1972
NC? 1 Março
EDITORIAL - Mensagem aos Equipistas . . A ECIR conversa com vocês . . . . . . . . . . . . . . . Para a leitura meditada da Sagrada Escritura A Igreja presente Sagrado Bispo um grande amigo das ENS Conselheiros espirituais celebram jubileu Pastoral familiar em São Paulo . . . . . . . Trabalho em Equipe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Vida de Equipe: a meditação diária . . . . . . . . Testemunho: chamados de volta à Casa do Pai . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Pais - seus filhos pedem . . . . . . . . . . . . . . . . Notícias dos Setores Extratos dos Boletins dos Setores . . . . . . Ecos do Encontro de Resp. Regionais . . Notícias diversas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Calendário 1972 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Retiros 1972 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Oração para a próxima Reunião . . . . . . . . . . .
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ATENÇAO! CASAIS RESPONSA VEIS DE EQUIPE E CONSELHEIROS ESPIRITUAIS ENCONTRO NACIONAL 11 e 12 de Março -
às 8h . OO
No Liceu Coração de Jesus (perto da Rodoviária) Al. Dino Bueno, 383 em SAO PAULO
Revisão, Publicação e Distribuição pela Secretaria das Equipes de Nossa
Senho~·a
no Brasil.
Rua D r. R enato Paes de Barros, 33 - ZP 5 - Tel. : 80-4850 04530 - SAO PAULO, SP
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somente para distribuição interna -
EDITORIAL
MENSAGEM AOS EQUIPISTAS
Um casal responsável de Setor dirigiu a todos os casais equipistas do Setor a seguinte carta, que fazemos nossa:
Queridos amigos e irmãos, Terminamos o período de férias e vamos agora começar o nosso ano de trabalho. Durante janeiro e fevereiro muitos viajaram, outros receberam hóspedes em casa, os filhos de muitos exigiram maior atenção e presença nos passeios e divertimentos e quase não tivemos tempo para nos encontrarmos. A saudade está batendo no coração da gente e agora, organizando novamente a vida, voltamos às reuniões freqüentes, ao trabalho pelo nosso movimento, com mais entusiasmo e disposição. É hora também de pararmos, cada um de nós, para pensar. No balanço de fim de ano muitos pontos foram abordados, muitas resoluções tomadas. Buscamos na Equipe meios para vivermos melhor o nosso cristianismo dentro do nosso Sacramento, Sacramento que hoje em dia cada vez mais se torna desprezado pelo mundo. Em redor de nós é tão freqüente assistirmos ao espetáculo de lares que se desfazem, lares onde o amor se transformou em ódio, em mentira, em desilusão. Gente que não acredita mais no amor, na doação, e que se lança numa vida de egoísmo, de prazeres e que cada vez mais é frustrada porque jamais encontra a felicidade almejada. E os jovens? Quem de nós não conhece jovens desorientados e infelizes, sem o carinho de um lar, sem compreensão, e que se marginalizam, descrentes de tudo e de todos? É o amor que está doente, para muitos morto ou prestes a morrer. -1-
Qual a solução para tantos sofrimentos e problemas? Um dia, não importa quando ou como, alguma coisa nos tocou ou alguém nos falou. Nem sempre sentimos os efeitos de imediato. Aos poucos fomos percebendo que existe uma resposta para o homem, que existe um caminho, uma verdade, uma verdadeira vida: CRISTO. E livremente a t:le quisemos seguir. Aqui estamos, engajados nas E.N.S., porque desejamos trilhar êste caminho. Buscando realmente a verdade, queremos viver não como escravos mas como homens livres, criados por Deus. Cristo se deu a nós e logo sentimos os efeitos em nossas vidas. Sentimos que é possível realmente aos homens viverem como irmãos. Sentimos a felicidade profunda que nos invade a alma quando, esquecidos de nós, procuramos dar ao invés de receber e descobrimos quanta capacidade de doação, de sinceridade e de amor existe em nosso semelhante. Mas ... há sempre um mas . . . quantos existem que ainda não descobriram nada disto? Quantos ainda estão mergulhados nas trevas da dúvida, do desespêro, da descrença e do egoísmo? Cristo, quando se dá a alguém, não é para que O guardemos. t:le será cada vez mais nosso à medida que soubermos dá-lo ao nosso próximo. Queridos irmãos, estas reflexões nós as fazemos para nós próprios, pensando em nossas próprias responsabilidades. Falar de Cristo é necessário, mas mais necessário ainda é vivê-lo, é testemunhá-lo aos homens. Mostrar que neste mundo cheio de um amor doente, ou sem amor, o amor é possível, é uma realidade. É êste nosso principal trabalho dentro das Equipes. Os antigos cristãos provocavam a admiração e a conversão de muitos pagãos pelo testemunho de amor que davam: "Vêde como êles se amam!" Sabemos que amar não é fácil; exige uma luta constante dentro de nós mesmos. Mas também sabemos que só no amor seremos felizes, amor que não se restringe apenas à nossa família, amigos e companheiros de Equipe, mas amor que se extravasa, amor que perdoa e compreende, porque em cada semelhante está a presença de Cristo a quem queremos amar e seguir. Neste início de nossas atividades equipistas refletimos sôbre tudo isto, e quisemos também transmitir a vocês nossas reflexões, desejando que 1972 seja um ano cheio de paz, união, compreensão, aceitação, enfim, cheio de AMO R - cheio de C R ISTO, para que possamos levá-lo a muitos outros que ainda não O conhecem.
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A ECIR CONVERSA COM VOC~S
Caros amigos, Seja a nossa primeira palavra, um voto muito sincero e amigo para que no decorrer dêste ano as graças do Senhor lhes sejam abundantes e os ajudem a cumprirem como cristãos tôdas as suas responsabilidades, na família, no trabalho, na sociedade, na Igreja, no mundo que os cerca. E os ajudem também a fazer ae sua equipe, cada vez mais, o lugar de reabastecimento de fôrças e um foco vivo de fraternidade irradiante. Já lhes dissemos que êste ano seria de aprofundamento e renovação. Para isto, vamos precisar de luzes especiais que nos ajudem a discernir o caminho a seguir, para darmos cumprimento à "orientação do ano" que, durante todo o decorrer de 72, vai fazer apêlo ao nosso senso de responsabilidade e de equilíbrió. No número de novembro do ano findo, a Carta Mensal trouxe o programa traçado para o ano que tem agora início: reflexão sôbre a conferência do Cônego Caffarel, aprofundamento das grandes linhas dos Estatutos, iniciação à leitura da Palavra de Deus, preparação ao compromisso ou à renovação do compromisso. Seria bom, quase indispensável, que vocês relessem com cuidado o que a ECIR lhes comunicou então. :l!:ste programa será desenvolvido gradativamente, para culminar, no fim do ano, com uma reunião de balanço que apresentará características especiais. A primeira coisa que lhes pedimos fazer é proceder à leitura do discurso do Cônego Caffarel em Roma: "As Equipes de Nossa Senhora em face do ateísmo". Será entregue juntamente com esta Carta Mensal. É um documento de capital importância. Deve ser lido e relido. Deve ser objeto de reflexão pausada e séria, individualmente e pelo casal, porquanto é o ponto de partida para a compreensão de tôdas as atividades dêste ano. O Cônego Caffarel, depois de analisar aspectos fundamentais da crise que o mundo atravessa - e com êle também a Igreja - coloca o equipista em face da responsabilidade que sôbre êle pesa, como membro do Povo de Deus, no esfôrço que a cristandade vem empreendendo para restituir a Deus, à Igreja, ao Evangelho, a verdadeira imagem, que foi sendo deformada.
