se em todo o mundo graças ao Pe. Coutuúer. Em 1!:160. cria-se no Vaticano o " Secretanado par:a a União dos Cristãos'', evidenciando-se a pfleocupação ecumênica que já tomara conta de um ampl o setor da Igreja. ;\fão ~e pode falar em ecumenismo sem lembrar a influên. cia que tiveram na formação da cons·ciência ecumênica os Irmãos de Taizé - protestantes franceses que, depois da segunda guerra mundial, resolveram abraçar a vida monástica. nos moldes das ordens religiosas católicas. A sua comunidade, aberta a todos, promove debates, estudos, s·emanas de oração, atividades estas nas quais tomavam parte não só protestantes de Lôda a Europa, como também católicos, atraídos por ·essa expeperiêncla ecumênica. O ecumenismo a partir do Concílio Vaticano 11 - Os vários movimentos, de que apenas demos um esbôçu muito incom. pleto, abriram caminho para o diálogo efetivo que se iria estabelecer .a partir do Concílio. O primeiro passo oficial para êste diálogo foi dado com a admissão de observadoil'es das várias tgrejas separadas aos tra. halbos do Concílio, quando foram testemunhas da extraordL nária renovação r1ue se processou na Igreja e do des·ejo sincero de união, patente em iôdas as atitudes e em tôdos os documentos do Concílio, culminando com o Decreto sóbl'e o Ecumenismo, cujas primeiras palavras afirmam ser ".a reintegração da unidade entre os cristãos uma das principais finalidades do Sagrado Sínodo''. Asse~urando que a divisão dos cristãos "é escândalo para o mundo'' o Concílio conclama "todo.s os· fiéis a que s o,Jídtamente participem do trabalho ecumênico". Lembrando que "não há verdadeiro ecumenismo sem conversão interna'' e, que a imagem da igreja é obscurecida porque "s·eus membros não vivem
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com tôdo o fervor rJue seria conveniente-'', exonta os católicos a renovar-se "para que a sua vida dê um testemunho ftel e luminoso da rloutrina e dos ensinamentos recebidos de Cristo atra_ vés dos Apóstolo~." Ap clnta as atitudes fundamentais a serem fomentadas e que permitirão partir para o diálogo, para o qual somos: encorajados a dar os primeiros passos e no qual deverá imperar o respeito, a humildade, a caridade. Do diálago passaremos à colaboração em todos os campos, principalmente o social, no qual "todos os homens são chamados a trabalhar em comum, mas de modo especial os que crêem em Deus, máxime todos os cristãos". Acima das divergêncas doutrinais que " criam não poucos obstáculos'', à comunhão entre os cristãos, como o reconhece o Concílio, trabalhar unidos levar-nos-á a nos " entender-mos melhor e as nos estimarmos mais". O Santo Padre e o Ecumenismo - Contribuiu muito para o ecumenismo a atuação pessoal do Papa Paulo' VI, que tem tido vários gestas tocantes em relação à reunião. Ficou g1:1avado na mémoria rle todos o abra·ç o que f.r ccou com o Patriarca Atenágoras. . Ao Dr. Ramsey, chefe da Igreja AngJicana, entregou um seu anel,. em sinal de reconciliação. As suas viagens, aos países (J nde os católicos es\ão em minoria, ajudaram não só a causa <la paz como principalmente a do ecumenismo. Mais do que turlo isso, no dia em que Paulo VI compareceu à Assembléia do Conselho Mundial das Igrejas e orou com os representantes das igrejas separadas, uma batina branca em meio aos "clergymen" e batinas negras dos protestantes e dos ortodoxos - nesse dia pareceu mais próxima a hora em que se há de cumprir o desejo de Cristo: "Que todos sejam um". O Secretariado pm-a a União dos Cristãos - Criado para tratar dos aspectos teológicos e práticos de tudo quanto diz respeito ao ecumenismo, tem promovido encontros ecumênicos em lodos os escalões e é responsável pela criação de órgãos permanentes de diálogo com os irmãos separados: existem hoje comissões mistas para estudo de assuntos doutrinais, com as Igrejas anglicana, luter:ana, reformada, metodista e, principalmente, un Grupo Misto de Trabalho da Igreja Católica e do Conselho Mund,i al das Igrejas. O Secretariadd fomenta também a colaboração no plano prático entre organismos afins das diversas igrejas no ~ampo da promoção humana, da caridade etc.