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Ora, integram as Equipes de Nossa Senhora vanos milhares de casais que ambicionam ser membros dedicados e ativos da Igreja. Cabe portanto ao Movimento uma contribuição ativa no processo de "aggiornamento" que se vem efetivando depois do Concílio, ligando-nos a um futuro próximo em que a verdadeira face da Igreja se apresente ao mundo e possa atrair para o seu seio os homens sedentos de verdade, de justiça e de paz. E isto com aquela confiança que levou Paulo VI a pronunciar aquelas palavras de fé: "Lares provados, lares venturosos, lares fiéis, preparais para a Igreja e o mundo uma nova Primavera cujos primeiros rebentos nos fazem estremecer de alegria!'r Foi justamente para procurar colocar o Movimento à altura desta responsabilidade que foram dadas em Roma várias "orientações". Mas, como ponto de partida, é preciso que as Equipes se compenetrem de qual a verdadeira fisionomia do Movimento e tomem consciência nítida do sentido exato do pensamento que o inspira. E aqui vem o segundo passo do programa traçado para êste ano. I Pareceu à ECIR que a essência do Movimento, o que êle é, o que êle quer ser, nem sempre é bem compreendido ou assimilado. Daí a necessidade do estudo ou reestudo dos Estatutos, por tôdas as equipes com mais de dois anos de atividades. Isto será feito através do caderno "As grandes linhas dos Estatutos" que será distribuído por ocasião do Encontro dos Responsáveis de Equipe, em 11-12 de março próximos. Para aquêles que conhecem bem o Movimento, êste estudo será uma oportunidade para, não só reavivarem em si as riquezas que as Equipes lhes proporcionam, como também ajudar os outros nos esclarecimentos de que venham a precisar. Como conseqüência dêsse estudo, depois de muito refletir e muito rezar, casais haverá que tomarão consciência de que não estão no seu lugar nas Equipes. Nada de extraordinário se chegarem a uma tal conclusão. As Equipes de Nossa Senhora não são, é evidente, o único meio capaz de levar os casais cristãos a se encaminharem para Deus. As suas normas, a sua disciplina, não são assimiláveis para todos os temperamentos. É assim perfeitamente normal encontrarem-se casais que, em outros Movimentos ou atividades, vejam o desabrochar de dons que, nas Equipes, ficariam entorpecidos. Mas, ao deixarem a equipe, êsses casais poderão certamente continuar a cultivar as amizades que se foram cimentando durante os anos de convívio fraterno dentro da equipe. Ao propor os Estatutos como objeto de estudo para êste ano de aprofundamento e renovação, a ECIR tem consciência de que várias equipes foram adquirindo uma como que "alergia'' aos temas que são propostos pela direção do Movimento. É pos-
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• sível que tal atitude tenha o seu fundamento. Mas agora, caros amigos, estamos em face de uma situação muito peculiar. Há necessidade de aprofundamento e renovação. E não podemos deixar de reconhecer que se aplicam também ao Brasil as observações feitas pelo Cônego Caffarel em seu discurso, no que diz respeito a certas deficiências que aponta e que o levaram a estas palavras que poderão parecer utn tanto duras: "A anemia espiritual de muitos casais, as dissenções no interior do Movimento, mostram que não estamos realmente prontos para assumir a missão de testemunhas do Deus vivo, no mundo de hoje". Complementando o "suplemento" aos Estatutos, será publicado um número especial da Carta Mensal em que, sob a forma de perguntas e respostas, serão dados esclarecimentos a várias interrogações, dúvidas e objeções, seja aos próprios Estatutos, seja às orientações dadas em Roma. Caros amigos, à medida que vocês forem lendo êste bilhete e principalmente ao lerem a conferência do Cônego Caffarel, é possível que alguns fiquem perplexos, temerosos talvez de que novas normas venham dificultar a vida das Equipes. Longe disto. O que se está propondo nada mais é do que uma complementação do que já vinha sendo feito, com a finalidade de robustecer nos casais a sua vida cristã. Aliás, terão todo um ano para ir assimilando o porquê das novas orientações, das quais a única que será desde já posta em experimentação, é a leitura refletida das Escrituras, principalmente do Evangelho. Vamos nos pôr ao trabalho. Irá certamente produzir frutos. E vislumbramos, no final dêste ano, o emergir de um Movimento com novas fôrças, novas energias. As mesmas Equipes de Nossa Senhora, sim, mas com os seus membros mais conscientes, mais firmes, mais unidos ao redor de um ideal comum. Mais capazes, pela vivência mais lúcida do amor fraterno e do auxílio mútuo, pela vivência mais consciente do Evangelho, de "assumir a missão de testemunhas do Deus vivo, no mundo de hoje". Tôda a cordial amizade da ECIR
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NUTRIR A NOSSA Fi::
PARA A LEITURA MEDITADA DA SAGRADA ESCRITURA
A leitura meditada é o método mais fácil de se iniciar na meditação; de se iniciar, é claro, porque não se pode ficar parado aí. O Evangelho é a base, aliás mais do que suficiente. Muito interessante é a edição, sugestivamente ilustrada e muito didática, da MIMEP (1), "O Evangelho de Jesus". Fazendo uma síntese dos quatro evangelhos num texto contínuo, ajuda a dar uma visão unificada da vida e da obra de Cristo. Para completar o que talvez nos falte de bagagem e facilitar-nos tirar as mensagens vivenciais da leitura feita, ajuda muito a coleção "Nôvo Testamento - Comentário e Mensagem" (2 ). São comentários próprios para a leitura espiritual, por diversos autores, editados oríginàriamente por Wolfgang Trilling. Cada livro do Nôvo Testamento é um opúsculo separado, o que não deixa de ser bastante prático. Não adiantaria indicarmos aqui outros livros - são tantos que alguém já disse: "Não leia os bons livros, leia sàmente os melhores". O que é preciso é não se contentar com superficialidades nem com "flor de laranjeira", mas procurar coisas sólidas, livros profundos e atualizados, alimento para gente adulta. E essa escolha depende de cada indivíduo, de acôrdo com sua própria fisionomia espiritual. Um pedacinho de leitura, um momento de silêncio para interiorizar e "ruminar" o que se leu, um esfôrço de tradução vivencia! das idéias apreendidas, uma revisão da própria conduta à luz do que se refletiu. E assim por diante. Passo a passo, degrau por degrau, você irá subindo a escada que vai levá-lo até o ponto mais alto, a contemplação. Frei Estevão (1) (2) -
Irmãs do Coração Imaculado de Maria Av. Dr . Arnaldo, 1.493 - São Paulo. Ed,tôra Vozes, Ltda.