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O Ecumenismo em marcha - Ao recomendar "aos Bispos de lôda a terra" que promovessem "vigorosamente'' a ação ecumenica, o Concílio vinha responder a um impulso irresistiV'el do nosso tempo. A maioria das Conferências episcopais tomaram providências imediatas para encetar o diálogo com os representantes das igrejas separadas e vêm encorajando as iniciativas em nivel díooesano e paroquial. Existe hoj'e uma verdadeira mentalidade ecumênica, caracterizada pela procura do diálogo e da cooperação. Alguns exemplos apenas do que aconteceu nos dois primeiros meses deste ano: reunem-se em Bogotá bispos ca1óhcos e anglicanos para estudar a cooperação entre as diversos 1grejas na América Latina; em Paris, os representantes das igrejas da França publicam uma mensagem conjunta por ocasião da Semana de Orações pela Unidade; cria-se em Chicago uma comissão ecumênica de liturgia; na Venezuela, unem-se católicos e luteranos para o obtenção d·e soconos para os índios desabrigados em virtude de inundações ... A Semana de Orações pela Unidade - A semente lançada em 1908 pelo então Pasto[· \Vattson frutificou no decorrer dos anos. Apoiada por Sâo Pio X, estendida por Bento XV à Igreja universal, adotada pelo Episcopado norte-americano· desde 1921, difundiu-se pelo mundo inteiro. Foi, durante meio século, a única atitude ecumênica preconizada oficialmente pela Santa Sé. Hoje, em meio às várias iniciativas, ecumênicas, é ela a oportunidade da união de todos os cristãos na oração pela uni dade desejado pelo Cristo: "Que todos sejam um" (Jo. 17, 21). O tema escolhido pela Comissão mista para êst·e ano, "A Comunhão do Espírito Santo", irá favOirecer a meditação sôbre o papel do Espírit.o Santo na restauração dessa unidade. Em muitos lugares, as "Semanas'' já não se Lmitam a orações e celebrações ecumênicas: são' a ocasião de pales.tras, estudos bíblicos, círculos de estudo, promoções conjuntas no campo social etc., favorecendo maior conhe-cimento e entrosamento entre as diversas comunidades. "Pois todos vós sois um em Cristo Jesus" - (Gal. 3,28) Diante do caminho percorrido em alguns anos, em que se romperam barreiras seculares de desconfianças e prev,enções, olhase com otimismo para o futuro. Se muita coisa ainda nos separa, o essencial nos une: "mn só Senhor, uma só fé, um só Batismo'' (Ef. 4, 5). Enquanto não se completa a reunião "num só corpo'', tod cs sentem obscuramente que o mais importante não é tanto chegarmos a um a~àrdo sôbre o que nos separa quanto juntm·-nos para comu- 8 -·
nicar ao mundo êsse essencial que nos une, ou seja, Jesus Cristc Ressusci tado. Abriu-se o diálogo, e rendemos graças a Deus por isso, mas, como nos adverte o Documento de Medellin, embora esta não tenha deixado de ser "a hora da palavra, tornou-se, com dramática ur~ência, a hora da ação''. Os problemas humanos, os problemas sociais só poderão ser re olvidos com o fermento evangélico do amor cristão. O mundo moderno, ateu e materialista, lanca diáriamente um desafio aos cristãos de to. dos cs quadrantes: Só unidos conseguirão êles enfrentar êsse desafio e responder-lhe com a única resposta que constituirá a fôrça renovadora do mundo: o amor de Cristo, vivid :} e partilhado. O propósito, bem o diz ü · Concílio, "exaede as fôrças e os doles humanos''. No ·entanto, são visíveis os sinais de qu e estamos começando a viver um oóvo Pentecostes, cada um aprendendo a falar a língua do outro e ouvind o o outro falar a sua própr'~ a Jíngn a ...
"O que nos preocupa e empenha na pastoral ecumemca não é aliciar os irmãos separados a ingressarem em nossa Igreja institucional, mas convidá-los a sonda~r conosco os desígnios 1de Jesus Cristo, caminho, verdade e vida (f o . 14, 6) , luz de todos os povos (LG, 1, 1). E1n Cristo, princípio e fim (Ap. 18, 18), por Quem, em Quem e pum Qttem tudo foi feito e tudo existe (Cal. 1, 16), é que encontraremos a unidade da fé, da esperança, da cvncórdia. do amor. De primordial importância na consecução dêste objetivo é o testemrunho evangélico de tôda a nossa vida, num engajamento pleno e sempre renovado no temporal, com vistas ao bem eterno. Quanto tnais perfeito o nosso testemunho cristão, tnais perfeita e profwnda a unidade de tôdo o gênero humano em Cristo. A salvação por Cristo se destina a tôdas as criaturas hutnanas. Em diálogo pennanente com todos, que é abertura para as sementes de verdade e bondade, espelhadas por Deus em todos os corações humanos, procurOOIIOs revelar Cristo Jesus que, vindo ao mundo, ilumina a todo o homem ( J o. 1, 9) ". (Comunicado Final da XII Assembléia da CNB/J - Sa. Linha - Promover a Ação Ecumên~a -Belo Horizonte, fevereiro de 1971).
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NOSSA SENHORA, PADROEIRA DAS EQUIPES
Maio, mês de Maria ...
Às vêzes tem-se a impressão de que Nossa Senhora é a grande esquecida no "seu" Movimento . .. • "Ficarei muito desapontado, diz o Pe. Caffarel num Ed'itorial intitulado " N assa Senhora'', se v.ocês não derem a esse patrocínio maior atenção do que aos letreiros que se vêem por aí: "Empório Na. Sra. de Lourdes", "Açougue Na. Sra. de Fátima" etc., e nos quais não há a menor intenção mística ... Agrupamos-nos para procurar Cristo, imitá-lo, servi-lo. Não conscgnirem'O'S nosso obJetivo sem um guia - e não há outro melhor do que Maria Santíssima, Gostaria que nas nossas equipes cada casal sen. tisse aqwela confiança na ternura tôda-poderosa da Virgem Mar.a, aquela segurança que se adivinha no cor,a ção dos pequeninos quando sentem sua mãe ao seu lado". Foi em 1947 que ü Pe. Caffal'el colocou as Equipes sob o patrocínio de Nossa Senhora, repetindo, s-egundo. êle mesmo conta, "o gesto de Péguy, qne, tomando os seus filhos. entregouus nos braços de Maria'·. "tranquilamente nos braços dAquela a quem foram confiadas tôdas as dores da terra . .. " "E Ela tomou-os sob a sUJa proteção e encargo, Como penhor para a eternidade". (Péguy)
Sete anos mais ta:rde, em L curdes, na Festa de Pentecostes, por ocasião da Peregrinação d e 1954, 850 membros das Equipes ratificaram a entrega do Movimento à Virgem Santíssima. Em nome de todos os presentes, e dos que por êles estavam representados, um membro do Centro Diretor leu a fórmula d·e con. sagração das Equipes a Nossa Senhora: -10-
"Todos os .presentes, em nosso nome e em nome de todos os membi'os da·s Equ pes de Nossa Senhora que não puderam juntar-se a nós, ·entregamo. vos, sem res·e rva nem cond1ições, o nosso Movimento e todos os casais que o compãoem, como, hom·en agem de confiança e rle amor. Pertence-vos. Podeis dispO'!' dêle para a glória do Vos•so Filho. Concordamos de antemão com tudo o que nos pe. dlirdes e fizerdes. Mostrai-nos o Vosso Filho. EnsinaLnos a amálo e a imitá-lo. Velai pelos nossos filhos e faze1 brotar nêles numerosas vocações sacerdotais e relig:osas. Que a vossa oração obtenha para as nossas famílias, tal como obteve para os Apóstolos reuni. dos no Cenáculo, a plenitude dos dons do Espirito Santo. E que para o futuro seja impossh'·el não irmos, como ·esses mesmos Apóstolos, anunciar aos que as ignoram as maravilhas de Deus e, de modo esp ecial, as maravilhas do sacramento do matrimônio.''