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A IGREJA PRESENTE
SAGRADO BISPO UM GRANDE AMIGO DAS EQUIPES
Constituiu motivo de grande alegria para todos os que o conhecemos a elevação de Mons. Benedito de Ulhôa Vieira ao episcopado. Pelos dotes excepcionais de que é possuidor, a participação de D. Benedito no govêrno da Igreja virá enriquecer sobremaneira o "colégio universal dos bispos". Por aliar uma ela-
Mons. Benedito de Ulhôa Vieira
rividência incomum a um incansável dinamismo, pode-se esperar de D. Benedito uma atuação de primeiríssimo plano no seio da CNBB. Poucos sacerdotes foram tão bem preparados para uma tarefa pastoral, pois Mons. Benedito lidou com todo o povo de Deus
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- sacerdotes e religiosas, filhas de Maria, jovens e casais, nos cargos que até agora ocupou: foi sucessivamente secretário particular do Cardeal Motta, vigário cooperador na Bela Vista, Assistente da Federação Mariana Feminina da JEC e da JUC, capelão e professor na PUC, professor, vice-reitor e reitor do Seminário do Ipiranga, titular da Paróquia Universitária e vigário fundador da paróquia do Imaculado Coração de Maria, anexa à PUC. Eleito pelos 50 sacerdotes da Região Episcopal Centro como seu Representante no Conselho de Presbíteros da Arquidiocese, pouco depois era escolhido pelo então recém-nomeado Arcebispo de São Paulo, D. Paulo Evariste Arns, para seu Vigário Geral. Agora cumula essas funções com o cargo de vice-reitor da PUC. Mons. Benedito foi assistente de uma das primeiras equipes de São Paulo. Dadas as suas qualidades de orador, tomou a pálavra por ocasião de muitos Dias de Estudos em São Paulo e em outras cidades, pregou numerosos retiros e foi o pregador da primeira Sessão de Formação de Dirigentes organizada no Brasil. Mons. Benedito sempre foi um sacerdote precursor das reformas, litúrgicas e outras, que vieram com o Concílio. Bateu-se sempre por uma maior purificação dos ritos, maior participação do povo na liturgia e dos leigos na vida da Igreja. As exigências de simplicidade na celebração do rito matrimonial na arquidiocese de São Paulo, por exemplo, são em grande parte conseqüência de sua atuação. (1) É grande devoto de Nossa Senhora. A 8 de dezembro de 1948, na Festa da Imaculada Conceição, o Papa Pio XII consagrava o sacerdócio do Pe. Benedito ao Coração Imaculado de Maria, e a nomeação do Vaticano veio exatamente na oportunidade em que Mons. Benedito comemorava 23 anos de sua ordenação sacerdotal. Nomeado Bispo Auxiliar do Arcebispo de São Paulo, D. Benedito escolheu para a sua sagração a data de 25 de janeiro, festa do Apóstolo São Paulo, pois foi convocado "para servir ao povo de São Paulo". Em cerimônia simples e muito recolhida, na Capela da Imaculada - nem poderia deixar de ser - do Seminário Central do Ipiranga, foi sagrado pelas mãos do próprio D. Paulo Evariste, sendo co-sagrantes D. Gabriel, Bispo de Jundiaí e primeiro titular da Paróquia Universitária, e D. José Lafayette, Bispo de Bragança e predecessor de D. Benedito como Vigário Geral da Arquidiocese. Já dissera Mons. Benedito ao despedir-se dos seus paroquianos: "Na Igreja pos-conciliar, dificilmente se pode falar em 'proll)
Cf. Carta Mensal de Junho de 1970
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moção': o espírito é outro" e D. Evaristo, na exortação que precedeu o rito de sagração, o confirmou: "O episcopado é um serviço e não uma honra: o Bispo deve distinguir-se mais pelo serviço prestado do que pelas honrarias recebidas, conforme o preceito do Senhor: aquêle que é o maior seja como o menor, aquêle que preside, como o que serve". E continuou, mostrando bem qual a missão do Bispo: "Prega 'a palavra, quer agrade, quer desagrade. Admoesta com paciência e desejo de ensinar. . . Escolhido pelo Pai para dirigir sua família, lembra-te sempre do Bom Pastor, que conhece as suas ovelhas e é por elas conhecido e que não hesitou em dar a vida pelo rebanho. Ama com amor de Pai e de irmão todos aquêles que Deus te confiar, especialmente os presbíteros e diáconos, teus colaboradores no serviço de Cristo, e também os pobres e os doentes, os peregrinos e imigrantes ... " Depois de sagrado, o nôvo Bispo, dirigindo-se aos presentes, disse: "O episcopado é serviço de amor ... Cada dia será como o primeiro dia, exatamente como há 23 anos. Desejo ser um mensageiro de esperança, de paz, bênção e graça, digno de meu nome de batismo: Benedictus, in nomine Domini . .. " - "Em nome do Senhor" é o lema de D. Benedito. Pelas funções cada vez mais importantes que sem dúvida será chamado a desempenhar, perderemos sempre um pouco mais um grande amigo - em compensação, a Igreja ganhou um grande Bispo . .. CONSELHEIROS ESPIRITUArS DE SETOR CELEBRAM JUBILEU SACERDOTAL
No mesmo dia, 21 de dezembro, dois dos nossos Conselheiros Espirituais de Setor comemoraram seu jubileu sacerdotal: o Cgo. Lúcio Floro Grazziozi, Conselheiro Espiritual do Setor de Santos, e o Cgo. Constantino Van Veghel, o. praem., antigo Conselheiro Espiritual do Setor A de São Paulo, novamente conduzido ao cargo no início dêste ano. Ambos celebraram a Missa jubilar rodeados de muitos amigos equipistas. No final da Missa, o Cgo. Constantino distribuiu a todos um santinho no qual se podia ler as seguintes palavras, extraídas do Decreto sôbre o Ministério e a Vida dos Presbíteros: "Com desvêlo igualmente peculiar hão de ocupar-se dos mais jovens e além disso dos esposos e pais, que deveriam reunir-se em grupos de amizade, para se auxiliarem mutuamente e agirem com mais facilidade e profundeza como cristãos nesta vida tantas vêzes penosa ... ". É possível que outros sacerdotes nossos amigos tenham celebrado também o seu jubileu. Embora não tenha chegado ao nosso conhecimento, aqui vão para êles também os nossos parabéns e os nossos votos de ministério sempre mais fecundo.
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PASTORAL FAMILIAR EM SÃO PAULO Pe. Segu, nôvo Coordenador da Pastoral Familiar em São Pauro
O Pe. Martin Segu Girona, Assistente Estadual e Arquidiocesano do Movimento Familiar Cristão, com a nomeação de D. Lucas Moreira Neves para a Coordenação da Pastoral dos Meios de Comunicação Social, passou, em outubro, a assumir a Coordenação da Pastoral Familiar em São Paulo. Uma das suas primeiras iniciativas foi estruturar um programa de televisão, "De casal para casal", a ser levado ao ar tôdas as segundas-feiras, às 21,30 hs., a partir do dia 3 de abril, pela TV Cultura, Canal 2. Dêsse programa participarão vários casais do MFC e das ENS e da Escola de Pais. Curso de Orientadores Familiares
A CAMAL - Coordenação Arquidiocesana dos Movimentos do Apostolado Leigo - dentro da Campanha-Família articulada para êste ano, está promovendo um curso de orientadores familiares. Os casais interessados poderão obter maiores informações com Márcio Peixoto, Secretário da CAMAL, às 2as. e 6as.-feiras, das 13 h 30 min às 16 h 30 min, à Avenida Higienópolis, 890. Notícias do Movimento Familiar Cristão
No dia 16 de novembro, tomou posse o nôvo Casal Presidente Arquidiocesano do MFC, Horácio José e Antonieta da Silva, substituindo o casal Ned e Maria. Esther, sem o Marcelo, ainda sem alta médica, naquela altura, representou as Equipes nessa ocasião, levando ao nôvo casal Presidente o abraço fraterno do nosso Movimento e os votos de feliz gestão. Palavras do nôvo Presidente: "O objetivo do cristão é alcançado na medida em que cada um se põe a serviço do outro - "servir e não ser servido" ... O apostolado missionário exigirá por vêzes sacrifícios e renúncias; no entanto, sentimo-nos confiantes e animados "naquele que nos conforta" e convida para "lançar as rêdes". Sabemos que não obstante as preocupações materiais, profissionais, além do trabalho rotineiro - tudo isto poderá trazer canseiras e desânimos - no entanto, somos convidados a nos manter encorajados com o espírito de fé constante para tornar possível e fácil a missão apostólica. O "ide e pregai o Evangelho a tôda criatura" é uma ordem imperiosa que cabe a todos nós, quaisquer que sejam as modalidades de sua realização". Também em novembro, um Dia de Formação reuniu no Colégio Santa Cruz 80 casais e... 95 crianças. -10-
TRABALHO EM EQUIPE
Da Oração no Futebol, "Poemas para rezar", de Michel Quoist, tradução de D. Lucas More.ra Neves, o.p. Livraria Duas Cidades.
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A bola branca voava como se tudo estivesse preparado de antemão, minuciosamente. Passava de um para outro, corria pelo gramado ou voava por sôbre as cabeças. Cada um se achava em seu lugar; recebendo-a por sua vez, com chutes compassados, passava-a ao outro. E o outro lá estava para colhê-la e dar o passe. E porque cada qual fazia o seu trabalho, no lugar onde era preciso, porque cada qual dava o esfôrço pedido, porque cada qual sabia que precisava de todos os outros, lentamente, mas com segurança, a bola ia avançando. E, então, após ter reunido o coração dos onze jogadores, o time lançou a bola e marcou o tento da vitória. Faze, Senhor, que esta partida, celebrada com todos os meus irmãos, seja a imponente liturgia que Tu de nós esperas. A fim de que, quando deres o último apito, interrompendo nossas vidas, sejamos selecionados para a Taça do Céu.