Encontro Nacional de Casais Responsaveis por Equipes 3 e 4 de abnl Nunca havíamos participado de um Encontro de Casais Responsáveis, nem sabíamos como seria êste. Uma coisa é certa: êle foi MA-RA-VI-UIO-SO. Dois dias no colégio Cristo Rei, que é realmente "um paraíso". As palestras e o "grupão", foram realizados no auditório do colégio, cujo palco também serviu de altar para as duas missas. Os grupos de trabalho e a co"participação desenvolveram-se nas salas de aula. No sábado, após a identificação e posterior meditação, os encarregados fizeram a a.presentação dos casais, por ~idade, fazendo-o em forma de jogral, que recebeu o nome de "jogralenacre", isto é, jogral do Encontro Nacional de Casais Responsáveis. Foi uma forma simpática e bem humorada de apresentar os casais participantes. Esther e Marcello, responsáve:s pelo Movimento no Brasil, falaram sôbre a "orientação do ano", cujo ponto alto é a visita que nos fará em setembro próximo o padre Caffarel, fundador -11-
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das equipes. Todos deverão participar deste grande evento. Opadre Caffarel, em princípio, manterá contato com as equipes em São Paulo, em Florianópolis e no Rio, quando de seu retorno à França. Além de vanos outros assuntos, foi-nos ~omunicado que a partir de 1972, serão pedidos aos equipistas mais dois meios de aperfeiçoamento: 1 - dez minutos de leitura diária da palavra de Deus (Bíblia), 2 - dez minutos de meditação diária. Aos que tiverem, como nós, responsabilidade no Movimento, é interessante começarem desde já com a leitura da Sagrada Escdtura, mesmo porque a meditação diária já é nossa obrigação. Desta forma estaremos caminhando para "uma nova primavera para a Igreja" (Paulo VI). Os casais ouviram, entre silêncio, emoção e risos a palestra ("bate papo") do Nicolau Zar1f sôbre "Família - Perspectiva do Ano - 1971 ". Foi "es-pe-ta-cu-lar". Em retribuição ficamos aplaudindo durante quase um minuto. No Domingo, logo cedo, o padre Alfonso Pastare e um casal da sua paróquia deram um testemunho do que é o "Encontro de Casais com Cristo" - uma experiência extraordinária e um ótimo campo de apostolado para os Equipistas. Foi salientada também a necessidade de se atualizar a contribuição que deverá ser de, no minimo, o referente ao valor de um dia de trabalho por ano. Os compromissos do Movimento para êste ano são bem pesados e todos devemos colaborar. Podemos garantir que todos os casais responsáveis sairam do encontro com uma visão ampla dos objetivos do 'Movimento, ,)rincipalmente para 1971, e todos levaram consigo as "ferramentas" para se desincumbirem com êxito da missão que têm êste ano. A participação ao encontro foi grande pois o auditório ficou totalmente tomado por equipistas de São Paulo, Rio Grande elo Sul, Paraná, Santa Catarina, interior de São Paulo (Campinas, desculpe-nos ... ) , Rio de J,a neiro, et~. Não podemos terminar êstes comentários sem um agradecimento àqueles que colaboraram para o sucesso do encontro. Com receio de esquecer alguém, não citaremos nomes, mas não podemos deixar de mencionar a turma de São José dos Campos (êta gente formidável) e o pessoal de Jundiai (colaboração total). :í!:.stes dois dias permanecerão indeléveis em nossas mentes e serão por certo o "guia" que nos possibilitará dirigirmos ~om sucesso nossas equipes, neste ano, como eventualmente, no futuro.
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PAIS E FII.JHOS: 11
É
POSSíVEL O DULOGO?