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VIDA DE EQUIPE
A MEDITAÇÃO DIÁRIA
Todo ano, muda o Casal Responsável e quem recebe êste encargo pela primeira vez, em geral fica desorientado diante da exigência dos Estatutos: dez minutos diários de meditação. Aos novos Responsáveis tentaremos mostrar que, no fundo, a meditação é algo muito simples e deve ser abordada com naturaliâade. Inicialmente, todos precisam ter bem presente aquela historinha do camponês que o Cura d'Ars encontrava todo dia na igreja. Intrigado com a assiduidade do homem simples, perguntou-lhe um dia o Santo Cura: que tanto tens a dizer a Nosso Senhor? Ao que o outro respondeu: não lhe digo nada - apenas f i co a vê-lo e Ele a mim... O homem, com tôda a sua simplicidade, havia descoberto a essência da meditação, ou seja, o mudo diálogo de amor entre a criatura e o seu Criador. Muitos não conseguem fazer a meditação porque complicam demais ... Na verdade, o difícil está em iniciá-la. O que custa é a ruptura com nossos afazeres, é acharmos um tempo para consagrar à oração. E, uma vez conseguida a ruptura, quando resolvemos entrar na igreja ou trancar-nos em nosso quarto, o difícil ainda está em fazermos silêncio dentro de nós. É difícil mesmo, mas é básico. Porque não se trata de falarmos , pelo menos no início da meditação, mas de ouvirmos a Deus. E é claro que só poderemos ouvir se silenciarmos. Com um pouco de paciência e bastante calma consegue-se: parando fisicamente, acabamos, se o desejamos realmente, parando mentalmente também. Estamos então em condições de poder ouvir o que Deus tem a dizer-nos, pessoalmente, naquele momento de nossa vida. Basta que nos entreguemos em Suas mãos e Lhe peçamos que nos faça ver a Sua vontade.
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Para os que iniciam, convém pegarem - depois de conseguirem o silêncio interior - o Evangelho ou algum livro de espiritualidade. É preciso ler, atentamente, muito devagar, procurando ver em que é que aquilo se dirige a nós. Quando algo nos "falar" mais alto, nos tocar mais fundo, chegou a hora de pararmos e procurarmos então ouvir. Isto também pode ser feito a partir de algum fato de nossa vida que nos esteja atormentando, porque Deus também nos fala através dos acontecimentos. Não procuremos afastar êsse fato da nossa mente, mas tentemos descobrir, humildemente, o que Deus nos queria dizer através dêle. Na verdade, tudo pode ser objeto de meditação. Basta olharmos para a nossa vida cotidiana, para o mundo em redor de nós: tudo é motivo de adoração, de interrogação ou de SÚ.f:Jlica. Di;.o.ia alguém que, para inspirar a nossa oração, bastam, nos dias de hoje, duas coisas: a Sagrada Escritura e o jornal. .. Todos já lemos os "Poemas para Rezar", de Michel Quoist. Acaso não são êles orações, meditações inspiradas exatamente em fatos, às vêzes corriqueiros, da vida diária ? Quem não leu, leia, e convença-se de que a meditação não é aquêle "bicho de sete cabeças" que imagina.
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TESTEMUNHO
CHAMADOS DE VOLTA À CASA DO PAI
Outubro e novembro foram meses de provação para muitas equipes, mas em particular para as Equipes de Ribeirão: primeiro Granadino de Baptista e depois Luís Castilho deixaram, repentinamente, o convívio da família e dos irmãos de equipe para o Encontro maior, a Vida verdadeira. Os dois foram chamados em circunstâncias que a todos impressionaram. "A crise cardíaca que levou Granadino, conta o Pe. Angélico, o acometeu na igreja, em plena Ceia do Senhor. Participando, como sempre, Granadino fêz a procissão das ofertas. Representando a comunidade, levara as ofertas ao altar. A oferta da vida! Quando Padre Oswaldo consagrava o pão e o vinho, nosso irmão tombava como uma flor. A hóstia de sua vida estava plenamente identificada com Cristo, em oferta ao Pai. Morreu como viveu: ofertando-se, entregando-se, na alegria. (É dando que se recebe, é morrendo que se ressuscita para a vida eterna). Com dor-alegria nós o vemos ser recebido na casa do Pai. A muitas pessoas tenho visto morrer; a poucas como o Granadino. Conscientemente, se preparou para o Encontro com o Pai, preparando também a família, no dia a dia, para a despedida. Na última vez em que foi animador da reunião da sua Equipe, o tema por êle e Neuza escolhido e desenvolvido foi "a morte enquanto encontro de amor com Deus". O encontro se deu em plenitude. Granadino vê Deus face a face. Aliás, êle vivia desta esperança, que a ninguém escondia. Porque, repleto de amor, não tinha temor. Possuia certeza da verdade anunciada pelo Apóstolo Paulo aos coríntios: "Agora, vemos a Deus por espelho, de maneira confusa, mas então será face a face". Através do provisório, Granadino caminhou para o Pai. Entre nós, passou fazendo o bem. Nós o bendizemos, com amor, na saudade". -14-
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Quanto ao Luís, que muitos tiveram a oportunidade de conhecer em Dias de Estudos, pois foi com a Eliana Responsável pelo Setor de Ribeirão, morreu pràticamente cantando os louvores de Deus - senão, com a alma ainda tôda iluminada pelos cânticos de Natal que estivera ensaiando com um grupinho de equipistas em vista da comemoração do Natal: "O ensaio, conta o Cgo. Angélico, foi até meia hora depois da meia-noite. Apenas chegando em seu lar, nosso irmão sentiu-se mal. Instantes depois, passava desta vida para o Coração de Deus, onde, no Amor, viveremos felizes para sempre. De certa forma, era preciso que assim fôsse: a vida do Luís foi marcada por muita música. Sua morte, preparada por cânticos na alegria dos irmãos, foi também um canto de amor a Deus, a quem, em nosso meio, amou e serviu. O Luís partiu sem que o esperássemos. Na plenitude da vida, cercado de alegria, de trabalhos, de amor, muito amor, foi chamado para a casa do Pai. A Equipe n. 0 4 - sua outra família chora em silêncio, ao mesmo tempo em que, na esperança, o contempla na feliz morada do Pai. Há pouco foi o Granadino; agora chegou a vez do Luís ... De esperança em esperança, peregrinamos, bendizendo a Deus que, entre nós, coloca fachos de luz que brilham, apontando-nos os caminhos do amanhã". Além dêsses dois companheiros, o Movimento perdeu neste final de 1971 mais dois equipistas: Neir Antônio França Mattos, da Equipe 3, Nossa Senhora das Graças, de Guaratinguetá, que deixa Maria Léa e dois filhos pequenos (11 de novembro), e Maria Inês, 38 anos, mãe de 6 filhos, e espôsa de Francisco Mendes, ãa Equipe n. 0 39, Setor-D, São Paulo (24 de novembro).
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Esta é a primeira vez na história do Movimento no Brasil que um número da Carta Mensal noticia a passagem para o Pai de mais de um equipista. O fato certamente não pode ser atribuído às férias, pois três dos quatro irmãos nos deixaram em novembro, o outro em outubro. É que o número dos que Deus chama a si realmente está aumentando. E isto nos obriga a uma reflexão mais profunda: não sabemos "o dia nem a hora" amanhã, podemos ser nós, ou o nosso cônjuge ... Por isso resolvemos transcrever a seguir o tema preparado por Neuza e Granadino para a sua equipe, poucos meses antes do Granadino morrer. Introdução
"Quem de vós querendo edificar uma tôrre, antes não se senta para calcular os gastos que são necessários a fim de ver se tem com que acabá-la ?" (Lc. 14-28). -15-
Assim é a nossa vida de cristãos: nos sentamos e analisamos o que é necessar10 para a construção da nossa vida terrena, que deverá encontrar méritos aos olhos de Deus qual tôrre solidamente construída. Planejamos e estudamos nossa vida. Mas será que analisamos detalhadamente os planos para a morte que igualmente deverá encontrar méritos que qual oferenda Lha depositamos aos pés? A cada momento um de nossos companheiros de jornada encerra a sua caminhada; ficamos estarrecidos olhando ao longe, por que, à distância, não vislumbramos o ponto da nossa chegada. E nosso pensamento não se detém para calcular essa etapa da nossa jornada. Médo? Falta de Esperança? Se sentássemos para calcular, deveríamos começar sempre com as palavras do Salmo 22-4: "Ainda que eu tenha de atravessar o vale escuro, nada temerei pois Tu estás comigo". Tema:
Nós e a Morte
Sim, êsse é o tema que propomos à reflexão da equipe. Concordamos que é assunto nada simpático e que pouca vontade se tem de pensar ou de falar nêle. Há como que um tabu em tôrno dêsse assunto. Mas nos parece que o cristão deve encarar êsse problema de outra forma: com mais serenidade, bem mais confiança e com mais desapêgo. "Por outra parte, os mortos hão de ressuscitar, é o que Moisés revelou na passagem da sarça ardente, chamando ao Senhor: Deus de Abraão, Deus de Isaac e Deus de Jacó. Ora, Deus não é o Deus dos mortos, mas dos vivos; porque todos vivem para í:le". (Lc. 20-27). Somos seis casais felizes, vivendo uma deliciosa harmonia conjugal. Temos filhos excelentes. Temos confôrto material, a doença grave não nos visita e procuramos crescer espiritualmente. A vida nos sorri. Dir-se-ia que nossa existência, neste mundo, é um tranqüilo regato que transcorre em leito de pedra e nada mancha sua água. Somos felizes e agradecemos a Deus por tudo que a nós é dado. Mas í:le também nos dará a morte e o que muitas vêzes é o pior, a morte no sofrimento intenso de doenças degradantes ! E então? Será que já paramos para detalhar planos para um evento dêsses ? Já pensamos, realmente, na possibilidade da morte de um de nós ou de um dos nossos filhos ? Qual seria nossa atitude interior? Um tal acontecimento nos aproximaria ainda mais de Deus ou tenderia a d'í:le nos afastar ? "Disse-lhes Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Aquêle que
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crê em mim ainda que esteja morto, viverá e todo aquêle que crê em mim jamais morrerá. Crês isto?" (Jo. 11-25 e 26). No credo estamos constantemente repetindo nossa esperança na ressurreição dos mortos e na vida eterna. Mas será que temos tanta confiança a ponto de concordarmos com Will Durant (História da Filosofia): "queremos aprender a gargalhar em face do inevitável e a sorrir mesmo no limiar da morte". Será que realmente estamos tão espiritualizados que poderemos sorrir ante o espectro da morte, porque grande é a nossa Esperança ? Ou estamos enganados ? Ou estamos nos enganando ? "Quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não incorre na condenação, mas passou da morte para a vida". (Jo. 5-24). Isto nos basta? Continuaria o seu transcorrer tranqüilo o nosso regato particular ? O assunto foi levantado para meditação. Agora, propomos algumas perguntas e de cujas respostas faremos a reunião preparatória: v~ Que idéia você faz da ressurreição dos mortos ? 2.a Se a morte define o perfil de cada um de nós para a vida eterna, como você vê a utilidade da oração pelos mortos ? 3.a Vocês crêem que um tal acontecimento poderia ser causa de maior aproximação com Deus, ou ao contrário, poderia ser razão para afastamento d'E:le (mesmo que fôsse por algum tempo apenas?) Por que? 4.a Depois de tais infortúnios não é infreqüente que mesmo católicos sejam levados a procurar sessões espíritas no afã de obter mensagens ou mesmo de conversar com o seu ente querido. Vocês concordam com tais práticas ? ou as compreendem pelo menos? Acham que elas ajudam ou prejudicam aquêle que sofre a reencontrar-se com Deus?
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NOSSOS FILHOS
PAIS- SEUS FILHOS PEDEM:
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Fiquem ao nosso lado, não acima de nós. Dêem-nos a sensação de que não estamos sozinhos no mundo, e que podemos sempre contar com vocês no momento de necessidade. Façam-nos sentir que somos amados e desejados. Nós queremos amar vocês não por dever mas porque vocês nos amam. Eduquem-nos com afetuosa firmeza. Ensinando-nos com paciência vocês obterão melhores resultados do que com castigos e sermões. Digam "não" quando vocês julgarem necessário, mas expliquem-nos as suas razões, e não se limitem a no-las impor. Eduquem-nos de modo tal que não tenhamos sempre necessidade de vocês. Ajudem-nos a tomarmos sôbre nós as responsabilidades e a nos tornarmos independentes de vocês. Aprenderemos melhor e mais ràpidamente se vocês permitirem que discutamos suas idéias e seus conceitos. Não se escandalizem quando fizermos alguma coisa que não esteja bem. Será necessário bastante tempo antes de aprendermos a nos ado.ptarmos à vida no devido modo. Procurem ser coerentes. Se vocês mesmos não sabem com certeza o que querem de nós, como poderemos nós evitar a confusão com relação ao que devemos fazer? Não nos coloquem em grau de inferioridade. Nós já temos dúvidas mais do que suficientes a respeito de nós mesmos sem necessidade que vocês as venham confirmar. Predizendo para nós um fracasso seguro vocês não estão contribuindo em nada ao nosso sucesso. Digam "muito bem" quando fizermos alguma coisa de bom. Não economizem louvores quando os merecermos;
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é o sistema mais eficaz para incentivar-nos a fazermos melhor. 9)
Sejam re-speitosos em relação aos nossos desejos, mesmo quando vocês não estiverem de acôrdo com êles. O nosso respeito para com vocês terá uma origem espontânea no respeito de vocês para conosco.
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Respondam diretamente às nossas perguntas, mas não nos dêem informações além das que pedimos ou superiores à nossa compreensão. Quando vocês não souberem alguma coisa, admitam-no com simplicidade, mas procurem-nos alguém que o saiba.
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Procurem mostrar-se interessados por aquilo que fazemos. Mesmo se nossas atividades podem parecer-lhes pouco interessantes e pouco importantes, por favor não as minimizem diante de nós com a indiferença..
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Tratem-nos como se fôssemos normais, mesmo se o nosso comportamento pode parecer-lhes estranho. Todos os filhos de Deus têm os seus problemas. Isto não significa, porém, que cada filho de Deus é um problema. As vêzes acontece de passarmos por sérias dificuldades. Nesses casos, procurem-nos a ajuda de um especialista. Nem sempre os adolescentes podem compreender-se a si próprios e aquilo que desejam. É por isso que existem profissionais conscientes que ajudam os inseguros a buscar adaptação pessoal e a escolher a profissão.