O QUE PENSAM OS JOVENS DE HOJE 11 (Testemunho de uma universitária de vinte e dois anos)
Os jo1vens de hoj.e pensam em •·mudar o mundo'', "mudar a sociedade", "mudar a vida". Tem que hav·e r algo de muito profundo atrás destas fórmulas estereotipadas, pré-fabricadas que se ouvem por todo lado, seja nos d iscursos, nos jcTnais, nas declarações eufóricas dos esquerdistas, seja na revolta e desespêro silenciosos de alguns jovens. Aliás, os jovens nem sempre sabem bem o que quer.e m dizer com estas palavras. Mas a impressão que se tem, bem clara e. fora de dúvida, é de que, se de um lado, os pais assist!em a ês-se fenômenlo com surprêsa e mêdo, hostilidade ou incompreensão, po•r outro lado os filhos consideram os pais e sua geração como massantes, supérfluos e até prejudicims. Parece que nunca foi tão acentuado o abismo que tradic ionalmente separa as gerações, abismo êsse que aceitamos com demasiada facil·i dade, como se isso pertencesse à ordem natural das coisas! É claro que posso estar erradn, mas me parece que êste problema é real, que existe mesmo, e sua explif'ação ·e stá na evolução rápida dema is da Históda, aceleração esta que co•i ncide justamente com a nossa geração. Não existe compreensão porque as gerações já não utili'zam as mesmas unidades de medida. Tudo tomou prop orções gigantescas com as novas descobertas da ciência. A generalização e o aperfeiçoamento dos meios de informação e comunicação fazem com que os jovens só possam raciocinar em escala mundial e que for çrsamente sintam-se solidários com tôda a humanidade, e de· sej em r esol.ver os problemas da humanidade em conjunto. Daí resulta mna revo.Ua imensa contra certas monstruosidades como a injustiça, o absurdo das guerras, a podridão do materialismo, a ausência de frat•ernidade, de amor e de beleza. Não sei o que as ~ erações anteriores sentiam aos vinte .anos, mas é muito provável que sentissem, ainda que de modo diferente, a mesma sêde de .a bsoluto, de amor, etc. Por isso é absurdo ver as gerações de pais e filhos não se entenderem, e, pior do que isto, lutarem entre si. Para analis,a r o problema na sua origem: Por que os filhos não gostam de se submeter à vontade dos . pais? Isso poderia ser explicado como uma contrad ·ção entre a ·obediência e a vontade própria, que é produtc· do orgulho. Mas aquêles. que têm a felL c.idad e de conhecer o Pai de todos os homens sabem com que alegda pode-se abdicar da vontade. própria para obedecer a de -14-
:ser amado com ternura infinita, de que a vontade do Pai corres. ponde ao nosso bem, e da certeza d·e que somos objeto de confiança total e de amor sem limites. É possível que no plano humano os ~ilhas só aceitem a autoridade dos pais na medida em que s·i ntam que são amados, que os pais des ejam seu verdadeiro bem. O essencial é que os filhos tenham confiança em seus pais. Esta harmonia deve ser maravilhosa nos lares onde pais e filhos estão profundamente unidos em Deus. Dando a vli'da matedal · a seus filhos, os pais sabem que ·e stão colaborando na obra criadora d o Senhor e fornecendo novos colaboradores em potenci'al. Assim, pais e filhos estão naturalmente destinados a rolaborar numa c·b ra única: a obra divina. E esta colaboração é a única coisa que' pode criar entre as gerações um laço )ndestrutível, no lugar dd tradicional abismo. Mas o que acontece quando não ex1ste êsse laço ? Uma coisa é fo•r a de dúvida - tôdas as crianças e adolescent'es, cris. tãos ou não, no comêço, colaboram com os pais. Qu•a nao se é pequeno, os. pais sabem tudo, têm sempre razão, inspiram total cunfi·a nça. Quando o adolescente começa a ter dúvidas, qut aliás podem ser totalmente injustificadas, a fazer perguntas, a ter idéais dif·e rentes da.;; de seus pais - o que não s·igmfica que esteja contra êles - , a idealizar de maneira diferente o mundo dos adultos e mesmo a soóedade, procurando soluções, neste momento é indispensável que os adultos acolham suas idéias, mesmo que "a priori" as considerem absurdas. Em vez de dizer: "Na sua idade eu também tinha grandes ideais, felizmente 'passou _ com você também acontecerá assim'', porque não dizer: "Curiosa sua idéia, talvez seja interessante, eu não teria pensado nisto ... como chegou a esta oonclusão?'' Lógico que não precisamos de aprovações servis, mas s·e os pais pudessem compreender o sent1mento de um jov.em ao ser tratado como criança inexperiente, ao perceber que os pais não lhe dão apoio- apoio que bem pode ser uma crítica escla. recedora -, v1eriam como êle se sente confuso e só. Aquilo que os pais chamam de "veleidad·es de independência", nasce da necessidade de procurar fora o que não •e ncontrou no seio da família. Sempre invejei os companheiros que podiam, quando necessário, p11ocurar o pai e expor uma dúvida, p1edir um conselho ou trocar cons·ideraçôes; e ainda mais aquêles a quem os pais algumas vêzes pediam uma opinião. Muitas vêzes um relacionamento· dêste tipo não é possível, não porque os pais sejam uns carrascos e os filho!'> uns mons. tro.:., mas p.oir que, por orgulho se atacam em vez de tentar-em compreenrler-se e se unir; portanl0 po1 falla de amor, porque o Deus. E ·essa alegria tôda que se sente provém da certeza de se -15-
orgulho1 é a negação do amor e o amor, a negação do orgulho. Iniciando assim, as relat;ões só podem degradar-se, à medttla que os anos passam. Os jovens -estão cansados de adultos inteligentes que só querem mandar, do alto de sua sabedoria in_ falível e pontificant·e; e os pais estão cansados de filhos que negam tudo o que a exper'iência antedor lhes ensina. É comum ver jorv:ens adquirirem o defeito que criticam nos adultos. Sabendo que as rlúvidas, cs retrooessos, os erro~ serão vis·tos com sarcasmo ou com piedade, sentem-se obrigados a ter sempre l'azão, nunca hesitar (ou esconder suas hesitações), nunca voltar atrás, portanto nunca pôr em dúvida suas próprias ações exatamente o que r.eprovam na geração preoedente. Creio firmemente que o problema é êste: falta de amor. O mundo mori'<e por falta de amor e ficará cada vez pior, na med ida em que o amor continuar faltando. Os jovens percebem isto, mais ou menos obscuramente. Mas o que a maior parte 1gnora é que se, há falta de amor é porque o mundo está afastado da fonte de amor eterncr. Donde, só há um remédio possível: AMAR. Cultivar tôdas as formas de verdadeiro amor. Ressuscitar o amor por tôda parte dcinde nunca deveria ter desaparecido, a começar pela família. Tre ntar trazer de nôvo a Fout·e os que têm sêde.