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Ensinem-nos com o exemplo. "Aquilo que tu és fala muito mais forte do que a tua palavra". Tratem cada um de nós como uma pessoa que tem seus direitos. As crianças são indivíduos, não cópia exata dos adultos... Tratem todos nós, que fomos confiados a vocês, com justiça, como se cada um tivesse para vocês o mesmo valor. Dêsse modo aprenderemos a respeitar os direitos dos outros e a tratar a todos com eqüidade. Não nos obriguem a permanecermos adolescentes por muito tempo. Logo que nos sentimos capazes de fazer alguma coisa, desejamos dar a prova. Não nos tratem com um amor que nos paralise, procurando proteger-nos exageradamente. Temos necessidade de diversões e de companhia. Ajudem-nos a dividirmos os nossos cuidados e os nossos sentimentos alegres com grupos de amigos. Dêem-nos o tempo de freqüentá-los e, quando vierem em nossa casa, acolham-nos com benevolência. -19-
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Façam-nos sentir que nossa casa nos pertence. Pelo menos somos tão importantes quanto os móveis. Não protejam os objetos à nossa custa, dando-nos a sensação de sermos como elefantes em loja de porcelana. Não se riam de nós quando usarmos a palavra "amor". A necessidade de amar e ser amado começa muito cedo (para não terminar nunca mais). Tornando-nos românticos, não fazemos mais que transformar em suave música o eterno desejo de pertencermos a alguém e de termos alguém que nos pertença. Tratem-nos como os sócios mais jovens de uma firma. A democracia tem início em casa. Se vocês quiserem que sejamos os seus mui dignos sucessores, dêem-nos a sua confiança e permitam-nos ajudá-los a administrar a nossa família, a nossa escola, a nossa comunidade. Façam o possível para serem adultos aptos a conviver com as crianças. Dêem-nos a prova de que não é verdade aquilo que disse alguém: que os pais são as pessoas menos aptas a terem filhos e que os mestres são as pessoas menos aptas a ensinar. Demonstrem-nos que a casa e a escola não são somente lugares onde os jovens aprendem a viver com pessoas antipáticas. Preparem-nos para vivermos a nossa vida, não a de vocês. Ant::'s de nos obrigarem a fazermos esforços superiores à ~0ssa capacidade ou a nos tornarmos aquilo que vocês acham que nos convém, procurem descobrir ate onde podemos chegar e o que nós desejamos ser. Reconheçam o nosso direito de fazermos ouvir mais a nossa voz nas coisas que nos dizem respeito. As decisões a respeito de nosso futuro devem ser tomadas conosco e não para nós. Temos o direito de influir sôbre o nosso futuro. Deixem-nos errar sozinhos. É preciso ter experiência para se tomarem decisões sábias. Isto significa que devemos fazer as nossas experiências e chegar diretamente às devidas conclusões. Podemos aprender somente pelas nossas ações, não pelas de vocês. Desculpem-nos os erros comuns aos jovens normais, como nós desculpamos a vocês os erros comuns aos pais normais. Permitam-nos de vez em quando alguma infração às leis. Podemos crescer somente dentro de um ritmo lento. Queremos tornar-nos melhores, mas não podemos ser perfeitos. (De: "Felici benché giovani") -20-
NOTICIAS DOS SETORES
EXTRATOS DOS BOLETINS DOS SETORES
SANTOS- CARTA AOS EQUIPISTAS
I
"Em espírito e verdade" estarei unido a todos os equipistas por ocasião de seu encontro de fim de ano, no próximo dia 4. No Litoral, onde estarei fazendo visitas Pastorais, rezarei por todos. O encontro das Equipes visa o Natal do Senhor que se aproxima. O Santo Apóstolo João abre seu Evangelho com a descrição de Cristo Jesus no seio do Pai e no seio da Humanidade. A certa altura, êle diz: "nós vimos a sua glória, glória que lhe vem do Pai, como Filho único, cheio de graça e de verdade". Penso que êste ano foi para as Equipes um ano diferente dos demais: o Senhor manifestou-se em graça e verdade, através de um balanço da vida das Equipes em Santos e das diretrizes projetadas. Todos desejamos viver, pela Virgem Santíssima, o Cristo em nós e em nossas comunidades. Que êste Natal seja para todos os equipistas uma hora plena de graça e de verdade para que o resultado do progresso constante na perfeição cristã de cada um, dos casais em si, e de suas famílias, manifeste a glória do Cristo realizado: "Glória a Deus nas alturas: paz aos homens de boa vontade". Possa o nôvo ano ser a continuação da graça e verdade renascidas no ano que se finda. Afetuosa bênção de (a) David, Bispo de Santos -21-
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MARTLIA -
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SôBRE O APOSTOLADO
Apostolado. . . Quantas vêzes falamos neste assunto e quantas vêzes ainda teremos que falar. . . Se o apostolado é um dever do cristão, que dirá do equipista? Você já pensou nisto? Sim, claro que pensou! Mas, já fêz alguma coisa? Ah! Agora são outros quinhentos ... Sempre se ouve dizer: "Não sei o que fazer, não tenho o que fazer, não existe um apostolado "organizado". . . Mas, você já pensou na sua própria equipe? Ela é uma equipe verdadeira, autêntica? Ou leva apenas o rótulo de Equipe de Nossa Senhora? É uma equipe de oração? É uma equipe que se preocupa em encontrar o Cristo na reunião ou se reúne apenas para satisfazer um fator de sociabilidade? Por acaso em sua equipe existe algum irmão que sente dificuldade em responder ao tema? Em fazer o dever de sentar-se? Em fazer um retiro? Em rezar? E você já fêz alguma coisa para ajudá-lo a vencer esta dificuldade? Ou você acha que isto não é apostolado? Você assume alguma responsabilidade por 11ua equipe ou deixa tudo por cont'::t do Casal Responsável? Bem, meus irmãos, devemos começar o apostolado por nossa própria equipe, para depois alçar um vôo maior. Façamos uma reflexão e vamos ver quanto apostolado poderemos fazer na nossa própria equipe. Depois da casa arrumada, vamos todos fazer alguma coisa pelos outros, pois não podemos e nem devemos ser egoístas. JUNDIAl
TR~S
PEQUENAS NOTíCIAS
Do Setor:
Nosso querido Bispo continua seus encontros com alguns privilegiados casais, que tôdas as têrças-feiras reunem-se com êle, no Aprendizado Agrícola, para ali refletirem sôbre Deus e a religião. Vamos acabar com êsse privilégio e engrossar o número dos que participam dêsses encontros. Todos estão convidados. Para maiores esclarecimentos, telefonem para 6427 ou 4291. Testemunho:
Um casal equipista de Jundiaí sofreu, em julho último, violentíssimo acidente automobilístico na Via Anhanguera. Somente por milagre não tivemos conseqüências mais funestas. E êste milagre foi o crucifixo que o marido trazia no pescoço e que recebeu o maior impacto, tanto que ficou retorcido. A palavra au-22-
torizada e admirada do médico: "Não fôra êste crucifixo, você estaria perdido". Sugestivo tema de estudo:
Nossa equipe conta com nove anos. Na primeira reunião do ano, em janeiro último, resolvemos rever as respostas que demos ao Estudo I dos Estatutos - 1. 0 tema de estudos das equipes - em 1962. Foi um momento significativo na vida de nossa equipe. Com que sabor não relemos as nossas respostas, ainda muito tímidas, pois estávamos engatinhando! Alguns reparos foram feitos. Uns disseram que naquela época não tinham a idéia precisa do que é ser equipista. Outros pensavam que se tratava de um grupo que ia debater problemas como a educação dos filhos. . . Entretanto, uma coisa ficou patenteada, ao respondermos hoje àquelas mesmas questões: as ENS marcaram profundamente nossas vidas e as dos nossos filhos. Hoje temos consciência das nossas responsabilidades como cristãos casados, no mundo. É certo que ainda erramos; porém, sabemos onde buscar o auxílio necessário. Formamos uma pequena Eclesia, profundamente inserida na Grande Igreja, onde seus membros, uns mais, outros menos, estão engajados. Como é oom lançar-se, de vez em quando, um olhar retrospectivo e contemplar, com olhos cuidadosos, o caminho percorrido! Dá-nos maior convicção e ajuda-nos a corrigir as rotas. É preciso perguntar sempre: se fomos convocados por Deus para vivermos o Movimento da Equipes de Nossa Senhora, como estamos respondendo a êsse chamaão?
. LONDRINA -
REFLEX.AO
Na reunião preparatória, o nosso padre assistente apresentou-nos como texto de reflexão uma carta de São Tiago. Perguntou o nosso padre: Tu tens fé? Após refletirmos, êle concluiu: - É pelas obras que justificamos nossa fé. Ter fé apenas não quer dizer estar salvo. A fé apenas não se prova com êsse sentimento e sim com ações. A fé só em palavras fica apenas na teoria. Em tôdas as situações de nossas vidas, a nossa fé é acompanhada pelas ações. Provamos nossa fé nas nossas atividades cotidianas. Uma não pode existir sem a outra, portanto fé e ação se completam. E chegamos a esta conclusão: é pelo que praticamos que damos o testemunho de nossa fé. Pela palavra amiga a um irmão, pela dedicação aos nossos filhos, pelo carinho ao nosso trabalho, pela apreciação às coisas belas que Deus nos deu ou pelas renúncias muitas vêzes por amor a alguém.
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É difícil ter fé, pois há dias em que chegamos a vacilar. Prová-la exige de nós muita fôrça de vontade.
Não esqueçamos pois que as nossas atividades dão testemunho da fé que possuímos. BAURU -
RETRIBUIÇAO
"Fui convidado para Diretor Espiritual de uma das Equipes de Nossa Senhora de Bauru. Aceitei o convite. Além das Equipes precisarem de orientação espiritual do Sacerdote, elas colaboram com a nossa comunidade. Seus membros são responsáveis pelo Curso de Noivos. Os nossos casais noivos estão se beneficiando com êsse Curso. Se não tivéssemos as Equipes de Nossa Senhora, nós mesmos teríamos que organizar o curso. Portanto, se a comunidade está se beneficiando com as Equipes, é justo que elas recebam um pouco de atenção por parte da comunidade, por meio do Padre". (Depoimento colhido no folheto dominical da Paróquia de São Judas Tadeu e São Dimas) SETOR B DA GUANABARA -
TR~S EXTRATOS
Hora marcada, como incomodas!