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0RAÇÃO DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS Ama e não julgues, Se vires um homem pecar mortalmente. Odeia o pecado mas não julgues o homem. Não o desprezes . Não desprezes ninguém, Porque não conheces os juizos de Deus, Não sabes quem são aquêles A quem Deus Estenderá a mão. ó vós todos, gentes da terra,
Que caminhais tão dolorosamente, 'Dende Caridade. Amai-vos uns aos outros , Amparai-vos uns aos outros. Mesmo que nos abrasássemos de amor até morrer, Ainda assim não amaríamos bastante, Nunca se ama o bastante. O amor é tudo o que Deus é. Que o vosso amor não seja limitado Porque o Senhor meu Deus não admite Nem as vossas fronteiras, nem os vossos muros ...
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A IGREJA PRESENTE
MENSAGEM DOS BISPOS DO BRASIL Ao encerrar os seus trabalhos, GJ XII Assembléi·J da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (C.N.B.B.), reunida em fevereiro em B elo Horizonte, publicou um Comunicado Final, no qual reafirma as seis linhas do seu Plano de Pastoral de Conjunto. Recordando essas linhas -.Unidade Visível, Ação Missionária, Educação da Fé, Vida Litúrgica, Ação Ecumênica, Presença da Igreja no Mundo - transcrevemos dois trechos que nos parecem particularmente importantes.
PROMOVER A EDUCAÇÃO DA FÉ Documentos conciliares nos relembram que evangelizar é mais do que apenas pregar a Palavra. Evangelizar é dar testemunho de nossa fé pela palavra e pela vida, na situação concreta em que nos encontramos. A catequese tem sentido na medida em que é 1parte orgânica do esfôrço evangelizador global. Prosseguiremos no esfôrço começado para - garantir à evangelização sua,s plenas dimensões; - levar cada ~ristão a uma verdadeira conversão interior. mais do que a simples gestos externos de religiosidade; - suscitar comunidades de fé, oração e caridade entre os que aceitam o Evangelho; - fazer com que a evangelização atinja a vida inteira das pessoas e dos grupos. Reduzir a evangelização ao simples anúhcio de verdades dogmáticas e de orientações morais e espirituais é, para nós, tão inaceitável quanto fazer da evangelização um mero programa social, político ou cultural. Queremos evangelizar homens reais em sua vida real. Por isso, não queremos voltar atrás no trabalho üüciado. Continuaremos a incentivar uma catequese que, em suas diretri~es e em seu instrumental, fale a linguagem do jovem e do adulto de ho~e e vá buscá-los no ponto em que êles estão, para conduzilos, pedagàgi~amente, ao conhecimento e à aceitação amorosa da Mensagem Evangélica e ao compromisso que são chamados a fazer com Deus e com o Senhor Jesus. -17-
PRESENÇA DA IGREJA NO MUNDO Falsa é a imagem da Igreja fechada na sacristia. A Igreja não se pode dissociar da vida do mundo. Aos Bispos, juntamente com os seus presbíteros, compete a formação das consciências, no sentido de esclarecer e formar o juízo critico sôbre os problemas t' fatos da vida do mundo, à luz dos princípios evangélicos (GS 43). AOS LEIGOS ~ompete especificamente uma eficácia cristã 11a gestão estrutural das realidades humanas. É uma ação direta e imediata em ordem ao progresso e aperfeiçoamento do mundo e da sociedade humana, orientando-os em conformidade às exigências de uma consciência cristã. Trata-se de levar os homens ao céu: trata-se também de tornar o homem mais humano e esta terra mais habitável. A tgreja jamais poderá transigir com um estado de coisas antievangélico. Onde tal situação houver, a Igreja deverá falar e agir. com os meios que lbe são próprios, para a purificação e a transformação das estruturas. A pastoral, particularmente a partir do Vaticano 11, não fuma pastoral de segregação, mas de ~oparticipação profunda da c!ondiç.ão humana, na qual estão inseridos os fiéis do povo de Deus.
CONSELHEIRO ESPIRITUAL DE EQUIPE ELEVADO AO EPISCOPADO O Santo Padre nomeou o Pe. Djógenes da Silva Matthes, há mais de dez anos Conselheiro espiritual de equipe em Ribeirão Prêto, primeiro bispo da cidade de Franca. Pe. Diógenes: Nossas orações o acompanham em sua nova missão. Possamos com elas retribuir um pouco do muito que deu ao Movimento durante todos êsses ·anos. Quanto ao Casal responsável pela difusão em Ribeirão, é bom que trate de ir pensando num pilôto: ainda não há equipes em Franca - pelo menos por enquanto ...