Se existe alguma coisa que nos incomoda no Movimento é o horário. Horário para Missa, horário para reuniões, horário para palestras, enfim, horário para tudo. Hoje em dia, se vive com os olhos no relógio. Infelizmente, não pode ser de outra maneira, pois os compromissos são muitos e o dia passa tão depressa ... ! Hoje, por exemplo, é dia de reunião e como temos outro compromisso, chegaremos um pouco atrasados; a turma espera, êles já estão acostumados. . . E assim a coisa vai se repetindo, as reuniões acabando cada vez mais tarde, alguns cochilando e outros desinteressados devido ao cansaço. O Assistente, coitado, êste nem se fala, na manhã seguinte terá que madrugar para rezar a Missa. Gente, isto é falta de caridade e das grandes. Não podemos continuar desta maneira. Compreendemos que cada um tem seus afazeres, seus filhos, seus programas, mas, quem é que chega atrasado a um jantar importante, a um casamento, a um show, ou a qualquer outro programa social previamente marcado? O nosso compromisso com o Movimento é muito mais importante que qualquer outro. Além de ser um encontro com nossos irmãos, é um encontro com o Irmão maior: Jesus Cristo. Desde o momento em que nos engajamos no Movimento, nos comprometemos com ~le, isto quer dizer: com todos os casais participantes.
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Levemos a sério esta questão de horário; tomemo-la mesmo como "regra de vida", e veremos como tudo correrá melhor, com mais alegria e amor. Um bom exemplo que vem da Zona Sul
Amor, Sexo, Casamento, Tóxicos e Ideal foram, entre outros, os temas mais apaixonantes para os alunos do Colégio Divina Providência, em sua programaçãozinha paraescolar, na última se, mana de outubro. O diretor, Padre César, é que teve a idéia ao pensar no papel da juventude hoje e nessas coisas tôdas aí. Pensou, pensou e botou mãos à obra. Abriu as salas de aula, e deu material, e serviu os lanches mais o prato, e deixou os moços se divertirem, e chamou gente capaz para dar as dicas. Gente da Equipe 20. Depois de cada palestra, lá ia a rapaziada em grupos para debate, como se faz em nossos Dias de Estudos. E a coisa pegava mesmo. Foi tal que o Colégio Divina Providência já está resolvido a repeti-la em 72. ~les, os alunos, querem saber tudo e. . . dizer também. Dizer o que já sabem e que a gente não sabe ou finge não saber, não percebe ou já esqueceu. Podiam ser nossos filhos. Jovens que querem ser ouvidos e que, apesar das aparências em contrário, esperam ainda muito de nós. Curiosidades -
Ou um inquérito diferente . ..
PASSATEMPOS PREDILETOS: Nossos equipistas têm predileção pelos seguintes passatempos, que foram indicados em maior quantidade em nosso inquérito: -cinema 35 - passeio ao ar livre - 29 - leitura - 28 -praia- 19 -teatro - 11 - televisão - 11 RESID~NCIAS DISPONíVEIS: Dezesseis casais receberiam, com alegria, equipistas de outros Estados que viessem participar de algum Grande Encontro que se realizasse na GB. Pará. passarem um fim de semana na GB nossos irmãos equipistas de outros Estados têm à disposição doze casais que, com alegria, os receberiam. A disponibilidade não é maior em virtude de muitos casais morarem em apartamentos que não oferecem acomodações
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suficientes para, como desejam, acolherem os nossos irmãos visitantes. MEIOS MATERIAIS A DISPOSIÇÃO DO NOSSO SETOR: Muita coisa foi colocada à disposição de nosso Setor pelos nossos casais equipistas. Eis apenas algumas delas:
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25 máquinas de costura; 20 máquinas de escrever;
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14 gravadores;
6 projetores de Slides; 2 barracas para Camping. SUGESTõES: O nosso questionário de junho nos indicou que a sugestão mais apontada pelos equipistas do nosso setor para melhorar o Movimento na GB foi a de estreitar, aumentar e aprofundar o entrosamento entre os setores A e B. Isto depende muito de cada um de nós, iniciando por não desperdiçarmos as oportunidades que têm aumentado em qualidade e em quantidade. Ainda agora, no dia 19 de novembro, tivemos a Reunião Inter-Equipes.
ECOS DO ENCONTRO DE RESPONSÁVEIS REGIONAIS
Parece que foi uma experiência inédita no Movimento em todo o mundo, pelo seu caráter nitidamente formativo, o Encontro de Formação de Responsáveis Regionais rea.lizado em duas etapas (8 a 10 de outubro e 26 a 28 de novembro), em Itapecerica da Serra. Reproduzimos alguns trechos do que Maria Diva e Venício, Responsáveis pela Região SÃO PAULO/A, escreveram a respeito no Boletim do Setor de Marília. Foi um curso excelente, realizado num momento estratégico para o nosso Movimento, em fase de consolidação e aprofundamento. Nêle foram precisados os objetivos do Responsável Regional, suas funções e sua problemática. Novas perspectivas se abrem para nós, Responsáveis Regionais, sempre tendo em vista melhores dias para o Movimento que abraçamos e que queremos tornar cada vez maior e cada vez mais autêntico. Dentre as palestras, destacamos a proferida pelo Pe. Antônfo Aquino, Conselheiro Espiritual da ECIR, sôbre "Hierarquia e Serviço - Obediência e Adesão", e a de Ludovic, "Reconheci-
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mento e Exploração - Objetivos e Metas", quando nos apresentou sua magistral "Parábola dos Engenheiros no Campo". Foram também realizadas palestras em equipe, constituída por duplas de casais. Esta reflexão em duplas foi muito proveitosa, pois a troca de idéias foi bastante rica. As palestras em equipe foram as seguintes: "Maturidade da Obediência e do Serviço", "O Setor e suas relações com o R.R." e "A Coordenação - Como e Por que". Como não podia deixar de ser - pois é a tônica de todos os encontros de equipistas - reinou a mais perfeita fraternidade, o auxílio mútuo foi fabuloso, as trocas de idéias excelentes e proveitosas, apesar de algumas vêzes acaloradas. . . Mas sempre prevaleceu o bom senso, a orientação segura, o desejo imenso de acertar! A parte litúrgica foi primorosa: muito bem orientada e dirigida por Neuradir. O ensaio dos cânticos esteve a cargo do Ewaldo, do Rio, que se revelou um maestro "litúrgico" excepcional.. . O clima de espiritualidade foi intenso, desde a oração da manhã, até a da noite. No sábado, tivemos a Missa de Nossa Senhora e no domingo, a Missa da Fraternidade, que a muitos comoveu. Nesta Missa, Pe. Aquino foi acolitado por dois Ministros da Eucaristia. Mas, o que mais nos impressionou foi a vibrante prova de disponibilidade, de doação ao Movimento, de desinstalação! Presentes todos os 10 Responsáveis Regionais, a saber, das Regiões de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, do Paraná, do Rio e as 7 do Estado de São Paulo. E tôda a ECIR. Deixaram seus problemas, seus afazeres (alguns de máxima importância), seus filhos, para se doarem intensamente ao Movimento. Magnífico testemunho para nós, que, mesmo para comparecer a um encontro em nossa própria cidade, desfilamos uma série infinita de problemas e compromissos de última hora (reais ou imaginários) todos perfeitamente contornáveis, bastando apenas uma pequena dose de amor ao Movimento, de auxílio mútuo, de desinstalação e muitas vêzes de humildade . .. Haja visto a recente Sessão de Formação de Dirigentes realizada em Marília. Quantos casais de Marília souberam aproveitar essa riqueza? Sentimos constrangimento em mencionar êste número ... É que sempre nos esquecemos das sábias palavras do Mestre: "SEM MIM NADA PODEIS FAZER". E podemos concluir: Sem participar dêsses encontros, sem conhecer e sem praticar a mística do Movimento, jamais poderemos ser equipistas autênticos!