O DIA MUNDIAL DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO No domingo 23 de maio, que é o mesmo em que se inicia a "Semana de Oração pela Un :dade dos Cristãos", será celebrado. pela quinta vez, em todo o mundo, o Dia Mundial dos Meios de Comunicação Social, -institllido pelo Concílio Vaticano 11. A data do domingo que antecede a Festa de Pentecostes foi escolhida pelo episcopado durante a quarta sessão do Concílio, c!om o objetivo de que a Igreja medite sôbre a própria respon-
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sabilidade em fazer com que as maravilhosas técnicas modernas sejam utilizadas de modo conforme ao plano de Deus, permitindo a todos os homens ouvir, "na sua língua, as maravilhas da Palavra da salvação". Diante das extraordinárias possibilidades que oferecem os progressos técnicos da imprensa, do rádio, da televisão e do cinema, todos os homens de boa vontade são convidados a refletir sôbre a contribuição que êstes meios podem e devem dar para superar as dolorosas divisões que dilaceram a família humana no campo político, social e ideológico, eliminando preconceitos de qualquer gênero e fazendo, independentemente das diferenças de língua, de raça, de ~ultura e de condição soci-al, todos os homens sentirem-se unidos na descoberta da sua dignidade de filhos do Pai celeste.
"Somos convidados a refletir sobre o problema das comunicações sociais em suas relaJções com a família, o primeiro e sagrado núcleo social, no quai a existência hum'311la se abre, se forma e se define. O ninho da casa, a primeira escola da vida, o san. tuário da família, em que se forma, antes e acima de tudo, a personaJiidade do homem, em que o modo de viver e de pensar se tornará costume, é invadido pela irrupção dos meios de comunicação social, vozes e ima,g ens. . . Eis a tarefa nova da família sadia e cristã: refletir, fazer uma crítica e uma seleção, um juízo de valor moral. Pais e mães, eis um nôvo dêver para vós: 01 de tornar-vos inteligentes críticos e serenos juízes dos meios de comunicação social que invadem o vosso lar!" (PAULO VI. 18-V-69)
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SEU FILHO TEM ~STE P ROB LEMA ?
Você já percebeu que seu filho ou filha adolescente não mais a criança de antes?
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~le (ou ela) já tem encontro com amiguinhos e amiguinhas, que você pensa não serem os mais desejáveis. Ou, pior ainda. percebe que êle (ou ela) acha os sábados e domingos os dias mais aborrecidos da semana. Sofre de solidão e você sofre com êle. Que fazer?
Antigamente o encontro de moças e rapazes er·a adiado o mais possível. Hoje a vida é did'erente. ~les são precoces e inútil será tentar prendê-los, ignorar ou adiar seu desabrochar.
E foi por isso que alguns casais, quase todos equipistas, preocupados em proporcionar convívio social sadio para seus filhos, formaram grupos de jovens que passaram a se reunir nos fins de semana. E deu ótimo resultado. Aos poucos foram-se estruturando algumas regras e obrigações que deverão ser seguidas. Antes de mais nada: todos são responsáveis pelo bom andamento das reuniões. Esta participação na responsabilidade contribui para a boa formação do jovem. Cada grupo, chamado "g:rlêmio", é formado de 20 mocinhas e 20 mocinhos na faixa de 14 a 16 anos, ou na faixa de 15
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a 18 anos, e reune-se, em principio, pelo período de um ano. No ent·a nto, existem grupos que já se reunem há dois ou três anos porque não quiseram dissolver-se. As reuniões são feitas nos sábados ou domingos, com iníciG as 16 horas geralmente. O local é na casa de quem a ofereceu. por rodízio. Pl·ocura-se poupar ao máximo o trabalho da dona da casa: cada rapaz leva uma garrafa de refrigerante, e cad9 moça um prato de salgado ou doce, de preferência feito por ela mesma. Os pais da casa que recebe, e outros que possam comparecer, aproveitam a oportunidade para conhecerem os ~ompa nheiros de seus filhos pessoalmente. O entrosamento dêstes com os pais é muito importante. Ajudando-os a distrair-se, os adultos exer-cem uma vigilância DISCRETA. Com o tempo, verificou-se a falta que fazia um adulto que coordenasse tudo, previsse os programas, que fôsse uma pessoa habilitada e bem aceita pelos jovens. Surgiu então a idéia de um coordenador permanente, que pode ser um casal, ou só um membro do casal. Estie encargo é trabalhoso, pois as atividades dos grêmios são variadas: danças, piqueniques em éhácaras, teatros e cinemas seguidos de debate, entrevistas; até acampamentos já foram feitos. Por vêzes são introduzidas palestras de formação . <!om debates. Uma vez por ano, de preferência no primeiro, há uma reun'ão geral de todos os pais, reunião essa de onde surgem a maior :a das sugestões. Alguns grêmios promovem reuniões semanais das mães que tenham mais disponibilidade com a coordenadora, para avaliação do que foi feito e programação do que será org9n:zado. Tôdas as semanas há uma reunião preparatória com o rapaz e a moça responsáveis naquele mês pelas atividades do grêmio. Ambos são escolhidos em rodízio, a fim de que todos participem, e os mais tímidos tenham oportunidades de se desenvolverem. Sentiu-se também a necessidade de uma pequena contribuição em dinheiro por parte dos jovens, para ·a caixinha de despesas: entradas para teatros, brindes para os vencedores de gincanas etc ... No princípio da vida do grêmio· faziam-se jogos de salão, como os "cotillons", a fim de que todos se pudessem conhecer. O coordenador está sempre atento para que haja um bom entro samento, e ajuda os mais inibidos. Umas duas vêzes por ano há uma reunião aberta, podendo .:>s jovens convidar amiguinhos por quem se responsabilizem, ou ainda reuniões inter-grêmios. A amizade entre os jovens é muito grande. Observam-se coi-· sas interessantes no seu comportamento: liberdade de troca de
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tdéias, debate de assuntos tais como o namôro, o divórcio, o comportamento desejável nos jovens etc.... A maioria dos aniversários são festejados no grênúo; às vê?'es à noite, em horário especial. Geralmente, por iniciativa própria, pequenos grupos programam reuniões extras para palestrar, ir a um cinema, jogar pinguepongue, ou simplesmente assistir a um programa de televisão. É uma solução vitoriosa para o problema. Dá muita tranquiJidade aos pais e torna os jovens felizes, seguros e socialmente bem integrados.