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I
NOTICIAS DIVERSAS
Novas equipes
I '
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Fêz o seu pedido de admissão no Movimento a 1.a Equipe de .TUIZ DE FORA, composta de seis casais, reunidos sob a invocação de Nossa Senhora do Sar:~rado Coração. O Casal Responsável é Gilda e Hermegildo Villaça Freitas e o Conselheiro Espiritual, Pe. Aloísio Joegler, S.V.D. O Setor de Petrópolis, que não deixa por menos, anuncia que já está em funcionamento a Equipe n. 0 2 de Juiz de Fora, que desde já se colocou sob o patrocínio de Nossa Senhora de Fátima. A equipe 1, durante os quatro sábados que precederam o Natal, deliberou fazer reuniões para orações e meditações sôbre a Coroa do Advento. Os encontros foram presididos pelo Conselheiro Espiritual da Equipe. Dêsses encontros participaram também os casais que já compõem a equipe 2. Os três casais da equipe 1, que foram a Itaici, voltaram encantados com a acolhida dispensada; sentiram-se felizes com o espírito que reinou no encontro e com o muito que ali aprenderam. O Conselheiro Espiritual do Setor fêz uma visita às duas equipes de Juiz de Fora. Vejam só suas atividades: almoçou com a equipe 1; conversou demoradamente com os casais equipistas ; assistiu à reunião da equipe 2; finalmente concelebrou a Santa Missa, de que participaram as duas equipes. Novos Regionais
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Tendo Dilma e Miguel pedido "aposentadoria" - aliás bem merecida depois de tantos anos de labuta - Esther e Marcelo foram até Brusque para dar posse ao nôvo Casal Regional para Santa Catarina e Rio Grande do Sul, Edy e Aderbal, que até então vinham liderando a Equipe de Setor do dinâmico núcleo catarinense. Pelo mesmo motivo, os dedicadíssimos Glória e Emílio foram substituídos na Região São Paulo/A por Maria Diva e Venício Onofre, ex-Responsáveis pelo Setor de Marília.
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Novos Responsáveis de Setor
Substituindo Edy e Aderbal encontram-se à testa do Setor de Brusque Maria de Lourdes e Onildo Muller. O nôvo Casal Responsável pelo Setor de Marília é Marina e A vertil Justo Ferreira. Em Petrópolis, deixaram Stella e Tarquínio o Setor nas mãos de Elfie e Dragan Seljan, com a devida bênção do Casal Regional, Lola e Ewaldo. Maria Antonieta e Rios também pediram para descansar um pouco e assumiram o Setor de São José dos Campos Cecília e Paulo Werneck. No Setor A da Guanabara, Malvina e Edgard foram substituídos por Maria Teresa e Luís Sérgio Wigderowitz. Compromisso coletivo
As Equipes de Ribeirão Prêto reuniram-se, por ocas1ao de uma de suas "Noites de Encontro", em tôrno do altar para renovar o seu Compromisso - ao todo, entre os que o fizeram pela primeira vez e os que o renovaram, foram 33 casais, dispostos a levar o seu cristianismo até às últimas conseqüências dentro de sua família, dentro de seu ambiente de trabalho, através de uma ação apostólica vigorosa, dando testemunho do Cristo na sua vida diária. Que Deus derrame suas graças sôbre todos êsses casais para que seu apostolado frutifique.
Você assumiu uma responsabilidade no Movimento? Então ... "Há todo um estilo de vida a reformular, vida pessoal, familiar, profissional. Não só mudar, cancelar, mas sobretudo lutar para crescer em todos os planos - de fé, cultural, administrativó. Tentar preencher lacunas, suprlr deficiências nossas, para servir melhor ao Movimento, ao Senhor. Pedimos que nos ajudes, Senhor, a sabermos criar e viver a Comunidade que Tu queres que façamos, a termos a eficácia e a competência como nosso primeiro e fundamental dever". (Maria Augusta e José Silveira, de Põrto Alegre, depois de empossados como Casal Presidente Nacional do M.F .C . )
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Calendário 1 -
ENCONTRO NACIONAL DE CASAIS RESPONSAVEIS DE EQUIPES São Paulo -
2 -
19'1-2
11 e 12 de março
SESSÃO DE FORMAÇÃO DE 19 GRAU Florianópolis -
20 a 23 de abril
3 - SESSÃO DE FORMAÇÃO DE 19 GRAU São José dos Campos -
4 -
ENCONTRO NACIONAL DE CASAIS PILOTOS São Paulo -
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28 de abril a 19 de maio
10 e 11 de junho
ENCONTRO NACIONAL DE CONSELHEIROS ESPIRITUAIS ltaici (SP) -
7 e 8 de agôsto
6 - SESSÃO DE FORMAÇÃO DE 19 GRAU ltaici (SP) -
7 a 1O de setembro
7 -
ENCONTRO NACIONAL DE CASAIS DE LIGAÇÃO São Paulo - 7 e 8 de outubro
8 -
SESSÃO DE FORMAÇÃO DE 29 GRAU São José dos Campos - 2 a 5 de novembro
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RETIROS
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Não haverá retiros, em São Paulo, no primeiro semestre. As datas reservadas para o 29 semestre são as seguintes: 11 de Agôsto
em V alinhos
25 a 27 de Agôsto
em Barueri
22 a 24 de Setembro 29 de Setembro a 19 de Outubro
em V alinhos
6 a 8 de Outubro
em Barueri em V alinhos
27 a 29 de Outubro
em Barueri
17 a 19 de Novembro
-
em Valinhos
Irmãos equipistas,
ll
não se esqueçam da
CONTRIBUIÇAO! Alguns dizem que não devemos misturar dinheiro com espiritualidade. Acontece, porém, que o nosso Movimento tem necessidades mater_ais inadiáveis : Carta Mensal, aluguel da sede, funcionários, INPS, impressos etc., e a única fonte de que dispomos é a nossa contribuição. Lembrem-se, neste início de ano, de ATUALIZA-LA ... Movimento conta com a generosidade de todos e a pontualidade dos encarregados das remessas.
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ORAÇÃO PARA A PRÓXIMA REUNIÃO
Quaresma é tempo dedicado pela Liturgia à pregação da penitência, como preparação para a chegada do mistério pascal de Cristo. Mistério pascal é mistério da passagem: de uma vida para outra através da morte. E a Igreja nos convida a revivermos tal passagem. Para isso nos exorta à penitência, que consiste não em ações exteriores, por mais difíceis que sejam, mas em mudança de conduta. Devemos pôr fim a uma vida marcada pelo pecado, para começar outra marcada pela seiva da ressurreição.
Textos de meditação
A.T. (Ez. 18, 30-32) - Convertei-vos, renunciai às vossas faltas! Que não haja mais em vós o mal que vos faça cair. Repeli para longe de vós tôdas as vossas culpas e criai em vós um coração nôvo e um espírito nôvo. Por que desejais morrer, ó casa de Israel? Pois eu não sinto prazer com a morte de quem quer que seja, diz o Senhor Deus; convertei-vos e vivei! N.T. (1Pdro. 2, 21-24) - Cristo padeceu por vós, deixando-vos o exemplo, para que sigais suas pegadas. ~le, que não cometeu pecado e em cuja bôca não se encontrou falsidade; êle que, injuriado, não injuriava, maltratado, não ameaçava, mas se entregava àquele que julga com justiça. ~le , que levou nossos pecados em seu corpo, sôbre o madeiro, a fim de que, mortos para o pecado, vivamos para a justiça. Por suas chagas é que fôstes curados. -32-
Oração litúrgica
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Senhor Jesus, vós prometestes fazer tôda coisa nova na Jerusalém do céu; renovai a vossa Igreja nestes dias de Quaresma. T - Santificai, Senhor, o povo por Vós resgatado. Não abandoneis os vossos fiéis que se afastaram de vós pelo pecado; convertei-nos, e seremos convertidos. T - Santificai, Senhor, o povo por Vós resgatado. Aqueles que detêm algum poder neste mundo , ensinai os caminhos da justiça e do amor. T - "Santificai, Senhor, o povo por Vós resgatado. Ensinai-nos a trabalhar com todos os nossos irmãos para a ordem e a paz; que esta terra se abra ao vosso Reino. T -
Oremos:
Santificai, Senhor, o povo por Vós resgatado.
6 Deus, que no jejum, na esmola e na oração nos mostrastes um remédio contra o pecado, acolhei nossa humilde confissão : se a nossa consciência nos abate, vossa misericórdia nos anima. Por Nosso Senhor Jesus Cristo ...
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