Publicamos nesta página a inspirada poesia) dedicada ao DIA DA S MÃES, da autona de Maria Cecília de M. Dttiprat, que pelos do tes excepcionais que possui) foi consagrada a Mãe do Ano, na Guanabara, em 1968.
OFERfl'óRIO DA MÃE
Não deixes perder a seara fecunda do teu
Teus labôres e cansaços; Tuas alegrias e dec~pções; As vêzes que te solicitam; O filho que insiste; A empregada que chama; O telefone que toca; O próximo que toca; O próximo que te reclama; O trabalho interrompido; E o 1ivro que não acabas mais. A dor que ocultas. O sorriso que forças , A doçura que empregas, E a fadiga que escondes. E outro dia recomeça Tuá lida prossegue
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~otidiano:
E ainda perguntam: Cansada? Por quê? Seara fecunda que ninguém vê .. . Mas não leves sàzinha pêso tão grande Que te curva os ombros. Não deixes morrer ~sses grãos pequeninos O'a faina diária. Tollll8ros nas mãos: Um cálice existe De tamanho infinito E es tá sôbre o altar.
~sse
Cada manhã Leva teu fardo. Com o Sangue de Cristo Mistura o teu dia, As uvas do teu lagar. Que proporção inf:nila Assume a vida Quando o padre eleva o cálire E nêlc derrama dores e lágrimas Preocupações, trabalhos, Todo o dia afinal. Se transborda, tanto melhor: Mais perlo de Deus estás. Momento feliz de teu dia, Quando tudo juntas num só momento E entregas a Deus o que fazes, E dás a ~le o que. tens Dentro do Sangue de Cristo. "Offerimus tibi, Domine ... " diz o sacerdote. E a mãe completa a sua oferta: Sabe que tudo foi grande E tudo foi bom. Dentro do Cálice, no altar, Não se perde um grão do cotidiano: A roesse vai começar ...
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O MOVIMENTO NO MUNDO
A EQUIPE JAPONESA Vocês sabriam que existe uma eqmpe de Nossa Senhora no Japão? Transcrevemos o rekJ,to da visita de um equipista francês à primeira equipe japonêsa.
"Fui recebido em Kobê pelo Casal Responsável e pelo Conselheiro Espiritual da primeira equipe japonesa. O marido, professor de francês na Universidade de Kobê, foi à França em 196í e ai conheceu vários casais das Equipes. De regresso a seu país, com a ajuda da sua mulher, formou e animou uma equipe ele casais que, desde então, tem-se reunido regularmente, já estudou os dois primeiros temfls e está prestes a fazer o Compromisso. Desde o princípio do nosso encontro, o contato foi muito caloroso e fraternal; havia entre nós uma profunda comunhão. Estabelecemos laços de amizade esp:ll·itual na procura de um mesmo Deus, quando tudo - ou quase tudo - nos separava, tão grande é a diferença entre as maneiras de pensar do Oriente e do Ocidente. No que se refere à equipe de Kobê, caminha muito bem, apesar das dificuldades que oferece à tradução dos nossos textos para o japonês. A língua japonesa, devido à sua estrutura e ortografia, é muito diferente das nossas línguas ocidentais. Alguns têrmos de espiritualidade não existem no seu vocabulário, tão rico para exprimir as belezas da natureza e os matizes da sensi-bilidade. Outra dificuldade: os casais não se podem reunir em casa de cada um: as casas japonês·as são muito pequenas, sendo impos sível receber uma dezena de pessoas na mesma divisão. Por ~au· sa disso as reuniões realizavam-se no presbitério. Mas o Casal Responsável acaba de comprar um a,partamento1maior, o que lhe permitirá, de agora em diante, receber a equipe. Os japonêses ficam muitas vêzes agradàvelmente sUTpreendidos com a idéia de um Deus pessoal que vive em cada um de nós. O diálogo e o amor conjugal ajudam-nos a tomar consciência disso. O ·a postolado privilegiado desses casasis seria pois o de guiar outros casais para que venham a fazer a mesma descoberta. Contanto que se adaptem as estruturas das Equipes às condições da vida japonêsa e à maneira de sentir dêsse grande povo .
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conservando-se o essencial da espiritualidade do Movimento, · os cinco casais da equipe de Kobê poderão ser a semente da espiritualidade conjugal no Japão - se fôr esse o desígnio de Deus. É certo que ainda são apenas cinco casais pam 350.000 católicos - e 100 milhões de budistas e de indiferentes ... A missão ultrapassa de muito as suas possibilidades. Em nome da acolhida calorosa que recebi e que, através de mim, se dirigia a todo o Movimento, peço por êles a oração de todos os equipistas."
NOTICIAS DOS SETORES
REGIÃO SÃO PAULO/ B JAú -
As equipes "do Jaú" c:ontam com um nôvo Casal Responsável de Setor: Helen :nha e Décio Pirágine. O Conselheiro Espiritual continua sendo o mesmo e dedicado Cônego Pedro Rodrigues Branco. Ao nôvo Responsável, nossos votos de uma feliz gestão - e ao ant:go, Stella e Edward, no ~ sos parabéns pelo trabalho realizado.
SESSÃO DE FORMAÇÃO NAS FÉRIAS - Estando Maria Enid impossibilitada de acompanhá-lo, José Buschinelli, o Regional, em companhia de Nicolau Zarif, estêve visitando os Setores de Jaú e Bauru. Em reunião com a Equipe de Setor de Bauru, foi programada uma Sessão de Formação para as :R'egiões que ·a brangem as c:idades de J aú, Bauru, São Carlos e também Marília. Araçatuba e Promissão. Essa Sessão será realizada durante as férias de Julho.
REGIÃO SÃO PAULO/ E SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - Os Casais Responsáveis do Vale do Paraíba compareceram em pêso ao Dia de Estudos organizado em março pela Região, a fim de preparar o Encontro Nacional de Responsáveis. Nessa ocasião, Ma.rialba e Mariano f izeram uma palestra sôbre o papel do Casal Responsável.
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REGIÃO SÃO PAULO/C JUNDIAf - Também em Jundiaí todos os Casais Responsáveis, sem exceção, fizeram-se presentes ao encontro organizado pelo Setor. Tiveram a grande alegria de poder contar com a presença de D. Gabriel, cujas palavras sôbre a família constituíram motivo de edifica· ção para todos. De São Paulo, foram Maria Helena e Nicolau, que falaram sôbre a missão do Casal Responsável no Movimento.
REGIÃO SÃO PAULO/F SETOR D-A "nossa" equipe japonesa ... Está sendo pilotada uma equipe inteiramente constituída de casais nísseis - brasileiros, filhos de japonê. ses, ex-participantes de cursos de noivos. O Conselheiro Espiritual da equipe é o Pe. Inácio Takeuti, Cap~ lão da Colônia Japonêsa. A N. 0 80 - Sob a ivocação de "Nossa Senhora das Conquistas" foi admitida a equipe que vem sendo pilotada por Maria Helena e Nicolau e cujo primeiro Casal Respon sável é Jerusa e Roque Antenm-. O Conselheiro Espiritual dessa nova equipe é Frei Germano van der Meer, da Congregação do Verbo Divino.
COLABORE CONOSCO! As experiên~ias de uns ajudam outros.
o~
-
Dê-nos testemunhos (dificuldades. alegrias, educação, espiritualidade. vivência etc. etc. etc.).
-
Dê-nos sugestões. Dê-nos notícias. Critique esta carta. Se não fizer nada disto ... não se queixe~
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~efíroJ para
19'11
preparados pela R egião São Paulo
7 a 28 a 11 a 6 27 10 24 8 22 5 19 26 3
a a a a a a a a a a
9 de maio, em Baruerí Mons. Francisco Miziara 30 de maio, em Valinhos Pe. Rolando J alhert 13 de junho, em Baruerí (em silêncio) Pe. Domenico Trivi 8 de agôsto,em Valinhos 29 de agôsto, em Baruerí 12 de setembro, em Baruerí 26 de setembro, em .Valinhos 10 de outubro, em Baruerí 24 de outubro, em Baruerí (sem filhos) 7 de novembro, em Valinhos 21 de novembro, em Valinhos 28 de novembro, em Baruerí 5 de dezembro, em Valinhos
Os nomes dos outros pregadores serão namente.
~omunicados
oportu-
Quaisquer informações com o casal Marialba e Mariano ele Araújo Bacellar, rua Ouvidor P eleja, 628 - S. Paulo (Cap) Tel.: 276-0715. preparados pelo setor de St.ntos
23 a 25 de ·a bril, em Baruerí Pe. Pedro Lopes 24 a 26 de setembro, em Baruerí D. Lucas Moreira Neves 5 a 7 de novembro, em Barueri Informações com o Casal Dacilia e Raul Rocha do Amaral, rua Castro Alves, 14 - SANTOS (SP) - Tel.: 4-1325 preparados pelo setor de São José dos Campos
16 a 18 de julho, em S. José dos Campos 19 a 21 de novembro, em S. José dos Campos Informações com o casal Ma. Antonieta e Luiz Gonzaga Rios, rua H19-A, n. 0 101 - C.T.A. - SÃO JOSÉ DOS CAMPOS (SP) - Te!.: 3212 - r / 398. ?7
Oração para a. Próxima Reunião TEXTO DE MEDITAÇÃO (I S. Pedro, 1,17-20)
Se invocais como Pai aquêle que, sem distinção de pessoas, julga cada um segundo as suas obras, vivei com temor durante o tempo da vossa peregrinação. Porque vós sabeis que não é por bens perecíveis, como- a prata e o ouro, que tendes sido resgatados do vosso procedimento, recebido por tradição de vossos pais. mas pelo pre~ios o sangue de Cristo, o Cordeiro imaculado e sem defeito algum; aquêle que foi predestinado antes da criação do m undo e que nos últimos tempos foi manifestado por amor de vós.
ORAÇÃO LITú RGICA (SI. 31)
Assim fala. o Senhor: "Eu abrirei os teus olhos, e te farei conhecer o teu caminho, seguindo-te com os meus conselhos. Não sejas teimoso e ignorante , como o cavalo e o jumento, que a gente só domina com r édeas e cabresto". Quem não anda nos caminhos do Senhor encontrará muitos aborrecimentos, mas quem nêle confia terá como companheiro o seu amor fiel. Homens de boa vontade, procurai no Senhor a vossa alegria. Vossa felicidade será intensa ! Oremos:
Ouvi Senhor, as nossas preces, para que o preço sacrossanto de nossa redenção nos preste auxílio na vida presente e nos alcance as alegrias eternas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, que conVosco vive e reina na unidade do Espírito Santo. AMÉM.
EQUIPES NOTRE DAME 49 Rue de la Glaciêre Paris XIII EQUIPES DE NOSSA SENHORA Rua Dr. Renato Paes de Barros, 33 - ZP 5 São Paulo (Cap.)
Tel.: 80-4850